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QUÍMICA
MEDICINA
EXTENSIVO
PROF. ALEXANDRE OLIVEIRA
Físico-Química - 1º Semestre
Curso de Química – Prof. Alexandre Oliveira
Físico-Química
1º Semestre
Curso de Química
Medicina - Extensivo
Prof. Alexandre Oliveira
Sumário
MÓDULO 01 - ESTUDO DAS SOLUÇÕES ................................................................................................................................ 3
MÓDULO 02 - UNIDADES DE CONCENTRAÇÃO DAS SOLUÇÕES ................................................................................. 48
MÓDULO 03 - DILUIÇÃO DE SOLUÇÕES E MISTURAS DE SOLUÇÕES ......................................................................... 67
MÓDULO 04 - PROPRIEDADES COLIGATIVAS DAS SOLUÇÕES .................................................................................... 87
MÓDULO 05 - TERMOQUIMICA ........................................................................................................................................... 124
MÓDULO 06 - TERMODINÂMICA ........................................................................................................................................ 166
MÓDULO 07 - CINÉTICA QUÍMICA ..................................................................................................................................... 186
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1) Dispersão
Dispersão é todo sistema no qual uma ou mais substâncias estão disseminadas (difundidas) sob a
forma de pequenas partículas, em outra substância, de maneira uniforme e em toda a sua extensão.
Observações:
A substância que está disseminada constitui o disperso e a substância que dissolve o disperso é
chamada dispersante ou dispergente.
As dispersões são classificadas, genericamente de acordo com o tamanho médio das partículas
dispersas em: soluções verdadeiras (soluções), dispersões coloidais e suspensões.
Observações:
1 nm = 1 nanômetro
1 nm = 10–9 m
1 Ǻ (Angström) = 10–10m
1 nm = 10 Ǻ
comuns)
Observações:
Dos três tipos de dispersão, somente a solução é um sistema monofásico (sistema homogêneo),
sendo, por isso, na prática, a mais importante das dispersões.
Observações:
É o solvente que condiciona o estado de agregação de uma solução.
Soluções moleculares ou não-eletrolíticas: as partículas dispersas são somente moléculas, logo não
conduzem corrente elétrica.
Ex.: Sacarose em água.
C 12 H 22 O 11( s ) ⎯H⎯→
2O
⎯ C 12 H 22 O 11( aq)
(DISSOLUÇÃO)
Soluções iônicas ou eletrolíticas: as partículas dispersas são íons e moléculas ou somente íons, logo
conduzem corrente elétrica.
Observações:
Ionização: É a formação de íons que ocorre quando um composto covalente é colocado em
contado com um solvente polar.
⎯→ H 3 O (+aq) + C −( aq)
HC ( g) + H 2 O ( ) ⎯
(Ácidos sofrem ionização)
Muitas soluções apresentam ao mesmo tempo moléculas e íons dispersos; por exemplo, numa
solução aquosa de ácido acético (ácido fraco), existem muitas moléculas do ácido, não-ionizadas
(CH3COOH) e poucos íons (CH3COO– e H+).
Observação:
Um parâmetro para se diferenciar uma solução diluída de uma concentrada é o seguinte:
• Solução diluída: É a que possui no máximo 0,1 mol de soluto por litro de solução. Para o NaCl(s) (58,5
g/mol) uma solução com até 5,85 g de NaCl(s) para cada litro de solução é considerada diluída.
• Solução concentrada: É a que possui mais que 0,1 mol de soluto por litro de solução. Para o NaCl(s)
uma solução com mais de 5,85 g de NaCl(s) para cada litro de solução é considerada concentrada.
Observações:
1. A capacidade de uma substância se dissolver em outra é chamada solubilidade.
2. Geralmente o solvente utilizado é a água e a quantidade fixa é de 100g de H2O.
Ex. 1:
Cs(KNO3) = 13,9 g KNO3/ 100g H2O (0ºC)
Cs(KNO3) = 45,8 g KNO3/ 100g H2O (30ºC)
Cs(KNO3) = 245,0 g KNO3/ 100g H2O (100ºC)
Ex. 2:
Cs(Ca(OH)2) = 185.10-3g Ca(OH)2 / 100g H2O (0°C)
Cs(Ca(OH)2) = 106.10-3g Ca(OH)2 / 100g H2O (70°C)
Gráfico de solubilidade de
algumas substâncias
Observações:
1. Em geral, a solubilidade dos sólidos aumenta com a temperatura (curvas ascendentes), mas existem
algumas substâncias que diminuem a sua solubilidade com o aumento de temperatura (curvas
descendentes).
4. Quando a curva de solubilidade apresenta pontos de inflexão, significa que o soluto forma hidratos
definidos, e esses pontos de inflexão correspondem à temperatura de dissociação de sais hidratados.
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5. As soluções, além de serem classificadas quanto à fase de agregação da solução, quanto à fase de
agregação do soluto e do solvente, quanto à natureza das partículas dispersas e quanto à proporção
entre soluto e solvente, podem ser classificadas quanto ao coeficiente de solubilidade em:
I) Soluções não-saturadas (insaturadas): são aquelas onde a quantidade de soluto dissolvido (m1) não
atinge o coeficiente de solubilidade (Cs) . (m1 < Cs).
Ex.: Cs(KNO3) = 45,8 g de KNO3/ 100g H2O (30ºC)
Dissolver 40 g de KNO3 em 100g H2O a 30ºC
II) Soluções saturadas: São aquelas onde a quantidade de soluto dissolvida (m1) é igual ao coeficiente
de solubilidade (Cs) . (m1 = Cs).
Ex.: Dissolver 45,8 g de KNO3 em 100g de H2O a 30ºC
Observações:
Em soluções saturadas com precipitado (corpo de chão) ocorre um equilíbrio dinâmico entre o corpo
de chão e a solução saturada, ou seja, a velocidade com que o sólido se dissolve é igual à velocidade
com que o sólido se precipita no fundo do recipiente.
Ex.: Dissolver 50 g de KNO3 em 100g de água a 30ºC.
(Não esqueça que o Cs KNO3 = 45,8 g KNO3 em 100g H2O a 30ºC)
III) Soluções supersaturadas: são aquelas em que a quantidade de soluto dissolvida (m1) é superior ao
coeficiente de solubilidade (Cs) . (m1 > Cs). É uma solução instável, podendo por qualquer perturbação
do sistema se tornar uma solução saturada com precipitado.
Observações:
Como se prepara uma solução supersaturada?
Podemos, por exemplo, pegar uma solução saturada de KNO3 a 30ºC e resfriá-la sob condições
especiais a 20ºC e obteremos uma solução supersaturada de KNO3.
Para preparar uma solução supersaturada usando uma substância de dissolução exotérmica
devemos preparar uma solução saturada e em seguida aquecê-la em condições especiais.
Observe o seguinte exemplo:
Dissolução exotérmica:
Cs(x) = 50g de X/100g H2O (20°C)
Cs(x) = 40g de X/100g H2O (30°C)
O ponto A representa uma solução não-saturada (insaturada), pois nesse ponto existem 40 g de
X dissolvidos em 100g de água na temperatura t3, portanto a massa de soluto dissolvido é menor que o
Cs de X nessa temperatura, que é 100g de X/100g H2O (m1 < Cs).
O ponto B representa uma solução saturada, pois nesse ponto existem 60g de X dissolvidos em
100g de H2O na temperatura t2, portanto a massa de soluto dissolvido é igual ao Cs de X nessa
temperatura, que é 60g de X/100g H2O (m1 = Cs).
O ponto C representa uma solução supersaturada, pois nesse ponto existem 50g de X dissolvidos
em 100g de H2O na temperatura t1, portanto a massa de soluto dissolvido é maior que Cs de X nessa
temperatura, que é 20g de X/100g H2O (m1 > Cs).
Conclusões:
I) Qualquer ponto em uma região acima da curva de solubilidade indica que a solução é supersaturada.
II) Qualquer ponto coincidente com a curva de solubilidade indica que a solução é saturada.
III) Qualquer ponto em uma região abaixo da curva de solubilidade indica que a solução é insaturada.
Observações:
1. Um solvente pode estar saturado de um soluto e ainda conseguir dissolver outro soluto.
Ex.: A água saturada de NaCl ainda é capaz de dissolver uma certa quantidade de
açúcar.
2. Nem sempre se observa a correspondência entre solução diluída e solução insaturada. Observe o
exemplo a seguir:
• Uma solução com 2g de CaSO4 em 1 litro de água é considerada diluída, mas já está saturada, pois
o coeficiente de solubilidade do CaSO4 é muito baixo. Cs(CaSO4) = 2g CaSO4/1L H2O.
1ª Etapa: quebra do retículo cristalino do sólido. É uma etapa endotérmica, portanto, ocorre com
absorção de calor, pois as ligações do retículo cristalino do sólido precisão ser rompidas. No caso do sal
de cozinha as ligações iôniocas entre o cátion (Na+) e o ânion (Cl-) serão quebradas. Essa energia
absorvida é denominda energia de rede.
2ª Etapa: solvatação das partículas do sóilido. É uma etapa exotérmica, ou seja, ocorre com
liberação de calor, pois serão formadas interações intermoleculares entre as partículas do sólido e do
solvente. No caso do sal e da água, serão formadas interações do tipo íon-dipolo, interações que são
mais fortes que a ligações de hidrogênio. Essa energia liberada é denominada energia de solução ou
energia de dissolução.
Eventos semelhantes explicam por que os sólidos compostos de moléculas polares, como o açúcar,
se dissolvem em água. As atrações entre o solvente e os dipolos do soluto ajudam a destacar as moléculas
do cristal e trazê-las para a solução. Podemos utilizar a regra "igual dissolve igual"; um soluto polar se
dissolve em um solvente polar.
Do mesmo modo podemos explicar por que sólidos não-polares como a cera são solúveis em
solventes não-polares como o benzeno. A cera é uma mistura sólida de longas cadeias de hi-
drocarbonetos. Suas moléculas estão ligadas por fracas forças de London, e dessa forma são facilmente
desagregadas, embora as ligações entre as moléculas do soluto (cera) e do solvente (benzeno)
resultantes também sejam fracas (forças de London).
Quando as forças de atração intermoleculares do soluto e do solvente são suficientemente
diferentes, toma-se impossível a formação de uma solução. Por exemplo, sólidos iônicos ou moléculas
sólidas de alta polaridade (como o açúcar) são insolúveis em solventes não-polares como o benzeno, a
gasolina ou o querosene. As moléculas destes solventes, todos hidrocarbonetos, são incapazes de atrair
íons ou moléculas com alta polaridade com força suficiente para sobrepujar as forças de atração que eles
possuem entre si em seus cristais.
6) Calores de solução
A troca de entalpia entre o sistema e o meio, quando um mol de soluto se dissolve no solvente, a
uma pressão constante, para formar uma solução diluída é chamada de entalpia molar da
solução , ou somente calor da solução, Hsol.
H é positivo para urna mudança endotérmica, e por isso a seta para o Passo 1 na Fig. 6 aponta
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Como podemos observar na figura anterio, o primeiro passo é endotérmico e aumenta a energia
potencial do sistema. As partículas do sólido se atraem, por isso precisamos de energia para separá-
las, a energia da rede. Ao receber a energia necessária da rede, o sólido é convertido para o estado
gasoso.
No segundo passo, as partículas do soluto gasoso entram no solvente e se misturam. A energia
potencial do sistema diminui, pois as partículas de solvente e soluto se atraem. Este passo é, então,
exotérmico e sua energia é chamada de energia de dissolução, o termo geral. O termo específico
energia de hidratação é utilizado para as soluções aquosas.
O calor de solução, a mudança resultante da energia, é a diferença entre a energia necessária para
o Passo 1 e a energia liberada no Passo 2. Quando a energia necessária para o Passo 1 excede a energia
liberada no Passo 2, a solução se forma endotermicamente, mas quando a energia liberada no Passo 2
excede a energia necessária para o Passo 1, a solução se forma exotermicamente.
Podemos comprovar esta análise comparando os calores de solução experimentais de alguns
sais na água com aqueles calculados a partir das energias da rede e de hidratação (Tabela 1). Os cálculos
são descritos nas Figuras seguintes, utilizando diagramas de entalpia para a formação de soluções
aquosas de dois sais, KI e NaBr.
A correspondência entre os valores experimentais e os calculados na Tabela 1 não é muito
precisa. Isto ocorre primeiramente porque as energias da rede e de hidratação não são
conhecidas com precisão e também porque o modelo utilizado em nossa análise é obviamente
muito simples. (O modelo não diz nada, por exemplo, sobre como a tendência natural à desordem
influencia na formação da solução.) Note, entretanto, que quando a "teoria" prediz valores
relativamente altos para o calor da solução, os valores experimentais seguem esta tendência e
ambos os valores possuem o mesmo sinal (exceto para o NaCl). Observe também que as
mudanças nos valores seguem o mesmo padrão quando comparamos os três sais de cloro — LiCI,
NaCI e KCI — ou os três sais de bromo — LiBr, NaBr e KBr.
Pequenos erros percentuais em quantidades muito grandes podem causar grandes mudanças na diferença
percentual entre estes números.
Fig. Entalpia de uma solução. Para analisar a variação de entalpia devida à formação de uma solução de
dois líquidos, podemos imaginar a sequência hipotética de etapas ilustrada acima. 1ª Etapa. As moléculas
do líquido designado como solvente são ligeiramente deslocadas para dar lugar às moléculas do soluto,
num processo endotérmico. 2ª Etapa. As moléculas do soluto são forçadas a ocupar um volume maior,
para dar lugar às moléculas do solvente, num processo também endotérmico. 3ª Etapa. As amostras de
solvente e de soluto expandidas misturam-se espontaneamente , aparecendo uma atração entre as
moléculas que torna o processo exotérmico.
A segunda etapa é semelhante à primeira, mas ocorre com o outro líquido (o solvente). No
diagrama de entalpia (Figura seguinte), podemos observar o solvente e o soluto após estas etapas, em
suas condições "expandidas".
A terceira etapa é deixar que a natureza siga seu curso - a tendência natural à desordem.
Conforme as moléculas do solvente e do soluto se aproximam elas se unem e se misturam. Como as
moléculas dos dois líquidos agora experimentam forças mútuas de atração, a energia potencial do
sistema diminui e, portanto, a Etapa 3 é exotérmica. O valor de Hsol, será, novamente, a mudança
resultante na energia para estes passos.
Fig. Variações de entalpia ao ser formada urna solução ideal. O processo em três etapas e o de
formação direta começam e terminam ambos no mesmo ponto, com idêntica variação total de entalpia. A
soma dos valores positivos de H para as duas etapas endotérmicas, 1 e 2, é igual em módulo ao valor negativo
de H para a etapa exotérmica 3. Logo, a variação total H na formação de uma solução ideal é nula.
A acetona e a água formam uma solução exotermicamente (veja Figura seguinte (a)). Com estes
líquidos, a terceira etapa libera mais energia que a soma das duas primeiras etapas, pois as moléculas de
acetona atraem as moléculas de água com mais intensidade do que atraem as suas próprias moléculas.
O álcool etílico e o hexano formam uma solução endotermicamente (veja Figura seguinte (b)).
Neste caso, a liberação de energia na terceira etapa não é suficiente para compensar a energia
necessária para as etapas 1 e 2 e a solução fica "fria" quando se forma. O motivo aqui é que as
moléculas do álcool etílico se atraem mais intensamente do que atraem as moléculas do hexano. As
moléculas do hexano não podem se "misturar" entre as moléculas do álcool sem que sejam quebradas
Fig. Variações de entalpia quando é formada uma solução real. Como H sol, é uma função de estado,
o caminho em várias etapas e o direto resultam na mesma variação total de entalpia. (a) O processo é
exotérmico. (b) O processo é endotérmico.
A Tabela nos fornece dados para as solubilidades em água de muitos gases comuns, a diferentes
temperaturas e a pressão constante de 1 atm. Podemos observar que a pressão constante, as
solubilidades dos gases em água sempre diminuem com o aumento da temperatura. (Esta generalização
não deve ser estendida para solventes não-líquidos, onde a situação é bem mais complexa.)
A solubilidade de um gás em um líquido é afetada não somente pela temperatura, mas também pela
pressão. Os gases da atmosfera, por exemplo, principalmente o oxigênio e o nitrogênio, não são muito
solúveis em água a baixas pressões, mas quando aumentamos a pressão eles se tomam incrivelmente
solúveis.
Fig. Solubilidade em água como função da pressão para dois gases. A quantidade de gás dissolvida
é maior, à medida que a pressão aumenta.
Para gases que não reagem com o solvente. existe uma regra simples relacionando a pressão
do gás e sua solubilidade - a lei de solubilidade e pressão, normalmente chamada de lei de Henry,
em homenagem a William Henry.
Fig. Como o aumento na pressão eleva a solubilidade de um gás em um líquido. (a) A uma dada
pressão. a fase de vapor e a solução ficam em equilíbrio. (b) Um aumento na pressão perturba este equilíbrio.
Há mais moléculas de gás sendo dissolvidas do que deixando a solução. (c) 0 equilíbrio foi restabelecido, com
uma quantidade maior de gás dissolvida no líquido.
C = k . P (T é constante)
A Equação é verdadeira, pois as duas razões C1/P1 e C2/P2 são iguais à mesma constante da Lei de
Henry, kg.
EXEMPLO 1
Utilização da Lei de Henry
A solubilidade do N2 em água a 20°C é 0,0150 g L–1 quando a pressão parcial do nitrogênio é de 580 torr. Qual
será a solubilidade do nitrogênio na água se mantivermos a temperatura, mas aumentarmos a pressão parcial
para 800 torr?
Análise: Este problema discute o efeito da pressão do gás em sua solubilidade, assim podemos aplicar a lei de
Henry. Utilizaremos esta lei na forma da Equação estudada, pois desta forma não precisamos saber ou calcular
a constante de Henry.
O aumento da pressão fez com que a solubilidade mudasse para 0,0207 g L–1.
Aplicação:
Doença das bolhas
Quando pessoas, como mergulhadores, trabalham onde a pressão do ar está muito acima do normal,
elas têm que ser cuidadosas e retornar lentamente para a pressão atmosférica normal. Eles sofrem o perigo da
"doença das bolhas", dores nas juntas e nos músculos, paralisia, tontura e morte. Cada 10 m de profundidade
na água aumenta 1 atm na pressão. Trabalhadores que cavam túneis muito profundos também sofrem este
risco.
As bolhas ocorrem porque a solubilidade do nitrogênio e do oxigênio no sangue é maior sob pressões
mais altas, como diz a lei de Henry. Uma vez que o sangue tenha estes gases em abundância, eles não podem
ser retirados subitamente. Se aparecerem micro-bolhas de nitrogênio ou oxigênio nos capilares, irão bloquear o
fluxo de sangue. Isto provoca uma dor muito forte nas articulações e qualquer redução no fluxo sanguíneo para
o cérebro pode ser extremamente perigoso.
É expressamente recomendado cerca de 20 minutos de descompressão para cada atmosfera de
pressão acima do normal. Isto é necessário para que o sistema respiratório possa expelir o nitrogênio em
excesso e para o organismo metabolizar o oxigênio em excesso.
9) Dispersões coloidais
Tipos de
Disperso Dispersante Exemplos
coloides
Pedras preciosas coloridas (rubi: CrO3 em Al2O3; safira: FeO e
Sol-sólido Sólido Sólido Fe2O3 em Al2O3).
Partículas em dispersão coloidal são em geral muito pequenas para serem retidas pelo papel de filtro comum.
A tendência à não separação das dispersões coloidais em estado fluido é reforçada pelas colisões
sofridas pelas partículas dispersas por causa do movimento constante das moléculas do "solvente". O
movimento aleatório de partículas em dispersão coloidal causado por este bombardeio anisotrópico é
denominado movimento Browniano, em homenagem ao botânico escocês Robert Brown (1773 - 1858). Ele
observou o fenômeno pela primeira vez quando estudou grãos de pólen em água com o auxílio de uni
microscópio. É claro que partículas em suspensão sofrem o mesmo efeito, mas elas são muito pesadas para
que isto evite sua sedimentação. Isto só pode ser conseguido pela agitação constante da mistura.
Dispersões coloidais de um líquido em outro são chamadas emulsões. São em geral relativamente
estáveis, desde que um terceiro componente, denominado agente emulsificante, esteja presente. A
maionese, por exemplo, é uma emulsão de azeite em água (Fig. seguinte), obtida colocando-se azeite em uma
solução diluída de um ácido orgânico comestível. O agente emulsificante é a lecitina, um componente da clara
de ovo. Suas moléculas fazem com que cada gotícula de azeite fique com a superfície eletricamente
carregada, evitando que se agrupem. No leite homogeneizado, as micropartículas de gordura estão cobertas
com uma proteína chamada caseína.
O amido tem moléculas de grandes dimensões e forma uma dispersão coloidal na água. As
misturas de amido coloidais têm em geral, uma aparência leitosa. podendo até ser opacas, pois as
partículas coloidais são grandes o suficiente para refletir e espalhaa luz visível. Mesmo quando um feixe
luminoso é focalizado sobre uma dispersão de amido tão diluída que parece clara como água a trajetória
da luz é revelada pelo espalhamento lateral da radiação (veja Fig. seguinte). O espalhamento da luz por
dispersões coloidais é chamado efeito Tyndall, homenageando John Tyndall (18201893), um cientista
britânico. Em soluções verdadeiras, no entanto, os solutos são formados por partículas muito pequenas,
que nãco espalham a luz. Assim, o efeito Tyndall não ocorre em soluções.
Fig. O efeito Tyndall: espalhamento da luz, por dispersões coloidais. O tubo à esquerda contém uma dispersão
coloidal de amido, enquanto o tubo à direita contém uma dispersão coloidal de Fe2O3 em água. O tubo do meio
contém uma solução de Na2Cr2O7, um soluto colorido. O feixe estreito de luz laser vermelha é parcialmente
espalhado nas duas dispersões coloidais, de modo que podemos vê-lo, mas atravessa a solução sem sofrer nenhum
espalhamento.
O efeito Tyndall é muito comum. Quando você vê "os raios" de Sol nas clareiras da floresta ou
entre as nuvens, está vendo o efeito Tyndall. A luz do Sol é desviada pelas partículas coloidais de
fumaça ou gotículas de líquidos dispersas. Nem todos os comprimentos de onda de luz visível são
igualmente desviados. Como resultado, quando o Sol está próximo ao horizonte e o ar contém
fumaça, observamos cores brilhantes no céu.
Os colóides que têm a água como meio de dispersão são classificados como hidrofóbico e
hidrofílico;
Colóide Hidrofóbico: as forças atrativas entre a água e a superfície coloidal são fracas;
Ex. dispersão de metais e de sais pouco solúveis em água;
Colóide Hidrofílico: as forças atrativas entre a água e a superfície coloidal são fortes; geralmente
existem grupos –OH ou –NH2 nas partículas coloidais;
Peptização e pectização
Adição de água = peptização
GEL SOL
retirada de água = pectização
Tixotropia
É a propriedade que alguns géis possuem de se reverterem temporariamente a sol, ao serem
submetidos à ação de uma força ou agitação. Quando cessa a ação o sol se reverte a gel.
Ex.: algumas tintas são géis tixotrópicos;
Colóide protetor: é um colóide liófilo que se adiciona a um colóide liófobo para aumentar a estabilidade
deste último. O colóide protetor vai atuar como camada de solvatação.
Ex.: As gotículas de gordura se dispersam na água, com o auxílio dos sabões ou detergentes;
Eletroforese: Como todas as partículas de um disperso possuem a mesma carga, se a dispersão for
submetida a um campo elétrico, todas as partículas do disperso vão migrar para o mesmo pólo;
a) Anaforese: Ocorre quando as partículas do disperso têm carga negativa. As partículas do disperso
migram para o pólo positivo do campo elétrico (ânodo).
b) Cataforese: Ocorre quando as partículas do disperso têm carga positiva. As partículas do disperso
migram para o pólo negativo do campo elétrico (cátodo).
Anaforese Cataforese
Ponto isoeletrônico: Como a carga elétrica de um colóide depende da quantidade e da natureza dos
íons presentes no sistema, é possível transformar um colóide com partículas coloidais positivas em
negativas e vice-versa. O ponto onde as micelas são neutras é chamado de ponto isoeletrônico;
-
R CH COOH + OH R CH COO - + H2O
NH2 NH2
Proteína negativa
+
R CH COOH + H3O R CH COOH + H2O
NH2 NH3+
Proteína positiva
Purificação de Colóides
a) Diálise: É um método de purificação de colóides usado para separar impurezas altamente solúveis
no dispergente. Baseia-se na diferença de velocidade com que ocorre a difusão de uma solução e de
um colóide através de uma membrana semipermeável.
b) Eletrodiálise: Quando as impurezas que contaminam o colóide são de natureza iônica, é possível
acelerar a difusão dessas impurezas pelo dialisador aplicando-se um campo elétrico na diálise;
A cauda deste composto, como a de todos os hidrocarbonetos, é não-polar, e assim tem uma
forte tendência a se dissolver em óleo ou gordura. mas não em água. Sua tendência natural é evitar
a água; dizemos que a cauda é hidrófoba (não tem afinidade pela água). O íon como um todo é
arrastado para uma solução em água quente somente por causa da sua cabeça iônica, que pode ser
hidratada. Dizemos que esta cabeça iônica é hidrófila (amiga da água). Para minimizar os contatos
entre as caudas hidrófobas e a água e para maximizar os contatos entre as cabeças hidrófilas e a
água, os ânions do sabão se juntam em grupos de dimensões coloidais denominados micelas de
sabão (veja Fig. seguinte).
Quando as micelas encontram um filme de gordura, seus ânions encontram algo a mais que
pode acomodar caudas hidrófobas (veja Fig. seguinte). As caudas de um número enorme de ânions do
sabão penetram no filme; em um certo sentido elas se dissolvem na gordura ou no óleo. As cabeças
hidrófilas, no entanto, não serão arrastadas para a gordura; elas permanecem na água. Com uma
pequena agitação produzida, por exemplo, por uma máquina de lavar roupa, a película gordurosa se
fragmenta em incontáveis gotas minúsculas cada uma delas envolvida por um grande número de
cabeças negativamente carregadas. Como as gotas, agora em dispersão coloidal, têrn cargas de
mesmo sinal, elas se repelem e não podem agrupar-se novamente. A película gordurosa foi, para todos
os fins práticos, dissolvida e será enviada para a destruição por bactérias nas estações de tratamento
de água ou no solo.
Ao lavarmos um prato sujo de óleo, forma-se o que os químicos chamam de micela, uma gotícula
microscópica de gordura envolvida por moléculas de sabão, orientadas com a cadeia apolar direcionada
para dentro (interagindo com o óleo) e a extremidade polar para fora (interagindo com a água).
A água usada para enxaguar o prato interage com a parte externa da micela, que é constituída pelas
extremidades polares das moléculas de sabão. Assim, a micela é dispersa na água e levada por ela, o
que torna fácil remover, com auxílio do sabão, sujeiras apoiares.
O processo de formação de micelas é denominado emulsificação. O esquema abaixo ilustra esse
processo. Dizemos que o sabão atua como emulsificante ou emulsionante, ou seja, ele tem a
propriedade de fazer com que o óleo se disperse na água, na forma de micelas.
Os detergentes sintéticos atuam da mesma maneira que os sabões, porém diferem deles na
estrutura da molécula. Sabões são sais de ácido carboxílico de cadeia longa, e detergentes sintéticos, na
grande maioria, são sais de ácidos sulfônicos de cadeia longa. Atualmente existem muitos outros tipos
de detergentes com estruturas diferentes, mas que, invariavelmente, possuem uma longa cadeia apoiar
e uma extremidade polar.
Os detergentes sintéticos podem ser aniônicos ou catiônicos, dependendo da carga do íon orgânico
responsável pela limpeza.
Detergentes catiônicos
Os detergentes catiônicos do tipo sal de amônio quaternário possuem efeito germicida, isto é,
matam microrganismos (germes), tais como bactérias e fungos.
Por esse motivo, ao ler o rótulo de alguns produtos desinfetantes para uso sanitário, você encontrará
inscrições do tipo “ingrediente ativo: quaternário de amônio”.
Outra interessante aplicação dos detergentes catiônicos está nos líquidos para enxaguar e
higienizar a boca. Muitos deles contêm cloreto de cetilpiridínio, que atua como detergente na remoção
das sujeiras que se acumulam nos dentes e têm relação com a formação da placa bacteriana. Sua fórmula
estrutural é:
Diariamente, sabões e detergentes usados nas residências atingem o sistema de esgotos e acabam
indo parar em rios e lagos. Lá, com o movimento das águas, formam uma camada de espuma na
superfície, que impede a entrada de oxigênio, essencial para a vida dos peixes.
As aves aquáticas também são muito prejudicadas com a poluição da água por sabões e
detergentes. Elas possuem um revestimento de óleo em suas penas e bóiam na água graças à
camada de ar que fica presa debaixo delas. Quando esse revestimento é removido, essas aves não
conseguem mais boiar e se afogam.
Após algum tempo, esses resíduos de sabões são decompostos sob a ação dos microrganismos
que vivem no ambiente aquático. A esse processo damos o nome de biodegradação.
Sabões são fabricados a partir de substâncias presentes na natureza viva (os óleos e as gorduras)
e existem muitos microrganismos capazes de degradá-los. Todo sabão é biodegradável.
Já os detergentes sintéticos podem ou não ser biodegradáveis. Experiências mostram que os
detergentes de cadeia carbônica não-ramificada são biodegradáveis, ao passo que os de cadeia
ramificada não são. A legislação atual exige que os detergentes sejam biodegradáveis.
Em certas regiões a água é rica em íons Ca2+ e/ou Mg2+. Esse tipo de igual é chamado de água
dura. Nela, os sabões não atuam de modo satisfatório, pois ocorre uma reação entre esses cátions e o
ânion do sabão, formando um precipitado (composto insolúvel). Isso pode diminuir ou até mesmo anular
completamente a eficiência da limpeza.
Para resolver esse problema, os fabricantes adicionam ao produto uma substância conhecida como
agente sequestrante, cuja função é precipitar os íons Ca2+ e Mg2+ antes que eles precipitem o sabão.
Um dos agentes sequestrantes mais usados é o tripolifosfato de sódio Na5P3O10.
