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ESCOLAR
1ª Edição
Indaial - 2023
UNIASSELVI-PÓS
CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI
Rodovia BR 470, Km 71, no 1.040, Bairro Benedito
Cx. P. 191 - 89.130-000 – INDAIAL/SC
Fone Fax: (47) 3281-9000/3281-9090
Diagramação e Capa:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
C397
CDD 658,15
Impresso por:
Sumário
APRESENTAÇÃO.............................................................................5
CAPÍTULO 1
Princípios Básicos da Educação Financeira...............................7
CAPÍTULO 2
Benefícios de uma Gestão Financeira Escolar Eficiente....... 45
CAPÍTULO 3
Principais Métricas Financeiras................................................. 93
APRESENTAÇÃO
No capítulo 1, abordaremos a gestão financeira em escolas, que é um dos
principais pilares para uma administração escolar ser bem-sucedida. É importante
o uso dos conceitos da gestão financeira para planejar e promover ações eficazes
de ensino aprendizagem no ambiente escolar.
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Capítulo 1 Princípios Básicos da Educação Financeira
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
Nesse capítulo, abordaremos desde a importância da gestão financeira para
escolas até mecanismos de controle, bem como o monitoramento de fluxo de cai-
xa, as estratégias para redução da inadimplência, as boas práticas de cobrança e
o uso da tecnologia.
Assim, podemos evidenciar que uma boa gestão financeira sinaliza fragili-
dades e potencialidades em todos os âmbitos que permeiam uma instituição de
ensino, auxiliando o desenvolvimento de espaço e estratégias capazes de desen-
volver relações que promovam e fortaleçam o processo de ensino aprendizagem.
Nesse sentido, para que a instituição escolar tenha sucesso, tanto no âmbito
pedagógico quanto financeiro, é importante que ela tenha uma estrutura adminis-
trativa eficiente e alinhada aos propósitos e objetivos do negócio.
Por essa ótica, uma instituição de ensino tem como finalidade transmitir e
criar conhecimento; no entanto, como em qualquer outro negócio, constitui-se em
uma pessoa jurídica. Além disso, uma escola abriga um número grande de funcio-
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Gestão Financeira Escolar
nários, despesas fixas e variáveis, contas a pagar e contas a receber que necessi-
tam de organização e monitoramento.
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Capítulo 1 Princípios Básicos da Educação Financeira
Uma gestão financeira eficiente consiste na realização de mais ações com o mí-
nimo de recursos, sem comprometer a qualidade da prestação do serviço. Assim, para
garantir a maximização do lucro com o mínimo de recursos disponível, é necessário
organizar processos, o que pode ser realizado através de um sistema de gestão.
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Gestão Financeira Escolar
A contabilidade gerencial envolve uma gama ampla de fatores que crescem com
a evolução da instituição. Ela está relacionada a uma gestão financeira de uma em-
presa, que é realizada de forma adequada, visando a resultados diante de um investi-
mento, tais como aumento do fluxo de vendas e lucratividade. Seus processos devem
estar em consonância com a evolução tecnológica, integrando e facilitando ações,
criando processos para a integração dos setores e do escritório de contabilidade.
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Capítulo 1 Princípios Básicos da Educação Financeira
Por meio do fluxo de caixa, a gestão financeira passa a ser mais eficiente
através da contabilidade gerencial, e o gestor consegue ter mais visibilidade sobre
os recursos financeiros disponíveis, as expectativas para o futuro e as possibili-
dades e alocação de recursos, conforme as necessidades da instituição escolar.
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Gestão Financeira Escolar
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Capítulo 1 Princípios Básicos da Educação Financeira
Saldo negativo normalmente sugere uma análise de custo das despesas, in-
dicando a viabilidade de conseguir uma renegociação dos pagamentos aos forne-
cedores, bem como outras decisões. Já o saldo positivo, sugere a possibilidade
de fazer investimentos, visando a obter mais rendimentos.
Assim, mais uma vez, assinalamos que o fluxo de caixa tem origem em da-
dos reais, ou seja, nas entradas e saídas de dinheiro que já ocorreram dentro
da empresa, sendo a estimativa das próximas saídas e entradas pautadas em
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Gestão Financeira Escolar
As instituições têm formas diferentes de organizar seu fluxo de caixa para ob-
ter as informações que sejam fundamentais ao seu desenvolvimento. Fato que in-
depende das particularidades de análise de cada empreendimento. No entanto, é
essencial que uma projeção de fluxo de caixa leve em consideração (a) o saldo ini-
cial em caixa, (b) as despesas fixas e variáveis, (c) as entradas de receita, divididas
em “previsão” e “realizadas”, e o intervalo de tempo dentre um recebimento e outro.
Note que a observação de todos esses pontos deve ser organizada em uma
tabela ou planilha, fornecendo ao gestor clareza a respeito de todas as movimen-
tações e das futuras necessidades financeiras da instituição, bem como a previ-
são de pagamentos e recebimentos. A seguir, trazemos alguns pontos a serem
observados ao realizar a gestão financeira de uma instituição de ensino.
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Capítulo 1 Princípios Básicos da Educação Financeira
Dessa forma, dedicar uma parte do seu orçamento para emergências é uma
prática relevante para realizar uma gestão financeira de uma instituição escolar.
No entanto, é necessária muita cautela para fazer a redução de despesas quando
o serviço prestado é na área de educação, pois envolve muita atenção e respon-
sabilidade. Logo, ao mapear custos para serem cortados ou restringidos, o gestor
escolar não pode perder de vista o cliente mais interessado, no caso, o aluno.
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Gestão Financeira Escolar
A folha de pagamento costuma ser uma das maiores despesas de uma em-
presa, ou seja, é um item que não pode deixar de estar sob controle na gestão
financeira para escolas. Sabemos que funcionário feliz é funcionário produtivo.
Bons salários podem não ser o único fator de satisfação de um colaborador, mas
ser recompensado financeiramente por um trabalho bem prestado é muito gratifi-
cante para qualquer pessoa.
2.6 COBRANÇA
Toda empresa necessita de um método de cobrança eficiente, pois a ina-
dimplência aparece em quase todas as instituições. Nas instituições escolares,
a situação não é diferente. Visando a melhorar os índices de inadimplência exis-
tentes, há inúmeras estratégias eficientes e coerentes que asseguram resultados
positivos. Acesse o link a seguir e conheça algumas estratégias para controlar a
inadimplência: <https://www.youtube.com/watch?v=ZeYlu6iS6PQ>.
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Capítulo 1 Princípios Básicos da Educação Financeira
Assim, devem ser criados processos coesos com abordagens efetivas para
realmente solucionar o problema do cliente e da instituição escolar. Estes devem
ser organizados por meio de uma régua denominada régua de cobrança. Tal me-
canismo auxilia a padronização das ações a serem realizadas, pois conta com
envios de mensagens de texto para o celular e e-mails. Dessa forma, facilita o
pagamento de valores atrasados ou mesmo lembrando o cliente de que haverá
um vencimento em breve.
