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Acidente do Trabalho

Trabalho e suas Conseqüência

Lei 8.213/91 também impõe à empresa a responsabilidade


responsabilidade pela comunicação de acidente
do trabalho (!"#
(!"# a ser $eita à %re&id'ncia ocial) cu*o pra+o é até o primeiro dia ,til
se-uinte ao da ocorr'ncia do sinistro e) em caso de morte do se-urado) a comunicação
de&er ser imediata à autoridade competente) sob pena de multa) independente da
iniciati&a de outrem dar a in$ormação (art. 22) caput c/c  30#

e$ine como dia do acidente oriundo das doenças ocupacionais


ocupacionais (doença pro$issional ou
do trabalho#) a data do incio da incapacidade laborati&a para o eerccio da ati&idade
habitual) ou o dia da se-re-ação compuls4ria) ou o dia em 5ue $or reali+ado o
dia-n4stico) &alendo para este e$eito o 5ue ocorrer primeiro (art. 23#.

etermina) ainda) 5ue se*a $ornecida c4pia $iel da comunicação de acidente do trabalho
(!"# ao acidentado ou a seus dependentes e ao sindicato da cate-oria (art. 22)  10#.

6) na aus'ncia da emissão da !" pela empresa) $aculta ao pr4prio acidentado) aos seus
dependentes)
dependentes) à entidade sindical competente) ao médico assistente ou 5ual5uer
autoridade p,blica) $ormali+ar a comunicação sem determinação do pra+o (art. 22)  20#.

! lei n0 8.213/91 ainda estipula outras obri-ações para a empresa empre-adora)


empre-adora)
&e*amos7

a# durante o perodo de a$astamento do empre-ado se-urado) a empresa arcar com o


pa-amento do salrio
salrio inte-ral do empre-ado
empre-ado durante os primeiros 5uin+e dias
dias de
a$astamento da ati&idade) por moti&o de doença ou in&alide+ (art. 2)  20 e art. :  30#;

b# ! empresa) para
para $ins da aposentadoria
aposentadoria especial)
especial) de&er7

< manter laudo técnico das condições ambientais do trabalho (L"!"# atuali+ado)
epedido por médico do trabalho ou en-enheiro de se-urança do trabalho nos termos da
le-islação trabalhista) 5ue compro&e a e$eti&a eposição de seus trabalhadores aos
a-entes noci&os eistentes no ambiente de trabalho) sob pena de multa (arts. =8 e 133#;

< no re$erido laudo técnico de&erão constar in$ormação sobre a eist'ncia ou não de
tecnolo-ia de proteção coleti&a ou indi&idual 5ue diminua a intensidade do a-ente
a-ressi&o a limites de toler>ncia e recomendação sobre a sua adoção pelo
estabelecimento respecti&o
respecti&o (art. =8)  20#;

< elaborar e manter atuali+ado per$il pro$issio-r$ico) abran-endo as ati&idades


desen&ol&idas
desen&ol&idas pelo trabalhador e $ornecer a este) 5uando da rescisão do contrato de
trabalho) c4pia aut'ntica desse documento. (art. =8)  0#.

c# ! empresa
empresa 5ue dispuser de ser&iço médico) pr4prio ou em con&'nio) ter a seu car-o
o eame médico e o abono das $altas correspondentes ao perodo de a$astamento por
moti&o de doença) somente de&endo encaminhar o se-urado à percia médica da
%re&id'ncia ocial 5uando a incapacidade ultrapassar 1= (5uin+e# dias (art. :)  0#.
d# ! empresa
empresa $inanciar a aposentadoria especial) a partir da contribuição pre&ista no
arti-o 22 desta lei) acrescida das al5uotas de do+e) no&e ou seis pontos percentuais)
con$orme a ati&idade eercida pelo se-urado a ser&iço da empresa permita a concessão
da aposentadoria especial ap4s 5uin+e) &inte ou &inte e cinco anos de contribuição)
respecti&amente.

e# ! empresa
empresa 5ue -arantir ao se-urado licença remunerada $icar obri-ada a pa-ar<lhe
durante o perodo de aulio<doença a e&entual di$erença entre o &alor deste e a
import>ncia -arantida pela licença) &isto 5ue o se-urado empre-ado em -o+o de aulio<
doença ser considerado pela empresa como licenciado (art. 3#.

$# ?mp@s à empresa a -arantia de estabilidade) ao se-urado 5ue so$reu acidente do


trabalho) pelo pra+o mnimo de do+e meses) ap4s a cessação do aulio<doença
independentemente de percepção de aulio<acidente (art. 118#. (39#
acidentrio) independentemente

%ara dar e$eti&idade ao cumprimento das normas padrão de se-urança e hi-iene do


trabalho indicadas para proteção coleti&a e indi&idual do trabalhador) &oltadas
&oltadas a
pre&enção do meio ambiente laboral
laboral (art. 19)  0#) a Lei
Lei n0 8.213/91 incumbe
incumbe os
Ainistérios do "rabalho e 6mpre-o da %re&id'ncia ocial de $iscali+<las) bem como
encarre-a aos sindicatos e entidades representati&as de classe pelo acompanhamento da
implementação dessas medidas
medidas pre&enti&as. 6 no seu arti-o 12:) a lei supra estabelece
5ue nas hip4teses do descumprimento dessas normas pela empresa e) naturalmente) de
ocorr'ncia de al-um sinistro em ra+ão da ne-li-'ncia desta) à %re&id'ncia ocial cabe
propor ação re-ressi&a
re-ressi&a contra os respons&eis.
respons&eis.

6) por $im) a lei pre&idenciria realça a independ'ncia


independ'ncia das indeni+ações pre&idencirias)
da reparabilidade do direito comum ao determinar 5ue "o pagamento, pela Previdência
Social, das prestações por acidente do trabalho
tr abalho não exclui a responsabilidade civil da
empresa ou de outrem" (art. 121#.

B) Responsabilidade objetiva da Previdência Social e os direitos do empregado


acidentado

B oportuno rati$icar 5ue compete à %re&id'ncia ocial) a responsabilidade ob*eti&a de


indeni+ar o trabalhador &tima de acidente do trabalho. C %re&id'ncia ocial)
independentemente)
independentemente) da culpa do empre-ador cabe dar cobertura aos danos resultantes de
acidente do trabalho) &isto 5ue se trata de um direito social do trabalhador) asse-urado
constitucionalmente.

!ssim) o empre-ado acidentado) ainda 5ue a sua empresa empre-adora não tenha
recolhido as contribuições de&idas à %re&id'ncia ocial) dependendo dos e$eitos do
acidente 5ue o acometeu) ter direito de receber) sem 5ue lhe se*a ei-ido 5ual5uer
pra+o de car'ncia7
car'ncia7

a#o aulio<doença acidentrio e5ui&alente a 91D (no&enta e um por cento# da média


aritmética simples dos maiores dos salrios<de<contribuição correspondentes a 8:D
(oitenta por cento# de todo o perodo contributi&o (-arantido o salrio mnimo# a partir
do 10 (décimo seto# dia de a$astamento da ati&idade) pelo perodo necessrio para
restabeleça a sa,de e &olte ao trabalho ou se aposente por in&alide+) se seu caso $or
irrecuper&el (art. =9 e ss#;

b#o aulio<acidente correspondente


correspondente a =:D (cin5Eenta por
por cento# do salrio<bene$cio
salrio<bene$cio a
ser recebido lo-o ap4s a cessação do aulio<doença) a ttulo de indeni+ação) se as lesões
decorrentes de acidente de 5ual5uer nature+a) resultarem se5Eelas 5ue impli5uem
redução da capacidade para o trabalho o 5ual eercia habitualmente) independente
independente do
recebimento de salrio ou outro bene$cio) eceto o de aposentadoria (art. 8 e ss#;

c#aposentadoria
c#aposentadoria por in&alide+) correspondente a 1::D (cem por cento# do salrio<de<
bene$cio) se $or considerado
considerado incapa+
incapa+ e insuscept&el
insuscept&el de reabilitação para
para o eerccio de
de
ati&idade 5ue lhe -aranta a subsist'ncia.
subsist'ncia. 6sta ser<lhe< pa-a apenas en5uanto
permanecer nesta condição. F direito
direito do se-urado acidentado
acidentado pode iniciar<se) con$orme
con$orme
o caso7 a# a partir do décimo seto dia do a$astamento da ati&idade; b# desde a data da
entrada do re5uerimento) se entre o a$astamento e a entrada do re5uerimento decorrerem
mais de trinta dias; c# ou a partir da cessação do aulio<doença. 6 ainda) ter o direito
de acréscimo de 2=D (&inte e cinco por cento#) se necessitar da assist'ncia permanente
de outra pessoa (art. 2 e ss#;

d#a assist'ncia para reabilitação pro$issional e ser&iço social.

Futrossim) ao se-urado 5ue ti&er trabalhado su*eito a condições especiais


especiais 5ue
pre*udi5uem a sa,de
sa,de ou a inte-ridade
inte-ridade $sica) durante 1=
1= (5uin+e#) 2: (&inte#
(&inte# ou 2= (&inte
e cinco# anos) caber o direito à aposentadoria especial e5ui&alente a 1::D (cem por
cento# do salrio<de<bene$cio) desde 5ue cumprida a car'ncia le-al (art. =G#.

Aas) se o acidente resultar em morte do se-urado) seus dependentes


dependentes receberão) em
con*unto) a pensão por morte correspondente ao &alor de 1::D (cem por cento# do
salrio<de<bene$cio (art. G. e ss#.
É preciso vencer o dano, inimigo comum, fator de desperdício e de
insegurança, lançando
lançando mão de todos os meios preventivos e repressivos
sugeridos pela experiência, sem desmantelar e desencorajar as
atividades úteis. Para tal conseguir não nos devemos encastelar dentro
de princípios abstratos, ou de preceitos envelhecidos para a nossa
poca, s! por amor " l!gica dos homens, " vaidade das concepç#es, ou "
intransigência de moralistas de gabinete.

Alvino Lima

V. 3.2 Conseqüências dos acidentes do trabalo

Fs e$eitos dos acidentes do trabalho são in,meros e etremamente ne-ati&os e onerosos.


urialmente o trabalhador acidentado e sua $amlia so$rem os maiores pre*u+os
(mutilação) incapacidade para o trabalho) morte) dor pelos danos $sicos) ps5uicos e
morais) mar-inali+ação social) pobre+a) etc.#. !lém deles) outros pre*u+os s4cio<
econ@micos são detect&eis. Fs custos sociais da %re&id'ncia ocial são altssimos)
considerando os -astos com bene$cios7 aposentadorias
aposentadorias antecipadas (especiais e por
in&alide+#) aulios<doença) pensão por morte) aulio<acidente)
aulio<acidente) reabilitação e
readaptação do se-urado<acidentado) -astos com sa,de. !s empresas também perdem
-randes somas e credibilidade social com os acidentes. %or um lado) precisam arcar com
despesas imediatas com o acidentado (atendimento médico<ambulatorial)
médico<ambulatorial) transporte)
medicamentos) pa-amento
pa-amento às &timas de dirias correspondentes
correspondentes ao &alor proporcional
de seu salrio<base até o 1=0 de a$astamento) sem isenção dos encar-os sociais relati&os.
%or outro lado) h 5ueda na produção (pela perda e e$ici'ncia do processo) contratação
de substituto ou necessidade de horas etras#) inutili+ação de m5uinas) insumos)
produtos) necessidade
necessidade de reposição
reposição de material
material inutili+ado. etc. !lém destes
destes pre*u+os) a
empresa) a lon-o pra+o) poder ser obri-ada a $a+er a reinserção do acidentado pelo
perodo de estabilidade
estabilidade ad5uirido) etc.#)
etc.#) arcar com despesas
despesas ad&ocatcias)
ad&ocatcias) *udiciais)
indeni+at4rias) multas administrati&as) ter perdas ne-ociais (multas contratuais por
atraso de produção) rescisão de contratos#) perda de certi$icados de -estão de 5ualidade)
de -estão ambiental) etc. (11#

!demais) &ale lembrar 5ue a $adi-a $sica e mental dos demais trabalhadores) -erada
pela ocorr'ncia do
do sinistro) implica em absentesmo)
absentesmo) rotati&idade
rotati&idade de mão<de<obra)
mão<de<obra) no&os
acidentes entre outras perdas.

ado o altssimo ndice mundial de acidentes do trabalho) a Fr-ani+ação ?nternacional


do "rabalho
"rabalho (F?"#) com $ito de redu+i<lo)
r edu+i<lo) lançou em 19G) o pro-rama para o
melhoramento das condições e do meio ambiente do trabalho
tr abalho (%?!"#) mediante a
implantação e implementação de medidas de se-urança e hi-iene laboral) cu*o incio se
deu na !mérica Latina. !p4s o lançamento desse pro-rama) especialmente no Hrasil)
notou<se a e$eti&a 5ueda dos ndices dos in$ort,nios do trabalho entre os operrios
se-urados pela %re&id'ncia ocial) se-undo estatsticas o$iciais. Fbser&ou<se) também
5ue além de e&itar os conhecidos pre*u+os sociais e humanos) as empresas 5ue
implementaram esse pro-rama ti&eram si-ni$icati&a diminuição dos pre*u+os
econ@micos (continuidade e ele&ação da 5ualidade da produção) eliminação de
desperdcios) etc.#. (12#

DANOS ORIUNDOS DE ACIDENTES


ACIDENTES DO TRABALHO E A
RESPONSABILIDADE DE REPARÁ-LOS
REPARÁ-LOS

!." #eorias norteadoras da responsabilidade civil de reparar os danos provocados $


v%tima de acidente do trabalo

! import>ncia do e5uilbrio e da harmoni+ação social) a partir da reparação dos danos)


torna o tema da responsabilidade ci&il ou penal um dos mais rele&antes para as ci'ncias
humanas) especialmente
especialmente para a *urdica. %ortanto) a5uele 5ue por sua conduta ou
eerccio de ati&idade produ+ uma modi$icação ne-ati&a no mundo eterior) &iolando
direitos de outrem) de&er responder pelos seus atos com $ito de satis$a+er não s4 o
lesado) mas principalmente) &isando a pa+ social. Aesmo por5ue "o anseio de obrigar o
agente, causador do dano, repará-lo inspira-se no mais elementar sentimento de
justiça" (:#

Fs imensur&eis e estarrecedores casos de acidentes do trabalho) na sua -rande maioria


oriundos do descaso dos empre-adores em manter um meio ambiente laboral salutar e
outras &e+es pelos riscos pr4prios da ati&idade econ@mica das suas empresas) a$rontam o
princpio constitucional
constitucional da di-nidade humana
humana e da inte-ridade
inte-ridade $sica) ps5uica
ps5uica e moral
do trabalhador.

