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JON ROGAWSKI

University of Ca/ifornia, Los Angeles

VOLUME1

Tradução:
Claus Ivo Doering
Professor Titular do Instituto de Matemática da UFRGS

Versão impressa dessa obra: 2008

~~
bookmad'i

2009
Obra originalmente publicada sob o título Calculus
ISBN 978-0-7167-6911-8

First published in the United States by W.H.Freeman and Company, New York and Basingstoke.
Originalmente publicado nos Estados Unidos por W.H.Freeman and Company, New York e Basingstoke.
Copyright© 2008, W.H.Freeman and Company. Ali Rights Reserved. Todos os direitos reservados.

Capa: Henrique Chaves Caravantes, arte sobre capa original

Preparação de original: Renato A. Merker

Supervisão editorial: Denise Weber Nowaczyk

Editoração eletrônica: Techbooks

Reservados todos os direitos de publicação, em língua portuguesa, à


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(BOOKMAN®COMPANHIA EDITORA é uma divisão da ARTMED®EDITORAS.A.)
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É proibida a duplicação ou reprodução deste volume, no todo ou em parte,


sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (eletrônico, mecânico, gravação,
fotocópia, distribuição na Web e outros), sem permissão expressa da Editora.

SÃO PAULO
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Para Julie
• SOBRE JON ROGAWSKI
Como professor bem-sucedido por mais de 25 anos, Jon Rogawski prestou atenção e
aprendeu muito com seus próprios alunos. Essas lições valiosas tiveram muita influência
em seu modo de pensar e escrever e na elaboração de um livro de Cálculo.
Ele obteve seu diploma de Graduação simultaneamente com seu diploma de Mes-
trado em Matemática da Yale University e seu diploma de Doutorado em Matemática da
Princeton University, onde foi orientado por Robert Langlands. Antes de entrar para o
Departamento de Matemática da UCLA (University of Califomia, Los Angeles) em 1986,
onde atualmente é professor titular, foi professor em Yale e nas universidades de Chicago
e Jerusalém e pesquisador visitante no IAS (lnstitute for Advanced Studies) e nas univer-
sidades de Bonn e de Paris, em Jussieu e em Orsay.
Suas áreas de interesse em pesquisa são Teoria de Números, Formas Automorfas e
Análise Harmônica em grupos semi-simples. Ele publicou inúmeros artigos de pesquisa
em publicações matemáticas de alto nível, inclusive a monografia de pesquisa (em inglês)
intitulada Representações Automorfas de Grupos Unitários em Três Variáveis (Princeton
University Press). Ele recebeu uma bolsa da fundação Sloan e é um editor da publicação
Pacific Journal of Mathematics.
Jon e sua esposa Julie, que é enfermeira, têm quatro filhos. Eles mantêm um lar atare-
fado e, sempre que possível, a farru1ia curte férias nas montanhas da Califórnia. Ele é um
apaixonado pela música clássica e toca violino e violão clássico.
1 PREFÁCIO
• SOBRE OLIVRO
Ensinando matemática
Quando eu era um professor novato, gostava de lecionar Matemática mas me desagradava
o fato de ser tão difícil explicá-la. Cedo na minha carreira me deparei com uma rebelião
estudantil, quando meus esforços para ensinar demonstrações com épsilon e delta não fo-
ram recebidos com o entusiasmo que eu antecipara. Experiências desse tipo me ensinaram
dois princípios básicos:
1. Devemos tentar ensinar o máximo possível aos alunos, mas não mais.
2. Como professores de Matemática, a forma como dizemos é tão importante quanto
o que dizemos.
A maioria dos alunos não consegue assimilar um conceito que fica embrulhado em
formalismo matemático estéril. A linguagem formal da Matemática intimida os que não
são iniciados. Apresentando o mesmo conceito na linguagem do dia a dia, que pode ser
mais casual mas não menos precisa, abrimos o caminho para o aluno entender as idéias
subjacentes e integrá-las em sua própria maneira de pensar. Dessa maneira os alunos fi-
cam mais bem equipados para apreciar a necessidade de definições e demonstrações for-
mais e para entender sua lógica.
Meus recursos mais valiosos ao escrever este texto foram minha experiência didáti-
ca ao longo dos últimos 25 anos. Meus alunos me ensinaram a lecionar e espero que o
meu texto reflita uma autêntica sensibilidade às necessidades e capacidades dos alunos.
Também espero que o livro os ajude a experimentarem a alegria de entender e dominar as
maravilhosas idéias do assunto.

Escrevendo um novo livro de Cálculo


O Cálculo merecidamente ocupa um papel de destaque no Ensino Superior. Não só é a
chave para uma ampla gama de disciplinas científicas e de Engenharia, mas também é um
componente crucial no desenvolvimento intelectual estudantil. Eu espero que o meu texto
ajude a abrir para o aluno esse mundo multifacetado de idéias. Como uma grande sinfo-
nia, as idéias do Cálculo nunca envelhecem. Sempre há algo de novo para ser apreciado
e com o que se encantar e gosto do desafio de encontrar a melhor maneira de comunicar
essas idéias aos estudantes.
Meu texto se baseia na tradição de várias gerações de autores de Cálculo. Não existe
o texto perfeito, dadas as escolhas e as concessões inevitáveis que precisam ser feitas, mas
muitos dos livros existentes refletem anos de raciocínio cuidadoso, destreza meticulosa
e sabedoria acumulada que não podem, e não deveriam, ser todos ignorados ao escrever
um novo livro.
Eu fiz um esforço continuado para comunicar os conceitos e idéias subjacentes e "ra-
zões pelas quais funciona" em linguagem que seja acessível aos alunos. Ao longo do tex-
to, antecipamos e tratamos com as dificuldades dos alunos. As habilidades para resolver
problemas são desenvolvidas sistematicamente nos exemplos e conjuntos de exercícios.
Também incluí uma ampla variedade de aplicações, tanto inovadoras quanto tradicio-
nais, que oferecem uma compreensão adicional da Matemática e comunicam a importante
mensagem de que o Cálculo desempenha um papel vital no mundo moderno.
Meu livro segue uma organização bastante tradicional, com algumas poucas exce-
ções. Duas tais exceções são a estrutura do Capítulo 2 sobre limites e a colocação de
polinômios de Taylor no Capítulo 9.
viii PREFÁCIO

Oconceito de limite e a estrutura do Capítulo 2


O Capítulo 2 introduz os conceitos fundamentais de limite e convergência. As Seções
2.1 e 2.2 dão aos alunos uma boa noção intuitiva dos limites. Nas próximas duas seções
discutimos leis de limite (Seção 2.3) e continuidade (Seção 2.4). Então a noção de conti-
nuidade é usada para justificar a abordagem algébrica de limites, desenvolvida na Seção
2.5. Escolhi adiar a definição com épsilon e delta até a Seção 2.8, quando os alunos já têm
um melhor entendimento dos limites. Essa colocação permite que esse tópico seja tratado,
se o professor quiser, quando for mais conveniente.

Aapresentação dos polinômios de Taylor


Os polinômios de Taylor aparecem no Capítulo 9, antes das séries infinitas do Capítulo 11.
Meu objetivo é apresentar os polinômios de Taylor como uma extensão natural da aproxi-
mação linear. Quando eu ensino séries, a ênfase principal é na convergência, um assunto
que muitos estudantes consideram difícil. Quando finalmente cobrimos os testes básicos de
convergência e estudamos a convergência de séries de potências, os alunos estão prontos
para atacar as questões envolvidas com a representação de funções por suas séries de Taylor.
Então eles podem confiar no seu trabalho prévio com polinômios de Taylor e as estimativas
de erro do Capítulo 9. Contudo, a seção de polinômios de Taylor foi escrita de tal modo que
possa ser coberta junto com o material de séries infinitas, se essa ordem for preferida.

Desenvolvimento cuidadoso e preciso


A W. H. Freeman está comprometida com livros didáticos e suplementos de alta qualidade
e precisão. Desde a concepção deste projeto e através de seu desenvolvimento e produção,
foi dada prioridade significativa à qualidade e à precisão. Dispomos de procedimentos
incomparáveis para garantir a precisão do texto.
Esses são os passos que foram dados para garantir uma primeira edição precisa:
• Exercícios e Exemplos Em vez de esperar que o livro fique pronto para só então
conferir sua exatidão (que muitas vezes é o que ocorre), nós conferimos meticulo-
samente todos os exemplos, exercícios e suas soluções à procura de erros, em cada
versão do manuscrito e em cada fase de produção.
• Exposição Uma equipe de 12 professores de Cálculo desempenharam o papel de
revisores de texto e fizeram quatro revisões de toda a exposição, confirmando a
exatidão e a precisão do manuscrito final.
• Figuras Tom Banchoff, da Brown University, verificou a exatidão de todas as figu-
ras ao longo do processo de produção deste livro.
• Editoração O autor trabalhou com um editor, que é graduado em Matemática, para
revisar cada linha do texto, exercício e figura.
• Composição O compositor utilizou os arquivos originais em fb.Tp( do autor para
impedir a introdução de erros no processo de produção do livro.
• Clubes de Matemática Engajamos clubes de Matemática de vinte universidades
para conferir a precisão de todos os exercícios e respostas.
Juntos, esses procedimentos excedem, em muito, os padrões vigentes da indústria para
zelar pela qualidade e precisão de um livro de Cálculo.

• SUPLEMENTOS*
Para professores • Manual de Soluções do Professor (em inglês)
Brian Bradie, Christopher Newport University e Greg Dresden, Washington and
Lee University

* Todos os suplementos citados estão em inglês e são de responsabilidade da editora original. Professores
interessados em material de apoio devem acessar a Área do Professor no site www.bookman.com.br.
PREFÁCIO ix

Uma Variável: 0-7167-9867-0


Várias Variáveis: 0-7167-9592-2
Contém soluções elaboradas de todos os exercícios do livro.
• Banco de Provas Impresso (em inglês)
Cálculo: 0-7167-9587-6
Inclui questões de provas de múltipla escolha e de respostas de redação curta.
• Banco de Provas em CD-ROM (em inglês)
Cálculo: 0-7167-9898-0
Disponível on-line ou em CD-ROM
• Manual de Apoio ao Professor (em inglês)
Vivien Miller, Mississippi State University, Len Miller, Mississippi State University
e Ted Dobson, Missisippi State University
Cálculo: 0-7167-9588-4
Oferece ao professor material de apoio para cada seção de cada capítulo. Cada se-
ção inclui tempo de classe sugerido e ênfase do conteúdo, pontos-chave seleciona-
dos, material para a aula, tópicos para discussão e atividades de classe, problemas
sugeridos, planilhas e projetos de grupo.
• CD-ROM de Apoio ao Professor (em inglês)
Cálculo: 1-429-20042-1
Todos recursos disponíveis diretamente. Busque e exporte todo material por pala-
vra-chave ou capítulo. Inclui imagens do texto, Manual de Soluções do Professor,
Manual de Apoio ao Professor, aulas em PowerPoint, Banco de Provas.
• Manual de Apoio ao Professor para Cálculo Avançado (AP) (em inglês)
Cálculo: 0-7167-9590-6
Junto com o livro, esse manual oferece aos professores a oportunidade de preparar
seus alunos para o exame de AP (Advanced Placement).

Para alunos • Manual de Soluções do Aluno (em inglês)


Brian Bradie, Christopher Newport University e Greg Dresden, Washington and
Lee University
Uma Variável: 0-7167-9866-2
Várias Variáveis: 0-7167-9880-8
Contém soluções elaboradas de todos os exercícios ímpares do livro.
• Site do livro em www.whfreeman.com/rogawski (em inglês)

Portal do cálculo (em inglês) Um clique. Um lugar. Para todas as ferramentas de que necessitas.
CalcPortal é a entrada digital para o livro Cálculo de Rogawski, projetado para enriquecer
suas aulas e melhorar o entendimento que seus alunos têm do Cálculo. Para os alunos, o
CalcPortal integra recursos de revisão, diagnóstico e tutorial exatamente onde são neces-
sários no Livro Eletrônico (eBook). Para os professores, o CalcPortal oferece um sistema
de gerenciamento de suas aulas que é poderoso e amigável, completo com um moderno
sistema algorítmico de temas de casa e sistema de avaliação.

Novo! Livro eletrônico de nova O Portal do Cálculo está organizado ao redor de três ferramentas de ensino e aprendiza-
geração (em inglês) gem básicas: (1) o Livro Eletrônico virtual é uma versão completa do livro Cálculo de
Rogawski e inclui um Plano de Estudo Individualizado que conecta cada aluno direta-
mente ao que precisa aprender e aos recursos do Portal do Cálculo, inclusive o importante
conteúdo dos pré-requisitos; (2) o centro de temas de casa e sistema de avaliação, com um
gerador algorítmico de problemas; e (3) o centro de Recursos de Cálculo, com tutoriais
instantâneos de Álgebra e Pré-Cálculo.
x PREFÁCIO

• CARACTERÍSTICAS DO LIVRO
Características pedagógicas do CÁLCULO de Rogawski
Entendimento conceituai
Esses itens encorajam os alunos ENTENDIMENTO CONCEITUAL São realmente necessários os limites? É natural perguntar se
a desenvolver um entendimento os limites são realmente necessários. Como a reta tangente é tão fácil de visualizar,
conceituai do Cálculo explicando será que não existe uma maneira melhor ou mais simples de encontrar sua equação? A
idéias importantes de forma clara, mas História dá uma resposta. Os métodos do Cálculo baseados em limites agüentaram o
informal. teste do tempo e hoje em dia são mais usados do que nunca.
Deixando de lado a História, existe um argumento mais intuitivo de por que os
limites são necessários. A inclinação de uma reta pode ser calculada se conhecermos as
coordenadas de dois pontos P = (x1, YI) e Q = (x2, y2) da reta:

Inclinação da reta= Y2 - YI
x2-x1

Essa fórmula não pode ser utilizada para encontrar a inclinação da reta tangente, pois
somente dispomos de um ponto da reta tangente, a saber, P = (a,f (a)). Os limites
fornecem uma maneira engenhosa de superar esse obstáculo. Escolhemos um ponto
Q =(a+ h,f(a + h)) do gráfico perto de P e formamos a reta secante. A inclinação
dessa reta secante é somente uma aproximação da inclinação da reta tangente:

. f (a+ h) - f (a) . li _ d
Inclmação da reta secante = - - - - - - ~ me naçao a reta tangente
h

No entanto, essa aproximação melhora à medida que h --+ Oe, tomando o limite, trans-
formamos uma aproximação num resultado exato.

Capítulo 3, p. 102

Entendimento gráfico
Esses itens melhoram o entendimento ENTENDIMENTO GRÃFICO Lembre sempre da interpretação gráfica de limites. Na Figura
visual dos alunos estabelecendo 4(A),f(x) tende a L quando x--+ e porque, para qualquer€> O, podemos fazer a ampli-
conexões cruciais entre as propriedades tude menor do que€ tomando ô suficientemente pequeno. A função na Figura 4(8) tem
gráficas e os conceitos subjacentes. uma descontinuidade de salto em x = e e a amplitude não pode ser tornada pequena,
não importando quão pequeno seja tomado ô. Portanto, o limite não existe.

y y

b +-- - - - <
largura no
mínimo b - a I
a+----~

--+----__..,IIIÍIIÓ--X - l - - - - - aili--- - x
e-ô/ e "-c+ô e-ô / e "-c +ô
(A) A função é contínua em x = e. Tomando (B) A função não é contínua em x = e. A
ô suficientemente pequeno, podemos amplitude é sempre maior do que
tomar a amplitude menor do que E. (b - a)/2, por menor que seja ô.

FIGURA 4

Capítulo 2, p. 91
PREFÁCIO xi

• EXEMPLO 4 Rotação em torno do eixo x Use o método das cascas para calcular o
volume V do sólido obtido pela rotação em tomo do eixo x da área sob y = 9 - x 2,
acima de [O, 3].

Solução Como estamos efetuando uma rotação em tomo do eixo x e não do eixo y, o mé-
todo das cascas nos dá uma integral em relação a y. Portanto, resolvemos y = 9 - x 2 para
obter x 2 = 9 - y, ou x = .fG.
As cascas cilíndricas são geradas por segmentos horizantais. O segmento AB na Figu-
ra 8 gera uma casca cilíndrica de raio y e altura .J9 - y (continuamos utilizando o termo
"altura", embora o cilindro seja horizontal). Usando a substituição u = 9 - y, du = -dy na
integral resultante, obtemos

•·· LEMBRETE Depois da substituição


u = 9 - x, os limites de integração
V= 2n 1 9
(raio)(altura) dy = 2n fo y ~ dy = -2n
9
1º (9 - u) .Jü du
devem ser modificados. Como u(0) = 9

e u(9) = O, podemos trocar fo


9
por iº· = 2n 1 9
12 32
(9u 1 - u 1 ) du = 2n ( 6u 1 -
3 2
~ u 512) 1: =
6 8
: n •

Capítulo 6, p. 331
Lembrete
As notas nas margens estabelecem relações com assuntos discutidos anteriormente no texto para oportunizar uma rápida revisão e estabelecer
conexões com conceitos anteriores.

ADVERTlNCIA Não utilize a regra Para derivar em relação a y, tratamos x (e, portanto, 1 + x 2) como uma constante:
do quociente para calcular a
derivada parcial na Equação (1).
Quando derivamos em relação a y, o
a y2 a 2 2y
gy(X, y) = Ôy (1 + x2)3 -(l_+_x_2-)3 ôy y [Il
denominador, que não depende de y, é
tratado como uma constante.
( 1 3) _ 2(3) 3
gy ' - (1 + J2)3 4

Capítulo 15, p. 793


Advertência
São notas que advertem os alunos sobre os enganos que podem ser cometidos ao estudar o assunto.

Perspectiva histórica
São pequenas vinhetas que colocam descobertas de Galileu e Newton. Arquimedes
descobertas fundamentais e avanços (287-212 a.C.) foi um dos primeiros (se não o
conceituais em seu contexto histórico, PERSPECTIVA primeiro) a formular uma lei física exata. Ele
dando aos alunos uma visão das HISTÓRICA considerou a questão seguinte: se duas massas
realizações do passado de grandes de pesos m I e m2 são colocadas nas extremida-
des de uma barra sem peso, onde deveria ser co-
matemáticos e uma apreciação de sua
locado o fulcro para que a barra não se incline
significância. para um dos lados? Digamos que a distância de
P a m I e m2 é L l e L2, respectivamente (Figura
16). A lei de Arquimedes afirma que a barra fica
Costumamos aceitar com naturalidade que as
equilibrada se
leis básicas da Física sejam melhor expressas
como relações matemáticas. Pense em F = ma
ou na lei de gravitação universal. Contudo, a vi-
são fundamental de que a Matemática poderia
ser usada para formular leis da Natureza (e não
só para contar e medir) evoluiu gradualmente, Com nossa terminologia, o que Arquimedes fez
começando com os filósofos da Grécia antiga foi descobrir o centro de massa P do sistema de
e culminando quase 2.000 anos depois, com as pesos ( ver Exercícios 40 e 41 ).

Capítulo 9, p. 488
xii PREFÁCIO

Hipóteses importam utiliza explicações sucintas e contra-exemplos bem escolhidos para ajudar o
aluno a compreender por que as hipóteses são necessárias nos teoremas.

• EXEMPLO 1O Hipóteses importam: escolhendo a comparação certa Determine se


00
dx
[
Jx 3
converge ou diverge.
1 +ex

Solução Tentemos utilizar a desigualdade


1
---<- (x:::0)
Jx + e3x - e3x

I 3x IR = lim -(e-
00
-dx = lim --e- 1 3 - e- 3R) = e- 3
[
(converge)
1 e3x R-'>oo 3 1 R-'>oo 3

O teste da comparação nos diz que nossa integral converge:

r oo dx
11 e3x
converge r
00

11
dx
Jx + e3x
também converge

FIGURA 10 A divergência de Se não estivéssemos atentos, poderíamos ter tentado usar a desigualdade
roo dx
J Jx não diz coisa alguma sobre 1
I -----,,- < -
a divergência ou convergência da Jx +e3x - Jx
oo dx
integral menor
i
1
r.;
yX + e 3X
.
.
A mtegra
1 r oo dx dº
li
Jx 1verge, pelo Teorema 1 (com p = 21), mas •isso não nos diz
• •
coisa al-

guma sobre a integral que, por (4), é menor (Figura 10). •

Capítulo 8, páginas 462-463

Resumo da seção resume os pontos mais importantes da seção de maneira sucinta e útil, enfatizan-
do para os alunos o que é o mais importante da seção.

Conjunto de exercícios da seção oferecem uma lista abrangente de exercícios coordenados de


perto com o texto. Esses exercícios variam, quanto à dificuldade, desde os rotineiros, passando aos
moderados e aos mais desafiantes. Também estão incluídos problemas marcados com ícones que
requerem que o aluno elabore uma resposta por escrito ~ ou que exigem o uso de calculadora
gráfica ~ ou de sistemas algébricos computacionais C,9 5:

Exercícios preliminares começam cada conjunto de exercícios e requerem pouca ou nenhu-


ma conta. Podem ser utilizados para conferir a compreensão dos conceitos fundamentais de
uma seção antes que o aluno tente atacar os problemas das listas de exercícios.
Exercícios oferecem muitos problemas, desde exercícios rotineiros de fixação a proble-
mas moderadamente desafiadores. Esses estão cuidadosamente planejados e incluem
muitas aplicações inovadoras e interessantes do mundo real e geométricas.
Compreensão adicional e desafios são problemas mais desafiadores que requerem um nível
mais profundo de entendimento conceituai e, às vezes, estendem o material da seção. Muitos
são ótimos para uso em projetos de grupos pequenos.

Exercícios de revisão do capítulo oferecem uma lista abrangente de exercícios coordenados de


perto com o material do capítulo para oferecer problemas adicionais que podem ser usados para
estudo próprio ou para tema de casa.
PREFÁCIO xiii

• AGRADECIMENTOS
Jon Rogawski e W. H. Freeman e ALABAMA Tammy Potter, Gadsden State Community College; David Dempsey, Jacksonville
Companhia agradecem aos muitos State University; Douglas Bailer, Northeast Alabama Community College; Michael Hicks,
professores dos Estados Unidos Shelton State Community College; Patricia C. Eiland, Troy University, Montgomery Campus;
James L. Wang, The University ofAlabama; Stephen Brick, University ofSouth Alabama; Joerg
e do Canadá que ofereceram
Feldvoss, University of South Alabama ALASKA Mark A. Fitch, University ofAlaska
comentários que ajudaram a Anchorage; Kamal Narang, University ofAlaska Anchorage; Alexei Rybkin, University of
desenvolver e melhorar este livro. Alaska Fairbanks; Martin Getz, University ofAlaska Fairbanks ARIZONA Stefania
Essas contribuições incluem testar Tracogna, Ariwna State University; Bruno Welfert, Ariwna State University; Danie!Russow,
o livro em sala de aula, revisão do Ariwna Western College; Garry Carpenter, Pima Community College, Northwest Campus; Katie
manuscrito, revisão dos exercícios Louchart, Northern Arizona University; Donna M. Krawczyk, The University of
e participação em pesquisas sobre Ariwna ARKANSAS Deborah Parker, Arkansas Northeastern College; J. Michael Hall,
Arkansas State University; Kevin Comelius, Ouachita Baptist University; Hyungkoo Mark
o livro e as necessidades gerais
Park, Southern Arkansas University; Katherine Pinzon, University of Arkansas at Fort Smith;
dos cursos. Denise LeGrand, University ofArkansas at Little Rock; John Annulis, University ofArkansas at
Monticello; Erin Haller, University ofArkansas Fayetteville; Daniel J. Arrigo, University of
Central Arkansas CALIFORNIA Harvey Greenwald, California Polytechnic State
University, San Luis Obispo; John M. Alongi, California Polytechnic State University, San Luis
Obispo; John Hagen, California Polytechnic State University, San Luis Obispo; Colleen
Margarita Kirk, California Polytechnic State University, San Luis Obispo; Lawrence Sze,
California Polytechnic State University, San Luis Obispo; Raymond Terry, California
Polytechnic State University, San Luis Obispo; James R. McKinney, California State
Polytechnic University, Pomona; Charles Lam, California State University, Bakersfield; David
McKay, California State University, Long Beach; Melvin Lax, California State University, Long
Beach; Wallace A. Etterbeek, California State University, Sacramento; Mohamed AJlali,
Chapman University; George Rhys, College of the Canyons; Janice Hector, DeAnza College;
Isabelle Saber, Glendale Community College; Peter Stathis, Glendale Community College;
Kristin Hartford, Long Beach City College; Eduardo Arismendi-Pardi, Orange Coast College;
Mitchell Alves, Orange Coast College; Yenkanh Vu, Orange Coast College; Yan Tian, Palomar
College; Donna E. Nordstrom, Pasadena City College; Don L. Hancock, Pepperdine University;
Kevin Iga, Pepperdine University; Adolfo J. Rumbos, Pomona College; Carlos de la Lama, San
Diego City College; Matthias Beck, San Francisco State University; Arek Goetz, San Francisco
State University; Nick Bykov, San Joaquin Delta College; Eleanor Lang Kendrick, San Jose
City College; Elizabeth Rodes, Santa Barbara City College; William Konya, Santa Manica
College; John Kennedy, Santa Monica College; Peter Lee, Santa Manica College; Richard
Salome, Scotts Valley High School; Norman Feldman, Sonoma State University; Elaine
McDonald, Sonoma State University; Bruno Nachtergaele, University of California, Davis;
Boumediene Hamzi, University of California, Davis; Peter Stevenhagen, University of
California, San Diego; Jeffrey Stopple, University of California, Santa Barbara; Guofang Wei,
University of California, Santa Barbara; Rick A. Simon, University of La Verne; Mohamad A.
Alwash, West Los Angeles College COLORADO Tony Weathers, Adams State College;
Erica Johnson, Arapahoe Community College; Karen Walters, Arapahoe Community College;
Joshua D. Laison, Colorado College; Gerrald G. Greivel, Colorado School of Mines; Jim
Thomas, Colorado State University; Eleanor Storey, Front Range Community College; Larry
Johnson, Metropolitan State College of Denver; Carol Kuper, Morgan Community College;
Larry A. Pontaski, Pueblo Community College; Terry Reeves, Red Rocks Community College;
Debra S. Carney, University ofDenver CONNECTICUT Jeffrey McGowan, Central
Connecticut State University; Ivan Gotchev, Central Connecticut State University; Charles
Waiveris, Central Connecticut State University; Christopher Hammond, Connecticut College;
Anthony Y. Aidoo, Eastern Connecticut State University; Kim Ward, Eastern Connecticut State
University; Joan W. Weiss, Fairfield University; Theresa M. Sandifer, Southern Connecticut
State University; Cristian Rios, Trinity College; Melanie Stein, Trinity
College DELAWARE Patrick F. Mwerinde, University of Delaware DISTRICT OF
COLUMBIA Jeffrey Hakim, American University; Joshua M. Lansky, American University;
James A. Nickerson, Gallaudet University FLORIDA Abbas Zadegan, Florida
lnternational University; Gerardo Aladro, Florida International University; Gregory
Henderson, Hillsborough Community College; Pam Crawford, Jacksonville University; Penny
Morris, Polk Community College; George Schultz, St. Petersburg College; Jimmy Chang, St.
Petersburg College; Carolyn Kistner, St. Petersburg College; Aida Kadic-Galeb, The University
xiv PREFÁCIO

ofTampa; Heath M. Martin, University of Central Florida; Constance Schober, University of


Central Florida; S. Roy Choudhury, University of Central Florida; Kurt Overhiser, Valencia
Community College GEORGIA Thomas T. Morley, Georgia Institute of Technology; Ralph
Wildy, Georgia Military College; Shahram Nazari, Georgia Perimeter College; Alice Eiko
Pierce, Georgia Perimeter College Clarkson Campus; Susan Nelson, Georgia Perimeter College
Clarkson Campus; Shahram Nazari, Georgia Perimeter CollegeDunwoody Campus; Laurene
Fausett, Georgia Southern University; Scott N. Kersey, Georgia Southern University; Jimmy L.
Solomon, Georgia Southern University; Allen G. Fuller, Gordon College; Marwan Zabdawi,
Gordon College; Carolyn A. Yackel, Mercer University; Shahryar Heydari, Piedmont College;
Dan Kannan, The University of Georgia HAWAII Shuguang Li, University of Hawaii at
Hilo; Raina B. Ivanova, University ofHawaiiatHilo IDAHO Charles Kerr, Boise State
University; Otis Kenny, Boise State University; Alex Feldman, Boise State University; Doug
Bullock, Boise State University; Ed Komtved, Northwest Nazarene University ILLINOIS Chris
Morin, Blackburn College; Alberto L. Delgado, Bradley University; John Haverhals, Bradley
University; Herbert E. Kasube, Bradley University; Brenda H. Alberico, Collegeof DuPage;
Ayse Sahin, DePaul University; Marvin Doubet, Lake Forest College; Marvin A. Gordon, Lake
Forest Graduate School ofManagement; Richard J. Maher, Loyola University Chicago; Joseph
H. Mayne, Loyola University Chicago; Marian Gidea, Northeastern Illinois University; Miguel
Angel Lerma, Northwestern University; Mehmet Dik, Rockford College; Tammy Voepel,
Southern Illinois University Edwardsville; Rahim G. Karimpour, Southern Illinois University;
Thomas Smith, University of Chicago INDIANA Julie A. Killingbeck, Ball State
University; John P. Boardman, Franklin College; Robert N. Talbert, Franklin College; Robin
Symonds, Indiana University Kokomo; Henry L. Wyzinski, Indiana University Northwest;
Melvin Royer, Indiana Wesleyan University; Gail P. Greene, Indiana Wesleyan University;
David L. Finn, Rose-Hulman Institute of Technology IOWA Nasser Dastrange, Buena Vista
University; Mark A. Mills, Central College; Karen Ernst, Hawkeye Community College; Richard
Mason, Indian Hills Community College; Robert S. Keller, Loras College; Eric Robert
Westlund, Luther College KANSAS Timothy W. Flood, Pittsburg State University; Sarah
Cook, Washburn University; Kevin E. Charlwood, Washburn University KENTUCKY Alex
M. McAllister, Center College; Sandy Spears, Jefferson Community & Technical College;
Leanne Faulkner, Kentucky Wesleyan College; Donald O. Clayton, Madisonville Community
College; Thomas Riedel, University of Louisville; Manabendra Das, University of Louisville;
Lee Larson, University of Louisville; Jens E. Harlander, Western Kentucky University
LOUISIANA William Forrest, Baton Rouge Community College; Paul Wayne Britt,
Louisiana State University; Galen Turner, Louisiana Tech University; Randall Wills,
Southeastern Louisiana University; Kent Neuerburg, Southeastern Louisiana University
MAINE Andrew Knightly, The University ofMaine; Sergey Lvin, The University of Maine;
Joel W. Irish, University of Southern Maine; Laurie Woodman, University of Southern
Maine MARYLAND Leonid Stern, Towson University; Mark E. Williams, University of
Maryland Eastern Shore; Austin A. Lobo, Washington College MASSACHUSETTS Sean
McGrath, Algonquin Regional High School; Norton Starr, Amherst College; Renato Mirollo,
Boston College; Emma Previato, Boston University; Richard H. Stout, Gordon College;
Matthew P. Leingang, Harvard University; Suellen Robinson, North Shore Community College;
Walter Stone, North Shore Community College; Barbara Loud, Regis College; Andrew B. Perry,
Springfield College; Tawanda Gwena, Tufts University; Gary Simundza, Wentworth Institute of
Technology; Mikhail Chkhenkeli, Western New England College; David Daniels, Western New
England College; Alan Gorfin, Western New England College; Saeed Ghahramani, Western New
England College; Julian Fleron, Westfield State College; Brigitte Servatius, Worcester
Polytechnic Institute MICHIGAN Mark E. Bollman, Albion College; Jim Chesla, Grand
Rapids Community College; Jeanne Wald, Michigan State University; Allan A. Struthers,
Michigan Technological University; Debra Pharo, Northwestern Michigan College; Anna Maria
Spagnuolo, Oakland University; Diana Faoro, Romeo Senior High School; Andrew Strowe,
University of Michigan-Dearborn; Daniel Stephen Drucker, Wayne State
University MINNESOTA Bruce Bordwell, Anoka-Ramsey Community College; Robert
Dobrow, Carleton College; Jessie K. Lenarz, Concordia College- Moorhead Minnesota; Bill
Tornhave, Concordia College- Moorhead Minnesota; David L. Frank, University of Minnesota;
Steven 1. Sperber, University of Minnesota; Jeffrey T. McLean, University of St. Thomas;
Chehrzad Shakiban, University of St. Thomas; Melissa Loe, University of St.
Thomas MISSISSIPPI Vivien G. Miller, Mississippi State University; Ted Dobson,
Mississippi State University; Len Miller, Mississippi State University; Tristan Denley, The
PREFÁCIO XV

University of Mississippi MISSOURI Robert Robertson, Drury University; Gregory A.


Mitchell, Metropolitan Community College-Penn Valley; Charles N. Curtis, Missouri Southern
State University; Vivek Narayanan, Moberly Area Community College; Russell Blyth, Saint
Louis University; Blake Thomton, Saint Louis University; Kevin W. Hopkins, Southwest Baptist
University MONTANA Kelly Cline, Carroll College; Richard C. Swanson, Montana State
University; Nikolaus Vonessen, The University of Montana NEBRASKA Edward G. Reinke
Jr., Concordia University, Nebraska; Judith Downey, University of Nebraska at Omaha
NEVADA Rohan Dalpatadu, University ofNevada, Las Vegas; Paul Aizley, University of
Nevada, Las Vegas NEW HAMPSHIRE Richard Jardine, Keene State College; Michael
Cullinane, Keene State College; Roberta Kieronski, University of New Hampshire at
Manchester NEW JERSEY Paul S. Rossi, College of Saint Elizabeth; Mark Galit, Essex
County College; Katarzyna Potocka, Ramapo Collegeof New Jersey; Nora S. Thomber, Raritan
Valley Community College; Avraham Soffer, Rutgers The State University of New Jersey;
Chengwen Wang, Rutgers The State University ofNew Jersey; Stephen J. Greenfield, Rutgers
The State University of New Jersey; John T. Saccoman, Seton Hall University; Lawrence E.
Levine, Stevens lnstitute ofTechnology NEW MEXICO Kevin Leith, Central New Mexico
Community College; David Blankenbaker, Central New Mexico Community College; Joseph
Lakey, New Mexico State University; Jurg Bolli, University of New Mexico; Kees Onneweer,
University of New Mexico NEW YORK Robert C. Williams, Alfred University; Timmy G.
Bremer, Broome Community College State University of New York; Joaquin O. Carbonara,
Buffalo State College; Robin Sue Sanders, Buffalo State College; Daniel Cunningham, Buffalo
State College; Rose Marie Castner, Canisius College; Sharon L. Sullivan, Catawba College;
Camil Muscalu, Cornell University; Maria S. Terrell, Cornell University; Margaret Mulligan,
Dominican Collegeof Blauvelt; Robert Andersen, Farmingdale State University of New York;
Leonard Nissim, Fordham University; Jennifer Roche, Hobart and William Smith Colleges;
James E. Carpenter, lona College; Peter Shenkin, John Jay College of Criminal Justice/CUNY;
Gordon Crandall, LaGuardia Community College/CUNY; Gilbert Traub, Maritime College,
State University of New York; PaulE. Seeburger, Monroe Community College Brighton Campus;
Abraham S. Mantell, Nassau Community College; Daniel D. Birmajer, Nazareth College; Sybil
G. Shaver, Pace University; Margaret Kiehl, Rensselaer Polytechnic lnstitute; Carl V. Lutzer,
Rochester lnstitute of Technology; Michael A. Radin, Rochester lnstitute of Technology; Hossein
Shahmohamad, Rochester lnstitute of Technology; Thomas Rousseau, Siena College; Jason
Hofstein, Siena College; Leon E. Gerber, St. Johns University; Christopher Bishop, Stony Brook
University; James Fulton, Suffolk County Community College; John G. Michaels, SUNY
Brockport; Howard J. Skogman, SUNY Brockport; Cristina Bacuta, SUNY Cortland; Jean
Harper, SUNY Fredonia; Kelly Black, Union College; Thomas W. Cusick, University at Buffalo/
The State University of New York; Gino Biondini, University at Buffalo/The State University of
New York; Robert Koehler, University at Buffalo/The State University of New York NORTH
CAROLINA Jeffrey Clark, Elon University; William L. Burgin, Gaston College; Manouchehr
H. Misaghian, Johnson C. Smith University; Legunchim L. Emmanwori, North CarolinaA&T
State University; Drew Pasteur, North Carolina State University; Demetrio Labate, North
Carolina State University ; Mohammad Kazemi, The University ofNorth Carolina at Charlotte;
Richard Carrnichael, Wake Forest University; Gretchen Wilke Whipple, Warren Wilson
College NORTH DAKOTA Anthony J. Bevelacqua, The University of North Dakota;
Richard P. Millspaugh, The University ofNorth Dakota OHIO Christopher Butler, Case
Western Reserve University; Pamela Pierce, The College of Wooster; Tzu-YiAlan Yang,
Columbus State Community College; Greg S. Goodhart, Columbus State Community College;
Kelly C. Stady, Cuyahoga Community College; Brian T. Van Pelt, Cuyahoga Community
College; David Robert Ericson, Miami University, Middletown Campus; Frederick S. Gass,
Miami University; Thomas Stacklin, Ohio Dominican University; Vitaly Bergelson, The Ohio
State University; Darry Andrews, The Ohio State University; Robert Knight, Ohio University;
John R. Pather, Ohio University, Eastern Campus; Teresa Contenza, Otterbein College; Ali
Hajjafar, The University ofAkron; Jianping Zhu, The University ofAkron; Ian Clough,
University of Cincinnati Clermont College; Atif Abueida, University ofDayton; Judith
McCrory, The University at Findlay; Thomas Smotzer, Youngstown State University; Angela
Spalsbury, Youngstown State University OKLAHOMA Michael McClendon, University of
Central Oklahoma; Teri Jo Murphy, The University of Oklahoma OREGON Loma
TenEyck, Chemeketa Community College; Angela Martinek, Linn-Benton Community
College;TevianDray, Oregon State University PENNSYLVANIA John B. Polhill,
Bloomsburg University of Pennsylvania; Russell C. Walker, Carnegie Mellon University; Jon A.
xvi PREFÁCIO

Beal, Clarion University of Pennsylvania; Kathleen Kane, Community College ofAllegheny


County; David A. Santos, Community College ofPhiladelphia; David S. Richeson, Dickinson
College; Christine Marie Cedzo, Gannon University; Monica Pierri-Galvao, Gannon University;
John H. Ellison, Grove City College; Gary L. Thompson, Grove City College; Dale Mclntyre,
Grove City College; Dennis Benchoff, Harrisburg Area Community College; William A.
Drumin, King 's College; Denise Reboli, King 's College; Chawne Kimber, Lafeyette College;
David L. Johnson, Lehigh University; Zia Uddin, Lock Haven University of Pennsylvania;
Donna A. Dietz, Mansfield University of Pennsylvania; Samuel Wilcock, Messiah College;
Neena T. Chopra, The Pennsylvania State University; Boris A. Datskovsky, Temple University;
Dennis M. DeTurck, University of Pennsylvania; Jacob Burbea, University of Pittsburgh;
Mohammed Yahdi, Ursinus College; Timothy Feeman, Villanova University; Douglas Norton,
Villanova University; Robert Styer, Villanova University RHODE ISLAND Thomas F.
Banchoff, Brown University; Yajni Warnapala-Yehiya, Roger Williams University; Carol
Gibbons, Salve Regina University SOUTH CAROLINA Stanley O. Perrine, Charleston
Southern University; Joan Hoffacker, Clemson University; Constance C. Edwards, Coastal
Carolina University; Thomas L. Fitzkee, Francis Marion University; Richard West, Francis
Marion University; Douglas B. Meade, University of South Carolina; George Androulakis,
University of South Carolina; Art Mark, University of South Carolina Aiken SOVTH
DAKOTA Dan Kemp, South Dakota State University TENNESSEE Andrew Miller,
Belmont University; Arthur A. Yanushka, Christian Brothers University; Laurie Plunk Dishman,
Cumberland University; Beth Long, Pellissippi State Technical Community College; Judith
Fethe, Pellissippi State Technical Community College; Andrzej Gutek, Tennessee Technological
University; Sabine Le Bome, Tennessee Technological University; Richard Le Bome, Tennessee
Technological University; Jim Conant, The University of Tennessee; Pavios Tzermias, The
University of Tennessee; Jo Ann W. Staples, Vanderbilt University TEXAS Sally Haas,
Angelina College; Michael Huff, Austin Community College; Scott Wilde, Baylor University
and The University o/Texas at Arlington; Rob Eby, Blinn College; Tim Sever, Houston
Community College-Central; Emest Lowery, Houston Community College-Northwest; Shirley
Davis, South Plains College; Todd M. Steckler, South Texas College; Mary E. Wagner-Krankel,
St. Mary 's University; Elise Z. Price, Tarrant County College, Southeast Campus; David Price,
Tarrant County College, Southeast Campus; Michael Stecher, Texas A&M University; Philip B.
Yasskin, Texas A&M University; Brock Williams, Texas Tech University; I. Wayne Lewis, Texas
Tech University; Robert E. Byerly, Texas Tech University; Ellina Grigorieva, Texas Woman 's
University; Abraham Haje, Tomball College; Scott Chapman, Trinity University; Elias Y. Deeba,
University of Houston Downtown; Jianping Zhu, The University o/Texas at Arlington; Tuncay
Aktosun, The University of Texas at Arlington; John E. Gilbert, The University of Texas at
Austin; Jorge R . Viramontes-Olivias, The University of Texas at El Paso; Melanie Ledwig, The
Victoria College; Gary L. Walls, West Texas A&M University; William Heierman, Wharton
County Junior College UTAH Jason Isaac Preszler, The University of
Utah VIRGINIA Veme E. Leininger, Bridgewater College; Brian Bradie, Christopher
Newport University; Hongwei Chen, Christopher Newport University; John J. Avioli,
Christopher Newport University; James H. Martin, Christopher Newport University; Mike
Shirazi, Germanna Community College; Ramon A. Mata-Toledo, James Madison University;
Adrian Riskin, Mary Baldwin College; Josephine Letts, Ocean Lakes High School; Przemyslaw
Bogacki, Old Dominion University; Deborah Denvir, Randolph-Macon Woman 's College; Linda
Powers, Virginia Tech; Gregory Dresden, Washington and Lee University; Jacob A. Siehler,
Washington and Lee University VERMONT David Dorman, Middlebury College; Rachel
Repstad, Vermont Technical College WASHINGTON Jennifer Laveglia, Bellevue
Community College; David Whittaker, Cascadia Community College; Sharon Saxton, Cascadia
Community College; Aaron Montgomery, Central Washington University; Patrick Averbeck,
Edmonds Community College; Tana Knudson, Heritage University; Kelly Brooks, Pierce
College; Shana P. Calaway, Shoreline Community College; Abel Gage, Skagit Valley College;
Scott MacDonald, Tacoma Community College; Martha A. Gady, Whitworth College WEST
VIRGINIA Ralph Oberste-Vorth, Marshall University; Suda Kunyosying, Shepard
University; Nicholas Martin, Shepherd University; Rajeev Rajaram, Shepherd University;
Xiaohong Zhang, West Virginia State University; Sam B. Nadler, West Virginia
University WYOMING Claudia Stewart, Casper College; Charles Newberg, Western
¾'yoming Community College WISCONSIN Paul Bankston, Marquette University; Jane
Nichols, Milwaukee School ofEngineering; Yvonne Yaz, Milwaukee School of Engineering;
Terry Nyman, University of Wisconsin- Fox Valley; Robert L. Wilson, University of Wisconsin-
PREFACIO xvii

Madison; Dietrich A. Uhlenbrock, University of Wisconsin-Madison; Paul Milewski, University


of Wisconsin-Madison; Donald Solomon, University of Wisconsin-Milwaukee; Kandasamy
Muthuvel, University of Wisconsin-Oshkosh; Sheryl Wills, University of Wisconsin-Platteville;
Kathy A. Tomlinson, University of Wisconsin-River Falls CANADA Don St. Jean,
GeorgeBrown College; Len Bos, University of Calgary

Também gostaríamos de agradecer às seguintes pessoas pela sua ajuda na revisão de Math Mar-
verls e dos cartões das Crônicas do Cálculo:

Gino Biondini, University at Buffalo/I'he State University ofNew York; Russell Blyth, Saint Louis
University; Christopher Butler, Case Western Reserve University; Timmy G. Bremer, Broome
Community College, The State University of New York; Robert E. Byerly, Texas Tech University;
Timothy W. Flood, Pittsburg State University; Kevin W. Hopkins, Southwest Baptist University;
Herbert E. Kasube, Bradley University; Scott N. Kersey, Georgia Southern University; Jessie K.
Lenarz, Concordia College-Moorehead Minnesota; Ralph Oberste-Vorth, Marshall University;
Rachel Repstad, Vermont Technical College; Chehrzad Shakiban, University of St. Thomas; James
W. Thomas, Colorado State University; Chengwen Wang, Rutgers, The State University of New
Jersey; Robert C. Williams, Alfred University; Jianping Zhu, University ofAkron

Finalmente, gostaríamos de agradecer aos Clubes de Matemática das seguintes escolas pela aju-
da na conferência dos exercícios e suas soluções:

Arizona State University; Califomia Polytechnic State University, San Luis Obispo; University of
Califomia, Berkeley; University of Califomia, Santa Barbara; Florida Atlantic University; University
of South Florida; Indiana University; Kansas State University; Louisiana State University; Worcester
Polytechnic Institute; University ofMissouri-Columbia; Mississippi State University; University of
Montana; North Carolina State University; University of South Carolina; Vanderbilt University;
Texas State University-San Marcos; University ofVermont; University ofWyoming

É uma tarefa agradável agradecer às muitas pessoas cuja orientação e apoio foram cru-
ciais para levar a bom termo este livro. Em primeiro lugar, agradeço a Tony Palermino,
meu editor de projeto, pela sua sabedoria e dedicação. Ele é responsável por tantos
melhoramentos que não é possível detalhá-los. Agradecimentos especiais também são
devidos ao Professor Thomas Banchoff, que auxiliou generosamente com seus conhe-
cimentos no desenvolvimento gráfico do livro. Agradeço a muitos matemáticos que for-
neceram opiniões valiosas, críticas construtivas e exercícios inovadores. Em particular,
agradeço aos Professores John Alongi, Chris Bishop, Brian Bradie, Dennis DeTurck,
Ted Dobson, Greg Dresden, Mark Fitch, James McKinney, Len Miller, Vivien Miller,
Aaron Montgomery, Vivek Narayanan, Emma Previato, Michael Radin, Todd Ruskell,
David Wells e a meus alunos Shraddha Chaplot e Sharon Hori. Também agradeço a
Rami Zelingher e Dina Lavi da JustAsk.
A produção da primeira edição de um livro didático é um grande empreendimento,
tanto para o autor quanto para a editora. Eu agradeço à equipe da W. H. Freeman e
Companhia pela confiança inabalável no projeto e pelo destacado apoio editorial. É
um prazer agradecer a Craig Bleyer por assinar o projeto e defendê-lo, Terri Ward por
organizar com competência o complexo processo de produção, Ruth Baruth e Bruce
Kaplan pelo conhecimento valioso e a experiência editorial, Steve Rigolosi pelo com-
petente planejamento de vendas e Brendam Cady e Laura Capuano pela assistência
editorial. Meus agradecimentos também são devidos à excelente equipe de produ-
ção: Blake Logan, Bill Page, Paul Rohloff, Ted Szczepanski, Suzan Timmins e Vivien
Weiss, bem como a Don DeLand e Leslie Galen, da Integre Technical Publishing, pela
composição habilidosa.
Eu devo mais do que posso dizer à minha esposa, Julie. Muito obrigado por tudo. Para
nossos maravilhosos filhos Rivkah, Dvora, Hannah e Akiva, obrigado por agüentarem o
livro de Cálculo, um irmão adicional exigente que permaneceu em nosso lar por tantos
anos. E para minha mãe Elsie e meu falecido pai Alexander Rogawski, muito obrigado
pelo amor e apoio desde o começo.
xviii PREFÁCIO

• PARA OESTUDANTE
Embora eu tenha ensinado Cálculo por mais de 25 anos, ainda fico emocionado ao entrar
na sala de aula no primeiro dia de um novo semestre letivo, como se um grande drama
estivesse a ponto de se desenrolar. O termo "drama" parece um pouco fora de contexto
numa discussão de Matemática?
Não há dúvida de que o Cálculo seja útil: é utilizado em todas as ciências e toda
Engenharia, desde a previsão do tempo e viagens espaciais até a nanotecnologia e mode-
lagem financeira. Mas o que isso teria de dramático?
Para mim, uma parte do drama reside no desenvolvimento conceituai e lógico do as-
sunto. Começando com alguns poucos conceitos básicos, como limites e retas tangentes,
construímos gradualmente as ferramentas para resolver inúmeros problemas de grande im-
portância prática. Ao longo do caminho, encontramos pontos altos e momentos de suspense
- calculando uma derivada usando limites pela primeira vez, ou aprendendo como o Teo-
rema Fundamental do Cálculo unifica o Cálculo Diferencial e o Cálculo Integral. Também
descobrimos como o Cálculo fornece a linguagem correta para expressar leis universais da
natureza, não só as leis do movimento, de Newton, para as quais foi inventado, mas também
as leis do Eletromagnetismo e mesmo as leis estranhas da Mecânica Quântica.
Uma outra parte do drama é o próprio processo de aprendizagem - o percurso pessoal
do descobrimento. Certamente, uma parte importante do aprendizado de Cálculo é a as-
similação de habilidades técnicas. Você vai aprender como calcular derivadas e integrais,
resolver problemas de otimização, e assim por diante. Essas são as habilidades de que
necessitamos para aplicar o Cálculo a situações práticas. Mas quando estudamos Cálculo,
também aprendemos a linguagem da Ciência. Com ela, ganhamos o acesso aos pensa-
mentos de Newton, Euler, Gauss e Maxwell, os maiores pensadores científicos, todos os
quais expressaram seus achados usando Cálculo. O famoso matemático 1. M. Gelfand
colocou isso dessa maneira: "A coisa mais importante que um estudante pode conseguir
estudando Matemática é alcançar um nível intelectual mais elevado".
Este texto foi projetado para desenvolver tanto habilidades quanto entendimento con-
ceituai. Na verdade, ambos andam juntos. Na medida em que nos tomamos proficientes na
resolução de problemas, passamos a apreciar as idéias subjacentes. Igualmente verdade é
que um sólido conhecimento dos conceitos nos toma mais hábeis para resolver problemas.
Provavelmente, você vai dedicar muito mais tempo estudando problemas e resolvendo exer-
cícios. Contudo, o livro também contém inúmeras explicações concretas, às vezes sob a
chamada "Entendimento Conceituai" ou "Entendimento Gráfico". Essas explicações foram
projetadas para mostrar-lhe como e por que o Cálculo funciona. Recomendo fortemente que
você encontre um tempo para ler essas explicações e pensar sobre elas.
Um grande desafio para mim ao escrever este livro foi apresentar o Cálculo de uma ma-
neira que os estudantes o considerassem compreensível e interessante. À medida que escre-
via, ficava sempre a me perguntar: Posso tomar isso mais simples? Estou supondo alguma
coisa da qual os alunos nem desconfiam? Posso explicar o significado mais profundo de um
conceito sem confundir o aluno que está aprendendo o assunto pela primeira vez?
Creio que não exista um livro que torne o aprendizado de Cálculo completamente
indolor. De acordo com a lenda, certa vez Alexandre, o Grande, pedira ao matemático
Menaecmus que lhe mostrasse uma maneira fácil de aprender Geometria. Menaecmus
respondera: "Não existe uma estrada real para a Geometria". Mesmo reis precisam bata-
lhar para aprender Geometria e o mesmo é válido para o Cálculo - alcançar um domínio
da matéria exige tempo e esforço.
Contudo, espero que meus esforços tenham resultado num livro didático que lhe seja
"amigável" e que também lhe encoraje a apreciar esse assunto globalmente, ou seja, as
idéias maravilhosas e elegantes que mantém de pé a edificação do Cálculo. Espero que
você entre em contato comigo para comunicar quaisquer comentários ou sugestões que
possam melhorar este texto.
Bom curso e boa sorte!
Jon Rogawski
, ,
SUMARIO 1 CALCULO
VOLUME 1
• Capítulo 6 APLICAÇÕES DA INTEGRAL 301


1.1
Capítulo 1 REVISÃO DE PRÉ-CÁLCULO
Números Reais, Funções e Gráficos
1
1
6.1
6.2
Área entre Duas Curvas
Montando Integrais: Volume, Densidade,
Valor Médio
301

308
1.2 Funções Lineares e Quadráticas 13 6.3 Volumes de Revolução 320
1.3 Classes Básicas de Funções 21 6.4 Método das Cascas Cilíndricas 328
1.4 Funções Trigonométricas 25 6.5 Trabalho e Energia 334
1.5 Recursos Computacionais: Calculadoras e
Computadores 34
• Capítulo 7 FUNÇÃO EXPONENCIAL 343


2.1
Capítulo 2 LIMITES
Limites, Taxas de Variação e Retas Tangentes
41
41
7.1
7.2
7.3
Derivada def(x) = b' e o Número e
Funções Inversas
Logaritmos e Suas Derivadas
343
350
358
2.2 Limites: Abordagem Numérica e Gráfica 50 7.4 Crescimento e Decaimento Exponencial 367
2.3 Leis Básicas de Limites 60 7.5 Juro Composto e Valor Presente 374
2.4 Limites e Continuidade 63 7.6 Modelos Utilizando y' = k(y - b) 379
2.5 Cálculo Algébrico de Limites 73 7.7 Regra de L'Hôpital 384
2.6 Limites Trigonométricos 78 7.8 Funções Trigonométricas Inversas 392
2.7 Teorema do Valor Intermediário 84 7.9 Funções Hiperbólicas 399
2.8 Definição Formal de Limite 87

• Capítulo 3 DERIVADA 97 •
8.1
Capítulo 8 TÉCNICAS DE INTEGRAÇÃO
Integração Numérica
413
413
3.1 Definição da Derivada 97 8.2 1ntegração por Partes 424
3.2 Derivada como Função 107 8.3 1ntegrais Trigonométricas 430
3.3 Regras do Produto e do Quociente 120 8.4 Substituição Trigonométrica 438
3.4 Taxas de Variação 126 8.5 Método das Frações Parciais 446
3.5 Derivadas Superiores 137 8.6 Integrais Impróprias 456
3.6 Funções Trigonométricas 142
3.7 Regra da Cadeia 147
3.8
3.9
Derivação Implícita
Taxas Relacionadas
155
161
• Capítulo 9 MAIS APLICAÇÕES DA INTEGRAL
E POLINÔMIOS DE TAYLOR 471
9.1 Comprimento de Arco e Área de Superfície 471


4.1
Capítulo 4 APLICAÇÕES DA DERIVADA
Aproximação Linear e Aplicações
173
173
9.2
9.3
Pressão e Força de Fluido
Centro de Massa
477
483
9.4 Polinômios de Taylor 492
4.2 Valores Extremos 181
4.3 Teorema do Valor Médio e Monotonicidade 192
4.4 O Formato de um Gráfico 199 APÊNDICES Al
4.5 Esboçando Gráficos e Assíntotas 206 A. A Linguagem da Matemática Al
4.6 Otimização Aplicada 219 B. Propriedades de Números Reais A8
4.7 Método de Newton 231 e. Indução e o Teorema Binomial A13
4.8 Antiderivadas 237 D. Demonstrações Adicionais A18

RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS ÍMPARES REl



5.1
Capítulo 5 INTEGRAL
Aproximando e Calculando a Area
248
248 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Rl
5.2 1ntegral Definida 261
5.3 Teorema Fundamental do Cálculo, Parte 1 272 CRÉDITOS DAS FOTOS Fl
5.4 Teorema Fundamental do Cálculo, Parte 11 278
5.5 Variação Líquida e Total como Integral de uma Taxa 284 ÍNDICE 11
5.6 Método da Substituição 291
XX SUMÁRIO

VOLUME 2
• Capítulo 15 DERIVAÇÃO EM VÁRIAS
VARIÁVEIS 772
• Capítulo 1O INTRODUÇÃO A
EQUAÇÕES DIFERENCIAIS 505 15.1 Funções de Duas ou Mais Variáveis 772
15.2 Limites e Continuidade em Várias Variáveis 784
10.1 Resolução de Equações Diferenciais 505 15.3 Derivadas Parciais 791
10.2 Métodos Gráficos e Numéricos 514 15.4 Diferenciabilidade, Aproximação Linear e
10.3 Equação Logística 522 Planos Tangentes 802
10.4 Equações de Primeira Ordem 527 15.5 Gradiente e Derivadas Direcionais 809
15.6 Regra da Cadeia 821


11.1
Capítulo 11
Seqüências
SÉRIES INFINITAS 535
535
15.7
15.8
Otimização em Várias Variáveis
Multiplicadores de Lagrange: Otimização
com Vínculo
829

842
11 .2 Soma de uma Série Infinita 546
11.3
11 .4
11.5
Convergência de Séries de Termos Positivos
Convergência Absoluta e Condicional
Testes da Razão e da Raiz
556
565
571

16.1
Capítulo 16 INTEGRAÇÃO MÚLTIPLA
Integração em Várias Variáveis
855
855
11.6 Séries de Potências 576 16.2 Integrais Duplas em Regiões Mais Gerais 867
11.7 Séries de Taylor 587 16.3 Integrais Triplas 880
16.4 Integração em Coordenadas Polares, Cilíndricas

• Capítulo 12 EQUAÇÕES PARAMÉTRICAS,


COORDENADAS POLARES E
e Esféricas
16.5 Mudança de Variáveis
893
904

SEÇÕES CÔNICAS 603


12.1
12.2
Equações Paramétricas
Comprimento de Arco e Velocidade
603
615
• Capítulo 17 INTEGRAIS DE LINHA E
DE SUPERFÍCIE 923
12.3 Coordenadas Polares 621 17.1 Campos Vetoriais 923
12.4 Area e Comprimento de Arco em 17.2 Integrais de Linha 930
Coordenadas Polares 630 17.3 Campos Vetoriais Conservativos 944
12.5 Seções Cônicas 637 17.4 Superfícies Parametrizadas e Integrais de
Superfície 957

• Capítulo 13 GEOMETRIA VETORIAL 655


17.5 Integrais de Superfície de Campos Vetoriais 973

13.1
13.2
13.3
Vetores no Plano
Vetores em Três Dimensões
Produto Escalar e o Ângulo entre Dois Vetores
655
666
675
• Capítulo 18 TEOREMAS FUNDAMENTAIS
DA ANÁLISE VETORIAL 987
13.4 Produto Vetorial 684 18.1 Teorema de Green 987
13.5 Planos no Espaço Tridimensional 695 18.2 Teorema de Stokes 1000
13.6 Classificação de Superfícies Quádricas 702 18.3 Teorema da Divergência 1012
13.7 Coordenadas Cilíndricas e Esféricas 710

APÊNDICES Al

• Capítulo 14 CÁLCULO DE FUNÇÕES


VETORIAIS 720
A.
B.
A Linguagem da Matemática
Propriedades de Números Reais
Al
A8
14.1 Funções Vetoriais 720 e. Indução e o Teorema Binomial Al3
14.2 Cálculo de Funções Vetoriais 727 D. Demonstrações Adicionais Al8
14.3 Comprimento de Arco e Velocidade 738
RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS ÍMPARES REl
14.4 Curvatura 743
14.5 Movimento no Espaço Tridimensional 753
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Rl
14.6 Movimento Planetário Segundo Kepler e Newton 762
CRÉDITOS DAS FOTOS Fl

ÍNDICE 11
-
REVISAO DE
1
PRÉ-CÁLCULO
Cálculo é fundamentado na Álgebra, Geometria Analítica e Tri-

º gonometria. Neste capítulo, revisaremos alguns dos conceitos,


dos fatos e das fórmulas básicas utilizadas em todo o texto. Na úl-
tima seção, discutiremos algumas maneiras pelas quais os recursos
computacionais podem ser utilizados para reforçar o seu entendi-
mento visual de funções e de suas propriedades.

1.1 Números reais, funções egráficos


Começamos nossa revisão com uma breve discussão de números
reais. Assim, teremos a oportunidade de relembrar algumas proprie-
dades básicas e a notação padrão.
Um número real é um número representado como um decimal,
ou "expansão decimal". Há três tipos de expansões decimais: finitas,
periódicas ou infinitas não-periódicas. Por exemplo,
As funções são uma das ferramentas mais
3
importantes de que dispomos para a análise
de fenômenos. Os biólogos têm estudado o 8 = 0,375, 71 = 0,142857142857 ... = 0,142857
--

peso das armas do veado macho em função


da idade (ver p. 6). 1r = 3,141592653589793 .. .
J t
O número é representado por um decimal finito, enquanto que é representado por um
decimal periódico, também denominado dízima periódica. A barra sobre 142857 indica
que essa seqüência se repete indefinidamente. A expansão decimal de 7r é infinita mas
não é periódica.
O conjunto de todos números reais é denotado por R, em negrito. Quando não há
risco de confusão, referimo-nos a números reais simplesmente como números. Também
utilizamos o símbolo padrão E para a frase "pertence a". Assim,

aER é lido como "a pertence a R"


Os axiomas dos números reais e O conjunto dos inteiros é usualmente denotado pela letra Z (essa escolha vem da palavra
algumas propriedades adicionais 'Zahl, que significa "número" em alemão). Assim, Z = {... , -2, -1, O, 1, 2, ... }. Um nú-
não cobertas nesta seção podem ser
encontradas no Apêndice B. mero natural é um número inteiro não-negativo, O, 1, 2, ... .
Um número real é denominado racional se puder ser representado como um quocien-
te p/q, em quepe q são inteiros com q "#O. O conjunto dos números racionais é denotado
por Q (de "quociente"). Números como 1r e ,./2 que não são racionais são denominados
irracionais. Podemos dizer se um número é ou não é racional a partir de sua expansão
decimal: números racionais têm expansões decimais finitas ou periódicas e números irra-
cionais têm expansões infinitas que não são periódicas. Além disso, a expansão decimal
de um número é única, a menos da exceção seguinte: toda decimal finita é igual a uma
decimal infinita em que o dígito 9 se repete. Por exemplo,
3 47
1 = 0,999 ... , = 0,375 = 0,374999 .. . , 20 = 2,35 = 2,34999 ...
-2 -1 O 2 8
FIGURA 1 O conjunto dos números Visualizamos os números reais como pontos de uma reta (Figura 1). Por esse motivo, cos-
reais representado como uma reta. tumamos nos referir aos números reais como pontos. O número Oé denominado a origem.
2 CÁLCULO

O valor absoluto de um número real a, denotado por lal, é definido por (Figura 2)

a o
FIGURA 2 O valor absoluto lal. 1a1 =
. , . da origem
distancia . = Iª -a
se a -> O
se a< O

Por exemplo, 11,21 = 1,2 e 1-8,351 = 8,35. O valor absoluto satisfaz

l lal = 1-al, labl = lal lbl 1

A distância entre dois números reais a e b é lb - ai, que é o comprimento do segmento


de reta que liga a a b (Figura 3).
-2 -1 a O 2 b Dois números reais a e b estão próximos um do outro se Ih - ai for pequeno e isso
FIGURA 3 A distância entre a e b é ocorre se suas expansões decimais são iguais em até muitas casas. Mais precisamente,
lb-al. se as expansões decimais de a e b forem iguais até a k-ésima casa (à direita da vírgula),
então a distância lb - ai é de no máximo 10- k_ Assim, a distância entre a= 3,1414 e
b = 3,1478 é de no máximo 10- , porque a e b coincidem até a segunda casa decimal.
2

De fato, a distância é exatamente 13,1415 - 3,14781 = 0,0063.


Atente para o fato de que la+ bl não é igual a lal + lbl, a menos que a e b tenham o
mesmo sinal ou pelo menos um dos dois for zero. Se tiverem sinais opostos, ocorre um
cancelamento na soma a+ bela+ bl < lal + lbl. Por exemplo, 12 + 51 = 121 + 151, mas
1-2 + 51 = 3, que é menor do que 1-21 + 151= 7. Em todo caso, la+ bl nunca é maior do
que lal + lbl e isso nos dá a simples mas importante desigualdade triangular:

l la + bl ~ lal + lbl 1 [Il

Utilizamos a notação padrão para intervalos. Dados números reais a < b, existem
quatro intervalos com extremidades a e b (Figura 4). Cada um desses intervalos têm
comprimento b - a, mas diferem conforme uma ou ambas extremidades estiverem
incluídas.
O intervalo fechado [a, b] é o conjunto de todos números reais x tais que a~ x ~ b:

[a, b] = {x E R :a ~ x ~ b}

Costumamos escrever isso mais simplesmente como {x : a ~ x ~ b} , ficando entendido que


x é um elemento de R. O intervalo aberto e os intervalos semi-abertos são os conjuntos

(a, b) = {x : a < x < b} , [a, b) = {x : a ~ x < b), (a, b] = {x : a < x ~ b)


Intervalo aberto (extremidades excluídas) Semi-aberto Semi-aberto

---0--------0-- --f-----o-- ---o--+--


a b ª b a b a b
FIGURA 4 Os quatro intervalos com Intervalo fechado [a, b] Intervalo aberto (a, b) Intervalo Intervalo
extremidades a e b. (extremidades incluídas) (extremidades excluídas) semi-aberto [a, b) semi-aberto (a, b]

O intervalo infinito (-oo, oo) é toda a reta real R. Um intervalo semi-infinito pode ser
aberto ou fechado. Um intervalo semi-infinito contém sua extremidade finita:

[a , oo) = {x : a ~ x < oo), ( -00, b] = {X : -00 < X ~ b}

FIGURA 5 Intervalos semi-infinitos a b


fechados. [a, oo) (-oo, b]
CAPÍTULO 1 Revisão de pré-cálculo 3

lxl<r Os intervalos abertos e fechados são descritos por desigualdades. Por exemplo
(Figura 6),
-r o r
FIGURA 6 O intervalo
1 lxl < r <=> -r < x < r <=> x E (-r, r) 1
(-r, r) = {x : lxl < r} .

Mais geralmente, para qualquer e (Figura 7),

1 lx - cl < r <=> e - r < x <e + r <=> x E (e - r, e+ r) 1


r r

c-r e c+r Uma afirmação análoga vale para intervalos fechados com< substituído por ::::. Dize-
mos quer é o raio e e é o ponto médio. Os intervalos (a, b) e [a, b] têm ponto médio
FIGURA 7 (a, b) = (c - r, c + r), onde
e = ½(a+ b) e raio r = ½<b - a) (Figura 7).
a+b b-a
C= -2- , r = - -·
2
• EXEMPLO 1 Descrevendo intervalos com desigualdades Descreva os intervalos (-4, 4) e
[7, 13] usando desigualdades.
3 3 Solução Temos (-4, 4) = {x : lxl < 4}. O ponto médio do intervalo [7, 13] é
e = ½(7 + 13) = 10 e seu raio é r = ½03 - 7) = 3 (Figura 8). Portanto
7 10 13

FIGURA 8 O intervalo [7, 13) é


descrito por lx - 101 :'.:: 3.
[7, 13] = {x ER: lx - lül S 3}

• EXEMPLO 2 Descreva o conjunto S = {x : 1½x - 3 I > 4} em termos de intervalos.
Solução É mais fácil considerar primeiro a desigualdade oposta 1 ½x - 3I :::: 4. Por (2),

... - - - - - o - - + - - - - - - ... 1~ X - 31 : '.: 4 <:} -4 ::'.:: ~X - 3 : '.: 4


-2 O 14
1
FIGURA 9 O conjunto -1<-x<7
- 2 - (some 3)
S= /x : 1½x - 31> 4l.
-2 :'.:,X:'.:, 14 (multiplique por 2)

No Exemplo 2 utilizamos a notação u Assim, 1 ½x - 3 I :::: 4 está satisfeito quando x pertence a [- 2, 14]. O conjunto S é o com-
para representar a "união": a união plementar, consistindo em todos números x que não estão em [-2, 14]. Podemos descre-
A u B dos conjuntos A e B consiste em
todos elementos que pertençam a A ou ver S como a união de dois intervalos: S = (-oo, -2) U ( 14, oo) (Figura 9). •
a B (ou a ambos).

Traçando gráficos
O traçado de gráficos é uma ferramenta básica no Cálculo, assim como na Álgebra e na
Trigonometria. Lembre que as coordenadas retangulares (ou cartesianas) no plano são
definidas pela escolha de dois eixos perpendiculares, o eixo x e o eixo y. A um par (a, b)
de números associamos o ponto P localizado na interseção da reta perpendicular ao eixo
A coordenada x é muitas vezes
chamada "abscissa" e a coordenada y x em a e a reta perpendicular ao eixo y em b [Figura lO(A)]. Os números a e b são as co-
1 "ordenada". ordenadas x e y de P. A origem é o ponto de coordenadas (O, O).
Os eixos dividem o plano em quatro quadrantes, etiquetados de I a IV, determinados
pelos sinais das coordenadas [Figura lO(B)]. Por exemplo, o quadrante III consiste nos
O termo "cartesiano" se refere ao
filósofo e matemático francês René
pontos (x, y) tais que x < Oe y < O.
Descartes (1596-1650), cujo nome em A distância d entre dois pontos P1 = (x1, YI) e P2 = (x2, yz) é calculada usando
latim era Cartesius. A ele (junto com o Teorema de Pitágoras. Na Figura 11, vemos que P1P2 é a hipotenusa de um triângulo
Pierre de Fermat) é creditada a invenção retângulo de lados a = lx2 - x11 e b = IY2 - YI 1. Portanto,
da Geometria Analítica. Em seu grande
trabalho La Géometrie, Descartes usou
as letras x, y, z para variáveis e a, b, e
para constantes, uma convenção que
tem sido seguida desde então. Obtemos a fórmula da distância tomando raízes quadradas.
4 CÁLCULO

y y

2
b -----------------1P=(a, b) II
(-, +) (+,+)
'
'
''
- - - + - - + - - - - + - - + - - - + - - +' - - x X
-2 -1 2 a
-1 III IV
(- , - ) (+, - )
-2

FIGURA 10 Sistema de coordenadas


retangulares. (A) (B)

y Fórmula da distância A distância d entre dois pontos P 1 = (x 1, y 1) e P2 = (x2, y2) é


igual a
Y1

-1------1-----+---x
Uma vez de posse da fórmula da distância, podemos deduzir facilmente a equação
de um círculo de raio recentro (a, b) (Figura 12). Um ponto (x, y) está nesse círculo se a
FIGURA 11 A distância d é dada pela
distância de (x, y) a (a, b) for r:
fórmula da distância.
J (x - a) 2 + (y - b) 2 = r

Elevando ambos lados ao quadrado, obtemos a equação padrão do círculo:


y
1 (x - a)2 + (y - b)2 = r2 I

Vamos rever, agora, algumas definições e a notação relativa a funções.


b

DEFINIÇÃO Função Uma função f entre dois conjuntos D e Y é uma regra que associa
a cada elemento x em D um único elemento f (x) em Y. Simbolicamente,
__,,__-----+----X f :D~ y
a
FIGURA 12 O círculo de equação
(x - a)2 + (y - b) 2 = r 2. Parax E D, dizemos quef (x) é o valor def emx (Figura 13). O conjunto D é denominado o
domínio de f A imagem R defé o subconjunto de Y consistindo em todos valores f (x):

Uma função f: D~ Y também é R = {y E Y : f (x) = y para algum x E D}


denominada "aplicação". Os conjuntos
D e Y podem ser arbitrários. Por Informalmente, pensamos emf como sendo uma "máquina" que produz uma saída y para
exemplo, podemos definir uma cada entrada x no domínio D (Figura 14).
aplicação do conjunto das pessoas
vivas no conjunto dos números naturais
levando cada pessoa em seu ano de
nascimento. A imagem dessa aplicação
é o conjunto de anos que ocorrem como
anos de nascimento de pessoas vivas.
Domínio D
- f

y
x-
entrada
Máquina "f" -f(x)
saída
FIGURA 13 Uma função é uma regra FIGURA 14 Pense emf como uma
que associa um elemento f (x) de Y a "máquina" que pega a entrada x e produz
cadax E D. asaídaf (x).
CAPÍTULO 1 Revisão de pré-cálculo 5

No Cálculo a várias variáveis, tratamos Na primeira parte deste texto tratamos de funções numéricas, em que ambos o domí-
de funções com uma variedade de nio e a imagem são conjuntos de números reais. Essas funções são denotadas tanto por f
domínios e imagens. O domínio pode
ser um conjunto de pontos do espaço quanto f (x). A letra x é a variável independente, que pode tomar qualquer valor do do-
tridimensional e a imagem um conjunto mínio D. Escrevemos y = f (x) e dizemos que y é a variável dependente (pois seu valor
de números, pontos ou vetores. depende da escolha de x).
Quando/for definida por uma fórmula, seu domínio natural é o conjunto de números
reais x para os quais a fórmula fizer sentido. Por exemplo, a função f (x) = ~ tem
domínio D= {x: x :S 9} porque~ está definido se 9 - x::: O. Aqui temos mais
alguns exemplos de domínios e imagens.

f(x) Domínio D ImagemR


x2 R {y: y::: O}
COSX R {y : -1 ::: y ::: 1}

{x:x#:-1} {y: y #= O)
x+I

y O gráfico de uma função y =f (x) é obtido esboçando os pontos (a,f (a)) para a no
domínio D (Figura 15). Se começarmos em x = a no eixo x, movermos verticalmente
para cima até o gráfico e então horizontalmente até o eixo y, alcançamos o valor/ (a). O
valor 1/ (a)I, portanto, é a distância do gráfico acima ou abaixo do eixo x [dependendo de
f (a) :S Oou/ (a)< O].
Um zero ou raiz de uma função f (x) é um número e tal que f (x) = O. Os zeros são os
valores de x nos quais o gráfico corta o eixo x.
FIGURA 15 No Capítulo 4, utilizaremos o Cálculo para esboçar e analisar gráficos. Neste estágio,
para traçar um gráfico à mão, fazemos a tabela dos valores da função, esboçamos os pontos
correspondentes (incluindo todos os zeros) e conectamos esses pontos com uma curva lisa.

• EXEMPLO 3 Encontre as raízes e esboce o gráfico de f (x) = x3 - 2x.

Solução Inicialmente, resolvemos x3 - 2x = x(x2 - 2) = O. As raízes de f (x) são x = Oe


x = ±J2. Para traçar o gráfico, esboçamos as raízes e alguns poucos valores listados na
Tabela 1 e juntamos esses pontos com uma curva (Figura 16). •

4 ------------------- TABELA 1

X x 3 -2x

-2 -4
-1 1
o o
1 -1
2 4

FIGURA 16 O gráfico de f (x) = x


3
- 2x.

As funções que surgem nas aplicações nem sempre são dadas por fórmulas. Os dados
coletados da observação ou experimentação definem funções que podem ser apresentadas
ou graficamente ou com uma tabela de valores. A Figura 17 e a Tabela 2 exibem os dados
coletados pelo biólogo Julian Huxley (1887-1975) num estudo do peso W das armas do
veado macho como uma função da idade t. Veremos que muitas das ferramentas do Cálcu-
lo podem ser aplicadas a funções construídas dessa maneira, a partir de dados.
6 CÁLCULO

Peso das annas 8 ~- - - - - - - - - ~


w (kg) 7 +--+---t---+--+-i-+----1 TABELA2
6 +---+-+---+--+i_.,,,,
.~ w (kg) w (kg)
_,,,>.,,, t (anos) t (anos)

! + --+---+··7'-
/ -+---+----+----1
J,
1
2
0,48
1,59
7
8
5,34
5,62
~ ---· / 3 2,66 9 6,18
-/ - -~+,,- -+---+--+----11---l 4 3,68 10 6,81
5 4,35 li 6,21
6 4,92 12 6,1
o ~ 2- -4- -6 - -
8 -10
- -12
º Idade t (anos)
FIGURA 17 O peso médio das annas de um
veado macho como função da idade.

Podemos traçar o gráfico de qualquer equação relacionando y e x. Por exemplo, para


y
traçar o gráfico da equação 4/ - x3 = 3, esboçamos os pares (x, y) que satisfazem a equa-
ção (Figura 18). Essa curva não é o gráfico de uma função porque há dois valores de y
para um valor dado de x, como x = 1. Em geral, uma curva é o gráfico de uma função se
_ .Lf-__,. (1, 1)
1
a curva passar no teste da reta vertical: cada reta vertical x = a intersecta a curva em no
1 máximo um ponto.
-+--+---1---1----x
-1 1 Muitas vezes estamos interessados em saber se uma função é crescente ou decrescen-
- -..,..1+---,1 (1, - 1) te. Informalmente, uma função f (x) é crescente se seu gráfico sobe quando avançamos
para a direita e é decrescente se seu gráfico desce [Figuras 19(A) e (B)]. Mais precisamen-
te, definimos os conceitos de crescer/decrescer num intervalo:

FIGURA 18 O gráfico de 4/ - x3 = 3. • Crescente em (a, b) se f(xi ) < f (x2) para quaisquer x i , x2 E (a , b) tais que
Esse gráfico não passa no teste da reta X t < X2
vertical, portanto não é o gráfico de • Decrescenteem(a,b)se f (xi) > f(x2) paraquaisquerx1 ,x2 E (a, b)taisque
uma função. X t < X2

A função na Figura 19(D) não é nem crescente nem decrescente (para todo x) mas é de-
crescente no intervalo (a, b). Dizemos que/ (x) é não-decrescente se f (xi) :S f (x2)para
x 1 :S x2. As funções não-crescentes são definidas de maneira análoga. A função na Figura
19(C) é não-decrescente mas não é crescente.

y y y y

--i---+----+--x
a b

(A) Crescente (B) Decrescente (C) Não-decrescente (D) Decrescente em (a, b)


mas não crescente
FIGURA 19

Uma outra propriedade importante é a paridade, que se refere a uma função ser par
ou ímpar:

• f(x) é par se f( - x) = f(x)


• /(x)éímparse f(-x)=-f(x)

Os gráficos de funções de paridade par ou ímpar têm uma simetria especial. O gráfico de
uma função par é simétrico em relação ao eixo y (também dizemos "simétrico pelo eixo
CAPÍTULO 1 Revisão de pré-cálculo 7

y"). Isso significa que se P = (a, b) estiver no gráfico, então Q = (-a, b) também está
[Figura 20(A)]. O gráfico de uma função ímpar é simétrico em relação à origem, o que
significa que se P = (a, b) estiver no gráfico, então Q = (-a, -b) também está [Figura
20(B)]. Uma função pode não ser par nem ímpar [Figura 20(C)].

b ------- !(a, b)

(A) Função par:f(-x) = f(x) (B) Função ímpar:f(-x) =-f(x) (C) Nem par nem ímpar.
O gráfico é simétrico O gráfico é simétrico
em relação ao eixo y. em relação à origem.
FIGURA 20

• EXEMPLO 4 Determine se a função é par, ímpar ou nenhum dos dois.


(a) f(x ) = x 4 (b) g(x) = x- 1 (e) h(x) = x2 + x
Solução
(a) f(-x) = (-x )4 =x4.Assim,f(-x)=f(x)ef(x)épar.
(b) g( -x) = (-x)- 1 = -x- 1• Assim, g(-x) = -g(x) e g(x) é ímpar.
(e) h(-x) = (-x) 2 + (-x) = x 2 - x. Vemos que h(-x) não é igual a h(x) = x2 + x ou
- h(x) = - i - x. Portanto, h(x) não é nem par nem ímpar. •

1
• EXEMPLO 5 Traçado de gráficos usando simetria Esboce o gráfico de f (x) = - 2- - .
X +1
1
Solução A função f(x) = x2 + 1 é positiva [f (x) > O para todo x] e é par, poisf (x) =
f ( - x). Portanto, o gráfico de f (x) fica acima do eixo x e é simétrico em relação ao eixo y.
y Além disso,! (x) é decrescente para x:::: OGá que um valor maior de x produz um denomi-
1 nador maior). Usamos essa informação e uma pequena tabela de valores (Tabela 3) para
1
f(x)= x2 +1 traçar o gráfico (Figura 21). Observe que o gráfico tende ao eixoxquando avançamos para
a direita ou esquerda, poisf (x) é pequeno quando lxl é grande. •

-2 -1 2 Duas maneiras importantes de modificar um gráfico são a translação e a mudança


FIGURA 21 de escala. A translação consiste em mover o gráfico horizontal ou verticalmente.

DEFINIÇÃO Translação
TABELA3
• Translação vertical y =f (x) + e: isso move o gráfico verticalmente por e uni-
X dades. Se e < O, o resultado é um deslocamento para baixo.
x2 + l
• Translação horizontal y = f (x + e): isso move o gráfico para a direita por e
o unidades se e< Oe e unidades para a esquerda se e> O.
1
±1 2
1
±2 5
A Figura 22 mostra o efeito de transladar o gráfico de f (x) = - 2-1 - vertical e horizon-
x +1
talmente.
8 CÁLCULO

Translação
y dewna y Translação Y
unidade para deuma
2 2 2
cima
unidade para
Lembre quef(x) + e ef(x + e) são a esquerda
- 1
diferentes. O gráfico de y =f (x) + e é
uma translação vertical e y =f (x + e)
uma translação horizontal do gráfico de -+--+--1-----+--+-x -+--+--1-----+--+-x
y=f(x). -2 -1 2 -2 -1 2 -3 -2 -1

1
(A) y=f(x) = - 2 - =
(B) y f(x) + 1 =-2 1- + 1 (C) y=f(x+ 1)= - -
2
1
-
X +I X +1 (x + 1) + 1

FIGURA 22

• EXEMPLO 6 AFigura23(A) é o gráfico def(x) =i e aFigura23(B) é uma translação


horizontal e vertical de (A). Qual é a equação do gráfico (B)?

y y

-2 -1 2 3
-1

(A) f(x)=x2 (B)


FIGURA 23

Solução O gráfico (B) é obtido transladando o gráfico (A) uma unidade para a direita e
uma unidade para baixo. Podemos ver isso observando que o ponto (O, O) do gráfico de
f (x) foi deslocado para (1, -1). Portanto, (B) é o gráfico de g(x ) = (x - 1)2 - 1. •

As mudanças de escala, que podem ser compressões ou expansões, consistem em


comprimir ou expandir o gráfico na direção horizontal ou vertical.

y DEFINIÇÃO Mudança de escala


y=f(x)
2 • Mudança de escala vertical y = kf (x): se k > 1, o gráfico é expandido vertical-
mente pelo fator k. Se O < k < 1, o gráfico é comprimido verticalmente. Quando
o fator de escala k é negativo (k < O), o gráfico também é refletido pelo eixo x
(Figura 24).
• Mudança de escala horizontal y = f (kx): se k > 1, o gráfico é comprimido
horizontalmente. Se O< k < 1, o gráfico é expandido. Se k < O, então o gráfico
y = - 2/(x) também é refletido pelo eixo y.
FIGURA 24 Fator de escala vertical
negativo k = - 2. O tamanho vertical de um gráfico é denominado sua amplitude. Assim a mudança de
escala vertical muda a amplitude pelo fator lkl.

Lembre que kf (x) ef (kx) são • EXEMPLO 7 Trace os gráficos de f (x) = sen(nx) e suas duas mudanças de escala
diferentes. Ográfico de y = kf (x) é uma f(3x) e 3/(x).
mudança de escala vertical e y =f (kx)
uma mudança de escala horizontal do Solução O gráfico de f (x) = sen(nx) é uma curva senoidal de período 2 [completa um
gráfico de y =f (x). ciclo a cada intervalo de comprimento 2: ver Figura 25(A)].
CAPÍTULO 1 Revisão de pré-cálculo 9

• O gráfico de y =f (3x) = sen(3nx) é uma versão comprimida de y =f (x) [Figura


25(B)]. Ele completa três ciclos num intervalo de comprimento 2 em vez de só
um ciclo.
• O gráfico de y = 3/ (x) = 3 sen(nx) difere do de y = f (x) somente na amplitude: é
expandido na direção vertical por um fator de 3 [Figura 25(C)]. •

3
y y 2

2
-1 -1

-2
-3

FIGURA 25 Mudança de escala (A) y=f(x)=sen(rrx) (B) Compressão horizontal: (C) Expansão vertical:
horizontal e vertical def(x) = sen(nx). y =f(3x) = sen(37r x) y = 3f(x) = 3sen(rr x)

1.1 RESUMO

• Valor absoluto: lal = lª seª ::: O


-a sea < O
• Desigualdade triangular: la+ bl .:S lal + lbl
• Há quatro tipos de intervalos com extremidades a e b:

(a , b), [a, b], [a, b), (a, b]

• Podemos expressar intervalos abertos e fechados usando desigualdades:

(a , b) = {x : lx - cl < r ), [a, b] = {x : lx - cl .:S r}


onde e = ½<a+ b) é o ponto médio e r = ½(b - a ) é o raio.
• Distância d entre (x1, y1) e (x2, Y2): d = J<x2 - x1)2 + (y2 - Y1)2
• Equação do círculo de raio recentro (a, b): (x - a)2 + (y - b) 2 = r 2
• Um zero ou raiz de umafunçãof(x) é um número e tal quef(c) = O.
• Teste da reta vertical: uma curva no plano é o gráfico de uma função se, e somente se,
cada reta vertical x = a intersectar a curva em no máximo um ponto.
• Função par:/ (-x) = f (x) (o gráfico é simétrico pelo eixo y).
• Função ímpar:/ (- x) = - f (x) (o gráfico é simétrico pela origem).
• Quatro maneiras de transformar o gráfico de f (x):

f (x) + e Translada o gráfico verticalmente por e unidades


f (x + e) Translada o gráfico horizontalmente por e unidades (para
a esquerda se e > O)
kf(x) Mudança de escala vertical pelo fator k; se k < O, o gráfico
é refletido pelo eixo x.
f(kx) Mudança de escala horizontal pelo fator k (compressão se
k > l); se k < O, o gráfico é refletido pelo eixo y.
10 CÁLCULO

1.1 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Dê um exemplo de números a e b tais que a< b e lal > lhl. (a) (1, 4) (b) (-3, 2)
(e) (4, -3) (d) (-4, -1)
2. Quais números satisfazem lal = a? Quais satisfazem lal = -a?
E 1-al =a? 6. Qual é o raio do círculo de equação (x - 9) 2 + (y - 9) 2 = 9?

3. Dê um exemplo de números a e b tais que la+ bl < lal + lhl. 7. A equaçãof(x) = 5 tem uma solução se (escolha uma):

4. Quais são as coordenadas do ponto que está na interseção das (a) 5 estiver no donúnio de f

retas x = 9 e y = -4? (b) 5 estiver na imagem de f

5. Em que quadrante estão os pontos seguintes? 8. Que tipo de simetria tem o gráfico defsef(-x) = -f(x)?

Exercícios
1. Use uma calculadora para obter um número racional r tal que
Ir - n2 1 < 10-4_ (e) la - ~I < 5 (d) lal > 5

2. Sejam a= -3 e b = 2. Quais das desigualdades seguintes são (e) la - 41 < 3 (t) l<a<5
verdadeiras? (i) a está à direita de 3.
(a) a <b (b) lal < lhl (e) ab >0 (ii) a está entre 1 e 7
1 1 (iü) A distância de a até 5 é menor do que ½-
(d) 3a < 3b (e) -4a<-4b (f) - < -
a b
(iv) A distância de a até 3 é no máximo 2.
Nos Exercícios 3-8, expresse o intervalo em termos de uma desigual-
(v) a está a menos do que 5 unidades de½-
dade envolvendo o valor absoluto.
(vi) a está ou à esquerda de -5 ou à direita de 5.
3. [-2, 2] 4. (-4,4) 5. (O, 4)

6. [-4, O] 7. [1, 5] 8. (-2, 8) 24. Descreva o conjunto {x : _ x _ <


x+I
o} como um intervalo.
Nos Exercícios 9-12, escreva a desigualdade na forma a < x < b para 25. Mostre que se a> b, então b- 1 > a- 1, desde que a e b tenham o
certos números a, b. mesmo sinal. O que acontece se a > Oe b < O?

9. lxl <8 10. lx - 121 < 8 26. Quais x satisfazem lx - 31 < 2 e lx - 51 < 1?

11. 12x+ 11 <5 12. 13x - 41 < 2 27. Mostre que sela - 51 < ½e lb - 81 < ½, então l(a + b) - 131 < 1.
Sugestão: use a desigualdade triangular.
Nos Exercícios 13-18, expresse como um intervalo o conjunto de nú-
meros x satisfazendo a condição dada. 28. Suponha que lal :::: 2 e lhl :::: 3.

13. lxl <4 14. lxl:::: 9 (a) Qual é o maior valor possível de la+ bl?
(b) Qual é o maior valor possível de la + bl se a e b têm sinais
15. lx - 41<2 16. lx+ 71 <2 opostos?
17. 14x-11:::: 8 18. 13x + 51 < 1
29. Suponha que lx - 41 :::: 1.
Nos Exercícios 19-22, descreva o conjunto como uma união de inter- (a) Qual é o maior valor possível de lx + 41?
valos finitos ou infinitos.
(b) Mostre que li - 161 :::: 9.
19. {x : lx - 41 > 2} 20. {x : 12x+41>3}
30. Prove que lx l - IYI :::: lx - yl. Sugestão: aplique a desigualdade
21. {x: li - 11>2} 22. {x : li + 2xl >2} triangular a y ex - y.

23. Combine as desigualdades (a)-(f) com as correspondentes afir- 31. Expresse r 1 = 0,27 como uma fração. Sugestão: 100r1 - r 1 é um
mações (i)-(vi). inteiro. Então expresse r2 = 0,2666 ... como uma fração.
1
(a) a> 3 (b) la - 51 < - 32. Represente 1/7 e 4/27 como dízimas periódicas.
3
CAPÍTULO 1 Revisão de pré-cálculo 11

33. No texto afirmamos o seguinte: se as expansões decimais de dois 59. Quais das curvas na Figura 26 é o gráfico de uma função?
números reais a e b forem iguais até a k-ésima casa, então a dis-
tância la - bl ::: 10-k. Mostre que a recíproca não é verdadeira, y y

Gxf\Afx
ou seja, dado qualquer k, podemos encontrar números reais a e
b cujas expansões decimais não têm nenhuma casa igual mas
la-bl::: 10-k_
34. Esboce cada par de pontos e calcule a distância entre eles:
(a) (1, 4) e (3, 2) (b) (2, 1) e (2, 4) (A) (B)

(e) (0,0)e(-2,3) (d) (-3,-3)e(-2,3)

35. Determine a equação do círculo de centro (2, 4) e raio 3.

36. Determine a equação do círculo de centro (2, 4) e que passa por


(1, -1).

37. Encontre todos pontos de coordenadas inteiras que estão a uma (C) (D)
distância de 5 da origem. Então encontre todos pontos de coorde- FIGURA 26
nadas inteiras que estão a uma distância de 5 de (2, 3).
60. Decida se a função é crescente, decrescente ou nenhum dos dois.
38. Determine o domínio e a imagem da função
(a) A área da superfície de uma esfera como uma função do raio.
f: {r, s, t, u)---+ {A, B, C, D , E) (b) A temperatura num ponto na linha do Equador como função do
tempo.
definida porf(r) = A, f(s) = B, f(t) = B, f(u) = E.
(e) O preço de uma passagem aérea como função do preço dope-
39. Dê um exemplo de uma função cujo domínio D tenha três ele- tróleo.
mentos e a imagem R tenha dois elementos. Existe alguma fun-
(d) A pressão do gás num pistão como função do volume.
ção cujo domínio tenha dois elementos e a imagem tenha três
elementos? Nos Exercícios 61-66, sejaf (x) a função cujo gráfico está dado na
Nos Exercícios 40-48, encontre o domínio e a imagem da função. Figura 27.

40. f(x) = -X 41. g(t) = t4


42. f (x) =x3 43. g(t) =~
l
44. f (x) = lxl 45. h(s) = -
s
1
46. f (x) =2 47. g(t) = J2 + t2
X
2 3 4
1
48. g(t) = cos t FIGURA 27

Nos Exercícios 49-52, encontre o intervalo no qual a função é cres- 61. Quais são o domínio e a imagem de f (x)?
cente.
62. Esboce os gráficos def (x + 2) ef (x) + 2.
49. f(x) = lx + 11 50. f(x) =i
63. Esboce os gráficos def (2x),f(~ x) e 2f(x).
1
51. f(x) =x4 52. f(x)=- -
x2 +1 64. Esboce os gráficos def(-x) e-f(-x).

Nos Exercícios 53-58, encontre os zeros da função e trace seu gráfico 65. Estenda o gráfico def(x) até [-4, 4] de tal modo que resulte uma
esboçando pontos. Use informações de simetria e de crescimento/de- função par.
crescimento quando for apropriado.
66. Estenda o gráfico def(x) até [-4, 4] de tal modo que resulte uma
53. f(x)=x 2 - 4 54. f (x) = 2x 2 - 4 função ímpar.

55. f(x) =x3 - 4x 56. f(x) = x3 67. Suponha quef (x) tenha domínio [4, 8] e imagem [2, 6]. Quais
1 são o domínio e a imagem de:
57. f(x)=2-x 3 58. f(x) =
(x - 1) 2 + 1 (a) f (x) + 3 (b) f (x + 3)
12 CÁLCULO

(e) f (3x) (d) 3/ (x) y

68. Seja f (x) = i. Esboce os gráficos das funções seguintes no


intervalo [- 2, 2]:
(a) f(x + 1) (b) /(x) + 1
(e) f (5x) (d) 5/(x)

69. Suponha que o gráfico def(x) = sen x seja comprimido horizon-


talmente por um fator 2 e então transladado 5 unidades para a
direita. FIGURA 29

(a) Qual é a equação do novo gráfico?


73. Defina/(x) como o maior dentre x e 2 - x. Esboce o gráfico de
(b) Qual é a equação se primeiro transladarmos por 5 e depois com- f(x) . Quais são o donúnio e a imagem? Expressef(x) em termos
primirmos por 2? da função valor absoluto.
(e) mConfira suas respostas fazendo o gráfico das equações. 74. Para cada curva na Figura 30, decida se é simétrica em relação ao
eixo y, à origem, ambos, ou nenhum desses.
70. A Figura 28 mostra o gráfico def(x) = lxl + 1. Combine as fun-
ções (a)-(e) com seus gráficos (i)-(v).
(a) f(x - 1) (b) -f(x) (e) -f(x) + 2
(d) f (x - 1) - 2 (e) f(x + 1)

y y y
3 3 3
(A) (B)
2 2 2

-+--+--+--+-+-<c-+-X-+--+--+--+--+-+-+-X-+--+--+--'1,-+-,i<-+-X y y
-3 -2 -!..1 1 2 3 -3 -2 -!..1 1 2 3

y=f(x)= lxl+ 1 (i) (ii)


~x~x

y y y
(C) (D)
3 3
2 2 FIGURA 30

1 2 3 - 3 - 2 -!._l 1 2 3
75. Mostre que a soma de duas funções pares é par e que a soma de
duas funções ímpares é ímpar.
-2
-3 76. Suponha que f (x) e g(x) sejam ambas pares. Quais das funções
(iii) (iv) (v)
seguintes são pares? Quais são ímpares?
FIGURA 28 (a) f (x) g(x) (b) f(x)3

(d) f (x)
(e) f (x) - g(x)
71. Trace o gráfico de/(2x) ef(½ x), ondef(x) = lxl + 1 (Figura g(x)
28).
77. Dê um exemplo de uma curva que seja simétrica tanto em relação
72. Encontre a função f (x) cujo gráfico é obtido transladando a pa- ao eixo y quanto à origem. Pode o gráfico de uma função ter essas
rábola y = x2 três unidades para a direita e quatro unidades para duas simetrias? Sugestão: prove algebricamente que f (x) = Oé a
baixo, como na Figura 29. única função com tais simetrias.

