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Capitalismo Global
O fortalecimento do padrão-ouro
Especialização e crescimento
Os países que se lançaram na economia global desses anos dourados se remodelaram de acordo
com as novas posições que encontraram no mercado mundial.
o Cada região se especializou no que sabia fazer de melhor.
Adam Smith – “A riqueza das nações” (1776) a especialização (divisão do trabalho)é o ponto
central de sua teoria
o Contra a autossuficiência
Custos
o O processo transformava economias e sociedades e, com frequência, destruía as formas
tradicionais de vida
o Produtores agrícolas europeus destituídos de suas terras eram despejados nas cidades
para trabalhar em fábricas repugnantes. Outros se mudavam para regiões do Novo
Mundo ou para outras áreas de colonização recente, as quais haviam desencadeado o
problema
Abaixo da superfície já havia tensões e abusos no capitalismo global pré-1914. Uma das fontes
de insatisfação era a subjugação de povos e nações pobres.
o Mesmo que governos na Europa, nos Estados Unidos e no Japão celebrassem o poder
do mercado, eles usavam forças de diferentes tipos – artilharia, canhoneiras, infantaria
– para dominar centenas de milhões de novas colônias na África, Ásia e América Latina
Nem todo mundo se beneficiava da integração econômica global.
o Muitas sociedades tradicionais se estagnaram ou se desintegraram. Mesmo nas regiões
do mundo que mais cresciam, os frutos do crescimento não eram distribuídos de forma
justa
Relato de Keynes falando as maravilhas nessa época: comprar coisas do mundo inteiro, investir
em qualquer lugar, usar o ouro para ir a qualquer lugar, transporte rápido...
o Inglês, rico e para as populações empobrecidas da Ásia e África
Por décadas, a economia mundial esteve, fundamentalmente, aberta à movimentação de
pessoas, dinheiro, capital e produtos.
o Os principais empresários, políticos e pensadores do momento consideravam uma
economia mundial aberta o estado natural das coisas.
o A proteção comercial, apesar de comum, era vista como uma exceção aceitável à regra,
causada pelas exigências de políticas domésticas ou internacionais de curto prazo
As exigências eram grandes para fazer parte do “clube”:
o Compromisso com a abertura econômica, com a proteção do direito de propriedade
além-fronteiras, com o padrão-ouro e com uma intervenção limitada na macroeconomia
Os partidários do livre-comércio
A taxa média de lucros gerados pelos investimentos britânicos no exterior era de 70 a 75%
maior do que a produzida internamente.
o Essa diferença era ainda mais acentuada no todo-poderoso setor ferroviário, para o
qual se destinava metade de todo o investimento externo da Grã-Bretanha.
o Uma década antes de 1914, a Grã-Bretanha enfrentou um déficit comercial equivalente
a 6% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, uma quantia considerável que era
compensada com alguma folga pelos ganhos líquidos dos investimentos externos de 7%
do PIB
Falta de mão-de-obra migração apoio dos próprios governos
o No Brasil, após a abolição da escravatura, em 1888, os cafeicultores estavam tão
desesperados por trabalhadores que convenceram os governos local e nacional a
oferecer passagens de graça a europeus que quisessem vir trabalhar no país
Nos países de onde o dinheiro escoava havia uma certa preocupação de que isso estaria
restringindo o fornecimento de fundos para empreendimentos domésticos rentáveis
Imigração causava queda dos salários nos países que chegavam receio dos que já estavam lá
o Enquanto que os empregadores os desejavam
o Restrições à imigração pela Austrália e oeste americano principalmente asiáticos
Países onde os trabalhares conseguiram + força
Globalização
O capitalismo global do fim do século XIX e início do XX chegou perto do ideal clássico.
o Todos os elementos que o compunham – imigração, comércio ou investimentos
internacionais – gozavam de relativa liberdade e estavam unidos pelo bem-estabelecido
padrão-ouro
3 – Histórias de sucesso da Era de Ouro
1870: GB, BEL e FRA produziam quase metade da produção industrial do mundo
o 1913: não chegavam nem a 1/5
Produção da ALE maior que da GB
Produção dos EUA + que o dobro da GB
Outros países se industrializavam rapidamente: ALE, EUA, CAN, AUS, ARG, JAP (Dinastia Meiji),
RUS
A ciência alemã, a tecnologia americana e o poderio militar japonês ofuscaram o núcleo
industrial do mundo
Muito países tornaram-se membros ativos do clube de cavalheiros da Era do Ouro da economia
mundial
Apesar de os países que desafiavam a supremacia industrial britânica contarem com acesso
a mercados, tecnologia, capital e fornecedores do exterior, eles também tendiam a utilizar
barreiras comerciais para proteger suas indústrias
O mais conhecido dos primeiros teóricos da industrialização por meio do protecionismo foi
Friederich List, um economista político e ativista alemão do século XIX.
o List considerava o livre-comércio o objetivo final, mas argumentava que o
protecionismo comercial temporário era necessário para equalizar as relações entre
as grandes potências
Necessidade de apoio do governo
Níveis muito altos de proteção tendem à criação e à defesa de monopólios.
