Você está na página 1de 10

24/11/2022_RESUMO_NP2

RELAÇÃO CONTROLES E AUDITORIA INTERNA

Qual seria a relação entre a auditoria interna e os controles internos nas


empresas?
A auditoria interna tem papel fundamental na análise e identificação se os controles
internos, suas políticas assim como os sistemas de gestão estão sendo seguidos
conforme as normas estabelecidas pela empresa e para que ao final do processo de
auditoria o auditor possa emitir sua opinião em relação ao funcionamento.

Exemplo de controles auditados


Para que a auditoria possa desempenhar seu trabalho de forma completa é
necessário que ela, além de buscar fraudes e erros nos controles já existentes bem
como nos processos em andamento, sugira controles e processos mais eficazes.
Todos os tipos de controles são importantes para a empresa que deseja ter
continuidade e vislumbre crescimento, tanto em termos econômico-financeiro como
mercadológico. Principalmente no ambiente de competitividade saber que caminho
se está seguindo, se a empresa está se desviando daquilo que se planejou, é
fundamental.
https://www.youtube.com/watch?v=8a4deetWZQM
Após o vídeo!

Como você pode perceber, não é fácil articular os controles internos em uma
entidade pública, não porque se trata de uma unidade pública, mas porque a
pluralidade de atividades é importante e complexa.
Mercadologicamente falando, existem vários controles importantes que permitem à
empresa verificar o nível de aceitação de seu produto, nível de crescimento na sua
participação no mercado (market share) entre outras informações, porém, é na área
econômica e financeira que se encontram os maiores desafios em relação à
manutenção de controles patrimoniais.

Controle de contas a pagar


Esse controle se dá sobre todas as obrigações financeiras da empresa que deverão
ser cumpridas num determinado tempo (vencimento).
As contas a pagar têm origem em bens e direitos, por exemplo, estoques, móveis,
veículos, imóveis etc., adquiridos pela empresa cuja contra prestação financeira seja
feita a posteriori, ou seja, os bens e direitos adquiridos não foram pagos na sua
aquisição.
Esses bens e direitos podem gerar um contas a pagar diretamente pela aquisição
com pagamento parcelado, ou ainda, pela geração de empréstimos junto a
entidades financeiras.
Outra situação que dá origem a uma conta a pagar é a existência de custos ou
despesas a serem pagas após sua ocorrência, como, por exemplo, os aluguéis,
água, luz, telefone entre outras. Dentre as principais contas a pagar destacam-se:
tributos a pagar, salários e encargos a pagar, fornecedores, empréstimos e
financiamentos, contas de água/luz/telefone, aluguéis a pagar, entre outras.

1
O controle dessas contas é importante principalmente para que se evitem atrasos,
com consequente pagamento de juros e multas, para se evitar fraudes internas com
possibilidade de desvio de recursos financeiros e também para garantir uma posição
real sobre o valor do patrimônio da empresa. Resumidamente são motivos para o
controle das contas a pagar: evitar maiores custos financeiros (multas, juros etc.),
evitar desgaste comercial (inadimplência), diminuir os riscos de fraudes internas,
pela possibilidade de auditoria constante, aproveitar oportunidades de financiamento
de projetos que podem alavancar o negócio.
Dentre os motivos apresentados, a possibilidade de alavancagem do negócio é um
dos mais importantes no ambiente competitivo. A empresa pode por meio de
financiamento de equipamentos, por exemplo, aumentar a qualidade de seu produto
e ganhar mercado.

Função da Auditoria Contas a Pagar

Principalmente verificar a eficácia quanto às previsões de saídas de caixa, a


legitimidade com que estão sendo efetuados os registros das operações de
pagamento, a análise da confiabilidade documental e indiretamente a eficácia
quanto à gestão do fluxo de caixa enquanto processo ligado à gestão financeira da
organização. Verificar se não há indícios de desvios relacionados à numerários
envolvendo o contas a pagar ou controles a ele relacionados. É importante destacar
que não basta a existência do controle, é importante que a empresa o mantenha
devidamente atualizado a cada nova operação de tal forma que toda vez que seja
necessário se tenha a informação sobre o saldo devedor da empresa.