Há, no entanto, um inconveniente no uso desses agentes. Eles são nutrientes de algas e,
quando vão parar num lago, favorecem a proliferação delas. Esse crescimento exagerado impede
a entrada de luz solar; assim, as algas do fundo morrem (por falta de luz) e começam a apodrecer.
Esse apodrecimento consome oxigênio da água, o que, por sua vez, acarreta a morte dos peixes
Esse processo e chamado de eutrofização do lago (do grego eu, “bem’, e trophein, nutrir”).
Se colocarmos uma pequena agulha com cuidado sobre a superfície da água pura, ela permanecerá
aí. Se, no entanto, adicionarmos uma gota de detergente, imediatamente ela afundará.
A água possui uma alta tensão superficial, ou, em outras palavras, sua superfície possui uma
resistência a ser atravessada. Isso é explicado pelas pontes de hidrogênio quç mantêm as moléculas
fortemente unidas.
A presença de sabões e detergentes diminui a tensão superficial, porque essas substâncias tendem
a se acumular na superfície, diminuindo a força atrativa entre as moléculas. Dizemos que são agentes
tensoativos ou surfactantes, pois atuam sobre a tensão superficial.
b) em meio ácido
a)
c)
b)
d)
e)
c)
d)
03. (Ita) A figura abaixo mostra a curva de solubilidade do
brometo de potássio (KBr) em água:
e)
3H‚O(Ø)
Dados
Massa molar (g/mol): K = 39,10; Br = 79,91
Baseando nas informações apresentadas na figura é
* salmoura = solução aquosa saturada de cloreto de sódio
ERRADO afirmar que
a) a dissolução do KBr em água é um processo endotérmico.
Ao final de uma eletrólise de salmoura, retiraram-se da cuba
b) a 30°C, a concentração de uma solução aquosa saturada
eletrolítica, a 90 °C, 310 g de solução aquosa saturada tanto
em KBr é de aproximadamente 6mol/kg (molal).
de cloreto de sódio quanto de clorato de sódio. Essa amostra
c) misturas correspondentes a pontos situados na região I da
foi resfriada a 25 °C, ocorrendo a separação de material
figura são bifásicas.
sólido.
d) misturas correspondentes a pontos situados na região II da
figura são monofásicas.
a) Quais as massas de cloreto de sódio e de clorato de sódio
e) misturas correspondentes a pontos situados sobre a curva
presentes nos 310 g da amostra retirada a 90 °C? Explique.
são saturadas em KBr.
b) No sólido formado pelo resfriamento da amostra a 25 °C,
qual o grau de pureza (% em massa) do composto presente
04. (Fuvest) 160 gramas de uma solução aquosa saturada de
em maior quantidade?
sacarose a 30°C são resfriados a 0°C. Quanto do açúcar
c) A dissolução, em água, do clorato de sódio libera ou
cristaliza?
absorve calor? Explique.
Temperatura °C Solubilidade da sacarose
g/100 g de H‚O
06. (Ufmg) Numa aula no Laboratório de Química, os alunos
prepararam, sob supervisão do professor, duas soluções
0 180
aquosas, uma de cloreto de potássio, KCØ, e uma de cloreto
30 220
de cálcio, CaCØ‚. Após observarem a variação da
a) 20 g.
temperatura em função do tempo, durante o preparo de cada
b) 40 g.
uma dessas soluções, os alunos elaboraram este gráfico:
c) 50 g.
d) 64 g.
e) 90 g.
12. (ifba)
Considerando-se
- volumes iguais de soluções saturadas a 20°C dessas
substâncias e
- os sais totalmente dissociados.
a substância que apresentará maior número de partículas em
solução é a de
Com base nos dados apresentados, as massas dos
a) NaNOƒ
dois íons resultantes da dissociação do K 2Cr2O7 , a
b) NaBr
50 °C, serão aproximadamente, iguais a:
c) NaI
Dado: Densidade da água: 1,0 g mL
d) C‚H‚‚O
a) 40 e 105 g e) (NH„)‚SO„
b) 40 e 260 g
c) 80 e 105 g 03. (Ufscar) As solubilidades dos sais KNOƒ e Ce‚(SO„)ƒ
d) 80 e 220 g em água, medidas em duas temperaturas diferentes, são
e) 105 e 195 g fornecidas na tabela a seguir.
origem a uma mistura homogênea. 01) A 20 C, uma solução com 40 gramas está saturada.
02) A 0 C, uma solução com 10 gramas está insaturada.
04. (Unifesp ) Uma solução contendo 14g de cloreto de sódio 04) A 40 C, uma solução com 120 gramas está
dissolvidos em 200mL de água foi deixada em um frasco supersaturada.
aberto, a 30°C. Após algum tempo, começou a cristalizar o 08) A 100 C, uma solução com 120 gramas está saturada.
soluto. Qual volume mínimo e aproximado, em mL, de água
deve ter evaporado quando se iniciou a cristalização? 07. (Puc-rio) As curvas de solubilidade das substâncias
Dados: KNOƒ e Ca(OH)‚ (em gramas da substância em 100 g de
solubilidade, a 30°C, do cloreto de sódio = 35g/100g de água) em função da temperatura são mostradas a seguir. A
água; densidade da água a 30°C = 1,0g/mL. partir desses dados, analise as alternativas a seguir e
a) 20. assinale a que NÃO apresenta uma afirmativa correta.
b) 40.
c) 80.
d) 100.
e) 160.
09. (Pucmg) O gráfico a seguir representa as curvas de e) A 25°C, a solubilidade do CaCØ‚ e a do NaNO‚ são
solubilidade de várias substâncias. praticamente iguais.
endotérmico. 15. (Ufmg) Sabe-se que o cloreto de sódio pode ser obtido a
( ) A dissolução do NaCØ em água deve ocorrer com partir da evaporação da água do mar.
pequeno efeito térmico. Analise este quadro, em que está apresentada a
( ) A dissolução do Ce‚(SO„)ƒ em água deve ocorrer com concentração de quatro sais em uma amostra de água do
liberação de energia. mar e a respectiva solubilidade em água a 25°C:
mamona, é a
a) lipofilia.
b) hidrofilia.
c) hipocromia.
d) cromatofilia.
e) hiperpolarização.
Resposta da questão 7: [D] Como foram adicionados apenas 15 de sal em 100 g de água, a
O item A é verdadeiro. A solubilidade do KNO3 a 56°C é solução é insaturada e portanto, o sistema é homogêneo.
aproximadamente:
100g de KNO3 ----------- 100g de H2O Solução II:
Xg de KNO3 --------12 g de H2O Cs do K2Cr2O7 a 30°C:
X = 12 g de KNO3 podem ser dissolvidos 20 g de sal ---100 g H2O
Como só foram dissolvidos 10g de KNO3 a solução é insaturada. Xg de sal ---20 g H2O
X = 5,0 g de sal (se dissolvem)
O item B é verdadeiro, pois a solubilidade do KNO3 a 30°C é
Como foram adicionados apenas 3,5 de sal em 20 g de água, a
aproximadamente:
solução é insaturada e portanto, o sistema é homogêneo.
48g ---------100g de H2O
Xg ---------50g de H2O
Solução III:
Em 50 g de H2O só se dissolvem 24g de KNO3, haverá formação
Cs do K2Cr2O7 a 30°C:
de aproximadamente 1 g de precipitado, pois ele tinha dissolvido 20g de sal ---100 g H2O
25 g de KNO3. Xg de sal ---10 g H2O
O item C é verdadeiro, pois a primeira curva de solubilidade é X = 2,0 g de sal (se dissolvem)
Como foram adicionados 2,0 de sal em 10 g de água, a solução é
ascendente, a solubilidade aumenta com o aumento da
saturada e portanto, o sistema é homogêneo.
temperatura, enquanto a segunda curva é descendente, a
solubilidade diminui com o aumento da temperatura. Solução IV:
O item D é Falso, Duas substâncias puras diferentes podem Cs do K2Cr2O7 a 70 °C:
60 g de sal ---100 g H2O
apresentar em uma mesma temperatura a mesma solubilidade
X g de sal ---300 g H2O
(situação onde as curvas de solubilidade estariam se cortando),
X = 180,0 g de sal (se dissolvem)
porém, elas não terão as mesmas solubilidades em todas as Como foram adicionados 200,0 g de sal em 300 g de água, a
temperaturas, portanto, não podem apresentar as mesmas curvas solução é saturada com corpo de fundo, pois serão formados 20
de solubilidade. g de corpo de chão, portanto, o sistema é heterogêneo.
O item E é verdadeiro. A substância do gráfico fa esquerda é muito
Solução V:
mais solúvel que a substância do gráfico da direita em todos os Cs do K2Cr2O7 a 70 °C:
intervalos de temperatura estudados. Observe a escala de 60 g de sal ---100 g H2O
solubilidade de cada gráfico X g de sal ---500 g H2O
X = 300,0 g de sal (se dissolvem)
Somente o item D é falso
Como foram adicionados 320,0g de sal em 500 g de água, a
solução é saturada com corpo de fundo, pois serão formados 20
Resposta da questão 08: [B] g de corpo de chão, portanto, o sistema é heterogêneo.
As micelas têm em sua estrutura partes capazes de interagir com
substâncias polares, como a água, e partes que podem interagir Solução VI:
com substâncias apolares, como as gorduras e os óleos. Cs do K2Cr2O7 a 70 °C:
Concluímos que se trata de um sabão, C17H33 COONa. 60 g de sal ---100 g H2O
Xg de sal ---250 g H2O
X = 150,0 g de sal (se dissolvem)
Como foram adicionados 150,0 de sal em 250 g de água, a
solução é saturada e portanto, o sistema é homogêneo.
Cs NaCl = 0,65 mol de NaCl /100g H2O Resposta da questão 20: [D]
1 NaCl → 1 Na+ + 1 Cl- Teremos:
0,65 mol 0,65 mol 0,65 mol Cálculo da quantidade de NaCl que se dissolve em 500 g de água
Na+ = 0,65 mol (menor valor) a 40 °C.
Solubilidade (g KC em 100 g de
Resposta da questão 13. [B] Temperatura (ºC)
água)
Resposta da questão 14. [C]
40 40,0
Resposta da questão 15. [B]
Com a evaporação de parte da água, e consequente diminuição
da quantidade de solvente na solução o primeiro sal que precipita 40,0 g (KC ) 100 g de água
é o menos solúvel, que no caso é o CaSO4. X g (KC ) 500 g de água
O último que precipita é o mais solúvel, seria o NaBr. X = 200 g de KCl
Cálculo da quantidade de NaC que se dissolve em 500 g de água
Resposta da questão 16: [A]
Resposta da questão 17: [D] a 20 °C.
O hidrocarboneto é insolúvel em água, porém com a adição de uma Solubilidade (g KC em 100 g de
Temperatura (ºC)
solução de para-dodecil-benzenossulfonato, uma gente água)
emulsificante, ocorre a a solubilização do hidrocarboneto, 20 34,0
facilitando a sua remoção. 40,0 g (KC ) 100 g de água
Agente emulsificante, ou agente surfactante ou tensoativo, diminui
Y g (KC ) 500 g de água
a tensão superficial da água, pois possui uma longa cadeia apolar
Y = 200 g de KCl
(lipofílica), que possui afinidade pelo hidrocarboneto e uma cabeça
polar (hidrofílica) que possui afinidade pela água, permitindo a ssim Cálculo da quantidade de NaCl que se cristaliza em 500g de água
a formção de uma emulsão de água e o hidrocarboneto. a 20°C, após o resfriamento.
200,0 g − 170,0 g = 30,0 g (precipitado; após o resfriamento).
Resposta da questão 18: [C]
Quanto maior a quantidade de grupos OH, mais solúvel será a Resposta da questão 21: [E]
vitamina, devido à interação com a água e maior a necessidade de Esse arranjo característico se deve ao fato de os fosfolipídeos
suplementação. A estrutura III apresenta esta característica: apresentarem uma natureza anfifílica, ou seja, possuírem uma
parte polar (hidrofílica) e outra apolar (hidrofóbica).
40 °C
[III] Incorreta. Se o coeficiente de solubilidade da vitamina C em 60 g de soluto - - - - - - - - > 100 g de água
água é igual a 330 g/L (a 25ºC e 1 atm), uma solução aquosa X g de soluto - - - - - - - - > 200 g de água
de vitamina C com concentração igual a 100 g/L, nas mesmas X = 120 g de soluto
condições de temperatura e pressão, encontra-se insaturada Como haviam 220g de soluto dissolvidos
(100 g/L < 330 g/L). Massa que precipitou: 220g – 120g = 100g de soluto
Então,
80 g de A 100 g água
16 g de A mágua
mágua = 20 g
Observações:
1. Convenção:
– Índice 1: soluto. Ex.: m1 = massa do soluto
– Índice 2: solvente. Ex.: m2 = massa do solvente
– Sem índice: solução.
Ex.: m = massa da solução (m = m1 + m2)
2. 1cm3 = 1mL
1dm3 = 1L
1m3 = 1000L
x 100
L mL
1000
m1
C=
V
Geralmente: Soluto, em gramas (g) e solução em litros (L), logo temos a unidade: g/L.
Observações:
1. % massa/massa (%m/m): Indica a massa de soluto (m1) em gramas, contida em 100g de solução.
Ex.: 40% m/m indica 40g de soluto em 100g de solução.
0 < TV < 1
Observações:
1. % volume / volume (%v/v)
Indica o volume de soluto (V1), em mL, contido em 100mL de solução.
Ex.: 20% v/v indica 20 mL de soluto em 100 mL de solução.
2. Álcool a 96% (significa 96 volumes de álcool para cada 100 volumes da solução).
4. % massa/volume (%m/v): indica a massa do soluto (m1) em gramas, contida em 100 ml de solução.
Ex.: 0,80% m/v indica 0,80g de soluto em 100 ml de solução.
concentração em ou concentração em
Observações:
concentração em ou concentração em
v 1 (em mL) → 10 L L
−3 −6
6 v 1 (em L) → 10 6
ppm = 3 10 partes ppm = 10 partes
3
v (em m ) → 10 L v (em L) → 1 L
Observações:
L = microlitros = 10–6 L
Ex.: A água contendo 0,05 ppm de Pb2+ é imprópria para o consumo (0,05 mg de Pb2+ por litro de água)
= (0,05 mg de Pb2+ por kg de água).
Observações:
x 1000
g/mL ⎯
⎯→ g/L
ou ou
⎯⎯
g/cm3 g/dm3
1000
O volume, ao ser relacionado com a densidade, deve estar na mesma unidade de volume da
densidade.
Ex.: V = 100 cm3 e d = 1,2g/cm3.
2−
Ex.2: Calcule a molaridade dos íons H+(aq) e SO 4( aq ) em uma solução 2,0.10-3 mol/L de H2SO4(aq),
considerando a ionização total nas duas etapas.
H 2O
1 H 2 SO4( aq ) Ionização
2 H( aq ) 1 SO4(2aq ) ( = 100%)
2,0.10-3 mol/L 4,0.10-3 mol/L 2,0.10-3 mol/L
Conclusão
O cálculo da molaridade dos íons deve ser feito a partir da equação de dissociação ou de ionização
do soluto e seguir a proporção estequiométrica.
I) Fração Molar do Soluto (X1): é a razão estabelecida entre o número de mols de moléculas do soluto
(n1) e o número de mols de molécula da solução (n).
n1 n1
X1 = Como : n = n1 + n 2 X1 =
n n1 + n 2
II) Fração Molar do Solvente (X2): é a razão estabelecida entre o número de mols de moléculas do
solvente (n2) e o número de mols de moléculas da solução (n).
n2 n2
X2 = Como : n = n1 + n 2 X2 =
n n1 + n 2
Observações:
1. X1 + X2 = 1
2. A Fração molar não possui unidade
3. 0 < x < 1
4. Não esqueça:
m1 m2
n1 e n2
M1 M2
Observações:
Numa solução aquosa diluída, 1 L de solução contém aproximadamente 1 L de água, ou seja, 1 Kg
de água. Dessa forma, o número de mols de soluto por litro de solução (molaridade) é aproximadamente
igual ao número de mols do soluto por quilograma de água (molalidade). (M W).
Densidade (g/mL)
Concentração comum (g/L)
C M M1
UNIDADES DE CONCENTRAÇÃO DAS SOLUÇÕES gasolina (C8H18), e que resulta na liberação de CO2 e
vapor de água para a atmosfera.
Exercícios de Apresndizagem
b) A concentração de CO2 na atmosfera, na época pré-
industrial, era de 280,0 ppm. Adotando o valor de 400,4
01. (Ita ) Um litro de uma solução aquosa contém 0,30mol ppm para a concentração atual, calcule a variação
de íons Na®, 0,28mol de íons CØ, 0,10mol de íons SO„£ e percentual da concentração de CO2 em relação ao valor da
x mols de íons Fe¤®. A concentração de íons Fe¤® (em época pré-industrial.
mol/L) presentes nesta solução é
c) Dê uma explicação para o fato de os valores observados
a) 0,03
(representados na curva B) serem menores do que os
b) 0,06 valores esperados (representados na curva A).
c) 0,08
d) 0,18 04. (Ufpe ) A água oxigenada, ou peróxido de hidrogênio
e) 0,26 (H‚O‚), é vendida nas farmácias com concentrações em
02. (Unifesp) Soluções aquosas de nitrato de prata (AgNO3), termos de "volumes", que correspondem à relação entre o
com concentração máxima de 1,7% em massa, são utilizadas volume de gás O‚, liberado após completa decomposição
como antisséptico em ambiente hospitalar. A concentração do H‚O‚, e o volume da solução aquosa. Sabendo que a
de íons Ag+ presentes numa solução aquosa de AgNO3 pode
ser determinada pela titulação com solução de concentração equação química de decomposição da água oxigenada é:
conhecida de tiocianato de potássio (KSCN), através da
formação do sal pouco solúvel tiocianato de prata (AgSCN). H‚O‚(aq) ë H‚O(Ø) + 1/2 O‚(g)
Na titulação de 25,0 mL de uma solução de AgNO3,
preparada para uso hospitalar, foram utilizados 15,0 mL de
calcule a concentração molar de uma solução de água
uma solução de KSCN 0,2 mol.L–1, para atingir o ponto final
da reação. oxigenada de 24,4 volumes a 25°C e 1 atm.
a) Determine, em mol. L–1, a concentração da solução (Dado: R = 0,082 atm . L . K-¢ . mol-¢)
preparada de AgNO3.
b) Mostre, através de cálculos de concentração, se a solução 05) A concentração de uma solução de KNO 3 é 0,750 m.
de AgNO3 preparada é adequada para uso hospitalar. Como calcular a fração molar de KNO3 nesta solução?
Considere que a massa molar de AgNO3 seja igual a 170
g. mol–1 e que a densidade da solução aquosa seja igual a 06) Uma solução de H2SO4 a 50,00% tem densidade
1 g. mL–1. relativa 1,3977 a 20 °C. Explique como você calcularia a
molaridade desta solução.
03. (Fuvest) O observatório de Mauna Loa, no Havaí, faz
medições diárias da concentração de dióxido de carbono na 07) Uma solução de álcool etílico, CH 3CH2OH, em água
atmosfera terrestre. No dia 09 de maio de 2013, a possui uma concentração de 1,25 m. Calcule o peso
concentração desse gás atingiu a marca de 400 ppm. O percentual do álcool etílico.
gráfico abaixo mostra a curva de crescimento da
concentração de dióxido de carbono ao longo dos anos 08) Uma solução de NaCl em água possui uma concentração
(curva B) e, também, a curva que seria esperada, de 19,5%. Calcule a molalidade da solução.
considerando o CO2 gerado pelo consumo de combustíveis
fósseis (curva A). 09) Uma solução de NH3 em água possui concentração de
5,00% em peso. Calcule a percentagem molar de NH3 na
solução. Qual a concentração molal de NH3?
substâncias é de 10 ppm (partes por milhão) de SOƒ£. Para enfraquecimento dos ossos. É assintomática, lenta e
certificar-se da real concentração de SOƒ£ em vinhos, pode- progressiva. Seu caráter silencioso faz com que, usualmente,
se utilizar o método de doseamento fundamentado na reação não seja diagnosticada até que ocorram fraturas,
química descrita pela equação abaixo: principalmente nos ossos do punho, quadril e coluna
vertebral. As mulheres são mais frequentemente atingidas,
SOƒ£(aq) + H‚O‚(aq) ë SO„£(aq) + H‚O. uma vez que as alterações hormonais da menopausa
aceleram o processo de enfraquecimento dos ossos. A
Analise os dados descritos na questão e assinale a alternativa doença pode ser prevenida e tratada com alimentação rica em
correta. cálcio.
a) Íons SOƒ£ são oxidados, originando íons SO„£, atuando, Suponha que o limite máximo de ingestão diária aceitável
portanto, como agentes oxidantes. (IDA) de cálcio para um adolescente seja de 1,2 mg/kg de
b) A reação não envolve processos de transferência de peso corporal.
elétrons, e se diz que é de substituição eletrofílica. Pode-se afirmar que o volume de leite contendo cálcio na
c) No processo de doseamento de SOƒ£, H‚O‚ é reduzido a concentração de 0,6 gL-¢ que uma pessoa de 60 kg pode
H‚O e atua como agente redutor. ingerir para que o IDA máximo seja alcançado é:
d) Uma amostra que contém 0,001g de SOƒ£ em 1kg de a) 0,05 L
vinho satisfaz o limite de tolerância estabelecido. b) 0,12 L
e) Uma amostra que contém 10 mols de SOƒ£ por 1kg de c) 0,15 L
vinho é equivalente à concentração 10ppm em SOƒ£. d) 0,25 L
e) 0,30 L
07. (Ufes) Em diabéticos, a ingestão de 80g de açúcar
comum (sacarose) eleva a quantidade de glicose no sangue 10. (Ufmg) Estas informações foram adaptadas do rótulo de
em 1,0g de glicose para cada litro de sangue. Considerando- um repositor hidroeletrolítico para praticantes de atividade
se que a taxa de glicose no sangue dos diabéticos, em física:
condições normais, é de aproximadamente 1,4g/L, a
concentração de glicose (C†H‚O†) no sangue de uma pessoa
diabética após o consumo de 100g de açúcar será de,
aproximadamente,
Dado: M(C†H‚O†) = 180g/mol
a) 7,8 x 10-¤ mol/L.
b) 6,9 x 10-¤ mol/L.
c) 6,9 x 10-£ mol/L. Considerando-se essas informações, é CORRETO afirmar
d) 1,5 x 10-£ mol/L. que, na porção indicada do repositor hidroeletrolítico,
e) 1,5 x 10-¢ mol/L a) a massa de íons sódio é o dobro da massa de íons cloreto.
b) a concentração de íons sódio é igual a 4×10-¤ mol/L.
08. (Uff ) Dentre as soluções cogitadas para o problema da c) a massa de íons cloreto é igual a 71 mg.
seca no nordeste, pensou-se na perfuração de poços d) a quantidade de cloreto de sódio é igual a 4×10-¤ mol.
artesianos de grande profundidade e na dessalinização da
água do mar, processos considerados economicamente 11. (Enem 2015) A hidroponia pode ser definida como
inviáveis para utilização em larga escala. uma técnica de produção de vegetais sem necessariamente a
A dessalinização deve remover, entre outros sais, os cerca de presença de solo. Uma das formas de implementação é
manter as plantas com suas raízes suspensas em meio
3,5% de cloreto de sódio presentes na água do mar. Esse líquido, de onde retiram os nutrientes essenciais. Suponha
percentual equivale à seguinte concentração de NaCØ: que um produtor de rúcula hidropônica precise ajustar a
a) 0,2 mol L-¢ concentração de íon nitrato (NO3− ) para 0,009 mol L em
b) 0,4 mol L-¢
um tanque de 5.000 litros e, para tanto, tem em mãos uma
c) 0,6 mol L-¢ solução comercial nutritiva de nitrato de cálcio 90 g L.
d) 0,8 mol L-¢
e) 1,0 mol L-¢ As massas molares dos elementos N, O e Ca são iguais a
14 g mol, 16 g mol e 40 g mol, respectivamente.
09. (Uff) A osteoporose é uma doença que leva ao
Qual o valor mais próximo do volume da solução nutritiva, água potável é 1,0 mg.L-¢ e que uma solução saturada em
em litros, que o produtor deve adicionar ao tanque? CaF‚, nas condições normais, apresenta 0,0016% em massa
a) 26 (massa de soluto/massa de solução) deste composto, com
b) 41 densidade igual a 1,0 g.cm-¤. Dadas as massas molares, em
c) 45
g.mol-¢, Ca = 40 e F = 19, é correto afirmar que, nessas
d) 51
condições, a água subterrânea em contato com a fluorita:
e) 82
a) nunca apresentará um teor de F- superior ao VMP.
b) pode apresentar um teor de F- até cerca de 8 vezes maior
12. (Ufrs) Numa determinada área urbana, a concentração
que o VMP.
média do agente poluente SO‚ no ar atmosférico atingiu o
c) pode apresentar um teor de F- até cerca de 80 vezes maior
valor de 3,2 x 10-¥ g.m-¤. Essa concentração, expressa em
que o VMP.
mol.L-¢ e em moléculas.m-¤, corresponde, respectivamente,
d) pode apresentar um teor de F- até cerca de 800 vezes
aos valores
maior que o VMP.
a) 5,0 x 10-§ e 3,0 x 10¢©.
e) pode apresentar valores próximos a 10-¢mol.L-¢ em F-.
b) 3,2 x 10-¨ e 6,0 x 10£¡.
c) 5,0 x 10-ª e 2,7 x 10£¦.
d) 5,0 x 10-¤ e 3,0 x 10£¢. 16. (Uepb) Sabendo que para que uma água seja classificada
e) 5,0 x 10-ª e 3,0 x 10¢©. como doce deve ter uma salinidade não maior que 0,05 %
(g/100 g de água), qual a máxima concentração em
13. (Ufsc) Existem diversas maneiras de expressar a quantidade de matéria de sal em termos de
concentração de uma solução. Dentre elas destacamos a hidrogenocarbonato de potássio para que uma amostra de
molaridade (M). água seja considerada doce? Considere a densidade da água
Seja uma solução aquosa de Al‚(SO„)ƒ de concentração igual a 1 g/mL.
102,6 g/Litro. Qual a molaridade da solução? a) 5,00 10−4 mol / L
Dados: Al = 27, S = 32, O = 16 b) 5,95 10−3 mol / L
a) 0,9 Molar c) 0,05 mol / L
b) 3,2 Molar d) 0,0595 mol / L
c) 0,3 Molar e) 5,00 10−3 mol / L
d) 1,8 Molar
e) 0,6 Molar 17. (Uff) Tem-se uma solução preparada pela dissolução de
16,7g de naftaleno em 200mL de benzeno líquido, a 20°C. A
14. (Unesp) Os frascos utilizados no acondicionamento de densidade do benzeno à temperatura dada é 0,87g.mL-¢.
soluções de ácido clorídrico comercial, também conhecido Determine:
como ácido muriático, apresentam as seguintes informações a) a fração molar do benzeno e do naftaleno na solução
em seus rótulos: solução 20% m/m (massa percentual);
densidade = 1,10 g/mL; massa molar = 36,50 g/mol. Com b) a percentagem molar do benzeno e do naftaleno na
base nessas informações, a concentração da solução solução.
comercial desse ácido será Dados: Massas molares (g/mol):
a) 7 mol/L. C = 12,0; H = 1,0
b) 6 mol/L
c) 5 mol/L. 18. (Ufrrj) Pacientes que necessitam de raios X do trato
d) 4 mol/L. intestinal devem ingerir previamente uma suspensão de
e) 3 mol/L. sulfato de bário (BaSO„). Esse procedimento permite que as
paredes do intestino fiquem visíveis numa radiografia,
15. (Unesp) Há décadas são conhecidos os efeitos da permitindo uma análise médica das condições do mesmo.
fluoretação da água na prevenção da cárie dentária. Porém, o Considerando-se que em 500 mL de solução existem 46,6 g
excesso de fluoreto pode causar a fluorose, levando, em do sal, pede-se:
alguns casos, à perda dos dentes. Em regiões onde o subsolo a) a concentração molar;
é rico em fluorita (CaF‚), a água subterrânea, em contato com b) a concentração em g / L.
ela, pode dissolvê-la parcialmente. Considere que o VMP
(Valor Máximo Permitido) para o teor de fluoreto (F-) na 19. (Ufrrj ) Suponha que para a preparação de 500 mL de
A substituição do diesel usado nos anos 1980 por aquele 24. (Ufrrj) Antigamente, o açúcar era um produto de preço
difundido em 2012 permitiu uma redução percentual de elevado e utilizado quase exclusivamente como
emissão de SO3 de
medicamento calmante. No século XVIII, com a expansão
a) 86,2%.
das lavouras de cana-de-açúcar, esse cenário mudou. Hoje, a
b) 96,2%.
sacarose é acessível à maior parte da população, sendo determinado posto indicou o teor de 53 %. O volume, em
utilizada no preparo de alimentos e bebidas. Um suco de mL, da fase aquosa obtida quando o teste foi realizado
fruta concentrado de determinada marca foi adoçado com corretamente com a amostra X foi
3,42 g de açúcar (sacarose: C1‚H‚‚O11) em 200 mL de a) 76.
solução. Com este suco, foi preparado um refresco, b) 53.
adicionando-se mais 800 mL de água. A concentração em c) 40.
mol/L de sacarose no SUCO e a concentração em g/L de d) 26.
sacarose no REFRESCO são, respectivamente: e) 24.
a) 0,05 mol/L e 34,2 g/L.
b) 0,05 mol/L e 3,42 g/L.
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
c) 0,5 mol/L e 3,42 g/L. Utilize as informações a seguir para responder à(s)
d) 0,5 mol/L e 34,2 g/L. questão(ões) a seguir.
e) 0,05 mol/L e 342 g/L.