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Capítulo 1 Princípios Básicos da Educação Financeira
Nesse sentido, é relevante conseguir identificar o motivo pelo qual seu clien-
te não saldou sua dívida. Logo, o tipo de negociação que você deve oferecer
para o inadimplente pontual deve ser diferente do inadimplente recorrente. Para
os clientes que já estão com pagamentos em atraso, é preciso pensar em formas
de prevenir e evitar chegar ao estágio de endividamento.
Há sistemas de gestão que fazem uso de lembretes eletrônicos, tais como li-
gações automatizadas, e-mails ou mensagens de texto. Outra iniciativa importan-
te para redução da inadimplência escolar é o uso de algum sistema de gestão re-
corrente exclusivo para as instituições escolares. Tais sistemas são responsáveis
pela geração e emissão automática dos boletos, agilizando e desburocratizando o
processo de cobrança.
Seja qual for o sistema de cobrança adotado pela gestão escolar, é preciso
compreender que atrás de um devedor existe um ser humano. Assim, é impres-
cindível compreender o processo ou o motivo que gerou o problema da inadim-
plência. A gestão escolar também é responsável por educar financeiramente seus
clientes, conscientizando-os para reduzir os atrasos.
Ao usar esse tipo de plataforma, você otimizará o tempo da sua equipe para
outras funções que precisam do capital humano para serem realizadas. Por exem-
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Gestão Financeira Escolar
plo, a interação com alunos e pais ou entre o corpo docente e a área administrati-
va do seu negócio.
Uma gestão financeira eficiente proporciona mais tempo para pensar em ou-
tras estratégias para expansão do seu negócio. Nessa perspectiva, diversificar o
público e criar opções de cursos e programas para terceira idade e adultos com
curso médio concluído há muitos anos; promover a capacitação de pessoas com
deficiência, entre outras; o uso de tecnologias, sistemas de ensino, aulas intera-
tivas e intercâmbios; a elaboração de planejamento estratégico de médio e longo
prazo, buscando identificar e antecipar as necessidades de mercado.
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Capítulo 1 Princípios Básicos da Educação Financeira
A educação é um dos melhores investimentos que podem ser feitos para ga-
rantir sucesso no futuro. Como profissional de educação, você deve garantir que
sua instituição de ensino esteja funcionando perfeitamente. Não é uma questão
apenas de pedagogia, mas também de gestão financeira para escolas e cursos.
Afinal, uma instituição de ensino fechada não capacita ninguém. Assim, controlar
bem as despesas da sua instituição de ensino traz vários benefícios, tanto para os
estudantes quanto para os seus profissionais. Isso garante que os salários serão
pagos em dia, que haverá recursos para todas as aulas e projetos e que a estrutu-
ra será sempre a melhor possível.
3 EXPLORANDO POSSIBILIDADES
DE UMA GESTÃO FINANCEIRA
ESCOLAR EFICIENTE
Em qualquer negócio, inclusive no ramo de educação, há certos custos que
são mais importantes que outros. Por exemplo, manter as contas de água e de
luz, a folha de pagamentos e disponibilidade de material para aulas é mais impor-
tante do que criar um projeto, como uma gincana ou feira de ciências. Nos exem-
plos citados, todas as opções agregam valor à escola, mas as primeiras são mais
relevantes para sua manutenção e sobrevivência.
3.1 DESENVOLVA UM
PLANEJAMENTO FINANCEIRO
ESTRATÉGICO
3.1.1 Priorize
Ao elencar suas prioridades, deve-se ter em mente quais custos são neces-
sários para que a instituição de ensino se mantenha aberta e relevante. Uma nova
pintura pode contribuir para a identidade do ambiente, mas não é tão vital quanto
o pagamento dos professores. Certos investimentos, como uma semana de es-
portes, podem ser muito úteis para atrair mais matrículas.
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Gestão Financeira Escolar
Ao identificar de onde vem e para onde vai o dinheiro, o gestor escolar en-
contra quais são suas principais fontes de capital e quais custos são mais eleva-
dos. Dessa forma, além de fazer o registro de entradas e saídas no orçamento,
é relevante realizar a categorização desses gastos. Assim sendo, se existem (a)
entradas que se referem às mensalidades, (b) pagamentos atrasados ou (c) lucro
gerado pela realização de um evento. Do mesmo modo, teremos o custo (a) refe-
rente aos pagamentos a serem efetuados, (b) com a manutenção de materiais e
(c) para cobrir gastos imprevistos.
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Capítulo 1 Princípios Básicos da Educação Financeira
Dessa forma, tais custos não agregam valor real para o negócio. Assim,
quando o gestor for realizar o seu orçamento, pode e deve identificar e eliminar
esses tipos de custos desnecessários que acarretam gastos e não promovem re-
torno que faça a diferença. Tais economias se revertem em lucro e reservas finan-
ceiras muito úteis para a instituição escolar.
grande fração do tempo do gestor escolar, tais como a coleta de dados em larga
escala, a organização dessas informações, o agendamento de pagamentos.
Outro aspecto que deve ser considerado pelas instituições se trata da cria-
ção de diferentes cenários, que, por consequência, apresentam diferentes cursos
de ação. Isto se justifica quando o mercado econômico é analisado. Constatando-
-se sua instabilidade, deve-se idealizar alguns cenários, como o otimista, realista
e pessimista, auxilia nas tomadas de decisões futuras e clareiam sobre o rumo
que a organização deve tomar.
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Capítulo 1 Princípios Básicos da Educação Financeira
Ter uma escola de sucesso vai muito além da qualidade do ensino, é neces-
sário dedicação diária para manter a escola saudável, seja na área pedagógica
como na estrutura financeira, pois de nada vale possuir um excelente método de
ensino, conquistar novos alunos, mas não conseguir manter a estrutura conquis-
tada. Um bom sistema de gestão deve ajudar a instituição nos seguintes pontos:
• gestão de custos;
• controlar e diminuir a inadimplência;
• controle de despesas;
• organizar o setor financeiro e manter o caixa saudável.
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Gestão Financeira Escolar
pela instituição escolar. Dessa forma, precisam ser claras e concisas para sim-
plificar sua execução.
O início de tudo é o objetivo. Ele nos orienta a direção para onde devemos
seguir, o que a instituição almeja conquistar, como um incremento nas matrículas.
A partir disso, estabelecem-se as metas, de forma a expressar esse objetivo de
forma numérica, detalhando-o e fazendo sua quantificação. Ainda com relação ao
exemplo, podemos estabelecer que a empresa precisa realizar uma campanha
para aumentar as matrículas em ao menos 20% até o final do semestre.
Por outro lado, as tarefas são ações que precisam ser realizadas para que
a meta se concretize. Tais tarefas estão contidas no plano de ação de todos os
profissionais da instituição escolar, garantindo o percurso para atingir o objetivo.
