Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
etermina) ainda) 5ue se*a $ornecida c4pia $iel da comunicação de acidente do trabalho
(!"# ao acidentado ou a seus dependentes e ao sindicato da cate-oria (art. 22) 10#.
6) na aus'ncia da emissão da !" pela empresa) $aculta ao pr4prio acidentado) aos seus
dependentes)
dependentes) à entidade sindical competente) ao médico assistente ou 5ual5uer
autoridade p,blica) $ormali+ar a comunicação sem determinação do pra+o (art. 22) 20#.
b# ! empresa) para
para $ins da aposentadoria
aposentadoria especial)
especial) de&er7
< manter laudo técnico das condições ambientais do trabalho (L"!"# atuali+ado)
epedido por médico do trabalho ou en-enheiro de se-urança do trabalho nos termos da
le-islação trabalhista) 5ue compro&e a e$eti&a eposição de seus trabalhadores aos
a-entes noci&os eistentes no ambiente de trabalho) sob pena de multa (arts. =8 e 133#;
< no re$erido laudo técnico de&erão constar in$ormação sobre a eist'ncia ou não de
tecnolo-ia de proteção coleti&a ou indi&idual 5ue diminua a intensidade do a-ente
a-ressi&o a limites de toler>ncia e recomendação sobre a sua adoção pelo
estabelecimento respecti&o
respecti&o (art. =8) 20#;
c# ! empresa
empresa 5ue dispuser de ser&iço médico) pr4prio ou em con&'nio) ter a seu car-o
o eame médico e o abono das $altas correspondentes ao perodo de a$astamento por
moti&o de doença) somente de&endo encaminhar o se-urado à percia médica da
%re&id'ncia ocial 5uando a incapacidade ultrapassar 1= (5uin+e# dias (art. :) 0#.
d# ! empresa
empresa $inanciar a aposentadoria especial) a partir da contribuição pre&ista no
arti-o 22 desta lei) acrescida das al5uotas de do+e) no&e ou seis pontos percentuais)
con$orme a ati&idade eercida pelo se-urado a ser&iço da empresa permita a concessão
da aposentadoria especial ap4s 5uin+e) &inte ou &inte e cinco anos de contribuição)
respecti&amente.
e# ! empresa
empresa 5ue -arantir ao se-urado licença remunerada $icar obri-ada a pa-ar<lhe
durante o perodo de aulio<doença a e&entual di$erença entre o &alor deste e a
import>ncia -arantida pela licença) &isto 5ue o se-urado empre-ado em -o+o de aulio<
doença ser considerado pela empresa como licenciado (art. 3#.
!ssim) o empre-ado acidentado) ainda 5ue a sua empresa empre-adora não tenha
recolhido as contribuições de&idas à %re&id'ncia ocial) dependendo dos e$eitos do
acidente 5ue o acometeu) ter direito de receber) sem 5ue lhe se*a ei-ido 5ual5uer
pra+o de car'ncia7
car'ncia7
c#aposentadoria
c#aposentadoria por in&alide+) correspondente a 1::D (cem por cento# do salrio<de<
bene$cio) se $or considerado
considerado incapa+
incapa+ e insuscept&el
insuscept&el de reabilitação para
para o eerccio de
de
ati&idade 5ue lhe -aranta a subsist'ncia.
subsist'ncia. 6sta ser<lhe< pa-a apenas en5uanto
permanecer nesta condição. F direito
direito do se-urado acidentado
acidentado pode iniciar<se) con$orme
con$orme
o caso7 a# a partir do décimo seto dia do a$astamento da ati&idade; b# desde a data da
entrada do re5uerimento) se entre o a$astamento e a entrada do re5uerimento decorrerem
mais de trinta dias; c# ou a partir da cessação do aulio<doença. 6 ainda) ter o direito
de acréscimo de 2=D (&inte e cinco por cento#) se necessitar da assist'ncia permanente
de outra pessoa (art. 2 e ss#;
Alvino Lima
!demais) &ale lembrar 5ue a $adi-a $sica e mental dos demais trabalhadores) -erada
pela ocorr'ncia do
do sinistro) implica em absentesmo)
absentesmo) rotati&idade
rotati&idade de mão<de<obra)
mão<de<obra) no&os
acidentes entre outras perdas.
F acidente de trabalho é e&ento danoso tanto para a &tima 5uanto para seus dependentes
e) em muitos casos) é irrepar&el) de&ido à etensão de seus e$eitos. Aas se o direito à
&ida e à inte-ridade $sica do trabalhador é &iolado pela ocorr'ncia de sinistro
relacionado ao meio ambiente laboral) ocasionando<lhe perda parcial ou total)
temporria ou permanente da sua capacidade para trabalhar ou até mesmo a morte) tal
dano de&er ser reparado) ao menos pelo se-uro social) independentemente
independentemente de culpa do
empre-ado ou empre-ador) ainda 5ue tal indeni+ação apenas miti-ue o mal so$rido. B
imperiosa) portanto) a reparação do dano causado a outrem para) na medida do poss&el)
des$a+er seus e$eitos $unestos e restituir statu !uo ante a5uele 5ue so$reu o pre*u+o.
Aas no 5ue tan-e à reparação a lesão ao meio ambiente) inclusi&e) ao meio ambiente do
trabalho) a onstituição) cu*o bem maior prote-ido é a &ida) determina também) em seu
par-ra$o 30) arti-o 22=
22= 5ue7
Ia combinação
combinação desses dispositi&os
dispositi&os est delimitada
delimitada a $undamentação
$undamentação le-al e te4rica para
para
as normas in$raconstitucionais relati&as à reparação acidentria laboral) se*a de cunho
ci&il) administrati&a ou penal. 6) in$ere<se das normas mencionadas 5ue a
responsabilidade
responsabilidade ci&il poder ter nature+a contratual ou etracontratual) cu*os
pressupostos bsicos
bsicos são7 a ocorr'ncia
ocorr'ncia de dano)
dano) neo causal
causal entre o e&ento danoso
danoso e o
dano e a causa oriunda de ato ilcito ou não.
