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Delegação Regional do Alentejo

Centro de Formação Profissional de Portalegre FICHA DE TRABALHO 4 CURSO TÉCNICO ESPECIALISTA EM TECNOLOGIAS E PSI

Processos de comunicação escrita


(Convocatória, carta, nota de serviço, relatório, memorando, ata, curriculum vitae)
´

1.1 Curriculum Vitae

O Curriculum Vitae é um forte cartão de visita que é apresentado pelo candidato a uma entidade aquando de uma resposta a uma
candidatura. No fundo, o curriculum vitae é um resumo das aptidões e qualificações académicas e profissionais do candidato.
Este documento permite que a entidade que o recebe avalie de forma genérica as aptidões da pessoa.

Para um curriculum vitae ser bem feito e apresentar o candidato da melhor forma, deve cumprir os seguintes requisitos:
 Deve ser escrito a computador numa folha A4 branca. Já não se usa o CV em papel nem devem ser usadas cores ou
desenhos;
 Existem vários modelos de CV já feitos que se podem encontrar facilmente na internet. Estes modelos já têm pré-
definidos os campos a preencher;
 Não deve conter mais do que a informação estritamente necessária. O CV é uma síntese e não um testamento.
 Os acontecimentos devem estar ordenados do mais recente para o mais antigo.

Campos obrigatórios
Um curriculum vitae completo deve ter os seguintes campos:

1. Informação pessoal
Neste campo devem constar os dados pessoais como nome, morada, contactos, Skype, Linkedin, entre outros. Pode optar também
por colocar uma fotografia, o que não é obrigatório.

2. Experiência profissional
Indique sempre a sua experiência profissional, começando pela mais recente até à mais antiga. Tente indicar só o que considera
mais relevante, de forma organizada. Para quem tenha ainda pouca experiência profissional, pode sempre colocar part-times ou
experiências pontuais relevantes.

3. Educação e formação
Cumprindo a lógica do mais recente para os mais antigo, indique neste campo os dados sobre a formação, incluindo os cursos
superiores e alguma informação sobre o percurso no ensino secundário. Pode sempre indicar outro tipo de formações como cursos
temporários, workshops, entre outros.

4. Competências pessoais
Este é uma área cada vez mais importante, uma vez que, no meio de tantos candidatos, pode fazer a diferença. Aqui poderá
indicar, por exemplo:
 Línguas que fala;
 Competências técnicas;
 Competências de comunicação;
 Competências informáticas;

5. Informação adicional
Já fez voluntariado? Já publicou algum livro? Recebeu algum prémio ou já andou pelo mundo a viajar de mochila às costas? Então
poderá dizê-lo neste campo e lembre-se que toda esta experiência de vida pode ser valorizada pela entidade à qual está a concorrer.
Veja também quais os anexos a incluir no seu CV.

Outras dicas
 O curriculum vitae deve ser uma coisa simples, mas em algumas profissões poderá fazer sentido ter outro tipo de modelo
de apresentação. Quem trabalha em artes gráficas, por exemplo, deverá apostar no seu portfólio ou até num curriculum
vitae em formato vídeo.
 Atualize sempre o seu curriculum ao longo do tempo. Não o deixe por atualizar porque a qualquer momento pode ter de o
enviar ou dar a alguém.
 Tenha atenção à sua presença nas redes sociais. Hoje em dia não há nenhuma empresa que não investigue o candidato nas
redes sociais antes de o empregar.

1.2 Carta de apresentação

A carta de apresentação é um documento que é enviado com o curriculum vitae do candidato e que faz uma apresentação prévia do
perfil da pessoa e da sua motivação em candidatar-se ao cargo.

Uma boa carta de apresentação deve seguir os seguintes conselhos:

1. Pesquise a empresa
Cada carta de apresentação deve ser personalizada. As empresas percebem logo aquelas cartas standard que são enviadas de forma
igual para todo o lado. Faça uma boa pesquisa sobre a empresa, a sua área de atuação e o tipo de perfil que estão à procura. A
partir daí, terá outras bases para se apresentar e tentar convencer quem está do outro lado que o seu perfil é o melhor.

2. Fuja ao banal
As cartas de apresentação começam quase sempre da mesma maneira. Para ser diferente, procure fazer algo que prenda logo quem
está do outro lado. Poderá, por exemplo, abrir a carta com uma citação forte ou com um tom mais direto e persuasivo. As
primeiras linhas da carta de apresentação podem ditar o sucesso da mesma.

3. Valorize-se
Lembre-se sempre que numa carta de apresentação deve sempre valorizar-se e transmitir confiança. Daí ser também fundamental
conhecer bem a empresa e o cargo ao qual se candidata. Vinque de forma clara as suas qualidades e capacidades. Todas as
empresas procuram pessoas práticas, diretas e que ajudem a resolver problemas.

4. Não se alongue no texto


Não caia no risco de escrever uma carta longa, porque a verdade é que ninguém a vai ler. Tente ser o mais conciso e prático
possível. Caso contrário, corre o risco de passar uma imagem errada e isso num primeiro contacto vale muito.

5. Procura outras alternativas


Existem muitos sistemas online de recrutamento onde não é possível enviar uma carta de apresentação. Ainda assim, depois de se
candidatar, mostre à empresa o seu lado desenrascado e que realmente consegue ir mais longe. Descubra o email, ligue para a
empresa, arranje forma de fazer chegar a carta de apresentação ao “outro lado”. Pode ser um ponto a seu favor.

6. Tente ser sério e profissional


Não resulta tentar ser engraçado numa carta de apresentação. É preciso profissionalismo e seriedade no trato. A carta para ser
diferente, não precisa de recorrer a piadas ou a determinado tipo de humor. Não é isso que se procura e pode ser mal interpretado
do outro lado.

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