Tarifas comerciais altas contribuem ainda para que a indústria seja dominada por
estrangeiros, já que as empresas europeias, impossibilitadas de vender para os mercados
russos (chegou a ter uma proteção de 84% sobre produtos manufaturados), contornavam
as barreiras tarifárias estabelecendo suas empresas dentro do Império
A teoria clássica do comércio apontava para dois resultados indesejáveis das barreiras
comerciais:
o Por aumentar os preços, o protecionismo transferia renda dos consumidores para
os produtores
o O protecionismo fazia com que o país se desviasse de suas vantagens comparativas
Criação de cartéis
Pós-1GM
o Heckscher e Ohlin acreditavam na teoria das vantagens comparativas – tanto como
uma prescrição do que os países deveriam fazer quanto uma descrição do que
geralmente faziam.
O problema é que essa fórmula era quase tautológica: como se poderia
saber com antecedência o que um país produzia melhor senão observando
o sucesso ou o fracasso das exportações?
Eles notaram que os países se diferenciavam quanto a fatores de produção:
o Alguns eram ricos em terra, outros possuíam mão de obra em abundância e
terceiros dispunham de capital.
o Esses fatores, supunham eles, determinariam as vantagens comparativas nacionais
e as importações e exportações dos diferentes países
Um país exportará bens de uso intensivo dos recursos que possui em abundância
Segundo eles, esperava-se que os países ricos em capital exportassem capital, e os ricos em
mão de obra exportassem mão de obra
A teoria comercial de Heckscher e Ohlin ajuda a explicar o sucesso dos países que se
concentraram no uso de seus fatores abundantes na divisão internacional do trabalho. Os
países ricos em terras, que fizeram o que estava ao seu alcance para desenvolver a
agricultura, prosperaram; assim como fizeram os países ricos em capital, focados nos
investimentos externos.
4 – Desenvolvimentos fracassados
Para as potências europeias que estavam dividindo toda a África, o novo Estado Livre do
Congo era uma nação-tampão útil por separar as colônias francesas, britânicas, alemãs e
portuguesas da região
Rei Leopoldo se dizia contra a escravidão mas só tinha discurso de defensor dos direitos
humanos ele queria é lucrar com o comércio de borracha usando mão-de-obra
praticamente escrava, explorada, aterrorizada
A borracha selvagem do Congo era um recurso muito conveniente para o rei ávido por
dinheiro vivo, uma vez que ela brotava naturalmente e não gerava custos de plantação. O
problema era que atingir os campos selvagens tornou-se difícil e doloroso: eles estavam
espalhados pela densa floresta tropical e, muitas vezes, a única forma prática de
transformar a seiva em borracha era o coletor espalhá-la em seu corpo, esperar secar e tirá-
la, com pelos e tudo. A coleta era tão difícil que os administradores de Leopoldo não
conseguiam voluntários congoleses para realizar a tarefa em troca de bens. Assim, o Estado
Livre optou pela força, impondo “taxas” aos congoleses a serem pagas em borracha.
Colonialismo e subdesenvolvimento
Retiravam-se recursos valiosos sem que qualquer riqueza, tecnologia ou treinamento fosse
deixado para trás
Eram uma volta ao mercantilismo europeu dos séculos XVII e XVIII
concessão de terras a europeus para que fossem cultivados produtos rentáveis que
normalmente não eram produzidos pelos nativos
O colonialismo suprimia o desenvolvimento a ponto de bloquear a integração econômica da
colônia com o resto do mundo, ou de impedir que os sujeitos coloniais participassem do
projeto
Má gestão e subdesenvolvimento
Estagnação na Ásia
Obstáculos ao desenvolvimento
Muitos motivos geravam estagnação, declínio e fracasso nas regiões pobres do mundo
o Saqueio colonial era o culpado.
o Peso acumulado de anos de sociedades tradicionais asfixiava o crescimento
econômico moderno
o Produção mineral e agrícola intensiva criou uma elite forte, hostil ou indiferente às
medidas necessárias para a difusão do desenvolvimento.
o Existência de indivíduos focados na busca de seus próprios interesses obstruía as
vias para o desenvolvimento e destruía as expectativas econômicas da população
A ordem econômica resultante trouxe crescimento e mudanças sociais para grande parte
do mundo, além de produzir uma riqueza inimaginável para as nações desenvolvidas,
expandindo os benefícios do desenvolvimento industrial para as classes média e
trabalhadora e semear a esperança da modernidade em regiões há tempos mergulhadas na
pobreza
Mas havia falhas na economia mundial clássica. Os países mais populosos do mundo, a
China e a Índia, se beneficiaram pouco do crescimento embriagador do fim do século XIX e
início do XX
Partes significativas de Ásia, África e América Latina foram deixadas para trás
Até nas regiões que se desenvolveram rápido, os frutos do crescimento foram distribuídos
de forma desigual
Vie
Veio a 1GM e acabou com essa liberdade e confiança toda e foi varrida de vez com a crise
de 1929