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Capítulo 1 Princípios Básicos da Educação Financeira
A definição das metas pode ser uma tarefa desafiadora para quem não está
acostumado. Muitas vezes não sabemos por onde começar. Em outras palavras,
há dificuldade de compreender o que são metas praticáveis e que podem ser
cumpridas dentro do contexto. Mais adiante você encontrará algumas dicas práti-
cas para vencer esses obstáculos.
3.7 AS VANTAGENS DE SE
TRABALHAR COM METAS
A importância de trabalhar com metas é real e se comprova pelos efeitos
positivos para a organização que as incorporam em seu planejamento. Confira
algumas das vantagens.
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Sempre que precisar tomar uma decisão, o líder pode recorrer aos objetivos
e às metas previamente estabelecidos. Eles funcionam como uma “cola” do que é
a resposta correta para o que a organização almeja. Assim, escolhe-se de manei-
ra assertiva para garantir que a visão dos negócios será alcançada.
Assim, podemos priorizar as ações de acordo com aquilo que está posto
no planejamento. As tarefas que estão ligadas às metas são prioridade e devem
sempre ser mantidas no radar para que os objetivos não escapem do horizonte.
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Capítulo 1 Princípios Básicos da Educação Financeira
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Ainda dentro do exemplo, a gestão deve se perguntar o que precisa ser feito
para ter um crescimento de 20% nas vendas dentro do período sugerido. Após in-
vestigação interna, identificou-se que as taxas de conversão de oportunidades em
vendas eram o problema. Por isso, a meta de desempenho deve ser aumentada
de 20% para 30% quanto ao número de vendas feitas a partir desses contatos.
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Capítulo 1 Princípios Básicos da Educação Financeira
Uma outra dica para estabelecer metas na empresa é mostrar clareza sobre
o que se espera do time. Isso evita diversos conflitos, já que cada trabalhador vai
entender a demanda da forma que deve ser, sem afetar a comunicação.
4 PROJEÇÃO DE CENÁRIOS
A projeção de cenários é um conceito de origem militar e que foi amplamen-
te difundido por estudos e consultorias, sendo hoje amplamente utilizado como
ferramenta de gestão. Ela permite que estratégias sejam estabelecidas, conside-
rando-se um contexto futuro no qual fatores que podem impulsionar o negócio são
identificados, a fim de obter um avanço perante um cenário competitivo.
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Para ficar mais claro, imagine, por exemplo, que você esteja planejando ca-
sar e comprar um apartamento, mas resolveu comprar um carro com alto consu-
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Capítulo 1 Princípios Básicos da Educação Financeira
mo e vai a festas caras todo fim de semana. A não ser que tenha uma fonte de
renda muito boa, é muito provável que não vai conseguir juntar o montante neces-
sário para concretizar seus planos.
Vale lembrar que não é por ser uma simulação que você vai colocar “uns
valores loucos”. Ao realizar uma projeção de cenários, você deve utilizar previ-
sões possíveis de serem realizadas, simulando as situações e as mudanças mais
prováveis, lembrando sempre que o que for definido e homologado virará a meta
a ser batida.
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Esse tipo de simulação é muito útil para realizar uma visão impactada do
orçamento, ou seja, depois que o exercício já está iniciado, quando se refaz o
planejamento para os meses restantes, considera-se os efeitos de valores dos
meses que já passaram.
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Capítulo 1 Princípios Básicos da Educação Financeira
Digamos que sua empresa planeja realizar a compra de uma nova máquina
para incrementar a produção de uma determinada linha de produtos. Será que o
investimento valerá a pena? Quais os impactos que a compra da nova máquina
causaria na empresa?
Vejamos alguns exemplos de perguntas que poderiam ser feitas para reduzir
as incertezas com relação aos retornos sobre os investimentos (ROI).
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Capítulo 1 Princípios Básicos da Educação Financeira
• um cenário realista;
• um cenário otimista; e
• um cenário pessimista.
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a) permanente.
b) deficiente.
c) eficiente.
d) atualizada.
e) desatualizada.
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Capítulo 1 Princípios Básicos da Educação Financeira
5) Imagine que sua empresa decidiu cortar custos e, para isto, pla-
neja dispensar parte da mão de obra produtiva. Liste ao menos
três perguntas que poderiam ser feitas antes de tomar a decisão.
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5 ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Para que uma empresa sobreviva e conquiste o mercado, a condição ne-
cessária é que os recebimentos sejam maiores que os pagamentos operacionais.
Todavia, é um desafio para os gestores conseguirem um volume de vendas que
forneça um caixa para a empresa, assumindo os menores riscos possíveis.
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informações contábeis que dizem respeito aos credores, ajudando a intervir cons-
ciente e coletivamente nos objetivos e nas práticas de sua escola, na produção
social do futuro da escola, da comunidade, da sociedade” (LIBÂNEO, 2013, p. 133).
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei Nº 8.078, de 11 de setembro de 1990. Dispõe sobre a proteção do
consumidor e dá outras providências. 1990. Disponível em: <http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/leis/l8078compilado.htm>. Acesso em: 10 nov. 2022.
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Capítulo 1 Princípios Básicos da Educação Financeira
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C APÍTULO 2
BENEFÍCIOS DE UMA GESTÃO
FINANCEIRA ESCOLAR EFICIENTE
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Capítulo 2 Benefícios de uma Gestão Financeira Escolar Eficiente
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
A educação é um dos principais pilares do desenvolvimento econômico e so-
cial, sendo importante para a transformação social. A aprendizagem é uma causa
fundamental do comportamento humano, pois afeta poderosamente não somen-
te a maneira pela qual as pessoas pensam, sentem e agem, mas também suas
crenças, valores e objetivos.
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Capítulo 2 Benefícios de uma Gestão Financeira Escolar Eficiente
Na escola, a gestão deve ser um processo circular no qual haja uma inter-re-
lação entre as pessoas envolvidas, em que o poder é partilhado, e todos (pais, fun-
cionários, docentes, discentes, comunidade) são corresponsáveis pelas ações ali
aplicadas. Uma agradável gestão acontece por meio da parceria entre as pessoas.
Portanto, grupos de duas ou mais pessoas, trabalhando juntas, de forma coordena-
da e cooperativa, podem realizar mais do que qualquer uma delas sozinha.
A palavra eficácia é usada para indicar que os objetivos propostos foram al-
cançados. A palavra eficiência é usada para indicar que os objetivos propostos
foram alcançados utilizando o mínimo dos recursos disponíveis.
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Gestão Financeira Escolar
Imagine um gestor que vive atarefado e sempre tem algo urgente para fazer,
o que o impede de atender à comunidade escolar. Além disso, sempre reclama da
burocracia para realizar as atividades referentes ao administrativo e pedagógico
da escola, e não aceita delegar funções a sua equipe de trabalho.
