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Título: “AS IMPLICAÇÕES E RESPONSABILIDADES DECORRENTES DO

TRESPASSE”

Scheila Belkan Scaramussa1

Curso de MBA Executivo em Inteligência Comercial e de Mercado, pela Instituição


Educaminas, Bacharel em Direito2,pós graduanda em Administração de Empresas3.

RESUMO

Desenvolver uma atividade econômica organizada implica na


existência de um estabelecimento empresarial. Na tentativa de
abrir o próprio negócio, aquisições dos mais diversos
estabelecimentos empresariais tornaram o trespasse uma
realidade no Brasil. Entretanto, o sonho de ter o próprio negócio,
por vezes, ofusca a visão do empreendedor para alguns
detalhes e situações que, posteriormente, podem trazer
dificuldades no exercício da atividade por conta de um trespasse
mal gerenciado. É necessário, portanto, o conhecimento de
todas as responsabilidades que a transação a título oneroso
envolve, seja sob o ponto de vista de quem vende ou de quem
compra um estabelecimento empresarial, bem como perante
terceiros.

PALAVRAS CHAVE

Estabelecimento Empresarial. Arrendamento. Trespasse. Responsabilidades.

1- ASPECTOS GERAIS – LEGISLAÇÃO E JURISPRUDÊNCIA


Ao elaborar o presente artigo, depara-se à infeliz preocupação pertinente à
dificuldade relativa na obtenção de argumentos elaborados, explicativos e

1
CEO NA EMPRESA “DISTRIBUDORA DO VANDIN” |PARCEIRA DA EMPRESA “CERVEJARIA NOVA EXTRELA”
2
FACULDADE DE DIREITO DE CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM - ES
3
CURSANDO PÓS GRADUAÇAO NA INSTIUIÇÃO DE ENSINO A DISTÂNCIA - EDUCAMINAS
exemplificativos, que tenham por natureza endossar e/ou auxiliar o disposto no
Título III do Código Civil, dada sua exímia e importante aplicabilidade, tratando-
se dos dispositivos elencados, essenciais para o negócio jurídico perfeito, que
traz em apenas oito artigos a regulamentação dos Estabelecimentos, “sendo
TODO COMPLEXO DE BENS ORGANIZADO, para exercício de empresa por
empresário, ou por sociedade empresária”. Em verdade, emerge preocupação
pertinente à escassez de estudos, considerando exaustiva pesquisa
bibliográfica através dos ilustres e famosos doutrinadores, ampla
jurisprudência, e, em todo ordenamento jurídico brasileiro. A busca deu-se por
materiais que complementem e tenham a intenção objetiva de clarificar, a
exemplo, o que diferencie este contrato dos demais materiais de natureza
singular, exaustivamente explorados na jurisprudência, e utilizados, sendo o
próprio Código que o estabelece, responsável por elencar institutos
complementares, tratando-se a Lei Seca a maior fonte de pesquisa, contando
o ordenamento jurídico com poucos textos exemplificados, que traduzam
dúvidas e aplicabilidade. Tal preocupação, se dá especialmente no
considerável impacto social, empresarial e comercial deste contrato, elaborado
sob o que rege o Código civil e seus não completamente suficientes e salutares
dispositivos, concedendo especialmente largos caminhos que podem levar a
invalidade ou nulidade do negócio jurídico decorrente da falta ou imperfeição
de um ou de alguns de seus elementos ou requisitos fundamentais e
essenciais, sendo, por isso, necessário primeiro ater-se à estrutura regular,
para depois identificar e classificar as anormalidades, que lhe conferem um
aspecto irregular.
É de fato, matéria extraordinária disposta na legislação e em atenção aos
motivos supracitados, recai demasiada preocupação especialmente na
formulação de contratos jurídicos decorrentes da matéria em questão, que
foram inseridos neste trabalho acadêmico, que possuía como premissa
somente a elaboração de um trabalho acadêmico normal, objetivando nota
parcial à especialização em Inteligência Comercial e de Mercado, cujo texto
inicial contava somente sobre a especificação e principais elementos do
Trespasse, denotando elementos até então triviais, na aplicação de diversos
contratos regidos pela Legislação vigente, tratando alguns contratos denotados
de certa exaustão no que tange à jurisprudência. Contudo, após vasta e
exaustiva busca de matérias contendo somente a intenção de enriquecer o
proposto, a cerca deste Contrato, ante ao exposto, considerável foi a
importância de ao menos citar e brevemente explanar o que figuram os atos
jurídicos nomeados Arrendamento Comercial e a Cessão de Exploração. Em
verdade, e em confissão prudente, este item - “1. Aspectos Gerais”- foi inserido
após a construção praticamente total do presente projeto, externando a
preocupação de finalidade concreta e amplamente necessária no que a Lei
dispõe sobre as diferenças entre tais aspectos legais, com vistas a facilitar a
construção de atos processuais, que figurem corretamente o que propõe a
mesma Lei, figurando a infeliz preocupação de elaboração de contratos de
natureza similares , bem como vícios na elaboração contratual, pela
constituição de um contrato de singela elaboração, porém, de estrito uso,
menção e, escassa matéria complementar, como se a intenção fosse ocultar
tal dispositivo. Porém, quando necessário há a sua utilização e regramento
legislativo na elaboração de peça em fase recursal por Tribunais, como a
Ementa contendo alusão a este será disposta no item que trata sobre as
consequências jurídicas. Passemos ao estudo deste importante meio de
estabelecimento empresarial, bem como a legislação que elucida seu corpo,
em especial a transferência de titularidade, de entendimento e manuseio
simples, tratando sua matéria de negócio jurídico de elaboração simples e
especialmente, meio impeditivo de dissolução do contrato por vício formal.
Acrescenta-se a clara intenção de evitar, ou, tratando-se a simplicidade do que
dispõe tal contrato e a legislação a ela disposta, de fácil entendimento e
aplicabilidade, onde juristas o utilizem corretamente, evitando questionamentos
na elaboração do corpo deste contrato, vício formal e dissolução do contrato.
Contudo, dispensada mais de horas de pesquisas profundas, tal legislação é,
utilizada por Tribunais, a exemplo de como “para fins de pré-questionamento,
ainda que os embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o
Tribunal Superior considere existentes erro, omissão, contradição ou
obscuridade. Embargos de declaração conhecidos, mas não acolhidos, pela 7ª
Turma Cível, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, tratando-se
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. VÍCIOS
NÃO CONSTATADOS, Publicado recentemente, em 14/06/2023.

2- ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL E SUA NATUREZA


O universo empresarial é panorama de cenas dinâmicas que implicam em celeridade
nas relações, bem como em trocas, compras e vendas das mais variadas espécies.
Neste cenário, inúmeras pessoas almejam o desenvolvimento de seu próprio negócio
com a expectativa de se tornarem empresárias. Para tanto, necessário se faz a
existência de um complexo de bens corpóreos e incorpóreos que viabilizem o
exercício de empresa, denominado de estabelecimento empresarial.

O estabelecimento empresarial pela definição da legislação pátria (CC, art. 1.142) é o


“complexo de bens organizado para o exercício da empresa, por empresário ou por
sociedade empresária”. Compõe-se de bens corpóreos (e.g, mercadorias, máquinas,
instalações) e incorpóreos (e.g. patentes de invenção, marcas, título do
estabelecimento, ponto comercial), todos com sua peculiaridade, que unidos
destinam-se à exploração de atividade econômica, formando uma unidade e
adquirindo um valor patrimonial pelo seu todo, conforme define Campinho (2005).

Acrescenta, ainda, que o estabelecimento deve ser considerado para todos os efeitos
uma universalidade de fato, ou seja, um conjunto de bens reunidos pela vontade do
empresário (CC, art. 90) Miguel (2000) afirma que “predomina, hoje, na doutrina
brasileira o entendimento de que o estabelecimento empresarial é uma universalidade
de fato, sendo as demais teorias incompatíveis com a legislação nacional”.

Entretanto, Gonçalvez Neto (2008) destaca que o aviamento e a clientela podem estar
agregados ao estabelecimento, projetando-o para além de seus bens. Isso significa
considerar o estabelecimento em movimento, revelando-o como um feixe de relações
jurídicas complexas que envolvem seu funcionamento. Finaliza que o estabelecimento
pode ser considerado como (i) um conjunto de bens apto para o desempenho de uma
determinada atividade, quanto (ii) esse mesmo conjunto de bens no desenvolver da
atividade para a qual ditos bens estão predispostos a servir, tendo nesta última
concepção uma universalidade de direito. Portanto, a forma como o negócio se perfaz
é que irá indicar se o estabelecimento constitui uma universalidade de fato ou de
direito.

Segundo Ascenção (1983), pertence à autonomia privada determinar que negócios


recaiam apenas sobre o estabelecimento, como unidade realística que é seu objeto
(universalidade de fato) ou sobre um complexo de situações jurídicas (universalidade
de direito).
Tokars (2006) aderiu orientação de que o estabelecimento empresarial é uma
universalidade de direito e argumenta que o fato deste, quando alienado, implicar em
transferência de responsabilidades em relação às dívidas e contratos, inclusão de
cláusula de não- restabelecimento, é muito mais de que uma simples conjugação de
bens, sendo na verdade uma unidade “exploracional”. E desta conjugação de
dispositivos, forçoso é concluir que o estabelecimento, sob essa perspectiva, como
um complexo de situações jurídicas, passa a ter na universalidade de direito, sua
natureza jurídica.