Com as chuvas intensas que caíram na cidade do Rio de
Janeiro em março de 2013, grande quantidade de matéria
25. (Unifesp) A contaminação de águas e solos por metais
orgânica se depositou na lagoa Rodrigo de Freitas. O
pesados tem recebido grande atenção dos ambientalistas, consumo biológico desse material contribuiu para a redução
devido à toxicidade desses metais ao meio aquático, às a zero do nível de gás oxigênio dissolvido na água,
plantas, aos animais e à vida humana. Dentre os metais provocando a mortandade dos peixes.
pesados há o chumbo, que é um elemento relativamente
27. (Uerj) O volume médio de água na lagoa é igual a
abundante na crosta terrestre, tendo uma concentração ao
redor de 20 ppm (partes por milhão). Uma amostra de 100 g 6,2 106 L. Imediatamente antes de ocorrer a mortandade
da crosta terrestre contém um valor médio, em mg de dos peixes, a concentração de gás oxigênio dissolvido na
chumbo, igual a água correspondia a 2,5 10−4 mol L−1.
a) 20. Ao final da mortandade, a quantidade consumida, em
quilogramas, de gás oxigênio dissolvido foi igual a:
b) 10.
c) 5. Dado: O = 16.
d) 2. a) 24,8
e) 1. b) 49,6
c) 74,4
d) 99,2
26. (Unifesp) O índice de gasolina em não-conformidade
com as especificações da ANP (Agência Nacional de 28. (Ufrgs) Na combustão do diesel, o enxofre presente é
Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) é um dado convertido em dióxido de enxofre (SO2), que é uma das
preocupante, já que alguns postos estavam vendendo principais causas de chuva ácida. Até o fim de 2013, o diesel
gasolina com mais de 85 % de álcool anidro. Todo posto de S1800, que contém 1800 ppm de enxofre (ppm = partes por
milhão expressa em massa), será totalmente abolido no país.
gasolina deve ter um kit para testar a qualidade da gasolina, Atualmente, o diesel mais vendido é o diesel S500 (500 ppm
quando solicitado pelo consumidor. Um dos testes mais de enxofre).
simples, o "teste da proveta", disposto na Resolução ANP n.¡
9, de 7 de março de 2007, é feito com solução aquosa de A emissão de SO2, por tonelada de diesel, para S500 e S1800,
cloreto de sódio (NaCØ) na concentração de 10 % p/v (100 g é, respectivamente, de
a) 500 g e 1800 g.
de sal para cada litro de água). O teste consiste em colocar b) 640 g e 900 g.
50 mL de gasolina numa proveta de 100 mL com tampa, c) 1000 g e 3600 g.
completar o volume com 50 mL da solução de cloreto de d) 1600 g e 3200 g.
sódio, misturar por meio de 10 inversões e, após 15 minutos e) 2000 g e 7200 g.
de repouso, fazer a leitura da fase aquosa. O cálculo do teor
29. (Upe) As principais marcas de refrigerante light ou diet
de álcool é determinado pela expressão: cítricos se comprometeram a reduzir a quantidade de
T = (A × 2) + 1, onde: benzeno em suas bebidas ao máximo de 5 ppb, o mesmo
T: teor de álcool na gasolina, e parâmetro usado para a água potável. O acordo chega dois
A: aumento em volume da camada aquosa (álcool e água). anos depois que uma associação de consumidores apontou
para a alta concentração de benzeno em refrigerantes de
diferentes marcas. Nesses refrigerantes, o benzeno surge da
O teste aplicado em uma amostra X de gasolina de um mistura do benzoato de sódio, um conservante, com a
m1 = 16,7 g de C10H8 (naftaleno) Devemos comparar os valores tabelados para as águas a 1L.
M1 = 128 g/mol (C10H8)
7,0 10−6 g de naftaleno 100 mL de água
M= = 78 g/mol (C6H6): benzeno
mÁgua I g de naftaleno 1000 mL de água
I) Cálculo da massa de benzeno (C6H6): mÁgua I = 70 10−6 = 0,07 mg 0,14 mg (limite)
A partir da densidade e do volume é possível calcular a massa
8,0 10−6 g de naftaleno 100 mL de água
de benzeno.
mÁgua II g de naftaleno 1000 mL de água
d2 = 0,87 g/mL
V2 = 200 mL mÁgua II = 80 10−6 = 0,08 mg 0,14 mg (limite)
0,87 g de benzeno ------------- 1 mL
9,0 10−6 g de naftaleno 100 mL de água
X g de benzeno ----------------- 200 mL
X = 174 g de benzeno mÁgua III g de naftaleno 1000 mL de água
−6
mÁgua III = 90 10 = 0,09 mg 0,14 mg (limite)
a)
Conclusão: o ambiente que necessita de biorremediação é o do solo
II) Cálculo do número de mols de soluto e de solvente na
II.
solução:
m1 16,7g
n1 = = = 0,13 mol de C 10 H8 Resposta da questão 21: [D]
M1 128g / mol
m2 174g Nos anos 1980, não havia regulamentação e era utilizado óleo
n2 = = = 2,23 mol de C 6 H6
M2 78g / mol diesel com 13.000 ppm de enxofre. Em 2012, foi difundido o diesel
III) Cálculo da fração molar do soluto e do solvente na S50, com 50 ppm de enxofre em sua composição, então:
solução: 13.000 ppm − 50 ppm =12.950 ppm (redução)
n1 0,13 0,13
X1 = = = = 0,06 13.000 ppm 100 %
n1 + n2 0,13 + 2,23 2,36
12.950 ppm p
n2 2,23 2,23
X2 = = = = 0,94 p = 0,99615
n1 + n2 0,13 + 2,23 2,36
Assim temos: p 99,6 %
X1 (C6H6) = 0,94
X2 (C10H8) = 0,06 Resposta da questão 22: [D]
b) X1%(C6H6) = 94,00% Teremos:
X2%(C10H8) = 6,00% 1L H2 O 2 10 L de O 2 (água oxigenada 10 volumes)
1
H2 O 2 → H2 O + O 2
Resposta da questão 18: 2
34 g 0,5 22,4 L
a) 0,4 M. b) 93,2 g/L.
mH2O2 10 L
1mg = 10−6 kg
1.000 g 100%
mNaC 0,90%
1L de vinhaça 60 10−6 kg (P)
0,90% 1.000 g
486.000 L mP mNaC = = 9,0 g
100%
mP = 29,16 106 10 −6 kg = 29,16 kg 9,0 g 1.000 mL
mP 29 kg m'NaC 500 mL
9,0 g 500 mL
Resposta da questão 32: [E] m'NaC = = 4,50 g
1.000 mL
Transformando as unidades de concentração, vem:
Resposta da questão 35: [B]
g
%(m / v) =
100 mL Uma xícara de café contém 80 mg de cafeína.
−1
mol g mol mol g Mcafeína = 194 g mol−1
n = nM = n M 10 −1
L L 100 mL
V = 200 mL = 0,2 L
%
m = 80 mg = 0,08 g
M = 60 g mol n=
m
=
0,08 g
Amostra % (m/v) M 194 g mol−1
g 0,08 g
1 0,007 60 10−1 = 0,042
100 mL n 194 g mol−1
Concentração (mol / L) = = = 0,0020615 mol / L
g V 0,2 L
2 0,070 60 10−1 = 0,42
100 mL Concentração (mol / L) 0,002 mol / L
g
3 0,150 60 10−1 = 0,9
100 mL
g
4 0,400 60 10−1 = 2,4
100 mL
g
5 0,700 60 10−1 = 4,2
100 mL
4 % 4,2 % 6 %
Amostra
5
Resposta da questão 33: [E]
1. Diluição de soluções
Diluir uma solução significa diminuir a sua concentração, o que pode ser feito pela retirada de uma
parcela do soluto ou pelo acréscimo de solvente.
Em geral a diluição ocorre com acréscimo de solvente.
Ao se acrescentar solvente (em geral H2O) a uma solução, temos:
Observações:
1. O volume e a concentração de uma solução são inversamente proporcionais.
2. O volume (V2) ou massa (m2) ou no de mols (n2) do solvente adicionado em uma diluição pode ser
calculado pelas relações:
V2 = Vf – Vi f → final
m 2 = mf – mi i → inicial
n2 = nf – ni
O volume (V2) ou massa (m2) ou no de mols (n2) do solvente evaporado em uma concentração pode
ser obtido pelas relações:
V2 = Vi – Vf
m2 = mi – mf
n 2 = ni – nf
i → inicial; f → final
1. Neste caso onde misturamos soluções de mesmo soluto, com concentrações diferentes, obtemos uma
nova solução com concentração intermediária às concentrações das soluções misturadas.
2. Não apenas neste caso de misturas de soluções, mas também nos outros que veremos a seguir,
estaremos trabalhando com soluções em que o solvente é sempre o mesmo e que as soluções são
relativamente diluídas, pois só dentro dessas condições é que o volume final será igual à soma
dos volumes iniciais das soluções que foram misturadas.
3. Como o soluto é o mesmo, a “quantidade” de soluto na solução resultante é igual à soma das
“quantidades” de soluto que havia em cada uma das soluções iniciais.
4. O volume da solução final (V), nem sempre é igual à soma dos volumes das soluções misturadas, mas
pode ser medido facilmente na prática. Em problemas, não sendo dado o volume final da solução, este
deve ser considerado como sendo igual à soma dos volumes das soluções misturadas. Vejamos a
tabela a seguir:
m1' m1" m1
C' = C" = C= → m1 = m1' + m1"
V' V" V
'
m1 = C ' V ' "
m1 = C " V " m1 = C V → C V = C'V '+C"V"
n1' n1" n1
M' = M" = M= → n1 = n1' + n1"
V' V" V
n1 = M ' V '
'
n1 = M " V"
"
n1 = M V → M V = M'V '+M"V "
m1' m1" m1
T' = T" = T= → m1 = m1' + m1"
m' m" m
m1' = T ' m' m1" = T " m" m1 = T m → T m = T 'm'+ T"m"
n1' n1" n1
W '= W" = W= → n1 = n1' + n1"
m2 '(kg ) m "2 (kg) m 2 (kg)
n1' = W ' m2' n1" = W " m "2 n1 = W m 2 → W m 2 = W 'm '2 + W "m "2
3. Mistura de soluções de solutos diferentes que não reagem entre si (e mesmo solvente)
Neste caso de mistura de duas ou mais soluções de solutos diferentes que não reagem entre si,
tudo se passa como se estivesse ocorrendo uma diluição de cada solução.
Exemplo: misturando 1,0 L de solução NaCl molares 2,0 L de solução de KCl, para calcular a
concentração final do NaCl na mistura, tudo se passa como se tivéssemos adicionado 2 L de água à
mistura do NaCl. Do mesmo modo, para calcular a concentração do KCl na mistura, tudo se passa como
se tivéssemos adicionado 1,0 L de água à solução de KCl.
Observações:
1. Comumente se costuma pedir a concentração da solução resultante em relação aos íons. No exemplo
anterior teríamos (considerando o grau de dissociação dos sais igual a 100%):
2. O mesmo raciocínio visto para a molaridade vale para as outras unidades de concentração vistas até
aqui.
Neste caso o de mistura de soluções os solutos reagem entre si, por isso é necessário examinarmos
a estequiometria da reação. Observe os seguintes passos:
m1 n1
n= ou M = → n1 = M V
Mol1 V
III. Verifique se existe excesso de reagente, ou seja, verifique se os reagentes estão em proporções
estequiométricas ou não.
• Caso os reagentes estejam em proporções estequiométricas, os dois solutos reagirão integralmente
e não estarão mais presentes na solução resultante.
IV. Resolva a questão com o que foi aprendido sobre cálculo estequiométrico (em especial nos casos
onde existia reagente em excesso).
Observações:
Os casos mais comuns desse tipo de mistura de soluções são quando se misturam uma solução
de um ácido com uma base ou solução de um oxidante com solução de um redutor ou outras reações
envolvendo as funções inorgânicas.
5. Titulação
Figura: procedimento para a titulação de ácido com uma solução padronizada de NaOH. (a)
08. (Pucrj) Um técnico de laboratório recebeu um frasco 2. (Uel) Misturam-se 200 mililitros de solução de hidróxido
com 300 cm3 de ácido clorídrico de molaridade de potássio de concentração 5,0g/L com 300 mililitros de
desconhecida, a fim de determiná-la. Para isso, retirou uma
solução da mesma base com concentração 4,0g/L. A
alíquota de 10 mL do frasco original e transferiu para um
concentração em g/L da solução final vale
balão volumétrico de 50 mL, o qual foi completado com água
destilada. Após homogeneização, ele retirou 10 mL dessa a) 0,50
solução e transferiu para um frasco Erlenmeyer. Essa solução b) 1,1
foi, em seguida, titulada com uma solução aquosa padrão de c) 2,2
hidróxido de sódio de molaridade exata igual a 0,500 mol L- d) 3,3
1
. Sabendo-se que, nessa titulação, foram consumidos 12 mL e) 4,4
da solução padrão de hidróxido de sódio:
a) escreva a reação química que ocorre no processo de
3. (Cesgranrio) Em laboratório, um aluno misturou 10 mL de
titulação do ácido clorídrico pelo hidróxido de sódio;
uma solução de HCØ 2 M com 20 mL de uma solução X M
b) calcule a quantidade de hidróxido de sódio (em mol)
contida nos 12 mL de solução usada para a titulação do do mesmo ácido em um balão volumétrico de 50 mL de
ácido; capacidade. Em seguida, completou o volume do balão
c) calcule a molaridade da solução de ácido clorídrico do volumétrico com água destilada. Na total neutralização de 10
frasco original. mL da solução final obtida, foram consumidos 5 mL de
solução de NaOH 2 M. Assim, o valor de X é:
09. (Unifesp) Os dados do rótulo de um frasco de eletrólito a) 1,0 M
de bateria de automóvel informam que cada litro da solução b) 1,5 M
deve conter aproximadamente 390 g de H2SO4 puro.
c) 2,0 M
Com a finalidade de verificar se a concentração de H2SO4
d) 2,5 M
atende às especificações, 4,00 mL desse produto foram
e) 3,0 M
titulados com solução de NaOH 0,800 mol/L. Para consumir
todo o ácido sulfúrico dessa amostra foram gastos 40,0 mL Obs.: aconselho deixar essa questão entre as últimas que você vai
da solução de NaOH. fazer. É considerada uma questão difícil e se não for organizando
(Dado: massa molar de H2SO4 = 98,0 g/mol) as informações passo a passo como ensinei, fica muito difícil
a) Com base nos dados obtidos na titulação, discuta se a acertar a questão.
especificação do rótulo é atendida.
b) Escreva a fórmula e o nome oficial do produto que pode 4. (Enem 2013) A varfarina é um fármaco que diminui a
ser obtido pela evaporação total da água contida na solução agregação plaquetária, e por isso é utilizada como
resultante do processo de titulação efetuado. anticoagulante, desde que esteja presente no plasma, com
uma concentração superior a 1,0 mg/L. Entretanto,
concentrações plasmáticas superiores a 4,0 mg/L podem
10. Temos 500 mL de uma solução 0,6 mol/L de HCl. A essa desencadear hemorragias. As moléculas desse fármaco
solução são adicionados 10,6 g de carbonato de sódio ficam retidas no espaço intravascular e dissolvidas
(Na2CO3) puro. Determine a concentração, em g/L, da exclusivamente no plasma, que representa aproximadamente
solução resultante em relação ao HCl. 60% do sangue em volume. Em um medicamento, a
varfarina é administrada por via intravenosa na forma de
DILUIÇÃO E MISTURAS DE SOLUÇÕES solução aquosa, com concentração de 3,0 mg/mL. Um
indivíduo adulto, com volume sanguíneo total de 5,0 L, será
Exercícios de Fixação submetido a um tratamento com solução injetável desse
medicamento.
1. (Mackenzie) 200 mL de solução 0,3 M de NaCØ são Qual é o máximo volume da solução do medicamento que
misturados a 100 mL de solução molar de CaCØ‚. A pode ser administrado a esse indivíduo, pela via intravenosa,
de maneira que não ocorram hemorragias causadas pelo
concentração, em mol/litro, de íons cloreto na solução anticoagulente?
resultante é: a) 1,0 mL
a) 0,66 b) 1,7 mL
b) 0,53 c) 2,7 mL
d) 4,0 mL
c) 0,33
e) 6,7 mL
d) 0,20
e) 0,86
25. (Enem 2011) O peróxido de hidrogênio é comumente 28. (Ufsm) O leite de magnésia, usado como antiácido e
laxante, contém em sua formulação o composto Mg(OH)2.
utilizado como antisséptico e alvejante. Também pode ser
A concentração de uma amostra de 10 mL de leite de
empregado em trabalhos de restauração de quadros
enegrecidos e no clareamento de dentes. Na presença de magnésia que foi titulada com 12,5 mL de HC 0,50
soluções ácidas de oxidantes, como o permanganato de mol.L–1 é, em mol.L–1, de, aproximadamente,
potássio, este óxido decompõe-se, conforme a equação a a) 0,1.
seguir: b) 0,3.
c) 0,5.
5 H2O2 (aq) + 2 KMnO 4 (aq) + 3 H2SO 4 (aq) → d) 0,6.
e) 1,2.
5 O2 (g) + 2 MnSO 4 (aq) + K 2SO 4 (aq) + 8 H2O ( )
ROCHA-FILHO, R. C. R.; SILVA, R. R. Introdução aos 29. (Unesp ) Alguns produto de limpeza doméstica
Cálculos da Química. São Paulo: McGraw-Hill, 1992. consistem basicamente de solução aquosa de amônia.
Para reagir completamente com a amônia presente em 5,00
De acordo com a estequiometria da reação descrita, a
quantidade de permanganato de potássio necessária para mililitros de amostra de um determinado produto de limpeza,
reagir completamente com 20,0 mL de uma solução 0,1 foram necessários 31,20 mililitros de ácido clorídrico 1,00M.
mol/L de peróxido de hidrogênio é igual a A reação que ocorre é:
a) 2,0 100 mol
b) 2,0 10−3 mol NHƒ(aq) + HCØ(aq) ë NH„CØ(aq)
c) 8,0 10−1mol
Massas atômicas: N = 14; H = 1.
d) 8,0 10−4 mol
e) 5,0 10−3 mol a) Calcule a concentração molar de amônia na amostra.
b) Supondo a densidade da solução de amônia igual a 1
26. (Ufrrj ) O hidróxido de lítio (LiOH), usado na produção grama por mililitro, calcule a porcentagem em massa de
de sabões de lítio para a fabricação de graxas lubrificantes a amônia presente na amostra.
partir de óleos, é obtido pela reação do carbonato de lítio
(Li‚COƒ) com o hidróxido de cálcio (Ca(OH)‚). 30. (Unesp) Preparou-se uma solução dissolvendo-se 5,90
a) Escreva a equação química que representa a reação gramas de ácido butanodióico (succínico, massa molar
balanceada do carbonato de lítio com o hidróxido de cálcio. 118g.mol-¢) em 1000cm¤ de água. Titulou-se 25,0cm¤ desta
Massas atômicas: solução com solução de NaOH 0,125M.
Li = 6,941 u a) Calcular a molaridade da solução do ácido succínico
O = 15,899 u preparada.
H = 1,008 u b) Escrever as equações das reações que ocorrem quando o
b) Quantos gramas de hidróxido de lítio são produzidos, ácido reage parcial e totalmente com a base.
quando se reage totalmente 100mL de uma solução de c) Calcular o volume de NaOH usado na referida titulação,
considerando se todo o ácido for neutralizado. e) água inibe a liberação dos vapores provenientes do
ácido.
31. O leite de magnésia, usado como antiácido e
laxante, contém em sua formulação o composto 35. (Enem 2019) Um dos parâmetros de controle de
Mg(OH)2. A concentração de uma amostra de 20 mL qualidade de polpas de frutas destinadas ao consumo
de leite de magnésia que foi titulada com 12,5 mL de como bebida é a acidez total expressa em ácido
HC 1,00 mol.L–1 é, em mol.L–1, de, cítrico, que corresponde à massa dessa substância
aproximadamente, em 100 gramas de polpa de fruta. O ácido cítrico é
a) 0,1. uma molécula orgânica que apresenta três
b) 0,3. hidrogênios ionizáveis (ácido triprótico) e massa
c) 0,5. −1
d) 0,6. molar 192 g mol . O quadro indica o valor mínimo
e) 1,2. desse parâmetro de qualidade para polpas comerciais
de algumas frutas.
32. (Uepg) Sobre as diluições de soluções, assinale o que for
correto. Valor mínimo da acidez total
01) Submetendo-se 3 litros de uma solução de H2SO4 1 Polpa de fruta expressa em ácido cítrico
mol/L à evaporação até um volume final de 400 mL, a (g 100 g)
concentração final será 1,2 mol/L. Acerola 0,8
02) 100 mL de solução de H2SO4 2 mol/L pode ser obtida a
Caju 0,3
partir de 50 mL de H2SO4 4 mol/L acrescentando-se 50 mL
de água. Cupuaçu 1,5
04) 1 litro de solução de H2SO4 1 mol/L contém a mesma Graviola 0,6
massa (g) de ácido que 2 litros de solução de H2SO4 0,5 Maracujá 2,5
mol/L.
08) Diluindo-se 200 mL de uma solução de H2SO4 5 mol/L
para 250 mL, obtém-se uma concentração final de 4 mol/L. A acidez total expressa em ácido cítrico de uma
amostra comercial de polpa de fruta foi determinada.
33. (cftmg) Um aluno distraído misturou 0,3 L de uma No procedimento, adicionou-se água destilada a 2,2 g
da amostra e, após a solubilização do ácido cítrico, o
solução de acido clorídrico 1mol L−1 com 0,1 L de
sólido remanescente foi filtrado. A solução obtida foi
HC 2mol L−1 . Ao perceber o erro, ele decidiu adicionar titulada com solução de hidróxido de sódio
água para reestabelecer a concentração de 1mol L−1 . O 0,01mol L−1, em que se consumiram 24 mL da
volume de H2O adicionado a mistura e, em mL, igual a
solução básica (titulante).
a) 75.
b) 100. BRASIL. Ministério da Agricultura e do
c) 125. Abastecimento. Instrução normativa n. 1, de 7 de
d) 500. janeiro de 2000. Disponível em:
www.agricultura.gov.br. Acesso em: 9 mai. 2019
(adaptado).
34. (Enem PPL 2018) Sobre a diluição do ácido
sulfúrico em água, o químico e escritor Primo Levi
afirma que, “está escrito em todos os tratados, é
Entre as listadas, a amostra analisada pode ser de
preciso operar às avessas, quer dizer, verter o ácido
qual polpa de fruta?
na água e não o contrário, senão aquele líquido oleoso
a) Apenas caju.
de aspecto tão inócuo está sujeito a iras furibundas:
b) Apenas maracujá.
sabem-no até os meninos do ginásio”.
c) Caju ou graviola.
d) Acerola ou cupuaçu.
(furibundo: adj. furioso)
e) Cupuaçu ou graviola.
LEVI, P. A tabela periódica. Rio de Janeiro: Relume-
Dumará, 1994 (adaptado).
1 mol de Na 2 CO 3 2 mol de HC
Observe que o íon Cl- é um íon-comum em relação aos dois sais.
X mol de Na 2CO 3 8,8 10−3 mol de HC
Resposta da questão 14: [B] X = 4,4 10−3 mol de Na 2CO 3
Resposta da questão 15: [C] III) Cálculo da massa de Na2CO3 que reagiu:
Resposta da questão 16: [B] 1 mol Na2CO 3 106g
−3
Resposta da questão 17: [C]
4,4 10 mol xg
x = 0,4664 g de Na2CO 3
Dados:
H2C2O4 IV) Cálculo pordentagem em massa de Na2CO3 no comprimido:
V = 25 mL = 25.10−3 L 1,8656g 100%
M= ? 0,4664g X%
X = 25,00%
KOH
V = 25 mL = 25.10−3 L
Questão da questão 19:
M= 0,02 mol/L
a) Concentração em mol/L = 0,154 mol/L.
I) Cálculo do número de mols de KOH: b) V(final) = 3L de soro fisiológico.
0,02 mol de KOH ------ 1 L
X mol de KOH ------- 25.10−3 L Resposta da questão 20: [C]
X = 0,5.10−3 mol de KOH Dados:
X = 5,0.10−4 mol de KOH C−
II) Cálculo do número de mols de H2C2O4: V = 50 mL = 50.10−3 L
H2 C 2 O 4(aq) + 2 OH− (aq) → C 2 O 4 2 − (aq) + 2H2 O ( % m/v = ?
)
HC
Resposta da questão 24: [D]
V = 50 mL = 50.10−3 L
Teremos:
M = 0,1 mol/L
0,15 mol 1000 mL
I) Cálculo do número de mols de NaOH e de HC: nNaC 250 mL
0,10 mol de NaOH 1000 mL
nNaC = 0,0375 mol
nNaOH 50 mL
nNaC
nNaOH = 0,005 mol [NaC ] =
V
0,10 mol de HC 1000 mL 0,0375
0,50 =
nHC 50 mL V
V = 0,075 L = 75 mL
nHC = 0,005 mol
II) Cálculo do número de mols de C− na solução resultante. Resposta da questão 25: [D]
Não há reagente em excesso, pois a proporção do ácido para I) Cálculo do número de mols de H2O2 na solução:
a base é de 1 para 1. V = 20 mL = 20.10-3 L
M = 0,1 mol/L
NaOH(aq) + HC (aq) → H2O( ) + Na + (aq) + C −
(aq)
0,1 mol(H2 O 2 ) 1L
1 mol 1 mol 1 mol
X mol(H2 O 2 ) 20.10−3 L
0,005 mol 0,005 mol X = 0,005 mol
X = 2.10−3 mol de H2O 2
III) Cálculo da concetração mol/L de Cl- na solução resultante: II) Cálculo do número de mol de KMnO4 necessário para reagir
O volume final da solução corresponde à soma dos volumes com o peróxido de hidrogênio.
das duas soluções que foram adicionadas. 5 H2 O 2 (aq) + 2 KMnO 4 (aq) + 3 H2SO 4 (aq) →
Vtotal = 50mL + 50mL = 100 mL = 0,1L 5 O 2 (g) + 2 MnSO 4 (aq) + K 2SO 4 (aq) + 8 H2O ( )
0,005 mol 5 mol H2 O 2 2 mol KMnO 4
[C − ] = = 0,05 mol / L −3
0,1L 2.10 mol Y mol KMnO 4
−3
2.10 x2
Y=
Resposta da questão 23: [E] 5
I) Cálculo da massa de sólidos totais: Y = 0,810−3 mol = 8,0 10−4 mol de KMnO 4
1000kg (1 tonelada de suco);
12 % em massa de sólidos totais Resposta da questão 26.
1000 kg 100% a) Li2CO3 + Ca(OH)2 → CaCO3 + 2 LiOH
X kg 12% b) Dados:
X = 120 kg (sólidos totais) m1(LiOH)=?
II) Cálculo da massa do suco concentrado, sabendo que a sua
Li2CO3
porcentagem é 48% em massa:
V= 0,1L
Durante a evaporação de água a quantidade de soluto
M = 0,2 mol/L
X2%(C10H8) = 6,00%
Ca(OH)2
M = 0,1 mol/L Resposta da questão 28: [B]
Dados:
I) Cálculo do número de mols de Li2CO3: Mg(OH)2
0,2 mol de Li2CO3 ------ 1 L de solução V = 10 mL = 10.10−3 L
X mol de Li2CO3 ------- 0,1 L de solução M=?
X = 0,02 mol de Li2CO3 HC
V = 12,5 mL = 12,5.10−3 L
II) Cálculo do número de mols de LiOH formado a partir de 0,02 M = 0,5 mol/L
mol de Li2CO3:
Li2 CO 3 + Ca(OH)2 → CaCO 3 + 2 LiOH I) Cálculo do número de mols de HC:
0,5 mol de HC ------ 1 L
1 mol 2 mols
X mol de HC ------- 12,5.10-3 L
0,02 mol X mol
X = 6,25.10−3 mol de HC
X = 0,04 mol de LiOH
II) Cálculo do número de mols de Mg(OH)2 que reagiu com
III) Cálculo da massa de LiOH : o HC:
M1 LiOH = 24,0 g/mol Mg ( OH )2 + 2HC → MgC 2 + 2H2O
1 mol de LiOH ------------------ 24,0 g 1 mol 2 mols
0,04 mol de LiOH --------- Y g Y mol 6,25.10-3 mol
Z = 0,96 g de LiOH
Y = 3,125.10-3 mol de HC
Resposta da questão 27: III) Cálculo da concentração em mol/L deMg(OH)2 :
Dados: n 3,125.10−3 mol
M= 1 =
m1 = 16,7 g de C10H8 (naftaleno) V 10.10−3 L
M1 = 128 g/mol (C10H8) M = 0,3125 mol/L de Mg(OH)2
M2 = 78 g/mol (C6H6): benzeno
I) Cálculo da massa de benzeno (C6H6): Resposta da questão 29:
A partir da densidade e do volume é possível calcular a massa Dados:
de benzeno. NH3
d2= 0,87 g/mL V= 5,0 mL = 5,0.10-3 L
V2= 200 mL HC
0,87 g de benzeno ------------- 1 mL V = 31,2 mL = 31,2.10-3 L
X g de benzeno ----------------- 200 mL M = 1,0 mol/L
X = 174 g de benzeno
a) a)
II) Cálculo do número de mols de soluto e de solvente na solução: I) Cálculo do número de mols de HC:
m1 16,7g 1,0 mol de HC ------ 1 L
n1 = = = 0,13 mol de C 10 H8
M1 128g / mol X mol de HC ------- 31,2.10-3 L
X = 31,2.10-3 mol de HC
m2 174g
n2 = = = 2,23 mol de C 6 H6 II) Cálculo do número de mols de NH3 que reagiu com o
M2 78g / mol
HC:
III) Cálculo da fração molar do soluto e do solvente na NH3 + HC → NH4 C
solução:
1 mol 1 mol
n1 0,13 0,13
X1 = = = = 0,06 Xmol 31,2.10 −3 mol
n1 + n2 0,13 + 2,23 2,36
n2 2,23 2,23 X = 31,2.10 −3 mol de NH3
X2 = = = = 0,94
n1 + n2 0,13 + 2,23 2,36
III) Cálculo da concentração em mol/L de NH3 :
Assim temos:
n1 31,2.10−3 mol
M= =
X1 (C6H6) = 0,94 V 5.10−3 L
X2 (C10H8) = 0,06 M = 6,24 mol/L
b) X1%(C6H6) = 94,00%
b) M = 0,125 mol/L
d = 1g/mL 0,125 mol de NaOH ------ 1 L de solução
M = 6,24 mol/L 0,025 mol de NaOH ------- XL de solução
T%=? 0,025
X= = 0,020 L = 20,0 mL
M1 = 17 g/mol 0,125
M.M1 = 1000.d.T 20 mL da solução de NaOH
6,24.17 = 1000.1.T Resposta da questão 31: [B]
106,8 Dados:
T= = 0,1068 Mg(OH)2
1000
T% = 10,68% V = 20 mL = 20.10−3 L
O título percentual em massa é de aproximadamente 10,6 % M=?
