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Anemia infecciosa equina (AIE)

Profa Heloisa Godoy


Introdução
 Principais enfermidades infecciosas de equino, asininos e muares
 Notificação obrigatória
 Doença vitalícia (crônico)
 Causada por um retrovírus
 Transmitida por vetores dípteros hematófagos
 Não é uma zoonose
Introdução
Sinonímia:
 Maladie de Valleu,
 AIDS do cavalo,
 Anemia Perniciosa Progressiva,
 AIE,
 Febre dos pântanos
 Febre das montanhas
 Mal do Cochilo
 Malária equina
Introdução
Importância
• Médica : não é uma zoonose , sendo restrita aos equídeos.
• Social: cavalos usados como força de trabalho
• Econômica: Falta de indenização aos proprietários
• Endêmica não é obrigatório o sacrifício do animal, diminui a força de
trabalho
• Criadores interessados na melhoria das raças, além de impedir o
acesso ao mercado nacional e internacional
O diagnóstico laboratorial é de fundamental importância para detecção
dos portadores da doença que, de acordo com a legislação (Instrução
Normativa D.A.S. no . 16, de 18 de fevereiro de 2004), devem ser
sacrificados, promovendo o saneamento dos rebanhos
Histórico
• 1843 – França – regiões alagadas
mortalidade Debilidade

Rápida disseminação no país

• 1904- Vallée e Carré- identificaram o agente

• 1970 – Leory Coggins = Diagnóstico

• Anos 80 – maior fiscalização no Brasil - AIDS/AIE


Histórico
• 1952 - Brasil, Manente admitiu, em, a existência da doença em São
Paulo 1967 - foi oficialmente reconhecida Jockey Clube do Rio de
Janeiro

• 1976, um surto de grandes proporções ocorreu na região do pantanal


mato-grossense
Introdução
Definição:

“Doença infecciosa viral caracterizada por febre recorrente, anemia e


infecção persistente ao longo da vida dos equídeos.”

resultando em episódios periódicos de febre


hemorragias,
redução no número de glóbulos brancos e plaquetas
supressão transitória da resposta imunológica
Introdução
DEBILITANTE AO HOSPEDEIRO

 EPISÓDIOS SINTOMÁTICOS RECORRENTES

 CARÁTER CRÔNICO, ASSINTOMÁTICO EM


ASININOS

 VÍRUS COM ELEVADA DIVERSIDADE


MOLECULAR
Agente etiológico

• Família Retroviridae
• Subfamília Lentivirinae
• Gênero Lentivirus
Agente etiológico
Agente etiológico
• 90 -140 nm
• RNA
• Envelopado
• Proteina P26 (antigenicidade e utilizada
nos testes IDGA)

• Tropismo
órgãos: baço, fígado, pulmões, linfonodos e
medula óssea
Células: monócitos e macrófagos células
endoteliais vasculares
Resistência
 inativado em poucos minutos por desinfetantes comuns que contêm detergentes,
hidróxido de sódio, hipoclorito de sódio, pela maioria dos solventes orgânicos e
pela clorexidina

 56ºC por 30 minutos

 Permanece infeccioso por 96 horas em agulhas hipodérmicas


Epidemiologia
• O Brasil ocupa a quarto posição mundial em relação ao número de
equídeos (2007)

• Distribuição mundial especialmente em regiões úmidas e pantanosas

• Animal infectado é o único reservatório da doença

• No Brasil, estima-se que no Pantanal a prevalência chega a 40%


Epidemiologia
Cadeia de transmissão
Transmissão

Animal infectado – animal susceptível


(Horizontal)
Transplacentária – (vertical)
Venérea??? Raro (1 caso)
Sangue contaminado
Cadeia de transmissão
• Insetos hematófagos
Tabanídeos
Stomoxys spp (mosca do estábulo)
Culicoides spp (mosquito pólvora)
Cadeia de transmissão
• Via eliminação
Leite materno, sêmen??

• Meios de transmissão
agulhas, freios, esporas
Patogenia

Macrófagos Baço , linfonodos e Rins e glândulas


pulmão adrenais

1ª replicação em Monócitos e macrófagos

Aumento de Resposta imune

Ac

Resolução do
Replicação reduzida quadro 1
Patogenia

Resolução do
quadro 1 Ac

Mutação Ac Resolução do
quadro 2
Pro-vírus

Replicação presente
Sinais clínicos
• Febre viremia

• Anemia
• Perda de peso
• Anorexia
• Depressão
Diagnóstico
• Clínico – sinais inespecíficos

• Laboratorial
- Método definitivo
- Teste sorológico = Ac
- Método oficial = MAPA =OIE
Diagnóstico
• Laboratórios credenciados
• Técnico treinado pelo MAPA
• Muito burocrático
IDGA ou Teste de Coggins
Prevenção e controle
• IN 7, de 8 de maio de 2008
• Programa Nacional de Sanidade dos Equídeos
-AIE, Mormo, Influenza equina e raiva

-Medidas fundamentais
Validade do exame de 60 dias após a colheita
Abate dos positivos – OBRIGATÓRIO F.F.A e do F.A.E
Prevenção e controle
• Controle de insetos
• Uso de agulhas descartáveis e reutilizadas
• Certificação da sanidade do animal (compra)
Prevenção e controle

Protocolo de exames
Realização de exames - colheita

Exclusiva do MV
3 vias
Proprietário
SSA
Laboratório
• Inúmeros documento exigidos
3 vias
Proprietário
SSA
Laboratório

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