Você está na página 1de 7

A Estética Marvel em Boku no Hero Academia

28/05/2020

por Arthur Albano

Procurando por alguma coisa interessante na quarentena, eu me deparei com o anime


de Boku no Hero Academia e preciso admitir que foi amor à primeira vista. Depois de
assistir 3 das 4 temporadas já lançadas, cá estou eu escrevendo um texto sobre essa obra
maravilhosa que pode servir como uma introdução aqueles que nunca viram um anime
na vida ou nunca leram um mangá. Então, vem comigo que eu tenho certeza que você
vai sair desse texto direto para apreciar essa obra.
Criado pelo mangaká Kōhei Horikoshi, Boku no Hero Academia, ou My Hero
Academia como foi traduzido, é um shonen clássico. Um tipo de obra destinada ao
público jovem masculino, basicamente a galera de 12 a 18 anos.
Se passando em um mundo onde 80% da população possui algum tipo de habilidade
especial, a história acompanha a trajetória de Izuku Midoriya, um jovem obcecado por
super-heróis que almeja se tornar um. O problema é que Midoriya faz parte dos 20%
que são considerados comuns e seu sonho parece impossível até que ele conhece All
Might, o herói símbolo da paz. Impressionado com a personalidade heroica e altruísta
de Midoriya, All Might decide transmitir seus poderes para ele, sendo seu mentor para
que em um futuro próximo Midoriya seja o herdeiro do seu manto.

E considerando que a maioria dos grandes animes e mangás clássicos


foram encerrados (como Naruto e Dragon Ball) ou sobrevivem por meio de sequências
não tão boas quanto os originais (Boruto e Dragon Ball Super) ou se enquadram na
categoria de obras infinitas (Pokémon e One Piece), BNHA foi um respiro de
novidade nesse meio e que conseguiu conquistar tanto o público oriental quanto o
público ocidental por fazer a linha Hannah Montana e apresentar o melhor de dois
mundos.
O mercado japonês de mangás é muito diferente do mercado americano de quadrinhos,
e aí a gente inclui na conta muitos anos de diferenças culturais. Se os Estados Unidos se
movimenta como um vírus infectando vários países, o Japão é uma comunidade fechada
que tende a prezar pelo conteúdo que seus artistas nacionais produzem, por essa razão
que produtos americanizados não fazem tanto sucesso no país quanto fazem ao redor do
mundo.
O interessante desse fator é que Boku no Hero Academia é um dos mangás / anime que
mais fazem sucesso no país e que possui vários atributos narrativos e visuais que são
facilmente reconhecidos pelo público ocidental. Eu, por exemplo, consigo fazer vários
paralelos entre BNHA e a Marvel Comics, já que ambas compartilham de alguns pontos
muito parecidos, diferente da DC Comics que é uma pegada muito mais ficção científica
e espacial que urbana. Então por isso, eu vou usar exclusivamente a estética da Marvel
para esse texto (e relaxem que eu sou DCnauta assumido, ok!).
Criando um Universo Heroico
A Marvel Comics é a principal sensação do momento. Tendo em seu currículo o filme
que mais arrecadou bilheteria do mundo inteiro, Vingadores Ultimato, precisamos levar
em conta que ela foi responsável por inaugurar toda uma cultura de super-heróis que era
algo bem desprezado durante as décadas de 70, 80 e 90. Ser alguém geek naquela época
era algo pejorativo, diferente de hoje em dia em que ser nerd é algo de extremo orgulho,
mesmo que a comunidade seja extremamente tóxica com todo mundo que não seja
branco, hetero ou homem cis, mas querendo ou não, a Marvel fez história e é uma das
poucas empresas que podem se orgulhar de ter influenciado a sociedade no quesito
cultural.
Iniciando seu universo cinematográfico em 2008 com o primeiro filme do Homem de
Ferro, interpretado pelo carismático Robert Downey Jr, a Marvel deu um passo além
popularizando toda a ideia de ser super-herói. Em 2012, finalmente ocorreu essa
solidificação com o lançamento de Os Vingadores, longa que reuniu heróis apresentados
em filmes anteriores e iniciou a onda de filmes eventos. A partir daquele momento toda
a cultura pop se modificou. A Comic-Con se tornou o principal palco desse universo
cinematográfico e de uma hora para outra, super-heróis são cool.