Resposta da questão 30: HC
Dados: V = 12,5 mL = 12,5.10−3 L
m1= 5,90 g de ácido butanodióico M = 1,0 mol/L
M1 = 118g/mol
V= 1000 mL = 1L I) Cálculo do número de mols de HC:
Solução titulada: V = 25 mL = 25.10-3L 1,0 mol de HC ------ 1 L
O O O O
C CH2 CH2 C + NaOH C CH2 CH2 C + H2O Resposta da questão 32: 02 + 04 + 08 = 14.
HO OH HO O Na- 01) Falso
V = 3,0 L
neutralização total do ácido: M = 1 mol/L
O O O O Após à evaporação:
C CH2 CH2 C +
2 NaOH C CH2 CH2 C + 2 H2O V = 0,4 L
HO OH Na O +-
O Na- +
M =?
c) Em uma evaporação, como em uma diluição à quantidade do
I) Cálculo do número de mol de Ác. Butanodióico em 25 mL da soluto não se altera.
solução que foi titulada: [H2SO4 ]inicial Vinicial = [H2SO4 ]final Vfinal
M = 0,05 mol/L 1 3 = [H2SO4 ]final 0,4
0,05 mol de ácido ------ 1 L de solução [H2SO4 ]final = 7,5 mol / L
X mol de ácido ------- 25,0.10-3 L
X = 1,25.10−3 mol de Ác. Butanodióico 02) Verdadeiro
V = 50 mL
II) Cálculo do número de mols da base que reagiu com o ácido: M = 4 mol/L
1 mol de ác. butanodióico ----------- 2 mols de NaOH Após à diluição (acréscimo de 50 mL de água):
1,25.10−3 mol de ác. butanodióico ----------- X mols de NaOH V = 100 mL
X = 2,5.10−3 de NaOH = 0,025 mol de NaOH M =?
1. Introdução
Sob a pressão normal de 1 atm a água pura congela a 0ºC e ferve a 100ºC. No entanto ao dissolvermos, por exemplo,
sal de cozinha em água ela passará a congelar abaixo de 0ºC e a ferver acima de 100ºC, sob pressão de 1 atm.
O mesmo fenômeno pode ser observado com outros solventes e com outros solutos, desde que tais solutos não sejam
voláteis.
Concluímos que a adição de um soluto não-volátil provoca alteração nas propriedades físicas do solvente, sendo que tais
alterações não dependem da natureza do soluto, mas de sua concentração.
Propriedades coligativas das soluções são propriedades que dependem apenas da concentração (número de
partículas, das partículas dispersas na solução, independentemente da natureza dessas partículas).
As principais propriedades coligativas das soluções são as que seguem:
• Diminuição (ou abaixamento) da pressão máxima de vapor do solvente (Tonoscopia ou Tonometria).
• Aumento (ou elevação) da temperatura de ebulição do solvente (Ebulioscopia ou Ebuliometria).
• Diminuição ou abaixamento da temperatura de congelação do solvente (Crioscopia ou Criometria).
• Aumento da Pressão Osmótica do solvente (Osmoscopia ou Osmometria).
Observação:
Algumas vezes veremos a expressão “ponto de ebulição da solução”, no entanto é o solvente que sofre essas mudanças
de fase, ou seja, é o solvente que evapora, ou congela etc.
Soluções ideais são soluções diluídas, constituídas de solutos não-voláteis, onde não há variação de volume e nem troca
de calor durante a dissolução do soluto no solvente e onde as partículas do soluto não chegam a interferir umas sobre as outras.
As soluções reais são soluções que não seguem as exigências das soluções ideais e por isso possuem um
comportamento consideravelmente diferente do comportamento das soluções ideais frente aos fenômenos que estudaremos a
seguir.
Ex.: Se dissolvermos 180 g de glicose C6H12O6 (M1 = 180 g/mol) em água, facilmente descobrimos que
existem 1 mol de moléculas = 6,02 . 1023 moléculas de glicose dissolvidas (6,02 . 1023 partículas dissolvidas).
• Antes de estudarmos o efeito tonoscópico, vamos definir pressão máxima de vapor de um líquido e estudar alguns tópicos
relacionados com a mesma.
Ao elevarmos o êmbolo, criaremos um espaço vazio e o líquido começará a vaporizar-se, pois algumas moléculas do
líquido contêm energia cinética suficiente para vencerem as forças de atração intermoleculares e assim conseguem escapar da
fase líquida.
Figura A: inicialmente temos apenas a evaporação do líquido, pois não existiam moléculas do líquido no estado de vapor.
Figura B: enquanto a evaporação continua, começa a ocorrer também a condensação de uma parte do vapor, provocada
pelo choque entre moléculas do gás entre si e contra as paredes do recipiente.
Figura C: A partir de um certo instante o nº- de partículas que evaporam é igual ao número de partículas que se
condensam e o sistema atinge um equilíbrio dinâmico. A partir desse instante tudo se passa como se a evaporação tivesse
parado, no entanto continua ocorrendo evaporação e condensação, porém com igual intensidade (velocidade).
Assim podemos definir pressão máxima de vapor de um líquido como sendo a pressão que o vapor exerce quando
está em equilíbrio dinâmico com o líquido.
Ex.: A pressão de vapor da água, a 25ºC é igual a 23,8 mmHg.
H2 O ( ) H2 O ( V ) 25ºC
Observação:
Os sólidos também apresentam pressões de vapor que, em geral, são menores que as pressões de vapor dos líquidos.
Figura I: ilustração da pressão de vapor em equilíbrio do etanol líquido. Em (a) supomos que não existem
moléculas na fase gasosa; existe uma pressão zero na célula. Em (b) a velocidade na qual as moléculas
deixam a fase gasosa é igual à velocidade na qual as moléculas de gás passam para a fase líquida. Essas
velocidades iguais produzem uma pressão de vapor estável que não varia desde que a temperatura
permaneça constante.
Observe o gráfico abaixo que mostra uma curva típica da relação entre pressão de vapor e temperatura.
Concluímos que, a 20ºC, a substância bromo é mais volátil, ou seja, evapora mais facilmente que a água.
A evaporação depende da superfície de contato entre o líquido e a fase gasosa, ou seja, quanto maior for a superfície de
contato, mais intensa será a evaporação. É por isso que ao colocarmos uma peça de roupa no varal a colocamos aberta, e não
dobrada.
A ebulição consiste em uma vaporização rápida, tumultuada e que ocorre em toda a extensão do líquido, e não apenas
na sua superfície. Esse tipo de vaporização apresenta a formação de bolhas, isto é, de porções de vapor cercadas por uma
película do líquido.
As bolhas são formadas pela própria substância que passou do estado líquido para o estado de gás (ou vapor). Essas
bolhas só são capazes de se formar se a pressão de seu vapor for igual ou maior que a pressão externa, que é constituída pela
Um líquido entra em ebulição quando a sua pressão de vapor iguala-se à pressão atmosférica.
Exemplo: Ao nível do mar, onde a pressão atmosférica vale 760 mmHg ou 1 atm, a água ferve a 100ºC. Isso quer dizer
que a 100ºC a pressão de vapor da água é igual a 760 mmHg
(1 atm).
O gráfico e a tabela abaixo mostram a variação da pressão de vapor da água com a temperatura.
TEMPERATURA PRESSÃO
(ºC) mmHg
–10 2,149
0 4,579
10 9,209
20 17,535
30 31,824
40 55,324
50 92,510
60 149,380
70 233,700
80 355,100
90 525,760
100 760,000
110 1074,600
120 1489,100
Se variarmos a pressão externa a que o líquido está sujeito, estaremos variando seu ponto de ebulição. Assim, no alto
de uma montanha, onde a pressão atmosférica é menor que 1 atm, a água ferve abaixo de 100ºC, enquanto que em uma panela
de pressão, onde a pressão atmosférica é superior a
1 atm, a água pode ferver acima de 100ºC. Por exemplo, sob uma pressão de 4,579 mmHg a água entra em ebulição a zero
graus celsius.
Observação:
Considerando diversos líquidos, aquele que tiver maior pressão de vapor será o líquido mais volátil e terá, portanto, menor
ponto de ebulição em relação aos demais, isto é, necessitará de menos energia para igualar sua pressão de vapor à pressão
externa local.
Observação: A temperatura na qual um líquido ferve, sob pressão de 1 atm (760 mmHg), é chamada de temperatura
de ebulição normal ou ponto de ebulição normal.
Conclusão:
A pressão de vapor de uma solução é sempre menor que a do respectivo solvente puro. Essa propriedade é denominada
Tonoscopia.
Onde:
P0 = pressão de vapor do solvente puro na temperatura t.
P = pressão de vapor do solvente na solução na temperatura t.
P = abaixamento absoluto da pressão de vapor do solvente.
P = P0 – P
Observação:
P
é o abaixamento relativo da pressão de vapor do solvente em relação ao solvente puro. Esse é o efeito Tonoscópico.
P0
A pressão máxima de vapor de uma solução diluída de soluto não-volátil e não-iônico, é igual ao produto da pressão
máxima de vapor do solvente puro (P0) pela fração molar do solvente, (X2) na solução.
Matematicamente temos: P = P0 X 2
Onde:
P = pressão máxima de vapor da solução,
P0 = pressão máxima de vapor no solvente puro.
X2 = fração molar do solvente na solução.
A partir da expressão anterior podemos deduzir que o abaixamento relativo da pressão de vapor (P/P0), ou seja, o efeito
tonoscópico, é igual à fração molar do soluto.
P = P0 X 2 P = P0 (1 − X 1 )
P = P0 − P0 X 1
X 1 P0 = P0 − P
X 1 P0 = P
P P −P
= X 1 ou 0 = X1
P0 P0
Numa solução diluída de um soluto não-volátil e não-iônico, o abaixamento relativo da pressão máxima de vapor é igual
à fração molar do soluto.
Observação:
P
Constata-se que o abaixamento relativo da pressão de vapor não varia com a temperatura.
P0
Enquanto a pressão de vapor da solução (P), a pressão de vapor do solvente puro (P 0) e consequentemente o próprio
P(P0 - P) variam com a temperatura. Essa lei é conhecida como a Lei de Babo.
P0 − P n1
= X1 X1 =
P0 n1 + n 2
Então:
m1
P0 − P n1 M1 m1 M 2
= = =
P0 n 2 m 2 M1 m 2
M2
P0 − P m1 M 2 1000 P0 − P 1000m1 M 2
−
=
P0 M1 m 2 1000 P0 M1 m 2 1000
W Kt
P0 − P P
= Kt W ou = Kt W
P0 P0
Kt é a constante tonométrica molal do solvente, e só depende do tipo de solvente (não depende do soluto).
M2
Kt =
1000
Numa solução bastante diluída de um soluto qualquer, não-volátil e não iônico, o abaixamento relativo da pressão máxima
de vapor é diretamente proporcional à molalidade da solução.
Observação :
Em uma solução 1 molal temos:
P P
= Kt W = Kt
P0 P0
M2 18
Kt = = = 0,018
1000 1000
Observação :
Outros valores da constante tonoscópica de algumas substâncias:
• Evaporação: é a passagem lenta do estado líquido para o estado de vapor. Só ocorre na superfície do líquido.
• Ebulição: é a passagem rápida e tumultuada do estado líquido para o estado de vapor ocorre em toda a extensão do líquido.
• Calefação: é a passagem instantânea do estado líquido para o estado de vapor.
Um líquido entra em ebulição quando a pressão máxima de seus valores (P0) torna-se igual à pressão externa (pressão
ambiente).
A água ao nível do mar (P = 1 atm = 760 mmHg) ferve a 100ºC. Essa temperatura é chamada de temperatura de ebulição
normal.
Em altitudes maiores a pressão atmosférica é menor que 1 atm, e observa-se que a água ferve numa temperatura menor.
Já em altas pressões (pressão maior que 1 atm) a água ferve numa temperatura maior que 100ºC.
Observação:
Observe os valores das pressões de vapor de algumas substâncias à 20ºC.
• da água = 17,5 mmHg
• do álcool = 44,3 mmHg
• do éter = 439,8 mmHg
Observação:
Observe os valores dos P.E. de algumas substâncias a
1 atm (ou 760 mmHg).
• da água = 100ºC
• do álcool = 78,5ºC
• do éter = 34,5ºC
t E = K E W ou t − t 0 = K E W
Onde KE é a constante de proporcionalidade, chamada constante ebuliométrica e depende só do solvente e não do soluto.
A constante ebuliométrica molal (KE) pode ser calculada pela fórmula:
R T2
KE =
1000 L V
t E = K E 1 t E = K E
Assim considerando o gráfico abaixo e considerando uma solução 1 molal de clorofórmio, o ponto de ebulição dessa
solução é igual a:
t E = K E t − t 0 = K E
t − 61,2 = 3,63 t = 61,2 + 3,63 t = 64,83º C
Solvente PE normal KE
Observação:
Relação entre o efeito ebuliométrico e tonoscópico.
P
O efeito ebuliométrico (t 1 ) e o tonoscópico são diretamente proporcionais, ou seja, quanto maior for o
P 0
abaixamento da pressão máxima de vapor da solução (tonoscopia), maior será também a elevação de sua temperatura de
ebulição.
O ponto A corresponde ao ponto onde a pressão de vapor do sólido é igual a pressão de vapor do líquido, ou seja, nesse
ponto a fase sólida está em equilíbrio com a fase líquida.
A temperatura do ponto A corresponde ao ponto de fusão (P.F.) e ao ponto de congelação (tC) da substância pura na
respectiva pressão. A adição de um soluto não-volátil diminui a pressão de vapor do solvente, ocasionando uma diminuição do
ponto de congelação do solvente. Esse abaixamento do ponto de congelação de um solvente provocado pela adição de um
soluto não-volátil é chamado de efeito crioscópico.
Observe o gráfico seguinte onde estão assinaladas as curvas da pressão de vapor de um solvente puro e de uma solução
formada por esse solvente e um soluto não volátil.
Observação:
Abaixamento da temperatura de congelação da solução (tc) é a diferença entre a temperatura de congelação do solvente
puro (t0) e a temperatura de início de congelação do solvente na solução (t).
tc é o efeito crioscópico ou criométrico e é calculado pela expressão:
Curso de Química – Medicina Extensivo - Prof. Alexandre Oliveira
96
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira
t C = t C0 − t C
Lei de Raoult
Numa solução diluída de um soluto qualquer não-iônico, o abaixamento da temperatura de congelação é diretamente
proporcional à molalidade da solução.
t C = K C W ou t º C − t C = K C W
KC = constante crioscópica molal
Observação:
Quando a solução é 1 molal (W = 1) temos:
t C = K C W t C = K C
Assim KC representa o abaixamento da temperatura de congelação que ocorre numa solução 1 molal. KC só depende do
solvente, e não do soluto.
A constante criométrica molal (KC) pode ser calculada pela expressão:
R T2
KC =
1000 L f
Onde:
cal
R = constante universal dos gases perfeitos 2
K MOL
T = temperatura absoluta de congelação do solvente puro (K).
Lf = calor latente de fusão do solvente puro (cal/g).
SOLVENTE KC (ºC/MOLAL)
Água 1,86
Benzeno 5,12
Álcool etílico 1,99
Tetracloreto de carbono 31,8
Obs.1: Em uma solução diluída de água e sal comum, que está sendo resfriada, as primeiras porções de gelo que se
formam são de gelo puro, ou seja, sem sal. Por esse motivo quando se inicia o congelamento de uma solução, como o solvente
puro congela primeiro, a solução vai ficando cada vez mais concentrada, de modo que a temperatura de congelação da solução
(t) vai diminuindo gradativamente. Por isso a temperatura de congelação da solução é medida no início da congelação da
solução.
Obs. 2: Pelo motivo exposto acima o gelo formado a partir da água do mar não é salgado.
Resumo
Comparando as leis determinadas na tonometria, na ebuliometria e na criometria, perceberemos uma grande semelhança
entre elas:
P M
Na tonometria: = Kt W ; Kt = 2
P0 1000
R T2
Na ebuliometria: t e = K e W ; K e =
1000 L V
R T2
Na criometria: t C = K C W ; K C =
1000 L f
O equilíbrio entre um líquido e seu vapor não está apenas no equilíbrio dinâmico que pode existir
entre os estados da matéria. Sob condições apropriadas de temperatura e pressão, um sólido pode ter
equilíbrio com o estado líquido e até mesmo com o gasoso. O diagrama de fase é um gráfico que resume
as condições de equilíbrio existentes entre os diferentes estados da matéria, além de permitir determinar
a fase de uma substância estável em qualquer temperatura e pressão.
A forma geral de um diagrama de fase para uma substância que exibe três fases é mostrada na Figura
11.26. O diagrama é um gráfico bidimensional, com pressão e temperatura como eixos. Ele contém três
importantes curvas, cada qual representando as condições de temperatura e pressão em que as várias
fases podem coexistir em equilíbrio. A mica substância presente no sistema é aquela cujo diagrama de
fase é examinado. A pressão mostrada no diagrama é a aplicada ao sistema ou gerada pela própria
substância. As curvas podem ser descritas da seguinte maneira:
1. A linha que vai de A a B é a curva de pressão de vapor do líquido. Ela representa o equilíbrio
entre as fases líquida e gasosa. O ponto nessa curva onde a pressão de vapor equivale a 1 atm é o ponto
de ebulição normal da substância. A curva de pressão de vapor termina no ponto crítico (B), que equivale
à temperatura e à pressão críticas da substância. Para frente do ponto crítico, as fases gasosa e líquida
se tornam indistinguíveis.
2. A linha AC representa a variação na pressão de vapor do sólido à medida que este se purifica
em diferentes temperaturas.
3. A linha que vai de A a D representa a mudança no ponto de fusão do
sólido com aumento de temperatura. Em geral, essa linha declina lentamente para a direita
conforme a pressão aumenta. Isso porque, para a maioria das substâncias, o sólido é mais denso que o
líquido. Um aumento na pressão geralmente favorece a fase sólida mais compacta; assim, temperaturas
mais altas são necessárias para a fusão do sólido a pressões mais elevadas. O ponto de fusão de uma
substância é idêntico a seu ponto de congelamento. Esses dois pontos diferem somente na direção. O
ponto de fusão em 1 atm é o ponto de fusão normal.
O ponto A, onde as três curvas se encontram, é conhecido como ponto triplo. As três fases estão
em equilíbrio nessa temperatura e pressão. Qualquer outro ponto nessas três curvas representa um
equilíbrio entre duas fases. E qualquer outro ponto no diagrama que não encontre uma linha corresponde
a condições sob as quais uma única fase está presente. A fase gasosa, por exemplo, é estável a baixas
pressões e elevadas temperaturas, ao passo que a fase sólida é estável a baixas temperaturas e elevadas
pressões. Já a fase líquida á estável na região situada entre as fases sólida e gasosa.
(Gelo Seco) é um composto refrigerante útil. Entretanto, para a água (gelo) sublimar, sua pressão de
vapor deve estar abaixo de 4,59 torr. Os alimentos são congelados secos quando são colocados
congelados em uma câmara de baixa pressão (abaixo de 4,58 torr) de forma que o gelo nos alimentos
sublime.
6. Osmose (osmometria)
Quando colocamos hemáceas em água pura, percebemos, utilizando o microscópio, que as mesmas vão inchando
(turgescência), podendo chegar a arrebentar (hemólise). Isso ocorre porque a água atravessa a membrana da hemácea
penetrando na célula, mais rapidamente que os líquidos celulares conseguem sair. Por outro lado, ao colocarmos hemáceas em
água salgada, com alta concentração de sal, elas tendem a murchar (crenação). Isso ocorre porque os líquidos celulares saem
mais rapidamente do que a água consegue entrar.
Esses fenômenos são explicados pela osmometria.
Consideremos um recipiente dividido em dois compartimentos, A e B, por uma membrana semipermeável (MS).
I) Ao colocarmos solvente puro em A e solução do soluto não-volátil no mesmo solvente em B ocorre passagem do solvente
através da membrana semipermeável (MS) do compartimento A em direção ao compartimento B. Isso ocorre devido a maior
pressão de vapor do solvente puro em relação à solução do soluto não-volátil, na tentativa de igualarem-se as pressões de
vapor de ambos os lados da MS.
II) Ao colocarmos uma solução diluída em A e uma solução concentrada do mesmo soluto e do mesmo solvente em B, também
ocorre passagem do solvente através da membrana semipermeável do compartimento A em direção ao compartimento B,
devido à maior pressão de vapor da solução diluída em relação à solução concentrada.
A passagem de solvente através de membranas semipermeáveis é chamada de osmose, palavra que vem do grego
osmos e significa impulso.
Observe as definições:
Membrana semipermeável é a membrana que permite apenas a passagem do solvente, ou seja, impede a passagem
do soluto.
É possível impedir a osmose, ou seja, impedir a passagem do solvente através da membrana semi-permeável, aplicando-
se uma pressão externa conveniente sobre a solução no sentido inverso ao da osmose, e de intensidade mínima igual à pressão
que o solvente faz atravessar a membrana semipermeável.
A essa pressão mínima, capaz de impedir a osmose damos o nome de pressão osmótica (p).
Pressão Osmótica de uma solução é a pressão mínima que deve ser aplicada sobre ela para impedir a passagem do
solvente puro para a solução, quando ambos estiverem separados por uma membrana semipermeável.
Se a pressão externa exercida for maior que a pressão osmótica da solução, o fenômeno normal se inverterá, ou seja, o
solvente passará da solução para o lado do solvente puro. Esse fenômeno é
Primeira lei da osmometria: em temperatura constante, a pressão osmótica é diretamente proporcional a molaridade da
solução.
Matematicamente:
n1
= K M ou = K
V
Segunda lei da osmometria: em molaridade constante, a pressão osmótica é diretamente proporcional a temperatura
da solução.
Matematicamente:
= KT
Experiências posteriores levaram a concluir que a equação fundamental da osmometria é idêntica à equação dos gases
perfeitos:
m1
V = n1 R T ou V = R T
M1
n1
ou = R T ou = M R T
V
Onde:
= pressão osmótica da solução (atm)
atm L
R = 0,082
K mol
Ex.: Consideremos 100 moléculas de H2SO4 com grau de ionização a = 61% ou a = 0,61 a 18ºC.
* 61 moléculas se ionizam
+
originando 122 íons H 3 O e
2-
100 moléculas de H2SO4 61 íons SO 4
* 39 moléculas de H 2 SO 4
permanecem na forma
não - ionizada.
Total de partículas:
( ) ( )
122H3O + + 61SO24− + (39H2SO 4 ) = 222 partículas
Assim concluímos que a ionização ou dissociação do soluto aumenta o número de partículas na solução, aumentando
assim o efeito coligativo. Ou seja, uma solução iônica sempre tem efeitos coligativos mais intensos que uma solução molecular
de mesma molaridade.
Observe a comparação:
No exemplo anterior concluimos que as propriedades coligativas da solução iônica correspondem numericamente ao
dobro do valor da solução covalente, já que as propriedades coligativas dependem apenas do número de partículas de soluto, e
não da sua natureza.
P2 P
iônica = 2 2 molecular (tonoscopia)
P2 P2
Assim Van’t Hoff propôs a criação de um fator de correção (i), que passou a ser chamado de fator de Van’t Hoff.
O fator de Van’t Hoff (i) é o número que mostra quantas vezes o efeito coligativo iônico é maior que o efeito coligativo
molecular para soluções de mesma molaridade.
Concluímos assim que o fator de Van’t Hoff traduz, também, o aumento do número de partículas causado pela
dissociação:
i=2
P
= Kt W i (tonometria)
P0
t E = K E W i (ebuliometria)
t C = K C W i (criometria)
V = n1 R T i ou = M R T i (osmometria)
Van’t Hoff demonstrou que o fator de correção i podia ser calculado pela relação:
i = 1 + (q − 1)
Onde:
= grau de ionização ou dissociação do composto;
q = número total de íons liberados na ionização de 1 molécula ou na dissociação de 1 agregado iônico do composto;
i = 1 + 0 . (q – 1) i = 1
i = 1 + 1 . (q – 1) i = 1 + q – 1 i = q
Portanto: 0 i q
Observação :
Sempre uma solução vai sendo diluída, o valor de tende a 100% ( = 1) e consequentemente o valor de i tende a se
igualar ao valor de q.
A solução aquosa de ácido acético descrita anteriormente congela a –1,90 °C, que é um valor apenas um
pouco mais baixo o esperado (–1,86 °C), caso não ocorresse ionização. E claro, então, que ocorreu
alguma ionização, mas não muita. Podemos estimar a ionização percentual utilizando o procedimento a
seguir.
Primeiramente usamos os dados para calcular a molalidade aparente da solução, ou seja, a molalidade
de todas as substâncias dissolvidas, HC2H3O2 + C2H3O2– + H+. Usaremos novamente a Equação 12.4
( Tf = K f m) , mas agora m representará a molalidade aparente; Kf vale 1,86 °C/m.
Tf 1,90C
Molaridade aparente = =
Kf 1,86Cm−1
= 1,02 m
Se há 1,02 mol de todos os solutos em 1 kg de solvente, ficamos com 0,02 mol de solutos a mais do que
no início, pois começamos com 100 mol de ácido acético. Como obtivemos exatamente uma molécula
extra para cada molécula de ácido acético, que é ionizada, os 0,02 mol adicionais devem ter se originado
da ionização de 0,02 mol de ácido acético. Assim, a ionização percentual é
Em outras palavras, estimamos por este procedimento a ionização percentual em ácido acético 1,00 m
em 2%. (Outros tipos de medida são mais precisos e, na realidade, a ionização percentual do ácido
acético nesta concentração é menor que 1%.)
Por causa da associação, o abaixamento do ponto de congelamento de uma solução 1,00 m de ácido
benzóico em benzeno é apenas a metade do valor calculado. A formação do dímero faz com que o ácido
benzóico passe a ter uma massa molecular efetiva que é o dobro da normal. Esta massa molecular efetiva
maior reduz a concentração molal pela metade, o mesmo acontecendo com o efeito sobre o abaixamento
do ponto de congelamento.
Quantidade
Volume Temperatura
de
de de
Soluto matéria de
água ebulição
soluto
(L) (°C)
(mol)
1 - - 100,00
1 NaC 0,5 100,50
1 NaC 1,0 101,00 a) Defina, em função da pressão de vapor, a temperatura de
1 sacarose 0,5 100,25
ebulição.
1 CaC 2 0,5 100,75
b) Desenhe um gráfico, apresentando o perfil da pressão de
vapor em função da massa molar para esses hidretos.
Dois novos experimentos foram realizados,
adicionando-se 1,0 mol de Na2SO4 a 1 L de água
(experimento A) e 1,0 mol de glicose a 0,5 L de água
04. (Fuvest) A porcentagem em massa de sais no
(experimento B). Considere que os resultados desses
sangue é de aproximadamente 0,9%. Em um
novos experimentos tenham sido consistentes com os
experimento, alguns glóbulos vermelhos de uma
experimentos descritos na tabela. Assim sendo, as
amostra de sangue foram coletados e separados em
temperaturas de ebulição da água, em °C, nas
três grupos. Foram preparadas três soluções,
soluções dos experimentos A e B, foram,
identificadas por X, Y e Z, cada qual com uma diferente
respectivamente, de
concentração salina. A cada uma dessas soluções foi
a) 100,25 e 100,25.
adicionado um grupo de glóbulos vermelhos. Para
b) 100,75 e 100,25.
cada solução, acompanhou-se, ao longo do tempo, o
c) 100,75 e 100,50.
volume de um glóbulo vermelho, como mostra o
d) 101,50 e 101,00.
gráfico.
e) 101,50 e 100,50.
esquemática, curvas de pressão de vapor em função da a) O ponto de congelação da solução IV é o mais baixo de
temperatura de três líquidos puros - água, etanol, éter todas as soluções dadas.
dietílico - e de uma solução aquosa de uréia. b) O ponto de ebulição da solução I é o mais baixo de todas
as soluções dadas.
c) A pressão de vapor da solução II é mais alta que a
pressão de vapor da solução I.
d) A solução III tem ponto de ebulição mais baixo do que o
ponto de ebulição da solução IV.
Utilizando os números das curvas respectivas: Após a análise do gráfico, responda aos itens a seguir.
a) Indicar quais curvas correspondem aos líquidos puros.
a) se A e B forem compostos diferentes, explique qual
Indicar entre os dois qual é o líquido mais volátil e justificar. deles é mais volátil;
b) Indicar quais curvas correspondem às soluções. Justificar. b) se A e B forem soluções do mesmo solvente e
soluto, em diferentes concentrações, explique o que
13. (Pucmg) Analise as soluções aquosas abaixo. irá acontecer se dois compartimentos idênticos
contendo quantidade igual das duas soluções forem
separados por uma membrana semipermeável.
I. solução de glicose (C12H22O11) 0,1mo / L.
II. solução de sulfato de cobre (CuSO4 ) 0,1mo / L. 16. (Uftm) Considere duas soluções aquosas:
III. solução de cloreto de potássio (KC ) 0,2 mo / L. solução I: 500 mL de solução de cloreto de cálcio 0,1
IV. solução de nitrato de prata (AgNO3 ) 0,5 mo / L. mol · L–1
solução II: 500 mL de solução de glicose 0,2 mol · L–1
Na figura está representada a curva de pressão de
Considerando que as espécies iônicas estão 100% vapor d’água em função da temperatura.
ionizadas, assinale a afirmativa INCORRETA.
que a solução B. doce a partir de água salgada nos últimos períodos de seca
02) A solução B entra em ebulição a uma temperatura menor no Nordeste. Assumindo uma concentração de 0,6M em
do que a solução A. NaCØ para a água do mar, indique a pressão mínima a ser
04) A solução A possui maior pressão osmótica que a aplicada para que ocorra este processo a 27°C.
solução B. Dado: R = 0,082 L.atm/mol.K
08) Misturando-se as duas soluções, a concentração de íons a) 1,3 atm
Ba£® é de 0,30 mol/L. b) 2,7 atm
16) Uma solução de glicose 0,15 mol/L apresentará efeito c) 14,8 atm
coligativo superior ao da solução A. d) 29,5 atm
32) Crioscopia é a propriedade coligativa que corresponde à e) 59,0 atm
diminuição da pressão de vapor de um líquido.
