Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
UNITERMOS
TRAUMATISMOS DA MÃO; TRAUMATISMOS DOS DEDOS.
KEYWORDS
HAND INJURIES; FINGER INJURIES.
SUMÁRIO
A identificação e o manejo precoce das lesões de extremidades distal dos
dedos são medidas fundamentais para um melhor desfecho estético e funcional
1
. A conduta inicial deve-se pela boa avaliação da lesão. Com isso, buscamos
esclarecer conceitos fundamentais para a preservação do membro.
SUMMARY
Identification and early management of distal finger injuries are
fundamental for a better aesthetic and functional outcome 1. The initial
approach should be the proper assessment of the injury. Thus, we seek to clarify
key concepts for limb preservation.
INTRODUÇÃO
O trauma de mão representa um tipo de lesão que pode deixar sequelas
funcionais importantes. O conhecimento adequado do primeiro atendimento
nas lesões mais frequentes da extremidade distal dos dedos tem impacto
importante para a prevenção de desfechos desfavoráveis. Em virtude disso,
este capítulo abordará de forma objetiva as principais lesões deste segmento.
INVESTIGAÇÃO E CONDUTA
As lesões de extremidade distal dos dedos, composta pela falange óssea,
complexo ungueal e polpa digital, constituem uma das principais causas de
lesão do membro superior, correspondendo a 45% dos atendimentos de
emergência e também a principal causa de amputação de membro superior 2.
Muitas dessas situações podem ser manejadas por médico plantonista,
apresentando melhora do desfecho funcional e estético, se abordadas em um
primeiro momento3. Em virtude de sua prevalência no atendimento inicial, este
capítulo abordará de forma objetiva principalmente as lesões do aparelho
ungueal por ser a mais frequente 3, seguida de lesões tendinosas, amputação da
falange distal, fraturas e luxações, entre outros.
Na chegada do paciente, é feita uma breve anamnese para que se saiba o
mecanismo do trauma e as possibilidades de lesões. Ao exame físico observa-se
inicialmente a vascularização da extremidade distal (enchimento capilar) e após
pede-se para o paciente fletir e estender as falanges dos dedos, afim de que se
identifique alguma lesão tendínea. Uma lesão muito frequente é a lesão do
tendão extensor, que se apresentará por flexão da falange distal (dedo em
martelo)4. O próximo passo seria identificar fraturas e luxações por meio do raio
X. Lembramos que luxação de articulação é considerada uma urgência médica e
deve ser diagnosticada e reduzida.
CONCLUSÃO
Tendo em vista que a população mais afetada nesse tipo de lesão é a
economicamente ativa, a má preservação distal da mão pode ter impacto
socioeconômico negativo nesse tipo de paciente em idade laboral 5. Reforçamos
a ideia de que a atenção no atendimento primário tem como objetivo diminuir
consequências desfavoráveis e sequelas funcionais deste tipo de trauma.
REFERÊNCIAS
1. Braga Silva J, Gehlen D. Conduta das lesões da extremidade distal dos dedos. Rev AMRGS.
2008;52(3):223-30.
2. Braga Silva J. Cirurgia da mão: trauma. Rio de Janeiro: Revinter; 2003.
3. Braga Silva J, Gerhardt S. Trauma do complexo ungueal. Rev Bras Ortop. 2014;49(2):111–5
4. Wang QC, Johnson BA. Fingertip injuries. Am Fam Physician. 2001;63(10):1961-6.
5. Braga Silva J, Gazzalle A, Alvarez G, et al. Amputação x Reimplante. Rev AMRGS. 2011;55 (4):375-9.
6. Braga Silva J, Muñiz AR, Ramos RFM, et al. Trauma complex da mão parte II: lesão óssea, amputação
e reimplante, perda de substancia dos dedos, lesão da polpa digital e lesão ungueal. Rev AMRGS.
2014;58(4):291-301.
7. Braga Silva J, Muñiz AR, Ramos RFM, et al. Trauma complex da mão parte I: lesão vascular, lesão
nervosa, lesão tendínea. Rev AMRGS. 2014;58 (3):240-6.
8. Alwis W. Fingertip injuries. Emerg Med Australas. 2006;18(3): 229-37