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QUAL A MELHOR FORMA DE TRIBUTAR UM PRODUTO OU MERCADORIA?

1. REMETENTE DA MERCADORIA

a) Regime Tributário: para identificar a carga tributária do produto conforme


enquadramento tributário, considerando a variação entre os regimes Simples
Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real.
b) UF do remetente: para que seja determinada corretamente a incidência dos
tributos estaduais daquele estado.

2. DESTINATÁRIO DA MERCADORIA

a) Consumidor Final
b) Revendedor
c) UF do destinatário

3. NCM DO PRODUTO

É utilizado pelo governo para definir qual é o imposto que incide sobre
determinada mercadoria. Envolvendo diretamente os seguintes tributos:
a) PIS - Programa de Integração Social
b) COFINS - Contribuição para Financiamento da Segurança Social
c) ICMS - Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços
d) IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados
A classificação fiscal incorreta de mercadorias poderá ser penalizada, resultando
prejuízos financeiros. “Se eu classifico uma NCM errada e a Receita Federal entende
que essa classificação foi feita de má fé, ela pode tributar ate 225% do valor da
operação”.
Para definir a NCM jde um produto é preciso conhecer suas características,
algumas informações são cruciais:
a) do que o produto é feito?
b) para que ele serve?
c) como é que ele vai ser usado?
Estas especificações se tornam ainda mais importantes quando percebemos que
para um único produto podem aparecer diferentes códigos/classificações, por
exemplo “parafuso” que possui nove itens no sistema harmonizado.
Outra forma de tornar o processo de classificação da NCM mais claro é utilizar a
uma ferramenta chamada Merceologia, uma ciência que estuda o processo de
classificação das mercadorias. Este recurso permitem ser analisadas caracteristicas
comerciais do produto, como:
a) Matéria prima utilizada para a produção (composição do produto como:
ingredientes, formulação, destinação, quantidade do produto(mililitro, litro, kg, etc)
b) Seu formato
c) Sua aplicação
d) Forma de utilização
e) Nomenclatura para sua identificação
f) Utilizar as duas ferramentas disponibilizadas pela Receita Federal, as notas
explicativas do Sistema Harmonizado e as soluções de consulta
g) Interpretar as legislações vinculadas aos códigos e as mercadorias, além de
acompanhar constantes alterações

Classificar o produto com o NCM correto é imprescindível, já que o mesmo


atribui ao produto quesitos como:
a) Isenções
b) Reduções de Base de Cálculo
c) Substituição Tributária
d) etc

4. CARACTERISTICAS DO PRODUTO

Alguns produtos tem variação tributária de acordo com:


a) Peso;
b) Quantidade;
5. TIPO DE OPERAÇÃO

a) Venda
b) Transferência
c) Ativo Imobilizado
d) Uso e Consumo

A COMPLEXIDADE DA CLASSIFICAÇÃO FISCAL


A correta codificação tributária dos produtos está entre os maiores problemas
das empresas, gerando muitas vezes confusão e dificuldades de interpretação. Em
meio a competitividade e recessão, codificar um produto de forma incorreta pode
acarretar, além do recolhimento de tributo indevido, ser alvo de análise dos órgãos
fiscalizadores, que a cada ano tem intensificado suas verificações com o sistema de
cruzamento de dados, identificando irregularidades.
Assim, faz-se imprescindível analisar os dados tributários dos produtos, a fim de
evitar qualquer tipo de recolhimento indevido de encargos relativos a taxas,
impostos e contribuições, os quais são bastante representativos nos custos das
empresas.
Existem várias possibilidades que devem ser consideradas antes de codificar um
produto de forma correta. Entre elas podemos citar: o remetente da mercadoria, o
destinátario da mercadoria, o NCM do produto, as características do produto e o tipo
de operação que está sendo realizada. Todas essas possibilidades fazem com que a
tributação do produto possa ter tratamentos diferentes.
Outra situação que costuma ocorrer é utilizar a mesma classificação fiscal que o
fornecedor da mercadoria utiliza, que nem sempre está correta ou será a mesma
para os dois.
Para cada tributo é necessário observar qual a regra ou norma que o rege e se
subsume a sua empresa.
Fique atento!
NCM - NOMENCLATURA COMUM DO MERCOSUL
Adotada em 1995 por alguns países da América do Sul (Brasil, Paraguai, Uruguai
e Argentina), a NCM foi baseada em outro código internacional, o SH (Sistema
Harmonizado de Designação e Codificação de Mercadorias) e teve como finalidade
unificar e aproximar esses países, sendo utilizada em todas as operações de
comércio exterior dos países do Mercosul. Porém, a NCM acabou sendo adotada
pelas fiscalizações estaduais para definir a aplicação da substituição tributária,
alíquotas de ICMS, isenções, reduções de impostos nos produtos.
A NCM é um código de oito dígitos usado para identificar a natureza dos
produtos, seu uso é obrigatório nas Notas Fiscais sendo usado como parâmetro para
tributar cada produto, evitando assim a sonegação de impostos.
A NCM tem a seguinte estrutura:
a) os dois primeiros dígitos representam o Capítulo da NCM e caracterizam o
produto;
b) os dois dígitos seguintes representam a Posição da NCM e abrangem mais
características do produto;
c) o quinto e o sexto dígitos representam a Subposição da NCM e definem as
subcategorias do produto;
d) o sétimo dígito representa o Item da NCM e classifica o produto;
e) o oitavo dígito representa o Subitem da NCM e descreve o produto
especificadamente;
Abaixo um exemplo de como uma NCM é estruturada:

