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CADERNO PEDAGÓGICO

DE EDUCAÇÃO FÍSICA
INFANTIL

SEMED TUCURUÍ – PA.


2012
ESTADO DO PARÁ
PREFEITURA MUNICIPAL DE TUCURUÍ
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

CADERNO PEDAGÓGICO DE
EDUCAÇÃO FÍSICA INFANTIL DO
MUNICÍPIO DE TUCURUÍ

PREFEITO MUNICIPAL DE TUCURUÍ

Sancler Antônio Wanderley Ferreira

VICE-PREFEITA MUNICIPAL DE TUCURUÍ

Henilda Dias Miranda Santos

SECRETÁRIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

Marivani Ferreira Pereira

DIRETORA MUNICIPAL DE ENSINO

Maria do Céu Luz Oliveira

COORDENAÇÃO DE EDUCAÇÃO FÍSICA INFANTIL

Ariadine da Silva Menezes

ASSESSORIA DE EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA

Daniela Amóras Dias

Angelluci Santana dos Anjos

SEMED TUCURUÍ – PA.

2012
ESTADO DO PARÁ
PREFEITURA MUNICIPAL DE TUCURUÍ
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

CADERNO PEDAGÓGICO DE
EDUCAÇÃO FÍSICA INFANTIL DO
MUNICÍPIO DE TUCURUÍ

Equipe de Professores de Educação Física do Ensino Infantil

Aline da Silva Pedro Adriana Braz Furtado

Célia do Carmo Soares Elieni Pereira Coelho

Edwany Benmuyal B. de Moraes Jarison Francisco dos Santos

Márcia Alexsandra Araújo Maria de Fátima F. Moreno

Raysen Caroline Costa Caldas Raquel de Almeida Lemos

Rutilena Leite Ribeiro Samara de Farias F. Fernandes

Taniara Rony Batista Almeida Talita Lemos Pinheiro

Vívian F. Rodrigues Albuquerque

SEMED TUCURUÍ – PA.

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UNIDADES MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO INFANTIL

• UMEI Amigos da Mônica


• UMEI Elza Borges Soares
• UMEI Ester Gomes
• UMEI Hilda da Silva Damasceno
• UMEI Irmã Ivone de A. Barros Lima
• UMEI Monteiro Lobato
• UMEI Padre Pedro Hermans
• UMEI Prof.ª Maria de Nazaré S. Oliveira
• UMEI Rachel de Melo Dutra
• UMEI Zolima Tenório dos Santos

SEMED TUCURUÍ – PA
2012

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S umário

APRESENTAÇÃO .............................................................................................. 8

A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA NO ENSINO INFANTIL ................ 9

OBJETIVO DA EDUCAÇÃO FÍSICA NO ENSINO INFANTIL ......................... 10

BENEFÍCIOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA ........................................................... 11

CARACTERÍSTICAS DE MENINOS E MENINAS DE TRÊS A CINCO ANOS 12

FAZES DO DESENVOLVIMENTO MOTOR .................................................... 13

CRITÉRIOS PARA A SELEÇÃO DOS CONTEÚDOS ..................................... 15

CONHECIMENTO SOBRE O CORPO ............................................................. 17

GINÁSTICA ...................................................................................................... 22

ATIVIDADES RÍTMICAS E EXPRESSIVAS .................................................... 29

JOGOS ............................................................................................................. 35

LUTAS .............................................................................................................. 42

FOLCLORE ...................................................................................................... 51

INCLUSÃO ....................................................................................................... 58

PRIMEIROS SOCORROS ................................................................................ 62

AVALIAÇÃO .................................................................................................... 68

FICHA DO TESTE MOTOR E AVALIAÇÃO .................................................... 70

PLANEJAMENTO ............................................................................................ 73

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CADERNO DE ATIVIDADES ........................................................................... 74

BIBLIOGRAFIA ............................................................................................. 125

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C aro Educador

É com grande satisfação que entregamos esse material didático em suas


mãos. Ele é o resultado de um trabalho em conjunto, realizado por uma equipe de
professores de Educação Física que se dedicam à Educação Infantil e estão
empenhados em cumprir sua função social de educar.
Este trabalho foi idealizado em 2007 e reformulado em 2008 e 2012 com
finalidade de contribuir para a melhoria do processo ensino aprendizagem porque
ensinar é importante, mas é preciso fazê-lo mais, melhor e com significado para
que nossas crianças sejam construtoras de uma sociedade melhor.

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APRESENTAÇÃO:

A Educação Física Escolar é o componente curricular da educação básica


caracterizada pelo ensino de conceitos, princípios, valores, atitudes e conhecimentos
sobre o movimento humano na sua complexidade, nas dimensões biodinâmica,
comportamental e sócio-cultural.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) em seu artigo 26,
parágrafo 3º, dispõe que “A Educação Física, integrada à proposta pedagógica da
escola, é componente curricular obrigatório da Educação Básica (Ensino Infantil,
Ensinos Fundamental e médio), ajustando-se às faixas etárias e às condições da
população escolar”.
No Município de Tucuruí as Unidades de Educação Infantil atendem a crianças de
03 a 05 anos de idade onde as mesmas se propõem a realizar um trabalho baseado na
individualidade das crianças em suas faixas etárias e a Educação Física tem por
finalidade introduzir e integrar o aluno na cultura corporal de movimento, formando
cidadão que vai produzi-la, reproduzi-la e transformá-la.

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A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA NO ENSINO INFANTIL


O desenvolvimento de um programa de habilidades motoras específicas que não
vem antecedido de bases sólidas através do desenvolvimento de habilidades motoras
fundamentais pouco contribui para o desenvolvimento da criança, pois ela terá
dificuldade de aprender.
A Educação Física Escolar, dentre suas atribuições, está responsável pelo
desenvolvimento da capacidade motora e esta não pode ser desenvolvida e nem
aprendida se a criança não apresentar um bom desenvolvimento da sua capacidade
cognitiva e afetiva.
O movimento é a primeira forma de comunicação, expressão, intenção,
reivindicação, construção, organização, descoberta e manipulação que a criança
encontra para se interagir e aproximar do mundo dos objetos, coisas e pessoas.
A motricidade deve ser considerada como uma educação básica nas escolas. Ela
condiciona todas as aprendizagens pré-escolares e escolares, estas não podem ser
conduzidas a bom termo se a criança não tiver conseguido tomar consciência de seu
corpo, lateralizar-se, situar-se no espaço, dominar o tempo, coordenar de seus gestos e
movimentos se não tiver adquirido habilidade suficiente para isso.
Atualmente o estudo de desenvolvimento Infantil vem passando por várias
transformações, pois a ênfase em anos passados era dada somente a questões
maturacionais e motoras, e hoje caminham para uma visão mais ampla onde as
relações destas mudanças com o ambiente em que as crianças estão inseridas vêm
requerendo uma atenção especial.

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OBJETIVOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

OBJETIVO GERAL
• Possibilitar atividades corporais que visem promover o desenvolvimento das
qualidades morais, individuais e sociais da criança, através de atividades lúdicas.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Apropriar-se progressivamente da imagem global do seu próprio corpo,
conhecendo e identificando seus segmentos, desenvolvendo o interesse e
cuidado com este;
• Controlar gradualmente o próprio movimento, aperfeiçoando seus recursos de
deslocamento e ajustando suas habilidades motoras para a utilização em jogos,
brincadeiras e demais situações;
• Ampliar as possibilidades expressivas do próprio movimento, utilizando gestos
diversos e o ritmo corporal nas suas brincadeiras, danças, jogos, e demais
situações de interação;
• Explorar diferentes qualidades e dinâmicas do movimento, como força,
velocidade, resistência e flexibilidade, conhecendo gradativamente os limites e as
potencialidades do seu corpo;
• Ampliar suas potencialidades de manuseio, preensão, encaixe e lançamento de
objetos;

• Fazer com que a criança receba, desde a primeira infância atendimento em sua
formação integral, dando continuidade à sua educação familiar, contribuindo
assim para a formação do caráter e personalidade;
• Desenvolver o espírito cooperativo de grupo ajudando a criar a ordem social
plena, fortalecendo as relações humanas;
• Compreender e melhorar os sistemas básicos do movimento corporal para o
desenvolvimento da coordenação, do equilíbrio, da agilidade, do ritmo e da
tomada de consciência do cuidado com seu próprio corpo.

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BENEFÍCIOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA:

BENEFÍCIOS FISIOLÓGICOS

• Aumento da massa muscular;


• Fortalecimento ósseo;
• Fortalecimento do sistema respiratório;
• Fortalecimento do músculo cardíaco;
• Melhor condição psicológica;
• Ajuda a prevenir a obesidade;

BENEFÍCIOS MOTORES:
• Melhoria das capacidades e habilidades físico motoras;
• Soluciona problemas de ordem corporal respeitando seus limites;
• Amplia possibilidades de movimentação com autonomia;
• Adequação de variados gestos motores conforme o ritmo corporal em tarefas
diferenciadas;
• Manipula objetos com segurança;

BENEFÍCIOS SOCIAIS:
• Adoção de atitude de solidariedade e cooperação;
• Melhoria da autoconfiança das capacidades afetivas e éticas;
• Respeito à pluralidade cultural;
• Aprecia a prática de atividades lúdicas;
• Consciência da importância da atividade física para a saúde;

BENEFÍCIOS COGNITIVOS:
• Participa e posiciona-se dentro do grupo;
• Colabora na construção de regras;
• Demonstra espírito de liderança;
• Estimula a autoconfiança para resolver tarefas desafiadoras;

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CARACTERÍSTICAS GERAIS DE MENINOS E MENINAS DE TRÊS A


CINCO ANOS
Os três anos que abrangem este período são importantes para o desenvolvimento
infantil, apesar do ritmo de crescimento ser similar ao da etapa anterior. Até os quatro
anos o sistema muscular é muito proporcional dentro do conjunto do crescimento
corporal.
MATURAÇÃO MOTORA
Aos três anos, até mesmo antes já se pode notar um controle bastante efetivo nas
atividades motoras. O desenvolvimento motor entre as duas idades é analisado através
de diferentes manifestações: flexibilidade muscular, que vai diminuindo à medida que o
crescimento avança, o tônus muscular, base de equilíbrio ou controle postural, a
independência alcançada pelos grupos musculares, coordenação dos movimentos
juntamente com a habilidade sensório-motora, o esquema corporal ou representação
mental do próprio corpo, suas possibilidades de movimento e suas limitações espaciais.
MATURAÇÃO FÍSICA
Nesta fase a criança mede cerca de 95 cm de altura e pesa,em média 14,5 kg.
Aos cinco anos alcança uma estatura de 110 cm e um peso de 19 kg, aproximadamente.
O ritmo de crescimento e o aumento de peso é muito acelerado até os dois anos
de idade, e prossegue de forma gradativa nos anos seguintes, porém num ritmo
gradativo.
Algumas características são marcante no processo de maturidade física, existe
uma desproporcionalidade no crescimento da cabeça e do corpo, resistência aeróbia é a
melhor que se desenvolve em crianças dessa idade, dificilmente conseguem
permanecer imóvel durante dez segundos, porém esse estatismo aumenta com a idade.
MATURAÇÃO PERCEPTIVA
A percepção que o menino ou a menina adquire do seu próprio corpo constitui
seu esquema corporal. Poucas crianças aos três anos sabem identificar a lateralidade
do seu próprio corpo, aos quatro anos somente uma de cada duas crianças adquiriu
esse conhecimento. Quando tem menos de cinco anos, a criança desenha uma figura
humana quase sempre com a parte superior representada com maiores detalhes do que
a parte inferior.

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MATURAÇÃO COGNITIVA
Os meninos e as meninas de três a cinco anos possuem dificuldades de pensar
sob outro ponto de vista que seja o seu. Utilizam com maior intensidade as funções
simbólicas e sua linguagem se desenvolve rapidamente, passam muito tempo em jogos
de imaginação.
MATURAÇÃO PSICOSSOCIAL
Esta etapa se caracteriza pelo início do conceito de si mesmo. As crianças desta
idade em sua maioria tímidas e distraídas começam a interagir com outros e a fazer
amizades, apesar de demonstrarem egocentrismo em seus relacionamentos.
AQUISIÇOES FUNCIONAIS
• Controle automático da postura;
• Dominância lateral (especialização hemisférica);
• Corre, salta com dois e um pés;
• Aparecimento dos sentidos das posições e direções no espaço em relação com o
corpo;
• Aperfeiçoamento da coordenação Global.

FASES DO DESENVOLVIMENTO MOTOR.


Segundo Gallahue e Ozmun (2003) o desenvolvimento motor apresenta quatro
fases:
• Movimentos reflexos: são movimentos involuntários, controlados através do
sistema nervoso central que formam a base para o desenvolvimento motor, os
reflexos são presentes nos primeiros quatro meses de vida.
• Movimento rudimentar: inicia-se desde o nascimento até aproximadamente aos
dois anos de idade, as primeiras manifestações de movimentos voluntários são
rudimentares e englobam movimentos estabilizadores, tarefas manipulativas e os
movimentos locomotores. O nível de desenvolvimento varia de criança para
criança e estão diretamente ligados a fatores ambientais e biológicos. Divide-se
em dois estágios
❖ Estágio de inibição de reflexo
❖ Estágio pré-controle
• Movimentos básicos fundamentais se dividem em três estágios:
❖ Estágio inicial: os movimentos manipulativos, locomotores e estabilizadores

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das crianças de 2 anos estão no estágio inicial, mas existem crianças que
atingem níveis mais elevados de movimentos. Os movimentos são
caracterizados pelo uso exagerado do corpo e coordenação deficiente.
❖ Estágio elementar: há um sinal visível de melhoria na coordenação e no
controle dos movimentos fundamentais. Os movimentos são de certa forma
exagerados, embora mais coordenados e existe sincronização dos elementos
temporais e espaciais do movimento.
❖ Estágio maduro: é caracterizado por desempenho mecânico eficiente,
coordenado e controlado. Estudos sobre o desenvolvimento motor revelam
que entre cinco e seis anos as crianças devem atingir esse estágio.
• Movimentos especializados: nesta fase os movimentos fundamentais são
executados de forma mais complexa e divide-se em:
❖ Estágio transitório: as crianças começam a combinar e colocar em prática as
habilidades motoras fundamentais na execução da recreação e esportes. Este
estágio apresenta crianças com aproximadamente 7 e 8 anos ;
❖ Estágio de aplicação dos movimentos especializados: neste momento as
habilidades mais complexas são refinadas e coladas em prática no esporte
favorito. Este estágio apresenta crianças de 11 e 13 anos;
❖ Estágio de utilização permanente: começa por volta dos 14 anos e continua
até a maturidade, em essência é a progressão máxima de todos os estágios
que o antecedem.

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CRITÉRIOS PARA A SELEÇÃO DOS CONTEÚDOS (segundo os PCN’s )

RELEVÂNCIA SOCIAL – Conteúdos de práticas corporais com presença marcante da


sociedade brasileira, cuja aprendizagem favorece a ampliação das capacidades de
interação sócio-cultural, usufruto das possibilidades de lazer, promoção da saúde
pessoal e coletiva.

CARACTERÍSTICAS DOS ALUNOS – Considerar as diferenças regionais, o nível de


crescimento, desenvolvimento e as possibilidades de aprendizagem dos alunos.

ESPECIFICIDADE DO CONHECIMENTO DA ÁREA – Possibilidades de utilização das


práticas de cultura corporal de movimento de forma diferenciada pelo tratamento
metodológico da área.

A ORGANIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS (segundo os PCN’S)

• CONHECIMENTO SOBRE O CORPO.


• ATIVIDADES RÍTMICAS E EXPRESSIVAS.
• JOGOS, LUTAS e GINÁSTICAS.

Embora no presente documento sejam especificados apenas os conteúdos do


Ensino Fundamental, os mesmos poderão, juntamente com os RCNEI’s (Referencial
Curricular Nacional para a Educação Infantil), nortear os conteúdos da Educação Infantil.
Essa organização, em blocos tem a função de evidenciar quais são os objetos de
ensino e aprendizagem que são priorizados, servindo como subsídio ao trabalho do
professor, que deverá distribuir os conteúdos a serem trabalhados, de maneira
adequada e equilibrada. Assim, não se trata de uma estrutura estática ou inflexível, mas
sim de uma forma de organizar o conjunto de conhecimentos abordados, segundo
diferentes enfoques.

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CONHECIMENTO
SOBRE O CORPO

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CONHECIMENTO SOBRE O CORPO UMEI Irmã Ivone

É a organização das sensações relativas ao


próprio corpo, das posturas e atitudes com os dados
do mundo exterior” (Voyer).
Está relacionado aos conhecimentos e
conquistas individuais que subsidiam as práticas
corporais expressas nos demais conteúdos e dão
recursos para o indivíduo gerenciar sua atividade
corporal de forma autônoma. Para se conhecer o corpo, abordam-se os conhecimentos
anatômicos, fisiológicos, hábitos posturais, hábitos de higiene, hábitos alimentares entre
outros. São tratados de maneira simplificada, abordando-se apenas os conhecimentos
básicos.

ESQUEMA CORPORAL
É a capacidade de reconhecer e nomear as partes do corpo. O domínio do
esquema corporal permite o desenvolvimento de outras funções como a coordenação
viso motora, a orientação espacial, possibilidades de movimento bem como suas
limitações. Alguns aspectos que compõem o esquema corporal:
• Conhecimento do corpo e de suas partes interligadas (segmentação);
• Consciência do corpo enquanto realidade vivenciada (ação);
• Construção de esquemas (experiências sensório-motoras);
• Construção concreta dos limites corporais (o corpo no espaço físico).
A consciência corporal é adquirida através de atividades direcionadas no
reconhecimento e diferenciação das partes do corpo e do controle corporal.

IMAGEM CORPORAL
Imagem corporal é a figuração do próprio corpo formada e estruturada na mente,
ou seja, a maneira pela qual o corpo se apresenta para si próprio. Alguns aspectos
compõem a imagem corporal:
• Percepção e organização do eu individual;
• Percepção da imagem total no espelho;
• Percepção dos limites corporais.
CONHECIMENTOS DE ANATOMIA:

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Referem-se, principalmente à estrutura muscular e óssea e são abordados sob o


enfoque da percepção do próprio corpo, sentindo e compreendendo os ossos e os
músculos envolvidos nos diferentes movimentos e posições, em situações de
relaxamento e tensão.

CONHECIMENTOS DE FISIOLOGIA:
São aqueles básicos para compreender as alterações que ocorrem durante as
atividades físicas (batimentos do coração, queima de calorias e etc.)

HÁBITOS POSTURAIS:
O esqueleto humano tem um formato
esguio que dá a característica de um ser
dinâmico, ágil e de fácil mobilidade. Todas as
estruturas ósseas e musculares se
beneficiam muito com atividade física regular
e adequada. O sedentarismo e o comodismo
do homem moderno tem sido uma grande agressão para essa estrutura humana.
A motricidade depende do amadurecimento da criança e de suas características.
Os exercícios de relaxamento e controle de postura ajudam a melhorar a regulação
tônica, facilitam um maior conhecimento do corpo e das massas musculares e também
permitem obter movimentos eficazes e econômicos.

HÁBITOS DE HIGIENE
Higiene Corporal
É o conjunto de medidas preventivas empregadas com a finalidade de:
• Prevenir doenças, prolongar a vida, e promover a saúde.
A higiene pode ser dividida em:
• Higiene individual ou pessoal;
• Higiene ambiental ou coletiva;
• Higiene mental.
Higiene Individual
Engloba o asseio corporal, vestuário adequado e boa alimentação.
Higiene Corporal
O objetivo do asseio corporal é manter a pele limpa, e em condições de preencher

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as suas várias e importantes funções. Conseguimos isso através do banho e da


higiene oral.
• Banho – deverá ser diário e completo, há certas partes do corpo que requerem,
durante um banho, cuidados especiais, como: couro cabeludo, mãos e pés, olhos,
nariz e ouvidos.
❖ Aspersão – é o mais indicado para o perfeito asseio, além de estimular a
circulação através do choque da água com a pele e ser de pouco custo (10
litros por pessoa).
❖ Imersão – é o menos higiênico e mais custoso (200 litros por pessoa).
Temperatura dos banhos – os banhos podem ser: muito frios, frios, tépidos ou
mornos e quentes.
Os banhos muito frios roubam demasiado calor do corpo. Produzem inicialmente
um sensível abalo sobre o coração, diminui os movimentos respiratórios e alteram o
ritmo circulatório. Esses banhos são desaconselháveis aos idosos, cardíacos, aos
nervosos, aos convalescentes e às crianças de tenra idade.
Os banhos frios e frescos (15º a 25ºC) despertam uma sensação agradável e
exercita favoravelmente a circulação periférica.
Os banhos tépidos ou mornos se empregam como terapêuticos, tendo ação
calmante nos sistema nervoso.
Os banhos quentes e muito quentes (37ºC ou acima) são perigosos, pois elevam
a temperatura do corpo avermelham a pele podem causar queimaduras.
O sabão é uma mistura de sais alcalinos e ácidos graxos que contribui para a
redução das gorduras, neutralizando os ácidos, destruindo certos germes e removendo
as impurezas da pele. Possuem, portanto, uma ação química, anti-séptica decorrente da
sua alcalinidade e uma ação mecânica.
• Higiene do couro cabeludo – A lavagem dos cabelos tem como finalidade:
❖ Estimular a circulação;
❖ Impedir o aparecimento de caspa e piolho;
❖ Conforto e bem estar;
❖ Aparência agradável.
Quando a higiene não é feita convenientemente, a caspa e o sebo adicionados à
poeira acumulada impedem a eliminação natural do suor.
• Higiene Oral

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A função principal dos dentes é a trituração dos alimentos para facilitar a


deglutição. Apesar do seu aspecto, os dentes são estruturas tão vivas como qualquer
outra parte do organismo e por isso deve ser preservado.

CONDUTAS PERCEPTIVO- MOTORAS


ESTRUTURAÇÃO ESPACIAL
Segundo Mattos e Neira (2006), é a tomada de consciência do seu corpo em um
dado ambiente, isto é, do lugar e da orientação que se pode ter em relação às pessoas e
coisas. A estruturação espacial possibilita a criança organizar-se diante do mundo que a
cerca organizando objetos entre si, movimentá-los e colocá-los em um determinado
local. Partindo da orientação do próprio corpo em relação a organização do espaço
geográfico a criança pode tomar consciência do espaço em que vive, perceber o solo
como ponto de apoio, perceber a medida e a forma dos espaços percorridos, adquirir a
noção de direção e localização espacial, observar o tempo de duração e perceber a
direção de um espaço percorrido.

PERCEPÇÃO TEMPORAL
É a compreensão das dimensões de tempo em relação a acontecimentos do
passado, presente e futuro.

ORGANIZAÇÃO TEMPORAL

É a capacidade de avaliar o tempo dentro da ação, organizar-se a partir do


próprio ritmo, situar o presente em relação a um antes e a um depois, é avaliar o
movimento no tempo, distinguir o rápido do lento. E saber situar o momento do tempo
em relação aos outros.

LATERALIDADE

Representa a conscientização integrada e simbólica interiorizada dos dois lados


do corpo, lado esquerdo e lado direito, que estão relacionados com a orientação face
aos objetos. Essa conscientização do corpo pressupõe a noção de direita e esquerda
sendo importante no que se refere à força e à precisão na execução das mais diversas
habilidades, como chutar uma bola utilizar os talheres etc.