! >nsia de obter a reparação do dano é tão anti-a 5uanto a ori-em do homem. om
$ulcro na Lei de "alião)
"alião) sur-iu a *ustiça pri&ada. ?mpunha<se a re-ra Nolho por olho)
dente por denteN) ou se*a) repara&a<se o mal pelo mal. ?nclusi&e) se5uer &eri$ica&a<se a
eist'ncia ou não de culpa. ?n,meros abusos $oram cometidos em nome da reparação do
dano) 5ue de reparação nada tinha) mas caracteri+a&a como mera &in-ança e dano em
dose dupla (da &tima e do o$ensor#.
%ercebeu<se 5ue a &in-ança pri&ada era contraproducente. Fptou<se) pois) pela eceção
do dispositi&o da lei 11O) tbua M??) nsita na Lei das o+e "buas) cu*a determinação
determinação
era 5ue Nse al-uém $ere a outrem) 5ue so$ra a pena de "alião)
"alião) salvo se e(isti' acordo N
!ssim) a composição das partes para reparar o dano) mediante pec,nia) trans$eria ao
patrim@nio do a-ressor
a-ressor 5ue a-ira com culpa) o @nus da
da reparação.
6ntrou em &i-or) no&a lei romana P a &ex '!uilia de damno P 5ue introdu+iu
introdu+iu a culpa do
a-ente como $undamento da sua obri-ação de reparar o dano) mediante prestação de
pena pecuniria.
pecuniria.
ur-iu a clssica teoria da culpa) cu*o pressuposto bsico para a concessão da reparação
impõe 5ue "o respectivo $ato gerador seja moralmente imputável ao seu autor, isto #
!ue se origine de sua vontade determinada ou de sua atividade consciente" (2# %or5ue)
"pela teoria da responsabilidade subjetiva ou da culpa (...# a obrigação de reparar o
reprovação ao comportamento do agente" (3#
dano decorre do ju%o de reprovação
!ssim) se al-uém pela sua conduta culposa) &iola direito de outrem e causa<lhe pre*u+o
ou dano) tem o de&er de indeni+ar.
e&eras) muitas são as hip4teses em 5ue praticamente $ica imposs&el ao lesado pro&ar a
culpa do respons&el pela &iolação do seu direito. Qma delas é o 5ue acontece nos casos
de acidente do trabalho decorrente de culpa ou dolo do empre-ador (K/88) art. G0) inc.
M???#. 6m tais situações) como re-ra) se não hou&er a in&ersão do @nus da pro&a)
di$icilmente o lesado poder pro&ar a culpabilidade do empre-ador.
empre-ador.
! insu$ici'ncia
insu$ici'ncia da culpa para cobrir todos os pre*u+os) por obri-ar a per5uirição do
elemento sub*eti&o na ação) e a crescente tecni+ação
tecni+ação dos tempos modernos)
caracteri+ado pela introdução de m5uinas) pela produção de bens em lar-a escala e pela
circulação de pessoas por meio de &eculos automotores) aumentando assim os peri-os à
&ida e à sa,de humana) le&aram a uma re$ormulação da teoria da responsabilidade ci&il
dentro de um processo de humani+ação.
F primeiro passo $oi admitir a presunção da culpa. !rdorosos de$ensores da culpa como
$undamento da responsabilidade ci&il) os irmãos Aa+eud) numa concepção moderna)
ante as di$iculdades encontradas para e$eti&ar a reparação
r eparação do dano) criaram a teoria da
culpa sem imputabilidade moral) mediante o arti$cio da presunção juris et de jure)
jure) 5ue
na &erdade $oi uma transição
tr ansição para aceitar as no&as teorias do risco) de$endidas por
aleiles e Sosserand) precursores da ob*eti&ação da responsabilidade ci&il) se-uidos no
Hrasil) dentre outros) por !l&ino Lima) Fro+imbo Ionato) !-uiar ias. (#
e-undo !l&ino
!l&ino Lima) para os a-uerridos de$ensores da culpa como princpio moral
basilar da responsabilidade
responsabilidade ci&il) dentre
dentre eles Ripert) as teorias
teorias de presunção
presunção da culpa) na
&erdade) são mentiras *urdicas criadas para não dar o &erdadeiro nome às coisas) para
acobertar as no&as tend'ncias. (G#
6n$im) como assinalou o pr4prio Ripert) a tend'ncia atual do direito) 5ue a cada dia se
concreti+a mais) inclusi&e no direito positi&o brasileiro (8#) mani$esta<se no sentido de
substituir a idéia da culpa pela idéia do risco) a responsabilidade sub*eti&a pela
responsabilidade ob*eti&a) tudo em prol da sociali+ação dos riscos. (9#
responsabilidade
! impossibilidade
impossibilidade de concreti+ar reparação dos danos oriundos de acidentes)
especialmente)
especialmente) do trabalho) cu*o n,mero cresceu assustadoramente nos ,ltimos tempos
(com al-uma redução no 5uadro do mercado de trabalho $ormal#) determinou a
insu$ici'ncia responsabilidade
responsabilidade sub*eti&a. F operrio hipossu$iciente e &ulner&el ou seus
dependentes)
dependentes) sempre se encontraram em irre$ra-&el
irr e$ra-&el des&anta-em em relação ao
poderio do empre-ador.
empre-ador. omo pro&ar a culpa
culpa desteT ! lei 5ue por um lado tutela&a o
direito à inte-ridade $sica e a reparação dos danos ocorridos com a &iolação desse
direito) praticamente) ne-a&a o e$eti&o direito de ação) ao di$icultar (5uase
impossibilitar# a pro&a da culpa do empre-ador. onceder
onceder o direito à reparação do dano
aos lesados) mas ne-ar<lhes) ainda 5ue indiretamente) instrumentos para pro&ar o direito)
e5ui&ale à ne-ação do direito.
