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Ánodo: Lado esquerdo da célula onde tem lugar a oxidação. É, por convenção, o
eléctrodo de referência.
Cátodo: Lado direito da célula onde tem lugar a redução. É, por convenção, o eléctrodo
de trabalho.
Ag+(aq) + e- Ag(s)
b) uma célula onde cada um dos eléctrodos ocupa um espaço separado. Estas células
são unidas através da ponte salina e são conhecidas como células com junção
líquida.
A célula com junção líquida apresenta uma legenda descritiva de todo o processo que
tem lugar na mesma: a reacção de oxidação que tem lugar no ánodo, a reacção de
redução que tem lugar no cátodo, o movimento dos electrões do ánodo para o cátodo
através do circuito externo e o movimento do catião da ponte salina para o cátodo e
dos aniões da ponte salina para o ánodo.
1 0.05916 1
Ecel = (E0Ag+/Ag ─ 0.05916 log ) ─ (E0Zn2+/Zn ─ log )
[𝐴𝑔+ ] 2 [𝑍𝑛2+ ]
2+
0.05916 [𝑍𝑛 ]
Ecel = (E0Ag+/Ag ─ E0Zn2+/Zn ) ─
2 [𝐴𝑔+ ]2
Na potenciometria Ecátodo é normalmente desconhecido. Se Ecélula é determinado e
Ereferência conhecido, pode-se determinar Ecátodo
R T 1
Ecátodo = E0cátodo ─ 2,303 log
n F [𝑂𝑥𝑖𝑑𝑎𝑑𝑎]
n F
( E Cátodo E Cátodo ) R T
0
10 = [Oxidada]
Que outras formas se pode usar para determinar a concentração da espécie activa?
A = ε x b x C
No caso do potencial temos uma relacção entre o potencial e o logaritmo da
concentração
R T 1
Ecátodo = E0cátodo ─ 2,303 log
n F Oxidada
Este aspecto introduz uma ligeira diferença no processamento dos resultados. P.ex.,
no desenho da curva de calibração não vamos colocar no gráfico “Sinal medido” versus
“Concentração” mas sim
Eléctrodo activo (Zn), quando o electrodo toma parte na reacção que tem lugar na
célula electroquímica. No caso do exemplo a seguir, o zinco do electrodo é
consumido no processo.
Zn|ZnSO4(aZn2+=0.010)||CuSO4(aCu2+=0.010)|Cu
Neste eléctrodo a reacção que tem lugar ocorre entre os iões Fe2+ e Fe3+:
Fe3+ + 1e- → Fe2+
Eléctrodos de referência
E assenta na reacção
Este eléctrodo tem, por convenção, um potencial igual a E0Pt,H2(1 atm)|H+(1 M) = 0,0 Volts.
Foi, durante muito tempo, usado como base para a determinação dos potenciais
padrão de várias espécies.
2. Eléctrodo calomelano
Ks = [Hg+]2 x [Cl-]2
e
𝐾
[Hg+] = √ −𝑆 2
[𝐶𝑙 ]
Como resultado da baixa solubilidade do sal Hg2Cl2 e com base na equação do produto
de solubilidade descrita atrás, a equação de Nernst para o eléctrodo de mércúrio,
descrita pela equação
1
E = E0 ─ 0.05915 log
[𝐻𝑔+ ]
[𝐶𝑙 − ]2
E = E0Hg+/Hg ─ 0.05915 log √
𝐾𝑆
onde
Estes eléctrodos, onde a espécie activa é um metal mas o seu potencial é regulado pela
concentração de um anião, são conhecidos como electrodos de 2ª ordem. O tratamento
deste tipo de eléctrodo será feito com mais detalhes mais abaixo.
No uso do eléctrodo com a solução não saturada do KCL o potencial depende menos
da temperatura mas oscila com a evaporação da solução. De acordo com os produtores,
o eléctrodo calomelano não deve ser usado à temperaturas acima dos 80˚C.