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Ginástica

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GINÁSTICA
Ginástica é a arte de exercitar o corpo. Na sociedade brasileira encontramos
diferentes focos na valorização do corpo.
• Corpo máquina: Força de trabalho e sua exercitação ainda por adestramento.
• Corpo atlético: Busca o desempenho e o corpo belo.
• Corpo saudável: busca atividade física como forma compensatória a vida
sedentária.
Todo movimento ginástico, assim como os movimentos característicos dos
esportes, evoluíram dos movimentos naturais do ser humano, ou habilidades específicas
do ser humano que, segundo Pérez Gallardo (1993), “são aquelas que se caracterizam
por estarem presentes em todos os seres humanos, independentes de seu lugar
geográfico e nível sócio-cultural e que servem de base para aquisição de habilidades
culturalmente determinadas..."
Estes movimentos naturais ou habilidades específicas do ser humano, quando
analisados e transformados, visando o aprimoramento da performance do movimento,
entendida aqui de acordo com vários objetivos como: economia de energia, melhoria do
resultado, prevenção de lesões, beleza do movimento entre outros, passam a ser
considerados como movimentos construídos (exercícios) ou habilidades culturalmente
determinadas. Por exemplo, um movimento próprio do homem como o saltar, foi sendo
estudado, transformado e aperfeiçoado através dos tempos, para alcançar os objetivos
de cada um dos esportes onde ele aparece: salto em altura, em distância e triplo no
atletismo, cortada e bloqueio no voleibol, salto sobre o cavalo na Ginástica Artística,
salto “jeté” na Ginástica Rítmica Desportiva entre outros.
Para a melhor compreensão do universo da Ginástica e sua evolução, faz-se
necessário, analisar sua estrutura organizacional em nível mundial. A Federação
Internacional de Ginástica (FIG) é a organização mais antiga e com maior abrangência
internacional na área da Ginástica e está subordinada ao Comitê Olímpico Internacional
(COI), que é responsável pelas modalidades gímnicas que são competidas nos Jogos
Olímpicos. É, portanto a Federação com maior poder e influência na Ginástica mundial.

APARELHOS
Uma das principais características da Ginástica é a possibilidade de utilização de
uma enorme variedade de aparelhos, entre eles os de grande porte como o trampolim
acrobático, a trave de equilíbrio, as rodas ginásticas, as barras paralelas; os aparelhos

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de sobrecarga como os halteres, as bicicletas ergométricas, os aparelhos de


musculação; aparelhos portáteis como a corda, a bola, as maças, até os aparelhos
adaptados ou alternativos provenientes da natureza ou da fabricação humana.
Atualmente existem os mais variados tipos de ginástica: aeróbica, localizada,
musculação, corretiva, alongamento, historiada, escolar, olímpica (ou artística), geral,
ginástica de condicionamento e outras. As vertentes da ginástica estão crescendo cada
dia e este crescimento atende as mais diversas demanda e é claro ao modismo, o que
se deve ter muito cuidado por causa dos estereótipos e a busca incansável pelo corpo
perfeito em detrimento da qualidade de vida.
Vamos conhecer alguns tipos de Ginástica e suas características:

Ginástica Rítmica UMEI Rachel de Melo Dutra

Ramo da ginástica também


conhecida como ginástica cênica,
praticado exclusivamente por mulheres.
Consiste em um conjunto de exercícios
físicos acompanhados por música em
que as ginastas têm de manipular cinco
objetos massa, bola, fita, arco e corda.
A bola é de borracha sintética,
com peso mínimo de 400g e diâmetro
entre 18 e 20 cm. A ginasta não pode
segura-la com o braço, antebraço ou com os dedos, apenas com a palma das mãos. As
maças são de material sintético, com tamanho que varia entre 40 e 50 cm e peso
mínimo de 150g. A parte grossa da maça é chamada de corpo, a fina de pescoço
terminando numa pequena esfera, a cabeça cujo diâmetro máximo é de 3 cm. O arco
pesa 300g e é utilizado em movimentos que envolvem os ombros, o pescoço, pé, o
joelho e a cintura. A corda de cânhamo ou material sintético deve ter comprimento
proporcional ao tamanho da ginasta e deve ter um ou dois nós em cada extremidade.
Deve ser arremessada, balançada, girada e pega aberta ou dobrada. A fita deve estar
sempre aberta e seus movimentos são em espirais, cobras e arremesso.

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Ginástica Escolar UMEI Elza Borges Soares

A ginástica é um dos conteúdos


da Educação Física escolar que
proporciona enormes benefícios físicos
e psicológicos, sociais e afetivos
através de sua prática, por isso é
considerada a atividade corporal mais
completa. A aula de ginástica é
baseada na prática de educativos
progressivos que evoluem de
exercícios fáceis para os mais complexos onde a criança desenvolve uma natural
confiança em suas habilidades permitindo assim aquisição maior da consciência
corporal e um elevado repertório motor.
Partindo deste principio são trabalhadas, no Ensino Infantil, primeiramente as
habilidades motoras de base que posteriormente serão agrupadas e utilizadas em
situações mais complexas. Estas habilidades estão divididas em:
Movimentos fundamentais de locomoção (transporte do corpo)
• Andar e correr;
• Rolar-girar: da volta sobre os eixos do próprio corpo;
• Saltar: desprender-se da ação da gravidade, manter-se no ar e cair sem
machucar-se.
• Trepar: subir em suspensão com ou sem ajuda das pernas, em superfícies
verticais ou inclinadas.
Movimentos fundamentais de manipulação (projeção e recepção):
• Quicar e chutar;
• Arremessar;
Não locomotores ou axiais (posturais e estabilidade):
• Equilibrar: permanecer ou deslocar-se numa superfície limitada, vencendo a ação
da gravidade.
• Balançar para embalar: impulsionar-se e dar ao corpo um movimento de vai e
vem.
A Educação Infantil é caracterizada pelas aprendizagens, concretas, vivenciadas,
tendo como objetivo a identificação da realidade, a ginástica é organizada na vivência
das diferentes possibilidades dos seus fundamentos básicos. Através do aprendizado

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destes fundamentos, a criança desenvolve um aguçado senso de equilíbrio, noção


corporal e coordenação de movimentos, flexibilidade, força, agilidade e velocidade
explorando o espaço concreto e todos os materiais possíveis que possam ser utilizados
nesse conteúdo.
Esta modalidade está norteada nos princípios e finalidades da educação do ser
humano, pois as atitudes são construídas na vivência de emoções e valores como o
respeito, a cooperação, o direito de aprender, tudo isso pautado num fazer ginástico
pensado mediante o diálogo e a participação corporal e verbal dos alunos dando-lhes
direito de interagir neste processo.

Ginástica Para Todos (Ginástica Geral) UMEI Hilda da Silva Damasceno

Santos (2001, p.23), define a


Ginástica Geral (Ginástica Para Todos)
como “[...] um campo abrangente da
Ginástica, valendo-se de vários tipos de
manifestações, tais como danças,
expressões folclóricas e jogos
apresentados através de atividades livres e
criativas sempre fundamentadas em
atividades ginásticas”.
O que a difere das outras modalidades gímnicas, é que a Ginástica Para Todos
não tem caráter competitivo e sim demonstrativo. Podemos dizer que a ginástica é uma
atividade corporal completa, pois contribui para o desenvolvimento humano nos seus
aspectos motor, cognitivo, social e afetivo. Suas capacidades requisitadas são:
flexibilidade, equilíbrio força e agilidade, servem de base para a prática de outros
esportes e atividades. Para que os alunos consigam realizar os movimentos e
expressões referentes à Ginástica Para Todos, que é constituída por tantos elementos
da cultura corporal é necessário que eles aprendam inicialmente as habilidades básicas
do ser humano (andar, correr, pular...), para depois conseguirem realizar movimentos
mais complexos.
Os princípios e valores que podem ser abordados através da Ginástica Para
Todos são:
• Valorização cultural – valorização da cultura de cada região, Valorização do

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indivíduo aproveitando suas vivências anteriores.


• Diversidade – trabalhar com materiais convencionais e não convencionais,
valoriza o aluno individualmente, respeitando suas limitações.
• Regras simples – ausência de competição, liberdade de expressão e opinião, não
existe número de participantes nem distinção de faixa etária.
• Interação social – promove socialização entre os participantes e cooperação.
• Criatividade – não possui elementos obrigatórios, proporciona elaboração de
coreografia, proporciona prazer, alegria, beleza e estética.
O quadro a seguir demonstra resumidamente os tipos de Ginásticas e suas
características:
Habilidades motoras do ser Movimentos fundamentais de locomoção,
humano manipulação e não locomotores.
Elementos constitutivos da Ginástica +
Ginástica combinação entre as habilidades.

Elementos ginásticos (separados e


combinados) + acrobáticos + aparelhos fixos
Ginástica rítmica e artística e Portáteis.

Elementos ginásticos + modalidades


Ginástica geral gímnicas + dança + artes + conteúdos da
(Ginástica Para Todos) cultura corporal.

Fonte: Toledo, 1999, p. 67 (apud Toledo, 2001, p.58)

CONDUTAS MOTORAS DE BASE

COORDENAÇÃO MOTORA GLOBAL

Possibilidade do controle e da organização da musculatura ampla para a


realização de movimentos complexos. Exemplos: correr, saltar, andar, rastejar, etc.

COORDENAÇÃO MOTORA FINA

Capacidade de controlar pequenos músculos para exercícios refinados. Exemplo

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recorte, colagem, encaixe, escrita, etc. A coordenação pode ser dividida em:

• Coordenação óculo-manual;
• Coordenação óculo-pedal.

EQUILÍBRIO
É a capacidade de manter-se sobre uma base reduzida de sustentação do corpo,
através de uma combinação adequada de ações musculares e sob influências de forças
externas. O equilíbrio é a base da capacidade de iniciativa e autonomia da criança, é o
controle postural que garante harmonia e liberação do corpo para os movimentos. O
equilíbrio pode ser:
• Estático – capacidade de manter certa postura sobre uma base de sustentação
parado, sem movimentação.
• Dinâmico – orientação controlada do corpo em situação de deslocamento no
espaço.
• Recuperado – orientação controlada do corpo num momento seguido de
movimentação.

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ATIVIDADES RÍTMICAS
E
EXPRESSIVAS

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ATIVIDADES RITMICAS E EXPRESSIVAS

Os Parâmetros Curriculares Nacionais (Brasil. 1995) consideram as Atividades


Rítmicas manifestações da cultura corporal que têm como característica a expressão e
comunicação de gestos e a presença de música. São conteúdos apropriados para a
aquisição de capacidades motoras, cognitivas e sócio-afetivas. A literatura também
aponta essas atividades que utilizam música e movimento como motivantes, prazerosas
e de grande importância para o desenvolvimento da criança e do adolescente.
Os movimentos expressivos compreendem a comunicação através dos
movimentos corporais desde as expressões faciais, gestuais até as corporais mais
complexas e especializadas em comunicação corporal que se dá através de associação
e combinação de movimentos.
Assim sendo, se o gesto é um código de comunicação ele é logo uma forma de
linguagem.
Segundo os PCN (s) podemos definir cultura como: um conjunto de códigos
simbólicos reconhecíveis pelo grupo, e é somente pela noção da cultura que podemos
pensar a humanidade em suas diversidades.
A Educação Física também pode ser entendida como uma disciplina que trata de
um tipo de conhecimento denominado cultura corporal que tem como tema o jogo, a
ginástica, a dança, os esportes e as lutas. Esses conhecimentos compõem um vasto
patrimônio cultural que deve ser valorizado conhecido e desfrutado. Além disso, os
mesmos contribuem para adoção de uma postura não preconceituosa e discriminatória
diante das manifestações e expressões dos diferentes grupos étnicos e sociais, e as
pessoas que deles fazem parte.
As brincadeiras de roda levam a criança a uma identificação sócio-cultural com
um fortalecimento das relações humanas como amizade, companheirismo, troca de
carinho e afeto, sentimentos que acompanham uma pessoa durante toda a vida.
Com base nos Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Fundamental e
Médio (1997), no referencial bibliográfico de NODA e MELCHERTS (1984), LIM (2002) e
em nossas experiências educacionais, compreende-se que os conteúdos da Atividade
Rítmica para o ensino-aprendizagem do movimento, enquanto atividade física consiste
no seguinte: I Educação dos movimentos naturais com percussão corporal, instrumental
e musical, II Brinquedos cantados ou jogos rítmicos, III Dramatização com canto e
música, IV Dança folclórica, popular, elementar e de salão em ritmos regionais,

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nacionais e internacionais.
São fundamentos que se apresentam intensamente interligados e relacionados,
no entanto, uma análise especifica é fundamental para melhor compreensão das partes
das Atividades Rítmicas como um todo.

RITMO: UMEI Monteiro Lobato

Ritmo que vem do grego Rhytmos,


designa aquilo que flui, que se move,
movimento regulado, movimento ordenado;
facilita a aprendizagem motora e como
conseqüência:

• Facilita e permite a vivência total do


movimento;
• Permite melhorar o domínio do movimento;
• Produz prazer e motivação;
• Reforça a memória;
• Facilita a liberdade de movimentos;
• Facilita a expressão total e autêntica;
• E um fator que disciplina, cria hábitos e atitudes;
• Aperfeiçoa a coordenação, equilíbrio e agilidade;
• Integra os participantes;
• Permite igualar de forma coletiva um movimento.

O ritmo pode ser medido e avaliado:


• Quanto a sua intensidade
❖ Forte ou fraco.
• Quanto à duração
❖ Lento, moderado ou rápido.
• Quanto à métrica
❖ Compasso musical

É a pulsação rítmica da música que se repete regularmente, dividindo-a em partes

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iguais, podendo ser em seqüências de 2, 3 4 ou mais tempos.

• Dois tempos = Compasso Binário =Um tempo forte e um fraco = UM, dois /
Marcha.
• Três tempos = Compasso Ternário = Um tempo forte e dois fracos = UM, dois,
três / Valsa.
• Quatro Tempos= Compasso Quaternário = UM tempo forte e três fracos UM, dois,
três, quatro/Rock/Dance.

PULSO
A marcação do pulso de uma música surge naturalmente. É comum ver pessoas
movimentando a cabeça, o corpo e a ponta dos pés, ao ouvir uma música que lhes
agrade. Pulso tem regularidade e constância das batidas e possibilidade de variação de
velocidade dessas batidas. A melhor explicação para o pulso musical “É aquilo que na
música da vontade de acompanhar com os pés”.

DANÇA

A Dança é a arte de mexer o corpo expressando todas as emoções, através de


uma cadência de movimentos e ritmos, criando uma harmonia própria.

Não é somente através do som de uma música que se pode dançar, pois os
movimentos podem acontecer independentes do som que se ouve, e até mesmo sem
ele.

ESTILOS DE DANÇAS
• Danças folclóricas ou regionais;
• Moderno;
• Contemporâneo;
• Dança de salão;
• Clássico e neoclássico;
• Jazz;
• Dança de rua;
• Circular;
• Gospel.

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A DANÇA NO CONTEXTO ESCOLAR UMEI Rachel de Melo Dutra

No âmbito educacional a dança tem


sua aplicação pedagógica voltada para o
desenvolvimento integral do aluno como
qualquer outro conteúdo. Segundo
Robinson (apud BERTONI, 1992) a dança
é uma potencia altamente significativa,
uma linguagem simbólica que utiliza, em
termos de movimento, espaço e tempo,
faculdades cognitivas, físicas e afetivas,
além de contribuir para desenvolvimentos das funções intelectuais atenção, curiosidade,
observação, criatividade e exploração.
Através da dança a criança demonstra concentração quando trabalha sozinha e
colaboração afetiva quando trabalha em grupo, pois aprende a se movimentar
livremente, a pensar, a sentir e a se relacionar, a se vê em condições de estabelecer
com o mundo uma relação de igualdade. Não se pode esquecer de levar em
consideração os valores e vivências corporais que a criança traz consigo, pois o corpo
revela a relação do indivíduo com o seu meio, possuindo um repertório gestual que
representa seu elo social, desta forma os conteúdos trabalhados se tornam mais
significativos à formação de cidadãos mais participativos e conscientes.
A dança pode ser vista como uma das melhores formas da criança se expressar,
pois por meio das posturas e gestos que a mesma expressa ao dançar traz a gênese da
linguagem, na qual seu corpo diz o que ela sente através da comunicação não verbal e
são explorados aspectos da expressão corporal em consonância com o lúdico, que
procura estimular momentos em que o corpo se solta para a fantasia, onde as situações
imaginárias se sobrepõem à realidade dando espaço à criatividade e liberdade de
movimento.
Segundo Rengel e Mommenshon (1992), tanto a dança quanto a ginástica são
meios ilimitados de aprendizagem, no entanto o educador deve se atentar para não
reforçar modismos propagados pelos meios de comunicação e sim contribuir para
reflexão do aluno sobre as diversidades culturais, questionando valores
preestabelecidos, conhecer a si mesmo, aos outros e suas limitações, o modo como
podem explorar o corpo e expressar sentimentos.
Sem dúvida a dança é uma das maiores impulsionadoras da manifestação e

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expressão do movimento humano.

ESTRUTURAÇÃO COREOGRÁFICA

UMEI Ester Gomes

• Planos de execução do movimento.


❖ Plano Sagital: Movimentos realizados para frente e para trás (Antero-
posterior).
❖ Plano Frontal: movimentos realizados para direita e para esquerda (latero-
lateral).
❖ Plano Horizontal: movimentos executados em torno do eixo longitudinal, que
também podem ser executados em três níveis: alto, médio e baixo.
• Níveis de execução do movimento.
❖ Nível alto: saltos, posição de pé.
❖ Nível médio: posição sentada e de joelhos.
❖ Nível baixo: posição deitada (decúbito ventral, dorsal e lateral).
• Direções do movimento.
❖ Frente;
❖ Laterais;
❖ Atrás;
❖ Diagonais.

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JOGOS

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JOGOS UMEI Irmã Ivone

O jogo corresponde a um impulso natural da criança,


e neste sentido, satisfaz uma necessidade interior, pois o ser
humano apresenta uma tendência lúdica. O jogo também
integra as várias dimensões da personalidade afetiva,
motora e cognitiva, pois o ser que brinca e joga é também
um ser que age, pensa, aprende e se desenvolve.
O jogo supõe relação social e interação, por isso a
participação em jogos contribui para a formação de atitudes
sociais como: respeito mútuo, solidariedade, cooperação,
obediência as regras, senso de responsabilidade, iniciativa pessoal e grupal. É jogando
que a criança aprende o valor do grupo como força integradora e o sentido da
competição salutar e da colaboração consciente e espontânea.
Segundo HUIZINGA, jogo é uma atividade desligada de todo e qualquer interesse
material praticado dentro de limites espaciais e temporais próprios, segundo certas
ordens e regras promovendo a formação de grupos sociais.

OBJETIVOS DOS JOGOS:


• Estabelecer relações equilibradas e construtivas com os outros, reconhecendo e
respeitando suas características, adotando atitudes de respeito mútuo;
• Proporcionar a representação simbólica através de atividades de imitação e
imaginação, desenvolvendo assim a imagem mental e a linguagem corporal;
• Conhecer e respeitar regras previamente estabelecidas, que norteiam a
cooperação e a competição entre os participantes;
• Desenvolver experiências integradoras entre os aspectos motores, cognitivos,
afetivos e sociais.

FUNÇÃO DOS JOGOS


Conforme Kishmoto (2001), o jogo possui duas funções gerais essenciais:
• Função lúdica: o jogo propicia a diversão, o prazer.
• Função educativa: O jogo ensina coisas que complete o indivíduo em seu saber,
seus conhecimentos e seu posicionamento com o mundo.
Além das funções, o jogo permite à criança adquirir:

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• Valor experimental: exploração e manipulação;


• O valor da estruturação: construção da personalidade infantil;
• O valor da relação: a criança em contato com seus colegas, com adultos, com
objetos e com o ambiente em geral desenvolve a relação social,
• O valor lúdico: possuem qualidades que estimulam a ação lúdica.

CLASSIFICAÇÕES DOS JOGOS:


• JOGOS MOTORES: são jogos que deixam manifestar as habilidades motoras:
força velocidade, agilidade e outros. Exemplo: queimada, bandeirinha etc.

• JOGOS SENSORIAIS: são jogos que utilizam os sentidos: tato, audição, visão,
gustação e olfato como elemento recreatório.
❖ Visão – Por meio da estimulação visual a criança vai conhecendo o mundo
dos objetos e das pessoas. A visão participa na organização funcional de
aprendizagem postural, lateralização, direcionalidade, conhecimento de si
mesmo e representação mental.
❖ Audição – é por meio dela que se recebe uma gama infinita de sons o que é
determinante para o reconhecimento do mundo.
❖ Tato – Se constitui num importante meio de comunicação, uma vez que se
encontra em toda a pele, temperatura, pressão, dor, entre outros, são
processados por sensores táteis levando a criança a discriminação e a
percepção dos estímulos.
❖ Olfato – é um importante meio de comunicação associadas a situações de
prazer e desprazer.
❖ Paladar – é o sentido que permite reconhecer os gostos de substâncias
(amargo, doce, salgado e azedo) colocadas sobre a língua.

• JOGOS SIMBÓLICOS (IMITATIVOS): são jogos que tem como função assimilar a
realidade através da representação. O jogo simbólico é considerado um
importante instrumento para exercício de das representações, pois, ao mesmo
tempo em que a criança lança mão do imaginário, da fantasia, ela se mantém
presa a realidade. Nos jogos simbólicos algumas características são observáveis
como:

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❖ As crianças elaboram suas próprias regras;


❖ A imaginação e a fantasia permeiam todas as ações;
❖ A substituição de objetos e pessoas reais por imaginários;
❖ O objetivo é puramente lúdico;
❖ A experimentação da realidade próxima, com representação de pessoas e
objetos que fazem parte do convívio da criança;
❖ A presença da linguagem verbal e não-verbal conduzindo o pensamento e
as ações.
❖ Tendência imitativa, buscando conexão com a realidade.

• JOGOS POPULARES: são jogos filiados ao folclore, incorporam a mentalidade


popular, expressando-se, sobretudo pela oralidade. A passagem desses jogos
acontece de geração a geração criando uma espécie de cristalização, pois na
essência são sobrevivências de formas de jogos de épocas passadas esquecidas
pelos adultos e recuperadas pelas crianças.
Classificação dos jogos populares segundo Veríssimo de Melo:
❖ Jogos gráficos: que se distingue pela presença de um desenho ou gráfico
sobre o qual a atividade se realiza. Exemplo: forca, jogo da velha, amarelinha
etc.
❖ Jogos de competição: caracteriza-se pela competição visando mostrar força,
destreza, agilidade, velocidade. Exemplo: cabo de guerra, garrafão, cuzcuz
etc.
❖ Jogos de sorte ou de salão: está associada a elementos tais como sorte,
inteligência, humor etc. Exemplo: berlinda, jogo de mímica;
❖ Jogos com música ou cantigas de roda: normalmente utilizado em círculos e
de mãos dadas seguem determinadas cantigas seguidas de gestos
específicos para determinados momentos da canção. Exemplo: atirei o pau no
gato etc.
Fórmulas de escolha ou seleção:
Preliminares de todos os jogos são usados para selecionar dirigentes e
participantes. Exemplos: par ou ímpar, zerinho ou um, cara ou coroa etc.

• INTELECTUAIS: são jogos que envolvem capacidades cognitivas, como atenção,


concentração, raciocínio lógico. Exemplo: quebra-cabeça, dama etc.

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• JOGOS COOPERATIVOS: Segundo Brotto (1999) a cooperação é um processo


de integração social, em que os objetivos são comuns, as ações são
compartilhadas e os benefícios são distribuídos para todos. Esses jogos têm
como objetivo trabalhar colaboração, paciência, persistência criatividade, auto-
estima e autoconfiança do educando.
Princípios fundamentais dos jogos cooperativos:
❖ Inclusão – almeja trabalhar no sentido de procurar ampliar a participação e
integração das pessoas no processo;
❖ Coletividade – a experiência cooperativa diz respeito a conquistas e ganhos
que somente se realizam em grupo;
❖ Igualdade de direitos e deveres – assegura a participação e a responsabilidade
de todos pela decisão e gestão bem como a justa repartição dos benefícios
promovidos pela cooperação;
❖ Desenvolvimento humano – o aprimoramento do ser humano enquanto sujeito
social;
❖ Processualidade – privilegia o processo, significando que o trajeto traçado
depende do processo anterior.