29. (Ufrs ) O gráfico a seguir representa os diagramas de
26. (Ufc ) Durante o processo de produção da "carne de sol" fases da água pura e de uma solução aquosa de soluto não-
ou "carne seca", após imersão em salmoura (solução aquosa volátil.
saturada de cloreto de sódio), a carne permanece em repouso
em um lugar coberto e arejado por cerca de três dias.
Observa-se que, mesmo sem refrigeração ou adição de
qualquer conservante, a decomposição da carne é retardada.
Assinale a alternativa que relaciona corretamente o processo
responsável pela conservação da "carne de sol".
a) Formação de ligação hidrogênio entre as moléculas de
água e os íons Na® e Cl-.
b) Elevação na pressão de vapor da água contida no sangue
da carne.
c) Redução na temperatura de evaporação da água.
d) Elevação do ponto de fusão da água.
e) Desidratação da carne por osmose.
Considere as seguintes afirmações a respeito do gráfico.
27. (Ufpe ) Por que a adição de certos aditivos na água dos
radiadores de carros evita que ocorra o superaquecimento da I - As curvas tracejadas referem-se ao comportamento
mesma, e também o seu congelamento, quando comparada observado para a solução aquosa.
com a da água pura? II - Para uma dada temperatura, a pressão de vapor do líquido
a) Porque a água mais o aditivo formam uma solução que puro é maior que a da solução aquosa.
apresenta pontos de ebulição e de fusão maiores que os da III - A temperatura de congelação da solução é menor que a
água pura. do líquido puro.
b) Porque a solução formada (água + aditivo) apresenta IV - A 0,010 °C e 4,58 mmHg, o gelo, a água líquida e o
pressão de vapor maior que a água pura, o que causa um vapor de água podem coexistir.
aumento no ponto de ebulição e de fusão. V - A temperatura de congelação da solução aquosa é de 0
c) Porque o aditivo reage com a superfície metálica do °C.
radiador, que passa então a absorver energia mais
eficientemente, diminuindo, portanto, os pontos de ebulição Quais estão corretas?
e de fusão quando comparados com a água pura. a) Apenas I e II.
d) Porque o aditivo diminui a pressão de vapor da solução b) Apenas I, IV e V.
formada com relação à água pura, causando um aumento do c) Apenas II, III e V.
ponto de ebulição e uma diminuição do ponto de fusão. d) Apenas I, II, III e IV.
e) Porque o aditivo diminui a capacidade calorífica da água, e) Apenas II, III, IV e V.
causando uma diminuição do ponto de fusão e de ebulição.
30. (Pucpr) 100 mg de nitrato de cálcio foram dissolvidos
28. (Ufpi ) Osmose reversa tem sido utilizada para obter água
148 g 1L 2 = Etanol
msoluto 0,125 L 3 = Solução aquosa de uréia
msoluto = 18,5 g
Resposta da questão 12:
Vfinal = 125 + 75 = 200 mL
a) - Líquidos puros - I e III
Vfinal = 0,2 L - Mais volátil - I (possui menor temperatura de ebulição
18,5 g 0,2 L sob determinada pressão)
m'soluto 1L b) II e IV - adição de solução não volátil diminui a pressão
m'soluto = 92,5 g Concentração (câmara 2) = 92,5 g / L máxima de vapor e aumenta o ponto de ebulição.
0,15 mol 0,15 mol 0,15 mol Resposta da questão 14: [A]
0,30 mol de partículas
Devemos considerar que a intensidade de um efeito coligativo
Solução 2 de cloreto de sódio (0,20): observado numa solução depende diretamente do numero de
Em 1 litro de solução : partículas dispersas. Assim, vamos calcular esse número para
NaC → Na + + C −
todas as soluções.
0,20 mol 0,20 mol 0,20 mol Solução A: A glicose não sofre dissociação ou ionização. Assim,
0,40 mol de partículas
na solução há 0,6 mol/L de partículas dispersas.
Solução B: O ácido nítrico é um eletrólito forte, que consideraremos
100% ionizado.
Conclusão: A pressão de vapor é maior na solução 1, pois
apresenta menor número de partículas, consequentemente o HNO 3 (aq) → H+ (aq) + NO 3− (aq)
solvente vai migrar da célula humana para a solução salina (0,20 0,1mol/L 0,1 mol/L
.
Resposta da questão 17:
a) 1,6 L
b) As células do sangue tem maior pressão osmótica, por isso
receberão água da solução injetada. a células inchará devido
a entrada de solvente.
A solução I tem 500 mL de volume e concentração de 0,1 mol.L–1. Os líquidos B e D não irão sofrer abaixamento na sua pressão de
1000 mL (solução) 0,1 mol (CaC 2 ) vapor, pois o volume não influencia na pressão de vapor. Assim
500 mL (solução) nCaC 2 teremos:
PD = PB PC PA
nCaC 2 = 0,05 mol
mCaC 2 = 0,05 111 = 5,55 g Resposta da questão 20: [A]
b) Teremos: Assumindo que os dois compostos têm 100% de solubilidade em
Solução I (500 mL de solução de cloreto de cálcio 0,1 mol.L–1) água, o KC pode produzir a mesma diminuição de temperatura
CaC 2 → Ca2 + + 2C − que o NaC , pois apresenta o mesmo número de mols de
0,10 mol / L 0,10 mol / L 0,20 mol / L partículas (dissolução iônica) e consequentemente o mesmo efeito
0,30 mol/L de partículas crioscópico.
Solução II (500 mL de solução de glicose 0,2 mol.L–1) NaC → Na + + C −
tonoscopico ou tonoscopia, porém neste caso ocorre Resposta da questão 26: [E]
um fenômeno análogo a osmose. Desta forma a Resposta da questão 27: [D]
melhor resposta seria tonoscopia e o aluno poderia Resposta da questão 28: [D]
fazer referência que ocorre um fenômeno análogo a Resposta da questão 29: [D]
osmose.
Resposta da questão 30: [D]
isso se deve a uma diferença da pressão de vapor, é = M R T i
um fenômeno de tonoscopia. É semelhante a osmose, M = concentração molar
mas não existe uma membrana semipermeável, por m 100 10−3
isso é tonoscopia! M = = = 1,22 10−2 mol / L
MM V 164 50 10−3
= 1,22 10−2 0,082 (273 + 50) 3
a passagem de solvente do copo com água, para o
copo que contém água com sal ocorre devido a = 0,969 atm
diferença na pressão de vapor. Observe a figura que
consta na nossa apostila. leia a explicação da figura. Resposta da questão 31: [E]
Quanto maior o número de partículas presente na solução, maior
Resposta da questão 23: [C] sua temperatura de ebulição, ou efeito coligativo.
Resposta da questão 24: [E]
Quanto maior o número de partículas na solição, maior Resposta da questão 32:
será a pressão osmótica () dessa solução. a) A pressão osmótica é maior quando o número de partículas na
Assim temos: solução é maior.
Solução 01: Número de partículas na solução de glicose em um litro: 0,30 mol.
HCl(aq) → H+(aq) + Cl−(aq) Número de partículas na solução de NaC em um litro: 0,30
0,01 mol/L 0,01mol/L 0,01 mol/L mol.
Total de íons na solução: 0,02 mol/L Número de partículas na solução de K2Cr2O7 em um litro: 0,30 mol.
Solução 02: Como o número de partículas é o mesmo a pressão osmótica
Considerando que o ácido fraco se ioniza 5%, teremos que a dessas soluções é igual.
quantidade de ácido que se ionizou foi: 5% de 0,01 mol/L que b) Sim. Porque a pressão de vapor dessas soluções é menor do
corresponde a 0,01 mol/L x 5.10-2 = 5.10-4 mol/L que a da água pura.
H3 CCOOH(aq) ⎯⎯⎯ → H(aq)
⎯
+
+ −
H3CCOO (aq)
Resposta da questão 33:
0,01mol / L 0 0 (início) a)
5,0.10−4 mol / L 5,0.10−4 mol / L 5,0.10 −4 mol / L (reage e forma) Solução 01:
0,01mol / L 5,0.10−4 mol / L 5,0.10−4 mol / L (equilíbrio) MgSO4(aq) → Mg2+(aq) + SO24−(aq)
0,2 mol/L 0,2mol/L 0,2mol/L
No equilíbrio a molaridade tota de partículas na
solução é igual a: 0,01 mol/L + 5.10-4 mol/L + 5.10-4 mol/L ≈ Total de íons = 0,2 mol/L + 0,2 mol/L = 0,4 mol/L.
0,01mol/L Solução 02:
Este conteúdo aqui utilizado será estudado no módulo de equilíbrio K 2SO4(aq) → 2K +(aq) + SO24−(aq)
químico. 0,1 mol/L 0,2mol/L 0,1mol/L
Solução 03: Total de íons = 0,2 mol/L + 0,1 mol/L = 0,3 mol/L
C12H22 O11(s) → C12H22 O11(aq) Solução 03:
0,01 mol/L Al2 (SO4 )3(aq) → 2Al3+(aq) + 3SO24−(aq)
Solução 04: 0,1 mol/L 0,2mol/L 0,3mol/L
MgCl2(aq) → Mg2+(aq) + 2Cl−(aq) Total de íons = 0,2 mol/L + 0,3 mol/L = 0,5 mol/L
0,01 mol/L 0,01mol/L 0,02mol/L
Solução 04:
Total de íons na solução:0,01 mol/L + 0,02 mol/L = 0,03 mol/L ZnSO4(aq) → Zn2+(aq) + SO24−(aq)
Quanto maior a concentração em mol/L de partículas na solução, 0,1 mol/L 0,1mol/L 0,1mol/L
maior será a pressão osmótica da solução. Total de íons = 0,1 mol/L + 0,1 mol/L = 0,2 mol/L.
Assim temos a seguinte ordem de pressão osmótica para as Quanto maior a concentração em mol/L de partículas na solução,
soluções: maior será a pressão osmótica da solução.
3<2<1<4 Assim temos a seguinte ordem de pressão osmótica para as
Resposta da questão 25: 07 soluções: IV < II < I < III
MÓDULO 05 - TERMOQUIMICA
1. Natureza da Energia e Tipos de Energia
"Energia" é um termo muito usado, que representa um conceito abstrato. Por exemplo, quando nos
sentimos cansados, podemos dizer que não temos energia; por outro lado, ouvimos falar da necessidade
de encontrarem alternativas para os recursos energéticos não renováveis. Ao contrário da matéria, a
energia é reconhecida por seus efeitos, e não podemos vê-Ia, tocá-la, cheirá-la ou pesá-la.
A energia normalmente é definida como a capacidade de realizar trabalho. Definimos trabalho como
"força X distância", entretanto, veremos, em breve, que há outros tipos de trabalho. Todas as formas de
energia são capazes de gerar trabalho (isto é, de exercer uma força ao longo de uma distância), mas nem
todas são igualmente relevantes para a química. A energia das marés, por exemplo, pode ser controlada
para produzir trabalho útil, porém, a relação entre as marés e a química é pequena. Os químicos definem
trabalho corro a variação de energia diretamente resultante de um processo. A energia cinética - energia
produzida por um objeto em movimento - é uma forma de energia com interesse especial para os
químicos. Outras formas são energia radiante, energia térmica, energia química e energia potencial.
A energia radiante, ou energia solar, provém do Sol e é a fonte de energia primária da Terra. A
energia solar aquece a atmosfera e a superfície da Terra. estimula o crescimento da vegetação pelo
processo conhecido como fotossíntese e influencia os padrões climáticos globais.
Energia térmica é a energia associada ao provimento randômico dos átomos e das moléculas. Em
geral, pode ser calculada a partir de medidas de temperatura. Quanto mais intenso for o movimento dos
átomos e das moléculas em uma amostra de matéria mais quente essa se tornará e maior será sua
energia térmica. Contudo, precisamos fazer uma distinção cuidadosa entre energia térmica e temperatura.
Uma xícara de café a 70°C está a uma temperatura mais elevada que uma banheira cheia de água quente
a X10°C, mas há muito mais energia térmica armazenada na água da banheira porque o seu volume e a
sua massa são muito maiores que os do café, e, consequentemente, se há mais moléculas de água,
maior é o movimento molecular.
Energia química é uma forma de energia ar-mazenzada dentro das unidades estruturais das
substâncias químicas; sua quantidade é determinada pelo tipo e arranjo dos átomos na substância
considerada. Quando as substâncias participam de reações químicas, a energia química é liberada,
armazenada ou convertida em outras formas de energia.
Energia potencial é a energia disponível couro consequência da posição de um objeto. Por
exemplo, por causa da sua altitude, uma rocha no alto de um penhasco tem maior energia potencial e
deve provocar maior impacto ao cair dentro da água do que uma rocha semelhante colocada no meio do
penhasco. A energia química pode ser considerada uma forma de energia potencial porque está
associada às posições relativas e aos arranjos dos átomos que compõem uma dada substância.
Todas as formas de energia podem ser interconvertidas (pelo menos, em princípio). Sentimo-nos
quentes quando estamos expostos ao Sol, pois a energia solar radiante se transforma em energia térmica
na nossa pele. Quando praticamos exercício físico, a energia química armazenada nos nossos corpos é
usada para produzir energia cinética. Quando uma bola começa a rolar ladeira abaixo, a sua energia
potencial é convertida em energia cinética. É possível, sem dúvida. dar muitos outros exemplos. Embora
a energia possa assumir formas diferentes e interconvertíves, os cientistas chegaram à conclusão de que
ela não pode ser destruída nem criada. Quando uma forma de energia desaparece, outra (de igual
grandeza) deve aparecer, e vice-versa. Esse princípio é conhecido como a lei da conservação da energia:
a quantidade total de energia no universo é sempre constante.
À medida que a água passa pela barragem.
As variações de energia que ocorrem durante as reações químicas frequentemente, apresentam tanto
interesse prático quanto as relações de massa discutidas no Capítulo 3. Por exemplo, na vida cotidiana,
a importância da realização de reações de combustão a partir do gás natural e do petróleo deve-se em
maior parte à liberação de energia térmica do que à formação dos produtos água e dióxido de carbono.
Quase todas as reações químicas absorvem ou produzem (liberam) energia, geralmente na forma
de calor. É importante compreender a distinção entre energia térmica e calor. Calor é a transferência de
energia térmica entre dois corpos que estão a temperaturas diferentes. Falamos muitas vezes em "fluxo
de calor" de um objeto quente para um objeto frio. Embora o termo "calor" implique transferência de
energia, costumamos falar em "calor absorvido" ou "calor liberado" quando descrevemos variações de
energia que ocorrem em um processo. A área de estudo das variações de calor que ocorrera nas reações
químicas chama-se termo química.
Para analisarmos as variações de energia associadas às reações químicas, temos primeiro de
definir o sistema, ou seja, a parte específica do universo que nos interessa. Para os químicos, um sistema
geralmente inclui substâncias envolvidas em transformações químicas e físicas. Por exemplo. em um
experimento de neutralização ácidobase, o sistema pode ser um béquer contendo 50 mL de HCl ao qual
se adicionaram 50 mL de NaOH. O restante do universo fora do sistema designa-se vizinhança.
Há três tipos de sistemas. Um sistema aberto pode trocar massa e energia, geralmente na forma de
calor, com a vizinhança. Por exemplo, um sistema aberto pode consistir em certa quantidade de água
dentro de um recipiente aberto, como mostrado na Figura 1(a). Se fecharmos o frasco, como na Figura
1(b), de modo que o vapor d'água não possa escapar do recipiente nem condensar-se dentro dele,
criamos um sistema fechado que permite transferência de energia (calor), mas não de massa. Se colocar-
mos água em um recipiente totalmente isolado, construímos um sistema isolado que não permite
transferência de massa nem de energia, como mostrado na Figura 1(c).
A combustão do gás hidrogênio em oxigênio é uma das muitas reações químicas que liberam
quantidades consideráveis de energia:
Nesse caso, a mistura reacional (moléculas de hidrogênio; oxigênio e água) é chamada de sistema
e o restante do universo, de vizinhança. Uma vez que a energia não pode ser criada nem destruída,
qualquer energia perdida pelo sistema deve ser adquirida pela vizinhança. Então, o calor produzido no
processo de combustão é transferido do sistema para a vizinhança. Essa reação é um exemplo de
processo exotérmico, que é qualquer processo que libera calor, isto é, transfere energia térmica para o
meio exterior.
Considere, agora, outra reação, a decomposição do óxido de mercúrio(II) (HgO) em temperaturas
elevadas:
Três sistemas constituídos por água dentro de um frasco: (a) um sistema aberto que permite
transferência de massa e de energia com a vizinhança; (b) um sistema fechado que permite
transferência de energia, mas não de massa; e (c) um sistema isolado que não permite transferência de
massa nem de energia (aqui o frasco está envolvido por uma câmara de vácuo).
O desastre do Hindenburg. O Hindenburg, um dirigível alemão preenchido com hidrogênio, foi destruído
por um incêndio de grandes proporções em Lakehurst, Nova Jersey, em 1937.
Essa reação é um exemplo de processo endotérmico, no qual calor tem de ser fornecido ao sistema (isto
é, ao HgO) pela sua vizinhança.
Nas reações exotérmicas, a energia total dos produtos é menor do que a energia total dos reagentes.
Essa diferença corresponde ao calor fornecido pelo sistema à vizinhança. Acontece exatamente o
contrário para as reações endotérmicas. Nesse caso, a diferença de energia entre os produtos e os
reagentes é igual ao calor fornecido ao sistema pela vizinhança.
• Endotérmico: absorve calor da vizinhança.
• Exotérmico: transfere calor para a vizinhança.
3. Entalpia de Reações
A maior parte das reações consiste em processos que ocorrem a pressão constante; nesses casos,
podemos igualar a troca de calor à variação da entalpia. Para qualquer reação do tipo
reagentes → produtos
A entalpia de reação pode ser positiva ou negativa, dependendo do processo. Para um processo
endotérmico (em que ocorre absorção de calor peló sistema a partir da vizinhança), H é positivo (isto
é, H > 0). Para um processo exotérmico (em que ocorre liberação de calor pelo sistema para a
vizinhança), H é negativo (isto é, H < 0).
Por analogia, a variação da entalpia pode ser analisada da mesma forma que a variação de saldo
no extrato de uma conta bancária. Suponha que o saldo inicial seja R$ 100. Depois de uma transação
(depósito ou saque), a variação do saldo bancário, AX, é dada por
X = Xfinal – Xinicial
A 0°C e à pressão de 1 atm, o gelo se funde, gerando água no estado líquido. Medidas experimentais,
mostram que, nessas condições, para cada mol de gelo convertido em água líquida, o sistema (gelo)
absorve 6,01 quilojoules (kJ) de energia térmica. Sendo a pressão constante, o calor transferido é igual à
variação de entalpia, H. Além disso, trata-se de um processo endotérmico, conforme é esperado para
uma transformação que envolve absorção de energia como é a fusão do gelo [Figura 5(a)].
Consequentemente, o valor de H tem sinal positivo. A equação para essa transformação física é
O aparecimento de "por mol" na unidade de H significa que se trata de uma variação de entalpia por
mol de reação (ou de processo), tal conto está escrito, isto é, para a conversão de 1 mol de gelo em 1
mol de água no estado líquido.
Um outro exemplo é a combustão do metano (CH4), o componente principal do gás natural:
De acordo com nossa experiência sabemos que a combustão do gás natural libera calor para a
vizinhança, sendo assim é um processo exotérmico. Sob pressão constante esse calor transferido é igual
à variação de entalpia e H deve ter sinal negativo [(Figura 5(b)]. Mais uma vez, a unidade "por mol" de
reação para H significa que quando 1 mol de CH4 reage com 2 mol de O2 para gerar 1 mol de CO2, e 2
mol de H2O líquida, são liberados 890,4 kJ de calor para a vizinhança.
As equações para a fusão do gelo e para a combustão do metano são exemplos de equações
terrnoquímnicas, que mostram as variações da entalpia assim como as
Figura 5 - (a) A fusão de 1 mol de gelo a 0°C (processo endotérmico) resulta em um aumento de 6,01 kJ
na entalpia do sistema. (b) A combustão de 1 mol de metano em oxigênio gasoso (processo exotérmico)
resulta em uma diminuição de 890,4 kJ na entalpia do sistema.
relações de massa. É essencial apresentar uma equação já balanceada ao citara variação da entalpia de
uma reação. Os pontos que se seguem são úteis para escrever e interpretar equações termoquímicas:
a variação da entalpia será igual a -802,4 kJ em vez de -890,4 kJ, pois são necessários 88.0 kJ para
converter 2 mols de água líquida em vapor d'água, isto é,
EXEMPLO 1
Dada a equação termoquímica
1
SO2(g) + O2(g) → SO3(g) H = -99,1 kJ/mol
2
calcule o calor liberado quando 74,6 g de SO2 (massa molar = 64,07 g/mol) se convertem em SO3.
Estratégia A equação termoquímica mostra que para cada mol de SO2 queimado são liberados 99,1 kJ
de calor (observe o sinal negativo). Por conseguinte, o fator de conversão é
−99,1kJ
1molSO2
Quantos mols de SO2 existem em 74,6 g de SO2? Qual é o fator de conversão entre gramas e mols?
Solução
Precisamos calcular, em primeiro lugar, o número de mols de SO2 contidos em 74,6 g do composto e
determinar, então, quantos quilojoules são produzidos pela reação exotérmica. A sequência de
conversões é a seguinte:
1molSO2 −99,1kJ
74,6g SO2 x x = −115kJ
64,07 gSO2 1molSO2
Verificação Uma vez que 74,6 g é maior que a massa molar do SO2, espera-se que o calor liberado seja
maior que -99,1 kJ. O sinal negativo indica que essa reação é exotérmica.
Reagentes ⎯libera
⎯ ⎯calor
⎯→ produtos + calor
Hr (maior) Hp (menor)
H = Hp – Hr
Hp < Hr
H < 0
1
Ex.: H2(g) + O2(g) → H2O(l) H = – 68,3Kcal
2
1
H2(g) + O2(g) → H2O(l) + 68,3 Kcal
2
1
H2(g) + O2(g) – 68,3 Kcal → H2O(l)
2
1
Ex.: H2(g) + O2(g) → H2O(l) H = – 68,3 Kcal/mol
2
H = Hp – Hr
Hp < Hr
H < 0
Reação exotérmica.
absorv e calor
Reagentes ⎯⎯ ⎯ ⎯ ⎯
⎯→ produtos – calor
Hr (menor) Hp(maior)
H = Hp – Hr
Hp > Hr
H > 0
1
Ex.: H2O(l) → H2(g) + O2(g) H = + 68,3 Kcal/mol
2
H = Hp = Hr
Hp > Hr
H > O
Reação endotérmica
Conclusão:
Se a equação for multiplicado ou dividido por um número, o mesmo acontecerá com a quantidade
de calor.
Ex. 2:
1Fe2O3(s) + 3H2(g) → 2Fe(s) + 3H2O(l) H = – 35,1 Kcal (25ºC)
1Fe2O3(s) + 3H2(g) → 2Fe(s) + 3H2O(l) H = – 29,7 KJ (85ºC)
• Se existe mais de um estado para uma substância sob condições padrão, o estado mais estável é
utilizado.
• A entalpia padrão de formação da forma mais estável de um elemento é zero.
• H2(g) H=0 C(grafite) H=0 O2(g) H=0 S(rômbico) H=0
• H2(l) H≠0 C(diamante) H ≠0 O3(g) H ≠0 S(monoclínico) H ≠ 0
Exceção:
• P(branco) ; menos estável; estado-padrão; H=0
• P(vermelho); mais estável; H≠0
A Equação (9) nos diz que H também pode ser calculado se soubermos os valores reais das
entalpias de todos os reagentes e produtos. Porém, como já foi dito, não existe maneira de medir o valor
absoluto da entalpia de uma substância, apenas valores relativos a uma referência arbitrária podem ser
determinados. Esse problema é semelhante ao que os geógrafos encontram quando querem especificar
as altitudes de determinados vales ou montanhas. Em vez de tentarem inventar uma escala "absoluta"
de altitude (baseada talvez na distância a partir do centro da Terra?), eles entraram em acordo para que
todas as alturas e profundidades geográficas sejam expressas em relação ao nível do mar, uma referência
arbitrária cuja altitude é definida como "zero' metro. Do mesmo modo, os químicos concordaram em
admitir um ponto de referência arbitrário para a entalpia.
O ponto de referência equivalente ao "nível do mar" para as expressões de entalpia chama-se
entalpia padrão deformação ( Hf ). Diz-se que as substâncias estão no estado-padrão a 1 atm, e daí se
o
origina o termo "entalpia-padrão. O sobrescrito indica que a medida foi feita nas condições-padrão (1
atm), e o subscrito 'f' significa formação. Por convenção, a entalpia-padrão de foração de qualquer
elemento na sua fornia mais estável é zero. Considere o elemento oxigênio, por exemplo. O oxigênio
molecular (O2) é mais estável do que sua correspondente forma alotrópica, o ozônio (O3), a 1 atm e 25°C.
Dessa forma, podemos escrever Hof (O2) = 0, mas Hof (O3) 0. De um modo semelhante, considerando
as formas alotrópicas do carbono, temos que a grafite é mais estável que o diamante, a 1 atm e 25°C, e
desse modo Hof (C, grafite) = 0 e Hof (C, diamante) 0. Com base nessa descrição para os elementos,
podemos agora definir a entalpia-padrão de formação de um composto como a transferência de calor que
ocorre quando 1 rnol do composto é formado a partir de seus elementos à pressão de 1 atm. A Tabela
6.4 apresenta uma lista das entalpias -padrão de formação para vários elementos e compostos. Observe
que embora não haja especificação de temperatura para o estadopadrão, usaremos sempre valores de
Hof medidos a 25°C em nossas discussões, uma vez que a maioria do dados da termodinâmica é
coletada a essa temperatura.
• Exemplos:
• 2C(grafite) + 3H2(g) + ½ O2(g) → C2H5OH(l) Hf°+ -277,7 kj
• ½ H2(g) + ½ N2(g) + 3/2 O2(g) → HNO3(l) Hf°+ -173,2 kj
• ½ H2(g) + ½ O2(g) → H2O(l) Hf°+ -285,9 kj
A importância das entalpias-padrão de formação é que, uma vez conhecidos os seus valores,
podemos prontamente calcular a entalpia-padrão de reação, Hreac , definida como a entalpia de uma
o
aA + bB → cC + dD
em que a, b. c e d são os coeficientes estequiométricos. Para essa reação, Hreac é dado por
o
Hreac
o
= cHof ( C ) + dHof (D ) − aHof ( A ) + bHof (B ) (17)
Hreac
o
= nHof ( produtos ) − nHof (reagentes ) (18)
compostos que participam na reação forem conhecidos. Existem dois métodos que podem ser aplicados
para determinar esses valores: o método direto e o método indireto.
dos seus elementos. Suponha que queiramos saber qual é a entalpia de formação do dióxido de carbono.
Devemos medir a entalpia da reação que ocorre entre o carbono (grafite) e o oxigênio molecular, nos
seus estados-padrão, produzindo dióxido de carbono. também no estado-padrão:
Conforme sabemos, experimentalmente, essa reação se completa. Assim, com base na Equação (6.17),
podemos escrever
= -393,5 kJ/mol
Como tanto a grafite como o 02 são formas alotrópicas elementares estáveis, Hf (C, grafite) e Hf (O2,g)
o o
ou
Hof (CO2, g) = -393,5 kJ/mol
Note que o fato de considerarmos o valor arbitrário zero para o âHf de cada elemento na sua forma mais
estável, no estado-padrão, não afeta de modo algum os nossos cálculos. Lembre-se de que em
termoquímica estamos interessados apenas nas variações de entalpia já que esses valores podem ser
determinados experimentalmente, ao contrário dos valores absolutos da entalpia. A escolha do zero como
"nível de referência" do valor de entalpia facilita os cálculos. Referindo-nos novamente à analogia com a
altitude terrestre, verificamos que a altitude do Monte Evereste é 2.654 m maior do que a do Monte
McKinley. Essa diferença não é afetada pela decisão de fixar o nível do mar a 0 m ou a 300 m.
Outros compostos que podem ser estudados pelo método direto são SF6, P4O10 e CS2. As equações
que representam as suas obtenções são
Observe que S(ortorrômbico) e P(branco) são as formas alotrópicas mais estáveis, respectivamente, dos
elementos enxofre e fósforo, a 1 atm e 25°C e, portanto, os correspondentes valores de Hf são iguais
o
a zero.
uma aproximação indireta baseada na lei de Hess do somatório de calores, ou simplesmente lei de Hess,
instituída pelo químico suíço Germain Hess. A lei de Hess pode ser enunciada do seguinte modo: quando
os reagentes são convertidos em produtos, a variação de entalpia é a mesma quer a reação se dê em
uma única etapa ou em uma série de etapas. Em outras palavras, se conseguirmos quebrar a reação de
interesse em uma série de reações cujos valores de Hreac possam ser medidos, poderemos calcular o
o
valor de Hreac para a reação global. A lei de Hess baseia-se no fato de H ser uma função do estado, e
o
assim, H depende apenas dos estados inicial e final (isto é, apenas da natureza dos reagentes e dos
produtos). A variação da entalpia será a mesma quer a reação total ocorra em uma única etapa ou em
muitas etapas.
Figura 9
A variação de entalpia para a formação de 1 mol de CO2 a partir de grafite e 0, pode ser quebrada em
duas etapas de acordo com a lei de Hess.
A seguir temos uma analogia para a lei de Hess. Suponha que subamos de elevado] do primeiro ao
sexto andar de um edifício. O ganho na nossa energia potencial gravitacional (que corresponde à variação
de entalpia para o processo global) é o mesmo se fore mos diretamente para o sexto andar ou se pararmos
em cada andar durante o nosso percurso de subida (subdividindo o percurso em uma série de etapas).