Ks = [Ag+] x [Cl-]
𝐾𝑆
[Ag+] =
[𝐶𝑙 − ]
1
E = E0Ag+/Ag ─ 0.05915 log
[𝐴𝑔+ ]
e tomando como base a relacção que nos ajuda a exprimir a concentração do ião prata
pela concentração do ião cloreto, podemos transformar a equação anterior para ficar
com a forma
[𝐶𝑙 − ]
E = E0Ag+/Ag ─ 0.05915 log
𝐾𝑆
0,05915
E = E0AgCl/Ag ─ log [Cl-]
1
onde
Dependendo da espécie com a qual se combina, a prata pode formar vários eléctrodos
de 2ª ordem, com potenciais padrão diferentes do potencial padrão da espécie básica
(E0Ag+/Ag = +0.799 V). Como vimos na equação anterior, o potencial padrão do eléctrodo
de 2ª ordem inclui duas componentes: o potencial padrão da espécie básica (E0Ag+/Ag =
+0.799 V) mais o produto de solubilidade do sal formado pela prata:
Eléctrodos de trabalho
Referência||Mnn+(C=?)|Mn(s)
AgI(s) + e- I- + Ag(s)
e o seu potencial pode ser deduzido de forma análoga a usada atrás para o eléctrodo
a base de AgCl:
1
E = E0Ag+/Ag ─ 0.05915 log
[𝐴𝑔+ ]
[ 𝐼−]
E= E0Ag+/Ag ─ 0.05915 log
𝐾𝑆
0,05915 1
Ecel = Erefer ─ log
𝑛 [𝑃𝑏2+ ]
Como a [Pb2+] é regulada pelo KsPbC2O4 e a do [C2O42-], por sua vez, pelo KsCaC2O4,
𝐾𝑆 (𝑃𝑏2𝐶2𝑂4) 𝐾𝑆 (𝐶𝑎𝐶2𝑂4)
[Pb2+] = [C2O42-] =
[𝐶2 𝑂4 2− ] [𝐶𝑎2+ ]
Ks PbC2O4
[Pb2+] = x [Ca2+]
Ks CaC2O4
e o potencial
0,05915 Ks PbC2O4
Ecel = Erefer + log + 0.05915 log [Ca2+]
𝑛 Ks CaC2O4 n
0,05915 [𝐹𝑒 2+ ]
Ecel = K ─ log
𝑛 [𝐹𝑒 3+ ]
Refer|| [A]amostra|[A]interno||ReferInt
0,05915
Ecél = K + log [A]amostra
𝑛
O eléctrodo de ião selectivo não é específico para um dado ião. Ele responde
preferencialmente à um determinado ião e o seu potencial pode ser influenciado, em
amior ou menos escala, por outras espécies presentes na solução.
No caso ideal
0,05915
Ecél = K + log [A]amostra
𝑧
Nos casos reais o potencial de célula é influenciado pela presença de outros iões
presentes na célula, que são vistos como interferentes. Para além da contribuição da
espécie de interesse, o potencial do eléctrodo sofre influência de outras espécies
presentes, de acordo com a equação
ZA
N
log ([A]amostra + K Aj J
Zj
0,05915
Ecél = K + )
𝑧 j 1
AE
KAj =
J E
[A]E e [J]E são as concentrações de amostra e interferente que dão o mesmo valor de
potencial:
Pergunta de controle:
0,05915 1 1
Ecel = Erefer ─ log - log
𝑛 f M n [𝑀𝑛+ ]
0,05915 1
EX = K ─ log
𝑛 [𝑀𝑛+ ] 𝑋
0,05915 1
EX+P = K ─ log
𝑛 [𝑀𝑛+ ]𝑋+𝑃
𝑉𝑋 𝑉𝑃
CX+P = CX + CP
𝑉𝑋 + 𝑉𝑃 𝑉𝑋 + 𝑉𝑃
Por causa da relação entre o potencial e a concentração, já não
trabalhamos com a razão dos sinais obtidos nos dois ensaios, mas com a
diferença
𝑉𝑋 𝑉
0,05915 CX + CP 𝑉 +𝑃𝑉
𝑉𝑋 + 𝑉𝑃
EX+P ─ EX = log 𝑋 𝑃
𝑛 𝐶𝑋
𝑉𝑋 𝑉𝑃
CX + CP
0,05915 𝑉𝐵𝑎𝑙𝑎𝑜 𝑉𝐵𝑎𝑙𝑎𝑜
EX+P ─ EX = log 𝑉𝑋
𝑛 𝐶𝑋
𝑉𝐵𝑎𝑙𝑎𝑜
Pergunta de controle:
A célula
Titulação:
Pode ser definida como a monitoria da variação de uma grandeza quando se
adiciona continuamente titulante a esta solução
Grandeza monitorada:
A grandeza monitorada depende do tipo de titulacao. Nas titulaçoes ácido-base
que aprendemos em anos anteriores, a grandeza monitorada é o pH. Na condução
destas titulaçoes, adicionamos titulante até o momento onde observamos a
mudanca de cor do indicador.