Viajamos então para 2019. Vingadores Ultimato é a finalização de todo uma fase do
universo Marvel. O Homem de Ferro morreu, o Capitão América se aposentou e a
cultura de super-heróis começa a demonstrar desgaste e saturação com a fórmula que o
estúdio insiste em usar em praticamente todos os seus filmes. Fato é que Ultimato foi
um sucesso estrondoso e se lembrarmos que já faz 12 anos que o primeiro Homem de
Ferro foi lançado, então essa tendência é algo que vai durar por muito tempo!
Pelo menos no Ocidente…

Se na China, Ultimato fez 614 milhões de dólares, no Japão o maior filme da Marvel fez
apenas 35 milhões. Uma quantia que é muita, mas pouca se formos colocar em
comparação que esse era a culminação de um universo construído por anos, o que só
demonstra como essa cultura de super-heróis ainda não penetrou com força dentro da
esfera nipônica. Ou pelo menos não da forma que nós esperamos.
Lançado em 2014, Boku no Hero Academia surgiu em meio a uma sociedade pós-
Vingadores, onde a cultura de super-heróis era algo fresco e inovador e estava no seu
auge. Para conseguir fazer com que sua obra atingisse o público japonês, o mangaká
Kōhei Horikoshi decidiu unir alguns aspectos da estética do Universo Marvel e aplicá-
las em uma estrutura de shonen clássico, fazendo com que assim nascesse o mangá que
dá nome a esse texto.
E quais são esses aspectos do Universo Marvel?
O mais claro deles é como Horikoshi conseguiu criar seu universo. Ao invés de pegar
inspirações concretas ele se inspirou em pontos mais abstratos, como o fato da
sociedade de Boku no Hero nascer com habilidades especiais, um paralelo que podemos
traçar com a sociedade do Universo Marvel cuja uma pequena parcela nasce com
poderes que são atrelados ao código genético, essa parcela se chama Mutantes e se
popularizaram no título X-Men, um dos maiores da editora até os dias de hoje.

Não estou dizendo que Horikoshi copiou a Marvel, até porque a forma que ele conduz
seu universo é totalmente diferente da forma que a editora lida com os Mutantes. Se no
universo 616, os mutantes são uma minoria social que sofre preconceito em Boku no
Hero vemos que as pessoas com habilidades não são só normalizadas, mas até mesmo
cultuadas devido ao fato de se tornarem super-heróis que servem a população a mando
do Governo, outro ponto que podemos comparar com a direção narrativa da Marvel.
Principalmente na DC Comics, eu vejo que o Ocidente existe uma tendência a pegar
mais pesado nas temáticas heroicas, com histórias cada vez mais cínicas e pesadas que
são uma consequência da nossa sociedade. Na Marvel esse cinismo não é tão forte
quanto na DC, mas os super-heróis da editora não encontram o mesmo otimismo
presente no universo de Boku no Hero. Podemos enxergar isso claramente se
colocarmos em comparação a saga Guerra Civil onde Capitão América e Homem de
Ferro lutaram um contra o outro devido a ideologia de que os super-heróis deviam ou
não se sujeitar as ordens do Governo. Em Boku no Hero vemos de uma forma muito
mais otimista que essa foi uma profissão que surgiu na clandestinidade e que foi
absorvida pelo Governo para se tornar algo oficial, é aí que novamente entra mais um
ponto de comparação.

