Você está na página 1de 26

Finanças

Globalização:

 Desenvolvimento do comércio à escala internacional


 Liberalização do comércio v
 Liberalização dos movimentos de capitais
 Criação de áreas de comércio livres (EU, Nafta, ...)
 Redução dos custos de transporte (enquadramento macroeconómico!!)
 Redução dos custos de comunicação Comércio Internacional

Benefícios:

 conomias de escala
 Especialização
 Vantagens competitivas das nações
 Grau de exigência do consumo interno
 Proximidade / eficiência das indústrias de suporte às indústrias transformadoras
Comércio Internacional
Riscos:

 Volatilidade das taxas de câmbio


 Variações das taxas de inflação de países terceiros
 Variações das taxas de juro v Risco do país
 Riscos geopolíticos

Mecanismos de defesa

 Mercados e instrumentos financeiros sofisticado

Mercados financeiros internacionais


Caracterização MFI
É nos mercados financeiros ...
…que através dos agentes intermediários (bancos comerciais, etc...), se opera a transferência de
fundos dos agentes económicos com excedentes de fundos para os agentes económicos com
défice de fundos.
… Tendo uma poupança positiva, os agentes económicos excedentários aplicam-na em quem a
pode rentabilizar, e designam-se de investidores (Famílias, Empresas, Governo, etc...).
…Tendo uma poupança negativa, os agentes económicos deficitários apresentam necessidades
de financiamento, e designam-se de tomadores de fundos (Famílias, Empresas, Governo, etc...

Evolução do sistema monetário internacional


O que é?
 Procura harmonizar as trocas e as relações comerciais e financeiras entre diferentes
países.
 Pode ser definido como a estrutura dentro da qual as taxas de câmbio são determinadas,
o comércio internacional e os fluxos de capitais são realizados e feitos os ajustamentos
na balança de pagamentos.
 Constitui um conjunto de regras, acordos, instituições, mecanismos e políticas de taxas
de câmbio, pagamentos internacionais e fluxos de capitais
 O objetivo principal é o de permitir a existência de condições adequadas à efetivação
de negócios internacionais
Bimetalismo

 ...até 1875.
 Moedas de ouro e prata circulavam simultaneamente.
 Beneficiou da pressão política para aumentar a massa monetária em circulação e gerar
inflação, para reduzir o valor real das dívidas.
 Cunhagem livre dos metais, prata e ouro, e com poder liberatório.
 Neste sistema, a taxa de câmbio era determinada pela quantidade de metal que as
moedas continham.
 Por exemplo, suponhamos que uma libra tem 1,5 onças de ouro enquanto o franco
suíço tem 1 onça de ouro. A taxa de câmbio da libra por francos suíços seria de 0,66
libras por cada franco.
1 OUR=1CHF 1GBP=X CHF
1GBP=1,5CHF 1GBP=1,5 CHF
1/1,5 GBP= CMF 0,66 GBP=CHF

 Principal fragilidade era a variação constante da relação comercial entre o ouro e prata.
 Degradação generalizada do valor da moeda devido à redução das tarifas aduaneiras e à
diminuição do conteúdo de prata das moedas.
 Em 1865 vários países europeus formaram a União Monetária Latina (fixando o
conteúdo de prata da moeda) e formou-se igualmente a União Monetária Escandinava
(padrão-ouro)
Padrão-ouro (gold standar)
... 1875-1914.

 Definição de um valor fixo (paridade) correspondente a um determinado peso em ouro


para cada moeda.
 Ouro como moeda corrente, sem restrições em pagamentos internacionais.
 Convertibilidade do papel-moeda em ouro.
 Liberdade de cunhagem e fundição do ouro.
 Livre circulação do ouro sem intervenção estatal
 Emissão da moeda era condicionada pela dimensão das reservas nacionais de ouro.
 O valor da taxa de câmbio era definida pelo valor em ouro de cada uma das moedas.
 Flutuações dentro de pequenos limites (gold points).
 Este sistema tinha algumas fraquezas, pois favorecia os países que tinham reservas de
ouro e provocava falta de liquidez nos restantes países.
Regime de Bretton Woods

 ... 1945-1972.
 Com o aproximar do final de 2ª Guerra Mundial os países aliados decidem
organizar uma conferência internacional em Bretton Woods, nos EUA, sob a égide
das Nações Unidas, com o objetivo de criar os alicerces de uma nova ordem
económica internacional.
 Necessidade de estabilidade cambial e financeira e combate ao protecionismo
comercial.
 Paridades fixas entre as diferentes moedas (câmbios fixos) face ao USD v desvio
de 1% face ao USD;
 Variações acima de 10% só com autorização do FMI. v Convertibilidade do USD
em ouro, sendo USD a moeda-chave do sistema.