Independentemente de qual seja a natureza jurídica específica, o estabelecimento é


uma universalidade e que segundo Diniz (2009) integra, na qualidade de patrimônio
afetado à “empresa”, o patrimônio dos empresários e da sociedade empresária,
constituindo-se uma garantia aos credores do empresário.

Assim, ao mesmo tempo em que a universalidade é passível de alienação, nos termos


da iniciativa privada, deverá servir aos interesses dos credores (tributários,
trabalhistas, consumidores, etc) que deverão anuir ou não a venda. Se a venda se
efetivar com anuência dos credores, deverão ser estabelecidas todas as condições
desta alienação, principalmente as obrigações do adquirente e alienante para o futuro.
A falta de anuência poderá acarretar ineficácia do negócio com prejuízo para o
eventual adquirente.

2. ARRENDAMENTO COMERCIAL E A CESSÃO DE EXPLORAÇÃO

Alguns empreendedores que desejam iniciar suas atividades empresariais preferem


utilizar, por um determinado período de tempo, uma estrutura pronta e que já tenha a
marca consolidada, do que iniciar o negócio do zero (melhor estrutura societária)

Nesses casos, é utilizado um local que já possua essas características, chamado de


Estabelecimento Comercial, entendido como o conjunto de bens que o empresário
reúne para exploração de sua atividade econômica, como as mercadorias, máquinas,
veículos, tecnologia, marca, entre outros.

Ocorre que o ponto de maior atenção nesse tipo de negócio se dá no momento da


formalização e elaboração do respectivo contrato.
Talvez por suas semelhanças em alguns pontos alguns empresários confundem duas
espécies de contratos: Arrendamento Comercial e a Cessão de Exploração, e acabam
assinando sem observar a correta finalidade para cada um dos instrumentos.

O Contrato de Cessão de Exploração é aquele pelo qual se


transfere, a título oneroso (mediante remuneração) e por
determinado prazo (10 anos, por exemplo), o direito exploração
de um estabelecimento comercial equipado com o mobiliário e
demais itens indispensáveis ao seu funcionamento.

Já no Contrato de Arrendamento, o “locador” transfere para o


empresário o direito de gozo de um imóvel por prazo
determinado, em que se coloca à disposição do “locatário” o
gozo e utilização do local para o exercício negócio visado, mas
sem o equipamento necessário para que tal atividade aconteça,
ou seja, somente o imóvel nu. (ASCENÇÃO, José de Oliveira).

Assim, se o imóvel que você pretende negociar já possui todos os equipamentos e


utensílios necessários para exercer a atividade comercial, necessitando somente
incluir a “mercadoria”, o contrato ideal é o de Cessão de Exploração.

Quando não elaborado corretamente, o Contrato de Cessão de Exploração pode ser


prejudicial ao empresário que durante o curso do contrato adquire novos
equipamentos, utensílios e mercadorias, as incluindo como ativo do estabelecimento.

Isso porque, nesse tipo de instrumento, todo o ativo do estabelecimento pertence ao


proprietário, o qual poderá exigir que os itens posteriormente adquiridos com recursos
do empresário fiquem no local, caso o contrato não preveja esse tipo de situação.

Dessa forma, ao analisar a possibilidade de utilizar um estabelecimento comercial por


um determinado período de tempo, é sumário procurar um advogado ou assessor
jurídico, especialista, que entenda qual a melhor maneira de formalizar o negócio,
evitando transtornos e prejuízos futuros, bem como ações anulatórias por vício de
contrato. Desta feita, Alexandre Freitas Câmara, em Lições de Direito Processual
Civil, preceitua:

“A invalidade do negócio jurídico decorre da falta ou imperfeição


de um ou de alguns de seus elementos ou requisitos, sendo, por
isso, necessário primeiro ater-se à estrutura regular, para depois
identificar e classificar as anormalidades,4 que lhe conferem um
aspecto irregular.
O Código Civil de 2002 incorporou a figura do negócio jurídico,
não encontrada no Código de 1916, que se referia a ato jurídico.
Não houve, entretanto, mera substituição de denominação,
embora, tanto o Código anterior, como o atual, traz, na mesma
ordem da Parte Geral, o Livro III, dedicado aos Fatos Jurídicos.
O vigente trata do negócio jurídico (Título I), manda aplicar, no
que couber (art. 1853), aos atos jurídicos lícitos as disposições
que regem os negócios jurídicos (Título II) e inclui os atos ilícitos
(Título III) entre os fatos jurídico, o que é justificado se forem
compreendidos como jurígenos, ou produtores de efeitos
jurídicos5.” (grifo nosso)

