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 Principais políticas econômicas:

liberalismo, neo(protecionismo)
e liberalismo moderno

 Sistema Monetário e Financeiro


Internacional
 Bretton woods à OMC
Liberalismo (clássico)

 Laissez-faire (o Estado deixa de fazer)


 Livre mercado
 Livre concorrência
 Livre iniciativa
 Desregulamentação
 Divisão internacional da produção
 Adam Smith
 Argumentos a favor (divisão internacional da produção;
melhor utilização dos recursos naturais; economia de escala
 Argumentos contra (conflitos de interesse; colonialismo)
Protecionismo e Neoprotecionaismo
 Por protecionismo entende-se medida governamental tomada com vistas a
assegurar mercado interno a produtores nacionais, afastando a concorrência
externa. O protecionismo acaba por se contrapor ao livre-cambismo,
compreendido como a não-intervenção do Estado na economia no que atine a
alterações no fluxo comercial com o propósito de garantir proteção a indústrias
domésticas.

 O neoprotecionismo difere do protecionaismo pelos mecanismos novos de


que se utiliza e pela importância que tais instrumentos passaram a adquirir na
busca dos mesmos objetivos de proteção. Enquanto os instrumentos clássicos
de proteção consistiam em tarifas, cotas e subsídios, o neoprotecionismo
caracteriza-se pela utilização de formas mais sofisticadas de proteção não-
tarifária, ainda que sejam empregadas com o mesmo fim das medidas
protecionaistas tradicionais.
 Toda forma de protecionaismo (ou de neoprotecionismo) é vedade à OMC.
Muito embora, o objetivo último da OMC seja a promoção do comércio
internacional sem restrições de qualquer natureza, este propósito
indubitavelmente é programático. Enquanto seu fim não é alcançado, uma
série de dispositivos dos acordos da OMC buscam especificar com detalhes
as exceções ao livre comércio, com vistas a evitar que sua utilização de modo
abusivo comprometa o caminho da liberalização comercial. O livre comércio é
a regra; a proteção, é a exceção.
Características do Protecionismo

 Intervencionismo
 Formas de protecionismo (agressivo, defensivo, moderado)
 Barreiras (alfandegárias; quotas de importação; taxa de câmbio)
 Argumentos a favor (perigos decorrentes da divisão da produção;
dumping; indústria nacionais e economia de escala; proteção dos
recursos naturais; produção de natureza estratégica).
 Argumentos contra (divisão da produção; acomodação da indústria
nacional; reservas de mercados e monopólios; guerra comercial)
 Neoprotecionismo.
Liberalismo moderno (social)

 Ideias básicas é questionar o individualismo e a desigualdade.


 Governo máximo
 Governo mínimo
 Governo ótimo (liberalismo moderno)
 Gastos públicos a 30% do PIB
 ideia de um “Estado interventor” como forma de corrigir as
injustiças e desigualdades sociais.
Ucrânia-Rússia-Europa: clima e gás

Se a Rússia interromper o
fornecimento de gás
à Europa para retaliar as
sanções punitivas por sua
invasão da Ucrânia, a região
ainda poderá sobreviver no
próximo inverno. Mas não
será fácil ou barato.
 Se as importações russas cessarem, a Europa precisará reduzir a
demanda por gás em pelo menos 400 terawatts-hora, ou cerca de
10% a 15% da demanda anual. Algumas opções incluem
aumentar o uso de combustíveis alternativos, como carvão,
retardar a desativação de usinas nucleares ou reduzir a
demanda de players industriais.
Moeda e Banco Central
 A noção de sistema pressupõe a ideia de organização. Um sistema monetário nacional é
a organização das relações monetárias de um país que compreendem o modo como os
agentes econômicos utilizam a moeda, a referência nominal da moeda e como ela é criada
em função de suas necessidades. Essas necessidades correnpondem às três funções
tradiconais da moeda: meio de troca, unidade de valor e reserva de valor.

 A moeda é a mais antiga representação do dinheiro e por isso é considerada a unidade


representativa de valor e aceita como instrumento de troca. É parte integrante da
sociedade, controla, interage e participa dela, independentemente da nação.