Criação de instituições supranacionais (e.g., FMI e BIRD) com o objetivo de:

 fazer respeitar o acordo;


 supervisionar;
 financiar países em situações críticas e;
 atuar como órgão consultivo dos governos.
 Colapsou com a manutenção de baixas taxas de juro nos EUA, dificultando a manutenção
das paridades e comprometendo o cumprimento do acordado.
 Vários países decidem deixar que o valor da sua moeda flutuasse livremente face ao USD
Do sistema monetário europeu ao mecanismo das taxas de cambio
 O Sistema Monetário Europeu (SME) foi criado em 1979 como um sistema de câmbios
fixos entre as moedas dos países membros da Comunidade Económica Europeia (CEE),
precursora da União Europeia (UE).
 O objeFvo principal era promover a estabilidade monetária e coordenar as políFcas
económicas dos países parFcipantes.
 O SME estabeleceu taxas de câmbio fixas entre as moedas dos países membros, com
flutuações limitadas permiFdas dentro de margens estreitas.
 O European Currency Unit (ECU), uma unidade de conta arFficial, foi introduzido como
uma referência comum.

Sistema monetário Europeu (sme)


 Apesar das dificuldades, o SME pavimentou o caminho para a criação da União
Económica e Monetária (UEM), que eventualmente levou à introdução do euro como
moeda única em 1999.
 A parFr daí, o SME evoluiu para o Mecanismo de Taxas de Câmbio (MTC), que
conFnuou a funcionar como parte do Sistema Monetário Europeu até ser
completamente subsFtuído pelo euro com a UEM em 2002, quando as moedas
nacionais foram reFradas de circulação e subsFtuídas pelo euro em muitos países da
UE.
 MTC original já não existe e a sua evolução para o MTC II e sua possível uFlização por
países que permanecem fora da zona do euro demonstram que elementos de um
mecanismo de taxas de câmbio europeu ainda estão presentes e podem ser uFlizados em
certas circunstâncias

Vantagens ao nível macroeconómico:

 eliminação dos custos de transação cambial na zona Euro com redução da incerteza
no investimento privado;
 maior transparência no processo de formação de preços, facilitando a estabilidade
de preços;
 ganhos de credibilidade – uma política monetária permite aos países da zona Euro
usufruírem da credibilidade antes atribuída ao marco alemão, possibilitando-lhes a
participação no processo de decisão
 maior exigência de disciplina das finanças públicas

Desvantagens ao nível macroeconómico:

 perda do instrumento cambial para enfrentar choques exógenos


adversos (assumindo que estes choques afetam as economias de
forma diferenciada e que as desvalorizações são eficazes);

 perda de soberania de política monetária


Mercados cambiais
Mercado Cambial:
Designado mercado FOREX (Foreign Exchange FX)...
Ocorre transação de moeda (divisas) entre várias entidades e países...
Onde se define a cotação de umas divisas em relação a outras…
Taxas de Câmbio/ Cotação Cambial
Taxas cambiais de compra e vende
BID- taxa de cambio ou cotação de compra

Ask ou Offer- Taxa de cambio ou cotação de venda

Mercado financeiro compra mais baixo e vende mais alto


Formas de cotação:
o Cotação ao certo: A taxa de câmbio exprime o preço de uma unidade de
moeda nacional em unidades de moeda estrangeira
o Cotação ao incerto: A taxa de câmbio exprime o preço de uma unidade de
moeda estrangeira em unidades de moeda nacional
Cross-rates (Rácios Cruzados)
 Nem sempre existem cotações para todos os pares de moedas...
 Contudo, as cotações entre as diversas moedas estão relacionadas, o que permite
estabelecer as cotações de uma moeda a partir de outras...
 Os rácios cruzados permitem determinar as taxas de compra (bid) e de venda (ask)
entre duas divisas a partir das suas cotações contra uma terceira...
 Os rácios cruzados devem ser vistos como cotações teóricas ou de equilíbrio…

