Você está na página 1de 7

Sétimo Ano

1) Como a noção de ubuntu (“eu sou porque nós somos”) pode ser aplicada à própria
sala de aula?
a) Os alunos devem abrir mão de sua individualidade e se tornarem uma
unidade sob o comando do professor em sala de aula.
b) O professor deve aceitar tudo o que os alunos querem e se tornar apenas
mais um na sala de aula.
c) Os alunos e o professor possuem papéis diferentes que se determinam
mutuamente: um professor só é professor por causa dos alunos, e um aluno
só é aluno por causa do professor.
d) Os alunos e o professor possuem papéis diferentes, sendo o principal o
papel do professor: um aluno só é aluno por causa do professor, mas um
professor não é professor por causa dos alunos. Não importa quais alunos
estejam na sala de aula, o professor continuará sendo o mesmo.

2) Como podemos interpretar o diagrama ao


lado a partir da ideia de ubuntu (“eu sou porque
nós somos”?
a) A sala de aula é um espaço físico
que recebe o professor e os alunos. Ela continua a
mesma não importando quais professores ou quais alunos estejam dentro
dela.
b) A sala de aula é um espaço de interação entre os alunos e o professor
mediados pelo conhecimento. É para conhecerem parte do que o professor
conhece que os alunos estão em sala de aula; é para que os alunos
conheçam parte do que conhece que o professor deve conhecer os alunos.
c) A sala de aula é um espaço ultrapassado para acolher uma verdadeira
interação entre aluno e professor mediada pelo conhecimento. Essa só pode
acontecer fora da sala de aula.
d) A sala de aula é um espaço de competição entre os alunos pelas melhores
notas. Aqueles que alcançam as melhores posições na corrida pelo
conhecimento são premiados pelo professor com as melhores notas.

3) Uma turma em uma escola é um conjunto de pessoas. Uma multidão em uma rua ou
trabalhadores em uma fábrica também são conjuntos de pessoas. A turma em uma
escola, enquanto conjunto de pessoas, é mais comparável com qual desses
conjuntos de pessoas?
a) Uma turma em uma escola é comparável com uma multidão em uma rua
porque são pessoas reunidas em um momento de suas vida por simples
acidente, cada uma na sua perseguindo objetivos diferentes (uns querem
boas notas, outros não estão nem aí para nada).
b) Uma turma em uma escola é comparável a uma multidão em uma rua porque
todos estão juntos por causa de um evento específico, como uma aula ou
uma manifestação, e podem ter interesses diversos, como aprender,
socializar ou protestar, sem uma conexão direta entre si.
c) Uma turma em uma escola é comparável com os trabalhadores em uma
fábrica, já que são pessoas que se tornam um grupo pelo convívio na sala de
aula, unidas pelo propósito de aprender.
d) Uma turma em uma escola é comparável com os trabalhadores em uma
fábrica, já que são pessoas que fazem alguma coisa (estudar e trabalhar)
para ganhar outra coisa (nota e dinheiro).

4) A partir dos conceitos de totalidade e de agregado abordados em aula, uma sala de


aula é melhor entendida como agregado ou como totalidade?
a) Como um agregado, já que os alunos têm as salas de suas turmas e os
professores a sua própria sala, dois mundos à parte.
b) Como uma totalidade, já que professor e alunos estão unidos pelos períodos
de suas disciplinas e horários de entrada e saída na escola.
c) Como um agregado, já que os alunos estão meramente juntos na sala
competindo entre si pelas melhores notas dadas pelo professor.
d) Como uma totalidade, já que professor e alunos cooperam entre si unidos
pelo objetivo compartilhado da aprendizagem.

5) Pensando que a interação entre professor e alunos se dá a partir da presença de


professor e alunos na sala de aula, como acontece essa presença?
a) A presença de professor e alunos acontece por meio da expressão com o
corpo (voz e escrita no quadro) da parte professor de conteúdos cujo sentido
conceitual é interpretado com a mente e cujo sentido emocional é recebido
com a alma do aluno.
b) A presença de professor e alunos acontece por meio da expressão com o
corpo (voz e escrita no quadro) da parte de ambos de conteúdos cujo sentido
conceitual é interpretado com a mente e cujo sentido emocional é recebido
com a alma de ambos.
c) A presença de professor e alunos acontece com o professor sendo a mente
da sala de aula, os alunos o corpo da sala de aula e o conteúdo a ser
ensinado ou aprendido como a alma da sala de aula.
d) A presença de professor e alunos acontece com o professor sendo a mente e
a alma da sala de aula, cabendo ao aluno ser o corpo, já que o professor
preencheria o aluno de conteúdo como se virasse líquido (o conteúdo) em
um recipiente (o aluno).