 A utilização da moeda como meio de troca permite a especialização e divisão do trabalho,


possibilita também a redução do tempo empregado em transações, viabilizada pela
aceitação geral da moeda e a eliminação dos inconvenientes da necessidade da dupla
coincidência de desejos de troca, como em economias de escambo.

SILVA, P. R. da. Origem e Desenvolvimento do Sistema Financeiro Internacional: do padrão ouro à crise de 2008. Tese de Mestrado. PUC, SP, 2010.
Disponível em: https://tede2.pucsp.br/bitstream/handle/9141/1/Paulo%20Roberto%20da%20Silva.pdf. Acesso em: jan-2021.
 Já a utilização da moeda como unidade de valor (unidade de conta) garante a criação de uma unidade
padrão de medida à qual todas as mercadorias são convertidas. Tal unidade passa, então, a servir como
um denominador comum dos valores de todas as mercadorias.

 A função da moeda como reserva de valor é dada por sua capacidade relativa de guardar riqueza, ou
poder de compra, do momento em que é recebida até o momento em que é gasta, tendo por
característica a liquidez absoluta. Dessa forma, o possuidor da moeda não precisa gastá-la
imediatamente, podendo guardá-la para uso futuro.

 Todo país tem como unidade de valor uma moeda e um Sistema Monetário, normalmente controlado
por um Banco Central que exerce um poder de regulamentação da quantidade de meio circulante,
custo do dinheiro e disponibilidade de crédito do sistema bancário para financiar as diversas transações
diárias. O BACEN é uma instituição financeira governamental que atua como “banco dos bancos” e tem
como prioridade a estabilidade da moeda. Cabe a esta instituição o monopólio da emissão do papela-
moeda , a fiscalização e controle dos demais bancos públicos e privados e a responsabilidade de
administrar as reservas nacionais em ouro e moedas estrangeiras.

 Todas as relações comeriais entre os países oorre através dos bancos centrais e para que isso ocorra há
necessidade que haja regras gerais e todos os países por meio de normas, práticas e instituições .
SILVA, P. R. da. Origem e Desenvolvimento do Sistema Financeiro Internacional: do padrão ouro à crise de 2008. Tese de Mestrado. PUC, SP, 2010.
Disponível em: https://tede2.pucsp.br/bitstream/handle/9141/1/Paulo%20Roberto%20da%20Silva.pdf. Acesso em: jan-2021.
O que é o Sistema Monetário Internancional ?

SILVA, P. R. da. Origem e Desenvolvimento do Sistema Financeiro Internacional: do padrão ouro à crise de 2008. Tese de Mestrado. PUC, SP, 2010.
Disponível em: https://tede2.pucsp.br/bitstream/handle/9141/1/Paulo%20Roberto%20da%20Silva.pdf. Acesso em: jan-2021.
Padrão Ouro
 Primeiro padrão monetário ou o primeiro Sistema Monetário Internacional foi o padrão ouro (clássico),
gold standard . Ele vigorou de 1870 a 1914.

 Nesse período, a Inglaterra era a potência econômica líder e as outras nações alinhavam-se (ou tinham
que se alinhar) ás diretrizes da política inglesa para atingir sucesso econômico. Por sua importância no
comércio internacional e pelo desenvolvimento acelerado de suas instituições financeiras, a Inglaterra
impunha ao mundo o padrão ouro e Londres torna-se o centro financeiro do mundo.

 O que determinava o valor legal da moeda era a quantidade de ouro que a unidade dela deveria
conter. Por isso, a moeda papel (é a que tem lastro em ouro e o papel-moeda é a que não tem lastro
em ouro) somente era emitida quando houvesse um lastro em ouro, no Tesouro Nacional, e podiam ser
trocadas por ele (ouro), pelo seu equivalente, no Tesouro do seu país.
Padrão Ouro
 Como o dólar até 1971 era conversível em ouro, o Tesouro Ameriano trocava dólar por ouro pelo
equivalente dela em ouro. A conversibilidade do dólar em ouro foi extinta em ago-1971.

