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DRE: 121121781
NOME: Igor Rodrigues Duarte
PROFESSOR: Luiz Carlos Thadeu Delorme Prado
HEG 2
Questão 1:
Antes de explicitar tais mudanças na economia mundial entre 1870-1913, é necessário
estabelecer o contexto e panorama da sociedade europeia nessa época. Esse período
foi marcado por uma tendência a ideias economicamente liberais e um foco constante
no avanço econômico europeu.
Essa globalização e internacionalização da economia pode ser explicada por diversos
fatores. Na segunda metade do século XIX houve avanços significativos nos transportes
e comunicações. A construção de ferrovias, a expansão das rotas marítimas, a evolução
e desenvolvimento de aparelhos que aprimoraram a comunicação humana com
capacidade de conectar pessoas e mercados em diferentes países. Essa melhoria nas
infraestruturas de transporte e comunicação facilitou o comércio global, a troca de
informações e a integração econômica. Além disso, padrão ouro, que foi amplamente
adotado no período entre 1870 e 1914, desempenhou um papel importante na
promoção da globalização. Esse sistema monetário baseado no ouro estabeleceu uma
taxa de câmbio fixa entre as moedas nacionais, o que facilitou as transações
internacionais e estimulou o comércio entre os países. A estabilidade proporcionada
pelo padrão ouro incentivou o investimento estrangeiro e a expansão das empresas
para além das fronteiras nacionais.
Além disso, a intensificação da Revolução Industrial é um fator crucial para a
globalização. A industrialização se espalhou por muitos países a partir de 1870,
impulsionada pela inovação tecnológica, pelo aumento da produtividade e pelo
crescimento do setor manufatureiro. Isso levou ao aumento da produção em larga
escala e à ampliação do comércio internacional. As indústrias se tornaram mais
eficientes e competitivas, buscando mercados em todo o mundo para vender seus
produtos, criando assim, uma conexão de mercado ainda mais entre as partes mais
variadas do globo terrestre.
Considerando esse avanço industrial e tecnológico do período, destaca-se a Segunda
Revolução Industrial. Essa revolução, liderada pelos Estados Unidos, Alemanha e Japão,
estabeleceu novas estruturas no processo e na organização industrial. Um exemplo
notável é o Fordismo, um modelo produtivo criado por Henry Ford, que introduziu
diversas inovações e práticas que transformaram a indústria e tiveram um impacto
significativo na economia global. Esse novo aumentou a produtividade na indústria de
maneira geral, principalmente na automobilística, reduziu os custos de produção e
modificou a indústria global, fazendo com que a produção em massa e a eficiência
permitiram a produção em larga escala de bens de consumo, tornando-os mais
acessíveis à população em gera.
Além disso, a implementação do padrão ouro nos países centrais europeus nessa
época foi uma consequência da internacionalização econômica. O período de 1870-
1914 foi marcado por uma intensa internacionalização de produtos, capitais e pessoas,
o que contribuiu para o crescimento econômico global. A expansão do padrão ouro na
Europa e sua consolidação como padrão econômico dominante a partir desse período
foram resultados diretos desse processo de internacionalização da economia.
Questão 2:
O padrão ouro foi um sistema monetário implementado 1873 a partir do coinage act,
que basicamente definiu os preços métricos da moeda britânica durante o período em
que o padrão ouro estava em vigor, as moedas de ouro eram cunhadas com base em
uma relação fixa com o ouro. O Coinage Act, nesse sentido, definia as especificações
técnicas das moedas, como peso, teor de ouro, tamanho e design.
O papel britânico na implementação e manutenção do padrão ouro como sistema
vigente na Europa se dá por conta. A Inglaterra foi a grande responsável pelo padrão
ouro e ganhou força pelo fato de ser o país hegemônico politicamente e
economicamente na época. Além disso, destacasse a função da grã Bretanha para
manter esse padrão a partir dos anos, já que como principal mentora desse
funcionamento, o país hegemônico funcionava como garantidora desse modelo
monetário para os outros países europeus,
Antes de detalhar o mecanismo de funcionamento do padrão vigente na década de
1870 cabe ressaltar e explicar o processo de cunhagem. Desse modo, a cunhagem atua
como autenticação das moedas e valores monetários no contexto do padrão ouro, pois
refere-se ao processo de produção de moedas utilizando ouro como metal base, em
que nesse sistema, cada unidade monetária tem um valor equivalente em ouro, e as
moedas são cunhadas de acordo com esse valor.
