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Análise das componentes do Custo de produção

A) Inventários/Existências

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Algumas notas de contextualização:


(revisões da contabilidade financeira)

Principais diferenças entre o normativo do SNC e o POC

• Denominação de inventários em vez de existências;


• A proibição de utilização do LIFO (last in first out - ultimo a entrar
primeiro a sair) como fórmula de custo dos inventários;

• Tratamento da capitalização dos custos de empréstimos obtidos nos


custos dos inventários (SNC).

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Classe 3: Inventários e activos biológicos

31 Compras 34 Produtos acabados e intermédios


311 Mercadorias ... ...
312 Matérias-primas, subsidiárias e de 346 Produtos em poder de terceiros
consumo ... ...
313 Ativos biológicos 349 Perdas por imparidade acumuladas
…… 35 Subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos
317 Devoluções de compras 351 Subprodutos
318 Descontos e abatimentos em compras 352 Desperdícios, resíduos e refugos
32 Mercadorias ... ...
... ... 359 Perdas por imparidade acumuladas
325 Mercadorias em trânsito 36 Produtos e trabalhos em curso
326 Mercadorias em poder de terceiros 38 Reclassificação e regularização de inventários
... ... e ativos biológicos
329 Perdas por imparidade acumuladas 382 Mercadorias
33 Matérias-primas, subsidiárias e de consumo 383 Matérias-primas, subsidiárias e de
331 Matérias-primas consumo
332 Matérias subsidiárias 384 Produtos acabados e intermédios
333 Embalagens 385 Subprodutos, desperdícios, resíduos e
334 Materiais diversos refugos
335 Matérias em trânsito 386 Produtos e trabalhos em curso
... ... 387 Ativos biológicos
339 Perdas por imparidade acumuladas 39 Adiantamentos por conta de compras

Classe 3: Inventários e activos biológicos

31 Compras
32 Mercadorias
* 33 Matérias-primas, subsidiárias e de consumo
* 34 Produtos acabados e intermédios
* 35 Subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos
* 36 Produtos e trabalhos em curso
38 Reclassificação e regularização de inventários e ativos
biológicos
39 Adiantamentos por conta de compras

* Existentes em Empresas Industriais

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Contas relacionadas com os inventários

• Classe 3
• 61 CMV e MC
• 65 Perdas de Imparidade

• 71 Vendas
• 73 Variações da produção

• Classe 9 (contabilidade analítica)

Definição de Inventários

• são ativos detidos para venda no decurso ordinário da atividade


empresarial, no processo de produção para tal venda ou na forma de
materiais ou consumíveis a serem aplicados no processo de produção ou
na prestação de serviços

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NCRF 18: Inventários

Reconhecimento como gasto/custo (§§ 34):


• A quantia do custo é reconhecida como um ativo, apenas sendo imputada
a resultados quando os réditos relacionados sejam reconhecidos. pela
quantia escriturada desses inventários.

Mensuração:
• os inventários devem ser mensurados pelo custo (**) ou valor realizável
líquido (*), dos dois o mais baixo. (§9)

NCRF 18: Inventários

(*) Valor realizável líquido

• O valor realizável liquido (Critério do Lucro Nulo) é o preço de venda


estimado no decurso ordinário da atividade empresarial menos os custos
estimados de acabar o inventário, menos os custos estimados necessários
para efetuar a venda.

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NCRF 18: Inventários

(**) Custo dos Inventários

Custo dos inventários (§§ 10-22):

• Custo de compra: incluem o preço de compra, direitos de importação e outros impostos (que
não sejam os subsequentemente recuperáveis das entidades fiscais pela entidade) e custos de
transporte, manuseamento e outros custos diretamente atribuíveis à aquisição de bens
acabados, de materiais e serviços. Descontos comerciais, abatimentos e outros itens
semelhantes deduzem-se na determinação dos custos de compra.
• Custos de conversão: incluem os custos diretamente relacionados com a atividade de
produção, tais como mão de obra direta. Também incluem uma imputação sistemática de
gastos gerais de produção fixos e variáveis que sejam incorridos ao converter matérias em bens
acabados.

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NCRF 18: Inventários

(**) Custo dos Inventários

Custo dos inventários (§§ 10-22):


l Outros Custos: somente são incluídos nos custos dos inventários até ao ponto em que sejam
incorridos para os colocar no seu local e na sua condição atuais.

Exemplos de custos excluídos:


– Quantias anormais de materiais desperdiçados, mão-de-obra ou de outros custos de produção;
– Custos de armazenamento, a menos que esses custos sejam necessários ao processo de produção
antes de uma nova fase de produção;
– Gastos gerais administrativos que não contribuam para colocar os inventários no seu local e na sua
condição atuais; e
– Custos de vender.

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NCRF 18: Inventários

(**) Custo dos Inventários

Valorização dos inventários da produção:

• Inclui-se mão-de-obra direta e gastos gerais de produção fixos e variáveis que sejam
incorridos no processo produtivo.
• A reconhecer como gastos do período em que sejam incorridos e portanto valores que
não podem ser capitalizados em ativo enquanto inventários, temos como exemplos
quantias anormais de materiais ou outros desperdiçados na produção, custos de
armazenamento, gastos gerais administrativos e custos de vender.
• Em determinadas circunstâncias, os custos de empréstimos obtidos são incluídos no
custo dos inventários, conforme previsto na NCRF 10 - Custos de Empréstimos Obtidos.

