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18/11/2022 16:23 CST - CÓDIGO DE SITUAÇÃO TRIBUTÁRIA

CST - Código de Situação Tributária


Os Códigos de Situação Tributária foram criados por meio do Ajuste SINIEF 03/94, que alterou o Convênio SINIEF s/n°, de
15.12.1970, acrescentando o anexo com os referidos códigos.

A tabela foi alterada por meio do Ajuste SINIEF 02/95, que acrescentou novos códigos. Nesta época, o Código de Situação
Tributária era composto somente por dois dígitos.

A partir de 2001, passaram a ser utilizados os códigos com três dígitos, implementados por meio do Ajuste SINIEF 06/2000.

Em 2013, houve a criação de novos códigos identificadores de origem, por meio do Ajuste SINIEF 20/2012, com posterior
alteração dada pelos Ajustes SINIEF 02/2013 e 15/2013.

Já em 2019, através do Ajuste SINIEF 11/2019, foram instituídos novos códigos relativos à tributação do ICMS, com efeitos a partir
de 03.04.2023.

Destaque-se nesta última alteração da tabela, a criação de códigos exclusivos a serem utilizados pelos contribuintes optantes pelo
Simples Nacional.

COMPOSIÇÃO DO CÓDIGO E UTILIZAÇÃO

O código de Situação Tributária é composto de três dígitos na forma ABB.

O primeiro dígito (A) indica a origem da mercadoria ou serviço - se é nacional, importada, etc. Já o segundo e o terceiro dígitos
(BB) servem para indicar a forma de tributação pelo ICMS.

Os Códigos de Situação Tributária são utilizados para efeito de emissão de documentos fiscais em geral, especialmente, Nota
Fiscal, modelo 1 ou 1-A, e Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), modelo 55, pelos contribuintes optantes pelo regime normal de apuração.

Já, a partir de 03.04.2023, os referidos códigos deverão ser utilizados pelos contribuintes optantes pelo Simples Nacional, nos
termos do Ajuste SINIEF 14/2019.

Neste sentido, até 02.04.2023, os contribuintes optantes pelo Simples Nacional utilizam codificação própria para efeito de emissão
da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), o Código de Situação da Operação no Simples Nacional (CSOSN).

CÓDIGOS RELATIVOS À ORIGEM (A)

Os códigos relativos à origem servem para identificar se a operação estará sujeita à tributação pelo IPI, e para indicar se será
cabível ou não a aplicação da alíquota de 4% nas operações interestaduais, nos termos da Resolução do Senado Federal n°
13/2012 e Convênio ICMS 38/2013, dentre outras utilidades.

Vejamos os códigos relativos à origem da mercadoria, e as hipóteses de utilização de cada um dos códigos.

Código Descrição Explicação Econet


Este código é utilizado em relação a mercadorias cujo conteúdo seja
Nacional, exceto as indicadas nos
0 inteiramente de origem nacional, sem a aplicação de qualquer insumo
códigos 3, 4, 5 e 8
importado do exterior.
Este código é utilizado em relação a mercadorias importadas, tanto
para efeito do documento fiscal relativo à importação, quanto para
Estrangeira - Importação direta, exceto
1 efeito do documento fiscal emitido pelo importador, quando der saída
a indicada no código 6
às mercadorias por ele importadas. Somente se aplica a mercadorias
que não tenham passado por processo industrial após a importação.
Este código é utilizado pelos revendedores de mercadorias importadas,
Estrangeira - Adquirida no mercado em relação às mercadorias adquiridas no mercado interno, que não
2
interno, exceto a indicada no código 7 tenham passado por processo industrial em território brasileiro, após a
importação.
Este código é utilizado em relação às mercadorias industrializadas em
Nacional, mercadoria ou bem com
território nacional, cujo Conteúdo de Importação seja superior a 40%,
Conteúdo de Importação superior a 40%
3 mas igual ou inferior a 70%. As regras relativas à apuração do
(quarenta por cento) e inferior ou igual a
Conteúdo de Importação encontram-se dispostas na cláusula quarta do
70% (setenta por cento)
Convênio ICMS 38/2013.
4 Nacional, cuja produção tenha sido feita Este código é utilizado em relação às mercadorias industrializadas em
em conformidade com os processos território nacional, produzidas por meio de Processo Produtivo Básico.
produtivos básicos de que tratam o Conforme define o Decreto-lei n° 288/67, com redação dada pela Lei n°
Decreto-Lei n° 288/67, e as Leis n°s 8.387/91, o Processo Produtivo Básico (PPB) é o conjunto mínimo de
8.248/91, 8.387/91, 10.176/01 e operações, no estabelecimento fabril, que caracteriza a efetiva
11.484/07 industrialização de determinado produto, para a concessão de