Controle de estoques

Conceitua-se estoque como sendo os bens ou direitos que estão disponíveis para
serem realizados (vendidos ou consumidos) com determinada finalidade específica
a ele atribuída. Caracterizam-se por serem passíveis de conversão em moeda e
possuírem diferentes tempos de realização a depender de sua finalidade. Quanto
mais tempo um estoque leva para girar (ser vendido, em se tratando de estoques de
venda), maior o investimento de recursos neste item do patrimônio das empresas e
consequentemente maior o custo financeiro. Dentre os principais estoques de uma
empresa se destacam:

Estoque de mercadorias de revenda – que compreendem todos os itens que a


empresa tem disponível, porém ainda não realizados, ou seja, vendidos.

Estoque de matérias-primas – que compreende todos os itens destinados à


produção e que ainda não foram consumidos na mesma.

Estoque de produtos em elaboração – que compreende todos os produtos cuja


produção tenha sido iniciada, porém não acabada e que estejam em qualquer
fase independentemente do nível de proximidade de estarem finalizados e
disponíveis para comercialização.

Estoque de produtos acabados – que compreende todos os produtos que tenham

2
chegado ao final da fase produtiva e que possam ser considerados prontos para a
venda (comercialização). Neste caso, não restam quaisquer elementos a serem
adicionados ao produto para que ele seja vendido.

Estoque de materiais de expediente – que compreende os itens destinados à


manutenção da atividade, geralmente administrativas da empresa. A classificação
pode variar de empresa para empresa, porém de modo geral engloba materiais
como: papel para impressora, clips, grampos, cola, canetas, borrachas,
marcadores de texto entre outros.

Estoque de materiais de consumo – similar ao anterior engloba itens necessários


à atividade da empresa, porém neste caso está mais relacionado às atividades
específicas de departamentos. Como um bom exemplo pode-se citar o material de
limpeza, que atende especificamente a uma finalidade do departamento de
manutenção e conservação.

FUNÇÃO DA AUDITORIA DO CONTROLE DE ESTOQUES

Principalmente verificar a eficácia quanto à gestão dos estoques envolvendo os


custos e a aplicação de recursos em elementos de revenda e consumo. Verificar a
correta aplicação dos itens de estoque de acordo com sua finalidade. Verificar se
os processos de avaliação desses elementos não ferem os princípios contábeis.
Verificar se não há indícios de desvios materiais/físicos de elementos dos
estoques.

Agora que você terminou essa unidade, faça um resumo da disciplina e comente
sobre a importância da auditoria interna não apenas no sentido de conferência e
verificação de erros e fraudes, mas também como apoio à gestão empresarial.
Seria uma área capaz de apoiar a gestão das empresas de que forma?

PLANEJAMENTO DE AUDITORIA

A auditoria interna necessita ser extremamente organizada desde sua concepção


até sua execução para que contribua efetivamente para a garantia de evidenciação
da confiabilidade dos registros contábeis, dos documentos de suporte, da eficácia
processual, enfim, para que ela atinja seus objetivos de forma satisfatória,
contribuindo para a boa gestão empresarial.
A própria atividade do auditor interno se organiza de forma associativa no sentido de
discutir as atividades da auditoria e buscar manter-se atualizado em termos de
técnicas e saberes relacionados à profissão como se pode ver em relação ao
IIABRASIL – Instituto dos Auditores Independentes do Brasil.
O Instituto dos Auditores Internos do Brasil é uma entidade civil sem fins lucrativos
com o objetivo de proporcionar aos associados informações que agregue valor a
carreira do auditor interno levando conhecimento, novas técnicas, atualizando e
certificando estes profissionais (INSTITUTO DOS AUDITORES INTERNOS DO
BRASIL, 2012, p. 1).