É importante salientar que o gestor que planeja obtém sucesso, pois tem ca-
pacidade de prever, orientar e controlar suas demandas. A falta de planejamento
leva o gestor a comprar em caráter de urgência, sem observar os princípios bási-
cos da administração pública, estabelecidos na Constituição Federal de 1988, em
seu artigo 37: Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência.
No tópico a seguir, discutiremos sobre aspectos da gestão pública.
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Capítulo 2 Benefícios de uma Gestão Financeira Escolar Eficiente
3 GESTÃO OU ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
O gestor de uma escola estadual recebeu a primeira cota normal de consu-
mo do ano vigente, foi até o mercado mais próximo e utilizou todo o recurso em
material de limpeza. Na semana seguinte, a secretária avisa que o material de
expediente havia acabado; a merendeira informa que o botijão de gás estava no
fim; e a pessoa responsável pelos serviços gerais informa que algumas salas de
aula estavam com as lâmpadas queimadas. Como você avalia a atuação desse
gestor, no que diz respeito à utilização dos recursos financeiros? Que princípio
fundamental ele deixou de realizar, que comprometeu o desenvolvimento das ati-
vidades na escola?
Souza (2009) afirma que a gestão escolar está permeada de relações de po-
lítica, poder e democracia, trazendo reflexões sobre essas questões de maneira a
explicar que não há um conceito único de gestão democrática. Nessa concepção,
a gestão democrática é tratada como um processo político amplo, que depende
de educação política e participação. Compreende-se que ela se dá não apenas
pela tomada de decisão coletiva, pelo voto igualitário ou pelo respeito à maioria,
mas também com condições para que todos participem efetivamente em diversos
processos: na identificação de problemas, no planejamento, acompanhamento e
avaliação de ações, no controle e fiscalização de recursos, com acesso à infor-
mação e ao conhecimento necessário para essa participação, baseada na escuta
das vozes de todos os segmentos da escola.
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Gestão Financeira Escolar
Assim, o gestor escolar tem muitos desafios perante as finanças das escolas,
logo é preciso eleger prioridades. Os gestores podem conseguir recursos com a sua
própria criatividade, pois podem ser feitos eventos na escola para arrecadar fundos.
Nesse sentido, um bom gestor consegue os seus objetivos engajando a comunida-
de a ajudá-lo. Dessa forma, o gestor precisa ter uma gestão democrática, pois sem
uma boa gestão democrática ele não vai conseguir alcançar os seus objetivos, e
nesse caso nem falo só dos financeiros. Para conhecer um pouco sobre recursos
da educação escassos: como fazer mais com menos? Acesse o link: <https://blog.
portabilis.com.br/recursos-da-educacao-escassos-como-fazer-mais-com-menos/>.
No próximo tópico, aprofundaremos algumas ideias sobre gestão democrática.
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Capítulo 2 Benefícios de uma Gestão Financeira Escolar Eficiente
Embora não haja uma única maneira de implantar um sistema de gestão par-
ticipativa, é possível identificar alguns princípios, valores e prioridades na constru-
ção efetiva dessa gestão.
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Gestão Financeira Escolar
O mundo atual pauta-se, muito mais, por interação, parcerias, redes, alian-
ças e cooperação na provisão de melhores resultados na prestação de serviços à
sociedade (LÜCK, 2000). Os principais instrumentos promotores desse modelo de
gestão são, sobretudo: a criação dos conselhos escolares, associações de pais e
mestres e de grêmios estudantis, a elaboração de um Projeto Político-Pedagógico
em âmbito interno com participação efetiva dos membros da comunidade escolar,
e, como já citado, a escolha direta dos gestores.
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Capítulo 2 Benefícios de uma Gestão Financeira Escolar Eficiente
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Gestão Financeira Escolar
a) a fundamentação da democracia;
b) o estímulo ao desenvolvimento da personalidade do sujeito;
c) a difusão e o incremento do conhecimento e da cultura em geral;
d) a inserção dos sujeitos no mundo;
e) a custódia dos mais jovens, suprindo nessa missão a família.
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Capítulo 2 Benefícios de uma Gestão Financeira Escolar Eficiente
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3.4.2 PDDE
O programa dinheiro direto na escola, segundo o portal Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação (FUNDE), (BRASIL, 2017), o Programa Dinheiro
Direto na Escola (PDDE) foi criado em 1995 e tem por finalidade prestar assistên-
cia financeira para as escolas, em caráter suplementar, a fim de contribuir para a
manutenção e a melhoria da infraestrutura física e pedagógica, com consequente
elevação do desempenho escolar. Também visa a fortalecer a participação social
e a autogestão escolar.
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3.5 O CONCEITO DE
DESCENTRALIZAÇÃO
Ao conceito de descentralização podem ser feitas algumas distinções, às
vezes de caráter específico das ciências jurídicas; outras, de uso mais comum.
A descentralização administrativa está relacionada à execução das diretrizes do
Estado, à forma organizativa e derivada dos poderes administrativos do aparelho
estatal, enquanto que a descentralização política relaciona-se à elaboração de
decisão política do Estado e ao direito autônomo que incide na garantia de auto-
nomia e poderes a espaços não centralizados, assim podendo se opor à institui-
ção central (ROVERSI, 1992).
Para Cretella Júnior (1973, p. 89), no que diz respeito ao direito administrati-
vo, desconcentração é “a irradiação de poderes da mão de um para a de muitos”,
e descentralização é “a transferência de atribuições em maior ou menor número
dos órgãos centrais para os órgãos locais ou para pessoas físicas ou jurídicas”. O
autor afirma que não há confusão entre ambos os termos, pois a descentralização
“é vocabulário eminentemente técnico”.
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3.7 A DESCENTRALIZAÇÃO DE
RECURSOS FINANCEIROS
Voltando-se o olhar para como a questão da descentralização de recursos
financeiros para as escolas tem se apresentado no Brasil, no que tange à autono-
mia de gestão financeira das escolas, Polo (2001) destaca que a formulação apre-
sentada na LDB/96, no artigo 15, tem por finalidade garantir que a escola, sendo
reconhecida como instituição fundamental da educação, não seja sempre depen-
dente das administrações dos sistemas de ensino e seus processos muito lentos.
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Para facilitar este processo, deve-se estabelecer sua missão, valores e objeti-
vos, o que pode ser feito analisando seus aspectos pessoais e o ambiente externo
para, só então, determinar suas estratégias, metas e ações, com o intuito de obter
os resultados esperados e enfrentar as dificuldades com mais preparo e equilíbrio.
4 O DESENVOLVIMENTO DE UM
PLANEJAMENTO FINANCEIRO
ESTRATÉGICO EM EMPRESAS
PARTICULARES
As políticas de inovação e apoio voltadas para as pequenas empresas po-
dem ser um instrumento de estímulo ao crescimento e à competitividade de seto-
res e de regiões. Entretanto, a diversidade do universo destas empresas torna-se
difícil à prática de políticas de inovação e apoio a elas destinadas.
