Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ARACAJU-SE
2021
BRENDHA LARYSSA ROCHA RODRIGUES
ARACAJU-SE
2021
BRENDHA LARYSSA ROCHA RODRIGUES
Aprovada em ____/____/____
This Final Graduation Paper highlights the importance and need for support homes
for people with HIV and AIDS and presents a new architectural proposal for Support
Home O Bom Samaritano, as the current structure brings both physical and social
limitations for those who live there. When they are sheltered in this type of institution,
many carriers are forgotten by their families and have their routine completely
changed, failing to carry out activities that promote their well-being. The draft
proposed for a new structure of the support house will seek to serve not only
institutionalized patients, but also the surrounding community. In addition, it is
intended to integrate areas, in order to rescue the physical-social relationships of
these patients, and from the new structure, new and different activities within the
Institution, in addition to living with different people, regardless of age, and that these
possibilities activities are performed in a pleasurable way.
Imagem 52 – Fluxograma.......................................................................................... 54
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 11
1.1 APRESENTAÇÃO .............................................................................................. 12
1.2 JUSTIFICATIVA .................................................................................................. 12
1.3 OBJETIVO .......................................................................................................... 14
1.3.1 Objetivo Geral ...................................................................................... 14
1.3.2 Objetivos Específicos ......................................................................... 14
1.4 METODOLOGIA ................................................................................................. 15
2 HIV E AIDS ......................................................................................................... 15
2.1 CONCEITO E CAUSAS ...................................................................................... 15
2.2 TRATAMENTOS ................................................................................................. 17
2.3 PESSOAS SOROPOSITIVAS NO ESTADO DE SERGIPE................................ 18
2.4 O APOIO DA FAMÍLIA E A INTEGRAÇÃO SOCIAL .......................................... 19
3 HISTÓRICO DAS CASAS DE APOIO PARA PESSOAS COM HIV NO BRASIL
21
3.1 PRIMEIRAS CASAS DE APOIO ......................................................................... 21
3.2 SITUAÇÃO ATUAL DAS CASAS DE APOIO EM SERGIPE .............................. 21
3.3 CASA DE APOIO O BOM SAMARITANO .......................................................... 22
4 ESTUDOS DE CASO E REFERENCIAIS PROJETUAIS .................................. 28
4.1 REFERENCIAL HOSPITAL SARAH ................................................................... 28
4.2 REFERENCIAL CENTRO MAGGIE DE LEEDS ................................................. 36
4.3 REFERENCIAL CENTRO MÉDICO PSICOPEDAGÓGICO ............................... 39
5 DIAGÓSTICO DA ÁREA EM ESTUDO.............................................................. 43
5.1 ANÁLISE DA ÁREA E CARACTERIZAÇÃO DO OBJETO DE ESTUDO ........... 43
5.2 SISTEMA VIÁRIO ............................................................................................... 50
5.3 USO DO SOLO E INFRAESTRUTURA .............................................................. 51
6 ANTEPROJETO DE REQUALIFICAÇÃO PARA A CASA DE APOIO O BOM
SAMARITANO EM ARACAJU-SE ........................................................................... 51
6.1 PROGRAMA DE NECESSIDADES E DIRETRIZES PROJETUAIS ................... 52
6.2 FLUXOGRAMA E SETORIZAÇÃO ..................................................................... 53
6.3 PROPOSTA ........................................................................................................ 55
7 CONCLUSÃO ..................................................................................................... 68
REFERÊNCIAS..........................................................................................................69
11
1 INTRODUÇÃO
920 mil pessoas vivem com o HIV no Brasil. O Ministério da Saúde revela
que a maior concentração de casos está entre jovens de 25 a 39 anos, de
ambos os sexos (52,4% são homens e 48,4% são do sexo feminino).
Imagem 1: HIV
1.1 APRESENTAÇÃO
1.2 JUSTIFICATIVA
apropriados e na maioria dos casos esses espaços não oferecem uma estrutura
adequada para receber essas pessoas.
No entanto, é necessário ir além da atuação sobre a doença, sendo
importante incentivar a convivência saudável entre os indivíduos e a busca por um
ambiente agradável para se viver (LUZ, 1997 apud SOARES, 2008).
