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1. DEFINIÇÕES DE CURRÍCULO
b) Função de orientação: Quando o currículo servir de guia e orientador da prática pedagógica dos professores.
3. COMPONENTES DO CURRÍCULO
a) Finalidade ou os propósitos, i.e., os objetivos;
b) Os conteúdos e a sua relação com os processos de aprendizagem /as experiências de aprendizagem, a evolução da ciência e a sua actualidade e pertinência;
c) A organização do ensino que inclui a sua estrutura, as metodologias e os contextos do ensino (estratégias e atividades);
d) A avaliação.
4. TEORIAS CURRICULARES
TEORIA Currículo Características Papel do Prof./Aluno
Conhecimentos, A teoria determina a prática, integração doAluno instrumento para o alcance dos objetivos,
Programas, Objectivos na vida prática, aje-se de acordo as regras, não se Reproduz os princípios predefinidos de
Técnica Meio tecnológico ou plano contextualiza o enino,Racionalidade técnica/ação eficácia e eficiência, Professor como mero
para aprendizagem tecnicista Ideologia/organização técnico que obedece o que está
burocrática pré estabelecido, Aluno como
banco de depósito de conhecimentos,
como simples objeto da aprendizagem
Prática e processo de investigação Relação biunívoca teoria – prática; processo atitude reflexiva que interfere nas práticas
que estabelece (legitimidade processual) Interação entre que desenvolve Professor é protagonista e
Conexão ebtre a intenção e a aluno, professor, meio e conteúdos Discurso determinante na proposta e legitimidade do
Prática realidade; proposta a ser humanista Fruto de uma racionalidade prática currículo Aluno visto como sujeito da sua
interpretada de diferentes modos e e de uma ação pragmática Surge da confrontação aprendizagem
a ser aplicada em diferentes entre a intenção e a realidade
contextos; projeto, como hipótese
de trabalho
Resultado de interesses agrupados Relação biunívoca teoria – prática Emancipação Professor é chamado a resolver os conflitos da
de professores e alunos portadores do sujeito como forma de resolver problemas da prática, reflete sobre a própria prática de
de uma consciência crítica prática Organização participativa, democrática e modo crítico O aluno é levado a ter
Crítica comunitária Currículo como resultado consciência e emancipar-se, a questionar O
Currículo como uma praxis (prática e reflexão professor é visto como um intelectual
sobre a prática) reconhecido pela comunidade educativa.
b) Numa Perspetiva Mais Prática, prevalece a participação e a partilha entre os vários agentes educativos envolvidos nesse processo (Pacheco, 2001, p. 63);
C) Numa Perspetiva Mais Crítica, “se reconhece quer aos professores quer aos alunos, a liberdade para negociar e determinar conteúdos curriculares”, o que
pressupõe a integração dos professores em comunidades críticas e reflexivas (idem, ibidem).
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6. FASES DO DESENVOLVIMENTO CURRICULAR
a) Currículo prescrito: inicia-se, por norma, pela proposta formal, regulado pela administração central, são emitidas diretrizes que influenciam a ordenação do
sistema curricular e a elaboração de materiais de controlo do sistema.
b) Currículo apresentado: apresentado aos professores, “através dos mediadores curriculares, principalmente dos manuais e dos livros de texto” (Pacheco, 2001,
p.69); o nível de formação do professor e as condições em que desenvolvem as suas atividades dificultam a tarefa de conformar a prática a partir do currículo prescrito,
o que tem contribuído para o papel preponderante que os manuais escolares e os livros de texto têm assumido no interior da sala de aulas, mesmo sabendo-se que
podem ser um poderoso fator de deesprofissionalização docente.
c) ) Currículo moldado: O currículo é moldado pelos professores (Gimeno, 1995), através da programação e planificação do currículo que conseguem adaptá-lo ao
contexto em que se desenvolve e às características e necessidades dos alunos.
d) Currículo em ação: também designado real (Kelly, 1986), currículo ativo (Goodson, 2001) ou, ainda, currículo operacional (Goodlad, 1979), corresponde à fase
que se situa num contexto de ensino, envolvendo, por isso, a ação pedagógica dos professores, que se dá na prática concreta da sala de aulas, o que se constrói entre o
professores e alunos pondo em prática o que antes foi projetado.