2. TRESPASSE

O trespasse definido pela legislação vigente (CC, arts1.142 a 1.149), constitui-se um


contrato de compra e venda de estabelecimento empresarial, através do qual se
transfere todo o seu corpo, os conjuntos de bens e seus anexos organizativos, além
da transferência de sua titularidade.6

Segundo Mendonça (1963) trespasse “é a venda do estabelecimento como entidade


unitária, compreende todos os elementos que o integram principal ou
acessoriamente”.

Mamede (2008) define trespasse como sendo a “transferência onerosa do


estabelecimento empresarial”.

Trespasse, segundo Carvalhosa (2005)

“é o negócio jurídico pelo qual o empresário individual ou coletivo


(trespassante) vende todo o seu estabelecimento a terceiro (trespassário),
que pagará o preço estipulado”. Acrescenta que é um contrato de alienação
intervivos do estabelecimento, tendo por caracteres a tipicidade,
onerosidade, consensualidade, comutatividade, bilateralidade, devendo ser
documentado”. (Grifo nosso).

4
LIMONGI FRANÇA, R. Manual de direito civil, p. 261.
5
BETTI, Emílio. Teoria geral do negócio jurídico, p. 317.
6
MENDONÇA, Carvalho de J. X. Tratado de Direito Comercial Brasileiro
Todavia, para a compreensão desse tipo de contrato, é essencial o entendimento do
conceito de estabelecimento comercial. Esse conceito é apresentado pelo artigo 1.142
do Código Civil, conforme apresentado abaixo:

Art. 1.142. Considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado, para


exercício da empresa, por empresário, ou por sociedade empresária.

Nesse sentido, esse tipo de contrato é responsável por alienar todo o complexo de
bens organizado e essenciais para o funcionamento daquela empresa.

Coelho (2003) esclarece que no trespasse, o estabelecimento empresarial deixa de


integrar o patrimônio de um empresário (alienante) e passa para o do outro
(adquirente), sendo que o objeto da venda é o complexo de bens corpóreos,
envolvidos com a exploração de uma atividade empresarial.

Precauções são fundamentais para a transação, com o intuito de garantir credores,


bem como estar ciente das reais obrigações do alienante e o adquirente,
principalmente no tocante à sucessão, sub-rogação e constituição de relações
jurídicas decorrentes.

2.1 Procedimentos em relação a terceiros

Considerando que o estabelecimento empresarial consiste em garantia dos credores


envolvidos com o empresário por conta do exercício da atividade empresarial,
Inicialmente, há que salientar Diniz (2009) ao prescrever que a negociação do
estabelecimento não poderá causar dano a terceiros, ou seja, aos credores do titular
do estabelecimento.

Por tal razão, o empresário ou sociedade empresária que não possuir bens suficientes
para cobrir seu passivo só poderá alienar, eficazmente, seu estabelecimento se:

a) pagar todos os credores; ou

b) obter o consentimento unânime, expresso ou tácito, de seus credores, dentro do


prazo de 30 (trinta) dias, contado da notificação que lhes fez daquela sua pretensão
(CC, art. 1145).

Essa notificação pessoal (judicial ou extrajudicial) é imprescindível para que os


credores possam se manifestar sobre o trespasse sem que tenha havido pagamento
de seus créditos. Mamede (2008) afirma que a lei aceita o consentimento expresso
ou tácito, pressupondo este em face do silêncio que decorra da notificação do credor
pelo prazo de 30 (trinta) dias.

Os credores podem se opor ao trespasse, casos seus créditos não sejam garantidos
e, caso o empresário não observe o posicionamento destes quanto à proibição da
transação, poderá ser decretada a falência, principalmente se não comprovar que
possuir bens suficientes para pagar o passivo. Além disso, a venda será tida como
ineficaz perante a massa falida, podendo o estabelecimento ser reivindicado, em favor
da coletividade de credores, prejudicando o adquirente (Lei de Falências e
Recuperação de Empresas, arts. 507, VIII, 94, III8, C, e 129, VI9).