A arquitetura proporciona varias emoções e desperta sentimentos quando
bem projetada e através disso auxilia no tratamento e melhora a condição de vida da
pessoa que habita o local.
Na situação da casa de apoio, a funcionalidade, o bem-estar e a integração
com espaço são fundamentais. Para atingir o bem-estar, as pessoas que moram no
local têm que se sentir integrantes do ambiente, sendo assim o espaço deve
apresentar uma melhor qualidade na sua estrutura e ter acessibilidade adequada, é
importante entender as limitações e necessidades que a doença traz e projetar um
ambiente saudável. Assim,
1.3 OBJETIVO
1.4 METODOLOGIA
2 HIV E AIDS
Imagem 3: HIV/AIDS
desenvolver a doença. Mas podem transmitir o vírus a outros pelas relações sexuais
desprotegidas, pelo compartilhamento de seringas contaminadas ou de mãe para
filho durante a gravidez, pela amamentação e ao receber sangue ou derivados
contaminados, como foi citado.
2.2 TRATAMENTOS
A AIDS não tem cura, mas já existem muitos estudos com o objetivo de
descobrir a cura da infecção pelo HIV, no entanto ainda não existem resultados
conclusivos. Porém existe tratamento, que através dele pode retardar o progresso
da doença e prevenir infecções e outras complicações.
O tratamento é feito por meio do uso de medicamentos, antivirais, que impede
a multiplicação do vírus no organismo, assim ajudando a combater a doença e a
fortalecer o sistema imunológico, mesmo não sendo capaz de eliminar o vírus do
organismo. Quando o tratamento é seguido de forma correta, e melhora da
qualidade de vida do paciente e diminuição da chance de desenvolver algumas
doenças que podem ser relacionadas à AIDS, como tuberculose, criptosporidiose,
aspergilose, doenças de pele e problemas no coração (Hinrichsen, 2021).
O tratamento deve ser iniciado assim que a pessoa for diagnosticada, é feito
através de exames que devem ser recomendados pelo clínico geral, infectologista,
urologista, no caso dos homens ou ginecologista, no caso das mulheres. Os
medicamentos para o tratamento é fornecido gratuitamente pelo SUS (Sistema
Único de Saúde), só sendo necessário apenas que a recolha do medicamento seja
feita com a prescrição médica.
Conforme aponta Soares, Forster e Santos (2008, p.170)
Percebe-se que São Paulo foi o foco inicial dos casos de AIDS, ainda hoje, as
regiões com maior número de casos notificados, são provenientes dos estados do
eixo sul-sudeste.
19
o movimento [de luta contra AIDS], o ativismo caiu! Isso se remete a vários
motivos. O câncer [por exemplo], tem uma estrutura melhor, a sociedade
tem pena, a sociedade se sensibiliza, e a AIDS não. A AIDS a sociedade diz
assim: “ele pegou, pegou, problema é dele”. A culpa [...] não é como o
câncer. [...] A AIDS as pessoas acham que nunca vão ter, acha que não é
vulnerável: “não, não é problema meu, eu sei com quem eu ando”. Ai eu
pergunto: sim, você sabe com quem você anda, né? Mas você usa
camisinha? “Não!”. E ai?
(ALMIR SANTANA, 2011 apud CARVALHO, SANTOS E NASCIMENTO,
2011).
Imagem 5: Preconceito
21
Casa de Apoio Janaina Dutra, que tem uma atuação um pouco menor, e trabalha
principalmente com travestis. Além dessas organizações, existe a Rede Nacional de
Pessoas Vivendo com HIV/AIDS, criada em 2011 e a Rede de Mulheres Cidadãs
Positivas.
levou a quase fechar o local. Segundo Fátima, o grupo que já freqüentava o local,
resolveu fundar a Associação o Bom Samaritano, pra não deixar os pacientes no
hospital, como as famílias não os queriam e muitos não tinham famílias,
permaneceram na Casa de Apoio que já era praticamente a casa deles. E em 2018
o grupo fundou a Associação o Bom Samaritano.
A casa da suporte a oito moradores, e também acompanha e ajuda crianças e
suas famílias, através do projeto crianças em casa. Atualmente são quarenta e cinco
crianças cadastradas, mas a casa de apoio tem ajudado 50 crianças, e também tem
os recém nascidos que ainda não estão cadastrados.