Em Boku no Hero, após Midoriya herdar os poderes de All Might, ele entra no Colégio
UA, uma instituição oficial que treina jovens com habilidades para eles se tornarem
super-heróis autorizados pelo governo. Claro que em organização é algo que se difere
muito dos conceitos do Instituto Xavier para Jovens Mutantes, mas em essência essas
duas instituições tem o mesmo objetivo: treinar jovens com habilidades da melhor
maneira possível. E essa é uma comparação tão honesta que podemos até utilizar o tanto
de vezes que a Liga dos Vilões, grupo de vilões de BNHA, atacou a UA lado a lado com
a Mística e o Magneto atacando a escola do nosso carequinha Xavier.
Para encerrar esse tópico das comparações, uma última é a essência de All Might, o
super-herói máximo daquele universo que funciona muito mais como uma
representação de um ideal que uma persona real, algo que se formos colocar na balança
equivale a todo o aspecto moral e honroso que o Capitão América (existe algum nome
mais ocidental que esse?) carrega em sua existência. Ambos são o que há de melhor em
cada universo e servem como inspiração para os jovens poderosos e meros mortais dos
seus respectivos mundos.
Criando um shonen de heróis
Agora que você leitor viu como existem diversos aspectos que unem Boku no Hero aos
quadrinhos americanos, deve estar se perguntando, como diabos o Horikoshi fez isso
funcionar em território japonês?
E eu digo que ele fez isso apenas aplicando a estética americana dos quadrinhos numa
estrutura de shonen clássico. Se BNHA fosse uma obra totalmente ocidental já
esperaríamos encontrar algo mais centrado exclusivamente na figura de Izuku Midoriya
com desenvolvimento apenas nele e no máximo de All Might, sendo as duas figuras
centrais cujo todos os outros personagens apenas orbitam ao redor. Mas, felizmente a
obra é uma mangá shonen e por isso se torna muito mais complexa devido ao fato de
que ela é feita para durar, então adicione na receita diversos personagens com histórias e
objetivos próprios e uma história que caminha a passos lentos, equilibrando o
desenvolvimento de diversos personagens com o andamento de uma história maior que
une todo o projeto.

No Japão eles fazem isso utilizando a estratégia de arcos. Normalmente, no mercado


americanos temos o que chamamos de “fases” que variam dependendo do roteirista e do
desenhista, mas que ao se encerrar também termina um ciclo daquela história. No
mercado oriental as coisas funcionam de forma diferente e se formos colocar em termos
ocidentais é como se fosse uma série, administrada por um showrunner que seria o
mangaká e que comanda tudo o que vai acontecer na história dividindo-a em diversas
temporadas que seriam os arcos.
Pegando Dragon Ball Z como exemplo, temos os arcos das Esferas do Dragão, da
Invasão Saiyajin, do Freeza e vários outros. Cada um funciona como se fosse uma
“temporada” do mangá, o que explica porque obras como shonens funcionam de forma
tão bem como anime, sendo mais fáceis de serem adaptados já que seu formado
narrativo se aproxima muito do aspecto audiovisual.
E Horikoshi se aproveita dessa estrutura apresentando seus arcos de história de forma
clássica, lembrando até mesmo Dragon Ball com seus arcos de torneio, que era uma
forma de colocar personagens aliados para lutar, algo que sempre engaja o público fiel
que acompanha a história. Mas o fato é de que as histórias de super-heróis funcionam
com o afeto e a ligação que desenvolvemos com aquelas figuras mascaradas, algo que
funciona de forma magistral com formato que Boku no Hero decidiu utilizar, fazendo
com que o desenvolvimento dos personagens seja algo muito mais agradável para nós
leitores.
E o melhor é que além de contar com a estrutura de um shonen clássico, com um
protagonista, um mentor, uma gama de personagens, um universo cheio de
possibilidades a serem exploradas, Boku no Hero ainda consegue subverter alguns dos
clichês do gênero.
Um dos que eu mais gosto é a forma como tanto o mangá quanto o anime dedicam
grande parte do tempo para desenvolver personagens em paralelo ao protagonista
Midoriya. Dragon Ball e Naruto não funcionariam sem o Goku e o Naruto, mas Boku
no Hero Academia facilmente funcionaria sem a existência de Midoriya, porque existem
tantos outros personagens cativantes que cada um deles consegue assumir o fardo do
protagonismo sem muitas dúvidas.

