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trabalhista
Se antes existiam três modalidades de demissão para encerrar um contrato de trabalho - a por
justa causa, sem justa causa e por decisão do próprio trabalhador - a reforma trabalhista
aprovada cria uma nova categoria de dispensa, que passa a valer para todos os contratos
atuais a partir do dia 11 de novembro.
A nova forma de homologação se soma a outros pontos da reforma que diminuem o papel dos
sindicatos de trabalhadores nos processos de desligamento. Esses passam a ser feitos na
própria empresa. O que, por um lado, diminui a burocracia e agiliza a demissão, por outro exclui
do trabalhador o auxílio ou a orientação da entidade de classe. “O sindicato pode deixar de
acompanhar situações que sejam crônicas em determinadas empresas, restringindo sua
participação no dia a dia das relações trabalhistas e suas possibilidades de atuação”.
Mesmo com a prevalência dos acordos sobre a lei, os outros três tipos de demissão continuam
existindo e sem sofrer alterações.
“O trabalhador continua fazendo jus à guia para levantamento dos depósitos do FGTS e do
seguro-desemprego, à multa de 40% e a todas as parcelas rescisórias”, acrescenta.
Justiça Trabalhista
Outra medida da reforma que será vista em processos de demissão é o acesso à Justiça do
Trabalho, que pode deixar de ser gratuito para o trabalhador. Ponto que tem gerado
divergências entre os magistrados e o texto da lei, que teve a constitucionalidade questionada
no Supremo Tribunal Federal (STF). No entanto, o Supremo ainda não tem data para julgar
esss ações.
“A partir do próximo dia 11, os empregados pagarão custas por arquivamento de reclamação,
mesmo que sejam beneficiários da Justiça gratuita, também devendo assumir honorários
periciais caso perca a ação objeto da perícia”, considera a juíza.
Para as modalidades já existentes de dispensa (pedido de demissão, dispensa com justa causa
e dispensa sem justa causa), não houve alterações substanciais. As regras se mantêm como
eram anteriormente.
É uma decisão por comum acordo. Após a reforma entrar em vigor, o contrato de trabalho
poderá ser extinto com pagamento de metade do aviso prévio e metade da multa de 40% sobre o
saldo do FGTS. O empregado poderá ainda movimentar até 80% do valor do FGTS, mas não terá
direito ao seguro-desemprego.
A homologação da rescisão contratual que era feita em sindicatos passa a ser realizada na
própria empresa, na presença dos advogados do empregador e do funcionário – que pode ter
assistência do sindicato.
Até então, o trabalhador que entrava com uma ação trabalhista não tinha nenhum custo. Com a
nova regra, o trabalhador será obrigado a comparecer às audiências na Justiça do Trabalho e,
caso perca a ação, arcar com as custas do processo. A reforma buscou limitar a gratuidade de
acesso a Justiça àqueles que recebem um salário de 40% do teto do regime geral da previdência
social, o que hoje equivale a cerca de
R$ 1.660 mil.