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Profa.

Mestra Osvânia 2ª Avaliação


Pinto DIREITO Parcia
Direito de família TRABAL
HO

2020. 6º
1
(DIR-T01-A)

Raniê Cauã Andrade de Souza Carneiro

1. Diferenças entre bem de família legal e bem de família convencional.


2. A função do protutor e do cotutor.
3. A curatela compartilhada.
4. A autocuratela.
5. A Tomada de Decisão Apoiada .

A autocuratela é um instrumento bastante funcional do direito que possibilita


uma pessoa capaz ou, ainda capaz, perante documento legal, deixar
preestabelecidamente questões pessoais do indivíduo, personalisáveis pelo mesmo,
para que em casos de emergência ou incapacidade própria, este já as tenham
resolvido em conciência plena, assim evitando conflitos familiares como a questão
da escolha de seu ou seus curadores. O documento agora citado só terá eficácia
perante a incapacidade do próprio declarante que fez o termo de autocuratela.
O curador que foi nomeado no tal documento, podendo ser ele um filho,
esposa ou afins mesmo que não façam parte da família, mas sendo de confiança do
curatelado, providenciará então a ação de curatela, bem como irá cumprir todas as
disposições previamente redigidas pelo curatelado, relativo a administração de seus
bens e de sua saúde no geral.
Como citado anteriormente, no uso de seu ou seus curadores, o curatelado
tem ainda o direito de deixar mais de um responsável pelos seus assuntos de acordo
com o seu entendimento pessoal de qual é o mais adequado para tal tarefa ou outra,
fazendo por exemplo, um responsável pela sua saúde/bem estar e outro pelas suas
finanças, empresas, imóveis e afins, ou mesmo ambos terem as mesmas funções na
curatelagem, servindo apenas como apoio mútuo nas escolhas de decisões um do
outro, tornando assim mais fácil exercer tais papéis.
Como sabido esse documento redigido pelo curatelado se torna uma forma
do mesmo obter direito sobre sí em caso de necessidade, entao deve-se entender
que um dos principais motivos de se iniciar o processo de uma autocuratela é o
poder de escolha de quem o usa.
Sem a autocuratela os parentes próximos do sujeito na linha de suceção
como esposa e filhos sao os escolhidos naturalmente pela justiça para cuidar do
indivíduo atualmente incapaz, sendo, talvez, essa uma opção não muito boa para os
interesses do mesmo, estando aí o principal e provavelmente o mais importante
motivo para se iniciar tal ação. Os motivos de querer se excluir parentes tao
próximos são diversos, como a compreenção que eles nao possuam dicernimento o
suficiente sobre tais assuntos da vida do curatelado, para impedir brigas de família
na escolha de responsáveis ou até para a proteção pessoal do próprio incapaz em
certos casos.
Também é de livre escolha do curatelado, se assim desejar, arquitetar tudo
que almeja que seja realizado em sua falta, especificando como seus bens devem
ser administrados ou quais suas escolhas relativas a sua saude, servindo o curador
apenas como meio de realização de seus reais desejos e nao como co-participante
nas suas escolhas. Pode também o curatelado especificar o salário ou os benefícios
do curador, tanto como deve custear as despesas advindas de tal ação.
Como encerramento do presente trabalho, é importante saber também que,
em via de regra, o judiciário nao se envolve nessas questões de autocuratela, em
respeito a tomada de decisões dos indivíduos que ainda com seu dicernimento pleno
decidem continuar seguindo suas vontades, mesmo que em um possível infotúnio
futuro não possam mais. No entanto, não temos jurisprudência discutindo a
autocuratela.
Referências

COELHO, THAIS CAMARA FERNANDES. AUTOCURATELA. DISPONÍVEL EM <


http://www.ibdfam.org.br/noticias/6078/Autocuratela+evita+discuss%C3%B5es+judiciais+entre+familiares>
Acesso em 25 de junho de 2020.

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