 A moeda da maioria dos grandes países estavam atrelada ao padrão-ouro. Duas razões mantiveram
esse padrão até o início da Primeira Grande Guerra como base do sistema monetário: a estabilidade
de sua oferta o que mantinha a estabilidade de preços; e o padrão-ouro pareia conduzir ao equilíbrio
automático dos Balanços de Pagamentos.
Paridade monetária no Padão Ouro

 Um norte-americano para comprar uma libra, precisava de US$ 4,87. Isto porque somente US$
4,87 tinha a mesma quantidade de ouro existente em uma libra. Assim, a equivalencia do dollar
em relação a libra, no padrão ouro, era £ 1,00 = US$ 4,87. Essa equivalência de uma moeda em
relação a outra é a taxa de câmbio.
Paridade monetária no padão ouro
ATENÇÃO!!!!

 Como vemos, a paridade monetária é a equivalência de determinada moeda em relação ao ouro.


Cabe dizer que, enquanto a taxa de câmbio (que é a cotação em moeda) é variável, a paridade é fixa.
Com relação ao dolar há um fato curioso: acabou com a conversibilidade mas mantinha a paridade.
Eis a paridade do dólar:
US$ 35,00 = 1 onça de ouro até dezembro de 1971
US$ 38,00 = 1 onça de ouro de de-1971 até fevereiro de 1973
US$ 42,00 = 1 onça de ouro a partir de fev-1973.

 Ocorre que, em 15-8-1971 o Governo Americano já tinha tornado sua moeda inconversível. Isto é
não mais trocava o dólar-papel por ouro mas continuava mantendo a paridade em ouro. A mudança
da paridade do dólar significava uma desvalorização dessa moeda.
Sistema adotados no período interguerras
 O período interguerras vai de 1918 (fim da 1ª Grande Guerra Mundial ) até 1940 (o início da 2ª Guerra
Mundial ocorreu em fins de 1939). Durante esse período, ocrreu o seguinte:
Período Sistema monetário vigente Ocorrências
1870 – 1914 padrão-ouro clássico
1915 – 1918 padrão-ouro (economias tumultuadas) 1ª grande guerra mundial
1919 – 1925 taxas flutuantes período interguerras
1926 – 1930 retorno ao padrão-ouro período interguerras
1931 – 1940 abandono ao padrão-ouro Crise de 1929
1941 – 1945 abandono ao padrão-ouro 2ª guerra mundial
1946 – 1971 paridades em relação ao US$ (dolar) Bretton Woods – FMI
 Em razão da Crise de 1929, os países abandonaram o padrão-ouro e efetuaram desvalorizações de suas
moedas, para serem mais competitivos. Visavam estimular as exportações e combater o desemprego.
Com isto houve grande desorganização do sistema monetário que foi uma das causas da 2ª Guerra.
Sistema aprovado em Bretton Woods
 O Sistema Monetário Internacional foi criado no contexto da Segunda Guerra Mundial, em 1944, com a realização da
Conferência de Bretton Woods, com participação brasileira, que se torna o marco na organização da economia
mundial. Eram os parâmetros que iriam reger a economia mundial após-segunda guerra.

 Em 1944, os países aliados (EUA, Reino Unido e União Soviética) já sabiam que a guerra estava ganha por eles.
Entretanto, não bastava ganhar a guerra, era neessário ganhar a paz. Os aliados se reuniram para discutir medidas
econômias, fundamentais para a paz. O Acordo estabeleceu as regras para as relações comerciais e financeiras.

 o objetivo de Bretton Woods era que cada país adotasse uma política monetária que mantivesse a taxa de câmbio
de suas moedas indexado ao dólar (+/- 1%) cujo valor estaria ligado ao ouro, numa base fixa de US$ 34 dólares por
onça de ouro. O dólar, que na época era conversível em ouro, tornou-se a moeda padrão, e todas as demais moedas
tiveram sua paridade fixada em função da moeda americana. Patricamente foi um retorno ao padrão- ouro.
 Criados os Banco Internacional para a Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) e o Fundo Monetário Internacional
(FMI).
Bretton Woods
 Bretton Woods significou, em princípio, um meio termo entre uma visão não unilateralista e a admissão de que
os EUA eram a potência dominante. Esta foi uma situação específica, em que os países europeus estavam
enfraquecidos, além de que, logo após, surgiu a guerra fria.