e) Currículo realizado: “a expressão dos resultados da interação didática e que tanto traduz o currículo vivenciado pelos alunos como o currículo vivenciado pelos
professores e demais interveniente” (Pacheco, 2001, p. 70), não corresponde ao currículo oficial e explícito”, estamos em presença do “currículo oculto”, “implícito,
latente, não intencional, não ensinado, escondido, abrange os processos e os efeitos que, não estando previstos nos programas oficiais, fazem parte da experiência
escolar”. corporiza efeitos de diversos tipos: cognitivo, afetivo, social e moral como “rendimentos” valiosos e proeminentes do sistema ou dos métodos pedagógicos.
a) Como um processo interpessoal " um sistema de operações de tomadas de decisões acerca de onde é que o planeamento ou o currículo terá lugar, é necessário
pensar em quem estará envolvido no planeamento, na seleção e execução de procedimentos e, ainda, sobre de que modo o mesmo será implementado, avaliado e
reformulado.
b) Como um processo social: trata-se de "um empreendimento de pessoas“ ou seja um projecto e uma realização que só é possível através do envolvimento de
pessoas.
c) Como um processo político: conjunto de atividades relacionadas com o exercício do poder. A política = conjunto de meios que permitem alcançar os
efeitos desejados. E a educação como sistema visa alcançar determinados objectivos quanto ao tipo de cidadãos que se pretende que o país venha a ter. “é um processo
político que se traduz na tomada de decisões a nível nacional, regional e local e que conta com a influência de vários grupos que dispõem de poder de negociação
curricular” (Pacheco, 2001:64).
d) Como um empreendimento de colaboração e participação: porque envolver o trabalho conjunto de pessoas em diferentes níveis contextos, muitas com
competências diferenciadas.
e) Como um sistema desarticulado da prática de tomada de decisões: porque nem sempre aquilo que se decide em termos teóricos, isto é, os propósitos, se
concretizam ao nível das práticas o que justifica a desarticulação que carateriza a prática de tomada de decisão em termos curriculares.
b) O professor como gestor do currículo Identifica-se com a conceção de currículo como um “projeto em construção, direcionado para a resolução de problemas
práticos da educação” (Gimeno Sacristán, 1995). o professor é idealizado como um investigador, protagonista, aquele que faz adequação do currículo ao contexto
específico de cada realidade educativa; mediador e um gestor curricular ativo, com capaz de desenvolver projetos curriculares, numa perspetiva de participação e
colaboração na tomada de decisões;
c) O professor como construtor do currículo (Flores, 2000, p. 103): Professor emancipado, profissional crítico, gerador de conhecimento através da criatividade,
construtor de currículo, juntamente com os seus colegas formulam hipóteses de trabalho, planificam experiências, num esquema de investigação-ação o que lhe permite
desenvolver a inovação centrada na escola.
9. A AVALIAÇÃO DO CURRÍCULO
A avaliação é uma a peça-chave do sistema de ensino, não é aceitável que se reduza a avaliação a um teste, um exame ou uma classificação, ou que a sua função
realimentadora dos processos de ensino-aprendizagem seja visualizada numa perspetiva administrativa...( (Zabalza, 1991:, p. 235). “A avaliação não se deve
referir unicamente ao êxito do ensino ou da aprendizagem, mas deve também fornecer informações com base nas quais se possa tomar decisões” (Cronbach, 1963,
citado por Machado & Gonçalves, 1999, p. 214).
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9.2. Decisões que podem ser tomadas com base na avaliação
a) Melhoria de um programa: decidir que material e que métodos são satisfatórios e que mudanças é necessário fazer;
b) Decisões acerca de indivíduos: identificar as necessidades do aluno para organizar a sua instrução; julgar os seus méritos com vista a uma seleção e agrupamento;
Obs: analisar no material de apóio para ver como se processa cada autonomia apresentada.
b) Função personalizadora: desenvolver de forma equilibrada todas as capacidades (cognitivas, afectivas, sociais e psicomotoras) do indivíduo como pessoa;
e) Transformadora: “transformar o indivíduo promovendo a sua cidadania e libertando-o da rigidez estrutural da sociedade”;
f) Compensatória: diz respeito à necessidade de a escola procurar “compensar os dislates e deformações sociais”. (Morgado, 2000, p. 52)
Da queí, é necessãrio que o Profissional de ensino seja ao mesmo tempo: artesão, reflexivo, “humano”, actor social, culto e técnico.