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5 pontos negativos para o trabalhador

1) Fim da assistência gratuita na rescisão do contrato de trabalho

Como não há mais a necessidade da rescisão do contrato de


trabalho ser homologada no sindicato ou no Ministério do Trabalho,
o trabalhador perde a assistência gratuita que verificava se as
verbas pagas pelo empregador na rescisão estavam corretas.

2) Autorização da dispensa coletiva sem intervenção sindical

Até então, a maior parte dos tribunais trabalhistas vinha entendendo que
a demissão coletiva somente poderia ocorrer após feita uma negociação
entre a empresa e o sindicato dos trabalhadores, para atenuar as
consequências das rescisões, já que, diante do número de afetados, a
dispensa coletiva costuma ter grande impacto social.

Com a reforma, a dispensa coletiva pode ser realizada nos mesmos


moldes da individual, ou seja, sem negociação com o sindicato e sem
medidas que atenuem seu impacto na sociedade.

03 Restrição de acesso à Justiça gratuita

Só terá acesso gratuito à Justiça trabalhista quem receber até


1.659,30 reais (salário igual ou inferior a 30% do teto do INSS).
Vale destacar que um processo judicial tem custos que devem ser
arcados pela parte perdedora.

Contudo, se a pessoa comprova que não tem dinheiro suficiente


(se é considerada hipossuficiente economicamente, no termo
jurídico), ela fica isenta desse pagamento.

Antes da reforma essa isenção era possível, na Justiça do


Trabalho, a qualquer um que declarasse não ter condições de
pagar os custos do processo sem que sustento fosse prejudicado.

Com a reforma, porém, essa declaração não é mais possível e


somente tem direito à gratuidade de Justiça quem recebe até
1.659,30 reais.
4) Permissão para negociação coletiva de condições menos
benéficas ao trabalhador do que as previstas em lei
Foram ampliadas as matérias que podem ser objeto de
negociação coletiva, sendo possível, inclusive, que sejam
estipuladas condições mais prejudiciais ao trabalhador do que
aquelas previstas em lei.

Por exemplo, a prorrogação da jornada de trabalho em ambiente


insalubre somente era possível mediante autorização do Ministério do
Trabalho. Com a reforma, basta que essa prorrogação seja prevista
em norma coletiva.
5) Horas extras sem pagamento em “home office”
O atual entendimento da maior parte dos tribunais trabalhistas é
que mesmo o trabalho praticado em “home office” deve ter a
jornada controlada, desde que os meios tecnológicos permitam
isso.

A reforma, porém, exclui esse trabalhador do controle de jornada, o


que, na prática, pode significar a realização de trabalho superior ao
limite legal sem recebimento de horas extras.

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