 No entanto, os poderes econômico, político e militar dos EUA impuseram o dólar como a moeda internacional.
Para que isto se sustentasse, era necessário que este país assumisse a responsabilidade de prover a liquidez
internacional adequada e garantisse a confiança com uma baixa taxa de inflação interna, além de assumir o risco
do sistema, como emprestador internacional de última instância.

 Além disso, era preciso que a potência hegemônica garantisse taxas de câmbio relativamente estáveis,
assegurasse uma coordenação internacional de políticas macroeconômicas, proporcionasse empréstimos
anticíclicos e mantivesse seu mercado relativamente aberto pelo menos para determinados bens (Kindleberger,
1986, cap. 14).
Os dois conceitos de Bretton
Woods: Instituições e Políticas

 O conceito de “sistema de Bretton Woods”, geralmente tomado no singular, refere-se, em realidade,


a duas problemáticas distintas, mas relacionadas entre si. Por um lado, num sentido estrito, a noção
remete ao papel e ao funcionamento de duas organizações internacionais criadas. Por outro, num
sentido mais amplo, ela se refere, também, ou principalmente, às políticas implementadas por essas
instituições no plano multilateral e nas suas relações com os países-membros, e constitui, de longe, o
aspecto mais evidenciado na literatura especializada ou no jornalismo corrente, em vista da
sensibilidade política normalmente despertada por essas políticas aparentemente “impostas” desde
Washington.

ALMEIDA, P. R. de. Relações internacionais e Política externa do Brasil: a diplomacia brasileira no contexto da globalização. Rio de Janeiro: LTC, 2012.
Os dois conceitos de Bretton
Woods: Instituições e Políticas
 Primeiro sentido remete às duas instituições de caráter monetário e financeiro, o FMI e o BIRD, criadas em
1944 como resultado da conferência de BW e convertidas em agências especializadas da ONU. Esse
modelo refere-se a um determinado ordenamento monetário que vigorou durante uma fase circunscrita
da história econômica mundial (1946-1973).

 Já o outro conceito, relativo ao “sistema” é de ordem mais política do que monetária e refere-se à atuação
prática e operacional – por vezes ideológica – das duas organizações criadas em 1944 para cuidar das
moedas e das finanças internacionais, mas que acabam necessariamente por envolver-se na administração
prática da vida econômica dos países-membro, daí derivando uma serie de implicações políticas (e
jurídicas) que tendem a despertar, por vezes, mais paixões do que racionalidade nos debates políticos e
econômicos conduzidos na esfera doméstica desses países.

ALMEIDA, P. R. de. Relações internacionais e Política externa do Brasil: a diplomacia brasileira no contexto da globalização. Rio de Janeiro: LTC, 2012.
O FMI em sua primeira fase:
inconsistências sistêmicas

 Reconstrução dos países em guerra: potências capitalistas europeias

 Desvalorizações cambiais dos países europeus versus taxas múltiplas de câmbio e controle dos
fluxos de divisas dos países subdesenvolvidos

 Brasil – Presidente Eurico Gaspar Dutra (1946 – 1951)


 Câmbio Cr$ 18,00
 Empréstimo de US$ 75 milhões em 1949 par Projeto de Energia Elétrica
O Brasil em Bretton Woods: sem a dimensão
do desenvolvimento

 O Brasil participou da conferência de Bretton Woods, tornando-se membro fundador do FMI e do


BIRD
 Em 1944, proposta brasileira para “promover a estabilidade nos preços dos produtos de base”

 UNCTAD – Conferência das Nações Unidades sobre Comércio e Desenvolvimento

 O Brasil NÃO foi ouvido


FIM

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