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Docente: Noemi Alves Tavares

PIBID
Síntese do capítulo 3 do livro Múltiplas linguagens para o Ensino Médio.

O capítulo 3 do livro Múltiplas linguagens para o Ensino Médio (2013), intitulado de


“Projetos de letramento no ensino médio”, possui 3 autores: Angela B. Kleiman, Rosana
Cunha Ceniceros e Glícia Azevedo Tinoco.
Nesse capítulo há a explicação do que vem a ser projetos escolares, de como
funcionam, suas origens, em especial dos projetos de letramento.Dewey foi o idealizador da
pedagogia de projetos, a qual defende que os professores precisam analisar e observar as
necessidades individuais dos alunos e o ambiente ao seu redor para poder extrair os principais
problemas/ situações, assim o docente será capaz de elaborar um projeto que terá como
objetivo sanar tais problemas/ suprir as necessidades dos alunos.
A partir da pedagogia de projetos tem-se os projetos de letramento, desenvolvido por
Kleiman (2000), que consiste em olhar para a escrita a partir de uma concepção social,
focando em textos presentes na comunidade e nas vivências dos alunos. Portanto, serão
trabalhados textos que circulam no dia a dia dos alunos e de sua comunidade, textos que
serão verdadeiramente lidos.
Os projetos de letramento podem, ainda, ser um desafio para os professores de ensino
médio, já que nessa “modalidade” escolar costuma-se basear em um ensino tradicional, se
apoiando em eixos conteudísticos da linguagem, contribuindo para que o ensino não englobe
todos os conhecimentos necessários em uma situação de comunicação real, em que vários
textos circulam.
No cenário dos projetos, o professor precisa ter em mente que determinados assuntos
são redundantes, portanto ele deverá dar lugar para aqueles que realmente valem a pena se
ensinar, ou seja, para aqueles que possibilitam a atuação nos eventos em que os objetivos do
projeto se originaram, em que são origem dos textos nas situações de comunicação.
Em suma, os projetos de letramento possuem como ponto de partida a prática social,
gerando um gênero que faz parte de algo muito maior, de um contexto real. Porém, o trabalho
com eles não significa abandonar os conteúdos curriculares, eles irão aparecer pela demanda.
Além de que, nos projetos os recursos, as modalidades de escrita, leitura e fala e os
instrumentos são variados.
Como em todo planejamento, o de projetos precisa ser flexível, passível a mudanças,
pois é possível se ter a inserção de novos agentes, a ampliação dos tempos, dos gêneros, dos
espaços etc., após o início da sua aplicação e das observações dos professores.
A partir dos projetos de letramento os alunos usam a linguagem para objetivar a
realidade. E não só os alunos são beneficiados, os professores e as comunidades também,
caracterizando, assim, os projetos como culturalmente pluralizados, tendo como participantes
seres com histórias singulares.

Referência:
Kleiman, Angela B. et al. Projetos de letramento no ensino médio. In. BUNZEN, Clécio;
MENDONÇA, Márcia (org.). Múltiplas linguagens para o Ensino Médio. São Paulo:
Parábola Editorial, 2013. p. 69-83.

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