Este aspecto permite usar este tipo de titulaçoes para as titulaçoes ácido-base e
para titulações cujo decurso assenta em reacções de precipitação, reacções de
oxidação-redução, reacções de complexação, que pela sua natureza afectam a
detrminação do ponto de viragem no caso das titulaçoes ácido-base.
b) Região onde tem lugar a variação do pH com o volume de titulante após o ponto
equivalente (ponto final da titulação).
a) a reacção que está a ter lugar com o titulante, que causa uma diminuição do
número de moles da espécie titulada;
0 0
𝐶𝐻𝐶𝑙 × 𝑉𝐻𝐶𝑙 ─ 𝐶𝑁𝑎𝑂𝐻 × 𝑉𝑁𝑎𝑂𝐻
[H+] =
𝑉𝐻𝐶𝑙 + 𝑉𝑁𝑎𝑂𝐻
b) Na titulação de um ácido fraco (CH3COOH) com uma base forte (NaOH), o cálculo
da [H+] antes do ponto equivalente assenta inicialmente na determinação da
concentração de ácido ainda não titulado (CH3COOH remanescente)
0 0
𝐶𝐶𝐻3𝐶𝑂𝑂𝐻 × 𝑉𝐶𝐻3𝐶𝑂𝑂𝐻 − 𝐶𝑁𝑎𝑂𝐻 × 𝑉𝑁𝑎𝑂𝐻
[CH3COOH] =
𝑉𝐶𝐻3𝐶𝑂𝑂𝐻 + 𝑉𝑁𝑎𝑂𝐻
do CH3COO- já formado
0 0
[CH3COO-] ==
𝐶𝑁𝑎𝑂𝐻 × 𝑉𝑁𝑎𝑂𝐻
𝑉𝐶𝐻3𝐶𝑂𝑂𝐻 + 𝑉𝑁𝑎𝑂𝐻
[𝐻 + ] × [𝐶𝐻3𝐶𝑂𝑂− ]
Ka =
[𝐶𝐻3𝐶𝑂𝑂𝐻]
𝐾𝑎 ×[𝐶𝐻3𝐶𝑂𝑂𝐻]
[H+] =
[𝐶𝐻3𝐶𝑂𝑂− ]
0 0
𝐶𝑁𝑎𝑂𝐻 × 𝑉𝑁𝑎𝑂𝐻 − 𝐶𝐶𝐻3𝐶𝑂𝑂𝐻 × 𝑉𝐶𝐻3𝐶𝑂𝑂𝐻
[OH-] =
𝑉𝐶𝐻3𝐶𝑂𝑂𝐻 + 𝑉𝑁𝑎𝑂𝐻
seguida da determinação da [H+] a partir do produto iónico da água
𝐊𝐖
[H+] =
[𝐎𝐇 − ]
Exercícios: Potenciometria
6. O zinco não pode ser usado como eléctrodo de 1ª ordem em meio ácido. Explique
porquê. Quais são os outros eléctrodos de 1ª ordem que acha que terão o mesmo
comportamento?
Represente uma célula que usa o eléctrodo de prata como cátodo e o electrodo
calomelano como ánodo, que pode ser usada para determinar a concentração de
S2-. Derive a equação que relaciona o potencial da célula com a [S2-].