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NCRF 18: Inventários

Reconhecimento como gasto

NCRF 18 (§34 a §35)

• A quantia do custo é reconhecida como um ativo, apenas sendo imputada a resultados


quando os réditos relacionados sejam reconhecidos.

• Ou seja, o seu reconhecimento ao exercício é feito em caso de venda de inventários: no


período em que o respetivo rédito seja reconhecido, pela quantia escriturada desses
inventários.

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NCRF 18: Inventários

Sistemas de Inventário
Segundo o artigo 12º do Decreto-Lei n.º 158/2009, de 13 de Julho (republicado no artigo
do 14º do DL n.º 98/2015, de 2 de junho):
• (i) As entidades a que seja aplicável o SNC ou as normas internacionais de
contabilidade adotadas pela UE ficam obrigadas a adotar o sistema de inventário
permanente na contabilização dos inventários, nos seguintes termos:
– a) Proceder às contagens físicas dos inventários com referência ao final do exercício, ou, ao longo do
exercício, de forma rotativa, de modo a que cada bem seja contado, pelo menos, uma vez em cada
exercício;
– b) Identificar os bens quanto à sua natureza, quantidade e custos unitários e globais, por forma a
permitir a verificação, a todo o momento, da correspondência entre as contagens físicas e os
respetivos registos contabilísticos.

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NCRF 18: Inventários

Sistemas de Inventário
• (ii) A obrigação prevista no número anterior não se aplica às entidades nele referidas
que não ultrapassem, durante dois exercícios consecutivos, dois dos três limites
indicados no n.º 2 do artigo 262.º do Código das Sociedades Comerciais, deixando essa
dispensa de produzir efeitos no exercício seguinte ao termo daquele período.
• Desde janeiro de 2016: volume de negócios superior a 700 000€; n-º médio de
trabalhadores superior a 10 e Balanço superior a 350 000€ (Anterior a janeiro de 2016:
volume de negócios superior a 3 000 000€; n-º médio de trabalhadores superior a 50 e
Balanço superior a 1 500 000€).
• (iii) Ficam também dispensadas algumas entidades relativamente a alguns tipos de
atividades referidas no artigo 12º.

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Sistemas de Inventário Intermitente


Neste sistema de inventário, o valor dos stocks em armazém e das saídas só é determinado através de
inventariações físicas e diretas das quantidades e dos valores em armazém, efetuadas periodicamente (pelo
menos no final do exercício económico).

Para a determinação dos resultados, no caso das mercadorias teremos:


RBV = VL – CMVMC, termos que previamente determinar CMVMC e para isso deve-se utilizar a seguinte
fórmula:
CMVMC = Existência Inicial + Compras +/- Regularização de existências - Existência Final
Assim:
• Os saldos das contas Compras e Regularização de existências não são transferidos ao longo do exercício
para os inventários (mercadorias, matérias-primas, etc.);
• Quando se efetua uma venda apenas se regista o rendimento da venda, mas não o seu custo;
• O CMVMC é determinado no final do período, extra-contabilísticamente, após a determinação do valor
da existência final (inventário físico)
Neste sistema há sempre lugar a correções no final do exercício

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Sistemas de Inventário Intermitente – Variação da Produção

34-Produtos acabados 73- Variação nos inventários da


36-Produtos em curso produção

Existências Iniciais dos produtos acabados,


intermédios e em curso
(EIPA ou EIPVF)
73- Variação nos inventários da 34-Produtos acabados
produção 36-Produtos em curso

Existências Finais dos produtos acabados,


intermédios e em curso
(EFPA ou EFPVF)
A variação da produção é obtida pela diferença entre a existência final e inicial da
produção acabada ou em curso, corrigida por eventuais quebras (anormais, sinistros,
ofertas, etc.)
Variação Produção=
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(EFPA ou EFPVF) – (EIPA ou EIPVF) +/- Regularizações

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Sistemas de Inventário Permanente

Quando se usa este sistema de inventário devemos permanentemente valorizar o


valor dos stocks em armazém e apurar em todo o momento os valores das saídas dos
armazéns, quer para venda, quer para o consumo (para a produção ou não).

Para a determinação dos resultados, no caso das mercadorias teremos:


O resultado bruto das vendas será igual à diferença entre as vendas líquidas (VL) e o
custo das mercadorias vendidas e matérias consumidas (CMVMC).
RBV = VL – CMVMC
A transferência da conta Compras para a conta Mercadorias/Matérias-primas é feita pelas
entradas dos bens em armazém.
O custo dos bens armazenados que foram vendidos ou consumidos e a saída de stocks
faz-se por cada operação (venda ou saída de materiais para consumo) ou por valores
periódicos (diários, mensais, etc.)
Neste sistema, regra geral, não há lugar a correcções no final do exercício

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Sistemas de Inventário Permanente – Variação da


Produção

No caso de ser adotado o sistema de inventário permanente considera-se


conveniente subdividir a conta 73 – Variações nos inventários da produção
em cada uma das suas contas divisionárias em rubricas de “Produção” e de
“Custo das vendas”, as quais serão movimentadas por contrapartida das
respetivas contas da classe 34 Produtos Acabados ou 36 Produtos em Curso.