Compreensão adicional e desafios


78. Demonstre a desigualdade triangular somando as duas desi- 79. Mostre que se r = a/b é um número racional dado por uma fra-
gualdades ção irredutível, então r tem uma expansão decimal finita se, e
somente se, b = 2•5mcom n, m naturais. Sugestão: observe que
- lal :'.S a :'.S la l, - lbl :'.S b :'.S lbl r tem uma expansão decimal finita se 1ONr é um inteiro, para
algum N ~ O(e portanto b divide 10\
CAPÍTULO 1 Revisão de pré-cálculo 13

80. Seja p = PI .. . Ps um inteiro com dígitos PI , ... , Ps- Mostre 81. ~ Uma função f (x) é simétrica em relação à reta vertical
que x = a sef(a -x) =f(a +x).
p
- - =0,Pl ···Ps (a) Trace o gráfico de uma função que é simétrica em relação a
10s -1
x=2.
2
~:: isso para encontrar a expansão decimal de r =
11. Observe (b) Mostre que sef(x) é simétrica em relação ax = a, então g(x) =
f(x + a) é par.
2 18
r = - = -2- - 82. ~ Formule uma condição paraf (x) ser simétrica em relação
11 10 -1
ao ponto (a, 0) no eixo x.

1.2 Funções lineares e quadráticas


As funções lineares são as mais simples de todas as funções e seus gráficos (retas) são as
mais simples de todas as curvas. Contudo, as funções lineares e as retas desempenham um
papel extremamente importante no Cálculo. É importante, por isso, conhecer detalhada-
mente as propriedades básicas das funções lineares, bem como as diferentes maneiras de
escrever a equação de uma reta.
Recordemos que uma função linear é uma função do tipo

1/ (x) = mx + b (me b constantes) 1

y O gráfico de/ (x) é uma reta de inclinação me, como/ (0) = b, o gráfico intersecta o eixo
y no ponto (O, b) (Figura 1). O número b é o ponto de corte da reta com o eixo y e dizemos
y =mx+b
que a equação y = mx + b da reta está na forma inclinação-corte.
Usamos os símbolos 1::ix e /::i y para denotar a variação (ou incremento) em x e y =f (x)
ao longo do intervalo [x1, x2] (Figura 1):

11::ix = x2 -x,,
c-;-i
L::.E.J A inclinação m da reta é a razão

1::iy variação vertical elevação


m- - - -------
FIGURA 1 A inclinação m é a razão - l::ix - variação horizontal avanço
"elevação sobre avanço".
Isso segue da fórmula y = mx + b:

l::iy Y2 - YI (mx2 + b) - (mx1 + b) m(x2 - x1)


----=m
1::ix x2 - x 1 x2-x1 x2-x1

A inclinação m mede a taxa de variação de y em relação a x. De fato, escrevendo

l::iy = mfix
vemos que um incremento de uma unidade em x (ou seja, fix = 1) produz uma varia-
ção de m unidades fiy em y. Por exemplo, sem = 5, então y aumenta cinco unidades
por unidade de aumento de x. A interpretação da inclinação como taxa de variação é
de importância fundamental no Cálculo. Na Seção 2.1, discutiremos isso com mais
detalhes.
Graficamente, a inclinação m mede a declividade da reta y = mx + b. A Figura 2(A)
mostra retas de diversas inclinações m. Observe as propriedades seguintes:
14 CÁLCULO

• Declividade: quanto maior o valor absoluto 1ml, maior a declividade da reta.


• Inclinação negativa: se m < O, a reta apresenta um declive da esquerda para a
direita.
• f(x) = mx + b é estritamente crescente sem> Oe estritamente decrescente sem< O.
• A reta horizontal y = b tem inclinação m = O [Figura 2(B)].
• A reta vertical tem equação x = e, onde e é uma constante. Informalmente, a in-
clinação de uma reta vertical é "infinita", de modo que não é possível escrever a
equação de uma reta vertical na forma inclinação-corte y = mx + b.

y y
x=c
-1 -2 -5 5 2 (inclinação infinita)

b ----<P-,p---y =b
(inclinação O)

-+------+-----X
e
(A) Retas por P de diversas inclinações. (B) Retas horizontal e vertical por P.
FIGURA 2

'ij 150 + ······...............,........................,.......................;,. ADVERTtNCIA: Muitas vezes os gráficos são traçados utilizando escalas diferentes

] para os eixos x e y. Isso é feito para manter os tamanhos desses gráficos dentro do
e razoável. Contudo, quando as escalas são diferentes, as retas não aparecem com sua
~ 125 + .....................,.....................,, verdadeira inclinação.
]
100.,..._--+---+--+---~ A escala é especialmente importante nas aplicações porque a declividade de um
2000 2001 2002 2003 2004 gráfico depende da escolha de unidades para os eixos x e y. Podemos criar impressões
subjetivas muito distintas com uma mudança de escala. A Figura 3 mostra o cresci-
300
mento dos lucros de uma companhia ao longo de um período de quatro anos. Os dois
,...._ 275
j 250
gráficos transmitem a mesma informação mas o gráfico de cima faz esse crescimento
] 225 parecer mais dramático.
5 200 Em seguida, vamos rever a relação entre as inclinações de retas paralelas e perpendi-
';;; 175 culares (Figura 4):
§ 150
j
125 • Retas de inclinações m1 e m2 são paralelas se, e somente se, m1 = m2•
100-i-=::;_-+----+--+--~ • Retas de inclinações m1 e m2 são perpendiculares se, e somente se, m1 = - l/m2
2000 2001 2002 2003 2004
(ou m 1mz = - 1).
FIGURA 3 Crescimento de lucros
corporativos.
y y
. linaçao=
me - --;;;
l
inclinação = m

/2~·- inclinação = m

FIGURA 4 Retas paralelas e


1/
--i--------x --,>---------X

perpendiculares. (A) Retas paralelas (B) Retas perpendiculares


CAPÍTULO 1 Revisão de pré-cálculo 15

Como já mencionamos, é importante conhecer bem as diferentes maneiras de escre-


ver a equação de uma reta. A equação linear geral é

1 ax+by=c 1 [I]

y em que a e b não são ambos zero. Para b = O, isso dá a reta vertical ax =e.Quando b-::!- O,
podemos reescrever (1) na forma inclinação-corte. Por exemplo, -6x + 2y = 3 pode ser
ai-ai reescrita como y = 3x + l
(a1 , b1) i Freqüentemente utilizamos duas outras formas, a ponto-inclinação e a ponto-ponto.
Dados um ponto P = (a, b) e uma inclinação m, a equação da reta pelo ponto P com incli-
1 b2-b1
nação m é y - b = m(x - a). Analogamente, a reta por dois pontos distintos P = (ai , bi )
e Q = (a2, b2) tem inclinação (Figura 5)
(ai, b~
---+-----"<-----X
b2 -bi
m=---
a2 - a ,
FIGURA 5 A inclinação da reta
Portanto, podemos escrever sua equação como y - b, = m (x - a,).
entre?= (ai,bi ) eQ = (a2 ,b2)é
b2 -bi
m= - -.
a2 - a i
Equações para retas
1. Forma ponto-inclinação: A reta por P = (a, b) com inclinação m tem equação

1y - b = m(x - a) 1

2. Formaponto-ponto:AretaporP = (a , , b, ) eQ = (a2, b2)temequação


b2 -bi
ondem=---
a2-ai

y • EXEMPLO 1 Reta de inclinação dada por um ponto dado Encontre a equação da reta por
(9, 2) de inclinação -l
y=- ±-x+S Solução Podemos escrever a equação diretamente em forma ponto-inclinação:
3

2
P= (9, 2) y - 2= - - (x - 9)
2 3

9 Na forma inclinação-corte: y = - j (x - 9) + 2 ou y = - j x + 8. Ver Figura 6. •


FIGURA 6 A reta por P = (9, 2) de
. linaçao
me - m = - 2. • EXEMPLO 2 Reta por dois pontos Encontre a equação da reta[, por (2, 1) e (9, 5).
3
Solução A reta [, tem inclinação

Como (9, 5) é um ponto de C, sua equação é y - 5 = $(x - 9).



ENTENDIMENTO CONCEITUAL Podemos definir os incrementos ll.x e ll.y ao longo do
intervalo [x,, x2] para qualquer função f (x) (linear ou não) mas, em geral, a razão
ll.yl ll.x depende do intervalo. A propriedade característica de uma função linear
f(x) = mx + b é que ll.ylll.x tem o mesmo valor m para cada intervalo (Figura 7).
16 CÁLCULO

Em outras palavras, y tem uma taxa de variação constante em relação a x. Podemos


usar essa propriedade para testar se duas quantidades estão relacionadas por uma
equação linear (ver Exemplo 3).

Gráfico de uma função linear. Gráfico de uma função não-


A razão tiy/1:i.x é a mesma linear. A razão ti y /tix varia,
em qualquer intervalo. dependendo do intervalo.
FIGURA 7

TABELA 1
• EXEMPLO 3 Testando para uma relação linear A Tabela 1 dá a medição da pressão P
de um gás em temperaturas T diferentes. Esses dados sugerem uma relação linear entre
Pressão Pe T?
Temperatura (ºF) (libras/pol2 )
70 187,42 Solução Calculamos D.P em pontos de dados sucessivos e conferimos se essa razão é
D.T
75 189 constante:
85 192,16
100 196,9
110 200,06 t:,.P
(T1, P1) (h P2) -
t:,.T

189 - 187,42
(70; 187,42) (75; 189) =0,316
Dados experimentais reais dificilmente 75-70
revelam linearidade perfeita, mesmo
se os pontos de dados estiverem, 192,16- 189
(75; 189) (85; 192,16) = 0,316
essencialmente, numa reta. O método 85- 75
de regressão linear é utilizado para
encontrar a função linear que melhor 196,9 - 192,16
(85; 192,16) (100; 196,9) = 0,316
se ajusta aos dados. 100- 85
200,06- 196,9
(100; 196,9) ( l l O; 200,06) = 0,316
110-100

Como D.PI D.T tem o valor constante 0,316, os pontos de dados estão numa reta de incli-
nação 0,316 (isso é confirmado pelo esboço na Figura 8). A reta passa pelo primeiro ponto
de dados (70; 182,42), de modo que sua equação em forma ponto-inclinação é
250

~
"'
200
150
P - 187,42 = 0,361(T- 70)

~
S 100 Uma função quadrática é uma função definida por um polinômio quadrático
Q.,
50
f (x) = ax 2 + bx + e (a, b, e constantes, com a -:f. O)
20 40 60 80 100 120 140
T (temperatura) O gráfico de f (x) é uma parábola (Figura 9). A parábola abre para cima se o coeficiente
FIGURA 8 A reta pelos pontos dos dominante a for positivo e para baixo se a for negativo. O discriminante de f (x) é a
dados de pressão-temperatura. quantidade
CAPfTULO 1 Revisão de pré-cálculo 17

D= b2 -4ac

As raízes def (x) são dadas pela fórmula quadrática ou de Bhaskara (ver Exercício 56):

-b ± ./b2 -4ac -b ± Jl5


Raízes de f(x) = 2a = 2a

O sinal de D determina sef(x) tem ou não tem raízes reais (Figura 9). Se D> O, entãof(x)
tem duas raízes reais e, se D = O, tem uma raiz real (uma "raiz dupla"). Se D < O, então
Jl5 é imaginário ef (x) não tem raízes reais.

Duas raízes reais Raízes duplas Nenhuma raiz real Duas raízes reais
a>0eD>0 a >0eD=0 a>0eD<0 a<0eD >0
FIGURA 9

Quandof (x) tem duas raízes reais ri e r2, então f (x) pode ser fatorado como

f(x) = a(x - ri)(x - r2)

Por exemplo, f (x) = 2x 2 - 3x + 1tem discriminante D = b2 - 4ac = 9 - 8 = 1 > Oe,


pela fórmula quadrática, suas raízes são (3 ± 1)/4, ou 1 e Portanto, l
f (x) = 2x 2 - 3x + 1 = 2(x - 1) ( x - ~)

A técnica de completar o quadrado consiste em escrever um polinômio quadrático


como um múltiplo de um quadrado mais uma constante:

ax 2 + bx + e = a ( x + -b )2 + -
4ac - b
--
2

2a 4a
'-,-''-,-'
Termo quadrático Constante

Não é necessário memorizar essa fórmula, mas é importante saber como executar um
completamento de quadrado.

Os textos cuneiformes escritos em • EXEMPLO 4 Completando o quadrado Complete o quadrado do polinômio quadrático
placas de argila mostram que o método 4x 2 - l2x + 3.
de completar o quadrado era conhecido
dos matemáticos babilônicos da
Solução Primeiro fatoramos o coeficiente dominante:
antigüidade que viveram há cerca de
4000 anos.
2
4x - l2x +3 = 4 (x 2
- 3x + i)
Depois completamos o quadrado para o termo x 2 - 3x:

b2 9
4' 4
18 CÁLCULO

Desse modo,

O método de completar o quadrado pode ser usado para encontrar o valor mínimo ou
y máximo de uma função quadrática.

• EXEMPLO 5 Encontrando o mínimo de uma função quadrática Complete o quadrado e en-


contre o valor mínimo da função quadrática f (x) = x 2 - 4x + 9.

Solução Temos
Esse termo é :e'. O
---+----+-----X ,-"--,
f (x) = x 2 - 4x + 9 = (x - 2) 2 - 4 + 9 = (x - 2)2
2
+5
FIGURA 10 O gráfico de
=
f(x) x 2 -4x +9. Assim, f (x) :::: 5 para cada x e o valor mínimo de f (x) é f (2) = 5 (Figura 10).

1.2 RESUMO
• Uma função da formaf(x) = mx + b é denominada função linear.
• A equação geral de uma reta é ax + by =e.A reta y = e é horizontal ex= e é ver-
tical.
• Há três maneiras convenientes de escrever a equação de uma reta não-vertical:

- Forma inclinação-corte: y = mx + b (inclinação me corte b com o eixo y)


- Forma ponto-inclinação: y - b = m(x - a) [inclinação m, passa por (a, b)]
- Forma ponto-ponto: a reta pelos dois pontos P = (a1 , b1) e Q = (a2, b2) tem in-
b2 -bi
dinação m = - - - e equação y - b1 = m(x - a1).
a2 -a1
• Duas retas de inclinações m I e m2 são paralelas se, e somente se, m 1 = m2 e são per-
pendiculares se, e somente se, m 1 = -1 / m2.
• As raízes da função quadrática f(x) = ax 2 + bx + e são dadas pela fórmula quadrá-
tica x = (-b ± ,./i5) /2a, onde D = b2 - 4ac é o discriminante. As raízes são reais se
D> Oe complexas (com parte imaginária não-nula) se D< O.
• A técnica de completar o quadrado consiste em escrever uma função quadrática como
um múltiplo de um quadrado mais uma constante.

1.2 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Qual é a inclinação da reta y = -4x - 9? 4. Seja y = 3x + 2. Quanto é t:.y se x tiver um acréscimo de 3?

2. As retas y = 2x + l e y = -2x - 4 são perpendiculares? 5. Qual é o mínimo de f (x) = (x + 3)2 - 4?

3. Quando é a reta ax + by = e paralela ao eixo y? E ao eixo x? 6. Qual é o resultado de completar o quadrado de f(x) = x 2 + l?
CAPfTULO 1 Revisão de pré-cálculo 19

Exercícios
y
Nos Exercícios 1-4, encontre a inclinação, o corte com o eixo y e o
corte com o eixo x da reta de equação dada.

1. y = 3x + 12 2. y=4-x

3. 4x+9y = 3 4. y - 3 = ½<x - 6)
Nos Exercícios 5-8, encontre a inclinação da reta. ---+----+---- x
a
5. y = 3x+2 6. y = 3(x - 9) + 2
X y
7. 3x +4y = 12 8. 3x+4y= -8 FIGURA 12 A reta de equação - + - = 1.
a b
Nos Exercícios 9-20, encontre a equação da reta com a descrição
23. Encontre a equação da reta que corta o eixo x em x = 4 e o eixo y
dada.
emy= 3.
9. Inclinação 3, corta em 8 o eixo y
24. Uma reta de inclinação m = 2 passa por (1 , 4). Encontre y tal que
10. Inclinação - 2, corta em 3 o eixo y (3, y) esteja na reta.

11. Inclinação 3, passa por (7, 9) 25. Determine se existe alguma constante c tal que a reta x + cy = l
(a) tenha inclinação 4 (b) passe por (3, l)
12. Inclinação - 5, passa por (0, 0)
(c) seja horizontal (d) seja vertical
13. Horizontal, passa por (0, -2)
26. Suponha que o número N de entradas de um concerto que po-
14. Passa por ( -1 , 4) e (2, 7) dem ser vendidas a um preço de P dólares por entrada seja uma
função linear N(P) para 10 ~ P ~ 40. Determine N(P) (deno-
15. Paralela a y = 3x - 4 e passa por (l, l) minada função demanda) se N(IO) = 500 e N(40) =O. Qual é o
decréscimo !;,,N no número de entradas vendidas se o preço for
16. Passa por(l , 4)e(l2, -3) aumentado em /;,,P = 5 dólares?

17. Perpendicular a 3x + 5y = 9 e passa por (2, 3) 27. O calor expande os materiais. Considere uma barra de metal de
comprimento lo a uma temperatura To. Se a temperatura variar
18. Vertical e passa por (-4, 9) por uma quantidade /;,,T, então o comprimento do bastão varia
/;,,l = alo/;,,T, onde a é o coeficiente de expansão termal. Para
19. Horizontal, passa por (8, 4)
O aço, a= l ,24 X 10-S ºC- 1.

20. Inclinação 3, corta em 6 o eixo x (a) Um bastão de aço tem comprimento lo = 40 cm a To = 40ºC.
Qual é o comprimento a T = 90ºC?
21. Encontre a equação do bissetor perpendicular do segmento li-
(b) Encontre seu comprimento a T = 50°C se seu comprimento a
gando (1 , 2) e (5, 4) (Figura 11). Sugestão: o ponto médio Q do
To = IO0ºC for 65 pol.
segmento ligando (a, b) a (c, d) é ( -a+c- , -b+d)
- . (c) Expresse o comprimento l como uma função de T se lo= 65
2 2
pol a To = IO0ºC.

,X )
y Bissetor 28. Os pontos (0,5; l), (l; 1,2) e (2; 2) estão num reta?
perpendicular
29. Encontre b tal que (2, - 1), (3, 2) e (b, 5) estejam numa reta.

30. Encontre uma expressão para a velocidade v como função de t


que combine com a tabela seguinte.

--------x t (s) o 2 4 6
v (m/s) 39,2 58,6 78 97,4
FIGURA 11

31. Foi medido o período T de vários pêndulos de comprimentos l


22. Forma corte-corte Mostre que a reta de corte x = a com o
diferentes. Baseado nos dados a seguir, T parece ou não ser uma
eixo x e y = b com o eixo y tem equação (Figura 12)
função linear de l ?
:: + r = i l (pés) 2 3 4 5
a b
T (s) 1,57 1,92 2,22 2,48
20 CÁLCULO

32. Mostre que f (x) é linear de inclinação m se, e somente se, 49. Quando suspendemos objetos de pesosxe w1na balançada Fi-
gura 13(A), o travessão da balança está horizontal se bx = aw1.
f (x + h) - f (x) = mh (para quaisquer x eh) Se os comprimentos a e b forem conhecidos, podemos usar
essa equação para determinar um peso desconhecido x selecio-
33. Encontre as raízes dos polinômios quadráticos: nando w I de tal maneira que o travessão esteja horizontal. Se
(a) 4x2 - 3x - I (b) x2 - 2x - I a e b não forem conhecidos precisamente, podemos proceder
como segue. Primeiro equilibramos x por w I à esquerda como
Nos Exercícios 34-41, complete o quadra,do e encontre o valor míni- em (A). Em seguida, trocamos de lado e equilibramos x por
mo ou máximo da função quadrática.
w2 à direita como em (B). A média i = i ( w1 + w2) dá uma
34. y = x2 +2x +5 35. y = x2 - 6x + 9 estimativa para x. Mostre que i é maior do que ou igual ao
verdadeiro peso de x.
36. y = - 9x 2 + x 37. y = x2 + 6x + 2

38. y = 2x 2 - 4x - 7 39. y = - 4x 2 + 3x + 8
a b
40. y = 3x 2 + 12x - 5 41. y = 4x - 12x2

42. Trace o gráfico de y = x2 - 6x + 8 esboçando as raízes e o pon-


to mínimo.
X

43. Trace o gráfico de y = x2 + 4x + 6 esboçando o ponto míni-


mo, o ponto de corte com o eixo y e mais algum outro ponto. (A) (B)

44. Se, numa população, os alelos A e B do gene da fibrose cística FIGURA 13


ocorrem com freqüências p e 1 - p (onde p é uma fração entre
Oe 1), então a freqüência de portadores heterozigotos (que têm 50. Encontre números x e y cuja soma é 10 e o produto é 24. Suges-
ambos alelos) é 2p(l - p). Qual valor de p dá a maior freqüência tão: encontre um polinômio quadrático satisfeito por x.
de portadores heterozigotos?
51. Encontre um par de números cuja soma e produto sejam, ambos,
45. A função f(x) = x2 + ex + Item uma raiz dupla para quais iguais a 8.
valores de e? E nenhuma raiz real?
52. Mostre que o gráfico da parábola y = x2 consiste em todos pon-
46. ~ Sejamf(x) uma função quadrática e e uma constante. Qual tos P tais que d1 = d2, onde d1 é a distância de P a (O, ¼)e d2 é a
afirmação está correta? Explique graficamente. distância de P à reta horizontal y = -¼ (Figura 14).
(a) Existe um único valor de e tal que x = f (x) - e tem uma raiz
dupla.
y
(b) Existe um único valor de e tal que x = f (x - e) tem uma raiz
dupla. y=x1
I
47. Prove que x + - ::: 2 para cada x > O. Sugestão: considere
X
(x l/2 _ x-1 /2)2.

48. Sejam a, b > O. Mostre que a média geométrica JaE não é maior
1
ª
· ' · -+-.
do que a me'd'1a aritmética b Sugestao:
- use uma vanaçao
· - da 4
2
sugestão dada no Exercício 47. FIGURA 14

Compreensão adicional e desafios


53. Mostre que sef(x) e g(x) forem lineares, entãof(x) + g(x) tam- 57. Sejam a, e -:t- O. Mostre que as raízes de ax 2 + bx + e Oe
bém é. Vale o mesmo paraf(x) g(x)? cx 2 + bx + a = Osão recíprocas uma da outra.

54. Mostre que sef(x ) e g(x) forem funções lineares tais quef(O) = 58. Complete o quadrado para mostrar que as parábolas y = ax 2 e
g(O) ef(l) = g(l), entãof(x) = g(x). y = ax 2 + bx + e têm o mesmo formato (mostre que a segunda
55. Mostre que a razão 6.y/6.x da função f (x) = x2 não é constante parábola é congruente à primeira por meio de translação verti-
ao longo do intervalo [x1, x21 pois depende do intervalo. Deter- cal e horizontal).
mine exatamente como 6.y/6.x depende de XJ e x2.
59. Demonstre as fórmulas de Viete, que afirmam que o polinô-
56. Use a Equação (2) para deduzir a fórmula quadrática das raízes mio quadrático que tem raízes dadas pelos números a e /3 é
de ax 2 + bx + e = O. x 2 + bx + e, onde b = - a - f3e c = a/3.
CAPfTULO 1 Revisão de pré-cálculo 21

1.3 Classes básicas de funções


Seria impossível (e inútil) descrever todas as possíveis funções! (x). Como os valores
de uma função podem ser dados arbitrariamente, uma função escolhida aleatoriamente
seria provavelmente tão complicada que não saberíamos nem traçar seu gráfico nem
descrevê-la de alguma maneira razoável. No entanto, o Cálculo não tenta tratar com
todas funções possíveis. As técnicas do Cálculo, mesmo poderosas e gerais como são,
aplicam-se somente a funções que sejam suficientemente "bem comportadas" (quando
estudarmos a derivada no Capítulo 3, veremos o que significa bom comportamento).
Felizmente, tais funções são adequadas para uma grande variedade de aplicações. Neste
texto, tratamos principalmente com as seguintes classes de funções bem comportadas,
importantes e conhecidas:

polinômios funções racionais funções algébricas


funções exponenciais funções trigonométricas

• Polinômios: para qualquer número real m, a função f(x) = xm é denominada


função potência de expoente m. Um polinômio é a soma de múltiplos de fun-
ções potência de expoentes naturais (Figura 1):
y

f(x) = x5 - 5x 3 + 4x, g(t) = 7t 6 + t 3 - 3t - 1


5

Assim, a função f (x) = x + x- 1 não é um polinômio pois inclui uma função potên-
cia x- 1de expoente negativo. O polinômio geral na variável x pode ser escrito

FIGURA 1 O polinômio - Os números ao, a1, . . . , an são denominados coeficientes.


y = x 5 - 5x 3 + 4x. - O grau de P(x) é n (supondo que an -:t O).
- O coeficiente an é denominado coeficiente dominante.
- O domínio de P(x) é R.

y
• Funções racionais: uma função racional é o quociente de dois polinômios (Fi-
gura 2):
5

f(x) = P(x) [P(x) e Q(x) polinômios]


Q(x)

Cada polinômio é, também, uma função racional [com Q(x) = 1]. O domínio de uma
-2 - raciona
funçao · 1Q p (x)
(x) e' o conJunto
· de numeros
' · que Q(x ) -:t O. Por exemp1o,
x tais

-3 1
f(x) =2 domínio {x : x "# O}
X
FIGURA 2 A função racional
x+I 7t 6 + t 3 - 3t - 1
f(x ) = --,---.
x 3 -3x + 2
h(t) = t2 - 1
domínio {t : t -:t ±1}
22 CÁLCULO

y • Funções algébricas: uma função algébrica é obtida quando tomamos somas, pro-
dutos e quocientes de raízes de polinômios e funções racionais (Figura 3):

z + z-5/3
g (t) = (./i - 2) - 2 , h(z ) = 5z3 --vr;z
------+----'+-X Um número x pertence ao domínio de f se cada expressão na fórmula de f estiver
-2 2
definida e o resultado não envolver divisão por zero. Por exemplo, g(t) acima está
FIGURA 3 A função algébrica definida se t :::: O e ,Jt # 2, portanto o domínio de g(t) é D = {t : t :::: Oe t # 4}.
f(x) = J1+ 3x 2 - x4 . Mais geralmente, as funções algébricas são definidas por equações polinomiais
entre x e y. Nesse caso, dizemos que y está definido implicitamente como função
de x. Por exemplo, a equação y4 + 2x 2 y + x 4 = 1define y implicitamente como
função dex.
• Funções exponenciais: a função f (x ) = bX, onde b > O, é denominada função
exponencial de base b. Alguns exemplos são

A função f (x) = bx é crescente se b > 1 e decrescente se b < 1 (Figura 4). A inver-


sa de f (x ) = bx é a função logaritmo y = logb x. Essas função serão estudadas
detalhadamente no Capítulo 7.

y y

FIGURA 4 Funções exponenciais. f (x) = bX com b > 1 f (x) = bXcom b < 1

Qualquer função que não seja • Funções trigonométricas: as funções construídas a partir de sen x e cos x são
algébrica é chamada "transcendente". denominadas funções trigonométricas. Essas funções serão discutidas na próxi-
As funções exponenciais e
trigonométricas constituem exemplos. ma seção.
Outras funções transcendentes,
como a função gama e as funções
de Bessel, ocorrem em aplicações Construindo novas funções
avançadas à Física, Engenharia e
Estatística. A palavra "transcendente" Se f e g são funções, podemos construir funções novas formando as funções soma, dife-
para descrever funções desse tipo foi rença, produto e quociente:
utilizada nos anos 1670 por Gottfried
Wilhelm Leibniz (1646-1716). (f + g )(x) = f(x ) + g(x) , (f - g) (x ) =f (x) - g(x)

(fg) (x ) = f(x ) g(x), [_ ) (x )


( g
= f (x ) (onde g(x) "# O)
g(x)

Por exemplo, se f (x ) = x 2 e g(x) = sen x, então


(f + g)(x) = x 2 + sen x, (f - g )(x) = x2 - sen x

(fg) (x) = x 2 sen x, (!)


-
g
(x)= -
x2
sen x
CAPfTULO 1 Revisão de pré-cálculo 23

Também podemos multiplicar funções por constantes. Uma função do tipo

c1 f (x) + c2g(x) (c1, c2 constantes)

é denominada uma combinação linear def (x) e g(x).


A composição é uma outra maneira importante de construir funções novas. A compo-
sição de f e g é a função f o g, definida para os valores de x do domínio de g tais que g(x)
esteja no domínio de f

• EXEMPLO 1 Calcule as funções compostas f og eg o f e discuta seus domínios,


sendo

f(x) = ,/x, g(x) =1- X

O Exemplo 1 mostra que a composição Solução Temos


de funções não é comutativa: as
funções f o g e g o f podem ser (f o g)(x) = f(g(x)) = f(l -x) = Jf=x
diferentes.

A raiz quadrada Jf='x está definida se 1 - x :::: Oou se x :S 1, portanto o domínio de


f o g é {x : x :s 1 }. Por outro lado,

(g o f)(x) = g(f(x)) = g(,/x) = 1 - ,/x

O domínio de g o f é {x : x :::: O}.



Funções elementares
Revisamos algumas das funções mais básicas e conhecidas da Matemática. Todas essas
funções podem ser encontradas em qualquer calculadora científica. Funções novas podem
As funções inversas serão discutidas ser produzidas usando as operações de adição, multiplicação e divisão, bem como compo-
1na Seção 7.2. sição, extração de raízes e também tomando inversas. É conveniente nos referirmos a uma
função construída dessa maneira a partir das funções básicas listadas anteriormente como
uma função elementar. As funções seguintes são elementares:

1 +x- 1
f(x) = J2x + sen x, f(x) = 10Jx , f(x) = -1-+ -co_s_x

1.3 RESUMO
• Para qualquer número real m, a função f (x) = x 111 é denominada função potência de
expoente m. Um polinômio P(x) é uma soma de múltiplos de funções potência x 111, onde
m é um número natural:

Esse polinômio tem grau n (supondo que an-:;:. O) e a11 é denominado coeficiente domi-
nante.
• Uma função racional é um quociente P(x)/Q(x) de dois polinômios.
• Uma função algébrica é produzida tomando somas, produtos e raízes enésimas de poli-
nômios e funções racionais.
• Funções exponenciais: f(x) = bX, onde b > O(b é denominada base).
• A função composta f o g é definida por f o g(x) = f( g(x)). O domínio de f o g é o
conjunto dos x do domínio de g tais que g(x) pertença ao domínio def
24 CÁLCULO

1.3 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Dê um exemplo de uma função racional. 4. Seráf(x) = (½tcrescenteoudecrescente?

2. Será lxl uma função polinomial? E lx 2 + II? 5. Dê um exemplo de uma função transcendente.
3. O que tem de incomum o domínio de f o g para f(x) = x 112 e
g(x) = -1 - lxl?

Exercícios
Nos Exercícios 1-12, determine o domínio da função. 26. Mostre que f(x) = x2 + 3x- 1 e g(x) = 3x 3 - 9x + x- 2 são
funções racionais (mostrando que cada uma é um quociente de
1. f(x) = xl/4 2. g(t) = t 213 polinômios).

3. f (x) = x 3 + 3x - 4 4. h(z) = z3 + z- 3 Nos Exercícios 27-34, calcule as funções compostas f o g e g o f,


I 1 determinando seus domínios.
5• g(t) = t +2 6. f(x) = x2 +4
27. f (x) = .Jx, g(x ) = x +l
1 .Jx I
7. G(u) = u2 -4 8. f(x) = x2 -9 28. f(x) = -, g(x) = x- 4
X

9. f (x) = x-4 + (x - 1)-3


29. f(x)=2x, g(x)=x2
10. F(s) = sen ( -
s -)
s+l
30. f(x) = lx l, g(0) = sen 0
x+x- 1
11. g(y) = 10~+y-l 12. f(x) = +
(x _ 3)(x 31. f( 0) = cos 0, g(x) = x 3 + x 2

Nos Exercícios 13-24, identifique cada uma das funções como polino- I
32. f (x) = x2 + , g(x) = x-2
mial, racional, algébrica ou transcendente. 1
1
13. f (x) = 4x 3 + 9x 2 - 8 14. f (x) = x-4 33. f (t) = ..fi' g(t) = -t2
15. f (x) = .Jx 16. f ( x ) = ~
34. f (t) = .,fi, g(t) = l - t 3
x2
17. f (x) =- -- 18. f(x) = 2x 35. A população (em milhões) de um país como função do tempo t
x + senx
(anos) é P(t) = 30 . 2kt, com k = 0,1. Mostre que a população
2x 3 + 3x 3x -9x- l/Z dobra a cada 10 anos. Mais geralmente, mostre que para quais-
19. f (x) = 9 - 7x2 20. f(x) = 9 - 7x2 quer constantes não-nulas a e k, a função g(t) = a2kt duplica a
X cada 1/k anos.
21. f (x) = sen(x 2) 22. f(x) =~
vx+ 1 36. Encontre todos os valores de c para os quais o domínio de
23. f (x) = x 2 + 3x- 1 24. f (x) = senW) x +I
f(x) = x2 + 2cx + 4 seja R.
25. Será f (x) = 2x 2 uma funçao
-
transcendente?

Compreensão adicional e desafios


Nos Exercícios 37-43, definimos a diferença primeira ô f de uma fun- 40. As diferenças primeiras podem ser usadas para deduzir fórmulas
ção f (x) por ô f (x) = f(x + 1)- f(x). para a soma de potências k-ésimas. Suponha que saibamos encon-
trar uma função P(x) tal que ô P = (x + 1/ e P(O) =O.Prove que
37. Mostre que se f(x) = x2, então ôf(x) = 2x + l. Calcule ôf P ( 1) = 1k, P (2) = l k + 2k e, mais geralmente, para qualquer
para f(x) = x e f (x) = x 3. número natural n,

38. Mostre que ô(lOX) = 9 · lOX e, em geral, que ô(bx) = c . bx P(n) = 1k + ik + · · · + nk [I]
para alguma constante c.
. . x(x + 1) .
39. Mostre que ô(f + g) = ôf + ôg e ô(cf) = cô(f), para quais- 41. Mostre pnme1ro que P(x) = 2 satisfaz ôP = (x + 1).
quer duas funções f e g, onde c é uma constante qualquer. Em seguida, aplique o Exercício 40 para concluir que
CAPfTULO 1 Revisão de pré-cálculo 25

I + 2 + 3 + · .. + n = _n (_n_+_ I_) (a) Mostre que


2

42. Calcule ô(x 3), ô(x 2) e ô(x). Então encontre um polinômio P(x)
onde os pontos indicam os termos envolvendo potências menores
de grau 3 tal que ô P = (x + 1)2 e P(O) = O. Conclua que
dex.
(b) Mostre por indução que, para todo número natural k, existe um
polinômio de grau k + 1 com coeficiente dominante 1/(k + 1):
43. Este exercício, combinado com o Exercício 40, mostra que, para
todo k, existe um polinômio P(n) satisfazendo a Equação (1). P(x) = -1- x k+l + · · ·
k+I
A solução requer prova por indução e o teorema binomial (ver
Apêndice C). tal que ôP = (x + 1l e P(O) = O.

1.4 Funções trigonométricas


Começamos nossa revisão de Trigonometria recordando os dois sistemas de medição de
ângulos: radianos e graus. Esses sistemas são melhor descritos usando a relação entre
ângulos e rotação. Como é costume, utilizamos a letra grega minúscula teta, escrita 0, para
denotar ângulos e rotação.

I
/
/
/
,, .,,,..-- -- .... , 0=2ir
' '\
Q
-- ' , 0=!E.
',
\
2
\ \
I 1 1
I 1 1
1
1 +P=Q 'P
1 o
1
\
\

' ' ' .... __ __.,...


(A) (B) (C) (D)

FIGURA 1 A medida em radianos 0 de uma rotação é o comprimento do arco percorrido por P quando roda até Q.

TABELA 1 A Figura l(A) mostra um círculo unitário de raio O P numa rotação anti-horária até
o raio O Q. A medida em radianos 0 dessa rotação é o comprimento do arco circular per-
Medida em
corrido por P quando roda até Q.
Rotação radianos
O círculo unitário tem circunferência 2n. Portanto, uma rotação de um círculo in-
Dois círculos inteiros 4n teiro tem medida em radianos de 0 = 2n [Figura l(B)]. A medida em radianos de uma
Círculo inteiro 2n rotação de um quarto de círculo é 0 = 2n/4 = n/2 [Figura l(C)] e, em geral, a rotação
Meio círculo 1r de um enésimo do círculo tem medida em radianos de 2n/n (Tabela 1). Uma rotação
2n/4 = n/2
negativa (com 0 < O) é uma rotação no sentido horário [Figura l(D)]. Num círculo de
Um quarto de círculo
raio r, o arco percorrido por uma rotação anti-horária de ângulo de 0 radianos tem
Um sexto de círculo 2n/6 = n /3 comprimento 0r (Figura 2).
Agora considere o ângulo L. POQ da Figura l (A). A medida em radianos de L.POQ
é definida como a medida em radianos de uma rotação que leva O P em O Q. Observe
que cada rotação tem uma medida em radianos única, mas a medida em radianos de um
ângulo não é única. Por exemplo, a rotação de um ângulo 0 e 0 + 2n levam, ambas, O P
em O Q. Embora a rotação por 0 + 2n faça uma viagem adicional em tomo do círculo, 0
e 0 + 2n representam o mesmo ângulo. Em geral, dois ângulos coincidem se as rotações
correspondentes diferirem por um múltiplo inteiro de 2n. Por exemplo, o ângulo n/ 4 pode
ser representado por 9n/4 ou -15n/4, já que
FIGURA 2 Num círculo de raio r, o arco
percorrido por uma rotação de ângulo n 9n 15n
- = - - 2n= - - +4n
de eradianos tem comprimento er. 4 4 4
26 CÁLCULO

Radianos Graus Cada ângulo tem uma medida em radianos única satisfazendo O ~ 0 < 2n. Com essa
escolha, o ângulo 0 subentende um arco de comprimento 0r num círculo de raio r.
o Oº Os graus são definidos pela divisão do círculo (não necessariamente o unitário) em
1C
30° 360 partes. Um grau é (1/360)-avo de um círculo. Uma rotação de ângulo 0 graus (denota-
6
do 0º) é uma rotação de fração 0/360 do círculo inteiro. Por exemplo, uma rotação de 90º
1C
45° é uma rotação de fração 90/360, ou ¼de um círculo.
4
1C
Assim como ocorre com radianos, cada rotação tem uma medida em graus única,
60° mas a medida em graus de um ângulo não é única. Dois ângulos coincidem se sua medida
3
1C em graus diferir por um múltiplo inteiro de 360. Cada ângulo tem uma medida em graus
90° única satisfazendo O ~ 0 < 360. Por exemplo, os ângulos -45° e 675º coincidem, pois
2
675 = -45 + 720.
Para fazer a conversão entre radianos (que se abrevia "rad") e graus, lembre que 2n
radianos é igual a 360º. Dessa forma, 1 rad é igual a 360/2n ou 180/n graus.

• Para converter de radianos para graus, multiplique por 180/n.


A medida em radianos costuma ser a • Para converter de graus para radianos, multiplique por n/180.
melhor escolha para fins matemáticos,
mas há boas razões práticas para • EXEMPLO 1 Converta (a) 55º em radianos e (b) 0,5 radianos em graus.
usar graus. O número 360 tem
muitos divisores (360 = 8 · 9 · 5) e, Solução
conseqüentemente, muitas partes 1! 180
fracionárias do círculo podem ser
expressas como um número inteiro
(a) 55º x
180
~ 0,9599 rad (b) 0,5 rad X -
1!
~ 28,648°

de graus. Por exemplo, um quinto do
círculo é 72°, dois nonas é 80º, três Convenção: A menos de menção explícita em contrário, sempre medimos ângulos em
oitavos é 135º, etc. radianos.

As funções trigonométricas sen 0 e cos 0 são definidas em termos de triângulos re-


tângulos. Seja 0 um ângulo agudo num triângulo retângulo e denotemos os lados como na
Hipotenusa
e
Figura 3. Então
b Oposto

0 sen 0 = ~ = oposto cos 0 = ~ = adjacente


a c hipotenusa ' c hipotenusa
Adjacente
FIGURA 3 Uma desvantagem dessa definição é que só faz sentido se 0 estiver entre O e n/2
(porque um ângulo num triângulo retângulo não pode exceder n/2). Contudo, o seno e
o cosseno também podem ser definidos em termos do círculo unitário e essa definição é
válida para todos ângulos. Seja P = (x, y) um ponto no círculo unitário correspondente ao
ângulo 0, como na Figura 4(A). Então definimos:

cos 0 = coordenada x de P, sen 0 = coordenada y de P


Isso está de acordo com a definição por triângulo retângulo quando O < 0 < n/2. Além
disso, vemos na Figura 4(C) que sen 0 é uma função ímpar ecos 0 é uma função par:

sen(-0) = -sen0, cos(-0) = cos 0

FIGURA 4 As definições de seno e


cosseno do círculo unitário são válidas
para todos ângulos 0. (A) (B) (C)
CAPfTULO 1 Revisão de pré-cálculo 27

Embora utilizemos uma calculadora para calcular o seno e o cosseno de ângulos mais
gerais, os valores padrão listados na Figura 5 e Tabela 2 aparecem muito e deveriam ser
memorizados.

FIGURA 5 Quatro ângulos padrão: as


coordenadas x e ydos pontos são cos e
e sene.

TABELA 2

n: n: n: n: 2n: 3n: 5n:


e o -
6
-
4
-
3
-
2 3 4 6
n:

-./2 -v'3 -v'3 -./2


1 1
sen e o - 1 o
2 2 2 2 2 2

-v'3 -./2 o --2 - -./2 - -v'3


1 1
cose 1
2 2
-
2 2 2
- 1

y
I

.....----+-----------,~-----------.t-0
0 2ir
FIGURA 6 O gráfico de y = sen 0 é
gerado quando o ponto percorre o
círculo unitário.

e e
As funções sen ecos são definidas O gráfico de y = sen 0 é a conhecida "onda senoidal" ou, simplesmente, "senóide",
para qualquer número real e e não é mostrada na Figura 6. Observe como o gráfico é gerado pela coordenada y de um ponto
necessário pensar em ecomo sendo que percorre o círculo unitário. O gráfico de y = cos 0 tem o mesmo formato, mas é trans-
um ângulo. Muitas vezes escrevemos
sen x ecos x, usando x em vez de ladado ~ unidades para a esquerda (Figura 7). Os sinais de sen 0 ecos 0 variam quando o
e. Dependendo da aplicação, a ponto P = (cos 0, sen 0) do círculo unitário muda de quadrante (Figura 7).
interpretação de ângulo pode ser ou
não apropriada.
Quadrante do círculo unitário
y y
II III IV IV

1C 2ir
4 2
'''
FIGURA 7 Os gráficos de y = sen ee ''
''
y= cos eao longo de um período de '
comprimento 2n:. y = sen0 y = cose
28 CÁLCULO

Uma função f (x) é dita periódica de período T se f (x + T) =f (x) (para cada x) e T é


o menor número positivo com essa propriedade. As funções seno e cosseno são periódicas
com período T = 2n, já que ângulos que diferem por um múltiplo inteiro de 2nk corres-
pondem ao mesmo ponto do círculo unitário (Figura 8):

senx = sen(x + 2nk), cos x = cos(x + 2nk)

~
-27t "-7]
1-h"-A'1t ~7t X

FIGURA 8 O seno e o cosseno têm


período2n. y=senx y=cosx

Lembre que há outras quatro funções trigonométricas padrão, cada uma definida em
termos de sen x ecos x ou como razões dos lados de um triângulo retângulo (Figura 9):
Hipotenusa
e
b Oposto senx b cosx a
Tangente: tgx = - - = - , Co-tangente: cotgx = - - = -
COSX a senx b
1 e 1 e
a
Secante: secx = - - = -, Cossecante: cossecx = -- = -
Adjacente cosx a senx b
FIGURA 9
Essas funções são periódicas (Figura 10): y = tg x e y = cotg x têm período n , y = sec x e
y = cossec x têm período 2n (ver Exercício 51).

·u·
y y y

''' ''
''
''' ''
'' ''
' ''
''' ''
--+--+--+--,f--+---+--+-- x
n n 2n

líll
2

y= tgx y= cotgx y=secx y = cossec x

FIGURA 10 Gráficos das funções trigonométricas padrão.

• EXEMPLO 2 Calculando valores de funções trigonométricas Encontre os valores das seis


funções trigonométricas em x = 4n/3.

Solução O ponto P do círculo unitário que corresponde ao ângulo x = 4n/3 fica do lado
oposto ao ponto de ângulo n/3 (Figura 11). Assim, vemos que (usando a Tabela 2)

= - sen -n3 = -../3


4n 4n
sen -
3
-2 '
cos -
3
= - cos -3n = - -21
Os demais valores são

tg 4n = sen4n/3 = -../3/2 = J3 4n cos4n/3 ../3


cotg- = - - - = -
3 cos4n/3 -1 /2 ' 3 sen4n/3 3
4n 1 1 4n
= --- -2../3
sec- = - - - = - - =-2 cossec -
FIGURA 11 3 cos4n/3 -1/2 ' 3 sen4n/3 3
CAPfTULO 1 Revisão de pré-cálculo 29

• EXEMPLO 3 Encontre os ângulos x tais que sec x = 2.

Solução Como sec x = 1/cos x, devemos resolver cos x = ½- Pela Figura 12, vemos que
x = j e x = -j são soluções. Podemos somar qualquer múltiplo inteiro de 2n, de modo
que a solução geral é x = ±j + 2nk, com k um inteiro qualquer. •

• EXEMPLO 4 Esboce o gráfico de f(x) = 3 cos ( 2 (x + i)) em [O, 2n].


FIGURA 12 cos x = 1/2 para x = ±n/3. Solução O gráfico é obtido mudando a escala e transladando o gráfico de y = cos x em três
passos (Figura 13):

Observação: para transladar o gráfico • Compressão horizontal pelo fator 2: y = cos 2x


de y = cos 2x para a esquerda por q
unidades, devemos trocar x por x +
para obtercos (2(x + q)). É incorreto
tomar cos (2x + q}.
q
• Translação para a esquerda por i unidades: y = cos ( 2 ( x + i))
• Expansão vertical pelo fator 3: y = 3 COS ( 2 ( X + i)) •
Compressão Translação Expansão
y y y y
horizontal pelo horizontal de vertical pelo
3
- fator 2 3
-
n 12 unidades 3
- fator 3

-3 -3 -3

(A) y =cos x (B) y= cos 2x (C) y= cos 2(x+ f) (D) y = 3cos 2(x+ f)
(periódica de período n)

FIGURA 13

Identidades trigonométricas
Uma característica essencial das funções trigonométricas é que elas satisfazem um
grande número de identidades. Em primeiro e mais destacado lugar, o seno e o cos-
seno satisfazem a seguinte identidade fundamental, que é equivalente ao Teorema de
Pitágoras:
A expressão (sen B)k costuma ser
denotada por sei a. Por exemplo,
sen2 B é o quadrado de sen B.
Utilizamos notação semelhante para as
1
2 2
sen 0 + cos 0 = 1 1 m
outras funções trigonométricas.
Versões equivalentes são obtidas dividindo a Equação ( 1) por cos2 0 ou sen 2 0:

1
2
tg 0 + 1 = sec 0,
2
1 + cotg 0
2
= cossec2 e l

Aqui está uma lista de outras identidades usadas freqüentemente.


30 CÁLCULO

1/f
Identidades trigonométricas básicas
e
b Ângulos complementares: sen ( i- x) = cos x , cos ( i- x) = sen x

0 Fórmulas de adição: sen(x + y) = senx cos y + cosx sen y


a
cos(x + y) = cos x cos y - sen x sen y
FIGURA 14 Para ângulos
n 1 1
complementares 0 e lf/ = - sen2 x = cos2 x =
2(1 + cos2x)
0 temos Fórmulas de ângulo duplo: (1- cos2x),
2 2
sen 0 = cos lfl e sen lfl = cos 0.
cos 2x = cos2 x - sen2 x, sen 2x = 2 senx cosx

Fórmulas de translação: sen ( x + i) = cos x, cos ( x + i) = - sen x

2 n
• EXEMPLO 5 Suponha que cos 0 = s' Calcule tg 0 se (a) O::: 0 < e (b) n ::: 0 < 2n.
Oposto
2
-fjj Solução Usamos a identidade cos2 0 + sen2 0 = 1 para determinar sen 0:
ffi

FIGURA 15
Adjacente 2
sen 0 = ±./ l - cos2 0 =±
R 1- -
25
= ±-
5

(a) Se O::: 0 < n/2, então sen 0 é positivo e tomamos a raiz quadrada positiva:

tg 0 = sen 0 = ffi/5 = ffi


cos 0 2/5 2

Uma boa maneira de visualizar essa conta é traçar um triângulo retângulo com um ângulo
= j, como na Figura 15. Pelo Teorema de Pitágoras, o lado oposto tem,
0 tal que cos 0
então, um comprimento ffi = -./52 - 22.

(b) Supondo que n::: 0 < 2n, segue que sen 0 é negativo e tg 0 = - ~ . •
• EXEMPLO 6 Uma identidade trigonométrica Resolva a equação sen 4x + sen 2x = O
para O::: x < 2n.

FIGURA 16 sen 0z = - sen 01 se Solução Precisamos encontrar os ângulos x tais que sen 4x = -sen 2x. Inicialmente, de-
0z = - 01 ou 0z = 01 + n. terminemos quais ângulos 01 e 0z satisfazem sen 0z = - sen 01. A Figura 16 mostra que
isso ocorre se 0z = -01 ou 0z = 01 + n. Como a função seno é periódica de período 2n,

onde k é um inteiro. Tomando 0z = 4x e 01 = 2x, vemos que


y

sen4x =- sen2x {> 4x = -2x + 2nk ou 4x = 2x + n + 2nk


A primeira equação dá 6x = 2nk ou x = j k e a segunda equação dá 2x = n + 2nk ou
x= ; + nk. Obtemos oito soluções em [O, 2n) (Figura 17)
5n n 3n
X =Ü, n,
3
e x=-
2' 2 •
y = sen 4x + sen 2x
FIGURA 17 Soluções de Concluímos esta seção enunciando a lei dos cossenos, que é uma generalização do
sen 4x + sen 2x = O. Teorema de Pitágoras (Figura 18).
CAPÍTULO 1 Revisão de pré-cálculo 31

TEOREMA 1 Lei dos cossenos Se um triângulo retângulo tem lados a, b e e e 0 for o


ângulo oposto a e, então

2 2
1c = a + b2 - 2ab cose l
a
FIGURA 18
Se 0 = 90º, então cos 0 = Oe a lei dos cossenos reduz ao Teorema de Pitágoras.

1.4 RESUMO
• Um ângulo de 0 radianos subentende um arco de comprimento 0r num círculo de raio r.
a
180
• Para converter de radianos a graus, multiplique por - .
n
n
• Para converter de graus a radianos, multiplique por .
180
• A menos de menção explicita em contrário, todos ângulos neste livro são dados em
radianos.
• As funções cos 0 e sen 0 são definidas em termos de triângulos retângulos para ângulos agu-
dos e como coordenadas de um ponto do círculo unitário para ângulos gerais (Figura 19):
FIGURA 19

sen 0 = ~ = oposto a adjacente


cos0= - = - - - -
e hipotenusa e hipotenusa

• Propriedades básicas do seno e cosseno:


- Periodicidade: sen(0 + 2n) = sen 0, cos(0 + 2n) = cos 0
- Paridade: sen(-0) = - sen 0, cos(- 0) = cos 0
2 2
- Identidade básica: sen 0 + cos 0 = l
• As quatro funções trigonométricas adicionais:

tg 0 = sen 0, cos 0 1 1
cotg0 = - -, sec0 = --, cossec0 = - -
cose sen 0 cos 0 sen 0

1.4 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Como é possível que duas rotações diferentes definam o mesmo (a) o< e< 2n (b) o< e< n (e) o< e< 2n
ângulo?

2. Dê duas rotações positivas diferentes que definam o ângulo ¾- 5. Qual é a definição de sen eusando o círculo unitário?

3. Dê uma rotação negativa que defina o ângulo j. 6. Como é que a periodicidade de sen ee cos e segue da definição
via círculo unitário?
4. A definição de cos e usando triângulos retângulos é aplicável
quando (escolha a resposta correta):

Exercícios
1. Encontre o ângulo entre Oe 2n que seja equivalente a 13n / 4. 3. Converta de radianos para graus:
n 3n
2. Descreva o angulo e = ~ por meio de um ângulo de medida em (a) 1 (b) - (e) 5 (d)
3 12 4
radianos negativa.
32 CÁLCULO

4. Converta de graus para radianos: 16. Complete a seguinte tabela de sinais das funções trigonométri-
(a) 1° (b) 30° (e) 25° (d) 120°
cas:

5. Encontre o comprimento dos arcos subentendidos pelos ângulos e sen cos tg cotg sec cossec
ee q, radianos na Figura 20.
1T:
o<e< + +
6. Calcule os valores das seis funções trigonométricas padrão para 2
o ângulo ena Figura 21.
1T:
2 <0 <n
3n
7r < 0 < 2

8 3n
2 < e < 2n

15
FIGURA 20 Círculo FIGURA 21
17. Mostrequesetg0=ce0 _::::e< n/2,entãocos0=1 /JI +c2.
de raio 4. Sugestão: desenhe um triângulo retângulo cujos catetos tenham
comprimentos c e 1.
7. Complete os valores de (cos 0, sen 0) para os demais pontos na
Figura 22. 18. Suponha que cos 0 = 1·
(a) Mostre que se O _:: : e < n/2, então sen e = 2.,fi,;3 e tg e = 2.,fi,.
(b) Encontre sen 0 e tg 0 se 3n/2 _:: : 0 < 2n.

Nos Exercícios 19-24, suponha que O _:::: e < n/2.

19. Encontre sen e e tg e secos e = 13-


20. Encontre cos 0 e tg 0 se sen 0 = f
21. Encontre sen 0, sec 0 e cotg 0 se tg 0 = ~-

22. Encontre sen 0, cos 0 e sec 0 se cotg 0 = 4.

23. Encontre cos 20 se sen e = ½-

FIGURA 22
24. Encontre sen 20 e cos 20 se tg e= .,fi,.

25. Encontre cos 0 e tg 0 se sen 0 = 0,4 e n/2 _:: : 0 < n.


8. Encontre os valores das seis funções trigonométricas padrão em
0 = I In/6. 26. Encontre cos 0 e sen 0 se tg 0 = 4 e n _:: : 0 < 3n/2.

27. Encontre os valores de sen e, cos e e tg e nos oito pontos dados


Nos Exercícios 9-14, use a Figura 22 para encontrar todos os ângu-
los entre Oe 2n que satisfaçam a condição dada. na Figura 23.

9. cose=½ 10. tg e= 1 11. tg0 = -1

12. cossec 0 = 2 13. senx =


J3 14. sect = 2
2
15. Preencha a seguinte tabela de valores:

1T: 1T: 1T: 1T: 2n 3n 5n


e - - - - - - -
6 4 3 2 3 4 6
tg e (A) (B)

sece FIGURA 23
CAPfTULO 1 Revisão de pré-cálculo 33

28. Usando a Figura 24(A), expresse as funções sen 0, tg 0 e cossec 0 36. Quantos pontos estão na interseção da reta horizontal y = c com
em termos de c. o gráfico de y = tg x para O :::: x < 2n?

29. Usando a Figura 24(B), calcule cos 1/f, sen 1/f, cotg lJI e cossec lJI. Nos Exercícios 37-40, resolva para O :::: 0 < 2n (ver Exemplo 6).

37. sen 20 + sen 30 = O 38. sen 0 = sen 20

39. cos 40 + cos 20 = O 40. sen 0 = cos 20


e

0 l/f Nos Exercícios 41-50, deduza as identidades usando as identidades


0,3 listadas nesta seção.

(A) (B) 0 l +cos0


41. cos 20 = 2cos2 0 - 1 42. cos2 -
2
= - -
2
-
FIGURA 24
43. sen -
0= jl - cos 0 44. sen(0 + n) =- sen 0
2 2
30. Expresse cos ( 0 + i) e sen ( 0 + i) em termos de cos 0 e sen 0.
Sugestão: encontre a relação entre as coordenadas (a, b) e (c, d) 45. cos(0 + n) =- cos 0 46. tg x= cotg ( i - x)
na Figura 25.
2 tgx
47. tg(n - 0) =- tg 0 48. tg2x =
J - tg2 X
sen 2x
49. tgx = ----
1 + cos2x
l-cos4x
50. sen2 XCOS2 x =
8

51. Use os Exercícios 44 e 45 para mostrar que tg 0 e cotg 0 são peri-


ódicas de período n.
FIGURA 25 1t
52. Use a fórmula de adição para calcular cos - , observando que
n n n 12
12 = 3 - 4·
Nos Exercícios 31-34, esboce o gráfico em [O, 2nJ
53. Use a Lei dos Cossenos para encontrar a distância de P a Q na
31. 2 sen 40 Figura 26.

33. cos (20-i) Q

34. sen(2(0-i) +n) +2


35. Quantos pontos estão na interseção da reta horizontal y = c com
o gráfico de y = sen x para O :::: x < 2n? Sugestão: a resposta
depende de c. FIGURA 26

Compreensão adicional e desafios


54. Use a fórmula de adição para provar y y L2
y= mx+b
cos 30 = 4 cos3 0 - 3 cos 0
L,
55. Use as fórmulas de adição do seno e cosseno para provar
r
tga + tgb
tg(a + b) = ---'---'-- X X
1 - tga tgb s
cotg a cotg b + 1
cotg(a - b) =- ----
cotg b - cotg a
(A) (B)

56. Seja 0 o ângulo entre as retas y = mx + b e o eixo x [Figura FIGURA 27


27(A)]. Prove quem = tg 0.
34 CÁLCULO

57. Sejam LI e L2 as retas de inclinações m I e m2 [Figura 27(8)). 59. Aplique a fórmula do ângulo duplo para provar:
m2m1 + I
Mostre que o ângulo 8 entre LI e L2 satisfaz cotg 8 =- - - (a) cos
7r
= I v~
2 + v'2
m2 - m 1 8 2
58. Retas perpendiculares Use o Exercício 57 para provar que (b) cos ~ = ~J2+ J2+J2
duas retas de inclinações m I e m2 não-nulas são perpendiculares
se, e somente se, m2 = - 1/ m 1· Adivinhe os valores de cos .!:_ecos .!:_ para todo n.
32 2n

1.5 Recursos computacionais: calculadoras e computadores


A tecnologia dos computadores tem aumentado em muito nossa capacidade de calcular e
visualizar relações matemáticas. No contexto de aplicações, os computadores são indis-
pensáveis para a solução de sistemas complexos de equações e análise de dados, como na
predição do tempo e na obtenção de vários tipos de imagens utilizadas em Medicina. Os
matemáticos usam os computadores para estudar estruturas complexas como o conjunto
de Mandelbrot (Figuras 1 e 2). Aqui aproveitamos as vantagens oferecidas por esses re-
cursos para explorar visual e numericamente as idéias do Cálculo.
Quando traçamos o gráfico de uma função com uma calculadora gráfica, o gráfico
FIGURA 1 Imagem gerada por fica contido dentro de uma janela de visualização, ou janela, que é a área determinada
computador do conjunto de
pela amplitude de x e de y no gráfico. Escrevemos [a, b] x [e, d] para denotar o retângulo
Mandelbrot, que aparece na teoria
matemática do caos e de fractais. determinado por a ::: x ::: b e e ::: y ::: d.
A aparência do gráfico depende, e muito, da escolha da janela de visualização.
Escolhas diferentes podem transmitir impressões diferentes, que levam, às vezes, a
conclusões erradas. Compare as três janelas para o gráfico de f(x) = 12- x - x 2 na
Figura 3. Somente (A) consegue exibir o formato do gráfico como uma parábola. Em
(B), o gráfico está cortado, e em (C) sequer aparece algum gráfico. Lembre que ases-
calas ao longo do eixo x podem mudar com a janela de visualização. Por exemplo, um
incremento unitário ao longo do eixo y é maior em (B) do que em (A) e, portanto, o
gráfico de (B) é mais íngreme.
Não existe alguma janela "correta". O objetivo é selecionar a janela que exiba as pro-
priedades que desejamos investigar. Em geral, isso exige experimentação.

FIGURA 2 Uma complexidade ainda


maior é revelada quando ampliamos -
um pedaço do conjunto de Mandelbrot.
1 2

FIGURA 3 Janelas de visualização para - 18 -4 -3


o gráfico de /(x) = 12 - x - x 2. (A) [-6, 5) X [-18, 18) (B) [-6, 5) X [-4, 4) (C) [-1 , 2) X [-3, 1)

• EXEMPLO 1 Quantas raízes e onde? A função f (x) = x9 - 20x + 1tem quantas raízes
reais? Encontre sua localização aproximada.

Solução Experimentamos com várias janelas de visualização (Figura 4). Nossa primeira
tentativa (A) exibe um gráfico podado, de modo que tentamos selecionar uma janela de
visualização que inclua uma amplitude maior de valores de y. O esboço (B) mostra que
as raízes de f (x) estão em algum lugar no intervalo [- 3, 3], mas não revela quantas raízes
reais existem. Portanto, tentamos a janela de (C). Agora podemos ver claramente quef(x)
tem duas raízes. Mais uma ampliação em (D) mostra que essas raízes estão localizadas
CAPfTULO 1 Revisão de pré-cálculo 35

10 25

-10 -10.000 -100 -20


(A) (-12, 12] X (-10, 10] (B) (-12, 12] X (-10.000, 10.000] (C) (-2, 2] X (-100, 100] (D) [-2, 2] X [-20, 25]

FIGURA 4 Gráficos de f (x) = x9 - 20x + l.

perto de -1,5, de O,1 e de 1,5. Mais ampliações dariam uma maior precisão sobre a loca-
lização dessas raízes. •

• EXEMPLO 2 Existe alguma solução? A equação cos x = tg x terá alguma solução? Des-
creva o conjunto de todas soluções.

Solução As soluções de cos x = tg x são as coordenadas x dos pontos de interseção dos


gráficos de y = cos x e y = tg x. A Figura 5(A) mostra que existem duas soluções no in-
tervalo [O, 2n]. Ampliando uma parte do gráfico como em (B), vemos que a primeira raiz
positiva fica entre 0,6 e 0,7 e a segunda entre 2,4 e 2,5. Ampliações adicionais mostram
que a primeira raiz é aproximadamente 0,67 [Figura 5(C)]. Continuando esse processo,
vemos que as primeiras duas raízes positivas são x ~ 0,666 ex~ 2,475.
Como cos x e tg x são periódicas, o desenho se repete com periodicidade 2n. To-
das soluções são obtidas pela adição de múltiplos inteiros de 2n às duas soluções em
[O, 2n] :

X ~ 0,666 + 21t'k e x ~ 2,475 + 2nk (para algum inteiro k)



5 5

-5
(A) (-7, 13] X (-5, 5] (B) [O, 3] x (-5, 5] (C) (0,5; 0,7] X [0,55; 0,85]

FIGURA 5 Gráficos de y = cos x e y = tg x.

l -3x
• EXEMPLO 3 Funções com assíntotas Esboce o gráfico de f (x) = - - e descreva
seu comportamento assintótico. x-2

Solução Inicialmente, como na Figura 6(A), esboçamos o gráfico de f (x) na janela


retangular [- 10, 20] x [-5, 5]. A reta vertical x = 2 é denominada assíntota vertical.
Muitas calculadoras gráficas exibem essa reta que, no entanto, não é parte do gráfico (e
pode ser eliminada, geralmente pela escolha de uma amplitude menor dos valores de y).
Vemos que f (x) tende a oo quando x se aproxima de 2 pela esquerda e a - oo quando
x tende a 2 pela direita. Para exibir o comportamento assintótico horizontal de f (x),
usamos a janela [- 10, 20] x [- 10, 5] [Figura 6(8)]. Aqui, vemos que o gráfico tende à
reta horizontal y = -3, denominada assíntota horizontal (que acrescentamos na figura
como uma reta horizontal tracejada). •
36 CÁLCULO

5
1
1
1
1
1 -10 ~ - -..........2 ~ - - - - ~ 20
1
1
-10 20 1
2

FIGURA 6 Gráficos de f (x)


l -3x
= --.
x-2
~
-5
1
1
1
1
1 ~
(A) [-10, 20] X [-5, 5]
-10
!/
(B) [-10, 20] X [-10, 5]

As calculadoras nos dão a possibilidade de experimentação numérica. Por exemplo,


podemos explorar o comportamento de uma função construindo uma tabela de valores.
No próximo exemplo investigamos uma função relacionada a funções exponenciais e ju-
ros compostos (ver Seção 7.5).

• EXEMPLO 4 Investigando o comportamento de uma função Qual é o comportamento de

f (n) = (1 + ~ J para valores naturais grandes de n? A função f (n) tende a infinito

quando n cresce?
Solução Inicialmente, fazemos uma tabela de valores de f (n) para números naturais n
cada vez maiores. A Tabela 1 sugere quef(n) não tende ao infinito. Em vez disso,f(n)
parece se aproximar de algum valor perto de 2,718 quando n fica maior. Esse é um exem-
plo de comportamento limite que será discutido no Capítulo 2. Em seguida, substitua a
TABELA 1
variável n pela variável x e trace o gráfico da função f (x) = ( 1 + ~) x_ Os gráficos na
n (l+-lr
n Figura 7 confirmam quef (x) se aproxima de um limite de aproximadamente 2,7. •

10 2,59374
102 2,70481 3 3
103 2,71692 2,7 2,7
104 2,71815
105 2,71827
106 2,71828 1 1

o 5
10 o 500
1.000

~r
o o
[O, 10] x [O, 3] [O, 1.000] x [O, 3]
FIGURA 7 Gráficosdef(x) = (1 +
(A) (B)

• EXEMPLO 5 Vôo de um pássaro: encontrando um mínimo graficamente De acordo com um


modelo de vôo de pássaro, o consumo de energia de um pombo voando a uma velocidade
v (em metros por segundo) é P(v) = 17v- 1 + 10- 3v 3 (emjoules por segundo). Use um
gráfico de P(v) para encontrar a velocidade que minimize o consumo de energia.
Solução A velocidade que minimiza o consumo de energia corresponde ao ponto mais
baixo do gráfico de P(v). Primeiro esboçamos P(v) numa janela maior (Figura 8). Essa
figura revela o formato geral do gráfico e vemos que P(v) atinge um valor mínimo para v
em algum lugar entre v = 8 e v = 9. Na janela [8, 9,2] x [2,6, 2,65], vemos que o mínimo
ocorre aproximadamente em v = 8,65 m/s. •
CAPÍTULO 1 Revisão de pré-cálculo 37

2,64
2,63
2,62 ''
''
''
''

O --~5-~10-~15-v-(m/:~s) 20 8

FIGURA 8 Consumo de energia P(v) o 2,6


como função da velocidade v. (A) [O, 20] x [O, 12] (B) [8, 9,2] X [2,6; 2,65]

Um conceito importante no Cálculo é o da linearidade local, que é a idéia de que


muitas funções são quase lineares ao longo de intervalos pequenos. A linearidade local
pode ser ilustrada de forma eficaz com uma calculadora gráfica.

• EXEMPLO 6 Ilustrando linearidade local Ilustre a linearidade local para a função


f (x) = x sen x em x = 1.

Solução Inicialmente, esboçamos o gráfico de f(x) = x sen x na janela da Figura 9(A). O


gráfico sobe e desce e parece bem ondulado. Contudo, quando ampliamos a figura, o grá-
fico endireita. As Figuras (B)-(D) mostram o resultado de ampliações no ponto (l,f (l)).
Quando olhamos de perto, o gráfico parece uma reta. Isso ilustra a linearidade local do
gráfico de f (x) em x = 1. •

1,05

ol _ _ _.....__._.__ _.... 12 0,81..__ _ ..._,I--'-- - - - ' - 1,2 0,951..___ _ _ _ _ __._11,05


0,8 1 1,2 0,95 1,05
o 0,8 0,95
(A) (B) (C) (D)

FIGURA 9 Ampliações do gráfico de f (x) = xsen x perto de x = l .

1.5 RESUMO
• A aparência de um gráfico numa calculadora gráfica depende da escolha da janela
de visualização. Experimente com janelas variadas até encontrar uma que exiba a in-
formação desejada. Lembre que as escalas ao longo dos eixos podem mudar quando
mudamos as janelas.
• Algumas das maneiras pelas quais as calculadoras gráficas e os sistemas algébricos
computacionais podem ser usados em Cálculo são as seguintes:

- Visualizar o comportamento de uma função


- Encontrar soluções gráfica ou numericamente
- Realizar experimentos numéricos ou gráficos
- Ilustrar idéias teóricas (como a linearidade local)
38 CÁLCULO

1.5 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Existe uma maneira explícita de escolher a janela de visualização 3. De acordo com os dados do Exemplo 4, parece que f (n) =
ideal ou é melhor experimentar até encontrar uma janela apro- (1 + 1/nt nunca atinge um valor maior do que 3 para n ~ O.
priada para o problema em questão? Essa evidência numérica constitui uma demonstração de que
f (n) ~ 3 para n ~ O?
2. Descreva a tela de calculadora produzida quando o gráfico da
função y = 3 + x 2 é esboçado na janela: 4. Como pode uma calculadora gráfica ser usada para encontrar o
(a) [-!, !] x [O, 2] (b) [O, !] x [O, 4]
valor mínimo de uma função?

Exercícios
Os exercícios desta seção deveriam ser feitos usando uma calculado- 12. Um banco paga r = 5% de juros compostos mensalmente. Se
ra gráfica ou um sistema algébrico computacional. depositarmos Po dólares no instante t = O, então o valor de nossa
. de N meses será de Po ( 1 +
conta depois o,os)N. Encontre o
U
1. Esboce o gráfico de f (x) = 2x 4 + 3x3 - 14x 2 - 9x + 18 na
janela apropriada e determine suas raízes. inteiro N mais próximo tal que o valor da conta seja o dobro
depois de N meses.
2. Quantas soluções tem x 3 - 4x + 8 = O?
Nos Exercícios 13-18, investigue o comportamento da função, quan-
3. Quantas soluções positivas tem x3 - 12x + 8 = O? do n ou x cresce, montando uma tabela de valores da função e es-
boçando um gráfico (ver Exemplo 4). Descreva o comportamento
4. A equação cos x + x = Otem alguma solução? Alguma solução em palavras.
positiva?
4n+ 1
5. Encontre todas soluções de sen x = -./x para x > O. 13. f(n) = n 1fn 14. f(n) =- -
6n-5
6. Quantas soluções tem cos x = x 2?

7. Seja /(x) = (x - 100) 2


+ 1.000. O que aparece na tela se tra-
15. f (n) = ( 1+ Dn2

16. f(x) = ( -X+ 6)X


x -4
x2
çarmos o gráfico de /(x) na janela [-10, 10] por [-10, 10]?
Qual seria uma janela apropriada? 17. f(x) = (xtg~r 18. f(x)= ( xtg~)

, 8x + 1 . .
8. Trace o grafico de f (x) =- - numa pnela apropnada. 19. O gráfico de f (0) = A cos 0 + B sen 0 é uma onda senoidal
8x -4 para quaisquer constantes A e B. Confirme essa afirmação para
Quais são as assíntotas vertical e horizontal (ver Exemplo 3)?
(A, B) = (1, !), (1, 2) e (3, 4) esboçando o gráfico de f (0).

9. Trace o gráfico de /(x) = _x_ numa janela que exiba clara- 20. Encontre o valor máximo de f ( 0) para os gráficos produzidos no
4- x
mente as assíntotas vertical e horizontal. Exercício 19. É possível adivinhar a fórmula para o valor máxi-
mo em termos de A e B?
10. Ilustre a linearidade local para/ (x) = x 2 ampliando o gráfico
em x = 0,5 (ver Exemplo 6). 21. Encontre os intervalos em que f (x) = x(x + 2)(x - 3) é positi-
va traçando um gráfico.
11. Esboce o gráfico de f (x) = cos(x 2 ) sen x para O ::: x ~ 2n.
Depois ilustre a linearidade local em x = 3,8 escolhendo janelas 22. Traçando um gráfico, encontre o conjunto de soluções da desi-
apropriadas. gualdade (x 2 - 4)(x2 - 1) < O.

Compreensão adicional e desafios


23. CRS Seja fI(x) = x e defina a sequencia de fun- (a) Mostre que P2(x) = 2x 2 - 1.
ções por fn+I (x) = ½C/,1(x) + x/fn(x)). Por exemplo, (b) Calcule Pn(x) para 3 ~ n ~ 6 usando um sistema algébrico com-
h(x) = ½ex+ !). Use um sistema algébrico computacional
putacional ou à mão, e esboce o gráfico de cada Pn (x) no interva-
para calcular f 11 (x) para n = 3, 4 e 5 e trace o gráfico de fn(x)
lo [-1, I].
junto com o de -./x para x ~ O. O que pode ser observado?
(e) Verifique que seus gráficos confirmam duas propriedades interes-
24. Sejam Po(x) = 1 e P1 (x) = x. Os polinômios de Chebyshev santes dos polinômios de Chebyshev: (a) Pn (x) tem n raízes reais
(utilizados na teoria de aproximação) são definidos sucessiva- em[-!, !] e (b) para x E [-1, !], Pn (x) fica entre -1 e 1.
mente pela fórmula Pn+I (x) = 2xPn(x) - Pn-1 (x).
CAPÍTULO 1 Revisão de pré-cálculo 39

EXERCÍCIOS DE REVISÃO DO CAPÍTULO


1. Expresse (4, 10) como um conjunto {x: lx - ai < c}, para a e c Nos Exercícios 17-22, encontre a equação da reta.
convenientes.
17. Reta passando por (-1, 4) e (2, 6).
2. Express como um intervalo:
(a) {x: lx-51<4} (b) {x: 15x + 31::::: 2} 18. Reta passando por (-1, 4) e (-1, 6).

3. Expresse {x : 2 ::::: lx - 11 ::::: 6} como uma união de dois inter- 19. Reta de inclinação 6 passando por (9, 1).
valos. 3
20. Reta de inclinação -
4. Dê um exemplo de números x, y tais que lxl + lyl =x - y.
2passando por (4, - 12).
21. Reta passando por (2, 3) paralela a y = 4 - x.
5. Descreva os pares de números x, y tais que lx + yl =x - y.
22. Reta horizontal por (-3, 5).
6. Esboce o gráfico de y = f (x + 2) - 1, onde f (x) = x 2 para
-2 ::::, X::::, 2. 23. Os dados do mercado imobiliário a seguir sugerem ou não uma
relação linear entre o preço e o número de moradias vendidas
Nos Exercícios 7-10, sejaf(x) a função cujo gráfico está na Figura 1. durante um período de um ano? Explique.

y Preço (milhares de$) 180 195 220 240


Número de moradias 127 118 103 91

24. Os dados da receita anual de um fabricante de computadores a


seguir sugerem ou não uma relação linear entre a receita e o tem-
po? Explique.

2 3 4
Ano 1995 1999 2001 2004
FIGURA 1
Receita (bilhões de $) 13 18 15 11
7. Esboce os gráficos de y = f (x) + 2 e y = f (x + 2).
25. Encontre as raízes de f(x) = x 4 - 4x2 e esboce o gráfico dessa
8. Esboce os gráficos de y = ½f (x) e y = J<½x). função. Em quais intervalos éf(x) decrescente?

9. Continue o gráfico de f (x) até o intervalo [-4, 4] como uma 26. Seja h(z) = 2z 2 + 12z + 3. Complete o quadrado e encontre o
função par. valor mínimo de h(z).

10. Continue o gráfico de f (x) até o intervalo [- 4, 4] como uma 27. Sejaf (x) o quadrado da distância do ponto (2, 1) ao ponto
função ímpar. (x, 3x + 2) da reta y = 3x + 2. Mostre que f (x) é uma função
quadrática e encontre seu valor mínimo completando o qua-
Nos Exercícios 11-14, encontre o domínio e a imagem da função. drado.

11. f(x)=Jx'+T 12. f(x) = - 4-


4 28. Prove que x 2 + 3x + 3 ::: Opara todo x.
x +1
2 Nos Exercícios 29-34, esboce o gráfico à mão.
13. f(x) =3 _x 14. f(x)=Jx 2 -x+5
29. y = 14 30. y = t5
15. Determine se a função é crescente, decrescente ou nenhum dos
e
dois. 31. y = sen 2 32. y= 10- x
1
(a) f(x) = rx (b) f (x) = x2 + 1 = x l /3 1
33. y 34. y= -
x2
(e) g (t) = t2 + t (d) g(t) = t3 + t
1
35. Mostre que o gráfico de y = f ( x - b) é obtido pela translação
16. Determine se a função é par, ímpar ou nenhum dos dois. 1
por 3b unidades para a direita do gráfico de y = f ( x ). Utilize
(a) f (x) = x4 - 3x 2 l1
essa observação para esboçar o gráfico de y = x - 41.
(b) g(x) = sen(x + 1) 36. Sejam h(x) = cosx e g(x) = x- 1• Calcule as funções compostas
2
(e) f (x) = i-x h(g(x)) e g(h(x)) e encontre seus domínios.
40 CÁLCULO

37. Encontre funções f e g tais que valha


42. Sejaf (x) = cos x. Esboce o gráfico de y = 2f ( ~x - ~) para
f (g(t)) = (12t + 9) 4 Ü :'.::X:'.:: Ó7r.

38. Esboce os pontos do círculo unitário correspondentes aos três 43. Resolva sen 2x + cos x = Opara O ::: x < 2n.
seguintes ângulos e encontre os valores das seis funções trigono- n2
métricas padrão de cada ângulo: 44. Qual é o comportamento de h(n) = n para valores naturais
2
27r grandes de n? Será que h(n) tende ao infinito?
(a) 3 (b) 77r (e) 7n
4 6
e 45. IÇG] Use uma calculadora gráfica para determinar se a equação
39. Qual é o período da função g(0) = sen 20 + sen ? cos x = Sx 2 - 8x 4 tem alguma solução.
2
4 7r
40. Suponha que sen e =
5, onde 2 < e < n. Encontre:
46. iCG~Use uma calculadora gráfica para encontrar o número de
raízes reais e estimar a maior raiz com duas casas decimais:
(a) tg e (b) sen 20 (e) cossec
e
2 (a) f (x) = 1,8x4 - x5 - x
41. Dê um exemplo de valores a, b tais que (b) g(x) = l,7x4 - x5 - x
a cosa
cos(a + b) /cosa+ cosb
(a) (b) cos
2 / - 2-
21 LIMITES
Cálculo, até por razões históricas, costuma ser dividido em

º dois ramos, o Diferencial e o Integral. Esse assunto foi desen-


volvido no século XVII para resolver dois problemas geométricos
importantes: encontrar retas tangentes a curvas (Cálculo Diferen-
cial) e calcular área abaixo de curvas (Cálculo Integral). Contudo,
o Cálculo é um assunto muito vasto, sem fronteiras muito bem de-
limitadas. Ele inclui outros tópicos, tais como a teoria de séries in-
finitas, e tem uma gama extraordinariamente ampla de aplicações,
especialmente nas ciências e nas engenharias. O que faz essas apli-
cações uma parte do Cálculo é que todas elas, no fim das contas,
recaem no conceito de limite. Veremos, ao longo deste livro, como
os limites nos permitem efetuar contas e resolver problemas que
não podem ser resolvidos usando somente a Álgebra.
Neste capítulo, introduzimos o conceito de limite e nos con-
centramos naqueles aspectos de limites que serão utilizados no
Simulação por computador do Capítulo 3 para desenvolver o Cálculo Diferencial. Na primeira
comportamento limite de um fluxo fluido seção, que serve de motivação, discutimos como os limites sur-
com propriedades fractais.
gem no estudo de taxas de variação e retas tangentes.

2.1 Limites, taxas de variação e retas tangentes


Sempre que estudamos as relações entre duas quantidades variáveis, as taxas de variação
desempenham seu papel. Um exemplo conhecido é o da velocidade (a taxa de variação da
posição em relação ao tempo), mas há muitos outros, tais como:
• A taxa de infecção de uma epidemia (novas pessoas infectadas por mês)
• Quilometragem de um carro (quilômetros por litro)
• Taxa de variação da temperatura atmosférica em relação à altitude
Falando sem grande precisão, se y e x forem quantidades relacionadas, a taxa de variação
deveria nos dizer quanto y varia em resposta a uma variação unitária de x. Contudo, isso
só tem um sentido preciso se a taxa de variação for constante. Se um carro anda a uma
velocidade constante de 60 km/h, então sua posição varia 60 km a cada variação de uma
unidade de tempo (nesse caso, a unidade é de 1 hora). Se a viagem durar somente meia
hora, sua posição varia 30 km e, em geral, a variação na posição é de 60t km, onde t é a
duração do tempo, em horas. Em outras palavras,

1 Variação na posição = velocidade x tempo


Essa fórmula simples deixa de ser válida se a velocidade estiver variando e, nesse caso,
na verdade, sequer faz sentido. De fato, se o carro estiver acelerando ou freando, qual é
a velocidade que utilizaríamos nessa fórmula? É possível calcular a variação na posição
quando a velocidade for variável, mas isso envolve tanto o Cálculo Diferencial quanto o
Integral. O Cálculo Diferencial usa o conceito de limite para definir a velocidade instan-
tânea de um objeto, e o Cálculo Integral nos diz como calcular a variação na posição em
termos da velocidade instantânea. Isso é somente um exemplo de como o Cálculo fornece
os conceitos e as ferramentas para modelar fenômenos do mundo real.
Nesta seção, discutimos velocidade e outras taxas de variação, enfatizando a in-
terpretação gráfica em termos de retas tangentes. Nesse estágio, não podemos definir
42 CÁLCULO

precisamente as retas tangentes. Isso terá que esperar até o Capítulo 3. Nesse ínterim,
podemos pensar numa reta tangente como uma reta que passa de raspão numa curva
num ponto, como nas Figuras l(A) e (B) (mas não (C)).

\
\
\

FIGURA 1 A reta é tangente em (A) e


(B) mas não em (C). (A) (B) (C)

forças. Para expressar as leis em forma matemáti-


ca, Newton inventou o Cálculo, que ele entendia
PERSPECTIVA como a matemática da variação.
HISTÓRICA Mais de cinqüenta anos antes do traba-
lho de Newton, o astrônomo Johannes Kepler
(1571-1630) descobriu suas três leis do movimen-
to planetário, incluindo a lei que afirma que a traje-
tória de um planeta em tomo do Sol é elíptica. Ele
A filosofia está escrita nesse grande livro - quero dizer, encontrou essas leis por meio de uma análise me-
o Universo - que permanece continuamente aberto aos ticulosa de dados astronômicos, mas ele não con-
nossos olhos, mas não pode ser entendido a menos que seguiu explicar porque elas eram verdadeiras. As
compreendamos primeiro a linguagem... em que está leis de Newton explicam o movimento de qualquer
escrito. Ele está escrito na linguagem da Matemática... objeto - planeta ou pedregulho - em termos de
-GALILEO ÜALILEI, 1623 forças agindo sobre ele. De acordo com Newton,
os planetas, se deixados sozinhos, percorreriam
A revolução científica dos séculos XVI e XVII trajetórias retilíneas. Como suas trajetórias são
alcançou seu ápice no trabalho de Isaac Newton elípticas, alguma força - nesse caso, a força gra-
(1643-1727), que foi o primeiro cientista a mos- vitacional do Sol - deve estar agindo para fazê-los
trar que o mundo físico, não obstante sua com- mudar continuamente de direção. Numa exibição
plexidade e diversidade, é governado por um de habilidade matemática ímpar, Newton provou
número pequeno de leis universais, como a lei que as leis de Kepler seguem da lei do quadrado
do movimento e da gravidade. Um dos grandes inverso da gravidade por ele mesmo formulada.
discernimentos de Newton foi que as leis uni- Ironicamente, a prova que Newton escolheu para
versais não descrevem o mundo como ele é, nem publicar em 1687 em sua grande obra Principia
agora nem em algum instante particular, mas sim Mathematica utiliza argumentos geométricos em
como o mundo varia com o tempo em função de vez do Cálculo que ele mesmo havia inventado.

Velocidade
Embora seja costume chamar a Considere um objeto em movimento retilíneao ao longo de uma reta. Quando falamos
"velocidade escalar" simplesmente de de sua velocidade, normalmente pensamos em sua velocidade instantânea, que nos
"velocidade", devemos saber distinguir
esses termos quando for preciso. No
diz a magnitude da velocidade, a direção e o sentido do objeto num dado momento.
movimento retilíneao, a velocidade Contudo, como sugerimos acima, a velocidade instantânea não tem uma definição
pode ser positiva ou negativa imediata. É mais fácil definir a velocidade média ao longo de um dado intervalo de
(indicando o sentido do movimento).
tempo como o quociente
A velocidade escalar é o valor absoluto
da velocidade e é sempre positiva.
variação na posição
Velocidade média = - - - - - - - - - - - - -
comprimento do intervalo de tempo

Por exemplo, se um carro trafega 200 quilômetros em 4 horas, então sua velocidade média
durante esse período de 4 horas é 2~ = 50 km/h. Num dado momento qualquer, o carro
pode estar mais rápido ou mais lento do que a média.
Ao contrário da velocidade média, não podemos definir a velocidade instantânea
como um quociente porque teríamos que dividir pelo comprimento do intervalo de tem-
po (que é zero). Contudo, podemos estimar a velocidade instantânea calculando as ve-
CAPITULO 2 limites 43

locidades médias ao longo de intervalos de tempo sucessivamente menores. O princípio


que nos guia é o seguinte: a velocidade média ao longo de um intervalo de tempo muito
pequeno está muito próxima da velocidade instantânea. Para explorar mais essa idéia,
introduzimos alguma notação.
Para indicar a variação de uma função ou variável, costumamos utilizar a letra grega
D. (delta). Se s(t) for a posição de um objeto (a distância da origem) no instante te [to , ti]
for um intervalo de tempo, denotamos

b.s = s(t1) - s(to) = variação na posição

b.t = ti - to = variação no tempo (comprimento do intervalo)


o Para ti -:t- to,
4

. . b.s s(ti) - s(to)


Velocidade média ao longo de [to , ti ] = - =- ---
16 b.t t1 - to

A variação na posição b.s também é denominada deslocamento, ou variação líquida da


posição.
Um movimento que estudaremos é o de um objeto caindo em direção à Terra pela
FIGURA 2 A distância percorrida por influência da gravidade (supondo nenhuma resistência do ar). Galileu descobriu que se o
um objeto caindo depois de t segundos objeto for largado do repouso no instante t = O(ver Figura 2), então a distância percorrida
é s(t) = l6t 2 pés. depois de t segundos é dada pela fórmula

s(t) = l6t2 pés


• EXEMPLO 1 Uma pedra é largada do repouso e cai em direção à Terra. Calculando a
velocidade média ao longo de vários intervalos de tempo pequenos, dê uma estimativa da
velocidade instantânea em t = 0,5.

TABELA 1 Solução Pela fórmula de Galileu, a distância percorrida pela pedra depois de t segundos é
s(t) = 16t 2. Usamos isso para calcular a velocidade média ao longo dos cinco intervalos
Intervalo de Velocidade
de tempo listados na Tabela 1. Para encontrar a velocidade média da pedra ao longo do
tempo média
primeiro intervalo [to, ti]= [0,5; 0,6], calculamos as variações
[0,5; 0,6] 17,6
[0,5; 0,55] 16,8 b.s = s(0,6) - s(0,5) = 16(0,6)2 - 16(0,5)2 = 5,76 - 4 = 1,76 pés
[0,5; 0,51] 16,16 D.t = 0,6- 0,5 = 0,1 s
[0,5; 0,505] 16,08
A velocidade média ao longo de [0,5; 0,6] é o quociente
[0,5; 0,5001] 16,0016
b.s s(0,6) - s(0,5) 1,76 ,
- = ----- = - = 17,6pes/s
D.t 0,6 - 0,5 0,1

Observe que não há nada de especial A Tabela 1 mostra os resultados de contas análogas para vários intervalos de compri-
sobre os intervalos de tempo específicos mento sucessivamente menores. É claro que a velocidade média se aproxima de 16 pés/s
mostrados na Tabela 1. Estamos
procurando estabelecer um padrão
quando o intervalo de tempo diminui:
de comportamento e poderíamos ter
utilizado quaisquer intervalos [0,5; t] 17,6; 16,8; 16,16; 16,08; 16,0016
para valores de t tendendo a 0,5.
Também poderíamos ter escolhido Formulamos essa tendência dizendo que a velocidade média converge a 16 ou que 16 é
intervalos [t; 0,5], para t < 0,5. o limite da velocidade média quando o comprimento do intervalo de tempo encolhe para
zero. Isso sugere que a velocidade instantânea em t = 0,5 é 16 pés/s. •

A conclusão nesse exemplo está correta, mas precisamos baseá-la num raciocínio
mais formal e preciso. Isso será feito no Capítulo 3, depois de desenvolvermos o con-
ceito de limite.
44 CÁLCULO

Interpretação gráfica da velocidade


A idéia de que a velocidade média converge para a velocidade instantânea quando en-
curtamos o intervalo de tempo tem uma interpretação visual muito boa em termos de
retas secantes onde, por definição, uma reta secante é uma reta que passa por dois
pontos de uma curva.
Considere o gráfico da posição s(t) de um objeto em movimento ao longo de uma
reta, como na Figura 3. O quociente que utilizamos para definir a velocidade média ao
longo de [to , ti] é nada mais que a inclinação da reta secante pelos pontos (to , s(to)) e
(t1 , s (t1) ). Para t1 -::t to,

D..s s(t1) - s(to)


Velocidade média = inclinação da reta secante = - = - - - - -
M t1 - to

s (posição) Reta secante


s(t 1)
'
'''
i M = s(t1)-s(t0)

s(to) - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - .J

FIGURA 3 A velocidade média ao


longo de [to , t1] é igual à inclinação
t 1 t (tempo)
da reta secante.

Interpretando a velocidade média como uma inclinação, podemos visualizar o que


ocorre quando os intervalos de tempo ficam menores. A Figura 4 mostra o gráfico de
s(t) = 16t 2 junto com as retas secantes para os intervalos de tempo [0,5; 0,6], [0,5; 0,55]
e [0,5; 0,51]. Vemos que, à medida que o intervalo encolhe, as retas secantes ficam cada
vez mais próximas da - e parece que giram para a - reta tangente em t = 0,5.

s (pés)
17,6
16•8
16,16
l
Inclinação
das secantes
16 Inclinação
da tangente
Intervalo de Velocidade
tempo média

FIGURA 4 A reta secante "gira para" [0,5; 0,6] 17,6


a reta tangente quando diminui o [0,5; 0,55] 16,8
intervalo de tempo. Observação: As
[0,5; 0,51] 16,16 0,5 0,51 0,55 0,6 t (segundos)
figuras não estão desenhadas em escala.

Como as retas secantes tendem à reta tangente, as inclinações das retas secantes
se aproximam cada vez mais da inclinação da reta tangente. Em outras palavras, a
afirmação
Quando o intervalo de tempo encolhe para zero, a velocidade média tende para a velocidade
instantânea.

tem a interpretação gráfica


Quando o intervalo de tempo encolhe para zero, a inclinação da reta secante tende à inclinação
da reta tangente.
CAPITULO 2 limites 45

Assim, somos levados à interpretação seguinte: a velocidade instantânea é igual à incli-


nação da reta tangente. Essa conclusão e sua generalização a outras taxas de variação são
fundamentais em quase todos aspectos do Cálculo Diferencial e suas aplicações.

Outras taxas de variação


A velocidade é apenas um dos muitos exemplos de taxas de variação (que abreviamos
TDV). Nosso raciocínio pode ser aplicado a qualquer quantidade y que seja uma função
A palavra "instantânea" costuma ser
omitida. Quando utilizamos a expressão de uma variável x, digamos y = f (x). Para qualquer intervalo [xo , xi] denotamos
"taxa de variação" fica subentendido
que estamos nos referindo à taxa de !),.j = f(x1) - f(xo), !),.x = x, -xo
variação instantânea.
Para x, :;t xo, a taxa de variação média de y em relação a x ao longo de [xo, xi] é o
quociente

TDV média= !),.j = f(xi) - f(xo)


As vezes escrevemos t:i.y e t; em vez !),.x x, -xo
M
1de t:,.je t,.x· '-,-'
Inclinação da reta secante

A taxa de variação instantânea é o limite das taxas de variação médias. Podemos es-
timar a taxa de variação instantânea em x = xo calculando a taxa de variação média ao
longo de intervalos cada vez menores. No exemplo precedente, consideramos somente
intervalos do lado direito [xo, xi]. No próximo exemplo, calculamos a TDV média para
intervalos de ambos lados de xo.

Um avião voando mais rápido do • EXEMPLO 2 Velocidade do som no ar A fórmula v = 20,Jf dá uma boa aproximação
que a velocidade do som produz um da velocidade do som v no ar seco (em rn/s) como uma função da temperatura do ar T (em
estrondo sônico. Como a temperatura
decresce linearmente com altitudes
kelvins).
até aproximadamente 37.000 pés, os (a) Calcule a TDV média devem relação a Tao longo do intervalo [273, 300]. Quais são
pilotos de caças supersônicos podem
estimar a velocidade do som em as unidades dessa TDV? Esboce a reta secante correspondente.
termos da altitude. (b) Dê uma estimativa da TDV instantânea quando T = 273 K calculando as taxas
médias ao longo de intervalos pequenos que estejam tanto à esquerda quanto à direita
de T= 273.

Solução
(a) A TDV média ao longo do intervalo de temperatura [273, 300] é

!),.v = 20.J3õõ - 20,Jfü ~ 15,95 ~ 0 59 m s or K


!),. T 300 - 273 27 ' / p
Como isso é a taxa média de aumento de velocidade por aumento de grau na temperatura,
as unidades apropriadas são metros por segundo por kelvin. Essa TDV é igual à inclinação
da reta pelos pontos em que T = 270 e T = 300 no gráfico da Figura 5.

v (mls)
400

/
/
/
.,,.- -- ''
300 I
1
I
1 I
200 1 I
/

100
..... _____ ,,,, /
/

~--+---+-~+----+---+--T(K)
FIGURA 5 O gráfico de v = 20./f. 273 00
46 CÁLCULO

Inclinação das secantes

v (m/s)
0,60550 1
/0,60534
~0,60523
v (m/s) Inclinação das secantes

Reta tangente
~
0,60522
~0,60517
____ 0,60495
l

~ - - - + - + - - - - - - T(K) ' - - - - - -++-+-- +--- - T(K)


272,5 273 273 273,5

FIGURA 6 As retas secantes para intervalos FIGURA 7 As retas secantes para intervalos à
à esquerda de T = 273. direita de T = 273.

TABELA 2 Intervalos do TABELA 3 lntervalos do


lado esquerdo lado direito
Intervalo de TDV Intervalo de TDV
temperatura média temperatura média
[272,5; 273] 0,60550 [273; 273,5] 0,60495
[272,8; 273] 0,60534 [273; 273,2] 0,60512
[272,9; 273] 0,60528 [273; 273,1] 0,60517
[272,99; 273] 0,60523 [273; 273, 01] 0,60522

(b) Para estimar a TDV instantânea em T = 273, calculamos a TDV média para vários
y
intervalos à esquerda (Figura 6) e à direita (Figura 7) de T = 273. Os resultados aparecem
nas Tabelas 2 e 3. Ambas tabelas sugerem que a taxa instantânea é aproximadamente
0,605 m/s por K. •

Para concluir esta seção, recordamos um ponto importante discutido na Seção


1.2: para qualquer função linear f (x) = mx + b, a taxa de variação média ao longo de
qualquer intervalo é igual à inclinação m (Figura 8). De fato, para o intervalo [xo, x ,]
com x , -:t-xo,

tif f(x 1) - f(xo) (mx , + b) - (mxo + b) m(x1 - xo)


tix x, -xo x,-xo x,
-xo
=m

FIGURA 8 Para uma função linear, o A taxa de variação instantânea em x = xo também é igual a m por ser o limite das taxas de
quociente t::.flt::.x é igual à inclinação m variação médias. Esse resultado faz sentido graficamente porque cada reta secante e cada
em qualquer intervalo. reta tangente coincidem com o próprio gráfico daf (x).