%ara aleiles) o precursor das bases de sustentação para a no&a doutrina) desen&ol&ida
se-uidores "a teoria objetiva # uma teoria social !ue considera o
por Sosserand e seus se-uidores
homem como $a%endo parte de uma coletividade e !ue o trata como atividade em
con$ronto com as individualidades !ue o cercam" (=1#
e-undo ér-io a&alieri Kilho (=2#) a teoria do risco $oi embasada sob &rios prismas e
podem ser identi$icadas
identi$icadas em di&ersas
di&ersas modalidades a se-uir epostas7
epostas7
a&alieri (=# a$irma 5ue) em 5ual5uer das modalidades) a teoria do risco se resume na
se-uinte a$irmação7 "*odo
"*odo preju%o deve ser
s er atribudo ao seu autor e reparado por !uem
o causou, independentemente de ter ou não agido com culpa "
Aaria Jelena ini+ a$irma 5ue "o dever ressarcit+rio pela prática de atos ilcitos
decorre da culpa, ou seja,
s eja, da reprovabilidade ou censurabilidade da conduta do agente
(...# Portanto, o ato ilcito !uali$ica-se pela culpa não haverá, em
culpa ão havendo culpa, não
regra, !ual!uer responsabilidade"
responsabilidade" (-ri$ou<se#.
Art. '(. Aquele que, por ato ilícito )arts. 186 e 18*, causar dano a
outrem, %ica o"rigado a repará$lo.
"oda re-ra tem eceção. !s eceções eistem como $orma de e5uilibrar) harmoni+ar
situações $ticas e dar respostas aos anseios de *ustiça e pa+ social.
! responsabilidade
responsabilidade com base na culpa se tornou insu$iciente para solucionar 5uestões
compleas em torno de e&entos danosos oriundos dos riscos de determinadas ati&idades
econ@micas)
econ@micas) especialmente dos e&entos sinistros ocorridos no ambiente laboral.
(==#
omo bem esclarece Aaria Jelena ini+ 7
...a crescente tecni+ação dos tempos modernos, caracteri+ado pela
introdução de máquinas, pela produção de "ens em larga escala e pela
circulação de pessoas por meio de veículos automotores, aumentando
assim os perigos vida e sa-de umana, levaram a uma re%ormulação
re%ormulação da
teoria da responsa"ilidade civil dentro de um processo de umani+ação.
umani+ação.
/ste representa uma o"0etivação da responsa"ilidade, so" a id#ia de que
todo risco deve ser garantido, visando a proteção 0urídica pessoa
umana, em particular aos tra"aladores e s vítimas de acidentes,
contra a insegurança material, e todo dano deve ter um responsável.
responsável.
! responsabilidade
responsabilidade ci&il sub*eti&a do empre-ador) além da pre&isão constitucional do
arti-o G0) inciso M???) ,ltima parte) encontra<se re-ulada nos arti-os 18 e 18G
combinado com o arti-o 92G) caput) do atual 4di-o i&il. om e$eito) re+am esses
no&os comandos 5ue) in verbis
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou
imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que
exclusivamente
exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Art. '(3 Aquele que, por ato ilícito )arts. 186 e 18*, causar dano a
outrem, # o"rigado a repará$lo.
Fs dois primeiros dispositi&os conceituam ato ilcito. Qma norma conceitua o ato ilcito
comissi&o ou omissi&o) doloso ou culposo (art. 18# e a outra ato ilcito por abuso de
direito (art.18G#. F comando da cabeça do arti-o 92G e&idencia 5ue a espécie de
responsabilidade
responsabilidade ci&il adotada é a sub*eti&a) pois é imprescind&el a eist'ncia de ato
ilcito 5ue por sua &e+ é indissoci&el da idéia de culpa (elemento constituti&o do ato
ilcito#.
!to ilcito se resume) se-undo ér-io a&alieri) em "ato voluntário e consciente do ser
humano !ue transgride um dever jurdico" (=#
Aaria Jelena ini+ ensina 5ue ato ilcito é a5uele) "praticado culposamente em
desacordo com a norma jurdica, destinada a proteger interesses alheios . o !ue viola
direito subjetivo individual, causando preju%o a outrem, criando o dever de reparar tal
lesão" (=G#
! conduta humana
humana ei-ida para caracteri+ar o ato ilcito é &oluntria e consciente
(aspecto psicol4-ico) sub*eti&o#) se eteriori+a (aspecto $sico ou ob*eti&o# em uma ação
ou omissão) em desacordo com um de&er le-al) isto é trans-ridem
tr ans-ridem a lei preeistente. !
ação ou conduta comissi&a &iola um de&er -eral de abstenção en5uanto a conduta
omissi&a in$rin-e o de&er de a-ir. !mbas produ+em conse5E'ncias
conse5E'ncias *urdicas ante a
culpabilidade do autor. ! culpa pode ser lato sensu)
sensu) abran-endo o dolo (&ontade
consciente de &iolar o direito) diri-ida à consecução do $im ilcito#) ou culpa stricto
sensu (&iolação de um de&er 5ue o a-ente podia conhecer e acatar) mas por aus'ncia de
cuidado não o $e+#.
B importante assinalar 5ue tanto o ato ilcito penal como o ci&il tem o mesmo
$undamento moral7 trans-ressão a uma obri-ação *urdica preeistente (de$inida em lei#
e a conse5Eente imputação moral à consci'ncia do a-ente (por5ue a-iu deliberadamente
com intenção de causar o dano ou por5ue não te&e a cautela ei-ida para e&it<lo#.
a) Cond'ta dolosa
b) Cond'ta c'lposa
F a-ente 5ue se condu+ de modo contrrio à conduta esperada do ser humano prudente e
produ+ resultado
resultado indese*ado) mas
mas moralmente imput&el)
imput&el) tem erro de conduta
conduta ou
conduta culposa. B a culpa estrita 5ue se ori-ina de ação ou omissão &oluntria do
a-ente) o 5ual não pre&iu (porém) de&eria pre&er# e nem 5uis o resultado danoso)
6ntão) se-undo o clssico conceito de %laniol) "a culpa # a violação de uma obrigação
preexistente" (=8#) é a produção in&oluntria do resultado) por inobser&>ncia do cuidado
ob*eti&o (ne-li-'ncia) imprud'ncia ou impercia# e aus'ncia de pre&isão ob*eti&a
(possibilidade de ante&er o resultado#.
a# cond'ta vol'nt/ria P &ontade de $a+er ou não $a+er) porém) sem intenção de causar
resultado danoso;
-# 1mp'tabilidade P é o elemento
elemento constituti&o da culpa)
culpa) relati&a à consci'ncia
consci'ncia e
&ontade do a-ente. ! imputabilidade
imputabilidade pressupõe ação li&re) consciente e capa+ do a-ente.