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Sistemas de Inventário Permanente – Variação da Produção

73- Variação nos inventários da 34-Produtos acabados


produção 36-Produtos em curso
Valorização da produção
(CIPA e EFPVF)

34-Produtos acabados 73- Variação nos inventários da


36-Produtos em curso produção
Valorização do custo das vendas
(CIPV e EIPVF)

A variação da produção é obtida pela diferença entre o custo da produção e a existência


final de produtos em curso com o custo das vendas e a existência inicial de produtos em
curso, corrigida por eventuais quebras (anormais, sinistros, ofertas, etc.)
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Critérios de valorimetria das saídas (SNC)

• As fórmulas de custeio para bens específicos terão tratamento específico,


pelos seus custos individuais.
• O custo dos inventários genéricos, deve ser atribuído pelo uso da fórmula
“primeira entrada, primeira saída” (FIFO) ou da fórmula do custeio médio
ponderado (NCRF 18, §23 a §27).
• Os valores obtidos devem ser comparados com o Valor Realizável Líquido
e aplicar o menor valor (NCRF 18, §28 a §33)

Uma entidade deve usar a mesma fórmula de custeio para todos os


inventários que tenham uma natureza e um uso semelhantes para a
entidade.
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Critérios de valorimetria das saídas (SNC)

• 1. Custo Específico*: O custo da saída de cada lote é identificado


especificamente com a respetiva entrada. Para a utilização deste método é
necessário ter acesso à perfeita identificação física dos vários lotes no armazém
, permitindo deste modo o conhecimento do custo especifico de cada saída.
• 2. Custo Médio*: de acordo com este critério, as saídas de inventário são
valorizadas através de um custo unitário obtido através de uma média
ponderada entre os preços de entrada e as correspondentes quantidades;
• 3. FIFO*: os custos das saídas de armazém correspondem aos custos de
entrada mais antigos e, em consequência, as Existências finais de bens em
inventário são valorizadas pelos custos de entrada mais próximos dos valores de
mercado.

• * Recomendados pelo SNC


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Critérios de valorimetria das saídas (SNC)

• 3. LIFO **: os custos das saídas de armazém são os mais recentes - os mais
próximos dos preços de mercado - enquanto que as existências finais
ficam valorizadas aos preços mais antigos;
• 4. NIFO **: os custos das saídas de armazém são os que seriam se no
momento da saída se efetuasse a compra/produção – neste caso, como se
procede a uma reavaliação dos inventários, as existências finais ficam
valorizadas aos preços da reavaliação.

** Não permitidos no SNC


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Método do Custo Específico

• As entradas são valorizadas ao custo de aquisição.


• As existências são registadas separadamente pelos seus respetivos custos
de aquisição e com identificação específica do lote a que dizem respeito.
• As saídas terão ter a identificação física com o lote a que foram retiradas,
assim o seu valor será exatamente o valor da sua entrada.
• Neste método, não há diferenças entre a utilização do método
diariamente ou mensalmente.

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Método do Custo Específico

a) Método do Custo Médio Diário


• As entradas são valorizadas ao custo de aquisição.
• As existências são valorizadas ao custo médio (média aritmética ponderada entre a
existência anterior e a de cada compra).
• As saídas são valorizadas ao último custo médio.
b) Método do Custo Médio Mensal
• Apenas se registam diariamente as quantidades entradas e as saídas.
• Mensalmente registam-se os valores globais das entradas (conta compras) e saídas
(após a determinação do custo médio mensal das existências).
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Método do FIFO ( First In First Out )

• As entradas são valorizadas ao custo de aquisição.


• As existências são registadas separadamente pelos seus respetivos custos
de aquisição.
• As primeiras saídas são valorizadas aos primeiros preços de entrada
existentes em armazém.
• Neste método, não há diferenças entre a utilização do método
diariamente ou mensalmente

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Comparação dos métodos: FIFO, LIFO e Custo Médio Ponderado

• Os valores obtidos pelos vários métodos serão, tanto mais diferentes, quanto forem as
variações dos preços de aquisição, ou de produção, ou seja, quanto maior for a
instabilidade dos preços.
a) O método FIFO implica um afastamento sensível do custo atual das entradas, do
custo das saídas, as quais só tardiamente se refletem na evolução dos preços.
b) O método LIFO implica uma aproximação sensível do custo atual das entradas do
custo das saídas, as quais refletem de forma exagerada a evolução dos preços.
c) O método do custo médio situa-se numa posição intermédia: o custo das saídas não
se afasta tanto do custo atual das entradas como o FIFO, nem se aproxima tanto como
o LIFO.

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Em Períodos de Inflação:

Regra geral, o método do FIFO conduz a:


• Valorização mais baixa das saídas e mais elevada das existências finais, originando, assim, custos
de produção (ou de mercadorias vendidas) desatualizados por defeito.
• Uma valorização das existências finais a preços mais aproximados do custo atual (Hiperavaliação).
• Um resultado superior, que se pode considerar fitício e que pode aumentar a base fiscal de
tributação.

2 - Regra geral, o método do Custo Médio conduz a:


• Valores que se situam entre os valores determinados pelo método FIFO e LIFO. Por outras
palavras, atenua os excessos.

3 - Regra geral, o método do LIFO conduz a:


• Uma valorização mais elevada das saídas e mais baixa das existências finais, originando custos de
produção (ou de mercadorias vendidas) atualizados (mais próximos do preço de mercado).
• Uma avaliação de existências finais a preços mais afastados do preço de mercado (Subavaliados).
• Um resultado inferior, correspondente a reservas ocultas e que reduz a base fiscal de tributação.
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TRATAMENTO DAS DIFERENÇAS DE INVENTÁRIO

Existe uma diferença de inventário quando a informação contabilística sobre a


quantidade e o valor das existências difere da sua quantidade e/ou valor real, assim
sendo, a informação contabilística terá que adaptar-se à realidade.