• JOGOS COMPETITIVOS: Segundo Brotto (1999), é um processo de integração


social, em que os objetivos são mutuamente exclusivos são jogos que devem ter
como tônica o desejo do jogador de superar a si próprio empenhando-se para
aperfeiçoar cada vez mais suas habilidades e destrezas.
Por meio dos jogos, a Educação Física pode ensinar muito mais do que
gestos, técnicas, táticas e outras habilidades específicas. Em nossos dias, deve
promover e aperfeiçoar as "habilidades humanas essenciais" (BROTTO, 1999).

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JOGOS ESTUDANTIS TUCURUIENSES – JET’s


Abertura dos Jogos no Pólo Atividades dos Jogos

No contexto dos jogos no município de Tucuruí existe há 15 anos os JET’s (Jogos


Estudantis Tucuruienses), que envolviam os níveis Fundamentais I, II e Ensino Médio.
No ano de 2005, com a Educação Física incluída no ensino infantil, foi possível realizar a
primeira edição dos jogos de forma interna e cada Unidade organizou as atividades
desenvolvidas pelas crianças. Em 2006 os jogos foram realizados em pólos e recebeu o
nome de FALUMEI (Festival de Atividades Lúdicas das Unidades Municipais de
Tucuruí), já em 2007 foi incorporado ao JET’s e passou a participar junto com os outros
níveis de ensino da abertura oficial e das premiações.
Em 2009 foi realizado um concurso para a escolha de um novo logotipo que
representasse a identidade dos participantes dos Jogos Estudantis Tucuruienses. Os
alunos das escolas da rede municipal sugeriram logotipos que foram escolhidos um do
Infantil, um do Fundamental I e outro do fundamental II que posteriormente foram unidos
formando o novo logotipo dos JET’s. O desenho escolhido do Ensino Infantil foi do aluno
João Pedro Santos de Souza do jardim II da UMEI Padre Pedro Hermans.

Logotipo do Ensino Infantil Logotipo do JET’s.

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Os jogos acontecem nas UMEI’s Pólos no período da manhã durante três dias, um
dia para cada nível (maternal, jardim e jardim II) e foram estruturadas da seguinte
forma:
✓ UMEI Pólo Rachel de Melo Dutra recebe as UMEI’s Padre Pedro Hermans e
Irmã Ivone de A. Barros;
✓ UMEI Pólo Hilda a Silva Damasceno recebe a UMEI Amigos da Mônica e a
EMEIF Zolima Tenório dos Santos;
✓ UMEI Pólo Nazaré de Oliveira recebe as UMEI’s Ester Gomes e Elza Borges
Soares;
✓ UMEI Pólo Monteiro Lobato e as Escolas particulares Ursinhos Carinhosos e
Pinguinho de Gente.
Os Jogos despertam tanto nas crianças quanto na equipe escolar um grande
interesse e entusiasmo em participar a cada ano.
Os JET’s do Ensino Infantil são diferentes, pois não estimula a competição
acirrada, pelo contrário, sua proposta pedagógica prima a participação, conceitos
afetivos como o respeito mútuo, sejam eles alunos ou professores, conceitos sociais
como respeito às regras do jogo, e além do incentivo a prática de atividades físicas. E
como incentivo todas as crianças participantes recebem medalhas como premiação pela
sua participação.
As atividades são dirigidas e selecionadas pelas professoras de Educação Física
conforme o nível de ensino das crianças, maternal, jardim I e jardim II, respeitando seu
desenvolvimento.

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LUTAS

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LUTAS

O ser humano desde sua gênese luta por sua sobrevivência, de certo que na
atualidade a sobrevivência deixou de ser um aspecto da irracionalidade para ser um
instrumento social, histórico e cultural. Como complementa Daolio (2004) Como
estudioso da cultura, considerando a Educação Física como disciplina escolar e a escola
como espaço e tempo de desenvolver a cultura, entendo como tarefa precípua da área
garantir ao aluno a apreensão de conteúdos culturais, no caso, relacionados à dimensão
corporal: jogo, ginástica, esporte, dança e luta.
Com isso, acreditamos ser de fundamental importância diferenciar lutas de artes
marciais. Verificamos que há grande confusão no nosso meio quanto a essa diferença.
Mesmo professores com alguma experiência, cometem o engano de achar que luta e
arte marcial são a mesma coisa. Na nossa concepção é grande a diferença entre
ambas.
Partimos do princípio que toda arte marcial é uma luta, mas nem toda luta é uma
arte marcial. O termo arte marcial se refere a técnicas de combate ligadas à guerra. O
termo marcial vem do deus Marte, deus da guerra para os romanos.
As artes marciais mais conhecidas tanto no Brasil como no mundo são o Judô, o
Karatê, o Taekondô, o Kung-fú, e o Jiu-jitsu, dentre outras. A Capoeira tem diversas
interpretações. Pode ser vista como dança, folclore, jogo, mas sem dúvida sua maior e
mais expressiva representação é a de luta, que no período da escravidão estava
fundamentada com o objetivo de guerrear, portanto, era marcial. Seus movimentos são
tipicamente de ataque e defesa.
A grande diferença entre as lutas na escola para as artes marciais seria que não
existem técnicas pré-estabelecidas. Conforme o aluno vai lutando vai desenvolvendo
sua própria técnica. Para atingirmos o objetivo de tornar a criança um ser ativo,
descobrindo suas próprias técnicas, se faz necessário a estimulação das lutas escolares
de caráter lúdico.
Mais uma característica que difere as duas práticas, é que nas atividades
escolares os golpes de percussão devem ser abolidos. Entende-se como golpes de
percussão os movimentos de impacto como os socos e pontapés, por exemplo, nestes
termos o Karatê pode ser perigoso nesta fase escolar (Ensino Infantil).
Outra grande diferença entre as lutas escolares e as artes marciais é que o
resultado do combate não tem grande relevância; a competitividade não deve ter maior

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importância do que às vivências corporais.


O importante é mostrar que os professores devem “abrir espaço” para que os
alunos troquem suas experiências e que percebam que uns podem contribuir para a
construção do conhecimento do outro.
O educador que trabalha com atividades físicas escolares deve valorizar o
conhecimento, a bagagem cultural que os alunos já trazem de suas vidas extra-
escolares, mas deve também interferir no processo, como por exemplo: na forma de
escolher equipes, em buscar a motivação, em fazer cumprir as regras, sejam
estabelecidas pelo professor ou pelo aluno, de forma que a ordem a disciplina e o limite,
valores promovidos pelas lutas marciais, que devem ser determinados para as lutas de
caráter lúdico, bem como, para qualquer outra atividade. Como complementa Ferreira
(2006) o ato de lutar deve ser incluído dentro do contexto histórico-sócio-cultural do
homem, já que o ser humano luta, desde a pré-história, pela sua sobrevivência.

IMPORTÂNCIA DAS LUTAS NA ESCOLA

A escola como instituição promotora de vivências que proporcionam


aprendizagens tem como objetivo analisar e avaliar conteúdos que favoreçam atingir tal
meta. O ensino infantil, ainda buscando espaço no meio escolar, dado a sua recente
inclusão na regulamentação do Ministério da Educação, necessita efetivar seus
conteúdos com uma prática pedagógica e metodológica eficiente.
Dessa forma, Ferreira (2006), Lembra que as lutas fazem parte do bloco de
conteúdos dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s) Educação Física no que se
refere ao contexto das lutas na Educação Física escolar, e, portanto, merece total
atenção por parte desse profissional.
As lutas são disputas em que os oponentes devem ser subjugados, mediante
técnicas e estratégias de desequilíbrio, força, imobilização ou exclusão de um
determinado espaço na combinação de ações de ataque e defesa.
Por isso, caracterizam-se por uma regulamentação específica, a fim de punir
atitudes de violência e de deslealdade. Podem ser citado como exemplo de lutas desde
as brincadeiras de cabo de guerra e braço- de- ferro até as práticas mais complexas da
capoeira, do judô e do Karatê (Brasil, 1998).
As lutas sempre se mostraram muito ricas e competentes em alcançar alguns
objetivos da Educação Física na escola, como abordar todos os aspectos da
motricidade, além das relações corporais, pelo intenso contato físico, a elaboração de

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estratégias e a intensa troca social entre os alunos.


Como afirma Daolio (2004) O profissional de Educação Física não atua sobre o
corpo ou com o movimento em si, não trabalha com o esporte em si, não lida com a
ginástica em si. Ele trata do ser humano nas suas manifestações culturais relacionadas
ao corpo e ao movimento humano, historicamente, definidas como jogo, esporte, dança,
luta e ginástica. Contudo, as lutas justificam sua importância no ambiente escolar, pois
abordam a aprendizagem infantil de forma a englobar diversos conhecimentos, e não
somente os motores.
As lutas abordadas nas Unidades de Educação Infantil são o Judô e a capoeira.

HISTÓRICO DO JUDÔ
Arte marcial de origem oriental que significa: JU= suave, DÔ= caminho judô
“caminho da suavidade”.
No ano de 1882 que o Dr. Jigoro Kano, grande estudioso e conhecedor das artes
marciais, sintetiza ensinamentos de diversas escolas, criando um método próprio de
educação do físico e da mente e funda sua própria escola, a Kodokan, primeiro instituto
de divulgação do judô no mundo. Essa síntese é produto da seleção das melhores
técnicas do jiu-jitsu e dos golpes mais eficazes e racionais. Foram aperfeiçoadas as
maneiras de cair e criados os princípios das quedas amortecidas (ukemis). Também foi
criada uma vestimenta especial, o judogui, além de uma dedicação especial aos
métodos de projeção. Para a prática do judô, é necessário um ambiente chamado
DOJÔ, lugar onde é efetuado o treinamento, revestidos por tatames.
De acordo com Jigoro Kano, o Judô é o caminho para a utilização eficaz das
forças físicas e espirituais. Treinando os ataques e defesas, o corpo e a alma se tornam
apurados e a essência do Judô torna-se parte do próprio ser. Desse modo o ser
aperfeiçoa a si próprio e contribui com alguma coisa para valorizar o mundo.
Criador do Judô “Jigoro Kano”

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PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS DO JUDÔ


• Princípio da máxima eficácia do corpo e do espírito - Diz respeito ao emprego
mais completo e racional do corpo e do espírito;
• Princípio da solidariedade - Sentencia que a prática do judô só pode ser orientada
para o aprimoramento do indivíduo, para o seu próprio bem em benefício da
sociedade;
• Princípio da doçura ou da não resistência - No entender do idealizador do Judô,
deveria elevar-se ao plano intelectual.
Segundo Jigoro Kano, aquele que domina esses três princípios triunfará tanto no
esporte quanto na vida cotidiana.

VESTIMENTA USADA NO JUDÔ:


A vestimenta usada no judô é chamada de JUDOGUI que consiste numa
vestimenta ampla, branca, composta de duas peças: o blusão “WAGUI” e as Calças
“ZUBON”. Em torno da cintura o judoca usa a faixa “OBI” amarrada com um nó direto,
que representa seu nível de aprendizado.
O kimono (judogui) representa a mente, por isso deve se branco, imaculado; a
faixa corresponde ao caráter, formação, ela nos envolve com responsabilidade; o nó é a
fé, respeito e compromisso.

WAGUI

OBI

ZUBON

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O JUDÔ NA ESCOLA UMEI Rachel de Melo

O judô como conteúdo da Educação


Física escolar proporciona aos alunos um
conhecimento amplo que não se restringe
somente ao motor, mas abrange os aspectos
afetivo, cognitivo e social. Pela sua riqueza o
judô, na Educação Infantil, é abordado de
forma simbólica, isto é, através de atividades
lúdicas que exploram tanto o movimento como
a cultura e a filosofia desta arte que transmite valores como disciplina, respeito,
humildade.
Durante o desenvolvimento do conteúdo a criança estará sendo estimulada a
trabalhar três aspectos muito importantes visando sua formação global:
• Motores: assegurar um bom desenvolvimento da postura e base, orientação
espaço temporal, controle do equilíbrio, lateralidade, coordenação dos
movimentos empurrar, levar, tocar, arrastar, levantar, rolar, cair;
• Cognitivos: elaborar estratégias, construir e apropriar-se das regras de
funcionamento, avaliar, decidir, observar, reconhecer, comparar;
• Sócio-afetivo: dominar as suas emoções, canalizar a sua agressividade,
respeitar as regras, aceitar a derrota, respeitar o outro.

O grande objetivo deste conteúdo é proporcionar a vivência da corporeidade, do


autoconhecimento ensinando e desenvolvendo valores para a construção de uma
sociedade justa e igualitária.

HISTÓRICO DA CAPOEIRA
A história da capoeira começa no século XVI, na época em que o Brasil era
colônia de Portugal. A mão-de-obra escrava africana foi muito utilizada no Brasil,
principalmente nos engenhos (fazendas produtoras de açúcar) do nordeste brasileiro.
Muitos destes escravos vinham da região de Angola, também colônia portuguesa. Os
angolanos, na África faziam muitas danças ao som de músicas.
Ao chegarem ao Brasil, os africanos perceberam a necessidade de desenvolver
formas de proteção contra a violência e repressão dos colonizadores brasileiros. Eram
constantemente alvos de práticas violentas e castigos dos senhores de engenho.

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Quando fugiam das fazendas, eram perseguidos pelos capitães-do-mato, que tinham
uma maneira de captura muito violenta.
Os senhores de engenho proibiam a prática de qualquer tipo de luta, logo os
africanos utilizavam os ritmos e os movimentos de suas danças adaptando a um tipo de
movimento. Surgia a capoeira uma luta disfarçada de dança. A prática da capoeira
acontecia em terreiros próximos às sezalas e muitas vezes ocorriam em áreas com
matos pequenos chamados capoeira. Devido ao nome do lugar se deu o nome da luta.

ESTILOS DA CAPOEIRA
A capoeira possui três estilos que se diferenciam no movimento e no ritmo
musical de acompanhamento esses estilos são:
• Capoeira Angola - é o estilo mais antigo criado na época da escravidão. É
marcada por ritmo musical lento, golpes jogados mais baixo, próximo ao solo e
muita ginga;
• Regional – caracteriza-se pela mistura da ginga da acapoeira da Angola com
movimentos mais rápidos e secos conduzidos ao som do beribal, sem a utilização
de acrobacias;
• Comtemporânea – une um pouco dos dois primeiros estilos é o mais usado na
atualidade.

Numa roda de capoeira é possível identificar alguns instrumentos musicais utilizados


como:

Alguns movimentos da capoeira que são mais usados na educação infantil


• Ginga, benção, cocorinha, meia lua de frente, ponte, aú e etc.

MESTRE BIMBA
Mestre bimba foi o criador da capoeira regional e do batizado de capoeira um

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ritual onde aluno iniciado na capoeira recebe um apelido e sua primeira graduação.
A graduação é usada para distinguir várias fases do aprendizado do aluno, sendo
que cada associação ou grupo adota critérios e as cores que mais lhes convierem
seguido suas preferências em fitas, cordéis, faixas, cordas ou lenços de seda em
conformidade com as cores da bandeira do Brasil, das religiões Afros e dos elementos
da natureza.

A CAPOEIRA NA ESCOLA

UMEI Hilda Damasceno


O movimento tem papel de grande relevância no desenvolvimento das crianças
sendo fundamental na construção da cultura corporal humana. A capoeira, em sua
essência, é uma atividade eminentemente prática com movimentos corporais
característicos. Através da atividade com a capoeira a criança poderá facilmente
familiarizar-se com a imagem do próprio corpo, pois os exercícios envolvem todas as

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partes do corpo, inclusive contando com a aquisição de gestos que são associados a
uma cadência rítmica em dinâmicas que fortalecem a integração dos envolvidos,
ajudando no amadurecimento das noções tempo-espaço, além de desenvolver, cada
vez mais, uma atitude de interesse e cuidado com o próprio corpo.
A capoeira trabalhada na escola é simbólica, isto é, não é a capoeira em si, são
atividades lúdicas que exploram alguns movimentos e a abordagem de aspectos sociais
como o respeito, pois ao entrar na roda de capoeira os participantes realizam um
cumprimento, além do aspecto social importante que envolve a história dessa luta.

JOGOS DE OPOSIÇÃO UMEI Amigos da Mônica

Assim como as lutas, os jogos de


oposição são disputas em que os oponentes
devem ser subjugados, mediante técnicas e
estratégias de desequilíbrio, força etc. Vários
aspectos importantes também podem ser
trabalhados nos jogos de oposição tanto
relacionados com o sócio afetivo, como os
motores.

Os jogos de oposição podem ser classificados em três grupos:


• Jogos que aproximam os combatentes: Estes jogos são procedentes dos
esportes de combate que mantém contato direto (corpo a corpo), os quais
consistem em tirar, empurrar, desequilibrar, projetar e imobilizar. Entre estes
Jogos de Oposição podemos citar a briga de galo e o mini-sumô;
• Jogos que utilizam um instrumento mediador: cabo de guerra e esgrima
adaptada.

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FOLCLORE

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FOLCLORE
A palavra folclore significa “saber vulgar” é uma coleta de saberes populares com
intenção de salvar nossa cultura popular, nossas lendas, tradições e costumes antigos.
Possuímos um grande acervo de tradições populares que devem ser exploradas e
divulgadas.
Podemos dizer que o folclore se caracteriza pelo tradicional e pelos contos
anônimos e populares feitos pela transmissão direta de pessoa para pessoa sem
sabermos ao certo sua origem. O folclore não é parte do nosso passado ele é parte
integrante do nosso processo dinâmico cultural.
O folclore é feito pelo povo e só continuará vivo se o povo se tornar uma fonte
vivificante de sua arte, um instrumento de divulgação, de resgate e conservação. O
folclore é a manifestação da cultura corporal diretamente envolvido com as intenções de
expressão e comunicação do corpo com o próprio corpo e com o corpo do outro.
Somos um país rico em manifestações como o frevo, carimbó, samba, xote e
muitos outros estilos musicais além dos contos e lendas que aguçam nossa imaginação.
É por estas coisas que o resgate da nossa cultura se faz importante para que possamos
compreender o presente possibilitando a construção de um futuro próximo.
O acervo que podemos encontrar sobre o folclore, em nossa cultura, é muito rico,
mas vamos citar somente algumas manifestações como.
• Brinquedos cantados: UMEI Rachel de Melo

Os brinquedos cantados são atividades


diretamente relacionadas com o ato de cantar e
ao conjunto dessas canções, é que chamamos de
Cancioneiro Folclórico Infantil. Cantadas tanto
pelas crianças como pelos adultos, as cantigas
foram transmitidas de geração em geração e que
se propagam pela tradição oral, na maioria das
vezes. Vamos conhecer algumas cantigas.

❖ Pezinho é uma dança é uma dança conhecida em Portugal e no Brasil,


podemos encontrar no litoral de Santa Catarina e no litoral de norte do Rio

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Grande do Sul.
LETRA: Ai bota aqui, ai bota ali o seu pezinho,
O seu pezinho bem juntinho com o meu. (BIS)
E depois não vá dizê-ê,
Que você se arrependê-eu (BIS)
FORMAÇÃO: roda simples meninas com as mãos na cintura, e meninos com as mãos
para trás, aos pares, frente a frente.
MOVIMENTAÇÃO: acompanhar a letra da música movimentando os pés para o lado
direito “ai bota aqui”, lado esquerdo “ai bota ali”, no terceiro e no quarto verso os pares
engancham os braços e giram para a direita, trocam-se os braços e giram para a
esquerda.

❖ Se Eu Fosse Um Peixinho, cantiga de São Luis do Maranhão onde todos


os participantes conhecerão os nomes dos outros.
LETRA: Se eu fosse um peixinho e soubesse nadar
Eu tirava fulana (nome de um participante) do fundo do mar
Fulana, não chores nem queira chorar,
Que o barco navega nas ondas do mar.
FORMAÇÃO: roda simples, mãos dadas e um participante no centro da roda.
MOVIMENTAÇÃO: a roda gira para a esquerda e o participante do centro da roda canta
a música. Ao cantar o segundo verso, ele escolhe um nome dos participantes e o puxa
para dentro da roda. No terceiro e quarto verso, eles cantam juntos, girando no centro de
mãos dadas. Para iniciar novamente a cantiga, o que estava ao centro ocupa um lugar
na roda, e assim sucessivamente.

• Danças folclóricas.
São expressões ligadas à vida das comunidades, aos seus ciclos festivos e
acontecimentos, que vem de suas tradições. Estas danças transmitem histórias,
costumes, seu objetivo é manifestar a cultura de um povo e seu modo de pensar.
Segundo “Tia Corina”, (apud INOCENTI p. 14), o Folclore possui uma
classificação que também pode ser aplicada as danças folclóricas que são:
❖ Valor físico: melhora as funções orgânicas do corpo humano, aperfeiçoa o
sistema muscular e nervoso, proporcionando o crescimento normal;
❖ Valor moral: as estórias, lendas, fábulas e as danças incentivam e aperfeiçoam

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a solidariedade, a coragem, a obediência, a iniciativa, o amor,


responsabilidade, a disciplina;
❖ Valor mental: as estórias, as trovas, as adivinhações, os jogos e as danças
desenvolvem a atenção a imaginação e a memória;
❖ Valor social: enquanto brincam ou dançam as pessoas estão em estado de
unificação social;
❖ Valor cultural: as tradições transmitem idéias, costumes de uma geração a
outra;
❖ Valor recreativo: oferece momentos de recreação atendendo aos interesses
tanto das crianças quanto de jovens e adultos.

Algumas danças folclóricas da Região Norte:

UMEI Zolima Tenório

UMEI Elza Borges

UMEI Elza Borges

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❖ Carimbó
Os dançarinos de carimbó, em especial as mulheres, têm grande habilidade
nas pontas dos pés, que lhe dá certo movimento de corpo, o “puladinho” de
passos miúdos. A configuração coreográfica mais geral é a de uma grande
roda que circula pelo salão durante algum tempo às vezes desfaz e os pares
volteiam ou permitem a encenação dos solistas. Com relação aos instrumentos
usados no carimbó a base são os batuques e além desses o ritmo também é
marcado pelo xeque-xeque (uma lata contendo grãos de milho, pedrinha etc.),
reco-reco ou raspador e castanholas.
❖ Xote Bragantino
O xote é dança de origem húngara e foi trazido para Bragança pela aristocracia
da época, ganhando no local, novos manejos coreográficos tipicamente
regionais. Conquistou peculiaridade e fama pelo jeito bragantino de ser
dançado.
❖ Dança da Angola
Em Belém, no bairro do Umarizal, existia um entreposto de escravos de onde
eles eram distribuídos para vários pontos do Estado. A dança da Angola, ou
das pretinhas de Angola, é de origem africana e foi trazida pelos escravos que
se estabeleceram nas proximidades do rio Tapajós, mais precisamente em
Santarém que, juntamente com o Marajó, se transformou num dos principais
locais de difusão da dança. É dançada exclusivamente por mulheres, em
pares. O movimento da dança baseia-se nos versos cantados pelos músicos. O
ritmo e a coreografia referem-se aos trabalhos realizados pelos negros, suas
alegrias e suas mágoas.
❖ Maçarico
O Maçarico, ave pernalta e arisca, inspirou a dança originária de Cametá. O
pássaro habita as margens dos rios paraenses e amazonenses. O movimento
coreográfico imita o saltitar acelerado da ave. Há também alguns passos
próprios das danças portuguesas. A dança do maçarico é desenvolvida em
pares, com velocidade acelerada.
❖ Quadra Junina
As festas juninas são expressões vivas e coloridas da tradição festiva-religiosa
do nosso povo.

