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Beowulf leituras

Herói arquétipo Jung – literatura Inglesa I – Semestre 2020.1

A delimitação do inconsciente coletivo é feita por Jung (2000) afirmando que o


inconsciente pessoal tem sua origem em experiências pessoais enquanto o inconsciente
coletivo é a camada mais profunda do inconsciente, esta é inata ao ser humano. Para o
autor, o inconsciente coletivo é o mesmo para todo mundo, é um fator psíquico
suprapessoal
comum a todo homem, mas que existe individualmente em cada um.
Nas palavras do autor:
O inconsciente coletivo é uma parte da psique que pode distinguir-se de
um inconsciente pessoal pelo fato de que não deve sua existência à
experiência pessoal, não sendo portanto uma aquisição pessoal. Enquanto
o inconsciente pessoal é constituído essencialmente de conteúdos que já
foram conscientes e no entanto desapareceram da consciência por terem
sido esquecidos ou reprimidos, os conteúdos do inconsciente coletivo
nunca estiveram na consciência e portanto não foram adquiridos
individualmente, mas devem sua existência apenas à hereditariedade.
Enquanto o inconsciente pessoal consiste em sua maior parte de
complexos, o conteúdo do inconsciente coletivo é constituído
essencialmente de arquétipos. O conceito de arquétipo, que constitui um
correlato indispensável da ideia do inconsciente coletivo, indica a
existência de determinadas formas na psique, que estão presentes em todo
tempo e em todo lugar. (JUNG, 2000, p.53)
Dessa forma, o inconsciente pessoal é formado pelas experiências individuais,
enquanto o coletivo é herdado pela cultura da sociedade e é constituído de arquétipos. O
inconsciente coletivo é uma ligação direta do sujeito com o mundo, de acordo com Jung
(2000), em que o sujeito perde a noção de quem é na individualidade. O autor tenta
explicitar a questão de que a coletividade faz com que se perca a individualidade. 5.
Segundo ele, “o herói, por conseguinte, é o homem ou mulher que conseguiu vencer
suas limitações históricas, pessoais e locais e alcançou formas normalmente válidas,
humanas” (CAMPBELL, 2007, p.28). Sua trajetória na busca de descobrir seu papel no
mundo passa pelas etapas de separação, iniciação e retorno. p, 6.
Ao falar do herói, Gomes e Andrade (2009) afirmam que os mitos possuem a
capacidade de apresentar uma resposta às necessidades pessoais do indivíduo. E,
utilizando
Jung (2000), dizem que os símbolos e mitos são fundamentais para o entendimento da
natureza humana. Por isso, eles não desaparecem, eles mudam e se adaptam à atualidade
permanecendo com a mesma função original. 3,7.

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