ão ecludentes de imputabilidade7 a menoridade) a dem'ncia) anu'ncia da &tima)
eerccio normal de um direito (o mani$esto ecesso implica em abuso de direito#)
le-tima de$esa e estado de necessidade.
(:#
e-undo disposição didtica de Aaria Jelena ini+ a culpa se desdobra em di&ersas
modalidades) con$orme7
b# a sua -raduação
-raduação P classi$ica<se em7
em7 grave ou lata (5uando o a-ente atuar com
-rosseira $alta de cautela; é a conduta in*usti$ic&el se comparado ao bom senso do ser
humano normal; se aproima do dolo#; leve (5uando a lesão poderia ser e&itada por
medidas de cautela ordinria) pr4pria do homem comum# e lev%ssima (caracteri+a<se
pela $alta de atenção
atenção etraordinria)
etraordinria) ou especial habilidade
habilidade e conhecimento
conhecimento sin-ular#.
d# 5uanto ao conte,do de sua apreciação P pode ser7 cl"a in a#!trato (o a-ente atua
sem a atenção pr4pria do homem normal) em relação aos seus ne-4cios $a+endo uso da
inteli-'ncia de 5ue $oi dotado#) cl"a in concreto (aus'ncia da dili-'ncia necessria às
pessoas em relação as suas
suas pr4prias coisas)
coisas) se-undo as suas $aculdades)
$aculdades) aptidões ou dos
seus de$eitos ps5uicos#
ér-io a&alieri Kilho (1# ainda cita mais duas espécies de culpa7 a culpa presumida e a
culpa contra a le-alidade. !5uela decorre do pr4prio $ato ( in re ipsa#)
ipsa#) é presumida a
partir das "pr+prias circunst/ncias em !ue se dá o evento") bastando 5ue o lesado pro&e
o dano e a relação de causalidade entre este e a conduta do a-ente Fcorre culpa contra a
le-alidade 5uando a conduta é contrria a um de&er epresso em dispositi&o le-al.
B. ano
%or conse-uinte) se o ato ilcito $or de mera conduta) sem resultado (isto é) sem dano
patrimonial ou etrapatrimonial)
etrapatrimonial) $sico ou ps5uico#)
ps5uico#) poder ha&er
ha&er responsabilidade
responsabilidade
penal) mas não
não ci&il.
e-undo Sor-e Hustamante (3#) eistem danos j'sti*icados e danos ressarc%veis . 6stes
são os danos patrimoniais e etrapatrimoniais. !5ueles são os danos ad&indos de atos
lesi&os) 5ue não acarretam o de&er de indeni+ar.
indeni+ar. F dano pode ser *usti$icado pela lei)
como são as hip4teses de eclusão da ilicitude) le-tima de$esa) eerccio re-ular do
direito) estado de necessidade pr4prio ou de terceiro (se o dono da coisa lesada $oi o
culpado do peri-o#. Futrossim) as ecludentes de causalidade (caso $ortuito ou $orça
maior) culpa eclusi&a da &tima# *usti$icam os danos.
ontudo) h de con&ir 5ue mesmo os danos *usti$icados não deiam de &iolar as es$eras
patrimonial e/ou moral)
moral) apenas não são
são reparados por
por causa das ecludentes
ecludentes acima
acima
citadas.
%ortanto) dano é uma lesão) um pre*u+o oriundo de al-um e&ento) 5ue a$eta um bem
*urdico de uma pessoa
pessoa (patrimonial ou moral#)
moral#) 5ue poder ser reparado
reparado ou não.
não.
b# e&e ser certo) real e e$eti&o (sal&o nos casos de dano presumido#. Ião basta ser
e&entual) não pode ser hipotético. F dano certo de&e ser atual e determinado ou $uturo e
determin&el (a conse5E'ncia posterior do ato ilcito é o prolon-amento do dano atual P
é potencial. %or eemplo7 ! lesão
lesão de uma perna pode implicar na imediata amputação
da mesma e em posterior necessidade de colocação de pr4tese (##.
c# e&e ser compro&ada sua eist'ncia em $ace do e&ento e a repercussão sobre o bem
pessoa lesada 0ne(o ca'sal). %oder ser direto (neste "há uma relação
*urdico da pessoa
imediata entre a causa destacada pelo direito e a perda so$rida pela pessoa"# ou
r icochete) pois consiste "numa
indireto (conhecido como dano re$leo ou por ricochete)
conse!0ência da perda mediatamente so$rida pelo lesado, representando uma
repercussão
repercussão ou e$eito da causa noutros bens !ue não diretamente atingidos pelo $ato
lesivo"#. (=#
F dano patrimonial é a a$etação dos bens de uma pessoa) 5ue lhe são economicamente
,teis) o 5ue) por conse-uinte)
conse-uinte) lhe ocasiona perdas materiais.
%ara Aaria Jelena ini+ (# "o dano patrimonial vem a ser a lesão concreta, !ue a$eta
um interesse relativo ao patrim)nio da vtima, consistente na perda ou deterioração,
total ou parcial, dos bens materiais !ue lhe pertencem, sendo suscetvel de avaliação
pecuniária e de indeni%ação pelo responsável"
responsável"
! mestra) embasada na lição de !-uiar ias) aponta como lesões 5ue constituem danos
patrimoniais7 "a privação do uso da coisa, os estragos nela causados, a inca"acita$%o
do le!ado "ara o tra#al&o, a o$ensa a sua reputação
reputação !uando tiver repercussão na
na sua
vida pro$issional ou em seus neg+cios" (-ri$ou<se#.
