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JUSTA x INJUSTA

▪ A relevância dessa classificação é verificar a possibilidade de proteção possessória.


▪ A posse de boa-fé funda-se em dados psicológicos, em critério subjetivo. Já na posse justa ou injusta, o critério
de análise é objetivo. (certa) 2018 - MPE-MS
▪ Para fins de proteção possessória, deve ser demonstrado algum vício objetivo da posse, não sendo imprescindível
a constatação de má-fé do esbulhador. (certa) CESPE - 2017 - TJ-PR - JUIZ SUBSTITUTO
▪ Aquele que detiver a posse injustamente não poderá se utilizar dos interditos possessórios, exceto em face de
terceiros que não tenham posse. (certa) CESPE - 2009 - TRF - 2ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL
▪ Os interditos possessórios não podem ser opostos contra o possuidor justo (vítima do esbulho, por ex.), mas
contra terceiros é possível.
▪ JUSTA é a posse que NÃO for VIOLENTA, CLANDESTINA ou PRECÁRIA. (1.200) CESPE - 2009 - PGE-AL / FCC - 2015 - DPE-MA / 2016 - PC-PA -
DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL / 2018 - MPE-BA

▪ Diz-se de boa-fé JUSTA a posse que não se reveste de clandestinidade, violência ou precariedade. (errada) CESPE - 2009 - PGE-
AL

▪ INJUSTA é a posse que for VIOLENTA, CLANDESTINA ou PRECÁRIA.


▪ A violência, a clandestinidade e precariedade são modos de aquisição da posse.
▪ Não induzem posse os atos de mera permissão ou tolerância assim como não autorizam a sua aquisição os atos
violentos, ou clandestinos, senão depois de cessar a violência ou a clandestinidade. (art. 1.208) 2010 - TJ-PR – JUIZ DE DIREITO
SUBSTITUTO / 2011 - TJ-RO - JUIZ SUBSTITUTO / VUNESP - 2012 - TJ-MG - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO / FCC - 2012 - MPE-AL /

▪ A posse adquirida por violência é considerada detenção enquanto não cessar a violência. (certa) 2013 - MPE-PR
▪ Caracteriza-se como CLANDESTINA a posse adquirida via processo de ocultamento em relação àquele contra quem
é praticado o apossamento, embora possa ser ele público para os demais. Por tal razão, a clandestinidade da posse
é considerada defeito relativo. (certa) CESPE - 2014 - MPE-AC
▪ O comodatário, devidamente notificado para sair do bem dado em comodato, e que não o faz no prazo assinalado,
passa a exercer posse PRECÁRIA. (certa) FCC - 2017 - DPE-PR / Precária = abuso de confiança ou direito
▪ Fernando recebeu por comodato a posse de uma casa. Entretanto, Flávio, proprietário do imóvel, após alguns meses,
notificou extrajudicialmente Fernando para que lhe devolvesse o bem. Caso Fernando recuse a restituição, em
afronta à boa-fé objetiva e à proteção da confiança legítima, estar-se-á diante da interversão da posse, tornando-a
em posse injusta em razão da precariedade. (certa) FCC - 2018 - DPE-MA
▪ A posse transmite-se aos herdeiros ou legatários do possuidor com os mesmos caracteres. (art. 1.206) 2012 - PGE-AC / 2013 -
TRF - 3ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL / 2015 - PGE-RS / FCC - 2017 - TJ-SC - JUIZ SUBSTITUTO / VUNESP - 2018 - PC-BA - DELEGADO DE POLÍCIA / FCC - 2019 - TJ-AL - JUIZ SUBSTITUTO

Ex.: A posse precária adquirida pelo de cujus não perde esse caráter quando transmitida mortis causa aos seus
sucessores, ainda que estes estejam de boa-fé. (certa) CESPE - 2009 - DPE-ES
Ex.: O defeito da posse injusta pode ser invocado contra o herdeiro que desconhecia essa característica da posse exercida
pelo falecido. (certa) FCC - 2017 - DPE-PR
▪ A posse nascida justa pode tornar-se injusta, especialmente no que se refere ao vício da precariedade. (certa) 2009 - TJ-
MG – JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO

▪ A posse nascida injusta poderá se converter em posse justa. (certa) 2009 - TJ-MG – JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO
▪ É passível de convalescimento (interversão) em posse justa por ato consensual. (certa) FCC - 2015 - DPE-MA
Ex.: As partes podem pactuar um contrato de comodato ou aluguel.
NÃO CONFUNDIR
▪ Posse injusta para efeito possessório é aquela que tem vícios de origem na violência, clandestinidade e
precariedade. Mas para ação reivindicatória, posse injusta é aquela sem causa jurídica que possa justificá-la.
(certa) 2017 - MPE-RS

▪ A qualificação de “injusta” da posse não é idêntica nas hipóteses de interditos possessórios e de reivindicação.
(certa) 2010 - TJ-SC – JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO
BOA-FÉ x MÁ-FÉ
▪ Na aferição da posse de boa-fé ou de má-fé, utiliza-se como critério a boa-fé subjetiva. (certa) CESPE - 2013 - TRF - 5ª REGIÃO -
JUIZ FEDERAL

▪ É de boa-fé a posse, se o possuidor ignora o vício, ou o obstáculo que impede a aquisição da coisa. (art. 1.201) FCC - 2009
- TJ-AP - JUIZ / 2011 - TJ-DFT – JUIZ / FCC - 2013 - TJ-PE – JUIZ / 2015 - PGE-RS / 2016 - TJ-RS - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO / FCC - 2019 - TJ-AL - JUIZ SUBSTITUTO / FCC - 2021 - DPE-BA

▪ A posse injusta pode ser de boa-fé. (certa) 2016 - PC-PA - DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL
▪ Não autorizam a aquisição da posse justa os atos violentos, senão depois de cessar a violência; entretanto, se a
coisa obtida por violência for transferida, o adquirente terá posse justa e de boa-fé, mesmo ciente da violência
anteriormente praticada. (errada) VUNESP - 2018 - PC-BA - DELEGADO DE POLÍCIA
▪ O possuidor com justo título tem por si a presunção de boa-fé, salvo prova em contrário, ou quando a lei
expressamente não admite esta presunção. (art. 1.201, § único) FCC - 2011 - DPE-RS / 2012 - MPE-PR / 2016 - MPE-SC / VUNESP - 2018 - PC-BA - DELEGADO DE POLÍCIA
▪ A posse de boa-fé só perde este caráter no caso e desde o momento em que as circunstâncias façam presumir
que o possuidor não ignora que possui indevidamente. (certa) 2016 - TRF - 3ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO / (art. 1.202)
▪ O possuidor de boa-fé tem direito, enquanto ela durar, aos frutos percebidos. (art. 1.214)
▪ Os frutos pendentes ao tempo em que cessar a boa-fé devem ser restituídos, depois de deduzidas as despesas
da produção e custeio; devem ser também restituídos os frutos colhidos com antecipação. (art. 1.214, § único)
CESPE - 2009 - TRF - 2ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL / 2011 - PGE-RS / 2014 - DPE-GO / FCC - 2015 - DPE-SP / 2017 - MPE-RO

▪ O possuidor de má-fé responde por todos os frutos colhidos e percebidos, bem como pelos que, por culpa sua,
deixou de perceber, desde o momento em que se constituiu de má-fé; tem direito às despesas da produção e
custeio. (art. 1.216) 2009 - PC-RJ - DELEGADO DE POLÍCIA / FCC - 2011 - MPE-CE / FGV - 2013 - TJ-AM – JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO / CESPE - 2017 - DPE-AL
▪O possuidor de BOA-FÉ não responde pela perda ou deterioração da coisa, a que não der causa . (art. 1.217) CESPE - 2009 - TRF - 2ª REGIÃO
- JUIZ FEDERAL / 2010 - MPE-GO / FCC – 2010 - DPE-SP / 2011 - PGE-RS / VUNESP - 2012 - TJ-RJ – JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO / 2012 - TJ-DFT – JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO / 2014 - PGE-AC / 2017 -
MPE-RO / CESPE - 2019 - TJ-PR - JUIZ SUBSTITUTO / 2021 - PC-PA - DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL

▪ O possuidor de MÁ-FÉ responde pela perda, ou deterioração da coisa, ainda que acidentais, salvo se provar que
de igual modo se teriam dado, estando ela na posse do reivindicante. (art. 1.218) FCC - 2010 - DPE-SP / 2010 - PGE-GO / VUNESP - 2012 - TJ-RJ –
JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO / FGV - 2013 - TJ-AM – JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO / 2015 - PGE-RS / 2017 - MPE-RO / CESPE - 2019 - TJ-PR - JUIZ SUBSTITUTO

▪ O possuidor de BOA-FÉ tem direito à indenização das benfeitorias necessárias e úteis, bem como, quanto às
voluptuárias, se não lhe forem pagas, a levantá-las, quando o puder sem detrimento da coisa, e poderá exercer
o direito de retenção pelo valor das benfeitorias necessárias e úteis. (art. 1.219) 2009 - PC-RJ - DELEGADO DE POLÍCIA / 2010 - TJ-SC – JUIZ DE
DIREITO SUBSTITUTO / FCC - 2011 - MPE-CE / 2011 - PGE-RS / 2012 - MPE-MG / 2012 - MPE-PR / FUNDEP - 2014 - DPE-MG / 2021 - PC-PA - DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL

▪ Não é possível o reconhecimento de ofício do direito ao recebimento de indenização por benfeitorias úteis ou
necessárias em ação possessória. STJ. 3ª Turma. REsp 1.836.846-PR, 22/09/2020 (Info 680).

▪ Ao possuidor de má-fé serão ressarcidas somente as benfeitorias necessárias; não lhe assiste o direito de retenção
pela importância destas, nem o de levantar as voluptuárias. (art. 1220) CESPE - 2009 - DPE-ES / 2009 - DPE-MG / 2009 - PC-RJ - DELEGADO DE POLÍCIA /
2010 - TJ-SC – JUIZ DE DIREITO SUBSITUTO / FCC - 2011 - DPE-RS / VUNESP - 2012 - TJ-RJ – JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO / 2012 - MPE-PR / 2012 - MPE-MG / 2013 - PC-PA - DELEGADO DE POLÍCIA / 2014
- DPE-GO / FCC - 2014 - TJ-AP – JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO / 2015 - MPE-AM / 2017 - MPE-RO / 2021 - PC-PA - DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL

▪ As benfeitorias compensam-se com os danos, e só obrigam ao ressarcimento se ao tempo da evicção ainda


existirem. (art. 1.221)
▪ O reivindicante, obrigado a indenizar as benfeitorias ao possuidor de má-fé, tem o direito de optar entre o seu
valor atual e o seu custo; ao possuidor de boa-fé indenizará pelo valor atual. (art. 1.221) CESPE - 2009 - TRF - 2ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL /
CESPE - 2013 - TRF - 5ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL / 2016 - TRF - 3ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO

▪ Aquele que, por 15 anos, sem interrupção, nem oposição, possuir como seu um imóvel, adquire-lhe a propriedade,
independentemente de título e boa-fé; podendo requerer ao juiz que assim o declare por sentença, a qual servirá
de título para o registro no Cartório de Registro de Imóveis. (art. 1.238)

▪ Adquire também a propriedade do imóvel aquele que, contínua e incontestadamente, com justo título e boa-fé, o
possuir por 10 anos. (art. 1.242)
▪ A existência de justo título instaura a presunção de que a posse é exercida de boa-fé, mas a sua falta não autoriza
a conclusão de que há má-fé. (certa) 2012 - TRF - 4ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL

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