Racios cruzados diretos:Cruzamento das taxas de cambio de 2 divisas cotadas da mesma


forma contra uma terceira

Racios cruzados indiretos: cruzamento das taxas de cambio de 2 dividas cotadas, uma
cotada ao certo e a outra cotada ao incerto, contra uma terceira
Rácios cruzados indiretos

 A compra, ou venda, de GBP contra PEN poderia ser feita através da divisa comum,
EUR. Imagine que o Banco Alfa pretende trocar GBP por PEN, ou vice-versa, mas não
existe cotação definida no mercado neste momento. No entanto, existe cotação das duas
moedas contra o EUR.
bid ask
EUR/PEN 3.7078—3,7119
GBP/EUR 1,1808—1,1816
 A compra, ou venda, de GBP contra PEN poderia ser feita através da divisa comum,
EUR.
Posições cambiais
 A posição cambial de uma entidade em relação a uma divisa corresponde ao saldo entre
as disponibilidades de tesouraria, direitos de cobrança e as obrigações de pagamento
que uma entidade possui, numa determinada data, na divisa em questão.
 Pode ser visualizado da seguinte forma:
+ Disponibilidades de tesouraria (divisa A)
+ Direitos a receber (divisa A)
- Responsabilidades a pagar (divisa A

 A posição cambial permite à entidade medir a amplitude da sua exposição ao risco de


cambial quantificando-o por divisa e por data...
 É essencial uma correta avaliação das posições cambiais (divisa a divisa) para uma
gestão de risco eficaz!

Posição cambia aberta ou nula


 A posição cambial aberta:
 Verifica-se da desigualdade entre disponibilidades e direitos de cobrança numa divisa e
as respetivas obrigações de pagamento gerando exposição ao risco de variações das
taxas de câmbio.
 A posição cambial nula:
 Designa-se de posição cambial saldada ocorre quando disponibilidades e direitos de
cobrança numa divisa igualam as respetivas obrigações de pagamento.
 Para se ter uma posição cambial saldada é necessário fechar a posição cambial, i.e.,
tomar a posição inversa no mercado

Posiçao cambial à vista e a prazo


 A posição cambial à vista (spot):
 Posição com vencimento imediato, i.e., não superior a 2 dias úteis relativamente à data
em que é avaliada e quantificada.
 A posição cambial a prazo (forward):
 Posição com vencimento futuro, i.e., superior a 2 dias úteis relativamente à data em que
são determinadas.
 Posições cambiais não cobertas implicam um risco cambial que será tanto maior quanto
mais prolongada for a sua exposição às variações de taxas de câmbio.

Posição cambial longa e curta


 A posição cambial longa (long position):
o Quando as disponibilidades e direitos de cobrança numa divisa são superiores
às respetivas obrigações de pagamento
 A posição cambial curta (short position):
o Quando as disponibilidades e direitos de cobrança numa divisa são inferiores às
respetivas obrigações de pagamento
 Por se encontrarem abertas, tanto as posições cambiais longas e curtas estão expostas
ao risco de taxa de câmbio
Posição cambial global:

 Resulta da soma das posições cambiais à vista com as posições cambiais a prazo nas
diversas divisas num determinado momento.
 Este conhecimento, permite avaliar, em cada instante, o grau de exposição ao risco
cambial por parte de uma entidade
(posição cambial global)Considerações:

 No caso da posição cambial em GBP, teria de se vender GBP por contrapartida de


EUR GBP/EURbid
 No caso da posição cambial em BRL, teria de se vender BRL por contrapartida de
EUR EUR/BRLask v O valor de EUR exposto ao risco cambial existe
independentemente da posição que lhe dá origem ser curta (caso do GBP) ou longa
(caso BRL)
 Não existe exposição às variações das taxas de câmbio no caso dos USD, dado que
a posição global é nula!

Você também pode gostar