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Capítulo 2 Benefícios de uma Gestão Financeira Escolar Eficiente
Para que você tenha sucesso nos objetivos traçados, é necessário que uma
série de atividades sejam planejadas. É preciso descrever e programar ações,
relatar o tempo médio para executá-las, ter em mente os gastos envolvidos, os
recursos humanos e os materiais, dentre outros.
É importante também que nessa etapa sejam avaliados os impactos das no-
vas ações nas estruturas e processos que já estão em funcionamento na empre-
sa. Para que não aconteçam imprevistos, esteja atento às mudanças tributárias,
logísticas, de estoque etc. que poderão ocorrer.
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Contudo, o cenário externo a uma empresa não pode ser controlado. Dessa for-
ma, é importante pensar e planejar ações que possam ser implantadas em ambientes
diferentes daqueles que possam parecer, em um primeiro momento, mais óbvios.
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Gitman (2010, p. 42) destaca que que a análise de índices a partir das de-
monstrações financeiras é importante para os acionistas, os credores e os adminis-
tradores da própria empresa. Tanto os acionistas atuais como os possíveis acionis-
tas futuros estão interessados no nível corrente e no nível futuro de risco e retorno
da empresa, os quais afetam diretamente o preço da ação. Em seu livro, Sanvicen-
te (2000, p. 177) afirma que “As demonstrações contábeis e financeiras de uma
empresa também podem servir para a construção de índices, destinados a medir a
posição financeira e os níveis de desempenho da empresa em diversos aspectos.”
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4.7.3 Liquidez
A liquidez de uma empresa consiste em medir a capacidade da empresa em
transformar seus ativos em dinheiro, e com qual velocidade isso acontece. Assaf
Neto (2009, p. 119) define que os indicadores de liquidez visam a medir a capaci-
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Nesse sentido, Santos (2001, p. 23) ressalta que esses índices permitem
prever a capacidade financeira da empresa para liquidar seus compromissos fi-
nanceiros no vencimento, fornecendo uma indicação de sua capacidade de man-
ter seu capital de giro no volume necessário à realização de suas operações. O
autor indica como uma liquidez baixa ou declinante é um precursor comum de
dificuldades financeiras e falência. Esses indicadores são vistos como bons indi-
cadores de problema de fluxo de caixa.
Desse modo, uma empresa insolvente, por exemplo, não tem condições de
pagar o seu endividamento em tempo hábil, o que torna a insolvência um proces-
so bastante complicado. Para conhecer mais detalhes de como funciona o pro-
cesso na prática sobre o nível de insolvência da empresa, acesse o link: <https://
www.suno.com.br/artigos/insolvencia/>.
4.7.4 Rentabilidade
Se não houvesse lucro, uma empresa não atrairia capital externo. Proprie-
tários, credores e administradores dão muita atenção à expansão dos lucros por
causa da grande importância que o mercado lhes atribui. Os índices de rentabili-
dade visam a avaliar o desempenho final da empresa, tanto seu lucro ou prejuízo.
76
Capítulo 2 Benefícios de uma Gestão Financeira Escolar Eficiente
Rentabilidade
Lucro líquido x 100 Lucro líquido x 100
do patrimônio
patrimônio líquido patrimônio líquido
líquido
Assaf Neto (2009) complementa ao afirmar que tal medida revela o retorno
produzido pelo total das aplicações realizadas por uma empresa. Assim, podemos
resumir o índice de rentabilidade como sendo o indicador que mede o retorno que
o proprietário ou acionista recebe sobre o seu capital investido.
77
Gestão Financeira Escolar
78
Capítulo 2 Benefícios de uma Gestão Financeira Escolar Eficiente
Nessa perspectiva, tendo clareza de suas metas, é possível usar sua energia
nas tarefas certas. Assim, cada pequena vitória é um grande incentivo para seguir
com seus planos e realizar seus sonhos.
79
Gestão Financeira Escolar
80
Capítulo 2 Benefícios de uma Gestão Financeira Escolar Eficiente
5.5.2 Planner
O planner funciona como um caderno de metas no qual você anota seus
objetivos, sonhos, projetos, estratégias e ações necessárias para chegar aonde
deseja. Existem vários modelos de planner digitais que podem ser baixados para
usar no computador ou impressos, e ainda os tradicionais cadernos físicos. De-
pendendo do modelo, há espaço de sobra para o planejamento diário, semanal,
mensal, semestral e anual.
81
Gestão Financeira Escolar
Nesse sentido, só é possível traçar metas por meio de uma avaliação crite-
riosa do negócio, o que permite compreender melhor os pontos fortes e fracos e
investir no desenvolvimento de ações focadas no contexto real da empresa. As
metas costumam ser resultados de um planejamento prévio. Nesse sentido, ele é
imprescindível para trazer mais assertividade em todo o processo de estabeleci-
mento das metas. Além disso, algumas estratégias e dicas são importantes nesse
processo, a saber:
Como você pode ver, para tirar as metas do papel, é preciso planejar, esta-
belecendo objetivos e principalmente mantendo um acompanhamento constante
acerca do que foi desenvolvido.
82
Capítulo 2 Benefícios de uma Gestão Financeira Escolar Eficiente
83
Gestão Financeira Escolar
criando um plano de ação bem detalhado. Além disso, as metas devem ter suas
métricas correspondentes, que servem para medir o progresso até sua realização.
Diante desse fato, existem ferramentas facilitadoras para tal análise, como
a Análise SWOT ou FOFA (Forças – Strengths, Oportunidades – Opportunities,
Fraquezas – Weakness e Ameaças – Threats), ou seja, essa ferramenta ajuda a
identificar os pontos fortes, fracos, oportunidades e ameaças a sua empresa.
84
Capítulo 2 Benefícios de uma Gestão Financeira Escolar Eficiente
Além disso, as reuniões são muito importantes, mas em excesso elas podem
acarretar desgaste dos profissionais e até mesmo má gestão do tempo, já que o
trabalho deve estar focado, essencialmente, no alcance dos objetivos.
Como você pode perceber que o trabalho com metas traz muitas vantagens,
tanto para a empresa, quanto para os profissionais envolvidos. Com elas, é pos-
sível focar o trabalho, engajar as equipes e trazer resultados significativos para
85
Gestão Financeira Escolar
a empresa. Esse tipo de estratégia vem sendo cada vez mais usados dentro das
empresas, principalmente quando é combinado com mecanismos tecnológicos de
acompanhamento e controle.
86
Capítulo 2 Benefícios de uma Gestão Financeira Escolar Eficiente
a) ( ) F – V – F – V.
b) ( ) V – V – V – V.
c) ( ) V – F – F – F.
d) ( ) V – F – V – F.
e) ( ) F – F – V – V.
a) ( ) plano de negócios.
b) ( ) plano financeiro.
c) ( ) plano econômico.
d) ( ) plano estratégico.
e) ( ) plano alternativo.