Claro que o Midoriya é o protagonista, porque ele encarna o clichê de personagem


underdog que começa lá embaixo e aos poucos vai ascendendo, ganhando força e se
tornando forte. Ele é o ponto mais empático que nós, o público, temos com a obra e eu
gosto de analisar a construção desse personagem dele fazendo um paralelo com um
super-herói ocidental bastante conhecido, nosso amigão da vizinhança, o Homem-
Aranha.
A Jornada do Herói
Se figuras como o Homem de Ferro ou o Capitão América não são tão fáceis de se
identificar, já que o primeiro é um bilionário inteligentíssimo e o segundo um militar
muito devotado, eu gosto de pegar o exemplo do Homem Aranha como aquele
personagem que qualquer um consegue se identificar. Órfão, meio pobre e sem
nenhuma característica que o faça especial, ele ganha seus poderes por acaso do destino,
mas se torna um super-herói pela sua personalidade altruísta e isso é extremamente
cativante, sendo o Homem-Aranha um dos heróis com a origem mais consistente com a
sua persona heroica. Ele é alguém que funciona de forma muito bem no mundo real,
sendo uma figura que se destaca pelas suas ações que são verdadeiramente boas. Fato é
que Peter Parker não precisava ser um super-herói, ele se tornou um porque entendeu
que com seus poderes, ele tinha a responsabilidade de tornar o mundo melhor. Uma
característica que muitas das adaptações falharam em transpor para as telonas, mas
que Sam Raimi conseguiu adaptar de forma perfeita em sua obra-prima, Homem-
Aranha 2.

Conhecido especificamente pela melhor cena de todos os filmes de super-herói, esse


filme é o que você espera da construção de um herói. Alguém verdadeiramente bom,
que age pela emoção e que tem a esperança de tornar o mundo melhor, algo no estilo
Super-Homem, mas bem… Ele é um alienígena e o Peter Parker é só um estudante que
luta para sobreviver em Nova York, alguém muito mais fácil de se identificar. Por isso
que quando o Homem-Aranha arrisca a própria vida para salvar um trem cheio de
pessoas, ele é carregado por elas, sem sua máscara, totalmente vulnerável, ali ele se
consolida como um herói de verdade, um símbolo da paz.
E não é por acaso que eu inseri a história de Peter Parker nesse texto, já que o autor de
BNHA, Horikoshi, já admitiu que o Homem-Aranha de Sam Raimi foi uma de suas
inspirações para ele começar a escrever a trajetória de Izuku Midoriya.