Os impostos como IPI, II, ICMS, PIS e COFINS são amplamente impactados pela
NCM que quando informado erroneamente na Nota Fiscal gera cobrança indevida de
impostos, podendo a empresa ser prejudicada e perder alguns benefícios. Com base
nesse cenário em que uma classificação incorreta pode acarretar problemas com a
fiscalização, é de suma importância uma análise profunda na classificação dos
produtos. Não basta citar a NCM que vem na Nota Fiscal de compra, é necessário
conferir se a mesma está correta.
O governo disponibilizou um recurso no Portal Único Siscomex, que é
chamado de Classificação Fiscal de Mercadorias para consulta da NCM, acesse o
site https://portalunico.siscomex.gov.br/portal/#/

CEST – CÓDIGO ESPECIFICADOR DA SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA

O CEST foi criado através da regulamentação do convênio ICMS 92/15 e teve o


objetivo de estabelecer a uniformização e identificação das mercadorias sujeitas ao
regime da substituição. Como a NCM é um código bastante abrangente, ela acaba
englobando produtos com tributações diferentes no mesmo código, diante disso foi
criado o CEST, para que dentro de um mesmo NCM seja possível separar produtos
com ou sem substituição tributária do ICMS.
O convênio ICMS 52/2017 criou os códigos CEST e os relacionou aos NCMs
existentes, assim o CONFAZ disponibiliza uma tabela contendo o CEST, a NCM e a
descrição do produto, que deverá ser informada nos produtos sujeitos a substituição
tributária. É necessário acompanhar as atualizações constantes da tabela.
O CEST é composto por 7 dígitos e é estruturado da seguinte forma:

 Os dois primeiros dígitos correspondem ao segmento;


 Do terceiro ao quinto dígito refere-se ao item do segmento ou bem;
 O sexto e sétimo dígitos correspondem à especificação do item.
O CEST é obrigatório para quem emite NF-e ou NFC-e com produtos descritos na
tabela do convênio ICMS 92/15, mesmo se a operação não for de venda ou se o
estado não participa da substituição tributária.
A finalidade do código é fazer com que as operações de emissão de NFe ou NFC-
e que contenham produtos que estejam sujeitos ao ICMS com substituição tributária
sejam identificadas com o CEST, uniformizando e facilitando a identificação pela
fiscalização. Todos os produtos sujeitos a substituição tributária serão relacionados a
um CEST.
Para empresas modalidade geral os CSTs que devem ter a informação do CEST
são:

 10 tributada com cobrança de ICMS por substituição tributária


 30 isenta ou não tributada com cobrança de ICMS por substituição tributária
 60 ICMS cobrado anteriormente por substituição tributária
 70 com redução de base de cálculo e cobrança de ICMS por substituição
tributária
 90 outros, desde que com cobrança de ICMS substituição tributária
Já para as empresas do Simples Nacional, são os seguintes CSOSN que devem ter
a informação do CEST:

 201 tributada pelo Simples Nacional com permissão de crédito e com


cobrança de ICMS por substituição tributária
 202 tributada pelo Simples Nacional sem permissão de crédito e com
cobrança do ICMS por substituição tributária
 203 isenção de ICMS do Simples Nacional para a faixa de receita, com
cobrança do ICMS por substituição tributária
 500 ICMS cobrado anteriormente por substituição tributária ou por
antecipação
 900 outros, desde com cobrança de ICMS substituição tributária

A tabela com os CEST x NCM pode ser encontrada no portal do CONFAZ.


Lembrando que nas operações de compra de mercadorias a responsabilidade de
destacar o valor correspondente de ICMS ST e informar o código CEST
correspondente é do fornecedor, porém se este não destacar o valor do imposto, ou,
não calcular de forma correta, você se torna responsável solidário pelo recolhimento
do imposto. Dessa forma é importante conferir se em todas as notas fiscais que o
fornecedor emitir para sua empresa está sendo enquadrado corretamente o NCM, o
CEST e a substituição tributária.

PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO

NOTA FISCAL ELETRONICA

CBENEF = OTIMO ASSUNTO PARA RS

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