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@yuri.studies
Yuri Banov Onishi
1)DEFINIÇÕES BÁSICAS (Conceitos -Eliminação dos caracteres de sensorialidade, Generalização - , Juízos
e Raciocínio)
● Obs: esse capítulo sobre pensamento se sobrepõe e dialoga com o de juízo de realidade/delírio e
linguagem e suas alterações.
● O juízo de realidade/delírio, embora seja um aspecto do pensamento, pela importância do delírio em
psicopatologia, foi tratado em capítulo próprio
● A linguagem, embora distinta do pensamento, muitas vezes é sobreposta a ele ou considerada sua
simples e automática expressão.
● embora pensamento e linguagem se articulem muito intimamente no ser humano, há aspetos
específicos e autônomos em cada um deles (para este debate, ver Pinker, 2008; Arendt, 2017).
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● pensamento costumam ser divididos em três categorias básicas ou componentes constitutivos do
pensamento:
○ conceitos,
○ juízos
○ raciocínio.
Conceitos
● ver Harky-Vallée, 2013
● se formam a partir das percepções e representações
● Percepção: apresenta elementos de sensorialidade, é possível contemplar e imaginar (em certo
sentido, também das representações)
● Conceitos: puramente cognitivo, intelectivo, não devendo ter qualquer resquício sensorial. Não é
possível visualizá-lo, ouvi-lo ou senti-lo.
● Nos conceitos, exprimem-se as características mais abstratas e gerais dos objetos e dos fenômenos
(Lalande, 1996).
● O conceito pode ser visto como o elemento estrutural básico do pensamento; nele se exprimem os
caracteres essenciais dos objetos e os fenômenos da natureza e da cultura.
● Hardy-Vallée (2013, p. 16), “o conceito é a unidade primeira do pensamento e do conhecimento: só
pensamos e conhecemos na medida em que manipulamos conceitos”.
2)Generalização
● Ex: ao pensar em cadeira como conceito, tal conceito é válido para qualquer tipo de cadeira, seja a
usada em casa, seja a cadeira de trabalho, a cadeira de criança,
● o conceito resulta da síntese, por abstração e generalização, de um número considerável de
fenômenos singulares.
Yuri Banov Onishi
Psicologia moderna
● (Gazzaniga; Heatherton, 2005)
● Existe um debate sobre se as representações são de fato imagens, como fotografias armazenadas na
mente humana, ou se são representações proposicionais.
● representação proposicional de uma mesa não seria a imagem-fotografia de uma mesa genérica no
cérebro, mas as proposições (proposta, sugestão), quase sempre de natureza linguística, associadas
à ideia de mesa.
● ao evocar a representação visual de uma cadeira (ou mesa, carro, etc.), não viria à mente uma massa
visual neutra, sem sentido utilitário, mas um objeto, quase sempre com um assento ou tampo plano,
quatro ou três pés de sustentação, de madeira, plástico ou ferro, ou seja, um objeto que é construído
culturalmente e que apresenta significado linguístico.
Juízos
● Robert Blanché (1898-1975), “um conceito nunca está só. Sem falar da rede infinitamente complexa
que o liga, pouco a pouco, ao conjunto de outros conceitos”
● os conceitos se articulam com outros, próximos ou distantes, estabelecendo relações de conjunção ou
de negação (Blanché, 2012, p. 65).
● Juízo é a articulação entre dois ou mais conceitos ou termos (Lalande, 1996).
● Formar juízos é o processo que conduz ao estabelecimento de relações significativas entre conceitos.
● Ex: e o conceito cadeira e o conceito utilidade (qualidade de ser útil), pode-se formular o seguinte
juízo: a cadeira é útil.
● cópula: quando o juízo estabelece determinada relação entre dois (ou mais) conceitos
● Função do juízo: formular uma relação unívoca entre um sujeito e um predicado
● Na dimensão linguística, os conceitos se expressam geralmente por palavras, e os juízos, por frases
ou proposições.
Raciocínio
● relaciona conceitos e juízos formando uma narrativa ou argumentação
● representa o modo especial de ligação entre termos ou conceitos, de sequência de juízos, de
encadeamento de conhecimentos, derivando sempre uns dos outros, afirmando-os, negando-os ou
confrontando-os
● A ligação entre conceitos permite a formação de juízos, a ligação entre juízos conduz à formação de
novos juízos.