6) O substantivo “ética” e os adjetivos “ético”/“ética” provêm do grego éthos (ἔθος). O


que significa éthos?
a) Éthos significa disposição para agir, uma característica mais ou menos
permanente de seres humanos e de sociedades. Uma pessoa pode ter um
éthos positivo ou negativo se ela se comportar geralmente de forma boa ou
má.
b) Éthos significa disposição para agir bem, uma característica mais ou menos
permanente de seres humanos e de sociedades. Uma pessoa ter um éthos
significa que ela é uma pessoa boa.
c) Éthos significa ação, uma característica contextual de seres humanos e de
sociedades. Uma pessoa pode ter um éthos positivo ou negativo em certas
situações e não em outras.
d) Éthos significa palavra em oposição à ação, mas que louva ou exalta certa
ação considerada heroica ou aristocrática. Uma pessoa ética, então, seria
uma pessoa que demonstrasse virtude em sua ação (areté, em grego) e se
revelasse digna de ser imortalizada pelo éthos.
7) O que significa dizer que uma pessoa é ética? Qual a relação entre uma pessoa ser
ética e ações éticas?
a) Dizer que uma pessoa é ética é dizer que ela possui um caráter, que pode
ser bom (éthos positivo) ou ruim (éthos negativo). Uma ação ética é uma
redundância, uma vez que toda ação possui um caráter moral, seja bom, seja
ruim.
b) Dizer que uma pessoa é ética é dizer que ela tem um caráter bom, ou um
éthos positivo. Uma pessoa ética possui o hábito de realizar ações éticas.
Uma pessoa que aja eticamente uma vez ou outra nem por isso é ética.
c) Dizer que uma pessoa é ética é dizer que ela agiu bem em certo contexto.
Propriamente falando, ações que são éticas e pessoas seriam éticas no
contexto de ações éticas.
d) Dizer que uma pessoa é ética é dizer que ela é merecedora de ser
imortalizada em palavras. Uma ação ética é uma ação heroica ou
aristocrática.

8) O que significa dizer que uma pessoa é antiética? E que uma ação é antiética?
a) Dizer que uma pessoa é antiética é dizer que ela não é merecedora de ser
imortalizada em palavras. Uma ação antiética é uma ação covarde e
aviltante.
b) Dizer que uma pessoa é antiética é dizer que ela agiu mal em certo contexto.
Propriamente falando, ações que são antiéticas e pessoas seriam antiéticas
no contexto de ações éticas.
c) Dizer que uma pessoa é antiética é dizer que ela não possui um caráter, nem
bom (éthos positivo) nem ruim (éthos negativo). Ela é uma pessoa que muda
de acordo com as circunstâncias. Uma ação antiética é uma contradição,
uma vez que toda ação possui um caráter moral, seja bom, seja ruim. Uma
ação não pode ser sem um caráter moral.
d) Dizer que uma pessoa é antiética é dizer que ela tem um caráter ruim ou um
éthos negativo. Também dizemos que ela é uma pessoa mau caráter. Uma
pessoa antiética possui o hábito de realizar ações antiéticas. Uma pessoa
que aja antieticamente uma vez ou outra nem por isso é antiética.
9) A ética é um ramo da filosofia. Essa disciplina filosófica estuda o quê, afinal?
a) A ética estuda o éthos, com enfoque no que faz ações possuirem éthos
positivo ou negativo.
b) A ética estuda o éthos, consistindo no conjunto no estudo de obras que
imortalizaram pessoas éticas.
c) A ética estuda o éthos positivo, ignorando completamente o éthos negativo.
d) A ética estuda o éthos, com enfoque no que faz uma pessoa possuir éthos
positivo ou negativo.