F acidente de trabalho é e&ento danoso tanto para a &tima 5uanto para seus dependentes
e) em muitos casos) é irrepar&el) de&ido à etensão de seus e$eitos. Aas se o direito à
&ida e à inte-ridade $sica do trabalhador é &iolado pela ocorr'ncia de sinistro
relacionado ao meio ambiente laboral) ocasionando<lhe perda parcial ou total)
temporria ou permanente da sua capacidade para trabalhar ou até mesmo a morte) tal
dano de&er ser reparado) ao menos pelo se-uro social) independentemente
independentemente de culpa do
empre-ado ou empre-ador) ainda 5ue tal indeni+ação apenas miti-ue o mal so$rido. B
imperiosa) portanto) a reparação do dano causado a outrem para) na medida do poss&el)
des$a+er seus e$eitos $unestos e restituir statu !uo ante a5uele 5ue so$reu o pre*u+o.

Aaria Jelena ini+ "o interesse em restabelecer o e!uilbrio violado


Ios di+eres de Aaria
pelo dano # $onte geradora da responsabilidade
responsabilidade civil", independentemente
independentemente de 5ue a
causa da lesão ao bem material ou moral) se*a ato ilcito ou lcito. %or5ue também as
ati&idades permitidas le-almente) mas 5ue por sua nature+a) impli5uem em risco para os
direitos de outrem) cria o de&er de indeni+ar) bastando ha&er neo de causalidade entre o
dano e ati&idade de risco desen&ol&ida)
desen&ol&ida) sem le&ar em conta a eist'ncia de culpa do
criador do risco (H) art. 92G) par. ,nico#. (1#

%or sua nature+a social) a responsabilida


r esponsabilidade
de ci&il decorrente de acidente do trabalho
$unda<se em norma co-ente de carter p,blico ele&ado à cate-oria constitucional.

! nossa arta Aa-na asse-ura ao trabalhador)


trabalhador) com base nos princpios da &alori+ação
do trabalho e da di-nidade humana) o direito ao meio ambiente laboral salutar e entre
outros direitos o "seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador,
empregador, sem
excluir a indeni%ação a !ue este está obrigado, !uando incorrer em dolo ou culpa"
(K/88. art. G0) inc. M???#. 6 determina 5ue a %re&id'ncia ocial atender) em
concorr'ncia com o re-ime de se-uro pri&ado) a cobertura dos riscos de acidente do
trabalho) inclusos e&entos de doença)
doença) in&alide+ ou morte (K/88) art. 2:1) inc ? e  1:#.

Aas no 5ue tan-e à reparação a lesão ao meio ambiente) inclusi&e) ao meio ambiente do
trabalho) a onstituição) cu*o bem maior prote-ido é a &ida) determina também) em seu
par-ra$o 30) arti-o 22=
22= 5ue7

!s condutas e ati&idades consideradas lesi&as ao meio ambiente su*eitarão os in$ratores)


pessoas $sicas
$sicas ou *urdicas) a sanções
sanções penais
penais e administrati&as) independente
independentemente
mente da
obri-ação de reparar os danos causados.

Ia combinação
combinação desses dispositi&os
dispositi&os est delimitada
delimitada a $undamentação
$undamentação le-al e te4rica para
para
as normas in$raconstitucionais relati&as à reparação acidentria laboral) se*a de cunho
ci&il) administrati&a ou penal. 6) in$ere<se das normas mencionadas 5ue a
responsabilidade
responsabilidade ci&il poder ter nature+a contratual ou etracontratual) cu*os
pressupostos bsicos
bsicos são7 a ocorr'ncia
ocorr'ncia de dano)
dano) neo causal
causal entre o e&ento danoso
danoso e o
dano e a causa oriunda de ato ilcito ou não.

endo assim) o tema est compreendido


compreendido tanto pelas teorias ci&ilistas (teoria da culpa
ci&il ou da responsabilidade
responsabilidade sub*eti&a# 5uanto pelas teorias publicistas (teoria do risco
ou da responsabilidade
responsabilidade ob*eti&a#.

&. #eoria da c'lpa civil o' da responsabilidade s'bjetiva

! >nsia de obter a reparação do dano é tão anti-a 5uanto a ori-em do homem. om
$ulcro na Lei de "alião)
"alião) sur-iu a *ustiça pri&ada. ?mpunha<se a re-ra Nolho por olho)
dente por denteN) ou se*a) repara&a<se o mal pelo mal. ?nclusi&e) se5uer &eri$ica&a<se a
eist'ncia ou não de culpa. ?n,meros abusos $oram cometidos em nome da reparação do
dano) 5ue de reparação nada tinha) mas caracteri+a&a como mera &in-ança e dano em
dose dupla (da &tima e do o$ensor#.

%ercebeu<se 5ue a &in-ança pri&ada era contraproducente. Fptou<se) pois) pela eceção
do dispositi&o da lei 11O) tbua M??) nsita na Lei das o+e "buas) cu*a determinação
determinação
era 5ue Nse al-uém $ere a outrem) 5ue so$ra a pena de "alião)
"alião) salvo se e(isti' acordo N

!ssim) a composição das partes para reparar o dano) mediante pec,nia) trans$eria ao
patrim@nio do a-ressor
a-ressor 5ue a-ira com culpa) o @nus da
da reparação.

6ntrou em &i-or) no&a lei romana P a &ex '!uilia de damno P 5ue introdu+iu
introdu+iu a culpa do
a-ente como $undamento da sua obri-ação de reparar o dano) mediante prestação de
pena pecuniria.
pecuniria.

ur-iu a clssica teoria da culpa) cu*o pressuposto bsico para a concessão da reparação
impõe 5ue "o respectivo $ato gerador seja moralmente imputável ao seu autor, isto #
!ue se origine de sua vontade determinada ou de sua atividade consciente" (2# %or5ue)
"pela teoria da responsabilidade subjetiva ou da culpa (...# a obrigação de reparar o
reprovação ao comportamento do agente" (3#
dano decorre do ju%o de reprovação

e-undo essa teoria) a obri-ação de indeni+ar pressupõe a eist'ncia do elemento


sub*eti&o7 dolo (culpa latu sensu#)
sensu#) em 5ue o a-ente tem pleno conhecimento do mal e
intenção de pratic<lo; ou a culpa stricto sensu)
sensu) ad&inda da ne-li-'ncia) imprud'ncia ou
impercia do a-ressor) 5ue &iola o de&er de conhecer e a-ir de modo a não pre*udicar
outrem. !lém de tal pressuposto) também são re5uisitos indispens&eis para con$i-urar a
responsabilidade
responsabilidade ci&il sub*eti&a) a eist'ncia do dano contra o direito tutelado e o neo
causal entre o dano e o $ato imput&el ao su*eito a-ressor.

!ssim) se al-uém pela sua conduta culposa) &iola direito de outrem e causa<lhe pre*u+o
ou dano) tem o de&er de indeni+ar.

! tradicional teoria da culpa ainda é o principal $undamento da responsabilidade ci&il)


&e+ 5ue nin-uém ser obri-ado a indeni+ar se não hou&er a-ido culposamente) sal&o nos
casos especi$icados
especi$icados em lei ou 5uando sua ati&idade se*a peri-osa e impli5ue em risco
para os direitos de outrem (H) art. 92G) par. ,nico#.

6ceto raras eceções) como na hip4tese do dispositi&o do par-ra$o acima mencionado


(#
) 5ue determina a responsabilidade
responsabilidade ob*eti&a) o nosso 4di-o i&il acolhe a
responsabilidade
responsabilidade ci&il sub*eti&a e) em parte) adota o princpio -eral do processo ci&il)
5ue incumbe a 5uem ale-a) o @nus de pro&ar o seu direito e os $atos 5ue o $undam) ou
se*a) cabe ao lesado pro&ar a culpa do a-ressor.

ontudo) em determinados casos) a teoria da culpa aproima<se da teoria da


responsabilidade
responsabilidade ob*eti&a ao aceitar a culpa presumida.

e&eras) muitas são as hip4teses em 5ue praticamente $ica imposs&el ao lesado pro&ar a
culpa do respons&el pela &iolação do seu direito. Qma delas é o 5ue acontece nos casos
de acidente do trabalho decorrente de culpa ou dolo do empre-ador (K/88) art. G0) inc.
M???#. 6m tais situações) como re-ra) se não hou&er a in&ersão do @nus da pro&a)
di$icilmente o lesado poder pro&ar a culpabilidade do empre-ador.
empre-ador.

Jou&e uma e&idente e&olução na teoria da responsabilida


r esponsabilidade
de ci&il nos ,ltimos
,lti mos tempos)
uma busca de sociali+ação dos riscos. ! aplicação
aplicação pura da teoria da culpa)
de$initi&amente) não se mostrou su$iciente para atender às trans$ormações s4cio<
econ@micas da nossa época. Rati$ica essa asserti&a os di+eres de Aaria Jelena ini+7 (=#

! insu$ici'ncia
insu$ici'ncia da culpa para cobrir todos os pre*u+os) por obri-ar a per5uirição do
elemento sub*eti&o na ação) e a crescente tecni+ação
tecni+ação dos tempos modernos)
caracteri+ado pela introdução de m5uinas) pela produção de bens em lar-a escala e pela
circulação de pessoas por meio de &eculos automotores) aumentando assim os peri-os à
&ida e à sa,de humana) le&aram a uma re$ormulação da teoria da responsabilidade ci&il
dentro de um processo de humani+ação.

F primeiro passo $oi admitir a presunção da culpa. !rdorosos de$ensores da culpa como
$undamento da responsabilidade ci&il) os irmãos Aa+eud) numa concepção moderna)
ante as di$iculdades encontradas para e$eti&ar a reparação
r eparação do dano) criaram a teoria da
culpa sem imputabilidade moral) mediante o arti$cio da presunção juris et de jure)
jure) 5ue
na &erdade $oi uma transição
tr ansição para aceitar as no&as teorias do risco) de$endidas por
aleiles e Sosserand) precursores da ob*eti&ação da responsabilidade ci&il) se-uidos no
Hrasil) dentre outros) por !l&ino Lima) Fro+imbo Ionato) !-uiar ias. (#

e-undo !l&ino
!l&ino Lima) para os a-uerridos de$ensores da culpa como princpio moral
basilar da responsabilidade
responsabilidade ci&il) dentre
dentre eles Ripert) as teorias
teorias de presunção
presunção da culpa) na
&erdade) são mentiras *urdicas criadas para não dar o &erdadeiro nome às coisas) para
acobertar as no&as tend'ncias. (G#

6n$im) como assinalou o pr4prio Ripert) a tend'ncia atual do direito) 5ue a cada dia se
concreti+a mais) inclusi&e no direito positi&o brasileiro (8#) mani$esta<se no sentido de
substituir a idéia da culpa pela idéia do risco) a responsabilidade sub*eti&a pela
responsabilidade ob*eti&a) tudo em prol da sociali+ação dos riscos. (9#
responsabilidade

B. #eoria do risco o' da responsabilidade objetiva

! impossibilidade
impossibilidade de concreti+ar reparação dos danos oriundos de acidentes)
especialmente)
especialmente) do trabalho) cu*o n,mero cresceu assustadoramente nos ,ltimos tempos
(com al-uma redução no 5uadro do mercado de trabalho $ormal#) determinou a
insu$ici'ncia responsabilidade
responsabilidade sub*eti&a. F operrio hipossu$iciente e &ulner&el ou seus
dependentes)
dependentes) sempre se encontraram em irre$ra-&el
irr e$ra-&el des&anta-em em relação ao
poderio do empre-ador.
empre-ador. omo pro&ar a culpa
culpa desteT ! lei 5ue por um lado tutela&a o
direito à inte-ridade $sica e a reparação dos danos ocorridos com a &iolação desse
direito) praticamente) ne-a&a o e$eti&o direito de ação) ao di$icultar (5uase
impossibilitar# a pro&a da culpa do empre-ador. onceder
onceder o direito à reparação do dano
aos lesados) mas ne-ar<lhes) ainda 5ue indiretamente) instrumentos para pro&ar o direito)
e5ui&ale à ne-ação do direito.

ur-iu a teoria do risco como $undamento da responsabilidade ob*eti&a) ante a


necessidade de amparar as &timas de acidentes e tendo em &ista os problemas sociais
deles ori-inados) principalmente) para o operrio e sua $amlia) cu*a sobre&i&'ncia
depende do trabalho. 6sta teoria &em) portanto) como resposta aos anseios de ordem
s4cio<econ@mica.