Caso o adquirente não prove a solvência do alienante ou anuência dos credores,


poderá perder o estabelecimento. O consentimento do credor, por sua vez, implica em
renúncia à proteção legal de seu crédito, que deixa de vincular-se ao patrimônio
especificado da empresa, mesmo após a sua transferência a outrem; renunciando
portanto, ao direito de requerer constrição do estabelecimento, seja parcial ou total.

Ademais, realizado o trespasse e para que o mesmo acarrete efeitos perante terceiros
(erga omnes) será necessário:

- registro e averbação;

- publicação na imprensa oficial.

A averbação deverá ser procedida junto ao Registro Público das Empresas Mercantis,
a cargo das Juntas Comerciais, ou seja, deverá ser feita a margem da inscrição do
empresário ou sociedade empresarial.

Saliente-se que a ausência de averbação não invalida o negócio ou ato jurídico entre
as pessoas que participaram, mas não produzirá efeitos erga omnes enquanto não for

7
LEI Nº 11.101, DE 9 DE FEVEREIRO DE 2005.Regula a recuperação judicial, a extrajudicial e a falência do
empresário e da sociedade empresária Art. 50. Constituem meios de recuperação judicial, observada a
legislação pertinente a cada caso, dentre outros: VIII – redução salarial, compensação de horários e redução da
jornada, mediante acordo ou convenção coletiva;
8
Art. 94. Será decretada a falência do devedor que:
III – pratica qualquer dos seguintes atos, exceto se fizer parte de plano de recuperação judicial:
c) transfere estabelecimento a terceiro, credor ou não, sem o consentimento de todos os credores e sem ficar
com bens suficientes para solver seu passivo;
9
Art. 129. São ineficazes em relação à massa falida, tenha ou não o contratante conhecimento do estado de
crise econômico-financeira do devedor, seja ou não intenção deste fraudar credores:
VI – a venda ou transferência de estabelecimento feita sem o consentimento expresso ou o pagamento de
todos os credores, a esse tempo existentes, não tendo restado ao devedor bens suficientes para solver o seu
passivo, salvo se, no prazo de 30 (trinta) dias, não houver oposição dos credores, após serem devidamente
notificados, judicialmente ou pelo oficial do registro de títulos e documentos;
procedida a averbação. No caso da recuperação judicial, os credores tomam
conhecimento do trespasse quando da aprovação do plano de recuperação, logo, a
averbação é para cumprir a forma, muito mais do que dar ciência aos mesmos do
trespasse. O prazo de averbação é de 30 (trinta) dias (CC, artigo 1.151,parágrafo 1º10),
sendo que os efeitos da mesma só irão retroagir à data da celebração e produzir
efeitos relativamente aos credores após a publicação do ato na imprensa oficial do
Estado. A publicação é importante, porque é a partir dela que todos os prazos se
iniciam.

A abstenção destes procedimentos poderá facultar aos credores o requerimento de


declaração de ineficácia do negócio, acarretando inúmeros contratempos para o
adquirente.

2.2 Consequências Jurídicas do Trespasse

a) Segundo apontamento de Diniz (2009) o trespasse acarreta consequências


jurídicas, quais sejam:

2.2.1) sucessão do adquirente pelo passivo do alienante: o adquirente será


responsabilizado pelos débitos pendentes anteriores à transferência, somente se
estes estiverem contabilizados em livros próprios na época do trespasse. O alienante,
por sua vez, continuará responsável solidariamente pelas dívidas juntamente com o
adquirente, quanto aos créditos vencidos;

2.2.2) pelo prazo de 01 (um) ano contado da publicação oficial do trespasse na


imprensa oficial, e quanto aos vincendos, por igual prazo, a partir datado vencimento
do título. Quanto às dívidas adquiridas após a publicação, o adquirente será o único
responsável. Esta regra aplica-se as dívidas comuns (CC, art. 1.14611), excetuando-
se as trabalhistas e tributárias, que possuem tratamento diferenciado. As dívidas
comuns são aquelas ligadas aos parceiros comerciais (fornecedores de matéria prima,
de embalagem, campanhas publicitárias) e também as de natureza financeira
(empréstimos bancários, contratos de leasing, financiamento).

10
Art. 1.151. O registro dos atos sujeitos à formalidade exigida no artigo antecedente será requerido pela
pessoa obrigada em lei, e, no caso de omissão ou demora, pelo sócio ou qualquer interessado.
§ 1 o Os documentos necessários ao registro deverão ser apresentados no prazo de trinta dias, contado da
lavratura dos atos respectivos.( LEI Nº 10.406, DE 10 de 10 de janeiro de 2002 Institui o Código Civil)
11
Art. 1.146, CC. O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos débitos anteriores à
transferência, desde que regularmente contabilizados, continuando o devedor primitivo solidariamente
obrigado pelo prazo de um ano, a partir, quanto aos créditos vencidos, da publicação, e, quanto aos outros, da
data do vencimento.
2.2.3) Nas outras hipóteses de sucessão empresarial, a responsabilidade do
adquirente por obrigações do alienante decorre da lei trabalhista e tributária, não se
exigindo nesses casos a regular contabilização da dívida para fins de
responsabilização do adquirente em relação a esses passivos.

