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INTRODUÇÃOZINHA

O modelo teórico que dá base para o cenário do sistema financeiro


internacional apresentado na aula de hoje, foi pensado no século XVIII, com
base na teoria quantitativa da moeda.
Na época, o comércio internacional apresentava uma fragilidade e começou a
chamar atenção dos governos para esse ponto, com o aumento do fluxo de
comércio internacional e com a grande depressão que ocorreu em 1870, essa
fragilidade ficou mais evidente, em resposta a esse sentimento as principais
economias mundiais pensavam em uma maneira de organizar o sistema
monetário internacional. Em resposta a esse fato surgiu o primeiro regime
dentro do sistema monetário internacional, o padrão ouro.

Final do século XIX - 1914

De acordo ao autor do texto usado como base da apresentação, é mais fácil


determinar quando o padrão ouro chegou ao fim do que a sua data de origem,
o que notamos era um espectro que rondava o sistema monetário
internacional pelo século XIX e estava em total atuação em 1900, chegando ao
seu fim no ano de 1914.

Para o regime funcionar foi necessário a implantação em uma economia que


apresentava uma moeda forte, que traria confiança para os demais países, e
foi a Libra que trouxe essa força.

Uma de suas primeiras aparições ocorreu em 1816, quando Inglaterra


autorizou a cunhagem de moedas em ouro, numa obrigação legal nomeada
como the The Coinage Act, pouco tempo depois, foi estabelecida outra lei que
permitia a troca das cédulas inglesas em barras de ouro, sendo na época uma
referência em termos de paridade.

Nessa época os estados unidos adotava um padrão-bimetálico (Ouro - Prata),


depois de algumas disposições legais que ocorreram por volta de 1834 / 1837,
a força do ouro na composição foi aumentado e em 1900, com a lei “Gold
Standard”, foi oficializada a adesão ao novo padrão.

Depois de mais algumas adesões e a queda da demanda pela prata e o


aumento da busca pelo ouro, levaram a diversos outros países a seguirem o
exemplo, com isso em 1879 boa parte da Europa, Japão, EUA, Rússia e até
mesmo alguns países da américa latina, participavam do regime.

Como funciona o padrão ouro?

Cada país deveria apresentar uma reserva no metal, essa reserva funcionaria
como um lastro para a emissão da moeda doméstica, dito isso o padrão
estava ligado a 3 características base:

1) Conversibilidade das moedas nacionais em ouro.


2) Liberdade para o movimento internacional de ouro.
3) Regras / Leis que tragam uma relação entre a quantidade de moeda
doméstica em circulação e o estoque de ouro disponível.

A junção dessas 3 características levam à seguinte conclusão: No regime uma


parte das reservas nacionais do país de origem deve ser em ouro, e a compra
e venda da moeda doméstica deve ser possível de ser feita através do ouro.

O padrão ouro apresenta a paridade fixa como uma de suas características.

Assim, os países se comprometem em fixar o valor de sua moeda mediante


uma determinada quantidade de ouro. Resumindo, no sistema de padrão-ouro,
a quantidade de reservas de ouro de um país é que definia a sua oferta
monetária.

Isso traz tanto pontos negativos, como a vulnerabilidade a ataques


especulativos e a perda da melhor ferramenta para o combate a desequilíbrios
externos (que seria a variação da taxa de câmbio), em relação aos pontos
positivos.
É utilizado como uma ferramenta para tratar eventuais desequilíbrios no
balanço de pagamentos, assim, realizando uma transferência internacional de
ouro, um país conseguiria, retomar o equilíbrio, isso, por conta do impacto
dos fluxos de ouro sobre o sistema econômico interno.

Exemplificando o que foi dito agora, se um país tivesse a balança comercial


superavitária, ele importaria ouro de países deficitários, isso levaria a um
aumento de oferta da moeda interna, causando o aumento da base monetária
e dos preços. Com isso, os produtos do país perderiam a concorrência em
mercados internacionais, freando outros superávits. Exercendo o exercício
pelo outro lado, se um país se encontrasse na situação de estar com a balança
comercial deficitária, poderia exportar ouro para outros países, gerando uma
contenção monetária interna, a queda dos preços internos e,
consequentemente, aumentando a competitividade de seus produtos no
mercado internacional.

A estabilidade dos preços está ligada com a limitação do poder de ação das
autoridades monetárias nacionais, evitando o desequilíbrio na balança de
pagamentos.
Outros pontos
A teoria quantitativa da moeda é a teoria que relaciona a inflação à oferta de
moeda em uma economia, sendo que a quantidade de moeda disponível
determina o nível dos preços em uma economia, e por sua vez, a taxa de
crescimento da quantidade de moeda determina a taxa de inflação.
Dentro dessa visão, existe um equilíbrio entre a oferta e a demanda de moeda em
uma economia em um determinado nível produtivo. Se houver uma variação nessa
oferta e demanda por moeda sem mudanças na capacidade produtiva dessa
economia haverá uma variação de preços.

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