Xuanto aos danos patrimoniais ad&indos de lesões ou morte do trabalhador) este ou seus
dependentes t'm direito à indeni+ação dos pre*u+os e$eti&os P de lucros emer-entes P e
os pre*u+os com base no 5ue) ra+oa&elmente)
ra+oa&elmente) o lesado deiou de -anhar P lucros
(G#
cessantes. (H) arts. :2 e :3 c/c 98) 99 e 9=:#.
esta $orma) nos termos do arti-o 99 do 4di-o i&il) se do acidente laboral resultar
lesões corporais P o$ensa à inte-ridade corporal e à sa,de da &tima P 5ue diminua ou
incapacite o eerccio do trabalho) sem deiar se5Eelas) o empre-ador somente ser
responsabili+ado
responsabili+ado pela indeni+ação
indeni+ação das despesas do tratamento e dos lucros cessantes até
ao $im da con&alescença
con&alescença do lesado) sal&o se este pro&ar 5ue so$rera al-um outro
pre*u+o) como o dano
dano moral) por eemplo.
eemplo.
"oda&ia)
"oda&ia) se do acidente emanar de$eito ou diminuição da capacidade ou incapacidade
total pelo 5ual o empre-ado não possa eercer a sua pro$issão ou tenha diminudo o
&alor do seu trabalho) a indeni+ação abran-er uma pensão correspondente
correspondente à
import>ncia do trabalho) no todo ou em parte (dependendo do -rau de depreciação
so$rida#) além de todas despesas do tratamento $sico
$ sico e ps5uico (&alores inerentes às
despesas médicas) de en$erma-em) medicamentos) eames) pr4teses) etc.# e lucros
cessantes até o $im da con&alescença
con&alescença (H) art. 9=:#. ! indeni+ação
indeni+ação relati&a à pensão a
ser arbitrada *udicialmente) poder ser ei-ida de uma s4 &e+) se assim o pre*udicado
pre$erir (H) art. 9=:) par.
par. ,nico#.
,nico#.
Male ressaltar 5ue 5uando a de$ormidade $sica oriunda do acidente $or puramente
Male
estética) o 5ue a priori ense*a apenas danos morais) poder também ocasionar danos
patrimoniais) pois poder
poder repercutir nas possibilidades econ@micas
econ@micas da &tima
&tima (5uando
esta ti&er suas chances de trabalho redu+idas ou mesmo impossibilitada#. Qm eemplo
clssico) é o caso da modelo publicitria) cu*a pro$issão est intimamente li-ada à
bele+a do corpo.
corpo. "amb
"ambém
ém outros pro$issionais)
pro$issionais) lesados esteticamente)
esteticamente) 5ue dependem
dependem da
apar'ncia $sica para eercer o trabalho) de&erão ser ressarcidos com $ulcro no dano
patrimonial) além do dano
dano moral.
orrobora essa posição) Hento de Karia (8# em seu comentrio ao arti-o 129 do 4di-o
%enal o 5ual dispõe sobre lesões corporais) ao asse&erar 5ue "o dano ao corpo ocorre
!uando a lesão determina !ual!uer preju%o ( integridade do conjunto org/nico da
pessoa 1ano ( sa2de # a desordem causada (s atividades ps!uicas ou ao
$uncionamento regular
regular do organismo"
organismo"
%or essa ra+ão) o le-islador de$iniu mais um caso de dano indireto a ser indeni+ado) ao
dispor no arti-o 98 do atual 4di-o i&il 5ue7
Io caso de homicdio)
homicdio) a indeni+ação
indeni+ação consiste) sem ecluir outras reparações7
reparações7
4 $ no pagamento das despesas com o tratamento da vítima, seu %uneral
e o luto da %amília5
! reparação pecuniria dessa espécie de dano) por serem esses bens da &ida
inestim&eis) é mais uma miti-ação do so$rimento) uma satis$ação) do 5ue uma
indeni+ação propriamente dita.
omo bem a$irma Aaria Jelena ini+) não se d preço à dor) aos sentimentos... Ra+ão
por5ue "a reparação pecuniária teria, no dano moral, uma $unção satis$at+ria ou
compensat+ria" (G:#
6atamente por essa espécie de dano não se su*eitar à apreciação pecuniria e estar
intimamente li-ado à ética) muitos doutrinadores re$uta&am sua reparabilidade.
%orém) tal espécie de dano sempre $oi indeni+&el) pois no sistema *urdico brasileiro
além das leis esparsas) o 4di-o i&il de He&il5ua (Lei n0 3.:G1/1#) * pre&ia em seu
arti-o 1=9) 1.=3G) 1.=38) -enericamente) a reparação do dano moral e) especi$icamente)
o dano contra a honra nos dispositi&os dos arti-os 1.=G) 1.=8) 1.==:.
! onstituição
onstituição Kederal de 1988 p@s $im à intermin&el discussão sobre o cabimento ou
não da reparação do dano moral. Iossa arta Aa-na determinou) de $orma eplcita) a
reparabilidade do dano moral e) inclusi&e) permitiu a cumulação desta com a
indeni+ação do dano patrimonial (K/88) art. =0) M e #.
6) a-ora) o no&o 4di-o i&il) em seu arti-o 18 (correspondente ao arti-o 1=9 do
4di-o de 191#) estipulou) eplicitamente) a reparação do dano moral) com a se-uinte
disposição7
!5uele 5ue) por ação ou omissão &oluntria) ne-li-'ncia ou imprud'ncia) &iolar direito
e causar dano a outrem) ainda 5ue eclusi&amente moral) comete ato ilcito.
6n$im) à lu+ do disposto nos arti-os 10) ???) 0) ??) e =0) M e do nosso "eto Aaior) o
"direito mais $undamental do ser humano, !ue # o respeito a seus sentimentos mais
nobres, cresce e toma a dimensão esperada e necessária" (G1#
!s relações de trabalho) por sua pr4pria nature+a (de&ido à desi-ualdade entre os p4los
da relação7 a supremacia direti&a e econ@mica do empre-ador e a hipossu$ici'ncia e
&ulnerabilidade do empre-ado# é campo $értil para acontecimentos
acontecimentos o$ensi&os à
personalidade humana
humana e) &ia de conse5E'ncia)
conse5E'ncia) é onde se propa-am os danos
danos morais P
$onte de intran5Eilidade social.
