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Faculdade de Direito
Coordenação do Curso de Direito
Cadeira de Direito Fiscal e Aduaneiro
Trabalho de Campo
Docente:
1
Índice
1. INTRODUÇÃO........................................................................................................................1
2. OBJECTIVOS DO TRABALHO............................................................................................2
8. CONCLUSÃO........................................................................................................................14
9. REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA.......................................................................................15
2
1. INTRODUÇÃO
O Direito pode ser definido como um conjunto de princípios universais, imutáveis, superiores ou
normas jurídicas inerentes à própria condição humana; anterior ao homem e situa-se acima dele.
É eterno; não é racional; é fundamento do direito positivo.
Direito Tributário ou Fiscal é o conjunto das leis reguladoras da arrecadação dos tributos, bem
como de sua fiscalização. Regula as relações jurídicas estabelecidas entre o Estado e o
contribuinte, no que se refere à arrecadação dos tributos.
Cuida dos princípios e normas relactivas à imposição e à arrecadação dos tributos, analisando a
relação jurídica tributária, em que são partes o ente público e os contribuintes, bem como o facto
jurídico gerador dos tributos. O objecto é a obrigação tributária, que pode consistir numa
obrigação de dar (levar o dinheiro aos cofres públicos) ou uma obrigação de fazer ou não fazer
(emitir notas fiscais etc.)
O Direito Tributário é uma barreira contra o arbítrio que poderia ser demandado pelos
governantes, na ânsia de querer usurpar toda e qualquer riqueza proveniente do indivíduo e/ou da
sociedade de forma ditatorial, vingativa, sem critérios, pois, apenas através da lei, com raras
exceções, e de nenhuma outra fonte formal, é que se pode criar ou aumentar tributos de forma
racional, tendo em vista que o Estado tem a obrigação de prever os seus gastos e a forma de
financiá-los.
Desta forma, no presente trabalho, iremos nos debruçar sobre as obrigações tributarias, com vista
a analisar as características das obrigações tributarias no ordenamento jurídico moçambicano.
É importante salientar que, a relação jurídica desta obrigação tributária é objecto essencial do
direito tributário, pois sendo este de natureza obrigacional, constitui sempre em um vínculo
obrigacional entre o sujeito passivo – Estado, e o sujeito activo – Contribuinte.
1
2. OBJECTIVOS DO TRABALHO
Para Sousa1, o Direito Tributário é “o ramo do direito público que rege as relações jurídicas entre
os Estados e os particulares, decorrentes da atividade financeira do Estado no que se refere à
obtenção de receitas que correspondam ao conceito de tributos”.
1
Souza, Rubens Gomes de, Compendio de legislação tributária, 2 ed. São Paulo Malheiros 2002
2
4. SISTEMA TRIBUTÁRIO MOÇAMBICANO
Segundo alguns historiadores, citados por Ibraimo (2002), o vale do Zambeze em meados do séc.
XVII estava organizado politicamente e tradicionalmente por vários chefes em cada região. O
governador do distrito era designado por “mambo” que era assistido por um chefe local
“npfumu”, e pelo chefe das povoações. Uma das atribuições do “pfumu” era de cobrar o imposto.
Dentro dos prazos, todos os habitantes estavam sujeitos ao pagamento de um imposto anual
designado por “mussoco”, que era pago como forma de afirmar o poderio do mambo sobre a
terra. O conteúdo, a taxa e o montante do “mussoco” atribuído a cada família não era fixo nem
estabelecido, variava de prazo a prazo e de região para região.
Os camponeses através do “mussoco”, renda em géneros, canalizavam parte dos seus excedentes
agrícolas para a “elite” dos prazos, sendo, muitas das vezes, utilizados para alimentação. Com a
penetração crescente do capitalismo colonial, o “mussoco” passou a ser cobrado em trabalho e,
depois, em dinheiro, o que exprime uma mudança profunda nas relações sociais de produção.