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A dança de quadrilha teve origem na Inglaterra, por volta dos séculos XIII e
XIV.. A França adotou a quadrilha e levou-a para os palácios, tornando-a assim
uma dança nobre. Rapidamente se espalhou por toda a Europa, sendo assim
uma dança presente e todas as festividades da nobreza.
A quadrilha é dançada em homenagem aos santos juninos (Santo Antônio, São
João e São Pedro) e para agradecer as boas colheitas na roça. Tal festejo é
importante, pois o homem do campo é muito religioso, devoto e respeitoso a
Deus. Dançar, comemorar e agradecer. Em quase todo o Brasil, a quadrilha é
dançada por um número par de casais e a quantidade de participantes da
dança é determinada pelo tamanho do espaço que se tem para dançar. A
quadrilha é comandada por um marcador, que orienta os casais, usando
palavras afrancesadas e portuguesas. Existem diversas marcações para uma
quadrilha e, a cada ano, vão surgindo novos comandos, baseados nos
acontecimentos nacionais e na criatividade dos grupos e marcadores.

• Lendas
São narrativas transmitidas pelas pessoas com objetivo de explicar
acontecimentos misteriosos ou sobrenaturais. Para isso há uma mistura de fatos
reais com imaginários, misturam história e fantasia. As lendas são contadas e ao
longo dos tempos são modificadas através da imaginação do povo. Inicialmente,
as lendas contavam histórias de santos, mas ao longo do tempo o conceito se
transformou em histórias que falam sobre a tradição de um povo e que fazem
parte de sua cultura.
Características das lendas:
❖ Usam fatos reais e históricos carregados de imaginação e fantasia;
❖ Fazem parte da realidade cultural de todos os povos;
❖ Fazem parte da tradição oral e por isso sofrem alterações ao longo do tempo,
por serem repassadas oralmente e receberem a impressão e interpretação
daqueles que a propagam.

Alguns Mitos e Lendas Brasileiros

• Mãe-d’água ou Iara:

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A palavra Iara/Yara é de origem indígena e significa “aquela que mora nas


águas”. Provavelmente foi gerada na mitologia através do mito da Sereia. É uma
mulher metade peixe metade humana, que atrai os homens com seu belo canto e
os leva para os rios onde vive, no norte do país.
Os homens que conseguem voltar de lá
ficam loucos, e o encanto só é quebrado
através do feitiço de um pajé.

• Saci Pererê:

Garoto negro de uma perna só, possui poderes mágicos através de seu gorro
vermelho e se aproveita deles para fazer muitas travessuras com as pessoas que
vivem ou passam pela mata. Caracteriza-se por usar sempre um cachimbo.

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INCLUSÃO

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EDUCAÇÃO INCLUSIVA
A Inclusão, como processo social amplo, vem acontecendo em todo o mundo, fato
que vem se efetivando a partir da década de 50. A inclusão é a modificação da
sociedade como pré-requisito para que pessoa com necessidades especiais possa
buscar seu desenvolvimento e exercer a cidadania (Sassaki, 1997). Segundo o autor, a
inclusão é um processo amplo, com transformações, pequenas e grandes, nos
ambientes físicos e na mentalidade de todas as pessoas, inclusive da própria pessoa
com necessidades especiais. Para promover uma sociedade que aceite e valorize as
diferenças individuais, aprenda a conviver dentro da diversidade humana, através da
compreensão e cooperação (cidade e Freitas 1997).
Na escola, "pressupõe, conceitualmente, que todos, sem exceção, devem
participar da vida acadêmica, em escolas ditas comuns e nas classes ditas regulares
onde deve ser desenvolvido o trabalho pedagógico que sirva a todos,
indiscriminadamente" (Edler Carvalho, 1998, p.170).
A Educação Inclusiva implica uma visão diferente da educação comum, baseada
na heterogeneidade e não na homogeneidade, considerando que cada aluno tem uma
capacidade, interesse, motivações, e experiência pessoal única, quer dizer, a
diversidade está dentro do “normal”. Dada essa concepção, a ênfase está em
desenvolver uma educação que valorize e respeite as diferenças, vendo-as como uma
oportunidade para otimizar o desenvolvimento pessoal e social e para enriquecer os
processos de aprendizagem.
A escola como espaço inclusivo têm sido alvo de inúmeras reflexões e
debates. A idéia da escola como espaço inclusivo nos remete às dimensões físicas e
atitudinais que permeiam a área escolar, onde diversos elementos como a arquitetura,
engenharia, transporte, acesso, experiências, conhecimentos, sentimentos,
comportamentos, valores etc. coexistem, formando este locus extremamente complexo.
A partir disto, a discussão de uma escola para todos tem suscitado inúmeros debates
sobre programas e políticas de inserção de alunos com necessidades especiais. A
grande polêmica está centrada na questão de como promover a inclusão na escola de
forma responsável e competente. Quanto a área da Educação Física, a Educação Física
Adaptada surgiu oficialmente nos cursos de graduação através da Resolução 3/87 do
Conselho Federal de Educação e que prevê a atuação do professor de Educação Física
com o portador de deficiência e outras necessidades especiais. Por isso sabemos que,
muitos professores de Educação Física e hoje atuantes nas escolas não receberam em

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sua formação conteúdos e/ou assuntos pertinentes a Educação Física Adaptada ou a


Inclusão.
Sabemos também que nem todas as escolas estão preparadas para receber o
aluno portador de uma deficiência e por vários motivos, entre eles, porque os
professores não se sentem preparados para atender adequadamente as necessidades
daqueles alunos e porque os escolares que não têm deficiência não foram preparados
sobre como aceitar ou brincar com os colegas com deficiência.
A Educação Física Adaptada “é uma área da Educação Física que tem como
objeto de estudo a motricidade humana para as pessoas com necessidades educativas
especiais, adequando metodologias de ensino para o atendimento às características de
cada portador de deficiência, respeitando suas diferenças individuais" (Duarte e Werner,
1995: 9).
A Educação Física Adaptada as pessoas com necessidades especiais não se
diferencia da Educação Física em seus conteúdos, mais compreende técnicas, métodos
e formas de organização que possam ser aplicados ao indivíduo com necessidades
especiais. É um processo de atuação em que o planejamento se torna imprescindível na
medida em que visa atender as necessidades de seus educandos. Para que isso ocorra
é importante que o professor de Educação Física tenha os conhecimentos básicos
relativos ao seu aluno como:

• Tipo de deficiência;
• Idade em que apareceu a deficiência;
• As funções e estruturas que estão prejudicadas;
• Os diferentes aspectos do desenvolvimento humano: biológico (físicos, sensoriais,
neurológicos); cognitivo; motor; interação social e afetivo-emocional.
Na elaboração de uma aula inclusiva ou atividade com alunos portadores de
necessidades espaciais, não se pode esquecer que todos, independente de sua
deficiência, também têm potencialidades que deverão ser desenvolvidos, respeitando
suas limitações.
Através de jogos, brincadeiras e esportes adaptados, diversos alunos terão
oportunidade de vivenciar experiências que provavelmente, nunca tiveram
anteriormente. Por isso temos que ter cuidado para não esperarmos, num primeiro
momento, um sucesso absoluto. Por outro lado, devemos cuidar para não
ultrapassar a barreira, utilizando materiais e jogos totalmente desconhecidos, pois o

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MEDO e a INSEGURANÇA são companheiros inseparáveis destes alunos.


As aulas de Educação Física podem significar para a pessoa com
necessidades especiais:
• Desenvolvimento da auto-estima;
• Melhoria da auto-imagem;
• Estimulo a independência;
• Interação com outros grupos;
• Experiência intensiva com seu próprio corpo, tais como; cansaço,
relaxamento, tensão e preparo físico.

Para se obter um bom rendimento nas aulas, o professor deverá:

• Planejar suas aulas de forma coerente com o objetivo que deseja alcançar;
• Propor atividades que estejam de acordo com o nível de desenvolvimento físico e
cognitivo do aluno. Observando sua faixa etária;
• Ser paciente, calmo e criativo;
• Estar preparado para participar das atividades e/ou demonstrar exercícios sempre
que for necessário.

Nesta nova situação, a Inclusão, é preciso como forma adicional, considerar as


peculiaridades da população associadas às estratégias que serão utilizadas. Com base
no que foi colocado, o professor de Educação Física poderá conhecer a necessidade, os
interesses e as possibilidades de cada aluno e de cada grupo com que trabalha.
Portanto não existe nenhum método ideal ou perfeito da Educação Física que se aplique
no processo de Inclusão, porque o professor sabe e pode combinar numerosos
procedimentos para remover barreiras e promover a aprendizagem dos seus alunos.

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PRIMEIROS

SOCORROS
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PRIMEIROS SOCORROS
Toda escola de Educação Infantil deve estar preparada para imprevistos que vão
de casos mais simples, como febre, até desmaios e fraturas além de lidar com doenças
crônicas, como o diabetes. A incidência dos possíveis acidentes ocorre mais no horário
do recreio e nas aulas de Educação Física.
O que fazer quando acontece:
• Corpos estranhos, engasgos e asfixia:
É muito comum as crianças introduzirem objetos nas cavidades do corpo em
especial nariz, boca e ouvidos. Os objetos mais comuns nesse tipo de acidente
são peças de brinquedos, sementes, moedas e outros. Um corpo estranho pode
causar em uma criança asfixia ela apresentará pele azulada respiração dificultada
ou ausente.
Corpos estranhos na garganta:
❖ Deixar a criança tossir naturalmente, pois o reflexo da tosse pode expelir o
objeto e é um mecanismo normal de defesa do organismo;
❖ Em caso de vômito, manter a cabeça lateralizada, evitando que a criança
engula ou aspire o vômito;
❖ Se a criança não conseguir eliminar o corpo estranho e estiver com
dificuldade para respirar, deve-se iniciar imediatamente a manobra de
Heimlich.
Manobra de Heimlich:

Manobra de Heimlich em adultos Manobra de Heimlich em bebês

Posicionar-se atrás da criança, envolvendo-a com os dois braços, colocar a região


do punho de uma das mãos sobre o final do osso do peito que une as costelas (esterno),
colocar a outra mão espalmada sobre a primeira e fazer forte pressão para dentro e para
cima, repetir o procedimento seis vezes se necessário.

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Se a criança estiver inconsciente deve deitá-la de costas em local plano e duro;


ajoelhar-se na altura do tórax, posicionando a base de uma das mãos no peito da
criança e a outra mão espalmada sobre a primeira; realizar pressão perpendicular,
repetindo o movimento seis vezes.
Se o objeto for totalmente visualizado utilizar os dedos indicador e médio como pinça
para retirá-lo. Após a expulsão do objeto aplicar respiração boca-a-boca, caso a criança
não volte a respirar normalmente e deve encaminhá-la imediatamente ao hospital mais
próximo.
Corpo estranho nos olhos:
❖ Impedir que a criança mexa ou esfregue os olhos;
❖ Solicitar à criança que feche os olhos firmemente e depois abra a fim de
eliminar o corpo estranho com as lágrimas;
❖ Colocar a criança sentada em uma cadeira e inclinar sua cabeça para trás, com
o auxilio de um cotonete umedecido com água limpa, tentar com muita
delicadeza retirar o copo estranho sem tocar diretamente no globo ocular;
❖ Se o copo estranho ainda não estiver saído, não insistir, pois ele pode estar
encravado e só um profissional poderá retirá-lo;
❖ Colocar um tampão nos olhos da criança e encaminhá-la rapidamente para um
hospital que tenha oftalmologista.
Corpo estranho no ouvido:
❖ Encaminhar a criança para um hospital, pois qualquer conduta errada pode
causar rompimento do tímpano, infecções e danos na audição:
❖ Não pingar líquidos no ouvido da criança nem introduzir objetos.
Corpo estranho no nariz:
❖ Não tentar remover os corpos estranhos do nariz, pois pode acabar
introduzindo ainda mais, agravando o caso;
❖ Orientar a criança para que respire pela boca para não correr risco de aspirar o
corpo estranho ou afundá-lo ainda mais;
❖ Levar a criança para o hospital mais próximo.
• Desmaios:
É a perda repentina da consciência em conseqüência de várias situações como
má alimentação, hipoglicemia, diminuição de fluxo sanguíneo e oxigênio no
cérebro, anemias intensas, pancadas na cabeça, problemas neurológicos e
outras.

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Geralmente a criança apresenta alguns sintomas que podem ajudar e impedir a


queda e complicações decorrentes:
❖ Pedra da consciência por um curto período de tempo;
❖ Sensação de fraqueza e amolecimento das pernas;
❖ Escurecimento da vista;
❖ Esfriamento de extremidades;
❖ Náuseas e vômitos;
❖ Pulso fraco e rápido.
Procedimentos:
❖ Deitar a criança;
❖ Garantir que a criança respire, posicionando corretamente a cabeça para que
não tenha as vias áreas bloqueadas;
❖ Abrir boca da criança, puxar delicadamente, porém com firmeza, sua
mandíbula para frente e inclinar levemente sua cabeça para trás. Em seguida
lateralizar a cabeça, pois esse procedimento afasta a língua do fundo da
garganta e facilita a saída de secreções;
❖ Afrouxar suas roupas e mantê-la em lugar fresco e arejado;
❖ Encaminhar ao atendimento médico assim que retomar a consciência.
Condutas erradas:
❖ Jogar água no rosto da criança;
❖ Usar cheiros fortes como álcool;
❖ Tentar dar água, sucos, ou medicamentos durante o desmaio;
❖ Transportar a criança desmaiada (aumenta o risco de traumas em
conseqüência de quedas).
• Convulsão:
É uma descarga elétrica anormal do cérebro que pode causar involuntariamente
contrações musculares severas ou reações anormais como salivação em excesso,
movimentos irregulares dos olhos e tremores.
Procedimentos:
❖ Manter a calma para ter condições de ajudar;
❖ Deitar a criança para evitar quedas e traumas;
❖ Remover objetos tanto da criança quanto próximos a ela, para evitar
ferimentos;
❖ Não restringir os movimentos da criança;

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❖ Afrouxar as roupas apertadas;


❖ Proteger a cabeça da criança com a mão;
❖ Lateralizar a cabeça para que a saliva escorra e não haja risco de aspiração;
❖ Limpar as secreções salivares com um pano ou papel facilitando a respiração;
❖ Procurar assistência médica com registro dos acontecimentos.
Condutas erradas:
❖ Restringir os movimentos da criança;
❖ Puxara a língua com os dedos ou colocar objetos na boca para segurá-la como
caneta e outras;
❖ Oferecer água ou medicamentos durante a crise;
❖ Mover a vítima.
• Ferimentos:
São traumatismos, lesões causadas nos tecidos por algum agente físico ou
mecânico. Existem alguns tipos de ferimento que são eles:
Escoriações e cortes: escoriações são lesões superficiais geralmente conhecidas como
arranhões, cortes são ferimentos mais profundos causados por objetos cortantes.
Procedimentos:
❖ Lavar a região com água e sabão neutro até retirar a sujeira; evitar esfregar
bruscamente o ferimento;
❖ Secar e cobrir a região com gaze limpa;
❖ Fixar o curativo esparadrapo ou envolvê-lo com atadura;
❖ No caso de sangramentos intensos, comprimir o local com gaze seca por
alguns minutos até que pare de sangrar;
❖ Manter o curativo limpo e seco;
❖ Não utilizar algodão diretamente no ferimento;
❖ Em casos de cortes profundos, realizar o curativo e encaminhar a criança para
o hospital;
❖ Não lavar ferimentos profundos sob o risco de aumentar o sangramento.
Fraturas: é a ruptura de um osso causado por uma agressão. Pode ser fechada ou
exposta.
Procedimentos:
❖ Não movimentar a criança com suspeita de fratura antes de realizar a
imobilização temporária;
❖ Encaminhar a criança imediatamente para o hospital mais próximo;

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❖ Em casos mais graves não movimentar a criança e esperar o resgate;


• Sangramento nasal:
Também chamado de epsitaxe, é a saída espontânea de sangue pelo nariz com
algum motivo ou não aparente.
Procedimentos:
❖ Tranqüilizar a criança, explicando ser normal esse tipo de sangramento e que
logo será cessado;
❖ Colocar a criança sentada com a cabeça levemente inclinada para gente;
❖ Comprimir uma das narinas com os dedos, aproximadamente 10 minutos;
❖ Colocar uma compressa limpa com gelo na narina que está sangrando;
❖ Observar se o sangramento cessou (deve durar aproximadamente 20 minutos),
caso contrário encaminhar a criança à assistência médica imediata.
Se o sangramento acontecer após uma contusão na cabeça pode significar uma
fratura de crânio e requer atendimento médico imediatamente.
Condutas erradas:
❖ Deitar a criança ou inclinar a cabeça para trás (tal conduta faz o sangue descer
pela garganta podendo provocar aspiração, náusea e vômito);
❖ Assoar o nariz (causa maior trauma dos vasos sanguíneos);
❖ Tapar as duas narinas (pode causar sufocamento da criança);
❖ Introduzir água ou medicação (pode causar aspiração);
❖ Realizar limpeza das narinas com cotonete ou qualquer objeto;
É importante que no ato da matrícula, a escola ofereça aos pais um questionário
com dados sobre a saúde da criança. Tal documento oferece respaldo e segurança à
escola frente aos possíveis acidentes que possam acontecer.
A escola também deve se preocupar com a estrutura física, objetos que fazem
parte desse ambiente, e material didático utilizado (brinquedos pequenos, tesouras),
além de supervisionar e orientar as crianças a respeito de situações que oferecem
riscos.

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67

Avaliação

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AVALIAÇÃO

“Toda avaliação para ser eficaz deve acontecer de forma qualitativa. Avaliar o que
o aluno aprendeu e não o que ele deixou de aprender”. (Paulo Freire)

TIPOS DE AVALIAÇÃO:
• Diagnóstica: esta avaliação tem por objetivo dar ao professor informações sobre o
nível de conhecimento ou habilidade que o aluno já possui. É realizada no início
do ano letivo, assim o planejamento poderá ser adequado à realidade dos alunos
avaliados.
• Formativa: com esta avaliação poderão ser detectadas as falhas existentes no
processo ensino-aprendizagem, tendo em vista possíveis mudanças na maneira
de ministrar as aulas, ou seja, farão de acordo com a evolução dos seus alunos.
Esta é realizada durante todo o ano letivo.
• Somativa: tem por finalidade verificar o resultado do processo ensino-
aprendizagem ao final do ano letivo. Esta avaliação será feita de forma
abrangente.

CRITÉRIOS PARA A AVALIAÇÃO

Observar:
• Aspectos sócio-afetivo;
• Aspectos cognitivos;
• Aspectos motores (relacionados aos conteúdos)

AVALIAÇÃO BIOMÉTRICA
• Mensuração de peso e altura - Expressa a harmonia entre as dimensões de
massa corporal e altura. É utilizado tanto para identificar o emagrecimento da
criança, como o excesso de peso. UMEI Nazaré Oliveira

❖ Pesar e medir
UMEI Monteiro
Lobato

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AVALIAÇÃO MOTORA
• Teste motor
A intenção do teste motor é fazer um levantamento inicial das habilidades motoras
específicas: coordenação global e fina, lateralidade e equilíbrio para o professor
focalizar em aulas aquelas habilidades que as crianças sentiram, no momento do
teste, mais dificuldades e posteriormente comparar os dados obtidos ao fim da
segunda coleta de dados. As atividades que compõem o teste foram retiradas do
livro Manual de Avaliação Motora de Francisco Rosa Neto e adaptadas conforme a
realidade do município.
No final do ano letivo os professores constroem um relatório de cada criança que
contém todos os aspectos, motor, afetivo, cognitivo e biométrico.

UMEI Padre Pedro Hermans UMEI Hilda da Silva Damasceno UMEI Hilda da Silva Damasceno
Teste de lateralidade Teste de equilíbrio Teste de coordenação

Etapas da avaliação:

1ª etapa – início do primeiro semestre = coleta de dados de peso/altura e teste motor


3ª etapa – final do segundo semestre = coleta de dados de peso/altura e teste motor
3ª etapa – relatório final anexado no Portifólio.

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FICHA DE TESTE MOTOR


Maternal e Pré-escolar I (jardim I)
❖ Coordenação global
Dar oito saltos sucessivamente sobre o mesmo lugar com as pernas um pouco flexionadas.

Erros:
o Os movimentos não serem simultâneos de ambas as pernas;
o A criança cair sobre os calcanhares.
Se a criança cometer os dois erros – NA
Se a criança cometer apenas um erro – PA
Se a criança fizer corretamente – A
❖ Coordenação fina
A criança deve enroscar a tampa em uma garrafa pet, podendo segurar a mesma.

Erros:
o Não enroscar até o fim:
o Enroscar torto;
o Só encaixar a tampa.
Se a criança só encaixar a tampa – NA (Não Apto)
Se a criança enroscar torto ou não enroscar até o fim – PA (Parcialmente Apto)
Se a criança enroscar corretamente a tampa até o fim – A (Apto)
❖ Equilíbrio
Com os olhos abertos, percorrer 2m em linha reta, posicionando alternadamente o calcanhar
de um pé contra a ponta do outro.

Erros:

o Afastar-se da linha;
o Balançar;
o Afastar um pé do outro;
Se a criança cometer os três erros – NA (Não Apto)
Se cometer dois erros e um acerto – PA (Parcialmente Apto)
Se cometer dois acertos e um erro ou três acertos – A (Apto)
❖Lateralidade
A criança deve chutar uma bola que está a uma distancia de 1m de uma trave de cones
o Somente para visualizar a lateralidade da perna.