!l&ino Lima) "a


omo bem esclarece o rduo de$ensor da teoria do risco em nosso pas) !l&ino
necessidade imperiosa de ssee proteger a vtima, assegurando-lhe a reparação do dano
so$rido, em $ace da dspar entre as
as empresas poderosas
poderosas e as vtimas desprovidas de
recursos, (...# UtornaV imprescindvel, pois, rebuscar um novo $undamento
$ undamento (
responsabilidade
responsabilidade extracontratual, !ue melhor resolvesse o grave problema da
reparação dos danos, de molde a se evitarem injustiças !ue a consciência jurdica e
humana repudiavam" (=:#

%ara aleiles) o precursor das bases de sustentação para a no&a doutrina) desen&ol&ida
se-uidores "a teoria objetiva # uma teoria social !ue considera o
por Sosserand e seus se-uidores
homem como $a%endo parte de uma coletividade e !ue o trata como atividade em
con$ronto com as individualidades !ue o cercam" (=1#

e-undo ér-io a&alieri Kilho (=2#) a teoria do risco $oi embasada sob &rios prismas e
podem ser identi$icadas
identi$icadas em di&ersas
di&ersas modalidades a se-uir epostas7
epostas7

a)#eoria do riscoproveito P $unda<se essa


essa teoria na idéia de 5ue a5uele 5ue tira
pro&eito da ati&idade
ati&idade danosa é respons&el
respons&el pela reparação do dano.
dano. %orém) aplica<se
aplica<se
somente aos eploradores de ati&idades econ@micas) e ao lesado impende pro&ar a
eist'ncia do pro&eito.

teoria "a!uele !ue, em ra%ão de sua atividade ou


b)#eoria do risco criado P por essa teoria
pro$issão, cria um perigo,
perigo, está sujeito ( reparação do dano !ue causar,
causar, salvo
salvo prova de
haver adotado todas as medidas id)neas de evitá-lo" essa elucidação do Aestre aio
Ario se in$ere) 5ue prescinde a pro&a do pro&eito da ati&idade. (=3#

c)#eoria do risco pro*issional P esta teoria $oi desen&ol&ida


desen&ol&ida especi$icamente
especi$icamente para
*usti$icar a reparação
reparação dos pre*u+os ad&indos
ad&indos de acidentes
acidentes do trabalho)
trabalho) e sustenta ser
su$iciente a lesão) se*a em decorr'ncia da ati&idade ou da pro$issão do lesado.

d)#eoria do risco e(cepcional P &oltada para responsabili+ar


responsabili+ar eploradores
eploradores de ati&idades
ati&idades
de riscos coleti&os (eploração de ener-ia nuclear) materiais radioati&os) ect.#) 5ue
podem lesar até mesmo
mesmo terceiros alheios
alheios a estas ati&idades.
ati&idades.

e)#eoria do risco integral P para esta teoria


teoria basta ha&er
ha&er o dano para caracteri+ar
caracteri+ar o
de&er de indeni+ar. Ião admite 5uais5uer causas ecludentes da responsabilidade
responsabilidade (culpa
eclusi&a da &tima) de terceiros) caso $ortuito ou $orça maior#.

a&alieri (=# a$irma 5ue) em 5ual5uer das modalidades) a teoria do risco se resume na
se-uinte a$irmação7 "*odo
"*odo preju%o deve ser
s er atribudo ao seu autor e reparado por !uem
o causou, independentemente de ter ou não agido com culpa "

%or conse-uinte) para asse-urar o ressarcimento ao pre*udicado) cabe &eri$icar se


ocorreu o e&ento e dele emanou o dano) não se co-itando da imputabilidade
i mputabilidade ou
anti*uridicidade do $ato danoso. B satis$at4ria a relação de causalidade entre o pre*u+o e
a5uele 5ue materialmente o causou) isto é) basta o neo causal entre o dano e o $ato
-erador. F a-ente de&e ser responsabili+ado
responsabili+ado pelo simples $ato da ocorr'ncia do $ato
danoso pre*udicial a outrem) relacionado à ati&idade eercida) &isto 5ue a5uele assumiu)
ao eplor<la) todos os riscos a ela inerentes.

!.2. Responsabilidade civil+ s'bjetiva o' objetiva e se's elementos

on$orme o $undamento te4rico adotado) a responsabilidade ci&il se apresentar como7


sub*eti&a ou ob*eti&a.

Aaria Jelena ini+ a$irma 5ue "o dever ressarcit+rio pela prática de atos ilcitos
decorre da culpa, ou seja,
s eja, da reprovabilidade ou censurabilidade da conduta do agente
(...# Portanto, o ato ilcito !uali$ica-se pela culpa não haverá, em
culpa ão havendo culpa, não
regra, !ual!uer responsabilidade"
responsabilidade" (-ri$ou<se#.

! culpa é elemento sub*eti&o moralmente imput&el ao a-ente) con$orme se*a sua


conduta repro&&el) a partir o *u+o de &alor $eito a respeito
r espeito de sua capacidade
capacidade
intelecti&a e &oliti&a (capacidade mental para ter consci'ncia e &ontade de praticar o
ato#. a) a responsabilidade
responsabilidade ci&il sob o $undamento da culpa é conhecida como
responsabilidade
responsabilidade sub*eti&a.

Io direito ci&il brasileiro a norma


norma $undamental
$undamental da responsabilidade
responsabilidade ci&il est -ra&ada
-ra&ada
nos arti-os 18 e 18G (parte -eral# combinado com o arti-o 92G) caput) (parte especial#
do 4di-o i&il nos se-uintes termos7
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou
imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que
exclusivamente
exclusivamente moral, comete ato ilícito.

Art. 18. !am"#m comete ato ilícito o titular de um direito que, ao


exercê$lo, excede mani%estamente os limites impostos pelo seu %im
econ&mico ou social, pela "oa$%# ou pelos "ons costumes.

Art. '(. Aquele que, por ato ilícito )arts. 186 e 18*, causar dano a
outrem, %ica o"rigado a repará$lo.

on$orme se dedu+ dos dispositi&os acima) especialmente do arti-o 18) a


responsabilidade
responsabilidade ci&il) a princpio) est intimamente li-ada à eist'ncia de um ato ilcito
(5ue pressupõe a culpa#) cu*os elementos constituti&os são7

a#a conduta culposa (dolo ou culpa stricto sensu#


sensu# P &iolação de de&er *urdico
preeistente (contratual
(contratual ou le-al#) imput&el
imput&el a al-uém (a-ente ou respons&el
respons&el le-al# 5ue
por ato comissi&o
comissi&o (intencional# ou omissi&o
omissi&o (aus'ncia do cuidado ei-&el#
ei-&el# causou dano
a outrem;

b#o dano P é a lesão ao direito patrimonial


patrimonial ou moral da &tima
&tima causado pela
pela conduta
culposa do a-ente) ressarc&el mediante pec,nia; e

c#neo causal P é a relação de causalidade entre o dano e a conduta do a-ente.

"oda re-ra tem eceção. !s eceções eistem como $orma de e5uilibrar) harmoni+ar
situações $ticas e dar respostas aos anseios de *ustiça e pa+ social.

! responsabilidade
responsabilidade com base na culpa se tornou insu$iciente para solucionar 5uestões
compleas em torno de e&entos danosos oriundos dos riscos de determinadas ati&idades
econ@micas)
econ@micas) especialmente dos e&entos sinistros ocorridos no ambiente laboral.
(==#
omo bem esclarece Aaria Jelena ini+ 7
...a crescente tecni+ação dos tempos modernos, caracteri+ado pela
introdução de máquinas, pela produção de "ens em larga escala e pela
circulação de pessoas por meio de veículos automotores, aumentando
assim os perigos  vida e  sa-de umana, levaram a uma re%ormulação
re%ormulação da
teoria da responsa"ilidade civil dentro de um processo de umani+ação.
umani+ação.
/ste representa uma o"0etivação da responsa"ilidade, so" a id#ia de que
todo risco deve ser garantido, visando a proteção 0urídica  pessoa
umana, em particular aos tra"aladores e s vítimas de acidentes,
contra a insegurança material, e todo dano deve ter um responsável.
responsável.

ur-e) então) a responsabilidade com $undamento nos riscos da ati&idade


(responsabilidade
(responsabilidade ob*eti&a#) cu*os pressupostos são apenas a eist'ncia do pre*u+o e a
relação entre este e o e&ento danoso 5ue o causou (neo causal#.

F nosso atual c4di-o ci&il abre eceção ao instituto da responsab


r esponsabilidade
ilidade sub*eti&a)
mediante norma -enérica ao determinar no par-ra$o ,nico do arti-o 92G) 5ue7
averá o"rigação de reparar o dano, independentemente de culpa , nos
casos especificados em lei , ou quando a atividade normalmente
desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para
os direitos de outrem . )2estacou$se*
)2estacou$se*

Lo-o) o de&er de reparar) em determinadas hip4teses) independe da eist'ncia ou não de


ato ilcito) de conduta culposa. Hasta o de&er le-al de indeni+ar ou 5ue a ati&idade) por
sua nature+a) cause riscos aos direitos de outrem) se-undo $undamento
$undamento da
responsabilidade
responsabilidade ob*eti&a.

Ios pr4imos itens)


itens) serão epostas
epostas as caractersticas
caractersticas mais detalhadas
detalhadas dos elementos
elementos
constituti&os das duas espécies de responsabilidade ci&il P sub*eti&a ou ob*eti&a P e
sobre a aplicabilidade de ambas na solução dos danos ad&indos de acidentes do trabalho.

!.3 Repara,-o das leses acident/rias laborais e a responsabilidade civil s'bjetiva


do empregador

! responsabilidade
responsabilidade ci&il sub*eti&a do empre-ador) além da pre&isão constitucional do
arti-o G0) inciso M???) ,ltima parte) encontra<se re-ulada nos arti-os 18 e 18G
combinado com o arti-o 92G) caput) do atual 4di-o i&il. om e$eito) re+am esses
no&os comandos 5ue) in verbis
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou
imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que
exclusivamente
exclusivamente moral, comete ato ilícito.

Art. 18. !am"#m comete ato ilícito o titular de um direito que, ao


exercê$lo, excede mani%estamente os limites impostos pelo seu %im
econ&mico ou social, pela "oa$%# ou pelos "ons costumes.

Art. '(3 Aquele que, por ato ilícito )arts. 186 e 18*, causar dano a
outrem, # o"rigado a repará$lo.

Fs dois primeiros dispositi&os conceituam ato ilcito. Qma norma conceitua o ato ilcito
comissi&o ou omissi&o) doloso ou culposo (art. 18# e a outra ato ilcito por abuso de
direito (art.18G#. F comando da cabeça do arti-o 92G e&idencia 5ue a espécie de
responsabilidade
responsabilidade ci&il adotada é a sub*eti&a) pois é imprescind&el a eist'ncia de ato
ilcito 5ue por sua &e+ é indissoci&el da idéia de culpa (elemento constituti&o do ato
ilcito#.

!to ilcito se resume) se-undo ér-io a&alieri) em "ato voluntário e consciente do ser
humano !ue transgride um dever jurdico" (=#

Aaria Jelena ini+ ensina 5ue ato ilcito é a5uele) "praticado culposamente em
desacordo com a norma jurdica, destinada a proteger interesses alheios . o !ue viola
direito subjetivo individual, causando preju%o a outrem, criando o dever de reparar tal
lesão" (=G#

%ortanto) o de&er de reparar do empre-ador) se-undo


se-undo a teoria da responsabilidade
sub*eti&a) pressupõe conduta ilcita (comissi&a ou omissi&a) dolosa ou culposa#) dele ou
de seu preposto) contrrio a um de&er *urdico) 5ue &iole o direito à se-urança) à
incolumidade de seus empre-ados) no ambiente laboral) lhes causando pre*u+os (danos
$sicos ou ps5uicos#.

!.3.". Press'postos da responsabilidade civil s'bjetiva

edu+<se do item anterior) 5ue são pressupostos bsicos da responsabilidade ci&il


sub*eti&a7 o ato ilcito (conduta dolosa ou culposa#; imputabilidade; dano e relação de
causalidade entre a conduta e o dano.

&. Cond'ta 'mana 0dolosa o' c'lposa)

! conduta humana
humana ei-ida para caracteri+ar o ato ilcito é &oluntria e consciente
(aspecto psicol4-ico) sub*eti&o#) se eteriori+a (aspecto $sico ou ob*eti&o# em uma ação
ou omissão) em desacordo com um de&er le-al) isto é trans-ridem
tr ans-ridem a lei preeistente. !
ação ou conduta comissi&a &iola um de&er -eral de abstenção en5uanto a conduta
omissi&a in$rin-e o de&er de a-ir. !mbas produ+em conse5E'ncias
conse5E'ncias *urdicas ante a
culpabilidade do autor. ! culpa pode ser lato sensu)
sensu) abran-endo o dolo (&ontade
consciente de &iolar o direito) diri-ida à consecução do $im ilcito#) ou culpa stricto
sensu (&iolação de um de&er 5ue o a-ente podia conhecer e acatar) mas por aus'ncia de
cuidado não o $e+#.

B importante assinalar 5ue tanto o ato ilcito penal como o ci&il tem o mesmo
$undamento moral7 trans-ressão a uma obri-ação *urdica preeistente (de$inida em lei#
e a conse5Eente imputação moral à consci'ncia do a-ente (por5ue a-iu deliberadamente
com intenção de causar o dano ou por5ue não te&e a cautela ei-ida para e&it<lo#.

F ilcito penal se con$i-ura 5uando a conduta in$rin-e norma imprescind&el à eist'ncia


harmoniosa da sociedade) portanto consiste em o$ensa à ordem social. Fcorre ilcito
ci&il 5uando o ato &iola direito sub*eti&o pri&ado. %orém) o ilcito poder ter nature+a
d,plice P ci&il e penal) se &iolação $or atentat4ria de direito do particular e da sociedade
concomitantemente.

Ião se pode ol&idar 5ue nos casos


casos de acidentes
acidentes do trabalho)
trabalho) mesmo 5ue não ha*a dolo)
os resultados ad&indos da eposição da &ida ou da inte-ridade $sica dos empre-ados a
peri-o (%)
(%) arts. 132) 2=:)  20; 2=1)  30; 2=2) par.
par. ,nico; 2G1) par.
par. ,nico#;
,nico#; 5uase sempre
sempre
implicam em lesão (%) art. 129)  0# ou morte da &tima (%) art. 121)  30#. estarte)
pode<se a$irmar 5ue nessas
nessas hip4teses)
hip4teses) se $or tipi$icada
tipi$icada a conduta e não
não hou&er nenhuma
nenhuma
ecludente da anti*uridicidade) o empre-ador responder penal e ci&ilmente.

ontudo) a responsabilidade ci&il não est *un-ida à responsabilidade


responsabilidade penal. Aesmo 5ue
ocorra a absol&ição do réu por $alta de pro&a de culpabilidade penal) é poss&el
responsabili+ar
responsabili+ar o empre-ador ci&ilmente) &isto 5ue na es$era c&el) basta a culpa
le&ssima.

a) Cond'ta dolosa

%ela conduta dolosa) a ação ou omissão do autor) ori-ina de &ontade consciente e


deliberada de &iolar o direito de outrem e causar<lhe pre*u+os.
pre*u+os.