2.1 RESUMO
• A taxa de variação (TDV) média de y = f (x) ao longo de um intervalo [xo, xi] é

TDV média= tif = f(x , ) - f(xo)


tix x , - xo
CAPITULO 2 limites 47

A TDV média é interpretada graficamente como a inclinação da reta tangente pelos pon-
tos (xo, f(xo)) e (x1, f(x1)) do gráfico def(x).
• Estimamos a taxa de variação instantânea em x = xo calculando a TDV média ao longo
de intervalos [xo, x1] (ou [x1 , xoD para x1 perto de xo. A TDV instantânea é o limite das
taxas de variação médias.
• A TDV instantânea é interpretada graficamente como a inclinação da reta tangente em xo.
• A velocidade de um objeto em movimento retilíneo é a TDV da posição s(t) do objeto
no instante t.
• Se f (x) = mx + b é uma função linear, então a taxa de variação média ao longo de qualquer
intervalo e a taxa de variação instantânea em qualquer ponto são iguais à inclinação m.

2.1 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. A velocidade média é definida como um quociente de quais duas 5. Qual é a interpretação gráfica da afirmação seguinte: a TDV mé-
quantidades? dia tende à TDV instantânea quando o intervalo [xo, xi] encolhe
paraxo?
2. A velocidade média é igual à inclinação de uma reta secante por
dois pontos de um gráfico. Qual gráfico? 6. A TDV da temperatura atmosférica em relação à altitude é igual
à inclinação da reta tangente ao gráfico. Qual gráfico? Quais se-
3. A velocidade instantânea pode ser definida como um quociente? rão as unidade possíveis dessa taxa?
Se não puder, como calculamos a velocidade instantânea?

4. Qual é a interpretação gráfica da velocidade instantânea num ins-


tante t = to?

Exercícios
1. Uma bola é largada do repouso no instante t = O. A distância [0,999; I] e [0,9999; !]. Use isso para estimar a velocidade
percorrida depois de t segundos é s(t) = 16t 2 pés. instantânea em t = 1.
(a) Qual é a distância percorrida pela bola no intervalo de tempo
7. Com um depósito inicial de 100 dólares, o saldo numa conta de
[2; 2,5]?
poupança depois de t anos é f (t) = l 00(1 ,08/ dólares.
(b) Calcule a velocidade média ao longo de [2; 2,5].
(a) Quais são as unidades da TDV def(t)?
(e) Calcule as velocidades médias ao longo dos intervalos de tempo
(b) Encontre a TDV média ao longo de [O; 0,5] e [O, l].
[2; 2,01], [2; 2,005], [2; 2,001], [2; 2,00001]. Use isso para esti-
mar a velocidade instantânea do objeto em t = 2. (e) Dê uma estimativa da taxa de variação instantânea em t= 0,5
calculando a TDV média ao longo de intervalos à esquerda e à
2. Uma chave inglesa é largada do repouso no instante t = O. Dê uma direita de t = 0,5.
estimativa da velocidade instantânea dessa chave em t = 1, supondo
que a distância percorrida depois de t segundos seja s(t) = 16t2. 8. A distância percorrida por uma partícula no instante t é
s(t) = t 3 + t. Calcule a velocidade média ao longo do intervalo
3. Seja v = 20../f como no Exemplo 2. Dê uma estimativa da TDV de tempo [l, 4] e dê uma estimativa da velocidade instantânea
instantânea de v em relação a T quando T = 300 K. em t = l.
4. Calcule !).y/1).x para o intervalo [2, 5], onde y = 4x - 9. Qual é a Nos Exercícios 9-12 dê uma estimativa da taxa de variação instantâ-
TDV instantânea de y em relação a x em x = 2? nea no ponto indicado.

Nos Exercícios 5-6, uma pedra é jogada para cima a partir do chão 9. P(x) = 4x 2 - 3; x =2 10. f (t) = 3t - 5; t = -9
com uma velocidade inicial de 15 m/s. Sua altura no instante t é
h(t) = 15t - 4,9t 2 m. 1
J3t+T; t =
11. y(x) = X+ 2 ; X= 2 12. y(t) = l

5. Calcule a velocidade média da pedra ao longo do intervalo de


tempo [0,5; 2,5] e indique a reta secante correspondente num es- 13. A temperatura T (em ºF) acima de um certo ponto da Terra é
boço do gráfico de h(t). T = 59 - 0,00356h, onde h é a altitude em pés (válida para
h :::: 37.000). Quais são as taxas de variação média e instantânea
6. Calcule as velocidades médias da pedra ao longo dos inter- de Tem relação ah? Por que elas coincidem? Esboce o gráfico
valos de tempo [l ; 1,01], [l ; 1,001], [l ; 1,0001], [0,99; l], de Tpara h ::: 37.000.
48 CÁLCULO

14. A altura (em pés) no instante t (em segundos) de um pequeno peso (a) As velocidades instantâneas nos instantes t 1, t2 , t3 em (A) for-
oscilando na extremidade de uma mola é h(t) = 0,5 cos (8t). mam uma seqüência crescente ou decrescente?
(a) Calcule a velocidade média do peso ao longo dos intervalos de (b) Em (A), a partícula está aumentando ou diminuindo a veloci-
tempo [O, l] e [3, 5]. dade?
(b) Dê uma estimativa da velocidade instantânea em t = 3. (e) Em (B), a partícula está aumentando ou diminuindo a veloci-
dade?
15. Na Figura 9 está esboçado o número P(t) de bactérias numa placa
no instante t (em horas).
(a) Calcule a TDV média de P(t) ao longo do intervalo [l , 3] e dese- .,
nhe a reta secante correspondente. 'ô
e
~
(b) Dê uma estimativa da inclinação m da reta na Figura 9. O que "'
õ
representam?

P(t)
t 3 Tempo Tempo
10.000
(B)
8.000 ......... .....;........... ...... ;............ . .1 ..... . ...,
FIGURA 11
6.000 t-····················!······················!···········: /·········;·······················i
4.000 + ···············< ················· / ··::7""" 19. Os gráficos na Figura 12 representam a posição s de uma partícu-
la como uma função do tempo t. Combine cada gráfico com uma
2.000 das afirmações seguintes:
1.000
(a) Aumentando a velocidade
2 3
t (horas) (b) Aumentando e depois diminuindo a velocidade
FIGURA 9 O número de bactérias no (e) Diminuindo a velocidade
instante t.
(d) Diminuindo e depois aumentando a velocidade

16. ~ Calcule.Jx+T - .Jx parax= 1, 10,100, 1000. O valor


s s
.Jx varia mais rapidamente quando x é grande ou pequeno?

~' Ll,
Interprete sua resposta em termos de retas tangentes ao gráfico
dey = .Jx.

17. ~ Suponha que o período T (em segundos) de um pêndulo


(isto é, o tempo que leva um ciclo completo de ida e volta do
pêndulo) seja T = fJI, onde L é o comprimento do pêndulo
(A) (B)
(em metros).
(a) Quase são as unidades da TDV de Tem relação a l? Explique o s s
que essa taxa mede.
(b) Quais quantidades estão representadas pelas inclinações das re-
tas A e B na Figura 10?
(e) Dê uma estimativa da TDV instantânea de Tem relação a L quan-
=
do l 3 m.
~' lL,
(C)

FIGURA 12
(D)

3 2 20. Um epidemiologista descobre que a percentagem N(t) de crian-


ças suscetíveis que foram infectadas no dia t durante as três pri-
meiras semanas de uma epidemia de sarampo é dado, aproxima-
damente, pela fórmula

NU)=~-~l_OO_t_2_ _
3 t3 + St2 - lO0t + 380
Comprimento (m)
FIGURA 10 O período Té o tempo necessário para um Um gráfico de N(t) aparece na Figura 13.
pêndulo balançar um ciclo completo. (a) Desenhe a reta secante cuja inclinação seja a taxa média do au-
mento de crianças infectadas durante os intervalos entre os dias
18. Os gráficos na Figura 11 representam a posição de uma partícula 4 e 6 e entre os dias 12 e 14. Em seguida, calcule essas taxas
em movimento como uma função do tempo. médias (em unidades de percentagem por dia).
CAPITULO 2 limites 49

Percentual infectado (d) Desenhe uma reta tangente em t = 40 e dê uma estimativa de


20 sua inclinação. Para calcular a inclinação, escolha quaisquer dois
pontos da reta tangente.
15

10

2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
Percentagem infectada 1OO
80

60 I
V ---
Tempo (dias)
40 /
FIGURA 13 O gráfico de N(t).
20 /
(b) Dê uma estimativa da TDV de N(t) no dia 12. [/1
10 20 30 40 50 60
21. Na Figura 14 o gráfico da fração da população de uma cidade
Dias depois do plantio
infectada por um vírus da gripe está esboçado como função de
tempo t (em semanas). FIGURA 15

(a) Quais quantidades estão representadas pelas inclinações das re-


tas A e B? Estime essas inclinações. 23. ($] Seja v = 20.Jf como no Exemplo 2. A TDV de v em re-
(b) A epidemia está se espalhando mais rapidamente em t = l, 2 ou 3? lação a T é maior a temperaturas baixas ou altas? Explique em
termos do gráfico.
(e) A epidemia está se espalhando mais rapidamente em t = 4, 5 ou 6?
24. ($] Se um objeto em movimento retilíneo (mas com velocida-
Fração infectada de variável) percorre !:u pés em !::.t segundos, então sua veloci-
0,3 dade média é vo = t::.s / !::.t pés/s. Mostre que ele percorreria a
mesma distância se a percorresse a velocidade constante vo ao
longo do mesmo intervalo !::.t de segundos. Essa é uma justifica-
0,2 tiva para chamar !::.sit::.t de velocidade média.

25. ($] Esboce o gráfico de f (x) = x(l - x) em [O, l]. Usando


0,1
apenas o gráfico e não fazendo conta alguma, encontre:
(a) A TDV média ao longo de [O, l]
2 3 4 5 6 (b) A TDV (instantânea) em x =½
FIGURA 14 (e) Os valores de x nos quais a TDV é positiva

22. O fungo fusarium exosporium infecta uma plantação de linho 26. ($] Qual dos gráficos da Figura 16 tem a propriedade seguinte:
através das raízes, provocando o definhamento da planta e, de- para todo x, a TDV média ao longo de [O, x] é maior do que a
pois de um certo tempo, toda a plantação está infectada. A per- TDV instantânea em x? Explique.
centagem! (t) de plantas infectadas como função de tempo t (em
dias) desde o plantio está mostrada na Figura 15.
(a) Quais são as unidades da TDV def(t) em relação a t? O que sig-
nifica essa taxa?
(b) Use o gráfico para ordenar (do menor ao maior) as taxas de infec-
ção médias ao longo dos intervalos [O, 12], [20, 32] e [40, 52].
X
(e) Use a tabela seguinte para calcular as taxas de infecção médias X

ao longo dos intervalos [30, 40], [40, 50] e [30, 50]: (A) (B)

FIGURA 16
Dias O 10 20 30 40 50 60
Percentagem infectada O 18 56 82 91 96 98

Compreensão adicional edesafios


27. A altura de um projétil disparado verticalmente para cima com (a) Calcule h( l ). Mostre que h(t) - h( l) pode ser fatorado, com fator
velocidade inicial de 64 pés/sé h(t) = 64t - 16t2 pés. (t - l).
50 CÁLCULO

(b) Usando (a), mostre que a velocidade média ao longo do intervalo


31. ~ Seja T = ~JI como no Exercício 17. Os números na se-
[1 , t] é -16(t - 3). gunda coluna da Tabela 4 são crescentes e os da última decres-
(e) Use essa fórmula para encontrar a velocidade média ao longo centes. Explique isso em termos do gráfico de T como função de
de vários intervalos [1 , t] com t perto de 1. Em seguida, dê uma L. Explique, também, por que a TDV instantânea em L = 3 está
estimativa da velocidade instantânea no instante t = 1. entre 0,4329 e 0,4331.

28. Seja Q(t) = t 2. Como no exercício anterior, encontre uma fór-


mula para a TDV média de Q ao longo do intervalo [1 , t] e use-a TABELA 4 Taxas de variação médias de Tem relação a L
para estimar a TDV instantânea em t = 1. Repita isso para o in-
tervalo [2, t] e dê uma estimativa da TDV instantânea em t = 2.
Intervalo TDVmédia Intervalo TDVmédia
[3; 3,2] 0,42603 [2,8; 3] 0,44048
29. Mostre que a TDV média de f(x) = x 3 ao longo de [l ,x] é igual
[3; 3,1] 0,42946 [2,9; 3] 0,43668
a x 2 + x + 1. Use isso para estimar a TDV instantânea def (x)
emx= 1. [3; 3,001] 0,43298 [2,999; 3] 0,43305

30. Encontre uma fórmula para a TDV de f(x) = x 3 ao longo de [3; 3,0005] 0,43299 [2,9995; 3] 0,43303
[2, x] e use-a para estimar a TDV instantânea em x = 2.

2.2 Limites: abordagem numérica egráfica


Como observamos na introdução deste capítulo, o conceito de limite desempenha um pa-
pel fundamental em todos aspectos do Cálculo. Nesta seção, definimos limites e os estu-
damos usando técnicas numéricas e gráficas. Começamos com a seguinte pergunta: Como
se comportam os valores de uma função f (x) quando x tende a um número c, estando ou
não definido o valor f (c)?
Para explorar essa questão, experimentemos com a função
senx
f(x) = -- (x em radianos)
X

O valor f (O) não está definido pois

seno o
A expressão não definida§ também é f(O) = - 0- = Õ (não definido)
1chamada de "forma indeterminada".
Mesmo assim,f(x) pode ser calculada para valores de x perto de O. Quando fazemos isso,
surge uma tendência clara (ver tabela à esquerda e Tabela 1 na próxima página).
senx Para descrever essa tendência, utilizamos a frase "x tende a O" para indicar que x toma
X
X valores (tanto positivos quanto negativos) que se aproximam cada vez mais de O. A nota-
1 0,841470985 ção para isso é x-+ O. Escrevemos:
0,5 0,95885 1077
0,1 0,998334166
• x-+ 0+ se x tende a Opela direita (por valores positivos)
0,05 0,999583385 • x-+ O- se x tende a Opela esquerda (por valores negativos)
0,01 0,999983333
0,005 0,999995833 Agora considere os valores listados na Tabela 1. Essa tabela dá a impressão inconfundível
0,001 0,999999833 de que f (x) se aproxima cada vez mais de 1 quando x tende a O por valores positivos ou
negativos.
X-+ 0+ f (x) -+ 1
Essa conclusão é reforçada pelo gráfico def(x) na Figura 1. O ponto (O, 1) está ausen-
te do gráfico pois f (x) não está definida em x = O, mas o gráfico se aproxima desse ponto
ausente quando x tende a Opela esquerda e direita. Dizemos que o limite de f (x) quando
x -+ Oé igual a 1 e escrevemos

lim f(x) =1
x--+ O

Também dizemos quef(x) tende, ou converge, a 1 quando x-+ O.


CAPITULO 2 limites 51

TABELA 1

senx senx
y X X
X X

0,841470985 -1 0,841470985
0,5 0,958851077 -0,5 0,958851077
0,1 0,998334166 -0,1 0,998334166
0,05 0,999583385 - 0,05 0,999583385
-~----+----+--------x 0,01
0,005
0,999983333
0,999995833
-0,01
-0,005
0,999983333
0,999995833
sen x 0,001 0,999999833 -0,001 0,999999833
FIGURA 1 O gráfico de f(x) = - -.
X
x ~o+ f(x) ~ l x~o- f(x) ~ l

ENTENDIMENTO C0NCEITUAL A evidência numérica e gráfica pode nos ter convencido


senx
que f (x) = - - converge a 1 quando x -+ O. Porém, como f (O) = 0/0, não pode-
x
ríamos ter chegado a essa conclusão simplesmente decretando que 0/0 = 1? A res-
posta é não. Não é correto dizer que 0/0 é igual a 1 ou qualquer outro número. Na
verdade, se 0/0 fosse igual a um número específico, poderíamos provar a igualdade
absurda de que 2 = 1:

2 (Q) = 2(0) = Q
o o o
2=1 (cancelando 0/0 de ambos lados)

A expressão 0/0 não é definida e, em nosso exemplo, ocorre que o limite def(x) é 1.
Encontraremos outros exemplos em que a fórmula de uma funçãof(x) produz 0/0 e o
limite não é igual a 1.

Definição de limite
Agora definiremos mais formalmente os limites. Lembre que a distância entre dois núme-
ros a e b é o valor absoluto la - bl, de modo que podemos expressar a idéia de que/ (x)
está próximo de L dizendo que 1/ (x) - LI é pequeno.

Embora seja fundamental no Cálculo,


o conceito de limite não foi totalmente DEFINIÇÃO Limite Suponha que/ (x) esteja definida para todos x perto de e (ou seja,
esclarecido até o século XIX. O de algum intervalo contendo e), mas não necessariamente no próprio e. Dizemos que
matemático francês Augustin-Louis
Cauchy (1789-1857, pronunciado
o limite de f (x) quando x tende a e é igual a L
"coxí") deu a seguinte definição verbal:
"Quando os valores sucessivamente
se 1/ (x) - LI fica arbitrariamente pequeno quando x for qualquer número suficiente-
atribuídos a uma mesma variável
tendem indefinidamente a um valor mente próximo de (mas não igual a) e. Nesse caso, escrevemos
fixado, de tal modo que acabam
diferindo desse valor por tão pouco
quanto se possa desejar, esse último
lim f (x)
x ---. c
=L 1
l
valor é denominado o limite de todos
os outros. Assim, por exemplo, um
número irracional é o limite das várias Também dizemos que/ (x) converge a L quando x-+ e (e escrevemos/ (x)-+ L).
frações que fornecem valores que o
aproximam cada vez mais."
Se os valores def(x) não convergirem a algum limite quando x -+ e, dizemos que lim f (x)
x---.c
não existe. É importante observar que o próprio valor f (e), que pode ou não estar definido,
52 CÁLCULO

não desempenha papel algum no limite. Tudo que interessa são os valores de f (x) para
x perto de e. Além disso, se f (x) tender a um limite quando x ~ e, então esse valor L é
único.

• EXEM PLO 1 Use a definição anterior para verificar os limites seguintes:


(a) lim 5 = 5 (b) lim(3x + l) = 13
x~ 7 x~4

Solução
(a) Sejaf (x) = 5. Para mostrar que x~7
lim f (x) = 5, devemos mostrar que lf (x) - 51 se
toma arbitrariamente pequeno quando x estiver suficientemente próximo de (mas não
igual a) 7. Mas lf (x) - 51 = 15 - 51 = Opara todo x, portanto o que precisamos mostrar
está automaticamente satisfeito (e nem precisamos tomar x perto de 7).
(b) Seja f (x) = 3x + 1. Para mostrar que lim (3x + 1) = 13, devemos mostrar que o
x~4
valor lf (x) - 131 se toma arbitrariamente pequeno quando x estiver suficientemente pró-
ximo de (mas não igual a) 4. Temos

lf(x) - 131 = 1(3x + 1) - 131 = 13x - 121 = 31x - 41

Como lf(x) - 131 é um múltiplo de lx - 41, podemos tomar lf(x) - 131 arbitrariamente
pequeno tomando x suficientemente próximo de 4. •

Raciocinando como no Exemplo 1, mas com constantes arbitrárias, obtemos os se-


guintes resultados simples mas importantes:

TEOREMA 1 Para quaisquer constantes k e e, (a) lim k


x~ c
=k e (b) lim x
X~ C
= e.

Aqui está uma maneira de enunciar a Para tratar com limites mais complicados de uma maneira rigorosa, é necessário tor-
definição de limite de modo preciso: nar as frases "arbitrariamente pequeno" e "suficientemente próximo" mais precisas por
lim f (x) = L se, para qualquer 11,
x->c meio de desigualdades. Isso será feito na Seção 2.8.
tivermoslf(x) - LI < 10- 11 , sempre
que O< lx - cl < 10-111 (onde a
escolha de m depende de 11).
Investigação gráfica e numérica
Nosso objetivo no resto desta seção é desenvolver um melhor entendimento intuitivo dos
limites, por meio de uma investigação gráfica e numérica.

Investigação gráfica Utilize um recurso gráfico para produzir um gráfico def(x). O gráfico
deveria dar uma indicação visual sobre a existência ou inexistência do limite. Muitas ve-
zes podemos usar um gráfico para estimar o valor do limite.

Investigação numérica Para investigar lim f (x ),


X~C

(i) elabore uma tabela de valores de f (x) para x perto de mas menor do que e;
(ii) elabore uma segunda tabela de valores de f (x) para x perto de mas maior do que e;
(iii) se ambas tabelas indicarem convergência ao mesmo número L, tomamos L como
Lembre que investigações gráficas e uma estimativa do limite.
numéricas fornecem evidência para
um limite mas não provam que o As tabelas deveriam conter uma quantidade suficiente de valores para revelar um claro pa-
limite exista ou tenha um determinado
drão de convergência para o valor L. Sef(x) tender a um limite, os valores sucessivos de
valor. Isso é feito utilizando as leis
de limite, que serão estabelecidas na f (x ) em geral são iguais em cada vez mais casas decimais à medida que tomamos x mais
próxima seção. perto de e. Se não emergir algum padrão, então o limite pode não existir.
CAPITULO 2 limites 53

x -9
• EXEMPLO 2 Investigue o limite lim r;; gráfica e numericamente.
x ~9 yX - 3

Solução O gráfico de f (x)


não esta, defi mºdo:
= :x-
X -
9
3
na Figura 2 tem um buraco em x = 9 porque f (9)

9-9 O
f(9) =~ =- (não definido)
-v9 - 3 O

Contudo, o gráfico indica quef (x) tende a 6 quando x ~ 9. Para obter evidência numéri-
ca, consideramos a tabela de valores de f (x) para x tendendo a 9 tanto pela direita quanto
pela esquerda. Os valores listados na Tabela 2 confirmam nossa impressão de que

x-9
lim - - - = 6
x ~ 9 .Jx - 3 •
y
TABELA 2
9
x- 9 x- 9
X X
6 .jx- 3 .jx-3
8,9 5,98329 9,1 6,01662
3
8,99 5,99833 9,01 6,001666
8,999 5,99983 9,001 6,000167
3 6 9 12 8,9999 5,9999833 9,0001 6,0000167
x- 9
FIGURA2 Ográficodef(x) = ~-
vx - 3

• EXEMPLO 3 Um limite que iguala o valor funcional Investigue o limite lim x 2 gráfica e
x ~4
numericamente.

Solução Seja f (x) lim x 2 = 16. É


= x 2. A Figura 3 e a Tabela 3 ambas sugerem que x~4
claro que, nesse caso,f (4) está definido ef (4) = 16, portanto o limite é igual ao valor
funcional. Essa conclusão conveniente é válida sempre quef(x) for uma função contínua,
um conceito que será estudado na Seção 2.4. •

y
TABELA 3

X x2 X x2

16
/; 3,9 15,21 4,1 16,81
3,99 15,9201 4,01 16,0801

11 X
3,999
3,9999
15,992001
15,99920001
4,001
4,0001
16,008001
16,00080001

2 4 6

FIGURA 3 O gráfico de f(x ) = x 2. O


limite é igual ao valor funcional! (4) = 16.

l
• EXEMPLO 4 Um limite que não existe Investigue o limite lim sen - gráfica e numeri-
camente.
x~o X

Solução A função f (x) = sen .!.X não está definida em x = O, mas a Figura 4 mostra que
ela fica oscilando entre + 1 e -1 uma infinidade de vezes quando x ~ O. Parece, portanto,
54 CÁLCULO

1
que não existe lim sen - . Essa impressão é confirmada pela Tabela 4, que sugere que os
x-+0 X
valores de f (x) ficam pulando e não tendem para limite algum quando x ~ O. •

y
TABELA 4 Afunção f(_x) = sen ½não tende a um
1 limite quando x --+ O.

X sen - X sen -
X X

0, 1 0,5440 - 0,1 - 0,5440


X
0,05 0,9129 -0,05 -0,9129
-2 -1 2
0,01 -0,5064 -0,01 0,5064
0,001 0,8269 -0,001 -0,8269
0,0005 0,9300 -0,0005 -0,9300
0,00002 -0,9998 -0,00002 0,9998
, 1 0,00001 0,0357 -0,00001 -0,0357
FIGURA 4 O grafico de f (x) = sen -.
X

Limites laterais
Os limites que vimos até aqui são bilaterais. Para mostrar que lim f (x)
X-+C
= L, é necessário
conferir que f (x) converge a L quando x tende a e tanto por valores maiores e menores do
que e. Em alguns casos,f (x) pode tender a L por um dos lados de e sem necessariamente
tender pelo outro lado, ou então f (x) pode estar definida apenas de um dos lados de e. Por
esse motivo, definimos os limites laterais

lim f (x) (limite pela esquerda), lim f (x) (limite pela direita)
X-+C- x-+ c+

O limite (que é bilateral) existe se ambos limites laterais existirem e forem iguais.
y X
• EXEMPLO 5 Limites laterais desiguais Investigue os limites laterais de f (x) =-
quando x ~ O. Existe o limite lim f (x )? lx 1

x-+0
--+-+---+---+-+----+---+- X
-3 -2 -1 2 3 Solução O gráfico na Figura 5 mostra o que está acontecendo. Para x > O, temos
- - - - - - - 0 -]
X X
f(x) =- =- =1
X lxl X
FIGURA 5 O gráfico de y =- .
lxl
Portantof(x) ~ 1 quando x ~ 0+. Mas parax < O.
X X
y f (x) = - = - = -1
lxl -x
3
e, assim,! (x) ~ -1 quando x ~ O-. Vemos que os limites laterais existem:
2
lim f(x) = 1, lim f(x)
x -+ 0-
=- 1
x -+ 0+

Contudo, esses limites laterais não são iguais, portanto não existe lim f (x ).
x-+0 •
• EXEMPLO 6 A funçãof(x) mostrada na Figura 6 não está definida em e= O, 2 e 4. Os
FIGURA 6 limites laterais existem nesses pontos? Se existirem, encontre seus valores.
CAPITULO 2 limites 55

Solução
• e= O: o limite pela esquerda lim f (x) não parece existir pois/ (x) parece oscilar
x---+0-
uma infinidade de vezes à esquerda de O. Do outro lado, lim f (x) = 2.
x---+0+
• e = 2: os limites laterais existem mas não são iguais:
lim f(x) =3 e lim f(x) =1
x ---+2- x---+2+

Portanto, não existe lim f (x ).


x---+2
• e = 4: os limites laterais existem e ambos têm o valor 2. Portanto existe o limite
bilateral e lim f (x) = 2. •
x---+4

Limites infinitos
Algumas funções tendem a oo ou -oo quando x se aproxima de um valor e. Nesse caso, o
limite lim f(x) não existe, mas mesmo assim dizemos que/tem um limite infinito. Mais
X---+ C
precisamente, escrevemos

lim f(x)
X---+C
= oo
se f (x) crescer sem cota quando x -+ e. Se f (x) tende a -oo (isto é,f (x) fica negativo e
lf (x)I -+ oo), então escrevemos

lim f(x)
X---+C
= -oo
Ao utilizar essa notação, lembre que oo e -oo não são números. Limites laterais in-
finitos são definidos de maneira análoga. No próximo exemplo, usamos a notação
x -+ e± para indicar que os limites pela esquerda e pela direita devem ser considera-
dos separadamente.

• EXEMPLO 7 Limites infinitos laterais e bilaterais ICG~lnvestigue graficamente os limites


laterais:
. 1 . 1
(a) hm - - (b) hm -
x---+2± X - 2 x---+ 0± x2

y y

Se f (x) tende a oo ou -oo quando


x tende a c por um ou ambos lados,
dizemos que x = e é uma assíntota
vertical. Por exemplo, na Figura l (A),
-4 -2 2 4
a reta x = 2 é uma assíntota vertical.
-2
O comportamento assintótico será
discutido na Seção 4.5.
-4

1 1
f (x ) = - f(x)= 2
x- 2 X

(A) (B)

FIGURA 7
56 CÁLCULO

Solução
1
(a) A função f (x) = - - é negativa para x < 2 e positiva para x > 2. Como vemos na
x-2
Figura 7(A),f (x) tende a -oo quando x tende a 2 pela esquerda e oo quando x tende a 2
pela direita:
1 1
lim - - = -oo, lim - - =oo
x---->2- X - 2 x---->2+ X - 2

1
(b) A função f (x) = 2 é positiva para todo x -:t- Oe fica arbitrariamente grande quando
X 1
x--+ Ode cada lado [Figura 7(B)]. Portanto, lim 2 = oo. •
x----> 0 X

ENTENDIMENTO CONCEITUAL Não deveríamos pensar num limite infinito como um auten-
tico limite. A notação lim f (x) = oo é só uma maneira abreviada de dizer que f (x)
X---->C
cresce além de qualquer cota quando x tende a e. Devemos ter esse cuidado porque oo
e -oo não são números e podem surgir contradições se os tratarmos como números.
Por exemplo, se oo fosse um número grande maior do que qualquer número finito,
então seria razoável esperar que oo + 1 = oo. Mas isso levaria a

oo+l=oo
(oo + 1) - oo = oo - oo
1 =O (contradição!)

Por esse motivo, as leis de limites discutidas na próxima seção são válidas somente
para limites finitos e não podem ser aplicadas a limites infinitos.

2.2 RESUMO
• Por definição, lim f (x)
X---->C
= L se lf (x) - LI ficar arbitrariamente pequeno quando x
estiver suficientemente próximo de (mas não igual a) e. Então dizemos que o limite
de f (x) quando x tende a e é L. Terminologia alternativa: f (x) converge ou tende a L
quando x tende a e.
• Sef(x) tende a um limite quando x--+ e, então o valor do limite é único.
• Sef(x) não tender a um limite quando x--+ e, dizemos que não existe lim f(x).
X---->C
senx
• O limite pode existir mesmo sef(c) não estiver definido, como no exemplo lim - - .
x----> 0 X

• Limites laterais: lim


X---->C -
f (x) = L se f (x) converge a L quando x tende a e por valores

menOreS do que e e lim f (x)


x ----> c+
= L se f (x) converge a L quando x tende a e por valores
maiores do que e.
• O limite existe se ambos limites laterais existirem e forem iguais.
• Dizemos que lim f (x)
X---->C
= oo se f (x) crescer além de qualquer cota quando x tende a e
e lim f(x)
X---->C
= - oo sef (x) ficar arbitrariamente grande (em valor absoluto) e negativo
quando x tende a e.
CAPITULO 2 limites 57

2.2 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Qual é o limite def(x) = I quando x ~ n? 6. É possível dizer se lim f (x) existe examinando somente os va-
x --.5
tores de f (x) para x perto de e maiores do que 5? Explique.
2. Qual é o limite de g(t) = t quando t ~ n ?
7. Se soubermos que lim f (x) existe, podemos determinar seu va-
3. Pode/ (x) tender a um limite quando x ~ c se/ (c) não estiver x--.5
definido? Se puder, dê um exemplo. lor se soubermos somente os valores def(x) para todo x > 5?

4. lim 20 é igual a 10 ou 20? 8. Quais das informações parciais seguintes são suficientes para de-
X-> 10 terminar se existe lim f (x )? Explique.
x--.5
S. O que a tabela seguinte sugere sobre lim f (x) e lim f(x)? (a) Os valores def(x) para todox
X-> 1- X-> l+
(b) Os valoresdef(x)para todoxem [4,5; 5,5]

X 0,9 0,99 0,999 1,1 1,01 1,001


(e) Os valores de/ (x) para todo x em [4,5; 5,5] diferentes de x =5
(d) Os valores de/ (x) para todo x ~ 5
f(x) 7 25 4317 3,0126 3,0047 3,00011
(e) f (5)

Exercícios
Nos Exercícios 1-4, preencha as tabelas e dê um palpite sobre o valor 0 ±0,002 ±0,0001 ±0,00005 ±0,00001
do limite.
f(0)
x 3 -1
1. ;j\ f(x), onde f (x) = x2 _ (
S. Determine lim f(x) para a funçãof(x) dada na Figura 8.
x--.O,5
X f(x) X f(x)

1,002 0,998 y

1,001 0,999
1,0005 0,9995 1,5

1,00001 0,99999

. cost -1
2. hm h(t), onde h(t) = . Observe que h(t) é par, isto é,
,-.o t2 0,5
h(t) = h(- t).
FIGURA 8

t ±0,002 ±0,000 1 ±0,00005 ±0,00001 6. Alguma das duas funções oscilantes na Figura 9 dá a impressão
h(t) de ter um limite quando x ~ O?

y2-y-2 y
3. lim f (y), onde f(y) = ·
y--. 2 y2 + y - 6 y

y f(y) y f(y)
X
2,002 1,998
2,001 1,999
2,0001 1,9999
(A) (B)
sen0 - 0 FIGURA 9
4. lim f (0), onde f (0) = .
0--.O 03
58 CÁLCULO

Nos Exercícios 7-8, calcule o limite. 34. Determine os limites laterais em c = 1, 2, 4 e 5 da função g(t)
dada na Figura 11 e declare se o limite existe nesses pontos.
7. Jim X 8. lim .J3
x-+2 1 x-+4,2
y

Nos Exercícios 9-18, confira cada um dos limites usando a defi- 4+ . . . . . . . . . . . ,. . . . . . . . . . . . . . .,. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .,. . . . . . . . . . . . . . . . ,. . . . . . . . . .
nição de limite. Por exemplo, no Exercício 9, mostre que 12x - 61
pode ser tornado tão pequeno quanto queiramos, bastando tomar
x próximo de 3.

9. lim 2x =6 10. lim 4 = 4


x-.3 x-.3
'---+--+--+---+--+--X
11. lim (4x + 3) = 11 12. lim (5x - 7) =8 2 3 4 5
x-+2 x-+3
FIGURA 11
13. lim (- 2x) = -1 8 14. lim (1 - 2x) = 11
x-+9 x-+-5
35. A função maior inteiro é definida por [x] = n, onde n é o único
15. lim x 2 =O 16. lim (2x2 + 4) =4 número inteiro tal que n :-=:: x < n + 1. Ver Figura 12.
x-+O x-+O
(a) Para quais valores de c existe lim [x ]? E quanto a lim [x ]?
17. lim (x 2 + 2x + 3) =3 18. lim (x 3 + 9) =9 x-+c- x-+c+
x-+O x-+O (b) Para quais valores de c existe lim [x]?
X->C

Nos Exercícios 19-32, investigue o limite numericamente e declare se


o limite existe ou não. Y
2
2x 2 - 18
e----()

19. lim-- -
Jx -1 20. lim
x-+I x-1 X-+ - 3 x+3
x 2 +x - 6 x 3 - 2x2 - 9
21. lim 2 22. lim 2
x-+2 x - x - 2 x-+3 x - 2x - 3 - + - - - - --O-- -+- -t--X
-1 2 3
sen 2x J' sen5x
23. lim - - 24. 1m - -
x-+O X x-+O X
senx cose - 1 FIGURA 12 O gráfico de y = [x].
25. lim - 2- 26. lim
x-+O x 0-.O e
x-1
. 1 . 1 36. Esboce o gráfico de f (x) = - - - e use-o para determinar os
27. hm cos - 28. hm senh cos - 1x - 11
h-.O h h-+O h limites laterais lim f (x) e lim f (x ).
x-.1+ x-+1-
2h - 1 2x - 3x
29. lim - - 30. lim - - - Nos Exercícios 37-39, determine numericamente os limites laterais.
h-.O h x-.O X
5h -25 senx
31. lim - - - 32. lim lx lx 37. lim - - 38. lim lx l1/x
h-.2 h - 2 x-+O x-.O± lx l x-.O±
. x - sen(lxl)
39. hm
33. Determine lim f(x) e lim f (x) para a função dada na Fi- x-.O± x3
x-.2+ x-+2-
gura 10. 40. Determine os limites infinitos laterais ou bilaterais na Figura 13.

y y
y

'
----------------t- -2
''
''' 2 -----------1---------------
''
''
' --+----+-----x
''
'' 4
~---+-----X
2 (A) (B)

FIGURA 10 FIGURA 13
CAPITULO 2 limites 59

41. Determine os limites laterais de f (x) em c = 2 e c = 4, para a Nos Exercícios 43-46, esboce o gráfico de uma função com os li-
função dada na Figura 14. mites dados.

y 43. lim f (x) = 2, lim f(x) = O, lim f(x) =4


i X-> 3- X-> 3+

n
X->]
15

10 44. lim f (x) = oo, lim f (x) = O, lim f (x) = - oo


x-->1 x-->3- x-->3+
5
45. lim f(x) = f(2) = 3, lim f(x) =- 1,
X x-->2+ x-->2-
lim f(x) = 2 f. f (4)
-5 x-->4

FIGURA 14 46. lim f(x) = oo, lim f (x) = 3, lim f (x) = -oo
X-> l + X-> 1- X-->4

42. Determine os limites infinitos laterais ou bilaterais na Figura 15.


jçQII Nos Exercícios 47-52, esboce o gráfico da função e use-o para
estimar o valor do limite.
y

. sen 30 2x - 1
47. hm - - 48. lim--
0--,osen 20 x-->0 4x - l

2X - COSX sen2 40
49. lim 50. lim
x-->0 X 0---0 cos 0 - 1

'' cos 30 - cos 40 cos 30 - cos 50

li
51. lim 52. lim
8-->0 02 8-->0 02

FIGURA 15

Compreensão adicional e desafios


53. As ondas de luz de freqüência À que passam por uma fenda de . senn0 . .
54. Investigue lim - - numencamente para vários valores de n e
largura a produzem um padrão de difração Fraunhofer, forma- 0---0 0
do por franjas mais claras e mais escuras (Figura 16). Como uma então dê um palpite sobre o valor do limite em geral.
função do ângulo 0, a intensidade é dada por bx - I
55. Mostre numericamente que lim - - para b
x-->0 X
= 3 e 5 pare-
2 ce valer ln 3 e ln 5, onde ln x é o logaritmo natural. Então faça
sen(R sen 0))
1(0)=/m (
Rsen 0 uma conjectura (dê um palpite) sobre o valor em geral e teste sua
conjectura para mais dois valores de b (esses resultados serão
onde R = na/À e lm é uma constante. Mostre que a função in- explicados no Capítulo 7).
tensidade não está definida em 0 = O. Em seguida, confira nume- 56. Seja n um número qualquer e considere lim ( 1 + nx) 1Ix_
ricamente que/ (0) tende a Im quando 0 --+ Opara quaisquer dois x-->O
valores de R (por exemplo, escolha dois valores inteiros). (a) Forneça evidência numérica de que, para n = 1, o limite é e [onde e
= exp(l) pode ser encontrado em qualquer calculadora científica].
(b) Dê uma estimativa do limite para n = 2 e 3 e tente expressar os
resultados em termos de e. Em seguida, faça uma conjectura sobre

--- o valor do limite em geral. O limite vale para n que não é inteiro?

-
Raios
de luz
X 11 -

x--> 1 xm -1
}
57. Investigue lim - - para (m, n) igual a (2, 1), (1, 2), (2, 3) e
(3, 2). Em seguida, dê um palpite sobre o valor do limite em geral
e confira seu palpite para pelo menos três outros pontos.
incidente
Fenda Tela de Padrão de 58. Encontre os inteiros positivos k para os quais existe
visualização intensidade
sen(sen 2 x)
lim k através de experimentação.
FIGURA 16 O efeito Fraunhofer de difração. x-->0 X
60 CÁLCULO

senx .
59. ~ iCG~ Esboce um gráfico de f(x) = 2x - 8
com uma 61.
~
~~- Mostre que f(x) =- - é igual a, .mchnaçao
. _
da reta
x-3 X
calculadora gráfica. Observe quef(3) não está definido. secante que passa pela origem e o ponto (x, sen x) do gráfico de
y = sen x (Figura 17). Use esse gráfico para dar uma interpreta-
(a) Faça uma ampliação no gráfico para estimar L = lim f (x).
ção geométrica de lim f(x).
x -->3
x -->0
(b) Observe que o gráfico def (x) é crescente. Explique como disso
decorre que
!(2,99999) .:S L .:S f (3,00001)

Use isso para determinar L com três casas decimais.


21 /x _ r I /x
60. ICG~ Afunçãof(x) = 2 I/ X + I/ estádefinidaparaxctc0.
2- X
(a) Investigue numericamente lim f (x) e lim f (x ).
x -->0+ x-->0-

(b) Obtenha um gráfico de f com um recurso gráfico e descreva seu FIGURA 17 O gráfico de y = sen x.
comportamento perto de x = O.

2.3 Leis básicas de limites


Na Seção 2.2 investigamos limites e estimamos seus valores a partir de uma abordagem
gráfica e numérica. Nas quatro próximas seções iremos além dessa abordagem intuitiva
e desenvolveremos ferramentas para calcular os limites de uma maneira precisa. Nesta
seção, discutimos as leis básicas de limites usadas para calcular os limites de funções
construídas como somas, múltiplos, produtos ou quocientes de outras funções.

TEOREMA 1 Leis básicas de limites Suponha que existam lim f(x) e lim g(x). Então:
X-->C X-->C
(i) Lei da Soma:

lim (f(x) + g(x))


x-->c
= x-->c
lim f(x) + lim g(x )
x-->c

(ü) Lei do Múltiplo Constante: dado qualquer número k,


lim kf (x)
x --> c
= k xlim
--> c
f (x)

(üi) Lei do Produto:

lim f(x)g(x)
x -->c
= ( x-->c
lim f(x)) ( lim g (x))
x-->c

(iv) Lei do Quociente: se lim g(x)


x-->c
* O, então
f(x ) lim f(x )
lim - - = x_-->_ c - -
x-->c g(x) lim g (x)
X-->C

As provas dessas leis serão discutidas na Seção 2.8 e no Apêndice D. Contudo,


argumentando informalmente, podemos entender as idéias subjacentes. Por exemplo,
para provar a lei da soma, observe que sef(x) estiver perto de L e g(x) estiver perto de
M quando lx - cl for suficientemente pequeno, então f (x ) + g(x ) deverá estar perto
de L + M quando lx - cl for suficientemente pequeno. De maneira análoga,f (x)g(x)
deverá estar perto de LM, etc.
Antes de passar aos exemplos, apresentamos duas observações úteis. Em primeiro
lugar, as leis da soma e do produto são válidas para qualquer número de funções. Por
exemplo,
CAPITULO 2 limites 61

lim
x~c
(/1 (x) + h(x) + h(x)) = X~limC !1 (x) + X~limC h(x) + X~
lim Í3(x)
C

Em segundo lugar, a lei da soma tem o contraponto para diferenças:

lim (/(x) - g(x))


x~c
= x~c
lim f(x) - lim g(x)
x~c

Isso não está listado separadamente porque segue da combinação das leis da soma e do
múltiplo constante:

lim (f(x) - g(x)) lim f(x) + lim ( -


= x~c g(x)) = x~c
lim f(x) - lim g(x)
x~c x~c x~c

As leis de limites são aplicadas passo • EXEMPLO 1 Use as leis de limite para calcular os limites seguintes:
a passo na solução do Exemplo 1
t+5
para ilustrar como elas são utilizadas. (a) lim x 2 (b) lim (4t 3 - t - 5) (e) lim - -
Na prática, consideramos as leis x~3 , ~ -1 ,~2 3t
de limites como sendo evidentes e
pulamos os passos intermediários. Solução
(a) Pelo Teorema 1 da Seção 2.2, lim x
X~C
= e para qualquer e. Como x 2 é igual ao produto
x2 = x . x, podemos aplicar a lei do produto
2
lim x = ( lim x) ( lim x) = 3(3) = 9
x~3 x~3 x~ 3

(b) Primeiro utilizamos a lei da soma (para três funções):

lim (4t 3 - t - 5) = lim 4t 3 - lim t - lim 5


,~-1 ,~-1 1~-1 ,~-!

Em seguida calculamos cada limite usando as leis do múltiplo constante e do produto:

lim 4t 3 =4 lim t 3 =4( lim


,~-1 ,~-1 ,~-1
r)( lim r)( lim t)=4(-l)
,~-1 ,~-1
3
=-4

lim t
, ~ -1
= -l
lim 5 =5
,~-1

Obtemos

lim (4t 3 - t - 5) = -4 - (-1) - 5 = -8


,~-1

(e) Usamos as leis do quociente, da soma e do múltiplo constante:

t+ lim (t + 5) lim t + lim 5 2 +5


lim __5 = ,~2 = 1~2 7
H2 3t lim 3t
,~ 2
,~2
3 lim t
,~ 2
=M =6 •
O próximo exemplo reforça que as leis de limites somente são aplicáveis quando os
limites de f (x) e g(x) existirem.

• EXEMPLO 2 Hipóteses importam Mostre que a lei do produto não pode ser aplicada a
lim f(x) g(x) se f (x) = x e g(x) = x- 1•
x~o
Solução A função produto é f (x)g(x) = x · x- 1 = l para x-:;; O, portanto o limite do
produto existe:
lim f(x)g(x ) = lim 1 =1
x~o x~o
62 CÁLCULO

Contudo, lim x- 1nãoexisteporqueg(x) = x- 1tendeaooquandoc ~ O+ea-ooquan-


x---+O
do e ~ 0-, de modo que a lei do produto não pode ser aplicada e sua conclusão não vale:

lim f(x)) ( lim g(x))


( x---+O x---+0
= ( x---+0
lim x) ( lim x- 1)
x---+0
'-,-'

Não existe

2.3 RESUMO
• As leis de limites afirmam que se existirem ambos lim f (x) e lim g(x), então:
X---+C X---+C

(i) lim (f(x) + g(x))


X---+C
= X---+C
lim f(x) + lim g(x)
X---+C

(ii) lim kf(x)


X---+ C
= k X---+
lim f(x)
C

(iii) lim f(x)g(x)


x---+c
= ( x---+c
lim f(x))( lim g(x))
x---+c

(iv) se lim g(x)-::/:- O, então


X---+ C

f(x) lim f(x)


lim - - = _x---+_c- -
x---+ c g(x) lim g(x)
X---+ C

• Se não existir lim f (x) ou lim g (x ), então as leis de limites não podem ser aplicadas.
x ---+c x ---+c

2.3 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Enuncie as leis da soma e do quociente. (a) lim k
x ---+c
=c (b) lim k
x---+ c
=k
2. Qual das seguintes afirmações é uma versão verbal da lei do
produto?
(e) lim x = c2 (d) Jim
x ---+c
X = X
x---+ c2
(a) O produto de duas funções tem um limite.
4. Qual das seguintes afirmações não está correta?
(b) O limite do produto é o produto dos limites.
(a) A lei do produto não vale se o limite de uma das funções for
(e) O produto de um limite é um produto de funções. zero.
(d) Um limite produz um produto de funções. (b) A lei do quociente não vale se o limite do denominador for
zero.
3. Qual das afirmações seguintes não está correta (k e c são cons-
tantes)? (e) A lei do quociente não vale se o limite do numerador for zero.

Exercícios
Nos Exercícios 1-22, calcule o limite usando as leis de limites e os 9. lim (3t - 14) 10. lim (x 3 + 2x)
1---+4 x ---+-5
dois fatos seguintes, em que c e k são constantes:
Jim X = C, lim k=k 11. lim (4x + 1)(2x - l) 12. lim (3x 4 - 2x 3 + 4x)
X---+ C X---+C X-+ ! x---+ -1

1. Jim X 2. lim X 13. lim x(x + l)(x + 2) 14. lim (x + 1)(3x 2 - 9)


x---+ 9 X---+ - 3 x---+ 2 X---+ 2

3. lim 14 4. lim 14 . t 3t -14


x ---+ 9 x ---+ - 3 15. 1lffi -- 16. lim - -
1---+9 t +1 t ---+ 4 t +1
5. lim (3x +4) 6. lim 14y
x ---+ - 3 y ---+ - 3 1-x
17. lim - - 18. x_
lim __
7. lim (y + 14) 8. lim y(y + 14) x---+ 3 1 +x x ---+ -1 x 3 + 4x
y---+ - 3 y---+ -3
CAPITULO 2 limites 63

19. lim t- 1 20. lim x- 2 . . . , . senx


29. A lei do quociente pode ser aplicada no cálculo de hm - -?
1---+ 2 x---+ 5
Explique. x---+O x

21. lim (x 2 + 9x- 3) 22. z-1+


r1m - -- z
x ---+3 z---+ l z+ 1 30. Mostre que a lei do produto não pode ser aplicada para calcular
lim (x - n / 2) tgx.
23. Use a lei do quociente para provar que se existir lim f (x) e for x---+rr:/ 2
não-nulo, então x---+ c
31. Dê um exemplo em que lim (f (x) + g(x)) existe mas nem
x---+0
. 1
hm - - = - - - lim f (x) nem lim g(x) existem.
x ---+c f(x) lim f(x) x---+0 x---+0
X---+C
aX - J
24. Suponha que lim f (x) = 4 e calcule: 32. Suponha que La = lim - - exista e que lim ax = 1para
x---+0 x x---+0
x---+ 6
2 1 todo a > O. Prove que Lab = La + Lb para a, b > O. Sugestão:
(a) lim f(x) (b) lim - - (e) lim xf(x) (ab? - = ax(bx -
1 1) + (ax - !). Confira numericamente
x ---+6 x---+6 f (x) x ---+6
que L 12 = L3 + L4.
Nos Exercícios 25-28, calcule o limite supondo que lim f (x) =3
. g (x ) = l.
e 11m X---+ -4 33. ~ Use as leis de limites e o resultado lim x = c para mos-
x ---+c
x---+ - 4
trar que lim x
X---+ C
11
=c 11
para quaisquer números naturais n. Se o
25. lim f(x)g(x) 26. lim (2/(x) + 3g(x)) leitor conhecer indução, dê uma prova formal por indução.
x---+ - 4 x ---+-4

27. lim g(x) 28.


.
11m
f(x) +1 34. ~ Estenda o Exercício 33 para inteiros negativos.
x ---+ - 4 x2 X---+ -4 3g (x) - 9

Compreensão adicional e desafios


35. Mostre que se existirem ambos lim f (x) g(x) e lim g(x) e
x---+c x---+c 40. ~ Suponha que existam os limites L = x---+c
lim g (x) e M =
forem não-nulos, então existe lim f(x). Sugestão: escreva lim f (x) e que M =f (L). Qual das seguintes afirmações é a
X---+C
X---+ L
f (x) = (f (x) g (x))/ g (x) e aplique a lei do quociente. correta? Dê uma explicação intuitiva.

36. Mostre que se lim tg(t) = 12, então existe lim g(t) e é igual a 4. (a) lim g(f(x))
X---+ C
= g(c)
t---+3 t---+3

. h(t) - .
(b) lim f(g(x))
X---+C
= f(L)
37. Prove que se hm - = 5, entao hm h(t) = 15.
t ---+ 3 t t---+ 3
(e) lim f(g (x)) = /(e)
~ . f(x ) _ x---+ L
38. ~~- Supondo que hm - - = 1, qual das afirmaçoes se-
Seja f(x) = x - 1• Use a versão correta para calcular
x ---+0 X
guintes é necessariamente verdadeira?
(a) f (0) =O (b) lim f (x) =O lim f (g(x)) , se lim g(x) =4
x ---+0 x ---+2 x---+ 2

39. Proveque se lim


x ---+c
f(x) = L -::J= Oe x---+c
lim g(x) = 0,então lim f(x)
x---+c g(x)
não existe.

2.4 Limites e continuidade


y
Na linguagem corrente, a palavra "contínua" significa não ter quebras ou interrupções. No
Cálculo, a continuidade é usada para descrever as funções cujos gráficos não tem quebras.
y = f(x)
Se imaginarmos o gráfico de uma função f como um arame metálico sinuoso, então fé
contínua se seu gráfico consiste num único pedaço de arame como na Figura 1. Uma que-
f(c) bra no arame como na Figura 2 é denominada uma descontinuidade.
Agora observe que a função g(x) na Figura 2 tem uma descontinuidade em x = e e
que lim g(x) não existe (os limites laterais não são iguais). Contrastando com isso, na Fi-
x---+ c
~-----+------ X
e gura 1, existe lim f(x) e é igual ao valor funcionalf(c). Isso sugere a definição seguinte
X---+C
FIGURA 1 f (x) é contínua em x = c. de continuidade em termos de limites:
64 CÁLCULO

y
DEFINIÇÃO Continuidade num ponto Suponha que f (x) esteja definida num intervalo
aberto contendo x = e. Então fé contínua em x = e se

g(c)
'--/ y=g(x) l
lim f (x)
X~C
= f (c) 1

Se o limite não existir, ou se existir mas for diferente def (c), dizemos queftem uma
~----+-----x descontinuidade (ou que é descontínua) em x = e.
e
FIGURA 2 g(x) tem uma descontinuidade
Uma função f (x) pode ser contínua em alguns pontos e descontínua em outros. Sef
emx=c.
(x) for contínua em todos os pontos do intervalo/, então dizemos quef(x) é contínua em
/. Aqui, se/ for um intervalo [a, b] ou [a, b) que inclua a como extremidade esquerda,
exigimos que lim f(x) = f (a). Analogamente, exigimos que lim f(x) = f(b) se
x~a+ x~b-
/ incluir b como extremidade direita. Se f (x) for contínua em todos os pontos de seu
y domínio, dizemos simplesmente quef(x) é contínua.

k • EXEMPLO 1 Mostre que as funções seguintes são contínuas:


(a) f (x) =k (k qualquer constante) (b) g(x) =X
Solução
--~--1----x (a) Como f (x) = k para qualquer x,
e
FIGURA 3 O gráfico de/(x) = k.
lim f (x)
x~c
= x~
lim k = k = f(c)
c

O limite existe e é igual ao valor da função, portanto f (x) é contínua em x = e para todo
y e (Figura 3).
(b) Como g(x) = x para qualquer x,

e
lim g(x)
x~c
= x~c
lim x =e= g(c)

Novamente, o limite existe e é igual ao valor da função, portanto g(x) é contínua em e para
todo e (Figura 4). •

FIGURA 4 0 gráfico de g(x) = x. Exemplos de descontinuidades


Para entender melhor a continuidade, vejamos algumas maneiras pelas quais uma função
pode deixar de ser contínua. Lembre que a continuidade num ponto requer mais do que
a simples existência de um limite. Paraf (x) ser contínua em x = e, devem ser atendidas
três condições:
1. existe lim f (x ), 2. existef (c) e 3. são iguais.
x~c

Uma descontinuidade ocorre quando uma dessas condições não valer.


Se a primeira condição valer mas falharem a segunda e a terceira, dizemos que f tem
uma descontinuidade removível em x = e. A função na Figura 5(A) tem uma desconti-
nuidade removível em e = 2 porque

lim f(x)
x~2
=5 mas f (2) = 10
O limite existe mas não é igual ao valor da função
CAPITULO 2 Limites 65

y
10 •

~ _ _ ____, _ _ _ X
FIGURA 5 Uma descontinuidade
2 2
removível: a descontinuidade pode ser
removida redefinindo f (2). (A) (B)

As descontinuidades removíveis são "leves" no seguinte sentido: redefinindof(c), pode-


mos tomar/ contínua emx =e.Na Figura 5(B), redefinimos o valor/(2) por/(2) = 5, o
que toma f contínua em x = 2.
Um tipo de descontinuidade que é mais "pesada" é a descontinuidade de salto, que
ocorre quando existirem ambos limites laterais lim f (x) e lim f (x) mas não forem
x--+c- x--+c+
iguais. A Figura 6 mostra duas funções com descontinuidades de salto em e = 2. Ao con-
trário do caso removível, não podemos tomarf (x) contínua redefinindo f (e).

y y

~ ---+-----x
2 2

FIGURA 6 Descontinuidades de salto. (A) (B)

Por causa das descontinuidades de salto, convém definir a continuidade lateral.

DEFINIÇÃO Continuidade lateral Dizemos que uma funçãof(x) é:


• contínua à esquerda em x = e se lim f (x) = f (e)
x--+c-
• contínua à direita em x = e se lim f (x) = f(c)
x--+c+

Na Figura 6, a função em (A) é contínua à esquerda mas a função em (B) não é con-
tínua nem à esquerda nem a direita. O exemplo seguinte explora a continuidade lateral
usando uma função definida por partes, ou seja, uma função definida por fórmulas dife-
rentes em intervalos diferentes.

• EXEMPLO 2 Função definida por partes Discuta a continuidade da função F(x) defi-
nida por
x sex < l
F (x ) = 3 se 1 ~ x ~ 3
lx sex > 3

Solução As funções/ (x) = x e g(x) = 3 são contínuas, portanto F também é contínua,


exceto, possivelmente, nos pontos de transição x = 1 ex = 3, onde a fórmula para F(x)
66 CÁLCULO

y muda (Figura 7). Observamos que F(x) tem uma descontinuidade de salto em x = 1, já
5 que os limites laterais existem mas não coincidem:
4
3
__/ lim F(x) = lim x = 1,
X-+)- X-+ [ -
lim F(x) = lim 3 = 3
x---+ I + x---+I+

2 Além disso, o limite pela direita é igual ao valor funcional F(l) = 3, portanto F(x) é con-
tínua à direita em x = 1. Em x = 3,

--+----+---+-+----+- X lim F(x) = lim 3 = 3, lim F (x) = lim x = 3


2 3 4 5 X---+3- X---+3- X---+3+ X---+3+
FIGURA 7 A função F(x) definida por
partes do Exemplo 2. Ambos limites laterais existem e são iguais a F(3), portanto F(x) é contínua emx = 3. •

Dizemos que f (x) tem uma descontinuidade infinita em x = c se um ou ambos


limites laterais for infinito (mesmo se a própria/(x) não estiver definida emx = c). A
Figura 8 ilustra três tipos de descontinuidades infinitas que ocorrem em x = 2. Observe
que x = 2 não pertence ao domínio das funções nos casos (A) e (B).

y y y

IL
2
X
IL iL
2
X
2
X

FIGURA 8 Funções com uma


descontinuidade infinita em x = 2. (A) (B) (C)

Deveríamos mencionar que algumas funções podem ter tipos mais "graves" de des-
continuidades do que os já discutidos. Por exemplo, f (x) = sen -1 oscila uma infinidade
X
de vezes entre +1 e -1 quando x ~ O(Figura 9). Nenhum dos dois limites laterais existe
em x = O, de modo que essa descontinuidade não é de salto. Ver Exercícios 82 e 83 para
exemplos ainda mais estranhos. Embora sejam interessantes do ponto de vista teórico, na
prática essas descontinuidades raramente aparecem.

Construindo funções contínuas


Tendo estudado alguns exemplos de descontinuidades, voltamos a enfocar as funções
1 contínuas. Como podemos mostrar que uma dada função é contínua? Uma maneira é usar
FIGURA 9 O gráfico de y = sen - .
X as leis de continuidade que afirmam, em outras palavras, que uma função é contínua se
A descontinuidade em x = Oé mais for construída a partir de funções que já sabemos serem contínuas.
"grave". Não é uma descontinuidade
de salto nem removível nem infinita.
TEOREMA 1 Leis de continuidade Suponha que f (x) e g(x) sejam contínuas num ponto
x = c. Então as funções a seguir também são contínuas em x = c:
(i) f (x) + g(x) e f(x) - g(x) (iü) f(x)g(x)
(ü) kf (x ), para qualquer constante k (iv) f(x)/g(x)seg(c) i O

Demonstração Essas leis seguem diretamente das correspondentes leis de limites


(Teorema 1, na Seção 2.3). Ilustramos isso demonstrando detalhadamente a primeira
parte de (i). As demais leis podem ser demonstradas de maneira análoga. Por definição,
CAPITULO 2 limites 67

devemos mostrar que lim (f(x)


x -+ c
+ g(x)) = f(c) + g(c). Comof(x) e g(x) são ambas
contínuas em x = e, temos
lim f (x)
x-+ c
= f(c) , lim g(x)
x -+c
= g(c)
A lei da soma de limites produz o resultado desejado:
lim(f(x) + g(x)) = lim f(x)
X-+ C X-+ C
+ X-+
lim g(x) =
C
f(c) + g(c) •
Na Seção 2.3 observamos que as leis de limites para somas e produtos eram vá-
lidas para as somas e produtos de um número qualquer de funções. O mesmo vale
para a continuidade, a saber, se !1 (x), ... , J,1 (x) forem contínuas, então também são
contínuas as funções

f 1(x) + h (x) + ·· · + Ín (x), !1 (x) · h (x) · · · Ín (x)


Agora utilizamos as leis de continuidade para estudar a continuidade de algumas
classes básicas de funções.

TEOREMA 2 Continuidade de funções polinomiais e racionais Sejam P(x) e Q(x) polinô-


mios. Então:
Quando uma funçãof(x) está definida
e é contínua em todos valores de x, • P(x ) é contínua na reta real.
1dizemos quef(x) é contínua na reta real.
• P(x) é contínua em todos valores e nos quais Q(c) #- O.
Q(x)

... LEMBRETE Uma "função racional" Demonstração Utilizamos as leis de continuidade junto com o resultado do Exemplo 1,
. t d
é um quoc1en 1· • . P(x)
de acordo com o qual as funções constantes e a função f (x ) = x são contínuas. Para
e e po mom1os Q(x).
1
qualquer número natural m ::: 1, a função potência xm pode ser escrita como um produto
xm = x · x · · · x (de m fatores). Como cada fator é contínuo, a própria xm é contínua.
Agora considere um polinômio

P(x ) = anx n + an-JX n-1 + · ·· + a1x + ao


onde ao, a 1, . . . , a11 são constantes. Cada termo a jXj é contínuo, portanto P(x) é contínua
por ser a soma de funções contínuas. Finalmente, se Q(x) é um polinômio então, pela lei
de continuidade (iv), a função p (x) é contínua em x = e sempre que Q (e) # O. •
Q(x)

Esse resultado mostra, por exemplo, que f (x) = 3x 4 - 2x 3 + 8x é contínua para todo x
3
e que g (x) = \ + é contínua para x ,j:. ± 1. Além disso, se n for um número natural, então
X -1
f (x) = x-11 é contínua para x ,j:. O, pois f (x) = x- 11 = 1/ xn é uma função racional.
A maioria das funções básicas é contínua em seu domínio. Em particular, o seno, o
cosseno, a exponencial e a raiz enésima são contínuas, como enunciamos formalmente
no teorema seguinte. Isso não deveria ser uma surpresa porque os gráficos dessas funções
não têm quebras visíveis (ver Figura 10). Contudo, as provas formais da continuidade são
um tanto técnicas e por isso serão omitidas.

•. LEMBRETE O domínio de y = x 1111


TEOREMA 3 Continuidade de algumas funções básicas
Ié a reta real se n for ímpar e a semi-
reta [O, oo) se n for par.
• y = sen x e y = cos x são contínuas na reta real.
• Para b > O, y = bx é contínua na reta real.
• Se n é um número natural, então y = x 1/" é contínua em seu domínio.
68 CÁLCULO

4 -3 3

(A) (B) (C) (D)

FIGURA 10 Como os gráficos sugerem, essas funções são contínuas em seus domínios.

Em virtude da continuidade de sen x ecos x, a lei de continuidade (iv) do quociente


implica que as outras funções trigonométricas padrão são contínuas em seus domínios, ou
seja, em todos valores de x nos quais seus denominadores não são nulos:

senx cosx 1 1
tgx = --, cotgx = --, secx = --, cossecx =- -
y cosx senx cosx senx
Essas funções têm descontinuidades infinitas nos pontos em que seus denominadores se
anulam. Por exemplo, tg x tem descontinuidades infinitas nos pontos (Figura 11)

n 3n
X=±-
2'
±-

Muitas funções que nos interessam são funções compostas, de modo que é importante
saber que a composta de funções contínuas é de novo contínua. O teorema seguinte está
FIGURA 11 O gráfico de y = tg x. provado no Apêndice D.

TEOREMA 4 Continuidade de funções compostas Seja F(x) = f (g(x)) uma função com-
posta. Se g for contínua em x = e e f for contínua em x = g(c), então F(x) é contínua
emx=c.

Por exemplo, F(x) = (x 2 + 9) 113 é contínua porque é a composição das funções


contínuas f(x) = x 113 e g(x) = x 2 + 9. A função F(x) = cos(x- 1) é a composta de
f(x) = cos x e g(x) = x- 1, portanto é contínua para todo x :fa O.

Substituição: calculando limites usando continuidade


É fácil calcular um limite quando a função em questão é sabidamente contínua. Nesse
caso, por definição, o limite é igual ao valor da função:

lim f (x)
X-+C
= f(c)
Dizemos que esse é o método de substituição porque o limite é calculado substituin-
do x = e.
3x
• EXEMPLO 3 Calcule (a) lim seny e (b) lim ~-
y-+j x-+-1,vx+S
CAPITULO 2 limites 69

Solução (a) Como f (x) = sen x é contínua, podemos calcular o limite por substituição:
n J3
lim sen y = sen - = -
y-+j 3 2

y,, d d.
(b)f
A unção f (x) =~ e contmua em x = -1 porque o numera or e o enomma-
dor são ambos contínuos em x = -1 e o denominador ,Jx + 5 não se anula em x = -1.
Portanto, podemos calcular o limite por substituição:

. 3x
11m
X-+ -l ,Jx + 5 •
y • EXEMPLO 4 Hipóteses importam Podemos usar substituição para calcular lim [x],
3
2 --o
- onde [x] é a função maior inteiro?
Solução Sejaf(x) = [x] (Figura 12). Emboraf(2) = 2, não podemos concluir que lim [x]
x-+

x-+2
2

--o seja igual a 2. De fato, f (x) não é contínua em x = 2, pois os limites laterais não são
X iguais:
-2 2 3
lim [x] =2 e lim [x] =1
x-+2+ x-+2-
--o

--0 -3 Portanto, lim [x] não existe e não podemos usar a substituição.
x-+2 •
FIGURA 12 O gráfico def(x) = [x].
ENTENDIMENTO CONCEITUAL Modelagem do mundo real por meio de funções contínuas Fre-
qüentemente usamos funções contínuas para representar quantidades físicas tais como
a velocidade, a temperatura ou a voltagem. Isso reflete nossa experiência cotidiana de
que as variações do mundo físico tendem a ocorrer continuamente, ao invés de por
meio de transições abruptas. Contudo, os modelos matemáticos são no máximo uma
aproximação da realidade e é importante ter consciência de suas limitações.
Por exemplo, na Figura 13, a temperatura atmosférica está representada como uma
função contínua da altitude. Isso se justifica para objetos de grande escala como a
atmosfera terrestre porque a leitura num termômetro parece variar continuamente à
medida que varia a altitude. Contudo, a temperatura é uma medida da energia cinética
média das moléculas e, assim, num nível microscópico, não tem sentido tratar atempe-
ratura como uma quantidade que varie continuamente de um ponto a outro.

e 6.000

i
200
~
E ~
~
...o:s 100
:,
'...
õí
E-- ~ ,8 4.000
8. :5
E ~
~ o
2.000

- 100
o+-----l----+---+------,f-----+----+-
10 50 100 150 1700 1750 1800 1850 1900 1950 2000
Altitude (km) População mundial 1750-2000

FIGURA 13 A temperatura atmosférica e a população mundial são representadas por gráficos contínuos.
70 CÁLCULO

A população é uma outra quantidade que muitas vezes é tratada como uma
função contínua do tempo. O tamanho P(t) de uma população no instante t é um
número natural que varia por ± 1 quando um individuo nasce ou morre, portanto,
falando estritamente, P(t) não é contínua. Se a população for grande, o efeito de um
nascimento ou morte individual é pequeno e é razoável tratar P(t) como uma função
contínua do tempo.

2.4 RESUMO
• Por definição,f(x) é contínua em x = c se lim f (x) = f (c).
X-->C
• Se esse limite não existe, ou existe mas não é igual af (c), entãof é descontínua em
x=c.
• Se f (x) é contínua em todos os pontos de seu domínio, dizemos simplesmente que fé
contínua.
• f(x)écontínuapeladireitaemx=cse lim f(x) = f(c)econtínuapelaesquerdaem
. x-->c+
x = c se hm f (x) = f (c).
X-->C-
• Existem três tipos comuns de descontinuidades: a descontinuidade removível [ lim f (x)
X-->C
existe mas não é igual af (c)], descontinuidade de salto (ambos limites laterais existem
mas não são iguais) e descontinuidades infinitas (o limite é infinito quando x tende a c
por um ou ambos lados).
• As leis de continuidade afirmam que somas, produtos, múltiplos e compostas de fun-
- contmuas
çoes , - de novo, contmuas.
sao, , O mesmo va1e para o quociente
· -f (x)
- nos pontos
g(x)
em que g(x) =/=- O.
• Polinômios e funções racionais, trigonométricas e exponenciais são contínuas, exceto
nos pontos que envolvem divisão por zero.
• Método de substituição: se for sabido que f (x) é contínua em x = c, então o valor do
limite lim f(x)éf(c) .
X-->C

2.4 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Qual propriedade de f (x) =x3 nos permite concluir que (a) f(x) é contínua em x = a se os limites de f (x) pela esquerda e
lim x 3 = 8? pela direita existem quando x -+ a e são iguais.
x--> 2
(b) f(x) é contínua em x = a se os limites de f (x) pela esquerda e
2. O que pode ser dito sobref(3) seffor contínua e lim f (x) = ½? pela direita existem quando x -+ a e são iguais af (a).
x-->3
3. Suponha quef(x) < Osex for positivo ef(x) > 1 sex fornegativo. (e) Se os limites def (x) pela esquerda e pela direita existem quando
Pode f ser contínua em x = O? x-+ a, então f tem uma singularidade removível em x = a.

4. É possível determinar f (7) se f (x) = 3 para todo x < 7 e f for (d) Se f (x) e g(x) são contínuas em x = a, então f (x) + g(x) é contí-
contínua pela direita em x = 7? nua em x = a.

5. Decida se as afirmações seguintes são verdadeiras ou falsas . Se


(e) Sef (x) e g(x) são contínuas em x = a, entãof(x)lg(x) é contínua
emx=a.
for falsa, enuncie a versão correta.
CAPITULO 2 limites 71

Exercícios
1. Encontre os pontos de descontinuidade da função mostrada na 6. Sejaf(x) a função (Figura 17)
Figura 14 e decida se ela é contínua pela esquerda, pela direita
x 2 +3

l
(ou nenhum dos dois) nesses pontos. parax < l
f(x)= 10 - x paral_::::x_::::2
y 6x - x 2 para x > 2

5 Mostre que f (x) é contínua para x i= 1, 2. Em seguida, calcule


4 os limites laterais em x = I e 2 e determine se f (x) é contínua
3 pela esquerda, contínua pela direita ou contínua nesses pontos.
2
y

~ -+--+--<--+---+--+-x y= 10-x
2 3 4 5 6 9 /
FIGURA 14

Nos Exercícios 2-4, considere a função f (x) da Figura 15.

-----+--+-------½-X
y 2 6
5 FIGURA 17

~
4
3 Nos Exercícios 7-14, use as leis de continuidade e os Teoremas 2-3
2
• para mostrar que a função é contínua.
/ 7. f(x) = x + senx 8. f(x) = x senx
X
2 3 4 5 6
9. f(x) = 3x + 4senx 10. f(x) = 3x 3 + 8x 2 - 20x
FIGURA 15
x 2 - cosx
2. Encontre os pontos de descontinuidade de f (x) e decida se f (x) é 11. f (x) = - 2- 1 12. f (x)= - - -
contínua pela esquerda, pela direita (ou nenhum dos dois) nesses x +1 3 + COSX
pontos. 3x
13. j(x) =- -
1 +4x
14. f (x) = Hf cosx
3. Em quais pontos c a função f (x) tem uma descontinuidade remo-
vível? Que valor deveria ser atribuído af (c) para tomar f contí-
nua em x = c? Nos Exercícios 15-32, determine os pontos nos quais a função é des-
contínua e decida qual é o tipo de descontinuidade: removível, de
4. Encontre o ponto ci em que f (x) tem uma descontinuidade de salto, infinita ou nenhum desses.
salto mas é contínua pela esquerda. Que valor deveria ser atri-
buído a f (c 1) para tomarf contínua pela direita em x = c,? 15. f(x) = -Xl 16. f (x) = lx l
5. (a) Para a função mostrada na Figura 16, determine os limites
laterais nos pontos de descontinuidade. x-2 X -2
17. f(x) =-- 18. f(x) = lx - 21
(b) Qual dessas descontinuidades é removível e como deveria f ser lx -1 I
redefinida para tomá-la contínua nesse ponto?
19. f(x) = [x] 20. f(x) = [~x]

J,
y
1 x+ I
21. g(t) = -2- 22. f(x) =--
t - 1 4x -2

23. f(x) = 3x 312 - 9x 3 24. g(t) = 3t- 312 - 9t 3

1 - 2z l - 2z
2 • 25. h(z) = z2 - z- 6 26. h(z) = z2 + 9
-+----+----+---+-X
-2 2 4 x 2 - 3x +2
21. f (x) = lx - 21 28. g(t)=tg2t
FIGURA 16
72 CÁLCULO

I (d) Os limites laterais lim f (x) e lim f (x) sempre existem,


29. f (x) = cossecx2 30. f(x) = cos - x---+a - x---+a+
X
mesmo se lim f (x) não existir.
x---+a
31. f (x) = tg(senx) 32. f (x) = x - lxl
54. De acordo com a lei de continuidade, sef(x) e g(x) forem con-
Nos Exercícios 33-46, determine o domínio da função e prove que ela tínuas em x = c, então f (x) + g(x) é contínua em x = c. Supo-
é contínua em seu domínio, usando as leis de continuidade e os fatos nha que f (x) e g(x) sejam descontínuas em x = c. É verdade
abordados nesta seção. que f (x) + g(x) é descontínua em x = c? Se não for, dê um
contra-exemplo.
33. f (x) = J9 - x2 34. f(x) = Jx 2 + 9
Nos Exercícios 55-70, calcule o limite usando o método de subs-
x2 tituição.
35. f (x) = .jx senx 36. f(x) =
x+x 114
55. lim x 2 56. lim x 3
x---+5 x---+8
37. f (x) = x 2132x 38. f (x) = x 1/3 + x3/4
57. lim (2x 3 - 4) 58. Iim (5x - 12x-2 )
39. f (x) = x - 4/ 3 40. f (x) = cos3 x x---+ -l x---+2

41, f (x) = tg2 X 42. f(x) = cos(2x) 59. r,m - x+9- 60. I'1m -X2 -
+2
-
x---+0 X -9 x---+3x +2x
= (x4 + 1)3/2 - x2
43. f (x) 44. f(x) =3 61. lim sen (:: - n) 62. lim sen(x 2 )
X---+Tr 2 X---+Tr
cos(x 2 )
45. f (x) =- -- 46. f (x) = 9tgx
x 2 -1 63. lim tg(3x) 64. lim
x---+f X---+Tr COS X
47. Suponha quef(x) = 2 parax > Oef(x) = -4 para x <O.Qual é
o valor def (0) seffor contínua à esquerda em x = O? Qual é o 65. lim x-512 66. lim Jx3 +4x
x---+4 x---+2
valor def(0) seffor contínua à direita em x = O?

48. Função Dente de Serra Esboce o gráfico def (x) = x - [x]. 67. lim (1 - 8x 3)3/ 2 . ex+
68. hm -- 2)2/3
X---+ -l x---+2 4- X
Em quais pontos essa função é descontínua? Ela é contínua à
esquerda ou à direita nesses pontos? 69. lim 10x2- 2x 70. lim 3senx
x---+ 3 x---+f
Nos Exercícios 49-52, esboce o gráfico da função em [O, 5] com as
propriedades dadas. Nos Exercícios 71 -74, esboce o gráfico da função dada. Em cada
ponto de descontinuidade, decida se fé contínua à esquerda ou à
49. f (x) não é contínua em x = 1, mas lim f (x) e lim f (x) direita.
x---+l+ x---+ 1-
existem e são iguais. 2
71. f (x) = {x parax ::: 1
50. f (x) é contínua à esquerda mas não à direita em x = 2 e é contí- 2- x parax > 1
nua à direita mas não é contínua em x = 3.
X+ J parax < 1
51. f (x) tem uma descontinuidade removível em x = 1, uma descon- 72. f(x) = ~
tinuidade de salto em x = 2 e I para x 2::. 1

lim f(x) = -oo, lim f(x) =2 parax::: 3


x---+3- x---+3+ 73. f(x) = {lx - 31
x-3 para x > 3
52. f (x) é contínua à direita mas não à esquerda em x = 1, contínua
à esquerda mas não à direita em x = 2 e não é contínua nem à x3 + I para -oo < x ::: O
esquerda nem à direita em x = 3. 74. f (x) = -x+ 1 para O < x < 2
53. Cada uma das afirmações a seguir é falsa. Para cada afirma-
ção, esboce o gráfico de uma função que constitua um contra-
1-x 2 + IOx - 15 para x 2: 2

exemplo. Nos Exercícios 75-76, encontre o valor de c que torna a função


contínua.
(a) Se lim f (x) existe, então f (x) é contínua em x
x---+a
= a.
x 2 - c para x<5
(b) Sef(x) tem uma descontinuidade de salto emx = a, entãof(a) é 75. f (x) ={
igual a lim f (x) ou a lim f (x). 4x + 2c para x 2: 5
x---+a- x---+a+
(e) Se f (x) tem uma descontinuidade em x = a, então existem
lim f (x) e lim f (x) mas não são iguais. 76_ f(x)= { 2x+9 parax ::: 3
x---+a- x---+a+ -4x + c para x > 3
CAPITULO 2 limites 73

77. Encontre todas as constantes a e b tais que a função seguinte não (d) O salário de um professor
tenha descontinuidades: (e) A população mundial

~ Em 1993, a quantidade T(x) de imposto de renda devida


1r:
ax + cosx Parax -< -4 79.
f(x) = num rendimento de x dólares era determinada pela fórmula

l bx +2 parax >
1r:
4 0,15x para O::: x < 21.450
T(x) = 3.217,50 + 0,28(x - 21.450) para 21.450::: x < 51.900
78. Qual das quantidades seguintes seria representada por uma
função contínua do tempo e quais teriam uma ou mais descon- 1 ll.743,50+0,31(x -51.900) parax::: 51.900
tinuidades?
Esboce o gráfico de T(x) e determine se possui alguma desconti-
(a) Velocidade de um avião em vôo nuidade. Se T(x) tivesse alguma descontinuidade de salto, expli-
(b) Temperatura de uma sala em condições normais que por que seria vantajoso, em certas situações, ter um rendi-
mento menor.
(c) Valor de uma poupança que paga juros anualmente

Compreensão adicional e desafios


80. ~ Se f (x) tem uma singularidade removível em x = e, en- 82. Uma função contínua num único ponto Sejamf (x) = x para
x racional ef (x) = - x para x irracional. Mostre quef é contínua
tão é possível redefinir f (e) de tal modo que f (x) seja contínua
em x =e.É possível redefinir! (e) de mais de uma maneira? em x = Oe descontínua em cada ponto x f= O.

81. Dê um exemplo de funçõesf (x) e g(x) tais quef (g(x)) seja con- 83. Sejam f (x) = 1 para x racional e f (x) = -1 para x irracional.
tínua mas g(x) tenha pelo menos uma descontinuidade. Mostre que fé descontínua em todos os pontos, enquanto que
f (x )2 é contínua em todos os pontos.

2.5 Cálculo algébrico de limites


Na seção anterior, usamos a substituição para calcular limites. Esse método é aplicável
quando soubermos que a função em questão é contínua. Por exemplo, f (x) = x-2 é con-
tínua em x = 3 e, portanto,

. X- 2
11m = 3 - 2 = -91
x --+ 3

Quando estudarmos derivadas no Capítulo 3, encontraremos limites lim f (x) em que


x --+ c
f (e) não está definida. Nesses casos, não podemos usar diretamente a substituição. Al-
guns desses limites podem ser calculados com substituição, desde que reescrevamos a
y fórmula paraf (x) com métodos algébricos.
12 Para ilustrar, considere o limite

8 x 2 - 16
lim-- -
x --+4 X - 4
4
x2 - 16
A função f (x) = -x-4
- - (Figura l) não está definida em x = 4 pois
4 8

FIGURA 1 O gráfico de 42 - 16 O
f (4) - -4-4
- - - - (não definido)
x2 - 16 - - O
f(x ) = - -.
x -4
Contudo, o numerador def(x) pode ser fatorado e
2
x -16 (x +4)(x-4)
- - =- ---- =x + 4 (válido para x ,p 4)
x-4 x-4
Em outras palavras,! (x) coincide com a função contínua x + 4 para todo x ,p 4. Como o
limite somente depende dos valores def (x) para x ,p 4, temos
74 CÁLCULO

x 2 -16
lim--- lim(x +4) =8
x---+4 X -4 x---+4

Calculado por substituição

Outras formas indeterminadas são Em geral, dizemos que f (x) está em forma indeterminada em x = c se, calculando
100,00° e o0, que serão estudadas no f (x) em x = c obtivermos uma expressão do tipo
1 Capítulo 7.
o 00
o· 00 · o, oo - 00
00 '

Também dizemos que/tem uma indeterminação ou que está indeterminada em x = c.


Nossa estratégia é transformar f (x) algebricamente, se possível, numa nova expressão
que esteja definida e seja contínua em x = c e então calcular seu valor por substituição.
À medida que for estudando os exemplos seguintes observe, em cada caso, a passagem
crítica que cancela um fator comum do numerador e do denominador no momento certo,
removendo, assim, a indeterminação.

x2 -4x + 3
• EXEMPLO 1 Calcule lim 2 .
x---+3 X + X - 12

Solução A função está indeterminada em x = 3 porque


32 - 4(3) + 3 O . .
=- (mdetermmado)
32 + 3 - 12 O
Passo 1. Transformação algébrica e cancelamento.
Fatoramos o numerador e o denominador, cancelando os fatores comuns:

x 2 - 4x + 3 (x - 3)(x - 1) 1
x -
= = (se x -::/= 3) [IJ
x 2 + x - 12 (x - 3)(x + 4) x+4
'-,--' '-.,.-,'
Cancelando fator comum Continuidade em x =3
Passo 2. Substituição (cálculo pela continuidade).
Como a expressão à direita na Equação (1) é contínua em x = 3,

lim x2 - 4x + 3 = lim (x - 1) = ~
x---+3 x2 + x - 12 x---+3 (x + 4) 7 •
Calculado por substituição

tgx
• EXEMPLO 2 Aforma ~ Calcule lim - - .
x---+ 7 secx

Solução Ambos numerador e denominador de f (x) = tg x têm descontinuidades infi-


secx
nitas em x =l
n
tg -
2 1/ 0
(indeterminado)
n 1/0
sec-
2

Dizemos que f (x) tem a forma indeterminada: em x = Í-


Passo 1. Transformação algébrica e cancelamento.
1
(senx) ( - )
tg x _ cosx
1
= sen x (se cosx-::/= O)
secx
cosx
CAPITULO 2 limites 75

Passo 2. Substituição (cálculo pela continuidade).


Como sen x é contínua,
. tg X .

1{;
hm - - = 11m sen x = sen - = 1
x"'f secx x"'f 2

O próximo exemplo ilustra a técnica algébrica de "multiplicar pelo conjugado", que é


utilizada para tratar com algumas formas indeterminadas que envolvam raízes quadradas.

• EXEMPLO 3 Multiplicar pelo conjugado Calcule:


,/x-2 h-5
(a) lim - - (b) l i m - - -
x"'4 X - 4 h"'S ,Jh + 4 - 3
Solução
2
(a) A função f (x) = Jx - está indeterminada em x = 4 porque
X -4

""4-2 O
f (4) = _ = Õ (indeterminada)
2 2

Passo 1. Transformação algébrica.


O conjugado de Jx - 2 é Jx + 2, de modo que temos

No Passo 1 observe que ,/x-2)(,/x+ 2) x-4 1


1(,/x - 2)(,/x + 2) = X - 4. ( x - 4 Jx + 2 - (x - 4)(,/x + 2) - Jx + 2 (se x 1' 4)

Passo 2. Substituição (cálculo pela continuidade).


1
Como r.; é contínua em x = 4,
yX +2
,/x-2
lim - - = lim -1- = 1
x"'4 X - 4 x"'4 Jx + 2 4

5
(b) A função f (h) =~ está indeterminada em h = 5 porque
h+4-3
5-5 5-5 O
f(5) = /e,, = -- = - (indeterminada)
-v5+4-3 3- 3 O
Passo 1. Transformação algébrica e cancelamento.
O conjugado de ,Jh + 4 - 3 é ,Jh + 4 + 3 e

h-5 ( h-5 ) ( J;i+4 +3) (h-5){Jii+4+3)


,Jh +4- 3 - ,Jh+4-3 ,Jh+4+3 - (,Jh+4-3)(,Jh+4+3)

O denominador é igual a

Assim, para h 1= 5, temos

h-5 (h - 5)(-Jh+4+3) ~
f(h) = - - - = - - - - - =-v h+4+3
,Jh +4- 3 h -5

Passo 2. Substituição (cálculo pela continuidade).


76 CÁLCULO

1
• EXEMPLO 4 Aforma oo - oo Calcule Iim ( -- -
x~ 1 X - 1
+-)-
X -1

Solução Esse exemplo fornece a forma indeterminada oo - oo porque

l 2
- -- - - = -Ol - -O2 . .
(mdetermmada)
1-1 12 -1

Passo 1. Transformação algébrica e cancelamento.


Para reescrever a expressão, combinamos as frações e simplificamos (para x -::j:. 1):

2 x+l 2 x-1 x-1 1

Passo 2. Substituição (cálculo pela continuidade).


x 2 -X+ 5
• EXEMPLO 5 Afunção é infinita mas não está indeterminada Calcule lim - - - -
x~2 X- 2

_ . x 2 -x +5
y Soluçao SeJa f (x) = - - - -. Em x = 2 temos
x-2

L J(2) =
22
-
2-2
2 5
+ _
7
O
(não definida, mas não uma indeterminação)

Isso não é uma forma indeterminada. De fato, a Figura 2 mostra que os limites laterais
2
são infinitos:

. x 2 -x + 5 . x 2 -x + 5
hm - - - -
x~2- X- 2
= -oo, hm - - - - = o o
x~2+ X - 2
FIGURA 2 O gráfico de

f (x) =
x2 - x
X-
+5
2
O limite (bilateral) não existe.

Como preparação para a derivada do Capítulo 3, ilustramos como calcular um limite
que envolve uma constante simbólica.

(h + a) 2 - a2
• EXEMPLO 6 Um limite envolvendo uma constante simbólica Calcule Iim - - - - -,
h~ O h
onde a é uma constante.

Solução O limite está indeterminado em h = Oporque

(O+a) 2 -a 2 2 -a 2
=a O
0
=0 (indeterminado)
0

Passo 1. Transformação algébrica e cancelamento.


Expandimos o numerador e simplificamos (para h -::f. O):

(h 2 + 2ah + a 2) - a 2 h 2 + 2ah
h h
h(h + 2a)
(fatoramos h)
h
=h+2a (cancelamos h)
CAPITULO 2 limites 77

Passo 2. Substituição (cálculo pela continuidade).


A função h + 2a é contínua (pois h é contínua e a é constante), portanto

(h + a) 2 - a 2
lim - - - - = lim (h + 2a) = 2a
h~O h h~O •

2.5 RESUMO
• Quando f (x) é sabidamente contínua em x = e, o limite pode ser calculado por substi-
tuição: lim f(x) = f (e).
x~c
• Dizemos quef (x) está indeterminada (ou tem uma forma indeterminada) em x = e se,
ao calcularf(c), obtivermos uma expressão do tipo

o 00
o,
o· 00 '
00 · 00 - 00

• Método da Substituição: se f (x) estiver indeterminada em x = e, tentamos usar álgebra


para transformarf(x) numa nova função que coincida comf(x) perto de e e que seja con-
tínua em x = e. Em seguida, calculamos o limite por substituição na função contínua.

2.5 EXERCÍCIOS
Exercíciospreliminares
1. Qual das seguintes expressões é uma indeterminação em x = l ? (b) Se existir lim /(x), então/(c) não é uma indeterminação.
X~C
2 x2 - 1 x2 - 1 2
x +l x +l (e) Se/ (x) não estiver definida em x = c, então/ (x) tem uma inde-
~ · x +2 ' .Jx+ 3-2 ' v'x+3 - 2 terminação em x = c.

2. Dê contra-exemplos para mostrar que cada uma das afirmações 3. Embora o método de calcular limites discutido nesta seção seja
seguintes é falsa: chamado de "simplificar e substituir", explique como, na verda-
de, depende da propriedade de continuidade.
(a) Se/(c) estiver indeterminada, então os limites laterais quando
x -+ c são diferentes.

Exercícios
Nos Exercícios 1-4, mostre que o limite leva a uma indeterminação. (1 + h) 3 - I (h + 2}2- 9h
11. lim 12. lim
Então execute o procedimento de dois passos: transformar a função h~ o h h~4 h-4
algebricamente e calcular usando continuidade.
3x 2 - 4x -4 2t +4
x 2 - 25 x+ 1 13. lim 14. lim
1. lim - - - 2. lim 2 x~ 2 2x 2 -8 H - 2 ]2 - 3t 2
x~5 x -5 x~ -1 x +2x + l
(y - 2)3 ~ -4
2t - 14 h +3 15. lim 3 16. lim - - -
3. lim - - - 4. lim - - y~2y -5 y +2 x~ 16 X - 16
H7 5t - 35 h~-3 h2 -9
l 1 1
Nos Exercícios 5-32, calcule o limite ou afirme que não existe. ----
(h + 2)2 4
17. lim 3+h 3 18. lim
x 2 -64 x 2 -64 h~O h h~O h
5. lim - - - 6. lim - - -
x~ 8 X - 8 x~ 8 X - 9
.J2+ h -2 .Jx- 6 - 2
x 2 - 3x + 2 x 3 -4x 19. lim 20. lim
7. l i m - - - - 8. lim - - - h~ o h x~ ,o X - JO
x~2 X - 2 x~2 X -2
x- 2 x 3 - 2x
21. lim
x- 2
22. lim
v'f+x - vT=x
9. lim - - - 10. lim - - -
x~2 x3 -4x x~ 2 X -2 x~ 2 ~ -.J4 -x x~o X
78 CÁLCULO

. Jx2=I - Jx+T
23. hm - - - - - - - 24. lim - - - -
Js=x-1 Nos Exercícios 35-40, use a identidade
x--.2 X - 3 x--.4 2- ..jx
a 3 -b3 = (a-b)(a 2 +ab+b2 ).
1 4
25. lim ( -- - - -) x 3 -1 x3 - 8
x--.4 .,/x - 2 X - 4 35. l i m - - 36. l i m --
X->] X - 1 2
x--.2 x - 4
1 1
26. lim (-- - x 2 - 3x + 2 x3 - 8
x--.O+ ..jx Jx2 + x ) 37. lim 38. lim
X-> ] x3 - 1 x--.2 x 2 - 6x +8
. cotgx . cotg0
27. 11m - - - 28. 11m - - - x4 - 1 x - 27
x--.O cossec x e-. Í cossec 0 39. l i m - - 40. lim
X->] x3 - ) x--.27 X l / 3 - 3
senx - cosx
29. l i m - - - - 30. lim ( sec 0 - tg 0)
x--.f tgx - 1 0--.f Nos Exercícios 41-50, calcule o limite em termos das constantes en-
volvidas.
. 2 cos 2 x + 3 cos x - 2 . cos 0 - 1
31. 11m - - - - - - - 32. 11m - - - 41. lim(2a+x) 42. lim (4ah + ?a)
x--. j 2 cos x - 1 0--.O sen 0
x--.O h--. - 2
~ x - 2 . (3a + h)2 - 9a 2
33. ~ Use um gráfico de f(x) = J4"=x para estimar o 43. lim (4t - 2at + 3a) 44. hm - - - - - -
..jx - 4- x 1--. -1 h--.O h
valor de lim f(x) até a segunda casa decimal. Compare com a . 2(x+h) 2 - 2x2 . (x+a>2-4x 2
x--.2 45. hm - - - - - - 46. hm - - - - -
resposta obtida algebricamente no Exercício 21. x--.O h x--.a x- a
17'7!11 1 4 . ,Ja+2h - ..jã
34. ~ Use um gráfico de f(x) =~
,vx - 2
- - - para esti-
x -4
47. lim ..jx - .Jã 48. h m - - - - -
x--.a x - a h--.0 h
mar o valor de lim f(x) numericamente. Compare com ares-
x--.4
posta obtida algebricamente no Exercício 25. .
49. hm - - - - -
(x + a)3 - ª3
50. lim l!:__Q_
x--.O X h--.a h - a

Compreensão adicional e desafios


Nos Exercícios 51-52, encontre todos os valores de c tais que exis- 54. Para qual dos dois sinais ± existe o limite seguinte?

(-1±lxl1)
ta o limite.
lim -
x 2 -Sx -
6 . x 2 + 3x + c x--.O+ x
51. l i m - - - - 52. 11m - - - -
x--.c X - C x--. 1 x -1

53. Para qual dos dois sinais ± existe o limite seguinte?

lim
x--.O
(~±-
x
1
-)
x(x - 1)

2.6 Limites trigonométricos


No nosso estudo da derivada, vamos precisar calcular certos limites que envolvem fun-
ções transcendentes como o seno e o cosseno. As técnicas algébricas da seção precedente
costumam não ser eficazes para essas funções e precisamos de outras ferramentas. Uma
dessas é o teorema do confronto, que discutimos nesta seção e que utilizamos no cálculo
y dos limites trigonométricos necessários na Seção 3.6.

- - - - - - - - - - - - - - - u(x)
Teorema do confronto
~ f(x) Considere uma função f (x) que esteja cercada entre duas funções l(x) e u(x) num intervalo
- - - - - - - - - - - l(x) /. Em outras palavras,

~----t-------x
e
l(x) ::: / (x) ::: u(x) para todo x E /

FIGURA 1 f (x) está cercada por l(x) e Nesse caso, o gráfico de f (x) fica entre os gráficos de l(x) e u(x) (Figura 1), sendo l(x) a
u(x) (mas não apertada em x = c). função inferior e u(x) a superior.
CAPITULO 2 limites 79

y O teorema do confronto é aplicável quando f (x) não só está cercada como também
apertada num ponto x = e por l(x) e u(x) (Figura 2). Por isso queremos dizer que, para
u(x) todo x =1- e em algum intervalo aberto contendo e, temos
L
l(x)::: f(x)::: u(x) e lim l(x)
x~c
= x~c
lim u(x) = L
l(x)
Não exigimos que f (x) esteja definida em x = e, mas fica graficamente evidente que f (x)
deve tender ao limite L (Figura 2). No teorema seguinte isso está enunciado formalmente.
e
Uma prova desse teorema está dada no Apêndice D.
FIGURA 2 f (x) está sendo apertada por
l(x) e u(x) em x = e.
TEOREMA 1 Teorema do confronto Suponha que, para x =1- e (em algum intervalo aber-
to contendo e),

l(x) ::: f (x) ::: u(x) e lim l(x) = lim u(x) = L


x~c x~c

Então existe lim f (x) e


x~c
lim f(x)
X~C
=L

. 1
• EXEMPLO 1 Mostre que hm x sen -
x~O X
= O.
y
Solução Embora f (x) = x sen -1 seja um produto de duas funções, não podemos usar a
X
1
lei do produto porque não existe lim sen - . Em vez disso, aplicamos o teorema do con-
x~o X

fronto. A função seno toma valores entre 1 e -1 e portanto Isen l l ::: 1 para todo x =1- O.

Multiplicando por lxl, obtemos lx sen l l ::: lx Ie concluímos que (ver Figura 3)

1
- lxl ::: x sen - ::: lxl
X
-0,4 y=-lxl
Como
FIGURA 3 lim lxl =Ü e lim(-lx l) = - lim lx l = O
x~o x~o x~o
1
podemos aplicar o teorema do confronto para concluir que lim x sen - = O. •
x~O X

O próximo teorema enuncia dois limites importantes que serão utilizados para desen-
volver o cálculo de funções trigonométricas na Seção 3.6.

sen 0 TEOREMA 2 Limites trigonométricos importantes


Observe que tanto - - quanto
0
cos0-I _ "dt . _
- -- sao m e ermmaçoes em
0 . sen0 . l-cos0
0 = O, portanto o Teorema 2 não pode hm - -
0~ 0 0
= 1, hm---= 0
0~ 0 0
ser provado por substituição.