10) Durante a aula, fizemos o exercício intitulado “Ilha da República”, em que pequenos
grupos imaginaram o que fariam para sobreviver em uma ilha deserta. O que esse
cenário ficcional pode representar no “mundo real”?
a) Pode representar o que faríamos caso tivéssemos de sobreviver em
pequenos grupos, como acontecia na pré-história.
b) Pode representar como seres humanos constroem diariamente suas
sociedades por si mesmos e para si mesmos, escolhendo como vivem
juntos.
c) Pode representar como seres humanos agiriam caso pudessem recomeçar a
sociedade do zero, sem o peso das tradições e dos preconceitos.
d) Não pode representar nada, já que o mundo contém recursos limitados e
insuficientes para todos, enquanto que a ilha, segundo a descrição do
exercício, conteria recursos ilimitados e suficientes para todos os
sobreviventes.

11) A partir do exercício da Ilha da República, por que é melhor viver juntos do que
sozinhos, levando em consideração a questão da sobrevivência?
a) Porque podemos otimizar nossos esforços e fazer muito mais juntos do que
separados. Ademais, nós precisamos da companhia uns dos outros para não
enlouquecermos.
b) Porque fomos acostumados desde sempre a vivermos juntos. Caso
fôssemos criados por animais, poderíamos sobreviver sozinhos sem nenhum
problema.
c) Porque mesmo nas piores situações (como estarmos perdidos em uma ilha
isolada no meio do oceano), podemos encorajarmos uns aos outros e não
ceder ao desespero.
d) Não é melhor viver juntos do que sozinhos, uma vez que viver junto de outras
pessoas nos desvia da busca de quem somos de verdade, gerando um ruído
de fundo que distrai e desencaminha. Como diz Sartre, “o inferno são os
outros”.

12) Os diferentes papéis sociais do exercício da ilha da República são melhores ou


piores do que uns e outros?
a) Sim, há papéis que são melhores do que os outros. Os papéis que garantem
a sobrevivência imediata são os mais importantes, como, por exemplo, os de
caçador ou de construtor de abrigos.
b) Sim, há papéis que são melhores do que os outros. Há papéis que garantem
mais prestígio social. Alguém que se arrisca ao caçar um animal selvagem
será mais bem visto do que alguém que cuida da horta.
c) Não, os diferentes papéis são igualmente irrelevantes, uma vez que apenas
adiam o inevitável, que é a morte em meio à ilha deserta. Os sobreviventes
podem até sobreviver por um tempo, mas se não forem achados,
envelhecerão e morrerão por lá esquecidos.
d) Não, os diferentes papéis são equivalentes uns aos outros, uma vez que
todos os papéis estão interconectados. Um caçador precisa de instrumentos
e de proteção para caçar, enquanto que a pessoa que faz esses
instrumentos precisa de comida para fazê-los..

13) No exercício da Ilha da República, levando em conta o cenário ficcional e sua


relação com a realidade, por que garantir o consenso sobre a divisão de papéis ou o
nome da ilha por via de votação ou acordo mútuo foi importante?
a) Garantir o consenso não foi tão importante assim, porque todas as decisões
que foram tomadas poderiam ser tomadas por imposição e violência, e, ainda
assim, as “coisas acontecerem”.
b) Garantir o consenso foi importante porque somos ensinados desde sempre a
agirmos assim. Vivemos em uma democracia e somos educados
democraticamente.
c) Garantir o consenso foi importante para preservar a unidade e harmonia da
pequena sociedade pelos sobreviventes da ilha. Qualquer disputa poderia
fazer as partes da sociedade se separarem.
d) Garantir o consenso foi importante para dar seguimento ao exercício. Afinal,
sem consenso, não seria possível nem definir papéis (etapa 1) nem escolher
o nome da ilha (etapa 2).

14) Durante a aula, fizemos o exercício de imaginar o que faríamos se estivéssemos de


posse de um anel que nos tornasse invisíveis. Para que serviria esse exercício?
a) O exercício do anel invisível serviria para mostrar como somos tolhidos pelo
peso das consequências negativas e para nos provar que, na verdade,
somos livres para fazer o que quisermos.
b) O exercício do anel invisível serviria para mostrar o peso das consequências
negativas de nossas ações e para nos questionar se uma pessoa é
realmente boa somente por temer ser punida.
c) O exercício do anel invisível serviria para fantasiar como seria se
pudéssemos ser invisíveis e nos mostrar como seria divertido fazer por aí o
que quiséssemos.
d) O exercício do anel invisível serviria para mostrar o peso das consequências
negativas de nossas ações e para nos mostrar que as pessoas boas não
diferem das más, elas apenas têm medo de serem punidas por suas ações.

Você também pode gostar