NECESSIDADE DE CORRECÇÃO !
Causas Possíveis:
1. Causas Físicas: o desaparecimento do material, o aumento de peso, o
armazenamento inadequado, a caducidade, a deterioração, a obsolescência, etc;
2. Causas Económicas: quando, devido a alterações de engenharia, os materiais
perdem a sua aptidão produtiva, deteriorando-se;

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Determinação do Custo
Deterioração Normal (Quebras Normais)
Diferenças de
Inventário
Deterioração Anormal (Quebras Anormais).
negativas

• O custo das Quebras Anormais não é inventariável: é custo do período em


que incorre (custo extraordinário).
• Por sua vez, quando a quebra se deve a causas normais, o valor do consumo
de materiais deverá ser aumentado (ou do custo das mercadorias vendidas)
numa quantidade igual ao custo da quebra.

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Os inventários e os gastos/custos de produção

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ANÁLISE DAS COMPONENTES DO CUSTO DE PRODUÇÃO

•Possíveis agrupamentos dos custos industriais:


Matérias Primas Materiais diretos Materiais diretos
Mão-de-obra direta Mão-de-obra direta Mão-de-obra direta
Gastos Gerais de Fabrico Gastos Gerais de Fabrico Gastos indiretos de Fabrico

O custo das Matérias Primas e outros Materiais diretos


Caraterização e classificação das matérias
As matérias são os fatores tangíveis adquiridos pela empresa a fim de serem consumidos, de forma
gradual, na fabricação ou distribuição dos produtos.
O seu modo de participação no processo de exploração, é classificado em:
a) Matérias Primas
Bens consumíveis, objeto de trabalho posterior de natureza industrial. São incorporadas fisicamente nos
produtos finais.
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ANÁLISE DAS COMPONENTES DO CUSTO DE PRODUÇÃO

b) Matérias Subsidiárias
Bens consumíveis que possibilitam ou auxiliam a transformação das matérias primas, podendo não integrar
fisicamente os produtos finais. Não são objeto de transformação.
Exemplo: Combustíveis, lubrificantes, pregos, vernizes, linhas, etc.

c) Materiais Diversos
Outros bens consumíveis, que não embalagens, utilizados nos centros de custos, aprovisionamento, transformação,
distribuição ou administração.
Exemplo: Materiais de conservação e reparação, materiais de publicidade e propaganda, materiais de escritório, etc.

d) Embalagens de Consumo
Objetos envolventes ou recipientes das mercadorias ou produtos, não retornáveis, que são faturados ou consignados
juntamente com os produtos.

e) Semiprodutos
Todos aqueles bens que funcionam simultaneamente como produto acabado (suscetível de ser vendido) ou como
matéria prima para uma fase seguinte.
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ANÁLISE DAS COMPONENTES DO CUSTO DE PRODUÇÃO

Sugestão de agrupamento das matérias nos custos industriais:

Matérias Primas Matérias Primas

Matérias Subsidiárias
Materiais diversos Gastos Gerais de
Embalagens de consumo (?) Fabrico

Matérias Armazenáveis e Não Armazenáveis


a) Matérias Armazenáveis
• São a maior parte das matérias primas e matérias subsidiárias (e eventualmente as embalagens). Caraterizam-se
assim, pelo fato do seu consumo ser posterior à respetiva compra.
b) Matérias Não Armazenáveis
• São matérias utilizadas no processo de exploração, cujo consumo deverá ser imediato à respetiva compra. Assim
sendo, estas matérias, não são contabilizadas como existências, mas sim, como custos (Fornecimentos e Serviços
externos), muito embora tanto umas como outras respeitem ao serviço de aprovisionamento.
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Matérias diretas e Indiretas diretas e Indiretas

a) Matérias diretas
• Materiais que geralmente determinam a qualidade, quantidade ou
apresentação do produto no mercado, razão pela qual os seus custos são
diretamente imputados a cada produto em concreto através do registo das
quantidades individualmente aplicadas a cada produto (recurso a folhas de
requisição de materiais)
b) Matérias Indiretas
• Materiais com respeito aos quais não é possível registar nas folhas de
requisição que produtos concretos provocaram o consumo dos mesmos:
• porque não existe uma relação de causalidade
• porque não é pertinente o registo (dada a escassa importância económica para o cálculo do
custo do produto)

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1 - Exemplo de Aplicação
Matéria-prima XPTO
Existências iniciais 1000Kg a 10€/Kg
10/Out – Compras 2000kg a 20€/kg
15/Out – Compras de 3000kg a 25€/kg
25/Out – Compras de 2500kg a 30€/kg
Sabe-se que foram efetuadas as seguintes requisições ao armazém:
12/Out – 2500kg; 20/Out 2500kg

Determine o valor dos consumos e das existências finais utilizado:


• O custo médio diário
• O custo médio mensal

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1- Exemplo de Aplicação
Matéria-prima XPTO
Existências iniciais 1000Kg a 10€/Kg
10/Out – Compras 2000kg a 20€/kg
15/Out – Compras de 3000kg a 25€/kg
25/Out – Compras de 2500kg a 30€/kg
Sabe-se que foram efetuadas as seguintes requisições ao armazém:
12/Out – 2500kg; 20/Out 2500kg
Determine o valor dos consumos e das Existências Finais utilizando:
• O custo médio diário 2500kg*16,67 + 2500kg*23,81
. = 41.675 + 59.525=101.200
(Ef = 3500kg*28,23 = 98.800)
• O custo médio mensal 5000kg * 23,53=117.650
(Ef = 3500kg*23,53 = 82.350)

