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O liberalismo em Portugal: conjuntura

Antecedentes:

 Napoleão impõe o Bloqueio Continental


 Portugal não aceita as condições pela sua aliança diplomática e económica
com a Inglaterra (1806)

Invasões
Ajuda militar de Inglaterra a
francesas
Portugal

Consequências políticas:

 Ida do rei e da família real para o Brasil (1807)


 Nomeação de um Conselho de Regência (1807)
 Fragilidade política: domínio inglês

Consequências económicas:

 Abertura dos portos brasileiros ao comércio internacional (1808) e Tratado de


Comércio com a Grã-Bretanha (1810)
 A agricultura, o comércio e a indústria foram profundamente afetados

Consequências materiais:

 Campos devastados
 Património nacional sofreu importantes perdas em consequência do saque de
mosteiros, igrejas e palácios

Primeira invasão (1807-1808)

 Junot entra a 30 de novembro em Portugal e instar-se-á no Palácio da


Bemposta
 Em agosto de 1808, uma expedição inglesa desembarca em Lavos comandada
por Arthur Wellesley e outra em Cadiz, pelo comandante Cotton, para auxiliar
os movimentos revolucionários contra França (tinham começado no Porto e
alastraram-se pelo resto do país)
 30 de agosto de 1808 – é assinada a convenção em Sintra em que Junot se
compromete deixar o país, mas leva o saque

Segunda invasão (1809)

 Em 1809, Soult tenta invadir o país por Trás-os-Montes e em março chega ao


Porto. Dá-se a catástrofe da Ponte das Barcas. Soult tenta-se estabelecer no
Porto, onde fica mais de um mês
 Por este tempo (março 1809) o Marechal Beresford comandava as nossas
tropas e dirige-se para Gaia. Soult sente-se encurralado e depois de destruir a
sua artilharia e queimar bagagens. Dirige-se para Orense.
 Em 31 de julho deu-se nos campos de Talavera e os dois exércitos declaram-se
vencedores

Terceira invasão (1810-1811)

 No início de 1810, Massena planeia atacar Portugal ao Norte do Tejo e Soult


pelo sul deste rio. São erigidas as “Linhas de Torres Vedras” pelo Duque de
Wellington
 27 de setembro de 1810. Os franceses perdem no Buçaco
 As “linhas de Torres Vedras” vão ajudar a disseminar os exércitos franceses. Em
março de 1811, Massena parte em retirada e Soult volta à Andaluzia.

24 de agosto de 1820

 Foi nesta praça, antigo campo de Santo Ovídio, atual Praça da República, de
madrugada, que se pôs fim ao Antigo Regime
 Os regimentos militares envolvidos ouviram a missa e os coronéis Sepúlveda e
Cabreira leram as proclamações
Constituição de 1822

A precaridade da legislação vintista de carácter socioeconómico

Medidas das Cortes Constituintes (1821 e 1822)

Objetivos

 Eliminar as estruturas arcaicas do Antigo Regime


 Modernizar as redes públicas e do Estado

Reformas

 Fim da Inquisição e censura prévia


 Liberdade de imprensa e ensino
 Transformação dos bens da Coroa em públicos
 Extinção da dízima
 Reforma dos forais
 Eliminação dos direitos banais

Dificuldades

 Conflito de interesses dos deputados que perdiam rentabilidade das


propriedades
 Falta de apoio aos camponeses (injustiças sociais)
Os preparativos da Revolução Liberal de 1820

Crise política e económica no início do século XIX

Criação de sociedades
secretas

Gomes Freire de Andrade Sinédrio


(1817) (1818)

Manuel Fernandes
Integrou a Legião Portuguesa que combateu ao
Tomás
serviço de França, mas recusou-se participar da
expedição contra Portugal. Após a derrota de
Napoleão, regressou a Portugal e veio a ser Pronunciamento militar de 24
implicado e acusado de uma conspiração. Em de agosto de 1820
1817, sob o poder do marechal Beresford, foi
detido, condenado à morte e enforcado.

Revolução Liberal de 1820

O Sinédrio, sociedade secreta, foi o principal responsável pelo movimento


revolucionário de 24 de agosto de 1820. Este movimento teve como
protagonista Manuel Fernandes Tomás.

A revolução liberal de 1820

Sinédrio (líderes do Revolução Liberal Junto Provisional do


movimento Supremo Governo do
revolucionário): (Porto, 24 de
agosto de 1820)
Manuel Fernandes Tomás
José Ferreira Borges
José da Silva Carvalho
Adesão popular

O percurso da Revolução Liberal de 1820


Intenções do movimento revolucionário

Manifesto aos Portugueses (Manuel Fernandes Tomás):

 Abolição do regime monárquico absolutista


 Fim do domínio inglês
 Exaltação da Pátria e da glória do passado
 Regeneração da sociedade portuguesa no âmbito político, económico,
administrativo e social
 Valorização da monarquia e das Cortes
 Criação de uma Constituição
 Respeito pelos direitos e garantias individuais

Junta Provisional do Supremo Governo do Reino

 Presidente: Freire de Andrade


 Vice-presidente: António da Silveira
 Ministério da Fazenda, Negócios e Justiça: Manuel Fernandes Tomás

Eleições para as Cortes Constituintes, para a elaboração de uma nova Constituição

As medidas da Junta Provisional do Supremo Governo do Reino

 Regresso imediato do rei D.João VI a Portugal e juramento da Constituição


 Fim do domínio inglês. Expulsão dos generais britânicos e proibindo o desembarque
do marechal Beresford, após o regresso do Brasil
 Organização das eleições para as Cortes Constituintes que ficaram compostas
maioritariamente por elementos da burguesia e membros do clero
 Valorização dos ideais liberais pelo novo Governo e cuidada diplomacia

Cortes reunidas ao longo de 1821 e 1822, fim do Antigo Regime em Portugal e


construção de uma sociedade alicerçada nos ideais liberais.

Tratado de Comércio – as mercadorias britânicas, nomeadamente as manufaturas,


entravam com grande facilidade em Portugal e nos seus domínios
 A perda do exclusivo comercial com o Brasil revelou-se particularmente
desestruturante. Ao abrigo do Pacto Colonial a colónia brasileira abastecia, a
bom preço, a metrópole de alimentos (arroz, café, açúcar) e matérias-primas
(algodão, peles, couros, tabaco, madeiras), muitos deles depois reexportados
 Constituía ao mesmo tempo um mercado de escoamento para a produção
manufatureira nacional
 Privada de importantes tráficos a burguesia portuguesa sofreu sérios prejuízos

Imperialismo

Vai ter diversas facetas:

 Conquista territorial
 Colonialismo
 Sujeição política indireta pelo estabelecimento de protetorados
 Controlo económico através da obtenção de concessões

Motivações

 De natureza económica
 Alívio da pressão demográfica
 Nacionalismo exacerbado, de contornos racistas proclamava com orgulho a
superioridade das potências imperialistas colonizadoras. Superioridade da
raça branca, com uma missão civilizadora face aos mais primitivos que
devem acolher com a melhor vontade os benefícios da técnica, ciência,
instrução e da evangelização que as nações ocidentais lhes proporcionavam

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