! &ida humana) por sua nature+a ética) é bem de nature+a não patrimonial. B um direito
da personalidade amparada como bem maior pela ordem *urdica) &e+ 5ue a eist'ncia
humana é essencial às demais cate-orias de direito. %ortanto) 5ual5uer o$ensa aos
direitos a ela inerentes) como à incolumidade $sica e ps5uica) à sa,de) implica em
o$ensa moral direta) por ser imensur&el.
essa $orma) os e&entos sinistros ao meio ambiente de trabalho) 5ue causam dano à
inte-ridade $sica e à sa,de dos operrios) a$etam) con$orme o 5ue ordinariamente
acontece) a es$era moral) do lesado. B causa de dano moral direto. 6mbora) como *
a$irmamos anteriormente) também possa ense*ar dano material re$leo (G2#. a) resultar
em cumulação de reparabilidade por dano moral direto e dano patrimonial indireto.
!ssim) com base no arti-o 18 combinado com os arti-os 98) 99 e 9=: do 4di-o
i&il) todos centrados na citada norma constitucional (K/88) art. =0) inc. M e #) a
&tima de acidente de trabalho poder pleitear) cumulati&amente)
cumulati&amente) a indeni+ação por
danos patrimoniais e morais.
B presum&el o pre*u+o resultante da dor imputada à pessoa da &tima 5ue so$reu alei*ão
e redução ou incapacidade para reali+ar seu o$cio. 6ssa presunção se alicerça nas
condições ps5uicas do ser humano comum em relação às conse5E'ncias do dano
corporal) pois) comumente) uma lesão corporal o$ende o esprito do lesado) seus
sentimentos) pro&ocando<lhe triste+a) m-oa ou atribulações na es$era interna pertinente
à sua sensibilidade.
Fbser&a<se) pelas pes5uisas $eitas sobre as decisões dos nossos tribunais) 5ue h uma
tend'ncia em acatar a presunção do dano moral. 6m re-ra) basta 5ue o autor pro&e a
eist'ncia do dano material) o neo de causalidade imput&el ao a-ente ou respons&el
pelo e&ento danoso
danoso para imputar<lhe
imputar<lhe também a obri-ação
obri-ação de ressarcir
ressarcir o dano moral.
moral.
?mpende a este o di$cil ou 5uase imposs&el @nus de pro&ar a ineist'ncia de o$ensa aos
sentimentos do lesado ou outra ecludente de sua responsabilidade.
responsabilidade.
!rt. 99. Io caso de lesão ou outra o$ensa à sa,de) o o$ensor indeni+ar o o$endido das
despesas do tratamento e dos lucros cessantes até ao $im da con&alescença) al5m de
alg'm o'tro prej'%6o q'e o o*endido prove aver so*rido.
Iecessrio re-istrar
re-istrar 5ue) ecepcionalmente)
ecepcionalmente) os parentes
parentes da &tima não so$rem com a sua
perda. 6mbora
6mbora se*a comum o amor
amor $amiliar) h casos
casos em 5ue os pais ou $ilhos da &tima
nunca con&i&eram com a mesma) nem nutriram al-um sentimento por ela) ou em
al-umas situações lhe t'm) até mesmo) rancor e 4dio. onse5Eentemente)
onse5Eentemente) nestes casos)
não h 5ue se $alar em dor) nem em pre*u+o de a$eto) muito menos em dano moral.
Aas) não se pode ol&idar 5ue a lesão puramente estética) além de acarretar
complicações psicol4-icas
psicol4-icas e ntimas de con&i&'ncia com o alei*ão) etrai da &tima
&ti ma as
chances de ascensão pro$issional e até mesmo pessoal) em $ace da sua baia auto<estima
e) -eralmente) da conhecida repulsa preconceituosa do meio social em relação às
pessoas 5ue
5ue apresentem al-uma
al-uma de$ormidade.
de$ormidade.
C. 4e(o de ca'salidade
! relação de causalidade
causalidade entre o dano e a ação ou omissão 5ue o produ+iu é também
elemento essencial para obri-ar o a-ente ou respons&el
respons&el pelo dano a repar<lo) se*a
$undado na culpa ob*eti&a ou sub*eti&a. %or5ue é somente mediante a eist'ncia de neo
causal entre o resultado danoso e a conduta ilcita) 5ue tornar poss&el concluir 5uem
$oi o causador do pre*u+o e 5uem de&er repar<lo ou se o lesado de&er suport<lo
so+inho.
omo bem a$irma ér-io a&alieri Kilho (G#) "s+ há dever de indeni%ar onde houver
dano ingu#m, entretanto, pode responder por um dano a !ue não tenha dado causa"
6 conceitua) lo-o a se-uir) o neo causal como elemento "decorrente das leis naturais
. o vnculo, a ligação ou relação de causa e e$eito entre
entre a conduta e o resultado"
resultado"
%ela teoria enunciada) todos os elementos 5ue não puderem ser ecludos da linha de
desdobramento
desdobramento causal são rele&antes antecedentes causais do resultado. Qtili+a<se do
procedimento hipotético
hipotético de eliminação
eliminação de "hYrén.
"hYrén. %ara compreender
compreender esse
(G=#
procedimento) amsio
amsio 6&an-elista
6&an-elista de Sesus ensina 5ue7
importante # %ixar que excluindo$se determinado acontecimento o
resultado não teria ocorrido 9como ocorreu93 a conduta # causa quando,
suprimida mentalmente,
mentalmente, o evento in concreto não teria ocorrido no
momento em que ocorreu.
B interessante salientar 5ue) não raro) as causas de um dano são m,ltiplas) o 5ue
di$iculta a de$inição do a-ente respons&e
r espons&ell pela sua reparação. %ode ha&er causas
concorrentes pro&enientes da &tima e do a-ente. "ambém
"ambém eistem as concausas7
concausas7
preeistentes) concomitantes
concomitantes ou super&enientes
super&enientes ao
ao e&ento danoso)
danoso) 5ue podem
podem ser
absoluta ou relati&amente independentes em relação à conduta do a-ente.
Ias hip4teses
hip4teses da eist'ncia de concausas)
concausas) pela teoria e5ui&al'ncia
e5ui&al'ncia dos antecedentes
antecedentes
causais) as causas absolutamente independentes da conduta do su*eito apontado como
respons&el pelo e&ento danoso ecluirão o neo causal entre a conduta deste e o dano.
por5ue "se a causa, preexistente, concomitante ou superveniente, produ% por si mesma
o resultado, não se ligando de $orma alguma com a conduta, em relação ao evento ela #
uma não-causa" ) uma &e+ 5ue não se encontra na Nlinha de desdobramento
desdobramento $sicoN do
(G#
comportamento do a-ente.