3
O planejamento é a etapa fundamental para o sucesso do trabalho do auditor
interno, sendo imprescindível que seja alocado o tempo adequado para sua
realização. A tentativa de abreviar o tempo destinado ao planejamento muitas vezes
redunda em problemas na execução, que poderão provocar acréscimo no tempo
total de realização do trabalho, além de repercussões negativas em sua qualidade
(MANUAL..., 2008, p. 14).
O processo de planejamento de auditoria deverá levar em conta alguns aspectos
importantes sendo que dentre eles se destacam os seguintes:

Materialidade: que leva em consideração os valores ou montantes que estão


envolvidos nas operações que serão objeto da auditoria em cada unidade auditada
da organização. O que está em questão nessa perspectiva é o quanto de recurso foi
aplicado em cada área sob a qual havia um responsável com determinada alçada
para aplicação de recurso.
Relevância: leva em consideração o peso ou importância de uma situação ou fato
em relação ao contexto em análise, tanto em termos de valores ou montante como
em relação a outros aspectos qualitativos que possam significar violação de conduta
ou comprometimento de ordem normativa ou processual no contexto e que
mereçam uma atenção especial.
Criticidade: se refere a uma matriz de pontos fracos ou fragilidades do sistema de
controle que devem ser considerados no processo de análise da auditoria. São
pontos que comprometem a segurança do sistema de operações da organização e
que devem passar por um exame crítico no sentido de se rever os processos e
procedimentos até que essas fragilidades sejam corrigidas.

RISCOS DA AUDITORIA INTERNA

Todo trabalho impõe risco a quem o executa. Alguns com consequências mais
graves outros menos, mas todos apresentam certo grau de risco e dessa forma não
poderia ser diferente com a auditoria.
No sentido do exercício da atividade de auditoria independentemente de ser interna
ou externa “risco de auditoria é a possibilidade de o auditor vir a emitir uma opinião
tecnicamente inadequada sobre demonstrações contábeis significativamente
incorretas” (Normas..., 2012, p.1).
Segundo Normas... (2012, p. 1) “A análise dos riscos de auditoria deve ser feita na
fase de planejamento dos trabalhos considerando a relevância em dois níveis” que
contribuem no sentido de minimizar as possibilidades de erro.
Os dois níveis nos quais se devem efetuar as análises de risco de auditoria são o
geral e o específico e envolvem as demonstrações e os respectivos saldos das
contas contábeis nelas constantes:
a) em nível geral, considerando as demonstrações contábeis tomadas no seu
conjunto, bem como as atividades, qualidade da administração, avaliação do
sistema contábil e de controles internos e situação econômica e financeira da
entidade; e
b) em níveis específicos, relativos ao saldo das contas ou natureza e volume das
transações (NORMAS..., 2012, p. 1).
Os riscos de auditoria envolvem ainda a análise ambiental e uma averiguação em
relação aos principais elementos que serão contemplados pela auditoria sob o
aspecto de domínio da organização, ou seja, aquilo que está sob o espectro de
ação da organização e de seus dirigentes.

4
Conforme a Normas... (2012, p. 1) “Para determinar o risco da auditoria, o auditor
deve avaliar o ambiente de controle da entidade, compreendendo: a) a função e
envolvimento dos administradores nas atividades da entidade; [...]” que envolve
principalmente o aspecto de domínio dos gestores da organização.
Também estão sendo avaliados aspectos relacionados à estrutura organizacional,
tanto em termos físicos como instalações, espaços e disposições de imobilizações
como também organizacionalmente. Segundo a Normas... (2012, p. 1) são
avaliados “[...] b) a estrutura organizacional e os métodos de administração
adotados, especialmente quanto a limites de autoridade e responsabilidade; c) as
políticas de pessoal e segregação de funções [...]”.

PROCEDIMENTOS

Trata-se do conjunto de procedimentos e técnicas profissionalmente executadas


pelo auditor interno que visam possibilitar a emissão de sua opinião sobre as
demonstrações contábeis, bem como os relatórios internos, processos e atividades
auditadas. É por meio desse conjunto de procedimentos que o auditor levantará
evidências que fundamentam seu parecer técnico profissional.
Existem vários procedimentos utilizados pelo auditor e muitos deles se confundem
com técnicas e procedimentos de perícia uma vez que os objetivos secundários da
auditoria envolvem o levantamento de erros e fraudes.
Podemos destacar dentre os principais:

Testes de Controle: visam a verificação de que os controles internos estão


garantindo em nível satisfatório seus objetivos quanto a evitarem erros e fraudes
relacionados aos objetos sob seus domínios.
Procedimento Substantivo: visam a verificação da eficiência dos sistemas contábeis
e administrativos da organização em termos de geração de informações sendo que
as análises se concentram em testes de saldo e testes de transações.