F dolo se caracteri+a 5uando o a-ente ao omitir<se ou a-ir) tem a representação


representação do $ato e
a &ontade de causar o resultado. ?sto é) o a-ente tem a pre&isão do resultado e
consci'ncia da ilicitude de sua conduta e 5uer o resultado (dolo determinado# ou assume
o risco de produ+i<lo (dolo e&entual#) $icando indi$erente se ocorrer ou não o resultado
danoso.

b) Cond'ta c'lposa

F a-ente 5ue se condu+ de modo contrrio à conduta esperada do ser humano prudente e
produ+ resultado
resultado indese*ado) mas
mas moralmente imput&el)
imput&el) tem erro de conduta
conduta ou
conduta culposa. B a culpa estrita 5ue se ori-ina de ação ou omissão &oluntria do
a-ente) o 5ual não pre&iu (porém) de&eria pre&er# e nem 5uis o resultado danoso)

6ntão) se-undo o clssico conceito de %laniol) "a culpa # a violação de uma obrigação
preexistente" (=8#) é a produção in&oluntria do resultado) por inobser&>ncia do cuidado
ob*eti&o (ne-li-'ncia) imprud'ncia ou impercia# e aus'ncia de pre&isão ob*eti&a
(possibilidade de ante&er o resultado#.

ão) portanto) elementos da culpa7

a# cond'ta vol'nt/ria P &ontade de $a+er ou não $a+er) porém) sem intenção de causar
resultado danoso;

b# previsibilidade objetiva P possibilidade de ante&isão do resultado)


r esultado) por5ue a
impre&isibilidade é causa ecludente da culpa (caso $ortuito ou $orça maior#;

c# a'sência de previs-o P o resultado poderia


poderia ter sido representado
representado mentalmente)
mentalmente) ter
sido pre&isto se-undo capacidade mental do homem comum) mas não o $oi (é a
impre&isão do pre&is&el#; (=9#

d# *alta de c'idado objetivo P eteriori+a<se pela7


pela7 1# impr'dência (é a conduta
comissi&a em desacordo com a cautela ei-ida) é a $alta in&oluntria de obser&>ncia de
medidas de precaução e se-urança) de conse5E'ncias pre&is&eis) 5ue se $a+iam
necessrias no momento para se e&itar um mal ou a in$ração da lei#; 2# negligência (é
conduta omissi&a) é a omissão &oluntria de dili-'ncia ou cuidado) $alta ou demora no
pre&enir. F a-ente deia
deia de $a+er al-o imposto
imposto pela lei# e; 3# imper%cia (é a $alta de
aptidão) habilidade) ou eperi'ncia) ou de pre&isão) ou de conhecimento
conhecimento ou de prtica do
a-ente no eerccio de sua ati&idade técnica#;

e# res'ltado invol'nt/rio P o a-ente não


não 5uis nem assumiu
assumiu o risco de causar
causar resultado
danoso;

$# ne(o ca'sal P relação de causalidade


causalidade entre
entre a conduta culposa
culposa e o resultado
resultado danoso.

-# 1mp'tabilidade P é o elemento
elemento constituti&o da culpa)
culpa) relati&a à consci'ncia
consci'ncia e
&ontade do a-ente. ! imputabilidade
imputabilidade pressupõe ação li&re) consciente e capa+ do a-ente.
ão ecludentes de imputabilidade7 a menoridade) a dem'ncia) anu'ncia da &tima)
eerccio normal de um direito (o mani$esto ecesso implica em abuso de direito#)
le-tima de$esa e estado de necessidade.

&." Classi*ica,-o da c'lpa

(:#
e-undo disposição didtica de Aaria Jelena ini+ a culpa se desdobra em di&ersas
modalidades) con$orme7

a# a nature+a do de&er &iolado P pode ser c'lpa contrat'al (&iolação de obri-ação


*urdica preeistente relati&a
relati&a a um contrato#
contrato# ou c'lpa e(tracontrat'al ou a5uiliana (se o
de&er &iolado $or estabelecido em preceito -enérico de direito) ou se*a) princpio -eral
de direito 5ue manda respeitar
r espeitar as pessoas e bens#.

b# a sua -raduação
-raduação P classi$ica<se em7
em7 grave ou lata (5uando o a-ente atuar com
-rosseira $alta de cautela; é a conduta in*usti$ic&el se comparado ao bom senso do ser
humano normal; se aproima do dolo#; leve (5uando a lesão poderia ser e&itada por
medidas de cautela ordinria) pr4pria do homem comum# e lev%ssima (caracteri+a<se
pela $alta de atenção
atenção etraordinria)
etraordinria) ou especial habilidade
habilidade e conhecimento
conhecimento sin-ular#.

c# 5uanto ao seu conte,do P eistem as espécies7 in commitendo (conduta comissi&a)


positi&a) como imprud'ncia impercia#; in omittendo (conduta omissi&a) ne-ati&a)
imprud'ncia e impercia#;
ne-li-'ncia#; in eligendo (oriunda da m escolha do representante ou preposto#; in
vigilando (aus'ncia de $iscali+ação por parte do patrão das coisas e do eerccio de
ati&idade de seus operrios#; in c!todiendo (aus'ncia de cautela em relação à pessoa)
coisa ou animal) 5ue se encontra&am sob os cuidados do a-ente#.

d# 5uanto ao conte,do de sua apreciação P pode ser7 cl"a in a#!trato (o a-ente atua
sem a atenção pr4pria do homem normal) em relação aos seus ne-4cios $a+endo uso da
inteli-'ncia de 5ue $oi dotado#) cl"a in concreto (aus'ncia da dili-'ncia necessria às
pessoas em relação as suas
suas pr4prias coisas)
coisas) se-undo as suas $aculdades)
$aculdades) aptidões ou dos
seus de$eitos ps5uicos#

e# c'lpa concorrente P é hip4tese de concorr'ncia de causas.


causas. ! &tima) paralelamente à
conduta culposa do autor do dano) concorre com atitude) também culposa (se $osse
dolosa ecluiria a ilicitude#) para a ocorr'ncia do e&ento sinistro. Iesses casos a
*urisprud'ncia consa-ra
consa-ra a redução
redução da indeni+ação
indeni+ação da &tima.

ér-io a&alieri Kilho (1# ainda cita mais duas espécies de culpa7 a culpa presumida e a
culpa contra a le-alidade. !5uela decorre do pr4prio $ato ( in re ipsa#)
ipsa#) é presumida a
partir das "pr+prias circunst/ncias em !ue se dá o evento") bastando 5ue o lesado pro&e
o dano e a relação de causalidade entre este e a conduta do a-ente  Fcorre culpa contra a
le-alidade 5uando a conduta é contrria a um de&er epresso em dispositi&o le-al.

B. ano

F dano é elemento essencial ou determinante da responsabilidade ci&il) se*a ob*eti&a ou


sub*eti&a. em a ocorr'ncia de pre*u+o não h o 5ue reparar
r eparar.. ?mputar a al-uém o de&er
de indeni+ar sem restar caracteri+ada a eist'ncia do dano (ainda 5ue presumido (2##) se
tradu+ em o$ensa ao princpio -eral de direito 5ue &eda o enri5uecimento sem causa.
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doutrina W direito do trabalho W meio ambiente do trabalho


Sus Ia&i-andi
• !*uda
• !nuncie no Sus
• 6n&ie sua olaboração
• Kale onosco
• %ri&acidade
• Xuem omos

's 4avigandi. "o


"odos
dos os direitos reser&ados. %roibida a reprodução total ou parcial sem
autori+ação.

%or conse-uinte) se o ato ilcito $or de mera conduta) sem resultado (isto é) sem dano
patrimonial ou etrapatrimonial)
etrapatrimonial) $sico ou ps5uico#)
ps5uico#) poder ha&er
ha&er responsabilidade
responsabilidade
penal) mas não
não ci&il.

e-undo Sor-e Hustamante (3#) eistem danos j'sti*icados e danos ressarc%veis . 6stes
são os danos patrimoniais e etrapatrimoniais. !5ueles são os danos ad&indos de atos
lesi&os) 5ue não acarretam o de&er de indeni+ar.
indeni+ar. F dano pode ser *usti$icado pela lei)
como são as hip4teses de eclusão da ilicitude) le-tima de$esa) eerccio re-ular do
direito) estado de necessidade pr4prio ou de terceiro (se o dono da coisa lesada $oi o
culpado do peri-o#. Futrossim) as ecludentes de causalidade (caso $ortuito ou $orça
maior) culpa eclusi&a da &tima# *usti$icam os danos.

ontudo) h de con&ir 5ue mesmo os danos *usti$icados não deiam de &iolar as es$eras
patrimonial e/ou moral)
moral) apenas não são
são reparados por
por causa das ecludentes
ecludentes acima
acima
citadas.

%ortanto) dano é uma lesão) um pre*u+o oriundo de al-um e&ento) 5ue a$eta um bem
*urdico de uma pessoa
pessoa (patrimonial ou moral#)
moral#) 5ue poder ser reparado
reparado ou não.
não.

B." Req'isitos dos danos ressarc%veis

F pre*u+o ou dano de&e ter re5uisitos pr4prios para ei-ir<se a indeni+ação.


indeni+ação. F dano 5ue
d ense*o à reparação é a5uele 5ue7

a# 1mplica em dimin'i,-o o' destr'i,-o de 'm bem j'r%dico patrimonial ou


etrapatrimonial da pessoa. 6n5uanto o primeiro -era pre*u+o material econ@mico)
pass&el de reparação)
reparação) o se-undo
se-undo é insuscet&el
insuscet&el de apreciação
apreciação pecuniria) por
por se tratar de
lesão a bem inte-rante da personalidade humana.
humana. Aas) ambos são pass&eis de
reparação) pois e&idenciam pre*u+os reais.

b# e&e ser certo) real e e$eti&o (sal&o nos casos de dano presumido#. Ião basta ser
e&entual) não pode ser hipotético. F dano certo de&e ser atual e determinado ou $uturo e
determin&el (a conse5E'ncia posterior do ato ilcito é o prolon-amento do dano atual P
é potencial. %or eemplo7 ! lesão
lesão de uma perna pode implicar na imediata amputação
da mesma e em posterior necessidade de colocação de pr4tese (##.

c# e&e ser compro&ada sua eist'ncia em $ace do e&ento e a repercussão sobre o bem
pessoa lesada 0ne(o ca'sal). %oder ser direto (neste "há uma relação
*urdico da pessoa
imediata entre a causa destacada pelo direito e a perda so$rida pela pessoa"# ou
r icochete) pois consiste "numa
indireto (conhecido como dano re$leo ou por ricochete)
conse!0ência da perda mediatamente so$rida pelo lesado, representando uma
repercussão
repercussão ou e$eito da causa noutros bens !ue não diretamente atingidos pelo $ato
lesivo"#. (=#

d# e&e ser s'bsistente P é a5uele 5ue


5ue ainda não $oi reparado
reparado pelo respons&el.
respons&el. e a
&tima ou terceiro reparou
r eparou o dano) este ainda subsiste em relação ao seu respons&el. F
terceiro sub<ro-a nos direitos do pre*udicado.

e# e&e ser pessoal P o autor da ação


ação de indeni+ação
indeni+ação de&e ser
ser titular do direito lesado (a
&tima ou seus bene$icirios) nas hip4teses le-ais de dano indireto) con$orme dispõe
arti-o 98 do 4di-o i&il Hrasileiro e casos anlo-os#.

!ssim) o dano ressarc&el é a5uele 5ue pro&oca a diminuição ou destruição do direito


patrimonial ou moral) eperimentada
eperimentada pelo lesado)
lesado) contra a sua &ontade; 5ue
5ue é
subsistente) atual e determinado ou $uturo e determin&el e o a-ente ou respons&
r espons&el
el pelo
e&ento danoso não est acobertado por 5ual5uer $orma de eclusão de ilicitude ou
causalidade.

B.".2 ano patrimonial

F dano patrimonial é a a$etação dos bens de uma pessoa) 5ue lhe são economicamente
,teis) o 5ue) por conse-uinte)
conse-uinte) lhe ocasiona perdas materiais.

%ara Aaria Jelena ini+ (# "o dano patrimonial vem a ser a lesão concreta, !ue a$eta
um interesse relativo ao patrim)nio da vtima, consistente na perda ou deterioração,
total ou parcial, dos bens materiais !ue lhe pertencem, sendo suscetvel de avaliação
pecuniária e de indeni%ação pelo responsável"
responsável"

! mestra) embasada na lição de !-uiar ias) aponta como lesões 5ue constituem danos
patrimoniais7 "a privação do uso da coisa, os estragos nela causados, a inca"acita$%o
do le!ado "ara o tra#al&o, a o$ensa a sua reputação
reputação !uando tiver repercussão na
na sua
vida pro$issional ou em seus neg+cios" (-ri$ou<se#.

F acidente do trabalho) por conse-uinte) além de redundar em dano ao corpo do


operrio &itimado e ao seu patrim@nio moral (por5ue o dano à &ida) em todas as suas
nuances) é desmedido e pode a$etar os sentimentos do lesado#) pode atin-ir)
simultaneamente)
simultaneamente) a es$era patrimonial da &tima e de seus bene$icirios) &isto 5ue
dependem economicamente
economicamente do trabalho eecutado pelo corpo a-redido para &i&er.
Krise<se) a &ida não tem &alor econ@mico em si mesma) é imensur&el) mas as
ati&idades intelectuais) as habilidades técnicas) o pr4prio corpo representam irre$ut&eis
meios de a5uisição econ@mica.