10. Deduza se uma lâmina de chumbo (E0Pb2+/Pb = - 0,126 V) mergulhada numa solução
ácida de pH = 4 e [Pb2+] = 0,100 eq L-1, poderá servir como eléctrodo de 1ª ordem?
13. A célula
Eléctrodo calomelano||H+(c= ? M)|Eléctrodo de vidro
dá um potencial de 0,2094 V, quando a solução no compartimento da direita é um
tampão com pH 4,006. Ao substituir este tampão por duas soluções desconhecidas
obtêm-se os potenciais -0,3011 e +0,1163 V. Calcule o pH e a [H+] das duas
soluções.
CrO42-:
E (ESC) = +0,244 V
17. Na titulação potenciométrica de uma mistura dos iões Cl- e I- com uma solução de
18. Considere a titulação de uma solução de Fe2+ com uma solução de MnO4- 0,100
mol/L em HCl 3 mol/L. Gastou-se 3,50 mL de titulante.
20. A concentração do Ca2+ numa amostra de água do mar foi determinada usando um
eléctrodo de ião selectivo para o Ca2+. Para o efeito transfere-se 10,00 ml da
amostra para um balão volumétrico de 100,00 ml e dilui-se até o volume. Toma-se
uma porção de 50.00 ml para um copo, introduzem-se os eléctrodos de trabalho e
de referência e mede-se o potencial obtendo-se o valor -0,05290 V. Em seguida,
adiciona-se ao contéudo do copo 1,00 ml de uma solução padrão de Ca2+ com
concentração 5,00x10-2 M, mede-se o potencial e obtém-se o valor -0,04417 V. Qual
é a concentração (em ppm) do Ca2+ na amostra de água do mar?
21. Na sua fase inicial a potenciometria era muito usada na determinação do pH.
Descreva os problemas que se verificam na determinação do pH, quando se usa o
eléctrodo de vidro.
22. Compare a titulação potenciométrica com a titulação onde se usam indicadores.
Liste as vantagens e desvantagens de cada um dos métodos.
23. 0,400 gramas de uma amostra de pasta dentífrica são fervidos com 50 ml de uma
solução contendo um tampão a base de citrato e NaCl, para se extrair o ião
fluoreto. Após o arrefecimento a solução foi diluída até os 100 ml. Toma-se uma
porção de 25 ml e mede-se o potencial com um eléctrodo de ião selectivo e obtém-
se o valor -0,1823 V. Em seguida adiciona-se 5,0 ml de uma solução contendo
0,00107 mg/ml de ião fluoreto, mede-se o potencial e obtém-se o valor -0,2446 V.
Calcule a percentagem de ião fluoreto na amostra de pasta dentífrica.
[Penicilina]
Potencial (mV)
M
1.0 x 10-5 96
1.0 x 10-6 80
Construa a curva de calibração com base nesta série de valores e
25. O electrodo de ião selectivo pode ser incorporado numa célula dinâmica para
monitorar a concentração de padrões e amostras de um analito, que são
bombeadas através da célula. Quando o analito passa pela célula regista-se um
pico proporcional ao potencial desenvolvido. Esta célula foi usada para determinar
a concentração de K+ numa amostra de sangue, usando padrões preparados numa
matriz de 0,014 M de NaCl, tendo-se obtido os resultados seguintes:
mM proporcional)
0,1 25,5
0,2 37,2
0,4 50,8
0,6 58,7
0,8 64,0
1,0 66,8
Vol de F
Ensaio 1 Ensaio 2 Ensaio 3
mL
0,00 - 79 - 82 - 81
1
Os volumes de F- foram sendo adicionados de forma crescente as mesmas soluções. Primeiro
adicionou-se 1 mL a cada uma das três soluções, depois mais 1 ml e assim sucessivamente.
Vol de F-
Ensaio 1 Ensaio 2 Ensaio 3
em mL
0.00 - 55 - 54 - 55
1.00 - 82 - 82 - 83
2.00 - 94 - 94 - 94