Suponha que estejamos interessados na entalpia-padrão de formação do monóxidc de carbono
(CO). Podemos representar a reação como
1
C(grafite) + O2(g) → CO(g)
2
No entanto, a queima da grafite também produz dióxido de carbono (CO2) e por issc não podemos medir
diretamente a variação de entalpia para o CO com base na reaçãc acima. Em vez disso, podemos
empregar uma rota indireta baseada na lei de Hess. E possível realizar separadamente, duas reações
completas,
(a) C(grafite) + O2(g) → CO2(g) Hreac = -393,5 kJ/mol
o
1
O2(g) → CO2(g) Hreac = -283,0 kJ/mol
o
(b) CO(g) +
2
Primeiro, invertemos a equação (b) para obter
1
(c) CO2(g) → CO(g) + O2(g) Hreac = +283,0 kJ/mol
o
2
Como as equações químicas podem ser adicionadas ou subtraídas da mesma forme que equações
algébricas, podemos realizar as operações (a) + (c), obtendo
(a) C(grafite) + O2(g) → CO2(g) Hreac = -393,5 kJ/mol
o
1
(c) CO2(g) → CO(g) + O2(g) Hreac = +283,0 kJ/mol
o
2
_______________________________________________
1
O2(g) → CO(g) Hreac = -110,5 kJ/mol
o
(d) C(grafite) +
2
Portanto Hf (CO) = -110,5 kJ/mol. Retomando, vemos que a reação global é a de formação de CO 2
o
[Equação (a)], que pode ser quebrada em duas partes [Equações (d e (b)]. A Figura 9 mostra o esquema
global do nosso procedimento.
A regra geral para a aplicação da lei de Hess é arranjar uma série de equações quími cas
(correspondendo a uma série de etapas) de tal forma que, quando somadas, todas a espécies se
cancelem com exceção dos reagentes e dos produtos que fazem parte d; reação global. Isso significa
que nos interessam os elementos à esquerda da seta e o com posto desejado à direita da seta. Muitas
vezes será necessário multiplicar algumas ou to das as equações que representam as etapas individuais,
por coeficientes apropriados.
EXEMPLO 2
Calcule a entalpia-padrão de formação do acetileno (C2H2) a partir dos seus elementos:
1
(b) H2(g) + O2(g) → H2O(g) Hreac
o
= -285,8 kJ/mol
2
(c) 2C2H2(g) + 5O2(g) → 4CO2(g) + 2H2O(l) Hreac = -2598,8 kJ/mol
o
Estratégia
O nosso objetivo nesse caso é calcular a variação de entalpia para a formação de C2H2 a partir dos seus
elementos C e H. Porém, a reação não ocorre diretamente, por isso devemos recorrer ao método indireto
usando a informação fornecida pelas Equações (a), (b) e (c).
Solução
Na síntese de C2H2 são necessários 2 mols de grafite como reagente. Assim, multiplicamos a Equação
(a) por 2 para obter
(d) 2C(grafite) + 2O2(g) → 2CO2(g) Hreac = 2(-393.5 kJ/mol)
o
= -787,0 kJ/mol
Em seguida, será necessário 1 mol de H, como reagente. que é fornecido pela Equação (b). Por último,
é preciso produzir 1 mol de C2H2. Na Equação (c) tem-se 2 mols de C2H2 como reagente, então temos de
inverter a equação e dividi-la por 2:
5 1
(e) 2CO2(g) + H2O(l) → C2H2(g) + O2(g) Hreac =
o
(2598,8 kJ/mol)
2 2
= 1299.4 kJ/mol
Portanto, o Hf = Hreac = 226,6 kJ/mol. O valor de Hf indica que quando 1 mol de C2H2 é sintetizado
o o o
a partir de 2 mols de C (grafite) e 1 mol de H2. 226.6 kJ de calor são absorvidos pelo sistema reacional a
partir da vizinhança. Consequentemente, o processo é endotérmico.
CS2(l) + 3O2(g) → CO2(g) + 2SO2(g) Hreac
o
= -1073,6 kJ/mol
EXEMPLO 3
O pentaborano-9, B5H9, é um líquido incolor e muito reativo que pode inflamar-se produzindo uma chama
ou até mesmo explodir quando exposto ao oxigênio. A reação é
Nos anos 1950, o pentaborano-9 foi considerado um combustível potencial para foguetes uma vez que
produz grande quantidade de calor por grama. Porém, a ideia foi abandonada porque o B2O3 sólido, que
se forma na combustão do B5H9, é um abrasivo, que poderia destruir rapidamente o tubo de descarga do
foguete. Calcule o calor liberado (em quilojoules) quando um grama de composto reage com o oxigênio.
A entalpia-padrão de formação do B5H9 é 73,2 kJ/mol.
Estratégia
A entalpia de uma reação é a diferença entre o somatório das entalpias dos produtos e o somatório das
entalpias dos reagentes. A entalpia de cada espécie (reagente ou produto) é dada pelo produto do
coeficiente estequiométrico pela entalpia-padrão de formação da espécie.
Solução
Usando os valores de Hf , podemos escrever
o
para converter essa razão em kJ/g B5H9. A massa molar de B5H9 é 63,12 g, então
6. Calor de Combustão
É a energia de envolvida na combustão total de 1,0 mol de um combustível.
O comburente utilizado geralmente é o gás oxigênio.
• 1C3H8(g) + 5O2(g) → 3CO2(g) + 4H2O(l) H = -2.220 kJ.mol-1
• 1C4H10(g) + 13/2O2(g) → 4CO2(g) + 5H2O(l) H = -2.874 kJ.mol-1
• 1C5H12(g) + 8 O2(g) → 5CO2(g) + 6H2O(l) H = -3.537 kJ.mol-1
• 1C2H5OH(l) + 3O2(g) → 2CO2(g) + 3H2O(l)H = - 1.368 kJ.mol-1
• 1C(grafite) + O2(g) → CO2(g) H = - 393,5 kJ.mol-1
• 1H2(g) + ½ O2(g) → H2O(l) H = -286 kJ.mol-1
7. Entalpias de Neutralização
É o calor liberado na reação de 1 mol de íons H+(aq) com 1 mol de íons OH-(aq) na formação de
1 mol de H2O(l);
8. Energia de Ligação
• Energia de ligação: é a energia necessária para romper 1 mol de ligações de uma substância na fase
gasosa, sob pressão constante.
• A quebra de uma ligação é sempre um fenômeno endotémico;
• A formação de uma ligação é sempre um fenômeno exotérmico;
Uma medida da estabilidade de uma molécula é a sua energia de ligação, definida como a variação de
entalpia necessária para quebrar uma ligação em 1 mol de moléculas no estado gasoso. (As energias de
ligações em sólidos e líquidos são influenciadas pelas moléculas vizinhas.) Por exemplo a energia de
ligação determinada experimentalmente para a molécula de hidrogênio, diatômica, é a seguinte:
Essa equação indica-nos que a quebra das ligações covalentes em 1 mol de moléculas de H2 no estado
gasoso requer a energia de 436,4 kJ/mol. Para a molécula de cloro, que é menos estável,
As energias de ligação também podem ser medidas diretamente para moléculas que contêm elementos
diferentes, tal como o HCl,
Medir as forças de ligações covalentes em moléculas poliatômicas é mais complicado. Por exemplo, as
medidas mostram que a energia necessária para quebrar a primeira ligação O–H é diferente daquela
necessária para quebrar a segunda ligação O—H na molécula de H2O:
Em cada caso, é quebrada uma ligação O – H, mas a primeira etapa é mais endotérmica do que a
segunda. A diferença entre os dois valores de H° sugere que a segunda ligação O – H sofre influência
Podemos compreender agora por que as energias das ligações O – H, em duas moléculas diferentes tais
como o metanol (CH3OH) e a água (H2O) não são iguais: os seus ambientes químicos são diferentes.
Portanto, para moléculas poliatômicas temos de considerar a energia média de ligação. Por exemplo,
podemos medir as energias de ligações O – H para de moléculas poliatômicas diferentes e obter a energia
média da ligação O – H dividindo a soma das energias de ligação por 10. A Tabela 9.2 mostra as energias
médias de ligação de várias moléculas diatômicas e poliatômicas. Como foi afirmado anteriormente, as
ligações triplas são mais fortes do que as ligações duplas, as quais, por sua vez, são mais fortes do que
as ligações simples.
Por outro lado, a formação da glicose (C6H12O6) a partir de água e dióxido de carbono, realizada de modo
eficiente pela fotossíntese, é altamente endotérmica:
Podemos explicar essas variações se considerarmos a estabilidade das moléculas de cada reagente e
de cada produto. Afinal, a maioria das reações químicas envolve a quebra e a formação de ligações.
Dessa forma, o conhecimento das energias de ligação e, portanto, da estabilidade das moléculas nos dá
alguma indicação sobre a natureza termoquímica das reações que as moléculas sofrem.
Em muitos casos, é possível prever a entalpia de reação aproximada, utilizando as energias médias de
ligação. Como toda quebra de ligação química requer energia e toda formação de ligação química é
sempre acompanhada de liberação de energia, podemos estimar a entalpia de uma reação contando o
número total de ligações quebradas e formadas na reação e registrando todas as variações de energia
correspondentes. A entalpia de reação na fase gasosa é dada por
em que EL representa a energia média de ligação e é o somatório. A Equação (9.1), tal como está escrita,
considera a convenção do sinal para ∆H°. Assim, se a energia total fornecida for maior do que a energia
total liberada, ∆H° é positivo e a reação é endotérmica. Por outro lado, se a liberação for maior do que a
absorção de energia, ∆H° é negativo e a reação é exotérmica (Figura 9.6). Se todas as moléculas, dos
reagentes e dos produtos, forem diatômicas, a Equação (9.1) fornecerá resultados precisos porque as
energias de ligação de moléculas diatômicas são conhecidas com precisão. Se algumas ou todas as
moléculas dos reagentes e produtos forem poliatômicas, a Equação (9.1) fornecerá somente resultados
aproximados, uma vez que as energias de ligação usadas nos cálculos são energias médias.
EXEMPLO 4
Calcule a variação de entalpia para a combustão do hidrogênio gasoso:
Estratégia: Observe que H2O é uma molécula poliatômica e que precisamos utilizar o valor da energia
média para a ligação O – H.
Solução: Construímos a seguinte tabela:
Esse resultado é apenas uma estimativa, pois a energia da ligação O – H é uma quantidade média.
Alternativamente, podemos utilizar a Equação (6.18) e os dados do Apêndice 2 para calcular a entalpia
de reação:
9. Calorimetria
C = ms
em que m é a massa da substância em gramas. Por exemplo, o calor específico da água é 4,184 J/g . °C
e a capacidade calorífica de 60,0 g de água é
Observe que as unidades do calor específico são J/g . °C e da capacidade calorífica, J/°C. A Tabela 2
mostra os calores específicos de algumas substâncias comuns.
Se conhecermos o calor específico e a massa de uma substância, a variação da temperatura da
amostra ( t) nos indicará a quantidade de calor (q) que foi absorvida ou liberada em determinado
processo. A equação para calcular o calor transferido é a seguinte:
q = ms t
q = C t
t = tfinal – tinicial
Os sinais de q seguem a mesma convenção utilizada para a variação de entalpia: q é positivo para
EXEMPLO 5
Uma amostra de 466 g de água é aquecida de 8,50°C a 74,60°C. Calcule a quantidade de calor (em
quilojoules) absorvida pela água.
Estratégia Sabemos qual a quantidade e qual o calor específico da água. Com essa informação e
considerando o aumento de temperatura, podemos calcular a quantidade de calor absorvida (q).
Solução
Usando a Equação (6.12), podemos escrever
q = ms t
= (466 g)(4,184 J/g . °C)(74,60°C - 8.50°C)
1kJ
= 1.29 x 105J x
1000J
= 129 kJ
Dados:
2 H2S ( g) + 3 O2 ( g ) → 2 SO2 ( s ) + 2 H2O ( )
a) Determine o valor de ÐHr. H = −1124 kJ
b) Calcule a entalpia de formação para o HƒCCØ(g). 3 S ( s ) + 2 H2O ( ) → 2 H2S ( g ) + SO2 ( g )
H = +233 kJ
05. (Ufc) A quantidade de energia liberada na queima de
combustíveis é denominada entalpia de combustão. As A seguir, são apresentadas quatro afirmativas associadas à
entalpias de combustão de algumas substâncias são dadas na contaminação do petróleo e do gás natural brutos com o H2S.
tabela I. Para comparar a eficiência da combustão de
diferentes combustíveis, são necessárias especificações de I. O tipo de processamento dado ao petróleo e ao gás natural
algumas condições. pode contribuir para a formação da chuva ácida.
II. A oxidação do H2S com agentes oxidantes, como
Substância Entalpia de combustão Densidade oxigênio, no tratamento do petróleo é um dos principais
(kj.mol-1) (g/mL) fatores que tem comprometido a existência da camada de
Hidrogênio, H2 - 286 0,07 (*) ozônio.
Metanol, - 726 0,79 III. O sulfato de cálcio (CaSO4) e/ou o sulfato de bário
CH3OH (BaSO4), presente(s) em sedimentos marinhos, serve(m)
Etanol, - 1367 0,80 2−
como fonte natural de SO4 para os mecanismos de
C2H5OH
Octano, C8H18 - 5470 0,70 geração de H2S que se misturam ao petróleo.
(*) calculada com o gás a 0°C IV. Quando 16 kg de enxofre são produzidos, de acordo com
a equação I, a variação de entalpia para a reação e a
quantidade de calor produzido no tratamento oxidativo
Identifique, dentre as substâncias relacionadas na tabela I, a
do H2S com o oxigênio são, respectivamente,
que teria a maior eficiência nas seguintes situações:
H = −530 kJ e 1,3 x 105 kJ.
a) aplicações nas quais o uso da menor massa do combustível
é o mais importante requerimento, por exemplo, nos foguetes
espaciais. Justifique. Considerando as informações contidas no texto e o
b) aplicações nas quais o uso do menor volume do conhecimento acerca das temáticas envolvidas, está
CORRETO apenas o que se afirma em
combustível é o mais importante requerimento,
a) I e II.
por exemplo, nos veículos automotores. Justifique.
b) II e III.
c) III e IV.
06. (Upe) Um dos contaminantes do petróleo e do gás d) I, III e IV.
natural brutos é o H2S. O gás sulfídrico é originário de e) II, III e IV.
processos geológicos, baseados em diversos mecanismos
físico-químicos ou microbiológicos, os quais necessitam de:
07. (Unifesp) A explosão da nitroglicerina, C3H5(NO3)3,
uma fonte de enxofre, por exemplo, íons sulfato; um
explosivo presente na dinamite, ocorre segundo a reação:
mediador, como as bactérias ou as elevadas temperaturas de
subsuperfície, e um agente catalisador cuja presença alterará
a velocidade da reação de oxi-redução da matéria-orgânica. 4C3H5 (NO3 )3 ( ) → 12CO2 ( g) + 10H2O ( g) + 6N2 ( g) + O2 ( g)
Um dos processos tecnológicos para a remoção do H2S no São fornecidas as seguintes informações:
petróleo se baseia na sua reação com o oxigênio, conforme
indicado na equação (I). –400
Entalpia de formação de CO2 gasoso
kJ.mol–1
2 H2S ( g) + O2 ( g) → 2 S ( s ) + 2 H2O ( ) (l )
Neste contexto, qual dos combustíveis, quando queimado 4. (Espcex (Aman)) Quantidades enormes de energia podem
completamente, libera mais dióxido de carbono no ser armazenadas em ligações químicas e a quantidade
ambiente pela mesma quantidade de energia produzida? empírica estimada de energia produzida numa reação pode
a) Benzeno. ser calculada a partir das energias de ligação das espécies
b) Metano. envolvidas. Talvez a ilustração mais próxima deste conceito
c) Glicose. no cotidiano seja a utilização de combustíveis em veículos
d) Octano. automotivos. No Brasil alguns veículos utilizam como
e) Etanol. combustível o Álcool Etílico Hidratado Combustível,
conhecido pela sigla AEHC (atualmente denominado
comercialmente apenas por ETANOL).
02. (Ufrn) Numa universidade do Nordeste, pesquisadores da Considerando um veículo movido a AEHC, com um
área de produtos naturais chegaram a uma importante tanque de capacidade de 40 L completamente cheio, além
descoberta: partindo da fermentação do suco de certa espécie dos dados de energia de ligação química fornecidos e
de cacto comum na caatinga, obtiveram álcool isopropílico admitindo-se rendimento energético da reação de 100%,
(CHƒCHOHCHƒ) a baixo custo. Em princípio, esse álcool
densidade do AEHC de 0,80 g / cm3 e que o AEHC é
pode ser convertido em acetona (CHƒCOCHƒ), pelo processo
composto, em massa, por 96% da substância etanol e 4%
abaixo, com rendimento de 90%, nas condições dadas.
de água, a quantidade aproximada de calor liberada pela
combustão completa do combustível deste veículo será de
d) ΔH0f = −332,2 kJ
e) ΔH0f = −1421,6 kJ TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
O fosgênio é um gás extremamente venenoso, tendo sido
usado em combates durante a Primeira Guerra Mundial
07. (Uel) No Brasil, são utilizados combustíveis obtidos de como agente químico de guerra. É assim chamado porque foi
diferentes fontes. Do petróleo são extraídos, por exemplo, o primeiro preparado pela ação da luz do sol em uma mistura
propano, constituinte do gás de botijão, e o n-octano, dos gases monóxido de carbono (CO) e cloro (C 2 ),
principal constituinte da gasolina. Da cana de açúcar é obtido conforme a equação balanceada da reação descrita a seguir:
o etanol, empregado como combustível automotor. As CO(g) + C 2(g) → COC 2(g).
equações termoquímicas de combustão, não balanceadas,
dos combustíveis propano, n-octano e etanol são
respectivamente representadas por: 9. (Espcex (Aman)) Considerando os dados termoquímicos
empíricos de energia de ligação das espécies, a entalpia da
CƒHˆ (g) + O‚ (g) ë CO‚ (g) + H‚O (Ø) reação de síntese do fosgênio é
ÐH¡ = - 2.220 kJ/mol
Dados:
CˆHˆ (g) + O‚ (g) ë CO‚ (g) + H‚O (Ø)
ÐH¡ = - 5.471 kJ/mol
Na‚SO„.10H‚O (s) + calor ë Na‚SO„ (aq) + 10H‚O (Ø) A análise dessas informações permite concluir que a(o)
__________ libera mais energia por mol de gás carbônico
produzido, sendo que o valor encontrado é de___________
Na‚SO„ (aq) + 10H‚O (Ø) ë Na‚SO„.10H‚O (s) + calor −1
kJ mo .
Os termos que completam, corretamente, as lacunas são
Assinale a alternativa correta.
a) etanol, 685.
a) A eficiência na troca de calor durante o processo será tanto
b) etanol, 1370.
maior quanto menores forem as variações de temperatura
c) gasolina, 683.
experimentadas, T‚-T (T‚ > 32,3 °C > T).
d) gasolina, 685.
b) Em temperaturas acima de 32,3 °C, as ligações químicas
H-O são quebradas liberando calor. e) gasolina, 5464.
c) O calor envolvido nas reações origina-se da quebra das
13. (Ufla) Com base no conceito de entalpia de formação (H)
ligações Na-S, S-O e da formação das ligações do sal
e dado o diagrama de entalpia de formação de H‚O a seguir,
hidratado.
a alternativa INCORRETA é
d) O processo reversível descrito é exotérmico em valores de
temperatura acima de 32,3 °C, tornando-se endotérmico em
temperaturas abaixo de 32,3 °C.
e) As variações de calor das reações originam-se da liberação
ou da absorção de água da rede cristalina do sal.
15. (Ufmg) A queima de metano na presença de oxigênio 17. (Pucrj) O metanol é um álcool utilizado como
pode produzir duas substâncias distintas que contêm combustível em alguns tipos de competição automotiva, por
carbono: exemplo, na Fórmula Indy. A queima completa (ver reação
- monóxido de carbono, produzido pela combustão termoquímica abaixo) de 1 L de metanol (densidade
incompleta do metano; e 0,80 g mL−1) produz energia na forma de calor (em kJ) e
- dióxido de carbono. CO2 (em gramas) nas seguintes quantidades
De acordo com a notação química, pode-se afirmar que as b) 2,8 105 KJ.
equações 1 e 2 representam processos de 9,5 105 KJ.
c)
a) dissolução, sendo a equação 1 para um hot pack e a d) 5,6 105 KJ.
equação 2 para um cold pack.
b) dissolução, sendo a equação 1 para um cold pack e a e) 3,8 104 KJ.
equação 2 para um hot pack.
c) diluição, sendo a equação 1 para um cold pack e a equação
2 para um hot pack. 21. (Fuvest) Os principais constituintes do "gás de lixo" e do
d) diluição, sendo a equação 1 para um hot pack e a equação "gás liquefeito de petróleo" são, respectivamente, o metano
2 para um cold pack. e o butano.
a) Comparando volumes iguais dos dois gases, nas mesmas
19. (Ufsc) Grande parte da eletricidade produzida em nosso condições de pressão e temperatura, qual deles fornecerá
planeta é gerada nas usinas termelétricas, que consomem maior quantidade de energia na combustão? Justifique sua
enormes quantidades de combustível para transformar a água resposta a partir da hipótese de Avogadro para os gases.
líquida em vapor de água. Esse vapor passa por uma turbina, b) Poder calorífico de um combustível pode ser definido
gerando eletricidade. como a quantidade de calor liberado por quilograma de
As equações termoquímicas a seguir representam a material queimado. Calcule o poder calorífico do gás
combustão do carvão (C), gás natural (CH„) e gasolina metano.
(CˆHˆ): Massas molares:
metano = 16 g/mol
I. C(s) + O‚(g) ë CO‚(g) + 393 kJ butano = 58 g/mol
II. CH„(g) + 2O‚(g) ë CO‚(g) + 2H‚O(l) + 888 kJ Calores de combustão (-ÐH):
III. CˆHˆ(l) + 25/2 O‚(g) ë 8CO‚(g) + 9H‚O(l) + 5.440 kJ metano = 208 kcal/mol
butano = 689 kcal/mol
Em relação aos três processos, assinale a(s) proposição(ões)
CORRETA(S). 22. (Uel) Um dos maiores problemas do homem, desde os
a) 33 g
b) 0,014 g Continuando sua pesquisa bibliográfica, numa tabela
c) 12 g termoquímica, abaixo reproduzida, Alex encontrou os
d) 0,82 g valores para os calores de formação padrão (ÐH¡ f) do gesso
cristalizado (endurecido), do gesso amorfo (em pó) e da água
27. (Ufpr) O etanol (C‚H…OH) é um combustível líquida:
amplamente utilizado no Brasil para abastecer o tanque de
automóveis. Dados:
C(grafite) + O‚(g) ë CO‚(g) ÐH = -393,5 kJ Então, Alex calculou corretamente a quantidade de calor
liberada pelo processo de hidratação do gesso como sendo
H‚(g) + 1/2O‚(g) ë H‚O(g) ÐH = -285,8 kJ igual a
a) 733 kJ/mol
Sobre a combustão completa de 1 mol de etanol em oxigênio b) 161 kJ/mol
suficiente para formar CO‚(g) e H‚O(g), de acordo com a c) 18 kJ/mol
estequiometria, é correto afirmar: d) 876 kJ/mol
I. A variação de entalpia na reação de combustão é ÐH = -
1366,7 kJ.
II. A combustão completa de 1 mol de etanol exige 3/2 mol 29. (Ufrs ) A seguir é apresentado um quadro com algumas
de O‚(g). Energias de Ligação no estado gasoso:
III. Se a combustão for desenvolvida em um meio com
excesso de O‚(g), produzirá mais calor do que na presença
de oxigênio estequiométrico.
IV. A variação de volume observada na transformação do
etanol em água e gás carbônico é positiva nas C.N.T.P.
V. A "Lei de Hess" determina que uma reação química pode
ser descrita pela soma de duas ou mais reações adequadas.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas I, II e III são verdadeiras.
b) Somente as afirmativas III e IV são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas I, IV e V são verdadeiras.
e) Somente as afirmativas I, III e V são verdadeiras.
III) C‚H…OH (Ø) + 3O‚ (g)ë2CO‚(g) + 3 H‚O (Ø) ÐH = A energia da ligação C − C , no composto CH3 C , é
-x kJ × mol-¢ a) 33kcal mol−1.
b) 56kcal mol−1.
IV) C‚H…OH (v) + 3O‚ (g)ë2CO‚(g) + 3 H‚O (v) ÐH =
c) 60kcal mol−1.
-y kJ × mol-¢
d) 80kcal mol−1.
a) Classifique a equação I quanto ao aspecto termoquímico e e) 85kcal mol−1.
identifique o tipo de ligação intermolecular rompida na
transformação exemplificada pela equação II. 33. (Udesc) Previsões acerca da diminuição da oferta de
b) Com base na Lei de Hess, calcule a diferença numérica combustíveis fósseis impulsionam o desenvolvimento de
entre a quantidade de calor liberada pela reação III e a combustíveis alternativos de fácil obtenção, que liberam
grande quantidade de energia por grama de material,
quantidade de calor liberada pela reação IV.
conhecido como densidade energética, e cujos produtos
contribuem para a redução do impacto ambiental.
31. (Unicamp) Um artigo científico recente relata um
Entalpia de combustão
processo de produção de gás hidrogênio e dióxido de Combustível Hreação (kJ / mol)
carbono a partir de metanol e água. Uma vantagem dessa
descoberta é que o hidrogênio poderia assim ser gerado em hidrogênio, H2(g) −241,83
um carro e ali consumido na queima com oxigênio. Dois propano,
possíveis processos de uso do metanol como combustível C3H8(g) −2.043,15
num carro – combustão direta ou geração e queima do
metano, CH4(g) −802,30
hidrogênio – podem ser equacionados conforme o esquema
abaixo: etanol,
C2H5OH( ) −1.368,00
fósseis, o que justifica a menor densidade energética béquer contendo a solução, e deixou-se que a cédula
destas substâncias, quando comparados aos demais embebesse a solução por dois minutos.
combustíveis da tabela. 5. Com uma pinça de madeira, retirou-se a cédula do béquer
pinçando-a por uma das pontas.
Assinale a alternativa correta. 6. A cédula foi então submetida à chama de uma vela, para
a) Somente as afirmativas I e II são verdadeiras. que ela queimasse; essa ação permitiu a combustão do
b) Somente a afirmativa I é verdadeira. álcool isopropílico.
c) Somente as afirmativas III e IV são verdadeiras. 7. Observou-se em seguida que, apesar de a cédula ter sido
d) Somente as afirmativas IV e V são verdadeiras. submetida ao fogo da chama da vela, ela não queimou,
e) Somente a afirmativa V é verdadeira. ficando da mesma forma que estava antes da experiência.
34. (Enem 2015) O aproveitamento de resíduos florestais Com relação a essa experiência, assinale a afirmação
vem se tornando cada dia mais atrativo, pois eles são uma verdadeira.
fonte renovável de energia. A figura representa a queima de a) A reação de combustão do álcool isopropílico é
um bio-óleo extraído do resíduo de madeira, sendo ΔH1 a 2C3H7OH( ) + 9O2(g) → 6CO2(g) + 8H2O(g), e a
variação de entalpia devido à queima de 1 g desse bio-óleo, entalpia é: ΔH = +1827kJ mol.
resultando em gás carbônico e água líquida, e ΔH2 , a b) A combustão do álcool isopropílico libera energia na
variação de entalpia envolvida na conversão de 1 g de água forma de calor e a vaporização da água também libera
no estado gasoso para o estado líquido. energia que apaga as chamas da cédula.
c) Ao mesmo tempo em que ocorre a combustão do álcool
isopropílico, ocorre a absorção do calor dessa combustão
pela água, não existindo calor suficiente para que a cédula
se queime.
d) A vaporização da água pode ser demonstrada através da
equação: H2O( ) → H2O(g) ΔH = −43,7kJ mol.
sintetizado pela trimerização do acetileno catalisada casos, as células musculares podem sofrer um deficit
por ferro metálico sob altas temperaturas, conforme a de O2 e a glicose ser convertida em duas moléculas
equação química: de ácido lático. As equações termoquímicas para a
combustão da glicose e do ácido lático são,
3 C2H2(g) → C6H6( ) respectivamente, mostradas a seguir:
A energia envolvida nesse processo pode ser C6H12O6(s) + 6 O2(g) → 6 CO2(g) + 6 H2O( )
calculada indiretamente pela variação de entalpia das CH = −2.800 kJ
reações de combustão das substâncias participantes,
nas mesmas condições experimentais: CH3CH(OH)COOH(s) + 3 O2(g) → 3 CO2(g) + 3 H2O( )
CH = −1.344 kJ
I.
5
C2H2(g) + O2(g) → 2 CO2(g) + H2O( ) Hc0 = −310 kcal
O mol
processo anaeróbico é menos vantajoso
2 energeticamente porque
a) libera 112 kJ por mol de glicose.
II.
b) libera 467 kJ por mol de glicose.
15
C6H6( ) + O2(g) → 6 CO2(g) + 3 H2O( ) Hc0 = −780 c)
kcal mol 2.688 kJ por mol de glicose.
libera
2
d) absorve 1.344 kJ por mol de glicose.
e) absorve 2.800 kJ por mol de glicose.