87
Gestão Financeira Escolar
6 ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
A gestão escolar engloba todas as atividades de coordenação e de acompa-
nhamento do trabalho dos funcionários da escola, referindo-se ao cumprimento
das atribuições de cada pessoa que compõe a equipe escolar, a realização do
trabalho em equipe, a manutenção do clima positivo de trabalho em equipe e a
avaliação de desempenho.
88
Capítulo 2 Benefícios de uma Gestão Financeira Escolar Eficiente
REFERÊNCIAS
ALVES, José Matias. Autonomia, participação e liderança. In: CARVALHO, A.;
ALVES, J. M.; SARMENTO, M. J. Contratos de autonomia, aprendizagem
organizacional e liderança. Porto: Edições Asa, 1999.
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Gestão Financeira Escolar
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Capítulo 2 Benefícios de uma Gestão Financeira Escolar Eficiente
PEREIRA, José da Silva. Análise financeira das empresas. 11. ed. São Paulo:
Atlas, 2012.
91
C APÍTULO 3
PRINCIPAIS MÉTRICAS FINANCEIRAS
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
Em um cenário atual com mercado e política de preços de venda cada vez
mais competitivos, a empresa tem pouca influência em seu preço de venda, sen-
do este muitas vezes definido pelo mercado. Para não correr o risco de ser “engo-
lida” pelo mercado, a empresa deve buscar alternativas para maximizar seu lucro.
Nesse sentido, a prática da gestão dos custos nas empresas tem cada vez mais
demonstrado sua essencialidade e objetividade, fornecendo informações atualiza-
das e importantes conceitos que auxiliam na tomada de decisões nas empresas
de um modo geral.
Custo fixo é definido como todo o gasto que não é afetado pelo au-
mento ou diminuição da produção de produtos ou prestação de serviços da
empresa.
O critério de escolha de uma base de rateio deve ser bastante estudado pela
empresa, pois dependendo do método escolhido pode haver distorção do resulta-
do. Além disso, uma só base de rateio dificilmente representa certamente o com-
portamento dos custos. Por conta disso, alguns métodos fazem uso de bases de
rateio múltiplas. Definido o critério de rateio e calculado os pontos de equilíbrio
dos produtos, por meio de cálculo e tentativas, é possível descobrir de que forma
o lucro líquido é mais influenciado, centrando, dessa forma, o modo de atuação da
empresa em relação aos seus custos.
2 PONTO DE EQUILÍBRIO
Segundo Atkinson et al. (2000, p. 193), o ponto de equilíbrio corresponde ao
nível em que o volume de vendas cobre os custos fixos dos recursos comprome-
tidos, ou seja, o momento em que a empresa começa a contabilizar lucro, quando
as vendas superam o ponto de equilíbrio.
95
Gestão Financeira Escolar
96
Capítulo 3 Principais Métricas Financeiras
Fonte: a autora.
Bruni (2006) e Dubois, Kulpa e Souza (2006) explicam que outros fatores po-
dem ser calculados, como as margens de segurança operacional. É plausível que
as empresas trabalhem com uma margem de segurança para suprir problemas
no mercado. A margem de segurança é uma informação que, pressupondo deter-
minadas relações de custos, possibilita à empresa tomar algumas medidas para
minimizar riscos futuros (DUBOIS; KULPA; SOUZA, 2006).
97
Gestão Financeira Escolar
Souza (2006) definem que a MgC é o valor representado que propiciará à empre-
sa enfrentar seus gastos fixos (custo e despesas). É o resultado das quantidades
vendidas multiplicadas pelo preço de venda deduzido dos custos e despesas va-
riáveis; ela deverá variar em função das quantidades vendidas. Assim, a MgC é o
valor resultante da diferença entre o preço de venda e os gastos variáveis (custos
variáveis e despesas variáveis) unitários:
− MgC total = custos e despesas fixas, a empresa está operando no seu P.E.
− MgC total > custos e despesas fixas, a empresa está obtendo lucro.
− MgC total < custos e despesas fixas, a empresa está tendo prejuízo.
98
Capítulo 3 Principais Métricas Financeiras
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Gestão Financeira Escolar
Fonte: a autora.
Diversas técnicas têm sido desenvolvidas, buscando-se cada vez mais for-
talecer o poder informativo da contabilidade e, por consequência, melhor atender
às necessidades de seus usuários. Dentre tais usuários, encontram-se aqueles
imbuídos da responsabilidade de conduzir a empresa ao atingimento de seus ob-
100
Capítulo 3 Principais Métricas Financeiras
Hansen e Mowen (2001, p. 591) enfatizam que a análise CVL pode ser uma
ferramenta valiosa para identificar a extensão e a magnitude de um problema eco-
nômico pelo qual a empresa esteja passando, e ajudá-la a encontrar as soluções
necessárias. De forma mais específica, Hansen e Mowen (2001, p. 592) comen-
tam que a análise CVL permite que os gestores façam análises de sensibilidade
ao examinar o impacto dos vários preços ou níveis de custo sobre o lucro.
101
Gestão Financeira Escolar
Fonte: a autora.
102
Capítulo 3 Principais Métricas Financeiras
Fonte: a autora.
Neste mesmo gráfico, a partir dos mesmos dados, pode-se calcular a receita
média pela divisão da receita total pelo número de unidades produzidas e ven-
didas, a qual revelará a curva da demanda da empresa em relação ao produto.
Da mesma forma, pode-se calcular a receita marginal, que representa a unidade
monetária para mais uma unidade vendida.
103
Gestão Financeira Escolar
104
Capítulo 3 Principais Métricas Financeiras
105
Gestão Financeira Escolar
Fonte: a autora
Fonte: a autora.
106
Capítulo 3 Principais Métricas Financeiras
4 PONTO DE EQUILÍBRIO
FINANCEIRO: TRATAMENTO
TRADICIONAL
O tratamento que tradicionalmente é dado ao ponto de equilíbrio financei-
ro, como encontrado na literatura, enfatiza o conceito amparado na formulação
matemática anteriormente apresentado. Mesmo no contexto de considerar-se as
limitações da técnica, aqui incluídas a simplificação de que todas as receitas são
recebidas e que todos os custos e despesas sejam pagos no próprio exercício,
um aspecto não pode ser desconsiderado: o impacto financeiro provocado pelo
imposto de renda, o qual ocorre na modalidade do PEF com sobra de caixa.
Fonte: a autora.
107
Gestão Financeira Escolar
Fonte: a autora.
Fonte: a autora.
108
Capítulo 3 Principais Métricas Financeiras
5 PONTO DE EQUILÍBRIO
FINANCEIRO: FOCADO NA
DISTRIBUIÇÃO DE LUCRO APÓS
IMPOSTO DE RENDA
Viu-se no tópico anterior que a formulação básica do PEF, quando da exis-
tência de uma sobra financeira desejada, precisa ser adaptada para evitar que a
redução provocada pelo desembolso obrigatório do imposto de renda impeça que
seja atingido o objetivo desejado.