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2- Exemplo de Aplicação
Matéria-prima XPTO

Existências iniciais 1000Kg a 10€/Kg


10/Out – Compras 2000kg a 20€/kg
15/Out – Compras de 3000kg a 25€/kg
25/Out – Compras de 2500kg a 30€/kg
Sabe-se que foram efetuadas as seguintes requisições ao armazém:
12/Out – 2500kg; 20/Out 2500kg

Determine o valor dos consumos e das Existências Finais utilizando:


• FIFO diário
• FIFO mensal

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2- Exemplo de Aplicação

Matéria-prima XPTO
Existências iniciais 1000Kg a 10€/Kg
10/Out – Compras 2000kg a 20€/kg
15/Out – Compras de 3000kg a 25€/kg
25/Out – Compras de 2500kg a 30€/kg
Sabe-se que foram efetuadas as seguintes requisições ao armazém:
12/Out – 2500kg; 20/Out 2500kg

Determine o valor dos consumos e das Existências Finais utilizando:


• FIFO diário è 1000kg*10 + 2000kg*20 + 2000kg*25 = 100.000
(Ef = 1000kg*25 + 2500kg*30 = 100.000)

• FIFO mensal è igual ao diário

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3- Exemplo de Aplicação
Matéria-prima XPTO

Existências iniciais 1000Kg a 10€/Kg


10/Out – Compras 2000kg a 20€/kg
15/Out – Compras de 3000kg a 25€/kg
25/Out – Compras de 2500kg a 30€/kg
Sabe-se que foram efetuadas as seguintes requisições ao armazém:
12/Out – 2500kg; 20/Out 2500kg

Determine o valor dos consumos e das Existências Finais utilizando:


• LIFO diário
• LIFO mensal

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3- Exemplo de Aplicação
Matéria-prima XPTO

Existências iniciais 1000Kg a 10€/Kg


10/Out – Compras 2000kg a 20€/kg
15/Out – Compras de 3000kg a 25€/kg
25/Out – Compras de 2500kg a 30€/kg
Sabe-se que foram efetuadas as seguintes requisições ao armazém:
12/Out – 2500kg; 20/Out 2500kg
Determine o valor dos consumos e das Existências Finais utilizando:
• LIFO diário è 2000kg*20 + 500kg*10 + 2500kg*25 = 107.500
(Ef = 2500kg*30 + 500kg*25 + 500*10= 92.500)
• LIFO mensal è =2500*30+2500*25=137.500
(Ef = 500kg*25 + 2000kg*20+ 1000*10 = 62.500)

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4 - Exemplo de Aplicação

Matéria-prima XPTO
Existências iniciais 1000Kg a 10€/Kg
10/Out – Compras 2000kg a 20€/kg
15/Out – Compras de 3000kg a 25€/kg
25/Out – Compras de 2500kg a 30€/kg
Sabe-se que foram efetuadas as seguintes requisições ao armazém:
12/Out – 2500kg (750kg do lote das existências iniciais e 1750kg do lote
comprado a 10 de Out.); 20/Out 2500kg (do lote comprado a 15 de Out.)

• Determine o valor dos consumos utilizando o Custo específico

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4 - Exemplo de Aplicação
Matéria-prima XPTO
Existências iniciais 1000Kg a 10€/Kg
10/Out – Compras 2000kg a 20€/kg
15/Out – Compras de 3000kg a 25€/kg
25/Out – Compras de 2500kg a 30€/kg
Sabe-se que foram efetuadas as seguintes requisições ao armazém:
12/Out – 2500kg (750kg do lote das existências iniciais e 1750kg do lote
comprado a 10 de Out.); 20/Out 2500kg (do lote comprado a 15 de Out.)
• Determine o valor dos consumos utilizando o Custo específico
750kg*10 + 1750kg*20 + 2500kg * 25 = 105.000€
(EF = 250kg*10 + 250*20 + 500kg*25 + 2500*30=95.000€)

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5 - Exemplo de Aplicação

Matéria-prima XPTO
Existências iniciais 1000Kg a 10€/Kg
10/Out – Compras 2000kg a 20€/kg
15/Out – Compras de 3000kg a 25€/kg
25/Out – Compras de 2500kg a 30€/kg
Sabe-se que foram efetuadas as seguintes requisições ao armazém:
12/Out – 2500kg; 20/Out 2500kg

• Determine o valor dos consumos utilizado o NIFO, considere que cada


kg vale atualmente 50 €

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5 - Exemplo de Aplicação
Matéria-prima XPTO
Existências iniciais 1000Kg a 10€/Kg
10/Out – Compras 2000kg a 20€/kg
15/Out – Compras de 3000kg a 25€/kg
25/Out – Compras de 2500kg a 30€/kg
Sabe-se que foram efetuadas as seguintes requisições ao armazém:
12/Out – 2500kg; 20/Out 2500kg

• Determine o valor dos consumos utilizado o NIFO, considere que cada kg vale atualmente 50 €:

Valor atual das existências = 8500kg*50€= 425.000€ => (EI+CMP)*50


Total do valor real registado na conta 200000€ => EI + Entradas
(Debitar armazém de MP e creditar conta de resultados 225000) para corrigir o valor de entradas de MP)
Consumos 5000kg*50€ = 250.000€ => cred. MP e deb. Fabric.
Existências finais 3500kg*50€=175.000€

47

23
9/23/23

6 - Exemplo de Aplicação

A Empresa Lote tem as seguintes existências em armazém:


– lote 1 Þ 200 unidades a 0,1 € cada
– lote 2 Þ 150 unidades a 0,11 € cada
– lote 3 Þ 200 unidades a 0,12 € cada

Venderam-se 250 unidades desta mercadoria. O funcionário do armazém diz-nos que saíram 50
unidades do lote 1; 50 unidades do lote 2 e 150 unidades do lote 3.