Segundo Carlos Serra (2000:318), o imposto de palhota foi introduzido ao abrigo do decreto de 9
de Julho de 1982 e cobrado à luz do Regulamento do Imposto de Palhota de 30 de Julho de 1892.
Os proprietários das palhotas situadas no interior ficavam obrigados ao pagamento anual de 900
Reis por palhota utilizada como habitação. Nos dois primeiros anos, o imposto de palhota podia
ser cobrado em dinheiro ou género, mas em 1894 passou a ser obrigatoriamente recebido em
dinheiro.
Aquele que não cumprisse com esta obrigação era punido com trabalho forçado durante os dias
necessários do valor do salário oficial local acrescentado 50 por cento no valor após a finalização
do trabalho forçado.
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Como o salário era fictício, esta medida tornou se um mecanismo de angariação de mão-de-obra
gratuita. Nota se, que tal como o “mussoco”, o imposto de palhota não era simples mecanismo
tributário com carácter simbólico, pelo contrário, um e outro eram a objectivação duma relação
social fundamental, concreta e historicamente determinada entre o camponês e o capital - um
mecanismo de dominação do capital sobre o trabalho.
Salienta-se que a Administração Directa durou até 1892, e era feita através dos agentes da
autoridade, cuja função não constituía apenas em cobrar o “mussoco”, mas, também em controlar
os chefes locais.
Como forma de obter dinheiro para pagamento do imposto de palhota a maior parte dos homens
moçambicanos residentes na zona sul do país emigravam para África de Sul para trabalhar nas
minas, o que facilitava a cobrança.
Segundo Ibraimo, o fenómeno de imigração no Sul do nosso país influenciou a política fiscal
porque, fez com que o Estado colonial encarasse duas questões que não lhe agradava:
Por um lado, necessitava de promover a emigração, de obter o imposto em libras - ouro, e por
outro lado necessitava da mão-de-obra.
Após o imposto de palhota a outra forma de tributação introduzida foi a tributação indirecta, que
incidia sobre os bens de consumo produzidos pelos indígenas, como forma de os levar a
concorrer para as despesas públicas.
Impostos prediais – que incidiam sobre os prédios rústicos e urbanos situados na baixa da
cidade, dentro do território das companhias;
4
Tributação das actividades comerciais e industriais – que eram tributados por taxas
variáveis, em função do valor das mercadorias importadas por cada contribuinte, a
legislação e a cobrança deste imposto era feito com base nas declarações dos
contribuintes;
Contribuição de Juros – que consistia num imposto sobre o crédito e sobre a aplicação de
capitais, com base numa taxa fixa;
Sisa – que incide sobre os actos de transmissão da propriedade de bens imóveis a título
oneroso;
Imposto sucessório – que incide sobre os actos de transmissão de propriedade móvel a
título gratuito.
5
agravamento do Imposto sobre o Consumo dos produtos contrariamente áquilo que era a
produção dos produtos da primeira necessidade, o que levou a alteração do Decreto-Lei n."
27/76, de 29 de Julho (Ministros, 1976) com vista a entrar em consonância com a lei 5/77
(Ministros, 1977), o que levou a introdução do Imposto de Reconstrução Nacional (IRN) com
tendências a ser temporário, Imposto de 10 Circulação e, por fim, foi revisto e alterado o Código
dos Impostos sobre o Rendimento. As consequências deste sistema não tardaram, pois
dificultavam a captação de excedentes gerados pelos agentes económicos, fator que fez com que
do lado da procura aumentasse cada vez mais o dinheiro e do lado da oferta, os preços oficiais
não correspondessem o valor da oferta que acabaram culminando em distorções na estrutura
económica e comercial, inadequação do sistema tributário que não incidia sobre o mercado
paralelo, progressiva deterioração da economia por causa da guerra. A última reforma que
ocorreu em 2002, antes da criação da Autoridade Tributária de Moçambique. Esta reforma
ocorrida com a Lei n.º 15/2002, de 26 de junho (CIVA) (Assembleia da República de
Moçambique, 2002a), veio aumentar a capacidade do Estado na arrecadação de receitas, o
mesmo que serviu de matéria de estudo para alteração do Imposto de Valor Acrescentado (IVA).