Em que PEFsc significa ponto de equilíbrio com sobra de caixa; CDF, custo e
despesa fixa; CDFnd, custo e despesa fixa não desembolsável; SC, sobra de caixa;
IR, imposto de renda. Aplicando-se a formulação apresentada, chega-se ao volume
de 6.071,43. A utilização desse volume leva ao resultado demonstrado a seguir.
109
Gestão Financeira Escolar
Fonte: a autora.
A cada ano que passa, a quantidade de crianças que saem do sistema não
é suprida pela quantidade que entra. E como consequência de todos estes fato-
res, o desfecho natural é que boa parte das empresas fechará, restando apenas
as mais fortes.
110
Capítulo 3 Principais Métricas Financeiras
111
Gestão Financeira Escolar
Por essa razão, as métricas financeiras devem ser prioritárias dentro da sua
instituição. Saber exatamente quanto se gasta com cada aluno vai te ajudar a
planejar as finanças em diferentes tipos de situações, evitando as crises que ges-
tores sempre enfrentam.
• notas dos alunos: verificar o rendimento dos estudantes, para que seja
possível checar, com dados, se eles estão aprendendo;
112
Capítulo 3 Principais Métricas Financeiras
Em todo caso, essas métricas são muito importantes para checar como es-
tão os níveis de desenvolvimento pedagógico da escola. Isso afeta diretamente a
imagem que os pais têm do colégio, e por isso esses números são importantes.
Caso a nota escolar dos alunos esteja baixa, é necessário verificar se não
existem outras abordagens que sejam mais interessantes para os estudantes,
por exemplo. A baixa frequência também pode indicar que as aulas não estão
sendo interessantes.
No mais, a análise de números deve ser feita de forma constante, para evitar
que suas ações sejam tardias demais na escola. As métricas são feitas para serem
checadas com periodicidade. Por isso, não deixe de verificar os números obtidos.
É aqui que os gestores verificam se todas as ações criadas pela instituição ti-
veram os resultados esperados. Além disso, em várias escolas, também são ana-
lisados os números de prêmios que são dados para os que estão envolvidos no
ambiente escolar. No geral, as métricas voltadas para o ensino são as seguintes:
Nesse sentido é essencial que o gestor análise todos os números que com-
põem sua instituição, transformando em indicadores que podem nortear com se-
gurança as tomadas de decisões importantes no seu negócio, evitando erros que
podem ser evitados com mais informações.
113
Gestão Financeira Escolar
7 OTIMIZAÇÃO DE RECURSOS
Quando se está envolvido na gestão escolar, custo é uma palavra que faz parte
do dia a dia na instituição. A capacidade de identificar os custos fixos e classificá-los
permite em primeiro plano entendê-los e consequentemente reduzi-los, além de ser
um diferencial na hora de manter uma vantagem competitiva diante da concorrência.
Os custos fixos são todos aqueles gastos que permanecem constantes, inde-
pendentemente de aumento ou redução na quantidade produzida, adquirida ou ven-
dida. Aplicando este conceito em sua escola, podemos fazer a seguinte analogia:
• salários;
• aluguel;
• impostos;
• materiais de limpeza;
• materiais de escritório;
• telefone;
• conservação;
• pró-labore;
• encargos sociais;
• serviços de vigilância;
• despesas com contador, entre outras.
114
Capítulo 3 Principais Métricas Financeiras
É importante você saber também que despesas com água e energia são cus-
tos fixos e variáveis ao mesmo tempo. Isso acontece porque parte do valor destas
contas não é alterada em função do número de alunos de sua escola (por exemplo,
energia gasta nos setores administrativos); a outra, entretanto, sensivelmente so-
frerá variação em relação a estes setores (eletricidade demandada com o funciona-
mento de uma sala de aula, por exemplo). Vale salientar também que a depreciação
(desvalorização no valor de equipamentos e máquinas) faz parte dos custos fixos.
Antes de tomar qualquer ação para reduzir os custos fixos da sua escola,
você deve compreender como funciona sua estrutura empresarial, analisar e des-
cobrir qual a realidade financeira atual de seu negócio e definir quais são seus
objetivos. Tudo isso servirá para você desenvolver métodos e técnicas eficientes
para atingir tal propósito. Veja alguns apontamentos que auxiliam na redução dos
custos fixos de sua escola:
115
Gestão Financeira Escolar
Dessa forma, custos e despesas são gastos realizados com objetivos espe-
cíficos.
116
Capítulo 3 Principais Métricas Financeiras
117
Gestão Financeira Escolar
O cálculo é bem simples: basta dividir os custos com ações de captação pelo
número de pessoas convertidas em determinado período. Para entender melhor,
pense em uma campanha em que foram gastos R$ 15 mil. Ao final, 50 novos alu-
nos foram atraídos por esses esforços. Então, o CAC é de R$300,00.
118
Capítulo 3 Principais Métricas Financeiras
7.5 RENTABILIDADE
A rentabilidade é um conceito essencial e indica qual é o nível de retorno que
a escola oferece em relação aos investimentos. De maneira simples, ela ajuda a
entender o quanto dos recursos aplicados retornam em forma de faturamento.
7.6 ACOMPANHAMENTO DE
RECEITAS E GASTOS
Outra métrica indispensável tem a ver com o controle a respeito das movi-
mentações financeiras. Primeiramente, é importante conhecer o crescimento ou
119
Gestão Financeira Escolar
A intenção é verificar se a escola tem tido um aumento nos ganhos. Isso indica
melhoria nos esforços e maior possibilidade de crescimento. Além disso, é funda-
mental ficar de olho nas diversas despesas. Veja como anda a evolução de gastos
fixos e variáveis e os pondere em relação à receita. Se os custos crescem mais
rapidamente que o faturamento, a saúde financeira pode ficar comprometida.
120
Capítulo 3 Principais Métricas Financeiras
Para desempenhar tal função, existem seis pilares da gestão escolar a serem
considerados: gestão pedagógica, gestão administrativa, gestão financeira, ges-
tão de pessoas, gestão de comunicação, gestão de tempo e eficiência dos pro-
cessos. Ter essa divisão em mente e dar a devida atenção a cada um dos pilares
ajuda os gestores a terem visibilidade de seu trabalho e atuar com maior foco em
cada necessidade de cada vez.
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Gestão Financeira Escolar
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Capítulo 3 Principais Métricas Financeiras
123
Gestão Financeira Escolar
Os bons gestores são aqueles capazes de desenvolver esta visão 360°, apren-
dendo a desmembrar os pilares como um método para definir metas e medir resul-
tados separadamente, atuando em cada setor com mais clareza e objetividade.
O cálculo, entretanto, não é dado pelo número de alunos, mas pela perda
de receita. O truque é dividir o custo das mensalidades atrasadas pelo valor que
deveria ser obtido.