2.2.4) Mudanças na propriedade da empresa não afetam os contratos de


trabalho existentes, possibilitando ao empregado duas opções: a de demandar o
antigo proprietário do estabelecimento empresarial em que trabalhava, ou o atual
(CLT, art. 44812).

2.2.5) Em qualquer hipótese, o empresário não poderá opor-se à pretensão do


empregado, com base no contrato de trespasse, já que elas geram efeitos apenas
entre os empresários participantes do negócio. Assim, se o adquirente é
responsabilizado perante o antigo empregado do alienante, e por meio do contrato de
trespasse, não havia expressamente assumido o passivo trabalhista dele, terá direito
de regresso para se ressarcir da quantia que pagou.

2.2.6) No que se refere ao passivo tributário, distinguem-se duas situações: se


o alienante deixa de explorar qualquer atividade econômica; ou se continua a
exploração de alguma atividade (não importando o gênero) nos seis meses seguintes
à alienação.

2.2.7) Neste caso, a previsão legal (CTN, art. 133) é de que a pessoa natural
ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer título, fundo de
comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a
respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome
individual, responde pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido,
devidos até a ata do ato:

I. Integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou


atividade;

II. Subsidiariamente13, com o alienante, se este prosseguir na exploração ou


iniciar dentro de 6 (seis) meses, a contar da data da alienação, nova atividade no
mesmo ou em outro ramo de comércio, indústria ou profissão. Perante o fisco, são

12
Art. 448 - A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de
trabalho dos respectivos empregados. (Consolidação das Leis Trabalhistas)
13
Regra do Direito Civil: “A solidariedade não se presume” (CC, art. 265)
inoponíveis também os termos do contrato de trespasse, que apenas eventualmente
podem fundamentar o direito de regresso.

b) sub-rogação do adquirente: salvo disposição em contrário, o adquirente


automaticamente estará sub-rogado nos contratos de exploração do estabelecimento
(e.g., prestação de serviços, compra e venda de mercadorias, arrendamento de
equipamentos). Não existe a sub-rogação nos contratos personalíssimos, quais sejam
aqueles que tenham sido ajustados tendo por referência a pessoa do trespassante,
por seu caráter pessoal. Também não irá se verificar a sub-rogação nos contratos de
locação, salvo se o locador consentir.

c) rescisão de contratos anteriores à transferência por terceiros: até para os


contratos que não possuam caráter pessoal, faculta o Código Civil a possibilidade de
os terceiros contratantes, alheios ao negócio do trespasse, romperem o contrato que
mantinham com o alienante se houver justa causa para tanto. Esta justa causa não se
refere ao inadimplemento contratual do novo titular (adquirente), mas deve considerar
aquela que, em virtude da transmissão do estabelecimento trouxe para o contraente
alguma espécie de gravame, um desequilíbrio contratual ou uma alteração das bases
do contrato que mantinha o alienante. Entretanto, se o terceiro contratante anuiu à
transferência tácita ou expressamente, não lhe será concedido o direito de invocar a
justa causa pelo fato do trespasse. De qualquer forma, havendo juta causa, esses
terceiros poderão rescindir o contrato dentro do prazo de 90 (noventa) dias, contado
da publicação da transferência, ressalvando-se, porém a responsabilidade do
alienante. Neste caso, se comprovada a culpa do alienante na negociação, o
adquirente tem o direito de intentar ação com ele para haver as perdas que lhe foram
causadas em virtude da rescisão.

A 7ª Turma Civil, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, publicou em


14/06/2023:

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO.