Registe os acontecimentos na ficha de armazém, utilizando o critério do custo específico diário e


mensal.

48

6 - Exemplo de Aplicação

Custo específico diário (em euros)

Data Designação Entradas Saídas Existências


Qt Preço Valor Qt Preço Valor Qt Preço Valor
1 Exist. 200 0,1 € 20 €
Inicial 150 0,11 € 16,5 €
200 0,12 € 24 €
? Venda 50 0,1 € 5€ 150 0,1 € 15 €
50 0,11 € 5,5 € 100 0,11 € 11 €
150 0,12 € 18 € 50 0,12 € 6€

Custo das existências vendidas = 5 + 5,5 + 18 = 28,5

Existência Final = 15 + 11 + 6 = 32

24
9/23/23

6 - Exemplo de Aplicação
Custo específico mensal (em euros)
Data Designação Quantidades Custo Valores
Entradas Saídas Existências médio Débitos Créditos Saldo

1 Exist. Inicial 200 200 0,1 20

150 350 0,11 16,5

200 550 0,12 24

? Venda 50 500

50 450

150 300

Valor entradas 550 0,11 60,5

Valor saídas 250 0,114 28,5 32

Existência Inicial (Entradas) = 20 + 16,5 + 24 = 60,5


Custo médio entradas = 60,5 / 550 = 0,11
Valor das saídas = 50 * 0,1 + 50 * 0,11 + 150 * 0,12 = 28,5
Custo médio das saídas = 28,5 / 250 = 0,114
Existência Final = 60,5 – 28,5 = 32

7 - Exemplo de Aplicação

Em armazém existiam 200 unidades da mercadoria XY ao custo unitário de 0,1 €.

– No dia 3 do corrente mês venderam-se 50 unidades do produto XY.


– No dia 7 compraram-se 150 unidades ao preço de 0,11 € cada.
– No dia 13 venderam-se 50 unidades.
– No dia 15 venderam-se mais 50 unidades.
– No dia 20 compraram-se 200 unidades a 0,12 € cada.
– No último dia do mês venderam-se 150 unidades.

Registe os acontecimentos na ficha de armazém, utilizando o critério do custo médio e FIFO diário e
mensal.

25
9/23/23

7 - Exemplo de Aplicação

Método do Custo Médio - Diário


Data Designação Entradas Saídas Existências
Qt Preço Valor Qt Preço Valor Qt Preço Valor

1 Exist. Inicial 200 0.1 20

3 Venda 50 0.1 5 150 0.1 15

7 Compra 150 0.11 16.5 300 0.105 31.5

13 Venda 50 0.105 5.25 250 0.105 26.25

15 Venda 50 0.105 5.25 200 0.105 21

20 Compra 200 0.12 24 400 0.1125 45

30 Venda 150 0.1125 16.875 250 0.1125 28.125

EF= 28.125 €
CMV= 5+5.25+5.25+16.875 = 32.375 €

7 - Exemplo de Aplicação
Método do Custo Médio - Mensal
Data Designação Quantidades Custo Valores
Entradas Saídas Existências médio Débitos Créditos Saldo

1 Exist. Inicial 200 200 0.1 20

3 Venda 50 150

7 Compra 150 300

13 Venda 50 250

15 Venda 50 200

20 Compra 200 400

30 Venda 150 250

Valor Entradas 550 0.11 40.5 60.5


Valor Saídas 300 0.11 33

COMPRAS= 150*0.11 + 200*0.12 = 40.5 €


SALDO= 40.5 + 20 = 60.5 €
CUSTO MÉDIO= 60.5/550 = 0.11 €
EXISTÊNCIA FINAL= 250*0.11 = 27.5 €
CMV= (50 + 50 + 50 + 150)*0.11 = 300*0.11 = 33 €

26
9/23/23

7 - Exemplo de Aplicação
Método do FIFO - Diário
Data Designação Entradas Saídas Existências
Qt Preço Valor Qt Preço Valor Qt Preço Valor

1 Exist. Inicial 200 0.1 20

3 Venda 50 0.1 5 150 0.1 15

7 Compra 150 0.11 16.5 150 0.1 15


150 0.11 16.5

13 Venda 50 0.1 5 100 0.1 10


150 0.11 16.5

15 Venda 50 0.1 5 50 0.1 5


150 0.11 16.5

20 Compra 200 0.12 24 50 0.1 5


150 0.11 16.5
200 0.12 24
30 Venda 50 0.1 5 ---- ---- ----
100 0.11 11 50 0.11 5.5
200 0.12 24
CMV= 5 + 5 + 5 + 5 + 11= 31 €
EF= 5.5 + 24= 29.5 €

7 - Exemplo de Aplicação
Método do FIFO - Mensal
Data Designação Quantidades Valores
Entradas Saídas Existências Débitos Créditos Saldo

1 Exist. Inicial 200 200 20

3 Venda 50 150

7 Compra 150 300

13 Venda 50 250

15 Venda 50 200

20 Compra 200 400

30 Venda 150 250

Valor Entradas 550 40.5 60.5


COMPRAS= 150*0.11 + 200*0.12 = 40.5 €
Valor Saídas 300 31
SALDO= 40.5 + 20 = 60.5 €
SAÍDAS= (200*0.1) + (100*0.11) = 31 €
EF= (50*0.11) + (200*0.12) = 29.5 €