Utilizamos o teorema do confronto para calcular o primeiro limite do Teorema 2. Para


isso, precisamos encontrar funções que apertem (sen 0)/0 em 0 = O. Essas funções são
fornecidas pelo teorema seguinte (ver Figura 4).
80 CÁLCULO

--=-i-==:----+ - - - t - - - --->t.:-----""'+--=::::-0
sen e
y=-e-
Y = cos 0
FIGURA 4 O gráfico que ilustra as
desigualdades do Teorema 3.

TEOREMA 3

sen0 1r 1r
cos0<--<1 Para - - < 0 < - 0 ...J. O
2 2' -r [IJ
- 0 -

Demonstração Suponha primeiro que O < 0 < { Nossa prova depende da relação seguin-
te entre as áreas na Figura 5:

Área do !:10AB < área do setor BOA< área do !:10AC

y y y
e

Ax
__}· A

, 1
Área do triângulo = ½sen 0 Area do setor =
20 Área do triângulo = ½tg 0
FIGURA 5

Calculemos essas três áreas. Inicialmente, vemos que !:10AB tem base 1 e altura sen 0,
... LEMBRETE Vejamos por que o portanto sua área é½ sen 0. Em seguida, lembre que um setor de ângulo 0 tem área½ 0. Fi-
setor de ângulo 0 de um círculo de nalmente, para calcular a área do !:10AC, observe que
raio r tem área ½r 2 0. Como o círculo
todo é um setor de ângulo 2n, o setor
de ângulo 0 representa uma fração tg 0 = lado oposto = AC = AC = AC
lir
de do círculo todo. O círculo tem lado adjacente OA 1
área nr2, portanto o setor tem área
(ilr)rrr2 = ½r2 0. No círculo unitário Assim, !:10AC tem base 1 e altura tg 0 e sua área é½ tg 0. Desse modo mostramos que
(r = 1), o setor tem área½ 0.
1 1 sen 0
- sen0 < <
2 - 2 cos 0
'-...-' '-v--'
Área do Ll OAB Área do setor Área do Ll O AC

A primeira desigualdade dá sen 0 s 0 e, como 0 > O, resulta

sen 0
- - <l
0 -
CAPITULO 2 limites 81

Agora multiplicamos a segunda desigualdade em (3) por (2 cos 0)/0 para obter
sen 0
cose< - -
- 0

A combinação de (4) e (5) nos dá (1) quando O < 0 < j. Contudo, as funções em (1) não
sen 0
mudam quando 0 for trocado por -0 porque ambas cos 0 e - - são funções pares. De
0
fato, cos( -0) = cos 0 e
sen(- 0) - sen 0 sen 0
-0 -0 0
Portanto, (1) vale automaticamente também para - ; < 0 < O. Isso completa a prova do
Teorema 3. •

Demonstração do Teorema 2 De acordo com o Teorema 3,


sen 0
cos0 -< -0- -< 1

Além disso,
lim cos 0 = cos O = 1 e lim 1 = 1
0-->O 0-->O
sen 0
Portanto, o teorema do confronto nos dá lim - - = 1, como afirmamos. Para uma
l 0 0-->0 0
.
prova de l1m - cos = O, ver Exerc1c10s
, . 42 e 5 1. •
0-->O 0

No próximo exemplo calculamos um outro limite trigonométrico. A idéia central é


reescrever a função de h em termos da nova variável 0 = 4h.

sen4h
• EXEMPLO 2 Cálculo de limite por mudança de variáveis Investigue lim - - numerica-
h->O h
mente e então calcule exatamente.

sen4h Solução A tabela de valores à esquerda sugere que o limite seja igual a 4. Para calcular
h o limite exatamente, reescrevemos o limite de (sen 0)/0 para poder aplicar o Teorema 2.
h
Assim, tomamos 0 = 4h e escrevemos
±14 -0,75680
±0,5 1,81859 sen4h = 4 (sen4h) = 4 sen 0
±0,2 3,58678 h 4h 0
±0,1 3,89 418
±0,05 3,97 339 A nova variável 0 tende a zero quando h -+ Opois 0 é um múltiplo de h. Portanto, pode-
±0,01 3,99 893 mos trocar o limite quando h -+ Opara um limite quando 0 -+ Oe obter
±0,005 3,999 73
. sen 4h . sen 0 ( . sen 0 )
hm - -
h->O h
= 0-->O
hm 4 - - = 4 hm - - = 4(1) = 4
0 0-->O 0


2.6 RESUMO
• Dizemos que f (x) está sendo apertada em x = e se existirem funções l(x) e u(x) tais que
l (x) :::: f (x) :::: u (x) para todo x =/=- e num intervalo aberto / contendo e e

lim l(x)
X->C
= X->C
lim u(x) = L

O teorema do confronto afirma que, nesse caso, lim f (x)


x->c
= L.
82 CÁLCULO

• Dois limites trigonométricos importantes:

sen 0 1 - cos 0 O
lim - -
0~0 0
= 1, lim - - - - =
0~0 0

2.6 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
. . sen 5h , b 'd,.
1. Suponha que - x 4 f (x) .::: x 2. Quanto vale lim f (x)? Há in-
.::: 4• Se qmsermos ca1cu1ar hm - -, e uma oa 1 eia reescrever
x~o h~o 3h
formação suficiente para calcular lim f (x )? Explique. esse limite em termos da variável (escolha uma):
x~½
(a) 0 = 5h (b) 0 = 3h (e) 0 = 5h
2. Enuncie cuidadosamente o teorema do confronto. 3

3. Suponha que f (x) esteja apertada em x = c num intervalo aberto/


por duas funções constantes l(x) e u(x). Será/(x) necessariamen-
te constante em J?

Exercícios
1. Na Figura 6, as funções l(x) e u(x) estão apertando/ (x) emx = 3? 4. Decida se a desigualdade fornece informação suficiente para de-
Eemx = 2? terminar limx~ 1 / (x) e, caso afirmativo, encontre o limite.
(a) 4x - 5 .::: f (x) .::: x 2
y
u(x) (b) 2x - I .::: f(x) .::: x 2
f(x) (e) 2x + 1 .::: f(x) .::: x 2 + 2
~ ::::-- - l(x)
Nos Exercícios 5-8 use o teorema do confronto para calcular o limite.

. 1 . 2 1
5. hm xcos- 6. hm x sen -
2 3 4 x~o X x~o X

FIGURA 6 . n
7. lim cos ( ~) senx 8. hm (x - 1) sen - -
x~0 X x~I X -1
2. Quanto vale lim f(x) sef (x) satisfizer cosx.::: f(x).::: 1para x
x~o Nos Exercícios 9-16 calcule o limite usando o Teorema 2 quando
em (-1, 1)? necessário.

3. Suponha que os gráficos de/(x), u(x) e l(x) estejam relacionados senx cosx vt+2sen t
9. lim 10. lim
como na Figura 7 e que lim u(x) = lim l(x) = 6. Qual infor- x~o X t~0 t
x~7 x~7
mação sobre/ (x) é fornecida pelo teorema do confronto? Obser- . sen 2 t . tgx
ve que a desigualdade f (x) .::: u(x) não está satisfeita para todo 11. hm-- 12. hm-
r~o t x~o X
x. Isso afeta a validade da conclusão obtida?
x2 1 - cost
13. lim - 2- 14. lim
x~ o sen x H°!
sen t cos t - cos2 t
15. lim - - 16. lim
Hf t r~o t

6 sen IOx
17. Seja L = x~0
lim - -.
X

sen 0
(a) Tomando 0 = 1Ox, mostre que L = lim 10- -.
0~0 0
(b) Calcule L.
7
2 2
FIGURA 7 18. Calcule lim sen h. Sugestão: sen h = (~) ( senh2h) ( ~ ) -
h~ o sen 5h sen 5h 5 2 sen 5h
CAPITULO 2 limites 83

l - cos3h 1 - cos40
Nos Exercícios 19-40 calcule o limite. 39. lim 40. lim
h-+ f h 0-+0 sen30
r sen6h
19. 1m - - 20.
r1m -
6senh
- senx . senx
h-+0 h h-+0 6h 41. Calcule (a) lim - - e (b) hm - - .
x -+0+ lx l x-+0- lx l
21.
r1m sen6h
--
senh
22. lim--
h-+0 6h h-+0 6h 42. Prove o resultado seguinte, enunciado no Teorema 2:
sen7x
24. lim __ x_ 1 -cos e
23. li m - -
x-+0 3x x -+¾ sen llx
lim
0-+0 0
=0 w
tg4x X
25. lim-- 26. lim
x -+0 9x x-+0 cossec 25x 1- cos0 1 - cos2 0
Sugestão: =
tg4t sen2h sen3h 0 1 + cose 0
27. lim-- 28. lim
t-+0 t sec t h-+0 h2
43. Mostre que -ltgx l :S tgx cos { :S ltgx l. Em seguida, calcule
sen(z/ 3) sen(-30) lim tg x cos { usando o teorema do confronto.
29. lim 30. lim x-+0
z-+0 senz 0-+0 sen(40)
tg4x cossec St 44. Calcule lim tgx cos(sen {) usando o teorema do confronto.
31. lim - - 32. lim x -+0
x -+0 tg9x t-+0 cossec4t

33. lim
sen5x sen2x
34. lim
sen3x sen2x 45. ~ Faça um esboço dos gráficos de u(x) = 1 + lx - Í I e
x -+0 sen 3x sen Sx x -+0 x sen5x l(x) = sen x num mesmo sistema de eixos. O que podemos dizer
1 - cos 2h sen(2h)(I - cos h) sobre lim f(x) sef(x) for apertado por l(x) e u(x) em x = Í?
35. lim 36. lim x -+f
h-+0 h h-+0 h
1 - cost cos 20 - cos 0 46. Use o teorema do confronto para provar que se lim lf (x)I = O,
37. lim 38. lim então lim f (x) = O. x -+c
t-+0 sent 0-+0 0 x -+c

Compreensão adicional e desafios


1-cosh (b) É possível adivinhar a resposta para um c geral? (A razão disso
47. ICG~ Investigue lim numericamente e, usando uma
h-+ 0 h2 será vista no Capítulo 3.)
calculadora gráfica, também graficamente. Em seguida prove que
(e) Confira se sua resposta em (b) vale para outros valore de c.
1-
o limite é igual a Sugestão: ver a sugestão do Exercício 42.
53. ~ Seja A(n) a área de um polígono regular de n lados ins-
cos3h - 1
48. Calcule lim h . Sugestão: Use o resultado do Exercí- crito num círculo unitário (Figura 8).
h-+ 0 2
cio 47. 2
(a) ProvequeA(n) = ~nsen( :).
cos3h - 1
49. Calcule lim - - - .
h-+ 0 cos 2h - 1 (b) Intuitivamente, por que pode ser esperado que A(n) convirja à
área do círculo unitário quando n -+ oo?
50. Use o resultado do Exercício 47 para provar que, param cp O, vale
(e) Use o Teorema 2 para calcular lim A(n).
n-+oo
cos mx - 1 m2
lim----
x-+0 x2 2
y

51. Use um esboço do círculo unitário e o Teorema de Pitágoras para


mostrar que

sen 2 0 .-S (1 - cos 0)2 + sen2 0 .-S 02


Conclua que sen2 0 .-S 2(1 - cos 0) .-S 02 e use isso para dar
uma prova alternativa da Equação (7) no Exercício 42. Em segui-
da, dê uma prova alternativa do resultado do Exercício 47.

senx - sen c
52. (a) Investigue lim - - - - numericamente para os cinco
X-+C X - C

va1ores e = O, tí
TCTCTCTC
, 4 , 3 , 2. FIGURA 8 Polígono regular de n lados inscrito no círculo unitário.
84 CÁLCULO

2. 7 Teorema do valor intermediário


O teorema do valor intermediário (TVI) é um resultado básico que afirma que uma
função contínua num intervalo não pode pular valores. Considere um avião que decole
e suba de Oa 20.000 pés em 20 minutos. O avião deve passar por cada altitude entre Oe
20.000 durante esse intervalo de 20 minutos. Assim, em algum momento, a altitude do
avião deve ter sido exatamente 12.371 pés. É claro que estamos supondo que o movimen-
to do avião seja contínuo, de modo que sua altitude não pode, por exemplo, pular instan-
taneamente de 12.000 a 13.000 pés.
Para enunciar essa conclusão formalmente, seja A(t) a altitude do avião no instante
t. O TVI então afirma que para cada altitude M entre Oe 20.000, existe algum instante
de tempo to entre Oe 20 tal que A(to) = M. Em outras palavras, o gráfico de A(t) deve
intersectar a reta horizontal y = M [Figura l(A)].

Altitude (pés) y

20.000

M
10.000
4
3
2 ----o
-
--+----0----+----+-X
-1 2 3
to 20
Tempo (min)
(A) Altitude do avião A(t) (B) Gráfico de f(x) = [x]
FIGURA 1

Contrastando com esse comportamento, uma função descontínua pode pular valores.
A função maior inteirof(x) = [x] satisfaz [1] = 1 e [2] = 2 [Figura l(B)] mas não atinge
o valor 1,5 (ou qualquer outro valor entre 1 e 2).

Uma prova do TVI está dada no


1Apêndice B. TEOREMA 1 Teorema do valor intermediário Se f (x) for contínua num intervalo fechado
[a, b], então para cada valor M entref(a) ef (b), existe pelo menos um valor e E (a, b)
tal quef(c) = M.
y
• EXEMPLO 1 Prove que a equação sen x = 0,3 tem pelo menos uma solução.
y=senx
Solução Podemos aplicar o TVI porque a função sen x é contínua. Escolhemos um inter-
valo no qual suspeitamos existir uma solução. O valor desejado de 0,3 fica entre os dois
valores funcionais
0,3 ---------------------------- y = 0,3
7r
seno= o e sen - = 1
"---t----------+-- X 2
e 7r
2 de modo que o intervalo [O,~] serve (Figura 2). O TVI nos diz que sen x = 0,3 tem pelo
FIGURA 2 menos uma solução em (O, ~). Como sen x é periódica, sen x = 0,3 tem, na realidade, uma
infinidade de soluções. •

Um zero ou raíz de uma função O TVI pode ser usado para mostrar a existência de zeros de funções. Se f (x) for con-
é um valor e tal quef(c) = O. As tínua e atingir valores tanto positivos quanto negativos, digamosf (a)< Oef(b) > O, então
vezes, reservamos a palavra "raíz"
específicamente para designar um zero o TVI garante quef(c) = Opara algum e entre a e b.
de um polinômio.

COROLÁRIO 2 Existência de zeros Sef (x) for contínua em [a, b] e sef(a) ef(b) forem
não nulos e tiverem sinais opostos, entãof(x) tem um zero em (a, b).
CAPITULO 2 limites 85

y Usando o método da bisseção podemos localizar os zeros de uma função com grau
arbitrário de precisão, conforme ilustra o exemplo seguinte.
f(x) > O
X
zero de f(x) • EXEMPLO 2 Ométodo da bisseção Mostre que f (x) = cos2 x - 2 sen
4 tem um zero
o 1---+-+>.l-+-- - - - - + - - - x em (O, 2). Então determine o zero com maior precisão usando o método de bisseção.
1 3 2
2 4
Solução Usando uma calculadora, observamos quef(O) ef(2) têm sinais opostos:

-1 f(O) = 1 > O, f (2) ~ -0,786 < O

FIGURA 3 O gráfico de O Corolário 2 garante quef (x) = Otem uma solução em (O, 2) (Figura 3).
f(x) = cos2 x - 2sen i Podemos determinar um zero mais precisamente dividindo [O, 2] em dois inter-
valos [O, 1] e [1, 2]. Um desses deve conter um zero def (x). Para verificar qual, cal-
culamos! (x) no ponto médio m = 1. Uma calculadora dáf (1) ~ -0,203 < Oe, como
Os sistemas algébricos computacionais f (0) = 1, vemos que
têm comandos próprios para encontrar
raízes de uma função ou para resolver f (x) toma sinais opostos nos extremos de [O, 1]
uma equação numericamente. Esses
sistemas utilizam uma variedade
de métodos, incluindo versões mais
Desse modo, (O, 1) deve conter um zero. Descartamos [1, 2] porque ambosf(l) ef(2) são
sofisticadas do método da bisseção. negativos. O método da bisseção consiste em continuar esse processo até que cerquemos
Observe que para utilizar o método a posição do zero com o desejado grau de precisão. Na tabela seguinte, o processo foi
da bisseção precisamos primeiro executado três vezes:
encontrar um intervalo que contenha
alguma raiz.

Ponto
médio do Valores
Intervalo intervalo funcionais Conclusão
[O, l] 1
2 f (½) ~ 0,521 O zero está em ( ½, 1)
f (l) ~ -0,203

[½, 1] 3
4 J(¾) ~ 0,163 O zero está em (¾' 1)
f(l) ~ -0,203

(¾, 1] 7
8 1G) ~ -0,0231 O zero está em (¾' i)
J(¾) ~ 0,163

Concluímos quef(x) tem um zero c satisfazendo 0,75 < c < 0,875. O método da bisseção
pode ser continuado para determinar a raiz com qualquer grau de precisão. •

ENTENDIMENTO C0NCEITUAL O TVI parece afirmar o óbvio, ou seja, que uma função con-
tínua não pode pular valores. No entanto, sua prova (dada no Apêndice B) é bastante
delicada porque depende da propriedade de completude dos números reais. Para elu-
cidar a sutileza, observe que o TVI é falso para funções definidas apenas nos núme-
ros racionais. Por exemplo, f(x) = x 2 não tem a propriedade do valor intermediário
se restringirmos seu domínio aos números racionais. De fato, f (0) = O e f (2) = 4
masf (c) = 2 não tem solução para c racional. Por ser irracional, a solução c = ./2
está "faltando" no conjunto dos números racionais. Desde o início do Cálculo, o TVI
certamente foi considerado como sendo evidente. Contudo, não foi possível dar uma
demonstração genuinamente rigorosa até que, na segunda metade do século XIX, foi
esclarecida a propriedade de completude.
86 CÁLCULO

2.7 RESUMO
• O TVI afirma que uma função contínua não pula valores. Mais precisamente, sef(x) for
contínua em [a, b] com f(a) =1- f(b), e se M for um número entref (a) ef (b), entãof
(e)= Mpara algum e E (a, b).
• Existência de zeros: sef(x) for contínua em [a, b] e sef(a) ef(b) tiverem sinais opostos
(um é positivo e o outro é negativo), entãof(c) = Opara algum e E (a, b).
• Método da bisseção: suponha quef (x) seja contínua. Suponha quef (a) ef (b) tenham
sinais opostos, de modo queftenha um zero em (a, b). Entãoftem um zero em [a, m]
ou [m, b], onde m =(a+ b)/2 é o ponto médio de [a, b]. Para determinar qual, calcule
f (m). Existe um zero em (a, m) sef (a) ef (m) tiverem sinais opostos e em (m, b) se
f (m) ef(b) tiverem sinais opostos. Continuando o processo, podemos determinar um
zero com grau de precisão arbitrário.

2.7 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Explique por que f (x) = x 2 atinge o valor 0,5 no intervalo [O, 1]. 3. Qual é a interpretação gráfica do TVI?

2. A temperatura em Vancouver, no Canadá, era de 46ºF às 6 ho- 4. Mostre que a afirmação seguinte é falsa esboçando um gráfico
ras da manhã e subiu até os 68ºF ao meio dia. O que precisa ser que forneça um contra-exemplo: se f (x) for contínua e se tiver
sabido sobre a temperatura pra poder conclui que a temperatura uma raiz em [a, b], então f (a) e f (b) têm sinais opostos.
era de 60ºF em algum instante de tempo entre as 6 horas da
manhã e o meio dia?

Exercícios
1. Use o TVI para mostrar que f (x) = x 3 + x atinge o valor 9 para 11. Para cada inteiro positivo k, existe x tal que cos x = xk.
algumxem [1, 2].
12. 2x = bx tem alguma solução se b > 2.
2. Mostre que g(t) = -t- atmge
.
o valor 0,499 para algum tem
t +1 13. 2x = b tem alguma solução para todo b > O(trate b ~ l primeiro).
[O, 1].
14. tg x = x tem uma infinidade de soluções.
3. Mostre que g(t) = t 2 tg t atinge o valor½ para algum tem [O, ¾).
x2 15. Execute o método da bisseção para f (x) = 2x - x 3 como segue:
4. Mostre que f (x) = - 7- - atinge o valor 0,4.
X +1 (a) Mostre quef(x) tem um zero em [1; 1,5].

5. Mostre que cos x = x tem alguma solução no intervalo [O, 1]. (b) Mostre quef(x) tem um zero em [l,25; 1,5].
Sugestão mostre quef(x) = x - cos x tem algum zero em [O, l]. (e) Determine se [1,25; 1,375] ou [1 ,375; 1,5] contém um zero.

6. Use o TVI para encontrar um intervalo de comprimento½ que 16. A Figura 4 mostra que f (x) = x 3 - 8x - 1 tem uma raiz no in-
contenha alguma raiz de f(x) = x 3 + 2x + 1. tervalo [2,75; 3]. Aplique o método da bisseção duas vezes para
Nos Exercícios 7-14, use o TVI para provar cada uma das afirmações
1t
obter um intervalo de comprimento que contenha essa raiz.
seguintes.
y
7. .Jc + Jc+T = 2 para algum número c.
8. Para cada inteiro n, sen nx = cos x vale para algum x E [O, 7r].

9. Existe J2. Sugestão: considere f (x) = x 2.


10. Todo número positivo c tem uma raiz enésima, para cada inteiro
positivo n. (Esse fato costuma ser aceito sem prova, embora re-
queira uma.) FIGURA 4 O gráfico de y = x3 - 8x - I.
CAPITULO 2 limites 87

17. Encontre um intervalo de comprimento¼ em [O, 1] que contenha 20. Descontinuidade de salto em x = 2 que, mesmo assim, satisfaça
uma raiz de x 5 - Sx + 1 = O. a conclusão do TVI em [O, 4].

18. Mostre que tg3 0 - 8 tg2 0 + 17 tg 0 - 8 = Otem alguma raiz 21. Limites laterais infinitos em x = 2 que não satisfaça a conclusão
em [O,S; 0,6]. Aplique o método da bisseção duas vezes para encon- do TVI.
trar um intervalo de comprimento 0,025 que contenha essa raiz.
22. Limites laterais infinitos em x = 2 que, mesmo assim, satisfaça a
Nos Exercícios 19-22, esboce o gráfico de umafunçãof(x) em [O, 4] conclusão do TVI.
com a propriedade dada.
23. ~ O Corolário 2 não é à prova de descuido. Considere
19. Descontinuidade de salto em x = 2 que não satisfaça a conclusão f (x) = x 2 - 1 e explique por que o corolário deixa de detectar
do TVI. as raízes x = ±1 se [a, b] contiver [-1 , l].

Compreensão adicional e desafios


24. Num mapa qualquer (por exemplo, o do Brasil) esboce um cír- A(b) como a quantidade de presunto acima da reta y = b menos
culo em algum lugar. Prove que, em qualquer instante de tempo, a quantidade abaixo. Como podemos modificar esse argumento
existe um par de pontos diametralmente opostos naquele círculo
correspondentes a localidades em que as temperaturas são iguais
1(
para que funcione quando 0 = caso em que tg 0 = oo)?

naquele instante. Sugestão: seja 0 uma coordenada angular em 27. ~ A Figura 6(B) mostra uma fatia de presunto numa fa-
torno do círculo e sejaf (0) a diferença de temperatura nas locali- tia de pão. Mostre que é possível cortar esse sanduíche aberto
dades correspondentes a 0 e 0 + n:. com um corte reto de tal modo que cada parte tenha as mesmas
quantidades de presunto e pão. Sugestão: pelo Exercício 26,
25. ~ Suponha que f (x) seja contínua e que O :S f (x) :S 1 para cada O:S 0 :S n:, existe uma reta de inclinação 0 (que vamos
para O:S x :S 1 (ver Figura S). Mostre quef(c) = c para algum supor ser única) que divide o presunto em duas partes iguais.
cem [O, l]. Para 0 =j: O ou n:, seja B(0) a quantidade de pão à esquerda de
L(0) menos a quantidade à direita. Observe que L(n:) = L(0) pois
y 0 = O e 0 = n: dão a mesma reta, mas B(n:) = -B(0) pois a
y=x
esquerda e a direita são trocadas quando o ângulo vai de Oa n:.
'' Suponha que B(0) seja contínua e aplique o TVI. (Esse argu-
:y = f(x) mento pode ser estendido para o verdadeiro "Teorema do San-
duíche de Presunto" que afirma que, admitindo cortes em linha
reta com uma inclinação vertical, é possível cortar um sanduíche
autêntico, consistindo numa fatia de presunto e em duas fatias
de pão, de tal modo que as três camadas sejam simultaneamente
e cortadas em partes iguais.)
FIGURA 5 Uma função que satisfaz O:S f (x) :S I para O:S x :S 1.

26. ~ O Teorema do sanduíche de presunto A Figura 6(A)


mostra uma fatia de presunto. Mostre que para qualquer ângulo
0 (0 :S 0 :S n:) é possível cortar a fatia de presunto em duas partes
iguais com um corte de inclinação 0. Sugestão: as retas de incli-
nação 0 são dadas pelas equações y = (tg 0)x + b, onde b varia
de -oo a oo. Cada uma dessas retas divide a fatia de presunto em
duas partes (uma das quais pode ser vazia). SejaA(b) a quantida-
de de presunto à esquerda da reta menos a quantidade à direita e
seja A a área total da fatia. Mostre que A(b) = - A se b for sufi- (A) Cortando uma fatia de (B) Uma fatia de presunto em
presunto num ângulo 0. cima de uma fatia de pão.
cientemente grande e A(b) = A se b for suficientemente negativo.
l
Então use o TVI. Isso funciona se 0 =j: Oou Se 0 = O, defina FIGURA 6

2.8 Definição formal de limite


Nesta seção, reexaminamos a definição de limite para enunciá-la de uma maneira rigorosa
e precisa. Por que isso seria necessário? Na Seção 2.3 definimos os limites dizendo que
lim f (x) = L se lf (x) - LI tomar-se arbitrariamente pequeno quando x estiver suficien-
x~c
temente próximo de (sem ser igual a) e. O problema com essa definição consiste nas fra-
88 CÁLCULO

ses "arbitrariamente pequeno" e "suficientemente próximo". Precisamos encontrar uma


maneira de especificar exatamente quão próximo é suficientemente próximo.

A definição formal de limite elimina Otamanho da amplitude


a imprecisão da abordagem informal.
Ela é usada para desenvolver o Cálculo Lembre que a distância de f (x) a L é dada por lf (x) - LI. É conveniente denominar a
de uma maneira precisa e formal. quantidade lf (x) - LI de amplitude entre o valor f (x) e o valor L.
Algumas demonstrações usando
Reexaminemos o limite trigonométrico básico
a definição formal de limite estão
incluídas no Apêndice D, mas para senx
um desenvolvimento mais completo,
lim--=1 [IJ
x -->O X
referimos o leitor aos livros didáticos
relativos à área da Matemática senx
denominada "Análise".
Nesse exemplo, f(x) = - - e L = 1, portanto (1) nos diz que a amplitude lf (x) - 11
X
fica arbitrariamente pequena quando x estiver suficientemente próximo de O, mas não
for igual a O.
Suponha que queiramos uma amplitude lf (x) - 11 menor do que 0,2. Quão próximo
deve x estar de O? A Figura l(B) mostra que f (x) está a menos de 0,2 de L = 1 para todos
valores de x no intervalo [-1 , 1]. Em outras palavras, a afirmação seguinte é verdadeira:

senx -1 1 < 0,2


-X- se O< lx l < 1
l

Se insistirmos, no entanto, que a amplitude seja menor do que 0,004, podemos ampliar o
gráfico e conferir na Figura l(C) que

senx
-X- - }
1
< 0,004 se O< lxl < 0,15
1

Visão ampliada do
gráfico perto de x = O
y
y
:------- 1
A amplitude
y ''
''' lf(x)- 11
' ----1é menor do
que0,004

(A)
-
O intervalo
(B)
lxl < 1
---+------'---+--- x
-0,15

O intervalo
o

(C)
0,15

lxl < 0,15

FIGURA 1 Gráficos de y = se~ x. Para


reduzir a amplitude de 0,2 para 0,004, Parece que esse processo poderia ser continuado: ampliando o gráfico, podemos en-
exigimos que x esteja a menos de contrar um pequeno intervalo em tomo de e = Ono qual a amplitude lf (x) - 11 seja me-
0,15 de O. nor do que qualquer número positivo previamente dado.
Para expressar isso de maneira precisa, seguimos a tradição consagrada pelo uso de
utilizar as letras gregas E (épsilon) e ó (delta) para denotar os números pequenos que es-
pecificam o tamanho da amplitude e da quantidade lx - cl, respectivamente. Em nosso
caso, e= Oe lx - cl = lx - 01 = lxl- O significado preciso da Equação (1) é que para cada
escolha de E> O, existe algum ó (dependendo de E) tal que

senx
-X- - }
1
< E se O< lxl < Ó
1

O número ó nos diz quão próximo é suficientemente próximo para um dado E. Com essa
motivação, estamos prontos para enunciar a definição formal do limite.
CAPITULO 2 limites 89

A definição formal de limite é, muitas


vezes, denominada "definição E-8 ". DEFINIÇÃO FORMAL DE LIMITE Suponha que f (x) esteja definida em cada x de um interva-
A tradição de utilizar os símbolos E e lo aberto contendo e (mas não necessariamente em x = e). Então
8 originou nos trabalhos de Augustin-
Louis Cauchy sobre o Cálculo e a
Análise nos anos 1820. lim f(x) = L
X--+C

se, para qualquer E > O, existir algum 8 > Otal que


Se os símbolos E e 8 tornarem essa
definição muito abstrata, lembre que
podemos tomarE = 10-11 e8 = 10-111•
l lf(x) - LI < E se O< lx -cl < 81
Assim, lim f(x) = L se, para cada n,
X-+C
valerlf(x) - LI < 10-11 sempre que
O < lx - cl < 10-111 (em que a escolha A condição O < lx - e 1 < 8 dessa definição exclui x =e.Assim como na nossa definição
de m depende de n). informal anterior, isso é formulado assim para que o limite somente dependa dos valores
def(x) perto de e mas não do própriof(c). Como vimos, em muitos casos o limite existe
mesmo quando f (e) não estiver definido.

• EXEMPLO 1 Sejaf (x) = 8x + 3.


(a) Mostre que lim f (x) = 27 usando a definição formal de limite.
x--+3
(b) Encontre valores de 8 que funcionem para E= 0,2 e 0,001.

Solução
(a) Quebramos a prova em dois passos.

Passo 1. Relacionar a amplitude com lx -4


Precisamos encontrar uma relação entre dois valores absolutos: lf (x) - LI para
L = 27 e lx - cl para e= 3. Observe que

lf(x) - 271 = 1(8x + 3) - 271 = 18x - 241 = 81x - 31


--...-
Tamanho da amplitude

Assim, a amplitude é 8 vezes o tamanho de lx - 31.


Passo 2. Escolher 8 (em termos de E).
Agora podemos ver como tomar a amplitude pequena: se lx - 31 < f, então a ampli-
tude é menor do que 8 lx - 31 < 8 ( i) = E. Portanto, para qualquer E> O, escolhemos
8= f A afirmação seguinte será, então, válida:
E
lf(x) - 271 < E se O < lx - 31 < 8 onde 8 =
8

y Como conseguimos especificar 8 para qualquer E > O, cumprimos as exigências da


y=8x+3 definição formal de limite e, assim, provamos rigorosamente que lim (8x + 3) = 27.
21:z x--+3
27+-----TI ~ E 0,2
/ (b) Para a particular escolha E= 0,2, podemos tomar u = = = 0,025:
26,8 8 8
lf (x) - 271 < 0,2 se O< lx - 31 < 0,025
i
_ 1
.,.__ _ __,....,____X Essa afirmação está ilustrada na Figura 2. Observe que qualquer número 8 positivo menor
2,975 / 3 "---3,025 do que 0,025 também funciona. Por exemplo, a afirmação seguinte também é verdadeira,
FIGURA 2 Para tornar a amplitude embora imponha restrições desnecessárias sobre x:
menor do que 0,2, podemos tomar
8 = 0,025 (figura fora de escala). lf (x) - 271 < 0,2 se O< lx - 31 < 0,019
90 CÁLCULO

Analogamente, para tomar a amplitude menor do que E= 0,001, podemos tomar

E 0,001
8=-
8
= -8- = 0,000125 •
Muitas vezes, a dificuldade de aplicar a definição de limite reside na tentativa de re-
lacionar lf (x) - LI com lx - cl- Os dois exemplos seguintes ilustram como isso pode ser
feito em casos especiais.

• EXEMPLO 2 Um limite de x 2 Use a definição de limite para provar que lim x 2 = 4.


x~2

Solução Seja f (x) = x 2.


Passo 1. Relacionar a amplitude com lx -4
Nesse caso, devemos relacionar a amplitude lf (x) - 41 = lx 2 - 41 com a quantidade
1x - 21(ver Figura 3). Isso é mais difícil do que no exemplo anterior porque a ampli-
tude não é um múltiplo constante de Ix - 21. Para continuar, considere a fatoração

Como vamos exigir que lx - 21 seja pequeno, podemos passar a supor, desde o come-
ço, que Ix - 21 < 1, o que significa que 1 < x < 3. Nesse caso, 1x + 21 é menor do que
5 e a amplitude satisfaz

lx 2 - 41 = lx + 21 lx - 21 < 5 lx - 21 se lx - 21 < 1

Valores funcionais
ª menos de E de 4
I +:
4
+---_
--_
--_--_--_--_--_--_-_
--_--_--_--_---
-------------------------
4- E

FIGURA 3 O gráfico de f (x) = x 2.


Podemos escolher ô de tal modo que
f (x) fique a menos de E de 4 para todo
X de [2 - Ô, 2 + ô].

Passo 2. Escolher 8 (em termos de E).


3
Vemos por (2) que se lx - 21 for menor do que ambos e 1, então a amplitude satisfaz

lx2 - 41 < Slx - 21 < s(i) = E

Portanto, a afirmação seguinte vale para qualquer E > O:

lx 2 -41 < E se O< lx - 21 < 8 onde 8 é o menor entre 3e 1

Especificamos 8 para qualquer E > O, portanto atendemos as exigências da definição


formal de limite e, assim, provamos rigorosamente que lim x 2 = 4. •
x~2

1
• EXEMPLO 3 Use a definição de limite para provar que lim -
x~3 X
= -.31
CAPITULO 2 limites 91

Solução
Passo 1. Relacionar a amplitude com lx -4
A amplitude é igual a

3
1 -11 = 1 ~ X 1= IX - 31 13~ 1
±
Como vamos querer que lx - 31 seja pequeno, podemos passar a supor, desde o come-
ço, que lx - 31 < 1, ou seja, que 2 < x < 4. Agora observe que se x > 2, então 3x > 6 e

._. LEMBRETE Se a> b > O, então¾ < t· 3~ < ¼, de modo que a desigualdade seguinte é válida se lx - 31< 1:

I 1 1
Assim, se 3x > 6, então x < .
3 6 k(x) -li= 13 ~ x 1 =ILI lx - 31 < i lx - 31
Passo 2. Escolher 8 (em termos de e).
Por (3), se lx - 31 < 1 e lx - 31 < 6E, então

-1 - -1 1 < -1 lx - 31 1
< -(6E) =E
1X 3 6 6

Portanto, dado E> O, tomamos 8 como o menor dos dois números 6E e 1. Então

se O< lx - 31 < 8 onde 8 é o menor entre 6E e 1

Novamente, atendemos as exigências da definição formal de limite e, assim, prova-


. . 1 1
mos ngorosamente que hm - = -. •
x--+3 X 3

ENTENDIMENTO GRÃFICO Lembre sempre da interpretação gráfica de limites. Na Figura


4(A),f(x) tende a L quando x ~ e porque, para qualquer E> O, podemos fazer a ampli-
tude menor do que E tomando 8 suficientemente pequeno. A função na Figura 4(B) tem
uma descontinuidade de salto em x = e e a amplitude não pode ser tomada pequena,
não importando quão pequeno seja tomado 8. Portanto, o limite não existe.

y y

L +E ----- --------------- ---


largura 2E
I
L-
L - - - - -- b+--- - --{

I
E --- - ---------- ----
largura no
mínimo b-a
a + - - - - ---,1

-+- - - - ----- X --t- - -------X


e -ô/ e "-c+ ô e -ô / e "-c+ô
(A) A função é contínua em x = e. Tomando (B) A função não é contínua em x = e. A
ô suficientemente pequeno, podemos amplitude é sempre maior do que
tornar a amplitude menor do que E. (b - a)/2, por menor que seja ô.

FIGURA 4
92 CÁLCULO

Demonstração de teoremas de limites


Na prática, raramente utilizamos a definição formal de limite para calcular um limite.
A maioria dos limites são calculados utilizando as leis do limite e outras técnicas,
como o Teorema do Confronto. Contudo, a definição formal permite-nos demonstrar
essas leis de forma rigorosa e com isso garantir que o Cálculo esteja baseado numa
fundação sólida. Ilustramos isso provando a lei da soma. Outras provas estão dadas no
Apêndice D.

Demonstração da lei da soma Suponha que

lim f (x)
X---->C
=L e lim g(x)
X---->C
=M
Devemos mostrar que lim (f (x) + g (x))
X---->C
= L + M.
Pela desigualdade triangular [Equação(!) da Seção 1.1], temos la+ bl :S lal + lhl
para quaisquer a e b. Tomando a= f (x) - L e b = g(x) - M, obtemos

l(f(x) + g(x)) - (L + M)I :s lf(x) - LI+ lg(x) - MI

Pela definição de limite, podemos tornar cada parcela à direita de (4) tão pequena quanto
quisermos tomando lx - cl suficientemente pequeno. Mais precisamente, dado E > O,
podemos escolher ô tal quelf(x) - LI < !elg(x) - MI < ; se O< lx - cl < 8 (a prin-
cípio, talvez devamos escolher 8 diferentes paraf e g, mas então podemos usar o menor
dos dois 8). Assim, (4) garante
E E
lf(x) + g(x) - (L + M)I < + =E se O< lx -cl < 8
2 2
Isso prova que

lim(f(x) + g(x))
X---->C
= L + M = lim f(x) + X---->C
lim g(x)
X---->C •

2.8 RESUMO
• Falando informalmente, afirmar que lim f (x) = L significa que a amplitude lf (x) - LI
X---->C
tende a Oquando x tende a e. Para tornar isso preciso, introduzimos a definição formal
(denominada definição E-ô): lim f(x) = L se, para cadaE > O, existirum 8 > Otal que
x---->c

lf(x) - LI< E se O< lx -cl < 8

2.8 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Sabendo que lim cos x = 1, qual das afirmações seguintes é 2. Suponha que, para Ee 8 dados, seja sabido que If (x) - 21 < Ese
x ---->0
O < lx - 31 < o. Qual das afirmações seguintes deve também
verdadeira?
ser verdadeira?
(a) Se lcos x - 11é muito pequeno, então x está próximo de O.
(a) lf(x)-21 < ESeO < lx -31 < 2o
(b) Existe algum E > Otalquelxl < 10-5 se0 < lcosx - li < E.
(b) lf(x) -21 < 2E se0 < lx -31 < o
(e) Existe algum o> Otalquelcosx - li < 10-5 se0 < lxl < o. E O
(e) lf(x)-21 < se0 < lx-31<
(d) Existe algum o > Otal que lcos x 1< 10- 5 se O < lx - 11 < o. 2 2
o
(d) lf (x) - 21 < Ese O < lx - 31 <
2
CAPITULO 2 limites 93

Exercícios
1. Considere lim f (x), ondef(x) = 8x + 3. (b) Seja 8 o menor dentre I e 2E. Prove a afirmação seguinte:
x---->4
(a) Mostre que lf(x) - 351 = 81x - 41.
se O< lx - 21 < 8
(b) Mostre que para qualquer E > O, vale lf (x) - 351 < E se
f
lx - 41 < 8, onde 8 = Explique como isso prova rigorosa-
(e) Encontre algum 8 > Otal que 1½- ½1 < 0,01 se lx - 21 < 8.
mente que lim f (x) = 35.
x---->4 . . 1 1
(d) Prove ngorosamente que hm - = - .
2. Considere lim f(x ), ondef(x) = 4x - 1. x---->2 X 2
x ---->2

(a) Mostre que lf(x) - 71 < 48 se lx - 21 < 8.


10. Considere lim Jx + 3.
x----> 1
(b) Encontre algum 8 tal que: (a) Mostre que iJx + 3 -21 < ½lx - 11 se lx - 11 < 4. Sugestão:
multiplique a desigualdade por IJ x + 3 + 21 e observe que
lf(x) - 71 < 0,01 se lx - 21 < 8
IJx + 3 + 21 > 2.
(e) Prove rigorosamente que lim f (x) = 7. (b) Encontre 8 > Otal que I.Jx+°3 - 21 < 10-4 para lx - 11 < 8.
x ----> 2
(e) Prove rigorosamente que o limite é igual a 2.
3. Considere lim x 2 = 4 (confira o Exemplo 2).
x---->2
11. A partir da informação transmitida pela Figura 5(A), encontre
(a) Mostre que lx 2 - 41 < 0,05 se O< lx - 21< 0,01.
valores de L, Ee 8 > Otais que a afirmação seguinte seja válida:
(b) Mostre que lx 2 - 41 < 0,0009 se O< lx - 21 < 0,0002. lf( x ) - LI < ESe lxl < 8.
(e) Encontre algum valor de 8 tal que lx 2 - 41 seja menor do que
12. A partir da informação transmitida pela Figura 5(B), encontre
10-4 se O < lx - 21 < 8.
valores de e, L, Ee 8 > Otais que a afirmação seguinte seja váli-
4. Considere o limite Iim x 2 = 25. da: l f (x ) - LI < Ese lx - cl < 8.
x---->5

(a) Mostrequelx 2 - 251 < l llx - 51se4<x<6. Sugestão: escre- y y


va lx 2 - 251= lx + 51 · lx - 51.
Y =f(x)
(b) Encontre algum 8 tal que lx 2 - 25 I < 10- 3 se lx - 51 < 8.
(e) Dê uma prova rigorosa do limite mostrando que lx 2 - 251 < Ese
O < lx - 51 < 8, onde 8 é menor dentre e 1. TI
5. Use o Exemplo 3 para encontrar um valor de 8 > Otal que

se O < lx - 31 < 8 -~~,-----X


-0,1 O 0,1 0,2 0,3 2,9J3L3,1
(A) (B)
6. ICGij Esboce f (x) = J2x - l junto com as retas horizontais FIGURA 5
y = 2,9 e y = 3,1. Use esse esboço para encontrar algum valor de
8 > Otal que iJ2x - 1 - 31 < 0, 1se lx - 51 < 8. 13. ~ Uma calculadora dá os valores seguintes paraf (x) =
7. ICG~ Esboce f (x) = tg x junto com as retas horizontais y = sen x:
0,99e y =l ,Ol.Useesseesboçoparaencontraralgumvalorde (,r; ) (,r;) (,r; )
8 > 0talqueltgx- 11 < 0,0!selx - ¾1< 8. f
4 -0,l ~ 0,633, f
4 ~ 0,707, f
4 +0,l ~ 0,774

8. ICG~ Sejaf(x) = ~ . ObservequeolimiteL = lim f(x )


Use esses valores e o fato de quef (x) é crescente em [O, ;i para
X +1 x ----> ½ justificar a afirmação
tem o valor L = f ( ½) = 156. Seja E = 0,5 e, usando um gráfico
de f (x), encontre algum valor de 8 > Otal que If (x ) - ~ 1< E l1<x ) - 1 G)I < o.os se
para lx - ½1< 8. Repita o exercício para E = 0,2 e O, 1.
Em seguida, esboce uma figura como a Figura 3 para ilustrar essa
I afirmação.
9. Considere lim -.
x ----> 2 X
14. Adapte o argumento no Exemplo 1 para provar rigorosamente
(a) Mostre que se lx - 21< 1, então
que lim (ax + b) = ac + b, onde a, b e e são arbitrários.
x---->c

-1 - -11 < -lx


I -21 15. Adapte o argumento no Exemplo 2 para provar rigorosamente
1X 2 2 que lim x 2 = c2, para qualquer e.
X---->C
94 CÁLCULO

16. Adapte o argumento no Exemplo 3 para provar rigorosamente 25. Use a identidade
f,
que lim x- 1 = para qualquer e.
X-+C
senx + seny = 2sen ( -x +- y ) cos ( -x - -y )
Nos Exercícios 17-22, use a definição formal de limite para provar 2 2
rigorosamente a afirmação.
para verificar a relação
17. lim .fi = 2 18. lim (3x 2 + x) = 4
X-+4 x -+ I
1 sen(a + h) - sena= h
sen(h/2)
h/
(
cos a +
h)
19. lim x3 = 1 20. lim x- 2 = - 2 2
x-+ I x-+2 4

21. lim lx l = lcl 22. hm


.
x
1
sen - = O Conclua que lsen (a + h) - sen ai < lhl para qualquer a e prove
x-+c x-+0 X rigorosamente que lim sen x = sena. É possível que seja neces-
x-+a
23. Seja f(x) = _::__ Prove rigorosamente que não existe lim f(x). sário usar a desigualdade I se: x 1 :s: 1para x ;;/ O.
lxl x-+ 0
Sugestão: mostre que nenhum número L pode ser o limite porque
sempreexistealgumnúmeroxtalquelxl < ômaslf(x) - LI ::: ½ , 26. Use a Equação (6) para provar rigorosamente que
por menor que seja tomado ô.
. sen(a + h) - sena
hm - - - - - - - =cosa
24. Prove rigorosamente que não existe lim sen }. h-+0 h
x-+ 0

Compreensão adicional e desafios


27. Unicidade do limite Mostre que uma função converge a no 31. Seja/ (x) = 1 se x for racional ef (x) = Ose x for irracional. Prove
máximo um valor limite L. Em outras palavras, use a definição que não existe lim f (x), para qualquer e.
X-+ C
de limite para mostrar que se lim f (x) = LI e lim f (x) = L2,
então L 1 = L2.
x -+ c x-+ c 32. ~ A função seguinte tem estranhas propriedades de conti-
nuidade:
Nos Exercícios 28-30, prove a afirmação usando a definição formal
de limite. se x for o número racional !!_

28. A lei do múltiplo constante [Teorema 1, parte (ii) na Seção 2.3,


f(x) -1: em forma irredutível. q

se x for um número irracional.


p. 60]
(a) Mostre que/ (x) é descontínua em e se e for racional. Sugestão:
29. O teorema do confronto [Teorema I na Seção 2.6, p. 79] existem irracionais arbitrariamente próximos de e.
30. A lei do produto [Teorema 1, parte (iii) na Seção 2.3, p. 60] Su- (b) Mostre que/ (x) é contínua em e se e for irracional. Sugestão:
gestão: use a identidade seja/ o intervalo {x: lx - cl < 1}. Mostre que para qualquer
Q > O, o intervalo / contém uma infinidade de frações tais f
f(x)g(x) - LM = (f (x) - L) g(x) + L(g(x) - M) que q < Q. Conclua que existe algum ô tal que todas frações
em {x: lx - cl < ô} tenham denominador maior do que Q.

EXERCÍCIOS DE REVISÃO DO CAPÍTULO


3
1. A posição de uma partícula no instante t (em segundos) é dólares por 1.000 pés por mês) nos trimestres janeiro-março,
s(t ) = Jt2+i m. Calcule a velocidade média da partícula ao abril-junho e julho-setembro.
longo de [2, 5] e dê uma estimativa de sua velocidade instantânea
emt= 2. 3. Para um número inteiro n, seja P(n) o número de partições de
n, ou seja, o número de maneiras de escrever n como uma soma
2. Na tabela seguinte está listado o preço p do gás natural nos de um ou mais números naturais. Por exemplo, P(4) = 5, já
EUA (em dólares por 1.000 pés3) no primeiro dia de cada um que o número 4 pode ser particionado de cinco maneiras dife-
dos meses de 2004. Calcule a taxa de variação média de p (em rentes: 4, 3 + 1, 2 + 2, 2 + 1 + 1 e 1 + 1 + 1 + 1. Tratando
P(n) como função contínua, use a Figura 1 para estimar a taxa
de variação de P(n) em n = 12.
J F M A M J
9,7 9,84 10 10,52 11 ,61 13,05 4. A velocidade média v (mls) de uma molécula de oxigênio no ar a
uma temperatura de T(em ºC) é v = 25,7J273,15 + T. Qual é
J A s o N D a velocidade média em T= 25º (temperatura ambiente)? Dê uma
estimativa da taxa de variação da velocidade média em relação à
13,45 13,79 13,29 11,68 11,44 11,11
temperatura em T = 25°. Quais são as unidades dessa taxa?
CAPITULO 2 limites 95

P(n) 31. lim sec e 32. lim 0 sec0


0-+¾ 0-+f
160 cos0 - 2 J' sen 50
33. lim 34. 1m - -
120 0-.0 e 0-.0 e
80 sen4x sen2 t
35. lim - - 36. lim - 3-
40 0-.0 sen3x t-+0 t

. 1
2 4 6 8 10 12 14 37. lim tgx 38. hm cos -
x-+f t-+0 t
FIGURA 1 O gráfico de P(n).
. 1 sen 7x
39. hm ,Jt cos - 40. lim - -
t-+0+ t x-+0 sen3x
Nos Exercícios 5-8, dê uma estimativa do limite numericamente com
duas casas decimais ou decida que o limite não existe. 41. lim
cosx - 1
42. lim
tg e - sen e
x-+0 sen x 0-+0 sen 3 0
1 - cos 3 (x)
5. lim 6. lim x 1/(x-l ) 43. Encontre os limites laterais da função f (x) na Figura 2 em x = O, 2
X-+0 x2 X-+ )
e 4. Decida sef(x) é contínua pela direita ou esquerda (ou ambos)
XX - 4 3x - 9 nesses pontos.
7. lim - - 8. lim - - -
x-+2x2 - 4 x-+2 5x - 25

Nos Exercícios 9-42, calcule o limite, se possível, ou decida que o


limite não existe.

5 - x2
9. lim(3+x 112) 10. lim - -
X-+4 x-+I 4x + 7

4 3x 2 +4x + 1
11. lim - 12. lim
X-+ - 2 x 3 X-+ - ) x+ I

x3 - x x 3 - 2x FIGURA 2
13. lim - - 14. lim - - -
x-+I X - l X-+ 1 x - 1
44. Esboce o gráfico de uma funçãof(x) tal que
,Ji-3 t-6
15. lim - - 16. lim-- lim f(x) = 1, lim f(x) =3
t-+9 t - 9 t-+9 ,Jt - 3 x-+2- x-+2+

,Jx+T - 2 1- N+l e tal que lim f(x) exista mas não seja igual af(4).
17. lim 18. lim x-+4
x-+3 x-3 s-+0 s2
45. Esboce o gráfico de uma função g(x) tal que
2(a + h) 2 - 2a 2
19. lim 20. lim lim g(x) = oo, lim g(x) = -oo, lim g(x) = oo
h-+0 h 1-+-I+ X+ 1 x-+-3- x-+-3+ x-+4

. 1 x3 - b3
21. hm - - 22. lim - - - 46. Encontre os pontos de descontinuidade de g(x) e determine o tipo
t-+3 t 2 - 9 x-+b x-b da descontinuidade, sendo
a 2 - 3ab +2b2
cos (:n:x)

l
23. lim para lxl < 1
a-+b a - b
g(x) = 2
x 3 - ax 2 + ax - l lx - l i para lxl ~ 1
24. lim
x-+ I x-1
47. Encontre uma constante b tal que h(x) seja contínua em x = 2,
1 sendo
25. lim (__!_ - )
x-+0 3x x(x + 3)

h (x) = { x + 12 para lx l < 2


1 1 b- x para lx l ~ 2
26. lim ( - -- - - -- - )
x-+ I+ .Jx='T ~
Com essa escolha de b, encontre todos os pontos de desconti-
[x] nuidade.
27. lim - 28. lim
X-+ 1,5 X x-+4,3 x - [x ]
48. Calcule os limites seguintes, supondo que
[x] [x]
29. lim - 30. lim - lim f(x)
x-+3
= 6, lim g(x)
x-+3
=4
t-+0- X t-+0+ X
96 CÁLCULO

(a) lim (f (x) - 2g(x)) (b) lim x 2 f (x) as raízes podem ser etiquetadas de tal modo que lim r 1 = 10 e
x---.3 . a---+0
x---+3 11m r2 = oo.
a---+O
(e) lim f (x) (d) lim (2g(x) 3 - g(x) 2 )
x---.3 g(x) + x x---+3
Raiz tendendo a oo
49. Sejamf(x) e g(x) funções tais que g(x) f- Opara x f- a e sejam y quando a ~o

A= lim f(x), B = x---.a


lim g(x), L = lim f(x)
x---+a g(x)
x---+a

Prove que se os limites A, B e L existirem em L = 1, então A= B.


Sugestão: como não é possível utilizar a lei do quociente se B = O,
em vez disso aplique a lei do produto a L e B.

50. ~ Na notação do Exercício 49, dê um exemplo em que


existe L mas não existem nem A nem B.
FIGURA 3 Gráficos de f (x) = ax 2 - 2x + 20.
51. Sejaf (x) uma função definida para todos os números reais. Qual
das afirmações seguintes sempre é verdadeira, pode ser verda- 55. Sejaf(x) = xtz·
deira ou nunca é verdadeira?
2
(a) lim f(x) = f (3) (a) Mostre que I f (x) - ¼1 < 1xiz 1se lx - 21 < l. Sugestão: observe
x---.3
que 14(x + 2)1 > 12 se lx - 21 < l.
(b) Se lim
x---.0
fJ_p = 1, entãof (0) = O.
(b) Encontre ô > Otal que I f (x) - ¼1 < 0,01 para lx - 21 < ô.
1 1
(e) Se lim f(x) = 8, então lim - - = -.
x---+ - 7 x---+-7 f(x) 8 (e) Prove rigorosamente que lim f (x) = ¼-
x---.2
(d) Se lim f (x) = 4e lim f (x) = 8, então lim f(x) = 6.
x---.5+ x---+5 - x---.5 56. iCG~ Esboce a função f(x) = x 113. Use o zaom da calcula-
(e) Se lim M = 1, então lim f (x) = O. dora para encontrar um ô > O tal que lx 1/ 3 - 21 < 0,05 para
x---+0 x x---. 0 lx -81 < ô.
(t) Se lim f(x) = 2, então lim f (x) 3 = 8. 57. Prove rigorosamente que lim (4 + 8x) = -4.
x---+5 x---.5 X-+ - (

52. Use o Teorema do Confronto para provar que é contínua em x = 58. Prove rigorosamente que lim (x 2 - x) = 6.
Oa função x cos ½para x i- Oef (0) = O. x ---.3

59. Use o TVI para provar que as curvas y = x 2 e y = cos x se inter-


53. ~ Seja f (x) = x [½],onde [x] é a função maior inteiro. sectam.
2
(a) Esboce o gráfico def(x) no intervalo[¼ , 2]. 60. Use o TVI para provar que f(x) = x3 - -x +2
- tem uma raiz
cosx+2
(b) Mostre que, para x f- O, no intervalo [O, 2].

61. Use o método da bisseção para determinar com duas casas deci-
~X -1 < [~] :'.::
X
~X mais uma raiz de x 2 - 7 = O.

Em seguida use o Teorema do Confronto para provar que 62. ~ Dê um exemplo de uma função (descontínua) que não
satisfaça a conclusão do TVI em [-1 , 1]. Em seguida mostre que
lim
x---+0
X[~]= X
1
a função

sen ~ se x i- O
54. Sejam r1 e r2 as raízes do polinômio quadrático f(x) = ax 2 - f(x) = X
2x + 20. Observe que f (x) "se aproxima da" função linear
L(x) = -2x + 20 quando a-+ O. Como r = 10 é a única solu-
1O sex =O
ção de L(x) = O, poderíamos esperar que pelo menos uma das satisfaz a conclusão do TVI em cada intervalo [-a, a], emboraf
raízes def (x) tenda a 10 quando a-+ O(Figura 3). Prove que seja descontínua em x = O.
3 I DERIVADA
A expressão "Cálculo Diferencial" foi introduzida em sua ver-
são em latim "calculus differentialis" por Gottfried Wilhelm
Leibniz. Newton se referia ao Cálculo como o "método dos flu-
xônios" (do latim, significando "fluir"), mas esse nome nunca
foi adotado universalmente.
O Cálculo Diferencial é o estudo da derivada e suas muitas
aplicações. O que é a derivada de uma função? Essa pergunta
tem três respostas igualmente importantes: uma derivada é uma
taxa de variação, é a inclinação de uma reta tangente e, mais for-
malmente, é o limite de uma razão incremental, como veremos
logo. Neste capítulo, exploramos essas três facetas da derivada
e desenvolvemos as regras básicas de derivação, ou seja, técni-
cas para calcular derivadas. Quando você tiver dominado essas
técnicas, estará de posse de uma das ferramentas mais úteis e
maleáveis que a Matemática pode oferecer.

3.1 Definição da derivada


Comecemos com duas perguntas: como podemos definir a reta
tangente a um gráfico e como podemos calcular sua inclinação?
Para responder essas questões, retomamos à relação entre retas
tangentes e retas secantes que já mencionamos na Seção 2.1.
Lembre da fórmula da inclinação da reta secante entre
dois pontos P e Q do gráfico de y = f (x). Se P = (a,f (a)) e
Q = (x,f (x)) com x -::j:. a, como na Figura l(A), então

b.f f( x ) - f(a)
Inclinação da reta secante por P e Q
b.x x-a

onde colocamos

O Cálculo e a Física são utilizados no projeto b.f = f (x) - f (a) e b.x = x -a


de artefatos como esse, denominado Super-
Homem, a Escapada, no parque Six Flags -
A expressao
f (x) - f (a) e, denomma
. d - .
a razao mcremental.
Magic Mountain, em Valencia, na Califórnia. x-a

•·· LEMBRETE Uma reta secante é y y

Iqualquer reta por dois pontos de uma


curva ou gráfico. Q = (x,f(x))

P·(r •)) IAf· f C,) - f (o)

FIGURA 1 A reta secante tem


inclinação !:if/ !:::,.x. Nosso objetivo é -+---+-----+--- X -1---1-------x
a X a
calcular a inclinação da reta tangente
em (a,f (a)). (A) (B)
98 CÁLCULO

Não é fácil descrever precisamente em Agora observe o que acontece quando Q tende a P ou, equivalentemente, quando x
palavras a noção de reta tangente. Até tende a a. A Figura 2 sugere que as retas secantes tendem a ficar cada vez mais próximas
o Dicionário Oxford da Língua Inglesa
não é nada claro quando define uma da reta tangente. Se imaginarmos que Q está se movendo em direção a P, então parece
tangente como "uma reta que toca que as retas secantes giram para a reta tangente como em (D). Portanto, podemos esperar
uma curva, ou seja, encontra a curva que as inclinações das retas secantes tendam à inclinação da reta tangente. Usando essa
num ponto mas em sendo produzida
(em geral) não a intersecta naquele
intuição, definimos a derivada f' (a) (que se lê ''.{linha de a") como o limite
ponto". Talvez não seja surpreendente
que os matemáticos tenham sentido J'(a) = lim f(x) - f(a)
a necessidade de utilizar limites para x-+a x- a
obter a precisão requerida.
Limite de inclinações de retas secantes

y y y y

-+---+-----1--- X -1---1-------i--- X -+---+--1----- X -1---1---4>----<>----<>----<>--- X


a X a X a X a - x
(A) (B) (C) (D)

FIGURA 2 As retas secantes tendem


para a reta tangente quando Q tende a P.
Existe uma outra maneira de escrever a razão incremental usando a variável h:

h=x-a

Temos x = a + h e, para x f= a (Figura 3)

y f(x) - f(a) f (a+ h) - f(a)


-----=------
x-a h

A variável h tende a Oquando x -* a, portanto podemos reescrever a derivada como

J'(a) = lim f(a + h) - f(a)


h-+0 h

-+---+-----+----x Cada uma dessas maneiras é útil. Muitas vezes, a versão usando h é mais conveniente
a x=a+h nos cálculos.
FIGURA 3 A reta secante e a razão
incremental em termos de h.
DEFINIÇÃO Derivada A derivada de uma função f em x = a é o limite (se existir) das
razões incrementais

!'(a)= lim f(a + h) - f(a) II]


h-+0 h

Quando existir o limite, dizemos que fé derivável em x = a ou, então, que é diferen-
ciável em x =a.Uma definição equivalente da derivada é

J'(a) = lim f(x) - f(a)


x-+ a x - a
CAPITULO 3 Derivada 99

Agora podemos usar a derivada para definir a reta tangente de uma maneia precisa e
sem ambigüidade como a reta de inclinação f' (a) por P = (a,f (a)).

DEFINIÇÃO Reta tangente Suponha que f (x) seja derivável em x = a. A reta tangente
... LEMBRETE Na forma ponto- ao gráfico de y = f (x) em P = (a,f (a)) é a reta por P de inclinação f ' (a). Uma equa-
inc/inação, a equação da reta tangente ção da reta tangente é
por P = (a, b) de inclinação m é
y -b = m(x - a)
1 y - f(a) = J'(a)(x - a) 1

• EXEMPLO 1 Encontrando uma equação de uma reta tangente Encontre uma equação da
y
reta tangente ao gráfico de f (x) = x 2 em x = 5.

Solução Precisamos calcular f' (5), para o que podemos usar tanto a Equação ( l) quanto a
(2). Usando a Equação (2), temos

J'(5) = lim f(x) - f(5) = lim x2 - 25 = lim (x - 5)(x + 5)


x--> 5 X - 5 x --> 5 X - 5 x-->5 X - 5
3 5 7 = lim (x + 5) = 10
x --> 5
FIGURA 4 A reta tangente a y = x 2 em
x =5. Em seguida, aplicamos a Equação (3) com a = 5. Como f (5) = 25, uma equação da reta
tangente é y - 25 = lO(x - 5) ou, na forma inclinação-corte: y = lOx - 25 (Figura 4). •

O processo de calcular a derivada é chamado derivação ou, então, diferenciação. Os


dois próximos exemplos ilustram a derivação usando a Equação (1). Para ficar mais claro,
dividimos os cálculos em três passos.

• EXEMPLO 2 Calcule f ' (3) se f (x) = 4x 2 - 7x .

Solução Usamos a Equação (1). A razão incremental em a= 3 é

f(a + h) - f (a) f(3 + h) - f(3)


h
= h
(h =/= O)

Passo 1. Escrever o numerador da razão incremental.

f(3 + h) - f(3) = (4(3 + h) 2 - 7(3 + h)) - (4(32) - 7(3))

= (4(9+6h +h2)-(21 +7h))-15


= (15 + 17h + 4h 2) - 15 = 17h + 4h2 = h(17 + 4h)
Passo 2. Dividir por h e simplificar a razão incremental.
Simplificamos a razão incremental cancelando h no numerador e denominador:

_f(_3_+_h)_-_f_(3_) = _h(_l7_+_4_h) = 17 +4h


h h
Cancelamento de h

Passo 3. Calcular a derivada tomando o limite.

3
= lim !(3) = lim(17 + 4h) = 17
J'(3)
h-->0
f( +h) -
h h--> 0 •
100 CÁLCULO

,
y • EXEMPLO 3 Esboce o grafico de f (x) = -1 e trace a reta tangente em x = 2.
X

(a) A partir do esboço, será f' (2) positiva ou negativa?


(b) Encontre uma equação da reta tangente em x 2. =
Solução O gráfico de/ (x) e a reta tangente em x = 2 estão esboçados na Figura 5.
(a) A reta tangente tem inclinação negativa, portanto esperamos que o cálculo de f' (2) dê
2 3 4 5 um número negativo.
(b) Quebramos os cálculos de f' (2) em três passos, como antes.
FIGURA 5 O gráfico de y = A f
equação da reta tangente em x = 2 é Passo 1. Escrever o numerador da razão incremental.
y=-¼x+l.
1 1 2 2+h h
f( 2 +h)-f(2 ) = 2+h - 2= 2(2+h) - 2(2+h) 2(2 + h)

Passo 2. Dividir por h e simplificar a razão incremental.

/(2 + h) - /(2) = ! . (- h ) =_ 1
h h 2(2+h) 2(2+h)

Passo 3. Calcular a derivada tomando o limite.

J'(2) = lim /( 2 + h) - !(2) = lim -l 1


h--+0 h h--+0 2(2 + h) - 4

Como f (2) = ½, a reta tangente passa por (2, ½) e tem equação


1 1
y- - = --(x - 2)
2 4
y
No formato inclinação-corte, temos: y = -¼x + 1. •
Sef(x) for uma função linear, digamos,f (x) = mx + b (onde me b são constantes),
então o gráfico de fé uma reta de inclinação m. É de se esperar que f' (a) = m para cada
a porque a reta tangente em qualquer ponto coincide com a reta y = f (x) (Figura 6). Con-
ferimos isso calculando a derivada:

-1 2 4 , . f(a+h)-f(a) . (m(a+h)+b)-(ma+b)
f (a)= hm - - - - -- = h--+0
hm - - - - - - - - -
FIGURA 6 A derivada def(x) = mx + b h--+O h h
éJ'(a)=m. . mh .
= h--+0
hm - = hmm =m
h h--+0

Se m = O, então f (x) = b é constante e f' (a) = O(Figura 7). Resumindo, temos o resul-
y tado seguinte.
4 f(x) = b
TEOREMA 1 Derivada de funções lineares e constantes

2 • Se f (x) = mx + b é uma função linear, então f' (a) = m para cada a.


• Se f (x) = b é uma função constante, então f ' (a) = Opara cada a .

-t----+--+---,1---+--+- X
2 4
• EXEMPLO 4 Encontre a derivada de f (x) = 9x - 5 em x = 2 ex = 5.
FIGURA 7 A derivada de uma função
constante! (x) = b é f' (a) = O. Solução Temos f ' (a) = 9 para cada a. Logo, f ' (2) = f' (5) = 9. •
CAPfTULO 3 Derivada 101

Estimativa da derivada
y
As aproximações da derivada são úteis naquelas situações em que não conseguimos calcular
exatamente f' (a). Como a derivada é o limite das razões incrementais, a razão incremental
deveria dar uma boa aproximação numérica para h suficientemente pequeno:

J'(a) ~ f(a + h) - f(a)


se h for pequeno
h

Graficamente, isso diz que, para h pequeno, a inclinação da reta secante é praticamente
igual à inclinação da reta tangente (Figura 8).
-----,f--------,f---+-----x
a a+h • EXEMPL05 Dêumaestimativadaderivadadef(x)=senxemx = l
FIGURA 8 Quando h é pequeno, a reta Solução A razão incremental é
secante tem quase a mesma inclinação
que a reta tangente.
senrn + h) - sen ~ senrn + h) - 0,5
h h

Calculamos a razão incremental para vários valores de h. A Tabela 1 sugere que o limite tem
uma expansão decimal que começa com 0,866. Em outras palavras, f' (~) ~ 0,866. •

TABELA 1 Valores da razão incremental para h pequeno

senrn + h} -0,5 sen(i + h} - 0,5


h>O h<O
h h
0,01 0,863511 -0,01 0,868511
0,001 0,865775 -0,001 0,866275
0,0001 0,866000 -0,0001 0,866050
0,00001 0,8660229 -0,00001 0,8660279

No exemplo precedente, utilizamos uma tabela de valores para sugerir uma estimati-
va para f' (~)- No próximo exemplo, utilizamos um raciocínio gráfico para determinar a
precisão dessa estimativa.

• EXEMPLO 6 ICG~ Determinando graficamente a precisão Seja/ (x) = sen x. Mostre que
a aproximação f' (~) ~ 0,8660 é precisa até a quarta casa decimal estudando a relação
entre as retas secante e tangente.

Solução Na Figura 9 podemos observar que a relação entre a reta secante e a reta tangen-
te depende de h ser positivo ou negativo. A inclinação da reta secante é menor do que a
inclinação da reta tangente quando h > O mas é maior quando h < O. Isso nos diz que as
razões incrementais na segunda coluna da Tabela 1 são menores do que f'(U e os da
quarta coluna são maiores do que f' (~ ). Em particular, a partir da última linha na Tabela
1 podemos concluir que
No Cálculo ocorre freqüentemente essa
técnica de estimar uma quantidade
desconhecida mostrando que está 0,866022 ~ J' ( i) ~ 0,866028
entre dois valores conhecidos.
O valor de f'rn) arredondado até a quinta casa decimal ou é 0,86602 ou 0,86603, de
modo que a estimativa 0,8660 está correta até a quarta casa decimal. Na Seção 3.6 vere-
U
mos que o valor exato é f' (~) = cos( = ,./3/2 ~ 0,8660254. •
102 CÁLCULO

FIGURA 9 A reta tangente fica apertada


entre as retas secantes com h > Oe
h<O.

ENTENDIMENTO CONCEITUAL São realmente necessários os limites? É natural perguntar se


os limites são realmente necessários. Como a reta tangente é tão fácil de visualizar,
será que não existe uma maneira melhor ou mais simples de encontrar sua equação? A
História dá uma resposta. Os métodos do Cálculo baseados em limites agüentaram o
teste do tempo e hoje em dia são mais usados do que nunca.
Deixando de lado a História, existe um argumento mais intuitivo de por que os
limites são necessários. A inclinação de uma reta pode ser calculada se conhecermos as
coordenadas de dois pontos P = (x1, y1) e Q = (x2 , y2) da reta:

Inclinação da reta= Y2 - YI
x2 -x1

Essa fórmula não pode ser utilizada para encontrar a inclinação da reta tangente, pois
somente dispomos de um ponto da reta tangente, a saber, P = (a,f (a)). Os limites
fornecem uma maneira engenhosa de superar esse obstáculo. Escolhemos um ponto
Q =(a+ h,f(a + h)) do gráfico perto de P e formamos a reta secante. A inclinação
dessa reta secante é somente uma aproximação da inclinação da reta tangente:

Inc lmaçao f (a+


. - da reta secante = - -- h) - f (a) . 1· - da reta tangente
- - - ~ me maçao
h

No entanto, essa aproximação melhora à medida que h ~ Oe, tomando o limite, trans-
formamos uma aproximação num resultado exato.

3.1 RESUMO
• A razão incremental

f (a+ h) - f (a)
h

é a inclinação da reta secante por P = (a,f (a)) e Q =(a+ h,f (a+ h)) no gráfico de
f(x).
• A derivada f' (a) é definida pelos limites equivalentes seguintes:

J ' (a) = lim f(a + h) - f(a) = lim f(x) - f(a)


h__. 0 h x__. a X - a

Se o limite existir, dizemos que fé derivável em x = a.


CAPfTULO 3 Derivada 103

• Por definição, a reta tangente em P = (a,f (a)) é a reta por P com inclinação f' (a)
[supondo que exista f' (a)]. Uma equação da reta tangente é

y - f(a) = J'(a)(x - a)

• Para calcular f' (a) usando a definição de limite, é conveniente seguir três passos:
Passo 1. Escrever o numerador da razão incremental.
Passo 2. Dividir por h e simplificar a razão incremental.
Passo 3. Calcular a derivada tomando o limite.
. . f (a+ h) - f (a)
• Para valores pequenos de h, temos a estimativa J' (a) ~ h .

3.1 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Quais das retas na Figura 10 são tangentes à curva? 4. O que representam as quantidades seguintes em termos do gráfi-
co def(x) = sen x?
(b) sen 1,3 - sen 0,9
(a) sen 1,3 - sen 0,9
0,4
(e) f' (1,3)
A f(a + h) - f (a)
5. Para quais valores de a e de h vale que h é igual à
inclinação da reta secante entre os pontos (3,f (3)) e (5,f (5)) no
FIGURA 10
gráfico de/ (x)?
2. Quais são as duas maneiras de escrever a razão incremental?
6. A quantidade
3. Para qual valor de x vale tg(¾ +0,00001)-1
f (x) - f (3) _ f (7) - f (3) ? 0,00001
x - 3 - 4 · é uma boa aproximação de qual derivada?

Exercícios
1. Seja f (x) = 3x 2. Mostre que 3. f(x) = x 2 + 9x, a= O

f (2 + h) = 3h2 + 12h + 12 4. f(x) = x 2 + 9x, a= 2

Em seguida mostre que


5. f (x) = 3x 2 + 4x + 2, a =- 1

6. f(x)=9-3x 2, a=0
f (2 + h) - /(2) = 3h + 12
h Nos Exercícios 7-10, utilize a função cujo gráfico está dado na
e calcule f' (2) tomando o limite quando h ~ O. Figura 11.

2. Seja f (x) = 2x 2 - 3x - 5. Mostre que a inclinação da reta se- 7. Calcule a inclinação da reta secante pelos pontos do gráfico em
cante por (2,f (2)) e (2 + h,f (2 + h)) é 2h + 5. Em seguida, use que x = Oex= 2,5.
essa fórmula para calcular a inclinação da:
f (2,5) - /(1)
(a) reta secante por (2,f (2)) e (3,f (3)) 8. Calcule , _ . O que representa essa quantidade?
25 1
(b) reta tangente em x = 2 (tomando um limite) ~ f(2+h)- /(2)
9. ~-- Dê uma estimativa de h para h = 0,5 e
Nos Exercícios 3-6, calcule f' (a) de duas maneiras, usando a Equa-
h = -0,5. Esses números são maiores ou menores do que f' (2)?
ção ( 1) e a Equação (2 ).
Explique.
104 CALCULO

10. Dê uma estimativa de f' (2). Nos Exercícios 23-40, calcule a derivada em x = a usando a definição
via limite e encontre uma equação da reta tangente.

23. f(x) = 3x 2 + 2x, a= 2

24. f(x) = 3x 2 + 2x, a= -1

25. f(x)=x 3 , a=2

26. f (x) = x3, a =3


27. f(x) = x 3 + x, a= O
0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5
28. f(t) = 3t 3 + 2t, a= 4
FIGURA 11
29. f(x)=x- 1, a=3 30. f(x) = x- 2, a= 1

Nos Exercícios 11-14, seja f (x) a função cujo gráfico é dado na 31. f (x) = 9x - 4, a = - 1 32. f (t) = .../t+I, a= O
Figura 12.
1 x+1
33. f (x) = --, a= -2 34. f (x) = --,
x-1
a =3
x+3
2 1
35. f(t) =-
1-t
, a= -1 36. f (t) =-
t+9
, a =2
3
2 37. f (t) = t-3, a=I 38. f (t) = t4, a= 2

1
~+--+--+-+ --+--+--+--+--< X 39. f(x) = ,jx' a=9
1 2 3 4 5 6 7 8 9
FIGURA 12 O gráfico def(x). 40. f(x) = (x 2 + 1)- 1, a= O

11. Determinef'(a)paraa= 1,2,4e7. 41. Obtenha uma equação da reta tangente ao gráfico de y = f (x) em
x = 3, sabendo quef(3) = 5 e ! ' (3) = 2.
12. Dê uma estimativa de f' (6).
42. Suponha que y = 5x + 2 seja uma equação da reta tangente ao
13. Qual quantidade é maior: f' (5,5) ou f' (6,5)? gráfico de y = f (x) em a= 3. Quanto éf (3)? Quanto é f' (3)?

14. Mostre que não existe f' (3). 43. Considere a "curva" y = 2x + 8. Qual é a reta tangente no ponto
(1, 10)? Descreva a reta tangente num ponto arbitrário.
Nos Exercícios 15-18, use a definição via limite para encontrar aderi-
vada da função linear (Observação: a derivada não depende de a.) 44. Suponha quef (x) seja uma função tal que f(2 + h) - f (2)
3h 2 + 5h.
15. f(x) = 3x - 2 16. f(x) = 2
(a) Quanto é f' (2)?
17. g(t) = 9 - t 18. k(z) = 16z + 9
(b) Qual é a inclinação da reta secante por (2,f (2)) e (6,f (6))?
1 1
19. Seja f (x) = -. Decida se f (-2 + h) é igual a - - ou a
J J X -2+h 45. iCG~ Confira que P = ( 1, ½) está nos gráficos de ambas fun-
_ + h. Calcule a razão incremental def (x) em a= -2 com 1
2 ções f (x) = - - e L(x) = ½+ m(x - 1), para qualquer
l+x2
h = 0,5.
inclinação m. Esbocef (x) e L(x) nos mesmos eixos para alguns
20. Seja f(x) = ,/x. Decida se f (5 + h) é igual a .../5 + h ou a valores de m. Experimente até encontrar um valor de m para o
v'5 + .../h. Calcule a razão incremental de f (x) em a = 5 com qual y = L(x) pareça ser tangente ao gráfico de f (x). Dê uma
estimativa para f' (1).
h = l.
46. iCG~ Esbocef(x)=xxpara0 .::: x .::: 1,5.
21. Seja f (x) = ,/x. Mostre que
(a) Existem quantos pontos xo tais que f' (xo) = O?
f (9 + h) - f (9) 1
(b) Dê uma estimativa de xo esboçando várias retas horizontais y = c
h .../9+h +3
junto com o gráfico def (x) até encontrar um valor de c para o qual
Em seguida, use essa fórmula para calcular f' (9) (tomando o a reta seja tangente ao gráfico.
limite).
47. iCG~ Esboce f(x) = x x e a reta y = x + c no mesmo par de
22. Primeiro encontre a inclinação e depois uma equação da reta tan- eixos para alguns valores de c. Experimente até encontrar um
gente ao gráfico de f (x) = ,/x em x = 4. valor de co para o qual a reta seja tangente ao gráfico. Então:
CAPfTULO 3 Derivada 105

(a) Use o gráfico para obter uma estimativa do valor xo tal que 50. Dê uma estimativa de S'(q) quando q = 120 carros por milha
f'(xo) = 1. usando a média entre as razões incrementais para h e -h, como
. f (xo + h) - f (xo) , . no Exercício 48.
(b) Verifique que h está prox1mo de I para h =
0,01; 0,001; 0,0001. 51. ~ A quantidade V= qS é denominada volume de tráfego.
Explique porque V é igual ao número de carros que passam du-
48. Use a tabela seguinte para calcular algumas razões incrementais rante uma hora por um determinado ponto. Use os dados para
de f (x). Em seguida, dê uma estimativa para o valor de f' (1) calcular valores de V como uma função de q e dê uma estimativa
tomando uma média entre as razões incrementais para h e -h. deV'(q) quandoq= 120.
Por exemplo, tome a média dessas razões para h = 0,03 e para
a+b 52. Para o gráfico na Figura 14, determine os intervalos ao longo do
-0,03, etc. Lembre que a média de a e b é - - .
2 eixo x nos quais a derivada é positiva.

X 1,03 1,02 1,01 l


y
f(x) 0,5148 0,5234 0,5319 0,5403

X 0,97 0,98 0,99

f(x) 0,5653 0,557 0,5486

--+--+----l---+--+---+-- x
49. ~ A pressão do vapor d'água é definida pela pressão at- 2 3 4 5
mosférica P na qual não ocorre evaporação líquida da água. A FIGURA 14
tabela a seguir e a Figura 13 dão P (em atmosferas) como uma
função da temperatura Tem kelvins.
Nos Exercícios 53-58, cada um dos limites representa uma derivada
(a) Qual é o maior valor: P' (300) ou P' (350)? Responda usando o f' (a). Encontre! (x) e a.
gráfico.
(b) Dê umaestimativadeP'(T) para T= 303, 313,323,333 e 343 (5 +h) 3 - 125 x 3 - 125
53. lim 54. lim
usando a tabela e a média entre as razões incrementais para h->O h x->5 X - 5
h = 10 e -10:
55. lim
sen( i + h) - 0,5
56. lim
x - 1 -4

P'(T) ~ P(T + 10); P(T- 10) h->0 h x->} x -¼

5 2+h - 25 5h -1
57. lim 58. l i m - -
h->0 h h->O h
T (K) 293 303 313 323 333 343 353

P (atm) 0,0278 0,0482 0,0808 0,13 11 0,2067 0,3173 0,4754


59. Esboce o gráfico def(x) = sen x em [O, 1t] e dê um palpite sobre
o valor de f' (~ ). Em seguida calcule a inclinação da reta secante
entre x = ; e x = ; + h para pelo menos três valores positivos
P (atm) e negativos pequenos de h. Esses cálculos são consistentes com
l seu palpite?
0,75
60. A Figura l 5(A) mostra o gráfico de f (x) = y'x. A ampliação em
0,5
(B) mostra que o gráfico é quase uma reta perto de x = 16. Dê
0,25
uma estimativa para a inclinação dessa reta e tome-a como uma
estimativa para f' (16). Em seguida calcule f' (16) e compare-o
293 313 333 353 373
T(K) com sua estimativa.

FIGURA 13 A pressão do vapor d 'água como uma função da


temperatura Tem kelvins.

y
5
Nos Exercícios 50-51, a velocidade S (em milhas por hora, que abre-
4
viamos "mi/h ") do tráfego ao longo de uma certa estrada varia como
3
uma função da densidade do tráfego q (número de carros por milha
2
da estrada). Use os dados a seguir para responder as questões:
~ +---+-+--+--+--+--+---+--+- X

q (densidade) 100 110 120 130 140 2 4 6 8 10 12 14 16 18

(A) O gráfico de y = 1x (B) Vista ampliada perto de ( 16, 4)


S (velocidade) 45 42 39,5 37 35
FIGURA 15
106 CÁLCULO

ír'm . 4 y
61. ffi SeJaf(x) =- -.
l + 2x
(a) Faça um esboço do gráfico def(x) em [-2, 2). Em seguida, am-
plie o gráfico perto de x = O até que pareça uma reta e dê uma
estimativa para a inclinação f ' (0).
(b) Use sua estimativa para encontrar uma equação aproximada para
=
a reta tangente em x O. Esboce essa reta e o gráfico juntos num -1 2 3
mesmo par de eixos.
FIGURA 17 O gráfico de 2x.
62. !CGII Repita o Exercício 61 com f(x) = (2 + x)x.
63. !CG[I Sejaf (x) = cotg x. Dê uma estimativa de f' (~) grafica- 69. O gráfico na Figura 18 (baseado em dados coletados pelo bió-
mente, ampliando o gráfico def(x) perto de x = l logo Julian Huxley, 1887-1 975) dá o peso médio W das armas
do veado como uma função da idade t. Dê uma estimativa da
64. ~ Para cada gráfico na Figura 16, determine se f ' (I) é inclinação da reta tangente ao gráfico em t = 4. Para quais va-
maior ou menor do que a inclinação da reta secante entre x = l e lores de t é nula a inclinação da reta tangente? Para quais valo-
x = l + h para h > O. Explique. res é negativa?

y Peso das 8
armas 7
(kg) 6 ____ ,.,. / "- 1/
y =f(x) 5
4 /
3 >"'
2 /
1 ..........
,,
~--+---x
ºo 2 4 6 8 10 12 14
(A) (B) Idade (anos)

FIGURA 16 FIGURA 18

65. Aplique o método do Exemplo 6 af (x) = sen x para determinar Nos Exercícios 70-72, i(t) é a intensidade da corrente (em amperes) no
f)
f 1 ( com precisão de quatro casas decimais. instante t (segundos) que percorre o circuito mostrado na Figura 19.
De acordo com a lei de Kirchhoff, vale i(t) = Cv'(t) + R- 1v(t), em
66. ~ Aplique o método do Exemplo 6 af(x) = cos x para deter- que v(t) é a voltagem (em volts) no instante t, C é a capacitância (em
minar f' (~)com precisão de quatro casas decimais. Use um gráfi- farads) e Ré a resistência (em ohms, Q).
co def(x) para explicar como funciona o método nesse caso.

67. ICG~ Esboce o gráfico de f (x) = x 512 em [O, 6).


(a) Use o esboço para justificar as desigualdades seguintes para h > O:
-
f(4) - f (4 - h) < !'(4) < f(4 + h) - f(4)
h - - h R e
(b) Use a parte (a) para calcular f' (4) com quatro casas decimais.
(e) Use um recurso gráfico para traçar o gráfico def(x) e a reta tan- FIGURA 19
gente em x = 4 usando a estimativa obtida para f' (4).

68. ~ O gráfico de f (x) = 2x está dado na Figura 17. 70. Calcule a corrente em t = 3 se v(t) = 0,5t + 4V, C = O,OlF e
R= lOOQ.
(a) Usando o gráfico, explique por que a desigualdade
71. Use a tabela seguinte para dar uma estimativa do valor de
!'(O) ::: f(h); f(O) v1 (10). Para uma estimativa melhor, tome a média das razões
incrementais para h e -h, como descrito no Exercício 48. Em
é válida para h > Oe a desigualdade oposta para h < O. seguida, dê uma estimativa para i(lO), supondo que C = 0,03 e
R = 1.000.
(b) Useaparte(a)paramostrarque0,693 14 ::: f'(O) ::: 0,693 15.
(e) Use o mesmo procedimento para determinar f'(x) com quatro
t 9,8 9,9 10 10, l 10,2
casas decimais para x = l, 2, 3 e 4.
v(t) 256,52 257,32 258,11 258,9 259,69
(d) Agora calcule as razões f' (x)/f' (0) parax = l, 2, 3 e 4. É possível
adivinhar uma fórmula (aproximada) para f' (x) num x qualquer?
CAPfTULO 3 Derivada 107

72. Suponha que R = 200 Q mas que C seja desconhecido. Use os


t 3,8 3,9 4 4,1 4,2
dados seguintes para dar uma estimativa de v 1(4), como no Exer-
cício 71, e deduza um valor aproximado para a capacitância C. v(t) 388,8 404,2 420 436,2 452,8
i (t) 32,34 33,22 34,1 34,98 35,86

Compreensão adicional e desafios


Nos Exercícios 73-76, definimos a razão incremental simétrica (RIS) 77. Qual das duas funções na Figura 20 satisfaz a desigualdade
em x = a para h i= Opor
f (a+ h) - f (a - h) f (a+ h) - f(a)
f(a +h)-f(a -h) ------- < ------
2h - h
2h
para h > O? Explique em termos de retas secantes.
73. Explique como a RIS pode ser interpretada como a inclinação de
uma reta secante.
y y
74. Geralmente a RIS dá uma aproximação da derivada que é melhor
que a da razão incremental usual. Sejam f (x) = 2x e a= O. Cal-
=
cule a RIS com h 0,00 l e as razões incrementais usuais com
=
h ±0,00 l. Compare com o valor autêntico de f 1(0) que, com
oito casas decimais, é 0,69314718.
a a
75. ~ Mostre que para funções polinomiais quadráticasj(x) a (A) (B)
RIS em x = a (para h i= O) é igual a J' (a). Explique o significado
gráfico desse resultado. FIGURA 20

76. Seja f(x) = x-2. Calcule f ' (l) tomando o limite das RIS (com
a= l) quando h -+ O.

3.2 Derivada como função


"Eu gosto de ficar deitado no sofá Na seção precedente, calculamos a derivada f ' (a) para valores específicos de a. Tam-
por horas seguidas, pensando bém é útil ver a derivada como uma função f' (x ), cujo valor num ponto x = a particular
intensamente sobre formas, relações e
variações - raramente sobre números, é f' (a). A função f ' (x) ainda é definida como um limite, mas o número fixado a é subs-
como tais. Eu exploro cada idéia que tituído pela variável x:
mentalizo, descartando a maioria.
Quando finalmente um conceito parece
promissor, estou pronto para testá-lo
J'(x) = lim f(x + h) - f(x) [IJ
h--+0 h
no papel. Mas primeiro levanto e troco
as fraldas do nenê. "
Se y =f (x), também costumamos escrever y' ou y' (x) em vez de f' (x ).
-Charles Fefferman, professor de O domínio de f ' (x) consiste em todos valores de x do domínio de f (x) para os
Matemática da Princeton University. Ele
foi nomeado professor titular efetivo da
quais existe o limite em (1). Dizemos quef (x) é derivável em (a, b), ou então, que é
Chicago University aos 22 anos, o mais diferenciável em (a, b), se existir f'(x) para cada x em (a, b). Quando dizemos que
jovem a ocupar tal cargo nos EUA. f (x) é derivável (ou diferenciável) sem especificar um intervalo, estamos dizendo
que J'(x) existe para todo x no domínio def (x), inclusive nas extremidades, quando
houverem.

• EXEMPLO 1 Prove que f (x) = x3 - I 2x é derivável. Calcule f' (x) e encontre uma
Muitas vezes, o domínio de f ' (x) fica equação da reta tangente em x = -3.
evidente pelo contexto. Nesse caso, em
1geral deixamos de explicitar o domínio. Solução Como na seção anterior, calculamos f' (x) em três passos.
108 CÁLCULO

Passo 1. Escrever por extenso o numerador da razão incremental.

f(x + h) - f(x) = ((x + h) 3 - l2(x + h)) - (x 3 - 12x)


= (x 3 + 3x 2h + 3xh2 + h 3 - 12x - 12h) - (x 3 - 12x)

= 3x2h + 3xh2 + h 3 - 12h

= h(3x 2 + 3xh + h 2 - 12) (fatoramos h)

Passo 2. Dividir por h e simplificar a razão incremental.

f(x + h) - f(x) h(3x 2 + 3xh + h2 - 12) 2


= h = 3x + 3xh + h2 - 12 (h ;6 O)
h

Passo 3. Calcular a derivada tomando o limite.

. f (x + h) - f (x) . 2 2 2
J'(x) = hm - - - - - = hm(3x + 3xh + h - 12) = 3x - 12
y h~O h h~O

Nesse limite, x é tratado como uma constante pois não varia quando h -+ O. Vemos
que o limite existe para todo x, portanto/ (x) é derivável e f' (x) = 3x2 - 12.
Agora calculamos:

f(-3) = (-3) 3 - 12(-3) = 9, J'(-3) = 3(-3) 2 - 12 = 15

Uma equação da reta tangente em x = 3 é y - 9 = 15(x + 3) (Figura 1).



FIGURA 1 O gráfico de f (x) = x 3 - l2x.
• EXEMPLO 2 Prove que y = x-2 é derivável e calcule y'.
Solução O domínio de f(x) = x- 2 é {x : x ;6 O}, portanto supomos que x ;6 O. Calcula-
mos diretamente f' (x ), sem separar nos três passos do exemplo anterior:

1 1
, . f(x+h)-f(x) . 2
(x+h) - x 2
y = 11m - - - - - - = 11m - - - - -
h~o h h~ O h
x 2 - (x + h) 2
2 2
= lim x 2(x + h)2 . l(x - (x+h)
= h~hm -
)
h~ o h oh x 2 (x + h)2
. l(-h(2x +h)) . 2x+h
= ,!~ h x 2 (x + h) 2 = l~ - x2(x + h)2 (cancelando h)

2x+0 2x 2
+ 0) 2
x 2 (x - x4 - x3

O limite existe para todo x ;6 O, portanto y é derivável e y' = - 2x-3. •


FIGURA 2 Gottfried Wilhelm von Notação de Leibniz
Leibniz (1646-1716), filósofo e cientista
alemão. Newton e Leibniz (pronuncia-se A notação "linha" y' e J' (x) foi introduzida pelo matemático francês Joseph Louis La-
"Láibnits") costumam ser considerados grange ( 1736-1813). Há outra notação padrão para a derivada, introduzida por Leibniz
os inventores do Cálculo (trabalhando (Figura 2):
independentemente). É mais correto
creditar-lhes o desenvolvimento do df dy
ou
Cálculo como uma disciplina abrangente dx dx
e fundamental, já que muitos resultados
particulares do Cálculo haviam sido No Exemplo 2, mostramos que a derivada de y = x- 2 é y' = -2x-3. Na notação de Leib-
descobertos anteriormente. niz, esse resultado é escrito
CAPfTULO 3 Derivada 109

dy = -2x-3 ou d -2 =- 2X -3
-X
dx dx

Para especificar o valor da derivada num valor fixado de x, digamos, x = 4, escrevemos

ou dy 1
dx x=4

Não deveríamos pensar em:~ como o quociente "dy dividido por dx". As expressões
dy e dx são denominadas diferenciais. Elas desempenham um papel importante na Ma-
temática mais avançada, mas aqui elas serão tratadas simplesmente como símbolos sem
significado independente.

ENTENDIMENTO C0NCEITUAL Por várias razões é muito utilizada a notação de Leibniz.

Em primeiro lugar, ela nos lembra que a derivada ~f, embora não seja uma razão é, de
fato, um limite das razões D,,f. Em segundo lugar, /notação especifica a variável inde-
!),,x
pendente, o que é útil quando utilizamos variáveis diferentes de x. Por exemplo, se a
variável independente for t, escrevemos
d t
d.
Em terceiro lugar, muitas vezes pensamos

em -d como um "operador" que efetua operações em funções. Em outras palavras,


X d ~
aplicamos o operador dx em f para obter a derivada dx. Outras vantagens da notação
de Leibniz podem ser vistas na discussão da regra da cadeia, na Seção 3.7.

Um dos objetivos principais deste capítulo é desenvolver as regras básicas da deriva-


ção. Essas regras são particularmente úteis porque nos permitem encontrar derivadas sem
calcular limites.

TEOREMA 1 Regra da potência Para qualquer expoente n,

A regra da potência é válida para Demonstração Suponha que n seja um número natural e denotemos f (x) = xn. Então
qualquer expoente. Aqui provamos
o caso de números naturais n (ver xn -an
Exercício 87 para inteiros negativos /'(a)= lim - - -
x-> a x - a
n). O caso geral será discutido no
Capítulo 7, p. 361.
Para simplificar a razão incremental, precisamos saber generalizar as identidades se-
guintes:

x2 - a2 = (x - a)(x +a)
x3 - a 3 = (x - a)(x 2 + xa + a 2 )
x4 - a4 = (x - a)(x 3 + x 2a + xa 2 + a3)
A generalização é
110 CÁLCULO

Para conferir a Equação (2), observe que o lado direito é igual a

x(xn-l + xn-2a + xn-3a2 + ... + xan-2 + an-l)


-a(xn-l +xn-2a +xn-3a2 + ... +xan-2 +an-l)

Quando efetuamos a multiplicação, todos os termos cancelam exceto o primeiro e o últi-


mo, restando x 11 - a11, conforme alegado.
A identidade (2) nos dá

n parcelas

Portanto,

= an-l + an-2ª + an-3ª2 + ... + aan-2 + an-l (n parcelas)

Isso prova que f'(a) = na11 - 1, que também pode ser escrito como f'(x) = nx 11 - 1. •

Podemos pensar na regra da potência como "baixar o expoente e subtrair um (do


expoente)":

d
- X expoente = (expoente) xexpoente-1
dx

A regra da potência vale para qualquer variável, não só x. Aqui temos alguns exemplos:

d 2 d d d 5
-x = 2x, -z3 = 3z2 , -!20 = 20tl9 -r = 5r4
dx dz dt dr

ADVERTtNCIA: A regra da potência Também enfatizamos que a regra da potência vale para todos expoentes, tanto negativos,
somente é aplicável às funções fracionários ou irracionais:
potências y = x". Ela não pode ser
usada com funções exponenciais
como y = 2x. A derivada de y = 2x d
-X
-3/ 5
= - -3X -8/ 5
não é x2x- 1• A derivada de funções dx 5 '
exponenciais será estudada no
Capítulo 7. Em seguida, enunciamos as regras de linearidade das derivadas, que são análogas às
leis de linearidade dos limites.

TEOREMA 2 Regra da linearidade Suponha que f e g sejam funções deriváveis.


Regra da soma: A função f + g é derivável e

1 u + g)' = J' + g' 1

Regra do múltiplo constante: Para qualquer constante e, a função cf é derivável e

1 (cf)' = cf' 1
CAPfTULO 3 Derivada 111

Demonstração Por definição,

(/ + g)'(x) = lim (f(x + h) + g(x + h)) - (f(x) + g(x))


h---+0 h

Essa razão incremental é igual a uma soma:

(f(x + h) + g(x + h)) - (f(x) + g(x)) f(x + h) - f(x) g(x + h) - g(x)


h = h + h

Portanto, pela lei da soma dos limites,

(/ + g)'(x) = lim f(x + h) - f(x) + lim g(x + h) - g(x)


h---+0 h h---+0 h
= f'(x) + g'(x)
como foi afirmado. A regra do múltiplo constante é provada de maneira análoga. •

Também vale a regra da diferença:

(/ - g)' = f' - g'

Contudo, essa regra é uma conseqüência das regras da soma e do múltiplo constante:

(f-g)' = f' + (-g)' = f'-g'


'-...-' ~
regra da soma regra do múltiplo constante

• EXEMPLO 3 Encontre os pontos do gráfico de f (t) = t3 - 12t + 4 nos quais a reta


tangente é horizontal.
Solução Primeiro calculamos a derivada:

df d
dt = dt (t 3 - 12t + 4)

= -dtd t3 - d d
-(12t) + -4 (regras da soma e da diferença)
dt dt
f(t)
-- _d t 3 - 12-d t (regra do mu'l tlp
. 1o constante)
dt dt
=3t 2 -12 (regra da potência)

Observe que a derivada da constante 4 é nula.