124
Capítulo 3 Principais Métricas Financeiras
Pense em uma escola que tem como ponto de equilíbrio o valor de R$ 50 mil.
De acordo com o número de alunos, o faturamento seria de R$ 60 mil em determina-
do mês. Se o total de descontos ficar acima de R$ 10 mil, há prejuízos para a ope-
ração e a manutenção das atividades. Então, vale a pena ficar atento a esse ponto.
Com o uso das métricas financeiras adequadas, a sua escolha tem uma ges-
tão otimizada e maior saúde quanto aos recursos. Então, não deixe de usar esses
elementos ao longo do seu gerenciamento.
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Gestão Financeira Escolar
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Capítulo 3 Principais Métricas Financeiras
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Gestão Financeira Escolar
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Capítulo 3 Principais Métricas Financeiras
Ser mais produtivo com o tempo também ajuda a economizar. Por exemplo:
evitar intervalos de tempo entre as aulas de um professor, visto que as horas à
disposição da escola devem ser remuneradas.
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Gestão Financeira Escolar
Para o bom funcionamento da escola, além de contar com uma boa infraes-
trutura e um ensino de qualidade, é preciso mostrar esses atributos. Ter um bom
sistema de ensino, por exemplo, é uma ótima maneira de divulgá-la, pois oferece
soluções educacionais para tornar sua escola um referencial.
130
Capítulo 3 Principais Métricas Financeiras
Nesse sentido, são as métricas financeiras que vão servir como baliza para
nos certificarmos de que está tudo bem com o caixa da escola: elas servem para
analisarmos as movimentações de muitos modos. Avaliando continuamente as
métricas e comparando dados, é possível identificar as questões que exigem mais
cuidados, entender em quais áreas estão os maiores gastos e compreender onde
estão as oportunidades para crescimento ou aprimoramento.
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Gestão Financeira Escolar
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Capítulo 3 Principais Métricas Financeiras
ting, que mudarão conforme sua audiência. Entretanto, você precisa saber ao cer-
to quanto gasta para conseguir esses novos clientes.
Para calcular isso, divide-se os valores dos investimentos para atrair os clien-
tes pela quantidade de alunos obtidos em certo período. Se o número final for
muito alto, provavelmente é necessário aumentar a margem de lucro. Digamos
que você gastou R$50.000,00 (entre ações de comunicação e marketing, paga-
mento de profissionais da área etc.) para atrair 150 alunos, que se mantiveram
durante seu ano letivo. A equação fica:
Assim, o custo para adquirir cada aluno é de R$333,33. Vale a pena procurar
os valores do seu mercado para saber se está dentro da média ou não.
Não existe uma equação única para calcular o custo de serviço prestado, vis-
to que esse custo pode variar bastante de mercado para mercado e de empresa
para empresa. De qualquer modo, é indicado que você some os valores gastados
e compare com os do seu mercado.
Se esse índice for menor do que 1 (ou seja, se você estiver recebendo me-
nos do que está pagando), sua escola está com uma saúde financeira comprome-
tida. Por outro lado, quanto maior esse índice for, melhor gestão financeira escolar
em curto prazo você terá.
133
Gestão Financeira Escolar
Passo 1
mensalidade média = R$500,00
valor anual = R$500,00 x 12 = R$6.000,00
Passo 2
despesas operacionais = R$3.000,00
média de lucro por aluno = R$6.000,00 – R$3.000,00 = R$3.000,00
Passo 3
churn = 12%
LT = 1/12% = 1/0,12 = 8,33 anos
Passo 4
LTV = 8,33 x R$3.000,00
LTV = R$25.000,00
Para saber o NPS, você deve realizar uma subtração entre o percentual de
promotores e detratores. Em geral, as empresas são classificadas em quatro zo-
nas, de acordo com sua nota no NPS:
135
Gestão Financeira Escolar
Se, por exemplo, você tiver uma receita anual de R$2.000.000,00, e os cus-
tos forem de R$1.000.000,00, o cálculo será:
A conta é feita com base não pela quantidade de alunos, mas pela receita
que se perde com a inadimplência. Essencialmente, deve-se dividir o custo das
mensalidades atrasadas pelo valor que deveria ser obtido.
Por exemplo, considere uma instituição com 600 alunos que cobra uma men-
salidade de R$500,00. O total a receber é R$300.000,00. Contudo, há R$9.000,00
em atraso. Assim, a taxa será:
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Gestão Financeira Escolar
138
Capítulo 3 Principais Métricas Financeiras
números dos modelos mudam, novas oportunidades de receitas também não são
consistentes. Portanto, embora a redução do custo de produção seja uma linha
clara, a tradução para maior lucratividade não é.
Quais são os outros benefícios, “mais suaves” e como podemos medi-los? Além
das equações de tempo/custo/receita, há uma ampla gama de benefícios para a or-
ganização e seus colaboradores provenientes da automação. Esses, embora tradicio-
nalmente considerados benefícios “mais suaves”, são mensuráveis e tangíveis.
Avalie métricas: uma maneira fácil de medir o impacto que isso tem em seus
documentos é observar o número de inconsistências encontradas em formulários
manuais ao automatizá-los. Ao removê-los no contrato automatizado, significa que
essas inconsistências serão removidas de todos os documentos daqui para frente.
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Gestão Financeira Escolar
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Capítulo 3 Principais Métricas Financeiras
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Gestão Financeira Escolar
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Em resumo, a automação tem comprovado benefícios para muitas empresas
e departamentos jurídicos corporativos, e seu crescimento contínuo e a prolifera-
ção de ferramentas de automação no mercado são uma prova disso.
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Capítulo 3 Principais Métricas Financeiras
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Gestão Financeira Escolar
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Capítulo 3 Principais Métricas Financeiras
a) ( ) sala de aula.
b) ( ) tecnologia.
c) ( ) ensino.
d) ( ) finanças.
e) ( ) desenvolvimento.
3) A prática da gestão dos custos nas empresas tem cada vez mais
demonstrado sua essencialidade e objetividade, fornecendo in-
formações atualizadas e importantes conceitos que auxiliam na
tomada de decisões nas empresas de um modo geral. Entre es-
ses conceitos está o ponto de equilíbrio, que é o ponto em que a
empresa iguala suas vendas aos seus custos e despesas. Caso
as empresas tivessem apenas um produto, o que é raro, o cálculo
do ponto de equilíbrio seria bastante simples. Como esse não é
o caso para a maioria das empresas, a formulação do ponto de
equilíbrio depende diretamente do rateio dos gastos fixos aos di-
versos produtos da empresa. Dessa forma, podemos afirmar que:
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Gestão Financeira Escolar
REFERÊNCIAS
ATKINSON, A. A. et al. Contabilidade gerencial. São Paulo: Atlas, 2000.
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Capítulo 3 Principais Métricas Financeiras
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