VÍCIOS NÃO CONSTATADOS. PRETENSÃO DE EFEITOS
INFRINGENTES. TEMA DEVIDAMENTE ENFRENTADO. RECURSO
DESPROVIDO. 1. Configura-se omissão quando o tribunal deixa de apreciar
questões relevantes para o julgamento, suscitadas por qualquer das partes
ou examináveis de ofício, ou quando deixa de pronunciar-se acerca de algum
tópico da matéria submetida à sua deliberação, em causa de sua
competência originária, ou obrigatoriamente sujeita ao duplo grau de
jurisdição, ou ainda mediante recurso. Noutras palavras, haverá omissão
caso o órgão julgador não enfrente um ou mais pedidos formulados pelas
partes (BARBOSA MOREIRA, José Carlos. Comentários ao Código de
Processo Civil, Vol. V, 11ª edição, Rio de Janeiro: Forense, 2003, pp. 548-
549). 2. As hipóteses contidas no artigo 1.022 do Código de Processo Civil
possuem acepções específicas, não incidindo na espécie esta regra em razão
de ausência de vício ou erro material. 2.1. Pretensão de efeitos infringentes
em sede de embargos declaratórios que se mostra descabida, porquanto visa
à rediscussão do julgado. Jurisprudência pacífica do Superior Tribunal de
Justiça e desta egrégia Corte. 3. O art. 1.025 do CPC estabelece que
consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o embargante
suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda que os embargos de
declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior
considere existentes erro, omissão, contradição ou obscuridade?. 4.
Embargos de declaração conhecidos, mas não acolhidos.” (TJ-DF
07305032520228070000 1711028, Relator: GISLENE PINHEIRO, Data de
Julgamento: 31/05/2023, 7ª Turma Cível, Data de Publicação: 14/06/2023).

d) cessão de créditos: Em relação aos créditos, eles são transferidos ao


adquirente, produzindo efeitos perante os devedores a partir da publicação do
trespasse no órgão oficial (CC, art.1.149)14, entretanto, o devedor ficará exonerado de
se boa-fé pagar ao cedente a quantia devida.

O Código Civil estabelece a transmissão automática dos créditos no trespasse,


transferindo-se de pleno direito ao empresário adquirente na forma correspondente à
escrituração do empresário alienante, independentemente de qualquer notificação ao
cedido.

Trata-se de regra especial, semelhante à prevista no art. 1.14815 do Código Civil, por
meio da qual são dispensadas as formalidades previstas para a cessão de crédito
comum.

2.3. Não concorrência e não restabelecimento

Ao adquirir um estabelecimento empresarial, o adquirente possui inúmeras


expectativas em relação ao negócio, principalmente nas suas qualidades (clientela e
o aviamento) existentes na época em que o alienante desenvolvia a atividade. Com o
intuito de evitar a frustração destas expectativas, as quais fizeram o adquirente
acreditar nas qualidades do negócio adquirido, a legislação faculta a inserção de
dispositivo que vede ao alienante fazer concorrência com o adquirente, nos 05 (cinco)
anos subsequentes à transferência (CC, art. 1147).

14
Art. 1.149. A cessão dos créditos referentes ao estabelecimento transferido produzirá efeito em relação aos
respectivos devedores, desde o momento da publicação da transferência, mas o devedor ficará exonerado se
de boa-fé pagar ao cedente .
15
Art. 1.148. Salvo disposição em contrário, a transferência importa a sub-rogação do adquirente nos contratos
estipulados para exploração do estabelecimento, se não tiverem caráter pessoal, podendo os terceiros
rescindir o contrato em noventa dias a contar da publicação da transferência, se ocorrer justa causa,
ressalvada, neste caso, a responsabilidade do alienante.
Para Mamede (2008) o Código estabelece como regra geral uma vedação ao
restabelecimento, entendido como o ato do titular do estabelecimento empresarial
atuar no mesmo ramo econômico, com o que passa a concorrer com o adquirente.

Gonçalves Neto (2008) de forma plausível salienta a importância de não confundir


cláusula de não concorrência e cláusula de não restabelecimento, pelo fato de poder
haver concorrência sem restabelecimento (através de outros estabelecimentos do
mesmo alienante), como pode haver restabelecimento sem concorrência (em outro
ramo ou em outro lugar distante da clientela antiga).

Para Mamede (2008), o Código Civil não reflete limitação à liberdade de concorrência,
mas, pelo contrário, implica no dever de concorrência leal. O que se faz é estabelecer
limites precisos à proibição de restabelecimento, para que não haja disputa,
principalmente da clientela antes pertencente ao alienante, que por força do trespasse
poderá se transferir ao adquirente, bem como para evitar o enriquecimento indevido
do alienante que já teria lucrado com a alienação do estabelecimento, logo, não
poderia continuar a lucrar com a mesma clientela.

Os limites para o restabelecimento seriam temporais e territoriais, vedando-se,


portanto, ao alienante restabelecer-se na mesma atividade e praça do
estabelecimento alienado por um período de 05 (cinco) anos, liberando-se, contudo
para outras atividades que não sejam concorrentes do adquirente.