A reta tangente é horizontal nos pontos em que a inclinação f' (t) é zero, de modo
que resolvemos

FIGURA 3 O gráfico de J'(t) = 3t 2 - 12 =O==} t = ±2


f (t) = t 3 - 12t + 4. As retas
tangentes são horizontais em t = ±2. Portanto as retas tangentes são horizontais em (2, - 12) e (- 2, 20) (Figura 3).

No próximo exemplo, derivamos termo a termo usando a regra da potência sem justi-
ficar, como no Exemplo 3, os passos intermediários.

• EXEMPLO 4 Calcule ddg 1 , onde g(t) = t- 3 + 2,./i - t- 415.


t t=l
112 CÁLCULO

Solução Para usar a regra da potência, escrevemos .,/i como t 112:

dg = !!:.._(t-3 + 2tl f2 _ t-4/5) = -3t-4 + 2 (~) t-1 / 2 _ (-~) t-9/5


y
dt dt 2 5
1
Aqui as retas tangentes têm = -3t-4 + t-1 / 2 + ~ t-9/5
inclinações negativas 5

dgl =-3+1+~=-~ •
: dt t=l 5 5

A derivada f' (x) nos dá informação importante sobre o gráfico de f (x) . Por exemplo,
o sinal de J' (x) nos diz se a reta tangente tem inclinação positiva ou negativa e o tamanho
de f' (x) revela a magnitude da declividade.

(A) O gráfico de f(x) =x3 - 12x • EXEMPLO 5 Entendimento gráfico Qual é a relação entre o gráfico de f (x) = x3 - 12x
e a derivada J'(x) = 3x 2 - 12?
y
Solução Observamos que a derivada f' (x) = 3x 2 - 12 = 3(x 2 - 4) é negativa em
1
f'(x) > O f'(x)<O f'(x) > O -2 < x < 2 e positiva em lxl > 2 [ver Figura 4(B)]. A tabela seguinte resume essa infor-
mação relativa ao sinal [ver Figura 4(A)]:

Propriedade de f' (x) Propriedade do gráfico de f (x)


f' (x) < Opara - 2 < x < 2 A reta tangente tem inclinação negativa em -2 < x < 2
f'(-2) = ! ' (2) = O A reta tangente é horizontal em x = -2 ex = 2

J'(x) > Oparax < - 2 ex> 2 A reta tangente tem inclinação positiva em x < - 2 ex > 2
(B) O gráfico da derivada f'(x) = 3x2 - 12
FIGURA 4 Observe também que J' (x) -+ oo quando lxl aumenta. Isso corresponde ao fato de que
as retas tangentes ao gráfico de f (x) ficam cada vez mais íngremes à medida que lxl
cresce. •

• EXEMPLO 6 Identificando a derivada O gráfico def(x) está mostrado na Figura 5. Qual


é o gráfico de f ' (x ): (A) ou (B)?

y y y

Gráfico de f(x) (A) (B)

FIGURA 5

Solução Na Figura 5 podemos visualizar a informação seguinte sobre as retas tangentes


ao gráfico def (x):

Inclinação da reta tangente onde


Negativa em (O, 1) e (4, 7)
Nula emx= l , 4e7
Positiva em (1 , 4) e (7, oo)
CAPfTULO 3 Derivada 113

Desse modo, o gráfico de f' (x) deve ser negativo em (0, 1) e (4, 7) e positivo em (1, 4) e
(7, oo). Somente (B) tem essas propriedades, portanto (B) é o gráfico de f' (x ). •

Diferenciabilidade, continuidade e linearidade local


No restante desta seção, examinamos mais de perto o conceito de diferenciabilidade.
y Inicialmente provamos que uma função derivável é, necessariamente, contínua. Em outras
palavras, f' (e) não existe se/tiver uma descontinuidade em x =e.A Figura 6 mostra por
que isso ocorre no caso de descontinuidades de salto: embora as retas secantes pela direita
tendam à reta L (que é tangente à metade direita do gráfico), as retas secantes pela esquer-
da tendem à vertical (e suas inclinações tendem a oo).

TEOREMA 3 Diferenciabilidade implica continuidade Se f for derivável em x = e, então fé


contínua em x = e.
e

FIGURA 6 As retas secantes numa Demonstração Por definição, se f for derivável em x = e, então o limite seguinte existe:
descontinuidade de salto.
J'(c) = lim f(x) - f(c)
X--+C X - C

Nosso objetivo é provar que/ é contínua em x = e, o que significa que lim f (x) = f (e).
Para relacionar os dois limites, considere a equação (válida para x -::f- e) x--+c

f(x) - f(c) = (x - e) f(x) - f(c)


X -C

Ambos fatores à direita tendem a um limite quando x ~ e, de modo que podemos aplicar
a lei de limites:

J~(f(x)- f(c)) = ;~ (<x -e) _f(_x!-=-:-(c_))

= (1im (x -
X--+C
e)) (1im f(x) - f(c))
X--+C X - C

=0 · J'(c) =0

Isso prova que lim f (x) = lim (f (x) - f (e))+ lim f (e) =O+ f (e) = f (e), como
X--+ C X--+C X--+C
queríamos provar.

A maioria das funções encontradas neste livro são deriváveis, mas existem exceções,
conforme mostra o exemplo seguinte.

O Teorema 3 afirma que a • EXEMPLO 7 Contínua mas não derivável Mostre que f (x) = lxl é contínua mas não é
diferenciabilidade implica a derivável em x = O.
continuidade. O Exemplo 7 mostra que
a recíproca é falsa. A continuidade
não implica automaticamente a
Solução A função f (x) é contínua em x = Oporque xlim lx 1= O = f (0). Por outro lado,
--+0
diferenciabilidade.
J'(O) = lim /(O+ h) - f(O) = lim 10 + hl - 101 = lim ~
h--+ 0 h h--+ 0 h h--+ 0 h

Esse limite não existe [e portanto f (x) não é derivável em x = O] porque

~=11h
seh > O
-1 seh < 0
114 CÁLCULO

e os limites laterais não são iguais:

.
hm - = l
lhl e lim !!:! = -1
h --+0+ h h --+0- h

ENTENDIMENTO GRÁFICO A diferenciabilidade tem uma interpretação gráfica importante
em termos de linearidade local. Dizemos que f é localmente linear em x = a se o
gráfico deffor cada vez mais parecido com uma reta à medida que o ampliamos na vi-
zinhança do ponto (a,f (a)). Nesse contexto, o adjetivo linear significa "parecido com
uma linha reta" e local indica que só nos interessamos no comportamento do gráfico
perto do ponto (a,f(a)). O gráfico de uma função localmente linear pode perfeitamente
ser muito ondulado ou não-linear, como o da Figura 7, mas assim que ampliamos pe-
daços suficientemente pequenos do gráfico, ele começa a parecer reto.

Tangente

FIGURA 7 À medida que ampliamos


o gráfico num ponto, cada vez ele se
parece mais com a reta tangente.
/
Não só o gráfico parece uma reta quando ampliamos num ponto mas, como sugere
a Figura 7, a "reta da ampliação" é a reta tangente. Assim, a relação entre a diferencia-
bilidade e a linearidade local pode ser expressa da forma seguinte:
Se existir / 1(a), então fé localmente linear em x = a no sentido seguinte: à medida
que ampliamos no ponto (a,f (a)), o gráfico fica praticamente indistinguível de sua
reta tangente.

A linearidade local nos dá uma maneira gráfica de entender porque f (x) = lxl
não é derivável em x = O, como provamos no Exemplo 7. A Figura 8 mostra que o
gráfico de f (x) = lxl tem uma esquina em x = O. Além disso, essa esquina não de-
saparece, não importa quanto ampliarmos o gráfico na origem. Como o gráfico não
se endireita com ampliações,! (x) não é localmente linear em x = Oe não podemos
esperar que exista f' (0).

''
/
'
/
/ /
I
I
_ _ _.I _ __.._._-++--+-- X 1

1 0yl 0,2 1 1 0,1 1


FIGURA 8 O gráfico de/(x) = lxl não é 1 _, / \ I
1 /
localmente linear em x = O. A esquina ------ ... ____ _______ 1\ ' ---------
--;/-/ ___ _ \ /

----- -
\ /

----- -
/
não desaparece quando ampliamos o ' /

gráfico na origem.
------..~~~- / ------..~~~- //

Uma outra maneira pela qual uma função contínua pode deixar de ser derivável é se a
reta tangente existe mas é vertical, caso em que a reta tangente tem inclinação infinita.
CAPfTULO 3 Derivada 115

y • EXEMPLO 8 Tangentes verticais Mostre que f(x) = x 113 não é derivável em x = O


(Figura 9).

Solução O limite que define f' (O) é infinito:

. f(h)-f(O) . h 113 -0 . h 113 • 1


0,1 0,2 0,3
hm - - - - - = hm - - - = hm - - = hm -2-3 = oo
h->0 h h->0 h h->0 h h->0 h 1

Observe que h-2/ 3 tende ao infinito porque h 213 tende a zero por valores positivos quando
-1 h -+ O. Portanto, não existe f' (O). A reta tangente tem inclinação infinita. •
FIGURA 9 A reta tangente ao gráfico
de f (x) = x 1/ 3 na origem é o eixo Como uma observação final, mencionamos que há maneiras mais complicadas pelas
(vertical) y. quais uma função pode deixar de ser derivável. A Figura 10 mostra o gráfico de f (x) =
l
x sen -. Se definirmos f (O) = O, então fé contínua mas não é derivável em x = Oporque
X
as retas secantes ficam oscilando e nunca se acomodam numa posição limite (ver Exer-
cício 89).

y y

1
(A) O gráfico de f(x) = x sen x (B) As retas secantes não se
acomodam numa posição limite.
FIGURA 10

3.2 RESUMO
• A derivada f' (x) é a função cujo valor em x = a é a derivada f' (a).
• Dispomos de várias notações diferentes para a derivada de y = f (x):

dy df
y', y'(x), J'(x),
dx' dx

O valor da derivada em x = a é denotado por

• A regra da potência vale para todos os expoentes n:

_
d X expoente = (expoente) x expoente-1
ou
dx

• A regra da linearidade nos permite derivar termo a termo:

Regra da Soma: (f + g)' = J' + g', Regra do Múltiplo Constante: (cf)' = cf'
116 CALCULO

• A diferenciabilidade implica a continuidade: sef(x) for derivável emx = a, entãof(x) é


contínua em x = a. No entanto, existem funções contínuas que não são deriváveis.
• Se existir f' (a), então fé localmente linear no sentido seguinte: quando ampliamos o
gráfico no ponto (a,f (a)), o gráfico fica quase indistinguível de sua reta tangente.

3.2 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Qual é a inclinação da reta tangente pelo ponto (2,f (2)) seffor 1
(e) f(x) = ../x (d) f (x) = x - 4/5
uma função tal que f 1 (x) = x 3?
(e) f(x) = senx (t) f(x) = (x + 5)3
2. Calcule (f - g) 1 (1) e (3f + 2g)'(l) supondo que f'(l) = 3 e
g' ( 1) = 5. Podemos calcular (f g)1 ( 1) usando a informação dada 4. Qual identidade algébrica é usada para provar a regra da potência
e as regras apresentadas nesta seção? para expoentes inteiros positivos? Explique como é usada.

3. De qual das funções seguintes podemos calcular a derivada usan- 5. A regra da potência é aplicável a f (x) = ifi? Explique.
do as regras cobertas nesta seção? Explique. 6. Em qual dos dois casos seguintes não existe a derivada?
(a) f (x) = x2 (b) f (x) = 2x (a) Tangente horizontal (b) Tangente vertical

Exercícios
1
Nos Exercícios 1-8, calcule f' (x) usando a definição de limite. 25. g(z) = 7c3 + z2 + 5 26. h(t) = 6../i + ..ji
1. f (x) = 4x - 3 2. f (x) =x 2 +x 21. f (s) = ~+¼ 28. W(y) = 6y4 + 7y2! 3
3. f(x) = l- 2x 2 4. f(x) =x3 29. f (x) = (x + 1)3 (Sugestão: expandir)
X
5. f(x) = x - 1 6. f(x)= -
x- I 30. R(s) = (5s + 1)2

7. f (x) = ../x 8. f(x) = x-1/2 31. P(z) = (3z - 1)(2z + 1) 32. q(t) = ../i(t + 1)
Nos Exercícios 9-16, use a regra da potência para calcular a derivada. Nos Exercícios 33-38, calcule a derivada indicada.

../x + 1
9. -d x 41 10. - d X -41 33. f (2),
1
f(x) = 43 34. y 1 (16), y =- -
X X
dx X=-2 dx x=3
35. dT I T = 3c2/3 36. d p 1 ' p = '}_
11. -d t 2/3 1 12. -d t -2/3 1 dC C=8' dV V=-2 V
dt t=8 dt t=I
d 37. ds 1 , s = 4z - 16z2 38. dR 1 ' R = wn
13. - x0,35 14. .!!:__ xl4/3 dz z=2 dW W= I
dx dx
39. Combine as funções nos gráficos (A)-(D) com suas derivadas (1)-
15. !!.._tm d -7r2 (III) na Figura 11 . Observe que duas das funções têm a mesma
16. - t
dt dt derivada. Explique por que isso ocorre.
Nos Exercícios 17-20, calcule f ' (a) e encontre uma equação da reta y y y y
tangente ao gráfico em x = a.

17. f(x)=x 5, a= I 18. f(x) = x - 2,


19. f (x) = 3../x + Sx, a= 9 20. f(x) = :lfx, a= 8
a= 3 ~

(A)
x ~ xt=1xK '
(B) (C) (D)

Nos Exercícios 21-32, calcule a derivada da fun ção.

21. f (x) = x3 +x2 - 12 22. f (x) = 2x 3 - 3x 2 + 2x

23. f(x) = 2x3 - wx- 1


(1) (II) (III)
24. f (x) = x 5 - 7x 2 + !Ox + 9 FIGURA 11
CAPfTULO 3 Derivada 117

40. Combine as etiquetas! (x), g(x) e h(x) aos gráficos na Figura 12 48. Mostre que existe um único ponto no gráfico da função f (x) =
de tal modo que f' (x) = g(x) e g1 (x) = h(x). ax 2 + bx + e em que a reta tangente é horizontal (supondo
a -:p 0). Dê uma explicação gráfica.

49. Determine os coeficientes a e b tais que p(x) = x 2 + ax + b


satisfaz p(l) = Oe p' (!) = 4.

50. Encontre todos valores de x para os quais a reta tangente ao grá-


fico de y = 4x 2 + l lx + 2 é mais íngreme que a reta tangente a
y =X3.
(A) (B) (C)

FIGURA 12 51. Seja f (x) = x 3 - 3x + 1. Mostre que f' (x) ::: -3 para todo x e
que, para cada m > - 3, existem exatamente dois pontos em que
41. Esboce o gráfico de f'(x) para a funçãof(x) dada na Figura 13, f' (x) = m. Indique a posição desses pontos e as correspondentes
omitindo os pontos em quef(x) não é derivável. retas tangentes num esboço do gráfico de f (x), para algum valor
escolhido de m.

5 ~Y .... . . . . ..... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . ,. . . . . . . . ,. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .,. . . . . . . , 1


52. Mostre que se as retas tangentes ao gráfico de y = x 3 - x 2 para
4
x = a e x = b forem paralelas, então ou a = b ou a + b = 2.
3 53. Calcule a derivada de f (x) = x-2 usando a definição de limite.
2 Sugestão: Mostre que

~t--t--+-+-+--+--+--+---, X f (x + h) - f (x)
1 2 3 4 5 6 7 8 9 h
FIGURA 13 O gráfico def(x).
54. Calcule a derivada de f(x) = x 312 usando a definição de limite.
Sugestão: Mostre que
42. ~ A tabela seguinte lista os valores de uma funçãof(x). A
derivada f' (x) como função de x aparenta ser crescente ou decres- f (x + h) - f(x) = (x + h) 3 - x3 ( 1 )
cente? O gráfico de f' (x) é o dado em (A) ou em (B)? Explique.
h h Jcx + h)3 + -v'xJ
X o 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 55. A velocidade média (em metros por segundo) de uma molécula
de gás é Vm = ,J8RT/(trM), onde T é a temperatura (em kel-
f(x) 10 55 98 139 177 210 237 257 268
vins), M é a massa molar (kg/mol) e R = 8,31. Calcule dvm/dT
quando T = 300 K para o oxigênio, que tem uma massa molar de
0,032 kg/mo!.

56. Os biólogos tem observado que a taxa de batimentos cardíacos


P de animais (em batidas por minuto) está relacionada com a
massa corpórea m (em kg) por meio da fórmula aproximada
P = 200m- 114. Essa é uma das muitas leis de escala alométri-
cas predominantes na Biologia. O valor absoluto ldP/dml é cres-
(A) (B) cente ou decrescente quando m cresce? Obtenha uma equação da
reta tangente nos pontos do gráfico marcados na Figura 15, que
FIGURA 14 Qualéográficodef'(x)? representam o bode (m = 33) e o homem (m = 68).

43. Sejam R uma variável e ruma constante. Calcule as derivadas Pulso


d d (batidas/mio)
(a) - R (b) dR r
dR
200
44. Esboce o gráfico de f (x) = x - 3x 2 e encontre os valores de x
para os quais a reta tangente é horizontal.
100
45. Encontre os pontos na curva y = x 2 + 3x - 7 nos quais a incli-
nação da reta tangente é igual a 4.

46. Esboce os gráficos de f (x) = x 2 - 5x + 4 e g(x) = -2x + 3. 100 200 300 400 500
Encontre os valores de x nos quais os gráficos têm retas tangentes Massa (kg)
paralelas. FIGURA 15

47. Encontre todos os valores de x nos quais as retas tangentes a y = x3 57. Alguns estudos sugerem que a massa dos rins de mamíferos K
e y = x 4 são paralelas. (em quilogramas) esteja relacionada à massa corpórea m (em kg)
118 CÁLCULO

pela fórmula aproximada K = 0,007mº· 85. Calcule dK/dm quan- 62. ICG~ Esboce o gráfico da derivada f'(x) de f(x) = 2x 3 -
do m = 68. Então calcule a derivada em relação a m da razão Klm lOx- 1 para x > O (escolha apropriadamente a janela de visuali-
das massas de rins para corpo quando m = 68. zação) e observe que J'(x) > O. O que o sinal positivo de f 1 (x)
nos diz sobre o gráfico da própriaf(x)? Esboce o gráfico def (x)
58. A relação entre a pressão do vapor d'água P e a temperatura T e confirme.
(em kelvins) é dada pela lei de Clausius-Clapeyron:
63. Faça um esboço aproximado do gráfico da derivada da função
dP P mostrada na Figura 17(A).
- =k -
dT T2
64. Esboce o gráfico da derivada da função mostrada na Figura l 7(B),
onde k é uma constante. Use a tabela seguinte e a aproximação omitindo os pontos em que a derivada não estiver definida.

dP
- ~
P(T + 10) -
--------
P(T - 10)
y y
dT 20

para obter uma estimativa de dP/dT para T = 303, 313, 323, 333 e
343. Essa estimativa parece confirmar a lei de Clausius-Clapeyron?
Qual é o valor aproximado de k? Quais são as unidades de k?

T 293 303 313 323 333 343 353


-1 O 2 3 4
P 0,0278 0,0482 0,0808 0,1311 0,2067 0,3 173 0,4754
(A) (B)
59. Seja L uma reta tangente à hipérbole xy = 1 em x = a, com a> O. FIGURA 17
Mostre que a área do triângulo delimitado por L e os eixos coor-
denados não depende de a.
65. ~ Das duas funções f e g dadas na Figura 18, qual é deriva-
60. Com a notação do Exercício 59, mostre que o ponto de tan- da da outra? Justifique sua resposta.
gência é o ponto médio do segmento de L que fica no primeiro
quadrante. y

61. Combine as funções (A)-(C) com suas derivadas (!)-(III) na 2 f(x )


Figura 16.

FIGURA 18

66. A função cujo gráfico aparece na Figura 19 é descontínua em


quais pontos? Em quais pontos não é derivável?
(A) (1)

X
X

(B) (II) X
2 3 4
y y
FIGURA 19

X
Nos Exercícios 67-72, encontre os pontos e (se houver) nos quais
X
f' (e) não existe.

(C) (III)
67. f(x) = lx - l i 68. f (x) = [x]
FIGURA 16 69. f(x) = x 213 70. f(x) = x 312
CAPITULO 3 Derivada 119

71. f(x) = lx2 - li 12. f(x) = lx -1 12 76. /(x) = scn(x 1l 3). a= O

~ Nos E:urcfcios 73-78. amplie 11111 gráfico def(x) no pomo 77. /(x) =1senx l. ti =O
(a. f (tl)) e decida se f (x) parece ser 011 não derivável em x = a.
78. /(x) = lx - senxj. a= O
Se não for ,lerivdvel. decida se li retll tm,gente 11i10 existe 011 se
pt1reu ser wmiclll.
79. ~ É verdade que não é contínua uma função que não é de-
rivável? Se não for. dê um contra-exemplo.
73. /(x) = (x - l) lx l, ti= O
80. Faça um esboço do gráfico de y = x ~ti e mostre que é diferenciá-
74. f(x) = (x -3)513, a= 3
vel em cada x (verifique a diferenciabilidade separadamente para
75. /(:r:) = (x - 3) 1/3, a= 3 X < 0. X > 0 e X = 0).

Compreensãoadicional edesafios
81. Prove o teorema seguinte, devido a Apolônio de Perga (o ma-
temático grego nascido em 262 a.e. que deu os nomes à pará-
bola. à elipse e à hipérbole): a tangente à parábola y = x2 em
x = t1 corta o eixo x no ponto médio entre a origem e (a. 0). Tra-
ce um diagrama.
82. O teorema de Apolônio no Exercício 81 pode ser gcne-
rali~do. Mostre que a tangente a y = x 3 em x = a corta o eixo
x no ponto x = jª· Formule a afirmação correspondente para o
=
gráfico de y x" e demonstre-a.
FIGURA21
83. ::=:s Faç.aumesboçodograficodef(x) = (4-x213)3/ 2(o
"astroide"). Seja L a reta tangente a um ponto do grafico no pri- 86. ~ Seja/(x) uma função derivável e defina g(x) = f (x + c).
meiro quadrante. Mostre que a porção de L no primeiro quadran- onde c é uma constante. Use a definição via limite para rnostrar
te tem um comprimento constante igual a 8. que g'(x) = J'(.i: + c). Explique graficamente esse resultado,
lembrando que o grafico de g(x) pode ser obtido transladando
84. Dois arcos pequenos têm o formato de parábolas. O primeiro o grafico de/(:c) por c unidades para a esquerda (se e> O) ou
é dado por /(x ) = 1 - :r:2 para -1 S x :: 1 e o segundo por direita (se e < 0).
?
g(.r) = 4 - (x - 4)- para 2 5 x 5 6. Coloca-se uma régua cm
cima desses dois arcos, sendo que a régua fica equilibrada, corno 87. Expoentes negativos Seja n um mlmero natural. Use a regra
indica a Figura 20. Qual é a inclinação da régua? S11gesti10: en- da potência para x11 para calculara derivada de f (x) = x....,, mos-
contre a reta tangente a )' = f (x) que intersecta y = g(x) em e."<a- trando que
tamente um ponto.
/(:e + /,) - [(:<) -1 (X + /,)" - X 11
- - -,,- - - = - --- ---
.\'n (.\' + /,)" h
--

88. Mostre que a regra da potência vale para o expoente 1/11. onde n
é um inteiro positi,·o. usando o seguinte truque: reescreva a razão
incremental de y =xl f n emx =bem tem1os de 11 = (b + h) 1l n
ea = b1111•

89. Oscilações infinitamente rápida-. Defina


FIGURA 20

85. Girando a curva y = x2 em tomo do eixo y obtc,nos um vaso.


Se colocannos uma bolinha de gude nesse vaso, ela ou toca o
fundo do vaso ou fica suspensa acima do fundo, por encostar
nos lados (Figura 21). Quão pequena deve ser a bolinha para
/(X)=

l .\'Sen

O
!
X
sex ;i: O

sex = O

Mostre quef(.r) é contínua em x = O mas não existe f'(O) (ver


tocar o fundo do vaso? Figura 10).
120 CÁLCULO

3.3 Regras do produto e do quociente


Um dos principais objetivos deste capítulo é desenvolver técnicas eficazes para calcular
derivadas. Nesta seção, apresentamos a regra do produto e a regra do quociente. Essas
duas regras, junto com a regra da cadeia e a derivação implícita (que serão apresentadas
adiante) constituem uma poderosa "caixa de ferramentas" da derivação.

TEOREMA 1 Regra do produto Sef e g forem funções deriváveis, entãof g é derivável e

I•·· LEMBRETE A função produto f g é


definida por(fg)(x) = f(x ) g(x) . 1 (fg)'(x) = f(x) g'(x) + g(x) J'(x) 1

Pode ser útil memorizar a regra do produto em palavras: A derivada de um produto é


igual à primeira função vezes a derivada da segunda função mais a segunda função vezes
a derivada da primeira função:

Primeira· (segunda)' + segunda· (primeira)'

Depois de apresentar dois exemplos, daremos a prova da regra do produto.

• EXEMPLO 1 Encontre a derivada de h(x) = 3x 2 (5x + 1).


Solução Essa função é um produto

,-,-,,_..___
Primeira Segunda

h(x) = 3x 2 (5x + 1)

Pela regra do produto (que agora escrevemos na notação de Leibniz),

Segunda' Primeira'
Primei r a , - , _ , Segunda , . - . _ ,
,-,-, d ,_..___ d
h' (x) = 3x 2 -(5x + 1) + (5x + 1) -(3x 2)
dx dx
= (3x 2)5 + (5x + 1)(6x)
= 15x 2 + (30x 2 + 6x) = 45x 2 + 6x •
Nesse exemplo, poderíamos ter evitado o uso da regra do produto expandindo h(x) e
derivando diretamente (obtendo a mesma resposta):

h(x ) = 3x2 (5x + 1) = 15x3 + 3x 2


d
h' (x ) = -(15x 3 + 3x 2) = 45x 2 + 6x
dx

Contudo, logo encontraremos situações em que a regra do produto não pode ser evi-
tada. Por exemplo, na Seção 3.6 vamos precisar da regra do produto para derivar a
função f (x) = x sen x.

• EXEMPLO 2 Encontre a derivada de y = (x- 1 + 2)(x 312 + 1).

Solução Usamos a regra do produto:


CAPITULO 3 Derivada 121

Note como a notaçJo linha é usada na


solufao do Exemplo 2. Escrevemos
y' = primeira· (segunda)' + segunda · (primeira)'
(.t 3/. + I)' para denotar a derivada de = (x- 1 + 2)(:c 3f2 + 1)' + (x 3f2 + l)(x- 1 + 2)'
x3l 2 + 1, etc.
= (x- 1 + 2)(f:e 112) + (:c 3/2 + 1)( - x-2) (calculando as derivadas)
=¾ x-•12 + 3:c112 _ x-1 /2 _ x - 2 (simplificando)
= ½:c-1 /2 + 3:cl/2 _ :c-2

Demonstração da regra do produto Demonstramos a regra do produto escrevendo a razão
incremental de f (x) g(x) de uma maneira engenhosa como a soma de dois termos. A defi·
nição via limite da derivada aplicada à função produto nos dá

'( ) . /(:e+ h)g(x + /,) - f (x)g(x)


(fg) X = h-+0
1llll - - - - - - - - - -
/,

O truque é subtrair/ (x + J,) g(x) e somar de volta no numerador da razão incremental:


f(x + J,)g(x + h)- f(x + /,)g(x) + f(x + h)g(x)-/(x)g(x)
A 50llla ézc:ro

Combinando os termos, vemos que o numerador é igual a

f(x + h)(g(x + h) - g(:c)) + g(x)(/(x + h) - /(:e)}

Agora escrevemos (/g )' (x) como a soma de dois limites:

(fg)'(x ) -_ 11m. /(x + 1,)g(:c + h) - g(:c) + 111n


. g (.l·) f(x + h)- /(x) [I]
1r .... o 1r 1i ..... o 1,
MOSU\l que isso é igll3I :1 /(x)g'(.t ) Mostre que isso é ig11:1l :1 g(.t)/'(.t)

É válido usar a lei da soma, desde que cada limite à direita exista. Para conferir se o pri·
meiro limite existe, e calculá-lo, observamos quef(:c) é contínua (por ser derivável) e que
g(:c) é derivável:

. /( + )g(x + h) - g(x) . J( + ) . g(x + /,)- g(x)


1llll X 11 - - - - - = 1lll\ X 11 1lll\ - - - - -
1, _.o h 1, ...0 1, ...0 h
= J(x ) g' (x )
O segundo limite é análogo:

. ( ) f(x + h) - /(:e) . /(x + /,) -


11m
h-.O
g X J
r
= g (X ) h-.O
11m J
r
/(:e)
= g (X ) / ' (X )
Usando (2) e (3) em (1), concluímos quefg é derivável e que (/g)' (x) = /(x)g'(x) +
g(x)f'(x), como queóamos provar. •

ENTENDIMENTO CDHCEITUAL A regra do produto foi enunciada pela primeira vez por Leib-
niz, quando ele tinha 29 anos, em 1675. Durante algum tempo ele havia permanecido
em Paris, onde desenvolveu suas principais idéias sobre o Cálculo. Talvez Leibniz tenha
pensado se(/g)' seria igual a J'g' antes de chegar na fórmula certa. Podemos conferir
=
que(/g)' não é igual a f'g' tomandof(x) =g(x) x. Então(/g)(x) = x 2, mas

(Jg)'(."C) = (x2)' = 2x não é igual a J'(x)g'(x) = 1 • 1 = 1


122 CÁLCULO

Também há uma regra para derivar quocientes que, como a regra do produto, tem um
formato inesperado.

TEOREMA 2 Regra do quociente Sef e g forem funções deriváveis, então f /g é derivável


... LEMBRETE A função quociente fig em cadax tal que g(x) -:fa Oe
é definida por

[_) (x)
( g
= f (x) [_)' (x) = g(x)f'(x) - f(x)g'(x)
g(x) (g g(x)2

O numerador na regra do quociente é igual à função de baixo vezes a derivada da de cima


menos a função de cima vezes a derivada da de baixo:

De baixo· (de cima)' - de cima · (de baixo)'


De baixo2
Omitimos a prova da regra do quociente por ser análoga à da regra do produto (ver
Exercício 49).

• EXEMPLO 3 Calcule a derivada de f(x) = _ x_ _


x+l
Solução Aplicamos a regra do quociente:
De De
De baixo cima' cima De baixo'
, - " - , ,-A-, ,-A-, , - , _ _
' x _ (x + 1) (x)' - (x) (x + 1)' (x + 1)1 - (x)l
f ( )- (x + 1)2 (x + 1)2 (x + 1) 2 •
2
• EXEMPLO 4 Encontre uma equação da reta tangente ao gráfico de f (x ) = 43xx3 -2
+
1
no ponto x = 1.

Solução Primeiro calculamos a derivada usando a regra do quociente:


De baixo De cima' De cima De baixo'
, - ' - , ,-"-._ ,-,-._ ,-'-,
2 2
, x _ .!!:_ ( 3x 2 - 2)- (4x + 1) (3x - 2)' - (3x - 2) (4x + l)'
3 3

f ( ) - dx 4x 3 + 1 - (4x 3 + 1)2

(4x 3 + 1)(6x) - (3x 2 - 2)(12x 2 ) (24x4 + 6x) - (36x 4 - 24x 2 )


(4x 3 + 1) 2 (4x 3 + 1) 2
-12x4 + 24x 2 + 6x 6x(-2x 3 + 4x + 1)
= (4x 3 + 1) 2 = (4x 3 + 1) 2

Emx = 1 temos

3 -2 1 1 6(- 2+4+1) 18
f(l) = 4 + 1 = 5' f (1) = 52 = 25

Uma equação da reta tangente em (1, ½) é


1 18 18 13
y- -
5
=-
25
(x -1) ou y =-x - -
25 25 •
CAPfTULO 3 Derivada 123

• EXEMPLO 5 Potência fornecida por uma bateria A potência que uma bateria consegue
fornecer a um aparelho (como um celular) depende da resistência interna da bateria. Para
V R uma bateria de voltagem V e resistência interna r, a potência total fornecida a um aparelho
de resistência R (Figura 1) é

FIGURA 1 Um aparelho de resistência


V2 R
P = - - ~2
R ligado a uma bateria de voltagem V. (R + r)
dP
(a) Calcule dR' supondo que V e r sejam constantes.

(b) Encontre o valor de R no qual a tangente ao gráfico de P por R é horizontal.

Solução
(a) A chave para resolver esse problema é não esquecer que P e R são variáveis e V e r
são constantes:

:-! (c:~:) 2)- v' ! cR:,) 2)


(V é uma constante)

2 (R + r)2 ÍRR - R ÍR(R + r)2


=V-------- ,---- (Regra do quociente) W
4 (R + r)
'JJ d R
Em (5), usamos emos dR = I e, como r e, uma constante,
.!!:_R 2 = 2R d d
dR
dR(R+r)2= dR(R2+2rR+r2)
e, como r é uma constante,
d d d d d 2
dR2rR = 2r dRR = 2r =-R 2 +-2rR+-r
dR dR dR
.!!:_r2 =O = 2R + 2r +O= 2(R + r)
dR
Usando isso na Equação (4) e fatorando (R + r), obtemos

dP = y2 (R + r)2 -
2R(R + r) = V/R + r)((R + r) - 2R)
dR (R+r) 4 (R+r) 4
r- R
=V2 [cancelando (R + r)]
(R + r)
3

(b) A reta tangente é horizontal quando a derivada é nula. Assim, igualamos a derivada a
p
zero e resolvemos para R:

r- R
V 2 - -3 =0
(R + r)
Essa equação somente está satisfeita se o numerador for nulo, ou seja, se R = r. •
r R

FIGURA 2 O gráfico de potência por


resistência: ENTENDIMENTO GRÁFICO A Figura 2 mostra que o ponto em que a reta tangente é hori-
V 2R
zontal é o ponto máximo do gráfico. Isso prova um resultado importante em projetos de
P=--- circuitos: a potência máxima é obtida quando a resistência da carga (aparelho) é igual
(R + r) 2
à resistência interna da bateria.
124 CÁLCULO

3.3 RESUMO
• Nesta seção, tratamos de duas regras básicas da derivação:

Regra do produto: (fg)' = fg ' + gf'


Regra do quociente: (f )' = ;i gf' fg'

• É importante lembrar que a derivada de f g não é igual a f' g'. Analogamente, a derivada
de f / g não é igual a f' / g'.

3.3 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
f (4)g (4) + g(4)f' (4)
1
1. Decida se as afirmações seguintes são verdadeiras ou falsas. Se (b) !!:__ f_ 1 =
for falsa, enuncie a versão correta. dx g x=4 (g(4))2
(a) A notaçãofg denota a função cujo valor em x éf(g(x)).
(b) A notaçãof/g denota a função cujo valor em x éf (x)lg(x). (e) !!:__(fg)I = f(0)g'(0) + g(O)j'(O)
dx x=O
(e) A derivada do produto é o produto das derivadas.
3. Qualé a derivadadef/gem x = 1 sef( l ) = / 1(1) = g(l) = 2e
2 Decida se as afirmações seguintes são verdadeiras ou falsas. Se g' (l ) = 4?
for falsa, enuncie a versão correta.
4. Suponha que f ( 1) = O e f' (1) = 2. Encontre g( 1), supondo que
(a) !!:__(fg) I = f(4)g'(4)- g(4 )f'(4) (fg)'(l) = 10.
dx x=4

Exercícios
Nos Exercícios 1-4, use a regra do produto para calcular a derivada. 13. f (x) = (x 4 - 4)(x 2 + x + 1)
1. f (x) = x(x2 + 1) 2. f(x) = Jx(l - x 4) 14. f(x) =(x 2 +9)(x+x- 1)

3. dy l y =(t2 + 1)(t+ 9)
dt 1=3· 15. dyl ' y= _1_
dx x=2 x +4
4. dhl h(x)=(X- 112 +2x)(7-X- 1) X
dx x=4' 16 z=--
Nos Exercícios 5-8, use a regra do quociente para calcular a derivada.
' :: lx=-1' x2 + 1

X x +4
17. f(x) = (Jx + l) (Jx - 1)
5. f(x) =- 6. f (x) = x2 + x + 1
x -2 3Jx -2
18. f ( x ) = - -
7. -dg l
t2 + l
, g(t) = -2-1
8.
dw I
dz z=9' w
z
= Jz + z
2 x
dt t=- 2 t - 4
dy I x - 4
Nos Exercícios 9-12, calcule a derivada de duas maneiras: primeiro 19. dx x=2' y = x2 - 5
use a regra do produto ou quociente, depois algebricamente reescre-
va a função e aplique diretamente a regra da potência. 4
x +2x + 1
20. f (x) =- ---
x +l
9. f (t) = (2t + l )(t2 - 2) 10. f(x) = x 2(3+x- 1)

x 3 + 2x 2 + 3x - 1 t2 - 1 dz 1 1
11. g(x) = ----- 12. h(t) =- - 21. dx x= I , z = x3 +1
x t- 1
3x 3 - x 2 +2
Nos Exercícios 13-32, calcule a derivada usando a regra apropriada 22. f(x) = Jx
ou uma combinação de regras.
CAPfTULO 3 Derivada 125

t I
23. h(t) = - - 2- - - 38. A curva y = - 2- - é denominada bruxa de Agnesi (Figura 3)
(t4 + t )(t 7 + I) X + I
segundo a matemática italiana Maria Agnesi (1718-1799), que
24. f (x) = x 312 (2x 4 - 3x + x- 1/2) escreveu um dos primeiros livros de Cálculo. Esse nome estra-
nho é o resultado de uma tradução mal feita para o inglês da
25. f(t) = 31 /2. 51 /2 expressão italiana la versiera, que se refere à corda que enrola
26. h(x) = n 2 (x - l) uma vela. Encontre equações das retas tangentes em x = ± l.

27. f (x) = (x + 3)(x - l)(x - 5) y

28. f (x) = x(x 2 + l)(x + 4)

29 g(z) -
· -
(zz2-1- 4 ) (z2 - 1)
z+2
Sugestão: primeiro simplifique.
~ X

30. :x ( <ax +b)(abx 2 + 1)) (a,bconstantes) FIGURA 3 O gráfico da bruxa de Agnesi.

31. :t (;; =:) (x constante)


39. Sejamf(x)=g(x)=x.Mostreque(f/g)'-:/= f'/g' .

40. Use a regra do produto para mostrar que (! 2)' = 2ff'.


32. :x ( :; : !) (a, b, e e d constantes) 41. Mostre que (!3 )' = 3f2 f'.

33. ICGij Faça um esboço do gráfico da derivada de f (x) = - x Nos Exercícios 42-45, use os valores funcionais seguintes:
X
2 +l
em [-4, 4]. Use o gráfico para determinar os intervalos nos quais f(4) J'(4) g(4) g'(4)
f' (x) > Oe f' (x) < O. Então esboce o gráfico de f (x) e descre-
va como o sinal de f' (x) se reflete no gráfico def (x). 2 -3 5 -1

34. ICGij Faça um esboço do gráfico de f(x) = - x (numaja-


42. Encontre a derivada de f g e f I g em x = 4.
x 2 -1
nela de visualização conveniente). Use o gráfico para determinar
se f'(x) é positiva ou negativa em seu domínio {x : x-:/= ±1}. 43. Calcule F' (4), sendo F(x) = x f (x).
Então calcule f' (x) e confirme algebricamente suas conclusões.
44. Calcule G' (4), sendo G(x) = x g(x)f (x).
V2 R X
35. Seja P = como no Exemplo 5. Calcule dP/dr, supondo 45. CalculeH'(4),sendoH(x) = - - -
( R + r) 2 g(x)f(x)
que r seja variável e R constante.
46. Calcule F' (0), sendo
36. De acordo com a Lei de Ohm, a intensidade de corrente/ (em
amperes), a voltagem V (em volts) e a resistência R (em ohms) de x 9 + x 8 + 4x 5 - 7x
um circuito estão relacionadas por/= VIR.
F(x) = -x~4---3-x~2- +-2x_ +_I_
1
(a) Calcule dd 1 , supondo que V tenha o valor constante V= 24. Sugestão: Não calcule F' (x). Em vez disso, escreva F(x) =
R R=6 f (x)lg(x) e expresse F' (O) diretamente em termos de f (O), f' (0),
g(O), g' (O).
(b) Calcule dR dVI , supondo que/ tenha o valor constante/= 4.
R=6 47. Proceda como no Exercício 46 para calcular F' (0), sendo
X
37. Encontre uma equação da reta tangente ao gráfico de y = 5
+ 5x + 5x + l 4
x+x- 1 F(x) = (l +x +x413 +x 513)3x-8x9
--- --
- 7x4 + 1
emx= 2.

Compreensão adicional e desafios


48. Sejam!, g eh funções deriváveis. mostre que (f gh)' (x) é igual a 50. Derivada da recíproca Use a definição de derivada para mostrar
que sef(x) for derivável e f (x) -:/= O, então l /f(x) é derivável e
f(x)g(x)h'(x) + f(x)g'(x)h(x) + J'(x)g(x)h(x)
Sugestão: Escrevafg h como f (g h). d ( l ) f'(x)
dx f(x) =- J 2(x)
49. Demonstre a regra do quociente usando a definição da derivada
via limite. Sugestão: Mostre que a razão incremental de l /f(x) é igual a
126 CÁLCULO

f (x) - f (x + h) 55. Mostre que c é uma raiz múltipla de f (x) se, e somente se, c é
hf (x)f (x + h) uma raiz de ambasf (x) e f' (x).

51. Deduza a regra do quociente usando a Equação (6) e a regra do 56. Use o Exercício 55 para determinar se c = -1 é uma raiz múlti-
produto. pla dos polinômios
(a) x 5 + 2x 4 - 4x 3 - 8x 2 - x +2
52. Mostre que a Equação (6) é um caso especial da regra do quo-
ciente. (b) x 4 + x 3 - 5x 2 - 3x +2
53. Forneça os detalhes da prova da regra do quociente que Agne- 57. ($] A Figura 4 dá o gráfico de um polinômio de raízes A, B e
si forneceu em seu livro de Cálculo, publicado em 1748, como C. Qual dessas raízes é múltipla? Explique seu raciocínio usando
segue: suponha que f, g e h = f I g sejam deriváveis. Calcule a o resultado do Exercício 55.
derivada de hg = f usando a regra do produto e resolva para h'.

54. De novo a regra da potência Se o leitor estiver familiarizado y

com o método da indução, use-o para provar a regra da potência


para números naturais n. Mostre que a regra da potência vale
para n = I, escreva xn como x · xn-i e use a regra do produto.

Nos Exercícios 55-56, seja f (x) um polinômio. Um fato básico da


Álgebra a.firma que c é uma raiz de f (x) se, e somente se, para algum
polinômio g(x), valer f (x) = (x - c)g(x). Dizemos que c é uma raiz
múltipla se f(x) = (x - c)2h(x), onde h(x) é um polinômio. FIGURA4

3.4 Taxas de variação


Lembre da notação que utilizamos para a taxa de variação (TDV) média de uma função
y = f (x) ao longo do intervalo [xo, xi]:

!1y = variação em y = f(xi) - f(xo)


!).x = variação em x = xi -xo

TDV média= !1y = f (xi) - f (xo)


Í1X Xi -Xo

Muitas vezes, omitimos a palavra Na nossa discussão anterior, na Seção 2.1, os limites e as derivadas ainda não haviam sido
"instantânea" e nos referimos à introduzidos. Agora que dispomos deles, estamos prontos para definir a TDV instantânea
derivada simplesmente como a taxa de
variação (TOV). Isso é mais curto, bem de y em relação a x em x = xo:
como mais preciso quando aplicado a
taxas de variação mais gerais, já que o
11y . f (xi) - f (xo)
termo "instantâneo" parece dizer que TDV instantânea = J' (xo) = lim - = 11m
estamos nos referindo a uma TOV em Áx-+0 !1x x,-+xo XI - XO
relação ao tempo.

É importante não esquecer da interpretação geométrica da taxa de variação. A TDV média


é a inclinação da reta secante (Figura 1) e a TDV instantânea é a inclinação da reta tan-
gente (Figura 2).
Sempre que medirmos a taxa de variação de uma quantidade y, o fazemos em relação
a uma outra variável x (a variável independente). A taxa dyldx é medida em unidades de y
por unidades de x. Por exemplo, a TDV da temperatura em relação ao tempo tem unidades
como graus por minuto e a TDV da temperatura em relação à altitude tem unidades como
graus por quilômetro.
CAPfTULO 3 Derivada 127

y y

-1--------+-----+--x -t-------+------x

FIGURA 1 A TDV média ao longo de FIGURA 2 A TDV instantânea em xo é


[xo, x,] é a inclinação da reta secante. a inclinação da reta tangente.

A notação de Leibniz é particularmente conveniente quanto trabalhamos com taxas


de variação porque especifica a variável independente. A notação dy/dx indica que esta-
mos tratando de uma TDV de y em relação à quantidade x.

TABELA 1 Dados da missão


• EXEMPLO 1 A Tabela 1 apresenta dados da temperatura T (em graus Celsius) na su-
Pathfinder de Marte, julho de perfície de Marte no instante de tempo t (em horas:minutos), coletadas pela sonda espa-
1997 cial Pathfinder da NASA.
Tempo Temperatura (a) Use os dados da Tabela 1 para calcular a TDV média da temperatura ao longo do
5:42 -74,7 intervalo de tempo de 6: 11 até 9:05.
6:11 -71 ,6 (b) Use a Figura 3 para dar uma estimativa da TDV instantânea em t = 12:28.
6:40 -67,2
7:09 -63,7
Temperatura (°C)
7:38 -59,5 o
8:07 - 53 -IOT... . . .. . . . . ;··. ···········. ··; . . . . ... . . . . . . , . / ··. ···. . . .;. . .. . . . . . . . . . ,
8:36 -47,7
- 20
9:05 -44,3
-30
9:34 -42
- 40
-50
-60
-10 .-...,. . . . . . ,. . . ,
FIGURA 3 A variação da temperatura -80+--I----+---+---+-----<
na superfície de Marte em 6 de julho 0:00 4:48 9:36 14:24 19: 12 0:00
de 1997. Tempo

Solução
(a) O intervalo de tempo de 6: 11 até 9:05 tem comprimento de 174 minutos ou M = 2,9
horas. De acordo com a Tabela 1, a variação na temperatura de 6:11 até 9:05 é

t:,.T = -44,3 - (-71 ,6) = 27,3ºC

A taxa de variação média da temperatura é o quociente

t:,.T 27,3
- = - ~ 9,40 C/h
l::,.t 2,9

(b) A TDV instantânea é a inclinação da reta tangente pelo ponto (12:28, -22,3) indica-
do na Figura 3. Para calcular sua inclinação, devemos escolher um segundo ponto na reta
128 CÁLCULO

tangente. Uma escolha conveniente é (00:00, - 70). O intervalo de tempo entre esses dois
pontos é de 12 horas e 28 minutos ou, aproximadamente, 12:47 horas. Portanto,

-22 3 - (-70)
TDV = inclinação da reta tangente~ ' ,
12 47
~ 3,8ºC/h

• EXEMPLO 2 Seja A = nr 2 a área de um círculo de raio r.
(a) Calcule a TDV da área em relação ao raio.
(b) Calcule dA/dr parar= 2 e r = 5 e explique porque dA/dr é maior em r = 5.

Solução
(a) A TDV da área em relação ao raio é a derivada

dA d
- =- (nr 2 ) = 2nr
dr dr

Observe que a derivada da área é igual à circunferência.


(b) Em r = 2 e r = 5 temos

-dA 1 = 2n(2) ~ 12,57 e -dA 1 = 2n(5) ~ 31,42


dr r=2 dr r=5

Por que a derivada em r = 5 é maior? A derivada dA/dr mede quão rapidamente varia a
área quando r cresce. Quando o raio é aumentado de r parar+ /),.r, a área do círculo cres-
ce com uma faixa de largura /),.r. Vemos na Figura 4 que a área da faixa é maior quando
r = 5 do que quando r = 2. Assim, a área cresce mais rapidamente como uma função do
raio quando r é maior. •

Área
Tangente em r = 5

Tangente em r = 2

FIGURA 4 A faixa vermelha representa


a variação da área quando r sofre um
acréscimo de !::,.r. 5 Raio (r)

Oefeito de uma variação de uma unidade


Para valores pequenos de h, a razão incremental fica próxima da própria derivada:

'(xo ) ~f -(xo-+-h)---f-(xo) [Il


! h
-

Essa aproximação costuma ficar melhor à medida que h diminuir, mas em algumas aplica-
ções a aproximação já é útil quando h = 1. Tomando h = 1 na Equação (1), obtemos

1 J'(xo) ~ f(xo + 1) - f(xo) 1

Em outras palavras, f' (xo) é aproximadamente igual à variação emf causada pela varia-
ção de uma unidade de x quando x = xo.
CAPfTULO 3 Derivada 129

• EXEMPLO 3 ~ Distância de frenagem A distância de frenagem de um carro (em


pés) é dada aproximadamente pela função F(s) = l,ls + 0,05s 2, para velocidades s entre
30 e 75 milhas por hora (que abreviamos "mi/h").
(a) Calcule a distância de frenagem e a TDV da distância de frenagem (em relação à ve-
locidade) quando s = 30 mi/h. Em seguida, dê uma estimativa da variação na distância de
frenagem se a velocidade for aumentada em 1 mi/h.
(b) Faça o mesmo para s = 60 mi/h.

Solução A TDV da distância de frenagem em relação à velocidade é a derivada

F'(s) = ~(l,ls + 0,05s2) = 1,1 + 0,ls pés/mi/h


ds

(a) Paras=30, temosF(30) = 1,1(30) + 0,05(30)2 = 78péseF'(30) = 1,1 + 0,1(30) =


Neste exemplo, utilizamos a derivada 4,1 pés/mi/h. A Equação (2) dá a aproximação:
F'(s) para obter uma estimativa da
variação do espaço de freada para ~
F(31) - F(30) F'(30) = 4,1 pés
um aumento de uma unidade na '-.-'
velocidade. Compare as estimativas Variação na distância de frenagem
com os valores exatos seguintes:
Assim, quando estiver a 30 mi/h, a distância de frenagem aumenta em aproximadamente
Variação exata (pés) F' (s)
4 pés se a velocidade for aumentada em 1 mi/h.
F(31) - F(30) = 4,15 4,1 (b) Para s = 60, temos F(60) = 1,1(60) + 0,05(60) 2 = 246 pés e F'(60) = 1,1 +
F(61) - F(60) = 7,15 7,1 0,1(60) = 7,1 pés/mi/h. Quando estiver a 60 mi/h, a distância de frenagem aumenta em
aproximadamente 7 pés se a velocidade for aumentada em 1 mi/h. •

Custo marginal na economia


Muitos produtos podem ser fabricados mais barato se forem produzidos em grande quan-
tidade. O número de unidades fabricadas é denominado nível de produção. Para estudar
a relação entre custos e nível de produção, os economistas definiram uma taxa de variação
Embora C(x) só faça sentido quando x denominada custo marginal. Seja C(x) o custo em dólares (incluindo trabalho e peças) da
for um número natural, costumamos produção de x unidades de um certo produto. Por definição, o custo marginal no nível de
tratar C(x) como uma função derivável
de x, de modo que podemos aplicar as produção xo é o custo de produzir uma unidade adicional:
técnicas do Cálculo.
Custo marginal= C(xo + 1) - C(xo)

Nesse contexto, a Equação (2) costuma dar uma boa aproximação, portanto tomamos
C' (xo) como uma estimativa do custo marginal.
Custo
total($)
• EXEMPLO 4 Custo de uma viagem aérea Os dados de uma companhia aérea sugerem
15.000 que o custo total de uma viagem de 1.200 milhas é aproximadamente C (x) = 0,0005x 3 -
0,38x 2 + 120x, onde x é o número de passageiros (Figura 5).
10.000 (a) Dê uma estimativa do custo marginal de um passageiro adicional se o vôo já tem 150
passageiros.
5.000 (b) Compare sua estimativa com o custo real.
(e) Custa mais acrescentar um passageiro quando x = 150 ou 200?

50 100 150 200 250 Número de


Solução A derivada é C' (x) = 0,0015x 2 - 0,76x + 120.
passageiros (a) Estimamos o custo marginal em x = 150 pela derivada
FIGURA 5 O custo de uma viagem
aérea. As inclinações das retas C' (150) = 0,0015(150) 2 - 0,76(150) + 120 = 39,75
tangentes são decrescentes, portanto o
custo marginal é decrescente. Assim, acrescentar um passageiro custa aproximadamente $39,75.
130 CÁLCULO

(b) O custo real de acrescentar um passageiro é

C(15l) - C(150) ~ ll.177,IO- ll.137,50 = 39,60

Nossa estimativa de $39,75 ficou bem perto.


(e) Estimamos o custo marginal em x = 200 pela derivada

C'(200) = 0,0015(200) 2 - 0,76(200) + 120 = 28

Assim, acrescentar um passageiro custa aproximadamente $28 quando x = 200. Acres-


centar um passageiro custa mais quando x = 150. •

Movimento retilíneo
Em seu livro "Lectures on Physics", Lembre que o movimento retilíneo se refere ao movimento de um objeto ao longo de uma
o prêmio Nobel Richard Feynmann linha reta. Isso inclui o movimento horizontal de um carro ao longo de uma estrada reta ou
(1918-1988) usa o seguinte diálogo
para frisar o conceito de velocidade o movimento vertical de um objeto em queda. Seja s(t) a posição, ou distância da origem
instantânea: no instante de tempo t. A velocidade é a TDV da posição em relação ao tempo:
Policial: "Meu caro, você estava a 120
km por hora". v(t) = velocidade = -ds
dt
Motorista: "isso é impossível, pois eu
só dirigi durante sete minutos".
O sinal de v(t) indica a direção do movimento. Por exemplo, se s(t) for a altura acima do
solo, então v(t) > Oindica que o objeto está subindo. O valor absoluto lv(t)I da velocidade
é a velocidade escalar.
O gráfico de s(t) transmite muita informação sobre a velocidade e como ela varia.
Considere a Figura 6, que mostra a posição de um carro em função do tempo. Não esque-
ça que a altura do gráfico indica a distância do carro até o ponto na origem.
Aqui temos alguns fatos que podemos deduzir a partir do gráfico:
• Aumentando ou diminuindo a velocidade? As retas tangentes ficam mais
íngremes no intervalo [O, 1], indicando que o carro estava aumentando a veloci-
dade durante a primeira hora. As derivadas ficam cada vez mais horizontais no
intervalo [1, 2], indicando que o carro estava diminuindo a velocidade durante a
segunda hora.
2 3 4 5 • Estacionado O gráfico é horizontal acima de [2, 3] (talvez o motorista tenha pa-
Tempo (horas) rado num restaurante durante uma hora).
FIGURA 6 O gráfico da distância pelo • Voltando para o mesmo ponto O gráfico sobe e desce no intervalo [3, 4], indi-
tempo. cando que o motorista voltou ao mesmo ponto (talvez tenha esquecido a carteira no
restaurante).
• Velocidade média O gráfico sobe mais acima de [O, 2] do que [3, 5], indican-
do que a velocidade média foi maior ao longo das primeiras duas horas que nas
últimas duas.

• EXEMPLO 5 Uma jamanta pega a pista de saída de uma rodovia em t = O. Sua posição
depois de t segundos é s(t) = 84t - t 3 pés, para O ::: t .::: 5.
(a) Qual é a velocidade da jamanta no momento em que pega a pista de saída?
(b) A jamanta está aumentando ou diminuindo a velocidade?

Solução A velocidade da jamanta no instante t é v(t) = ~(84t - t 3 ) = 84 - 3t 2.


dt
(a) Temos v(O) = 84, portanto a jamanta entra na pista de saída com uma velocidade de
84 pés/s.
(b) A função v(t) = 84 - 3t 2 é decrescente (Figura 7), portanto a jamanta está diminuin-
do a velocidade. •
CAPfTULO 3 Derivada 131

Velocidade
(pés/s) 80

60
40
20

FIGURA 7 O gráfico da velocidade 2 3 4 5


v(t) = 84 - 3t 2. Tempo (s)

Movimento sob a influência da gravidade


Galileu descobriu que a altura s(t) e a velocidade v(t) de um objeto lançado verticalmente
no ar são dadas como funções do tempo pelas fórmulas

As fórmulas de Galileu são válidas


quando a resistência do ar for
desprezível. Aqui, estamos supondo s(t) = so + vot - 2l gt2, v(t) = -ds
dt
= vo - gt
isso em todos nosso exemplos.

As constantes soe vo são os valores iniciais:


• so = s(0) é a posição no instante t = O.
• vo = v(0) é a velocidade em t = O.
• g é a aceleração devida à gravidade na superfície da Terra, de valor

g ~ 32 pés/s2 ou 9,8 m/s2

Uma observação simples nos permite encontrar a altura máxima do objeto. Como a
velocidade é positiva quando o objeto sobe e negativa quando cai de volta à Terra, o objeto
atinge sua altura máxima no momento de transição, quando não está mais subindo e ain-
da não começou a cair. Naquele momento, sua velocidade é nula, Em outras palavras, a
altura máxima é atingida quando v(t) =O.Como v(t) = s' (t), o objeto alcança sua altura
máxima quando a reta tangente ao gráfico de s(t) for horizontal (Figura 8).

• EXEMPLO 6 Encontrando aaltura máxima Um estilingue lança uma pedra verticalmente


para cima com velocidade inicial de 300 pés/s a partir de uma altura de 6 pés.
(a) Encontre a velocidade da pedra em t = 2 e em t = 12. Explique a mudança de
sinal.
(b) Qual é a altura máxima da pedra e quando ela alcança essa altura?

Solução Aplicando a Equação (3) com so = 6, vo = 300 e g = 32, obtemos:

s(t) = 6 + 300t -16t2 , v(t) = 300 - 32t


FIGURA 8 A altura máxima ocorre
quandos 1 (t) = v(t) = O. (a) Portanto,

v(2) = 300 - 32(2) = 236 pés/s, v(12) = 300 - 32(12) = - 84 pés/s

Em t = 2 a pedra está subindo e sua velocidade é positiva (Figura 8). Em t = 12, a pedra
já está no caminho para baixo e sua velocidade é negativa.
(b) Como a altura máxima é atingida quando a velocidade é nula, igualamos a velocidade
a zero e resolvemos em t:

300
v(t) = 300 - 32t = O dá t = -32 = 9,375
132 CÁLCULO

Quão importantes são as unidades? Em Portanto, a pedra alcança sua altura máxima em t = 9,375 s. A altura máxima é
setembro de 1999, a sonda espacial
Mars Climate Orbiter, que custou 125
milhões de dólares, incinerou-se na
atmosfera marciana antes de completar
s(9,375) = 6 + 300(9,375) - 16(9,375)2:::::: 1.412 pés

sua missão científica. De acordo com No exemplo precedente, especificamos os valores iniciais da posição e da velocidade.
Arthur Stephenson, o presidente da No próximo exemplo, o objetivo é determinar a velocidade inicial.
comissão da NASA que investigou o
fracasso da missão do Mars Climate
Orbiter em 1999, "a razão básica da • EXEMPLO 7 Encontrando as condições iniciais Um projétil é disparado verticalmente
perda da sonda foi a conversão mal para cima a partir de uma altura inicial so = O. Qual é a velocidade inicial vo necessária
feita das unidades inglesas para as para que o projétil atinja uma altura máxima de 2 km?
unidades métricas num segmento,
baseado na unidade terrestre, do Solução Precisamos deduzir uma fórmula para a altura máxima como uma função da ve-
aplicativo relacionado ao sistema de
navegação da missão espacial".
locidade inicial vo. Como so = O, a altura do projétil é s(t) = vot - ½gt 2. Sua altura
máxima é atingida quando sua velocidade for nula:
vo
v(t) = vo - gt =O ou t=-
g

Calculamos a altura máxima calculando s(t) em t = vo/ g:

Agora podemos resolver para vo usando o valor g = 9,8 m/s2 (observe que 2 km= 2.000 m):

Na Equação (4), a distância precisa v2 v2


ser em metros em vez de quilômetros Altura máxima= _Q_ =
2g 2(9,8)
--º-
= 2.000 m
1porque as unidades de g são m!s2.
Isso fornece vo = ,J(2)(9,8)2.000:::::: 198 m/s.

descobriu que a velocidade de uma bola rolando


é proporcional ao tempo. Então ele deduziu que o
PERSPECTIVA movimento em queda livre é só uma versão mais
HISTÕRICA rápida do movimento numa rampa e deduziu a
fórmula v(t) = -gt para objetos em queda (su-
pondo que a velocidade inicial vo seja nula). Essa
fórmula tem uma conseqüência notável.
Antes de Galileu, supunha-se erroneamente
Em torno de 1600, Galileu Galilei (1564-1642) que os objetos pesados caíssem mais rapidamen-
descobriu as leis do movimento para objetos em te do que os leves. Galileu percebeu que isso não
queda perto da superfície terrestre. Isso constituiu ocorre, desde que desprezemos a resistência do
um marco na historia da Ciência porque nos deu, ar. A fórmula v(t) = - gt mostra claramente que
pela primeira vez, uma descrição matemática do a velocidade depende do tempo mas não do peso
movimento como uma função do tempo. As des- do objeto. É interessante observar que, 300 anos
cobertas de Galileu calçaram o caminho para a depois, um outro grande físico, Albert Einstein,
lei geral do movimento devida a Newton. Como ficou profundamente intrigado pela descoberta
foi que Galileu chegou às suas fórmulas? O mo- de Galile u de que objetos caem à mesma taxa
vimento de um objeto em queda é muito rápido independentemente de seu peso. Ele chamou
para ser medido diretamente. Hoje em dia, pode- isso de Princípio da Equivalência e procurou
mos fotografar um objeto em movimento e exa- entender por que era verdadeiro. Em 1916, de-
FIGURA 9 Um aparelho do tipo utilizado minar sua trajetória quadro a quadro, mas Galileu pois de uma década de trabalho intenso, Eins-
por Galileu para estudar o movimento de precisou ser mais engenhoso. Ele experimentou tein desenvolveu a Teoria Geral da Relatividade,
objetos em queda. com bolas rolando rampa abaixo. Para uma ram- que finalmente deu uma explicação completa do
pa suficientemente plana, o movimento é tão len- Princípio da Equivalência em termos da geome-
to que pode ser medido precisamente e Galileu tria do espaço e tempo.
CAPfTULO 3 Derivada 133

3.4 RESUMO
• A taxa de variação (TDV) instantânea de y = f (x) em relação a x em x = xo é definida
como a derivada

'(xo ) = 1·1m -t:iy = 1·1m f(x1) - f(xo)


! !:ix x , -->xo
L'.x-->0 xi - xo

• A taxa dy/dx é medida em unidades de y por unidades de x.


• No movimento retilíneo, a velocidade v(t) é a TDV da posição s(t) em relação ao tempo,
ou seja, v(t) = s'(t).
• Em muitos casos, f' (xo) fornece uma boa estimativa da variação emf devida a um au-
mento de uma unidade em x quando x = xo:

J'(xo) ~ f(xo + 1) - f(xo)


• O custo marginal é o custo de produzir uma unidade adicional. Se C(x) for o custo de pro-
duzir x unidades, então o custo marginal no nível de produção vo é C(xo + 1) - C(xo).
Muitas vezes, a derivada C' (xo) é uma boa estimativa para o custo marginal.
• As fórmulas de Galileu para a altura e velocidade no instante t de um objeto subindo
ou descendo sob a influência da gravidade perto da superfície da Terra (so = posição
inicial, vo = velocidade inicial) são

1 2
s(t)=so+vot- gt,
2 v(t) = vo - gt

3.4 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Quais unidades podem ser utilizadas para medir a TDV? por hora), mas a velocidade do segundo trem varia. Qual foi a
(a) da pressão (em atmosferas) num tanque d'água em relação à pro-
velocidade média ao longo do percurso do segundo trem?
fundidade? 4. Dê uma estimativa de f (26), supondo quef (25) = 43 e f 1 (25) =
(b) da taxa de reação de uma reação química (a TDV da concentra- 0,75.
ção em relação ao tempo), onde a concentração é medida em
moles por litro? 5. Em 1933, a população P(t) de Freedonia foi de P(l933) = 5
milhões.
2. Suponha quef(2) = 4 e que a TDV def entre 2 e 5 é 3. Quanto é (a) Qual é o significado da derivada P' (1933)?
f(S)?
(b) Dê uma estimativa de P(l934) se P' (1933) = 0,2. E se P' (1933)
3. Dois trens vão de New Orleans a Memphis em 4 horas. O pri- = O?
meiro trem viaja a uma velocidade constante de 90 mi/h (milhas

Exercícios
1. Encontre a TDV da área de um quadrado em relação ao compri- Nos Exercícios 5-8, calcule a TDV.
mento de seu lados quando s = 3 e s = 5.
dV onde V e' ovo1ume de um c1·1·mdro cuJa
5. dr' . a1tura e, 1gua
. 1 ao raio
.
2. Encontre a TDV do volume de um cubo em relação ao compri-
mento de seu lados quando s = 3 e s = 5. (o volume de um cilindro de altura h e raio ré 1r:r 2h).

3. Encontre a TDV de y = x- 1em relação a x para x = 1 ex= 6. TDV do volume V de um cubo em relação à sua área de super-
10. fície A.

4. A que taxa varia a raiz cúbica$ em relação a x quando x = 1, 8 7. TDV do volume V de uma esfera em relação ao raio (o volume de
ou 27? uma esfera é V = 11r:r3).
134 CÁLCULO

Temperatura
8. :~. onde A é a área da superfície de uma esfera de diâmetro D (a (ºC)
250
ré 4nr2).
área de superfície de uma esfera de raio
200 .."'
~ J!"'
150 "' g"'
Nos Exercícios 9-10, use a Figura 10, que mostra o gráfico da distân- 8.
o "'
)::1
cia (km) pelo tempo (h) de uma viagem de carro. 100 E!: tfl
50
Distância
150 o
(km) V -50
100 ... / '-..../ -100
50 v=
··· """'.............;.............,............. ;.............,..... .
/ ! 10 50 100 150
0,5 1,5 2 2,5 3 Altitude (km)
Tempo (h)
FIGURA 12 A temperatura atmosférica pela altitude.
FIGURA 10 O gráfico da distância pelo tempo de uma viagem de carro.
14. A altura (em pés) de um pára-quedista no instante t (em s) depois
de abrir seu pára-quedas é h(t) = 2.000 - 15t pés. Encontre a
9. (a) Dê uma estimativa da velocidade média ao longo de [0,5; 11].
velocidade do pára-quedista depois de abrir seu pára-quedas.
(b) A velocidade média é maior em[! , 2] ou em [2, 3]?
15. A temperatura de um objeto (em graus Fahrenheit) como fun-
(e) Em que instante a velocidade atingiu um máximo?
ção do tempo (em minutos) é T(t) = ¾r2 - 30t + 340, para
10. Combine a descrição com o intervalo (a)-(d). O ~ t ~ 20. A que taxa o objeto esfria depois de 1Ominutos (dê
unidades corretas)?
(i) Velocidade crescente
(ii) Velocidade decrescente 16. A velocidade (em cm/s) de uma molécula de sangue fluindo
por um vaso capilar de 0,008cm de raio é dada pela fórmula
(iii) Velocidade negativa
v = 6,4 x 10- 8 - 0,00Ir 2, onde ré a distância da molécula ao
(iv) Velocidade média de 50 mi/h centro da capilar. Encontre a TDV da velocidade como função da
(a) [O; 0,5] (b) [O, ! ] distância quando r = 0,004cm.
2 99 X 10 16
(e) [1 ,5; 2] (d) [2,5; 3] 17. A Terra exerce uma força gravitacional de F(r) = '
r2
11. A Figura 11 exibe a voltagem através de um capacitor como uma (em newtons) sobre um objeto com uma massa de 75 kg, onde
função do tempo enquanto o capacitor está sendo carregado. Dê ré a distância (em metros) do centro da Terra. Encontre a TDV
uma estimativa da TDV da voltagem em t = 20 s. Indique os va- da força em relação à distância r na superfície da Terra, supondo
lores de sua conta e inclua unidades adequadas. A voltagem varia que o raio da Terra seja de 6,77 x 106 m.
mais rapidamente ou mais devagar à medida que o tempo passa?
18. A velocidade de escape a uma distância de r metros do centro
Explique em termos de retas tangentes.
da Terra é Vesc = (2,82 x 107 )r- 112 m/s. Calcule a TDV da
velocidade de escape em relação à distância r na superfície da
4 t-··················!····················!·····················!···= = " '···· Terra.

~ 3 + ··················'·····;/··········'······················ 19. A potência fornecida por uma bateria a um aparelho de resis-


.,E , . , 2,25R
~2
õ
tencia R (em ohms) e P = (R + 0, )2 W. Encontre a TDV da
5
> 1
potência em relação à resistência em R = 3 e R = 5 Q.

10 20 30 40 20. A posição de uma partícula em movimento retilíneo durante uma


Tempo (s) viagemde5sés(t) = t 2 -t + 10 cm.
FIGURA 11 (a) Qual é a velocidade média ao longo de toda a viagem?
(b) Existe um instante em que a velocidade instantânea é igual a essa
12. Use a Figura 12 para dar uma estimativa de dT/dh em h = 30 e velocidade média? Caso afirmativo, encontre-o.
70, onde Té a temperatura atmosférica (em graus Celsius) eh é a
altitude (em km). Onde é dT/dh igual a zero? 21. Pela Lei de Faraday, um campo magnético de intensidade B
(em teslas) induz uma voltagem de tamanho V = -Blv num
13. Uma pedra é lançada verticalmente para cima com uma velocida- arame condutor de comprimento f, metros que se mova a uma
de inicial de 25 pés/s do alto de um prédio de 30 pés. velocidade de v m/s perpendicularmente ao campo. Suponha
(a) Qual é a altura da pedra depois de 0,25 s? que B = 2 e f, = 0,5.
(b) Encontre a velocidade da pedra depois de 1 s. (a) Encontre a TDV dV/dv.
(e) Quando é que a pedra atinge o solo? (b) Encontre a TDV de Vem relação ao tempo t se v = 4t + 9.
CAPfTULO 3 Derivada 135

22. A altura (em pés) de um helicóptero no instante t (em minutos) é 28. As retas tangentes ao gráfico de f (x) = x 2 ficam cada vez mais
s(t) = - 3t 3 + 400t para O~ t ~ 10. íngremes quando x cresce. A que taxa cresce a inclinação dessas
(a) Esboce os gráficos da altura h(t) e da velocidade v(t). retas tangentes?
(b) Encontre a velocidade em t = 6 e t = 7. 29. De acordo com uma fórmula muito usada pelos médicos para de-
(e) Encontre a altura máxima do helicóptero. terminar a dosagem de remédios, a área de superfície do corpo
(ASC) de uma pessoa (em metros quadrados) é dada pela fórmula
23. A população P(x) de uma cidade (em milhões) é dada pela fór- ASC = .,/hw/60, onde h é a altura em cm e w é o peso em kg.
mula P(t) = 0,00005t 2 + 0,0lt + 1, onde t denota o número de Calcule a TDV da ASC em relação ao peso para uma pessoa de
anos desde 1900. altura constante h = 180. Qual é essa TDV para w = 70 e w = 80?
Expresse sua resposta nas unidades corretas. A ASC cresce mais
(a) Qual é a população em 1996 e quão rápido está crescendo?
rapidamente em relação ao peso com pesos menores ou maiores?
(b) Quando é que essa população cresce a uma taxa de 12.000 pes-
soas por ano? 30. Uma pedra é lançada verticalmente para cima com um estilingue
a partir do nível do chão com uma velocidade de 200 m/s. Encon-
24. De acordo com a Lei de Ohm, a voltagem V, a intensidade de tre a velocidade e altura máximas da pedra.
corrente / e a resistência R de um circuito estão relacionadas
31. Qual é a velocidade com que um objeto bate no chão se for larga-
pela equação V= IR, onde as unidades são volts, amperes e
do de uma altura de 300 m?
ohms, respectivamente. Suponha que a voltagem seja constante
com V= 12 V. Calcule (especificando as unidades): 32. Uma pedra largada do alto de um prédio leva 3 s para alcançar o
(a) A TDV média de/ em relação a R ao longo do intervalo de R = 8 chão. Qual é a altura do prédio e qual a velocidade de impacto?
aR = 8,1. 33. Um objeto é jogado verticalmente para cima a partir do chão e
(b) A TDV de/ em relação a R quando R = 8. volta ao chão 4 s depois. Qual foi a velocidade inicial do objeto e
(e) A TDV de R em relação a/ quando I = 1,5. qual a altura alcançada?

25. ~ André estabelece que com h horas de tutoria individual


34. Um objeto é jogado verticalmente para cima a partir do chão e
volta ao chão T s depois. Mostre que a altura máxima foi alcan-
ele é capaz de responder S(h) por cento dos problemas do exame
çada depois de T/2 s.
de Matemática. Qual é o significado da derivada S' (h )? Qual de-
veria ser maior: S' (3) ou S' (30)? Explique. 35. Uma pessoa no décimo andar de um prédio vê um balde (deixado
cair por um lavador de vidraças) passar pela janela e observa que
26. Suponha que 8(t) meça o ângulo entre os ponteiros de minuto e bate no chão 1,5 s depois. Suponha que cada andar meça 16 pés
horas de um relógio. O que é 81 (t) às 3 horas? (e despreze o atrito do ar). De qual andar caiu o balde?
27. ~ A Tabela 2 fornece o total da população dos EUA em 36. ~ Qual das afirmações seguintes é verdadeira para um ob-
cada mês de 1999 conforme determinado pelo Departamento de jeto caindo sob a influência da gravidade perto da superfície da
Comércio dos EUA. Terra? Explique.
(a) Dê uma estimativa de P' (t) para cada um dos meses de janeiro a (a) O objeto percorre distâncias iguais em intervalos de tempo
novembro. iguais.
1
(b) Faça um esboço desses pontos P (t) e conecte os pontos com (b) A velocidade cresce quantidades iguais em intervalos de tempo
uma curva lisa. iguais.
(e) Redija uma manchete de jornal descrevendo a informação con- (e) A derivada da velocidade cresce com o tempo.
tida nesse gráfico, lembrando que o verão dos EUA ocorre no
37. Mostre que para um objeto subindo ou caindo de acordo com a
meio do ano.
fórmula de Galileu na Equação (3), a velocidade média ao longo
de um intervalo de tempo [t1 , t2] qualquer é igual à média das
TABELA 2 Total da população dos EUA em 1999 velocidades instantâneas em t 1e t2.

P(t) em milhares 38. Um peso oscila para cima e para baixo na extremidade de uma
mola. A Figura 13 mostra a altura y do peso ao longo de um ciclo
janeiro 271.841
da oscilação. Faça um esboço do gráfico da velocidade do peso
fevereiro 271.987 como função do tempo.
março 272.142
abril 272.317 y
maio 272.508
junho 272.718
julho 272.945
agosto 273.197
setembro 273.439 Tempo
outubro 273.672
novembro 273.891
dezembro 274.076
FIGURA 13
136 CÁLCULO

Nos Exercícios 39-46, use a Equação (2) para dar uma estimativa da (e) ~CG~ Esboce o gráfico de/(p) para 5::: p::: 25 e verifique que
variação unitária. /(p) é uma função decrescente de p. Qual é a expectativa sobre o
sinal de J' (p )? Esboce J' (p) e confirme sua expectativa.
39. Dê uma estimativa de -/2 - -J'f e v1fõT - ../fõõ. Compare es-
sas estimativas com os valores exatos. 47. Seja A = s2. Mostre que a estimativa de A(s + 1) - A(s) forneci-
da pela Equação (2) tem um erro exatamente igual a 1. Explique
40. Suponha que/(x) seja uma função com f'(x) = rx. Dê uma esse resultado usando a Figura 14.
estimativa de/ (7) - f (6). Em seguida, dê uma estimativa de
/(5), supondo que/(4) = 7.
41. Seja F(s) = 1,ls + 0,03s2 a distância de frenagem como no
Exemplo 3. Calcule F(65) e dê uma estimativa do aumento na
distância de frenagem se a velocidade for aumentada de 65 para 1
66 mi/h. Compare sua estimativa com o aumento real. J.
42. De acordo com a Lei de Kleiber, a taxa metabólica P (em quilo-
calorias diárias) e a massa corpórea m (em kg) de um animal es- s
tão relacionadas pela lei da potência três quartos P = 73,3m 314.
Dê uma estimativa do aumento da taxa metabólica quando a
massa corpórea aumenta de 60 para 61 kg. FIGURA 14

43. O custo em dólar da produção de x pastéis é C (x) = 300 + 0,25x 48. ~ De acordo com a Lei de Steven da psicologia, a mag-
- 0,5(x/I .000) 3. Determine o custo de produção de 2.000 pastéis
nitude percebida de um estímulo (quão fortemente uma pessoa
e dê uma estimativa do custo do pastel de número 2.001. Compare
sente que o estímulo seja) é proporcional a uma potência da
sua estimativa com o custo real do pastel de número 2.001.
intensidade/ real do estímulo. Embora não seja uma lei exata,
44. Suponha que o custo em dólares da produção de x filmadoras de a experiência mostra que a luminosidade B percebida de uma
vídeo seja C(x) = 500x - 0,003x 2 + 10-8x 3. luz satisfaz B = k/ 213, onde/ é a intensidade da luz, ao passo
que o peso H percebido de um peso W satisfaz H = k w312 (nos
(a) Estime o custo marginal no nível de produção x = 5.000 e com- dois casos, k é uma constante diferente). Calcule dB/dl e dH/dW
pare com o custo real C(5.001) - C(5.000). e decida se são funções crescentes ou decrescentes. Use isso
(b) Compare o custo marginal em x = 5.000 com o custo médio por para justificar as afirmações:
filmadora, definido por C(x)lx.
(a) Um aumento de uma unidade na intensidade de luz é sentida
45. Em geral, a demanda por um bem decresce quando seu preço mais fortemente quando/ é pequeno do que quando / é grande.
aumenta. Suponha que a demanda por petróleo (por pessoa por (b) Adicionar mais um quilo a um peso Wé sentido mais fortemente
ano) seja D(p) = 900/p barris, onde pé o preço em dólares por quando W é grande do que quando W é pequeno.
barril. Encontre a demanda quando p = $40. Dê uma estimativa
da diminuição da demanda se p aumentar para $41 e do aumento 49. Seja M(t) a massa (em kg) de uma planta em função do tem-
da demanda se p diminuir para $39. po t (em anos). Estudos recentes de Niklas e Enquist sugerem
que, para uma enorme variedade de plantas (desde algas e grama
46. A taxa de reprodução das moscas drosófilas criadas em frascos até coqueiros), a taxa de crescimento durante o período de vida
de laboratório decresce quando o frasco fica mais cheio. Uma do organismo satisfaz uma lei de potência três quartos, ou seja.
pesquisadora descobre que quando um frasco contém p moscas, dM/dt = CM 314 paraalgumaconstanteC.
o número de descendentes por fêmea por dia é
(a) Se uma árvore tem uma taxa de crescimento de 6 kg/ano quan-
f(p) = (34- 0,612p)p-0•658 do M = 100 kg, qual é sua taxa de crescimento quando M =
125 kg?
(a) Calcule/(15) e J' (15).
(b) Se M = 0,5 kg, quanta massa adicional precisa essa planta para
(b) Dê uma estimativa para a diminuição de descendentes por fêmea dobrar sua taxa de crescimento?
quando p for aumentado de 15 para 16. Essa estimativa é maior
ou menor do que o valor real/(16) - f (15)?

Compreensão adicional e desafios


50. Quando uma epidemia se alastra numa população, a percentagem (b) Para qual p a epidemia não se alastra nem diminui?
p de indivíduos infectados no instante de tempo t (em dias) satis-
(e) Faça um esboço do gráfico de dpldt como função de p.
faz a equação (denominada equação diferencial)
(d) Qual é a maior taxa de crescimento possível e para quais pela
dp 2 ocorre?
dt = 4p - 0,06p , O::, p ::, 100
51. O tamanho de uma certa população animal P(t) no instante de
(a) Quão rápido está se alastrando a epidemia quando p = 10% e . dP
=
quando p 70%? tempo t (em meses)satlsfaz- = 0,2(300 - P).
dt
CAPfTULO 3 Derivada 137

(a) P está aumentando ou diminuindo quando P = 250? E quando 53. Mostre que Cm (x) é igual à inclinação da reta pela origem e o
P = 350? ponto (x, C(x)) do gráfico de C(x). Usando essa interpretação, de-
termine se o custo médio ou o custo marginal é maior nos pontos
(b) Faça um esboço do gráfico de dP/dt como função de P para O:::
A, B, C e D na Figura 16.
P::, 300.
(e) Qual dos gráficos da Figura 15 é o gráfico de P(t) se P(O) = 200? Custo

p p

300 300

200 200

100 100
Nível de produção
FIGURA 16 O gráfico de C(x).
4 8 4 8

(A) (B) 54. O custo, em dólares, da produção de despertadores é

FIGURA 15 C(x) = 50x 3 - 150x 2 + 3.140x + 3.750


52. [ t=/ 5 Estudos acerca do uso da internet mostram que a po- onde x é dado em milhares.
pularidade de um site é muito bem descrita pela Lei de Zipf, de
acordo com a qual o enésimo site mais popular recebe aproxima-
(a) Calcule o custo médio em x = 4, 6, 8 e 10.
damente a fração de l/n de todas visitas. Suponha que num certo (b) Use a interpretação gráfica do custo médio para encontrar o nível
dia, o enésimo site mais popular tenha tido aproximadamente de produção xo no qual o custo médio é mínimo. Qual é a relação
V (n) = 106 / n visitantes (para n::, 15.000). entre custo médio e custo marginal em xo (ver Figura 17)?
(a) Verifique que os 50 melhores sites receberam aproximadamen-
te 45% dos visitantes. Sugestão: seja T(N) a soma de V(n) para Custo
(dólares)+ ......,.......,........,........,........,........,............. ..
1 ::: n ::: N. Use um sistema algébrico computacional para cal-
cular T(45) e T(l5.000).
(b) Verifique por experimentação numérica que quando usamos a
Equação (2) para estimar V(n + 1) - V(n), o erro dessa estimativa
decresce quando n cresce. Encontre (novamente, por experimen-
tação) um N tal que o erro seja no máximo de lO para n 2: N.
1 2 3 4 5 6 789 10
(e) Usando a Equação (2), mostre que para n 2: 100, o enésimo site teve Unidades (milhares)
no máximo 100 visitantes a mais do que o (n + !)-ésimo site.
FIGURA 17 A função custoC(x) = 50x3 - 750x2 + 3.740x
Nos Exercícios 53-54, o custo médio unitário no nível de produção x + 3.750.
é definido porCm(x) = C(x)/x, onde C(x) é a função custo. O custo
médio é uma medida da eficácia do processo produtivo.

3.5 Derivadas superiores


As derivadas de ordem superior são as funções obtidas derivando repetidamente uma
função y =f(x). Se f' for derivável, a derivada segunda, denotada f" ou y", é aderi-
8,86
vada de f':
8,84
,8 8,82 J"(x) = !!._ {f'(x))
:= 8,80 dx
~ 8,78
8,76 +~................................................................................................. A derivada segunda é a taxa de variação de f'(x). Passamos a nos referir af (x) como a
8,74
8,72---+---+---+---+-
derivada zero-ésima e a f' (x) como a derivada primeira.
1993 1994 1995 1996 1997 Para esclarecer a distinção entre a derivada primeira e a segunda, considere a popu-
FIGURA 1 A população P(t) da Suécia lação P(t) da Suécia (Figura 1). As estatísticas governamentais mostram que P(t) cresceu
(em milhões). A taxa de crescimento cada ano por mais de 100 anos. Portanto, a derivada primeira P' (t) é positiva. Contudo,
diminuiu no período 1993-1997. a Tabela 1 mostra que a taxa de crescimento anual diminuiu dramaticamente nos anos
138 CÁLCULO

1993-1997. Assim, embora P' (t) ainda seja positiva nesses anos, P' (t) diminuiu e portan-
to a derivada segunda P" (t) foi negativa no período 1993-1997.

TABELA 1 População da Suécia


Ano 1993 1994 1995 1996 1997
População 8.745.109 8.816.381 8.837.496 8.844.499 8.847.625
Aumento anual 71.272 21.115 7.003 3.126

A derivação pode ser continuada além da derivada segunda, desde que as derivadas
existam. A derivada terceira é a derivada de f" (x) e denotada f"' (x) ou J<3) (x ). Mais ge-
ralmente, a derivada enésima é a derivada da derivada (n - 1)-ésima e é denotada f (n) (x ).
Na notação de Leibniz, as derivadas superiores são denotadas
• dy/dx tem unidades de y por
unidade de x. df
• d2y/dx 2 tem unidades dedy/dx por dx '
unidade de x ou unidades de y por
unidade de x ao quadrado.
• EXEMPLO 1 EncontreJ"(x)eJ"'(x)paraf(x) = x 4 + 2x - 9x-2 ecalculef"'(-l).
Solução Devemos calcular as derivadas, começando com f' (x ):

d
J'(x) = - (x 4 + 2x - 9x-2 ) = 4x 3 + 2 + 18x- 3
dx

J " (x) = dx
~(4x 3 + 2 + 18x-3 ) = 12x 2 - 54x-4

f 111 (x) = ~(12x 2 - 54x-4) = 24x + 216x-5


dx

Em x = - 1, temos J"'(- 1) = - 24 - 216 = - 240.



Se f (x) for um polinômio de grau k, então f (k ) (x) é uma constante e, por isso, as de-
rivadas superiores f <11 ) (x) para n > k são todas nulas. De fato, cada vez que derivamos um
polinômio, o grau decresce por 1. A Tabela 2 mostra as derivadas superiores de f (x) = x 5
e observamos que a derivada enésima é nula para n > 5. Contrastando com isso, se k não
for um número natural, as derivadas superiores de f (x) = xk são todas não-nulas, con-
forme ilustra o exemplo seguinte.

TABELA 2 Derivadas de x5

f(x ) J '(x ) f" (x) f"' (x) j<5)(x)

x5 5x4 20x3 60x 2 120x 120 o

• EXEMPLO 2 Calcule as derivadas das primeiras quatro ordens de y = x- 1• Então des-


cubra o padrão e determine uma fórmula geral para a derivada enésima y<11 ) .
Solução Pela regra da potência,

y'(x) = - x- 2 , y" = 2x- 3, y"' = - 2(3)x-4, y<4 ) = 2(3)(4)x-5


Vemos que y<n)(x) é igual a ±n! x- 11 - 1• Agora observe que o sinal alterna. Como as de-
rivadas de ordem ímpar ocorrem com um sinal de menos, o sinal de y<n)(x ) é (-1 )11. Em
geral, portanto, temos y <11 l (x ) = (-1)'1n! x-11 - 1• •
CAPfTULO 3 Derivada 139

Altura A aceleração, definida como a TDV da velocidade, é uma derivada segunda bem co-
(pés)
nhecida. Se um objeto em movimento retilíneo tiver posição s(t) no instante t, então sua
25
velocidade é v(t) = s' (t) e a aceleração é a(t) = v' (t) = s" (t). A unidade da aceleração
é a unidade da velocidade por unidade de tempo ou "distância por tempo ao quadrado".
Assim, se a velocidade for medida em unidades de m/s então a aceleração tem unidades
2
de m/s por segundo, ou m/s .

2 2,5 • EXEMPLO 3 Aceleração devido à gravidade Calcule a aceleração a(t) de uma bolajoga-
Tempo (s) da verticalmente no ar a partir do chão com uma velocidade inicial de 40 pés/s. Como é
(A) que a(t) descreve a variação na velocidade da bola enquanto ela sobe e desce?
Velocidade Solução Pela fórmula de Galileu, a altura da bola no instante t é s(t) = so + vot - 16t2
(pés/s)
[Figura 2(A)]. No nosso caso, so = Oe vo = 40, portanto s(t) = 40t - 16t 2 pés. Obte-
40
mos v(t) = s' (t) = 40 - 32t pés/se a aceleração da bola é

a(t) = s" (t) = ~(40-


dt
32t) = -32 pés/s2

-40 Vemos que a aceleração é constante, com um valor de a = -32 pés/ s2. Embora a bola
suba e desça, sua velocidade decresce a uma taxa constante, indo de 40 até -40 pés/s
(B) [Figura 2(B)]. Observe que a é a inclinação do gráfico da velocidade. •
FIGURA 2 Altura e velocidade da bola.
ENTENDIMENTO GRÁFICO Será possível visualizar a taxa representada pela derivada se-
gunda? Como a derivada segunda é a taxa pela qual f' (x) está variando, f" (x) é grande
quando as inclinações das retas tangentes variam rapidamente, como na Figura 3(A).
Analogamente, f" é pequena se as inclinações das retas tangentes variam lentamente;
nesse caso, a curva é relativamente achatada, como na Figura 3(B). Se f for uma função
linear, a reta tangente não varia e f 11 (x) = O.

(A) Derivada segunda grande: (B) Derivada segunda pequena: (C) Derivada segunda nula:
Retas tangentes viram rapidamente. Retas tangentes viram lentamente. Retas tangentes não mudam.
FIGURA 3

Com esse entendimento, podemos ver como estão relacionados os gráficos de f, f'
e f". Na Figura 4, as inclinações das retas tangentes ao gráfico de f são crescentes no
intervalo [a, b]. Isso se reflete nos gráficos de ambas f' (x) e f" (x): mais precisamente,
f'(x) é crescente em [a, b] e J"(x) é positiva em [a, b].

y y

Inclinações das retas


tangentes aumentando f'(x) crescente
---.__/" f"(x) positiva

a b
t-+----+----+--X
a b
O gráfico de f (x) Os gráficos das duas primeiras derivadas
FIGURA 4
140 CÁLCULO

3.5 RESUMO
• As derivadas superiores f', f", f 111 , ••• são definidas por derivação sucessiva:

J"(x) = :x J'(x), J"'(x) = .!!_ J"(x), ... .


dx
A derivada enésima também é denotada J<n) (x ).
• A derivada segunda desempenha um papel importante: é a taxa segundo a qual varia f'.
Graficamente, f II mede quão rapidamente as retas tangentes mudam de direção e é,
portanto, uma medida da curvatura do gráfico.
• Se s(t) for a posição de um objeto no instante t, então a derivada primeiras' (t) é a velo-
cidade e a derivada segundas" (t) é a aceleração.

3.5 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Um economista que anuncia que "O crescimento econômico do ção sobre as derivadas primeira e segunda do preço das ações e
país está mais lento", está fazendo uma afirmação sobre o pro- esboce um gráfico possível.
duto nacional bruto (PNB) como função do tempo. A derivada
segunda do PNB é positiva? E a derivada primeira? 3. A afirmação seguinte é verdadeira ou falsa? A derivada terceira
da posição em relação ao tempo é nula para um objeto caindo em
2. O diário Wall Street Journal publicou a manchete "Ações So- direção à Terra sob a influência da gravidade. Explique.
bem, Embora o Ritmo dos Ganhos Esteja Mais Lento" em 4 de
setembro de 2003. Reescreva essa manchete como uma afirma- 4. Que tipo de polinômio satisfaz f 11 (x) = Opara todo x?

Exercícios
4
Nos Exercícios 1-12, calcule as derivadas segunda e terceira. f(t) = 2t 2 - t
d4
19. - x1 , X = t-3 /4 20. !"'(4),
dt 1= 16
1. y = 14x 2 2. y=7-2x
X l
21. g"( l), g(x) = - - 22. !" (1), f (t) = t3 + l
3. y = x 4 - 25x 2 + 2x 4. y = 4t3 - 9t 2 + 7 x+ l

4 l x2
5. y = -nr 3 6. y = -vÍx 23. h" ( 1), h(x) = - - 24. F 11 (2), F(x) = - -
3 Jx+ l x-3
7. y = 20t415 - 6t 213 8. y = x-9/5
25. Calcule y(k) (O) para O ::: k ::: 5, onde y = x 4 + ax 3 + bx2 +
I ex + d (com a, b, e e d constantes).
9. y= z - - 10. y = t 2(t 2 + t)
z
l 26. Qual das funções seguintes satisfaz j<kl(x) = Opara todo k ::: 6?
11. y = (x 2 + x)(x 3 + l ) 12. y= - -
l+ x (a) f(x) = 7x 4 + 4 + x- 1 (b) f(x) = x 3 - 2

Nos Exercícios 13-24, calcule as derivadas indicadas. (e) f (x) = Jx (d) f (x) = I - x6

(e) f(x) = x9/5 (t) f(x) = 2x 2 + 3x 5


13. j<4l(I), f(x) = x4
27. Use o resultado do Exemplo 2 para encontrar - 6 x -
d6 1.
14. g111 (1), g(t) = 4t-3 dx

28. Calcule as cinco primeiras derivadas de f (x) = ,J'x.


15 d2 y l y = 4t- 3 + 3t 2
. dt2 t=I ' (a) Mostre que f(n)(x) é um múltiplo de x-n+l/ 2.
4 (b) Mostre que f (n) (x) alterna o sinal como ( -1 t - 1para n ::: l.
16. d { 1 , f (t) = 6t9 - 2t 5
dt t= I (e) Encontre uma fórmula para J<nl(x) com n ::: 2. Sugestão: verifi-
2 3
17. h111 (9), h(x) = Jx 18. g111 (9), g(x) = x- 112 que que o coeficiente de x-n+l / 2 é ±1 . 3 . 5 .. . n - .
2"
CAPfTULO 3 Derivada 141

Nos Exercícios 29-32, encontre uma fórmula geral para f(n>(x). 40. ~ Qual das descrições seguintes não pode ser aplicada à
Figura 8? Explique.
29. f (x) = (x + 1)- 1 30. f (x) = x-2
(a) É o gráfico da aceleração quando a velocidade é constante.
31. f(x) = x -1 12 32. f (x) = x - 312 (b) É o gráfico da velocidade quando a aceleração é constante.

33. (a) Encontre a aceleração no instante t = 5 minutos de um heli- (e) É o gráfico da posição quando a aceleração é nula.
cóptero cuja altura (em pés) é h(t) = -3t 3 + 400t.
(b) !CG[I Faça um esboço da aceleração h" (t) ao longo de O~ t ~ Distância
6. Por que esse gráfico mostra que o helicóptero está diminuindo
a velocidade nesse intervalo de tempo?

34. Encontre uma equação da tangente ao gráfico de y = f ' (x) em


x = 3, onde f(x) = x4. Tempo

35. A Figura 5 mostra os gráficos def, f ' e f". Determine qual é qual. FIGURA 8

y y y 41. Um servomotor controla o movimento vertical de uma bro-


ca que executa uma série de furos numa lâmina metálica. A

~x~xfrtrx velocidade vertical máxima da broca é de 4 polis e, enquanto


faz o furo, ela não pode se mover a mais do que 2,6 polis para
evitar que a lâmina entorte. Durante um ciclo, a broca começa
e termina em repouso, rapidamente se aproxima da lâmina e,
(A) (B) (C)
uma vez feito o furo, rapidamente retoma à sua posição origi-
FIGURA 5 nal. Esboce gráficos possíveis para a velocidade e a aceleração
verticais da broca. Identifique os pontos em que a broca entra
36. A derivada segunda f II é dada na Figura 6. Determine qual gráfi- no metal.
co, (A) ou (B), é def e qual é de f'.
Nos Exercícios 42-43, utilize a informação seguinte. Em seu estudo de
1997, Boardman e Lave relacionaram a velocidade do tráfego S numa
rodovia de duas pistas à densidade de tráfego Q (número de carros por
milha de estrada) pela fórmula S = 2.882Q- 1 -0,052Q + 31 ,73,
com 60 ~ Q ~ 400 (Figura 9 ).

