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História

High Speed Machining (HSM), ou ainda High Speed Cutting (HSC), é a mais nova
tecnologia em usinagem. 0 conceito HSC, foi desenvolvida em 1931 pelo engº
alemão Carl Salomon. A primeira produção orientada em HSC, teve início em
1976 com a indústria aeroespacial, e ainda hoje, este é o ramo que mais utiliza
esta tecnologia como ferramenta de produção, além da indústria de confecção de
moldes e matrizes.

Conceito

A ideia consiste em aumentar a velocidade de usinagem e assim diminuir a


temperatura da peça sendo usinada, causando assim um menor enfraquecimento
do material. A razão é que a velocidade de corte, é maior do que a velocidade
de condução térmica, a concentração térmica dissipa-se em maior parte no
material removido (cavaco). Não existe uma velocidade que determina se o
processo de usinagem está ou não sendo feito em HSC, pois estes valores
depende de outros fatores como dureza do material a ser usinado, tipo da
ferramenta utilizada, ect... . A utilização da tecnologia HSC depende tanto da
mecânica quanto da eletrônica que a equipa, por isso o conjunto completo que
forma a máquina, deve ser desenvolvido para tal finalidade. Os itens mais
importantes na questão da mecânica são o spindle e o cabeçote (toolholder),
pois a ferramenta está diretamente ligada a estes dois componentes (no caso
de um centro de usinagem).

Velocidades e avanços

A usinagem pode ser considerada HSM, quando é empregada uma velocidade


de corte de 5 a 10 vezes maior que o convencional, utilizado em um
determinado material. A HSC impõe exigências particulares à máquinas e
ferramentas:
 São necessárias altas velocidades (RPM) para atingir as velocidades de
corte desejadas no processo.
 Enormes faixas de avanço resultantes, e os dados necessários para a
aceleração podem ser obtidos apenas com fusos de acionamento
dinâmico
(dynamic main drives) e estruturas de máquina estáveis.
 Comandos rápidos e modernos são absolutamente essenciais
para a implementação de processos de alta velocidade
Atualmente podem trabalhar com acelerações da ordem de 10 m/s², e máquinas
HSC com motores lineares, trabalham hoje com acelerações da ordem de 30
m/s².
Atualmente pode- se encontrar eixos- árvore com freqüência de rotação de até
100.000 rpm, embora seja mais comum a faixa de 15.000 á 40.000 rpm.
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Ferramentas

O aumento da velocidade de corte, pode-se ter um ganho no volume de


material removido, porem, um fator negativo que o processo apresenta é uma
redução da vida útil da ferramenta de corte. O processo de desgaste de uma
ferramenta de corte tem como um dos fatores de influência o calor no processo
de corte. A temperatura na região de contato ferramenta-peça pode atingir
1400°C, sendo este o fator predominante para o referido desgaste da ferramenta.
Em processo HSC, não é possível a remoção de altas profundidades de corte em
aços endurecidos. A aresta de corte não suportaria pressão e calor gerados em tal
situação. Altas remoções em usinagem HSC são possíveis em ligas de alumínio,
alguns metais não-ferrosos e parcialmente em ferros fundidos não tratados. Nos
processos HSM, as ferramentas utilizadas são constituídas de materiais com altas
resistências ao desgaste e temperaturas como:

Metal-duro
PCBN
Cerâmicas
Diamantes.
Ferramentas revestidas em Titânio(Ti) e diamantadas.

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,Vantagens da tecnologia HCS\HSM

 Tempos de produção minimizados devido aos tempos de máquinas paradas


que são extremamente menores.
 Custos de fabricação reduzidos devido a ciclos totais de produção mais
rápidos.
 Altas taxas de remoção de material.
 Menor aquecimento da peça, especialmente no fresamento.
 Maior qualidade de acabamento.
 Não necessidade de fluidos de corte para refrigeração.

A não necessidade de utilização de líquidos refrigerantes nos processos de


usinagem é um dos maiores desafios que a indústria enfrenta. As situações
envolvidas justificam e torna praticamente obrigatória esta união, a refrigeração
por líquidos reduz o desgaste da ferramenta, dissipam o calor da peça e da
máquina, auxiliam no escoamento dos cavacos e removem os resíduos de corte,
condições absolutamente importantes para um bom processo de usinagem. Mas
inconveniências relevantes como o aumento nos custos da produção industrial
relacionado à sua obtenção, incompatibilidade entre refrigerantes e materiais a
serem usinados, meio ambiente e os riscos potenciais à saúde dos operadores, são
desvantagens relevantes na utilização desses líquidos.

Conclusão

Podemos assim concluir que, a tecnologia HSC\HSM, traz grandes ganhos para a
indústria metal mecânica, o aumento da produtividade, a maior precisão e
melhor acabamento nos processos de usinagem, são os pontos relevantes para se
optar pela utilização da tecnologia HSC/HSM, além disso, a ressalva do grande
ganho no que toca a questão ambiental, por ser um processo que não requerer a
utilização de óleos solúveis para refrigeração de componentes, torna assim o
trabalho mais limpo e produtivo.
Nos últimos anos, a evolução na área da usinagem mecânica foi notável, mas a
indústria moderna necessita cada vez mais de novas tecnologias.
Á ainda muitas pesquisas em estudo para o aperfeiçoamento de máquinas,
equipamentos e ferramentas; fusos de esferas e guias lineares, nos equipamentos;
materiais altamente resistentes, arestas de corte com geometrias inovadoras em
ferramentas; são alguns dos avanços que proporciona cada vez mais ganho de
produtividade na questão que tange a usinagem de materiais metálicos na produção
industrial.

Bibliografia: WWW.moldesdeinjesão.com.br, WWW.simiens.com,


ebah.com (usinagem moderna), WWW.omundo da usinagem.com.br .

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