3. DO CONTRATO

O contrato de Trespasse se refere a alienação (compra e venda) de um


estabelecimento comercial, por meio da transferência da titularidade desse
estabelecimento de uma pessoa a outra.

Todavia, para a compreensão desse tipo de contrato, é essencial o entendimento do


conceito de estabelecimento comercial. Esse conceito é apresentado pelo artigo 1.142
do Código Civil, conforme apresentado abaixo:

Art. 1.142. Considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado, para


exercício da empresa, por empresário, ou por sociedade empresária.

Nesse sentido, esse tipo de contrato é responsável por alienar todo o complexo de
bens organizado e essenciais para o funcionamento daquela empresa.
3.1 Das Formalidades do Contrato de Trespasse

Embora seja um contrato de compra e venda, ao alienar um estabelecimento


empresarial lei e a doutrina adota utilização de uma nomenclatura específica para as
partes do negócio jurídico:

Alienante: papel ocupado por quem vende o estabelecimento;

Adquirente: lugar ocupado por quem está comprando o estabelecimento;

Além disso, para que esse contrato seja efetivamente realizado e produza seus
efeitos, é preciso que o alienante e o adquirente atentem aos requisitos trazidos pela
lei, como veremos a seguir.

3.2 Requisitos do Contrato

Esses requisitos para efetividade do contrato de trespasse decorrem da necessidade


do cumprimento da função social de um estabelecimento comercial.

I) Os requisitos são:
a) A realização de um contrato escrito;

b) Registro do Contrato e publicação na Imprensa Oficial:

De acordo com o artigo 1.144 do Código Civil, “o contrato que tenha por
objeto a alienação, o usufruto ou arrendamento do estabelecimento, só
produzirá efeitos quanto a terceiros depois de averbado à margem da inscrição
do empresário, ou da sociedade empresária, no Registro Público de Empresas
Mercantis, e de publicado na imprensa oficial.”

O objetivo desse requisito é trazer validade e publicidade ao ato para que o possível
credor tenha conhecimento acerca da alienação daquele estabelecimento. Importante
ressaltar que, para microempresas e empresas de pequeno porte é dispensada a
publicação na imprensa oficial.

c) A anuência dos credores:

A anuência dos credores poderá ocorrer por meio de uma concordância expressa ou
tácita da realização do contrato.

Nesse caso, deverá ser analisado se o empresário devedor, aquele que vende o
estabelecimento, dispõe de bens o suficiente para garantir o pagamento das dívidas
deixadas no estabelecimento.
3.3 Efeitos do Contrato

A realização do contrato, uma vez respeitados os requisitos apresentados


anteriormente, imputa a imediata transferência do estabelecimento comercial de uma
pessoa (jurídica ou física) a outra.

Nesse sentido, é permitido que o novo proprietário do estabelecimento inicie de


imediato a execução da atividade empresária já realizada.

Já a eficácia mediante terceiros está condicionada ao requisito supracitado nde


registro e publicidade do contrato.

4. CONCLUSÃO

A vontade de ser empresário deve ser gerenciada, principalmente no tocante aos


riscos que todo empreendimento apresenta, em especial nas aquisições de
estabelecimentos empresariais já em atividade.

Responsabilidades são atribuídas aos adquirentes e alienantes, todavia, o adquirente


está mais suscetível a prejuízos após a celebração do negócio.

Portanto, diligenciar junto ao estabelecimento para averiguar a situação da empresa


sob o aspecto econômico, fiscal, contábil, trabalhista, tributário, entre outros, é
fundamental para a formalização do contrato de trespasse.

Observar contas a pagar e direitos dos credores é essencial para evitar transtornos
após a aquisição, bem como para garantir ao adquirente a propriedade sobre o
estabelecimento.

Basilar incluir no trespasse cláusula de não restabelecimento, garantindo


oportunidade ao adquirente para dar novos rumos ao negócio, sem trabalhos que
podem ser causados pelo alienante em face da concorrência desleal. Sob essa égide,
pode-se acrescentar que, mais que uma proibição contratual, o não restabelecimento
pelo alienante deveria emergir de seu comportamento ético, ante a obviedade da
situação.

Ora, se vendeu o estabelecimento e recebeu o preço, por óbvio que não deve
concorrer diretamente com quem adquiriu sob pena de enriquecimento ilícito.
De qualquer forma, o adquirente deve se resguardar em todos os sentidos no contrato
de trespasse e, se for o caso, realizar diligências através de profissionais
especializados, com o intuito de garantir o sucesso em relação aos novos rumos do
negócio adquirido.

5. Referências Bibliográficas

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individual de

responsabilidade limitada. Revista da Ordem dos Advogados Portugueses, n.47,


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