● Dessa forma, o raciocínio e o próprio pensamento se desenvolvem (Lalande, 1996).
● Pensamento normal: quando é regido pela lógica formal e orientar-se segundo a realidade e os
princípios de racionalidade da cultura na qual o indivíduo se insere.
● Os ocidentais tendem a valorizar a lógica e a racionalidade, pois esses são elementos fundamentais
ao longo da história das sociedades do Ocidente (ver Vietta, 2015).
2)Princípio da causalidade
● se A é causa de B, A não pode ser ao mesmo tempo efeito de B; ou, dito de outra forma, se A é causa
de B, então B não pode ser ao mesmo tempo causa de A
● sendo as condições mantidas, as mesmas causas devem produzir os mesmos efeitos.
Yuri Banov Onishi
Dialética hegeliana
● Lei da transformação da quantidade em qualidade.
● Toda afirmação encerra em si mesma o princípio de sua negação.
● Tudo é, a um só tempo, causa e efeito de si mesmo.
4)PENSAMENTO INTUITIVO
● Definição: apreensão de uma realidade mais ou menos complexa de forma direta e imediata.
● visa captar a interioridade das coisas, inclusive aquelas dimensões muito difíceis de serem expressas
por palavras e pelo pensamento analítico.
● Henri Bergson (1859-1941): é uma forma de conhecimento, de apreensão direta da realidade vivida,
oposta ao pensamento positivista, que abarca os elementos especializados da realidade (Bergson,
1984)
5)PENSAMENTO CRÍTICO
● O indivíduo, em seu processo pensante, está atento às possíveis falhas em seu raciocínio, falhas
decorrentes de tendências pré-fixadas, vieses sistemáticos e conclusões prematuras.
● O pensamento crítico busca um estado de maturidade no qual se admita que há questões e problemas
multifacetados, complexos, que aceite que há questões que comportam mais de duas respostas (mais
que “sim” e “não”) e que exigem diferentes níveis e formas de análise e solução (Facione et al., 2000).
Viés de confirmação
● Definição: busca ativa e seletiva que um sujeito faz no sentido de confirmar hipóteses (ou
preconceitos) falsas ou sem fundamento e sem observar com cuidado os dados factuais da realidade.
● Há, assim, uma tendência relativamente comum de muitas pessoas em distorcer, de modo
inconsciente, os dados e as percepções da realidade para confirmar hipóteses previamente
formuladas no início de um raciocínio.
● Curso: o modo como o pensamento flui, sua velocidade e seu ritmo ao longo do tempo.
● Forma: é sua estrutura básica, sua arquitetura, preenchida pelos mais diversos conteúdos e interesses
do indivíduo
● Conteúdo: aquilo que lhe dá substância, seus temas predominantes, o assunto em si
8)PSICOPATOLOGIA DO PENSAMENTO
● os termos e conceitos relacionados à psicopatologia do pensamento revelam um campo semântico às
vezes pouco claro, que causa dificuldades para os estudantes
● Ashley Rule (2005) realizou uma pesquisa em tratados de psiquiatria, dicionários de terminologia
médica e artigos publicados sobre psicopatologia do pensamento, em língua inglesa, desde 1979 até
2005, a fim de fazer um levantamento dos construtos usados em psicopatologia nessa área. Ele
identificou 68 termos relacionados a transtornos do pensamento e da linguagem, com frequentes
sobreposições entre os termos e ambiguidades na definição ou no seu uso
8.1)Alterações dos conceitos, dos juízos e do raciocínio (Desintegração e transformação dos conceitos,
Condensação dos conceitos )
9.1)Pensamento mágico, pensamento dereístico e wishful thinking (Lei da contiguidade, Lei da similaridade)
● Esse grupo de tipos de pensamento se caracteriza por ferir frontalmente os princípios da lógica formal,
bem como os indicativos e imperativos da realidade
● Eles seguem os desígnios dos desejos, das fantasias e dos temores, conscientes ou inconscientes, do
sujeito, adequando a realidade ao pensamento, e não o contrário.