!-uiar ias (8:#) citado por a&alieri Kilho) en$ati+a sua de$esa da aplicabilidade da
teoria da causa ade5uada) para melhor solucionar as 5uestões de responsabilidade ci&il
nos se-uintes termos7
onsideramos em culpa 5uem te&e não a last chance)
chance) mas a melhor oportunidade) e não
a utili+ou. ?sso é eatamente uma consa-ração
consa-ração da causalidade ade5uada) por5ue) se
al-uém tem a melhor oportunidade de e&itar o e&ento e não a apro&eita) torna o $ato do
outro prota-onista irrele&ante para a sua produção (...#N. N6m lu-ar de se apurar 5uem
te&e a ,ltima oportunidade (como sustenta a teoria norte<americana P last clear chance#)
chance#)
o 5ue se de&e &eri$icar é 5uem te&e a melhor ou mais e$iciente) isto é) 5ue esta&a em
melhores condições de e&itar o dano; de !uem $oi o ato !ue decisivamente in$luiu para
o dano
%or esta teoria) somente o $ato) a condição mais ade5uada) mais id@nea para determinar
o e&ento danoso é a causa deste.
6istem muitas teorias &isando dar a solução mais apropriada para de$inição da causa
ou causas do dano na busca de sua *usta reparação. Aas) de acordo com as doutrinas
estudadas para a eecução deste trabalho) as duas teorias citadas são as mais
importantes. (81#
Futro ponto 5ue não poderia deiar de ser abordado neste trabalho re$ere<se à
causalidade da omissão) tendo em &ista 5ue o maior n,mero dos acidentes do trabalho é
pro&eniente das omissões dos empre-adores.
F neo causal é analisado se-undo as leis naturais e) normalmente) di+ respeito aos
elementos ob*eti&os) porém) 5uando se trata de omissão esta não pode ser analisada
apenas sob a 4tica $sica ou natural) por ser uma aus'ncia de comportamento. a o
*ar-ão7 Ndo nada)
nada) nada sur-eN.
sur-eN. %ara elucidar
elucidar esse entendimento)
entendimento) mais uma &e+)
&e+)
(83#
transcre&e<se a sucinta e clara eplicação de amsio7
6n$im) tanto o neo causal como o dano são pressupostos indispens&eis para imputar
ao a-ente ou respons&el) a obri-atoriedade de indeni+ar o lesado) se*a com $ulcro na
culpa ob*eti&a ou sub*eti&a. 6 por essa ra+ão) pelas obras dos doutrinadores e
*urisprud'ncias pes5uisadas)
pes5uisadas) &eri$ica<se
&eri$ica<se 5ue) ao autor
autor da ação indeni+at4ria
indeni+at4ria impende
impende
pro&ar pelo menos
menos esses dois elementos.
e-undo !l&ino Lima (8=# a culpa presumida é o arti$cio da presunção juris et de jure
"ratam de "mentiras jurdicas" sustentadas pelos de$ensores da culpa como $undamento
para responsabilidade
responsabilidade ci&il (?rmãos Aa+eud)
Aa+eud) e %a-e)
%a-e) %irson) Jar&en e outros#.
outros#. !nte
!nte a
insu$ici'ncia da teoria pura da culpa para solucionar) com *ustiça) al-umas 5uestões
compleas oriundas de e&entos danosos) estes doutrinadores sustentam a culpa sem
imputabilidade moral) chamada culpa ob*eti&a) ou a culpa le-al ( "criada pelo
legislador,
legislador, por necessidades de ordem econ)mica ou social"#. Xual5uer dessas espécies
de presunção de culpa (le-al ou ob*eti&a# pressupõe a in&ersão do @nus da pro&a) em
5ue o a-ente ou respons&el pelo e&ento danoso s4 se eime de reparar o pre*u+o se
pro&ar al-uma das
das ecludentes
ecludentes de responsabilidade7
responsabilidade7 culpa eclusi&a
eclusi&a da &tima) culpa
culpa de
terceiro) caso $ortuito ou $orça
$ orça maior.
Qma &e+ consa-rada) em nosso direito ptrio) a culpa sub*eti&a do empre-ador nos
casos de acidentes do trabalho) muitas $oram e ainda continuam sendo as in*ustiças
cometidas pelas decisões *udiciais) 5ue tratam das ações reparat4rias ci&is re$erentes aos
pre*u+os ori-inados
ori-inados por e&entos sinistros
sinistros no ambiente
ambiente laboral) ante a aus'ncia
aus'ncia de
pro&as nos autos
autos processuais.
processuais.
Aas con&ém salientar 5ue para toda re-ra h eceções) com $ito de dar o e5uilbrio
social aspirado por muitas consci'ncias &idas de *ustiça. Ra+ão por5ue em hip4teses
anlo-as de hipossu$ici'ncia e &ulnerabilidade) como é o caso do consumidor) * se
encontra positi&ada a in&ersão do @nus da pro&a) con$orme est eplcito no inciso M???)
do arti-o 0 do c4di-o consumerista.
"al
"al re-ra pode e de&e ser&ir como base para interpretação anal4-ica com a $inalidade de
sustentar a in&ersão do @nus da pro&a) em hip4teses de acidente do trabalho) &isto 5ue
os empre-ados) se5uer) t'm acesso às documentações 5ue compro&em a e$eti&ação das
medidas de se-urança e medicina do trabalho e) -eralmente) não t'm condições
$inanceiras para pa-ar a percia técnica ei-ida nesses casos.
! in$ortunstica)
in$ortunstica) matéria le-al 5ue trata dos riscos das ati&idades econ@micas)
especialmente dos riscos de acidentes do trabalho e doenças pro$issionais) tem por
$undamento a teoria do risco. %or essa ra+ão as leis acidentrias do sistema *urdico de
&rios pases) inclusi&e no Hrasil) para dar respaldo aos anseios dos cidadãos &idos por
*ustiça) consa-raram
consa-raram a aplicação
aplicação da responsabilidade
responsabilidade ob*eti&a para a reparação dos
danos às &timas de in$ort,nios relacionados
r elacionados ao meio ambiente do trabalho.