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Pré-escolar II (jardim II)


❖ Coordenação global
Com os pés juntos, saltar sem impulso uma altura de 20cm.
Erros:
o Tocar no elástico;
o Cair, apesar de não ter tocado no elástico;
o Tocar no chão com as mãos
Se a criança cometer os três erros – NA (Não Apto)
Se cometer dois erros e um acerto – PA (Parcialmente Apto)
Se cometer dois acertos e um erro ou três acertos – A (Apto)
❖Coordenação fina
A criança deve enroscar a tampa em uma garrafa pet, podendo segurar a mesma.
Erros:
o Não enroscar até o fim:
o Enroscar torto;
o Só encaixar a tampa.
Se a criança só encaixar a tampa – NA (Não Apto)
Se a criança enroscar torto ou não enroscar até o fim – PA (Parcialmente Apto)
Se a criança enroscar corretamente a tampa até o fim – A (Apto)
❖ Equilíbrio
Com os olhos abertos, percorrer 2m em linha reta, posicionando alternadamente o calcanhar
de um pé contra a ponta do outro.
Erros:
o Afastar-se da linha;

o Balançar;
o Afastar um pé do outro;
Se a criança cometer os três erros – NA (Não Apto)
Se cometer dois erros e um acerto – PA (Parcialmente Apto)
Se cometer dois acertos e um erro ou três acertos – A (Apto)
❖ Lateralidade
Haverá duas bolas de cores diferentes as quais deverão ser determinantes, uma cor para a
mão direita (vermelha) e a outra para a mão esquerda (azul). As crianças deverão conduzir a
bola vermelha com a mão direita até um ponto determinado e deve voltar para conduzir a
bola azul com a mão esquerda ate o mesmo ponto.
Erros:
o Não pegar as bolas com a mão determinada;
Se a criança pegar as duas bolas com as mãos postas – NA (Não Apto)
Se pegar somente uma bola com a mão oposta e a outra correta - PA
(Parcialmente Apto)

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Se a criança pegar as duas bolas com as mãos determinadas – A (Apto)

AVALIAÇÃO DE EDUCAÇÃO FÍSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

UMEI:______________________________________________________
ALUNO:____________________________________________________

CONTEÚDO CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO CONCEITO


ND DP DT
Relações Percebe a importância de respeitar para ser respeitado, do zelar, construir e
interpessoais compartilhar;
Respeita os combinados preestabelecidos;
Reconhece a imagem do próprio corpo;
Conhecimento Conhece seu corpo identificando as partes e funções do mesmo;
Sobre o Corpo Conhece e valoriza os cuidados com o corpo, o ambiente e materiais de uso
individual e coletivo;
Realiza as posições de deitar, levantar, sentar conforme sua vivência e uma boa
conduta postural;
Reconhece possíveis localizações de objetos no espaço, (dentro, fora, em cima,
embaixo, ao lado);
Observa a ação do tempo associado a ações cotidianas, rotina temporal (dia,
noite, dia chuvoso, sol etc.);
Executa os movimentos fundamentais e associa à situações do cotidiano;
Ginástica Realiza os movimentos da ginástica seguindo uma história ou música (ginástica
historiada) usando a criatividade;
Realiza movimentos da ginástica de posse de materiais diversificados (ginástica
para todos e rítmica) usando a criatividade;
Realiza movimentos que exigem a coordenação global e fina com segurança;
Realiza movimentos que exigem o equilíbrio estático e dinâmico com
segurança;
Percebe que seu corpo possui dois lados (direita e esquerda);
Atividades Identifica o ritmo quanto sua intensidade, velocidade e variações rítmicas;
Rítmicas Explora as cantigas e os gestos que elas oferecem usando a criatividade;
Utiliza os diversos estilos musicais de forma criativa;
Percebe que seu corpo é fonte de som, ritmo e movimento;
Jogos Explora através dos jogos imitativos as vivências do cotidiano;
Identifica através de atividades sensório-motoras os sentidos corporais (tato,
olfato, visão e audição);
Reconhece os diversos tipos de jogos populares apresentados e /ou de sua
vivência;
Consegue realizar trabalho em equipe;
Desenvolve através das atividades competitivas a noção de competição
saudável;
Executa atividades que desenvolvem o raciocínio lógico, e a concentração de
maneira satisfatória;
Lutas Vivencia em cada luta os aspectos motores, e cognitivos;
Compreende os aspectos filosóficos das lutas;
Adotar atitudes de respeito mútuo, e solidariedade no ambiente escolar;
Teste motor Coordenação global
Coordenação fina
Equilíbrio
Lateralidade

LEGENDA: ND – (Não Domina); DP (Domina Parcialmente); DT (Domina Totalmente)

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PLANEJAMENTO

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CADERNO
DE
ATIVIDADES

CONHECIMENTO SOBRE O CORPO

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1- MEU DIA
Objetivo: Conhecer e identificar a seqüência da rotina diária e observar o próprio corpo,
cada uma de suas partes reforçando os hábitos de higiene;
Material: Objetos relacionados a cada compartimento da casa (shampoo, sabonete,
creme e escova dental, pente, copo, colher, prato, tapete, perfume, calçado etc.) e
desenhos de móveis que identifiquem estes compartimentos;
Formação: Dispor as crianças livremente.
Desenvolvimento: O professor distribui os desenhos dos compartimentos da casa em
forma de circuito e direciona a atividade realizando os movimentos de rotina diária de
cada compartimento usando seus objetos específicos, deslocando-se com os alunos por
todos os compartimentos. Exemplo: desenho do banheiro, neste local o que temos? O
que fazemos? Fazer os movimentos de banho usando os materiais deste local.
Obs.: os objetos devem ser apenas visualizados e identificados no primeiro momento e
depois permita que eles toquem nos materiais.
2- DESENHO DO CORPO
Objetivo: Conhecer e identificar as partes do corpo através do desenho.
Material: Giz e som;
Formação: Dispor as crianças em dupla livremente.
Desenvolvimento: Entregar um giz a cada dupla. Uma criança fica deitada no chão,
enquanto a outra contorna e desenha o corpo do colega. Depois peça para que os dois
preencham o desenho com os detalhes do corpo que faltam como cabelo, unhas orelha
etc. Após todos terem terminado ficarão em pé sobre seus desenhos seguindo os
comandos do professor, que colocará uma música para que todos dancem, pulem sobre
as partes do corpo solicitadas pelo professor.
Obs.: Nesta atividade pode haver variações na identificação do corpo: sem som, pulando
num pé só, dançando, etc.
3- QUEM É O MESTRE
Objetivo: Identificar as partes do corpo.
Formação: Dispor as crianças em circulo, uma delas ficará no interior do circulo e deverá
adivinhar quem é o mestre.
Desenvolvimento: A criança que irá adivinhar, fica longe do circulo para que o professor
escolha quem será o mestre. O mestre toma a iniciativa de tocar em uma parte do seu
corpo (batendo) e as demais terão que imitá-la, sem que a criança do centro perceba
quem é o mestre.

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4- BALÃO
Objetivo: Identificar as partes do corpo e suas possibilidades de movimento;
Material: Um balão para cada criança ou bolinhas pequenas de papel ou borracha;
Formação: Dispor as crianças livremente cada uma com seu balão;
Desenvolvimento: As crianças por meio de toques com as mãos devem manter o balão
no ar. Ao comando do professor, que sempre deve indicar lado direito e esquerdo, a
criança toca o balão com as costas, cabeça, ombros, pés, etc.
5- O LEÃO DENTRO DA JAULA
Objetivo: Localizar as partes do corpo e identificar suas funções;
Formação: Dispor as crianças em circulo de mãos dadas, solicitar uma criança que fique
dentro do circulo e represente o leão.
Desenvolvimento: O leão e as crianças mantêm um diálogo:
• O leão quer fugir (professor);
• Não pode! (Responde as crianças reforçando o circulo);
• Que é isto? (pergunta o leão, segurando o braço de um dos alunos do circulo);
• É um braço (responde as crianças);
• Para que serve? (pergunta as crianças);
• Para dar um abraço. (exemplo);
• E isto? (pergunta o leão mostrando a boca)
• É uma boca; (responde crianças);
• Para que serve? (pergunta o leão);
• Para comer (exemplo).
Durante algum tempo o leão continua perguntando sobre as partes do corpo. Em um
dado momento ao avisar que quer fugir, força a saída entre os colegas até conseguir
sair do circulo, correm atrás dele até prendê-lo.
Quem conseguir prender o leão troca de lugar com ele.
Obs.: pode variar ao invés do leão fugir as crianças que fogem e o leão tenta capturá-
las.
6- CORRIDA DOS COLADOS
Objetivo: Reconhecer e identificar cada parte do corpo;
Formação: Dispor as crianças livremente.
Desenvolvimento: O professor diz para todas as crianças levantarem as mãos para cima
e a mesma faz de conta que irá passar uma cola na mão delas, dando o comando de

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grudarem em uma parte do corpo. Ao sinal do professor todas saem correndo a um


determinado ponto e retornam sem desgrudar as mãos.
Obs.: Variação em dupla, segurando na parte do corpo do outro e solicitar outras partes
do corpo;
7- CAÇADORES DE TARTARUGA
Objetivo: Observar o próprio corpo e cada uma se suas partes;
Formação: Dispor as crianças (tartarugas) livremente. Escolher duas ou três crianças
para representarem os caçadores.
Desenvolvimento: Os caçadores correm em perseguição as tartarugas, que evitam ser
apanhadas deitando-se de costas no chão, embalando as pernas e os braços imitando
esses animais. Enquanto estão na posição de tartaruga não podem ser apanhadas, as
capturadas tornam-se caçadores.

8- HORA DE SE CONHECER

Objetivo: Reconhecer a própria imagem e experimentar diferentes situações de


expressões e movimentos;

Material necessário: espelhos, cartazes com fotos de diferentes pessoas, com


diferentes expressões faciais retiradas de revistas, revistas, aparelho de som,
fantasias, bijuterias, chapéus.

ATIVIDADE 1
Incentive os pequenos a observar a própria imagem. Peça que eles toquem diferentes
partes do corpo. Proponha brincadeiras como balançar os cabelos, levantar os ombros e
cruzar os braços. Estimule-os a imitar os gestos dos colegas: vejam a careta do João!
Vamos fazer igual? Peça que eles se enfeitem usando os objetos.
ATIVIDADE 2
Coloque músicas do cancioneiro popular (a cobra não tem pé, Cabeça, Ombro, Perna e
Pé etc.) que abordem partes do corpo podendo sugerir novos movimentos diferentes dos
das cantigas.
ATIVIDADE 3
Proponha agora a brincadeira seu-mestre-mandou. Com todos em pé, dê os comandos:
cruzar as pernas, ajoelhar-se e etc. A cada posição, estimule-os a se observar e testar
possibilidades de movimento.

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ATIVIDADE 4
Para brincar com expressões faciais, mostre cartazes com diversas fisionomias. Depois
sugira que as crianças imitem as caretas dos cartazes e que faça novas caretas.
9- CHUVINHA DE PAPEL
Objetivo: Identificar as partes do corpo e a possibilidades de movimento de cada uma
delas;
Uma folha de jornal ou revista para cada criança. Faça uma corrida com a criança
transportando o jornal com partes diferentes do corpo, jogá-lo para cima e aparar.
Coloque uma música para que elas possam dançar explorando também as diversas
partes do corpo. Após isso, faça uma roda e peça para que as crianças rasguem as
folhas em pedaços bem pequenos e joguem para cima e que sintam esses pedaços com
o corpo todo.
10-CORRIDA DO BAMBOLÊ
Objetivo: Identificar as partes do corpo;
Coloque os bambolês dispersos pelo espaço. Com as crianças em círculo, coloque uma
música para que dancem. Ao comando do professor as crianças devem correr e colocar
a parte do corpo que o professor disser dentro do arco.
Variação: Pode também colocar dentro do arco desenhos com as partes do corpo que
serão solicitadas, ou colocar desenhos ou objetos femininos e masculinos para que eles
identifiquem.
11-SEU LOBO
Objetivo: Identificar os bons hábitos de higiene;
As crianças organizadas em uma fila de meninos e de meninas, de mãos dadas. Seu
Lobo fica à frente. Dentre estas escolhe-se uma que fará o papel do seu Lobo. Ela ficará
na caverna e só poderá sair dela, quando falar algo referente à higiene. Enquanto isso,
as outras crianças esperam perguntando o que o lobo está fazendo. Quando não houver
respostas referentes à higiene ele correrá atrás das crianças e elas fogem, até que o
lobo pegue alguém.
Variação: A criança que for pega ajuda o seu Lobo a pegar as outras crianças ou troca
de lugar com ele.
12- MONTANDO UMA NOVA PESSOA
Objetivo: Identificar as partes do corpo;
Primeiramente, encontre fotos antigas ou de revistas que você possa recortar. Em
seguida, corte cuidadosamente a cabeça de uma pessoa e cole em um pedaço de

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papel. Agora desenhe um corpo bem maluco embaixo da cabeça, assim crie uma
pessoa totalmente diferente. Você também pode recortar os corpos de pessoas famosas
e fazer combinações com as cabeças recortadas das fotos.
13- Quebra cabeça do corpo humano
Objetivo: Identificar as partes do corpo;

14- MANTENDO A POSTURA


Objetivo: Experimentar posições usando uma boa postura;
Individualmente as crianças dispersas no pátio caminham com um objeto na cabeça (a
critério do professor) tentando manter a postura correta.
Variação: Sentar e levantar com um objeto na cabeça, Correr em dupla com um objeto
na cabeça, ensinar a postura correta em colocar o objeto no chão, postura correta em
pegar o objeto do chão, como se deve deitar e levantar.
15- GIRA-GIRA
Objetivo: Experimentar posições usando uma boa postura;
As crianças se organizam em duplas e se distribuem em todo o espaço. Uma delas se
senta no chão, apoiando-se nos glúteos enquanto a outra faz girar entorno de si mesma.
A criança que estiver em pé coloca as mãos sobre as costas do seu companheiro,
mantendo-o em equilíbrio e girando com ele. Quando o professor der o sinal trocam-se
os papéis.

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TÉCNICA: sentado, abraçando as pernas flexionadas e erguidas, apoiando-se no chão


somente os glúteos. Tronco inclinado para trás, mantendo o equilíbrio com a ajuda de
seu colega.
• EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA
16- Onde Coça
Objetivo: Estimular o conhecimento das partes do corpo.
Os alunos permanecerão sentados em círculos, a atividade tem início quando um aluno
fala seu nome e uma parte do corpo enquanto está coçando outra. Por exemplo: “meu
nome é fulano, estou com coceira na minha cabeça (mais está coçando o pé). Em
seguida, o aluno que está à direita consertará a fala do colega, apontando a parte do
corpo correta (cabeça), por exemplo: “ele é fulano e está com coceira na cabeça.

17- RODA CANTADA: CABEÇA, TRONCO E OMBRO


Objetivo: Estimular a identificação e nomeação das partes do corpo, executando gestos
harmônicos.
Procedimento: As crianças em circulo, sentadas ou em pé, de acordo com o nível de
deficiência das crianças.
Obs.: A melodia o professor pode criar;
Letra:

Bata as mãozinhas, Bata as mãozinhas. Faça igual a mim!

Mexa a cabecinha, Mexa a cabecinha. Mexa igual a mim!

Pisque os olhinhos, Pisque os olhinhos. Pisque igual a mim!

Mexa o narizinho, Mexa o narizinho. Mexa igual a mim!

Toque nos ombrinhos, Toque nos ombrinhos . Toque igual a mim!

Balance as perninhas, Balance as perninhas. Balance igual a mim!

Bata os pezinhos, Bata os pezinhos. Bata igual a mim!

Remexe o corpo todo, Remexe o corpo todo. Remexe igual a mim!

Cabeça, tronco e membro. Faz comigo assim


18- CAMINHANDO COM O CORPO

Objetivo: Desenvolver a noção de espaço, exercitar o equilíbrio, ajudar a reconhecer e

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nomear as partes do corpo.

Material: Placas de EVA de uma cor padrão, com as partes do corpo como (mãos, pés,
nariz, bumbum etc.) feitas de EVA colorido.

Desenvolvimento: Será feito um circuito onde estarão as placas indicando as partes do


corpo. As crianças serão organizadas em duplas e ao sinal do professor, passarão pelo
caminho (circuito), e onde houver placas eles terão que tocar as partes do corpo
indicadas nas mesmas.

ORIENTAÇÃO TEPORAL
1- PALMAS
Objetivo: Trabalhar seqüência de ações.
Material: Bolas.
Todas as crianças com uma bola na mão, ao sinal do professor as crianças deverão
jogar a bola para cima e bater palmas quando a bola cair no chão. Depois bater palmas
quando a bola chegar ao ponto mais alto.
Variação: No lugar de bater palmas pode introduzir outro movimento como pular e
colocar outros locais para a bola ser arremessada como a parede.
2- IDENTIFICANDO
Objetivo: Perceber a ação do tempo nas coisas - Noção básica de novo e velho.
Material: Objetos novos e velhos tais como roupas, sapatos, bolas etc.
Colocar no pátio objetos iguais, porém um novo e outro velho e colocar dois arcos um
para objetos novos e outro para objetos velhos e solicitar às crianças que os
identifiquem e os coloquem no arco conforme o estado do objeto.
3- BEXIGA
Objetivo: Noção de seqüência de ações.
Material: Balão.
Cada criança com um balão na mão, ao sinal do professor deverá jogá-lo para cima e
cada vez que ele descer a criança deve dar-lhe um tapa dizendo seu próprio nome ou o
do colega.
Variação: Colocar outras ações como quando o balão cair ele tem que chutar o mesmo
ou tem que se sentar, pular etc.
4- QUEM CAI PRIMEIRO
Objetivo: Noção de velocidade, mais lento e mais acelerado.

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Material: Bolas, balões, bolinhas de papel e etc.


Mostrar uma bexiga e uma bola de borracha e perguntar: se jogar para cima qual vai
cair primeiro? Esperar as respostas e mostrar na prática. Depois Permitir que eles
experimentem com outros objetos.
5- IMITANDO
Todas as crianças dispersas no pátio, ao sinal do professor, elas terão que imitar o som
de um trem enquanto o professor se desloca. Imitar sons enquanto o colega se desloca
e etc.
6- CASINHA DE CACHORRO
Objetivo: Relação ritmo e tempo.
A turma deve ser dividida em dois grupos onde um fica em círculo com as pernas
afastadas e o outro fica correndo ao redor do mesmo. Quando o professor falar:
cachorro vai para casa, os alunos que estavam correndo devem se posicionar entre as
pernas dos que estão parados no círculo. De preferência deverá haver um aluno a mais
fora do círculo para sempre faltar uma casinha. Troca-se as posições e ao final da
brincadeira perguntar para as crianças por que alguns colegas não conseguiram entrar
na casinha enquanto que outros conseguiram?

ORIENTAÇÃO ESPACIAL
1- PERCURSO
Objetivo: Percepção e localização espacial;
Localizar a criança dentro da sala de aula partindo da posição onde está o seu “corpo” em relação
a objetos e perguntar: onde está o quadro, a janela, o chão, o telhado, o banheiro, o pátio, está
perto ou longe? Em cima, em baixo ou do lado?
2- BRINCADO COM A BOLA
Objetivo: Localização espacial.
Material: Bolas.
As crianças com uma bola nas mãos deverão obedecer aos seguintes comandos: sem soltar a bola
colocá-la em cima, bola em baixo, bola ao lado, à frente à trás. Jogar a bola para cima, jogar a bola
para trás por cima da cabeça, por baixo das penas, pelo lado do corpo e etc.
Variação: Jogar a bola para frente por cima do outro colega, para trás por cima do ombro, por
baixo do braço.
3- BRINCANDO COM AS LINHAS
Objetivo: Localização espacial.

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Desenhar no chão um retângulo com uma linha central (tipo um campo de futebol), e
explicar que existem as linhas laterais, linhas do fundo e linha central. Dispor as
crianças ao redor do retângulo e ao comando do professor as crianças deverão: pisar na
linha do meio, pisar na linha do fundo, nas linhas laterais.
Variação: Pode variar os movimentos como pular, sentar, colocar as mãos, correr em cima das
linhas.
4- FAZENDO IGUAL
Objetivo: Noção de posição espacial.
Materiais: Figuras de pessoas e animais em alguma posição como deitados, sentados,
em um pé e etc.
No pátio, as crianças deverão imitar posturas (movimentos) apresentadas pelo
professor ou por gravuras.
5- DE OLHO NA CORDA
Objetivo: Realizar movimentos básicos da ginástica tendo noção do espaço.
Amarrar uma corda com um comprimento mais ou menos 3 metros, com altura de mais
ou menos 30 cm. O professor poderá segurar um dos lados da corda para dar os
comandos, aumentando e diminuindo a altura da corda de acordo com o comando.
Pedindo para que ninguém toque a corda, O professor dará comando de: Alto - pular
sobre a corda livremente indo, três ou cinco alunos por vez e esperar que todos façam a
tarefa, ao voltar pode continuar o mesmo comando. Pular com pés juntos, um pé só, de
frente, de costa, imitando sapo, coelho, outros... Baixo: rolando, rastejando, nadando,
imitando cachorro, gato, cobra, jacaré,... Ao rastejar a corda deve ficar bem baixa para
que a criança fique o mais próximo do chão.
6- DENTRO DO ARCO
Objetivo: Noção de posição espacial
Material: Arco para cada criança, som, músicas com ritmos diferentes.
Formação: Em espaço delimitado, espalhar os arcos no chão e pedir às crianças que
caminhem livremente entre eles. Ao parar a música, as crianças entram no arco e
obedecem aos comandos dentro, fora, fora à frente, fora à trás, fora ao lado. Quando a
música voltar a criança sai e continua andando.
Variação: O tipo de deslocamento pode variar como andar, correr pular etc.
7- POR ENTRE OS OBJETOS
Objetivo: Noção de posição espacial
Materiais: Arcos, bastões, cones, bolas etc.

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84

Formação e desenvolvimento: Espalhar vários objetos em um espaço delimitado.


Primeiramente, as crianças caminham entre os objetos sem tocá-los. No segundo
momento, as crianças saltitam entre os objetos, sem tocá-los. Depois, as crianças,
rastejando, em quatro apoios, pulando ou correndo, devem passar entre os objetos, sem
tocá-los. Passar para os alunos que os objetos são poças de água. Após os exercícios
individuais, as crianças caminham e saltam em duplas por entre e por cimas dos objetos.
8- IMITANDO OS ANIMAIS
Objetivo: Noção de posição espacial.
Materiais: Corda elástica.
Formação e desenvolvimento: Dispor crianças em colunas, esticar uma corda elástica na
altura dos joelhos das crianças. O professor comanda exercícios em forma de desafio
quem consegue passar por cima da corda como um coelho, como um sapo, como um
canguru. Quem passa por baixo da corda como uma cobra, como um gato sem se
encostar-se à corda.
9- BRINCANDO DE ESTÁTUA.
Objetivo: Noção de posição espacial
Alunos distribuídos pelo espaço (sala ou pátio) o professor dará comandos de andar
aleatoriamente para todos os lados. Ex.: Andar batendo as mãos sem tocar uns nos
outros, ao sinal do professor (pode ser apito) os alunos ficarão em posição que quiser
sem se mexer. Comandos Comuns: Andar batendo os pés fortes no chão; Andar rápido,
lento, abaixado, na ponta dos pés, macha ré... Sempre ao final fazer estátua. Ao
desenrolar da atividade o professor dará comandos para as estátuas, como: estátua de
avião, de bailarina, de animais, etc.
Variação: O professor pedirá estátuas sérias podendo tentar fazê-los sorrir .
10- QUANTAS PASSADAS?
Objetivo: Estimar distâncias.
Marcar um ponto de saída e um ponto de chegada (marcados por cones). A criança faz
o percurso de um ponto a outro andando, contando quantos passos deu. Depois
aumente a distância e peça para que ela faça o mesmo processo. Então depois
questione onde ela deu mais passos no menor ou no maior percurso?
Variação: Ela poderá fazer o mesmo percurso em passos mais largos, correndo etc.
GINÁSTICA:
MOVIMENTOS FUNDAMENTAIS.
De locomoção (transporte do corpo):

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Andar, correr e suas variantes


• Andar e correr com naturalidade, passo deslizado, passo cruzado, andar e correr
molejado, passos largos e curtos, rápido e devagar e etc.
• ANDAR
❖ Livremente, batendo palmas;
❖ Para frente;
❖ De costas;
❖ Com as mãos na cabeça ou na cintura, nos calcanhares, nos joelhos;
❖ Na ponta dos pés e com os calcanhares;
❖ Com as partes internas e externas dos pés;
❖ Encostando um pé à frente do outro;
❖ Sobre diferentes tipos de linha traçados no chão: reta, curva etc.
❖ Seguindo o contorno de figuras geométricas traçadas no chão com giz
(quadrado, triângulo, círculo etc.);
❖ A os pares ou trios, de mãos dadas, seguindo um estímulo auditivo (uma
música, por exemplo) cessando o estímulo, as duplas ou trios param. Repetir
várias vezes;
• CORRER
❖ Livremente, batendo palmas;
❖ Para frente;
❖ De costas;
❖ Com as mãos na cabeça ou na cintura, nos joelhos;
❖ Na ponta dos pés;
❖ Desviando de obstáculos colocados no chão.
❖ Em duplas de mãos dadas com o colega.
❖ Ao lado do colega, sem lhe dar as mãos.
❖ Estando atrás do colega, sem, no entanto tocá-lo.
❖ Correr em duplas, segurando o mesmo objeto (um arco, uma bola etc).
11- AMARRADOS
Objetivo: Experimentar outras formas de correr
Material: Pedaços de corda ou TNT.
As crianças se colocam em duplas, e entrega-se 01 corda a cada dupla. Cada
componente da dupla amarra uma extremidade da corda na cintura. As duplas unidas
pela corda andam e correm livremente pela quadra. Quando o professor der o sinal, uma

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das crianças da dupla desata seu nó e torna amarrar a corda reduzindo a distância do
colega.
Variação 01: alternar as partes do corpo às quais as crianças se amarram.
Variação 02: entregar a corda para uma criança que correrá arrastando-a no chão
enquanto a outra criança tenta pegar a ponta da corda.