Ora, tendo em conta que a actividade financeira do Estado, na qual se enquadra a tributação
realizada pelo mesmo, visa essencialmente a satisfação das suas próprias necessidades
financeiras, bem como a de outras entidades públicas, podemos afirmar que o papel
desempenhado pelos impostos, taxas e demais contribuições financeiras assume fundamental
importância no que à sustentabilidade financeira do Estado respeita2.
2
Assim e no mesmo sentido V. LIMA GUERREIRO, António, in Lei Geral Tributária Anotada, Editora Rei dos
Libros, pp. 56, “a atividade tributária é essencialmente um modo de atuação pública visando objetivos de política
económica e social”.
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No entanto, e atentas as diferentes caraterizações dos impostos, das taxas e das contribuições
financeiras, consideramos serem os primeiros o alvo central da nossa análise, uma vez que são
estes os que desempenham grande parte das receitas estaduais, bem como são estes os que mais
relevantes actuações desenvolvem na promoção de um Estado, que se ambiciona, social.
No entanto, e atentas as diferentes caraterizações dos impostos, das taxas e das contribuições
financeiras, consideramos serem os primeiros o alvo central da nossa análise, uma vez que são
estes os que se afiguram como parte das características das obrigações tributarias, bem como são
estes os que mais relevantes atuações desenvolvem na promoção de um Estado, que se
ambiciona, social.
Podemos considerar assim que a relação jurídica tributária – ou relação jurídica de imposto -
consiste na relação fiscal desenvolvida entre as partes (sujeitos da relação jurídica tributária) e a
Administração Tributária ou puramente entre as partes , no âmbito de uma obrigação tributária a
que estão adstritas3. Como partes da relação jurídica tributária, temos de um lado aqueles que
figuram como sujeitos ativos, nos quais se enquadram tanto os titulares do poder tributário, como
os titulares da capacidade tributária, os titulares da competência tributária e os titulares da receita
fiscal.
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Relativamente à natureza da relação jurídica tributária podemos afirmar que até se chegar ao
entendimento maioritário, predominante nos dias de hoje, que lhe atribui natureza obrigacional,
foi este um tema bastante discutido pela doutrina.
De facto, muitos eram os Autores 5 que recusavam a atribuição de natureza obrigacional à relação
jurídica tributária, com o argumento de que sendo a obrigação um conceito do âmbito do direito
privado, não poderia o mesmo ser levado para uma área como a do direito fiscal, em que domina
o objetivo final de concretização do interesse colectivo.
Por outro lado, no direito fiscal não existe a possibilidade do sujeito activo da relação jurídica
tributária dispor do seu crédito, ao contrário do que sucede no direito privado, em que não está
vedada à parte credora essa possibilidade.
Por fim, a obrigação fiscal é doptada de força executiva, e composta por determinadas garantias
específicas, que determinam uma posição privilegiada para o credor tributário, no seio dos
credores comuns.
“Há que encarar frontalmente a questão e esclarecê-la no sentido de que, admitida nos quadros
do Direito dos Impostos a figura da obrigação tributária, da obrigação fiscal, ela se há-de incluir
5
Com destaque para a doutrina Germânica, acérrima defensora da não atribuição de natureza obrigacional à relação
tributária
6
Neste sentido FREITAS PEREIRA, Fiscalidade, 2014, 5ª Ed., pp. 276.
8
no conceito jurídico genérico de obrigação, que, embora elaborado pelo Direito Civil, constitui
um elemento comum do património cultural da doutrina jurídica7.”
A titularidade da receita fiscal é definida como a situação existente quando, por imposição
constitucional ou legal, as receitas proporcionadas por determinados impostos estejam
subjetivamente consignadas a determinados entes públicos que não tenham todas ou algumas das
outras titularidades fiscais activas8.