27
9/23/23

Caso Prático
A empresa EME, Lda. comercializa a mercadoria M sujeita a IVA à taxa de 23%. É praticada uma margem
de 20% sobre o preço de venda processando-se o movimento contabilístico em sistema de inventário
permanente. Durante o mês de Setembro, recolheram-se os seguintes dados:
Data Descrição Entradas Saídas
Qt. Valor Qt. Valor
3 Compra a F12 420 4 200 € ___ ___
12 Venda a C14 ___ ___ 650 6 270 €
19 Venda a C16 ___ ___ 150 1 350 €
22 Devolução de C14 20 180 € ___ ___
27 Quebra acidental ___ ___ 140 1 260 €

Sabendo que em 1/9 existia em armazém um lote de 500 unidades de M a que correspondia um custo de
4 500€, pretende-se:
a) Identifique o critério de valorimetria utilizado pela empresa
b) Determine o valor das vendas líquidas, CMVMC e o resultado Bruto das vendas
c) Refira quais as implicações, quer nos resultados, quer no Balanço, que resultariam da utilização dum
critério de valorimetria diferente do adotado.
56

B) Gastos/Custos da Mão-de-obra

28
9/23/23

Os Gastos com a Mão de obra


Unidade de medida - Horas homem (Hh)
Remunerações Fixas (?)
Variáveis (?)
Fixas - (?)
• Remuneração mensal (ordenado)
• Subsídio de Férias
• Subsídio de Natal

Variáveis (?)
• Remunerações por horas extraordinárias
• Comissões sobre vendas
• Subsídios pela prestação de trabalho em turnos
• Prémios de produtividade

58

Os Gastos com a Mão de obra


Encargos sobre remunerações por conta da entidade patronal em empresas privadas:
20,3% para os órgãos sóciais
• Obrigatórios:
1. Encargos com a
Segurança Social
23,75% para os restantes trabalhadores

2. Seguros de Acidentes de Trabalho e Doenças Profissionais (Taxa variável)

• Obrigatórios ou Facultativos
Encargos com creches, refeitórios, pensões de reforma e de invalidez, formação profissional, etc

· Descontos sobre remunerações por conta do trabalhador dependente:


11% do Rendimento Bruto para Segurança social
Retenção de I.R.S.

Custo Total / Ano = Vencimento + Encargos sobre Remunerações

60

29
9/23/23

Os Gastos com a Mão de obra


• Custo horário:
Deve incluir, não só as remunerações mensais, como também as restantes remunerações fixas e
encargos patronais.
Dividindo esse custo pelo nº de horas de trabalho, obtemos o custo horário.

Custo Horário = Custo Total Ano ou Custo médio mensal


Nº Horas Trabalho ao ano Nº Horas Trabalho mes

Taxa Teórica = ____________Encargos Anuais__________________


Remuneração durante o período de trabalho efetivo

61

Os Gastos com a Mão de obra

Custos Anuais
(não periódicos)
Custo
Encargos Total
Sociais Despesa Mensal
Mensal de Mão de Obra
Salário Líquido Salários Brutos

Deduções

62

30
9/23/23

Contabilização
• Poder-se-á determinar, em termos previsionais, uma taxa de Encargos Sociais já que à data não se
dispõe ainda dos dados reais
• Sugestão de contabilização:
Encargos a Repartir Produção

Da Encargos Taxa Teórica


Contabilidade Imputados
*
Geral Taxa Teórica *
Vencimentos
Encargos * Vencimentos
Mensais Reais Mensais
Mensais
Sf Diferenças de Incorporação
Se os Custos Se os Custos
reais forem reais forem
superiores inferiores
aos aos
previstos previstos
63

Exemplo (cont.)
• A taxa de encargos sociais teórica será então calculada da seguinte fórmula,
admitindo-se uma remuneração ilíquida mensal de 1.500€:

A. Ordenados relativos ao tempo de trabalho: 1.500 x 11 = 16.500€

B. Encargos Sociais:
Mês de Férias 1.500€
Subsídio de Férias 1.500€
Subsídio de Natal 1.500€
Segurança Social 4.987,50€ (1.500 x 14 x 0,2375)
Seguro de A. T e outros encargos 412,50€

C. Taxa de Encargos sociais (B/A) 9 900 = 0,60 (60%)


16 500
65

31
9/23/23

Exemplo (cont.)

• Conforme referido anteriormente, a adoção de uma taxa teórica tem por objetivo
repartir todos os encargos regularmente ao longo dos vários meses em que há laboração,
de modo a que todos os gastos com o pessoal sejam mensualizados independentemente
do período em que ocorre o seu pagamento.