Saltar e suas variantes


• Saltar alto estático e dinâmico, saltitar, saltitar alternado, galope o salto do cavalo.
• SALTAR:
❖ No mesmo lugar, com os dois pés juntos, para frente, para trás e para os lados.
❖ No mesmo lugar, com um pé só; revezar os pés.
❖ Pular sobre um obstáculo, corda, arco etc.
❖ Pular amarelinha sem pedra;
❖ Em duplas ou trios, lado a lado, e de mãos dadas, pular no mesmo lugar.
❖ Em duplas, frente a frente, pular no mesmo lugar com as mãos no ombro do
companheiro;
❖ Em duplas ou trios, pular no mesmo lugar, lado a lado, e abraçados pela
cintura.
❖ Em duplas um atrás do outro e com as mãos no ombro do colega da frente,
saltar seguidamente até chegar a um determinado ponto; girar o corpo, dando
meia-volta colocar novamente uma das mãos no ombro do colega da frente e
reiniciar o percurso.
❖ Em duplas e de mãos dadas, saltar uma corda parada.
❖ Pulando o colega
12- PULANDO O COLEGA
Objetivo: Trabalhar saltos dinâmicos.
As crianças distribuem-se em grupos de 10 e se alinham deitadas no chão um ao lado
do outro a certa distância. Ao sinal do professor a criança que for a última da fila começa
a saltar sobre seus colegas com os pés unidos ao chegar ao fim da fila ela se deita e o
próximo sai fazendo o mesmo trajeto.
13- PULA – PULA
Objetivo: Trabalhar vários tipos de saltos.
Material: Cones.
As crianças se distribuem em trios e se posicionam em fila atrás de uma linha. A 10

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metros de cada grupo se situa um cone. Ao sinal do professor, o primeiro de cada fila
se move até o cone dando saltos, imitando os movimentos dos sapos. Quando a
criança chegar ao cone, volta pulando como canguru para a fila e é a vez da criança
seguinte.
Variação: Pular de várias maneiras, como saci, saltos laterais etc.
14- CIRCUITO
Objetivo: Trabalhar vários tipos de saltos.
As crianças se colocam em fila em um canto do pátio. Distribuem-se diferentes
materiais ao longo do espaço vazio do pátio. As crianças saem uma a uma saltando os
obstáculos em ordem e realizando diferentes tipos de saltos (com os dois pés juntos,
de frente, de costas etc.).
Circuito: 05 cordas colocadas horizontalmente no chão separadas entre si, por certa
distância, 05 arcos colocados no chão, separados entre si por certa distância, um
banco e tatames colocados um em cima do outro.
Desenvolvimento:
Primeira volta:
Correr e saltar por entre as cordas com as pernas alternadas, correr e saltar dentro dos
arcos com os dois pés juntos, subir no banco, ficar em pé e saltar caindo de pé nos
tatames.
Segunda volta:
Correr e saltar num pé só entre as cordas correr e ao chegar nos arcos, cair dentro com
os dois pés juntos e subir no banco, ficar em pé e saltar abrindo as pernas.

Rolar e suas variantes


• Rolar para frente, para trás, por cima do ombro, no eixo longitudinal.
15- GIROS EM TORNO DO EIXO LONGITUDINAL
Objetivo: Explorar o rolamento longitudinal.
Rolar horizontalmente com os braços estendidos acima da cabeça. Posteriormente rolar
segurando uma bola acima da cabeça.
16- CAMBALHOTA PARA FRENTE
Objetivo: Explorar o rolamento para frente.
As crianças formam grupos de 04 diante de colchonetes dispostos longitudinalmente, a
certa distância. A primeira criança da fila realiza uma cambalhota para frente e em
seguida é a vez da próxima criança e assim sucessivamente.

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Variação: Rolar para trás por cima do ombro.

De manipulação (projeção e recepção):


Quicar e suas variantes
• Quicar com uma mão, com as duas mãos simultâneas e alternadas.
17- QUICANDO
Quicar continuamente com duas mãos, com uma mão, alternando, quicar aparando com
duas mãos, com uma mão, alternando e quicar abandonando com duas mãos e com
uma mão.
Objetivo: Experimentar várias formas de quicar.
18- CORRENDO ATRÁS
Os alunos serão organizados em duplas posicionados um a frente do outro, separados
por uma distância. Ao sinal do professor a criança da dupla que está na frente recebe
uma bola e terá que se locomover quicando a bola até chegar a um ponto demarcado
pelo professor enquanto a criança de trás correrá na tentativa de tocar no colega. Depois
se inverte as posições.

Arremessar e suas variantes


• Arremessar com duas mãos, com uma mão, arremesso de baixo para cima, de
cima para baixo e retilíneo.
19- QUEM ACERTA
As crianças se organizam em duplas e são entregue duas bolas para cada dupla. Os
componentes de cada dupla se posicionam um em frente ao outro a uma distância e
uma das bolas fica no ponto central. As crianças devem mover a bola central
arremessando alternadamente a outra bola.
Variações: arremessar a bola para o colega agarrar, arremessar a bola contra a parede
e segurar.
Objetivo: trabalhar arremesso retilíneo e de cima para baixo.
20- JOGANDO O ARCO
As crianças se distribuem por todo o espaço do pátio e é dado um arco para cada. As
crianças correm livremente e, ao sinal do professor arremessam o arco para o ar com
uma das mãos e pegam antes que toquem o chão. A cada cinco arremessos proponham
novas formas de pegar o arco: com a mão direita, com a esquerda com as duas,
introduzindo o arco no braço direito depois o esquerdo, nos dois de uma vez só.

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Objetivo: Trabalhar o arremesso de baixo para cima.

Chutar e suas variantes


• Chutar com a parte interna e externa do pé, chutar com os dedos (bicuda)
alternando os pés.
21- CHUTE EM GOL.
Objetivo: Experimentar vários tipos de chute.
Material: 02 bolas e 04 cones.
Dispor as crianças em duas colunas. À frente de cada coluna, a certa distância traves
feitas de cones. Ao sinal do professor os primeiros de cada fila chutam a bola com
finalidade de acertar o gol.
Obs.: Fazer várias rodadas com chute de bicuda, com a parte internados pés, com o pé
esquerdo, com o pé direito.

Não locomotores ou axiais (posturais e estabilidade):


• Estar de pé, balançar-se, inclinar-se, contracionar, equilibrar-se, dobrar-se.
22- JOÃO BOBO
Objetivo: Explorar o movimento balançar.
Organizar as crianças em trios. Cada trio ficará disposto assim: duas crianças uma de
frente para a outra e a terceira no meio. Ao sinal do professor, a criança do meio com os
braços encostados no corpo, se joga e os outros colegas o seguram e o jogam para
frente e para trás.

EQUILÍBRIO
23- MEXENDO E PARANDO
Objetivo: Desenvolver o Equilíbrio Estático
Com música ambiente, as crianças espalhadas pela sala ou pátio, de acordo com a
música todas devem andar dançando. Ao comando do professor elas ficarão em estátua
com pés e braços unidos ao corpo, sem mostrar desequilíbrio. Foi fácil, o professor irá
dificultando pedindo para ficarem em um pé só e braços abertos, um pé só e braços
fechados, de joelho, com um só joelho, ficar somente no calcanhar, só com o bumbum,
com cabeça e pés no chão, cabeça e um pé só no chão, etc.
24- BANCO:
Objetivo: Deslocar-se equilibrando em várias direções com obstáculos.
Materiais: 01 banco baixo, 04 saquinhos de areia e dois arcos.

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Dispor as crianças em uma coluna e colocar o banco em frente à coluna.


Desenvolvimento: O professor deve colocar-se após o banco, à frente, com um braço
aberto e a mão espalmada e comandar os movimentos:
• Andar sobre o banco, devagar, com os olhos fixos na mão do professor;
• Andar sobre o banco com as mãos nos quadris;
• Andar mais rápido com os braços abertos;
• Andar sobre o banco, passando por cima de quatro saquinhos de areia;
• Andar sobre o banco, passando por dois arcos colocados e pisar em seu interior
somente com um pé, alargando mais os passos;
• Andar de lado sobre o banco, sem cruzar as pernas;
• Andar sobre o banco até a metade, de frente, dar meia volta e continuar de costas
(o professor pode ajudar);
• Andar sobre o banco até a metade, dar uma volta completa e continuar até o final;
• Andar um terço do banco de frente, um terço de lado e o terço restante de costas.
Obs.: O professor pode variar os movimentos, os acessórios usados e substituir o banco
por uma corda ou uma linha no chão.
25- CORRIDA EQUILIBRISTA
Objetivo: Possibilitar o equilíbrio dinâmico com transporte de objetos utilizando diversas
partes do corpo.
Material: Giz, caixas de fósforos vazias ou outro objeto.
Traçar no chão duas linhas uma de partida e outra de chegada, dispor as crianças em
fileiras na linha de partida e entregar uma caixa de fósforos vazia a cada criança.
Desenvolvimento: ao sinal do professor, os alunos caminham até a linha de chegada, o
mais depressa possível, equilibrando a caixa de fósforos na cabeça. Se a caixa cair, o
aluno a pega e continua.
Obs.: O aluno pode transportar a caixa utilizando várias partes do corpo.
26- CORRIDA DO ARCO.
Objetivo: Desenvolver o equilíbrio dinâmico.
Entrega-se um arco para cada grupo de 04 crianças. Cada grupo se coloca em fila atrás
de uma linha de partida em frente a um cone situado a 10m. As duas primeiras crianças
da fila se posicionam uma trás da outra olhando em direção ao percurso e sustentando o
arco encima da cabeça. Ao sinal as crianças se dirigem até o cone levando o arco sem
utilizar as mãos. Quando as crianças retornarem à linha de partida, entregam o arco aos

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seus companheiros.
27- PASSANDO E EQUILIBRANDO
Objetivo: Desenvolver o equilíbrio dinâmico.
Material: Banco.
As crianças se organizam em fila. Diante da mesma, são colocados e alinhados dois
bancos em sentido longitudinal. Quando o professor der o sinal, a primeira criança sobe
no banco e se move mantendo o equilíbrio. Quando o colega da frente passar para o
segundo banco é a vez da próxima criança. Em cada rodada as crianças se movem de
maneiras diferentes: para frente, para trás, para frente nas pontas dos pés e sobre os
calcanhares, de lado e etc.
28- CARRINHO DE MÃO
Objetivo: Trabalhar o equilíbrio dinâmico.
Os alunos estarão organizadas em duplas dispostas em duas colunas, um será o
carrinho e o outro o que deslocará o carrinho. Ao sinal do professor sairá do local
estipulado, uma dupla de cada fileira ao mesmo tempo, dará uma volta em um cone
voltando ao lugar de origem. O professor enfatizará a brincadeira e não a competição.
29- EQUILIBRANDO E DESEQUILIBRANDO
Objetivo: Trabalhar o equilíbrio estático dinâmico.
Material: Giz.
O professor usará cordas ou desenhará: linhas retas, sinuosas, círculos, quadrados,
triângulos na sala ou pátio. As crianças andarão sobre as linhas ou cordas de acordo
com as figuras sem desequilibrar, o professor enfatizará o tipo de figuras usadas. Na
segunda parte da atividade os alunos devem ser divididos em dois ou três grupos iguais
de acordo com o tamanho das figuras. O professor usará só as figuras fechadas e
escolherá um comando para cada figura. Ex.: um apito as crianças correm para o circulo,
dois apitos para o quadrado, assim por diante. Ao comando, os alunos se deslocarão
para a figura correta e ficará com um pé só, o que cair ou errar a figura pagará mico.
30- CIRCUITO
Estações- linha reta, corda, banco, corrida com pé só, carrinho de mão.
Passar pela linha sem correr, um pé próximo ao outro, passar embaixo da corda, andar
rápido por sobre o banco, pular em um pé só de um determinado espaço até encontrar
um colega que encerrará o circuito com o carrinho de mão.
Obs.: Deve-se marcar o tempo dos participantes e depois inverter os papéis.
31- PIPOCA MALUCA.

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Objetivo: Trabalhar o equilíbrio corporal dinâmico e estático.


Dispor as crianças livremente pelo pátio. Ao sinal do professor, as crianças correm em
todas as direções. Quando o professor disser “pipoca maluca” as crianças devem parar
onde estão e começam a pular com os dois pés, com um pé, conforme a orientação.
32- JACARÉ LELÊ.
Objetivo: Trabalhar o equilíbrio corporal dinâmico.
Material: Giz.
Desenhar uma linha no chão com o giz e dispor as crianças atrás dessa linha. As
crianças andam sobre a linha que é o lago. Atrás dessa linha fica uma criança, que é o
jacaré. Todos cantarolam “vamos passeando enquanto o jacaré não está dormindo”. De
repente, o jacaré faz um barulho para avisar que foi acordado e que, portanto, vai pegar
alguém. O jacaré corre com as duas pernas e as outras crianças com uma perna só,
podendo sair da linha. Quem for pego ajudará o jacaré ou ficará no lugar dele.
33- PALHAÇO.
Objetivo: Trabalhar equilíbrio estático e dinâmico.
Espalhar tatames e dispor as crianças sobre os mesmos. O professor deve explorar a
figura do palhaço:
Você já viu o palhaço? Onde?
O que ele faz? Onde trabalha? Você gosta dele?
Ao comando do professor, as crianças devem se movimentar imitando o palhaço: andar
e parar de cócoras, equilibrar-se sobre um pé só, saltar como se apanhasse frutas em
uma árvore, andar de joelhos sem auxilio das mãos, andar segurando um dos pés como
se tivesse machucado, andar pulando, sentar-se e levantar-se sem ajuda das mãos.
34- EQUILÍBRIO SOBRE LATAS
Objetivo: Trabalhar o equilíbrio em diferentes planos.
Material: Latas de leite ou achocolatado.
Dispor as crianças livremente pelo pátio tendo à frente uma lata, que pode ser de leite,
achocolatado etc. cada criança com uma lata a sua frente, ao comando do professor,
deve subir na lata com um pé e descer com o outro ficando alguns segundos sobre o
mesmo. Alternar o pé.
35- SAQUINHO DE PÉ.
Objetivo: Trabalhar o equilíbrio dinâmico.
Material: Saquinhos de areia.
Dispor as crianças em colunas, uma linha de chegada e outra se saída marcadas no

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chão. As crianças devem colocar sobre um dos pés saquinhos de areia os quais devem
ser transportados sem cair da linha de saída até a linha de chegada.
Variação: O saquinho pode ser carregado nas costas com a criança de quatro apoios, na
cabeça e etc.

LATERALIDADE
36- ARCO DIRIGIDO
Objetivo: Percepção da Lateralidade.
Material: Arcos.
Os alunos estarão dispostos no espaço escolhido, cada um com um arco em mãos. O
professor irá dirigir a atividade pedindo para que todos coloquem o arco no chão e
fiquem dentro e ao sinal que eles pulam fora e dentro, no início aleatoriamente depois
(para frente/costa, lado direito/esquerdo) enfatizar bem os lados. Após isso, façam os
alunos virarem para o outro lado, observando que os lados direito e esquerdo
mudaram... A atividade continuará com o trabalho de pés e mãos. Pedir para os alunos
colocarem só o pé direito dentro do arco, depois o esquerdo. Manusear o arco com
mão/braço direto e esquerdo. Citar a cabeça que é parte medial do corpo, mas temos
olho esquerdo e direito, etc. Devem-se trabalhar movimentos livres e dirigidos com todas
as partes do corpo.
37- MOVIMENTOS COM BOLA.
Objetivo: Reconhecer a independência das funções de cada lado do corpo tanto parado
como em deslocamento.
Material: 01 bola para cada criança.
Dispor as crianças livremente e o professor comanda os movimentos
• Jogar a bola para o alto, com as duas mãos;
• Jogar a bola para o alto com uma das mãos e pagar com as duas;
• Jogar a bola de uma das mãos para a outra;
• Rolar a bola no chão, com uma das mãos depois a outra;
• Rolar a bola com uma das mãos, e correr paralelamente, procurando chegar a um
local determinado antes dela;
• Rolar a bola no chão com um dos pés e depois o outro;
• Jogar a bola contra uma parede com uma das mãos e depois com a outra;
• Chutar a bola com um dos pés o mais longe possível e depois com o outro pé.

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38- BOTA AQUI O SEU PEZINHO


Objetivo: Executar atividades utilizando os lados do corpo.
Material: Fitas de TNT.
Dispor as crianças livremente com as fitas do TNT amarrado em um dos pés de cada
criança.
Desenvolvimento: Cantar a cantiga “pezinho”
• Encolher e esticar a perna que contém a fita;
• Levantar a perna que não tem a fita;
• Elevar para o alto o braço correspondente à perna com a fita, e assim por diante;
Após essas atividades, propor às crianças que andem em cima de uma linha. Ao ritmo
da cantiga e de acordo com a letra, colocam o pé que tem a fita para frente e para trás,
para um lado e para o outro, andam na linha batendo o pé da fita mais forte ou mais
fraco.
Quando a letra da cantiga sugere que juntem os pés, as crianças aos pares juntam os
pés que têm as fitas.
39- TAMPINHA
Objetivo: Executar atividades utilizando os lados do corpo.
Material: Uma tampinha de garrafa pet para cada criança.
Desenvolvimento: dispor as crianças em fileira com a tampinha nas mãos de frente para
uma parede. Ao sinal do professor eles arremessem as tampinhas contra a parede com
uma mão depois com a outra, fazer repetidas vezes. Após isso separar as crianças em
duplas sentadas uma de frente para a outra com as pernas afastadas lateralmente jogar
a tampinha para o colega com o dedo médio (dando bisca) com a mão direita e com a
esquerda.
40- DOMINÂNCIA LATERAL
Objetivo: Perceber seu lado dominante nas ações habituais.
Dispor as crianças livremente.
Desenvolvimento: O professor comanda os movimentos:
• Levantar um braço, depois outro;
• Levantar os dois;
• Levantar uma perna, depois outra;
• Na roda girar para o lado direito e para o esquerdo.
41- FAZENDO BOLINHAS

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Objetivo: Percepção visual e Lateralidade.


Material: Revistas
As crianças estarão em roda, sentados no chão. O professor destacará uma página de
revista para cada criança, pedindo para que elas observem o que há em sua folha, dos
dois lados. Para que ninguém esqueça sua folha. O professor continuará a atividade
pedindo para que as crianças balancem a folha de revista observando que a mesma faz
barulho imitando chuva. Após isso o professor irá pedir para que elas amassem suas
folhas formando bolinhas, a atividade com a bola de papel pode ser diversa como jogar
para cima, e apanhá-la ainda no ar com mão direita/esquerda, jogar para o ar e deixar
cair no chão pegando qualquer bolinha, jogar para cima, deixar cair e chutar todas com o
pé direito/esquerdo, misturando-as. Depois de bem explorada as crianças pegarão uma
bolinha, sentarão em roda, abrirão a folha e reconhecer sua folha, haverá troca das
folhas. O professor pedirá para balançar as folhas observar que não faz o mesmo
barulho.
42- JOGOS DOS MARUJOS
Objetivo: Executar atividades utilizando os lados do corpo.
Material: Giz.
Formação e desenvolvimento: traçar uma linha no chão, dividindo o local em duas partes
uma representa o mar e a outra a terra. Dispor as crianças em fileiras sobre a linha que
separa o mar da terra. O professor é o capitão e as crianças, os marinheiros. O capitão
comanda todos os movimentos e os marinheiros dizendo:

• À terra, na ponta dos pés;


• Ao mar, pulando;
• À terra, pulando em só pé;
• Ao mar, em duplas;
• Ao mar, nadando;
• A terra, engatinhando;
• Ao mar, correndo...

43- ATIVIDADE DE EQUILIBRAR E LATERALIDADE


Objetivo: Perceber seu lado dominante nas ações.
Material: Palito de picolé e tampinha de garrafa.
Formação e desenvolvimento: alunos dispostos em duas colunas, ao sinal os alunos

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deverão se deslocar a um local predeterminado, passando o palito para o próximo


colega. Os alunos deverão colocar a tampinha numa extremidade do palito e segurar na
outra, a tampinha não poderá cair vence a equipe que terminar primeiro. A atividade
deverá ser realizada usando os dois lados do corpo.
44- FIGURAS GEOMÉTRICAS
Objetivo: Perceber seu lado dominante nas ações.
Material: Giz, cartões com figuras geométricas.
Desenhar no chão figuras geométricas (círculo, quadrado, triângulo, retângulo,
losango), no mínimo 02 de cada. As crianças livremente pelo pátio o professor propõe
que se movimentem entre as figuras desenhadas no chão. Ele mostra um cartão e as
crianças devem procurar a figura correspondente ao modelo do cartão. Elas pulam com
um pé só no interior da figura. Em seguida elas voltam a circular livremente e assim
sucessivamente.
Obs.: Pode variar os comandos pular com um pé depois o outro, os dois, por uma mão
no chão depois a outra, e etc.
45- DIREITO ESQUERDO

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Recortar um par de mãos e de pés para cada criança e espalhar pelo pátio. Ao
sinal do professor as crianças vão procurar suas peças e ao encontrá-las terão que
colocar suas mãos e seus pés sobre os desenhos respectivos (direita e esquerda).

COORDENAÇÃO GLOBAL

46- CONES E CORDAS


Objetivo: Coordenar movimentos de membros inferiores e superiores no correr e
quadrupedismo.
Material: 04 cordas (ou 04 riscos no chão) e 02 cones.
Organizar as crianças em duas colunas e dispor duas cordas longitudinalmente ou riscar
duas linhas longitudinais, a uma distância da linha de partida, em frente de cada coluna
e colocar um cone à frente das linhas para marcar o ponto de retorno dos alunos. Ao
sinal do professor, os primeiros de cada coluna, correm passando pela corda ou linha
com as pernas afastadas lateralmente (não pode pisar na corda ou linha), vão até o
cone e o contornam retornando em quatro apoios. Ao chegarem a sua coluna batem na
mão do próximo colega que faz a mesma movimentação.
47- CORRIDA DO TAPETE I
Material: Duas folhas de jornal para cada criança.
Objetivo: Coordenar movimentos de membros inferiores e superiores.
Duas equipes com 10 participantes cada. Cada uma será dividida em duas fileiras uma

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de frente para a outra, os participantes de uma fileira receberão dois “tapetes”. Ao apito
do professor todos que estão com o tapete deverão se deslocar até o outro companheiro
de sua equipe sempre pisando em cima dos tapetes um de cada vez. O companheiro
deverá fazer o mesmo até chegar ao outro lado.
48- CARACOL
Objetivo: Coordenar movimentos de membros inferiores e superiores.
Material: Giz.
Organizar as crianças em uma coluna, e em frente desenhar um caracol grande. Ao
sinal do professor, o primeiro da coluna corre e, quando chega ao caracol, deve andar
(sobre a linha), com um pé na frente do outro ao final deve retornar correndo, bater na
mão do próximo colega e se posicionar no fim da coluna.

COORDENAÇÃO FINA
49- TELÉGRAFO
Objetivo: Executar movimentos de compressão.
Dispor os alunos em dois semicírculos, o professor senta unindo os dois e representa a
estação de telégrafo. O professor deve transmitir a mensagem, por apertos de mãos
simultâneos nas mãos dos dois primeiros alunos. Estes devem transmitir a mensagem
aos seguintes, e assim por diante, até o último aluno de cada grupo. O ultimo aluno, ao
receber a mensagem, deve levantar a mão, acusando o recebimento e identificando-a.
50- ENROLA-ENROLA
Objetivo: Executar movimentos de enrolar.
Material: 02 bastões grandes (cabo de vassoura) e 02 barbantes bem grandes.
Amarrar, nas pontas de cada bastão um barbante. Dispor as crianças em duplas e em
duas colunas, entregar a cada dupla um bastão.
Cada dupla enrola o barbante no bastão, girando-o. Ao terminar, a dupla passa o bastão
à seguinte, que desenrola o barbante, girando-o. Desenrolado o barbante, a dupla passa
à seguinte que o enrola e assim por diante.
51- ENROSCA
Objetivo: executar movimentos de enroscar.
Preparação: 20 garrafas penduradas em uma corda de “boca” para baixo sem as
tampas.
Organização: Duas equipes com 10 participantes cada, dispostos em colunas. Ao sinal a
primeira criança de cada coluna correrá com a tampinha na mão e deverá enroscá-la na

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garrafa podendo segurar a mesma com a mão, após enroscar, voltará correndo para o
final da sua coluna.
52- CORRIDA DO TAPETE II
Material: Duas folhas de jornal para cada criança e uma garrafa plástica.
Objetivo: Coordenar os movimentos de enrolar e desenrolar.
Duas equipes com o mesmo número de participantes serão organizadas em colunas.
Cada criança receberá dois “tapetes”. Ao apito do professor os primeiros de cada equipe
deverão se deslocar até a garrafa, sempre pisando em cima dos tapetes um de cada
vez, ao chegar deverá enrolar os jornais, colocar dentro da garrafa e volta para o fim da
coluna. Quando todos tiverem terminado o processo será inverso o primeiro agora irá
correndo até a garrafa irá pegar os jornais desenrolar e voltar correndo ou usando
tapete.

