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UNIVERSIDADED FEDERAL DE ALAGOAS

CAMPUS SERTÃO

NOME: Genilda Maria da Silva

CURSO: Geografia DATA:01/09/2014 DISCIPLINA: Geografia da População

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

SANTOS, M. O “espaço do cidadão.” S. Paulo: Nobel, 1987. Pp.7-18

CREDENCIAIS DO AUTOR

Milton Almeida dos Santos, casado, dois filhos, nascido em 03-05-1926,


em Brotas de Macaúbas, Bahia. Bacharel em Direito pela Universidade Federal
da Bahia em 1948; Doutor em Geografia pela Université de Strasbourg, na
França em 1958; foi professor universitário; em 1964 deixou o Brasil em razão
do golpe militar, dando seguimentos a sua carreira internacional; escreveu
vária obras uma delas foi o livro Por Uma Nova Geografia, HUCITEC-EDUSP,
São Paulo 1978 (5°edição 1996), seus estudos sempre voltados para a
sociedade.

PERSPECTIVA TEORICA DO AUTOR

O autor demonstra os vários conceitos de cidadania e o que é ser um cidadão


no nosso país, faz uma analise critica aos fatores que ocorrem no Brasil.

RESUMO

O texto é constituído de seis subtemas, em que cada um apresenta uma


compreensão diferente sobre cidadania e como é conceituada; ao mesmo
tempo em que questiona o que é ser cidadão.

No primeiro momento o autor define cidadania e diz como a mesma


deveria ser, e como cada indivíduo é omisso aos seus direitos de cidadão, pois
os mesmos buscam a liberdade, mas não com tanta determinação. Talvez nem
saibam o que é um cidadão, devido à sociedade está mais preocupada com os
privilégios do que com seus direitos de cidadão.

Em outro ponto, em um rápido relato histórico, o autor nos mostra que o


conceito de cidadania naquele momento foi muito pertinente: na qualidade de
membro, pois sendo membro de um Estado-nação, todos os cidadãos
adquiriam status de cidadão podendo participar da construção da sociedade;
com os direitos de cidadania garantido, poderiam formar associações e as
mesmas serem ouvidas. E mesmo com as transformações e as revoluções que
ocorreram aos poucos os ideais de cidadania foram se adaptando.
Logo mais adiante, o autor fala dos retrocessos que a cidadania teve, ou
seja, devido à crise econômica, veio o desemprego e assim algumas
conquistas sociais regrediram; com a entrada do capitalismo na vida das
pessoas, tudo se torna instrumentalizado, as relações sociais, a busca frenética
por status e não mais por valores, e desconsideram os direitos conquistados.

No ultimo momento ele fala do subdesenvolvimento da cidadania, pois a


mesma está associada à divisão internacional do trabalho; e que países
economicamente fortes, tendo como riqueza a cidadania, ainda exista
desigualdades; e como o crescimento econômico desenvolvido em
determinado lugar veio a agravar ainda mais essas desigualdades. Cria-se uma
sociedade consumidora em massa, onde o individuo não é visto como cidadão
e sim como consumidor e essa sedução pelo consumo é facilitada pela mídia.

De modo geral, o autor diz que não há quase cidadãos, pois a sociedade
se preocupa mais com os privilégios que podem ter do que com os seus
valores; a cidadania é algo que se aprende e não se impõem; ser cidadão é ser
um individuo dotados de direitos, mas às vezes são desconhecidos. O
indivíduo completo é aquele que tem a capacidade de entender o mundo, a sua
situação no mundo e que, se ainda não é cidadão, sabe pelos menos o que
poderiam ser seus direitos. E acrescenta, existem aqueles que não querem ser
cidadãos (a burguesia) e os que não podem ser cidadãos (os demais
indivíduos), ou seja, a classe dominante e que só pensam em enricar mais
ainda, enquanto os menos favorecidos são esmagados por um crescimento
econômico distorcido.

O texto nos propôs um questionamento sobre a cidadania e o que é ser


cidadão, trouxe também seus conceitos e informações relevantes às
discursões que “não” fazemos, e que nós mesmos nem sabemos o que é
cidadania; muito se fala em direitos do cidadão, que temos direito a cidadania,
mas quais são esses direitos, essa cidadania. O que vemos é uma
desigualdade de direitos tamanha, em que esses direitos de cidadãos viram
uma “piada”; quando dizemos, por exemplo, que é direito do cidadão a
educação de qualidade, percebemos que deixa a desejar, pois o que vemos
são escolas muitas vezes sem professores e em más condições estruturais.
Podemos ver ainda que no Brasil ainda existe pessoas que mal sabem ler ou
que são analfabetos, mas que tem dentro da sua casa tem um instrumento de
manipulação e que só faz denegrir os direitos conquistados; sem falar que os
negros não podem ser cidadãos e seus direitos respeitados a cidadania não é
respeitada; diante dessa circunstancia, o texto nos possibilita uma reflexão
maior sobre a cidadania e o ser cidadão, fazendo com que possamos
aprofundar mais sobre as questões tratadas pelo autor.

O texto de Milton Santos tem por objetivo discutir qual o lugar do cidadão
na sociedade no que diz respeito aos seus direitos, e proporcionar um
conhecimento maior sobre os questionamentos tratados pelo autor, de maneira
que possamos buscar um aprofundamento maior que nos auxilie para o
desenvolvimento do nosso senso crítico e que contribua com processo de
formação acadêmica.

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