Xuanto aos danos patrimoniais ad&indos de lesões ou morte do trabalhador) este ou seus
dependentes t'm direito à indeni+ação dos pre*u+os e$eti&os P de lucros emer-entes P e
os pre*u+os com base no 5ue) ra+oa&elmente)
ra+oa&elmente) o lesado deiou de -anhar P lucros
(G#
cessantes. (H) arts. :2 e :3 c/c 98) 99 e 9=:#.

esta $orma) nos termos do arti-o 99 do 4di-o i&il) se do acidente laboral resultar
lesões corporais P o$ensa à inte-ridade corporal e à sa,de da &tima P 5ue diminua ou
incapacite o eerccio do trabalho) sem deiar se5Eelas) o empre-ador somente ser
responsabili+ado
responsabili+ado pela indeni+ação
indeni+ação das despesas do tratamento e dos lucros cessantes até
ao $im da con&alescença
con&alescença do lesado) sal&o se este pro&ar 5ue so$rera al-um outro
pre*u+o) como o dano
dano moral) por eemplo.
eemplo.
"oda&ia)
"oda&ia) se do acidente emanar de$eito ou diminuição da capacidade ou incapacidade
total pelo 5ual o empre-ado não possa eercer a sua pro$issão ou tenha diminudo o
&alor do seu trabalho) a indeni+ação abran-er uma pensão correspondente
correspondente à
import>ncia do trabalho) no todo ou em parte (dependendo do -rau de depreciação
so$rida#) além de todas despesas do tratamento $sico
$ sico e ps5uico (&alores inerentes às
despesas médicas) de en$erma-em) medicamentos) eames) pr4teses) etc.# e lucros
cessantes até o $im da con&alescença
con&alescença (H) art. 9=:#. ! indeni+ação
indeni+ação relati&a à pensão a
ser arbitrada *udicialmente) poder ser ei-ida de uma s4 &e+) se assim o pre*udicado
pre$erir (H) art. 9=:) par.
par. ,nico#.
,nico#.

Male ressaltar 5ue 5uando a de$ormidade $sica oriunda do acidente $or puramente
Male
estética) o 5ue a priori ense*a apenas danos morais) poder também ocasionar danos
patrimoniais) pois poder
poder repercutir nas possibilidades econ@micas
econ@micas da &tima
&tima (5uando
esta ti&er suas chances de trabalho redu+idas ou mesmo impossibilitada#. Qm eemplo
clssico) é o caso da modelo publicitria) cu*a pro$issão est intimamente li-ada à
bele+a do corpo.
corpo. "amb
"ambém
ém outros pro$issionais)
pro$issionais) lesados esteticamente)
esteticamente) 5ue dependem
dependem da
apar'ncia $sica para eercer o trabalho) de&erão ser ressarcidos com $ulcro no dano
patrimonial) além do dano
dano moral.

e&e<se e&idenciar 5ue as lesões corporais ou à sa,de ad&indas do meio ambiente de


trabalho inade5uado não são apenas as $sicas) podendo ser também de cunho ps5uico
(traumas) $obias) psicoses) etc.#.

orrobora essa posição) Hento de Karia (8# em seu comentrio ao arti-o 129 do 4di-o
%enal o 5ual dispõe sobre lesões corporais) ao asse&erar 5ue "o dano ao corpo ocorre
!uando a lesão determina !ual!uer preju%o ( integridade do conjunto org/nico da
pessoa 1ano ( sa2de # a desordem causada (s atividades ps!uicas ou ao
$uncionamento regular
regular do organismo"
organismo"

essa $orma) as doenças ps5uicas ou neurol4-icas se relacionadas ao trabalho)


e5uiparam<se a acidentes do trabalho e podem atin-ir tanto os bens patrimoniais 5uanto
os morais. %ortanto) de&erão ser indeni+adas. %or eemplo) se o trabalhador de&ido às
a-ressões $sicas ou ps5uicas (ati&idades de risco) etenuantes) etc.# so$ridas no
ambiente laboral) desen&ol&e al-uma $obia) ou al-um outro dist,rbio mental) 5ue o
incapacita) parcial ou totalmente) para o eerccio de sua pro$issão ou de 5ual5uer outro
trabalho) de&er ser indeni+ado.

e o acidente do trabalho cei$ou a &ida da &tima) presume<se 5ue hou&e pre*u+o de


cunho moral para seus $amiliares (5ue normalmente) sentem a perda do ente 5uerido#)
&isto 5ue os sentimentos a$eti&os são bens de &alor inestim&el. %orém) para os
dependentes)
dependentes) a5uela &ida humana i-ualmente tem &alor econ@mico) uma &e+ 5ue era
$onte de possibilidades econ@micas. F dano) sob este prisma é patrimonial.

%or essa ra+ão) o le-islador de$iniu mais um caso de dano indireto a ser indeni+ado) ao
dispor no arti-o 98 do atual 4di-o i&il 5ue7

Io caso de homicdio)
homicdio) a indeni+ação
indeni+ação consiste) sem ecluir outras reparações7
reparações7
4 $ no pagamento das despesas com o tratamento da vítima, seu %uneral
e o luto da %amília5

44 $ na prestação de alimentos s pessoas a quem o morto os devia,


levando$se em conta a duração provável da vida da vítima.

6m sntese) o pre*u+o ao patrim@nio decorre da comparação entre o estado patrimonial


de al-uém antes da ocorr'ncia do ilcito e depois da sua prtica. 6) a reparação material
da &tima de&er se mostrar capa+ de restituir<lhe ao status !uo ante)
ante ) da $orma mais
ade5uada poss&el.

B.".3 ano e(trapatrimonial

F dano moral) em sua acepção ampla) é a lesão de interesses não patrimoniais do


o$endido. B o$ensa aos direitos personalssimos7 os sentimentos a$eti&os) a pr4pria
ima-em) a intimidade e o decoro) o bom nome) a pri&acidade) a inte-ridade $sica e
ps5uica) a honra)
honra) a &ida) a di-nidade
di-nidade da pessoa
pessoa humana) a liberdade) a capacidade)
capacidade) e
(9#
outros mais cu*a o$ensa causem an-,stia) a$lição) dor) a&iltamento) &eame à &tima.

! reparação pecuniria dessa espécie de dano) por serem esses bens da &ida
inestim&eis) é mais uma miti-ação do so$rimento) uma satis$ação) do 5ue uma
indeni+ação propriamente dita.

omo bem a$irma Aaria Jelena ini+) não se d preço à dor) aos sentimentos... Ra+ão
por5ue "a reparação pecuniária teria, no dano moral, uma $unção satis$at+ria ou
compensat+ria" (G:#

6atamente por essa espécie de dano não se su*eitar à apreciação pecuniria e estar
intimamente li-ado à ética) muitos doutrinadores re$uta&am sua reparabilidade.

%orém) tal espécie de dano sempre $oi indeni+&el) pois no sistema *urdico brasileiro
além das leis esparsas) o 4di-o i&il de He&il5ua (Lei n0 3.:G1/1#) * pre&ia em seu
arti-o 1=9) 1.=3G) 1.=38) -enericamente) a reparação do dano moral e) especi$icamente)
o dano contra a honra nos dispositi&os dos arti-os 1.=G) 1.=8) 1.==:.

! onstituição
onstituição Kederal de 1988 p@s $im à intermin&el discussão sobre o cabimento ou
não da reparação do dano moral. Iossa arta Aa-na determinou) de $orma eplcita) a
reparabilidade do dano moral e) inclusi&e) permitiu a cumulação desta com a
indeni+ação do dano patrimonial (K/88) art. =0) M e #.

6) a-ora) o no&o 4di-o i&il) em seu arti-o 18 (correspondente ao arti-o 1=9 do
4di-o de 191#) estipulou) eplicitamente) a reparação do dano moral) com a se-uinte
disposição7

!5uele 5ue) por ação ou omissão &oluntria) ne-li-'ncia ou imprud'ncia) &iolar direito
e causar dano a outrem) ainda 5ue eclusi&amente moral) comete ato ilcito.

6n$im) à lu+ do disposto nos arti-os 10) ???) 0) ??) e =0) M e  do nosso "eto Aaior) o
"direito mais $undamental do ser humano, !ue # o respeito a seus sentimentos mais
nobres, cresce e toma a dimensão esperada e necessária" (G1#

!s relações de trabalho) por sua pr4pria nature+a (de&ido à desi-ualdade entre os p4los
da relação7 a supremacia direti&a e econ@mica do empre-ador e a hipossu$ici'ncia e
&ulnerabilidade do empre-ado# é campo $értil para acontecimentos
acontecimentos o$ensi&os à
personalidade humana
humana e) &ia de conse5E'ncia)
conse5E'ncia) é onde se propa-am os danos
danos morais P
$onte de intran5Eilidade social.

! &ida humana) por sua nature+a ética) é bem de nature+a não patrimonial. B um direito
da personalidade amparada como bem maior pela ordem *urdica) &e+ 5ue a eist'ncia
humana é essencial às demais cate-orias de direito. %ortanto) 5ual5uer o$ensa aos
direitos a ela inerentes) como à incolumidade $sica e ps5uica) à sa,de) implica em
o$ensa moral direta) por ser imensur&el.

essa $orma) os e&entos sinistros ao meio ambiente de trabalho) 5ue causam dano à
inte-ridade $sica e à sa,de dos operrios) a$etam) con$orme o 5ue ordinariamente
acontece) a es$era moral) do lesado. B causa de dano moral direto. 6mbora) como *
a$irmamos anteriormente) também possa ense*ar dano material re$leo (G2#. a) resultar
em cumulação de reparabilidade por dano moral direto e dano patrimonial indireto.

!ssim) com base no arti-o 18 combinado com os arti-os 98) 99 e 9=: do 4di-o
i&il) todos centrados na citada norma constitucional (K/88) art. =0) inc. M e #) a
&tima de acidente de trabalho poder pleitear) cumulati&amente)
cumulati&amente) a indeni+ação por
danos patrimoniais e morais.

B presum&el o pre*u+o resultante da dor imputada à pessoa da &tima 5ue so$reu alei*ão
e redução ou incapacidade para reali+ar seu o$cio. 6ssa presunção se alicerça nas
condições ps5uicas do ser humano comum em relação às conse5E'ncias do dano
corporal) pois) comumente) uma lesão corporal o$ende o esprito do lesado) seus
sentimentos) pro&ocando<lhe triste+a) m-oa ou atribulações na es$era interna pertinente
à sua sensibilidade.

Fbser&a<se) pelas pes5uisas $eitas sobre as decisões dos nossos tribunais) 5ue h uma
tend'ncia em acatar a presunção do dano moral. 6m re-ra) basta 5ue o autor pro&e a
eist'ncia do dano material) o neo de causalidade imput&el ao a-ente ou respons&el
pelo e&ento danoso
danoso para imputar<lhe
imputar<lhe também a obri-ação
obri-ação de ressarcir
ressarcir o dano moral.
moral.
?mpende a este o di$cil ou 5uase imposs&el @nus de pro&ar a ineist'ncia de o$ensa aos
sentimentos do lesado ou outra ecludente de sua responsabilidade.
responsabilidade.

Aas) se o dano à incolumidade $sica não acarretar se5Eelas $sicas ou neurol4-icas) o


dano moral de&er ser pro&ado) se-undo se in$ere da ,ltima parte do arti-o 99 do
4di-o i&il.

!rt. 99. Io caso de lesão ou outra o$ensa à sa,de) o o$ensor indeni+ar o o$endido das
despesas do tratamento e dos lucros cessantes até ao $im da con&alescença) al5m de
alg'm o'tro prej'%6o q'e o o*endido prove aver so*rido.

Iada impede aoao lesado de pleitear


pleitear a reparação por
por dano moral (a não
não ser sua pr4pria
con&icção ética#) &isto 5ue a incolumidade $sica é parte inte-rante do direito à
personalidade)
personalidade) cu*a nature+a é etrapatrimonial.
etrapatrimonial.

e o acidente do trabalho resultar em morte da &tima) os o$endidos serão sempre


indiretos (os bene$icirios#. %orém) os danos so$ridos serão pr4prios ( iure hereditatis3 e
por isso diretos. e-undo Hustamante (G3#) trata<se do pre*u+o de a$eto ( pretium
e-undo Hustamante
a$$ectionis#)
a$$ectionis#) pro&ocado pela morte da pessoa 5uerida.

B sabido 5ue a morte causa uma diminuição no patrim@nio do(s# dependente(s#


dependente(s# da
&tima) além dos -astos com tratamento médico) se hou&er) e $uneral. J a $rustração
$ rustração da
possibilidade de continuar recebendo
recebendo os alimentos
alimentos por um $uturo determin&el
determin&el e tudo
mais 5ue o de cujus poderia ter ad5uirido pelo
pelo seu trabalho
trabalho durante o perodo estimati&o
estimati&o
de sobre&ida 5ue teria. onse5Eentemente)
onse5Eentemente) ense*a indeni+ação por dano patrimonial)
nos termos do arti-o 98 do 4di-o i&il.

Futrossim) é in5uestion&el 5ue o homicdio é um dano à &ida) e ordinariamente)


ordinariamente) &iola
o direito personalssimo de seus entes 5ueridos) a$li-e<os no >ma-o de seus espritos.
%or conse-uinte) d a+o ao ressarcimento por dano moral) sendo prescind&el a sua
pro&a por parte do autor da ação indeni+at4ria) pois esta
esta é presumida)
presumida) con$orme tem
admitido a *urisprud'ncia ptria. Fcorre a in&ersão do @nus da pro&a) de&endo o a-ente
compro&ar al-uma causa ecludente da sua responsabilidade ou mesmo a aus'ncia do
direito do autor) por $alta de interesse de a-ir.

Iecessrio re-istrar
re-istrar 5ue) ecepcionalmente)
ecepcionalmente) os parentes
parentes da &tima não so$rem com a sua
perda. 6mbora
6mbora se*a comum o amor
amor $amiliar) h casos
casos em 5ue os pais ou $ilhos da &tima
nunca con&i&eram com a mesma) nem nutriram al-um sentimento por ela) ou em
al-umas situações lhe t'm) até mesmo) rancor e 4dio. onse5Eentemente)
onse5Eentemente) nestes casos)
não h 5ue se $alar em dor) nem em pre*u+o de a$eto) muito menos em dano moral.