Em comparação ao Homem-Aranha, Midoriya quer se tornar um herói porque ele quer


tornar o seu mundo melhor. E esse seu desejo é tão grande que ele nunca desiste de se
tornar um herói e entrar no Colégio UA, mesmo que não possuísse uma habilidade
especial. Sua força de vontade supera sua realidade é isso que encanta tanto All Might
quanto nós que acompanhamos a obra. Midoriya foi escrito especificamente para nos
fazer amá-lo, sendo um personagem com alguns defeitos, principalmente a burrice,
mas que sempre nos cativa pela personalidade esperançosa. Assim como o Homem-
Aranha, Midoriya não tinha nenhuma obrigação de se tornar um herói, mas seu desejo
de mudar o mundo é tão grande que ele dá sua cara a tapa e enfrenta os vilões da obra
mesmo não dominando seus poderes completamente.
E conforme a obra vai se desenvolvendo, vamos acompanhando a consolidação de
Midoriya como um super-herói de verdade. Talvez até o fim da obra e com o passar do
tempo, Midoriya seja reconhecido como um dos super-heróis definitivos no cânone da
história. E eu fico feliz que essa revolução no meio heroico está surgindo justamente no
Japão, onde essa febre nunca foi tão popular. Em meio a saturação da fórmula Marvel,
precisamos da originalidade que BNHA apresenta.
Claro que ela não é uma grande inovação do gênero, sendo uma obra que utiliza os
passos da jornada do herói de forma bastante literal. Mas, ao utilizar a estrutura de um
shonen com a estética heroica americana de forma consciente, BNHA transcende a
barreira de uma obra ordinária e se transforma em algo que vale a pena acompanhar. É
um arroz e feijão, claro, mas um tão bem feito que deixa qualquer querendo mais.
Talvez o único defeito da obra, e que já levou várias pessoas a droparem (o que é
compreensível), seja a sexualização de personagens femininas. Não que a obra chegue
ao ponto de ser extremamente problemática, mas fica perigando ali na linha do
aceitável, nos confundido sobre o que o autor quer passar já que ele crítica a obsessão
com o corpo feminina na figura do personagem Mineta. Eu pessoalmente torço o olho
pras cenas que possuem esse defeito e torço de verdade para que o autor mude isso.
Sexualizar as personagens femininas é algo desnecessário, mas meio que é comum
(principalmente nos quadrinhos americanos) já que excita essa galera que é o público
alvo dos shonens. O que podemos fazer é torcer para que esse comportamento mude,
assim como vem mudando nos quadrinhos americanos.
PLUS ULTRA! MAIS ALÉM!
Se todos esses fatores tornam Boku no Hero uma excelente obra, não poderia encerrar
esse texto sem dedicar uma parte especial para o anime.
Como todos sabem, o que determina a popularização de uma obra no Japão muitas
vezes é o anime certo. Um mangá fraco pode se tornar um sucesso com um anime bom
(Dororo), assim como um excelente mangá pode perder popularidade graças a um
anime ruim (Gantz). Felizmente, o anime de Boku no Hero Academia é feito pelo
Estúdio Bones que não tem medo de investir na obra, adotando de vez a estética dos
quadrinhos de forma clara.

Podemos ver isso pela utilização de fontes que remetem aos quadrinhos, assim como os
planos de fundo dos títulos e as cores extremamente coloridas, como se realmente fosse
uma obra ocidental. Mas, deixando a estética de lado tudo em BNHA é japonês, indo
desde a maneira que a série insere seu humor até mesmo a personalidade dos
personagens que pode ser sintetizada no lema do Colégio UA, “Plus Ultra” na tradução
“Mais Além”.
Uma parte essencial do comportamento japonês é a fama que eles tem de serem
extremamente esforçados, eficazes e competentes no que se propõe a fazer. BNHA se
aproveita disso e sempre coloca seus personagens para confrontarem suas zonas de
conforto, mostrando que eles podem ir além se quiserem. Ás vezes chega até a ser algo
doentio, já que há uma política de trabalho extrema no Japão que está sendo
desconstruída com o passar do tempo, mas eu acho extremamente legal a forma como
Horikoshi adiciona esse elemento de forma intrínseca e orgânica a personalidade dos
seus personagens, tornando-os mais japoneses ainda.

E o anime sempre vai mais além, utilizando com precisão todos os elementos visuais,
sonoros e narrativos para nos conquistar. A primeira temporada que conta com apenas
12 episódios é um início de shonen que eu considero IMPECÁVEL, e o estúdio não
deixa a peteca cair até mesmo em arcos considerados menos importantes, como o
torneio do Colégio UA que faz os personagens lutarem entre si e que ganha episódios
com animações incríveis.
Portanto, se você chegou até aqui dê uma chance para Boku no Hero. Mesmo que você
não curta animes tente começar a se desconstruir com esse aqui. Mesmo com a barreira
de linguagem, eu sempre digo que uma boa história é universal e esse é um excelente
exemplo. O menino que antigamente se identificava com o Homem-Aranha hoje pode
se identificar com Izuku Midoriya e está tudo bem. Os super-heróis mudam conforme a
sociedade muda, mas o que não muda são suas essências e a esperança de um mundo
melhor.
Uma esperança muito necessária nos dias de hoje. Uma que precisamos cultivar.
Por essa razão, assistam ou leiam Boku no Hero Academia.

Você também pode gostar