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ANALISEM E DEPOIS RESPONDAM.

A resposta para cada questão poderá


ser efetuada em arquivo a parte e anexada ao portal ou, se preferir, poderá ser
feita no próprio (portal).
Muitos doutrinadores negam a possibilidade de que um ramo do direito
processual possa proteger uma das partes. Para eles, o Direito Processual (de
um modo geral), precisa tratar a todos de maneira isonômica, não admitindo
privilégios. Em relação a essa situação e, considerando os termos do texto
base, analise e responda:

a) O princípio de proteção é aplicado ao Direito Processual do Trabalho?


Com certeza, podemos enxergar esse princípio aplicado em diversas fases do
processo do trabalho, como por exemplo: a distribuição das custas do
processo, impulso de ofício na fase de execução, depósito recursal exigido
apenas do empregador, as reclamações podem ser feitas de forma verbal,
entre outros. A ideia deste principio é garantir ao empregado, parte
hipossuficiente, dentro de uma relação de trabalho, o fácil acesso de pleitear
seus direitos no judiciário, mesmo quando não tem condição financeira para
isso.

b) É possível visualizar, no corpo da CLT, disposições que revelem a incidência


deste princípio?
Sim, é possível identificar este princípio em muitos artigos da CLT. Segue
alguns deles abaixo:
Art. 878 - neste caso é permitida a execução de oficio apenas para a parte que
não possui um advogado constituído, normalmente a parte que não um
advogado é o empregado.
Art. 844 - declara que se a reclamada falta à audiência, logo será declarada a
revelia.
Art.853 - traz algo exclusivo para o empregador, que quando for “instaurar
inquérito para apuração de falta grave contra empregado garantido com
estabilidade, o empregador apresentará reclamação por escrito à Junta ou
Juízo de Direito, dentro de 30 (trinta) dias, contados da data da suspensão do
empregado.” Entretanto, o empregado quando pode fazer
as reclamações trabalhistas de forma verbal.
Art. 818, ll – o ônus da prova incumbe à reclamada quando um fato é de difícil
da acesso, ou a reclamante não tem acesso a essas provas.
c) Qual a sua opinião pessoal a respeito do tema?
Visualizo como de extrema necessidade e suma importância acerca do
processo do trabalho, haja vista que o empregado se encontra como a parte
hipossuficiente da relação trabalhista, pois, se não houver um amparo legal,
ficará extremamente vulnerável. Como diz o doutrinador MARTINS, “O
verdadeiro princípio do processo do trabalho é o da proteção”, diante desta
visão é sabido que o principal propósito do processo do trabalho é garantir que
o empregado tenha todos os seus direitos trabalhistas resguardados pelo
devido processo legal, desta forma é necessário haver uma proteção extra
sobre este.

2. Observem a afirmação abaixo:

“o poder constitucionalmente conferido aos Tribunais Trabalhistas de dirimirem


conflitos coletivos de trabalho mediante o estabelecimento de novas e mais
benéficas condições de trabalho, respeitadas as garantias mínimas já previstas
em lei[1].”
O autor está fazendo uma referência ao Princípio da Nomogênese Derivada,
mais conhecido como o PODER NORMATIVO DA JUSTIÇA DO TRABALHO.
Em razão disto, analise e responda de forma fundamentada:

a) O que é, exatamente, o chamado poder normativo (princípio da nomogênese


derivada)?

O poder normativo da Justiça do Trabalho consiste na competência


constitucionalmente assegurada aos tribunais laborais de solucionar conflitos
coletivos de trabalho, estabelecendo, por meio da denominada sentença
normativa, normas gerais e abstratas de conduta, de observância obrigatória
para as categorias profissionais e econômicas abrangidas pela decisão,
repercutindo nas relações individuais de trabalho.

b) Em que espécies de processos o poder normativo da justiça do trabalho se


manifesta?

O Poder Normativo irá se manifestar quando ocorrer conflitos entre as


categorias, com isso, a Justiça Obreira dará uma resposta-solução ao conflito.
Essa resposta em juízo é denominada Dissídio Coletivo. Assim, o poder
judiciário do trabalho, estabelecerá nos seus julgados, normas e condições de
trabalho para determinadas categorias, considerando o que anteriormente já
existia. A diferença entre um dissídio coletivo e um individual, é que enquanto o
coletivo, atinge um número indeterminado de pessoas com interesses abstratos
destinados a uma categoria ou grupo social, o individual, contempla apenas um
individuo no seu caso concreto e tem seus direitos positivados anteriormente.

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