GINÁSTICA HISTORIADA
Objetivo: Despertar a imaginação, organização em grupo entre outros.
Passeio na Fazenda
Música ambiente fazendo de conta que o professor irá fazer um passeio na fazenda com
os alunos da escola. Na primeira parte as crianças entrarão no ônibus: as crianças
sentarão no chão, umas atrás das outras formando o ônibus que fará curvas (todas para
o lado direito/lado esquerdo) subindo ladeiras, descendo, freando, passando em
buracos, etc. Ao chegar à fazenda, as crianças descerão do ônibus e começarão o
passeio pela granja. As crianças farão barulho de galinha/galo/pintinhos. Comentarão
qual o alimento preferido das aves e qual é a utilidades delas para o homem... O passeio
continuará com visitas a outras partes da fazenda, como, o curral, o pomar, ao rio...
Sempre explorando o cotidiano muitas vezes estranho para eles. O passeio se encerra
com um bom almoço com comidas e bebidas típicas da fazenda. Entrarão no ônibus e
farão o percurso de volta. Todos estarão cansados e poderão dormir.
Outras histórias: Passeio no parque de diversões, no zoológico, na floresta, na Usina
Hidrelétrica.

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ATIVIDADES RÍTMICAS E EXPRESSIVAS


1- IMAGINANDO
Objetivo: Trabalhar noção do ritmo quanto a sua velocidade.
Material: Som, CDs.
Desenvolvimento: As crianças devem estar descalças;
Comece reunindo as crianças e coloque uma música alegre, sentados no chão numa
grande roda, com as pernas estendidas, proponha que brinquem com os pés: todos
devem chegar para frente arrastando o bumbum até que os pés de todos se toquem. Os
pés se agitam se acariciam, ora mais lentamente, ora mais rapidamente. Você pode
enriquecer a brincadeira, sugerindo:
O meio da roda é uma piscina!
O meio da roda é uma grande gelatina!
2- FAZ DE CONTA
Objetivo: Trabalhar expressão corporal.
Material: CDs, som.
Peça que todos se deitem no chão. Coloque uma música alegre que estimule as
crianças a se movimentar, não esqueça que para as crianças o entorno simbólico é
muito importante na atividade. Diga a eles que a sala vai se transformar numa grande
floresta e todos serão habitantes delas.
Todos os bichos estão dormindo. Aos poucos vão acordar.
Primeiro todos serão aranhas, que andarão com apoio dos pés e das mãos no
chão...Depois se transformarão em minhocas, arrastando-se pelo chão com a lateral do
corpo...
Logo serão cobras, arrastando-se pelo chão com apoio da barriga...
Tatus-bola, que com movimento de abrir e fechar sua casca percorrerão a floresta,
leões, tigres, leopardos de quatro patas no chão...
Coelhos que percorrem a floresta com pulos pequenos e cangurus com pulos grandes e
etc.
3- RÁPIDO, DEVAGAR
Objetivo: Trabalhar noção de ritmo quanto a sua velocidade.
Material: Pedaços de tecido para cada criança, som, CDs.
Distribua para cada criança um pedaço de tecido. Ao som de uma música (lenta/rápida),
Deixe que elas explorem a sala manipulando os tecidos. Sugira que as crianças pintem
a sala com os tecidos, como se fossem pinceis. A sala toda tem que ficar

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pintada, o chão, as paredes, o teto e nenhum lugar pode ficar sem pintar. Sempre ao
som da música, sugira que as crianças joguem os tecidos para cima e os peguem, a
cada vez, com uma parte do corpo diferente: com a cabeça, barriga, cotovelo, pés,
costas, bumbum, com as palmas das mãos e etc. Para encerrar um relaxamento.
4- ACELERANDO
Objetivo: Desenvolver noção de ritmo quanto a sua velocidade.
A roda começa girando devagar e vai acelerando até chegar ao dez. Ex: A galinha do
vizinho bota ovo amarelinho, bota um, bota dois... e assim a roda vai acelerando. Como
também pode desacelerar fazendo a contagem regressiva.
5- DANÇANDO
Objetivo: Desenvolver noção de ritmo quanto a sua velocidade.
As crianças se organizam formando um círculo, o professor produz sons de diversos
ritmos e indica a parte do corpo que a criança deverá movimentar. Somente a perna, só
o braço, só a barriga e etc.
6- MARIONETES
Objetivo: Desenvolver noção de ritmo quanto a sua intensidade.
Material: Som, CDs.
As crianças se espalham pelo espaço e deitam no chão com os olhos fechados. O
professor lhes diz que são marionetes (explicar o significado antes), que acordam
quando ouvem a música alta, abrem os olhos, levantam-se e começam a dançar no
ritmo da música. Quando a intensidade da música for ficando cada vez mais baixa, as
marionetes vão caindo lentamente e quando a música parar todos voltam a dormir. O
volume da música sobe e desce de modo progressivo, para que as crianças adaptem
seus movimentos de acordo com o volume.
7- SEGUINDO O RITMO
Objetivo: Desenvolver noção de ritmo quanto a sua velocidade.
Material: Tambor ou uma caixa, bolas, cones, cordas, tecidos, papéis etc.
São colocados os materiais espalhados no chão. O professor toca o tambor e as
crianças se movem no ritmo do tambor esquivando-se do material. Quando o professor
der um toque no apito e coloca uma música, as crianças manipulam um dos objetos no
ritmo do som. Quando o professor der dois toques no apito as crianças deixam de
manipular os objetos e continuam a se mover no ritmo do tambor.
8- ATENÇÃO
Objetivo: Desenvolver a continuidade do ritmo nos tempos de silêncio.

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Material: Tambor ou outro objeto que produza som.


As crianças se espalham pelo pátio e andam no ritmo que o professor marcar no tambor.
Em seguida ele para de produzir o som e adiciona os tempos de silêncio, durante os
quais as crianças baterão palmas, pularão etc., dando continuidade ao ritmo que o
professor estabeleceu.
Variação: O professor entrega um tambor para uma criança tocar e as demais
reproduzirem o mesmo ritmo com palmas.
9- SENTINDO O CORPO
Objetivo: Desenvolver noção de ritmo quanto a sua velocidade.
Material: Uma garrafa pet com pedrinhas para cada criança.
As crianças, com uma garrafa com pedrinhas, se distribuem e colocam os dedos,
indicador e médio no pescoço, ou a mão no tronco, ou os dedos no pulso para sentir as
pulsações. Quando o professor indicar as crianças reproduzem o som no ritmo de suas
pulsações sacudindo a garrafa. Depois o professor comanda atividades com
intensidades crescentes e depois as crianças tornam a sentir seus batimentos que agora
estão acelerados e reproduzi-los com as garrafas novamente e verificar a alteração de
ritmo. Variação as crianças se colocam em duplas, com uma garrafa e uma das crianças
sacodem a garrafa conforme a pulsação do seu colega.
10- DANÇA DA BOLA
Objetivo: Desenvolver noção de ritmo quanto a sua velocidade.
Material: Uma bola para cada dupla
Os alunos serão organizados em duplas e cada um terá uma bola. Ao som de uma
música eles devem dançar com a bola nas costas e podendo variar a posição da bola,
na frente, na testa e etc.
11- PINÓQUIOS
Objetivo: Desenvolver noção de ritmo quanto a sua velocidade.
Material: Giz.
Dispor as crianças sobre uma linha circular enquanto o professor faz de conta que joga
um pó “pir-lim-pim-pim” nos alunos, que devem caminhar sobre a linha, lentamente,
como um boneco de pau. De posse de um pandeiro, o professor marca um ritmo,
inicialmente lento, e as crianças continuam a caminhar ao ritmo do pandeiro, sempre
como boneco de pau.
Gradativamente o professor marca ritmos rápidos e os alunos obedecem a outros
movimentos, para frente, para trás, para o lado como boneco mole e etc.

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12-BATATA QUENTE
Objetivo: Desenvolver noção de ritmo quanto a sua velocidade.
Material: Uma bola.
Para não “morrer” com a bola na mão, as crianças precisam se concentrar e coordenar
movimentos ao ritmo da fala.
O grupo fica em círculo, sentado ou em pé. Uma criança fica fora da roda, de costas ou
com os olhos vendados, dizendo a frase: “Batata quente, quente, quente... queimou!”
Enquanto isso, os demais vão passando a bola de mão em mão até ouvirem a palavra
“queimou”. Quem estiver com a bola nesse momento vai dar o comando da fala.
Uma opção é pedir para as crianças mudarem o ritmo com que dizem a frase. As que
estão na roda têm de passar a bola de mão em mão mais rápido ou devagar, conforme a
fala.
Obs.: Pode-se também colocar uma música ou produzir sons com objetos em ritmos
diferentes.
13- ORQUESTRA DE ÁGUA
Objetivo: Desenvolver noção de ritmo quanto a sua velocidade.
Material: Garrafa pet ou latas com quantidades diferentes de água.
Encha algumas garrafas ou latas com quantidades diferentes de água. Bata gentilmente
em cada uma para descobrir o som criado. Você pode ordenar os objetos do som mais
grave ao mais agudo. Você pode adicionar ou remover a água dos objetos até criar o
som que você deseja. Invente uma música para sua orquestra de água.
14- CORDA VIVA
Objetivo: Desenvolver noção de ritmo quanto a sua velocidade.
Material: Corda.
Posicionar a corda como se as crianças fossem pular normalmente. O professor
movimentará a corda, as crianças irão passar por baixo da corda para o outro lado uma
de cada vez sem tocar na corda. A segunda parte da atividade, as crianças pularão a
corda em movimento fazendo o mesmo trajeto, sem tocar a corda. A corda será
movimentada mais rápida ou mais lentamente, de acordo com o avanço da criança.
15- PINTANDO O SOM
Objetivo: Desenvolver o ritmo quanto a sua intensidade.
Material: Papel sufite e lápis de cor ou de cera verde e vermelha.
Dispor as crianças sentadas nas cadeiras ou no chão com uma folha de papel e os lápis
nas mãos, peça que façam vários desenhos de coisas que elas gostam. Após isso

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explique que o professor fará um som e quando este for forte elas devem pintar um
desenho com o lápis vermelho, quando o som for fraco elas devem pintar com o lápis
verde.

CANTIGAS DE RODA
1- Pezinho é uma dança é uma dança conhecida em Portugal e no Brasil,
podemos encontrar no litoral de Santa Catarina e no litoral de norte do Rio Grande do
Sul.
LETRA: Ai bota aqui, ai bota ali o seu pezinho,
O seu pezinho bem juntinho com o meu. (BIS)
E depois não vá dizê-ê,
Que você se arrependê-eu (BIS)
FORMAÇÃO: roda simples meninas com as mãos na cintura, e meninos com as mãos
para trás, aos pares, frente a frente.
MOVIMENTAÇÃO: acompanhar a letra da música movimentando os pés para o lado
direito “ai bota aqui”, lado esquerdo “ai bota ali”, no terceiro e no quarto verso os pares
engancham os braços e giram para a direita, trocam-se os braços e giram para a
esquerda.
2- Peixe Vivo é uma canção que faz referência sentimentos de amizade, de
amor, de companheirismo entre pessoas.
LETRA: como pode um peixe vivo viver fora água fria? (BIS)
Como poderei viver, como poderei viver,
Sem a tua, sem a tua, sem a tua companhia?(BIS)
FORMAÇÃO: roda simples, mão dadas e um participante no centro da roda.
MOVIMENTAÇÃO: a roda gira para a esquerda e todos cantam. Terminada a música, o
participante do centro escolhe outro participante para ir ao centro, ambos se abraçam e
aquele que estava ao centro ocupa um lugar na roda, e a atividade continua.
3- Se Eu Fosse Um Peixinho, cantiga de São Luis do Maranhão onde todos os
participantes conhecerão os nomes dos outros.
LETRA: Se eu fosse um peixinho e soubesse nadar
Eu tirava fulana (nome de um participante) do fundo do mar
Fulana, não chores nem queira chorar,
Que o barco navega nas ondas do mar.
FORMAÇÃO: roda simples, mãos dadas e um participante no centro da roda.

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MOVIMENTAÇÃO: a roda gira para a esquerda e o participante do centro da roda canta


a música. Ao cantar o segundo verso, ele escolhe um nome dos participantes e o puxa
para dentro da roda. No terceiro e quarto verso, eles cantam juntos, girando no centro de
mãos dadas. Para iniciar novamente a cantiga, o que estava ao centro ocupa um lugar
na roda, e assim sucessivamente.
4- A Carrocinha é uma cantiga de domínio popular.
LETRA: A carrocinha pegou três cachorros de uma vez (BIS)
Tá rá rá que gente é essa
Tá rá rá que gente má.
FORMAÇÃO: os participantes saem cantando livremente (cachorros). Um participante
será designado o dono da carrocinha.
MOVIMENTAÇÃO: enquanto os participantes saem livremente, o dono da carrocinha vai
escolher os “cachorros” e levando para a carrocinha, (um lugar determinado no início da
atividade como sendo a carrocinha). A atividade terminará quando o dono da carrocinha
conseguir prender todos “cachorros”. O último participante a ser preso iniciará a
atividade novamente.
5- Eu Era Assim é uma cantiga do nosso folclore brasileiro.
LETRA: Quando eu era neném, neném, neném
Eu era assim, eu era assim.
Quando eu era garota, garota, garota
Eu era assim, eu era assim.
Quando eu era mocinha, mocinha, mocinha
Eu era assim, eu era assim.
Quando eu era mulher, mulher, mulher
Eu era assim, eu era assim.
Quando eu era velhinha, velhinha, velhinha
Eu era assim eu era assim.
FORMAÇÃO: roda simples.
MOVIMENTAÇÃO: os participantes saem andando um atrás do outro, fazendo
livremente gestos e expressões que a letra da música pede.
6- A Roseira é uma cantiga de domínio popular.
LETRA: A mão direita tem uma roseira (BIS)
Que dá flor na primavera (BIS)
Entrai na roda, linda roseira (BIS)

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E abraçai a mais faceira (BIS).


FORMAÇÃO: roda simples, mãos dadas e um participante ao centro da roda.
MOVIMENTAÇÃO: a roda gira para o lado esquerdo e todos cantam. Na segunda
estrofe o participante do centro da roda escolhe um participante para dançar com ele
dentro da roda.
7- O Cravo Brigou com a Rosa estaremos favorecendo a dramatização, a
expressão corporal a mímica além dos aspectos cognitivos e afetivos.
LETRA: O cravo brigou com a rosa, (bater mão na mão)
Debaixo de uma sacada. (unir as mãos no alto)
O cravo saiu ferido, (cara de ferido)
A rosa despetalada (despedaçada). (cara de ferida)
O cravo ficou doente,
A rosa foi visitar.
O cravo teve um desmaio,
E a rosa pôs-se a chorar.
FORMAÇÃO: roda simples, mãos dadas e dois participante ao centro da roda. Um
sendo o cravo e o outro a rosa.
MOVIMENTAÇÃO: os participantes da roda giram para a esquerda, cantando. Os
participantes no centro vão interpretar, através de gestos, a letra da música. Ao término
os participantes do centro escolhem dois da roda para dar continuidade.

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JOGOS
JOGOS POPULARES
Objetivo: Desenvolver através dos jogos folclóricos a valorização e o respeito da
diversidade cultural brasileira;
1- CHICOTINHO QUEIMADO
Uma criança esconde o chicotinho queimado, que pode ser qualquer objeto, enquanto
as demais olham para trás. Quem acabar de esconder diz: "Chicotinho queimou".
Depois, todos vão procurar o chicotinho. Se tiver mais distante, quem escondeu o
chicotinho dirá que ela está fria. Se mais perto, dirá que está quente. Dirá também que
está esquentando ou esfriando conforme quem se distancia ou se aproxima do
chicotinho queimado. "Está pelando" é estar muito perto do chicotinho. Quem achar o
chicotinho queimado sairá correndo e tocará com ele nas demais. E quem for tocado irá
escondê-lo da próxima vez.
2- TELEFONE SEM FIO
Organizar os jogadores sentados um ao lado do outro em fila.
O primeiro jogador diz uma frase/mensagem no ouvido do colega seguinte. Cada
participante após receber a mensagem fala o mais baixo possível no ouvido do colega
seguinte até que o ultimo falará em voz alta o que recebeu.
3- BOCA DE FORNO
Primeiro uma criança é eleita como "o senhor", esta irá dar as ordens na brincadeira, os
demais participantes terão apenas que cumprir suas ordens. A ordem consiste em achar
um determinado objeto, caso a criança não consiga encontrar e trazer o objeto pedido
ela é obrigada a pagar uma prenda que pode ser cantar ou dançar uma música, imitar
um bicho ou qualquer outra coisa.

Senhor – boca de forno!

Crianças – forno!

Senhor – jacarandá!

Crianças – dá!

Senhor – tudo que eu mandar?

Crianças – faço!

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Senhor – se não fizer?

Crianças – leva bolo!

Então o senhor manda que as crianças peguem um objeto.

4- ADOLETÁ
A-do-le-tá
Le-pe-ti
Pe-ti-pe-tá
Le café com chocolá
A-do-le-tá.
Os componentes fazem formação de roda, onde se desloca a mão direita de forma a
bater com a palma no dorso da mão direita do seu componente do lado e assim em
diante. Este movimento segue a silabação da música. O último a ser batido de acordo
com a silabação da música paga uma prenda.
5- BARRA MANTEIGA
Traçar duas linhas com uma distância média de 8m entre elas. As crianças são
divididas em duas equipes que posicionam-se nas linhas em fileira. Todos devem estar
com os braços na altura da cintura e as palmas das mãos viradas para cima. Uma de
cada vez, e de forma alternada as crianças vão até o lado contrário e bate com a palma
de sua mão, devagar, em todas as mãos disponíveis, até que, repentinamente, dá um
tapa mais definido numa das mãos e grita “barra manteiga” e corre para o seu lado.
Quem receber o toque, imediatamente corre atrás e tenta pegar o colega. Se conseguir,
este passa a ser da equipe que o apanhou, e o jogador que o pegou faz a mesma coisa
no grupo contrário. Caso não consiga pegar o colega ele passa para outra equipe
6- CORRE CUTIA
As crianças deverão tirar a sorte para ver quem ficará com o lenço. Deverão sentar na
roda com as pernas cruzadas. Quem estiver segurando o lenço corre ao redor da roda
Corre cutia
de noite, de dia
de baixo da cama
da sua tia
Lenço na mão
Caiu no chão
Moça bonita

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Do meu coração.
O dono do lenço então pergunta:
Posso jogar?
E todos respondem:
Pode!
Um, dois, três! Deixa então o lenço cair atrás de alguém da roda. Este deverá perceber,
pegar o lenço e correr atrás de quem jogou antes que este sente no seu lugar. Se
conseguir pegar aquele que jogou ele será o próximo a jogar o lenço, se não conseguir
quem jogou o lenço continuará segurando para jogar atrás de outra pessoa.
7- AMARELINHA

Riscar várias amarelinhas no chão. As crianças distribuídas em


colunas recebem uma pedrinha cada. A primeira de cada coluna deve
jogar a pedra na primeira casa da amarelinha “1”. Ela pulará nas casas
conforme sua quantidade se for duas casas pisará com os dois pés, se
for uma casa pisará somente com um pé sem poder pisar na casa em
que está a pedra. Depois que fizer o percurso de ida e vinda passa a
vez para o outro colega.
8- BANDEIRINHA
Jogam dois grupos, cada um com seu campo e sua bandeirinha. No fundo de cada
campo, coloque a bandeira (ou qualquer objeto, como uma bola) do time. O objetivo é
capturar a bandeira do time contrário e trazer para o seu campo. Mas o jogador que
entrar no campo do time contrário e for tocado por alguém fica “colado” no lugar. Só
pode sair se for "descolado" por alguém do seu próprio time. Ganha o time que capturar
a bandeira adversária e voltar para o campo primeiro, sem ser tocado por alguém
9- RESGATE
Idêntico à bandeirinha, porém no lugar da bandeirinha, será colocada uma criança do
outro grupo. O objetivo é tocar nessa criança e salvá-la. Quando ela é tocada pelos
colegas do mesmo time ela pode correr, porém se for tocada por colegas do outro time é
“colada” e só poderá correr quando alguém do seu time a “descolar”.
10- TRÊS, TRÊS PASSARÁS
Primeiro tem-se que escolher duas crianças que serão a ponte dando as mãos um para
a outra, sem que o restante da turma saiba, eles decidem quem será pêra ou maçã. Os
demais fazem uma fila que passará por debaixo da ponte. A dupla que é a ponte juntam

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suas mãos e as levantam, formando a ponte. Aí, todos cantam: "bom barquinho, bom
barquinho, deixa nós passarmos carregados de filinhos pra Jesus criar, três, três
passarás, derradeiro há de ficar se não for o da frente o de trás será”. Quando quase
todos já tiverem passado por debaixo da ponte, a dupla prende seus braços na cintura
do último e perguntam baixinho sem que os outros ouçam: Você quer pêra ou maçã? O
Participante escolhe e vai para trás de quem representa a fruta que ele escolheu. No
final ganha o participante que tiver mais gente atrás, ou seja, a fruta mais escolhida.

11- VIVO MORTO


As crianças dispostas livremente pelo pátio, cada vez que o professor falar MORTO, as
crianças devem se agachar e quando ele falar VIVO eles devem se levantar, o professor
deverá ir falando cada vez mais rápido para que as crianças se confundam.
12- SEU MESTRE MANDOU
As crianças ficam dispersas no pátio observando as “ordens do mestre”. Tudo que seu
mestre mandar elas tem que fazer. Quem não obedecer paga uma prenda.
13- MÃE DA RUA
São traçadas duas linhas paralelas a certa distância uma da outra. As crianças têm que
atravessar de um lado para o outro pulando de um pé só e ao mesmo tempo fugindo da
mãe da rua, que corre com os dois pés, mas estará longe durante a travessia dos
"sacis". Aqueles que forem pegos podem correr com os dois pés e começam a ajudar a
capturar os outros. A brincadeira termina quando a turma toda for capturada.
14- GATO E RATO
As crianças formarão uma roda. Haverá um pegador (gato) e um fugitivo (rato). Ao sinal
do professor o rato deve fugir e o gato procurar pegá-lo. Eles passarão por dentro e por
fora da roda até que o rato seja pego. Quando isso acontecer o professor escolherá
novos gato e rato.
15- ESTÁTUA
As crianças fazem uma roda e cantam a música “batatinha frita, frita na manteiga 1, 2, 3
quem mexer vai pro xadrez”. Ao fim da música todas as crianças devem fazer uma pose
e ficar estátua. Quem se mexer paga uma prenda.
16- CABRA CEGA
As crianças ficam dispersas no pátio enquanto uma será escolhida para ser a “cabra
cega” ou “pata cega. Os olhos da “cobra cega” serão vendados com um lenço e ao sinal
do professor, ela tentará pegar seus colegas. Quem for pego se tornará a “cobra cega”.