6&idenciou<se 5ue) na maioria das hip4teses de danos procedentes de acidente de


trabalho) raramente &eri$ica<se o dano moral puro (a5uele 5ue se es-ota na lesão
l esão à
personalidade)
personalidade) como é) por eemplo)
eemplo) o caso de in*,ria) 5ue não etrapola a es$era ntima
da pessoa o$endida para lesar o seu patrim@nio#.

6ntretanto) é poss&el) embora a probabilidade se*a mnima) co-itar ao menos um caso


de dano moral puro) ad&indo de acidente do trabalho. B o dano puramente estético) sem
repercussão patrimonial (considerando<se a ineist'ncia de -astos com assist'ncia
médica ou 5ue estes se*am n$imos) o 5ue é di$cil ocorrer#. Iesta hip4tese) seriam as
cicatri+es ou mutilações 5ue não incapacitam ou redu+em a capacidade para o trabalho)
mas a$li-e o esprito da &tima e é capa+ de pro&ocar compreens&el diminuição da sua
auto<estima. %ortanto) &eri$icar<se<ia apenas um pre*u+o de so$rimento ps5uico) 5ue
constitui modalidade de dano moral puro ressarc&el.

Aas) não se pode ol&idar 5ue a lesão puramente estética) além de acarretar
complicações psicol4-icas
psicol4-icas e ntimas de con&i&'ncia com o alei*ão) etrai da &tima
&ti ma as
chances de ascensão pro$issional e até mesmo pessoal) em $ace da sua baia auto<estima
e) -eralmente) da conhecida repulsa preconceituosa do meio social em relação às
pessoas 5ue
5ue apresentem al-uma
al-uma de$ormidade.
de$ormidade.

onclui<se 5ue) de ordinrio) o acidente de trabalho pro&ocar) cumulati&amente)


cumulati&amente) dano
material e moral) o 5ue impõe ao a-ente ou seu respons&el
respons&el o de&er de indeni+ar ambos)
uma &e+ compro&ada a culpa (sub*eti&a ou ob*eti&a# pelo sinistro) o dano e o neo
causal entre o dano e o e&ento danoso.

C. 4e(o de ca'salidade

! relação de causalidade
causalidade entre o dano e a ação ou omissão 5ue o produ+iu é também
elemento essencial para obri-ar o a-ente ou respons&el
respons&el pelo dano a repar<lo) se*a
$undado na culpa ob*eti&a ou sub*eti&a. %or5ue é somente mediante a eist'ncia de neo
causal entre o resultado danoso e a conduta ilcita) 5ue tornar poss&el concluir 5uem
$oi o causador do pre*u+o e 5uem de&er repar<lo ou se o lesado de&er suport<lo
so+inho.

omo bem a$irma ér-io a&alieri Kilho (G#) "s+ há dever de indeni%ar onde houver
dano ingu#m, entretanto, pode responder por um dano a !ue não tenha dado causa"
6 conceitua) lo-o a se-uir) o neo causal como elemento "decorrente das leis naturais
. o vnculo, a ligação ou relação de causa e e$eito entre
entre a conduta e o resultado"
resultado"

Aaria Jelena ini+ esclarece 5ue neo de causalidade é7


 vínculo entre o pre0uí+o e a ação )...*, de modo que o %ato lesivo
deverá ser oriundo da ação, diretamente ou como sua conseq7ência
previsível. !al nexo representa, portanto, uma relação necessária
entre o evento danoso e a ação que o produ+iu, de tal sorte aqui esta
# considerada como sua causa. !odavia, não será necessário que o dano
resulte apenas imediatamente do %ato que o produ+iu. astará que se
veri%ique que o dano não ocorreria se o %ato não tivesse acontecido.
/ste poderá não ser a causa imediata, mas, se %or condição para a
produção do dano, o agente responderá pela conseq7ência.

on$orme esse ensinamento da ilustre mestra) adota<se a teoria da e5ui&al'ncia das


causas ou conditio sine !ua non para precisar se hou&e ou não relação de causalidade
entre o dano e a conduta ilcita.

%ela teoria enunciada) todos os elementos 5ue não puderem ser ecludos da linha de
desdobramento
desdobramento causal são rele&antes antecedentes causais do resultado. Qtili+a<se do
procedimento hipotético
hipotético de eliminação
eliminação de "hYrén.
"hYrén. %ara compreender
compreender esse
(G=#
procedimento) amsio
amsio 6&an-elista
6&an-elista de Sesus ensina 5ue7
 importante # %ixar que excluindo$se determinado acontecimento o
resultado não teria ocorrido 9como ocorreu93 a conduta # causa quando,
suprimida mentalmente,
mentalmente, o evento in concreto não teria ocorrido no
momento em que ocorreu.

B interessante salientar 5ue) não raro) as causas de um dano são m,ltiplas) o 5ue
di$iculta a de$inição do a-ente respons&e
r espons&ell pela sua reparação. %ode ha&er causas
concorrentes pro&enientes da &tima e do a-ente. "ambém
"ambém eistem as concausas7
concausas7
preeistentes) concomitantes
concomitantes ou super&enientes
super&enientes ao
ao e&ento danoso)
danoso) 5ue podem
podem ser
absoluta ou relati&amente independentes em relação à conduta do a-ente.

Ias hip4teses
hip4teses da eist'ncia de concausas)
concausas) pela teoria e5ui&al'ncia
e5ui&al'ncia dos antecedentes
antecedentes
causais) as causas absolutamente independentes da conduta do su*eito apontado como
respons&el pelo e&ento danoso ecluirão o neo causal entre a conduta deste e o dano.
por5ue "se a causa, preexistente, concomitante ou superveniente, produ% por si mesma
o resultado, não se ligando de $orma alguma com a conduta, em relação ao evento ela #
uma não-causa" ) uma &e+ 5ue não se encontra na Nlinha de desdobramento
desdobramento $sicoN do
(G#
comportamento do a-ente.

"ambém a causa super&eniente relati&amente independente) entendida como a5uela 5ue


produ+ o resultado
resultado por si s4) mas em
em $ace da conduta
conduta anterior) eclui a causalidade
causalidade entre
esta e o dano posterior.

Qm eemplo clssico dessa ecludente de causalidade é o epis4dio do trabalhador 5ue


$oi obri-ado a usar uma escada em ms condições) ra+ão por5ue caiu e 5uebrou a perna.
?nternou<se no hospital para os procedimentos necessrios ao tratamento médico e
morreu &tima de um inc'ndio em seu 5uarto. ! interdepend'ncia
interdepend'ncia das causas eiste
por5ue se o operrio
operrio não ti&esse 5uebrado a perna
perna não teria sido &tima do inc'ndio.
caso) se adotada a teoria conditio sine !ua non)
Iesse caso) non ) o empre-ador responde apenas
pela prtica dos atos
atos anteriores) mas
mas não 5uer di+er
di+er 5ue não tenha dado causa ao
ao
resultado morte.

aso contrrio) se é a conduta do empre-ador) causa super&eniente


super&eniente relati&amente
independente)
independente) ele ou o se-uro social responder pela indeni+ação) con$orme o e&ento
ocorrido. B o 5ue se depreende da lei acidentria (Lei n0 8.213/91 art. 2:) inc. ??#) cu*a
norma estabelece 5ue se causas posteriores) relacionadas às condições inade5uadas do
meio ambiente laboral) desencadeiam ou a-ra&am uma doença pré<eistente) ainda 5ue
tais causas se*am relati&amente independentes)
independentes) elas t'm o condão de impor à
%re&id'ncia ocial a obri-ação de indeni+ar a &tima) e se a conduta do a-ente (preposto
ou empre-ador# $oi culposa este de&er reembolsar o e-uro ocial. (GG#

S as causas preeistentes e concomitantes relati&amente independentes


independentes não ecluem o
(G8#
resultado) se-undo in$orma amsio .
:#rgio ;avalieri <ilo )'* assegura, no entanto, que os melores
doutrinadores, dentre eles o reverenciado civilista Aguiar 2ias =
$papa em responsabilidade civil$ , sustentam que a teoria da
equivalência dos antecedentes ela"orada por >on uri, em"asado nas
id#ias de :tuart ?ill, tem ampla aplicação no 2ireito @enal de muitos
países, inclusive no rasil, mas na r"ita do 2ireito ;ivil, a teoria
acolida por nosso sistema civilista # a teoria da causalidade
adequada de autoria de >on Bries. /, di+ tam"#m, que em"ora nosso
;digo ;ivil não adote, expressamente, nenuma delas, %a+ uma
re%erência  teoria da causa adequada );;, art. CDE*, ao determinar
que $as perdas e danos s! incluem os prejuí%os efetivos e os lucros
cessantes por efeito dela direto e imediato$, ou se0a, somente a causa
mais apropriada, mais direta e imediata # relevante para imputar o
causador do dano. )Fri%ou$se*

!-uiar ias (8:#) citado por a&alieri Kilho) en$ati+a sua de$esa da aplicabilidade da
teoria da causa ade5uada) para melhor solucionar as 5uestões de responsabilidade ci&il
nos se-uintes termos7
onsideramos em culpa 5uem te&e não a last chance)
chance) mas a melhor oportunidade) e não
a utili+ou. ?sso é eatamente uma consa-ração
consa-ração da causalidade ade5uada) por5ue) se
al-uém tem a melhor oportunidade de e&itar o e&ento e não a apro&eita) torna o $ato do
outro prota-onista irrele&ante para a sua produção (...#N. N6m lu-ar de se apurar 5uem
te&e a ,ltima oportunidade (como sustenta a teoria norte<americana P last clear chance#)
chance#)
o 5ue se de&e &eri$icar é 5uem te&e a melhor ou mais e$iciente) isto é) 5ue esta&a em
melhores condições de e&itar o dano; de !uem $oi o ato !ue decisivamente in$luiu para
o dano

%or esta teoria) somente o $ato) a condição mais ade5uada) mais id@nea para determinar
o e&ento danoso é a causa deste.

6istem muitas teorias &isando dar a solução mais apropriada para de$inição da causa
ou causas do dano na busca de sua *usta reparação. Aas) de acordo com as doutrinas
estudadas para a eecução deste trabalho) as duas teorias citadas são as mais
importantes. (81#

%ercebe<se 5ue ér-io a&alieri Kilho é tendente a se posicionar mais $a&ora&elmente à


aplicabilidade da teoria da causalidade ade5uada) porém) ele a$irma com sensate+) pela
sua eperi'ncia na ma-istratura) 5ue7
...%orçoso # reconecer que o pro"lema da causalidade não encontra
solução numa %rmula simples e unitária, válida para todos os casos.
)...* / assim # porque esta ou aquela teoria %ornece apenas um rumo a
seguir, posto que a solução do caso concreto sempre exige do 0ulgador
alta dose de "om senso prático e da 0usta relação das coisas...9
coisas...9 )8(*

Futro ponto 5ue não poderia deiar de ser abordado neste trabalho re$ere<se à
causalidade da omissão) tendo em &ista 5ue o maior n,mero dos acidentes do trabalho é
pro&eniente das omissões dos empre-adores.

F neo causal é analisado se-undo as leis naturais e) normalmente) di+ respeito aos
elementos ob*eti&os) porém) 5uando se trata de omissão esta não pode ser analisada
apenas sob a 4tica $sica ou natural) por ser uma aus'ncia de comportamento. a o
*ar-ão7 Ndo nada)
nada) nada sur-eN.
sur-eN. %ara elucidar
elucidar esse entendimento)
entendimento) mais uma &e+)
&e+)
(83#
transcre&e<se a sucinta e clara eplicação de amsio7

....a estrutura da conduta é essencialmente normati&a) não naturalstica. ! causalidade


causalidade
não é $ormulada em $ace de uma relação entre a omissão e o resultado) mas entre este e
a conduta 5ue o su*eito esta&a *uridicamente obri-ado a reali+ar e omitiu. 6le responde
pelo resultado não
não por5ue causou
causou com a omissão)
omissão) mas por5ue não o impediu reali+ando
reali+ando
a conduta a 5ue esta&a obri-ado.

!nte o eposto) che-a<se a duas conclusões7 1# se o empre-ador cumpre com des&elo


seu de&er *urdico de +elar pelo meio ambiente laboral) torna e$eti&as as normas de
hi-iene e se-urança do trabalho) pro&ando 5ue não hou&e de sua parte) a mais le&e
culpa) não pode ser acusado de omissão e) portanto) não poder ser obri-ado a
indeni+ar) se e&entualmente)
e&entualmente) hou&er um acidente do trabalho; 2# se não hou&er re-ra
r e-ra
-eral ou espec$ica 5ue determine "um dever jurdico de agir, a omissão não terá
relev/ncia causal e, conse!0entemente, nem jurdica" (8#.

Ressal&am<se as hip4teses) em 5ue) e&entualmente)


e&entualmente) os *urisconsultos acolham a
responsabilidade
responsabilidade $undada na teoria do risco da ati&idade econ@mica) ao considerar a
nature+a peri-osa do empreendimento. Ieste caso) o neo causal li-a o pre*u+o ao
e&ento danoso) cu*a culpa do empreendedor é presum&el) uma &e+ 5ue este assume os
e&entuais riscos de sua ati&idade. ?nclusi&e) assume a poss&el a ocorr'ncia de sinistros)
pois tem ou de&eria
de&eria ter consci'ncia
consci'ncia de 5ue mesmo
mesmo sendo tomadas
tomadas as medidas
medidas
obri-at4rias de se-urança e hi-iene do trabalho) não est completamente li&re dos
acidentes de trabalho) dado o -rau de peri-o da ati&idade eercida. (L") art. 20 c/c
H) art. 92G) par. ,nico) ,ltima parte#.

essa $orma) é con&eniente aos empresrios 5ue se ocupam de ati&idades econ@micas


econ@micas
lcitas) porém) peri-osas) a contratação de se-uro pri&ado complementar ao se-uro
social) &e+ 5ue assumem os riscos da ati&idade. !demais)
!demais) en$ati+a<se) nos casos de
responsabilidade
responsabilidade sub*eti&a) basta 5ue ha*a culpa le&ssima do empre-ador para obri-<lo
a reparar o dano.