Alguns procedimentos e técnicas utilizadas pelos auditores visam a verificação da


existência de problemas ou validação de registros, presença de imobilizações
declaradas etc. conforme segue:

Inspeção: envolve a averiguação detalhada de registros e documentos contábeis e


gerenciais, internos ou externos dependendo do objetivo da auditoria, o que se dá
na forma de visualização e checagem física (papel), na forma eletrônica ou em
outras mídias conforme se observa no contexto atual. Também há inspeção
relacionada a imobilizado que visa se averiguar a sua presença denominada de
exame físico de um ativo.

Observação: consiste no exame do processo ou atividade operacional executado


por unidades administrativas ou de produção. O objetivo é de analisar tanto a
questão de possibilidade de falhas que possam dar margem a fraudes quanto a
análises envolvendo eficácia operacional no caso da auditoria interna constante e
permanente.
Recalculo: consiste na verificação da exatidão em termos de volume monetário ou
de quantidades contidas nos documentos ou nos registros contábeis ou gerenciais.
O recálculo pode ser realizado manualmente, porém atualmente é bem mais comum
se contar com sistemas que desenvolvem esse processo de forma automática.

5
Indagação: consiste na busca de informações por processos de entrevistas e
questionamento perante pessoas que tenham conhecimento relacionado ao objeto
em análise. Essas pessoas são questionadas em relação a qualquer detalhe
envolvendo aquilo sobre o que se tem alguma dúvida que se necessite
esclarecimento.
Reexecução: Trata-se de uma auditoria realizada por um auditor independente
sobre um trabalho já realizado por uma auditoria interne se realiza com o objetivo
confirmatório ou de refutação de hipóteses sempre que se constata que houve
algum motivo para que a primeira auditoria não tenha sua validade confirmada.

Procedimentos analíticos: consistem na avaliação das informações executadas


via estudo de relacionamentos entre dados financeiros e não financeiros, como por
exemplo, a investigação de flutuações e relações identificadas entre valores
constantes em orçamentos ou previsões que estão muito aquém ou além dos
valores realizados.

Confirmação: Procedimento de busca de resposta junto a terceiros, geralmente


clientes, fornecedores, advogados, ex-funcionários etc. com o objetivo de se
fundamentar alguma informação obtida a partir dos registros contábeis que remetam
a eles. Geralmente essas informações são obtidas de forma escrita utilizando-se
cartas enviadas por correio.
METODOLOGIA

As metodologias de auditoria interna tem como base as metodologias da auditoria


externa e por isso podem ser vistas como uma evolução ou uma base testada do
conjunto dos procedimentos utilizados nesta última.

Necessariamente, existe uma forte relação entre as metodologias adoptadas pelos


auditores externos e os auditores internos. Em termos gerais, poderemos dizer que
de algum modo se verifica o acompanhamento ao nível da auditoria interna das
metodologias já anteriormente implementadas e testadas pelos auditores externos
(GONÇALVES, 2008, p. 2).

Por outro lado, é necessário se reconhecer que a auditoria interna deve ir além dos
aspectos meramente voltados à verificação de autenticidade ou veracidade dos
fatos ou relatórios e avançar ao campo da gestão.

O cuidado metodológico da auditoria deve vislumbrar seu caráter informativo além


do aspecto da verificação dos demonstrativos em termos regulamentares como é o
caso da adequação quanto aos princípios contábeis.

A auditoria interna tem um papel fundamental quanto ao aspecto de gestão por


fornecer oportunamente por meio de seus procedimentos se resguardados os
procedimentos metodológicos adequados subsídios fundamentais para correções
de processos, embora como se vê abaixo não seja o que acontece na maioria dos
casos.

6
Por um lado, pode ser ressaltado que a não implantação de práticas de auditoria
interna está também relacionada ao pouco conhecimento dos gestores sobre as
vantagens e os benefícios desta ferramenta, não possuindo, portanto, uma visão
gerencial que pode repercutir nos resultados organizacionais. Mas, por outro lado,
deve ser registrado que os mecanismos de controle econômico-financeiro usado
pela empresa estão de acordo com as normas brasileiras de contabilidade
(SANTOS, 2007, p. 9).
PARECER

Parecer sem ressalva

O parecer sem ressalva é emitido quando o auditor concluir, sobre todos os


aspectos relevantes, que:
a) as demonstrações contábeis foram preparadas de acordo com os Princípios
Fundamentais de Contabilidade e as Normas Brasileiras de Contabilidade;
b) há apropriada divulgação de todos os assuntos relevantes às demonstrações
contábeis.