Male ressaltar 5ue em nosso pas) o de&er da %re&id'ncia ocial de indeni+ar por
acidente do trabalho tem $ulcro na teoria do risco inte-ral. Hasta o obreiro ou seus
dependentes pro&ar a relação de empre-o e 5ue o dano $oi decorrente de uma situação
relacionada ao seu trabalho. Ião a$astam seus direitos as tradicionais causas
ecludentes ou atenuantes da responsabilidade7 culpa eclusi&a da &tima) $orça maior)
caso $ortuito ou $ato de terceiro.
! $unção teleol4-ica
teleol4-ica da lei acidentria é asse-urar o mnimo ao trabalhador acidentado
e e&itar 5ue a &itima de sinistro trabalhista
tr abalhista $i5ue desamparada) caso não obtenha a
reparação do dano so$rido se-undo as normas do direito comum. Futra $inalidade)
também de cunho social) é impedir o $im de pe5uenas empresas 5ue não suportariam o
@nus da indeni+ação. Ra+ões por5ue buscou<se a sociali+ação dos riscos) mediante a
se-uridade social.
Aas Jel&écio Lopes (9:# di+ 5ue h uma compensação tanto para o empre-ador 5uanto
para o empre-ado.
empre-ado. 6ste sempre
sempre ser indeni+ado)
indeni+ado) embora com &alor
&alor menor) sem
sem
necessitar pro&ar a culpabilidade da5uele. F empre-ador) por sua &e+) é obri-ado a
custear o se-uro social) independentemente da ocorr'ncia de acidente) mas se li&rar de
pa-ar uma indeni+ação
indeni+ação maior se hou&er
hou&er o sinistro e a ação reparat4ria.
reparat4ria.
Resumo
O principal objetivo desse estudo é apresentar e discutir as conseqüência
gerada por
por acidenst
acidenst de trabalhoacidente.
F moti&o da escolha desse tema para dissertação $oi a perpleidade ante as a-ressões
$sicas e ps5uicas a 5ue se &' submetido o ser humano em seu ambiente laboral) em
pleno incio do terceiro
terceiro mil'nio. Huscou<se
Huscou<se entender a ra+ão
ra+ão do pouco interesse
interesse em dar
e$eti&idade às medidas de se-urança e hi-iene do trabalho) mesmo ap4s o crescimento
estarrecedor dos in$ort,nios oriundos da inade5uação do ambiente laboral) cu*os e$eitos
são danos) 5uase sempre) irre&ers&eis para o trabalhador &itimado e sua $amlia.
!demais) &ale lembrar 5ue a $adi-a $sica e mental dos demais trabalhadores) -erada
pela ocorr'ncia do
do sinistro) implica em absentesmo)
absentesmo) rotati&idade
rotati&idade de mão<de<obra)
mão<de<obra)
no&os acidentes entre outras perdas.
!bstract
umario
1. INTRODUÇÃO
Acidentes do trabalho são fenômenos
fenômenos socialmente determinados,
determinados, indicativos da
inte
intens
nsa a expl
explor
oraç
ação
ão a queque é submsubmet
etid
ida
a gran
grande
de parte
parte dos
dos trab
trabalalha
hado
dore
res.
s.
Cons
Constittitue
uemm impo
import
rtan
ante
te prob
proble
lema
ma de saúdsaúde
e públ
públic
ica
a no ras
rasil,
il, atin
atingi
gind
ndo
o
prin
princi
cipa
palmlmen
ente
te adul
adulto
tos
s !ove
!ovens
ns e caus
causan
ando
do elev
elevad
ado
o núme
número
ro de caso
casoss de
$,%,&$
invalide" permanente e #bitos.
6 9e seu
seu enca
encami
minh
nham
amen
ento
to : agn
agnci
cia
a do 34''
34'' da (rea
(rea de ocor
ocorr
rnc
ncia
ia do
acidente.
A partir de &;<%, segundo as estat)sticas oficiais, vem ocorrendo decl)nio da
incid
incidnci
ncia
a de aciden
acidentes
tes do trabal
trabalho
ho.. 4o per)od
per)odoo inicia
iniciall essa
essa tendn
tendncia
cia foi
infl
influe
uenc
ncia
iada
da por
por modi
modific
ficaç
aç0e
0es
s na legi
legisl
slaç
ação
ão prev
previd
iden
encici(r
(ria
ia55 aume
aumentntoo da
carncia do pagamento do seguro de dois para &= dias, acarretando aumento
do sub-registro de acidentes leves8 e inclusão de autônomos e de empregados
domésticos no >egime ?eral da 2revidncia sem seguro acidente. %,&@ Carmo et
al$ apontam a extinção de pagamento diferenciado aos hospitais privados pelo
atendimento de acidentados do trabalho e a expansão do atendimento na rede
pública, ocorridas a partir de meados da década de , como fatores que
cont
contri
ribu
bu)r
)ram
am para
para a dimidiminu
nuiç
ição
ão da notinotifi
fica
caçã
çãoo de tais tais even
evento
tos.
s. Bais
Bais
recentemente, a explicação para a evolução observada tem sido devido a
proces
processos
sos de reestr
reestrutu
uturaç
ração
ão produt
produtiva
iva,, introd
introduç
ução
ão de novas
novas tecnol
tecnologi
ogiasas e
retração do setor secund(rio com concomitante expansão do setor terci(rio da
economia.&=,&%
Dren
Drente
te a essa
essa prec
precar
arie
ieda
dade
de dos
dos dado
dados s sobr
sobre
e acid
aciden
ente
tes
s do trab
trabal
alho
ho,, a
&
Associação rasileira de 2#s-graduação em 'aúde Coletiva recomendou, em
&;;%, a reali"ação de esforços, visando dimensionar e caracteri"ar com maior
precisão os acidentes de trabalho no 2a)s.
&./ Eist#rico
Eist#rico de Aciden
Acidente
te
&.@ 'ituaç0es
'ituaç0es de Aciden
Acidente
te
&.$ Fegislaçã
Fegislação
o
&cidente de #rabalo