Yuri Banov Onishi
Pensamento mágico (PM)
● pressupõe que a uma relação puramente subjetiva de ideias corresponda uma associação objetiva de
fatos
● Definição: As associações fortuitas, ocasionais, entre ideias seriam equivalentes a relações realmente
causais entre os fenômenos (Montero, 1990)
● exemplo, porque vi um carro batido hoje cedo, concluo que meu pai irá morrer atropelado nos
próximos dias.
● Frazer, 1911/198, sugeriu algumas leis e particularidades do ato e do pensamento mágico:
○ Lei da contiguidade: É a base da magia de contágio, que utiliza o preceito de que “coisas que
estiveram em contato continuam unidas” → ex., ao queimar e destruir uma camisa do
indivíduo, estará queimando e destruindo a própria pessoa
○ Lei da similaridade: e. É a base da chamada magia imitativa “o semelhante produz o
semelhante” → ex: ao queimar e destruir um boneco com alguma semelhança com um inimigo,
estará queimando e destruindo o próprio inimigo
● Ocorre em crianças (embora nelas, de modo geral, também predomine uma visão realista). Também
em alguns transtornos da personalidade (TPs), como nos TPs esquizotípica, histriônica, borderline e
narcisista. Nos quadros obsessivo-compulsivos, e esquizofrenia
Pensamento inibido
● ocorre a inibição do raciocínio,
● diminuição da velocidade e do número de conceitos, juízos e representações utilizados no processo
de pensar;
● o pensamento torna-se lento, difícil, rarefeito, pouco produtivo à medida que o tempo flui.
● Ocorre em quadros demenciais e em quadros depressivos graves
Pensamento vago
● As relações conceituais, a formação dos juízos e a concatenação destes em raciocínios são
caracterizadas pela imprecisão
● pensamento muito ambíguo, podendo mesmo parecer obscuro
● Não há propriamente o empobrecimento do pensamento
● marcante falta de clareza e precisão no raciocínio
Yuri Banov Onishi
● Ocorre: pessoas sem transtorno mental, mas também pode ser um sinal inicial de esquizofrenia ou
ocorrer em quadros demenciais iniciais e em TPs (p. ex., esquizotípica).
Pensamento prolixo
● O indivíduo não consegue chegar a qualquer conclusão sobre o tema de que está tratando, a não ser
após muito tempo e esforço.
● dá longas voltas ao redor do tema e mescla, de forma imprecisa, o essencial com o supérfluo
● dificuldade em obter construção direta, clara e acabada,
● notável falta de capacidade de síntese.
● A tangencialidade (pensamento tangencial) e a circunstancialidade (pensamento circunstancial) são
tipos de pensamento prolixo
● tangencialidade: quando o paciente responde às perguntas de forma oblíqua e irrelevante, não
sabendo discriminar o supérfluo do essencial. As respostas apenas tangenciam aquilo que foi
perguntado, nunca chegando ao ponto central, ao objetivo final, sem jamais concluir algo de
substancial.
● “rodando em volta do tema”, sem entrar nas questões essenciais e decisivas. Entretanto,
eventualmente, o indivíduo alcança o objetivo de seu raciocínio. Em alguns casos, a conversa torna-se
uma “massa de parênteses e cláusulas subsidiárias” (Sims, 1995).
● Ocorre: pacientes com TPs, em indivíduos com lesões cerebrais, em algumas pessoas com
deficiência intelectual ou naquelas com inteligência limítrofe, em pacientes que se encontram no início
de um processo esquizofrênico e em alguns daqueles com quadros obsessivocompulsivos, que,
devido ao excesso de detalhes e atalhos colaterais, não conseguem desenvolver adequadamente
suas ideias.
● não ocorre a distinção entre a dimensão abstrata, simbólica e a dimensão concreta, imediata, dos
fatos.
● não consegue entender ou utilizar metáforas;
● pensamento é muito aderido ao nível sensorial da experiência e às coisas concretas
● Dificuldade com metáfora, a ironia, o subentendido, o duplo sentido, bem como categorias abstratas e
simbólicas de modo geral
● Ocorre: deficiência intelectual e esquizofrenia grave
9.5)Pensamento demencial
9.6)Pensamento confusional
9.7)Pensamento desagregado
● pensamento marcadamente incoerente, no qual os conceitos e os juízos não se articulam
minimamente de forma lógica.
● pensamento que se manifesta como uma mistura aleatória de palavras, que nada comunica ao
interlocutor
● A linguagem correspondente é o que se denomina “salada de palavras”, ou esquizofrasia.