Velocidade S
f"(x) (A) (B) (mi/h) 70
60
FIGURA 6
50
40
37. A Figura 7 mostra o gráfico da posição de um objeto como fun- 30
ção do tempo. Determine os intervalos durante os quais a acele- 20
ração é positiva. 10

100 200 300 400


Posição
Densidade Q
FIGURA 9 A velocidade como função da densidade de tráfego.

42. Calcule dS/dQ e d 2S/dQ 2.

43. (a) ~ Explique intuitivamente por que é de se esperar que


10 20 30 40 dS/d Q<0.
Tempo
(b) Mostre que d 2 S/ d Q 2 > O. Agora justifique a afirmação seguin-
FIGURA 7
te usando o fato de que dS/dQ < O e d 2S/dQ 2 > O: Um au-
mento de uma unidade na densidade de tráfego diminui mais a
38. Encontre a derivada segunda do volume de um cubo em relação velocidade do tráfego quando Q é pequeno do que quando Q é
ao comprimento de seu lado. grande.
39. Encontre um polinômio f (x) satisfazendo a equação xf" (x) + (e) iCG ~ Esboce o gráfico de d S / d Q. Qual é a propriedade desse
f (x) = x 2. gráfico que mostra que d 2 S/ d Q2 > O?
142 CÁLCULO

44. ~ De acordo com um modelo que tenta levar em conta a (e) Nesse modelo, um pingo acelera mais rapidamente com veloci-
resistência do ar, a distância s(t) (em pés) percorrida na queda de dade alta ou baixa?
um pingo de chuva satisfaz
45. CR 5 Use um sistema algébrico computacional para calcular
j<k) (x) com k = 1, 2 e 3 para as funções:
d2s= g _ 0,0005 (ds) 2

dt2 D dt (a) f (x) = (1 + x3)5/ 3


onde D é o diâmetro do pingo e g = 32 pés/s2. A velocidade ter- l -x 4
minal v 112 é definida como a velocidade na qual a aceleração do (b) f(x) = 1 - 5x - 6x 2
pingo é nula (pode ser provado que a velocidade tende a v 112 à
medida que o tempo passa).
,-oc
46• L, , ::.,
seJa. f (x) = --.
X+ 2 Use um sistema
. I 'bnco
age . computa-
x - l
(a) Mostrequev 112 = J2000gD. cional para calcular f (k) (x) com 1 .'.S k .'.S 4. É possível encontrar
(b) Encontre v 112 para pingos de diâmetro 0,003 e 0,0003 pés. uma fórmula geral para j<k) (x)?

Compreensão adicional e desafios


47. Encontre a derivada centésima de 51. Calcule

!:!,.f (x) = lim f(x + h) + f(x - h) - 2f (x)


h--+0 h2
48. O que é p<99l(x) para p(x) como no Exercício 47?
para as funções seguintes:
49. Use a regra do produto duas vezes para encontrar uma fórmula
para (fg)11 em termos das derivadas primeira e segunda de f e g.
(a) f (x) =x (b) f (x) =x2 (e) f(x) = x3
Usando esses exemplos, é possível formular uma conjectura so-
50. Use a regra do produto para encontrar uma fórmula para (f g)"' bre o que é !:!,.f?
e compare o resultado com a expansão de (a+ b) 3. Em seguida,
tente adivinhar a forma geral para (fg)<11 l.

3.6 Funções trigonométricas


Podemos usar as regras desenvolvidas até aqui para derivar funções envolvendo potências
de x mas ainda não sabemos lidar com as funções trigonométricas. O que nos está faltando
são as fórmulas para as derivadas de sen x e cos x. Felizmente, essas funções têm deriva-
das simples: cada uma é a derivada da outra, a menos de sinal.
Lembre da nossa convenção sobre ângulos: todos os ângulos, a menos de menção
explícita em contrário, são medidos em radianos.

ADVERTI.NCIA: O Teorema 1 somente é TEOREMA 1 Derivada do seno e cosseno As funções f (x) = sen x e f (x) = cos x são
aplicável quando utilizamos radianos. deriváveis e
As derivadas do seno e cosseno em
relação a graus envolvem um fator
ir/ 180 de difícil manuseio (ver Exemplo d d
5 na Seção 3.1).
-senx = cosx e - cos x =- sen x
dx dx

Demonstração Devemos voltar para a definição da derivada:

d . sen(x + h) - senx
-senx = hm - - - - - - - [IJ
dx h--+O h
CAPfTULO 3 Derivada 143

Diferentemente do que ocorreu nas contas das derivadas das Seções 3.1 e 3.2, não é possível
reescrever a razão incremental para cancelar h. Em vez disso, usamos a fórmula da soma

sen (x + h) = sen x cos h + cos x sen h


para reescrever o numerador da razão incremental como a soma de dois termos:
sen (x + h) - sen x = sen x cos h + cos x sen h - sen x (fórmula da adição)
= (sen x cos h - sen x) + cos x sen h (rearranjo)
= sen x (cos h - 1) + cos x sen h (soma de dois termos)

Isso nos dá
sen(x + h) - senx senx (cosh - 1) cosx senh
h = h + h

Agora aplicamos a lei da soma de limites:


d sen x . sen x (cos h - 1) . cos x sen h
- - = hm - - - - - - + hm - - - -
dx h-+ O h h-+ O h
cosh - 1 senh
= (senx) lim ---+(cosx) lim - -
h-+ O h h-+0 h
--..-, '-v-'
Isso é igual a O Isso é igual a 1

Observe que sen x e cos x não dependem de h e podem ser levados para fora do limite na
Equação (2). A justificativa para usar a lei da soma é que os dois limites finais existem. De
fato, pelo Teorema 2 da Seção 2.6,
cosh -1 senh
lim - - - = 0 e lim-- =1
h-+ 0 h h-+ 0 h

Portanto, a Equação (2) reduz à fórmula .!!:_ sen x = cos x, como queríamos mostrar. A
d dx
fórmula - cos x =- sen x é demonstrada de forma análoga (ver Exercício 50). •
dx

FIGURA 1 Compare os gráficos de y = y' = COS X


sen x com o de sua derivada y' = cos x.

ENTENDIMENTO GRÃFICO A fórmula (sen x )' = cos x faz sentido quando comparamos os
gráficos do seno e do cosseno (Figura 1). As retas tangentes ao gráfico de y = sen x têm
inclinação positiva no intervalo (-1, 1)e, nesse intervalo a derivada y' = cosx é posi-
tiva. De modo análogo, as retas tangentes têm inclinação negativa no intervalo (1 , 3 f ),
onde y' = cosx é negativa. As retas tangentes são horizontais em x = - 1, 1, 3n,
2
onde cos x = O.
144 CÁLCULO

• EXEMPLO 1 Calcule J' (x) e J" (x ), sendo f (x) = x cos x.


Solução Pela regra do produto,

J d d
f (x) = x - cosx + cosx - x = x(-sen x) + cosx = cosx - x senx
dx dx
li d d d
f (x) = - (cosx - x senx) = - cosx - - x senx
dx dx dx
=- senx - (x(senx)' + senx) = -2 senx - x cosx

•" LEMBRETE As funções As derivadas das demais funções trigonométricas padrão podem ser calculadas
Itrigonométricas padrão estão definidas
na Seção 1.4.
usando a regra do quociente. No Exemplo 2 deduziremos a fórmula para(tgx)'; as demais
fórmulas são deixadas como exercício (Exercícios 37-39).

y
TEOREMA 2 Derivadas das funções trigonométricas padrão

d d
- tgx = sec2 x, - secx = secx tgx
dx dx
d d
- cotg x = - cossec2 x - cossec x = - cossec x cotg x
dx dx

• EXEMPLO 2 Confira a fórmula.!!:_ tg x = sec2 x (Figura 2).


dx
Solução Usamos a regra do quociente e a identidade cos2 x + sen2 x = 1:
y
d cosx · (senx)' - senx · (cosx)'
-tgx = (senx)'
--
dx cos x cos2 x
cos x cos x - sen x (- sen x)
cos 2 x
-+---+--------<----+----+-x
cos2 x + sen2 x 1
1t
2
1t
2
1t 31t
2
= 2
cos x
=--=sec
cos2 x
2
x

FIGURA 2 Os gráficos de y = tg x e sua
derivada y' = sec2 x. • EXEMPLO 3 Encontre uma equação da reta tangente ao gráfico de y = tg 0 sec 0 em
0 = ¾-
Solução Pela regra do produto,

y
y' = tg 0 (sec 0)' + sec 0 (tg 0)' = tg 0 (sec 0 tg 0) + sec 0 sec 2 0
y= tg 0 sec0 = tg2 0 sec 0 + sec3 0

Agora usamos os valores sec ¾= ./2 e tg ¾= 1para calcular

y (i) = tg (~) sec (~) = h


2 3
y' (~) = tg (~) sec (~) + sec (~) = h + 2h = 3h
FIGURA 3 A reta tangente a
y = tg esec eem e = ¾- Uma equação da reta tangente (Figura 3) é y - h = 3h (0 - ~).

CAPfTULO 3 Derivada 145

3.6 RESUMO
• As derivadas trigonométricas básicas são

d d
- senx = cosx, - cosx =- senx
dx dx

• Essas duas fórmulas são usadas para deduzir as demais fórmulas:

d d
- tgx = sec2 x, - secx = secx tgx,
dx dx
d d
- cotg x = - cossec2 x, - cossec x = - cossec x cotg x.
dx dx
• Lembrete: essas fórmulas somente são validas quando o ângulo for medido em ra-
dianos.

3.6 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Determine o sinal ± que fornece a fórmula correta para o que 2. Qual das funções seguintes pode ser derivada usando as regras
segue: que desenvolvemos até aqui?
d (a) y=3cosxcotgx (b) y=cos(x 2) (e) y=x 2 cosx
(a) - (senx + cosx) = ±senx ± cosx
dx
d 2 3. Calcule.!!:.... (sen 2 x + cos2 x) sem utilizar as fórmulas das deriva-
(b) - tg x = ± sec x dx
dx das de sen x e cos x.
d
(e) - secx = ± secx tg x
dx 4. Como é utilizada a fórmula da adição na dedução de (senx)' =
d cosx?
(d) - cotg x = ± cossec2 x
dx

Exercícios
Nos Exercícios 1-4, encontre uma equação da reta tangente no 15. f(x) = (x - x 2) cotgx 16. f( z)= z tg z
ponto indicado. X
17. f (x) = se~x 18. f(x) = -tgx
11: 11: X
1. y = senx, X=- 2. y = cosx, X=-
4 3 2 cosy - 1
11: 11: 19. g(t) = sen t - -
cost
20. R(y) =- --
sen y
3. y = tg x, X=- 4. y = secx , X= -
4 6
X

Nos Exercícios 5-26, use as regras do produto e do quociente, se ne-


21. f(x) = ---
sen x +2
cessário, para encontrar a derivada de cada função.
22. f(x) = (x 2 - x - 4) cossecx
5. f (x) = senx cos x 6. f (x) = x 2 cosx
1 + senx 1 + tgx
7. f (x) = sen2 x 23. f (x) = --- 24. f(x) =- -
1 - senx 1 -tgx
secx
8. f(x) = 9secx + 12cotg x
25. g(x) =- 26. h(x) = -senx
--
X 4 +cosx
9. f (x) = x 3 senx 10. f(x) = -senx
X
Nos Exercícios 27-30, calcule a derivada segunda.
0
11. f (0) = tg 0 sec 0 12. g(0) = - 27. f(x) = 3senx +4cosx 28. f(x) = tg x
cos 0

13. h(0) = cos2 0 14. k(0) = 0 2 sen2 0 29. g(0) = 0 sen 0 30. h (0) = cossec 0
146 CÁLCULO

,-,--.e
45. ,_ n _, Sejam f(x)
senx
= --para x =/, Oef(O) = 1.
Nos Exercícios 31-36, encontre uma equação da reta tangente no
X
ponto indicado.
(a) Esboce o gráfico def (x) em [-3n, 3n].
31. y = x2 + senx, x =O (b) Mostre que f'(c) = Ose c = tg c. Use a aproximação numérica
1C de raízes do sistema algébrico computacional para encontrar uma
32. y = e tg e , e = boa aproximação do menor valor positivo co tal que f' (co) = O.
4
1C (e) Verifique que a reta horizontal y = f (co) é tangente ao gráfico
33. y = 2 senx + 3 cosx, X=-
de y = f (x) em x = co, esboçando ambos no mesmo sistema
3
de eixos.
34. y = 02 + sen e, 0 =O
46. ~ Mostre que nenhuma reta tangente ao gráfico de f (x) =
35. y = cossecx - cotgx, x = 1C tg x tem inclinação nula. Qual é a menor inclinação de uma reta
4 tangente? Justifique a resposta esboçando o gráfico de (tg x)'.
36. y -- -cose
- -,
e- 1C
- -
1 + sen 0 3 47. A altura no instante t (em s) de um peso que oscila para cima e
para baixo na extremidade de uma mola é s(t) = 300 + 40 sen t
Nos Exercícios 37-39, confira a fórmula usando (senx)' = cosx e cm. Encontre a velocidade e a aceleração em t = s. J
(cosx)' = - senx.
48. O alcance horizontal R de um projétil lançado a partir do chão
d
37. - cotg x =- cossec2 x num ângulo 0 com velocidade inicial vo mls é dado por R =
dx (v5/9,8) sen 0cos 0. Calcule dR/d0. Suponha que 0 = ?n/24;
d o alcance aumenta ou diminui se aumentarmos um pouco o ângu-
38. - secx = secx tgx lo? Use o sinal da derivada para elaborar sua resposta.
dx

39. -
d
cossec x =- cossec x cotg x 49. ~ Se estivermos a uma distância de 1 m de um muro e mar-
dx carmos visualmente os pontos no muro determinados por incre-
40. Encontre os valores de x entre Oe 2n nos quais a reta tangente ao mentos iguais de elevação angular 8 (Figura 4), então esses pontos
gráfico de y = sen x cos x é horizontal. no muro ficam cada vez mais afastados um do outro. Explique por
que isso ilustra o fato de que a derivada de tg 0 é crescente.
41. Calcule as cinco primeiras derivadas de f (x) = cos x. Então de-
termine j<8) e j<37 ).

42. Encontre y0 57 ) para y = sen x.


y

43. Calcule f" (x ) e f 111 (x), paraf (x) = tg x.


44. !ÇQ.ij Seja g(t) = t - sen t.
(a) Use um recurso gráfico para esboçar o gráfico de g em O::: t::: 4n.
(b) Mostre que a inclinação da reta tangente sempre é positiva e con-
fira isso no gráfico obtido em (a).
(e) No domínio dado, para quais valores de t é a reta tangente hori- ltgel
zontal? FIGURA4 FIGURA 5

Compreensão adicional e desafios


50. Use a definição via limite da derivada e a lei da adição do cosse- 53. Sejamf (x) = x sen x e g(x) = x cos x.
no para provar que (cos x )1 = - sen x.
(a) Mostre que f'(x) = g(x) + senx e g1 (x) = - f (x) + cosx.
51. Mostre que uma função polinomial não-nula y = f (x) não pode (b) Confira que f" (x) = - f (x) + 2 cos x e
satisfazer a equação y" = -y. Use isso para provar que nem g11 (x) =- g(x )-2 senx.
sen x nem cos x é um polinômio.
(e) Continue derivando até encontrar uma fórmula para todas deriva-
52. Confira a identidade seguinte e use-a para dar uma outra prova da das superiores de f e g. Sugestão: a derivada k-ésima depende dos
fórmula sen' x = cos x: casos k = 4n, 4n + 1, 4n + 2 e 4n + 3.

sen(x + h) - senx = 2cos (x + ½h) sen (½h) 54. Mostre que se n/2 < 0 < n, então a distância ao longo do eixo x
entre 0 e o ponto em que a reta tangente ao gráfico de y = sen x
Sugestão: use a fórmula da adição para provar que sen (a+ b) - corta o eixo x é igual a ltg 01 (Figura 5).
sen (a - b) = 2cosa senb.
CAPfTULO 3 Derivada 147

3. 7 Regra da cadeia
A Regra da Cadeia é usada para derivar funções compostas como y = cos(x 2) e y =
Jx3+1, que não podem ser derivadas usando qualquer uma das regras desenvolvidas
até aqui. Lembre que umafunção composta é obtida substituindo uma função em ou-
tra. Mais formalmente, a composta de f e g, denotada f o g, é definida por

(f o g)(x) = f (g(x))
Por conveniência, dizemos que g é a função de dentro e f a de fora. É conveniente usar
u em vez de x como a variável da função de fora. Nesse caso, consideramos a composta
como uma função f (u), onde u = g(x). Por exemplo, y = Jx3+T é a função y = Ju
calculada em u = x 3 + I.

Uma prova da regra da cadeia é dada TEOREMA 1 Regra da cadeia Sef e g forem deriváveis então (f o g)(x) = f(g(x)) é
1no final desta seção. derivável e

1 (f(g(x)))' = J'(g(x))g'(x) 1

Tomando u = g(x), podemos escrever a regra da cadeia também como

d du
dx f (u) = f' (u) dx

Uma versão verbal da regra da cadeia é

(f (g(x)) )'=de fora'(de dentro)· de dentro'

• EXEMPLO 1 Calcule a derivada de y = Jx3+T.


Solução Como já observamos, y = Jx3+T é a compostaf(g(x)) com
f(u) = Ju,
u = g(x) = x 3 + l

Comof'(u) = ½u- 112 eg' (x) = 3x 2, temos

1 1 3
De fora' (de dentro) = f' (g (x)) = u- 112 = (x + 1)- 1/ 2
2 2
2
De dentro'= g'(x) = 3x

Pela regra da cadeia,

d ~ l 3x 2
- v x 3 + 1 = de fora'(de dentro)· de dentro'= - (x 3 + 1)- 1/ 2 (3x 2 ) = Jx3+T •
dx 2 '-.,-' 2 x3 +1
~ g' (x)

• EXEMPLO 2 Calcule~: para (a) y = cos(x ) e (b) y = tg


2
e: 1
)-
148 CÁLCULO

Solução
(a) Temos cos(x 2) = f (g(x)), onde

De fora: f(u) = cosu, de dentro: u = g(x) = x 2


De fora': J'(u) = -senu, de dentro': g' (x) = 2x

Pela regra da cadeia,

~cos(x 2) = J'(g(x))g'(x) = -sen(x 2)2x = -2xsen(x 2)


dx

(b) Afunçãodeforaparay = tg(-x-)éf(u)=tgu.Comof' (u) = sec2 u,aregra


x+l
da cadeia dá

d
-tg
dx
( -X- ) -sec
x+ l
2(-x +-1
X ) -d ( -X- )
dx x + 1
'-,-'
Derivada da
função de dentro

Agora, pela regra do quociente,

d d
d ( x ) (x + 1)-x
dx
- x-(x + 1)
dx 1
1 = (x + 1) 2 = (x + 1) 2
Obtemos

sec2 ( - x )
x+l
~tg ( - x ) = sec2 ( - x ) - - - = - - - -2 -
dx X+ 1 X+ 1 (x+1)2 (x+1) •
É instrutivo escrever a regra da cadeia na notação de Leibniz. Suponha que u =
g(x) e
Y = f(u) = f(g(x))

Então, pela regra da cadeia,

dy df du
- = f 1 (u) g1(x) = - -
dx du dx

ou

dy dy du
dx
= du dx

Christiaan Huygens ( 1629-1695), um


dos maiores cientistas de seu tempo,
foi professor de Matemática e Física de ENTENDIMENTO CONCEITUAL Na notação de Leibniz, parece que estamos multiplicando
Leibniz. Ele tinha grande admiração por
frações e a regra da cadeia trata simplesmente de "cancelar o du". Como as expressões
Isaac Newton, mas não aceitava a teoria da
gravitação de Newton, à qual se referia como simbólicas dyldu e duldx não são frações, isso não faz sentido literal, mas sugere que as
o "improvável princípio da atração", já que derivadas se comportam como se fossem frações (o que é razoável, porque uma deriva-
essa teoria não explicava como duas massas da é um limite de frações, a saber, da razão incremental). A forma de Leibniz também
separadas por uma distância poderiam
enfatiza um aspecto crucial da regra da cadeia: taxas de variação se multiplicam. Para
exercer influência uma sobre a outra.
CAPfTULO 3 Derivada 149

ilustrar isso, suponha que um salário aumente três vezes mais rápido do que o produto
nacional bruto (PNB) e que o PNB aumente 2% ao ano. Então esse salário aumenta a
uma taxa de 3 x 2 ou 6% por ano: em termos de derivadas,

d(salário) = d(salário) x d(PNB)


dt d(PNB) dt

6% por ano = 3 x 2% por ano

• EXEMPLO 3 Imagine uma esfera cujo raio r cresça a uma taxa de 3 cm/s. A que taxa
está aumentando o volume dessa esfera quando r = 10 cm?
Solução Como queremos determinar a taxa à qual V cresce, precisamos encontrar dV/dt.
A taxa drldt é dada como sendo de 3 cm/s, portanto usamos a regra da cadeia para escre-
ver dV/dt em termos de dr/dt:

dV dV dr
X -
dt dr dt
'-,-' '-,-' '-,-'
TDV do volume em TDV do volume em TDV do raio em
relação ao tempo relação ao raio relação ao tempo

Para calcular dV/dr, usamos a fórmula para o volume de uma esfera, V = ínr 3:
dV
dr
= !!:._
dr
(~nr
3
3) = 4nr 2

Como dr/dt = 3, obtemos,

dV dV dr 2 2
- = - - =4nr (3) = 12nr
dt dr dt

Quando r = 1O,

-dVI = (12n) 102 = 1.200n ~ 3. 770 cm3 /s


dt r=IO

Freqüentemente são utilizados dois casos especiais da regra da cadeia: a regra da
potência generalizada e a regra da translação, compressão e expansão.

COROLÁRIO 2 Regra da potência generalizada Se g(x) for uma função derivável, então
para qualquer número n, temos

-d g(xt = n(g(x)t - I g'(x)


dx

Demonstração Escrevemos g(xt = f(g(x)), com f(u) = un. Então f'(u) = nun-l e,
pela regra da cadeia,

_!!_(g(x)t = J'(g(x)) g'(x) = n(g(x))n-l g'(x) •


dx

• EXEMPLO 4 Encontre as derivadas: (a) y = (x 3 + 9x + 2)- 113 e (b) y = sec4 t.


Solução Utilizamos a regra da potência generalizada.
150 CÁLCULO

d l 3 d 3
(a) -(x 3 + 9x + 2)-I / 3 = --(x + 9x + 2)-4/ 3 -(x + 9x + 2)
dx 3 dx
= _!(x 3
+ 9x + 2)-413(3x 2 + 9)
3
= -(x 2 + 3)(x3 + 9x + 2)-4/ 3

d d
(b) - sec4 t = 4sec 3 t - sect = 4sec3 t (sect tgt) = 4sec4 t tg t
dt dt •
O próximo caso especial da regra da cadeia trata de funções da formaf (kx + b), em
que k e b são constantes. Como vimos na Seção 1.1, o gráfico def(kx + b) está relaciona-
do com o gráfico def (x) por translações e mudanças de escala. Para calcular a derivada,
interpretamosf(kx + b) como uma função composta com função de dentro u = kx + b e
aplicamos a regra da cadeia:
d d
- f(kx
dx
+ b) = J'(kx + b)-(kx
dx
+ b) = kj'(kx + b)

COROLÁRIO 3 Regra da translação e mudança de escala Se f (x) for derivável, então para
quaisquer constantes k e b,
d
- f(kx + b) = k J'(kx +b)
dx

Por exemplo,

:x sen (2x + ~) = 2cos (2x + ~)


.!!__(9x - 2) 5 = (9)(5)(9x - 2)4 = 45(9x - 2) 4
dx
De acordo com nossa convenção, sen x denota o seno de x radianos e, com essa con-
venção, vale a fórmula (sen x )' = cos x. No próximo exemplo deduzimos a fórmula para
a derivada da função seno quando x for medido em graus.

• EXEMPLO 5 Derivadas trigonométricas em graus Calcule a derivada da função seno


como função de graus em vez de radianos.
Solução É conveniente sublinhar uma função trigonométrica para indicar que a variável
representa graus, e não radianos. Por exemplo,

Uma conta análoga mostra que o sen x = o seno de x graus


fatorn:/ 180 aparece nas fórmulas
para as derivadas das outras funções As funções sen x e sen x são diferentes, mas estão relacionadas. De fato, dado qualquer
trigonométricas padrão em relação a número x, temos
graus. Por exemplo,

:x!gx = ( ,; 0 ) 2
sec x
sen
-
x= sen (_!:__
180
x)
pois x graus correspondem a 1~0 x radianos. Pelo Corolário 3,

.!!....senx = .!!__ sen (_!:__ x) = (_!:__) cos (_!:__x) = (_!:__) cosx •


dx- dx 180 180 180 180 -

Quando a função de dentro é, ela mesma, uma função composta, aplicamos a regra da
cadeia mais de uma vez, como no exemplo seguinte.
CAPfTULO 3 Derivada 151

• EXEMPLO 6 Usando a regra da cadeia duas vezes Encontre a derivada de

y=Jx+fii+T..
Solução Primeiro aplicamos a regra da cadeia com a função de dentro u = x + .Jx2+1:

~Jx +
dx
Jii+T. = ~(x
2
+ Jx 2 + 1)- 112 ~dx (x + Jx 2 + 1)
Em seguida, usamos a regra da cadeia de novo para calcular a derivada que falta:

~Jx + Jx2
~
12 (1
+ = ~(x + Ri+T.)-1 /2 + ~(x2 + o-1 /2~(x2 +
2 ~
o)
= ~(x + Jx 2 + 1)- 1/ 2 ( 1 + ~(x 2 + l)- 112 (2x))

= ~(x + Jii+T.)-1 /2 ( 1 + x(x2 + 1)-1/2) •


Demonstração da regra da cadeia A razão incremental da composta f o g é

f (g(x + h)) - f (g(x))


(h :/= O)
h

Nosso objetivo é mostrar que (f o g)' é o produto de f' (g(x)) por g' (x ), portanto faz sen-
tido escrever a razão incremental como um produto:

f(g(x + h)) - f(g(x)) f(g(x + h)) - f(g(x )) g(x + h) - g(x )


h
= g(x+h)-g(x)
x - -h- - - [Il

Isso só é válido se o denominador g(x + h) - g(x) for não-nulo. Portanto, para conti-
nuar nossa demonstração, supomos adicionalmente que g(x + h) - g(x) :/= Opara todo
h perto de O, mas diferente de O. Isso não é necessário mas, sem essa suposição, a argu-
mentação é mais técnica (ver Exercício 93).
Com nossa suposição, podemos usar a Equação (1) para escrever (f o g)' (x) como o
produto de dois limites:

'( ) . f(g(x + h)) - f(g(x )) . g(x + h) - g(x)


(f o g) X = h--+O
1Im
g(x + h) - g(x)
X 11m
h--+O h rn
Mostrar que isso é igual a f ' (g (x) ) Isso é g'(x )

O segundo limite à direita é g' (x ). A regra da cadeia seguirá assim que mostrarmos que o
primeiro limite à direita é igual a f' (g (x) ). Para verificar isso, denotemos

k = g(x + h) - g(x)
Então g(x + h) = g(x) + k e

f( g(x + h)) - f(g(x)) f(g(x ) + k) - f(g(x ))


g(x + h) - g(x) k

Como g(x) é derivável, também é contínua. Portanto, g(x + h) tende a g(x) e k = g(x +
h) - g(x) tende a zero quando h -+ O. Assim, podemos reescrever o limite em termos de k
para concluir:

lim f(g(x + h)) - f(g(x)) = lim f(g(x) + k) - f(g(x )) = J'(g(x )) •


h--+O g(x + h) - g(x) k--+ O k
152 CÁLCULO

3.7 RESUMO
• A regra da cadeia expressa (f o g )' em termos de f' e g':

(f(g(x)))' = J'(g(x)) g' (x)


• Na notação de Lei.b mz:
. -dy du onde y = f( u) e u = g(x).
= -dy -,
dx du dx
d
• A regra da potência generalizada: - g (x t = ng (x ) 11
-
1
g' (x )
dx
d
• A regra da translação e mudança de escala: - f (kx + b) = kj' (kx + b)
dx

3.7 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Identifique as funções de fora e de dentro em cada uma dessas 3. Qual dessas é a derivada de f (5x )?
funções compostas. (a) 5f' (x) (b) Sj'(Sx ) (e) f 1 (5x)
2
(a) y = J4x + 9x 2 (b) y = tg(x + I) (e) y = sec5 x
4. Quantas vezes devemos usar a regra da cadeia para derivar a fun-
2. Quais das funções seguintes podem ser derivadas sem usar a re- ção dada?
gra da cadeia? (a) y = cos(x 2 + !) (b) y = cos((x 2 + 1)4 )
y = tg(7x 2 + 2) ,
X (e) y = Jcos((x 2 + 1)4 )
y = x+ I '
5. Suponha que f ' (4) = g (4) = g' (4) = 1. Há informação sufi-
y= Jx · secx , y = Jxcosx ciente para calcular F' (4), onde F(x) = f (g(x))? Se não houver, o
que falta?

Exercícios
Nos Exercícios 1-4, preencha uma tabela do tipo a seguir: 8. Calcule~ f(x 2 + 1) com as escolhas seguintes def(u):
dx

f (g (x)) f ' (u) f'(g(x)) g'(x ) (f o g)'


(a) f(u) =sen u (b) f (u) = 3u312
(e) f (u) = u2 - u

Nos Exercícios 9-14, obtenha a derivada usando a regra da potência


1. f(u)=u 312, g(x)=x 4 +1 generalizada ou a regra da translação e mudança de escala.

2. f(u)=u 3, g(x )=3x +5


9. y = (x2 + 9)4 10. y = sen5 x
5
3. f(u) = tgu , g(x ) = x 4 11. y = J11 x +4 12. Y = (7X - 9)

4. f (u) = u4 + u, g(x) = COS X 13. y = sen(I - 4x ) 14, y = (X4 - X + 2)-3/2

Nos Exercícios 5-6, escreva a função como uma compostaf (g(x)) e Nos Exercícios 15-18, encontre a derivada de f o g.

calcule a derivada usando a regra da cadeia.


15. f(u) = senu, g(x) = 2x + 1
5. y = (x + senx) 4 6. y = cos(x 3 ) 16. J(u) = 2u + 1, g(x) = sen x
d .
7. Calcule- cos u com as escolhas seguintes de u(x): 17. f(u)=u 9 , g(x)=x+x- 1
dx
u
(a) u=9- x 2 (b) u= x - 1 (e) u=tg x 18. f(u) = - - , g(x ) = cossec x
u- 1
CAPfTULO 3 Derivada 153

Nos Exercícios 19-20, encontre as derivadas de f(g(x)) e g(f (x)). 60. y J


= Jx+1 + 1
19. f(u) = cosu, g(x) = x2 + 1 61. y = Jkx + b; k e b constantes quaisquer.
1
20. f(u)=u 3, g(x)= x+ I 62. y
1
= ~ ; k e b constantes não ambas nulas.
v kt 4 + b
Nos Exercícios 21-32, use a regra da cadeia para encontrar a derivada.
df df du
63. Calcule - se - = 2 e - = 6.
21. y = sen(x 2) 22. y = sen 2 x dx du dx

23. y = cotg(4t 2 + 9) 24. y =/l=t2 64. A velocidade molecular média v de um gás num certo recipien-
te é dada por v = 29./f rn/s, onde T é a temperatura em kel-
25. y = (t 2 + 3t + 1)-512 26. y = (x 4 - x 3 - 1) 213 vins. A temperatura está relacionada à pressão (em atmosferas)
4 por T = 200 P. Encontre ddv 1 .
X+-J ) 1
27. y= ( - 28. y =sec- p P=l,5
X - 1 x
65. Com a notação do Exemplo 5, calcule
29. y = cos3 (02 ) 30. y = tg(0 + cos 0)
1 (a) .!!:.... sen 01 (b) .!!:.... (0 + !_g 0) 1
31. y = -;=.=:;:== 32. y = (Jx+T - 1)3/ 2 d0 0=60° d0 0=45°
Jcos(x 2 ) + 1
66. Suponha que f (0) = 2 e f' (0) = 3. Encontre as derivadas de
Nos Exercícios 35-62, encontre a derivada usando a regra, ou combi- (f (x)) 3 ef(7x) emx = O.
nação de regras, apropriada.
67. Calcule as derivadas de h(sen x) em x = f, supondo que
33. y = tg5x 34. y = sen(x 2 + 4x) h' (0,5) = 10.
35. y = xcos(I - 3x) 36. y = sen(x 2) cos(x 2) 68. Seja F(x) = f (g(x)), onde os gráficos de f e g estão dados na Fi-
gura 1. Dê uma estimativa de g' (2) e f' (g(2)) a partir do gráfico
37. y = (4t + 9) 112 38. y = sen(cos 0) e calcule F' (2).
39. y = (x 3 + cosx)-4 40. y = sen(cos(sen x))
4 T y ••••••••••••••c•••••••••••••• •••••••••••••••••••o•• •••••••••••••••••••••••••••••••o

41. y = J sen x cos x 42. y = x 2 tg2x


4 3 3
43. y = (z + 1) (2z - 1) 44. y = 3 + 2s,Js
2
45. y = (x +x- 1).Jx+T 46. y = cos2(8x)
(x + 1)1 / 2
47. y = (cos 6x + sen x 2 ) 112 48. y = '----+---+----+-------i X
x+2 2 3 4 5
FIGURA 1
49. y = tg3 X + tg(x 3 ) 50. y = J 4- 3cosx

51. Y = Jz+
z -1
1
Nos Exercícios 69-72, use a tabela de valores dada para calcular a
derivada da função no ponto dado.

52. y=(cos3 x+3cosx+7) 9 X 1 4 6

cos(l + x )
f(x) 4 o 6
53. y = - - -
1 + cosx
54. y = sec(Jt 2 - 9) f'(x) 5 7 4
g(x) 4 1 6
1
cos(x 2) g'(x) 5 2 3
56. y = 1 +x2

69. f (g(x)), X= 6 70. sen(f (x)), x =4


57. y = (1 + (x 2 + 2)5 ) 3
71, g(,jx), X= 16 72. f(2x + g(x )), x =1
Nos Exercícios 73-76, calcule as derivadas superiores indicadas.
d2 d2
73. - 2 sen(x2 ) 74. - 2 (x 2 + 9) 5
dx dx
154 CÁLCULO

d3 d3 84. De acordo com o modelo atmosférico padrão dos EUA, desen-


75. -(3x + 9) 11 76. - 3 sen(2x) volvido pela Administração Nacional dos Oceanos e da Atmosfe-
dx 3 dx
ra daquele país para utilização em projetos de aviação e nússeis,
77. CA S Com um sistema algébrico computacional calcule f (k\x ), a temperatura atmosférica T (em graus Celsius), pressão P (em
com k = 1, 2 e 3, para as funções seguintes: kPa = 1.000 pascais) e altitude h (em metros) estão relacionadas
pelas fónnulas (válidas na troposfera, com h ::: 11.000):
(a) f(x) = cotg(x 2 ) (b) f (x) = Jx½l
78. Use a regra da cadeia para obter uma expressão da derivada segun- T + 273,1 )5,256
T = 15,04 - 0 ,000649h , P = 101,29 + ( ,
da de f o g em tennos das derivadas primeira e segunda def e g. 288 08

79. Calcule a derivada segunda de sen(g(x)) em x = 2, supondo que Calcule dP/dh. Em seguida, dê uma estimativa da variação em
g(2) = ¾ , g' (2) = 5 e g" (2) = 3. P (em pascais, Pa) por metro adicional de altitude quando h =
3.000.
80. Uma esfera inflável tem raio r = 0,4t cm no instante t (em segun-
dos). Seja V o volume da esfera. Encontre dV/dt quando (a) r = 3 85. Conservação da energia A posição no instante t (em segun-
(b) t= 3. dos) de um peso de massa m oscilando na extremidade de uma
mola é x(t) = L sen(2nwt). Aqui, L é o comprimento máximo
81. A potência P num circuito é P = Ri 2, onde R é a resistência e i a da mola e w é a freqüência (número de oscilações por segundo).
intensidade de corrente. Encontre dP/dt em t = 2 se R = l. 000 Q Sejam v a velocidade e a a aceleração do peso.
e i varia de acordo comi= sen(4m) (tempo em segundos).
(a) Pela Lei de Hooke, a mola exerce uma força de magnitude F =
82. O preço (em dólares) de um componente de computador é -kx no peso, onde k é a constante da mola. Use a Segunda Lei de
P = 2C - L8c- 1, onde C é o custo do fabricante para produzir Newton, F = ma, para mostrar que 2nw = ,./k!m.
o componente. Supondo que o custo no instante t (em anos)
seja C = 9 + 3t- 1, detennine a TDV do preço em relação ao
(b) O peso tem uma energia cinética K = ½mv2 e potencial
U = ½kx 2. Prove que o sistema preserva a energia total E= K +
tempo em t = 3.
U, ou seja, que dE/dt = O.
83. A força F (em newtons) entre duas cargas é F = I00/ r 2, onde r
é a distância (em metros) entre elas. Encontre dF/dt em t = 10 se
a distância no instante t (em segundos) é r = 1 + 0,4t 2.

Compreensão adicional e desafios


86. Mostre que se f, g e h forem deriváveis, então (a) Mostrequef (x)2 + f'(x) 2 = f(0) 2 + J'(0)2. Sugestão: mos-
tre que a função à esquerda tem derivada nula.
[f (g(h(x)))]' = f' (g(h(x)))g' (h(x))h 1 (x)
(b) Mostre que sen x ecos x satisfazem a Equação (3) e deduza que
87. ~ Lembrequeumafunçãof(x)éditaparsef(- x)=f(x) sen2 x + cos2 x = 1.
e ímpar sef (-x) = -f (x).
90. Suponha que ambasf e g satisfaçam a Equação (3) e tenham os
(a) Esboce um gráfico de alguma função par e explique graficamente mesmos valores iniciais, ou seja, f (0) = g(0) e f' (0) = g' (0).
por que sua derivada é uma função ímpar. Mostre que f (x) = g(x) para todo x. Sugestão: mostre que f - g
(b) Mostre que a derivação inverte a paridade: se f for par, então f' é satisfaz a Equação (3) e aplique o Exercício 89(a).
ímpar e, seffor ímpar, então f' é par. Sugestão: derivef(-x).
91. Use o resultado do Exercício 90 para mostrar o seguinte: f (x) =
(c) Suponha que f' seja par. Será que fé necessariamente ímpar? senxé a única solução da Equação (3) tal quef(0) = Oe f' (O) = l
Sugestão: verifique se isso vale para funções lineares. e que g(x) = cos x é a única solução da Equação (3) tal que g(O) = 1
e g' (0) = O. Esse resultado fornece uma maneira de definir e de-
88. Regra da potência para expoentes fracionários Sejam f (u) = senvolver todas as propriedades das funções trigonométricas sem
uqe g(x) = xPfq_Mostrequef(g(x)) = xP(lembrandodasregras referência a triângulos ou ao círculo unitário.
de exponenciação). Aplique a regras da cadeia e a regra da potência
para expoentes inteiros para mostrar que f' (g(x)) g' (x) = pxP- 1• 92. Uma derivada descontínua Use a definição por limite para
Então deduza a regra da potência para x PIq_ mostrar que existe g' (0) mas que g' (O) -1 lim g' (x ), onde
x--.0
Nos Exercícios 89-91, use o fato seguinte (provado no Capítulo 4): se
x2 sen ~ se x -1 O
uma função derivável satisfaz f' (x) = Opara cada x, então fé uma
função constante.

89. Equação diferencial do seno e cosseno Suponha que f (x) sa-


tisfaça a equação seguinte (denominada equação diferencial):
g(X) =
l
O
X
sex= O

93. Regra da cadeia Neste exercício, demonstramos a regra da ca-


deia sem a suposição adicional feita no texto. Para um número b
f"(x) =- f(x) [I] qualquer, defina uma nova função por
CAPÍTULO 3 Derivada 155

f(u) - f (b) Observe que ambos lados se anulam seu= g(a).


F(u) = - - - - para qualquer ui= b
u-b (e) Substitua u = g(x) na Equação (4) para obter
Observe que F(u) é igual à inclinação da reta secante por (b,f (b))
f (g(x)) - f (g(a)) = F(g(x)) g(x) - g(a)
e (u,f(u)).
x-a x-a
(a) Mostre que F(u) é contínua em u = b se definirmos F(b) = f' (b).
Deduza a regra da cadeia calculando o limite de ambos lados
(b) Tome b = g(a). Mostre que se x i= a, então, para todo u,
quando x -+ a.
f(u) - f(g(a)) = F(u)-u-_g_ (a_)
x - a x - a

3.8 Derivação implícita


Para derivar usando os métodos até aqui desenvolvidos, precisamos ter uma fórmula para
y em termos de x, por exemplo, y = x 3 + 1. Suponha, entretanto, que em vez disso, y
esteja determinado por uma equação como

y4 + xy = x 3 - x + 2 [IJ
Nesse caso, dizemos que y está definido implicitamente. Como poderemos encontrar a
inclinação da reta tangente a um ponto do gráfico dessa equação (Figura l)? Pode ser
inconveniente, ou até impossível, resolver para y explicitamente como uma função de x,
mas podemos encontrar dy Idx usando o método da derivação implícita.
Para ilustrar, considere a equação do círculo unitário:
2
FIGURA 1 O gráfico de x + y2 = 1
y4 + xy = x 3 - x +2 Para calcular::. tomamos a derivada de ambos lados da equação e calculamos:

:x (x2+y2) = :x(l)
:X (x2) + :X (y2) = Ü
2X + :X (y2) = Ü
d
O que deveríamos fazer com o termo -
dx
(y2)?
Usamos a regra da cadeia. Se pensarmos
em y como uma função y =f (x) de x, então y2 = f (x ) 2 e, pela regra da cadeia,
d 2 d 2 df dy
- y = - f(x) = 2/(x)- = 2y -
dx dx dx dx
dy dy
A Equação (2) agora é dada por 2x + 2y- = Oe podemos resolver para -d , se y I O:
dx X

• EXEMPLO 1 Use a Equação (3) para encontrar a inclinação da reta tangente no ponto
-1 1X
P = (¾, ~) do círculo unitário (Figura 2).

Solução Tomamos x = ¾e y = ~ na Equação (3):


3
X 3
= 5
FIGURA 2 A reta tangente ao círculo
unitário em G,!)tem inclinação - ¾,
dy
dx
1
p y
= 4
5
= 4 •
156 CÁLCULO

No exemplo anterior, poderíamos ter calculado dyldx diretamente, sem usar derivação
implícita. O semicírculo superior é o gráfico de y = ~ e

X
=1-( l - x 2) - 1/2 (-2x)=
2

Essa é uma fórmula para a derivada unicamente em termos de x, enquanto a Equação


(3) expressa a derivada em termos tanto de x como de y, o que é típico da derivação
implícita. As duas fórmulas coincidem pois y = ~ -Embora tenha sido possível
resolver para y em termos de x nesse caso particular, muitas vezes é difícil ou impos-
sível fazer isso. Nesses casos, o único método disponível para calcular a derivada é a
derivação implícita.
Antes de apresentar mais exemplos, vamos fazer uma pausa para voltar a examinar
Repare no que acontece quando como aparece o fator dyldx quando derivamos em relação a x uma expressão que envolve
insistimos em aplicar a regra da cadeia y. Esse fator não apareceria se estivéssemos derivando em relação a y. Assim,
d
a - sen y. O fator extra aparece, mas
dy d d dy
é igual a 1: - sen y = cos y mas - sen y = (cosy) -
dy dx dx
d dy
- sen y = (cosy)- = cosy
dy dy Analogamente, podemos aplicar a regra do produto a .xy para obter (onde y' denota dyldx):
d dy dx dy ,
- (xy)= x - + y - = x - + y = xy + y
dx dx dx dx
ou então a regra do quociente a tly (onde agora y' denota dyldt):

• EXEMPLO 2 Encontre uma equação da reta tangente no ponto P = (1, 1) da curva


(Figura 1)

y4 + xy = x3 - x + 2
Solução Repartimos o cálculo da derivada em dois passos.
Passo 1. Derivar ambos lados da equação em relação a x .

.!._y4 + .!._(xy) = .!._ (x 3 - x + 2}


dx dx dx
3
4y y' + (xy' + y) = 3x2 - 1

Passo 2. Resolver em y'.


Do lado esquerdo, agrupamos os termos envolvendo y' na Equação (4) e do lado di-
reito os demais termos:

4y3y' + xy' = 3x 2 - 1 - y

Agora fatoramos y':

(4 y 3 + X)y' = 3x 2- 1- y

e dividimos:
, 3x2 - 1 - y
y =
4y 3 +x
CAPfTULO 3 Derivada 157

Para encontrar a derivada em P = (1, 1), aplicamos a Equação (5) com x = l e y = l:

dy 1 = 3 . 12 -
1- 1 1
3 5
dx (l , l) 4-1 +1

1 1 4
A equação de reta tangente pode ser dada por y - l = 5(x - 1) ou y = 5X + s· •

ENTENDIMENTO C0NCEITUAL O gráfico de uma equação não precisa definir uma função
porque pode haver mais do que um valor de y para um dado valor de x. Contudo,
geralmente o gráfico é constituído de várias partes, denominadas ramos, cada um
dos quais realmente define uma função. Por exemplo, os ramos do círculo unitário
x 2 + y2 = 1 são os gráficos das funções y = .Jl - x 2 e y = -.Jl - x 2. Analoga-
mente, o gráfico na Figura 3 tem ramos superior e inferior. Não discutiremos as
condições precisas que devem estar satisfeitas para que esses ramos sejam derivá-
veis, o que é um tópico mais avançado que está além do objetivo deste livro. Mas
nos exemplos que apresentamos, fica claro que y' existe, se não para todo x, então
para todo x com a exceção de um certo número de valores excepcionais de x, que
são identificáveis no gráfico.

FIGURA 3 Cada ramo do gráfico de


y4 + xy = x 3 -
x + 2 define uma
função dex. Ramo superior Ramo inferior

dy t2
• EXEMPLO 3 Encontre -d , ondecos(ty)
t
= -(Figura4).
y

Solução Os dois passos utilizados no exemplo anterior também são aplicáveis aqui.
y
Passo 1. Derivar ambos lados da equação em relação a t.
12
Obtemos

= -dtd (t-y )
2
-d cos(ty)
dt

Calculamos cada derivada separadamente, escrevendo y' para dyldt:

~(cos(ty)) = -(sen(ty))~(ty) = -sen(ty) (t y' + y) (Regrada cadeia)


dt dt

d (
t
2) y ~t2 - t2dy
dt dt (Regra do quociente)
dt y = y2

A Equação (6) agora é


-4 -2 o 2 4

t2 2ty - t 2y'
FIGURA 4 O gráfico de cos(ty) = -. -( sen(ty))(ty' + y ) =
y y2
158 CÁLCULO

Passo 2. Resolver em y'.


2
1
-t ( sen(ty) ) y - y sen(ty) = -2t - t
2y y
1
[expandindo a Equação (7)]
y
2
-t sen(ty) y
I
+ 2t y
1
= -2fy + y sen(ty) /
(colocando todos os termos y à esquerda)
y

y' (-, sen(ty) + ~: )- ~ + y sen(ty) (fatorando y')

Agora podemos resolver para y', obtendo:

2t
- + y sen(ty)
y 2ty + y 3 sen(ty)
y'
-t sen(ty) +2
t2 t 2 - ty 2 sen(ty) •
y

3.8 RESUMO
• A derivação implícita é usada para calcular dyldx quando x e y estão relacionados por
uma equação.

Passo 1. Tomamos a derivada de ambos lados da equação em relação a x.


Passo 2. Resolvemos em y', agrupando os termos envolvendo y' de um lado e os demais
termos do outro lado.

• Lembre-se de incluir o fator dyldx quando derivar expressões que envolvem y em rela-
ção a x. Por exemplo,

d dy
- seny = (cosy) -
dx dx

3.8 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Qual regra de derivação é utilizada para mostrar que 3. Num exame, pediu-se que um aluno derivasse a equação
d dy
- seny = cosy - ? x 2 +2xy+ y3 = 7
dx dx
2. Uma das afirmações (a)-(c) não está correta. Encontre o erro e O que o aluno errou na solução dada?
corrija-o.
2x + 2xy' + 3y2 =O
(a) .!!_ sen(y2) = 2y cos(i)
dy d
4. Qual dentre (a) ou (b) é igual a - (x sen t)?
dx
(b) .!!_ sen(x 2) = 2x cos(x 2 )
dx dt dt
(a) (x cost) - (b) (xcost) - +sent
dx dx
(e) .!!_ sen(y2) = 2y cos(y2)
dx
CAPfTU LO 3 Derivada 159

Exercícios
1. Mostre que se derivarmos ambos lados de x 2 + 2y 3 = 6, o re- (d) O valor negativo corresponde aos dois pontos do gráfico em que
sultado é 2x + 6y2y' = O.Em seguida, resolva para y' e calcule a reta tangente é horizontal. Encontre as coordenadas desses dois
dy/dx no ponto (2, 1). pontos.

2. Mostre que se derivarmos ambos lados de xy + 3x + y = 1, o


y
resultado é (x + 1) y' + y + 3 = O. Em seguida, resolva para y'
e calcule dy/dx no ponto (1, -1 ).

Nos Exercícios 3-8, derive a expressão em relação a x.


x3 y3
4. 5.
y X

6. tg(xt) 7. z + z2 8. (x2 + y2)3/2

Nos Exercícios 9-24, calcule a derivada de y (ou outra variável) em


relação ax. FIGURA 5 O gráfico de y2 = x 3 - 3x + 1.

9. 3y 3 +x 2 =5 10. y4 - y =x 3 +x 32. Encontre todos os pontos do gráfico de 3x2 + 4y2 + 3xy = 24


em que a reta tangente é horizontal (Figura 6).
11. x 2 y + 2xy2 = x + y 12. sen(xt) = t
(a) Derivando implicitamente a equação da curva e colocando
13. x 2 y + y4 - 3x = 8 14. x 3 R5 = 1 y' = O, mostre que se a reta tangente for horizontal em (x, y),
y X então y = -2x.
15. x 4 +z4 = 1 16. - + - = 2y
X y (b) Resolva para x substituindo y = -2x na equação da curva.

17. F3/2 + x3/2 = 1 18. x 112 +y2! 3 =x+y


y
1 1
19. .Jx+s = - + - 20. Jx + y + Jy = 2x
X s
X X y2
21. y + - = 1 22. - + - - =0
y y x+ 1

23. sen(x+y)=x+cosy 24. tg(x 2y) =X+ y

Nos Exercícios 25-26, encontre dy/dx no ponto dado.

25. (x + 2) 2 - 6(2y + 3)2 = 3, (1, -1) FIGURA 6 O gráfico de 3x 2 + 4y2 + 3xy = 24.

26. sen 2(3y) = x + y, (2-n4n)


-
4
- , 33. Mostre que nenhum ponto do gráfico de x 2 - 3xy + y2 = 1
tem uma reta tangente horizontal.

Nos Exercícios 27-30, encontre uma equação da reta tangente no 34. A Figura I mostra o gráfico de y4 + xy = x 3 - x + 2. Encontre
ponto dado. dy/dx nos dois pontos do gráfico que têm coordenada x nula e
encontre uma equação da reta tangente em ( 1, 1).
27. xy - 2y = 1, (3, 1)
35. Se a derivada dx/dy existir num ponto e dx/dy = O, então a reta
28. x 2 y 3 + 2y = 3x, (2, 1)
tangente é vertical. Calcule dxldy para a equação y4 + 1 =
29. x2/3 + y2!3 = 2, ( 1, 1) y2 + x 2 e encontre os pontos do gráfico em que a reta tangente
é vertical.
30. xl /2 + y-1 /2 = 2xy, (1, 1)
36. Derive a equação xy = 1 em relação à variável te obtenha a rela-
31. Encontre todos pontos do gráfico de y2 = x 3 - 3x + 1(Figura - dy
çao- =-- - .
y dx
5) em que a reta tangente é horizontal. dt X dt

(a) Primeiro mostre que 2yy' = 3x 2 - 3, onde y' = dy/dx. 37. Derive a equação x 3 + 3xy2 = 1 em relação à variável t e ex-
(b) Não resolva para y'. Em vez disso, faça y' = Oe resolva para presse dyldt em termos de dx/dt, como no Exercício 36.
x. Isso dá dois valores possíveis de x em que a inclinação pode
ser zero. Nos Exercícios 38-39, derive a equação em relação a t e calcule dyldt
em termos de dxldt.
(e) Mostre que os valores positivos de x não correspondem a pontos
do gráfico. 38. x 2 - y2 = 1 39. y4+2xy+x 2 =0
160 CÁLCULO

40. l'.SJ O volume V e a pressão P de um gás num pistão (que va- 45. A equação xy = x 3 - 5x 2 + 2x - 1 define a curva tridente
riam com o tempo) satisfazem Pv 312 = C, onde C é uma cons- (Figura 9), assim batizada por Isaac Newton em seu tratado sobre
tante. Prove que curvas publicado em 1710. Encontre os pontos em que a reta tan-
gente ao tridente é horizontal, da maneira seguinte.
dP/dt 3 P
(a) Mostre que xy' +y = 3x 2 - lOx + 2.
dV /dt 2 V
(b) Faça y' = O em (a), substitua y por x- 1(x 3 - 5x 2 + 2x - 1) e
O quociente das derivadas é negativo. Isso poderia ter sido pre- resolva a equação resultante para x.
visto a partir da relação P V 312 = C?
y
41. O fólio de Descartes é a curva de equação x 3 + y 3 = 3xy (Fi-
gura 7). Essa curva foi estudada pela primeira vez em 1638 pelo
filósofo-matemático francês René Descartes, que escolheu o
nome fólio, que significa folha. O cientista Gilles de Roberval,
colega de Descartes, a chamava de "flor de jasmim". Ambos
acreditavam, erroneamente, que o formato de folha do primeiro
quadrante era repetido nos demais quadrantes, dando-lhe um as-
pecto de quatro pétalas de uma flor. Encontre uma equação para -20
a reta tangente a essa curva no ponto ( j, Í ).
FIGURA 9 A curva tridente: xy = x 3 - 5x 2 + 2x - 1.
y
46. Encontre uma equação da reta tangente à curva de equação
2
(x 2 + y2 - 4x) 2 = 2(x 2 + y2) nos quatro pontos em que
x = 1. Essa curva (Figura 10) é um exemplo de um limaçon
de Pascal, assim denominado em homenagem ao pai do fi-
lósofo francês Blaise Pascal, que, em 1650, foi o primeiro a
descrevê-la.

-2 y

FIGURA 7 O fólio de Descartes: x 3 + y 3 = 3xy. 3

42. Encontre todos os pontos do fólio x 3 + y 3 = 3xy nos quais a


reta tangente é horizontal.
5
43. ICG~ Faça um esboço da equação x 3 + y 3 = 3xy + b para
vários valores de b.
(a) Descreva como o gráfico varia quando b -+ O.
-3

(b) Calcule dyldx (em termos de b) no ponto do gráfico em que FIGURA 10 O limaçon: (x 2 + y2 - 4x) 2 = 2(x 2 + y2).
y =O.Como é que esse valor varia quando b-+ oo? Sua con-
clusão é confirmada pelos seus gráficos? 47. Encontre equações das retas tangentes nos pontos em que x = 1
ao fólio (Figura 11) de equação
44. Mostre que são verticais as retas tangentes em x = 1 ± -/2 à
curva de equação (x - 1) 2 (x2 + y2) = 2x 2, denominada con-
cóide (Figura 8).

y y

FIGURA 8 A concóide: (x - J)2(x 2 + y2) = 2x 2. FIGURA 11


CAPÍTULO 3 Derivada 161

48. CR S Use um sistema algébrico computacional para esboçar a 11 y2 - 2xyy 1


equação (x 2 + y2)2 = 12(x 2 - y2) + 2 para -4 :'.:: x , y :'.:: 4. y = y4
Quantas retas tangentes horizontais aparenta ter essa curva? En-
contre os pontos em que isso ocorre. (b) Expresse y 11 em termos dex e y usando (a).

49. CR S Use um sistema algébrico computacional para esboçar 51. Use o método do exercício precedente para mostrar que
a equação y2 = x 3 - 4x para -4 :'.:: x , y :'.:: 4. Mostre que se y" = - y - 3 se x2 + y2 = 1.
dxldy = O, então y = O. Conclua que a reta tangente é vertical
nos pontos em que a curva corta o eixo x. Isso é confirmado 52. Calcule y 11 no ponto (1, 1) da curva xy2 + y - 2 = O, da manei-
pelo seu gráfico? ra seguinte.
(a) Encontre y' por derivação implícita e calcule y' no ponto (1, 1).
Nos Exercícios 50-53, use derivação implícita para calcular deriva-
(b) Derive a expressão para y' encontrada em (a) e então calcule y" em
das superiores.
(1, 1) substituindo x = 1, y = 1 e o valor de y' encontrado em (a).
50. Considere a equação y 3 - ;x = 2 l.
53. Use o método do exercício precedente para calcular y" no ponto
(a) Mostre que y' = x/ y2 e derive novamente para mostrar que 1)
(i, do fólio de Descartes de equação x 3 + y 3 = 3xy.

Compreensão adicional e desafios


54. Mostre que se P está na interseção das duas curvas x 2 - y2 = c coordenadas dos quatro pontos em que a reta tangente é horizon-
e xy = d (c, d constantes), então as retas tangentes às curvas em tal (Figura 12).
P são perpendiculares.
56. Divida a curva da Figura 13 em cinco ramos, cada um dos quais
55. A lemniscata de equação (x 2 + y2)2 = 4(x 2 - y2) foi desco- é o gráfico de uma função. Esboce os ramos.
berta em 1694 por Jakob Bernoulli, que observou que "ela tem o
formato de um 8, um nó, ou uma gravata-borboleta". Encontre as y

2
y

-1

FIGURA 12 A lemniscata: (x 2 + y2)2 = 4(x 2 - y2). FIGURA 13 O gráfico de y 5 - y = x2 y + x + 1.

3.9 Taxas relacionadas


Em problemas de taxas relacionadas, o objetivo é calcular uma taxa de variação desco-
nhecida em tennos de outras taxas que são conhecidas. Um problema típico envolve uma
escada encostada numa parede. A pergunta é: Quão rápido se moverá o alto da escada se
a base da escada for puxado para longe da parede a uma velocidade constante? O que é
interessante e, talvez, surpreendente, é que as duas extremidades da escada se movem a
velocidades distintas. A Figura 1 mostra isso claramente: a base percorre a mesma distân-
cia a cada intervalo de tempo mas o alto percorre uma distância maior durante o segundo
intervalo de tempo do que durante o primeiro. Em outras palavras, o alto está aumentando
a velocidade enquanto que a base mantém uma velocidade constante. No exemplo seguin-
te, utilizamos o Cálculo para encontrar a velocidade do alto da escada.
t=O t= 1 t=2 • EXEMPLO 1 Oproblema da escada Uma escada de 16 pés está encostada numa parede.
FIGURA 1 As posições de uma escada No instante t = Oa base da escada está a 5 pés da parede e se afasta da parede a uma taxa
nos instantes t = O, 1 e 2. de 3 pés/s. Encontre a velocidade do alto da escada no instante t = 1.
162 CALCULO

Solução O primeiro passo em qualquer problema de taxas relacionadas é a escolha das va-
riáveis para as quantidades relevantes. Como estamos considerando a variação de posição
do alto e da base da escada, usamos as variáveis (Figura 2):

h •x = x(t) é a distância da base da escada à parede


• h = h(t) é a altura a que está o alto da escada

Ambos x eh são funções do tempo. A velocidade da base é dx/dt = 3 pés/s. Como a velo-
X cidade do alto é dh/dt e a distância inicial da base à parede é x(O) = 5, podemos reformu-
FIGURA 2 As variáveis x eh. lar o problema como

dh dx
Calcular dt em t = 1 sabendo que dt = 3 pés/se x(O) = 5 pés

Para resolver esse problema, precisamos de uma equação que relacione x e h (Figura
2). Isso é fornecido pelo Teorema de Pitágoras:

Para calcular dhldt, derivamos ambos lados dessa equação em relação a t:

d d d
- x 2 + - h 2 = -1 62
dt dt dt
dx dh
2x- + 2h- = 0
dt dt

~ .d d d ,
Isso 1omece -dh = - -
x dx dx ,
- e, como - = 3 pes1s, ave1oc1 a e o a1to e
dt h dt dt

-dh = X
- 3- pés/s [IJ
dt h

X h dh/dt
Para aplicar essa fórmula, precisamos encontrar x e h no instante t = 1. Como a base se
afasta a 3 pés/se x(O) = 5, temos x(l) = 8 e h(l) = JI62 - 82 ~ 13,86. Portanto,
o 5 15,20 - 0,99
1 13,86 - 1,73
-dh I = - 3
8
x(l) 8 - ~ -1,7 pes/s
,
2
3
li
14
11,62
7,75
-
-
2,84
5,42
dt t=I
- ~ -3-
h(l) 13,86 •
Esta tabela de valores confirma que Nos próximos exemplos, dividimos a resolução em três passos que podem ser utiliza-
o alto da escada está aumentando a
velocidade. dos na resolução de exercícios.

• EXEMPLO 2 Enchendo um tanque retangular Suponha que um tanque seja enchido de


água a uma taxa de 3 pés3/min. Com que velocidade sobe o nível d'água se a base do tan-
que for um retângulo de dimensões 2 x 3 pés?
Solução Para resolver um problema de taxas relacionadas, sempre que for possível, é útil
Quando for possível, escolha variáveis fazer um diagrama descritivo. A Figura 3 ilustra nosso problema.
que estejam relacionadas com a
quantidade representada, ou então Passo 1. Escolher variáveis e reformular o problema.
tradicionalmente associadas. Por
Em primeiro lugar, devemos nos dar conta que a taxa segundo a qual a água entra
exemplo, podemos usar V para volume,
0 para um ângulo, h ou y para altura e no tanque é a derivada do volume d'água em relação ao tempo. Portanto, sejam V o
r para o raio. volume e h a altura da água no instante t. Então
CAPfTULO 3 Derivada 163

-dV = , ,
taxa segundo a qual a agua esta sendo acrescentada ao tanque
dt

-dh = taxa segundo a qual está subindo o nível d' água


dt

Agora podemos reformular o problema em termos de derivadas:

FIGURA 3 V= volume da água no dh


instante t. Calcular dt sabendo que -dV
dt
= 3 pés3/mm.

Passo 2. Encontrar uma equação que relacione as variáveis e derivar.


Precisamos de uma relação entre V e h. Temos V= 6h, já que a base do tanque tem
2
uma área de 6 pés • Portanto,

dV = 6 dh
dt dt

Passo 3. Usar os dados para encontrar a derivada desconhecida.


Como dV/dt = 3,

dh l dV 1
- = - - = -(3) = 0,5 pés/min
dt 6 dt 6

Observe que as unidades de dh/dt são pés/min, pois h e t estão em pés e minutos,
respectivamente. •

A situação no próximo exemplo é análoga mas mais complicada porque o tanque de


água tem o formato de um cone circular. Utilizamos triângulos semelhantes para deduzir
uma relação entre o volume e a altura da água. Também precisamos da fórmula V=½ nhr2
para o volume de um cone circular de altura h e raio r.

• EXEMPLO 3 ~ Enchendo um tanque cônico Suponha que um tanque cônico de 10


pés de altura e raio de 4 pés seja enchido de água a uma taxa de 1Opés3/rnin.
(a) Com que velocidade sobe o nível d' água quando estiver a uma altura de 5 pés?
(b) Com o passar do tempo, o que ocorre com a taxa segundo a qual a água sobe? Explique.
Solução
(a) Passo 1. Escolher variáveis e reformular o problema.
Como no exemplo anterior, sejam V e h o volume e a altura da água no tanque no
instante t. O problema da parte (a) é

dh
Calcular dt em h = 5 sabendo que -dV
dt
= lüpes, 3 /mm.
10
Passo 2. Encontrar uma equação que relacione as variáveis e derivar.
O volume é V=½ nhr 2, onde ré o raio do cone de altura h, mas não podemos usar
essa relação enquanto não eliminarmos a variável r. Usando a semelhança de triân-
gulos da Figura 4, vemos que
FIGURA 4 Por semelhança de triângulos,
h IO r 4
= = 10 ou r = 0,4h
r 4 h
164 CÁLCULO

ADVERTlNCIA: Um erro comum é Portanto,


substituir h = 5 na Equação (2). Não
tome h = 5 antes do final do problema, 1
depois de ter calculado as derivadas. V= nh(0,4h)
2
= 1 n(0,16)h 3
Isso se aplica a todos problemas de
3 3
taxas relacionadas. dV = (O,l6)1rh2dh
dt dt
Passo 3. Usar os dados para encontrar a derivada desconhecida.
Usando o dado dV/dt = 10 do problema na Equação (3), obtemos

(0,16)nh 2 dh = 10
dt
dh 10 20
dt (0,16)nh 2 ~ h2

Quando h = 5, o nível d'água está subindo a dh/dt ~ 20/5 2 = 0,8 pés /min.
3

2
(b) A Equação (4) mostra que dhldt é inversamente proporcional a h • Quando h cresce,
FIGURA 5 Quando h for maior, precisa o nível d'água sobe mais lentamente. Isso é razoável, pois se considerarmos que uma fatia
de mais água para elevar o nível d'água fina de água, de altura fJ.h, tem mais volume quando h for maior, então precisaremos de
por ó.h. mais água para subir o nível quando h for maior (Figura 5). •

• EXEMPLO 4 Acompanhamento de foguete Um espião observa um foguete por teles-


cópio com o objetivo de determinar sua velocidade. O foguete sobe verticalmente a
partir de uma base de lançamento localizada a 10 km, como na Figura 6. Num certo
momento, os instrumentos do espião mostram que o ângulo entre o telescópio e o nível
do chão é igual a j e está variando a uma taxa de 0,5 rad/min. Qual é a velocidade do
foguete naquele momento?
Solução
Passo 1. Escolher variáveis e reformular o problema.
Seja 0 o ângulo entre o telescópio e o nível do chão e seja y a altura do foguete no
instante t. Nosso objetivo é calcular a velocidade dyldt do foguete quando 0 = j.
Reformulamos o problema como segue:

,/...../ .....··1·i' y
Calcular dy 1 sabendo que de = 0,5 rad/min quando 0 = ~
,.,/ 1 dt 0-"
-J
dt 3
_,/ 1

/ !
/ 9 Passo 2. Encontrar uma equação que relacione as variáveis e derivar.
10km Precisamos de uma relação entre 0 e y. Como podemos ver na Figura 6,

FIGURA 6 Acompanhando um foguete y


tg0= -
por telescópio. 10
Agora derivamos em relação ao tempo:

sec2 0d0 = _..!_ dy


dt 10 dt
dy 10 d0
dt
= cos2 0 dt
Passo 3. Usar os dados para encontrar a derivada desconhecida.
No instante dado, 0 = j e d 0 / dt = 0,5, portanto a Equação (5) fornece
dy 10 10
2 (0,5) = - -2 (0,5) = 20 km/ min.
dt cos (n/ 3) (0,5)

A velocidade do foguete nesse instante é de 20 km/min, ou 1.200 km/h.



CAPfTULO 3 Derivada 165

t=O t=1 t=2 t=3 Para o próximo exemplo, recordemos o seguinte fato: se um objeto estiver localizado
em x = A no instante t = Oe se ele se mover ao longo do eixo x a uma velocidade constan-
te v, então sua posição no instante t é dada por x = A + vt. Por exemplo, se v = 3 km/h,
então o posição do objeto é dada por A+ 3t km (ver Figura 7).

A A+3 A+6 A+9 • EXEMPLO 5 Um trem viaja a 120 rni/h (milhas por hora) para o oeste em direção
FIGURA 7 O movimento ao longo a Denver, enquanto um segundo trem viaja a 90 mi/h para o norte a partir de Denver
do eixo x (começando em A) com (Figura 8). No instante t = O, o primeiro trem está 1O milhas a leste e o segundo trem
velocidade constante 3. 20 milhas ao norte da estação de Denver. Calcule a taxa segundo a qual varia a distância
entre os dois trens
(a) no instante t = Oe (b) 10 minutos depois.
90mih
Solução
1i \,\ Passo 1. Escolher variáveis e reformular o problema.
y
x = distância em milhas entre o trem do leste e a estação
°"'~' ····<-............. y = distância em milhas entre o trem para o norte e a estação

X
~--
120mih
e= distância em milhas entre os dois trens
As velocidades dos trens são dx/dt e dyldt, portanto nosso problema pode ser refor-
FIGURA 8 Posição e direção de trens. mulado como segue:

Calcular ddet sabendo que dx = -120 mi/h e dy = 90 mi/h


dt dt

Observe que dx/dt é negativa, pois o trem está indo para o oeste (para a esquerda).
Passo 2. Encontrar uma equação que relacione as variáveis e derivar.
As variáveis estão relacionadas pelo Teorema de Pitágoras

e2 = x2 + y2
Derivando em relação a t:

dx dy
de X dt + y dt
=----
dt e
Passo 3. Usar os dados para encontrar a derivada desconhecida.
Substituindo dx/dt = - 120 e dyldt = 90 na Equação (6), obtemos

de -l20x + 90y -l20x + 90y


= =--===-
dt e Jx2 + y2

Agora podemos resolver as duas partes do problema.


(a) Em t = O, temos x = 10 e y = 20. Por (7), a distância entre os trens está variando a
uma taxa de

de 1 = -120(10) + 90(20) :::::: 600 :::::: 27 mi/ h


dt t=O JI02 + 202 22,36
166 CÁLCULO

(b) Pela observação que precede este exemplo, as coordenadas dos trens como função do
tempo são
X= 10 - 120t, y = 20 + 90t
Depois de 10 minutos, ou t = ¼hora,

x = IO- 120 ( 1) = -1 Omilhas e y = 20 + 90 ( 1) = 35 milhas

Portanto, por (7), a distância entre os trens está variando a uma taxa de
-120(-10) + 90(35) 4.350 O .
dei ----;:=========--
2
: : : - - : : : 12 m1h •
dt t=! J(-10) +352 36,4

3.9 RESUMO
• Os problemas de taxas relacionadas nos defrontam com situações em que uma ou mais
variáveis estão relacionadas por uma equação. Devemos calcular a TDV de uma das
variáveis em temos das TDV das outras variáveis.
• Se possível, faça um diagrama. Pode ser útil dividir a solução em três passos:
Passo 1. Escolher variáveis e reformular o problema.
Passo 2. Encontrar uma equação que relacione as variáveis e derivar.
Isso nos dá uma equação relacionando as derivadas conhecidas com as desconhecidas.
Lembre que não devemos substituir as variáveis por valores antes de ter terminado de
calcular todas derivadas.
Passo 3. Usar os dados para encontrar a derivada desconhecida.
• Os dois fatos da Geometria que mais aparecem em problemas de taxas relacionadas
são o Teorema de Pitágoras e a relação entre triângulos semelhantes (as razões de lados
correspondentes são iguais).

3.9 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Escolha variáveis e reformule (mas não resolva) o problema se- Nos Exercícios 3-4, suponha que um copo cilíndrico de 4 cm de raio
guinte em termos de derivadas conhecidas e desconhecidas: quão seja enchido de água. As variáveis V eh denotam o volume e o nível e
rápido aumenta o volume de um cubo se seu lado está aumentan- de água no instante t, respectivamente.
do a uma taxa de 0,5 cm/s?
3. Reformule em termos das derivadas dV/dt e dhldt: quão rápido
2. Obtenha a relação entre dV/dt e dr/dt se está subindo o nível d'água se a água está sendo colocada a uma
3
taxa de 2 cm /min?

4. Repita o mesmo neste problema: a que taxa está sendo colocada


a água se o nível d'água aumenta a uma taxa de I cm/min?

Exercícios
Nos Exercícios 1-2, considere uma banheira retangular cuja base tem 2. A que taxa está sendo colocada a água se o nível d'água estiver
18pé/ . aumentando a uma taxa de 0,8 pés/min?

1. A que taxa aumenta o nível d' água se a água estiver sendo colo- 3. O raio de uma mancha circular de óleo expande a uma taxa de 2
cada a uma taxa de 0,7 pés3/min? m/min.
CAPfTULO 3 Derivada 167

(a) A que taxa aumenta a área da mancha de óleo quando o raio me-
dir 25 m?
(b) Se o raio for Ono instante t = O, a que taxa aumenta a área depois .•........' ·-...•. ·-...
de 3 minutos?

4. A que taxa está crescendo a diagonal de um cubo se seus lados


estão crescendo a uma taxa de 2 cm/s?

Nos Exercícios 5-8, suponha que o raio r de uma esfera esteja expan- X

dindo a uma taxa de 14 pol/min. O volume da esfera é V= ínr 3 e FIGURA 10


sua área de superfície é 4nr 2.

5. Determine a taxa segundo a qual está variando o volume em rela- 15. Num dado momento, um avião passa a 6 milhas diretamente aci-
ção ao tempo quando r = 8 pol. ma de um controle de radar.
(a) Se a velocidade do avião for de 500 mi/h, com que velocidade varia
6. Determine a taxa segundo a qual está variando o volume em relação a distância entre o avião e o radar depois de meia hora?
ao tempo quando t = 2 minutos, supondo que r = Oquando t = O.
(b) Quão rapidamente varia a distância entre o avião e o radar quan-
7. Determine a taxa segundo a qual está variando a área da superfí- do o avião passa diretamente acima do radar?
cie em relação ao tempo quando o raio é r = 8 pol.
16. No contexto do Exercício 15, suponha que a reta que passa pelo ra-
8. Determine a taxa segundo a qual está variando a área da super- dar e o avião faça um ângulo de ecom a horizontal. Com que velo-
fície em relação ao tempo quando t = 2 minutos, supondo que cidade varia e IOminutos depois do avião passar acima do radar?
r = 3 quando t = O.
17. Um balão subindo verticalmente é observado a 2 milhas de dis-
9. Uma estrada perpendicular a uma rodovia leva a uma casa de tância do ponto em que iniciou a subida. Num dado momento, o
campo a uma milha da rodovia (Figura 9). Um automóvel na ro- ângulo entre a linha de visão do observador e a horizontal é de
dovia passa pela entrada da estrada a 60 mi/h. A que velocidade ~ e varia a uma taxa de 0,2 rad/min. Nesse instante, quão rápido
aumenta a distância entre o carro e a casa quando o carro estiver está subindo o balão?
a 3 milhas da entrada da estrada?
18. Quando um homem se afasta de um poste de luz de 12 pés, a
ponta de sua sombra tem o dobro da velocidade do homem. Qual
é a altura do homem?

Nos Exercícios 19-23, temos uma escada de 16 pés escorregando


para o chão ao longo de uma parede, como nas Figura 1 e 2. A va-
riável h é a altura do alto da escada no instante te x é a distância da
parede ao pé da escada.

19. Suponha que o pé da escada se afaste a uma velocidade de 3


pés/s. Encontre a velocidade do alto da escada em t = 2 se o pé
Carro
da escada estiver a 5 pés do muro quando t = O.
FIGURA 9
20. Suponha que o alto da escada esteja escorregando parede abaixo
10. Um tanque cônico tem uma altura de 3 me um raio de 2 m no topo. a uma velocidade de 4 pés/s. Calcule d.x/dt quando h = 12 pés.
3
Suponha que o tanque seja enchido de água a uma taxa de 2 m /min.
A que velocidade sobe o nível d'água quando estiver a 2 m?
21. Suponha que h(O) = 12 e que o alto da escada esteja escorregan-
do parede abaixo a uma velocidade de 4 pés/s. Calcule x e d.x/dt
11. Com o mesmo tanque do Exercício 1O, suponha que o nível em t= 2 s.
d' água esteja subindo a uma taxa de 0,3 m/min quando estiver a
22. Qual é a relação entre h ex no momento em que o alto e o pé da
2 m. A que taxa o tanque está sendo enchido de água?
escada estiverem com a mesma velocidade?
12. Sônia e Cauê estão em lanchas no meio de um lago. No instante
t = O, Sônia parte para o Sul a 32 mi/h e, no mesmo instante,
23. ~ Mostre que a velocidade dh/dt tende ao infinito quando a
escada escorrega até o chão (supondo que d.x/dt seja constante).
Cauê parte para o leste a 27 mi/h.
Isso sugere que a nossa descrição matemática não seja realista,
(a) Qual é a distância percorrida por cada uma dessas duas lanchas pelo menos para valores pequenos de h. O que realmente aconte-
depois de 12 minutos? ce quando o topo da escada atinge o chão?
(b) A que taxa aumenta a distância entre eles quando t = 12 minutos?
24. O raio r de um cone circular reto de altura constante h = 20 cm
13. Responda as questões (a) e (b) do Exercício 12 supondo que Sô- aumenta a uma taxa de 2 cm/s. Quão rapidamente cresce o volu-
nia parta 1 minuto depois de Cauê. me do cone quando r = 10?

14. Um homem de 6 pés de altura se afasta de um poste de luz de 25. Suponha que tanto o raio r quanto a altura h de um cone circular
15 pés a uma velocidade de 3 pés/s (Figura 10). Encontre a taxa variem a uma taxa de 2 cm/s. Quão rapidamente cresce o volume
segundo a qual o comprimento de sua sombra cresce. do cone quando r = 10 cm eh= 20 cm?
168 CÁLCULO

26. Uma partícula se move no sentido anti-horário em tomo da elipse 32. Um carro passa numa rodovia a 35 mi/h. Um observador está
de equação 9x 2 + 16y2 = 25 (Figura 11). parado a 500 pés da rodovia. (Nota: 1 milha= 5280 pés.)
(a) A que taxa está aumentando a distância entre o observador e o
5 y carro no instante em que o carro passa em frente ao observador?
4 Sua resposta pode ser justificada sem recorrer a contas?
(b) A que taxa está aumentando a distância entre o observador e o
carro 1 minuto mais tarde?
1
3 Nos Exercícios 33-34, suponha que a pressão P (em quilo-pascais) e
3
5 o volume (em cm ) de um gás em expansão estejam relacionados por
4 P vb = C, onde b e C são constantes. (Isso é válido para expansões
FIGURA 11 adiabáticas, em que não ocorre transferência de calor.)

33. Encontre dP/dt se b = 1,2; P = 8 kPa, V= 100 cm2 e dV/dt = 20


(a) A derivada dx/dt é positiva em qual dos quatro quadrantes? Ex- 3
cm /min.
plique seu raciocínio.
(b) Encontre uma relação entre dx/dt e dyldt. 34. Encontre b se P = 25 kPa, dP/dt = 12 kPa/min, V= 100 cm2 e
(e) A que taxa varia a coordenada x quando a partícula passa pelo pon- dV/dt = 20 cm3/min.
to ( 1, l) se sua coordenada y está crescendo a uma taxa de 6 pés/s?
35. Um ponto se move ao longo da parábola y = x2 + 1. Seja e(t) a
(d) Qual é o valor de dy/dt quando a partícula está no ponto mais alto distância entre o ponto e a origem. Calcule e' (t), supondo que a
ou no mais baixo da elipse? coordenada x do ponto esteja crescendo a uma taxa de 9 pés/s.
27. Um farol gira a uma taxa de 3 revoluções por minuto. Seu facho 36. A base x do triângulo retângulo da Figura 12 cresce a uma taxa
de luz atinge uma parede a 10 milhas de distância e produz um de 5 cm/s, enquanto a altura permanece constante em h = 20. A
círculo de luz que se move horizontalmente ao longo da parede. que taxa está variando o ângulo equando x = 20?
Qual é a velocidade desse círculo de luz quando o ângulo eentre
o facho e a Linha através do farol que é perpendicular à parede for
i ? Observe que dfJ /dt = 3(2n) = 6n.

28. Um foguete voa verticalmente a uma velocidade de 800 mi/h.


O foguete é acompanhado através de um telescópio por um ob- 20
servador a 1Omilhas da rampa de lançamento. Encontre a taxa
segundo a qual aumenta o ângulo entre o telescópio e o nível do 0
chão 3 minutos depois de disparado o foguete. X

FIGURA 12
29. Um avião voando a uma altitude de 20.000 pés passa diretamente
acima de um observador no instante t = O. Um minuto depois
ele observa que o ângulo entre a vertical e a linha de visão até o 37. De um tanque d' água com o formato de um cone circular de
avião é 1,14 radiano e que esse ângulo varia a uma taxa de 0,38 raio igual a 300 cm e altura de 500 cm, vaza água do vértice a
rad/min. Calcule a velocidade do avião. uma taxa de 10 cm3 por minuto. Encontre a taxa de variação
segundo a qual o nível d' água está decrescendo quando o nível
30. Calcule a taxa (em cm2/s) segundo a qual o ponteiro de segun- estiver em 200 cm.
dos de um relógio circular varre a área como uma função do
raio do relógio. 38. Duas trilhas paralelas estão a 50 pés de distância. Sabrina corre
para o oeste em uma das trilhas a 6 mi/h e Júnior caminha para
31. Uma atleta corre voltas numa pista circular de raio igual a 60 pés. o leste na outra trilha a 4 mi/h. (Nota: 1 milha= 5280 pés.) Se
Sejam (x, y) suas coordenadas, em que a origem está no centro da eles se cruzarem no instante t = O, a que distância estarão 3 s
pista. Quando as coordenadas da atleta são (36, 48), sua coorde- depois e quão rápido estará aumentando a distância entre eles
nadas x está variando a uma taxa de 14 pés/s. Encontre dyldt. naquele instante?

Compreensão adicional e desafios


39. Henrique puxa uma corda que passa por uma roldana no alto de
um poste de 10 pés e está presa num carrinho (Figura 13). Supo-
nha que a corda esteja presa no alto do carrinho, a 2 pés do chão.
Seja x a distância horizontal entre o alto do carrinho e do poste.
(a) Encontre uma fórmula para a velocidade do carrinho em termos
X
de x e da taxa segundo a qual Henrique puxa a corda.
(b) Encontre a velocidade do carrinho quando ele estiver a 12 pés do FIGURA 13
poste, supondo que Henrique puxe a corda a uma taxa de 1,5 pés/s.
CAPfTULO 3 Derivada 169

FIGURA 14 O gráfico def(x) como pista de montanha-russa.

40. Uma montanha-russa tem o formato do gráfico da Figura 14. Mos-


tre que quando um carrinho passa pelo ponto (x,f (x)), a velocidade FIGURA 15 O campo de beisebol.
vertical do carrinho é igual a f' (x) vezes a velocidade horizontal.
(b) Derive a Equação (8) em relação a r para provar que
41. Usando um telescópio observamos um foguete que foi lançado
verticalmente a uma distância de 2 milhas, registrando o ângulo
dx
eentre o telescópio e o nível do chão de meio em meio segundo. 2(x - r cos 0) ( -
dt
+ r sen ede)
dt
de
- + 2r 2 sen 0 cose- = O
dt
Dê uma estimativa da velocidade do foguete se 0( 1O) = 0,205 e
0( 10,5) = 0,225.
(e) Calcule a velocidade do pistão quando e=
Í• supondo que
r = 10 cm, L = 30 cm e que a roda gire a 4 revoluções por
42. Dois trens saem de uma estação em t = O e viajam a uma ve-
locidade constante v ao longo de trilhos em linha reta com um minuto.
ângulo de eentre eles.
O pistão se move
(a) Mostre que os trens se afastam um do outro a uma taxa de
para trás e para frente
v.../2 - 2 cose.
/
(b) O que essa fórmula produz para e = n?
43. Um jogador de beisebol corre a 20 pés/s da base de casa (embaixo)
para a primeira base (à direita) do campo (Figura 15). A que veloci-
dade está mudando a distância do jogador à segunda base (ao alto) X

quando ele está na metade da distância à primeira base? FIGURA 16


44. Com a rotação de uma roda der cm de raio (Figura 16), uma
barra de comprimento L presa no ponto P da roda movimenta 45. Um espectador sentado a 300 m do centro de uma pista cir-
um pistão para trás e para frente em linha reta. Seja x a distância cular de 100 m de raio observa um atleta correndo na pista
da origem no centro da roda ao ponto Q na extremidade da bar- a 5 m/s. A que velocidade está mudando a distância entre o
ra, como na figura. espectador e o atleta quando o atleta estiver se aproximando
do espectador e a distância entre eles for de 250 m? Sugestão:
(a) Use o Teorema de Pitágoras para mostrar que o diagrama para esse problema é parecido com o da Figura 16,
com r = 100 ex= 300.
L 2 = (x - r cos 0) 2 + r 2 sen2 0

EXERCÍCIOS DE REVISÃO DO CAPÍTULO


Os Exercícios 1-4 tratam da função f (x), cujo gráfico aparece na 1. Calcule a TDV média def (x) ao longo do intervalo [O, 2]. Qual é
Figura 1. a interpretação gráfica dessa TDV média?

. I d h , f (0,7 + h) - f(0,7). ,. . _
2• Para quais va ores e e h 1gua1a me1maçao
da reta secante entre os pontos em que x = O, 7 e x = 1, 1?
5
4
, . . f (0,7 + h) - f(0,7)
3 3. De uma estimativa de h para h = 0,3. Esse
2
número é maior ou menor do que f' (0,7)?

0,5 1,0 1,5 4. Dê uma estimativa de f' (0,7) e f' (1 ,1).


FIGURA 1
170 CÁLCULO

Nos Exercícios 5-8, calcule f ' (a) usando a definição via limite e en- 21. A altura h(t) de uma menina (em centímetros) é medida no ins-
contre uma equação da reta tangente ao gráfico def(x) emx = a. tante t (em anos) para O:'.S t :'.S 14:

5. f (x) = x 2 - x, a = l 6. f (x) =5- 3x, a= 2 52; 75,1; 87,5; 96,7; 104,5; 111,8; 118,7; 125,2;

7. f(x)=x- 1, a=4 8. f(x) =x3, a= - 2 131,5; 137,5; 143,3; 149,2; 155,3; 160,8; 164,7

Nos Exercícios 9-12, calcule dyldx usando a definição via limite. (a) Qual é a taxa de crescimento média da menina ao longo do pe-
ríodo de 14 anos?
9. y = 4- x 2 10. y = ./2x + 1 (b) A taxa de crescimento média é maior ao longo da primeira ou da
1 1 segunda metade desse período?
11. y= - - 12. y =
2- x (x - 1)2 (e) Dê uma estimativa de h' (t) (em cm/ano) para t = 3 e 8.
Nos Exercícios 13-16, expresse o limite como uma derivada. 22. O período P de um planeta, ou seja, o tempo em anos que o
planeta leva para completar uma revolução ao tomo do Sol, é
.JT+7i - 1 . x3 + 1
13. lim 14. 11m - - aproximadamente 0,001 IA 312, onde A é a distância média (em
1r~o h x ~ -1 X+ )
milhões de milhas) do planeta ao Sol.
. sen t cos t cos 0 - sen 0 + 1 (a) Calcule P e dP/dA para Marte usando o valor A= 142.
15. 11m --- 16. lim - - - - - -
,~ ir: t - n e~ ir: e- n (b) Dê uma estimativa do aumento de P se A for aumentado para 143.
17. Encontref(4) e !'(4) se a reta tangente ao gráfico def (x) em
Nos Exercícios 23-24, use a tabela de valores seguinte com os núme-
x = 4 tiver equação y = 3x - 14.
ros A(t) de automóveis (em milhões) fabricados nos EUA no ano t.
18. Cada gráfico na Figura 2 mostra o gráfico de uma função f (x) e
sua derivada J' (x ). Determine qual é o gráfico da função e qual é t 1970 1971 1972 1973 1974 1975 1976
o da derivada. A(t) 6,55 8,58 8,83 9,67 7,32 6,72 8,50

y 23. Qual é a interpretação de A' (t)? Dê uma estimativa de A' (1971).


O valor de A' ( 1974) parece ser positivo ou negativo?

24. Com os dados disponíveis, qual dentre (A)-(C) na Figura 4 pode-


ria ser o gráfico da derivada A' (t)? Explique.

2 2
(1) (II) (III)

FIGURA 2 Os gráficos def (x). -1


-2
19. Qual dentre (A), (B) e (C) é o gráfico da derivada da função f(x) (A) (B) (C)
cujo gráfico está dado na Figura 3? FIGURA 4

Nos Exercícios 25-50, calcule a derivada.

25. y = 3x 5 - 7x 2 + 4 26. y = 4x - 312


27. y = t-7 ,3 28. y = 4x 2 - x- 2

b1 ~; df,
~ VF
\ í I x

~
X

31. y
x+ I
29. y= - -
x2 + 1

= (x4 - 9x) 6
3
º· y
3t - 2
= 4t - 9

(A) (B) (C)


33. y = (2 + 9x 2 ) 3/ 2 34. y = (x + !) 3 (x + 4) 4
FIGURA 3

20. Seja N(t) a percentagem da população de um estado que está in-


z
35. y= - -
v'f=z
36. y = ( 1+ ; )3
fectada com um vírus da gripe na semana t de uma epidemia.
Qual é a percentagem da população provavelmente infectada na - x4 + .Jx 1
37· Y - 2 38. y= ~
semana 4 se N(3) = 8 e N' (3) = 1,2? X (l -x)v2-x
CAPfTULO 3 Derivada 171

40. y = 4cos(2 - 3x) Nos Exercícios 63-68, calcule y".


41. y = sen(2x) cos2 x 42. y=sen(Jx 2 +L) 63. y = 12x 3 - 5x 2 + 3x 64. y = x - 2/5
4x
44. y = sen ( ~) 65. y = .J2x + 3 66. y= - -
x+I
t
45. y= - - - 46. y = z cossec(9z + 1) 67. y = tg(x 2 ) 68. y = sen2 (x + 9)
1 + sect
8 69. Na Figura 5, identifique o gráfico de f, f' e f".
47. y= - - - 48. y = tg(cosx)
1 + cotg 0
y y

49, y = J+ J +
X X ,/x 50. y = cos(cos(cos(0)))

Nos Exercícios 51-56, use a tabela de valores seguinte para calcular


a derivada da função dada em x = 2.

X f(x) g(x) J'(x) g' (x)


FIGURA 5
2 5 4 -3 9

4 3 2 -2 3 70. Seja q uma função derivável de p , digamos, q = f (p). Se p


variar por uma quantidade !:i..p, então a variação percentual de
pé (100!:i..p) / p e a correspondente variação percentual de q é
51. S(x) = 3f(x) - 2g(x) 52. H(x) = f (x)g(x)
(100!:i..q)/q, onde !:i..q = f(p + !:i..p) - f (p). A taxa de varia-
ção percentual de q em relação a pé o limite da razão das varia-
53. R(x) = f (x) 54. G(x) = f(g(x)) ções percentuais:
g(x)

55. F(x) = f(g(2x)) 56. K(x) = f(x 2) .


hm
(100!:i..q)/q
tJ.p-+0 (100!:i..p) / p
Nos Exercícios 57-60, seja f (x) =x 3 - 3x 2 + x + 4.
57. Encontre os pontos no gráfico def (x) em que a reta tangente tem
. . ,. I
M ostre que esse 11m1te e 1gua a
(p)
q dq
dp.
inclinação 10.
71. ~ O número q de tortas de chocolate congeladas que um
58. Para quais valores de x são horizontais as retas tangentes ao grá-
estabelecimento comercial consegue vender por semana depende
fico def (x)?
do preço p. Nesse contexto, a TDV média de q em relação a p é
59. Encontre todos valores de b tais que a reta y = 25x + b seja tan- denominada elasticidade-preço da demanda E(p). Suponha que
gente ao gráfico def(x). q = 50p(l0 - p) para 5 <p < 10.
2p-10
60. Encontre todos valores de k tais quef (x) tem somente uma reta (a) Mostre que E(p) = - - -.
p- 10
tangente de inclinação k.
(b) Calcule o valor de E(8) e explique como ele justifica a afirmação
61. (a) Mostre que existe um único valor de a tal que as retas tan- seguinte: Se o preço for de $8, então um aumento de 1% no pre-
gentes de f (x) = x 3 - 2x 2 + x + 1 têm a mesma inclinação tan- ço reduz a demanda por 3%.
to em a quanto em a + 1.
72. A demanda diária por vôos entre Chicago e St. Louis ao pre-
(b) !tJíl Esboce o gráfico def (x) junto com as retas tangentes em
ço pé q = 350 - 0,7p (em centenas de passageiros). Calcule a
x = a ex= a + 1 e confirme a resposta dada em (a). elasticidade-preço da demanda se p = $250 e dê uma estimativa
62. ~ A tabela seguinte dá a percentagem de votos prometidos
do número de passageiros adicionais se o preço do bilhete for
reduzido de 1%.
a dois candidatos nos dias antes da eleição. Calcule a TDV média
das percentagens do Candidato A ao longo do intervalo do dia
20 ao dia 15, do dia 15 ao dia 10 e do dia 10 ao dia 5. Se essa Nos Exercícios 73-80, calcule dy_
tendência continuar nos próximos 5 dias antes da eleição, o Can- dx
didato A vence a eleição?
73. x 3 - y 3 = 4 74. 4x2 - gy2 = 36
Dias antes da Eleição 20 15 10 5 75. y = xy2 + 2x 2 76, ~=X+ y
X

Candidato A 44,8% 46,8% 48,3% 49,3% 77. X+ y = J3x2 + 2y2 78. y = sen(x + y)
CandidatoB 55,2% 53,2% 51,7% 50,7%
79. tg(x + y) = xy 80. (senx)(cosy) =x 2 -y
172 CÁLCULO

81. Encontre os pontos do gráfico de x 3 - y 3 = 3xy - 3 nos quais 87. Uma fonte de luz move-se a 3 pés/s e se aproxima de um ho-
a reta tangente é horizontal. mem de 6 pés parado a 12 pés de uma parede (Figura 8). A luz
está 3 pés acima do nível do chão. A que velocidade está se
82. Encontre os pontos do gráfico de x 213 + y2!3 = I nos quais a movendo a ponta P da sombra do homem quando a luz estiver a
reta tangente tem inclinação 1. 24 pés da parede?

83. Para quais valores de a é a função f (x) = lxlª derivável em


x=0?

84. Seja f(x) = x 2 sen(x- 1) para x f=. O, comf(0) =O.Mostre que


f 1 (x) existe para todo x (inclusive x = 0) mas que J' (x) não é ----------------
contínua em x = O(Figura 6).

6pés
y 3 pés

12 pés
FIGURA 8

88. Uma conta escorrega pela curva xy = 10. Encontre a velocida-


de horizontal da conta se sua altura no instante t segundos for
y = 80 - 16t 2 cm.
FIGURA 6 O gráfico de f (x) = x2 sen(x- 2). 89. (a) O lado x do triângulo na Figura 9 está crescendo a 2 cm/s e o
lado y a 3 cm/s. Suponha que e decresça de tal modo que a área
2
de 4 cm do triângulo permaneça constante. A que velocidade
85. Suponha que o tanque na Figura 7 seja enchido de água a uma está diminuindo equando x = 4, y = 4?
taxa de 20 m3/min. Quão rápido está subindo o nível d'água
quando o nível d'água estiver em h = 4 m? (b) A que velocidade está variando a distância entre P e Q quando
X= 2, y = 3?

FIGURA 7

86. O ponteiro dos minutos de um relógio mede 4 polegadas e o das


horas mede 3 polegadas. A que velocidade está variando a distância
entre as pontas dos ponteiros quando o relógio marcar 3 horas?
41 APLICAÇÕES DA DERIVADA
N o capítulo anterior, desenvolvemos as ferra-
mentas básicas da derivação e, neste, passa-
mos a utilizá-las. Usamos as derivadas primeira
e segunda para analisar funções e seus gráficos
e desenvolvemos técnicas para resolver proble-
mas de otimização (que são problemas que en-
volvem encontrar o valor mínimo ou máximo
de uma função). O método de Newton, na Seção
4.7, utiliza a derivada para encontrar aproxima-
ções numéricas de soluções de equações. Na
Seção 4.8, introduzimos a antiderivação, que é
a operação inversa da derivação, para preparar o
estudo da integral no Capítulo 5.