Já a capacidade tributária ativa, é associada ao papel de credor tributário, uma vez que este
conceito dirá respeito à qualidade de sujeito activo da relação de crédito em que a relação fiscal
7
V., SOARES MARTÍNEZ, Direito Fiscal, 2001, 10ª Ed., pp. 162.
8
vide CASALTA NABAIS, Direito Fiscal, 2012, cit., pp. 241.
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se consubstancia, consistindo, por conseguinte, na titularidade do crédito de imposto e demais
direitos tributários9.
Ora, auxiliando-nos das diferentes designações referidas, com que aliás tendemos a concordar,
cumpre tomar partido acerca da definição do conceito em análise pois, de facto, quando o
Legislador definiu o conceito de sujeito ativo, criou alguma margem para debate entre a doutrina.
Assim, consideramos que o sujeito ativo da relação jurídica tributária será aquele que detém o
verdadeiro direito de crédito. Aquele que, por via de determinada situação que originou o início
de uma relação a nível fiscal, é agora detentor de um direito de crédito sobre outra parte - esta
devedora -, podendo “cobrar os tributos diretamente, por intermédio dos seus órgãos de
administração tributária, ou por meio de terceiros, que constituirão seus representantes legais.”
9
Distinções elaboradas por CASALTA NABAIS, Direito Fiscal, 2012, cit., pp. 240-241.
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o encargo do imposto por repercussão fiscal e aquele que deva prestar informações sobre
assuntos tributários de terceiros, exibir documentos, emitir laudo em processo administrativo ou
judicial ou permitir o acesso a imóveis ou locais de trabalho.
Auxiliamo-nos da presunção do benefício, trazida à colação por alguns autores para mero auxílio
na determinação do sujeito passivo direto. De facto, tendemos a concordar com JOAQUIM
FREITAS DA ROCHA e HUGO FLORES DA SILVA 11 , que relacionam o sujeito passivo
direto da relação jurídica tributária àquele que for o primeiro e principal beneficiário dos
acréscimos ou vantagens que a tributação visa atingir, verificando-se, por conseguinte, a
presunção de benefício quanto ao mesmo.
Assim e para nós, como sujeito passivo direto poderá figurar quer uma única pessoa ou entidade
- sujeito passivo singular, quer mais que uma pessoa ou entidade, caso em que estaremos perante
um sujeito passivo plural.
11
colaboração na tarefa de prossecução do Interesse Público materializada na arrecadação da
receita tributária, a que são submetidos12.
Ressalta-se que obrigação tributária se diferencia de crédito tributário que é uma obrigação
tributária quantificada pelo fisco, ou seja, trata da própria obrigação tributária, mas já lançada,
titulada e individualizada. O crédito tributário quantifica, valoriza e materializa a obrigação
tributária, isto é, determina a quantidade do tributo, mediante o lançamento por autoridade
administrativa que é o acto que o constitui.
A obrigação principal surge com a ocorrência do facto gerador, tem por objecto o pagamento de
tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente.
Vale ressaltar que um crédito assim como seus respectivos juros e multas são considerados
obrigação tributária principal, vez que para ser uma obrigação tributária principal depende
exclusivamente do seu conteúdo pecuniário. Diferente do que é apresentado na esfera civil, onde
a coisa acessória segue a principal, pois só esta existe por si, abstrata ou concretamente. Logo, se
uma obrigação principal for nula, nula também será a respectiva (multa).
12
Assim, JOAQUIM FREITAS DA ROCHA/HUGO FLORES DA SILVA, Teoria Geral da Relação Jurídica
Tributária, pp. 84
12
A multa é o que o tributo não pode ser, nem por definição legal – uma sanção por acto ilícito.
Desta forma, a obrigação de pagar a multa tributária é uma obrigação tributária principal, ou seja,
a multa tributária não é tributo, mas a obrigação de pagá-la tem natureza tributária.
Em suma, a obrigação tributária principal é caracterizada pelo pagamento, seu objeto principal,
tanto do tributo ou da multa tributária, isto é, tal obrigação é sempre de dar – dinheiro, jamais de
fazer ou não fazer algo.