A variação de entalpia do processo de trimerização,
em kcal, para a formação de um mol de benzeno é
mais próxima de
a) −1.090. MÓDULO 05 - TERMOQUÍMICA
b) −150. GABARITOS E RESOLUÇÕES COMENTADAS
c) −50.
d) +157.
e) +470. Resposta da questão 1: [C]
Reações de combustão:
38. (Enem PPL 2016) Atualmente, soldados em 15
campo, seja em treinamento ou em combate, podem 1C 6H6 + O 2 → 6CO 2 + 3H2 O hC = −3268 kJ
2
aquecer suas refeições, prontas e embaladas em
1C 2H5 OH + 3O 2 → 2CO 2 + 3H2 O hC = −1368 kJ
bolsas plásticas, utilizando aquecedores químicos,
sem precisar fazer fogo. Dentro dessas bolsas existe 1C 6H12 O 6 + 6O 2 → 6CO 2 + 6H2 O hC = −2808 kJ
magnésio metálico em pó e, quando o soldado quer 1CH4 + 2O 2 → 1CO 2 + 2H2 O hC = −890 kJ
aquecer a comida, ele coloca água dentro da bolsa,
25
promovendo a reação descrita pela equação química: 1C 8H18 + O 2 → 8CO 2 + 9H2 O hC = −5471 kJ
2
Mg(s) + 2 H2O( ) → Mg(OH)2(s) + H2(g) + 350 kJ Para uma mesma quantidade de energia liberada (1000 kJ),
teremos;
15
O aquecimento dentro da bolsa ocorre por causa da 1C6H6 + O2 → 6CO2 + 3H2O hC = −3268 kJ
2
a) redução sofrida pelo oxigênio, que é uma reação 6 mols 3268 kJ (liberados)
exotérmica.
x mols 1000 kJ (liberados)
b) oxidação sofrida pelo magnésio, que é uma reação
x 1,84 mol
exotérmica.
c) redução sofrida pelo magnésio, que é uma reação
endotérmica. 1C2H5 OH + 3O2 → 2CO2 + 3H2O hC = −1368 kJ
d) oxidação sofrida pelo hidrogênio, que é uma 2 mols 1368 kJ (liberados)
reação exotérmica. y mols 1000 kJ (liberados)
e) redução sofrida pelo hidrogênio, que é uma reação y 1,46 mol
endotérmica. 1C6H12O6 + 6O2 → 6CO2 + 6H2O hC = −2808 kJ
6 mols 2808 kJ (liberados)
39. (Enem 2019) Glicólise é um processo que ocorre
nas células, convertendo glicose em piruvato. Durante z mols 1000 kJ (liberados)
a prática de exercícios físicos que demandam grande z 2,14 mol
quantidade de esforço, a glicose é completamente
oxidada na presença de O2 . Entretanto, em alguns
1 mol 1368 kJ
Resposta da questão 17: [A]
m m 695,65 y
d = 0,8 = m = 800g de metanol
V 1000 y = 9,5 105 kJ
64g 1453kJ
800g x Resposta da questão 21:
x = 18,2 10 kJ
3 a) Volumes iguais nas mesmas condições de temperatura em
pressão, correspondem ao mesmo número de mols de cada
64g 88g de CO 2
gás.
800g x
1 CH4(g) + 2 O2(g) → 1 CO2(g) + 2 H2O () H = −208 kcal/mol
x = 1,1 10 g
3
C(grafite) + O 2 (g) → CO 2 (g) H = −94,1kcal Na equação II ocorre vaporização do etanol, ou seja, ligações
de hidrogênio (pontes de hidrogênio) são rompidas nesta
2H2 (g) + 1O2 (g) → 2H2 O( ) H = +68,3 kcal (inverter e 2)
mudança de fase. Além as ligações de hidrogênio, que são as
CH4 (g) → C(grafite) + 2H2 (g) H = −17,9 kcal (inverter) interações mais intensas, são rompidas também forças de
dispersões de Londom, pois existe um aparte apolar na
CH4 (g) + 2O2 (g) → CO2 (g) + 2H2 O( )
molécula de etanol.
De acordo com a Lei de Hess, a variação de entalpia final
corresponde ao somatório das variações de entalpias das reações b) Somando as três equações abaixo obteremos a equação IV:
intermediárias, assim teremos: I) 3 H2O () → 3 H2O (v) H = 132,0 kJ × mol−1 (mantida)
−94,1 − 2 (68,3) + 17,9 = −212,8 Kcal (x3)
II) C2H5OH (v) → C2H5OH () H = − 42,6 kJ × mol−1
Resposta da questão 23: [D]
(invertida)
Resposta da questão 24: [D]
III) C2H5OH () + 3O2(g) → 2CO2(g) + 3 H2O () H = −x kJ
Resposta da questão 25: [C] × mol−1 (mantida)
Teremos:
Global: C2H5OH (v) + 3O2(g) → 2CO2(g) + H2O (v) H = −y kJ
H0f (água) = −242 kJ / mol
× mol−1
1H2 + 0,5O 2 → 1H2 O H = −242 kJ / mol
2g − 242 kJ (liberados) Assim teremos:
1000g E 132 + (−42,6) + (−X) = −Y
E = −121.000 kJ Ele está pedindo o valor de X − Y
132 - 42,6 = X − Y
C 8H18 + 12,5O 2 → 8CO 2 + 9H2 O X − Y = 89,4 kJ × mol−1
−259 kJ 12,5 0 kJ 8−393 kJ 9−242 kJ
H = Hprodutos − Hreagentes
Resposta da questão 31: [D]
H = [8 −393 kJ + 9 −242 kJ] − [ −259 kJ + 0] O processo de geração e queima de hidrogênio apresentaria uma
H = −5.063 kJ variação de energia igual à da combustão direta do metanol, já que
as equações químicas globais desses dois processos são iguais
C 8H18 + 12,5O 2 → 8CO 2 + 9H2 O H = −5.063 kJ (Lei de Hess).
114 g − 5.063 kJ (liberados)
1000 g E' combustão
E' = −44.412,28 kJ CH3OH(g) + 3 O2 (g) → CO2 (g) + 2 H2O(g)
2 direta
E 121.000
= = 2,724 2,7 CH3 OH(g) + H2O(g) → CO2 (g) + 3H2 (g)
E' 44.412,28 geração e
3 H2 (g) + 3 O2 (g) → 3 (2)H2 O(g) queima de
2
Resposta da questão 26: [A] hidrogênio
CH3 OH(g) + 3 O2 (g) ⎯⎯⎯Global
→ CO2 (g) + 2H2O(g)
Para 300 mLl de água teremos: 2
1
1H2 (g) + O 2 (g) → H2 O( ) H = −241,83 kJ / mol
2 5
C2H2(g) + O2(g) → 2 CO2(g) + H2O( )
2g 241,83 kJ liberados 2
1g 120,915 kJ liberados H0c = −310 kcal mol
(manter e multiplicar por 3)
1 C 3H8 (g) + 5O 2 (g) → 3CO 2 (g) + 4H2 O( ) H = −2.043,15 kJ / mol 15
C6H6( ) + O2(g) → 6 CO2(g) + 3 H2O( )
44 g 2.043,15 kJ liberados 2
1g 46,435 kJ liberados H0c = −780 kcal mol
(inverter)
1 CH4 (g) + 2O 2 (g) → 1CO 2 (g) + 2H2 O( ) H = −802,30 kJ / mol
16 g 802,30 kJ liberados 3 C2H2(g) +
15
O2(g) → 6 CO2(g) + 3 H2O( )
2
1g 50,144 kJ liberados
H0c = 3 ( −310) kcal mol
Invertendo a segunda equação e aplicando a Lei de Hess, teremos: O aquecimento dentro da bolsa ocorre por causa da
oxidação sofrida pelo magnésio, que é uma reação
Bio − óleo + O 2( g) → CO 2( g) + H2 O( ) H1 = −18,8 kJ / g exotérmica, ou seja, que libera calor (350 kJ).
CO 2( g) + H2 O( ) → CO 2( g) + H2 O( g) H2 =+ 2,4 kJ / g
Mg(s) + 2 H2O( ) → Mg(OH)2 (s) + H2 (g) + 350 kJ
Bio − óleo + O 2( g) ⎯⎯⎯
→ CO 2( g) + H2 O( g) H = H1 + H2
Global
0 +2 Calor
H = −18,8 + 2,4 = −16,4 kJ / g liberado
→ Mg2+ + 2e−
oxidação
1g − 16,4 kJ (liberados) Mg0 ⎯⎯⎯⎯⎯
5g 5 ( −16,4) kJ (liberados)
−82,0 kJ Resposta da questão 39: [A]
Variação de entalpia = −82,0 kJ
Glicose: C6H12O6(s) .
MÓDULO 06 - TERMODINÂMICA
1) Conceitos fundamentais
e) Calor: é uma energia em trânsito; é a energia transferida de um objeto mais quente para um objeto mais
frio;
O calor é uma propriedade extensiva da matéria;
Calor sensível: está relacionado com alterações na temperatura: Q = m.c.t
Calor latente: está relacionado as mudanças de fase: Q = m. L
Propriedade extensiva: depende da quantidade de matéria da amostra (se você dividir ao meio a amostra, a
propriedade terá a metade do valor original). Ex. massa, volume, comprimento;
Propriedade intensiva: não depende da quantidade da amostra (se você dividir ao meio a amostra, as duas
partes ainda terão a mesma propriedade). Ex. temperatura, pressão, densidade, massa molar, cor.
f) Temperatura: é a medida da agitação térmica das partículas do sistema;
g) Trabalho (W) : é uma energia em trânsito; é a troca de energia sem a influência de diferenças na
temperatura;
É o movimento contra uma força oposta: W = F. d
Esistema = Ec + Ep
Como não podemos realmente saber o valor absoluto da energia interna de um sistema, pois o nível zero de
energia potencial é arbitrário, temos interesse somente na variação da energia interna (E) de um sistema onde
ocorre uma transformação.
E = Efinal – Einicial
Tanto a variação da energia interna (E) como a energia interna (E) são funções de estado;
A variação da energia interna de um sistema provocada por uma reação química pode ser representada por:
E = Eprodutos – Ereagentes
Assim temos:
E > 0: o sistema absorve energia interna;
E < 0: o sistema libera energia interna;
Na termodinâmica estudamos duas formas pelos quais um sistema pode trocar energia com o seu ambiente:
calor e trabalho;
Primeira lei da termodinâmica:
A energia interna de um sistema isolado é constante;
A variação da energia interna de um sistema (E) é igual à soma entre o calor absorvido pelo sistema e o
trabalho realizado sobre o sistema;
E = Q + W
Convenção de sinais:
Q > 0: calor é absorvido pelo sistema;
Q < 0: calor é liberado pelo sistema;
W > 0: trabalho é feito sobre o sistema;
W < 0: trabalho é feito pelo sistema;
Quando energia (calor ou trabalho) sai do sistema, o sinal é negativo, pois o sistema perde energia interna;
Quando energia (calor ou trabalho) entra no sistema, o sinal é positivo, pois o sistema aumenta a sua energia
interna;
O calor e o trabalho não são funções de estado, embora a sua soma (E) o seja;
Pressão é a quantidade de força atuando perpendicularmente a uma superfície, dividida pela área, ou seja, é a
razão entre a força e a área.
força
Pressão =
área
Vamos deduzir uma expressão que permita calcular o trabalho de expansão ou compressão realizado por um
cilindro contendo um embolo móvel e um gás em seu interior:
W = F. d
força F
W = F. h como Pressão = P F P. A
área A
W = - P. V ; V>O ; W<0
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CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
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W = P. V ; V>O ; W<0
4) Transformações do sistema
a) Transformação adiabática: é aquela que ocorre sem que haja troca de calor entre o sistema e o meio
ambiente (Q = 0);
E = Q + W ; Q=0 ; E = W
Como o trabalho é realizado pelo sistema sobre o ambiente W < 0 e assim E < 0;
E = Q + W ; Q=0 ; E = W
Como o trabalho é realizado pelo ambiente sobre o sistema W > 0 e assim E > 0;
b) Transformação isocórica, isométrica ou isovolumétrica: é aquela que ocorre sob volume constante e a
temperatura e a pressão variando do modo diretamente proporcional;
W = P. V ; V = 0; W=0
Assim:
E = Q + W ; W=0 ; E = Qv
P2
P1
V1 V2 V
c) Transformação isobárica: é aquela que ocorre sob pressão constante e a temperatura e o volume
variando do modo diretamente proporcional;
E = Qp + W ; Qp = H
Assim:
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rr
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E = H + W
E = H + P. V
E = H + n.R. T (para um gás ideal)
Qp = troca de calor sob pressão constante;
Obs.: W = P. V ou W = n.R. T
Numa transformação isobárica a variação da energia interna (E) é igual à soma entre o calor trocado
(absorvido) à pressão constante (Qp) e o trabalho realizado sobre o sistema (P. V).
P
P2
P1
V1 V2 V
d) Transformação isotérmica: é aquela que ocorre sob temperatura constante e a pressão e o volume
variando do modo inversamente proporcional;
T = 0 ; E = 0
Assim:
E = Q + W = 0 ; Q=-W
P1
V1 V2 V
e) Transformação que ocorre com pressão constante e temperatura constante, e com variação do
volume por alteração do número de mols de matéria do sistema;
E = Qp + W ; Qp = H
Assim:
E = H + W
E = H + n.R.T (para um gás ideal)
5) Calorimetria
A quantidade de calor liberado ou absorvido em uma reação química é denominada calor de reação;
A quantidade de calor envolvida em uma reação é geralmente calculada a volume constante ou a pressão
constante;
W = P. V ; V = 0; W=0
E = Q + W ; W=0 ; E = Qv
H = E + P. V
H = E + P. V como: E = Q + W
H = Q + W + P. V como: W = - P. V
H = Q + (- P. V) + P. V
H = Qp
Fig. Calorímetro de copo de café, no qual as reações ocorrem sob pressão constante.
Concluímos assim que o H de uma reação não é o único critério que deve ser utilizado para prever a
espontaneidade de uma reação.
Em 1954, Rudolf Clausius concluiu que as reações químicas espontâneas ocorrem no sentido de uma maior
desordem do sistema, ou seja, uma distribuição cada vez mais uniforme de energia e matéria no sistema.
A medida da desordem de um sistema é chamada de entropia(S).
Entropia(S) de um sistema é a medida da desordem desse sistema.
ou
PROCESSO ESPONTÂNEO
b) Alteração da temperatura
Quando maior a temperatura de um corpo, maior a entropia do sistema, pois há uma aumento da velocidade
das moléculas e consequentemente, um aumento da desorganização do sistema.
c) Mistura de substâncias
Quando ocorre uma mistura de substâncias, a entropia do sistema aumenta, pois fica mais difícil a identificação
de cada componente.
d) Expansão de um gás
Quando ocorre a expansão de um gás, há um aumento da entropia, pois as moléculas ficam desordenadas em
um espaço maior.
Observação:
Além de aumentar o n° de espécies químicas, houve liberação de um gás, contribuindo ainda mais para o
aumento da entropia.
Observe a tabela a seguir que mostra as entropias das substâncias na condição padrão (25°C e 1 atm).
Entropia
Substâncias
Padrão (cal/k.mol)
C(grafite) + 1,36
C(diamante) + 0,58
S(rômbico) + 60,96
Zn(s) + 9,95
Cu(s) + 7,96
Fe(s) + 6,49
F2(g) + 48,60
Cl2(g) + 53,28
Br2(l) + 36,40
I2(s) + 27,90
H2(g) + 31,21
O2(g) + 49,00
N2(g) + 45,76
CO(g) + 47,30
NO(g) + 50,34
H2O(l) + 16,71
H2O(g) + 45,10
O3(g) + 56,80
SO2(g) + 59,40
SO3(g) + 61,24
NO2(g) + 57,47
N2O(g) + 52,58
CO2(g) + 51,06
NH3(g) + 46,01
CH4(g) + 44,50
C2H2(g) + 47,99
C2H4(g) + 52,45
C2H6(g) + 54,85
Na2SO4(s) + 35,73
Fe2O3(s) + 21,50
Fe3O4(s) + 35,00
CaO(s) + 9,50
KCl(s) + 19,76
Observação:
Com os valores das entropias das substâncias que participam de uma reação, podemos calcular a variação de
entropia (S) dessa reação.
já vimos que:
H < 0 reação exotérmica, a reação tende a ser espontânea (existem muitas exceções).
H > 0 reação endotérmica, a reação tende a ser não-espontânea (existem muitas exceções).
Observamos que em casos onde : H > 0 e S > 0 ou H < 0 e S < 0, torna-se difícil prever a espontaneidade
de uma reação com base nestas duas funções. Surge, assim, a necessidade de uma terceira função.
O físico-químico norte-americano Willard Gibbs, através de estudos bastante complexos, chegou à seguinte
expressão:
G = H − T S
Observações:
1. Como não é possível calcular o valor absoluto da energia livre (G) de uma substância, calcula-se a variação da
energia livre (G).
G = GPRODUTOS − GREAGENTES
2. O G, na condição padrão de 25°C e 1 atm é chamado de variação padrão da energia livre (G°).
6.4. Resumindo
H = HP – HR Hess
S = SP – SR Clausius
G = GP – GR Gibbs
G = H – T . S
Onde:
G = Variação de energia livre
H = Variação de entalpia
T = Temperatura (Kelvin)
S = Variação de entropia
G < 0: O processo é espontâneo (libera energia livre).
G = 0: O sistema está em equilíbrio.
G > 0: O processo é não-espontâneo (absorve energia livre).
ÐH° = -2465kJmol-¢
observações: desconsidere a variação das propriedades com
a temperatura. Pode-se afirmar que:
( ) A conversão de CO em CO‚ é endotérmica.
10. A massa de 1,435 g de naftaleno (C10H8) - uma ( ) O calor liberado na conversão de CO em CO‚ é menor
substância de odor pungente usada como repelente de traças que 300 kJmol-¢.
- foi queimada em uma bomba calormétrica a volume ( ) É esperado que a conversão de CO em CO‚, ocorra com
constante. Em consequência, a temperatura da água elevou- um abaixamento de entropia.
( ) A queima completa do n-hexano libera mais calor que
se de 20,28°C para 25,95°C. Considerando que a capacidade
a queima incompleta.
calorífica da bomba mais a da água é 10,17 kJ/°C, calcule o
( ) A combustão completa do n-hexano é exotérmica.
calor de combustão do naftaleno em termos de mol. isto é,
determine o calor molar de combustão. 2. (Ufrn) Um béquer de vidro, com meio litro de capacidade,
em condições normais de temperatura e pressão, contém 300
11. Misturou-se 1,00 X 102 mL de HCl. 0,500 M, com 1,00 mL de água líquida e 100 g de gelo em cubos.
X 102 mL de NaOH, 0,500 M, em um calorímetro a pressão
constante com capacidade calorífica desprezível. A Durante o processo de fusão do gelo nas condições do
temperatura inicial das soluções de HCl e NaOH era a sistema descrito no texto (273 K e 1,0 atm), deve ocorrer
mesma, 22,50°C. e a temperatura final da mistura foi de a) aumento de entropia e diminuição de entalpia.
25,86°C. Calcule o calor transferido na reação de b) diminuição de entalpia e de entropia.
neutralização em termos de mol. c) diminuição de entropia e aumento de entalpia.
d) aumento de entalpia e de entropia.
NaOH(aq) + HCI(aq) → NaCI(aq) + H2O(l)
3. (UFCG) O estudo das reações químicas que ocorrem
com absorção da radiação solar de alta energia e dos
Suponha que as soluções apresentem densidades e calores processos químicos industriais que causam dano ao meio
específicos iguais aos da água (1,00 g/mL e 4,184 J/g . °C, ambiente faz parte da química ambiental. Alguns exemplos
destes tipos de reações são mostrados a seguir. Assinale
respectivamente).
dentre as alternativas abaixo aquela na qual não se observa
um aumento da entropia.
TERMODINÂMICA
Exercícios de Fixação a) Calcinação de calcário: CaCO3 (s) → CaO (s) + CO2 (g)
b) Fotodissociação de oxigênio: O 2 (g) → 2 O (g)
c) Fotodissociação de Freon-12:
1. (Ufpe) Na(s) questão(ões) a seguir escreva nos parênteses CF2 Cl2 (g) → CF2 Cl (g) + Cl (g)
a letra (V) se a afirmativa for verdadeira ou (F) se for falsa. d) Obtenção de Ferro a partir de seu minério:
2 Fe2 O3 (s) → 4 Fe (s) + 3 O 2 (g)
A queima de combustível no interior de motores pode e) Formação de ozônio na atmosfera:
ocorrer de forma incompleta e produzir monóxido de O 2 (g) + O (g) → O3 (g)
carbono, um gás extremamente tóxico, ao invés de CO‚, que
é produzido na queima completa. Para evitar a emissão desse 4. (Uel) Entre as transformações a seguir, a que deve ocorrer
gás, alguns automóveis são equipados com um catalisador com maior aumento de entropia, no sentido
que promove a queima do monóxido de carbono, reagentesëprodutos é
convertendo-o em dióxido de carbono. Tornando-se como a) CO (g) + NO‚ (g) ë CO‚ (g) + NO (g)
modelo de combustível o n-hexano (C†H„) para o qual o b) 2 HgO (s) ë 2 Hg (Ø) + O‚ (g)
calor padrão de combustão é de -4163 kJmol-¢ e sabendo-se c) S (rômbico) ë S (monoclínico)
que: d) H‚O (Ø) ë H‚O (s)
e) C‚H…OH (g) ë C‚H…OH (Ø)
C†H„(Ø)+13/2 O‚(g) ë 6CO(g)+7H‚O(g),
5. (Puc RJ) Indique, entre as opções abaixo, a alternativa Sobre o ouro e sua reação com ácidos, é correto afirmar que
correta ( ) uma aliança de 4 g e 18 quilates contém 2,03×10-£ mol
a) O sinal de S para a condensação do vapor de amônia é de ouro.
negativo. ( ) a soma dos coeficientes estequiométricos é 13.
b) O sinal de S para a separação dos componentes do ar é ( ) a formação dos produtos é favorecida, em sistema
positivo. aberto.
c) O sinal de S para o óleo queimando é negativo. ( ) a entropia diminui com a reação.
d) O sinal de S para o congelamento do ar é positivo.
e) O sinal de H para a queima da madeira é positivo. 9. (Ufpe) A solubilidade da sacarose (C‚H‚‚O) em água
aumenta com a temperatura, enquanto a do sulfato de lítio
6. (Ufg) Considere o cilindro de um motor de combustão (Li‚SO„) diminui com o aumento da temperatura. Isto ocorre
interna (motor de automóvel) onde o octano, no estado porque:
gasoso, sofre combustão, gerando produtos no estado a) a sacarose é um composto covalente e o sulfato de lítio é
gasoso. um composto iônico.
A expansão da câmara de combustão, com o consequente b) a dissolução da sacarose é endotérmica e a do sulfato de
deslocamento do pistão, deve-se lítio é exotérmica.
a) à energia de vaporização dos produtos. c) a água funciona como ácido de Bronsted e reage
b) às mudanças de estado físico entre reagentes e produtos. exotérmicamente com o sulfato de lítio.
c) ao deslocamento do equilíbrio, em direção aos produtos. d) a sacarose não dissolve facilmente em água por ser um
d) à diminuição da entropia no processo. composto covalente e o sulfato de lítio dissolve facilmente
e) ao aumento no número de moléculas. em água por ser um composto iônico.
e) a dissolução do sulfato de lítio aumenta a entropia.
7. (Ufpi) Compressores são máquinas que, na pressão
atmosférica local, captam o ar, comprimindo-o até atingir a 10. (Faap) Verifica-se em laboratório que a preparação de
pressão de trabalho desejada. Ao nível do mar, a pressão uma solução aquosa de H‚SO„ por adição deste à água, causa
atmosférica normal é 1,0 bar. Em equipamentos um aumento na temperatura da solução quando comparada
pneumáticos, a 25°C, a pressão mais utilizada é a de 6,0 bar. com a temperatura original do solvente. Trata-se, portanto,
Nessas condições, e considerando o oxigênio (O‚) como um de um processo:
gás ideal, calcule a massa aproximada de O‚, em gramas, a) endotérmico
contida em um compressor de volume igual a 5,0 litros. (A b) exotérmico
constante R vale 0,082 bar.L.mol-¢.K-¢) c) isotérmico
a) 8,0 d) sem variação de energia livre
b) 16 e) sem variação de entalpia
c) 39
d) 47 11. (Uece) A glicose é produzida no intestino pela
e) 55 degradação dos carboidratos, e transportada pelo sangue até
as células onde reage com o oxigênio produzindo dióxido
de carbono e água. Para entender a formação da glicose, são
8. (Ufg) Atualmente, a maior produtora de ouro de Goiás é a fornecidas as seguintes equações:
cidade de Crixás. Comercialmente, a pureza de um objeto de
ouro é indicada em quilates, sendo que 1 quilate corresponde 1. C(s) + O2(g) → CO2(g) ΔH = −94,1 kcal
a 1/24 da massa da liga em ouro. Embora seja um dos metais 1
menos reativos, o ouro reage com ácidos segundo a equação 2. H2(g) + O2(g) → H2O(g) ΔH = −68,3 kcal
2
não-balanceada: 3.
C6H12O6(s) + 6O2(g) → 6CO2(g) + 6H2O ΔH = −673,0 kcal
Au(s) + HNOƒ(aq) + HCl(aq) ë HAuCl„(aq) + H‚O(l) + Considerando as reações que conduzem à formação da
NO‚(g) glicose e apenas as informações acima, pode-se afirmar
corretamente que o processo é
a) espontâneo.
b) não espontâneo.
c) endoenergético.
d) exoenergético.
16. (Uerj)
1. Aumento de DesordemëAumento de Entropia
ÐS > 0, ÐS = S(final) - S(inicial)
Em temperaturas superiores a 549,6 °C a reação é Essa questão é exigente e tem uma parte
não-espontânea interpretativa: ele diz no enunciado que a estabilidade
Em temperatura igual a 549,6 °C a reação está em termica vai aumentar: Além de aumentar a
equilíbrio químico estabilidade térmica da alumina (Al2O3), o cério (Ce),
quando presente na composição de catalisadores
Resposta da questão 15: [B] automotivos, tem uma grande importância de
Resposta da questão 16: [B] proteção ambiental.
Para uma transformação que ocorre com pressão A) falso
constante, temperatura constante e número de mols Se o Ce aumenta a estabilidade térmica da alumina, o
seu ponto de fusão não é baixo.
variável, temos que:
B) falso
W = - n. R . T
A liberação de substâncias gasosas no ambiente
Aqui considera-se que em uma expansão o trabalho é aumenta a entropia do ambiente
negativo. C) falso
Assim a reação que apresentar a maior variação do A reação de combustão que ocorre nos veículos
número de mols gasoso realizará o maior trabalho de automotivos é exotérmica
expansão, pois R e T são constantes. D) verdadeiro
a) etino: C2H2 Se aumenta a estabilidade é porque diminui a
1 C2H2(g) + 5/2 O2(g) → 2 CO2(g) + H2O (g) + calor energia, já que energia e estabilidade são inversos.
n = 3 – 3,5 = - 0,5 mol Essa energia que está sendo considerada, é energia
livre.
b) etano: C2H6 E) falso
1 C2H6(g) + 7/2 O2(g) → 2 CO2(g) + 3 H2O (g) + calor O catalisador diminui a energia de ativação da reação.
Não existe relação entre o trabalho realizado por este
n = 5 – 4,5 = 0,5 mol
e a variação da energia interna.
O que existe na termodinâmica é o seguinte:
c) eteno: C2H4 Em uma reação de combustão que ocorre a volume
1 C2H4(g) + 3 O2(g) → 2 CO2(g) + 2 H2O (g) + calor constante, a variação da energia interna é igual ao
n = 4 – 4 = 0 calor liberado na ração (E = Q). Isso ocorre em uma
bomba calorimétrica.
d) metano: CH4
1 CH4(g) + 2 O2(g) → 1 CO2(g) + 2 H2O (g) H = −208 kcal/mol Resposta da questão 21: [A]
n = 3 – 3 = 0 Resposta da questão 22: [B]
A maior variação do número de mols ocorreu no item B, na Resposta da questão 23: [D]
combustão do etano. Análise das afirmativas:
(Falsa) A diminuição da temperatura favorece a espontaneidade
Resposta da questão 17: [C] da reação (i), pois se verifica uma diminuição do valor da energia
Resposta da questão 18: [B] livre de Gibbs ( G) .
Resposta da questão 19: [C] 200 K (diminuição da
Temperatura 2800 K
Atenção com a interpretação desta questão! as temperatura)
afirmações 1, 2, 3 e 4 são VERDADEIRAS, porém ele Gr , kJ/ mol +50,0 −15,0 (diminuição de G )
pergunta qual ou quais destas afirmações explicam o
fato de que a areia molhada é mais fria que a seca.
(Verdadeira) O aumento da temperatura favorece a
espontaneidade da reação (ii), pois a variação da energia livre de
A afirmação que explica este fato é que a evaporação
da água é endotérmica, assim quando a água evapora Gibbs diminui.
ela absorve calor da vizinhança, deixando-a fria. A (Verdadeira) Na temperatura de 400 K, a reação (i) será
água absorve calor do ambiente e também da areia, espontânea.
por isso a areia com água (molhada), acaba ficando Teremos:
mais fria devido a evaporação de parte desta água.
Assim o gabarito é C
G = H − TS
H = −20 kJ / mol Resposta da questão 24: [A]
T = 400 K Como a reação está em equilíbrio a energia livre de Gibbs ( G) é
S = − 25 J / mol = −25 10 −3 kJ igual a zero.
G = −20 − 400 ( −25 10 −3 ) Sabemos que G = H − T S .
G = −10 kJ / mol Então:
G 0 (processo espontâneo) G = H − T S
0 = H − T S
(Falsa) Na temperatura de 4000 K, a reação (ii) será espontânea. H = T S
Teremos:
−60 1000 J mol−1 = T 300J mol−1 K −1
G = H − TS
H = +30 kJ / mol
T = −200 K TC = −200 − 273 = −473 C
T = 4000 K TC = −473 C (extrapola o zero absoluto).
−3
S = + 5 J / mol = +5 10 kJ
Resposta da questão 25: [E]
G = +30 − 4000 ( +5 10 −3 )
G = +10 kJ / mol
G 0 (processo não espontâneo)
Introdução
Algumas reações químicas ocorrem lentamente, como por exemplo, a formação da ferrugem; outras reações
químicas são rápidas, como por exemplo, a combustão da madeira. A velocidade das reações químicas e os fatores
que nela influem são alguns dos assuntos que serão estudados nas aulas seguintes.
1. Cinética química
É o estudo da velocidade das reações químicas e dos fatores que nela influem.