4.1 Aproximação linear e


aplicações
A estrutura da colméia foi projetada para Em algumas situações estamos interessados na
minimizar a quantidade de cera necessária determinação do "efeito de uma pequena varia-
(ver Exercício 62, na Seção 4.2). Até ção". Por exemplo:
onde se sabe, as abelhas encontraram essa
estrutura sem usar Cálculo. • Um jogador de basquete lança uma bola num certo ângulo 0. Como é que uma pequena
variação no ângulo 0 afeta a distância do lançamento? (Exercícios 49-50.)
• O preço do ingresso de cinema é 9 dólares. Como será afetada a bilheteria se o preço do
ingresso for aumentado para 9,50 dólares?
• A raiz cúbica de 27 é 3. Quanto maior é a raiz cúbica de 27,2? (Exercício 17.)

Em cada caso, temos uma funçãof(x) e estamos interessados na variação

!:J.f = f(a + D.x) - f(a) onde !:J.x é pequeno

A aproximação linear usa a derivada para obter uma estimativa de D. f sem calcular
essa variação exatamente. Por definição, a derivada é o limite

J'(a) = lim f(a + !:J.x) - f(a) = lim !:J.f


t.x--+0 D.X D.X
t.x--+0

Portanto, quando !:J.x for pequeno, temos !:J.f/ t:J.x ~ J' (a) e, assim,

!:J.f ~ J'(a)!:J.x

Aproximação linear de ll,.f Se fé derivável em x = a e !:J.x é pequeno, então


._ .. LEMBRETE A notação "" significa
"aproximadamente igual a". A 1 tlf ~ J'(a)!:J.x 1
precisão da aproximação dependerá da
situação.
onde !:J.f = f(a + !:J.x ) - f(a).
174 CÁLCULO

A aproximação linear determina que


ENTENDIMENTO GRÃFICO A aproximação linear é, muitas vezes, denominada aproxima-
ôf "'=' f 1(a) ÔX ção pela reta tangente em virtude da seguinte interpretação. A quantidade !1f é a
onde t:;J = f (a+ ôx) - f (a). variação vertical no gráfico de f (x) de x = a para x = a + !1x (Figura 1). Lembre que
para uma reta não-vertical, a variação vertical é igual à inclinação vezes a variação ho-
rizontal. Como a reta tangente tem inclinação J' (a), a variação vertical na reta tangente
é J'(a)!1x. Portanto, o que a aproximação linear faz é usar a variação vertical na reta
tangente como uma aproximação da variação vertical no gráfico de f (x). Quando !1x
for pequeno, as duas quantidades são quase iguais.

f(a + t.x)

FIGURA 1 O significado gráfico da


aproximação linear 6.f ~ f' (a)ó.x. a a+t.x

Quando utilizamos E como uma Não esqueça dos diferentes papéis desempenhados por !1f e J' (a) !1x. A quantidade
estimativa da quantidade A, o "erro" é que nos interessa é !1f e utilizamos J' (a) !1x para obter uma estimativa dessa quantidade.
1definido pelo valor absoluto IA - E].
Mais importante, a aproximação linear nos diz que existe uma relação quase linear entre
!1f e 11x, para !1x pequeno.

1 1
• EXEMPLO 1 Use a aproximação linear para dar uma estimativa de l0, - . Qual é
2 10
a precisão de aproximação obtida?
1
Solução Aplicamos a aproximação linear à função f (x) = - , com a= 10 e !1x = 0,2:
X

1 1
!1f = f(l0,2) - f(l0) = l0, - l0 ~ J'(10)!1x
2

Como J'(x) = -x- 2, temos J'(l0) = -0,01 e obtemos a estimativa

1 1
- - - ~ J'(10)/1x =- (0,01)(0,2) = - 0,002
10,2 10

O erro na aproximação linear é a Quão precisa é essa aproximação? Uma calculadora dá o valor
quantidade
1 1
Erro= 1/:;f -J'(a)ôx l - - - ~ -000196
10,2 10 '

Portanto, o erro é menor do que 10-4:

Erro ~ l-0,00196- (-0,002)1 = 0,00004 < 10- 4



Lembre da fórmula da distância percorrida quanto a velocidade for constante:

Distância percorrida = velocidade x tempo


CAPITULO 4 Aplicações da Derivada 175

A aproximação linear nos diz que essa equação está aproximadamente correta com inter-
valos de tempo pequenos, mesmo se a velocidade for variável. Se s(t) denotar a posição de
um objeto no instante t e 6.s for a variação na posição ao longo de um intervalo de tempo
[to , to + 6.t] pequeno, então

6.s ~ s' (to) x 6.t


._..-, '-,-'
Velocidade em to Intervalo de tempo

• EXEMPLO 2 Posição e velocidade A posição de um objeto em movimento retilíneo no


instante de tempo t (em segundos) é dada por s(t) = t 3 - 20t + 8 m. Dê uma estimativa
da distância percorrida ao longo do intervalo de tempo [3; 3,025].
Solução Temos s' (t) = 3t 2 - 20 e, portanto, s'(3) = 7 m/s. O intervalo de tempo
[3; 3,025] tem comprimento M = 0,025, portanto a aproximação linear dá

6.s ~ s'(3)6.t = 7(0,025) = 0,175 m



Quando os engenheiros precisam monitorar a variação na posição de um objeto com
grande precisão, eles podem usar um transdutor de posição com cabo (Figura 2). Esse
aparelho detecta e grava o movimento de um cabo metálico preso ao objeto. A precisão
é afetada por variações na temperatura ambiente, porque o calor faz o cabo se alongar. A
aproximação linear pode ser usada para estimar esse efeito.

• EXEMPLO 3 Expansão termal Um cabo metálico fino tem comprimento de L = 6 pol


à temperatura ambiente de T = 70ºF. Dê uma estimativa da variação no comprimento
quando T aumenta para 75ºF, supondo que
dl [IJ
-=kl
dT
onde k = 9,6 x 10-6 0 p-l (k é denominado coeficiente de expansão termal).
Solução Como aplicar aqui a aproximação linear? Queremos estimar a variação no com-
primento 6.L quando T cresce de 70º para 75º, ou seja, quando 6.T = 5°. Usamos a
Equação (1) para encontrar dL/dT quando L = 6 pol:

dl = kl = (9,6 x 10-6 )(6) ~ 5,8 x 10-5 pol/°F


dT

FIGURA 2 Um transdutor de posição De acordo com a aproximação linear, 6.L é aproximado pela derivada vezes ó. T:
com cabo (fabricado pela firma Space
dl
Age Control, Inc.). Numa aplicação, foi
utilizado um transdutor para comparar
6.L ~ -6.T ~ (5,8 x 10-5 )(5)
dT
= 2,9 x 10-4 pol

as variações na posição do acelerador
de um carro de Fórmula 1 enquanto o No próximo exemplo, tomamos h = 6.x e escrevemos a aproximação linear na forma
piloto faz as mudanças de marcha. equivalente:

1 f(a + h) - f(a) ~ J'(a)h 1

• EXEMPLO 4 Perda de peso num avião A lei da gravitação de Newton pode ser usada
para mostrar que se um objeto pesa w libras (abreviatura: 1b) na superfície da Terra, então
seu peso a uma distância x do centro da Terra é de

wR2
W(x) =- (para x ~ R)
X2

onde R = 3.960 milhas é o raio da Terra. Dê uma estimativa da perda de peso de um joga-
dor de futebol americano de 200 lb num caça a 7 milhas de altitude.
176 CÁLCULO

TABELA 1 Perda de peso real e Solução Usamos a Equação (2) com a= 3.960. Ao passar da superfície da Terra (x = 3.960)
aproximada para uma para uma altitude h (x = 3.960 + h), o peso de um objeto sofre uma variação de
pessoa de 200 lb
Altitude aw Aprox.
.0.W = W(3.960+h)-W(3.960) ~ W' (3.960)h
(milhas) (libras) linear
Temos
o o o
2 2
1
2
-0,10097
-0,20187
-0,101
-0,202
W'(x) = .!!:._ (wR2 ) = _ 2wR
dx x x3
3 -0,30269 -0,303
4 -0,40343 -0,404 2wR2 2w(3.960) 2
W' (3.960) = - _ = - _ ~ -0,000505w
5 -0,504IO -0,505 3 9603 3 9603
6 -0,60469 -0,606
7 -0,70520 -0,707 O peso do jogador é w = 200, portanto W'(3.960) ~ -(0,000505)(200) = -0,101.
Pela Equação (2), .ô. W ~ -0,lOlh ou, mais simplesmente, .ô. W ~ -0,lh. Em outras pa-
lavras, o jogador perde aproximadamente um décimo de libra por milha de altitude a
mais. A uma altitude de h = 7 milhas, a perda de peso é .ô. W ~ -0,7 lb. A Tabela 1 com-
para .ô. W com a aproximação-0,lOlh. •

Suponha que tenhamos medido o diâmetro de um círculo como sendo D e que use-
mos esse resultado para calcular a área do círculo. Se nossa medição do diâmetro for
inexata, o cálculo da área também será inexato. Qual é o efeito de um erro de medição
sobre o cálculo da área resultante? Isso pode ser estimado pela aproximação linear, como
no exemplo seguinte.

• EXEMPLO 5 Efeito de medição inexata A Companhia Bonzo de Pizzas alega que suas
pizzas são circulares com 18 polegadas de diâmetro.
(a) Qual é a área da pizza?
(b) Dê uma estimativa da quantidade de pizza perdida ou ganha se o cozinheiro da Bonzo
errar o diâmetro por no máximo 0,4 polegadas (Figura 3).

FIGURA 3 A borda da pizza fica Solução Para começar, precisamos de uma fórmula da área A de um círculo em termos de
realmente entre os círculos tracejados. seu diâmetro D. Como o raio é r = D/2, a área é
2
2 D 11: 2
A(D) = 11:r = 11: ( =
2) 4D
(a) A área de uma pizza de 18 polegadas é A(l8) = (¾)08) 2 ~ 254,5 pol 2.
(b) Se o cozinheiro errar na fabricação e o diâmetro real for de 18 + .ô.D, então a perda
Nesse exemplo, interpretamos t.A ou ganho na área da pizza é de .ô.A = A(18 + .ô.D) - A(l8). Observe que A' (D) = Í D
como o erro possível no cálculo de e A' (18) = 911: ~ 28,3 pol, de modo que a aproximação linear fornece
A(D). Isso não deve ser confundido
com o erro na aproximação linear. Esse
último erro se refere à precisão no uso
.ô.A = A(l8 + .ô.D) - A(l8) ~ (28,3) .ô.D
de A' (D) t.D para aproximar t.A.
Como .ô.D é no máximo ±0,4 pol, a perda ou ganho na pizza fica em torno de

.ô.A ~ ±(28,3)(0,4) ~ ±11,3 pol 2

Isso corresponde a uma perda ou ganho de aproximadamente 4½%.



Alguns livros didáticos expressam a aproximação linear usando os "diferenciais" dx e
dy, onde dy denota a variação vertical na reta tangente correspondente a uma variação
dx em x. Assim, dy = f' (x )dx, já que a reta tangente tem inclinação f' (x ). Nessa no-
tação, a aproximação linear é a afirmação .ô.y ~ dy, onde .ô.y ~ f' (x )dx é a variação
emf (x) para uma dada variação dx de x.
CAPITULO 4 Aplicações da Derivada 177

Linearização
y =L(x) Reescrevendo a aproximação linear em termos da variável x = a + tu, podemos aproxi-
mar o próprio valor def (x), em vez da variação f:..f Então

f(a + f:..x) - f(a) ~ J'(a) f:..x


f(x)- f(a) ~ J'(a)(x -a) (pois f:..x =x - a)
f(x) ~ f(a) + J'(a)(x -a)
A função do lado direito, denotada por L(x), é denominada a linearização def (x) em
FIGURA 4 A reta tangente é uma boa x =a:
aproximação def(x) numa pequena
vizinhança de P =(a,f (a)).
L(x) = J'(a)(x - a)+ f(a)

Dizemos que x = a é o centro da linearização. Observe que y = L(x) é a equação da reta


tangente ao gráfico def(x) em x = a (Figura 4).

Aproximando/(x) por sua linearização Suponha quef seja derivável em x =a.Se x esti-
ver perto de a, então

1 f(x) ~ L(x) = J'(a)(x - a)+ f(a) 1

y • EXEMPLO 6 Calcule a linearização de f (x) = ,jx em a= 1 (Figura 5).


y=l(x )
5 Solução Calculamos o valor de f (x) e sua derivada f' (x) ½x- 112 em a= 1 para obter
f (1) = -JI = 1 e J' (1) = ½- A linearização em a= 1 é

, l 1 1
L(x) = f(l) +f ( l )(x - 1) = 1 + (x - 1) =
2 2 +2x

A linearização no exemplo precedente pode ser usada para aproximar f (x) = ,jx
5 9
perto de a = 1. A tabela seguinte compara três dessas aproximações com o valor de ,jx
FIGURA 5 O gráfico da linearização de obtido numa calculadora. Como poderia ter sido antecipado, o erro é grande para x = 9,
f(x) = ,Jx ema= 1. pois 9 não está perto do centro a = 1 (Figura 5).

X ,Jx Linearização em a = 1 Calculadora Erro

1,1 v1D L(l,l) = 21 (1,l) + 21 = 1,05 1,0488 0,0012

0,98 Jo,98 ico,98) = ½co,98) + ½= o,99 0,98995 5. 10-s

9 ./9 L(9) = ½(9) + ½ = 5 3 2

No exemplo seguinte, calculamos o erro percentual, que muitas vezes é mais impor-
tante que o próprio erro. Por definição,

erro percentual =- -erro


-- 1
x 100%
valor exato
1

• EXEMPLO 7 Use a linearização para dar uma estimativa de tg(¾ + 0,02) e calcule o
erro percentual.
178 CÁLCULO

Solução Obtemos a linearização de f (x) = tg x em a = ¾calculando:


2
f (~) = tg(~) = 1, f' (~) = sec2 (~) = (h) = 2

L(x) = f (~) + f' (~) (x - ~) = 1+ 2 (x - ~)


A linearização fornece a estimativa

tg (~ + 0,02) ~ L (~ + 0,02) = 1 + 2(0,02) = 1,04

Uma calculadora dá tg( ¾+ 0,02) ~ 1,0408, portanto

1,0408 - 1,041
erro percentual ~ - - - - - x 100 ~ 0,08%
1 1,0408

y Otamanho do erro
Os exemplos nesta seção podem ter convencido o leitor que a aproximação linear dá uma
boa aproximação de !),,j = f(a + h) - f (a) quando h for pequeno, mas se quisermos
confiar na aproximação linear, precisamos saber mais sobre o tamanho do erro:

E= erro= 11),,f - J'(a)hl

Graficamente, o erro na aproximação linear é a distância vertical entre o gráfico e a reta


a a+h tangente (Figura 6). Agora comparemos os dois gráficos na Figura 7. Quando o gráfico é
relativamente reto como em (A), a aproximação linear é bastante precisa, especialmente
FIGURA 6 Uma interpretação gráfica
dentro do círculo tracejado. Por outro lado, a aproximação linear é muito menos precisa
do erro na aproximação linear.
quando o gráfico é muito curvo, como em (B).

Erro pequeno na Erro grande na


aproximação linear aproximação linear

'1
/ f!: '

~ ,.,
......... ____ (a,f(a)) ":
... _____ ., ! (a,f(a))

FIGURA 7 A precisão da aproximação


linear depende da curvatura da curva. (A) O gráfico é quase reto. (B) O gráfico é muito curvo.

A curvatura de um gráfico é determinada pela rapidez da variação da direção das retas


tangentes, o que está relacionado com f" (x ). Quando I f" (x) 1for menor, o gráfico é mais reto
e a aproximação linear é mais precisa ao longo de um intervalo maior centrado em x = a.
Na Seção 9.4 provaremos que se f" (x) for contínua (como costuma ser o caso nas
aplicações), o erro satisfaz a estimativa do erro seguinte:

~ rn
~
onde K é o valor máximo de I f" (x) 1 no intervalo de a a a + h. Essa é uma relação quan-
titativa entre o erro E e o tamanho da derivada segunda. Também mostra que o erro E é
de ordem dois em h, o que significa que E não é maior do que uma constante vezes h2.
Assim, se h for pequeno, digamos, h = 10-n, então E é substancialmente menor porque
tem ordem de magnitude h2 = 10- 2n.
CAPITULO 4 Aplicações da Derivada 179

A estimativa do erro também nos diz que a precisão aumenta quando tomamos inter-
valos cada vez menores em torno de x = a. Isso é uma versão mais exata da propriedade
de "linearidade local" de funções deriváveis que estudamos na Seção 3.2.

4.1 RESUMO
• Seja ~f = f (a + ~x) - f (a). A aproximação linear é a estimativa

1 ~f ~ J'(a)~x 1

para ~x pequeno. Também pode ser escrita assim: ~Y ~ dy ~x.


dx
• L(x) = J' (a)(x - a)+ f (a) é a linearização def emx =a. A aproximação linear pode
ser reescrita como a estimativa f (x) ~ L(x) para lx - ai pequeno.
• O erro na aproximação linear é a quantidade

Em muitos casos, o erro percentual é mais relevante do que o próprio erro:

erro percentual = erro 1


x 100%
1 va1or exato

4.1 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Dê uma estimativa de g (1 ,2) - g (1) se g' (l) = 4. 4. Discuta como a aproximação linear torna a afirmação seguinte
mais precisa: a sensibilidade da saída em relação a uma pequena
2. Dê uma estimativa de f (2, l }, sabendo que f (2) = l e f 1 (2) = 3. variação na entrada depende da derivada.
3. A velocidade de um trem num dado instante é 110 pés/s. Qual é 5. Suponha que a linearização def(x) em a= 2 seja L(x) = 2x + 4.
a distância percorrida pelo trem durante o próximo meio segundo O que valemf (2) e f' (2)?
(use aproximação linear).

Exercícios
Nos Exercícios 1-4, use a aproximação linear para dar uma estimati- 8. f(x) = senx, a= O, õ.x = 0,02
va de N(3,02) - f(3) para a função dada.
9. f(x) = tg x, a= ¾, õ.x = 0,013
1. f (x) =x2 2. f(x) = x4 10. f(x) = cosx, -
a- 1C
4, ó.X= 0,03
1
3. f(x) = X- 1 4. f(x) =- Nos Exercícios 11-16, dê uma estimativa da quantidade dada
x +l
usando a aproximação linear e encontre o erro usando uma cal-
Nos Exercícios 5-10, dê uma estimativa de /'),.fusando a aproximação culadora.
linear e use uma calculadora para calcular o erro e também o erro
percentual. 11. ./26-./25 12. 16,5 114 - 16 114

5. f(x) =x - 2x2, a= 5, ó.X= - 0,4 l l l


13. - - - - 14. - - -
.JTõT 10 Jgg 10
6. f (x) = JT+x, a= 8, ó.X = l
15. sen(0,023) Sugestão: dê uma estimativa de sen(0,023) - sen O.
l
1. f (x) = - -2 , a= 3, Õ.X = 0,5 16. (15 ,8) 114
l+x
180 CÁLCULO

17. A raiz cúbica de 27 é 3. Quanto maior é a raiz cúbica de 27,2? Dê da perda de peso do astronauta por milha adicional na altitude
uma estimativa usando a aproximação linear. acima de 2.000.

18. O que é maior: Jf,T - ./2 ou J9:T - .,/§? Explique usando a 31. O volume V de um certo gás (em 1) está relacionado à pressão P
aproximação linear. (em atm) pela fórmula PV = 24. Suponha que V= 5 com erro
possível de ±0,5 Iitro.
19. Dê uma estimativa de sen 61 ° - sen 60° usando a aproximação
(a) Calcule P e dê uma estimativa do erro possível.
linear. Observação: é necessário expressar 110 em radianos.
(b) Dê uma estimativa de erro máximo possível em V se P deve ter
20. Um fio fino de prata tem comprimento L = 18 cm quando a um erro de 0,5 atm, no máximo.
temperatura é de T = 30ºC. Dê uma estimativa do comprimen-
to quando T = 25ºC se o coeficiente de expansão termal for 32. A dosagem D de difenidramina para um cão de massa corpórea
k = 1,9 x Io-50 c- 1 (ver Exemplo 3). w kg é D = kw 213 mg, onde k é uma constante. Um cocker spa-
niel tem uma massa de 10 kg numa tabela de veterinário. Dê uma
21. A pressão atmosférica P numa altitude h = 40.000 pés é de estimativa do erro tolerável máximo em w se o erro percentual na
390 lb/pés • Dê uma estimativa de P a h = 41.000 pés se
2
dosagem D deve ser inferior a 5%.
dP /dhlh= 4o.ooo = -0,0188 lb/pé3m.
Nos Exercícios 33-38, encontre a linearização em x = a.
22. A resistência R de um fio de cobre à temperatura T = 30ºC é de
n
R = 15 Q. Dê uma estimativa da resistência quando T = 22ºC, 33. y = cosx senx, a= O 34. y = cosx senx, a= -
4
supondo que dR/dTIT= 20 = 0,06 Q/º C.
35. y = (l +x)- 112, a= O
23. O lado s de um tapete quadrado foi medido como sendo de 6 pés.
Dê uma estimativa do erro máximo na área do tapete se a preci- 36. y = (1 +x)- 112, a= 3
são de s for de meia polegada.
37. y = (1 + x 2 )- 112 , a= O
24. Um balão esférico tem um raio de 6 pol. Dê uma estimativa da senx n
variação no volume e área de superfície se o raio for aumentado 38. y = ~· a= 2
em0,3 pol.
39. iCG~ Dê uma estimativa de ./16,2 usando a linearização L(x)
25. Uma pedra lançada verticalmente no ar, com velocidade inicial v de/ (x) = ,Jx em a= 16. Esboce o gráfico de/ (x) e L(x) no
pés/s, alcança uma altura máxima de h = v2 /64 pés. mesmo par de eixos e determine se a estimativa é muito grande
(a) Dê uma estimativa de !lh se v for aumentado de 25 para 26 pés/s. ou muito pequena.
(b) Dê uma estimativa de !lh se v for aumentado de 30 para 31 pés/s.
40. iCG~ Dê uma estimativa de 1/J'Is usando uma linearização
(e) Em geral, decida se um aumento de I pé/s na velocidade inicial L(x) conveniente de/ (x) = I/,Jx. Esboce o gráfico de/ (x) e
causa uma variação maior na altura máxima alcançada quando a L(x) no mesmo par de eixos e determine se a estimativa é muito
velocidade for maior ou menor? Explique. grande ou muito pequena. Use uma calculadora para calcular o
erro percentual.
26. Se o preço de uma passagem de ônibus de Albuquerque para Los
Alamos for fixado em x dólares, uma companhia de transporte Nos Exercícios 41-46, aproxime usando linearização e use uma cal-
coletivo obtém uma receita mensal de R(x) = I,Sx - 0,0Ix 2 culadora para calcular o erro percentual.
(em milhares de dólares).
(a) Dê uma estimativa da variação na receita se o preço for aumenta- 41 . ./17 42. _l_ 43. (17) 114
do de $50 para $53. ./17
(b) Suponha que x = 80. Como será afetada a receita por um peque- 44. (27,03) 113 45. (27,001) 1/ 3 46. (1 ,2) 513
no aumento no preço? Explique usando a aproximação linear.
47. ICG!I Esboce o gráfico def(x) = tg x e sua linearização L(x) em
27. A distância de frenagem de um automóvel (depois de acionado o 1t de eixos.
.
=
freio) é aproximadamente F (s) = 1, Is + 0,054s 2 pés, onde sé
a
4 no mesmo par
a velocidade em mi/h. Use a aproximação linear para dar uma es- (a) A linearização sobreestima ou subestima/(x )?
timativa da variação na distância de frenagem por mi/h adicional
(b) Esboçando y = f(x) - L(x) e y = 0,1 no mesmo par de eixos, mostre
quando s = 35 e quando s = 55.
que o erro lf (x) - L(x)I é no máximo 0,1 para 0,55 :S x ::S 0,95.
28. João obtém 40 cm como a medida da circunferência C de uma bola (e) Encontre um intervalo de valores de x no qual o erro é no máxi-
esférica e passa a calcular o volume dessa esfera. Dê uma estimati- mo 0,05.
va do erro máximo possível em V se o erro em C é de, no máximo,
1
2 cm. Lembre que C = 2nr e V = nr 3, onde ré o raio da bola. 48. iê1íl Calcule a linearização L(x) de f (x) = x 2 - x 312 em
a = 2. Em seguida, esboce o gráfico de f (x) - L(x) e encontre
29. Dê uma estimativa da perda de peso por milha de altitude a mais um intervalo contendo a= 1 tal que lf(x) - L(x)I :S 0,1.
de um piloto de 130 libras. A que altitude ele pesaria 129,5 li-
bras? Ver Exemplo 4. Nos Exercícios 49-50, use o fato seguinte, deduzido das leis de Newton:
um objeto lançado num ângulo(} com velocidade inicial v pés/s percor-
30. Quanto pesaria um astronauta de 160 libras num satélite em ór- re uma distância total de s = ,bv 2 sen 20 pés (Figura 8).
bita terrestre a uma altitude de 2.000 milhas? Dê uma estimativa
CAPITULO 4 Aplicações da Derivada 181

49. Um jogador a 18,1 pés da cesta salta para lançar a bola desde uma 50. Dê uma estimativa da variação na distância s do lançamento se o
altura de 10 pés (no nível da cesta) com um ângulo de e = 34° e ângulo variar de 50° para 51 ° para v = 25 pés/s e para !::,. e= 30
velocidade inicial de v = 25 pés/s. pés/s. O lançamento é mais sensível ao ângulo quando a veloci-
dade é maior ou menor? Explique.

51. Calcule a linearização def(x) = 3x - 4 em a= Oe a= 2. Mais


geralmente, prove que uma função linear coincide com sua line-
arização em x = a, para qualquer a.

52. De acordo com (3), o erro na aproximação linear é de "ordem


dois" em h. Mostre que a aproximação linear de f (x) = ,..fi
em x = 9 fornece a estimativa v'9 + h - 3 ::::: ~ h. Em seguida,
calcule o erro E para h = 10-n, 1 ::: n ::: 4, e verifique nume-
ricamente que E ::: 0,006h 2.
FIGURA 8 A trajetória de um objeto lançado num ângulo e.
53. Mostre que a aproximação linear de f (x) = tg x em x = ¾for-
(a) Mostre que a distância s do lançamento varia aproximadamente nece a estimativa tg(¾ + h) - 1 ::::: 2h. Calcule o erro E para
0,255b.B pé se o ângulo variar por uma quantidade b.B. Lembre h = 10-11 , 1 :::: n :::: 4, e verifique que E satisfaz a estimativa do
de converter os ângulos para radianos na aproximação linear. erro (3) com K = 6,2.
(b) É razoável esperar que o lançamento teria sido convertido se o
ângulo fosse modificado por no máximo 2°?

Compreensão adicional e desafios


54. Mostre que, dado qualquer número real k, vale ( 1 + xi : : : 1 + kx Em seguida, prove que E ::: 2h2 se -½ ::: h ::: ½- Sugestão:
parax pequeno. Dê uma estimativa de (l ,02)0,7 e (1,02)-o,3_ Nessecaso,½::: 1 +h ::: i·
55. ICGij (a) Mostre que/ (x) = sen x e g(x) = tg x têm a mesma 58. Considere a curva y4 + x2 + xy = 13.
linearização em a = O. (a) Calcule dy/dx em P = (3, 1) e encontre a linearização y = L(x)
(b) Qual dessas duas funções é aproximada mais precisamente? Ex- emP.
plique usando um gráfico acima de [O, !J. (b) iCGij Esboce a curva e o gráfico de y = L(x) no mesmo par de
(e) Calcule o erro nessas linearizações em x = l A resposta obtida eixos.
confirma a conclusão em (b)? (e) Embora y esteja definido somente de maneira implícita como
função de x, podemos usar y = L(x) para aproximar y para x per-
56. Seja !::,.f = f(5 + h) - /(5), onde f (x) = e seja E =
x2,
to de 3. Use essa idéia para encontrar uma solução aproximada
lb.f - f' (5)h l o erro na aproximação linear. Verifique direta-
de y4 + 3,1 2 + 3,ly = 13. Usando o gráfico de (b), decida se a
mente que E satisfaz (3), com K = 2 (portanto E é de ordem
aproximação é muito grande ou muito pequena.
dois em h).
(d) C,0,5 Resolva y4 + 3,12 + 3, l y = 13 numericamente com
57. Sejam f(x) = x- 1 e
E= lb.f - f'(l)hl o erro na aproxima- um sistema algébrico computacional e então usando o resultado
ção linear em a= 1. Mostre diretamente que E = h 2/(1 + h) . obtido para encontrar o erro percentual da aproximação.

C(t)
mg/ml 4.2 Valores extremos
0,002
Em muitas aplicações, um problema importante é encontrar a valor mínimo ou máximo
0,001 de alguma função f (x). Por exemplo, um médico precisa determinar a concentração máxi-
ma de um medicamento na corrente sangüínea de um paciente quando esse medicamento
for administrado. Isso corresponde a encontrar o ponto mais elevado do gráfico da função
2 4 6 8 10 C(t) da concentração do medicamento no instante t (Figura 1).
t (Horas) Os valores máximo e mínimo (que, às vezes, abreviamos por "max" e "min", res-
FIGURA 1 A concentração C(t) do
pectivamente) são denominados valores extremos ou, simplesmente, extremos da fun-
medicamento na corrente sangüínea. ção e o processo de encontrá-los é a otimização. Às vezes estamos interessados em
encontrar o min ou o max para x somente num determinado intervalo /, em vez de todo
o domínio def(x).
182 CÁLCULO

Muitas vezes omitimos a palavra


"absoluto" e nos referimos DEFINIÇÃO Valores extremos num intervalo Sejaf (x) uma função num intervalo/ e seja
simplesmente ao min ou max no a E/. Dizemos quef(a) é o
intervalo I. Quando nenhum intervalo
for mencionado, entende-se que nos • Mínimo absoluto de f (x) em/ se f (a) ::: f (x) para todo x E /.
estamos referindo aos valores extremos
• Máximo absoluto def(x) em/ se f(a) ::: f(x) para todo x E/.
de todo o domínio da função.

Será que toda função tem um valor máximo ou mínimo? Certamente que não, como
podemos ver tomando f (x) = x. De fato, f (x) = x cresce sem cota quando x ~ oo e
decresce sem cota quando x ~ -oo. A verdade é que os valores extremos nem sempre
existem, nem mesmo quando nos restringimos a um intervalo/. A Figura 2 ilustra o que
pode dar errado se / for um intervalo aberto ou se f tiver uma descontinuidade:
• Descontinuidade: (A) mostra uma função descontínua sem valor máximo. Os va-
lores de g(x) ficam arbitrariamente próximos de 3 por falta, mas 3 não é o valor
máximo porque na realidade g (x) nunca atinge o valor 3.
• Intervalo aberto: Em (B),f (x) está definida no intervalo aberto (a, b) ef (x) não
tem min ou max porque tende a oo na extremidade direita e a -oo na esquerda.
Felizmente, o teorema a seguir garante que os valores extremos existem se f (x) for contí-
nua e/ for fechado [Figura 2(C)].

y y
- Max em [a, b)
3 )

- - Minem [a, b)
~+---+---+-- X ~+-----+-- X
a e b a b
(A) g (x) é descontínua e não (B) f (x) não tem min nem max (C) h(x) é contínua e [a, b) é fechado.
tem max em [a, b]. no intervalo aberto (a, b). Portanto, h(x) tem um min e um max
em[a, b].

FIGURA 2

•·· LEMBRETE Um intervalo fechado


e limitado é um intervalo I = [a, b) TEOREMA 1 Existência de extremos num intervalo fechado Se f (x) for uma função contí-
(com extremidades incluídas) em que nua num intervalo fechado (e limitado)/= [a, b], entãof (x) atinge um valor mínimo
ambos a e b são finitos. Muitas vezes e um valor máximo em /.
omitimos a palavra "limitado" e nos
referimos a um intervalo fechado e
limitado mais simplesmente como um
intervalo fechado. Um intervalo aberto ENTENDIMENTO CDNCEITUAL A idéia no Teorema 1 é que uma função contínua num in-
(a, b) (extremidades excluídas) pode ter tervalo fechado precisa atingir um min e um max porque ela não pode pular valores ou
uma ou ambas extremidades infinitas. disparar para o ±oo, como nas Figura 2(A) e (B). Contudo, uma prova rigorosa depende
da propriedade de completude dos números reais (ver Apêndice D para uma prova).

Extremos locais e pontos críticos


Agora nos concentramos no problema de encontrar valores extremos. Um conceito-chave
é o de mínimo e máximo local.

DEFINIÇÃO Extremos locais Dizemos quef(x) tem um


• Mínimo local emx = e sef(c) foro valor mínimo def em algum intervalo aber-
to (no domínio de!) contendo e.
• Máximo local em x = e se f (e) for o valor máximo de f em algum intervalo
aberto (no domínio de!) contendo e.
CAPITULO 4 Aplicações da Derivada 183

y y
y = f(x)

Max local
f (a)
(c,f(c))
/
/(e)

'---+-----+---+--X
e a e b

(A) (B)

FIGURA 3

Um max ou min local ocorre em x = e se (c,f (c)) for o ponto mais alto ou baixo do
gráfico dentro de alguma caixa pequena [Figura 3(A)]. Para ser um max local,f (c) deve
ser maior do que ou igual a todos os outros valores próximos, mas não precisa ser o valor
máximo absoluto (e analogamente para um min local). A Figura 3(B) ilustra a diferença
entre extremos absolutos e locais. Observe quef(a) é o max absoluto em [a, b], mas não
é um max local, poisf (x) atinge valores maiores à esquerda de x = a.

a e b a e b

(A) A reta tangente é horizontal (B) Esse mínimo local ocorre num ponto
nos extremos locais. em que a função não é derivável.

FIGURA 4
y
Como encontrar os extremos locais de uma função? Uma observação crucial é que a
reta tangente num minou max local é horizontal [Figura 4(A)]. Em outras palavras, sef(c)
for um minou max local, então f'(c) = O. No entanto, isso pressupõe quef(x) seja derivá-
vel. Caso contrário, a reta tangente pode não existir num min ou max local, como na Figura
4(B). Para abarcar ambas possibilidades, definimos o conceito de ponto crítico.
2 4

DEFINIÇÃO Pontos críticos Um número e no domínio de fé denominado ponto crítico


se f ' (e) = Oou então f' (e) não existir.
FIGURA 5 O gráfico de
f (x) = x 3 - 9x 2 + 24x - 10.
• EXEMPLO 1 Encontre os pontos críticos de f(x) = x3 - 9x 2 + 24x - 10 (Figura 5).
Solução A função f (x) é derivável em toda parte, portanto os pontos críticos são as solu-
ções de J'(x) = O:
y
J ' (x) = 3x 2 - l8x + 24 = 3(x 2 - 6x + 8) = 3(x - 2)(x - 4) = O

Os pontos críticos são as raízes e = 2 e e = 4.



- - - -- - - - -x • EXEMPLO 2 Uma função que não é derivável Encontre os pontos críticos def(x) = lxl-
-1
Solução Como vemos na Figura 6, J' (x) = -1 para x < Oe J ' (x) = 1para x > O. Portan-
to, f' (x) = Onão tem solução com x 'f=. O. Contudo, f' (O) não existe e portanto e = Oé
FIGURA 6 O gráfico def(x) = lxl- um ponto crítico. •
184 CÁLCULO

Agora enunciamos um resultado básico que utilizamos repetidamente para encontrar


valores extremos.

TEOREMA 2 Teorema de Fermat sobre extremos locais Sef (e) for um minou max local,
então e é um ponto crítico de f

A reta secante tem Demonstração Suponha quef (e) seja um mínimo local (o caso de máximo é tratado ana-
inclinação negativa logamente). Se não existir f'(c), então e é um ponto crítico e terminamos a demonstração.
para h < O A reta secante tem
inclinação positiva Portanto supomos que exista f' (e). Devemos provar que f' (e) = O.
/ para h > O Como f (e) é um mínimo local, temos f (e + h) ~ f (e) para todo h -:/=- Osuficiente-
mente pequeno. Equivalentemente,f (c + h) - f (c) ~O.Agora dividimos essa desigual-
\ dade por h:
f (c + h) - f (c) >
-------------x h -
0 se h> O [I]
c-h e c+h

FIGURA 7
f (e+ h) - f (e) <
0 se h< O
h -
A Figura 7 mostra a interpretação gráfica dessas desigualdades. Tomando os limites late-
rais de ambos lados de (1) e (2), obtemos

J'(c) = lim f(c + h) - f(c) ~ lim O= O


h~o+ h h~o+
y
J'(c) = lim f(c + h) - f(c) ~ lim O= O
h~O- h h~O-

lsso mostra que f' (e) ~ Oe f' (e) ~ O. A única possibilidade que resta é f' (e) = O, como
queríamos demonstrar. •

ENTENDIMENTO CONCEITUAL O Teorema de Fermat não a.firma que todos pontos críticos
fornecem extremos locais. Podem ocorrer "falsos positivos", ou seja, pontos em que
-1
J'(c) = Omasf(c) não é um extremo local. Nesse caso,fpode ter um ponto de infle-
xão em x = e, onde a reta tangente é horizontal mas cruza o gráfico. Por exemplo, se
f (x) = x 3, então f' (x) = 3x 2 e J' (O) = O, mas f (O) não é nem um min local nem um
FIGURA 8 O gráfico de f (x) = x 3. A
reta tangente em (O, O) é horizontal. max local (Figura 8).

Otimização num intervalo fechado


Nesta seção, restringimos nossa Finalmente dispomos de todas as ferramentas necessárias para otimizar uma função con-
atenção a intervalos fechados porque, tínua num intervalo fechado. O Teorema 1 nos diz que existem os valores extremos e o
nesse caso, os valores extremos
garantidamente existem (Teorema 1). teorema seguinte nos diz onde podemos encontrá-los, a saber, dentre os pontos críticos ou
A otimização em intervalos abertos é extremidades do intervalo.
discutida na Seção 4.6.

TEOREMA 3 Valores extremos num intervalo fechado Suponha que f (e) seja contínua em
[a, b] e sejaf (c) o valor mínimo ou máximo em [a, b]. Então ou e é um ponto crítico
ou então é uma das extremidades a ou b.

Demonstração Suponha primeiro que f (e) seja um max em [a, b]. Então e é uma das
extremidades a ou b, ou e pertence ao intervalo aberto (a, b). Nesse último caso,! (e)
também é um máximo local, porque é o valor máximo def (x) em (a, b). Pelo Teorema de
Fermat, e é um ponto crítico. O caso de mínimo é análogo. •

• EXEMPLO 3 Encontre os valores extremos de f(x) = 2x 3 - 15x2 + 24x + 7 em [O, 6].


CAPITULO 4 Aplicações da Derivada 185

Solução Pelo Teorema 3, os valores extremos ocorrem em pontos críticos ou extremida-


des, portanto podemos simplificar repartindo o problema em dois passos.
Passo 1. Encontrar os pontos críticos.
A função f (x) é derivável, portanto podemos encontrar os pontos críticos resolvendo
2
J'(x) = 6x - 30x + 24 = 6(x - l)(x - 4) = O
y
Os pontos críticos são e = 1 e 4.
Passo 2. Calcular f (x) nos pontos críticos e extremidades e comparar.

Valordex Valordef
1 (ponto crítico) f(I) = 18
Mínimo 4 (ponto crítico) f(4) = -9 min

FIGURA 9 O gráfico de O(extremidade) f(O) = 7


f (x) = 2x 3 - 15x2 + 24x + 7. 6 (extremidade) f(6) = 43 max

O máximo de f (x) em [O, 6] é o maior dos valores dessa tabela, a saber,! (6) = 43
(Figura 9). Analogamente, o mínimo éf(4) = -9. •

• EXEMPLO 4 Função com cúspide Encontre o máximo de f (x) = 1- (x - 1)213 em


[-1, 2].
y Solução Temos f (x) = 1- (x - 1)213 .

Passo 1. Encontrar os pontos críticos.


A derivada é

1 2 1/3 2
f (x) = -3(x - 1)- = 3(x - 1)1/3

A equação f' (x) = Onão tem solução, pois o numerador de f' (x) não se anula. Con-
FIGURA 10 O gráfico de tudo, f' (x) não existe em x = 1, portanto e = 1 é um ponto crítico (Figura 1O).
f(x) =
1 - (x - 1)213. Passo 2. Calcular f (x) nos pontos críticos e extremidades e comparar.

Valordex Valordef
1 (ponto crítico) f (l) = l max
-1 (extremidade) f(-1) ~ -0,59 min
f (2) = O

y
2 (extremidade)

No próximo exemplo, os pontos críticos ficam fora do intervalo [a, b], portanto são
irrelevantes para o problema.

• EXEMPLO 5 Um ponto crítico fora do intervalo Encontre os valores extremos de


f (x) = -2x em [4, 8] (Figura 11).
X +5
Solução Calculamos J'(x) usando a regra do quociente e resolvemos para os pontos
críticos:
FIGURA 11 O gráfico de
X , (x 2 + 5)(x)' - x(x 2 + 5)' (x 2 + 5) - x(2x) 5 - x2
f(x) = - 2- . f (x) = (x2 + 5)2 = (x2 + 5)2 = -(x-2 _+ _5_)2 = O
X +5
186 CÁLCULO

Vemos que f' (x) = Ose 5 - x 2 = O. Portanto, os pontos críticos são e = ±Js ~ ±2,2,
ambos os quais estão fora do intervalo (4, 8]. Desse modo, o mine max def(x) em (4, 8]
ocorrem nas extremidades:

Valordex Valordef

4 (extremidade) f (4) = ti ~ 0,19 max

8 (extremidade) f (8) = J9 ~ 0,116 rnin



y • EXEMPLO 6 Exemplo trigonométrico Encontre os min e max de f (x) = sen x cos x em
f'(x) = cos 2x [O, n].

Solução Primeiro reescrevemos f (x) usando uma identidade trigonométrica como


f (x) = ½sen 2x e resolvemos f' (x) = cos 2x = O. Isso dá 2x = ;, ou 3{, portanto os
pontos críticos no intervalo [O, n] são e = ¾e 3; (Figura 12). Em seguida, calculamos
f (x) nos pontos críticos e nas extremidades, para encontrar o mine o max:
-1

FIGURA 12 A equação cos 2x = Otem Valordex Valor def


duas soluções no intervalo [O, n], a
saber, 47r e 43,r. ¾(ponto crítico) !(¾) = ½ max

.f
3 (ponto crítico)
J(3:) =-½ min

O(extremidade) f(O) =O
n (extremidade) f(n) =O

Teorema de Rolle
y
Como uma aplicação de nossos métodos de otimização, provamos o Teorema de Rolle,
f'(c) = O que afirma que se f (x) for derivável e f (a) = f (b ), então a reta tangente é horizontal em
algum ponto e entre a e b (Figura 13).

~-+----+----+-- X TEOREMA 4 Teorema de Rolle Suponha quef (x) seja contínua em [a, b] e derivável em
a e b
(a, b). Se f (a) = f (b ), então existe um número e entre a e b tal que f' (e) = O.
FIGURA 13 Teorema de Rolle: sef(a)
= f (b), então f ' (e) = Opara algum e
entre a e b. Demonstração Comof(x) é contínua e [a, b] é fechado,f(x) tem um mine um max em
[a, b]. Onde ocorrem? Temos dois casos. Se ocorrer um valor extremo num ponto e do
intervalo aberto (a, b), entãof(c) é um valor extremo local e f ' (c) = Opelo Teorema de
Fermat (Teorema 2). Caso contrário, tanto o min quanto o max ocorrem nas extremidades.
Contudo,f (a)= f (b), portanto os valores mine max coincidem ef (x) deve ser uma fun-
ção constante. Portanto, f'(x) =Ovale para todo x E (a, b) e o Teorema de Rolle está
satisfeito para todo e E (a , b). •

• EXEMPLO 7 Ilustrando o teorema de Rolle Verifique o Teorema de Rolle para

f(x) = x4 -x2 em (-2, 2]


CAPITULO 4 Aplicações da Derivada 187

Solução Primeiro conferimos que f (2) = f (-2):

!(2)=24 -22 =12, f(-2) = (-2)4 - (-2) 2 = 12

Em seguida, observamos que f (x) é derivável em toda parte. Portanto, as hipóteses do


Teorema de Rolle estão satisfeitas e J'(c) = Odeve ter uma solução em (-2, 2). Para
conferir isso, resolvemos f ' (x) = 4x 3 - 2x = 2x (2x 2 - 1) = O. As soluções e = Oe
e=± 1/ .J2 ~ ±0,707 estão todas em (-2, 2), portanto o Teorema de Rolle está satisfei-
to com esses três valores de e. •

y • EXEMPLO 8 Usando o teorema de Rolle Mostre que f (x) = x 3 + 9x - 4 tem no máxi-


20
mo uma raiz real.
Solução Vamos utilizar uma prova por contradição. Sef(x) tivesse duas raízes reais a e b,
então f (a)= f (b) e o Teorema de Rolle garantiria que J'(c) = Opara algum e E (a, b).
Contudo, f' (x) = 3x 2 + 9 ::: 9, portanto f' (e) = Onão tem solução. Concluímos quef(x)
não pode ter mais do que uma raiz real (Figura 14). •

FIGURA 14 O gráfico de
f (x) = x 3 + 9x - 4. Essa função tem
uma raiz real.

PERSPECTIVA
HISTÕRICA

Pierre de Fermat René Descartes


(1601-1665) ( 1596-1650)

t difícil imaginar um método mais Em torno de 1630, na década anterior ao nas- casmo e desdém, acreditando que tinha muito pou-
geral... Esse método nunca falha e cimento de Isaac Newton, o matemático fran- co para aprender de outras pessoas. Fermat havia
poderia ser estendido a inúmeros cês Pierre de Fermat (1601-1665) inventou um enfurecido Descartes por ter, certa vez, ignorado
lindos problemas; com sua ajuda, método geral para encontrar valores extremos. o trabalho de Descartes sobre Óptica, como sendo
encontramos o centro de gravidade Fermat essencialmente disse que se quisermos um "tatear nas sombras". Talvez como retaliação,
de figuras delimitadas por linhas
encontrar extremos, devemos igualar a derivada Descartes atacou Fermat, alegando que seu méto-
retas ou curvas, bem como de
a zero e resolver para os pontos críticos, exata- do de encontrar tangentes estava errado. Depois de
sólidos, e inúmeros outros resultados
mente como o fizemos nesta seção. Ele também interferências de terceiros, Descartes foi forçado
que poderiam ser tratados se
dispuséssemos de tempo para isso. descreveu um método geral para encontrar retas a admitir que o método, afinal de contas, estava
tangentes que não é essencialmente diferente correto. Ele escreveu para Fermat:
-Fermat, em Sobre Máximos e do nosso método de derivadas. Por esse mo-
Mínimos e sobre Tangentes tivo, muitas vezes Fermat é considerado como ... Vendo o último método que você usou para
sendo um dos inventores do Cálculo, junto com encontrar tangentes a curvas, eu não posso responder
Newton e Leibniz. diferentemente que dizer que é muito bom e que, se você
Mais ou menos na mesma época, René Des- o tivesse explicado assim desde o início, eu não o teria
cartes (1596-1650) desenvolveu uma abordagem contradito.
diferente mas muito menos eficaz para encontrar
retas tangentes. Descartes, que emprestou seu Infelizmente, Descartes, que era o mais famoso e
nome para as coordenadas cartesianas, foi o prin- influente dos dois, continuou tentando acabar com
cipal filósofo e cientista europeu de sua época e é a reputação de Fermat. Hoje em dia, reconhecemos
considerado, hoje em dia, como o pai da Filosofia Fermat como um dos maiores matemáticos de seu
Moderna. Ele foi um pensador profundo e escritor tempo, que deu contribuições de enorme alcance
brilhante, mas também era conhecido por seu sar- em várias áreas da Matemática.
188 CÁLCULO

4.2 RESUMO
• Os valores extremos def (x) num intervalo/ (também denominados extremos absolutos
em/) são os valores mínimo e máximo def (x) para x E /.
• Teorema básico: se f (x) for contínua num intervalo fechado [a, b], então f (x) atinge um
mine um max em [a, b].
• f (c) é um mínimo local se f (x) ::: f (c) para todo x de algum intervalo aberto contendo
c. Máximos locais são definidos de maneira análoga.
• x = c é um ponto crítico de f (x) se f' (c) = Oou então f' (c) não existir.
• Teorema de Fermat: se f (c) for um min ou max local, então c é um ponto crítico.
• Para encontrar os valores extremos de uma função contínuaf (x) num intervalo fechado
[a, b]:

Passo 1. Encontrar os pontos críticos def(x) em [a, b].


Passo 2. Calcular! (x) nos pontos críticos em [a, b] e nas extremidades.
O mine o max em [a , b] são o menor e o maior valor dentre os valores calculados no
Passo 2.
• Teorema de Rolle: sef(x) for contínua em [a, b] e derivável em (a, b), e sef(a) =f(b),
então existe c entre a e b tal que f' (c) = O.

4.2 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Sef (x) for contínua em (0, 1) então (escolha a afirmação correta): 4. Verdadeira ou falsa: se f (x) for derivável e f 1 (x) = Onão tiver
(a) f (x) tem um valor mínimo em (0, l).
soluções, entãof(x) não tem min nem max locais.

(b) f(x ) não tem um valor mínimo em (O, l). 5. O Teorema de Fermat não afirma que se f'(c) = O, entãof(c) é
(e) f (x) pode não ter um valor mínimo em (0, 1).
um valor extremo local (isso está errado). O que, afinal, afirma o
Teorema de Fermat?
2. Se f (x) não for contínua em [O, 1) então (escolha a afirmação
correta): 6. Sef(x) for contínua mas não tiver pontos críticos em [O, 1), então
(escolha a afirmação correta):
(a) f(x) não tem valores extremos em [O, 1).
(a) f (x) não tem nem min nem max em [O, 1)
(b) f (x) pode não ter quaisquer valores extremos em [O, 1).
(b) Ouf (0) ouf(l) é o valor mínimo em [O, 1).
3. Qual é a definição de ponto crítico?

Exercícios
1. As questões a seguir se referem à Figura 15. (a) Quantos pontos críticos deve terf(x)?

(b) Qual é o valor máximo def(x) em [O, 8]?


y
(e) Quais são valores máximos locais def (x)?
6
(d) Encontre um intervalo fechado em que ambos mine max def(x)
5 +··'~·······,
ocorrem em pontos críticos.
4+··············'<··········· f(x)
3 + ·······!· ·····' ····~ (e) Encontre um intervalo no qual o valor máximo e mínimo ocor-
2 rem no mesmo ponto.

2. Decida se f (x ) = x - 1(Figura 16) tem um valor mínimo ou má-


1 2 3 4 5 6 7 8 ximo nos intervalos seguintes:

FIGURA 15 (a) (O, 2) (b) (1 , 2) (e) [l, 2)


CAPITULO 4 Aplicações da Derivada 189

y
Nos Exercícios 17-45, encontre os valores máximo e mínimo da fun-
ção no intervalo dado.

17. y = 2x 2 - 4x + 2, [O, 3]

18. y = - x2 + lOx + 43, [3, 8]

19. y = x2 - 6x - 1, [-2, 2]

2 3 20. y =x2 - 6x - 1, [-2, O]

FIGURA 16 O gráfico de f (x) = X- 1. 21. y = -4x 2 + 3x + 4, [-1 , I]

22. y = x3 - 3x + 1, [O, 2]
Nos Exercícios 3-10, encontre todos os pontos críticos da função.
23. y =x 3 -6x+ I, [-1,1]
4. f(x)=1x-2
9
24. y = x3 - 12x 2 + 21x, [O, 2]
5. f (x) = x3 - - x 2 - 54x + 2 6. f (t) = 8t 3 - t 2
2 25. y = x 3 + 3x 2 - 9x + 2, [-1 , 1]
X
1. f (x) = x2 + l 8. f (t) = 4t - /t2+J 26. y = x3 + 3x 2 - 9x + 2, [O, 2]
x2
9. f(x) = x l/ 3 10. f(x) =- 21. y = x 3 + 3x 2 - 9x + 2, [-4, 4]
x+ l
11. Seja f (x) = x2 - 4x + l. 28. y = x5 - x, [O, 2]
(a) Encontre o ponto crítico c def(x) e calculef(c).
29. y =x5 - 3x 2 , [- 1, 5]
(b) Calcule os valores def (x) nas extremidades do intervalo [O, 4].

(e) Determine o mine o max def(x) no intervalo [O, 4].


30. y = 2s3 - 3s2 + 3, [-4, 4]
2
x +1
(d) Encontre os valores extremos def(x) em [O, l] . 31. y = - -, [5, 6]
x -4
12. Encontre os valores extremos de 2x 3 - 9x 2 + 12x nos intervalos 1- x
[O, 3] e [O, 2]. 32. y = x2 +3x' [1 , 4]

13. Encontre os valores extremos def (x) = sen x + cos x e determi- 4x


ne os valores extremos no intervalo [O, ~]. 33. y =x - --, [O, 3]
x +I
14. Calcule os pontos críticos de h(t) = (t 2 - 1) 1/ 3. Confira se sua 34. y = 2Jx2 + I - x, [O, 2]
resposta é consistente com a Figura 17. Em seguida, encontre os
valores extremos def (x) em [0,1] e [0,2]. 35. y = (2 + x)J2 + (2 - x) 2 , [O, 2]

36. y =~- 2x, [3, 6]


h(t)
37. y = Jx + x 2 - 2,./x, [O, 4]

38. y=(t-t 2) 113, [-1,2]

39. y = sen xcosx, [O,~]


-2 -1 2
40. y =x - senx, [O, 2ir]

41. y = v'2 0 - sec 0, [O, Jl


42. y = cos 0 + sen 0, [O, 2ir]
FIGURA 17 O gráfico de h(t) = (t 2 - 1) l/3_
43. y = 0- 2 sen 0, [O, 2ir]
15. !CGII Esboce o gráfico de f (x) = 2,./x - x em [O, 4] e deter-
mine o valor máximo graficamente. Em seguida, confira sua res- 44. y = sen3 0 - cos2 0, [O, 2ir]
posta usando Cálculo.
45. y = tgx - 2x, [O, l]
16. !CG~ Esboce o gráfico de f (x) = 2x3 - 9x 2 + I 2x em [O, 3]
e localize os valores extremos graficamente. Em seguida, confira 46. Seja f (0) = 2 sen 20 + sen40.
sua resposta usando Cálculo. (a) Mostre que 0 é um ponto crítico secos 40 = - cos 20.
190 CÁLCULO

(b) Usando um círculo unitário, mostre que cos 01 = - cos fh se, e 60. Máximo de uma curva de ressonância A amplitude da respos-
somente se, 81 = n ± fh + 2nk para algum inteiro k. ta de um circuito ou outro sistema oscilatório qualquer a um sinal
(c) Mostrequecos40 = -cos20se,esomentese,0 = n/2 + nk
co
de freqüência ("ômega") de entrada pode ser descrito por
ou 0 = n/6 + (n/3)k. 1
~(co) = --======·
(d) Encontre os seis pontos críticos de f (0) em [O, 2n] e encontre os Jcco5 - co2)2 + 4D2co2
valores extremos de f (0) nesse intervalo.
em unidades convenientes. Tanto O-O (a freqüência natural do
(e) ICG~ Confira suas respostas num gráfico de f (0).
sistema) quanto D (o fator de amortecimento) são constantes
47. ICG~ Encontre os pontos críticos de/ (x) = 2 cos 3x + 3 cos 2x. positivas. O gráfico de ~ é denominado curva de ressonância
Confira sua resposta num gráfico def(x).
e a freqüência de ressonância é a freqüência positiva > O co,
onde ~ atinge seu valor máximo, se é que existe uma tal fre-
Nos Exercícios 48-51, encontre os pontos críticos e os valores extre- qüência positiva. Mostre que uma freqüência de ressonância
mos em [O, 3]. Nos Exercícios 50 e 51, use a Figura 18. existe se, e somente se, O< D < 0-0/-/2 (Figura 19). Em se-
guida, mostre que se essa condição estiver satisfeita, então
y y co, = JcoJ- 2D2 .

-6 2 lt ~ 1t 3 lt
2 2 2

y=lx 2 +4x- 121 y =lcosxl


(A) D= 0,01 (B)D=0,2 (C) D= 0,75 (sem ressonância)
FIGURA 18
FIGURA 19 Curvas de ressonância com O-O = 1.
48. y = lx -21 49. y = 13x - 91
61. As abelhas constroem a estrutura do favo com células de base
50. y = lx2 +4x -121 51. y = 1 cosxl hexagonal e três faces trapezoidais no topo, como na Figura 20.
Usando Geometria, podemos mostrar que a área de superfície
52. Sejaf(x) = 3x -x 3.Confiraquef(-2)=f(l).Oquepodeser dessa célula é
concluído usando o Teorema de Rolle? Confira sua resposta.
3
A(0) = 6hs +
Nos Exercícios 53-56, verifique a validade do Teorema de Rolle no 2s2c J3 cossec 0 - cotg 0)
intervalo dado.
onde h, s e 0 são como indicado na figura. É um fato impressio-
53. f(x)=x+ x - 1, [½ , 2] nante que as abelhas "sabem" qual é o ângulo 0 que minimiza a
área de superfície (e portanto requer o mínimo de cera).
54. f(x) = senx, [¾, 1l (a) Mostre que esse ângulo é de aproximadamente 54,7°, encontran-
x2 do o ponto crítico de A(0) para O < 0 < n/2 (supondo que h e s
55. f(x) =--, [3, 5] sejam constantes).
Sx-15
(b) ICG~ Confirme,comumgráficodef (0) = J3 cossec 0 - cotg 0,
56. f (x) = sen 2 x - cos 2 x, [¾, 3tJ que o ponto crítico realmente minimiza a área de superfície.

57. Use o Teorema de Rolle para provar que f(x) = x 5 + 2x 3 +


4x - 12 tem, no máximo, uma raiz real.
x3 x2
58. UseoTeoremadeRolleparaprovarquef(x) = +2 +x + 1
tem, no máximo, uma raiz real.
6
3
59. A concentração C(t) (em mg/cm ) de um medicamento no san-
gue de um paciente depois de t horas é

C(t) = 0,016t
t2 + 4t + 4
Encontre a concentração máxima e quando ocorre. FIGURA 20 Uma célula do favo construído por abelhas.
CAPÍTULO 4 Aplicações da Derivada 191

62. Os peixes migratórios tendem a nadar numa velocidade v que 66. ~CGij y = x
minimize o gasto total de energia E. De acordo com um mode- lx 2 - li+ lx2 -41
v3 67. (a) Use derivação implícita para encontrar os pontos críticos da
lo, E é proporcional a f (v) = --, onde v, é a velocidade da curva27x 2 = (x 2 + y2) 3 .
V - Vr
água do rio. (b) ~CGij Faça um esboço da curva e das retas tangentes horizontais
(a) Encontre os pontos críticos def (v). no mesmo par de eixos.
(b) ~CG!I Escolha um valor de v, (digamos, v, = 10) e esbocef (v). 68. Esboce o gráfico de uma função contínua em (O, 4) com um valor
Confirme quef (v) atinge um valor mínimo no ponto crítico. mínimo mas sem valor máximo.

63. Encontre o máximo de y = xª - xb em [O, 1], onde O< a < b. 69. Esboce o gráfico de uma função contínua em (O, 4) com um mí-
Em particular, encontre o máximo de y = x 5 - x 10 em [O, l]. nimo local mas sem mínimo absoluto.

Nos Exercícios 64-66, esboce o gráfico da função usando um re- 70. Esboce o gráfico de uma função em [O, 4] com
curso gráfico e encontre seus pontos críticos e valores extremos (a) dois máximos locais e um mínimo local;
em [-5, 5]. (b) um mínimo absoluto que ocorre numa extremidade e um máxi-
mo absoluto que ocorre num ponto crítico.
64. [cG] y= I
l + lx - li 71. Esboce o gráfico de uma função f (x) em [O, 4] com uma descon-
tinuidade tal quef(x) tem um mínimo absoluto mas sem máximo
llrr.ll l l
65. ~ y = - - - + - - - absoluto.
1+ lx - 11 I + lx - 41

Compreensão adicional e desafios


72. Mostre que os valores extremos de f (x) = a sen x + b cos x são 76. Os gráficos na Figura 22 mostram que um polinômio cú-
±Ja2 +b2. bico pode ter um min e um max local ou, então, nenhum
dos dois. Encontre condições sobre os coeficientes a e b de
73. Examinando o valor mínimo, mostre que todos os valores de f(x) = ½x 3 + ½ax2 + bx + c que garantam quefnão tenha
f (x) = x 2 - 2x + 3 são positivos. Mais geralmente, obtenha nem min nem max local. Sugestão: aplique o Exercício 73 à
condições sobre r e s com as quais todos os valores da função derivada f' (x).
quadráticaf(x) = x 2 +rx +s sãopositivos.Dêexemplosde
r e s para os quaisftoma valores tanto positivos quanto nega-
tivos. y y

60
74. Mostre que se o polinômio quadrático f (x) = x 2 + rx + s toma
valores tanto positivos quanto negativos, então seu valor mínimo
ocorre no ponto médio entre duas raízes.
--+-+-+---,..~-~--x --+----+---1-----+--x
-4 4 -2 4
75. Generalize o Exercício 74: mostre que se a reta horizontal y = c
intersecta o gráfico de f(x) = x 2 + rx + s em dois pontos
(x1, f (x 1)) e (x2, f (x2)), entãof (x) atinge seu valor mínimo no
(A) (B)
ponto médio M = -XJ +x2
- (Figura 21).
2 FIGURA 22

y 77. Encontre os valores mínimo e máximo de f(x) = xP(l - x)q


em [O, 1], onde p e q são números positivos.

78. lSJ Prove que seffor contínua ef(a) ef(b) são mínimos
locais com a < b, então existe um valor c entre a e b tal que
f (c) é um máximo local. Sugestão: aplique o Teorema 1 ao
intervalo [a, b]. Mostre que a continuidade é uma hipótese
M Xi necessária, esboçando o gráfico de uma função (necessaria-
mente descontínua) com dois mínimos locais mas nenhum
FIGURA 21 máximo local.
192 CÁLCULO

4.3 Teorema do valor médio emonotonicidade


Intuitivamente sabemos que a derivada determina se uma função está crescendo ou de-
crescendo. Como f ' (x ) é a taxa de variação,f (x) estará crescendo se a taxa for positiva e
decrescendo se a taxa for negativa. Nesta seção, provamos essa afirmação rigorosamente,
usando um resultado teórico importante denominado teorema do valor médio (TVM).
Depois disso desenvolvemos um método para "testar" pontos críticos, ou seja, para deter-
minar se eles correspondem a núnimos ou máximos locais.
Inclinação f' (e) Considere a reta secante pelos pontos (a,f (a)) e (b,f (b)) de um gráfico, como na
Figura 1. De acordo com o TVM, existe pelo menos uma reta tangente que seja paralela à
Inclinação reta secante do intervalo (a, b). Como duas retas são paralelas se tiverem a mesma inclina-
f(a)-f(b)
ção, o que o TVM afirma é que existe um ponto e entre a e b tal que

a e b f(b ) - f (a)
J' (c)
'-.,.-'
= b- a
FIGURA 1 Pelo TVM, existe pelo Inclinação da ._,-,
menos uma reta tangente paralela à reta reta tangente Inclinação da reta
secante
secante.

TEOREMA 1 Teorema do valor médio Suponha quef seja contínua no intervalo fecha-
do [a, b] e derivável em (a, b). Então existe pelo menos um ponto e em (a, b) tal que

J'(c) = f(b) - f(a )


b-a

Observe que o Teorema de Rolle é o caso especial do TVM em quef(a) =f(b). Nes-
se caso, f ' (e) = O.

ENTENDIMENTO GRÃFICO Para ver a plausibilidade do TVM, imagine o que acontece se


movermos a reta secante paralelamente a si mesma. Em algum lugar, ela acaba ficando
uma reta tangente, como na Figura 2. Uma prova formal é dada ao final desta seção.

FIGURA 2 Transladamos a reta secante


• EXEMPLO 1 Exemplifique o TVM com a função f (x) = Jx e os pontos a= 1 e b = 9.
paralelamente até que fique tangente Solução A inclinação da reta secante é
à curva.
f (b)- f (a ) J9 -JI 3 -1 1
-
b- a 9-1 9-1 4

O TVM afirma que J' (c) = ¼Para pelo menos um valor e em (1 , 9). Como f' (x )
½x- e
112, podemos encontrar resolvendo

, 1 1
f (e)= - = -
2./c 4
Isso dá 2./c = 4, ou e = 4. Observe que e = 4 está no intervalo (1, 9), como se exige.

Como uma primeira aplicação, provamos que uma função com derivada nula é
constante.

COROLÃRIO Suponha quef(x) seja derivável e f ' (x ) = Opara todo x E (a , b).Então


f(x) é constante em (a, b). Em outras palavras,! (x) = C, para alguma constante C.
CAPÍTULO 4 Aplicações da Derivada 193

Demonstração Se a1 e b1 são dois pontos distintos quaisquer em (a, b), então, pelo TVM,
existe um e entre a 1 e b1 tal que

A última igualdade vale porque J'(c) =O.Portanto, f (b1) = f (a1) para quaisquer a1 e b1
em (a, b). Isso mostra que f (x) é constante em (a, b). •

Comportamento crescente/decrescente de funções


Agora provamos que o sinal da derivada determina se f (x) é crescente ou decrescente.
Lembre quef (x) é dita
• crescente em (a, b) se f (x1) < f (x2) para quaisquer x1 , x2 E (a, b) tais que
XJ < X2
• decrescente em (a, b) se f(x1) > f(x2) para quaisquer x1, x2 E (a, b) tais que
XJ < X2

Dizemos quef é "não-decrescente" se Dizemos quef (x) é monótona em (a, b) se ela for crescente ou decrescente em (a, b).
f(x1) ~ f(x2) para x, ~ x2
O termo "não-crescente" é definido TEOREMA 2 Sinal da derivada Sejafuma função derivável no intervalo aberto (a, b).
de maneira análoga. No Teorema 2,
se supusermos que f ' (x) 2: O (em vez • Se f'(x) > Opara x E (a , b), então fé crescente em (a, b).
de> O), então f (x) é não-decrescente • Se J'(x) < Opara x E (a, b), entãof é decrescente em (a, b).
em (a, b). Analogamente, se f'(x) ~ O,
entãof(x) é não-crescente em (a, b).

Demonstração Inicialmente suponha que f ' (x) > Opara todo x E (a , b). Para dois pon-
tos x1 < x2 quaisquer em (a, b), o TVM nos diz que existe e entre x, e x2 tal que

Aqui, pela hipótese, f'(c) > O. Como (x2 - x1) é positivo, podemos concluir que
f(x2) - f(x1) > O, ou f(x2) > f(x1), como queríamos demonstrar. O caso J'(x) < Oé
análogo. •

ENTENDIMENTO GRÃFICO O Teorema 2 confirma nossa intuição gráfica:/ (x) é cres-


cente se as retas tangentes ao gráfico têm inclinação positiva e é decrescente se têm
inclinação negativa (Figura 3).

)
Função crescente: retas Função decrescente: retas
tangentes têm inclinação positiva. tangentes têm inclinação negativa.

FIGURA 3
194 CÁLCULO

f decrescente
y • EXEMPLO 2 Encontre os intervalos em que f (x) = x2 - 2x - 3 é monótona.

\ Solução A derivada f' (x) = 2x - 2 = 2(x - 1) é positiva para x > 1 e negativa para
x< 1. Pelo Teorema 2,f é decrescente no intervalo (-oo, 1) e crescente no intervalo
(1, oo).
-1
Observe como o gráfico de f' (x) reflete o comportamento crescente/decrescente de
f (x) (Figura 4). O gráfico de f'(x) fica abaixo do eixo x no intervalo (-oo, 1) onde fé
decrescente e fica acima do eixo x no intervalo (1, oo), onde fé crescente. •

Testando pontos críticos


Existe um teste útil para determinar se um ponto crítico de uma funçãof(x) é um minou
um max (ou nenhum dos dois) que é baseado na troca de sinal de f' (x ).
Para explicar o termo "troca de sinal", suponha que uma função F(x) satisfaça F(c) =
O. Dizemos que F(x) troca de positivo para negativo em x = c se F(x) > Oà esquerda de c
f' <0 e F(x) < Oà direita de c, para todo x dentro de um intervalo aberto pequeno que contenha
FIGURA 4 O gráfico de c (Figura 5). Analogamente definimos uma troca de sinal de negativo para positivo. Uma
f (x) x 2 -
= 2x - 3 e de sua derivada outra possibilidade é que F(x) não troque de sinal (como na Figura 5 em x = 5).
J'(x) = 2x -2. Agora suponha que J'(c) = Oe que J'(x) troque de sinal em x = c, digamos, de+
para -. Entãof(x) é crescente à esquerda de c e decrescente à direita; portanto,f(c) é
um máximo local [Figura 6(A)]. Analogamente, se f ' (x) trocar de sinal de - para+, en-
tãof (c) será um mínimo local. Se f'(x) não trocar de sinal emx = c [Figura 6(B)], então
y
y = F(x) f (x) é não-decrescente ou não-crescente perto de x = c ef(c) não é nem um rnin local
nem um max local [a menos quef (x) seja constante à direita ou à esquerda de x = c].

TEOREMA 3 Teste da derivada primeira para pontos críticos Suponha que f (x) seja derivá-
vel e seja c um ponto crítico def (x). Então:
Sem troca
Sinal troca de sinal • f' (x) muda de + para - em c =} f (c) é um máximo local.
de - para+
• f' (x) muda de - para + em c =} f (c) é um mínimo local.
FIGURA 5

y y
' f(x)=x 3 -27x-20 f(x)
max local:

,------- Nem min


: nem max local

y y
f'(x) = 3x2 - 27 f'(x)

---+---"---..,..-:"------X
C:~
f'(x) muda f'(x) muda f'(x) não troca
de + para- de-para+ de sinal

(A) (B)

FIGURA 6
CAPITULO 4 Aplicações da Derivada 195

O sinal de f ' (x) pode trocar num ponto crítico, mas não pode trocar no intervalo entre
dois pontos críticos consecutivos [isso pode ser provado mesmo se não supusermos f' (x)
contínua]. Portanto, para determinar o sinal de f ' (x) num intervalo entre dois pontos
críticos consecutivos, basta calcular f' (x) num ponto de teste escolhido arbitrariamente
dentro do intervalo. O sinal de f' (xo) é o sinal de f' (x) em todo esse intervalo.

• EXEMPLO 3 Analisando pontos críticos Analise os pontos críticos de

f (x) =x3 - 27x - 20

Solução A derivada é f'(x) = 3x2 - 27 = 3(x2 - 9) e os pontos críticos são e= ±3


[Figura 6(A)]. Esses pontos críticos dividem a reta real em três intervalos:

(-oo, - 3), (-3,3), (3,oo)

Determinamos o sinal de f' (x) em cada um desses intervalos calculando f' (x) num pon-
to de teste dentro de cada intervalo. Por exemplo, em (-oo, -3) escolhemos o ponto de
teste -4. Como J'(- 4) = 21 > O, f'(x), concluímos que é positiva em todo intervalo
(-3, oo). Analogamente,
Escolhemos os pontos de teste - 4 ,
O e 4 arbitrariamente. Por exemplo, J'(- 4) = 21 > O =? f '(x) > O para cada x E (-oo, - 3)
para encontrar o sinal de f ' (x ) em
(-oo, - 3), poderíamos perfeitamente
J'(O) = -27 < O =? f '(x) < O para cada x E (-3, 3)
ter calculado f ' (-5), ou qualquer outro !'(4) = 21 > O =? J'(x) > O para cada x E (3, oo)
valor de f' no intervalo (-oo, -3).
Essa informação está esquematizada no seguinte diagrama de sinais:

Comportamento de f(x)
i ! i
Sinal de f'(x) + +
-3 O 3

Agora usamos o teste da derivada primeira:


• e= -3: f ' (x)trocade+para - =} f( - 3)éummaxlocal;
• e= 3: f ' (x) troca de - para+ =? f(3) é um rnin local.

y
• EXEMPLO 4 Encontrando intervalos de crescimento e decrescimento Encontre os interva-
los de crescimento/decrescimento de f (x) = cos 2 x + sen x em [O, n].
Solução O comportamento crescente/decrescente def(x) só pode mudar em pontos críti-
cos, portanto começamos procurando os pontos críticos resolvendo
1C
6 2
5TC 11:
6
J'(x) = -2cosx senx + cosx = -(cosx)(2 senx - 1) =O
Essa equação é satisfeita se

cosx =o ou 2 senx - 1 = O
Em [O, n] temos
n
cosx = O parax =
2
e
1 n 5n
sen x -2
- - para x =- ,-
6 6
FIGURA 7 O gráfico de Na tabela seguinte, calculamos valores de teste para determinar o sinal de f' (x ) nos inter-
f (x) = cos2 x + sen x e sua derivada. valos entre os pontos críticos:
196 CÁLCULO

Comportamento
Intervalo Valor de teste Sinal def'(x) def(x)

(o,~) !' (0,5) ~ 0,04 + t

(~, ~) f ' (l) ~ -0,37 - t


( ir Sir)
2'0 !'(2) ~ 0,34 + t

(~, n) f'(3) ~ -0,71 - t

O comportamento de f (x) e de f' (x) está delineado na Figura 7.



O próximo exemplo ilustra um caso em que J'(c) = Omas J'(x) não troca de sinal
em x =e.Nesse caso,f(c) não é um min local nem um max local.

y • EXEMPLO 5 Um ponto crítico sem troca de sinal Analise os pontos críticos de f (x) =
½x 3 -x 2 +x.

Solução A derivada é f ' (x) = x 2 - 2x + l = (x - 1)2, portanto e= 1 é o único ponto


crítico. Contudo, (x - 1) 2 ~ O, portanto f'(x) não troca de sinal em e= 1 ef(l) não é
nem um min local nem um max local (Figura 8). •

Demonstração do TVM
FIGURA 8 O gráfico de
f (x) = ½x 3 - x 2 + x não tem um
Sejam = f (b) - f (a) a inclinação da reta secante ligando (a,f (a)) a (b,f(b)). Podemos
b-a
valor extremo no ponto crítico. escrever a equação da reta secante no formato y = mx + r, para algum r (Figura 9). O va-
lor exato der não é importante, mas pode ser conferido quer= f (a) - ma. Para mostrar
que f' (e) = m em algum e em (a, b), considere a função
y
G(x) = f(x) - (mx + r)
G(x ) = f(x) - (mx + r) [IJ
y = m x +r Como indicamos na Figura 9, G(x) é a distância vertical entre o gráfico e a reta secante
em x (que é negativa nos pontos em que o gráfico de f fica abaixo da reta secante). Além
disso, essa distância é nula nas extremidades e, portanto, G(a) = G(b) =O. Pelo Teorema
de Rolle (Seção 4.2), existe um ponto e em (a, b) tal que G' (c) =O.Pela Equação (1),
X b
G' (x ) = f' (x) - m, portanto resulta
Q

FIGURA 9 G(x) é a distância vertical


entre o gráfico e a reta secante. G'(c) = J'(c) - m = O

Assim, f ' (c) = m, como queríamos mostrar.



4.3 RESUMO
• O sinal de f ' (x) determina sef (x) é crescente ou decrescente:

J'(x) > Opara x E(a,b) => fécrescenteem(a,b)


f ' (x) < Opara x E (a , b) => f é decrescente em (a , b)
• O sinal de f' (x ) só pode trocar nos pontos críticos, portanto f (x) é monótona (crescente
ou decrescente) nos intervalos entre os pontos críticos.
• Para encontrar o sinal de f' (x) no intervalo entre dois pontos críticos, calculamos o sinal
de f' (xo) em qualquer ponto de teste xo daquele intervalo.
CAPITULO 4 Aplicações da Derivada 197

• Teste da derivada primeira: suponha quef (x) seja derivável. Se e for um ponto crí-
tico, então

Troca de sinal de J' em e Tipo de ponto crítico


De+ para- Máximo local
De-para + Mínimo local

Se J' não trocar de sinal em x = e, entãof(c) não é nem um min local nem um max local
(a menos quefseja constante à esquerda ou à direita de e).

4.3 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Qual valor de m torna correta a afirmação seguinte? Se f (x) é 4. (a) Useográficodef'(x)naFigura !Oparadeterminarsef(c)é
derivável e/(2) = 3 e/(4) = 9, então o gráfico de/tem uma reta um mínimo ou máximo local.
tangente de inclinação m.
(b) É possível concluir da Figura 10 que/ (x) é uma função decres-
2. Qual das conclusões seguintes não decorre do TVM (supondo f cente?
derivável)?
(a) Se/tem uma reta secante de inclinação O, então f'(c) = O para y
algum valor de c.
(b) Se/ (5) <f (9), então f' (c) > Opara algum c E (5, 9).
(e) Se f' (c) = Opara algum valor de c, então existe uma reta secante
cuja inclinação é O.
(d) Se f' (x) > Opara todo x, então todas retas secantes têm inclina-
ção positiva.

3. Pode uma função que tem só valores negativos ter uma derivada FIGURA 10 O gráfico da derivada f' (x ).
positiva? Esboce um exemplo ou explique por que uma tal fun-
ção não pode existir.

Exercícios
Nos Exercícios 1-6, encontre um ponto c satisfazendo a conclusão do 8. Determine os intervalos nos quais f' (x) é positiva e negativa,
TVM para a função e intervalo dados. supondo que o gráfico da Figura 11 seja o def(x).

1. y = x- 1, [l, 4] 9. Determine os intervalos nos quais/ (x) é crescente ou decrescen-


te, supondo que o gráfico da Figura 11 seja o da derivada f' (x).
2. y = .fi, [4, 9]
y
3. y = (x - l)(x - 3), [l , 3]

4. y = cosx - senx, [O, 2ir]


X X
5. y= - , [3,6]
x+ I

6. y=x3. [-3,-1]
FIGURA 11
7. ICGij Seja f(x) = x 5 +x2 .Verifiquequeareta secanteentre
x = O ex= 1 tem inclinação 2. Pelo TVM, f'(c) = 2 para 10. iCGij Esboceaderivadaf'(x)def(x) = 3x 5 - 5x 3 edescre-
algum c E (O, 1). Dê uma estimativa de c graficamente, como va as trocas de sinal de f' (x ). Use isso para determinar os valores
segue. Esboce f (x) e a reta secante no mesmo par de eixos. extremos locais de f (x). Em seguida, esboce o gráfico de f (x)
Em seguida, esboce as retas y = 2x + b para vários valores de para confirmar suas conclusões.
b, até encontrar um valor de b para o qual a reta é tangente a
y = f (x). Amplie no ponto de tangência para descobrir sua Nos Exercícios 11-14, esboce o gráfico de uma função f (x) cuja deri-
coordenada x . vada f ' (x) tenha a descrição dada.
198 CÁLCULO

11. f ' (x) > Oparax > 3 e f ' (x ) < Oparax< 3. 34. y = x4 -4x3/2 (x > 0)
12. f '(x) > Oparax< 1 e f'(x ) < Oparax> 1. 35. y = x5/2 -x2 (x > 0)

13. f' (x) é negativa em (1, 3) e positiva em todos os demais pontos. 36. y = x- 2 - 4x- 1 (x > O)

14. f '(x) temasucessãodesinais+, -, + , - . 37. y = sen ecos 0, [O, 2,r]

Nos Exercícios 15-18, use o teste da derivada primeira para determi- 38. y = cos 0 + sen 0, [O, 2,r]
nar se o ponto crítico dado é um mínimo local ou um máximo local
39. y = 0 + cos 0, [O, 2,r]
(ou nenhum dos dois).
40. y = 0 - 2cos 0, [O, 2,r]
15. y = 7 +4x - x 2, c =2

16. y = x3 - 27x + 2, c = -3
41. Mostre que f (x) = x 2 + bx + c é decrescente em (- oo, -!)e
crescente em ( -!,
oo).
x2
17. 42. Mostre que f (x) = x3 - 2x2 + 2x é uma função crescente. Su-
y = x +l ' c =O
gestão: encontre o valor núnimo de f ' (x ).
1r
18. y = sen x cos x, c = 43. Encontre condições sobre a e b que garantam que f (x) = x3 +
4
ax + b seja crescente em (-oo, oo).
19. Supondo que o gráfico da Figura 11 seja o da derivada f ' (x ),
2
decida sef(2) ef(4) são núnimos ou máximos locais. 44. ~CG~ Suponha que h(x) = x(x - I) seja a derivada de uma
2
X +1
20. A Figura 12 mostra o gráfico da derivada f '(x) de uma função função f (x). Esboce h(x) e use esse esboço para descrever os
f(x) . Encontre os pontos críticos def(x) e determine se são núni- extremos locais e o comportamento crescente/decrescente de
mos ou máximos locais, ou nenhum dos dois. f (x). Esboce um gráfico plausível da própria! (x).

45. Débora duvidou de duas afirmações de Lucas.


y y =f'(x)
(a) "Embora a velocidade média na minha viagem tenha sido de 70
mi/h, em momento algum meu velocímetro marcou 70 mi/h."
(b) "Embora o radar tenha medido minha velocidade como sendo de
70 mi/h, meu velocímetro jamais marcou 65 mi/h."

Em cada caso, qual é o teorema que Débora utilizou para provar


a falsidade da afirmação de Lucas: o Teorema do Valor Interme-
diário ou O Teorema do Valor Médio? Explique.
FIGURA 12 O gráfico da derivada de f (x).
46. Determine onde f (x ) = (1.000 - x)2 + x 2 é crescente. Use
Nos Exercícios 21-40, encontre os pontos críticos e os intervalos nos isso para decidir qual é maior: 1.0002 ou 998 2 + 22.
quais a função é crescente ou decrescente e aplique o teste da deriva-
47. Mostrequef(x) = 1 - lxl satisfaz aconclusãodoTVMem [a, b] se
da primeira a cada ponto crítico.
a e b são ambos positivos ou negativos, mas não se a < Oe b > O.
21. y = -x 2 + 7x - 17 22. y = 5x 2 +6x - 4 48. Quais valores de c satisfazem a conclusão do TVM no intervalo
[a, b] se f (x) foruma função linear?
23. y = x3 - 6x 2 24. y = x(x + 1) 3
49. Mostre que se f for um polinômio quadrático, então o ponto
25. y = 3x 4 + 8x 3 - 6x 2 - 24x 26. y = x 2 + (10 - x)2
médio c = ª ; b satisfaz a conclusão do TVM em [a, b] para
27. y = !x3 + ~x 2 + 2x + 4 28. y = x 5 +x 3 + 1
quaisquer a e b.
29. y = x4 +x3 30. y = x2 -x4
50. Suponhaquef(0) = 4e f'(x) _:: : 2 para x>O. UsandooTVMno
1 2x + 1 intervalo [O, 3], prove que f (3) _:: : 10. Mais geralmente, prove
31. 32.
y = x2 + 1 y = x2 + 1 que f (x) .::: 4 + 2x para todo x > O.

33. y=x+x- 1 (x > 0) 51. Suponha que f (2) = - 2 e que f' (x) :::: 5. Mostre que f (4) :::: 8.

Compreensão adicional e desafios


52. Mostre que a função cúbica f (x) = x3 + ax2 + bx + c é cres- 53. Prove que se f (0) = g(O) e f' (x) _:::: g' (x) para x :::: O, então
cente em (- oo, oo) se b > a 2/3. f(x) .::: g(x) paratodo x:::: 0.Sugestão: mostrequef(x)- g(x)
é não-crescente.
CAPITULO 4 Aplicações da Derivada 199

54. Use o Exercício 53 para provar que sen x ::: x para x 2: O. 56. Suponha que f" exista e f" (x) = Opara todo x. Prove quef(x) =
mx + b, onde m = f'(O) e b =f(O).
55. Use os Exercícios 53 e 54 para estabelecer as seguintes afirma-
ções para todo x 2: O(cada afirmação decorre da anterior): 57. ~ Definaf(x)=x 3 sen(½)parax=j60ef(0)=0.
(a) COSX ½x 2
2: 1 - (a) Mostre que f' (x) é contínua em x = O e que x = O é um ponto
crítico def
(b) senx 2: x - ¼x 3
(b) iCG~ Examine os gráficos def (x) e J'(x). Podemos aplicar o
COSX :S 1 - ½x + 'tix
2 4
(e) teste da derivada primeira?
(d) Pode-se adivinhar a próxima desigualdade dessa série? (e) Mostre quef(x) não é nem mínimo nem máximo local.

4.4 Oformato de um gráfico


Na seção precedente, estudamos o comportamento crescente/decrescente de uma função
de acordo com o que é determinado pelo sinal da derivada. Uma outra propriedade impor-
tante de uma função é a sua concavidade, que se refere à maneira pela qual o seu gráfico
se curva. Informalmente, uma curva é dita côncava para cima se ela se curva para cima e
côncava para baixo se ela se curva para baixo (Figura 1).

V/~
Côncava para baixo Côncava para cima

FIGURA 1

Para analisar a concavidade de um modo preciso, examinemos como a concavidade


está relacionada com retas tangentes e derivadas. Na Figura 2, podemos ver que quando
f(x) é côncava para cima, as inclinações das retas tangentes são crescentes e quandof(x) é
côncava para baixo, as inclinações são decrescentes. Isso sugere a definição seguinte.

Côncava para cima: Côncava para baixo:


as inclinações das retas as inclinações das retas
tangentes são crescentes. tangentes são decrescentes.

FIGURA 2

DEFINIÇÃO Concavidade Sejaf (x) uma função derivável num intervalo aberto (a, b).
Então
• fé côncava para cima em (a, b) se f' (x) for crescente em (a, b).
• fé côncava para baixo em (a, b) se f' (x) for decrescente em (a, b).

• EXEMPLO 1 Concavidade epreço de ações Duas ações valorizaram e atualmente ambas


vendem a 75 dólares (Figura 3). Contudo, uma é claramente um investimento melhor do
que a outra. Explique em termos de concavidade.
200 CÁLCULO

Preço da ação Preço da ação

75 75

25 25

Tempo Tempo
CompanhlaA CompanhlaB

FIGURA 3

Solução A taxa de crescimento (derivada primeira) das ações da companhia A está decres-
cendo com o passar do tempo (pois o gráfico é côncavo para baixo) e a taxa de crescimento
das ações da companhia B está crescendo (pois o gráfico é côncavo para cima). A continuar
essa tendência, as ações da companhia B constituem um investimento melhor. •

A concavidade de uma função é determinada pelo sinal de sua derivada segunda. De


fato, se J"(x) > O, então J'(x) é crescente e, portanto,f(x) é côncava para cima. Analo-
gamente, se J"(x) < O, então f'(x) é decrescente ef(x) é côncava para baixo.

TEOREMA 1 Teste de concavidade Suponha que f"(x) exista para todo x E (a, b).
• Se f" (x) > Opara todo x E (a, b), então fé côncava para cima em (a, b).
• Se f"(x) < Opara todo x E (a, b), entãof é côncava para baixo em (a, b).

De especial interesse são os pontos em que muda a concavidade do gráfico. Dizemos


que P = (e, f (e)) é um ponto de inflexão de f (x) se, em x = e, a concavidade trocar de
para cima para para baixo, ou vice-versa. Em outras palavras, f' (x) é crescente de um
lado de x = e e decrescente do outro lado. Na Figura 4, a curva da direita é constituída de
dois arcos - um é côncavo para baixo e outro é côncavo para cima (a palavra "arco" se
refere a uma porção da curva). O ponto P em que os dois arcos se juntam é um ponto de
inflexão. Nos gráficos, denotaremos os pontos de inflexão por um quadrado sólido • ·

FIGURA 4 Pé um ponto de inflexão.


r J-
Côncava para baixo Côncava para cima

De acordo com o Teorema 1, a concavidade def é determinada pelo sinal de f". As-
sim, um ponto de inflexão é um ponto em que f" (x) troca de sinal.

TEOREMA 2 Teste de ponto de inflexão Suponha que f"(x) exista para todo x E (a , b)
e seja e E (a, b). Se J"(c) = Oe J"(x) troca de sinal em x = e, então f(x) tem um
ponto de inflexão em x = e.
CAPITULO 4 Aplicações da Derivada 201

Côncava Côncava Côncava • EXEMPLO 2 Encontre os pontos de inflexão def(x) = cos x em [O, 2n].
para baixo para cima para baixo
y Solução Temosf'(x) = -senx, J"(x) = -cosxef"(x) = 0parax = ;, 3{.AFi-
gura 5 mostra que f" (x) troca de sinal, tanto em x = Í quanto em 3f, portanto,f (x) tem
um ponto de inflexão em ambos pontos. •

2ir
• EXEMPLO 3 Encontrando pontos de inflexão e intervalos de concavidade Encontre os pon-
-1 tos de inflexão de f (x) = 3x 5 - 5x 4 + ledetermineosintervalosemquef(x)écôncava
para cima e para baixo.
y Solução A derivada primeira é f' (x) = 15x4 - 20x 3 e

J"(x) = 60x 3 - 60x 2 = 60x 2 (x - 1)

2ir Os zeros x = Oe 1 de f" (x) dividem o eixo x em três intervalos: (-oo, O), (O, 1) e (1, oo ).
Determinamos o sinal de f" (x) e a concavidade de f calculando "valores de teste" dentro
-1 de cada intervalo (Figura 6):

FIGURA 5
Intervalo Valor de teste Sinal def"(x) Comportamento de f(x)
(-oo, 0) f"(-1) = -120 - Côncava para baixo

y (0, 1) !"(½) = -1.j - Côncava para baixo

(1 , 00) /
11
(2) = 240 + Côncava para cima

Os pontos de inflexão podem ser lidos nessa tabela:


• c = O: não é ponto de inflexão, pois f" (x) não troca de sinal em O.

y
f"(x)
• c = 1: é um ponto de inflexão, poisf" (x) troca de sinal em 1. •
Em geral, encontramos os pontos de inflexão resolvendo f" (x) = Oe conferindo se
+++
- - + - - - - - - , , , t , , - - -¼----+-X f" (x) troca de sinal. Contudo, um ponto de inflexão também pode ocorrer num ponto c
-2 :~ 2 em que f"(c) não existe.
f"(x) não : f"(x)
troca de sinal !troca de sinal • EXEMPLO 4 Um caso em que não existe a derivada segunda Encontre os pontos de infle-
' xão de f(x) = x 513 .
FIGURA 6 O gráfico de
f (x) 3x 5 - 5x 4 + 1e de sua
= Solução Nesse caso,!' (x) = íx 213 e f" (x) = °x- 1
1
9
13
. Embora J"(0) não exista, f" (x)
derivada segunda. troca de sinal em x = O:

y ! "(x) = ____!_Q_ = 1> O se x > O


9x 113 < O se x < O
2

Portanto, a concavidade de f (x) troca em x = O, e (O, O) é um ponto de inflexão (Figu-


-1---1--~i,-,,c----,f------,- x ra 7). •
-2

inflexão
-2
ENTENDIMENTO GRÃFICD Os pontos de inflexão são fáceis de ver no gráfico da derivada
primeira f ' (x). Se f"(c) = 0e f"(x) trocar de sinal emx = c, então o comportamento
FIGURA 7 A concavidade de crescente/decrescente de f' (x) muda em x = c. Assim, os pontos de inflexão de f ocor-
=
f (x) x 513 troca em x O, mesmo = rem onde f' (x) tiver um minou max local (Figura 8).
não existindo f " (0).
202 CÁLCULO

y
Pontos de inflexão
Teste da derivada segunda para pontos críticos
j Y = f(x) Existe um teste simples para pontos críticos que usa a concavidade. Suponha que
f'(c) =O.Como vemos na Figura 9, sef(x) for côncava para baixo, entãof(c) é um max
local e, sef (x) for côncava para cima, entãof (e) é um min local. Como a concavidade é
determinada pelo sinal de f", resulta o teste da derivada segunda. (No Exercício 48 pode
ser encontrada uma prova detalhada.)
y
Max y f"(c) < O y f"(c) > O

y
y = f"(x)
~(<)

e
X
V e
X

Côncava para baixo: max local Côncava para cima: min local

FIGURA 9 A concavidade determina se o ponto crítico é um mínimo ou máximo local.

TEOREMA 3 Teste da derivada segunda Suponha que f (x) seja derivável e seja e um
FIGURA 8 ponto crítico. Se existir f" (e), então
• f"(c) > O =} f (e) é um mínimo local
• J"(c) < O =} f (e) é um máximo local
• J"(c) = O :::} inconclusivo:f(c) pode ser um min local, um max local, ou
nenhum dos dois.

y • EXEMPLO 5 Analise os pontos críticos de f (x) = 2x 3 + 3x 2 - l2x.


Solução Primeiro encontramos os pontos críticos resolvendo

J' (x) = 6x 2 + 6x - 12 = 6(x 2 + x - 2) = 6(x + 2)(x - 1) = O

Os pontos críticos são e= - 2 e 1 (Figura 10) e J"(x) = 12x + 6, portanto, pelo teste
da derivada segunda,
FIGURA 10 O gráfico de
f " (-2) = -24+6 = - 18 < O :::} f(-2)éummaxlocal
f (x) 2x 3 + 3x 2 - 12x.
=
J "( l) = 12 + 6 = 18 > O =} f (1) é um min local

• EXEMPLO 6 Teste da derivada segunda inconclusivo Analise os pontos críticos de
f(x) = x 5 - 5x 4 .
Solução As duas primeiras derivadas de f (x) = x 5 - 5x4 são

J ' (x) = 5x 4 - 20x 3 = 5x 3(x - 4)

J" (x) = 20x 3 - 60x 2

Os pontos críticos são e = Oe 4 e o teste da derivada segunda fornece

J" (0) = O :::} O teste da derivada segunda falha


!"(4) = 320 > O :::} f(4) é um min local
CAPITULO 4 Aplicações da Derivada 203

y O teste da derivada segunda falha em c = O, de modo que voltamos ao teste da derivada


primeira. Escolhendo pontos de teste à esquerda e direita de c = O, obtemos

J' (-1) = 5 + 20 = 25 > O :::} J' (x) é positiva em (-oo, O)


J' (1) = 5 - 20 = -15 < O :::} J' (x) é negativa em (O, 4)
Como J' (x) troca de sinal de + para - em c = O,fl.O) é um max local (Figura 11 ). •
FIGURA 11 O gráfico de
f (x) = x 5 - 5x 4 .

4.4 RESUMO
• Uma função derivávelf(x) é côncava para cima em (a, b) se J'(x) for crescente e côn-
cava para baixo se f' (x) for decrescente em (a, b).
• Os sinais das derivadas primeira e segunda fornecem a informação seguinte:

Derivada primeira Derivada segunda


f' > O=} f é crescente f" > O=} f é côncava para cima
f' < O=} f é decrescente f" < O=} f é côncava para baixo

• Um ponto de inflexão é um ponto em que a concavidade troca, de côncava para cima


para côncava para baixo, ou vice-versa.
• Se f" (c) = Oe f" (x) trocar de sinal em c, então c é um ponto de inflexão.
• Teste da derivada segunda: Se f' (c) = Oe f" (c) existe, então

-f (c) é um máximo local se f" (c) < O.


- f(c)éummínimolocalsef"(c) > O.
- O teste falha se f" (c) = O.

4.4 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Escolha a resposta correta: se fé côncava para cima, então f' é: 6. Seftem um ponto de inflexão emx = e, então f"(c) = O.
(a) crescente (b) decrescente
7. Se fé côncava para cima e f' troca de sinal em x = e, então f'
2. Sexo forum ponto crítico effor côncava para baixo, então f (xo) troca de sinal de negativo para positivo em x = e.
éum 8. Sef (e) é um máximo local, então f" (e) deve ser negativa.
(a) min local (b) max local (e) inconclusivo
9. Suponha que J"(c) = Oe que f"(x) troque de sinal de+ para
Nos Exercícios 3-8, decida se a afirmação é verdadeira ou falsa e - em x = e. Qual das afirmações seguintes está correta?
explique. Suponha que f 11 (x) exista para todo x. (a) f (x) tem um máximo local em x = e.
3. Se f'(c) = Oe f"(c) < O, entãof(c) é um mínimo local. (b) f'(x) tem um mínimo local emx = e.