Segundo dona Fátima as crianças não residem na casa de apoio, mas uma
vez por mês eles reúnem essas crianças na casa de apoio pra fazer uma roda de
conversa com as mães, assim acompanhando o desenvolvimento e dando suporte
as crianças e suas mães. Nas reuniões geralmente conseguem ter a participação de
45 crianças, porque cinco delas são do interior e nem todas às vezes é possível
estar presente por dependerem do transporte da prefeitura, sendo que nem sempre
o carro está disponível para levá-los ás reuniões.
Assim percebe-se que,
comum possam tornar-se acessíveis, fazendo com que todos possam transitar
livremente sem barreiras.
Ficha Técnica
As únicas variações, além do formato padrão, são geradas por um maior vão
da estrutura de aço que o sustenta, repercutindo na maior dimensão do shed; e
outra criada pelo fechamento do shed a partir da continuidade da sua curva, quando
não há a necessidade de ventilação.
A sala de espera do Sarah possui um grande jardim verde. Esse elemento
tem o potencial de tranqüilizar os visitantes.
31
Além de envolvido pela natureza de fato, o hospital está situado numa área de
Mata Atlântica nativa, o edifício é permeado pela arte.
Ficha Técnica
Ficha Técnica
O terreno possui em média 681,67 m², tendo seu acesso pela Av. Maranhão,
além das residências em seu entorno, a edificação conta com a presença de um
albergue localizado no mesmo lote. O estudo de seu entorno torna-se primordial
para entender como ocorre seu funcionamento, fluxos e as inúmeras condicionantes
que interferem no local.
48
A vida é marcada por diversos acontecimentos, sendo que alguns não são
esperados, como a descoberta de uma doença como a HIV e a AIDS, por ser uma
52
doença que muda totalmente a vida da pessoa, afetando a saúde mental e física.
Ainda que a Arquitetura não possa solucionar todas as dificuldades enfrentadas
pelos portadores, como o abandono, pequenos detalhes construtivos podem se
tornar grandes soluções para aspectos não só físicos como também sociais, a partir
da criação de espaços mais confortáveis e acolhedores, de modo que esses
moradores possam realmente sentir-se em um “Lar”.
Após diagnóstico feito na área em estudo, o anteprojeto de requalificação na
casa de apoio O Bom Samaritano, tem como finalidade oferecer melhores condições
que viabilizem o conforto e o bem-estar dos moradores com melhorias estruturais. A
proposta trará ambientes mais acessíveis para a realização das atividades, com
mais conforto através da melhoria na iluminação e ventilação natural.
Lavabo WC 1
Farmácia
Escritório Dormitório 1 WC 2
Vestiário Dormitório 2
Área Verde
Sala de Oração
Lavabo Refeitório
Lavanderia
Despensa Cozinha
Por ser uma edificação existente, o estudo referente à setorização de local foi
de extrema importância para entender seu funcionamento e propor possíveis
reajustes para sua melhoria. Na imagem abaixo pode-se comparar o estudo com a
nova setorização do local e a atual:
55
6.3 PROPOSTA
7 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
VIDAL, LUIS; (2021) Centro Comunitário de Saúde Matta Sur / Luis Vidal +
Arquitectos/Archadaily 2021. Disponível
em:https://www.archdaily.com.br/br/959489/centro-comunitario-de-saude-matta-sur-luis-
vidal-plus-arquitectos?ad_source=search&ad_medium=search_result_all7
ABADÍA-BARRERO, C. E. Children living with HIV and Support Homes in São Paulo:
culture, experiences and housing context, Interface - Comunic, Saúde, Educ, v.6, n.11, p.55-
70, 2002 Disponível
em:https://www.researchgate.net/publication/262750795_Children_living_with_HIV_and_Su
pport_Homes_in_Sao_Paulo_culture_experiences_and_housing_context
SOARES, M.V.B.; FORSTER, A.C.; SANTOS, M.A. Characterization of support houses for
people with HIV/Aids in Ribeirão Preto (São Paulo, Brazil) and their administrative
practices. Interface - Comunic., Saúde, Educ., v.12, n.24, p.169-80, jan./mar. 2008.
Disponível em:https://www.scielo.br/j/icse/a/ZFBbwmNKcTnqKfpyhFwTfhG/?lang=pt