● Ocorre nas formas graves e marcadamente desorganizadas de esquizofrenia.
9.8)Pensamento obsessivo
● predominam ideias ou representações que, apesar de terem conteúdo absurdo ou repulsivo para o
indivíduo, se impõem à consciência dele de modo persistente e incontrolável
● Apresentar uma luta constante entre as ideias obsessivas, que voltam de forma recorrente à
consciência, e o indivíduo, que se esforça para bani-las de sua consciência, gerando um estado de
angústia constante
● Com certa frequência, em pacientes gravemente obsessivos, aspectos do PM também estão
presentes (p. ex., “Se eu tocar na roupa de uma pessoa no ônibus, ficarei contaminado” ou “Se eu
repetir a palavra santo cinquenta vezes, impedirei que meu pai morra”).
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9.9)Ruminações ou pensamento ruminativo perseverativo
● é muito próximo (às vezes se sobrepõe) ao pensamento obsessivo
● São formas de pensamento repetitivo que implicam preocupações e pensamentos negativos
recorrentes, vivenciados de forma passiva.
● São pensamentos com conteúdos negativos, relacionados sobretudo ao futuro e, eventualmente, ao
passado (Ruscio et al., 2011; Ghaznavi; Deckersbach, 2012).
● Ocorre: pacientes com quadros de ansiedade, depressão, transtorno bipolar (TB), no comer e/ou
beber compulsivo (binge eating e binge drinking) e em pessoas que se automutilam (skin picking e/ou
cutting).
● Pré-adolescentes e adolescentes em fase inicial de transtornos do humor apresentam com certa
frequência as ruminações (em torno de 10% dos adolescentes estudados). Elas podem anteceder a
eclosão de transtornos de ansiedade, depressão e compulsões (Hilt; Pollak, 2013).
Aceleração do pensamento
● O pensamento flui de forma muito acelerada, com uma ideia se sucedendo à outra rapidamente,
podendo até ser difícil acompanhar o ritmo do indivíduo.
● ocorre: nos quadros de mania, em alguns pacientes com esquizofrenia, eventualmente nos estados de
ansiedade intensa, nas psicoses tóxicas (sobretudo por anfetamina e cocaína) e na depressão
ansiosa.
Lentificação do pensamento
● pensamento progride lentamente, de forma lenta e dificultosa. Há certa latência entre as perguntas
formuladas e as respostas.
Yuri Banov Onishi
● Ocorre principalmente em pacientes gravemente deprimidos, em alguns casos de rebaixamento do
nível de consciência, em certas intoxicações (por substâncias sedativas) e em quadros
psico-orgânicos que afetam estruturas subcorticais.
Roubo do pensamento
● É uma vivência, frequentemente associada ao bloqueio do pensamento,
● O indivíduo tem a nítida sensação de que seu pensamento foi roubado de sua mente, por uma força
ou ente estranho, por uma máquina, uma antena, etc.
● é um tipo de vivência de influência (ver descrição também na seção sobre delírio de influência).
● Trata-se de uma alteração característica da esquizofrenia.
Fuga de ideias
● alteração do fluxo e da estrutura do pensamento secundária a acentuada aceleração do pensamento,
na qual uma ideia se segue a outra de forma extremamente rápida, perturbando-se as associações
lógicas entre os juízos e os conceitos
● as associações entre as palavras deixam de seguir uma lógica ou finalidade do pensamento e passam
a ocorrer por assonância (p. ex., amor, flor, cor... ou cidade, idade, realidade...),
● e as ideias se associam muito mais pela presença de estímulos externos contingentes (as pessoas
que estão presentes na entrevista, os móveis e os quadros da sala de entrevista, um ruído incidental,
alguém que entra na sala, etc.).
● Nobre de Melo (1979): há o progressivo afastamento da ideia diretriz ou principal, sem prejuízo
manifesto, contudo, para a coerência final do relato.