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17- ELÁSTICO
Duas crianças são escaladas para segurar o elástico. Elas ficam aproximadamente 2
metros de distância uma da outra, com o elástico na altura do tornozelo e com as pernas
afastadas. A criança que fica no centro do elástico, tem de fazer todos os movimentos
combinados com os colegas antes de iniciar a brincadeira.
Pode se pular com os dois pés em cima do elástico, com os dois pés fora dele, saltar
com um pé só e depois com o outro, etc. Se conseguir, ela passa para a próxima fase:
Executar a mesma seqüência de movimentos com o elástico colocando em uma altura
maior. Do tornozelo para a perna, depois para o joelho até chegar à coxa.
Se a criança errar troca de posição com um dos colegas que estão segurando o elástico.
18- COELHINHO FORA DA TOCA
Parte das crianças forma, aos pares, a toca do coelho, enquanto as outras serão os
coelhos e cada um ficará dentro de sua toca deixando sobrar apenas um coelho sem
toca. Quando o professor disser “coelhinho fora da toca”, todos os coelhos devem correr
para mudar de toca inclusive o que estava sem toca. Posteriormente se trocam as tocas
e os coelhos.
Variação: O professor pode diminuir a quantidade de toca transformando-as em coelhos.
19- FORCA
As crianças são dividas em duas equipes. O professor escolherá as palavras que
estarão escritas em pequenos pedaços de papéis. No quadro ele desenhará duas forcas
uma para cada equipe. As equipes tiram na sorte quem começa a jogar e logo que a
palavra for escolhida pela equipe (no papel) serão riscados traços conforme a
quantidade de letras que tem a palavra. Se a equipe acertar qualquer letra existente na
palavra continua jogando caso erre o professor desenha na forca parte do corpo de um
boneco e passa a vez para a outra equipe. Marca ponto a equipe que conseguir acertar
a palavra antes que o boneco seja todo desenhado.
Sugestão: Se quiser tornar o jogo mais fácil pode-se por a letra inicial e a letra final para
dar pistas.
20- SEU LOBO
O professor escolhe um aluno para ser o lobo, as crianças dispersas pelo pátio cantando
a música: vamos passear na floresta enquanto seu lobo não vem, seu lobo é um
bichinho que não faz mal a ninguém. Tá pronto seu lobo? Não, estou acordando. Todos
cantam até que seu lobo esteja pronto pra pegar as crianças.

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JOGOS SENSORIAIS
Objetivo: Desenvolver a perceptividade de estímulos através dos órgãos
sensoriais;
Audição
21- SONS BEM OUVIDOS
O professor apresenta para as crianças alguns objetos que escolheu para produzir sons
para eles (chave, despertador, apito, celular etc.). As crianças deverão ficar de costas
para o professor enquanto ele escolhe um objeto, após terem ouvido o som as crianças
terão que adivinhar qual foi o objeto utilizado pelo professor.
22- SIGA O SOM
As crianças sentadas em círculo. Uma será escolhida para ficar no centro com os olhos
vendados. O professor colocará um objeto que produza som (despertador ou ao som de
um apito), a criança terá que se deslocar até a fonte do som.
23- QUE SOM É ESSE
As crianças serão divididas em dois grupos. O professor colocará sons produzidos por
coisas que estão presentes em nosso meio (barulho da chuva, do carro, do sino e etc.),
um som para cada equipe sempre alternando. Se a equipe não souber a outra responde.
Marca ponto a que mais acertar.
24- RAPOSA E RATOS
As crianças são divididas em duas fileiras uma raposa e outra ratos de costas uma para
a outra, separadas por uma linha. Quando o professor disser “raaaaposa” as raposas
correm atrás dos ratos e quem for pego passa a ser raposa. Quando o professor gritar
“raaaato” os ratos correm atrás das raposas e quem for pego passa a ser rato.
25- IDENTIFICANDO OS SONS
Serão apresentados dois ou três instrumentos musicais ou objetos que produzam algum
som. Os alunos serão divididos em dois ou três grupos e o professor determinará um
instrumento ou objeto sonoro para cada grupo. Os instrumentos serão tocados um de
cada vez e posteriormente serão tocados simultaneamente. De olhos vendados terão
que ouvir o som e deverão procurar onde está do seu objeto sonoro.
26- QUE SOM ESTÁ DIFERENTE?
Selecionar 03 latinhas de refrigerante e colocar dentro de duas delas feijão ou milho e
colocar dentro da outra outro objeto como pedra, areia, arroz. Com as crianças dispostas
no pátio sentadas em circulo o professor vai sacudir as latinhas uma de cada vez para
que as crianças descubram em qual delas o som não está igual.

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Visão
27- ONDE ESTÁ?
Dentro de uma sala o professor mostrará um objeto para as crianças e depois o
esconderá enquanto as crianças estão de olhos fechados. Ao sinal as crianças deverão
procurar o objeto, quem o achar devolverá ao professor que recomeçará a atividade com
o mesmo ou com outro objeto.
28- EXPLORANDO AS CORES
O professor levará tampinhas de garrafa pet de várias cores e as colocará espalhadas
pela sala. Ao sinal do professor as crianças terão que encontrar as tampinhas e separá-
las em cores iguais.
Variação: Mostrar figuras geométricas e pedir às crianças que achem objetos que
tenham as mesmas formas.
29- PRETO OU BRANCO
As crianças são divididas em duas fileiras uma de frente para a outra, separadas por
certa distância, atrás de cada fileira terá uma linha, o campo neutro. O professor
posicionado entre as duas fileiras terá posse de uma caixa que tem lados de cor “preto e
lados de cor branco”. Uma equipe será a branca e outra será a preta. Quando o
professor jogar a caixa para cima e cair a cor preto a equipe preta corre atrás da equipe
branca que tem que correr para o campo neutro onde não pode mais ser capturado e
vice versa. Quem for pego antes de chegar ao campo neutro passa para a outra equipe.
30- QUEM ESTÁ DIFERENTE?
Uma criança é escolhida para ficar com os olhos vendados enquanto as outras estarão
sentadas em círculo em uma mesma posição, menos uma que toma uma posição
diferente. Ao sinal do professor a criança escolhida tira a venda dos olhos e tenta
descobrir quem está diferente.
Variação: Todas as crianças possuem um objeto, os quais foram visualizados pela
criança que ficará com os olhos vendados. Após o sinal, a criança tira a venda e
descobre qual objeto esta faltando ou qual foi adicionado.
31- QUE COR ESTÁ FALTANDO?
As crianças sentadas em círculo e no centro da roda lenços de papel coloridos são
organizados em uma determinada ordem. Ex: vede, amarelo, vermelho e azul. As
crianças fecham os olhos e o professor tira rapidamente um dos papéis e o esconde. Ao
sinal as crianças abrem os olhos e dizem qual a cor que está faltando.
32-FAÇA O QUE EU FAÇO

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As crianças dispostas em duas colunas uma ao lado da outra, na frente de cada uma um
círculo desenhado ou um arco. Ao sinal, o primeiro de cada fila vai correndo até o círculo
e faz um movimento que os colegas da sua coluna têm que repetir. Após ter visto que os
colegas fizeram a repetição ele corre para o fim da fila e o próximo vai para o arco fazer
um movimento diferente. Assim sucessivamente até que todos tenham ido ao arco.
33- JOGO DO TRÂNSITO
O professor combinará com as crianças alguns comandos relacionados a cores de
cartões e cada cartão está relacionado a um movimento específico. Quando for dado o
sinal as crianças deverão cumprir o comando solicitado, por exemplo, cartão azul: ande
para frente, cartão vermelho: andar para trás, cartão amarelo: parar.
Tato
34-O QUE É QUE TEM NA CAIXA
Colocar dentro de uma caixa pequena de papelão, sem que as crianças vejam, objetos
para que possam adivinhar usando somente o tato.
35-CIRCUITO SENSITIVO
Pegar 05 pedaços de papelão nos quais serão colados algodão, licha, E.V.A, estopa e
palitos de churrasco. Após ter colado esses materiais nos papelões, eles serão colados
um no outro formando um tapete. As crianças de olhos vendados uma a uma irão passar
descalças pelo tapete para que possam sentir as diferentes texturas do tapete.
36-TELEFONE
As crianças são distribuídas em duas fileiras, de mãos dadas. Usa-se a mensagem do
aperto de mão. A primeira aperta (não muito forte) a mão da segunda e assim
sucessivamente até a última que ao receber a mensagem levanta a outra mão.
37-RELAXAMENTO
Dispor as crianças sentadas em circulo uma atrás da outra. Peça para que elas toquem
a cabeça do colega da frente, com cuidado, e façam uma massagem, depois os ombros,
as costas, os braços. Todos juntos deitem para frente, para trás, para dentro do círculo e
para fora. Use uma música bem tranqüila.
Olfato
38- QUE CHEIRO TEM
Vendar os olhos das crianças e colocar diversos cheios (perfume, café, cebola etc.),
para que possam adivinhar através do olfato a quem pertence aquele cheiro.
39- CHEIRINHO DE FRUTA
As crianças sentadas em círculo uma delas com os olhos vendados. O professor

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colocará pedaços de frutas cortadas em ma vasilha e dará para que a criança descubra
de que fruta pertence aquele cheiro. Após a tentativa da criança o professor dará um dos
pedaços para a criança.
Paladar
40- EU CONHEÇO
O professor iniciará o jogo dizendo: eu conheço uma coisa amarga que se chama...jiló.
Então as crianças dirão uma coisa amarga que também conhecem. Depois uma coisa
doce, salgada e azeda.
41- QUE GOSTO TEM?
Vendar os olhos das crianças e colocar diversos sabores para que elas possam
adivinhar que gosto tem através do paladar.

JOGOS COMPETITIVOS
Objetivo: Estimular o respeito às regras e as pessoas;
42- PEGA O RABO
As crianças dispersas pelo pátio divididas em dois grupos um deles com uma faixa presa
ao cós do short. Ao sinal, as crianças tentam pegar os “rabos” dos coleguinhas. Depois
invertem os papéis
43- ABELHAS SEM ASAS
No pátio as crianças serão divididas em 3 grupos, dois ficarão um de frente para o outro
separados por uma distância e o outro ficará no meio com a mão na cintura. O grupo
das laterais serão as abelhas sem asas e o central será as asas e terá participante a
menos. Ao sinal do professor, todas as abelhas deverão correr atrás de uma asa.
Repetir a atividade e depois inverter os papéis dos participantes.
44-PASSA-PASSA PELO ARCO
No pátio as crianças serão divididas em duas ou três colunas onde os participantes
ficarão afastados uns dos outros. O primeiro de cada coluna recebe um arco e ao sinal
do professor deve passar por dentro do arco e passar o mesmo para o próximo colega
até que o arco chegue ao último da coluna.
45-CARRO MALUCO
Material: Garrafa pet com água, bastão e giz.
Dispor as crianças em duas colunas. Os primeiros de cada coluna receberão uma
garrafa que ficará deitada no chão e dois bastões um em cada mão. A uma distância das
colunas estará uma linha tracejada com giz. Ao sinal do professor os primeiros de cada

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coluna saem empurrando a garrafa com os bastões até a linha e voltam para entregar
garrafa para o próximo colega que fará o mesmo. Assim segue a atividade até que o
ultimo tenha participado.
46-PASSANDO ENTRE GARRAFAS
Material: 20 garrafas pet com água.
Dispor as crianças em duas colunas e a frente delas dez garrafas enfileiradas distantes
uma da outra. Ao sinal do professor, o primeiro de cada coluna sairá correndo em
direção as garrafas e passarão entre elas fazendo zigue-zague sem derrubar ida e volta.
Assim segue até que todos tenham realizado a atividade.
47- SEM DEIXAR CAIR
Material: Bolas, duas três caixas de papelão.
Dispostos em duplas cada uma receberá uma bola. As duplas ficarão em duas ou mais
colunas. Ao sinal do professor, as primeiras duplas de cada coluna terão que prender a
bola barriga com barriga, e transportá-la até uma caixa que está a sua frente. Somente
após terem colocado a bola na caixa sem usar as mãos que a próxima dupla poderá
sair.
48- A CONQUISTA DO CASTELO
Material: Várias folhas de tatame.
Nesse o objetivo é montar um longo quebra-cabeça em forma de uma ponte, que
permite assim a conquista do castelo. Dispor as equipes a uma distância do “castelo” e
ao sinal do professor as equipes começam a montar suas pontes uma parte de cada
vez.
49- SALTAR ARCOS
Material: 12 arcos
Formam-se duas equipes que serão dispostas em colunas. O primeiro de cada coluna
terá seis arcos em suas mãos. Ao sinal, os primeiros devem correr e deixar pelo
caminho os seis arcos. Ao chegar ao outro lado do pátio, deve voltar e ir saltando no
meio dos arcos sem deixar nenhum de fora. Ao chegar à sua coluna, deve tocar no
segundo, que fará o inverso: na ida saltará no meio dos arcos e, na volta, vai recolhê-los
e entregá-los ao próximo.

JOGOS COOPERATIVOS
Objetivo: Estimular trabalho em equipe, a colaboração e respeito mútuo;
50- SEM DEIXAR CAIR

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As crianças se organizam em duplas e ficam dispersas pelo pátio e para cada dupla é
dada uma bola. Ao sinal do professor as crianças prendem a bola com a barriga e
devem se movimentar sem deixar a bola cair.
51- PIQUE AJUDA
Será escolhida uma criança que será a mãe. As outras crianças ficam dispersas pelo
pátio e ao sinal do professor deverão fugir da mãe que ao pegar alguma criança, esta,
irá dar a mão para a mãe e irá ajudá-la a pegar os outros colegas. Assim
sucessivamente até que todos tenham sido pegos.
52-CORRIDA DE TATAME
As crianças serão divididas em grupos e para cada grupo será entregue uma folha de
tatame. Ao sinal do professor, as crianças terão que carregar o tatame acima da cabeça
pelo espaço disponível.
Variação 1: as crianças podem carregar o tatame na altura da cintura com uma bola em
cima sem deixá-la cair.
Variação 2: serão dados mais de uma folha de tatame para cada grupo e além de
carregá-lo acima da cabeça a equipe terá que montá-lo em um determinado local.
53- A ILHA
Dispor pelo pátio arcos em círculos correspondentes ao número de crianças. As mesmas
ficarão no cento do círculo formado pelos arcos e não dentro dos arcos. O professor
começará a contar a história de uma turma de crianças que foi passear em um barco em
alto mar. De repente apareceu um tubarão (o professor), bem grande começa a nadar
ao redor do barco (todos gritam), e com seu enorme rabo virou o barco e todos
começam a nadar e avistam ao longe pequenas ilhas e nadam para lá (cada criança
nada para seu arco). Ufa! Estamos salvos, o tubarão continua a nadar ao redor das
ilhas, quando de repente uma ilha começou a afundar (o professor tira o arco de uma
criança que deve nadar para outra ilha e compartilhá-la com o colega. Todas as ilhas
vão afundando uma a uma até que todos estejam salvos em apenas uma ilha.
54- COBRA PEGA O RABO
As crianças formarão uma coluna e todas devem segurar nos ombros ou na cintura dos
colegas e não podem soltar. Ao sinal do professor as crianças deverão começar a se
locomoverem e o primeiro da coluna que é a cabeça vai tentar pegar o último que é o
rabo. Depois troca a criança que é a cabeça e o rabo da cobra.
Sugestão: antes ou depois de começar a brincadeira a cobra pode dar um passeio ao
som da música “essa é a história da serpente que desceu do morro para procurar um

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pedaço do seu rabo, você também, você também, faz parte do seu rabãaao”.
55- POLICIAIS E FUGITIVOS
Duas crianças são escolhidas para serem os policiais e o restante fugitivos. Será
combinado com elas o lugar em que os fugitivos pegos serão colocados. Ao sinal do
professor os policiais correm para tentar pegar os fugitivos quem for pego é levado para
a prisão de onde não podem sair. O jogo acaba quando todos os fugitivos são pegos.

JOGOS INTELECTUAIS
Objetivo: Desenvolver a concentração e raciocínio lógico;
56- ACHE A QUANTIDADE
As crianças dispersas pelo pátio. Em um local determinado são colocadas várias
tampinhas de garrafa pet. O professor dirá um número de 1 a 5, ou 1 a 10, dependendo
da idade das crianças, e elas terão que correr até as tampinhas e pegar a quantidade
que corresponde ao número falado pelo professor.
57- O QUE É QUE ESTAVA LÁ
O professor escolhe uma série de objetos como bola, relógio, lápis, caneta, borracha,
etc. Mostra-os as crianças e lhes dá certo tempo para tentar memorizar esses objetos.
Em seguida pede-se que as crianças virem de costas e não olhem, enquanto o professor
retirará um dos objetos. As crianças terão que olhar novamente e terão que dizer qual
objeto não está mais

EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA


58- DOMINÓ HUMANO
Material: Peças de EVA 02 cores, barbante, pincel atômico, cola para EVA.
Vestir o material nas crianças que serão peças no jogo com o desenho escondido.
❖ Duas ou mais crianças, que serão os jogadores, escolherão em torno de
sete peças cada uma;
❖ A seguir uma criança de cada vez irá dispor sua peça ao chão;
❖ O vencedor será aquele que conseguir finalizar o jogo primeiro;
VARIAÇÃO: O jogo pode ser elaborado com formas geométricas, números, operações,
objetos animais e sílabas.

59- JOGO TÁTIL


Material: Peças de EVA 01 cor, lixa, pelúcia, grãos, botões, moedas, areia, tampa de

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garrafa, palha de aço, esponja, algodão, cetim e TNT e cola quente.


O jogo estará disposto ao chão em seguida duas crianças uma de cada vez de olhos
vendados irão tatear as peças até encontrar os pares iguais.

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LUTAS
Objetivo: Adotar atitudes de respeito mútuo, de dignidade e solidariedade na
prática das aulas e fora da escola;
JOGOS DE OPOSIÇÃO
1- CABO DE GUERRA
Preparação: uma corda grande com uma marcação ao centro e uma área delimitada no
chão onde a corda ficará no centro.
Organização: Duas equipes com 10 participantes cada, sendo 05 meninos e 05
meninas, dispostos em duas fileiras uma de frente para a outra segurando uma corda.
Ao sinal todos os participantes deverão puxar a corda para seu lado ao mesmo tempo,
não podendo deixar que a marcação central da corda ultrapasse o limite do lado oposto.
2- BRAÇO DE FERRO
Dispor as crianças em volta de uma mesa grande e peça para que formem duplas.
Primeiramente as duplas colocam os cotovelos em cima da mesa e seguram a mão do
colega e ao sinal do professor, cada um terá que fazer força puxando o braço do colega
para tentar derrubar o mesmo.
3- MINI-SUMÔ
Organizar as crianças em duplas e cada uma dentro de um círculo na posição de
canguru (joelhos semi-flexionados). Ao sinal do professor as crianças terão que
desequilibrar o colega empurrando contra as mãos dos colegas. O objetivo é
permanecer dentro do circulo.

4- LUTA DE CÓCORAS
Organizar as crianças em duplas na posição de cócoras com as mãos nos tornozelos.
Ao sinal do professor eles tentarão desequilibrar o companheiro com o corpo,não pode
usar as mãos, para fazer com que ele toque qualquer parte do corpo no chão.

5- CABO DE GUERRA HUMANO


Dispor as crianças em dois grupos organizadas em colunas, um segurando na cintura do
outro. Os dois primeiros das colunas seguram um nas mãos do outro. Ao sinal do

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professor, cada coluna puxa para seu lado.

6- A GARRAFA É MINHA
As crianças organizadas em duplas uma de costas para a outra serão amarradas pelos
tornozelos com uma faixa de tecido larga. À frente de cada um terá uma garrafa que ao
sinal do professor, cada um terá que tocar na sua.

7- A BOLA É MINHA
As crianças organizadas em duplas segurando uma bola na altura do peito. Ao sinal do
professor, cada dupla tentará puxar a bola do colega.
Variação: podem-se colocar cada dupla em um circulo, e ao invés de puxar a bola eles
vão empurrar a bola com a intenção de tirar o colega do circulo.

8- PÉ COM PÉ
As crianças organizadas em duplas sentadas no chão uma de frente para a outra
apoiando nos pés uns dos outros. Ao sinal do professor, eles deverão empurrar os pés
dos colegas com a intenção de fazer o colega tocar qualquer parte do corpo no chão.

9- CABO DE GUERRA EM DUPLA


Organizar as crianças em duplas e dar a cada uma, uma corda ou um pedaço de tecido
pequeno. Entre as duplas colocar um arco e ao sinal do professor, eles deverão puxar a
corda até que um da dupla pise dentro do arco.
10-CAPOEIRA ADAPTADA
No pátio organizar um círculo com cadeiras (com o assento para dentro),
correspondentes ao número de crianças. As crianças farão outro círculo em volta das

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cadeiras. Quando o professor colocar a música de capoeira com o ritmo mis lento todos
devem andar em volta das cadeiras se alongando e quando a música parar todos devem
ficar nas pontas dos pés. Novamente o professor coloca outra música agora mais rápida
e todos correm, quando a música parar, todos tocam os pés. O professor irá repetir o
processo das músicas lentas e rápidas mudando os comandos: gingando de frente para
sua cadeira, de frente para um colega, fazendo benção na cadeira etc. variar os golpes
e no fim colocar as crianças sentadas nas cadeiras e realizar uma roda de capoeira.
11- FAZENDO CAPOEIRA
Organizar as crianças em duplas e traçar no chão para cada uma o desenho que está
abaixo. Primeiramente sem música as crianças terão que, uma de cada vez colocar os
pés nos pontos A e B para iniciara a ginga. Primeiro passo: jogar o peso do corpo para o
lado direito e esquerdo balançando. Segundo passo: deslocar o pé direito do ponto A
para trás até o ponto D e trazê-lo de volta e deslocar o pé esquerdo do ponto B até o
ponto C e trazê-lo de volta. Terceiro passo: colocar os movimentos dos braços. Adicionar
aos movimentos balanço e molejo.
C D

A B
12- MEIA LUA DE FRENTE
As crianças livremente no pátio dar a cada uma delas uma tira de TNT, cada criança terá
que amarrar no tornozelo direito a tira e ao sinal do professor, ela terá que girar a perna
de fora para dentro formando um meio círculo fazendo com que a tira de TNT faça o
mesmo movimento. O movimento pode ser realizado de dentro para fora e neste caso o
movimento se chama queixada. Fazer com as duas pernas.

13- COCORINHA
Dispor as crianças livremente no pátio e colocar uma música de capoeira para que elas
realizem a ginga quando a música parar as crianças devem se abaixar na posição
conhecida como de “cócoras” com um dos braços elevado protegendo a cabeça e o

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outro no chão. Realizar o movimento alternando o braço de defesa.

14- COCORINHA E MEIA LUA DE FRENTE


Organizar as crianças em duplas e ao som da música de capoeira elas deverão gingar
uma de frente para a outra. Quando a música parar uma delas (combinar antes com as
crianças) irá realizar a cocorinha enquanto a outra irá realizar a meia lua de frente.
Realizar os movimentos com o lado direito e esquerdo.

15- BENÇÃO
Dispor as crianças no pátio em círculo e a frente de cada uma, uma caixinha de sapato.
Ao som da música todas deverão gingar e quando a música parar, eles deverão realizar
o golpe por ima da caixa de sapato. Realizar o movimento com as duas pernas.

16- AÚ
Dispor os tatames no chão longitudinalmente e organizar as crianças em uma fila. Ao
sinal do professor uma criança de cada vez irá realizar o movimento do aú (estrelinha)
descrito abaixo.

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17- FUNDAMENTOS DO JUDÔ


Dispor os tatames e organizar as crianças ao redor do mesmo. O professor demonstrará
alguns fundamentos do judô para as crianças. Posteriormente as crianças uma de cada
vez, realizarão os movimentos abaixo.
Rolamento para frente:

Queda para frente:

Queda para trás:

Queda para o lado:

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