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Definição de Ergonomia:

- Estudo do relacionamento entre o homem e seu ambiente de trabalho, equipamento e


ambiente.

- Aplicação de conhecimentos de anatomia, fisiologia e psicologia na solução de problemas


relacionados a esse vínculo.

Fases da Ergonomia:

1. Ergonomia de Hardware ou Tradicional:

- Início durante a 2ª Guerra Mundial.

- Foco nas características físicas do ser humano, especialmente questões fisiológicas e


biomecânicas no ambiente de trabalho.

- Ênfase na interação dos sistemas homem-máquina.

2. Ergonomia do Meio Ambiente:

- Aborda questões ambientais naturais e artificiais que afetam o trabalho, como ruído,
vibrações, temperatura, iluminação e aerodispersoides.

3. Ergonomia de Software ou Cognitiva:

- Desenvolvida com o advento da informática a partir da década de 1980.

- Concentra-se na interação homem-máquina, com foco nas interfaces que levam em conta
fatores cognitivos para facilitar o comando.

4. Macroergonomia:

- Visão mais ampla da ergonomia que inclui o contexto organizacional, psicossocial e político
de um sistema.

- Prioriza o processo participativo, envolvendo administração de recursos, trabalho em


equipe, jornada e projeto de trabalho, cooperação e rompimento de paradigmas.

Esta última fase busca intervenções ergonômicas com melhores resultados, redução de erros e
maior colaboração por parte dos envolvidos.
Áreas da ergonomia:

Ergonomia Física:

- Aborda características da anatomia humana, antropometria, fisiologia e biomecânica.

- Relaciona-se com atividades físicas no trabalho.

- Estuda postura no trabalho, manuseio de materiais, movimentos repetitivos e distúrbios


músculo-esqueléticos relacionados ao trabalho.

- Inclui o projeto de postos de trabalho, segurança e saúde.

Ergonomia Cognitiva:

- Concentra-se em processos mentais, como percepção, memória, raciocínio e resposta


motora.

- Analisa como esses processos afetam as interações entre seres humanos e elementos de um
sistema.

- Tópicos relevantes incluem carga mental de trabalho, tomada de decisão, desempenho


especializado, interação homem-computador, confiabilidade humana, estresse profissional e
formação.

Ergonomia Organizacional:

- Envolve a otimização de sistemas sociotécnicos, incluindo estruturas organizacionais, regras e


processos.

- Aborda tópicos como comunicações, gerenciamento de recursos de coletivos de trabalho,


projeto de trabalho, organização temporal do trabalho e trabalho em grupo.

- Inclui temas como projeto participativo, novos paradigmas do trabalho, trabalho cooperativo,
cultura organizacional, organizações em rede, teletrabalho e gestão da qualidade.

História da ergonomia no Brasil:

- A introdução da ergonomia no Brasil começou na década de 1970, quando pesquisadores de


várias universidades brasileiras começaram a incorporar a ergonomia em diversas áreas do
conhecimento.

- Em 1973, foi publicado o primeiro trabalho acadêmico relacionado à ergonomia no Brasil,


intitulado "Ergonomia: notas de classe," escrito por Itiro Iida e Henry A. J. Wierzbicki.
- Em 1983, surgiu a Associação Brasileira de Ergonomia (ABERGO), uma entidade sem fins
lucrativos. Seu principal objetivo é promover o estudo, a prática e a divulgação das interações
entre as pessoas, a tecnologia, a organização e o ambiente, levando em consideração as
necessidades, habilidades e limitações dos indivíduos.

Benefícios da ergonomia para a empresa:

- Melhoria na qualidade dos produtos e dos processos de produção.

- Otimização do tempo, resultando em melhorias na logística empresarial e em fatores


gerenciais.

- Aumento na produção.

- Redução do absenteísmo, ou seja, menos afastamento dos trabalhadores devido a dores,


acidentes e doenças.

Benefícios da ergonomia para o trabalhador:

- Fornecimento das condições necessárias para a execução satisfatória de suas tarefas.

- Maior rendimento no trabalho.

- Menor esforço físico e mental.

- Menos trabalhos repetitivos.

- Diminuição da carga física e mental.

- Menor possibilidade de erro.

- Menos acidentes e doenças relacionadas ao trabalho.

As Lesões por Esforços Repetitivos (LER) e Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao


Trabalho (DORT) são condições patológicas resultantes das características do trabalho
moderno, que envolvem:

- Movimentos repetitivos.

- Posturas inadequadas.

- Trabalho muscular estático.

- Tarefas com conteúdo monótono e pobre.

- Sobrecarga mental.

- Falta de controle sobre as tarefas.

- Ritmo de trabalho intenso.


- Pressão por produção.

- Competitividade excessiva.

Esses fatores, comuns no ambiente de trabalho contemporâneo, contribuem para o


desenvolvimento de LER e DORT, causando alterações patológicas no corpo dos trabalhadores.

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