Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Língua e Fala.
- “O termo dicotomia designa a divisão lógica de um conceito em dois, de modo
que se obtenha um par opositivo. Podemos assim, observar dualidades como:
língua e fala, sincronia e diacronia, paradigma e sintagma, forma e
substância, significado e significante, motivado e arbitrário. Essas são
algumas das chamadas dicotomias saussureanas.”
- “(..) a linguagem tem um lado social, a língua (...), e um lado individual, a fala,
sendo impossível conceber um sem o outro.”
- “Para Saussure, o indivíduo, sozinho, não pode criar nem modificar a língua.”
- “De acordo com Saussure, a língua é a condição da fala, uma vez que, quando
falamos, estamos submetidos ao sistema estabelecido de regras que corresponde
à língua.”
- “(...) o objeto de estudo específico da linguística estrutural é a língua, e não
a fala, sendo está última tomada como objeto secundário. (...) Isso não significa
que se possa estudar a língua independente da fala, uma vez que, entre os dois
objetos, existe uma estreita ligação: a língua é necessária para que a fala seja
compreensível e para que o falante (...) possa vir a atingir os seus propósitos
comunicativos; por outro lado, a língua só se estabelece a partir das
manifestações concretas de cada ato linguístico efetivo. Assim, a língua é, ao
mesmo tempo, o instrumento e o produto da fala.”
Sincronia e Diacronia.
- Sincronia e Diacronia são métodos usados por linguistas em suas pesquisas.
- “A partir dos anos de 1870, a geração dos neogramáticos procurou mostrar que
a mudança das línguas possui uma regularidade, segue uma necessidade própria,
não dependendo da vontade dos homens. Com esse objetivo, desenvolveram uma
teoria das transformações linguísticas baseada em método estritamente científico,
afastando-se das especulações vagas e subjetivas que marcaram os estudos da
linguagem no início do século XIX.
De acordo com a escola dos neogramáticos, a linguística necessariamente deveria
ter um caráter histórico, já que sua tarefa seria estudar as transformações das
línguas em busca de explicações e formulações de regras de um “vir a ser” dessas
línguas. Para Hermann Paul, o grande teórico da escola, a simples descrição de
uma língua representaria, unicamente, a constatação de um fato, mas de forma
alguma uma ciência.”
O Signo Linguístico.
- “(...) Saussure afirma que a língua é um sistema de signos. O signo é, portanto,
a unidade constituinte do sistema linguístico. Ele é formado, por sua vez, de duas
partes absolutamente inseparáveis, sendo impossível conceber uma sem a outra,
como acontece com duas faces de uma folha de papel: um significante e um
significado.”
- Significante, imagem acústica. Significado, conceito.
- “Afirmar que o signo linguístico é arbitrário, come fez Saussure, significa
reconhecer que não existe uma relação necessária, natural, entre a sua imagem
acústica (seu significante) e o sentido a que ela nos remete (seu significado). Isso
significa dizer que o signo linguístico não é motivado, e sim cultural,
convencional, já que resulta de acordo implícito realizado entre os membros de
uma determinada comunidade. Trata-se, portanto, de uma convenção.
A corrente norte-americana.
- O objetivo da teoria formulada por Leonard Bloomfield é a elaboração de um
sistema de conceitos aplicáveis à descrição sincrônica de qualquer língua.
Funcionalismo
- “O funcionalismo é uma corrente linguística que, em oposição ao
estruturalismo e ao gerativismo, se preocupa em estudar a relação entre a
estrutura gramatical das línguas e os diferentes contextos comunicativos em
que elas são usadas.”
- “Os funcionalistas concebem a linguagem como um instrumento de interação
social.”
- “A abordagem funcionalista procura explicar as regularidades observadas no
uso interativo da língua, analisando as condições discursivas em que se verifica
esse uso.”
- “(...) Ou seja, o funcionalismo procura essencialmente trabalhar com dados
reais de fala ou escrita retirados de contextos efetivos de comunicação, evitando
lidar com frases inventadas, dissociadas de sua função no ato da comunicação.”
- “Funcionalistas e gerativistas divergem também com relação ao processo de
aquisição da linguagem. Os funcionalistas tendem a explicá-lo em termos do
desenvolvimento das necessidades e habilidades comunicativas da criança na
sociedade. (...) Os gerativistas, por outro lado, explicam a aquisição da
linguagem em termos de uma capacidade humana específica para a aprendizagem
da língua.”
- “(...) uma importante característica do funcionalismo: a visão de que a
linguagem não constitui um conhecimento específico, como propõem os
gerativistas, mas um conjunto complexo de atividades comunicativas, sociais
e cognitivas integradas ao resto da psicologia humana. Assim, a visão
funcionalista de cognição assume que a linguagem reflete processos gerais de
pensamento que os indivíduos elaboram ao criarem significados, adaptando-
os a diferentes situações de interação com outros indivíduos. Ou seja, os
conceitos humanos associam-se à época, à cultura, e até mesmo a inclinações
individuais caracterizadas no uso da linguagem.”
Gerativismo
A faculdade da linguagem.
-