O mecanismo de funcionamento do padrão ouro, de acordo com David Hume Uma das
contribuições de Hume para a teoria monetária está relacionada à sua teoria da
balança de pagamentos e à análise do fluxo de ouro entre países. Segundo Hume, se
um país tiver um superávit comercial e receber mais ouro, isso aumentará sua oferta
monetária e, consequentemente, os preços internos. Por outro lado, um país com
déficit comercial perderá ouro, reduzindo sua oferta monetária e levando a uma
diminuição dos preços internos. Essa teoria é conhecida como o mecanismo de ajuste
do fluxo de ouro. Essa analise implica em uma e acordo com o mecanismo de ajuste do
fluxo de ouro, acredita-se que o sistema monetário do padrão ouro poderia se ajustar
automaticamente.
Outra perspectiva interessante para se explicar o funcionamento do padrão ouro é a
partir da teoria quantitativa da moeda, em que pode ser expressa como: M x V = P x Y,
em que M é a quantidade de moeda na economia, V é a velocidade de circulação da
moeda, P é o nível de preços e Y é a produção econômica. A partir dessa equação,
podemos inferir que no padrão ouro, em que cada unidade monetária possui um valor
equivalente em ouro, qualquer alteração na quantidade de moeda em circulação está
relacionada diretamente à disponibilidade de ouro na economia. Quando há um
aumento na quantidade de ouro disponível, isso tende a aumentar a quantidade de
moeda em circulação, o que, por sua vez, pode levar a um aumento nos preços e na
atividade econômica. Da mesma forma, uma diminuição na disponibilidade de ouro
resultaria em uma redução da quantidade de moeda em circulação, podendo levar a
uma queda nos preços e na atividade econômica. Assim, a teoria quantitativa da
moeda fornece uma base para compreender a relação entre o padrão ouro e as
variáveis monetárias e econômicas.
Além disso, outras características que decorrem do padrão ouro, como a presença de
taxa de cambio fixa entre o ouro e as moedas nacionais de cada país, com paridade
entre as moedas e com o ouro, como assegurador de seu padrão. Também destacasse
a proibição de dificultar qualquer que era a exportação de importação de entre os
países, garantindo assim liquidez no padrão vigente. Pode-se citar também a
estabilidade da taxa de cambio ao ouro em que cada unidade monetária tem um valor
equivalente em ouro, e essa relação é mantida estável, e com as moedas nacionais
sendo lastreadas em ouro e com a livre conversibilidade entre as moedas.
Pode-se citar algumas vantagens do padrão que dominou o sistema monetário
europeu na década de. fragilidades exprime a Ideia de que os países periféricos eram
excluídos desafios e maior esforço para se manter para se manterem totalmente
integrados ao sistema do padrão ouro. Além disso, outro fator negativo com relação ao
padrão ouro, seria pelo fato de que para você conseguir se manter próspero nesse
sistema monetário é necessário seguir as regras do jogo, ou seja, manter uma
quantidade adequada de reservas de ouro, garantir a convertibilidade da moeda em
ouro e manter a estabilidade econômica e financeira. Qualquer desvio dessas regras
pode levar a consequências adversas não só na economia nacional, como também na
economia global.
Questão 4:
Após o término da Primeira Guerra Mundial, o panorama econômico dos países
europeus foi marcado por desafios significativos que dificultaram sua recuperação. As
devastadoras consequências do conflito deixaram uma trilha de destruição, resultando
em cidades arrasadas, infraestrutura comprometida e escassez de recursos. Esses
fatores contribuíram para um ambiente desfavorável à reconstrução econômica e ao
crescimento sustentável.
Além dos danos físicos, as nações europeias também enfrentaram um legado de
dívidas onerosas. O custo financeiro da guerra foi enorme, com a necessidade de
financiar operações militares, fornecer assistência aos soldados e cobrir os gastos
governamentais. Esses altos níveis de endividamento sobrecarregaram os países,
resultando em déficits fiscais e pressionando suas economias.
Outro fator que contribuiu para a dificuldade na recuperação econômica foi a
instabilidade política que permeava a Europa pós-guerra. A guerra levou a mudanças
significativas nas fronteiras, bem como a um rearranjo das relações de poder entre os
países. Isso gerou tensões geopolíticas, disputas territoriais e incertezas que afetaram
negativamente a confiança dos investidores e a estabilidade econômica.
Por outro lado, a economia norte-americana experimentou um período de rápido
crescimento no pós-guerra. A participação dos Estados Unidos no conflito
proporcionou um impulso significativo para a indústria, que estava focada na produção
de suprimentos militares. A demanda por esses produtos estimulou a atividade
econômica, impulsionando a produção, o emprego e o crescimento.
Além disso, a posição dos Estados Unidos como uma potência mundial emergente e
sua capacidade de fornecer bens e alimentos para outras nações impactaram
positivamente sua economia. O comércio internacional expandiu-se, especialmente
com os países afetados pela guerra, o que fortaleceu a balança comercial dos Estados
Unidos e impulsionou o crescimento econômico.