No nosso cotidiano, observamos processos químicos lentos e rápidos:
Ex.:
• A explosão da dinamite ocorre em frações de segundo;
• A formação de ferrugem é uma reação lenta;
• Numa vela, a combustão do material é uma reação lenta.
aA + bB → cC + dD
Sendo:
nA = número de mols de A consumidos num intervalo de tempo t.
nB = número de mols de B consumidos num intervalo de tempo t.
nC = número de mols de C consumidos num intervalo de tempo t.
nD = número de mols de formados num intervalo de tempo t.
Temos:
n A
velocidade média de consumo de A Vm =
t
nB
velocidade média de consumo de B Vm =
t
Δn
velocidade média de formação de C Vm = ΔtC
Δn D
velocidade média de formação de D Vm =
Δt
As quantidades dos reagentes ou dos produtos podem ser expressas em gramas, em litros (para gases), em mol
ou em mol/L (molaridade). A molaridade é a melhor maneira de se exprimir a velocidade de uma reação, ou seja,
calculando-se a variação da molaridade, por unidade de tempo, de um dos reagentes ou de um dos produtos.
Para a mesma reação hipotética anterior consideremos:
temos:
A
velocidade média de consumo de A=
t
B
velocidade média de consumo de B=
t
C
velocidade média de formação de C=
t
D
velocidade média de formação de D=
t
Observações:
1. O valor em módulo, colocado na expressão de velocidade para os reagentes, deve-se ao fato da variação da
molaridade ser negativa, pois as molaridades dos reagentes diminuem com o passar do tempo. Procedendo assim,
a velocidade de uma reação em relação a um reagente de uma reação será sempre positiva.
2. Quando a fórmula da substância vem entre colchetes, isso indica a molaridade (mol/L) dessa substância.
A velocidade média de uma reação, sem especificar o reagente ou o produto, é dada pela velocidade de
consumo de um dos reagentes ou pela velocidade de formação de um dos produtos, dividida pelo respectivo
coeficiente da equação química balanceada.
Para a mesma reação hipotética:
aA + bB → cC + dD
VA VB VC VD
VmREAÇÃO = = = =
a b c d
ou
A B C D
VmREAÇÃO = = = =
a t b t c t d t
pois:
VA VB VC VD
A B C D
VmREAÇÃO = = = =
a t b t c t d t
Observação:
A velocidade dos participantes de uma reação é diretamente proporcional aos seus respectivos coeficientes na
equação química balanceada.
A velocidade instantânea de uma reação é numericamente igual ao coeficiente angular da reta traçada no gráfico de
concentração versus tempo em um determinado instante.
À medida que o tempo passa o coeficiente angular da reta vai diminuindo, consequentemente a velocidade instantânea
da reação vai diminuindo com o tempo.
Dada a reação:
Br2(aq) + HCOOH(aq) → 2H+(aq) + 2Br–(aq) + CO2(g)
As velocidades instantâneas da reação entre o bromo molecular e o ácido fórmico em t = 100 s, 200 s e
300 s são determinadas pelas inclinações das tangentes nesses valores de tempo.
A reação não ocorre, pois o CO2(g) não possui afinidade pelo O2(g).
A afinidade química é uma propriedade que depende da própria natureza das substâncias envolvidas na reação.
Para que essa reação ocorra, é necessário que haja colisão entre as moléculas dos reagentes. Nessa colisão as
ligações covalentes das moléculas de H – I devem ser quebradas para que as ligações covalentes das moléculas H –
H e I – I sejam formadas. Entre esse processo, de quebra de ligações e formação de novas ligações, ocorre a formação
de uma estrutura de transição, com ligações intermediárias entre as ligações das moléculas dos reagentes e as ligações
das moléculas dos produtos.
Essa estrutura intermediária é chamada de complexo ativado. Vejamos:
Complexo ativado de uma reação: É uma estrutura intermediária entre os reagentes e os produtos, com
ligações químicas intermediárias entre as ligações dos reagentes e as ligações dos produtos.
Para que haja a formação do complexo ativado, é necessário que as colisões entre as moléculas sejam efetivas.
Colisões efetivas ou eficazes: São aquelas em que ocorre quebra de ligações e consequente formação de novas
ligações. Nesse caso a reação ocorre.
Colisões não-efetivas ou não-eficazes: São aquelas em que não ocorre quebra de ligações e consequentemente
não há formação de novas ligações. Nesse caso a reação não ocorre.
Para que uma colisão seja efetiva, duas condições são necessárias:
II) A colisão entre as moléculas deve ocorrer com energia igual ou superior à energia de ativação da reação.
Energia de ativação de uma reação: É o valor mínimo de energia que as moléculas dos reagentes devem
possuir para que uma colisão entre elas seja eficaz.
Observação:
Quando maior for a energia de ativação de uma reação, mais lenta será a reação. Portanto, a energia de ativação
(Ea) é comparada a uma barreira que os reagentes devem vencer para que a reação ocorra.
H (entalpia)
Complexo ativado
Ea Eai
H2(g) + I2(g)
H < 0
Hf(g) + HI(g)
Caminho da reação
Ea = energia de ativação
Eai = energia de ativação da reação inversa
Reação: H2(g) + I2(g) → 2 HI(g)
(exotérmica)
H (entalpia)
Complexo ativado
Eai
H2(g) + I2(g)
Ea
H > 0
HI(g) + HI(g)
Sentido da reação
Ea = energia de ativação
Eai = energia de ativação da reação inversa
Reação: 2 HI(g) → H2(g) + I2(g)
(endotérmica)
Obs1.:
O número de colisões efetivas é mínimo em relação ao número de colisões não-efetivas
Obs2.:
Quanto menor a energia de ativação (Ea), maior será a velocidade da reação. Isso é válido tanto para reações
endotérmicas como exotérmicas.
Quando um reagente está no estado sólido, a reação ocorre apenas na sua superfície. Por isso, quanto maior
for a superfície de contato desse sólido, maior será a velocidade da reação.
Ex. 1:
O bombril enferruja muito rapidamente do que uma lâmina de ferro, na presença do ar úmido.
Ex. 2:
Os comprimidos efervescentes na forma de pó reagem muito mais rapidamente com a água do que os na forma
de comprimidos.
Regra de Van't Hoff: “um aumento de 10°C na temperatura duplica a velocidade de uma reação.”
Ex.: 20°C → V
30°C → 2V
40°C → 4V
50°C → 8V
Observação:
A regra de Van't Hoff é uma regra muito geral e portanto muito limitada.
Observação:
A pressão só influi de maneira significativa na velocidade de uma reação quando pelo menos um dos reagentes gasoso
e pressão praticamente não altera a velocidade da reação.
n
P = .R.T P =m.R.T
V
ou seja para um reagente X(g) temos:
P = [X] . R. T a uma temperatura (T) constante temos
R . T constante.
Conclusão:
A pressão de um gás é diretamente proporcional à sua concentração molar (mol/L).
V. Influência do catalisador
Catalisador: é uma substância que aumenta a velocidade de uma reação química, sem sofrer alteração
qualitativa nem quantitativa no fim da reação.
Catálise: é o nome dado ao aumento da velocidade de uma reação provocada pelo catalisador.
Um catalisador aumente a velocidade de uma reação porque diminui a energia de ativação da reação.
Entalpia (H)
Ea1
Produtos
Ea2
H > 0
Reagentes
Sentido da reação
Entalpia (H)
Ea1
Ea2
Reagentes
H < 0
Produtos
Caminho da reação
Catálise homogênea: é aquela em que o catalisador e os reagentes formam uma mesma fase. (sistema
homogêneo).
C
Ex. 1 : 2N2 O ( g) ⎯⎯2⎯
( g)
→ N2( g) + O 2( g)
Catálise heterogênea: É aquela em que o catalisador e os reagentes formam duas ou mais fases. (sistema
heterogêneo)
MnO
Ex. 1 : 2H2 O 2(aq) ⎯⎯⎯
⎯→ 2H2 O ( ) + O 2( g)
2( s )
MnO
Ex. 2 : 2KCO 3( s) ⎯⎯⎯
⎯→ 2KC ( s) + 3O 2( g)
2( s )
Os catalisadores de automóveis são formados por ligas metálicas. Como o catalisador é sólido e os
reagentes são gasosos, a catálise é heterogênea.
Observações:
Obs.1:
O catalisador não altera o H da reação
Obs.2:
A Luz, a eletricidade, o calor, etc., em alguns casos podem aumentar a velocidade de uma reação, mas não devem
ser considerados como catalisadores, pois não são substância, mas sim formas de energia.
Obs.3:
O catalisador acelera a reação, mas não aumenta o seu rendimento, isto é, ele produz a mesma quantidade de produto,
porém, num período de tempo menor.
Quantidade de produto [ ]
Autocatálise: é um caso particular de catálise, no qual o catalisador é um dos produtos da própria reação.
Inicialmente a reação é lenta. À medida que o catalisador vai sendo formado, a velocidade da reação vai
aumentando.
Enzimas: são catalisadores (proteínas complexas) produzidos pelos vivos, que aceleram reações importantes
para o metabolismo do próprio ser vivo (as enzimas são catalisadores específicos)
Modelo chave-e-fechadura que procura explicar a especificidade de urna enzima pelas moléculas de
substrato
Ativador ou promotor de catalisador: são substâncias que, isoladamente, não possuem ação catalítica, mas
numa reação ativam o catalisador.
Fe
Ex.: N2(g) + 3 H2(g) ⎯⎯→ 2 NH3(g)
ativadores: Al2O3 e K2O.
Veneno ou inibidor de catalisador: é uma espécie química que, presente numa reação catalítica, diminui ou
mesmo anula totalmente a ação do catalisador.
Fe
Ex.: N2(g) + 3 H2(g) ⎯⎯→ 2 NH3(g)
inibidor de catalisador ou veneno: Arsênio (As)
Inibidor ou Inibidor de Reação: é uma espécie química que possui ação inversa a de um catalisador, ou seja,
aumenta a energia de ativação da reação.
+
2 H2O2(aq) H 3 O ( aq) 2H2O(l) + O2(g) velocidade: v2
V2 < V1
Comparação entre uma reação não catalisada (a) e a mesma reação catalisada por uma enzima (b). A
representação gráfica em (b) admite que a reação catalisada segue um mecanismo em duas etapas e
que a segunda etapa (ES → E + P) é a que controla a velocidade da reação.
b) catálise heterogênea
Considere a reação:
Se num dado volume temos uma molécula de H2 e uma molécula de I2, elas têm certa probabilidade de se
chocarem de forma efetiva e, portanto, a reação terá uma certa velocidade.
Dobrando-se agora a concentração do hidrogênio, ou seja, colocando-se duas moléculas de H2 a probabilidade
de uma molécula de H2 chocar-se com uma molécula de I2 dobra e, portanto, a velocidade da reação dobra.
Duplicando-se as concentrações de H2 e de I2 simultaneamente, a probabilidade fica quatro vezes maior e,
portanto, a velocidade da reação quadruplica.
Conclusão:
A velocidade dessa reação é diretamente proporcional às concentrações molares (mol/L) dos reagentes.
V = K H 2 I 2
V = K Aa Bb
Ex.: SO2( g) + O 2( g) → SO 3( g)
V = K SO 2 O 2
Na prática, a grande maioria das reações não são elementares, ou seja, ocorrem em duas ou mais etapas, cada
uma com a sua velocidade. Nesses casos, as equações que deduzimos até aqui são válidas para cada etapa da reação,
mas não são válidas para a reação global.
Para a reação geral abaixo, considerando que não seja elementar, temos:
aA + bB + ... → cC + dD
V = K Am Bn
Essa lei é conhecida como lei da ação das massas e foi estabelecida pelos cientistas Guldberg e Waage.
A velocidade de uma reação é determinada pela etapa mais lenta da reação, ou seja, a velocidade da reação é
a velocidade da etapa lenta e portanto os coeficientes m e n na equação da velocidade da reação são os coeficientes
dos reagentes na equação da etapa lenta.
Consideramos a reação:
Mecanismo de reação: é o conjunto de reações elementares que compõem uma reação química.
Observações:
Obs.1:
A cada etapa de uma reação que se processa em mais de uma etapa é considerada como elementar.
Obs.2:
A concentração de um sólido ou de um líquido em uma solução diluída, é considerada constante, por isso não deve
fazer parte diretamente da equação da velocidade e da reação, devendo ser considerado só o estado gasoso e
substâncias no estado aquoso.
Curso de Química – Medicina Extensivo - Prof. Alexandre Oliveira
198
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira
Ex.1:
Fe ( s ) + 2HC ( aq) → FeC 2( aq) + H 2( g)
V = K [HC] 2
(considerando a reação como elementar)
Ex.2:
HC ( g) + H2O( ) → H3O (+aq) + C −( aq)
V = K HC
Observações:
Obs.1:
Em uma mistura gasosa chama-se pressão parcial de um dos reagentes à pressão que ele exerceria se estivesse
sozinho, ocupando o volume total da mistura, na temperatura considerada.
Obs.2:
Como já vimos: numa mistura gasosa, a pressão parcial de cada gás é proporcional a sua concentração molar.
Relembrando:
Para um gás A(g) temos:
NA
PA V = N A RT PA = RT PA = [ A ] RT
V
Devido a essa proporcionalidade, a lei cinética também pode ser escrita, para sistemas gasosos, da seguinte
maneira:
V = K.(pA)m.(pB)n...
Na expressão da velocidade da reação em função das pressões parciais só devem ser considerados os reagentes
gasosos.
Ex.: H2(g) + I2(s) → 2HI(g)
V = K.(pH2)1
Dada a reação:
aA + bB → xX + yY
V = K.[A]m . [B]n
Assim temos:
m = ordem da reação em relação ao reagente A;
n = ordem da reação em relação ao reagente B;
(m + n) = ordem da reação ou ordem geral da reação;
A ordem de uma reação é sempre determinada experimentalmente, pois é deduzida da equação da velocidade
da reação e pode ser igual a zero ou ter um valor positivo inteiro ou fracionário.
Observações:
Quanto à ordem, as reações podem ser:
• de ordem zero;
• de ordem igual a 1 ou de primeira ordem;
• de ordem igual a 2 ou de segunda ordem;
• de ordem igual a 3 ou de terceira ordem.
V = K . [NO]2 . [H2]
Ordem do NO(g): 2a ordem
Ordem do H2(g): 1a ordem
Ordem da reação: 3a ordem
Ex.:
C12H22O11(aq) + H2O(l) → C6H12C6(aq) + C6H12O6(aq)
sacarose água glicose frutose
A molecularidade da reação é igual a 2(reação bimolecular), pois essa reação se efetua pelo choque de 2
moléculas C12 H22 O11 e H2O.
A ordem da reação é igual a 1 (reação de primeira ordem), pois a velocidade só depende da concentração de
uma substância (C12H22O11) elevada a expoente 1:
V = K C12H22O11
Observações:
1. Quando à molecularidade, as reações podem ser: monomoleculares (ou unimoleculares), bimoleculares e
trimoleculares.
2. Numa reação não-elementar, não se define molecularidade para a reação global, mas sim, para cada uma de suas
etapas.
9. Aprofundamento
9.1. Determinação da lei de velocidade de uma reação
1.1. Uma lei de velocidade é uma característica da reação determinada experimentalmente e não pode,
em geral, ser escrita a partir da estequiometria da equação química balanceada.
1.3. As ordens podem ser negativas e uma lei de velocidade pode depender da concentração dos
produtos:
Observa-se experimentalmente que na reação de transformação do gás ozônio em gás oxigênio,
o aumento da concentração de O2(g) desacelera a reação, pois ele participa da reação inversa:
Onde:
A = parâmetro de Arrhenius = fator pré-exponencial (determinado experimentalmente), também chamado
de fator de frequência, ele está relacionado com a frequência das colisões e a probabilidade com que as
colisões são orientadas de maneira favorável. Esse fator é expresso na unidade L.mol–1.s–1.
Ea = parâmetro de Arrhenius = energia de ativação (determinado experimentalmente).
A e Ea são praticamente independentes da temperatura e variam de reação para reação.
R = constante dos gases = 8,314 J.mol–1K–1.
T = temperatura absoluta.
Observe que a equação abaixo possui a forma de uma reta (y = a + bx). Essa equação mostra que em
um gráfico de ln k (eixo y) versus 1/T (eixo x) será uma reta com inclinação igual a –Ea/R, assim a energia
de ativação pode ser calculada a partir da inclinação da reta resultante no referido gráfico.
O fator exponencial e –Ea/RT é sempre menor que 1 e se interpreta como a fração de moléculas com
a energia mínima necessária para que a reação ocorra.
Ordem da
0 1 2
reação
Equação de
V=k.[R]0 V=k.[R]1 V=k.[R]2
velocidade
Unidades de
Mol.L-1.s-1 s-1 L.mol-1.s-1
k
ln[R]t = ln[R]0 – kt
[R]t = [R]0 – kt 1/[R]t = 1/[R]0 + kt
Equação (y = a + bx)
(y = a + bx) (y = a + bx)
integrada de ou
ou ou
velocidade ln([R]t / [R]0) = – kt
[R]0 – [R]t = kt 1/[R]t – 1/[R]0 = kt
Coeficiente
-k -k k
angular
Gráfico
[R]t versus t (tempo) ln [R]t versus t (tempo) 1/[R]t versus t (tempo)
retilíneo
[R] ln [R]
1/[R]
Gráfico
retilíneo
ou t1/2 = 0,693 / k
Representação gráfica de [A], em função do tempo, para a reação de primeira ordem A → produtos. A
meia-vida para a reação é de 1 minuto. Após expirar cada meia-vida, a concentração de A é reduzida à
metade.
Pede-se:
mediários são formados na reação A → D? Quantos estados
a) Determinar a equação de velocidade da reação. de transição existem? Qual etapa é mais rápida? A reação A
b) Calcular o valor da constante de velocidade da reação. → D é exotérmica ou endotérmica?
c) Qual será a velocidade da reação quando [HgCØ‚]=0,010M
e [C‚O„£]=0,010M?
11. O seguinte mecanismo foi proposto para a reação na
fase gasosa de H2 com ICl:
06. (a) Qual o significado do termo molecularidade?
(b) Por que as etapas elementares termoleculares são tão raras? H 2(g) + ICl(g) → HI(g) + HCl(g)
(c) O que é um intermediário em um mecanismo? Hl(g) + ICl(g) →l2(g) + HCl(g)
07. Qual é a molecularidade de cada um dos seguintes pro- (a)Escreva a equação balanceada para a reação total.
cessos elementares? Escreva a lei de velocidade para cada (b)Identifique quaisquer intermediários no mecanismo.
um. (c) Escreva as leis de velocidade para cada etapa no mecanismo.
(a) Cl2( g ) → 2Cl ( g ) (d) Se a primeira etapa é lenta e a segunda é rápida, qual a lei
(b) OCl-(g) + H2O (g) → HOCI(g) + OH-(g) de velocidade que você esperaria ser observada para a reação
(c) NO(g)+ Cl2(g) → NOCl2(g) como um todo?
09. (Ufmg) Em um antigo método para a fabricação do Etapa 1) H2(g) + NO(g) → N2O(g) + H2O( ) (lenta)
ácido sulfúrico, H‚SO„, uma das etapas consistia numa Etapa 2) H2(g) + N2O(g) → N2(g) + H2O( ) (rápida)
sequência de reações, representadas por estas a) A reação global é dada pela seguinte reação balanceada:
equações: 2H2(g) + 2NO(g) → 3N2(g) + 2H2O( ) + N2O(g).
b) Se mantivermos a concentração do H2(g) em quantidade
I) SO‚(g) + NO‚(g) ë SOƒ(g) + NO(g) de matéria e duplicarmos a concentração em quantidade
II) NO(g) + 1/2 O‚(g) ë NO‚(g) de matéria do NO(g) , a velocidade da reação duplicará.
c) Colocando-se na reação um catalisador, este aumentará a
Considerando-se essas equações e a produção de velocidade da reação e será consumido durante a reação.
H‚SO„, é INCORRETO afirmar que d) A lei da velocidade é dada por: V = K [H2(g) ] [NO(g) ]
a) a obtenção do H‚SO„ pode ser realizada por meio e) Se triplicarmos a concentração em quantidade de matéria
da reação de SOƒ com a água. do H2(g) e duplicarmos a concentração do NO(g) , a
b) a equação da reação global da etapa descrita não velocidade da reação ficará 12 vezes maior.
inclui os compostos nitrogenados.
c) o nitrogênio é reduzido e o enxofre é oxidado na 12. (Ufpe) No início do século XX, a expectativa da
primeira reação. Primeira Guerra Mundial gerou uma grande
d) o oxigênio molecular catalisa a conversão do NO em necessidade de compostos nitrogenados. Haber foi o
NO‚. pioneiro na produção de amônia, a partir do nitrogênio
do ar. Se a amônia for colocada num recipiente
10. (Ufmg) Duas reações químicas foram realizadas fechado, sua decomposição ocorre de acordo com a
NO(g)
2SO‚ + O‚ ë 2SOƒ
c) II e III.
d) II e IV.
e) I, III e IV.
23. (Ufrgs) Para a obtenção de um determinado produto, 25. (Unesp) A fonte energética primária do corpo
realiza-se uma reação em 2 etapas.
O caminho dessa reação é representado no diagrama humano vem da reação entre a glicose (C†H‚O†) em
abaixo. solução e o oxigênio gasoso transportado pelo sangue.
São gerados dióxido de carbono gasoso e água líquida
como produtos. Na temperatura normal do corpo
(36,5°C), a interrupção do fornecimento energético
para certos órgãos não pode exceder 5 minutos. Em
algumas cirurgias, para evitar lesões irreversíveis
nestes órgãos, decorrentes da redução da oxigenação,
o paciente tem sua temperatura corporal reduzida para
25°C, e só então a circulação sanguínea é
interrompida.
a) Escreva a equação química balanceada que
Velocidade
[A] [B] inicial A respeito dessa reação é correto afirmar que sua
Experimento −1 −1
mol L mol L −1 −1 expressão da velocidade é
(mol L s )
a) v = k[NO] [H‚].
01 0,1 0,1 4,0 10−5 b) v = k[NO]£ [H‚].
02 0,1 0,2 4,0 10−5 c) v = k[H‚].
03 0,2 0,1 16,0 10−5 d) v = k[NO]¥ [H‚]£.
e) v = k[NO]£ [H‚]£.
A partir dos dados da tabela acima, é correto afirmar que a
reação: A + B → C, é de:
29. (Uem ) Os conversores catalíticos automotores,
a) 2ª ordem em relação a " A " e de ordem zero em relação baseados em ligas metálicas sólidas contendo ródio,
a "B" paládio ou molibdênio, são dispositivos antipoluição
b) 1ª ordem em relação a " A " e de ordem zero em relação existentes na maioria dos carros. Sua função é
a "B" absorver moléculas de gases poluentes e, através de
c) 2ª ordem em relação a "B" e de ordem zero em relação um processo chamado catálise, oxidar ou decompor
a "A" esses gases, como mostra o exemplo abaixo. Para a
d) 1ª ordem em relação a "B" e de ordem zero em relação reação global 2 NO(g) + O‚(g) ë 2 NO‚(g), na qual
a "A" NO‚ atmosférico é gerado a partir de NO expelido dos
e) 1ª ordem em relação a " A " e de 1ª ordem em relação a escapamentos de automóveis, é proposto o seguinte
"B" mecanismo, em duas etapas:
2 NO(g) Ï N‚O‚(g) (etapa rápida)
27. (Ufsm) Os sais estão presentes nos shows pirotécnicos.
N‚O‚(g) + O‚(g) ë 2 NO‚(g) (etapa lenta)
Os fogos de artifício utilizam sais pulverizados de diferentes
íons metálicos como, por exemplo, o sódio (cor amarela) e o Considerando essas afirmações, assinale o que for
potássio (cor violeta), misturados com material explosivo, correto.
como a pólvora. Quando a pólvora queima, elétrons dos 01) A lei de velocidade da etapa lenta é igual a
metais presentes sofrem excitação eletrônica, liberando a v=k[O‚][NO]£.
energia na forma de luz.
02) As reações das etapas rápida e lenta podem ser
Sobre a cinética da reação, é correto afirmar: chamadas de reações bimoleculares.
a) Quanto maior a superfície de contato entre os reagentes, 04) A catálise descrita acima é um exemplo de catálise
mais rápida é a reação; assim, quanto mais dividido o homogênea.
reagente sólido, mais a reação será acelerada. 08) À temperatura e à concentração de NO(g)
b) A queima dos fogos de artifício é facilitada pelo uso de
sais pulverizados, pois estes diminuem a energia de constantes, se a concentração de O‚(g) duplicar, a
ativação da reação. reação global será 4 vezes mais rápida.
c) A temperatura gerada na queima de fogos de artifício 16) Sendo a lei de velocidade da etapa lenta, obtida
reduz a frequência dos choques entre as partículas de experimentalmente, igual a v=k[N‚O‚][O‚], sua ordem
reagentes, tornando a reação mais rápida.
de reação é igual a 2.
d) A reação é mais rápida, pois, ao se utilizar o sal
pulverizado, a frequência das colisões é menor,
favorecendo, assim, a reação. 30. (Ufpe) Em determinadas condições de temperatura
e) A pólvora age como um catalisador, diminuindo a energia
principal vantagem desse “sabonete” é que ele não se [II] Falsa. O catalisador (AChE) diminui a energia de ativação da
desgasta com o uso. Considere que a principal reação.
substância responsável pelo odor de alho é a alicina [III] Verdadeira. AChE promove caminhos reacionais alternativos,
(estrutura I) e que, para que o odor seja eliminado, ela consequentemente a energia de ativação diminui.
seja transformada na estrutura II. [IV] Falsa. AChE não inibe a formação de intermediários, pelo
contrário, cria caminhos alternativos.
v = k [H 2 ] [NO] 2
32) V
v = k (1) (1)2 = 1 Pois a expressão coloca o sinal negative no cálculo da velocidade
v = k (3) (2)2 = 12k dos reagents para que o resultado obtido para a velocidade media
de consumo dos reagentes seja positiva.
Resposta da questão 12: [D]
Resposta da questão 13: F V V V F Resposta da questão 16: [C]
Resposta da questão 14: 02 + 04 + 32 = 38
Resposta da questão 15: 02 + 04 + 08 + 32 = 46 Resposta da questão 17: [B]
01) F De acordo com o gráfico, o aumento da concentração de KOH
A velocidade média da reação vai diminuindo à medida provoca o aumento da velocidade da reação de isomerização.
que o tempo passa;
02) V
Entre 20 min e 30 min temos:
[H2 O 2 ] 0,20 − 0,30 mol / L
Vm H2 O 2 = = =
t 30min− 20min
0,10mol / L
= = 0,01mol / L.min =
10min
= 1,00.10−2 mol / L.min
2 H2 O 2 ⎯⎯
→ 2 H2 O + 1 O 2
Vm H2 O 2 Vm O 2
=
2 1
1,00.10−2 Vm O 2
Pelo gráfico nada pode ser inferido em relação ao
= calor da reação. Não se pode dizer pelo gráfico, se a
2 1
reação é endotérmica ou exotérmica.
1,00.10−2
Vm O 2 = = 0,5.10−2
2 A tendência que a reação seja exotérmica, pois
Vm O 2 = 5,0.10−3 mol / L.min converte um alceno monossubstituído em um alceno
Conclusão: A reação será de segunda ordem em relação a A e de De acordo com o enunciado, o sulfeto de mercúrio (II)
ordem zero em relação a B. (HgS) pode ser decomposto sob a ação da luz, produzindo
mercúrio metálico (Hg ) e essa reação seria catalisada pelo
Resposta da questão 27: [A]
[A] Correta. Quanto maior a superfície de contato entre os ( )
íon cloreto C − presente na umidade do ar.
reagentes, mais rápida é a reação; assim, quanto mais dividido Esquematicamente, tem-se:
o reagente sólido estiver, mais a reação será acelerada.
[B] Incorreta. A queima dos fogos de artifício é facilitada pelo uso Hg2+ S2− HgS
de sais pulverizados, pois aumenta a superfície de contato,
aumentando a frequência de choques efetivos. C − (presente na umidade)
HgS ⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯→ Hg
[C] Incorreta. A temperatura gerada na queima de fogos de artifício luz
Vermilion
aumenta a frequência de choques efetivos das partículas
tornando a reação mais rápida. Segundo a hipótese proposta, o íon cloreto atua como
[D] Incorreta. O sal pulverizado aumenta superfície de contato, catalisador na decomposição fotoquímica do vermilion, ou
com isso a frequência das colisões é maior, o que favorece a seja, diminui a energia de ativação da reação.
reação.
[E] Incorreta. A pólvora não age como catalisador, pois é Resposta da questão 37: [E]
consumida durante o processo de queima.
É recomendável transferir o vinho para uma garrafa menor,
Resposta da questão 28: [B] tampá-la e guardá-la na geladeira para evitar a oxidação
(contato com o oxigênio do ar) e diminuir a velocidade das
Resposta da questão 29: 18
reações envolvidas neste processo.
Resposta da questão 30: [D]
Resposta da questão 31: 01 + 02 = 03 Resposta da questão 38: [C]
O NO é um catalisador, ele foi consumido na primeira
etapa e foi restituído integralmente na segunda etapa. Uma forma de impedir o processo corrosivo nesses
É assim que o catalisador atua em uma catálise utensílios é impermeabilizar a superfície, isolando-a de seu
homogênea. contato com o ar úmido, pois assim, evita-se a reação do
O intermediário de reação é o contrário. Ele e ferro sólido com o gás oxigênio e com a água presente na
formado em uma etapa e consumido em uma etapa atmosfera, ou seja, evita-se a oxidação.
posterior. 4 Fe(s) + 3 O2(g) + 2 H2O( ) → 2 Fe2O3 H2O (s)
Ferrugem
O item 4 é falso e poderia ser melhor elaborado
A reação global é não elementar Fe : Nox (Fe) = 0.
O item trata sobre a lei de velocidade da reação e O2 : Nox (O) = 0.
depois fala da ordem do ozônio na lei de velocidade.
Fe2O3 : Nox (Fe) = +3.
A lei de velocidade da reação está errada, pois a
reação é não elementar. Fe2O3 : Nox (O) = −2.
→ 4Fe3 + + 12 e −
oxidação
4Fe0 ⎯⎯⎯⎯⎯
Resposta da questão 32: [B]
3 O2 + 12 e− ⎯⎯⎯⎯⎯
→ 6 O2−
redução