• O custo horário a considerar no cálculo da MOD vai ser acrescido de 60% para encargos
sociais, pelo que o valor desta componente resultará de:

MOD = Nº de horas x custo horário x 1,60

66

Exercícios

32
9/23/23

Casos Prático - Empresa Mão Perfeita, Lda

Da contabilidade da empresa Mão Perfeita, Lda. retiraram-se os seguintes elementos


sobre os encargos com a mão-de-obra:
• Salários Brutos (Ilíquidos) = 130 000€ ao mês
• Encargos mensais: Taxa social única23,75%
• Seguro de acidentes no trabalho 0,5%
• Senhas de refeição (231 dias úteis) 320€ por dia
• Diversos (fixos ao ano) 23 860,4€
• Meses de produção -11
• Horas de trabalho (mês) 14 300 horas

Pedidos: Com base nos dados anteriores, calcule o valor dos encargos mensais a
imputar, a respetiva taxa teórica e o custo horário.
71

Casos Prático - Empresa Vencimento, Lda


Da contabilidade retiraram-se os seguintes elementos sobre os encargos com a mão de obra:
Vencimentos Brutos (Ilíquidos) = 8 115 000 u.m. por mês
Encargos
• Taxa social 23,75%.
• Seguro de acidentes no trabalho 1%.
• Subsidio de refeição /mês (11meses ao ano) 756.000 u.m.
• Formação profissional de Dezembro 811.365 u.m.
Meses de produção - 12
Horas de trabalho (mês) 503 130 horas

Pedidos:
• Calcule o valor dos encargos mensais a imputar, a respetiva taxa teórica e o custo horário para o mês
de Janeiro
• Estimativa do valor das DI para o mês de Janeiro
• Qual o custos da MOD de um produto que consumiu 5.000horas?

73

33
9/23/23

Casos Prático - Empresa Vencimento, Lda

– Vencimentos por meses de trabalho= ___________________

– Encargos anuais:
– Taxa social única ____________________= _________
– Senhas de refeição = _________
– Seguro de acidentes no trabalho=
– ____________________________= _______
- Diversos (formação profissional)= _______
– Outros ________
_______

Taxa teórica = _______________/_________= ____


Custo Hora= [_______________]/_____= ___€ por Hora
Custo da MOD para o produto = ________
74

C) Os Gastos Gerais de Fabrico

34
9/23/23

Os Gastos Gerais de Fabrico


Exemplos de G.G.F.:
A) Quanto à Natureza: Combustíveis, colas, vernizes

MATERIAIS indiretos Lubrificantes


Material de limpeza
Ferramentas não duradouras, etc
Ordenados dos encarregados de secção
Ordenados do pessoal de limpeza
MÃO DE OBRA Indireta
Ordenados do pessoal de supervisão
Preparação de máquinas, etc
Conservação e Reparação
CUSTOS indiretos Água, eletricidade
DE TRANSFORMAÇÃO Depreciações
Rendas e alugueres, Seguros, etc
82

Os Gastos Gerais de Fabrico


B) Em relação ao produto:

diretos

GGF

indiretos: são repartidos posteriormente


pelos produtos através de um critério de
imputação adequado

C) Quanto à variabilidade:
FIXOS

GGF SEMI-VARIÁVEIS

VARIÁVEIS

83

35
9/23/23

Os Gastos Gerais de Fabrico

CUSTOS DO PERÍODO (“MENSAIS”)

GGF

CUSTOS NÃO PERIÓDICOS (Amortizações,


Seguros, Rendas, etc.)

Gastos Reais- - Gastos = Diferenças de Incorporação


Imputados

O Custo da Produção Acabada e da Produção em Vias de Fabrico


84

Os Gastos Gerais de Fabrico

CONTROLÁVEIS

GGF

NÃO CONTROLÁVEIS: não é possível


identificar um responsável direto pelo seu
controle.

Custos indiretos da Produção


- Custos indiretos

Custos indiretos Gerais: dizem respeito às


restantes áreas funcionais da empresa

85

36
9/23/23

Esquematicamente:
CUSTOS INDIRETOS TOTAIS DO EXERCÍCIO

CUSTOS INDIRETOS DE CUSTOS INDIRECTOS


PRODUÇÃO (GGF) GERAIS

Aprovisio- Produção Outros Adminis- Financeira Distribuição


namento tração

INVENTÁRIOS

VENDA DE PRODUTOS

RESULTADOS
86
86

Componentes do Custo de Produção

Custos do mês:
Matérias Primas
Mão-de-obra direta
Gastos Gerais de fabrico

87

37
9/23/23

O Custo da Produção Acabada e da Produção em Vias de Fabrico

• O CIPA “corresponde ao valor a atribuir aos produtos acabados durante o


período, independentemente do momento em que são iniciados, o que significa
que terá de incorporar, para além dos custos industriais que ocorreram no
período, o valor de eventual produção não acabada (produção em vias de
fabrico) existente no início e no fim do período.
• A produção em vias de fabrico corresponde ao valor de um produto iniciado
em determinado período e que no final deste não se encontra ainda concluído,
distinguindo-se do conceito de produto intermédio ou semi-acabado, que
corresponde a um produto que pode ser comercializado nesse estádio ou ser
sujeito a operações de transformação adicionais.
• Assim, o custo da produção acabada será calculado da seguinte forma:

• CIPA = EIPVF + CI – EFPVF 88

89
Armazém de Materiais Custos Industriais Armazém de Produtos
Acabados Resultados

Ei MC EIPVF CIPA EIPA CIPV CIPV


Compras (Consumos) Custos CIPA
Mensais
Ef EFPVF EFPA

MOD Gasto Administrativo


C.
Salários Custo Custo Custo Administrativo
Mensal Mensal
Encargos Imputado
ao mês

GGF Gastos Distribuição

Mat. Sub. Gastos Custo Custo


Mensal Mensal C. Distribuição
MOI Imputados
Outros GGF ao mês

Gastos Financeiros
C. Financeiro
Custo Custo
Mensal Mensal
Armazém de PVF
Custos do
EIPVF Período
EIPVF
EFPVF
EFPVF

38

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