6n$im) tanto o neo causal como o dano são pressupostos indispens&eis para imputar
ao a-ente ou respons&el) a obri-atoriedade de indeni+ar o lesado) se*a com $ulcro na
culpa ob*eti&a ou sub*eti&a. 6 por essa ra+ão) pelas obras dos doutrinadores e
*urisprud'ncias pes5uisadas)
pes5uisadas) &eri$ica<se
&eri$ica<se 5ue) ao autor
autor da ação indeni+at4ria
indeni+at4ria impende
impende
pro&ar pelo menos
menos esses dois elementos.

S no 5ue tan-e a compro&ação da culpa) poder ha&er a in&ersão do @nus da pro&a) se a


culpa $or in vigilando ou presumida) se-undo a teoria da responsabilidade
responsabilidade sub*eti&a. 6
pela responsabilidade
responsabilidade ob*eti&a) a culpabilidade
culpabilidade é indi$erente)
indi$erente) basta 5ue o lesado
compro&e o dano e o neo causal.

!.7 Pres'n,-o de c'lpa do empregador e a invers-o do 8n's da prova 9 valioso


instr'mento de e*etiva,-o da eqüidade e j'sti,a process'al

e-undo !l&ino Lima (8=# a culpa presumida é o arti$cio da presunção juris et de jure
"ratam de "mentiras jurdicas" sustentadas pelos de$ensores da culpa como $undamento
para responsabilidade
responsabilidade ci&il (?rmãos Aa+eud)
Aa+eud) e %a-e)
%a-e) %irson) Jar&en e outros#.
outros#. !nte
!nte a
insu$ici'ncia da teoria pura da culpa para solucionar) com *ustiça) al-umas 5uestões
compleas oriundas de e&entos danosos) estes doutrinadores sustentam a culpa sem
imputabilidade moral) chamada culpa ob*eti&a) ou a culpa le-al ( "criada pelo
legislador,
legislador, por necessidades de ordem econ)mica ou social"#. Xual5uer dessas espécies
de presunção de culpa (le-al ou ob*eti&a# pressupõe a in&ersão do @nus da pro&a) em
5ue o a-ente ou respons&el pelo e&ento danoso s4 se eime de reparar o pre*u+o se
pro&ar al-uma das
das ecludentes
ecludentes de responsabilidade7
responsabilidade7 culpa eclusi&a
eclusi&a da &tima) culpa
culpa de
terceiro) caso $ortuito ou $orça
$ orça maior.

Qma &e+ consa-rada) em nosso direito ptrio) a culpa sub*eti&a do empre-ador nos
casos de acidentes do trabalho) muitas $oram e ainda continuam sendo as in*ustiças
cometidas pelas decisões *udiciais) 5ue tratam das ações reparat4rias ci&is re$erentes aos
pre*u+os ori-inados
ori-inados por e&entos sinistros
sinistros no ambiente
ambiente laboral) ante a aus'ncia
aus'ncia de
pro&as nos autos
autos processuais.
processuais.

Fra) é conhecida a hipossu$ici'ncia e &ulnerabilidade dos operrios $rente o poderio


s4cio<econ@mico dos seus empre-adores. "anto é 5ue um dos princpios 5ue orientam o
direito do trabalho é o princpio protetor) 5ue &isa i-ualar *uridicamente)
* uridicamente) empre-adores
empre-adores
e trabalhadores
tr abalhadores..

! bem da &erdade) i-norando esse princpio) a norma processual trabalhista se-ue a


re-ra -eral do processo) determinando 5ue a prova das alegações incumbe ( parte !ue
as $i%er (L")
(L") art. 818#.

Aas con&ém salientar 5ue para toda re-ra h eceções) com $ito de dar o e5uilbrio
social aspirado por muitas consci'ncias &idas de *ustiça. Ra+ão por5ue em hip4teses
anlo-as de hipossu$ici'ncia e &ulnerabilidade) como é o caso do consumidor) * se
encontra positi&ada a in&ersão do @nus da pro&a) con$orme est eplcito no inciso M???)
do arti-o 0 do c4di-o consumerista.

ão direitos bsicos do consumidor7


>444 $ a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a
inversão do ônus da prova, a seu favor , no processo civil, quando, a
crit#rio do Gui+, %or verossímil a alegação ou quando for ele
hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências5

"al
"al re-ra pode e de&e ser&ir como base para interpretação anal4-ica com a $inalidade de
sustentar a in&ersão do @nus da pro&a) em hip4teses de acidente do trabalho) &isto 5ue
os empre-ados) se5uer) t'm acesso às documentações 5ue compro&em a e$eti&ação das
medidas de se-urança e medicina do trabalho e) -eralmente) não t'm condições
$inanceiras para pa-ar a percia técnica ei-ida nesses casos.

Ia realidade) no di+er sempre preciso a&alieri) "a prova da culpa, em muitos


preciso de ér-io a&alieri)
casos, # verdadeiramente diab+lica, erigindo-se em barreira intransponvel para o
lesado" (8#

Fbser&a<se) 5ue al-uns doutrinadores e *urisconsultos) com o escopo de solucionar


e5Eitati&amente) as ações indeni+at4rias ci&is a car-o do empre-ador) utili+am<se do
arti$cio da culpa presumida. ustenta<se a tese &estuta) mas *usta) de 5ue se o
empre-ador tem o de&er contratual<le-al de &elar pela se-urança) hi-ide+ e
incolumidade de seus trabalhadores) de +elar pelo meio ambiente laboral) mediante a
implementação das normas de se-urança e medicina do trabalho) de documentar esses
procedimentos) a ele cabe compro&ar
compro&ar 5ue cumpriu as determinações le-ais.
le-ais.

!ssim) na ocorr'ncia de acidente do trabalho) presume<se a culpa do empre-ador)


sobretudo se a ati&idade empreendida por ele é de nature+a peri-osa) isto é) o$erece
riscos para incolumidade $sica e ps5uica de seus trabalhadores. ?n&erte<se) pois) o @nus
da pro&a. F empre-ador é respons&el a menos 5ue compro&e 5ue tomou realmente
todas as medidas de se-urança necessrias ou a eist'ncia de uma causa ecludente da
responsabilidade7
responsabilidade7 caso $ortuito) $orça maior ou culpa eclusi&a da &tima ou de terceiro.
!o autor da ação basta pro&ar o dano acidentrio e o neo causal.

?-ualmente) h decisões) 5ue ar-umentam ser a responsabilidade ci&il presumida)


baseada na culpa in vigilando (8G#) pois) o empre-ador tem o de&er de &i-iar) $iscali+ar as
coisas (ma5uinrios) produtos) etc.# e as atitudes de seus empre-ados.
empre-ados. 6ntão) a5uele ser
respons&el) sal&o se pro&ar 5ue cumpriu o de&er de &i-il>ncia ou outra ecludente de
sua responsabilidade.
responsabilidade.

Male lembrar 5ue) ao deiar o empre-ador de cumprir as determinações


Male determinações le-ais ou
re-ulamentares do sistema de se-urança e sa,de do trabalho) este $oi
$ oi ne-li-ente. 6) se
dessa ne-li-'ncia decorreu o acidente (neo causal#) incorre o empre-ador) s4 por este
$ato) em culpa) conhecida como culpa contra a le-alidade.

!.7." Ca'sas e(cl'dentes da responsabilidade s'bjetiva por c'lpa pres'mida

F empre-ador eime<se da responsabilidade ci&il por culpa presumida) se compro&ar a


interrupção da relação de causalidade 5uando7

a# Jou&er c'lpa grave e e(cl'siva da v%tima P a -uisa de eemplo7


eemplo7 1# a pr4pria &itima
&itima
pro&oca o acidente
acidente intencionalmente
intencionalmente (presença de dolo#; 2# a &tima trabalha&a
trabalha&a em
ambiente ade5uado) em con$ormidade com as ei-'ncias le-ais) sob condições comuns)
sem causas etenuantes das $orças $sicas e ps5uicas) mas se acidentou) por5ue mesmo
tendo sido ad&ertida) desacatou às orientações e ei-'ncias de cautela dadas pelo
empre-ador ou preposto (presença de descaso intencional ou de culpa consciente#.

b# :or,a maior P B um acontecimento


acontecimento pre&is&el ou não) mas ine&it&el
ine&it&el e estranho à
&ontade das partes) pro&eniente de e&entos da nature+a7 como um raio) uma tempestade)
etc.

c# Caso *ort'ito P B impre&is&el e ine&it&el)


ine&it&el) pro&eniente
pro&eniente de ato humano)
humano) de terceiro
(88#
alheio ao ambiente laboral) 5ue não tenha se5uer li-ação indireta com o empre-ador
(89#
. %ortanto) é causa estranha à ati&idade e &ontade deste. %or eemplo7 1# o
descarrilamento de um trem) nas imediações da $brica) pro&oca uma eplosão) sinistro
5ue deu causa à morte do empre-ado; 2# Kalha da !dministração %,blica) pela aus'ncia
de ser&iços de limpe+a dos bueiros e -alerias de -uas plu&iais) causa da enchente 5ue
&itimou o empre-ado.

!.! Responsabilidade civil objetiva para repara,-o de acidentes do trabalo

! in$ortunstica)
in$ortunstica) matéria le-al 5ue trata dos riscos das ati&idades econ@micas)
especialmente dos riscos de acidentes do trabalho e doenças pro$issionais) tem por
$undamento a teoria do risco. %or essa ra+ão as leis acidentrias do sistema *urdico de
&rios pases) inclusi&e no Hrasil) para dar respaldo aos anseios dos cidadãos &idos por
*ustiça) consa-raram
consa-raram a aplicação
aplicação da responsabilidade
responsabilidade ob*eti&a para a reparação dos
danos às &timas de in$ort,nios relacionados
r elacionados ao meio ambiente do trabalho.

Male ressaltar 5ue em nosso pas) o de&er da %re&id'ncia ocial de indeni+ar por
acidente do trabalho tem $ulcro na teoria do risco inte-ral. Hasta o obreiro ou seus
dependentes pro&ar a relação de empre-o e 5ue o dano $oi decorrente de uma situação
relacionada ao seu trabalho. Ião a$astam seus direitos as tradicionais causas
ecludentes ou atenuantes da responsabilidade7 culpa eclusi&a da &tima) $orça maior)
caso $ortuito ou $ato de terceiro.

!ssim) como * est pre&isto no sistema *urdico ptrio) a responsabilidade


responsabilidade para
indeni+ar sem culpa) ad&ém de determinação le-al. Mrias le-islações (ecreto
Le-islati&o n0 3.G2/19) ecreto n0 2.3G/3) ecreto n0 G.:3/) ecreto<lei n0
293/91) Lei n0 =.31/G) Lei n0 .3G/G# trataram da in$ortunstica. Jo*e a lei
acidentria (Lei n0 8.213/91#) 5ue é obri-at4ria e impositi&a) estipula em dois prismas a
responsabilidade
responsabilidade ob*eti&a para asse-urar a relação *urdica do se-uro social e o direito
de reparação da &itima de acidente. %or um lado) impõe ao empre-ador
empre-ador responsabilidade
ob*eti&a de nature+a pre&idenciria P o @nus de arcar com a manutenção do se-uro
coleti&o para reparação dos danos decorrentes de acidente do trabalho) ha*a ou não
ocorr'ncia de sinistros relati&os ao seu empreendimento)
empreendimento) além obri-<lo a arcar com a
responsabilidade
responsabilidade de nature+a trabalhista de pa-ar os primeiros 5uin+e dias de
a$astamento do empre-ado e de -arantir<lhe a estabilidade acidentria de um ano) ap4s a
cessação do aulio<doença acidentrio) independentemente
independentemente de percepção de aulio<
acidente) con$orme pre&isão nos arti-os 29 e 118) respecti&amente) da Lei 8.213/91. %or
outro lado) impõe à %re&id'ncia ocial) a responsabilidade ob*eti&a de dar cobertura à
&tima 5ue pro&ar sua relação de empre-o e o neo causal entre o acidente e a ati&idade
pro$issional eercida)
eercida) indeni+ando<a)
indeni+ando<a) independente desta
desta ter recebido as
as parcelas do
se-uro do empre-ador) cabendo<lhe cobrar deste as contribuições pre&idencirias
de&idas.

6ntretanto) não se pode es5uecer 5ue embora o empre-ador se responsabili+e


ob*eti&amente pela manutenção do se-uro social) este ou os seus prepostos não estarão
li&res de ressarcir à %re&id'ncia ocial dos -astos inerentes a cobertura indeni+at4ria) se
$oram ne-li-entes 5uanto à implementação das normas de hi-ide+ e se-urança do
trabalho. C %re&id'ncia ocial $oi asse-urado o direito de re-resso) contra e&entuais
respons&eis pelo acidente do trabalho) nos termos do arti-o 12: da Lei n0 8.213/91.

! $unção teleol4-ica
teleol4-ica da lei acidentria é asse-urar o mnimo ao trabalhador acidentado
e e&itar 5ue a &itima de sinistro trabalhista
tr abalhista $i5ue desamparada) caso não obtenha a
reparação do dano so$rido se-undo as normas do direito comum. Futra $inalidade)
também de cunho social) é impedir o $im de pe5uenas empresas 5ue não suportariam o
@nus da indeni+ação. Ra+ões por5ue buscou<se a sociali+ação dos riscos) mediante a
se-uridade social.

Male e&idenciar 5ue a etensão da reparação


Male r eparação do in$ort,nio é de$inida nos limites
li mites
pre&istos na lei. !ssim)
!ssim) se $ica asse-urado
asse-urado ao lesado o direito de indeni+ação)
indeni+ação) em
contrapartida) o se-uro social não cobre todos os pre*u+os causados pelo acidente)
sendo o ressarcimento menor do 5ue a5uele 5ue poderia ser conse-uido se-undo as
normas -erais de indeni+ação) embasadas na culpa do causador do dano.