● A fuga de ideias pode ser classificada como alteração do curso ou como alteração formal do
pensamento]
● ocorre de forma muito característica nos quadros macacos de Transtorno Bipolar
10.2)Alterações formais do pensamento (ver Radanovic et al., 2013) (Afrouxamento das associações ,
Descarrilhamento do pensamento , Dissociação e incoerência do pensamento , Desagregação do
pensamento , Valor diagnóstico das alterações formais do pensamento)
Descarrilhamento do pensamento
● O pensamento passa a extraviar-se de seu curso normal, toma atalhos colaterais, desvios,
pensamentos supérfluos, retornando aqui e acolá ao seu curso original.
● Geralmente está associado a uma marcante distraibilidade.
● Se o descarrilamento for muito acentuado, e os desvios, muito frequentes e longos, pode-se não mais
captar a sequência lógica do pensamento
● Ocorre: esquizofrenia e, eventualmente, nos transtornos maníacos.
Desagregação do pensamento
● há profunda e radical perda dos enlaces associativos, total perda da coerência do pensamento
● Sobram apenas “pedaços” de pensamentos, conceitos e ideias fragmentados, muitas vezes
irreconhecíveis, sem qualquer articulação racional, sem que sejam detectadas uma linha diretriz e uma
finalidade no ato de pensa
● Ocorre: alteração típica de formas avançadas de esquizofrenia e de quadros demenciais
Esquizofrenia
● o progredir da desestruturação do pensamento segue esta sequência (em ordem de gravidade):
○ 1)afrouxamento das associações,
○ 2)descarrilamento do pensamento,
○ 3)dissociação e incoerência do pensamento
○ 4)desagregação do pensamento.
● Obs: tal sequência, embora lógica, não é necessária, podendo essas alterações surgirem nas mais
diversas combinações e sequências
● as formas mais leves de alteração da forma do pensamento podem ser encontradas, de modo ainda
incipiente, em parentes de primeiro grau de pessoas com esquizofrenia (Catts et al., 1993).
● Acreditava-se que os transtornos formais do pensamento eram específicos da esquizofrenia.
Entretanto, tem-se verificado que pacientes com transtornos afetivos (mania ou depressão, psicóticas
ou não psicóticas) também os apresentam.
● No entanto, quanto mais bizarra for a estrutura do pensamento, maior é a probabilidade de se tratar de
esquizofrenia (Marengo; Harrow, 1987).
Yuri Banov Onishi
● Os transtornos formais do pensamento, nas psicoses (sobretudo na esquizofrenia), são indicadores da
gravidade do quadro.
● Os aspectos de empobrecimento e de desorganização do pensamento indicam pior prognóstico,
sendo que os de empobrecimento predizem com mais força desfechos ruins (Roche et al., 2015)
● Ex: Quando um indivíduo acometido por uma psicose afirma que “os vizinhos preparam um complô
para matá-lo”,
○ o conteúdo é de perseguição,
○ o que está patologicamente alterado é a atribuição de realidade absoluta a esse pensamento,
ou seja, o modo como o juízo de realidade se constitui
● Ex:uma pessoa com um cargo político, em um contexto político tenso e muito conflitivo, pode viver
pensando que querem prejudicá-la, querem “armar contra ela”
○ o conteúdo é desconfiança e possivel perseguição
○ não está necessariamente delirando
Persecutoriedade
● ou vivências de perseguição
● sobrevivência e a segurança do indivíduo
● a possibilidade de ser atacado e destruído,
● são elementares tanto na perspectiva biológica como na psicológica e na sociocultural.
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Conteúdos depreciativos
● menos-valia, vergonha e desvalorização
● são frequentes, pois estados afetivos depressivos são muito prevalentes em praticamente todos os
grupos sociais.
Conteúdos de poder
● riqueza, grandeza ou missão têm conexão com a dimensão de segurança,
● também se relacionam a questões narcísicas e de negação das dificuldades, limites e sofrimentos da
vida cotidiana.
Temas hipocondríacos
● a importância que o corpo tem na experiência humana. Toda a nossa vivência é corporificada
(embodied);
● o corpo é central para nós, é nosso limite, fonte de prazer e de dor, estejamos saudáveis ou doentes.
● Também estão implicados com essas questões o narcisismo relacionado às vivências corporais, o
desejo de bem estar físico, os temores relacionados ao risco permanente que todo ser humano tem de
adoecer fisicamente, sofrer e falecer.
11)SEMIOTÉCNICA DO PENSAMENTO
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Esse resumo foi feito pelo Yuri e foi disponibilizado gratuitamente
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