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incentivos fiscais promovidos pela legislação da Zona Franca de
Manaus e pela legislação de incentivo à indústria de bens de
informática, telecomunicações e automação, mais conhecida como Lei
de Informática.
Assim, o PPB consiste de etapas fabris mínimas necessárias que as
empresas deverão cumprir para fabricar determinado produto como
uma das contrapartidas aos benefícios fiscais.
Este código é utilizado em relação às mercadorias industrializadas em
Nacional, mercadoria ou bem com território nacional, cujo Conteúdo de Importação seja igual ou inferior a
5 Conteúdo de Importação inferior ou 40%. As regras relativas à apuração do Conteúdo de Importação
igual a 40% (quarenta por cento) encontram-se dispostas na cláusula quarta do Convênio ICMS
38/2013.
Este código é utilizado em relação a mercadorias importadas sem
similar nacional, bem como em relação às operações com gás natural
importado.
A exemplo do código 1, é utilizado tanto para efeito do documento
fiscal relativo à importação, quanto para efeito do documento fiscal
emitido pelo importador, quando der saída às mercadorias por ele
Estrangeira - Importação direta, sem
importadas. Somente se aplica a mercadorias que não tenham
6 similar nacional, constante em lista de
passado por processo industrial após a importação.
Resolução CAMEX e gás natural
De acordo com informações extraídas do site da CAMEX, para se
caracterizar a ausência de similaridade, há dois requisitos:
- o bem deve estar classificado nos capítulos e códigos NCM citados
no inciso I do artigo 1° da Resolução CAMEX n° 79/2012;
- a alíquota do imposto de importação esteja fixada em zero ou dois por
cento.
Este código é utilizado em relação a mercadorias importadas sem
similar nacional, bem como em relação às operações com gás natural
importado.
A exemplo do código 2, é utilizado pelos revendedores de mercadorias
importadas, em relação às mercadorias adquiridas no mercado interno,
Estrangeira - Adquirida no mercado
que não tenham passado por processo industrial em território
interno, sem similar nacional, constante
7 brasileiro, após a importação.
em lista de Resolução CAMEX e gás
De acordo com informações extraídas do site da CAMEX, para se
natural
caracterizar a ausência de similaridade, há dois requisitos:
- o bem deve estar classificado nos capítulos e códigos NCM citados
no inciso I do artigo 1° da Resolução CAMEX n° 79/2012;
- a alíquota do imposto de importação esteja fixada em zero ou dois por
cento.
Este código é utilizado em relação às mercadorias industrializadas em
Nacional, mercadoria ou bem com
território nacional, cujo Conteúdo de Importação seja superior a 70%.
8 Conteúdo de Importação superior a 70%
As regras relativas à apuração do Conteúdo de Importação encontram-
(setenta por cento)
se dispostas na cláusula quarta do Convênio ICMS 38/2013.

CÓDIGOS RELATIVOS À TRIBUTAÇÃO PELO ICMS (BB)

NOTA ECONET: o Ajuste SINIEF 11/2019, altera, a partir de 03.04.2023, a lista de códigos indicativos da tributação do ICMS, para
acrescer:
a) o código 52, com o objetivo de identificar operações com ICMS próprio diferido, total ou parcialmente, realizadas por
contribuintes ao qual foi atribuída a responsabilidade pelo pagamento do ICMS devido por substituição tributária;
b) os códigos 01, 11, 14, 21, 71, 73 e 75, a serem utilizados exclusivamente pelos contribuintes optantes pelo Simples Nacional e
os códigos 10, 12, 13, 20, 72 e 74, a serem utilizados pelos referidos contribuintes que tenham extrapolado o limite de receita
bruta, a que se refere os artigos 19 e 20 da Lei Complementar n° 123/2006.

O segundo e o terceiro dígitos dos Códigos de Situação Tributária indicam a forma de tributação daquela operação, em relação ao
ICMS.

Vejamos os códigos relativos à tributação pelo ICMS, bem como as hipóteses de utilização de cada um dos códigos.

Código Descrição Explicação Econet


Este código é utilizado nos casos em que a operação seja tributada
00 Tributada integralmente integralmente, ou seja, em que haja nenhuma previsão de benefício
fiscal ou de não incidência.
Este código é utilizado nos casos em que a operação seja tributada
Tributada e com cobrança do ICMS por integralmente, e que caiba também a aplicação do regime da
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substituição tributária substituição tributaria, em relação à operação. É utilizado por
contribuintes que estejam na condição de substitutos tributários.

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20 Com redução de base de cálculo Este código é utilizado caso a base de cálculo do ICMS seja reduzida,
na operação.
Este código é utilizado caso a operação própria, realizada pelo
contribuinte, seja isenta ou não tributada, mas haja previsão de
Isenta ou não tributada e com cobrança cobrança do ICMS por substituição tributária, em relação a outras
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do ICMS por substituição tributária operações - normalmente, em relação às operações subsequentes. É
utilizado por contribuintes que estejam na condição de substitutos
tributários.
Este código é utilizado na hipótese da operação ser isenta do
40 Isenta
pagamento do ICMS.
Este código é utilizado nos casos em que a operação não seja
tributada, ou por haver previsão expressa de não incidência do ICMS
41 Não tributada
ou de imunidade, ou mesmo pelo fato da operação não se enquadrar
nas hipóteses de incidência do ICMS.
Este código é utilizado caso haja previsão de suspensão do ICMS em
50 Suspensão
relação à operação.
Este código é utilizado quando a legislação estadual trouxer previsão
51 Diferimento
de diferimento em relação à operação.
Este código é utilizado nos casos em que o ICMS já foi recolhido em
ICMS cobrado anteriormente por um momento anterior, em função da mercadoria estar sujeita ao regime
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substituição tributária da substituição tributária. É utilizado por contribuintes que estejam na
condição de substituídos.
Este código é utilizado quando a operação própria estiver beneficiada
Com redução de base de cálculo e por redução de base de cálculo, e houver cobrança do ICMS por
70 cobrança do ICMS por substituição substituição tributária, em relação a outras operações - normalmente,
tributária em relação às operações subsequentes. É utilizado por contribuintes
que estejam na condição de substitutos tributários.
Este código é utilizado na hipótese da situação não se enquadrar em
90 Outras nenhuma das hipóteses aludidas anteriormente. Trata-se de um código
genérico, a ser utilizado na falta de codificação específica.

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