O parecer sem ressalva implica a afirmação de que, tendo havido alterações em


procedimentos contábeis, os efeitos delas foram adequadamente determinados e
revelados nas demonstrações contábeis. Nesses casos, não é requerida nenhuma
referência no parecer.
O modelo do parecer é aquele do item 11.3.2.3 da NBC T 11.

Parecer com ressalva

O parecer com ressalva deve obedecer ao modelo do parecer sem ressalva,


modificado no parágrafo de opinião, com a utilização das expressões “exceto por”,
“exceto quanto” ou “com exceção de”, referindo-se aos efeitos do assunto objeto da
ressalva. Não é aceitável nenhuma outra expressão na redação desse tipo de
parecer. No caso de limitação na extensão do trabalho, o parágrafo referente à
extensão também será modificado, para refletir tal circunstância.

Quando o auditor emitir parecer com ressalva, adverso ou com abstenção de


opinião, deve ser incluída descrição clara de todas as razões que fundamentaram o
seu parecer e, se praticável, a quantificação dos efeitos sobre as demonstrações
contábeis. Essas informações devem ser apresentadas em parágrafo específico do
parecer, precedendo ao da opinião e, se for caso, fazer referência a uma divulgação
mais ampla pela entidade, em nota explicativa às demonstrações contábeis.

O conjunto das informações sobre o assunto objeto de ressalva, constante no


parecer e nas notas explicativas sobre as demonstrações contábeis, deve permitir
aos usuários claro entendimento de sua natureza e seus efeitos nas demonstrações
contábeis, particularmente sobre a posição patrimonial e financeira e o resultado
das operações.

Parecer adverso

7
Quando o auditor verificar a existência de efeitos que, isolada ou conjugadamente,
forem de tal relevância que comprometam o conjunto das demonstrações contábeis,
deve emitir parecer adverso. No seu julgamento deve considerar, tanto as distorções
provocadas, quanto a apresentação inadequada ou substancialmente incompleta
das demonstrações contábeis.
Quando da emissão de parecer adverso, o auditor deve descrever, em um ou mais
parágrafos intermediários, imediatamente anteriores ao parágrafo de opinião, os
motivos e a natureza das divergências que suportam sua opinião adversa, bem
como os seus principais efeitos sobre a posição patrimonial e financeira, e o
resultado do exercício ou período.

No parágrafo de opinião, o auditor deve explicitar que, devido à relevância dos


efeitos dos assuntos descritos no parágrafo ou parágrafos precedentes, ele é da
opinião de que as demonstrações contábeis da entidade não estão adequadamente
apresentadas, consoante as disposições contidas no item 11.1.1.1 da NBC T 11.

Parecer com abstenção de opinião por limitação na extensão

O parecer com abstenção de opinião por limitação na extensão é emitido quando


houver limitação significativa na extensão do exame que impossibilite o auditor de
formar opinião sobre as demonstrações contábeis, por não ter obtido comprovação
suficiente para fundamentá-la, ou pela existência de múltiplas e complexas
incertezas que afetem um número significativo de rubricas das demonstrações
contábeis.

Nos casos de limitações significativas, o auditor deve indicar claramente os


procedimentos omitidos e descrever as circunstâncias de tal limitação. Ademais, são
requeridas as seguintes alterações no modelo de parecer sem ressalvas:
a) a substituição da sentença “Examinamos...” por “Fomos contratados para
auditar as demonstrações contábeis...”;
b) a eliminação da sentença do primeiro parágrafo “Nossa responsabilidade é a de
expressar opinião sobre essas demonstrações contábeis”;
c) a eliminação do parágrafo de extensão.

No parágrafo final do parecer, o auditor deve mencionar claramente que os exames


não foram suficientes para permitir a emissão de opinião sobre as demonstrações
contábeis. A abstenção de opinião não elimina a responsabilidade do auditor de
mencionar qualquer desvio relevante que normalmente seria incluído como ressalva
no seu parecer e que, portanto, possa influenciar a decisão do usuário dessas
demonstrações.