Aas Jel&écio Lopes (9:# di+ 5ue h uma compensação tanto para o empre-ador 5uanto
para o empre-ado.
empre-ado. 6ste sempre
sempre ser indeni+ado)
indeni+ado) embora com &alor
&alor menor) sem
sem
necessitar pro&ar a culpabilidade da5uele. F empre-ador) por sua &e+) é obri-ado a
custear o se-uro social) independentemente da ocorr'ncia de acidente) mas se li&rar de
pa-ar uma indeni+ação
indeni+ação maior se hou&er
hou&er o sinistro e a ação reparat4ria.
reparat4ria.
Resumo
O principal objetivo desse estudo é apresentar e discutir as conseqüência
gerada por
por acidenst
acidenst de trabalhoacidente.

F moti&o da escolha desse tema para dissertação $oi a perpleidade ante as a-ressões
$sicas e ps5uicas a 5ue se &' submetido o ser humano em seu ambiente laboral) em
pleno incio do terceiro
terceiro mil'nio. Huscou<se
Huscou<se entender a ra+ão
ra+ão do pouco interesse
interesse em dar
e$eti&idade às medidas de se-urança e hi-iene do trabalho) mesmo ap4s o crescimento
estarrecedor dos in$ort,nios oriundos da inade5uação do ambiente laboral) cu*os e$eitos
são danos) 5uase sempre) irre&ers&eis para o trabalhador &itimado e sua $amlia.

3.2 Conseqüências dos acidentes do trabalo

Fs e$eitos dos acidentes do trabalho são in,meros e etremamente ne-ati&os e onerosos.


urialmente o trabalhador acidentado e sua $amlia so$rem os maiores pre*u+os
(mutilação) incapacidade para o trabalho) morte) dor pelos danos $sicos) ps5uicos e
morais) mar-inali+ação social) pobre+a) etc.#. !lém deles) outros pre*u+os s4cio<
econ@micos são detect&eis. Fs custos sociais da %re&id'ncia ocial são altssimos)
considerando os -astos com bene$cios7 aposentadorias antecipadas (especiais e por
in&alide+#) aulios<doença) pensão por morte) aulio<acidente) reabilitação e
readaptação do se-urado<acidentado) -astos com sa,de. !s empresas também perdem
-randes somas e credibilidade social com os acidentes. %or um lado) precisam arcar com
despesas imediatas com o acidentado (atendimento médico<ambulatorial)
médico<ambulatorial) transporte)
medicamentos) pa-amento
pa-amento às &timas de dirias correspondentes
correspondentes ao &alor proporcional
de seu salrio<base até o 1=0 de a$astamento) sem isenção dos encar-os sociais relati&os.
%or outro lado) h 5ueda na produção (pela perda e e$ici'ncia do processo) contratação
contratação
de substituto ou necessidade de horas etras#) inutili+ação de m5uinas) insumos)
produtos) necessidade
necessidade de reposição
reposição de material
material inutili+ado. etc. !lém destes
destes pre*u+os) a
empresa) a lon-o pra+o) poder ser obri-ada a $a+er a reinserção do acidentado pelo
perodo de estabilidade
estabilidade ad5uirido) etc.#)
etc.#) arcar com despesas
despesas ad&ocatcias)
ad&ocatcias) *udiciais)
indeni+at4rias) multas administrati&as) ter perdas ne-ociais (multas contratuais por
atraso de produção) rescisão de contratos#) perda de certi$icados de -estão de 5ualidade)
de -estão ambiental) etc. (11#

!demais) &ale lembrar 5ue a $adi-a $sica e mental dos demais trabalhadores) -erada
pela ocorr'ncia do
do sinistro) implica em absentesmo)
absentesmo) rotati&idade
rotati&idade de mão<de<obra)
mão<de<obra)
no&os acidentes entre outras perdas.

ado o altssimo ndice mundial de acidentes do trabalho) a Fr-ani+ação ?nternacional


do "rabalho (F?"#) com $ito de redu+i<lo)
r edu+i<lo) lançou em 19G) o pro-rama para o
melhoramento das condições e do meio ambiente do trabalho (%?!"#) mediante a
implantação e implementação de medidas de se-urança e hi-iene laboral) cu*o incio se
deu na !mérica Latina. !p4s o lançamento desse pro-rama) especialmente no Hrasil)
notou<se a e$eti&a 5ueda dos ndices dos in$ort,nios do trabalho entre os operrios
se-urados pela %re&id'ncia ocial) se-undo estatsticas o$iciais. Fbser&ou<se) também
5ue além de e&itar os conhecidos pre*u+os sociais e humanos) as empresas 5ue
implementaram esse pro-rama ti&eram si-ni$icati&a diminuição dos pre*u+os
econ@micos (continuidade e ele&ação da 5ualidade da produção) eliminação de
desperdcios) etc.#. (12#

Este visa coencientiar o Empregador e o emprego que um acidente vai


muito além! e que suas conseqüências é muito mais danoso que se imagina.

"aendo que os colaboradores e os empres#rio pudesse olhar visualiar


outro lado de um acidente.
$elhorando a gest%o de pessoas ! com treinamento e capacita&%o
melhorando a condi&'es de servi&os.

A( )*E(T+E( ,E (A-,E E (E*RA/0A /O TRA1A23O (4O O15ETO(


,E ATE/04O CO/T6/*A /O( ,78ER(O( (E$E/TO(! 9O7( A(
CO/(E):;/C7A( A9RE(E/TA,A( 9E2O( AC7,E/TE( E ,OE/0A( ,O
TRA1A23O
TRA1A23O A"ETA$
A"ETA$ TA/TO
TA/TO AO( TRA1A23A,ORE
TRA1A23A,ORE(!
(! O O8ER/O E A
(OC7E,A,E CO$O *$ TO,O<.
Arthur 5o%o ,onato. 9residente

e&ido à not4ria import>ncia este estudo o 5ual abran-e os &rios aspectos


psicol4-icos) normati&os estabelecidos
estabelecidos pelas normas
normas brasileiras) atendendo
atendendo à le-islação
le-islação
em &i-or) ser&indo de suporte para o desen&ol&imento de ações 5ue possam minimi+ar
ou neutrali+ar a possibilidade de doenças ocupacionais e ao

%ala&ra ha&e P Acidente do Trabalho e suas Conseqüência

!bstract
umario

1. INTRODUÇÃO
Acidentes do trabalho são fenômenos
fenômenos socialmente determinados,
determinados, indicativos da
inte
intens
nsa a expl
explor
oraç
ação
ão a queque é submsubmet
etid
ida
a gran
grande
de parte
parte dos
dos trab
trabalalha
hado
dore
res.
s.
Cons
Constittitue
uemm impo
import
rtan
ante
te prob
proble
lema
ma de saúdsaúde
e públ
públic
ica
a no ras
rasil,
il, atin
atingi
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prin
princi
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palmlmen
ente
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adulto
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s !ove
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ns e caus
causan
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elevad
ado
o núme
número
ro de caso
casoss de
$,%,&$
invalide" permanente e #bitos.

'egundo a legislação previdenci(ria brasileira, && acidente do trabalho é o que


ocorre pelo exerc)cio do trabalho a serviço da empresa, provocando lesão
corporal ou perturbação funcional que cause morte, ou perda, ou redução
*perma
*permanen
nente
te ou tempo
tempor(r
r(ria+
ia+ da capac
capacida
idade
de para
para o trabal
trabalho.
ho. 'ão
'ão també
tambémm
considerados acidentes do trabalho os que ocorrem no tra!eto da residncia
para o trabalho e vice-versa.

As estat)sticas oficiais brasileiras de acidentes do trabalho, consideradas


prec(rias
prec(rias por v(rios autores,&,$,&,&/ são
v(rios autores, são elabor
elaborad
adasas a partir
partir de inform
informaç0
aç0eses
contidas em documento denominado Comunicação de Acidente do 1rabalho
*CA1
*CA1+, desenv
desenvolv
olvido
ido pela
pela 2revid
2revidncncia
ia 'ocial
'ocial,, com fins
fins securi
securit(r
t(rios
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esta
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res
s esta
estatu
tut(
t(ri
rios
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trabalhado
trabalhadores
res do setor
setor informal,
informal, trabalhad
trabalhadores
ores previdenc
previdenci(rios
i(rios autônomos,
autônomos,
empregados domésticos e propriet(rios. 'egundo o 2lano de enef)cios da
2revidnc
2revidncia 'ocial,&& esses
ia 'ocial, esses trabal
trabalhadhadore
ores
s não estão
estão cobert
cobertosos pelo
pelo seguro
seguro
acidente, não se enquadrando na obrigatoriedade do referido documento.

2ara os empregados que se acidentam, cobertos pelo seguro acidente, o fluxo


das CA1 até seu registro no 3nstituto 4acional de 'eguridade 'ocial *34''+
depende5

6 7m grande parte, de ato volunt(rio de sua emissão pelo empregador, em que


pese a possibilidade te#rica de, caso o empregador não o faça, o documento
pode ser emitido por qualquer outro interessado5 acidentado, seus familiares,
entidade sindical competente, médico de atendimento, ou qualquer autoridade
pública8&&,&/

6 9e preenchimento do atestado médico contido no item 33 do modelo da CA1,


pelo médico de atendimento8

6 9e seu
seu enca
encami
minh
nham
amen
ento
to : agn
agnci
cia
a do 34''
34'' da (rea
(rea de ocor
ocorr
rnc
ncia
ia do
acidente.
A partir de &;<%, segundo as estat)sticas oficiais, vem ocorrendo decl)nio da
incid
incidnci
ncia
a de aciden
acidentes
tes do trabal
trabalho
ho.. 4o per)od
per)odoo inicia
iniciall essa
essa tendn
tendncia
cia foi
infl
influe
uenc
ncia
iada
da por
por modi
modific
ficaç
aç0e
0es
s na legi
legisl
slaç
ação
ão prev
previd
iden
encici(r
(ria
ia55 aume
aumentntoo da
carncia do pagamento do seguro de dois para &= dias, acarretando aumento
do sub-registro de acidentes leves8 e inclusão de autônomos e de empregados
domésticos no >egime ?eral da 2revidncia sem seguro acidente. %,&@ Carmo et
al$ apontam a extinção de pagamento diferenciado aos hospitais privados pelo
atendimento de acidentados do trabalho e a expansão do atendimento na rede
pública, ocorridas a partir de meados da década de , como fatores que
cont
contri
ribu
bu)r
)ram
am para
para a dimidiminu
nuiç
ição
ão da notinotifi
fica
caçã
çãoo de tais tais even
evento
tos.
s. Bais
Bais
recentemente, a explicação para a evolução observada tem sido devido a
proces
processos
sos de reestr
reestrutu
uturaç
ração
ão produt
produtiva
iva,, introd
introduç
ução
ão de novas
novas tecnol
tecnologi
ogiasas e
retração do setor secund(rio com concomitante expansão do setor terci(rio da
economia.&=,&%

Acredita-se que no rasil ocorra sub-notificação importante de acidentes do


traba
trabalh
lho,
o, part
partic
icul
ular
arme
mentnte
e dos
dos de meno
menorr grav
gravid idad
ade
e e, em (rea
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s meno
menoss
&,$,%
desenvolv
desenvolvidas,
idas, inclusive
inclusive de acidentes
acidentes graves.
graves. >ecenteme
>ecentemente,
nte, estudo em
munic)
munic)pio
pios
s do interi
interior
or do 7stad
7stado
o de 'ão
'ão 2aulo
2aulo com com popula
populaçã
ção
o superi
superior
or a
oitenta mil habitantes revelou sub-notificação de acidentes do trabalho de $/
entre assalariados do setor formal da economia e de <& para a população
economicamente ativa./

Dren
Drente
te a essa
essa prec
precar
arie
ieda
dade
de dos
dos dado
dados s sobr
sobre
e acid
aciden
ente
tes
s do trab
trabal
alho
ho,, a
&
Associação rasileira de 2#s-graduação em 'aúde Coletiva recomendou, em
&;;%, a reali"ação de esforços, visando dimensionar e caracteri"ar com maior
precisão os acidentes de trabalho no 2a)s.

Consonante com essa recomendação, os ob!etivos do presente estudo foram5


esti
estima
marr o núme
número
ro de acid
aciden
ente
tes
s do traba
trabalh
lho
o ocor
ocorri
rido
dos
s em dete
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o
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munic)
c)pi
pio,
o, inde
indepe
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ente
teme
mentnte
e da form
forma
a de inse
inserç
rção
ão dos
dos indi
indiv)
v)du
duos
os no
mercado de trabalho8 e estimar a dimensão do sub-registro desses eventos
entre os trabalhadores que, segundo o 2lano de enef)cios da 2revidncia
'ocial, enquadram-se na obrigatoriedade de emissão de CA1.

&./ Eist#rico
Eist#rico de Aciden
Acidente
te
&.@ 'ituaç0es
'ituaç0es de Aciden
Acidente
te

&.$ Fegislaçã
Fegislação
o

&.= !cidentes ou oenças Fcupacionais.


2. REFERENCIA TEÓRICA

&cidente de #rabalo

F acidente de trabalho ocorre 5uando o trabalhador so$re lesão corporal) perturbação


$uncional ou doença no local e durante o trabalho. %ara tanto) de&em estar preenchidos
os re5uisitos pre&istos no art. 8 da Lei n0 8.213/91 < 5uais se*am) redução da
capacidade para o labor 5ue habitualmente eercia.

F acidente de trabalho ou doença ocupacional


ocupacional -eram direitos como pa-amento de
aulio) indeni+ações) pensões ou estabilidade no empre-o. aso o trabalhador entenda
possuir al-um direito
direito não atendido pelo
pelo empre-ador)
empre-ador) poder re5uerer
re5uerer o pa-amento ou
cumprimento de obri-ação *unto à Sustiça do "rabalho. F *u+o) por sua &e+) *ul-ar)
le&ando em consideração pro&as periciais) documentais ou testemunhais.

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