A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto as prestações, positivas
ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.
Obrigações acessórias existem com o interesse de fiscalizar ou arrecadar tributos, criadas com a
finalidade de facilitar a aplicação da obrigação tributária principal, bem como de possibilitar a
comprovação do cumprimento desta fiscalização.
Está ligada ao campo do “dever”, e não à exigibilidade, daí se fala em cumprimento da obrigação
tributária (adimplemento) ou não, o que provocará as consequências normais de cobrança do
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tributo. Cria um ambiente de direitos – pagar o tributo que a lei manda, ou seja, direito de o
Estado cobrar só o que a lei manda, e deveres – dever de pagar o tributo.
O facto gerador é considerado a situação de facto, previsto na lei tributária de forma genérica e
abstrata, ao ocorrer de plano, concretamente, viabiliza a materialização do direito ocorrendo,
assim, o nascimento da obrigação tributária, como principal ou acessória. Possui, ainda,
elementos básicos:
8. CONCLUSÃO
No presente trabalho, pudemos concluir que, em sua actividade financeira, o Estado necessita
captar recursos materiais para manter sua estrutura, disponibilizando ao cidadão-contribuinte os
serviços que lhe compete, como autêntico provedor das necessidades colectivas, e que a principal
fonte de receitas públicas é a cobrança de tributos direcionada aos objectivos fundamentais, tais
como a construção de uma sociedade livre, justa e solidária, a garantia do desenvolvimento
nacional, a erradicação da pobreza e da marginalização, tendente à redução das desigualdades
sociais e regionais, bem como a promoção do bem-estar da colectividade. Daí haver a
necessidade de uma positivação de regras que possam certificar tão relevante desiderato de
percepção de recursos, o que se dá por meio da ciência jurídica intitulada Direito Tributário,
também denominado Direito Fiscal.
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Por outro lado, concluímos que o estudo da relação jurídica tributária constituiu um elemento
essencial na nossa análise, pois foi por via deste que concluímos que no que tange as
características das obrigações, temos o sujeito passivo direto “aquela pessoa ou entidade que tem
uma relação pessoal e direta com o facto tributário ” , ou por outras palavras aquele que, ao se ter
em conta determinada relação jurídica tributária, figurará em primeiro lugar como vinculado ao
cumprimento da prestação que lhe estiver subjacente, e temos o sujeito passivo da relação
jurídica tributária que é “a pessoa singular ou colectiva, o património ou a organização de facto
ou de direito que, nos termos da lei, está vinculado ao cumprimento da prestação tributária, seja
como contribuinte direto, substituto ou responsável.
Quanto a espécie, concluímos que a obrigação tributária é principal ou acessória, sendo que a
obrigação principal surge em razão do facto gerador, seu objectivo final é o pagamento tanto da
prestação pecuniária – tributo, ou penalidade pecuniária – multa, ao passo que a obrigação
acessória é caracterizada pelas prestações de cunho positivo ou negativo, ou como são
classificadas pelo Direito Civil de obrigações de fazer ou deixar de fazer, previstas no interesse
da fiscalização dos tributos ou da arrecadação.
9. REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA
AMARO. Luciano. Conceito e classificação dos tributos. Revista de Direito Tributário
Nacional. São Paulo. Saraiva. 1998;
Carlos, Américo Fernando Brás, Impostos: Teoria Geral, 4ª edição, Almedina, 2014;
Catarino, João Ricardo et Guimarães, Vasco Branco, Lições de Fiscalidade Volume I,
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Dória, António Roberto Sampaio, A evasão fiscal legítima: conceito e problemas, CTF,
1970;
Gomes, Nuno de Sá, Evasão fiscal, infração fiscal e processo penal fiscal, 2000;
Joaquim, Freitas DA Rocha/Hugo Flores Da Silva, Teoria Geral da Relação Jurídica
Tributária
Martínez, Pedro Soares, Direito Fiscal, 10ºedição, Almedina, 2000.
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