Parecer com abstenção de opinião, por incertezas

Quando a abstenção de opinião decorrer de incertezas relevantes, o auditor deve


expressar, no parágrafo de opinião, que, devido à relevância das incertezas
descritas em parágrafos intermediários específicos, não está em condições de emitir
opinião sobre as demonstrações contábeis. Novamente, a abstenção de opinião não
elimina a responsabilidade do auditor de mencionar, no parecer, os desvios
relevantes que normalmente seriam incluídos como ressalvas.

8
Circunstância que impedem a emissão de parecer sem ressalva

O auditor pode discordar da administração da entidade quanto:


a) às práticas contábeis utilizadas;
b) à forma de aplicação das práticas contábeis.

SUGESTÕES DE LEITURA

ALMEIDA, Cavalcanti Marcelo. Auditoria. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2003.


CREPALDI, Aparecido, Silvio. Auditoria contábil teoria e prática. 2.ed. São Paulo:
Atlas 2002.
GONÇALVES, Antônio. A evolução das metodologias de auditoria. Revisores e
Auditores, jul./set. 2008. Disponível em <
http://www.oroc.pt/fotos/editor2/Revista/JulSetembro2008/Auditoria.pdf >. Acesso
em: 02 dez. 2012.

9
REFERÊNCIA

● INSTITUTO DOS AUDITORES INTERNOS DO BRASIL. Quem somos. 2012.


Disponível em: < http://www.iiabrasil.org.br/new/quemsomos.html > Acesso
em: 16 nov. 2012.
● MANUAL de auditoria interna. COAUD – Coordenadoria de Auditoria Interna.
2008. Disponível em <
http://www.conab.gov.br/downloads/regulamentos/ManualdeAuditoriaInterna.p
df >. Acesso em: 22 nov. 2012.
● NORMAS de auditoria independente das demonstrações contábeis - NBCT.
Portal de Contabilidade. 2012. Disponível em: <
http://www.portaldecontabilidade.com.br/nbc/t11.htm >. Acesso em: 18 out.
2012.
● SANTOS, Marcos Igor da Costa. Auditoria interna como instrumento formador
da eficiência e eficácia dos resultados organizacionais. CONGRESSO DE
PESQUISA E INOVAÇÃO DA REDE NORTE NORDESTE DE EDUCAÇÃO
TECNOLÓGICA JOÃO PESSOA, 2. Anais... 2007. Disponível em <
http://www.redenet.edu.br/publicacoes/arquivos/20080922_105130_GEST-01
1.pdf >. Acesso em: 02 dez. 2012.
● Acessado em, Portal da Auditoria:
http://www.portaldeauditoria.com.br/legislacao/normas/parecerdosauditores.ht
m#PARECER_SEM_RESSALVA_. Acessado dia 24/11/2022.

● ALMEIDA, Cavalcanti Marcelo. Auditoria. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2003.


● MANUAL de auditoria interna. COAUD – Coordenadoria de Auditoria Interna.
2008. Disponível em <
http://www.conab.gov.br/downloads/regulamentos/ManualdeAuditoriaInterna.p
df >. Acesso em: 22 nov. 2012.
● CREPALDI, Aparecido, Silvio. Auditoria contábil teoria e prática. 2. ed. São
Paulo: Atlas 2002.
● NORMAS de auditoria independente das demonstrações contábeis - NBCT.
Portal de Contabilidade. 2012. Disponível em: <
http://www.portaldecontabilidade.com.br/nbc/t11.htm >. Acesso em: 18 out.
2012.
● SANTOS, Marcos Igor da Costa. Auditoria interna como instrumento formador
da eficiência e eficácia dos resultados organizacionais. CONGRESSO DE
PESQUISA E INOVAÇÃO DA REDE NORTE NORDESTE DE EDUCAÇÃO
TECNOLÓGICA JOÃO PESSOA, 2. Anais... 2007. Disponível em <
http://www.redenet.edu.br/publicacoes/arquivos/20080922_105130_GEST-01
1.pdf >. Acesso em: 02 dez. 2012.

10

Você também pode gostar