4. Uma função que é côncava para baixo em (-oo, oo) não pode ter (e) f'(x) tem um máximo local emx = e.
valor mínimo. (d) f (x) tem um ponto de inflexão em x = e.
5. Se f" (e) = O, entãof deve ter um ponto de inflexão em x = e.
204 CÁLCULO

Exercícios
1. Combine os gráficos na Figura 12 com a descrição: Nos Exercícios 7-14, determine os intervalos nos quais a função é côn-
(a) f 11 (x) < Opara todo x. (b) f" (x) troca de + para - . cava para cima ou para baixo e encontre todos os pontos de iriflexão.
(e) f"(x) > 0para todo x. (d) f"(x)trocade-para+. 1. y = x 2 + 7x + 10 8. y = t3 - 3t 2 + I

9. y =x - 2cosx 10. y = 4x 5 - 5x4

11. y = x(x - 8.jx) 12. y = (x - 2)(1 - x 3 )


1
13. y = x2 + 3 14. y = x 715
(A) (B) (C) (D)
15. Esboce o gráfico de f (x) = x 4 e decida seftem algum ponto de
FIGURA 12
inflexão. Confirme sua conclusão mostrando que f 11 (x) não troca
2. Combine cada afirmação com um gráfico na Figura 13 que repre- de sinal.
sente os lucros da companhia como função do tempo. 16. Letícia está vendendo pufes pela internet, com vendas de acordo
(a) As perspectivas são ótimas: a taxa de crescimento continua com a tabela a seguir. Num relatório para os investidores, ela
crescente. afirma que "as vendas atingiram um ponto de inflexão quando
(b) Estamos perdendo dinheiro, mas não tão rapidamente como comecei a usar a propaganda paga pelo número de acessos". Em
antes. que mês isso ocorreu? Explique.

(e) Estamos perdendo dinheiro, e está ficando cada vez pior.


Mês 1 2 3 4 5 6 7 8
(d) Estamos nos saindo bem, mas nossa taxa de crescimento está
nivelando. Vendas 2 20 30 35 38 44 60 90
(e) Os negócios estavam encolhendo, mas agora estão retomando.
17. ~ O crescimento de um girassol durante seus 100 primei-
(0 Os negócios estavam retomando, mas agora estão encolhendo. ros dias é bem modelado pela curva logística y = h(t) mostrada
na Figura 15. Dê uma estimativa da taxa de crescimento no ponto
de inflexão e explique o seu significado. Em seguida, esboce o
gráfico das derivadas primeira e segunda de h(t).
(i) (ii) (iii) (iv) (v) (vi)
Altura (cm)
FIGURA 13 250 + ················,··················,,···················,·······~- - - = =

200 -i- ················,·················,······f ··;·······


3. Esboce o gráfico de uma função crescente tal que f 11 (x) troque
150-r·················•··················•I ··············
de + para - em x = 2 e de - para + em x = 4. Faça o mesmo
IOO+ ············'··········I '··················
para uma função decrescente.
5 0 +················>/ ·································

4. Se o gráfico na Figura 14 foro de uma funçãof(x), onde ocorrem ~--+--+---+----+---+- t (dias)


os pontos de inflexão def(x) e em quais intervalosf(x) é côncava 20 40 60 80 100
para baixo?
FIGURA 15

y 18. A Figura 16 mostra o gráfico da derivada f ' (x) em [O; 1,2]. De-
termine os pontos de inflexão e os mínimos e máximos locais de
f (x). Determine os intervalos em que f (x) tem as propriedades
seguintes:
(a) Crescente (b) Decrescente
(e) Côncava para cima (d) Côncava para baixo

y
FIGURA 14

5. Se o gráfico na Figura 14 for o de uma derivada f ' (x), onde


ocorrem os pontos de inflexão def (x) e em quais intervalosf (x)
é côncava para baixo?

6. Se o gráfico na Figura 14 for o de uma derivada segunda f" (x ),


onde ocorrem os pontos de inflexão def(x) e em quais intervalos
f (x) é côncava para baixo? FIGURA 16
CAPITULO 4 Aplicações da Derivada 205

Nos Exercícios 19-28, encontre os pontos críticos e use o teste da (b) Escreva uma manchete de jornal sobre a epidemia para o dia em
derivada segunda (se possível) para determinar se são mínimos ou
que R(t) tem um ponto de inflexão.
máximos locais.
42. l'.SJ Uma esfera está sendo enchida de água a uma taxa cons-
19. f (x) = x 3 - 12x2 + 45x 20. f(x) = x 4 - 8x 2 + I tante (Figura 17). Seja h(t) o nível d'água no instante t. Esboce o
gráfico de h(t) (aproximadamente, mas com a concavidade corre-
21. f (x) = 3x4 - 8x 3 + 6x 2 22. f(x) = x5 - x2 ta). Onde ocorre o ponto de inflexão?

23. f (x) =x5 - x3 43. ~ Uma esfera está sendo enchida de água a uma taxa va-
riável de tal modo que o nível d'água está subindo a uma taxa
24. f(x) = sen2 x + COSX, [O, ir] constante c (Figura 17). Seja V(t) o volume d'água no instante t.
Esboce o gráfico de V(t) (aproximadamente, mas com a concavi-
I I
25. f (x) = - - - 26. f (x) = x~2~_-x_+_2 dade correta). Onde ocorre o ponto de inflexão?
cosx + 2

27. f(x)=3x 312 -x 112 28. f(x)=x 714 -x

Nos Exercícios 29-40, determine os intervalos nos quais a função é


côncava para cima ou para baixo, encontre os pontos de inflexão e
determine se são mínimos ou máximos locais.

29. f (x) =x3 - 2x 2 + x 30. f (x) = x 2 (x - 4)


FIGURA 17
31. f (t) = t2 - t3 32. f (x) = 2x4 - 3x 2 + 2
44. iCG~ (Continuação do Exercício 43) Quando o nível d'água na
33. f (x) = x2 - x 112 34. f (x) = - 2-X esfera de raio R for h, o volume d'água é V= ir(Rh 2 - ½h 3).
x +2
Suponha que o nível cresça a uma taxa constante de c = 1 (ou
1
35. f(t) = -2- 36. f (x) = - 4- 1 seja, h = t).
t +1 x +1
(a) Encontre o ponto de inflexão de V(t). Isso está de acordo com a
37. f (fJ) = fJ + sen fJ para O:S fJ :S 2ir conclusão obtida no Exercício 43?
38. f (t) = sen2 t para O::, t :S ir (b) iCG~ Esboce o gráfico de V(t) para R =l.

39. f(x)=x-senx para 0:sx :s2ir Nos Exercícios 45-47, esboce o gráfico da função f (x) satisfazendo
as condições dadas.
40. f (x) = tgx para -Í <x < Í
45. f' (x) > Oe f 11 (x) < Opara todo x.
41. ~ No início de uma epidemia, o vírus da gripe se espalha
lentamente. O processo infeccioso acelera até que uma maioria 46. (i) f 1(x) > Opara todo x e
de indivíduos receptivos esteja infectada, quando o processo co-
meça a desacelerar. (ii) J"(x) < 0para x< 0ef"(x) > 0parax > 0.
(a) Se R(t) denotar o número de indivíduos infectados no instante t, 47. (i) f'(x) < 0parax < 0ef'(x) > 0para x> 0e
descreva a concavidade do gráfico de R perto do começo e do fim
da epidemia. (ii) f"(x) < 0paralx l > 2ef"(x) > 0paralxl < 2.

Compreensão adicional e desafios


Nos Exercícios 48-50, suponha que f (x) seja derivável. (a) Para c dado, tome G(x) = f(x) - J'
(c )(x - c) - f (e). É sufi-
ciente provar que G(x) ~ O vale para cada c. Explique por que
48. Demonstração do teste da derivada segunda Seja c um com um esboço.
ponto crítico em (a, b) no qual f" (c ) > O(o caso f" (c) < Oé (b) Mostre que G(c) = G'(c) = O e G"(x) > O para todo x. Use
análogo). isso para concluir que G' (x) < O para x < c e G' (x) > O para
. f'(c+h) x > c. Então, usando o TVM, deduza que G(x) > G(c) para todo
(a) Mostrequef"(c) = h->0
hm - - - .
h X-::/= C.
(b) Use a parte (a) para mostrar que existe um intervalo aberto (a, b)
50. ~ Suponha que f 11 (x) exista e seja c um ponto de inflexão
contendo c tal que f'(x) < O se a< x < c e f'(x) > O se
def(x).
c < x < b. Conclua quef (c) é um mínimo local.
(a) Use o método do Exercício 49 para provar que a reta tangente
49. ~ Suponha que f" (x) exista e f 11 (x) > O. Prove que o grá- em x = c cruza o gráfico (Figura 18). Sugestão: mostre que G(x)
fico def(x) "fica acima" de sua reta tangente, como segue. troca de sinal em x = c.
206 CÁLCULO

(b) ICG ij Confira que essa conclusão ocorre para f (x) = x 52. Sejaf(x) um polinômio de grau n.
3x 2 + l
traçando, no mesmo par de eixos, o gráfico de f (x) e o da reta (a) Mostre que se n for ímpar e n > 1, entãof(x) tem pelo menos um
tangente em cada ponto de inflexão. ponto de inflexão.
(b) Mostre com um contra-exemplo quef(x) não precisa ter ponto de
inflexão quando x é par.

53. Pontos críticos e pontos de inflexão Se f'(c) = Oef(x) não


for nem um min nem um max local, será que x = e precisa ser um
ponto de inflexão? Isso é verdade para a maioria dos exemplos
"razoáveis" (incluindo os exemplos deste livro), mas não é válido
em geral. Seja

se x i- O
FIGURA 18 A reta tangente cruza o gráfico num ponto de inflexão.
sex =O
51. Denote por C(x) o custo de produção de x unidades de um certo
bem. Suponha que o gráfico de C(x) seja côncavo para cima. (a) Use a definição da derivada via limite para mostrar que existe
(a) Mostre que o custo médio A(x) = C(x)lx é mínimo no nível de
f' (0) e f' (0) = O.
produção xo, em que o custo médio é igual ao custo marginal. (b) Mostre que f (0) não é nem min nem max local.
(b) Mostre que a reta por (O, O) e (xo , C(xo)) é tangente ao gráfico (e) Mostre que f'(x) troca de sinal uma infinidade de vezes perto de
de C(x). x = Oe conclua que f (x) não tem um ponto de inflexão em x = O.

4.5 Esboçando gráficos e assíntotas


Nesta seção, nosso objetivo é esboçar gráficos utilizando a informação fornecida pelas

~
+ - derivadas primeira f' e segunda f". Veremos que é possível obter um esboço útil sem
Côncava Côncava
' para cima para baixo precisar traçar uma grande quantidade de pontos. Embora hoje em dia quase todos grá-
ficos sejam produzidos por computador (inclusive, é claro, os deste texto), o esboço de

+
Crescente y r:
gráficos à mão é útil como uma maneira de solidificar nosso entendimento dos conceitos
básicos deste capítulo.
A maioria dos gráficos é constituída de arcos menores que têm um de quatro formatos
básicos, correspondendo às quatro combinações de sinais possíveis de f' e !"(Figura 1).
Como f' e f" podem, cada uma, ter os sinais+ ou-, as combinações de sinais são
-
Decrescente \:_ ~ ++ +- -+
FIGURA 1 Os quatro formatos básicos. Nessa notação, o primeiro sinal se refere a f' e o segundo a f". Por exemplo, - + indica
que f' (x) < Oe f" (x) > O.
Quando esboçamos um gráfico, dedicamos atenção especial aos pontos de transição,
nos quais muda o formato básico devido a uma troca de sinal em f' (minou max local) ou
f" (ponto de inflexão). Nesta seção, os extremos locais são indicados com uma bolinha
sólida e os pontos de inflexão por quadradinhos sólidos (Figura 2).

FIGURA 2 O gráfico def(x) com


pontos de transição e combinações de
sinais de f' e f 11.

• EXEMPLO 1 Polinômio quadrático Esboce o gráfico de f(x) = x2 - 4x + 3 (Figura 3).


CAPITULO 4 Aplicações da Derivada 207

y Solução Temos f'(x) = 2x - 4 = 2(x - 2), portanto

J'(x) < O para x < 2, J'(x) > O para x > 2

Assim,!decresce à esquerda de x = 2 e cresce à direita, com um rnin local em x = 2. A deri-


vada segunda f" (x) = 2 é positiva, portanto f (x) é côncava para cima. Para traçar o gráfico,
esboçamos o mínimo local (2, -1), o corte com o eixo y e as raízes x = 1 e 3. •

• EXEMPLO 2 Polinômio cúbico Esboce o gráfico de

FIGURA 3 O gráfico de f (x) = 31x 3 - 21x 2 - 2x + 3


f(x )=x 2 -4x+3.
Solução
Passo 1. Determinar os sinais de f' e f".
Em primeiro lugar, igualamos a zero a derivada e encontramos os pontos críticos:

J'(x) = x 2 - x - 2 = (x + l)(x - 2) = O

Os pontos críticos e = -1 e 2 dividem o eixo x nos intervalos (-oo, -1 ), ( -1 , 2) e


(2, oo ). Como na seção precedente, determinamos o sinal de f' calculando "valores
de teste" dentro do intervalo:

Intervalo Valor de teste Sinal de f'


(- 00, -1 ) f'(-2) =4 +
(-1, 2) f'(O) = -2 -
(2, 00) !'(3) = 4 +

Em seguida, igualamos a derivada segunda a zero e resolvemos: f" (x) = 2x - 1 = O


tem a solução e = ½e o sinal de f " é como segue:

Intervalo Valor de teste Sinal de/"


1
<-oo, z) f"(O) = -1 -
1
<1, 00) f"( l ) = 1 +

Passo 2. Procurar pontos de transição e combinações de sinais.


+- -+ ++ Esse passo junta a informação sobre f' e f" num diagrama de sinais (Figura 4). Exis-
X tem três pontos de transição:
/ 1 o
f'"Ponto 2 ~Min
2 • e = - 1: max local, pois f' troca de + para - em x = - 1.
Max
local de inflexão local • e = ½: ponto de inflexão, pois f II troca de sinal em x = ½-
FIGURA 4 Combinações de sinais de • e = 2: rnin local, pois f' troca de - para + em x = 2.
f'ef".
Esboçamos num mesmo par de eixos os pontos de transição e = -1, ½e 2, junto com
o corte com o eixo y, como na Figura 5. É necessário calcular os valores de y nesse
pontos:

f(-1)
6
25
= -, f (2l) = 2312' f(O) = 3, f(2) = --l
3

Passo 3. Esboçar os arcos de formato apropriado.


Para criar o esboço, resta conectar os pontos de transição com arcos de concavidade
apropriada, como na Figura 5.
208 CÁLCULO

++

-+---+---+--..-~f---+---+--x

FIGURA 5 O gráfico de
-3 -1
(2, -½)
f(x) = ½x 3 -½x 2 -2x +3.

Observe que o gráfico de nossa cúbica é constituído de quatro arcos, cada um com o com-
portamento crescente/decrescente e concavidade apropriados (Figura 6). •

\ -
FIGURA 6 O gráfico da cúbica é
composto de quatro arcos.
\
O gráfico de um polinômio f (x) tem as características gerais seguintes. Ele "sobe
e desce" um número finito de vezes e daí tende ao infinito positivo ou negativo (Figura
7). Para analisar o comportamento de f (x) quando lxl tende ao infinito (isso é conhecido
como o comportamento assintótico), consideremos primeiro o mais simples dos polinô-
mios, o monôrnio x 11 :
Falando estritamente, ainda não
se n é par
definimos os limites quando x -+ ±oo,
o que será feito formalmente adiante.
lim x 11 = oo e Iim xn = loo
X-+ 00 X-+ - 00 -00 sen é ímpar
Contudo,

x~moo f (x) = oo Agora considere um polinômio arbitrário

significa quef(x) fica arbitrariamente f(x) = anX + ªn-JX


11 11
-l + ··· + a1x + ao
grande quando x cresce sem cota.
O limite lim f(x) = - oo tem um em que o coeficiente dominante a11 é não-nulo. Podemos escrever f (x) como um produto:
X-->00
significado análogo.
f (x) = Xn · ( an + --
ªn-l + ·· · + --
X
ai + -ao)
xn-l xn
[IJ

Quando lxl cresce, o segundo fator tende a a11 e, assim,f (x) tende ao infinito da mesma
maneira que seu termo dominante a11 x 11 (Figura 7). Os termos de ordem inferior não têm
influência sobre o comportamento assintótico. Portanto, se a11 > O, temos

sen é par
= 1-00
00
lim f(x) = oo e lim f(x)
X-+ 00 x -+- oo sen é ímpar

Se a11 < O, esses limites têm sinais opostos.


CAPITULO 4 Aplicações da Derivada 209

y y y

(A) Grau 3, a 3 > O (B) Grau 4, a4 > O (C) Grau 5, a 5 < O


FIGURA 7 Gráficos de polinômios.

• EXEMPLO 3 Um polinômio de grau 4 Esboce o gráfico de

f(x) = 3x4 - 8x 3 + 6x 2 + l.

Solução
Passo 1. Determinar os sinais de f' e f".
Em primeiro lugar, igualamos a derivada a zero:

J'(x) = 12x 3 - 24x2 + l2x = l2x(x - 1)


2
=O
Os pontos críticos são e = Oe 1. Em seguida, igualamos a derivada segunda a zero:

J"(x) = 36x2 - 48x + 12 = 12(x - 1)(3x - 1) =O


Os zeros de f" (x) são x = ½e 1. Os sinais de f' e f" estão registrados nas tabelas
seguintes:

Intervalo Valor de teste Sinal def' Intervalo Valor de teste Sinal def"

(-00, 0) f'(-1) = -48 - (-oo,½) f" (0) = 12 +


(0, 1) !'<½) = ! + (1, I) !"<½) = -3 -
(1 , oo) /
1
(2) = 24 + (1 , oo) /
11
(2) = 60 +

Passo 2. Procurar pontos de transição e combinações de sinais.


-+ ++ +- ++
X Existem três pontos de transição, x = O, ½, 1, que dividem o eixo x em quatro
/o ~~
3
1~ intervalos (Figura 8). O tipo de troca de sinal determina a natureza do ponto de
Min Ponto de Ponto de transição:
local inflexão inflexão

FIGURA 8 • e = O: min local, pois f' troca de - para + em x = O.


• e = ½: ponto de inflexão, pois f" troca de sinal em x = f
• e = 1: não é min nem max local, pois f' não troca de sinal, mas é um ponto de infle-
xão, pois f" (x) troca de sinal em x = 1.

Esboçamos num mesmo par de eixos os pontos de transição x = O, ½, 1 na Figura 9,


usando os valores funcionais f (0) = 1, f ( ½) = ~ e f ( 1) = 2.
210 CÁLCULO

y y
+ +-
4

--+---..__+---+-----X --+---..__+----+-----X
FIGURA 9 -1 1 -1
f (x) = 3x4 - 8x 3 + 6x 2 + 1. 3

Passo 3. Esboçar os arcos de formato apropriado.


Antes de conectar os pontos de transição com arcos, observemos o comportamento
assintótico de f(x). Comof (x) é um polinômio de grau 4 cujo termo dominante 3x 4
tem um coeficiente positivo, f (x) tende a oo quando x ~ oo e quando x ~ -oo.
Esse comportamento assintótico é representado com setas na Figura 9. •

• EXEMPLO 4 Uma função trigonométrica Esboce o gráfico de f(x) = cosx + ~x no


intervalo [O, n"].

Solução Em primeiro lugar, resolvemos em [O, n]:

1 1 n 5n
f (x) = - sen x + = O =} x=- -
2 6' 6
n
f" (X) = - COS X = 0 =} X= -
2

e determinamos as combinações de sinal:

Intervalo Valor de teste Sinal de/' Intervalo Valor de teste Sinal de/"

(O, ~) !'( -f1) ~ 0,24 + (O,~) !"(¾) = -!/- -


(1'6 ' 65ir) !'G) = -½ - G,n) !"(3:)=f +
(~,n) !'(4;) ~ 0,24 +

Registramos as trocas de sinal e os pontos de transição na Figura 10 e esboçamos o


gráfico usando os valores:

-+- +---
n:
-+- --+--+- X
n: 5n: ir
f(0) = l, f (i) ~ 1,13, f (i) ~ 0,79, f (5:) ~ 0,44, f(n) ~ 0,57 •
6 2 6

FIGURA 10 f(x) = cosx + ½x. Comportamento assintótico


O comportamento assintótico se refere ao comportamento de uma funçãof(x) quando ou
x ouf(x) tende a ±oo. Uma reta horizontal y = L é denominada uma assíntota horizontal
se existir um ou ambos dos limites seguintes:
CAPITULO 4 Aplicações da Derivada 211

y
lim f(x)
X---->00
=L ou lim f(x)
X----> - 00
=L

-----~v
- - ,- - X
y= f(x)
Por definição, no primeiro limite, lf (x) - LI fica arbitrariamente pequeno quando x cresce
sem cota (ou seja, para qualquer E > O, existe um mínimo M, tal que I f (x) - L 1 < E para
todo x > M). No segundo limite, lf (x) - LI fica arbitrariamente pequeno quando x de-
cresce sem cota. Na Figura 11, lim f (x) = 1 e y = l é uma assíntona horizontal.
x---->±oo
FIGURA 11 A reta y = l é uma Também estamos interessados no comportamento assintótico vertical, em que os va-
assíntota horizontal.
lores da função f (x) tendem ao infinito. Uma reta vertical x = L é denominada uma as-
síntota vertical sef(x) tem limite infinito quando x tende a L pela esquerda ou direita (ou
ambos) (Figura 12). Ou seja, se

lim f(x)
x---->L+
= ±oo e/ou lim f(x)
x---->L-
= ±oo

y y

------+-------
!L
12
1
1
1
1
FIGURA 12 A retax = 2 é uma
assíntota vertical de ambos gráficos. (A) (B)

20x 2 - 3x
• EXEMPLO 5 Calcule lim ·
x---->±oo 3x 5 - 4x 2 + 5

Solução Seria legal se pudéssemos aplicar a lei do quociente dos limites, mas essa lei só é
válida se o denominador tiver um limite finito e não-nulo. No nosso caso, ambos numera-
dor e denominador tendem ao infinito:

lim (20x 2 - 3x) = oo e lim (3x 5 - 4x 2 + 5) = oo


X---->00 X---->00

A maneira de sair dessa situação é dividir o numerador e denominador por x 5 (a maior


potência de x no denominador):

20x 2 - 3x x- 5 (20x 2 - 3x) 20x- 3 - 3x- 4


--------------------
3x5 - 4x 2 + 5 - x - 5(3x 5 - 4x 2 + 5) - 3 - 4x- 3 + 5x- 5

Depois de reescrever a função dessa maneira, podemos utilizar a lei do quociente:


4
20x2 _ 3x lim (2ox- 3 - 3x- ) O
lim = x---->±oo = - =O •
x---->±oo 3x 5 - 4x 2 + 5 lim (3 - 4x-3 + 5x-5) 3
x ----> ±oo

O método desse exemplo pode ser aplicado a qualquer função racional:

anXn + an- lXn-l +·· · +ao


f (x) =- -------
bmxm + bm-(Xm-l + · · · + bo
212 CÁLCULO

em que an -:f. Oe bm -:f. O. Dividindo o numerador e o denominador por xm, obtemos:

a xn-m + a -JXn-1-m + ... + aox-m


f(x) = n n
bm + bm-lX-l + · · · + box-m

Agora, no denominador, cada termo depois do primeiro tende a zero e, assim,

O limite do numerador depende somente do termo dominante anxn-m , portanto

lim (a11 x n- m + Gn-JX 11 -l-m + · ·· + aox-m)


lim f (x) = _x--+_±_oo_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __
x--+ ± oo bm
lim GnXn-m
x--+±oo Gn
= ----- = lim xn - m
bm bm x--+±oo

TEOREMA 1 Comportamento assintótico de uma função racional O comportamento assin-


tótico de uma função racional depende somente dos termos dominantes no numerador
e denominador. Se an , bm -:f. O, então

. GnX n + Gn-l Xn-1 + · · · + ao ) .


11m -----------
( b,nx 111 + bm-lXm-l + · · · + bo
= -Gn 11m x
n-m
x--+±oo bm x--+±oo

Os exemplos seguintes ilustram esse teorema:


3x 4 - 7x +9
= 7~
3
• n = m: lim lim x 0
X--+00 7x 4 - 4 7 X--+00

3x 3 -7x+9 3
• n<m: lim - - ,4- - - - = - lim x- 1 = O
X--+00 7x - 4 7 X--+00

. 3x8 - 7x + 9 .
• n > m, n - m ímpar: l1m --.,..---
X--+ - 00 7x 3 - 4
= -73 X--+11m- 00
x 5 = - oo

3x7 -7x + 9 3
• n > m, n - m par: lim 3
= - lim x 4 = oo
X--+ - 00 7x -4 7 X--+ - 00
No próximo exemplo, aplicamos nosso método a quocientes envolvendo expoentes
que não são inteiros e funções algébricas.

3x5/2 + 7x-l f2 x2
• EXEMPLO 6 Calcule os limites (a) lim (b) lim
x--+oo X - X 112 x--+ oo R + " T

Solução
(a) Como antes, dividimos o numerador e o denominador pela maior potência de x que
ocorre no denominador (multiplicamos em cima e embaixo por x- 1):

3x5/2 + 7x-l /2 = ( x -1) 3x5/2 + 7x-l /2 = 3x3/2 + 7x - 3/2


x - x l/2 x -l x - x l/2 I - x -1 /2
CAPITULO 4 Aplicações da Derivada 213

Obtemos

3x3/2 + 7x-3f2 x~~ (3x3/2 + 7x-3f2) oo


x~~ 1 - x- 1/ 2 = lim (1 - x-1 /2) = 1 = 00
X---+00
2
(b) O que interessa é observar que o denominador d e ~ "se comporta" como x 312:
x3 +1
&+! = Jx 3(1 +x-3) = x 312 J1 +x- 3
Isso sugere que tratemos o quociente dividindo o numerador e o denominador por x 312:

x2 (x-3/2) x2 x l/2
,JxT+T = x-3/2 x3 /2 .J1 + x-3 = .J1 + x-3
Agora podemos aplicar a regra do quociente:
x2 xl /2 oo
lim - - -
X---+00 ,Jx3+T
= lim
X---+ 00
----;::==::;:
.J1 + x - 3
= - = oo
1 •
Nos dois exemplos seguintes estendemos nosso estudo de gráficos a funções com
assíntotas horizontais e verticais.

3x+2
• EXEMPLO 7 Esboce o gráfico de /(x) = 2x _ ·
4
Solução A função/ (x) não está definida para todo x. Isso tem influência na nossa análise
e por isso acrescentamos um Passo Oao nosso procedimento:
Passo O. Determinar o domínio def.
Como f (x) não está definida para x = 2, o domínio de f consiste nos dois intervalos
(-oo, 2) e (2, oo ). Devemos analisar o comportamento de f separadamente nesses
dois intervalos.
Passo 1. Determinar os sinais de f' e J".
Uma conta mostra que

1 4 li 8
f (x) = - (x - 2)2 , f (x) = (x - 2)3

A derivada não está definida em x = 2, mas não rotulamos x = 2 de ponto crítico porque
não está no domínio de f O denominador de /' (x) é positivo, portanto f' (x) < Opara
x -:p 2. Desse modo,f (x) é decrescente para todo x -:p 2 ef(x) não tem pontos críticos.
Por outro lado, f" (x) > Opara x > 2 e f" (x) < Opara x < 2. Embora f" (x) tro-
que de sinal em x = 2, não dizemos que x = 2 é um ponto de inflexão, porque 2 não
é um ponto do domínio de f
Passo 2. Procurar pontos de transição e combinações de sinais.
Não há pontos de transição no domínio de f

(-oo, 2) f'(x) < O e f"(x) < O


(2, 00) f'(x) < O e J"(x) > O

Passo 3. Esboçar os arcos de formato apropriado.


Os limites a seguir mostram que y = ~ é uma assíntota horizontal:
214 CÁLCU LO

3x + 2 3 + 2x- 1 3
lim - -
x---+±oo 2x - 4
= x---+±oo
lim
2- 4x- 1
-
2

A reta x = 2 é uma assíntota vertical porque f (x) tem limites laterais infinitos quando
xtende a 2:

. 3x +2 3x + 2
hm - - = - oo, lim - - = oo
x---+2- 2x - 4 x---+2+ 2x - 4

Para conferir esses limites, observe que, quando x tende a 2, o numerador 3x + 2 é


positivo, enquanto o denominador 2x - 4 é negativo e pequeno se x < 2 e positivo e
pequeno se x > 2.
Para obter o esboço, traçamos primeiro as assíntotas como na Figura 13(A).
Como será o gráfico à direita de x = 2? É decrescente e côncavo para cima, porque
J' < Oe f" > O, e tende às assíntotas. A única possibilidade é a curva do lado direito
na Figura 13(B). À esquerda de x = 2, o gráfico é decrescente, côncavo para baixo,
e tende às assíntotas. O corte com o eixo x é x = -~, porque f (- ~) = O, e o corte
com o eixo y é y = f (0) = - ½- •

y y
Assíntota
horizontal
l :
!\ 3 !\__
~ \-------
2 1-----------
1 - -------~--- I__________ _
1
X
2 2
: Assíntota
1 vertical

:--------
1
\ 1
3x +2
FIGURA 13 O gráfico de y = - -.
2x - 4 (A) (B)

• EXEMPLO 8 Esboce o gráfico de f(x) = -X 2- 1-- l


.

Solução A função f (x) está definida para x I= ± l. Calculando, obtemos


, 2x 11 6x 2 + 2
f (x) = - (x2 - 1)2' f (x) = (x 2 - 1)3

Para x I= ± 1, o denominador de J' (x) é positivo. Portanto, J' (x) ex têm sinais opostos:
• J' (x) > Opara x < Oe f ' (x) < Opara x > O
Como J' (x) troca de sinal de + para - em x = O, f (O) = - 1 é um max local. O sinal de
J" (x) é igual ao sinal de x 2 -
1, porque 6x 2 + 2 é positivo:

• f" (x) > Opara x < - l ou x > l e f" (x) < Opara - 1 < x < l
++ +- -+
X A Figura 14 resume a informação obtida dos sinais.
/ 1 o\
f(x)
indefinida
Max
local
I"" f(x)
indefinida
O eixo x, que é dado por y = O, é uma assíntota horizontal, pois

. 1 . 1
hm - - - =Ü e hm -
2
- =0
FIGURA 14 X---+00 X 2 - J x---+ - oo x - 1
CAPITULO 4 Aplicações da Derivada 215

A funçãof(x) tem limites laterais infinitos quando x ~ ±1. Observamos quef(x) < Ose
-1 < x < l e que f (x) > Ose lxl > 1. Assim,! (x) tende a - oo se x ~ ± 1 desde o interva-
lo ( -1, 1), e tende a oo se x ~ ±1 de fora do intervalo (- 1, 1) (Figura 15). Obtemos o
esboço da Figura 16.

Assíntota vertical Limite à esquerda Limite à direita


1 1
X= - 1 lim --=oo lim --=-oo
2
x -+ -l- x2 - I x-+ -l + x - l

1 1
x=I lim -
2
- = - oo lim --=oo
2
x-+l- x - l x-+ l+ x - 1

y

:J ~
+-

f(x)>O ti i\ f(x) > O

- -
1 1
1 1 X
1 1
X -1
-1: o :1
!/ f(x) < O \!
1
FIGURA 15 Comportamento nas assíntotas verticais. FIGURA 16 O gráfico de y = - 2- - .
X -1

4.5 RESUMO
• A maioria dos gráficos é constituída de arcos que têm um dos quatro formatos básicos
(Figura 17):

Combinação de sinais Tipo de curva


++ f' > O, f" >O Crescente e côncava para cima
+- J' > O, f" <O Crescente e côncava para baixo
-+ f' < O, f " > O Decrescente e côncava para cima
f' < O, f" < O Decrescente e côncava para baixo
FIGURA 17 Os quatro formatos básicos.

• Um ponto de transição é um ponto do domínio def no qual ou f' troca de sinal (minou
max local) ou f" troca de sinal (ponto de inflexão).
• É conveniente repartir o processo de esboçar uma curva em quatro passos:

Passo O. Determinar o domínio de f


Passo 1. Determinar os sinais de f' e f".
Passo 2. Procurar pontos de transição e combinações de sinais.
Passo 3. Esboçar os arcos de formato apropriado e comportamento assintótico.
• Uma reta horizontal y = L é uma assíntota horizontal se

lim f(x)
X-+00
=L e/ou lim f(x)
x-+-00
=L
• Uma reta vertical x = L é uma assíntota vertical se

lim f(x) = ±oo e/ou lim f (x)


x-+ L-
= ±oo
x -+ L+
216 CÁLCU LO

a xn + a - ixn -l + ··· + ao
• Para uma função racional f (x) = n n , com an, bm f= O,
bmxm + bm- (Xm- 1 + ·· · + bo
.
11m f (x ) = -an 1·1m x n- m
x--.±oo bm x--.±oo

4.5 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Esboce um arco em que f' e f" têm a combinação de sinais++. 4. Qual é o sinal de a2 se f (x) = a2x 2 + a I x + ao satisfaz
Faça o mesmo para - +. lim f(x) = - oo?
x--.-oo
2. Se a combinação de sinais de f I e f II trocar de + + para + - em 5. Qual é o sinal do coeficiente dominante a7 se f (x) for um polinô-
x = c, então c é um (escolha a resposta correta): mio de grau 7 tal que lim f (x) = oo?
x--. - oo
(a) min local (b) max local
6. A derivada segunda da função f(x) = (x - 4) - 1é J"(x) =
(e) ponto de inflexão 2(x - 4)- 3. Embora f 11 (x) troque de sinal em x = 4,f (x) não
tem um ponto de inflexão em x = 4. Por quê?
3. Quem são os limites seguintes?
(a) lim x 3 (b) lim x 3 (e) lim x4
x--.oo x--. -oo x--. -oo

Exercícios
1. Determine a combinação de sinais de f I e f II para cada intervalo 5. - +, --, - + 6. - + , ++, +-
A-G na Figura 18.
7. Esboce o gráfico de y = x2 - 2x + 3.
y 8. Esboce o gráfico de y = 3 + Sx - 2x 2.

9. Esboce o gráfico da cúbica f(x) = x 3 - 3x 2 + 2. Para maior


precisão, marque os zeros def (x), que são x = 1 ex = 1 ± ./3,
OU X ~ -Q,73, 2,73.

10. Mostre que o gráfico da cúbica x 3 - 3x 2 + 6x tem um ponto de


A BCDEFG inflexão mas não tem valores extremos locais. Esboce o gráfico.
FIGURA 18 11. Estenda o esboço do gráfico de f (x) = cosx + ½x no intervalo
[O, 1r] do Exemplo 4 para o intervalo [O, Sir].
2. Decida a troca de sinal em cada ponto de transição A-G na Figura
19. Exemplo: f ' (x) troca de+ para - em A. 12. Esboce os gráficos de y = x 213 e y = x 413.
Nos Exercícios 13-30, esboce o gráfico da função. Indique os pontos
y
de transição (extremos locais e pontos de inflexão).

13. y = x3 + ix2 14. y =x3 -3x +5

15. y =x2 - 4x 3 16. y = ½x3 + x2 + 3x


17. y =4 - 2x 2 + ¼x 4 18. y = 7x 4 - 6x 2 + 1
AB CD EFG

FIGURA 19 19. y = x 5 + Sx 20. y = x5 - 5x 3

21. y = x4 - 3x 3 + 4x 22. y = x 2(x - 4)2


Nos Exercícios 3-6, esboce o gráfico de uma função para a qual f' e
f II têm as seguintes combinações de sinais. 23. y = 6x 1 - 7x 6 24. y = x6 - 3x 4

3. ++, + - , -- 4. +-, -+ 25. y =x-,/x 26. y = v'x + 2


CAPITULO 4 Aplicações da Derivada 217

21. y = ,.jx + J9 - X 28. y =x( l - x) 113


43. lim
3x 2 + 20x
44. lim
4
x-+oo 2x 4 + 3x3 - 29 X-+00 X+ 5
29. y = (x 2 - x) 1/ 3 30. y = (x 3 - 4x) 113
?x -9 7x 2 -9
31. Esboce o gráfico de f(x ) = 18(x - 3)(x - 1)213 usando as 45. lim 46. lim - - -
X-+00 4X + 3 X-+00 4X + 3
fórmulas seguintes:
7x2 - 9
1
9
30(x - ;) 11
20(x - i) 47. lim - - -
X-+ - 00 4X + 3
5x -9
48. lim - - -
X-+00 4X3 + 1
f(x)= (x -1)1 /3' f (x) = (x - 1)4/3

x2 - 1 2x5 + 3x 4 - 3lx
Nos Exercícios 32-37, esboce o gráfico no intervalo dado. Indique os 49. lim - - 50. lim
X-+ - 00 X +4 x-+oo 8x4 - 3 tx 2 + 12
pontos de transição.
Nos Exercícios 51-56, calcule o limite.
32. y = x + senx, [O, 2n]

33. y = senx +cosx, [0,2n] 51. lim


N+1 52. lim
Jx 4 + 1
X-+00 x+ I x -+-oo x3 + 1
34. y = 2 senx - cos2 x, [O, 2n]
x+ I x4/3 + 4x 1/3
35. y = sen x + ½x, [O, 2n] 53. lim
X-+00 ;fx2 + 1
54. lim
X-+00 x 514 - 2x

36. y = senx + J3cosx , [O, n]


X 4x - 9
55. lim 56. lim
1 x-+ - oo (x6 + t) l/3 x-+ - oo (3x4 - 2) 1/3
37. y = senx - 2 sen2x, [O, n]

Sugestão para o Exercício 37: Numericamente descobrimos 2x4 - I


57. Qual das curvas na Figura 21 é o gráfico de f(x) = ---?
que existe um ponto de inflexão no intervalo, que ocorre em 1 +x4 ·
X~ 1,3 182. Explique em termos de assíntotas horizontais.

38. (Si Serão possíveis todas combinações de sinais? Explique y y


com um esboço porque as transições++ -+ - + e -- -+ +-
não podem ocorrer se a função for derivável. (Ver Exercício 83 2
para uma prova.)

39. Suponha quefseja duas vezes derivável e satisfaça (i)f(O) = 1, -+---+-+--1--1-+----+- x ==i==:::::+=--1--=+====i=-x
(ii) J'(x) > Oparatodo x f=- Oe (iii) f 11 (x) < Opara x< Oe -4 2 4 -4 -2 2 4
f" (x) > Oparax > O. Seja g(x) = f (x2 ). - 1,5 -1 ,S
(a) Esboce um possível gráfico de f(x).
(b) Prove que g(x) não tem pontos de inflexão e um único valor ex- (A) (B)
tremo local em x = O. Esboce um possível gráfico de g(x).
FIGURA 21
40. Qual dos gráficos na Figura 20 não pode ser o gráfico de um
polinômio? Explique. 58. Combine os gráficos na Figura 22 com as duas funções y = x 23x_
1
3x 2
ey = x2 _ 1
. Explique.

y y

(A) (B) (C)


- -- -+--'\-i--- - x
iL_JiiL
1
1

11 -l i
1
1
- ---1-.,.+..--+---- x
1
1

11
FIGURA 20 1 1 1
1 1 1
1 1 1
1 1 1
Nos Exercícios 41-50, calcule os seguintes limites (dividindo o nume- 1
1
1
1
1
1
rador e o denominador pela maior potência de x no denominador). 1 1 1

(A) (B)
X .3x 2 + 20x
41. lim 42. 11m
X-+ 00 X+ 9 X-+ 00 4x2 + 9 FIGURA 22
218 CÁLCULO

X
59. Combine as funções com seus gráficos na Figura 23. 61. Esboce o gráfico de f (x) = x2 + usando as fórmulas
1
1 x2
(a) y = -- (b)
x2 - J y = x2 + 1 l - x2 11 2x(x2 - 3)
f'(x) = (1 + x2)2' ! (x) = (x
2
+ ! )3 ·
1 X
(e) (d) y = - -
y = x2 + 1 x2 - 1
Nos Exercícios 62-77, esboce o gráfico da função. Indique as assínto-
tas, extremos locais e pontos de inflexão.
y y
1 X
62. y = - - 63. y = - -
2x -1 2x -1
x +I x+3
64. y = - - 65. y = - -
2x -1 x- 2
X 1 1 1
(A) (B) 66. y = x+- 67. y = - + - -
X X X - J
y y
l 1 3 4
~
68. y=- - - - 69. y = l - - + -3

-----t--~-.----x
!~ __J
---+---+--+---- x
70. y = 2
X

x - 6x + 8
X -

1
J

71. y = 2 +
X
1
X

(X -
x
1
2)
2

1 I 4
72. y = -2 - 73. Y=29
(C) (D) x (x - 2)2 X -

1 x2
FIGURA 23 74. y = 75. y = 22
(x2 + 1)2 (x - l)(x + 1)
2x -1 1 X
60. Esboce o gráfico de f (x) =--
x +1
76. y= N+i
2
77. y= N+i
2
x + I x + I

Compreensão adicional e desafios


Nos Exercícios 78-82, exploramos funções cujos gráficos tendem a (b) f (0) é um max local ef(2) é um min local.
uma reta não-horizontal quando x - oo. Uma reta y = ax + b é (e) lim f (x) = - oo e lim f (x) = oo.
x-+ 1- x-+ 1+
denominada uma assíntota inclinada se
(d) y = x + 1 é uma assíntota inclinada def (x) quando x - ± oo.
lim (f(x) - (ax
X-+00
+ b)) = O (e) A assíntota inclinada fica acima do gráfico def (x) para x < 1 e
abaixo do gráfico para x > 1.
ou
lim (f (x) - (ax + b)) = O. 79. ~ Sef (x) = P(x)/ Q(x), onde P(x) e Q(x) são polinômios
X-+ - 00
de graus m + 1 e m, então usando divisão de polinômios pode-
x2 mos escrever
78. Seja f (x) =- -. Confira as afirmações seguintes:
x- 1
f(x) = (ax + b) + P1 (x)/ Q(x)
(a) fé côncava para baixo em (- oo, 1) e côncava para cima em
(1 , oo), como na Figura 24. onde P1 é um polinômio de grau < m. Mostre que y = ax + b é a
assíntota inclinada def (x). Use esse procedimento para encon-
y trar a assíntota inclinada das funções:
2
1 f(x)=-x-
1 x- l x2 3
10 =
1 (a) Y = -- (b) y X+x
x+2 x 2 +x + 1
/
1 /
/

1 /
1 ,, ....,
-t / y =x+ 1 x2
X 80. Esboce o gráfico de f(x) = --. Proceda como no exercício
-10 1
10 x+ I
1
1 precedente para encontrar a assíntota inclinada.
1
1
- 10 1 81. Mostre que y = 3x é uma assíntota inclinada de f (x) = 3x + x - 2 .
1
Determine se f (x) tende à assíntota inclinada por cima ou por
FIGURA 24 baixo e faça um esboço do gráfico.
CAPITULO 4 Aplicações da Derivada 219

l -x 2 84. ~ Suponha que exista f" (x) e f" (x) > Opara todo x. Mos-
82. Esboce o gráfico de f (x) = --.
2-x tre quef(x) não pode ser negativa para todo x. Sugestão: mostre
83. Suponha que existam f' (x) e f 11 (x) para todo x e seja c um ponto que J' (b) ::p Opara algum b e use o resultado do Exercício 49 da
crítico def (x). Mostre quef(x) não pode fazer uma transição de Seção 4.4.
++para - + em x = c. Sugestão: aplique o TVM a f' (x).

4.6 Otimização aplicada


D(v) (km) Os problemas de otimização surgem numa ampla gama de disciplinas, incluindo a Físi-
200 ca, a Engenharia, a Economia e a Biologia. Por exemplo, ornitólogos descobriram que a
150 migração de aves resolve um problema de otimização: as aves voam a uma velocidade v
que maximiza a distância que alcançam sem precisar parar, dada a energia que conseguem
100
armazenar como gordura (Figura 1).
50 Em muitos problemas de otimização, a chave é determinar a função cujo mínimo
ou máximo necessitamos. Uma vez encontrada a função, podemos aplicar as técnicas de
10 20 30 40
otimização desenvolvidas neste capítulo. Primeiro consideramos problemas que levam à
V (mfs)
otimização de uma função contínuaf(x) num intervalo fechado [a, b]. Vejamos, novamen-
FIGURA 1 Os cientistas usam te, os passos para encontrar extremos que desenvolvemos na Seção 4.2:
princípios de fisiologia e aerodinâmica
para obter uma fórmula plausível para (i) Encontrar os pontos críticos de f (x) em [a, b].
a distância D( v) alcançada na migração (ii) Calcular o valor de f (x) nos pontos críticos e nas extremidades a e b.
de aves em função da velocidade v. A (iii) O maior e o menor desses valores são os valores extremos def(x) em [a, b].
velocidade ótima corresponde ao ponto
máximo do gráfico (ver Exercício 61). • EXEMPLO 1 Um pedaço de arame de comprimento L é dobrado no formato de um
retângulo (Figura 2). Quais dimensões dão o retângulo de área máxima?

L
- X

FIGURA 2

Solução Se o retângulo tem lados de comprimento x e y, sua área é A = xy. Como A


depende das duas variáveis x e y, não sabemos encontrar o máximo enquanto não elimi-
narmos uma das variáveis. Isso pode ser feito porque as variáveis estão relacionadas: o pe-
Uma equação relacionado duas rímetro do retângulo é L e 2x+ 2y = L. Isso dá y = U2 - x e, agora, podemos reescrever
ou mais variáveis num problema
a área como uma função somente de x:
de otimização é denominada uma
"equação de vínculo". No Exemplo 1,
a equação de vínculo é A(x) =x (½ -x) = (½)x -x 2

2x+2y=L
Qual é o intervalo no qual ocorre a otimização? Como os lados do retângulo não po-
dem ter comprimento negativo, devemos exigir ambos x ::: Oe L /2 - x ::: O. Assim,
O ::: x ::: L /2 e o nosso problema se reduz a encontrarmos o máximo de A(x) no intervalo
fechado [O, L/2].
=
Resolvendo A'(x) L/2 - 2x =O, =
obtemos que x L/4 é o ponto crítico. Resta
calcular os valores de A(x) nas extremidades e no ponto crítico:
Extremidades: A (O) =O

A(½)=½(½-½)=0
Ponto crítico: A( ¼) ¼) (½- ¼)
= ( = ~;
220 CALCULO

A maior área ocorre com x = L/4. O valor correspondente de y é


L L L L
y=--x=---=-
2 2 4 4

Isso mostra que o retângulo de área máxima é o quadrado de lados x = y = L/4. •

• EXEMPLO 2 Minimização de tempo de viagem O vaqueiro Chico quer construir uma tri-
lha de seu rancho até a estrada de tal modo que consiga chegar à cidade no menor tempo
possível (Figura 3). A distância perpendicular do rancho à estrada é de 4 milhas e a cidade
está a 9 milhas adiante na estrada. Em que ponto Chico deveria ligar a trilha à estrada se a
Cidade
velocidade máxima na trilha é de 20 mi/h e na estrada de 55 mi/h?

--------
X
9
9-x
Solução Esse problema é mais complicado que o anterior, portanto vamos analisá-lo
em três passos. Esses passos podem ser seguidos para resolver outros problemas de
otimização.
FIGURA 3 Passo 1. Escolher variáveis.
Precisamos decidir onde ligar a trilha à estrada. Seja, pois, P o ponto da estrada mais
perto do rancho e x a distância de P ao ponto em que a trilha se junta à estrada.
Passo 2. Encontrar a função e o intervalo.
Como queremos minimizar o tempo de viagem, precisamos calcular o tempo de via-
gem T(x) como função de x (Figura 4). Pelo Teorema de Pitágoras, o comprimento
da trilha é ,J42 + x 2. Quanto tempo leva para percorrer a trilha a 20 mi/h? Lembre
que, à velocidade constante v, a distância percorrida é d = vt. Portanto, o tempo
necessário para percorrer uma distância d é t = dlv. Aplicando isso a v = 20 mi/h,
vemos que leva

,J42 + x2
horas para percorrer a trilha
20

A parte da estrada tem comprimento 9 - x. A uma velocidade de 55 mi/h, leva


T(x) (horas)
9-x
horas para percorrer a estrada
0,4 55
O número total de horas de viagem é
0,2
2
T(x)= -v'16+x 9-x
20 + 55
1,56 5 9 10
x (milhas) Em qual intervalo ocorre a otimização? Como a trilha se junta à estrada em algum
FIGURA 4 O gráfico do tempo de ponto entre P e a cidade, temos O :'.S x :'.S 9. Portanto, nosso problema é encontrar o
viagem como função de x. mínimo de T(x) em [O, 9) (Figura 4).
Passo 3. Otimizar a função.
Resolvemos T' (x ) = Opara encontrar os pontos críticos:

1 X 1
T (x) = - = =2 - - =0
20.J16 + x 55
55x = 20)16 + x 2
l lx = 4)16 + x 2
121x 2 = 16(16 + x 2 )
CAPITULO 4 Aplicações da Derivada 221

Assim, 105x2 = 162 ou x = 16/.JTõs ~ 1,56 milha. Para encontrar o valor míni-
mo de T(x), calculamos T(x) no ponto crítico e nas extremidades de [O, 9]:

T(O) ~ 0,36 h, T(l,56) ~ 0,35 h, T(9) ~ 0,49 h

Concluímos que o tempo de viagem é minimizado se a trilha for ligada à estrada a


uma distância de x ~ 1,56 milha de P. •

O Cálculo é amplamente utilizado para resolver problemas de otimização que surgem


em tomadas de decisão de negócios. O exemplo seguinte é adaptado de uma análise da
produção de milho no estado norte-americano do Kansas feita em 1957 pelo economista
norte-americano Earl Heady.

• EXEMPLO 3 Otimização na agricultura As experiências mostram que se um fertilizante


constituído de N libras de nitrogênio e P libras de fosfato for utilizado num hectare de
plantio no Kansas, então a produção de milho é dada por B = 8 + 0,3J'N? bushels por
hectare. Suponha que o nitrogênio custe 25 centavos/Ih e o fosfato custe 20 centavos/Ih.
Se um agricultor pretende gastar 30 dólares com fertilizante por hectare, qual é a combi-
nação de nitrogênio e fosfato que dá a produção máxima de milho?
Solução A fórmula para a produção B depende das duas variáveis N e P, portanto deve-
mos eliminar uma das variáveis, como antes. O agricultor gastará $30 por hectare, portan-
to temos a equação de vínculo

0,25N + 0,2P = 30 ou P = 150- 1,25N

Bushels Substituindo na fórmula de B obtemos uma função só de N:


por 28
hectare B(N) = 8 + 0,3JN(l50 - 1,25N)

Ambos N e P devem ser não-negativos. Como P = 150 - 1,25N :::: O, exigimos


O :::: N =::: 120. Em outras palavras, B(N) deve ser otimizado em [O, 120] (Figura 5).
20 40 60 80 100 Para encontrar os pontos críticos de B(N), igualamos a derivada a zero:
Nitrogênio (lb)
dB = 0,3(150 - 2,5N) = O
FIGURA 5 A produção de milho por dN 2JN(150- 1,25N)
hectare como uma função de N, com
um orçamento de $30 por hectare. Esse quociente é nulo se o numerador for zero:

150- 2,5N = O ou N =60

Sempre que for possível, confira a A derivada não está definida em N = Oe N = 120, portanto esses pontos também são críti-
plausibilidade de sua resposta. Os cos (que casualmente são as extremidades). Calculamos B(N) nos pontos críticos:
valores N = 60 e P = 75 são plausíveis
pelas seguintes razões: o fosfato é
B(0) = 8, B(60) = 8 + 0,3J60(150- 1,25 · 60) ~ 28, B(120) = 8
mais barato, portanto faz sentido usar
mais fosfato que nitrogênio - mas
não podemos reduzir o nitrogênio a
O máximo ocorre em N = 60. Pela equação de vínculo, P = 150 - 1,25 (60) = 75, por-
zero porque o resultado depende do tanto a combinação ótima é N = 60, P = 75. •
produto NP.

Intervalos abertos contra fechados


Em alguns problemas somos obrigados a otimizar uma função contínua num intervalo
aberto. Nesse caso, não há garantia de que exista um min ou max. Lembre que o Teorema
1 da Seção 4.2 afirma que uma função contínua! (x) tem valores extremos num intervalo
fechado e limitado, mas nada diz sobre intervalos abertos. Muitas vezes conseguimos
mostrar que existe um minou max examinandof(x) perto das extremidades do intervalo
aberto. Se f (x) tender ao infinito quando x tender às extremidades (Figura 7), então f (x)
deve atingir um mínimo num ponto crítico.
222 CÁLCULO

• EXEMPLO 4 Projete uma lata cilíndrica de 10 pés3 de tal modo que utilize a quantida-
de núnima de metal (Figura 6). Em outras palavras, minimize a área de superfície da lata
(incluindo o topo e a base).

FIGURA 6 Cilindros de mesmo volume


mas diferentes áreas de superfície.

Solução
Passo 1. Escolher variáveis.
Precisamos especificar o raio e a altura da lata. Sejam, pois, r o raio e h a altura da
lata. Seja A a área de superfície da lata.
Passo 2. Encontrar a função e o intervalo.
Calculamos A como função de r e h:
2 2 2
A= nr nr + 2nrh = 2nr + 2nrh
+ '-v-'
'-v-' '-.,.-'
Topo Base Lado

O volume dessa lata é V= nr 2h. Como estamos exigindo que V= 10 pés3, obtemos
a equação de vínculo nr2 h = 10. Assim, h = (10/n)r-2 e

A(r) = 2nr
2
+ 21tr ( -10)
2
= 2nr 2 + -20
nr r

O raio r pode ter qualquer valor positivo, de modo que o intervalo de otimização
é (0, oo).
Área de Passo 3. Otimizar a função.
superfície A Observamos que A(r) tende ao infinito quando r tende às extremidades de (0, oo)
(Figura 7).
• A (r) -+ oo quando r -+ oo (por causa do termo r 2)
• A(r) -+ oo quando r -+ O(por causa do termo 1/r)
2 3
Raio r Concluímos que A(r) atinge um valor núnimo num ponto crítico do intervalo aberto
(O, oo ). Resolvendo para o ponto crítico, obtemos
FIGURA 7 A área de superfície cresce
quando r tende a zero ou oo. O valor dA 20
mínimo existe. - =4nr--
dr 2
=0
r
ou r
3
= -1í,5
Portanto, o valor de r que minimiza a área de superfície é

r= (n5) 1/3
;::::: J,17pé

Também precisamos calcular a altura:

= n-r- = (5) (5)ir (5)- (5)ir


2 1
h
10 2
ir
2 r-
2
=2 ir /3
=2 /3
;: : : 2,34 pés
Observe que as dimensões ótimas satisfazem h = 2r. Em outras palavras, a lata ótima
tem a mesma altura que largura. •
CAPITULO 4 Aplicações da Derivada 223

• EXEMPLO 5 Problema de otimização sem solução É possível projetar um cilindro de 10


pés 3 de volume com a maior área de superfície possível?
Solução A resposta é não. No exemplo precedente, mostramos que um cilindro de volume
10 e raio r tem área de superfície

20
A(r) = 2nr2 + -
r

Essa função não tem valor máximo porque tende ao infinito quando r -+ Oou r -+ oo
(Figura 7). Em termos físicos, isso significa que um cilindro de volume fixado tem uma
área de superfície grande se for ou muito gordo e curto (r grande) ou muito alto e fino
(r pequeno). •

O princípio da distância mínima era O princípio da distância mínima afirma que um raio de luz refletido num espe-
conhecido pelo matemático grego lho percorre o caminho mais curto. Em outras palavras, se o raio origina no ponto A
Heron de Alexandria (cerca de 100
d.C.). Ver Exercício 48 para a Lei da Figura 8 e acaba no ponto B, então o ponto de reflexão P tem a propriedade mínima
de Sne/1, uma lei óptica mais geral, seguinte:
baseada no princípio do tempo mínimo.
AP + P B = a menor possível
O próximo exemplo usa esse princípio para mostrar que o ângulo de incidência 01 é igual
ao ângulo de reflexão 02.

X
FIGURA 8 Reflexão de um raio de luz
num espelho. L

• EXEMPLO 6 Ângulo de incidência é igual ao ângulo de reflexão Use o princípio da distân-


cia mínima para mostrar que o ângulo de incidência 01 é igual ao ângulo de reflexão 0i.
Solução Sejam h, e h2 as distâncias de A e B ao espelho, como na Figura 8, ex a locali-
zação do ponto P no espelho. Pelo Teorema de Pitágoras, o comprimento do caminho de
A até B é

20 Comprimento do caminho (pés) f(x) = AP + PB = Jx 2 +hT + j(L-x) 2 +h~

15 O raio de luz bate no espelho no ponto P para o qualf(x) tem um valor mínimo. Vamos
supor que o mínimo ocorre num ponto crítico (Figura 9). Assim, igualamos a derivada
10 a zero:

5 , x L-x
f (x) = --=== - --==== = O
Jx 2 +hT j(L-x) 2 +h~
5 10
X (pés) Se quiséssemos encontrar o ponto crítico (dando o ponto exato do espelho em que
FIGURA 9 O gráfico do o raio de luz bate), precisaríamos resolver essa equação. Contudo, nosso objetivo
comprimento do caminho para não é encontrar x mas, em vez disso, mostrar que 01 = 0i. Portanto, reescrevemos a
h l = 10, h2 = 20, L = 40. equação como
224 CÁLCULO

X L-x
----;:=== = ----;::=====
Jx 2 +hT j(L-x) 2 +h~
'-,,-'
cos 0, cos(h

Usando a Figura 8, vemos que essa equação diz que cos 01 = cos 0z e, como 01 e 0z estão
entre Oe Í• resulta 01 = 0z, como queríamos mostrar. •

ENTENDIMENTO CONCEITUAL Selecionamos os exemplos desta seção porque levam a


problemas de otimização em que o min ou o max ocorre num ponto crítico. Em
problemas desse tipo, muitas vezes o ponto crítico representa o melhor equilíbrio
entre "fatores conflitantes". No Exemplo 3, maximizamos a produção de milho en-
contrando um equilíbrio entre o fosfato (que é mais barato) e o nitrogênio (sem o
qual a produção é baixa). No Exemplo 4, minimizamos a área de superfície de uma
lata metálica encontrando o melhor equilíbrio entre altura e largura. Na vida diária,
contudo, muitas vezes encontramos soluções nas extremidades, em vez de pontos
críticos. Por exemplo, para minimizar o tempo numa corrida de 100 m, o atleta deve
correr o mais rápido possível - a solução não é um ponto crítico mas, sim, uma
extremidade (a velocidade máxima).

4.6 RESUMO
• Em geral, distinguimos três passos principais na resolução de problemas de otimização
aplicada:
Passo 1. Escolher variáveis.
Determinar quais quantidades são relevantes, muitas vezes esboçando um diagrama,
e associar nomes apropriados às variáveis.
Passo 2. Encontrar a função e o intervalo.
Reformular o problema como um de otimização de uma função f em algum intervalo.
Se a função depender de mais de uma variável, usar uma equação de vínculo para
escrever f como função de uma só variável.
Passo 3. Otimizar a função.
• Se o intervalo for aberto, f não necessariamente atinge um valor mínimo ou máximo,
mas, se atingir, esses devem ocorrer em pontos críticos dentro do intervalo. Para de-
terminar se existe um min ou max, analise o comportamento de f quando x tende às
extremidades do intervalo.

4.6 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. O problema é encontrar um triângulo retângulo de perímetro 10 3. Uma função contínua num intervalo aberto sempre tem um valor
cuja área é a maior possível. Qual é a equação de vínculo relacio- máximo?
nando a base b com a altura h do triângulo?
4. Descreva uma maneira de mostrar que uma função contínua num
2. Quais são as variáveis relevantes se o problema for encontrar um intervalo aberto (a, b) tem um valor mínimo.
cone circular reto de área de superfície 20 e volume máximo?
CAPITULO 4 Aplicações da Derivada 225

Exercícios
1. Encontre as dimensões do retângulo de área máxima que pode 10. Encontre o retângulo de área máxima que pode ser inscrito num
ser formado com um pedaço de arame de 50 cm. triângulo retângulo de catetos de comprimentos 3 e 4 se os la-
(a) Qual é a equação de vínculo relacionando os comprimentos x e y dos do retângulo são paralelos aos catetos do triângulo, como
dos lados? na Figura 11.
(b) Encontre uma fórmula para a área só em termos de x.
(e) O problema que temos é de otimização num intervalo aberto ou
fechado?
5 4
(d) Resolva o problema de otimização.

2. Um pedaço de arame medindo 100 cm é dividido em duas pe-


ças e cada uma é dobrada para formar um quadrado. Como
3
deveríamos fazer isso de modo a minimizar a soma das áreas
dos dois quadrados? FIGURA 11
(a) Expresse a soma das áreas dos dois quadrados em termos dos
comprimentos x e y das duas peças. 11. Uma paisagista deseja fechar um lado de um jardim retangular
com um muro de tijolos que custa 30 dólares por metro e os ou-
(b) Qual é a equação de vínculo relacionando x e y?
tros três lados com uma cerca que custa 10 dólares por metro. Se
(e) O problema que temos é de otimização num intervalo aberto ou a área do jardim deve medir 1.000 m2 , encontre as dimensões do
fechado? jardim que minimizam o custo.
(d) Resolva o problema de otimização.
12. Encontre o ponto da reta y = x que está mais próximo do ponto
3. Encontre o número positivo x tal que a soma de x com seu recí- (1, 0).
proco seja a menor possível. Esse problema é de otimização num
intervalo aberto ou fechado? 13. Encontre o ponto da parábola y = x 2 que está mais próximo do
ponto (1, O) (Figura 12).
4. Os catetos de um triângulo retângulo têm comprimentos a e b
que satisfazem a+ b = 10. Quais valores de a e b maximizam a
y
área do triângulo?

5. Encontre números positivos x e y tais que xy = 16 ex+ y seja o


menor possível.

6. Um pedaço de arame medindo 20 cm é dobrado no formato da


letra L. Onde deveria ser feita a dobra para minimizar a distância 3
entre as duas extremidades?
FIGURA 12
7. Seja S a coleção de todos os retângulos de área 100.
(a) Quais são as dimensões do retângulo de S com o menor perímetro? 14. Uma caixa é construída com dois tipos de material. O material
2
(b) Existe em S um retângulo de perímetro máximo? Explique.
do topo e da base, que são ambas quadradas, custa $1 por m
2
e o material para os lados custa $2 por m • Encontre as dimen-
8. Uma caixa tem uma base quadrada de lado x e uma altura y. sões que minimizam o custo se a caixa deve ter um volume de
3
(a) Encontre as dimensões x, y para as quais o volume da caixa é 12
20m •
e a área de superfície é a menor possível.
15. Encontre as dimensões do retângulo de área máxima que pode
(b) Encontre as dimensões para as quais a área de superfície é 20 e o ser inscrito num círculo de raio r (Figura 13).
volume da caixa é o maior possível.

9. Suponha que possamos utilizar 600 m de cerca para cercar um


curral no formato de um retângulo com um semicírculo cujo di-
âmetro é um lado do retângulo, como na Figura 1O. Encontre as
dimensões do curral de área máxima.

FIGURA 13

16. O problema de Tartaglia (1500-1557) Dentre todos números


positivos a, b cuja soma vale 8, encontre aqueles para os quais o
produto dos dois números por sua diferença seja máximo. Suges-
FIGURA 10 tão: seja x = a - b e expresse abx em termos só de x.
226 CÁLCULO

17. Encontre o ângulo 0 que maximiza a área do triângulo isósceles (a) Quais dimensões maximizam a área total do depósito?
cujos lados iguais têm comprimento e(Figura 14).
(b) Qual é a área de cada um dos três espaços?

0
e e
1 1 1 1
FIGURA 14 FIGURA 17

18. O volume de um cone circular reto é jr 2h e sua área de superfí- 24. Suponha, no exercício precedente, que o depósito consiste em n
cie é S = 11:rJr 2 + h 2 . Encontre as dimensões do cone com área espaços separados de igual tamanho. Encontre uma fórmula em
de superfície 1 e volume máximo (Figura 15). termos de n para a área total máxima do depósito.

25. A quantidade de luz que alcança um ponto a uma distância r de


uma fonte A de intensidade IA é IA/r 2. Suponha que uma segun-
da fonte de luz B de intensidade/B = 4/A esteja localizada a 10
m de A. Encontre o ponto no segmento ligando A a B em que a
quantidade total de luz é um mínimo.

26. Encontre a área do maior retângulo que pode ser inscrito na re-
4- x
gião delimitada pelo gráfico de y =- - e os eixos coordena-
2 +x
dos (Figura 18).
FIGURA 15

19. A produção de arroz requer trabalho e investimento de capital, em y


equipamentos e terras. Suponha que a produção P de arroz por hec-
tare seja dada pela fórmula P = 1OOJx + 150..jy se x for o valor 2
em dólares do trabalho por hectare e y o valor em dólares de inves-
timento de capital por hectare. Se um agricultor investe 40 dólares
por hectare, como ele deveria distribuir esse valor entre trabalho e
investimento de capital para maximizar a produção de arroz?
4
20. O problema do tonel de vinho de Kepler O problema seguin- FIGURA 18
te foi enunciado e resolvido no trabalho intitulado Nova stereo-
metria doliorum vinariorum (Nova Geometria Sólida do Tonel 27. De acordo com o regulamento postal norte-americano, uma
de Vinho) publicado em 1615 pelo astrônomo Johannes Kepler caixa pode ser mandada pelo correio somente se a soma de
(1571-1630). Quais são as dimensões do cilindro de maior volu- sua altura com sua cintura (que é o perímetro de sua base)
me que pode ser inscrito na esfera de raio R? Sugestão: mostre não exceda 108 polegadas. Encontre as dimensões da caixa de
que o volume do cilindro inscrito é 2nx(R2 - x 2), onde x é a volume máximo que pode ser mandada pelo correio se a base
metade da altura do cilindro. for um quadrado.
21. Encontre as dimensões x e y do retângulo inscrito num círculo de 28. Encontre a área máxima de um triângulo formado no primeiro
raio r que maximiza a quantidade x y2. quadrante pelos eixos x e y e uma reta tangente ao gráfico de y
(x + l)-2 m.
22. Encontre o ângulo eque maximiza a área do trapézio com base de
comprimento 4 e lados de comprimento 2, como na Figura 16. 29. Qual é a área do maior retângulo que pode ser circunscrito num
retângulo de lados L e H? Sugestão: expresse a área do retângulo
circunscrito em termos do ângulo e(Figura 19).

4
)
FIGURA 16

23. Considere um depósito industrial consistindo de três espaços se-


parados de igual tamanho, como na Figura 17. Suponha que o
material para as paredes custe 200 dólares por pé linear e que a
companhia aloque 2.400.000 dólares para essa construção. FIGURA 19
CAPITULO 4 Aplicações da Derivada 227

(b) Qual é a maneira mais econômica de colocar a tubulação? E se o


30. Preço ótimo Seja r o aluguel mensal por unidade de um prédio custo ao longo dos lados for de 24 reais/m?
com 100 unidades. Uma pesquisa revela que todas unidades po-
dem ser alugadas quando o aluguel for fixado em 900 reais e que
uma unidade permanece desocupada a cada 10 reais de acrésci-
mo no aluguel. Suponha que a taxa de manutenção mensal por
unidade ocupada seja de 100 reais.
(a) Mostre que o número de unidades alugadas é n = 190 - r/10
para 900 ::: r :::: 1. 900. 200
(b) Encontre uma fórmula para a renda líquida (receita menos ma- FIGURA 20
nutenção) e determine o valor r do aluguel que maximiza a ren-
da líquida.
36. Encontre as dimensões de um cilindro de 1 m3 de volume de cus-
31. Uma colheita de 8 bilhões de bushels de milho leva a um preço de to mínimo se o topo e a base forem feitos de um material que
2,40 dólares por bushel. Um corretor da bolsa de alimentos usa a custa o dobro do material utilizado na lateral.
regra empírica seguinte: se a colheita for menor em x por cento,
37. No Exemplo 6 desta seção, encontre a coordenada x do ponto
então o preço por bushel aumenta em 1Ox centavos de dólar. Qual
P no qual o raio de luz bate no espelho se h1 = 10, h2 = 5 e
é tamanho de colheita que resulta no rendimento máximo e qual
L=20.
é o preço por bushel? Sugestão: o rendimento é igual ao preço
vezes o tamanho da colheita. Nos Exercícios 38-40, é construída uma caixa (sem tampa) com um
pedaço de cartolina de lados A e B, recortando quadradinhos de lado
32. Dados n números x, , .. . , x1i, encontre o valor de x que minimiza
h dos cantos e dobrando os lados (Figura 21 ).
a soma dos quadrados:

__,'

Primeiro resolva o problema para n = 2 e 3 e só então o resolva


:__ 1B
para n qualquer.
r-
33. Seja P = (a, b) um ponto do primeiro quadrante.
A
(a) Encontre a inclinação da reta por P tal que o triângulo delimitado
por essa reta e os eixos coordenados do primeiro quadrante tenha FIGURA 21
área mínima.
38. Encontre o valor de h que maximiza o volume da caixa se A = 15
(b) Mostre que Pé o ponto médio da hipotenusa desse triângulo.
e B = 24. Quais são as dimensões da caixa resultante?
34. Um veículo de entregas consome 10 km/! numa rodovia a 50
39. Qual é o valor de h que maximiza o volume se A = B?
km/h e a cada km/h a mais acima de 50 km/h faz o consumo
aumentar O, 15 km/!. 40. Suponha que resulte uma caixa de altura h = 3 cm utilizando
2
(a) Se o motorista do veículo recebe 30 reais/hora e o combustível 144 cm de cartolina (ou seja, AB = 144). Quais valores de A e
custa P = 3 reais por litro, qual é a velocidade v entre 50 e 70 B maximizam o volume?
km/h que minimiza o custo da viagem na rodovia? Observe que
41. A produção mensal P de uma fábrica de lâmpadas é dada pela
o custo real depende da distância percorrida, mas a velocidade
fórmula P = 350 LK, onde L é a quantia investida em trabalho e
ótima não depende.
K é a quantia investida em equipamento (em milhares de reais).
(b) !CG~ Faça um esboço do gráfico do custo como função de v Se a fábrica precisar produzir 10.000 unidades por mês, como
(escolha uma distância arbitrária de percurso) e confira suares- deveria ser dividido o investimento entre trabalho e equipamento
posta com a da parte (a). para minimizar o custo L + K da produção?
(e) !CG~ Será que a velocidade ótima v aumenta ou diminui se o 42. ~ Use Cálculo para mostrar que, dentre todos triângulos
custo do combustível baixar para 2 reais por litro? Faça um esbo- retângulos com a hipotenusa de comprimento 1, o triângulo isós-
ço do gráfico do custo como função de v para P = 2 e P = 3 no celes tem área máxima. É possível ver isso mais diretamente, ra-
mesmo par de eixos e confira seu palpite. ciocinando a partir da Figura 22?
35. A Figura 20 mostra um terreno de 100 x 200 m. Será colocada
uma tubulação desde A até um ponto P no lado BC e dali até C.
O custo de colocar a tubulação pelo terreno é de 30 reais/m (pois
precisa ser subterrâneo) e o custo ao longo do lado do terreno é
de 15 reais/m.
(a) Sejaf (x) o custo total, onde x é a distância de P a B. Determine
X y
f (x), mas observe quefé descontínua em x = O(quando x = O, o
custo de toda tubulação é 15 reais/m). FIGURA 22
228 CÁLCULO

43. Jaqueline consegue nadar a 3 mi/h e correr 8 mi/h. Ela está numa (a) Obtenha x usando Cálculo. A fórmula da adição
margem de um rio que tem 300 pés de largura e quer alcançar o
1 + cotgacotgb
mais rapidamente um ponto na outra margem 200 pés rio abaixo. cotg(a -b) =- ----.
cotg b - cotg a
Ela vai nadar diagonalmente através do rio e depois correr ao
longo da outra margem. Sabendo que l milha = 5280 pés, en- pode ser útil.
contre o melhor trajeto que ela pode tomar.
(b) Resolva o problema de novo usando Geometria (sem fazer contas!).
44. Escala de entrega ótima Um posto de gasolina vende Q li- Existe um único círculo passando pelos pontos B e C que é tangente
tros de gasolina por ano, que é entregue N vezes ao ano em à rua. Seja R o ponto de tangência. Mostre que eé máximo no ponto
carregamentos iguais de Q/N litros. O custo de cada entrega R. Sugestão: os dois ângulos denotados por 1f1 são, de fato, iguais
é de d dólares e os custos anuais de estocagem são dados por porque subentendem arcos iguais no círculo. Seja A a interseção do
sQT, onde T é o tempo (uma fração de ano) entre entregas e s círculo com PC e mostre que lf/ = e+ LP B A > e.
é uma constante. Mostre que os custos são minimizados para (c) Prove que as duas respostas em (a) e (b) coincidem.
N = JsQ/d. (Sugestão: Expresse Tem termos de N.) En-
contre o número ótimo de entregas se Q = 2 milhões de litros, 48. A lei de Snell A Figura 24 representa um corte na superfície
d= 8.000 dólares e s = 30 centavos de dólar ao ano. A resposta de uma piscina. Um raio de luz parte do ponto A localizado aci-
deveria ser um número inteiro, portanto compare os custos para ma da piscina para o ponto B localizado dentro da água. Sejam
os dois valores inteiros de N mais próximos do valor ótimo. v1 a velocidade da luz no ar e v2 a velocidade da luz na água
(é um fato que v1 > v2). Prove a Lei de Snell da Refração, de
45. (a) Encontre o raio e a altura de uma lata cilíndrica de área de acordo com a qual o caminho da luz de A até B é o que toma o
superfície total A cujo volume é o maior possível. menor tempo e satisfaz a relação
(b) Podemos projetar um cilindro de área de superfície total A e vo- sen 81 sen f½
lume total mínimo? --=--
V) V2

46. Encontre a área do maior triângulo isósceles que pode ser inscri-
to num círculo de raio r.

47. Um outdoor de comprimento b é montado num lado de um pré-


dio a uma altura h do nível da rua. A que distância x deveria
ficar um observador para maximizar o ângulo de observação e
(Figura 23)?

FIGURA 24

49. A lei de Snell, deduzida no Exercício 48, explica porque é im-


possível enxergar de dentro para fora da água se o ângulo de vi-
são f½ for tal que sen f½ > v2/v1.
(a) Mostre que se valer essa desigualdade, não há ângulo e1 para o
qual vale a lei de Snell.
p
(b) O que vemos se olharmos de dentro para fora da água com um
X ângulo de visão(½ tal que sen f½ > v2/v1?

50. Um pôster de 6 pés2 tem margens superior e inferior de 6 pol e


esquerda e direita de 4 pol. Sabendo que l pé = 12 polegadas,
encontre as dimensões do pôster que maximizam a área impressa
(pôster menos margens).

51. Ramificação vascular Um pequeno vaso sangüíneo de raio r


bifurca num ângulo ede um vaso maior de raio R para levar san-
gue de A até B. De acordo com a lei de Poiseuille, a resistência
total ao fluxo sangüíneo é proporcional a
p R - ( a - b cotg
T- 4
e+ b cossec
4
e)
FIGURA 23 R r
CAPITULO 4 Aplicações da Derivada 229

onde a e b são como na Figura 25. Mostre que a resistência total 55. No contexto do Exercício 54, mostre que a força mínima exigida
é minimizada quando cos e = (r / R)4. é proporcional a l //!+72.

56. O problema é colocar um "telhado" de lados numa peça do sótão


de altura h e largura b (Figura 28). Encontre o menor compri-
mento s para o qual isso é possível.

FIGURA 25
b
52. Encontre o comprimento emínimo de uma viga que, por cima de
FIGURA 28
uma cerca de altura h, consegue alcançar uma parede que está b m
atrás da cerca (Figura 26).
57. Encontre o comprimento máximo de um poste que pode ser pas-
sado horizontalmente numa esquina de corredores de larguras de
8 m e de 4 m (Figura 29).

b X 8

FIGURA 26 FIGURA 29

53. Seja (a, b) um ponto fixado no primeiro quadrante e seja 58. Refaça o Exercício 57 com corredores de larguras arbitrárias a
S(d) a soma das distâncias de (d, O) aos pontos (0, 0), (a, b) e e b.
(a, -b).
59. Encontre o triângulo isósceles de menor área que circunscreve
(a) Encontre o valor de d que toma S(d) mínimo. A resposta depende
um círculo de raio 1 (Figura 30). (Problema do livro de Thomas
dos casos b < ..fia ou b ~ ..fia. Sugestão: Mostre que d = Ose Simpson, The Doctrine and Applications of Fluxions, um livro
b ~ ..fia.
didático de Cálculo que foi publicado em 1750).
(b) ICG[I Seja a= 1. Esboce o gráfico de S(d) para b = 0,5, ../3 e
3 e descreva a posição do mínimo.

54. A força mínima exigida para introduzir uma cunha de ângulo a


para dentro de um bloco (Figura 27) é proporcional a
l
F(a)=----
sena+ fcosa

ondefé uma constante positiva. Supondo que f = 0,4, encontre o


ângulo a para o qual é exigida uma força mínima.
FIGURA 30

60. ~ Um jogador de basquete está parado a d m da cesta. Se-


jam h e a como na Figura 31. Usando Física, podemos mostrar
que se o jogador lançar a bola num ângulo e, então a velocidade
inicial exigida para converter a cesta satisfaz

2 16d
V= -------
FIGURA 27 cos2 0(tg e - tg a)
230 CÁLCULO

(a) Explique por que essa fórmula só faz sentido se a < 0 < l (f) ICG~ Mostre com um gráfico que, para d fixado (digamos,
Por que v tende ao infinito nos extremos desse intervalo? d= 4,6 m, a distância de um lance livre), v~,m é uma função
(b) ICG~ Tome a= ~ e esboce v2 como função de 0 para crescente de h. Use isso para explicar por que jogadores mais
~ < 0< l Confira que o mínimo ocorre em 0 = l altos têm uma vantagem e por que pode ser útil saltar para fazer
um arremesso.
(e) Seja F(0) = cos2 0(tg 0 - tg a). Explique porque v é minimi-
zado com 0 tal que F(0) é maximizado.

(d) Confira que F' (0) = cos(a - 20) seca (para isso será necessá-
ria a fórmula de adição do cosseno) e mostre que o valor máximo
deF(0)em[a, ~]ocorreem0o = ~ + l
(e) Para um dado a, o ângulo ótimo para converter o arremesso é 0o,
porque minimiza v2 e, portanto, minimiza a energia exigida para
fazer o melhor arremesso (a energia é proporcional a v2). Mostre
que a velocidade v01 m no ângulo ótimo 0o satisfaz

2 32d cosa 32d 2


Votm = 1 - sena - -h + Jd2 + h2.
FIGURA 31

Compreensão adicional e desafios


61. Migração de aves A potência P é a taxa à qual é consumi- segundo pulso vai até a formação rochosa, dali ao longo da superfí-
da a energia E por unidade de tempo. Os ornitólogos desco- cie rochosa até voltar para cima até D (o caminho ABCD), como na
briram que o consumo de potência de um certo tipo de pombo Figura 33. O pulso viaja à velocidade vi no solo e v2 na rocha.
voando a uma velocidade de v m/s é bem descrita pela função
P(v) = l?v- 1 + 10- 3 v3 J/s. Suponha que o pombo possa ar- A s D
mazenar 5 x 104 de energia útil em forma de gordura.
(a) Encontre a velocidade Vpmin que minimiza o consumo de potência.
(b) Mostre que um pombo voando a uma velocidade v e usan-
r,
do toda sua energia estocada pode voar uma distância total de
D(v) = (5 x 104 )v/ P(v).
(c) As aves migratórias são espertas a ponto de voar à velocidade que FIGURA 33
maximiza a distância percorrida ao invés de minimizar o consumo
de potência. Mostre que a velocidade vdmax que maximiza a distân- 62. (a) Mostre que o tempo necessário para o primeiro pulso ir de A
cia total D (v) satisfaz P' ( v) = P ( v) / v. Mostre que Vdmax é obtida atéDéti =s /v i.
graficamente como a coordenada da velocidade do ponto em que (b) Mostre que o tempo necessário para o segundo pulso é
uma reta pela origem é tangente ao gráfico de P (v) (Figura 32).
(d) Encontre Vdmax e a distância total máxima que a ave pode voar. t2
2d
= -sec e+----
s-2dtg0
v1 v2

Potência (J/s) desde que tenhamos


s
4 tg0 < -
- 2d
[IJ
:"--- Distância
: máxima (Observação: se essa desigualdade não estiver satisfeita, o ponto
! percorrida B não fica à esquerda de C.)
5 10 15 (e) Mostre que t2 é minimizada quando sen 0 = vifv2.
Velocidade (m /s)
63. Nesteexercício, suponhaquev2/vi:::: J1 +4(d/s) 2 .
FIGURA 32
(a) Mostre que a desigualdade (1) vale se sen 0 = vi /v2.
(b) Mostre que o tempo mínimo para o segundo pulso é
Prospecção sísmica Nos Exercícios 62-64 tratamos da determinação
da espessura de uma camada de solo que fica acima de formações
rochosas. Os geólogos enviam dois pulsos sonoros do ponto A ao t2 = -2d (1 - 2 1/2
k ) + -s
vi v2
ponto D, que estão separados por uma distância s. O primeiro pulso
é enviado diretamente de A a D ao longo da superfície terrestre. O onde k = vi /v2.
CAPiTU LO 4 Aplicações da Derivada 231

t2 2d(l - k2) 112 crítico e. Calcule e e mostre que O :::: e :::: L se, e somente se,
(e) Conclua que - = - - - - - + k. D:::: 2./3 L.
t1 s
64. Continue no contexto do exercício precedente. (e) Encontre o mínimo def(x) em [O, L] em dois casos: D= 2, L =
4eD= 8, L=2.
(a) Encontre a espessura da camada de solo, supondo que
v1 = 0,7v2 ,t2/ t1 = 1,3es= l.500pés. 66. Um projetista de jóias planeja incorporar um componente de
(b) Os tempos t 1e t2 são medidos experimentalmente. A equação ouro em formato de um tronco de cone de 1 cm de altura e raio
no Exercício 63(c) mostra que t2/ t 1é uma função linear de l/s. inferior r fixado (Figura 35). O raio x superior pode tomar qual-
O que pode ser concluído se executássemos experimentos para quer valor entre Oe r. Observe que x = Oe x = r correspondem
vários valores de s e os pontos ( 1/ s, t2 / t1) não ficassem alinha- ao cone e ao cilindro, respectivamente. Como função de x, a área
dos numa reta? de superfície (sem incluir o topo e a base) é S(x) = n:s(r + x),
onde sé a altura inclinada do tronco, conforme indicado na figu-
65. As três cidades A, B e C serão ligadas por um cabo de fibra ótica ra. Qual é o valor de x que fornece o projeto menos caro [o valor
subterrâneo, como ilustrado na Figura 34(A). Suponha que C mínimo de S(x) para O :::: x ::::: r]?
esteja localizada diretamente abaixo do ponto médio de A B.
Encontre o ponto de junção P que minimiza a quantidade total
(a) Mostre que S(x) = n:(r + x)JI + (r -x) 2.
de cabo utilizada. (b) Mostre que ser < ./2., então S(x) é uma função crescente. Con-
clua que o cone (x = 0) tem a área mínima nesse caso.
(a) Mostre inicialmente que P deve ficar diretamente acima de C.
(e) Suponha quer > ./2.. Mostre que S(x) tem dois pontos críticos
Mostre que se o ponto de junção for colocado num ponto Q
x1 < x2 em (0, r), que S(x1) é um máximo local e que S(x2) é
como o da Figura 34(B), então podemos reduzir o comprimento
um mínimo local.
do cabo movendo Q horizontalmente até o ponto P localizado
acima de C. É conveniente usar o resultado de Exemplo 6. (d) Conclua que o mínimo ocorre em x = Oou x2.

(e) Encontre o mínimo nos casos r = 1,5 e r = 2.


D
(t) Desafio: seja e= J(5
+ 3./3)/ 4:::::: 1,597. Prove que o mínimo
ocorre em x = O(cone) se ./2 < r < e, mas que o mínimo ocor-
re emx = x2 se r> c.

(A) (B)

FIGURA 34

(b) Com x como na Figura 34(A), sejaf (x) o comprimento to-


tal do cabo utilizado. Mostre que f (x) tem um único ponto FIGURA 35 Tronco de cone de 1 cm de altura.

4. 7 Método de Newton
•·· LEMBRETE Um "zero" ou "raiz" O método de Newton é um procedimento para encontrar aproximações numéricas de ze-

Ide uma funçãof(x) é uma solução da


equaçãof(x) = O.
ros de funções. As aproximações numéricas são importantes porque muitas vezes é im-
possível encontrar os zeros exatamente. Por exemplo, o polinômio f (x) = x 5 - x - 1
tem uma raiz real e (ver Figura 1), mas pode ser provado que não existe fórmula algébrica
alguma para essa raiz (isso é feito num ramo de Matemática avançada denominada Teoria
de Galois). O método de Newton mostra que e ~ 1,1673 e, com mais contas, podemos
calcular e com qualquer grau de precisão desejada.
No método de Newton, começamos escolhendo um número xo, que acreditamos estar
próximo de uma raiz de f (x). Esse valor com que começamos as contas é denominado
valor inicial. O método de Newton então produz uma seqüência xo, x1, x2, . . . de aproxi-
mações sucessivas que, em situações favoráveis, converge a uma raiz.
232 CÁLCULO

y A Figura 2 ilustra o procedimento. Dado um palpite inicial xo, traçamos a reta tan-
gente ao gráfico em (xo , f (xo)). A aproximação x1 é definida como a coordenada x do
ponto em que a reta tangente intersecta o eixo x. Para produzir a segunda aproximação x2
-2 (também denominada segunda iterada), aplicamos esse procedimento a x,.

y y

FIGURA 1 O gráfico de
y = x 5 - x - 1. O valor 1,1673 é uma
boa aproximação numérica da raiz.

Primeira iteração Segunda iteração


FIGURA 2 A seqüência produzida por iteração converge a uma raiz.

Vamos deduzir uma fórmula para x,. A equação da reta tangente em (xo , f (xo)) é

y = f(xo) + J'(xo)(x - xo)

A reta tangente cruza o eixo x em xi, onde

y = f(xo) + J'(xo)(x1 - xo) =O


Se f' (xo) -:/=- O, podemos resolver para x1 e obter x1 - xo =- f (xo)/ f' (xo), ou

f(xo)
x 1 =xo - - -
f'(xo)

A segunda iterada x2 é obtida aplicando essa fórmula a x1 em vez de xo:

e assim por diante. Observe na Figura 2 que x 1está mais próximo da raiz que xo e x2 está
mais próximo ainda. Geralmente, as aproximações sucessivas convergem a uma raiz de
verdade. Contudo, há casos em que o método de Newton falha (Figura 4).

O método de Newton é um exemplo Método de Newton Para encontrar uma aproximação numérica de uma raiz de f (x) = O:
de um procedimento iterativo. "Iterar"
significa "repetir" e no método de Passo 1. Escolher um palpite inicial xo (próximo da raiz procurada, se possível).
Newton usamos (1) repetidamente Passo 2. Gerar aproximações sucessivas x 1 , x2, •.. onde
para produzir uma seqüência de
aproximações.
II]

• EXEMPLO 1 Aproximando ./5 Calcule as três primeiras aproximações x 1, x2, x3 de


uma raiz de f (x) = x 2 - 5 usando o palpite inicial xo = 2.
CAPITULO 4 Aplicações da Derivada 233

Solução Temos f' (x) = 2x. Portanto,


f(xo) xJ- 5
Xt = XO - - - = XO - - -
f'(xo) 2xo

Calculamos as aproximações sucessivas como segue:

f(xo) 22 - 5
x 1 = x o - - - =2- - - = 2,25
f'(xo) 2 ·2
2
X = X _ f(x1) = _ 2,25 - 5 ~ 2,23611
2 1 2 25
f'(x1) ' 2 · 2,25
f (x2) 2,23611 2 - 5
X3 = X 2 - - - =223611- - - - - ~ 2,23606797789
f'(x2) ' 2 · 2,23611

Essa seqüência fornece aproximações sucessivas da raiz

./5 = 2,236067977499789696 . ..
Observe que x3 é a raiz exata a menos de um erro menor do que 10-9. Isso é uma precisão
impressionante para somente três iterações do método de Newton. •

Quantas iterações são necessárias?


y Quantas iterações do método de Newton são necessárias para aproximar uma raiz com
uma precisão dada? Não há uma resposta definitiva, mas, em muitos casos, o número
de casas decimais corretas praticamente dobra em cada passo. Na prática, é geralmente
seguro supor que se as primeiras m casas decimais de x 11 e x 11 +1 forem iguais, então as
primeiras m casas decimais de x 11 coincidem com as da solução exata.

1C
• EXEMPLO 2 ICG[I Seja e a menor solução positiva de sen 3x = cos x.
-1 (a) Use um gráfico gerado por computador para escolher um palpite inicial xo para e.
FIGURA 3 O gráfico de (b) Use o método de Newton para aproximar e com um erro menor do que 10-6.
f (x) = sen 3x - cosx.
Solução
(a) Uma solução de sen 3x = cos x é um zero da funçãof(x) = sen 3x - cos x. A Figura
3 mostra que o menor zero está aproximadamente a meio caminho entre Oe ¾- Como ¾~
Não existe um palpite inicial "correto". 0,785, um bom palpite inicial é xo = 0,4.
No Exemplo 2, escolhemos xo = 0,4, (b) Como f' (x) = 3 cos 3x + sen x, a Equação (1) fornece a fórmula
mas uma outra escolha possível é
x0 = O, que leva à seqüência sen 3x11 - cos X 11
xi "" 0,3333333333
Xn+l = X11 - 3 cos 3x11 + sen x 11
x 2 "" 0,3864547725
Com xo = 0,4 como valor inicial, as primeiras quatro iteradas são
x3 "" 0,3926082513
XI ~ 0,3925647447
X4 "" 0,3926990816
x2 ~ 0,3926990382
Podemos conferir que x0 = 1 leva a
uma seqüência convergindo a¾,
que é a X3 ~ 0,3926990817
segunda solução positiva de
sen 3x = cos x. X4 ~ 0,3926990816
234 CÁLCULO

Parando aqui, podemos estar razoavelmente confiantes de que 0,392699 aproxima a


menor raiz positiva e com erro menor do que 10-6. Como um outro teste, temos que
sen(3x4) ~ cos(x4):
y
sen(3x4) ~ sen(3(0,392699)) ~ 0,92387944
cos(x4) ~ cos(0,392699) ~ 0,92387956

Quais raízes são calculadas pelo método de Newton?
Às vezes, o método de Newton não calcula raiz alguma. Na Figura 4, as iteradas divergem
ao infinito. Contudo, o método de Newton geralmente converge rapidamente e, se uma
particular escolha de xo não levar a uma raiz, a melhor estratégia é tentar um palpite ini-
cial diferente, consultando um gráfico, se possível. Sef(x) = Otiver mais do que uma raiz,
palpites iniciais xo diferentes podem levar a raízes diferentes.

FIGURA 4 A função tem um único • EXEMPLO 3 A Figura 5 mostra que f (x) = x4 - 6x 2 + x + 5 tem quatro raízes reais.
zero mas a seqüência das iteradas de
Newton vai para o infinito. (a) Mostre que com xo= O, o método de Newton converge à raiz perto de -2.
(b) Mostre que com xo= - l, o método de Newton converge à raiz perto de -1.
Solução Temos f'(x) = 4x 3 - 12x + 1 e
y

x! - 6x~ + xll + 5 3xli4 - 6xli2 - 5


xll+ l = xll - 4x,{ - l2xll + l 4xJ - l2xll + 1

(a) Usando a Tabela 1, podemos ficar tranqüilos que, com xo = O, o método de Newton
converge a uma raiz perto de - 2,3. Observe na Figura 5 que essa não é a raiz mais próxi-
ma de xo.
(b) A Tabela 2 sugere que, com xo = -1, o método de Newton converge à raiz perto
FIGURA 5 O gráfico de
&-~- •
f (x) = x4 - 6x 2 + x + 5.

TABELA 1 TABELA 2

xo o xo -1
X[ -5 X[ -0,8888888888
x2 - 3,9179954 x2 -0,8882866140
x3 -3,1669480 x3 -0,88828656234358
x4 -2,6871270 x4 -0,888286562343575
x5 -2,4363303
X6 -2,3572979
x7 -2,3495000

4.7 RESUMO
• Método de Newton: para encontrar uma seqüência de aproximações numéricas a uma
solução def(x) = O, comece com um palpite inicial xo. Em seguida construa a seqüência
xo, x 1, x2, .. . usando a fórmula

f(xll)
xll+ l = xll - f'(xll)

Em casos favoráveis, a seqüência converge a uma solução. O palpite inicial xo de-


veria ser escolhido tão próximo de uma raiz quanto for possível, talvez, para isso,
utilizando um gráfico.
CAPITULO 4 Aplicações da Derivada 235

• Na maioria dos casos, a seqüência xo, x1, x2, ... converge rapidamente a uma so-
lução. Se as primeiras m casas decimais de x 11 e x 11+1 forem iguais, podemos estar
razoavelmente certos de que as primeiras m casas decimais de x 11 coincidem com as
da solução exata.

4.7 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Quantas iterações do método de Newton são necessárias para 3. O que acontece com o método de Newton se o palpite inicial é
calcular uma raiz se f (x) for uma função linear? justamente um minou max local def?

2. O que acontece com o método de Newton se o palpite inicial já é 4. Será a afirmação a seguir uma descrição razoável do método de
umzerodef? Newton: "Uma raiz da equação da reta tangente a/ (x) é usada
como aproximação da raiz da própriaf (x)"? Explique.

Exercícios
Nos Exercícios 1-4, use o método de Newton com a função e o valor 12. iCG~ Esboce o gráfico de f (x) = x 3 - 4x + 1 e use o método
inicial dados para calcular x,, x2 , x3- de Newton para aproximar a maior raiz positiva com erro menor
do que ,o- 3.
1. f (x) =x2 - 2, xo =1
13. iCG~ Use uma calculadora gráfica para escolher um palpite ini-
2. f (x) = x2 - 7, xo = 2,5 cial para a única raiz positiva de x 4 + x 2 - 2x - 1 = O. Calcule
as três primeiras iteradas do método de Newton.
3. f (x) = x3 - 5, xo = 1,6
14. A primeira solução positiva de sen x = Oé x = n. Use o método
4. f(x) = cosx -x, xo = 0,8 de Newton para calcular n com quatro casas decimais.
lírY!1J sen0
5. Use a Figura 6 para escolher um palpite inicial xo para a única 15. ~ Dê uma estimativa da menor solução positiva de - - =
raiz real de x 3 + 2x + 5 = O. Em seguida, calcule as três primei- 0
0,9 com três casas decimais. Use uma calculadora gráfica para
ras iteradas do método de Newton.
escolher o valor inicial.

y 16. Em 1535, o matemático Antonio Fior desafiou seu rival Niccolo


Tartaglia para resolver o problema seguinte. Uma árvore mede 12
braceia de altura; ela é partida em duas partes num ponto tal que a
altura da parte que fica de pé é igual à raiz cúbica da parte cortada
fora. Qual é a altura da parte que ficou de pé? Mostre que isso é
equivalente a resolver x 3 + x = 12 e encontre a altura com três
casas decimais. Tartaglia, que havia descoberto os segredos das
equações cúbicas, foi capaz de determinar a resposta exata:
FIGURA 6 O gráfico de y = x 3 + 2x + 5.
X= ( 1J2,919+54 - 1J2,919-54) / ~
6. Encontre uma solução de sen x = cos 2x no intervalo [O, 1]com
três casas decimais. Depois adivinhe a solução exata e compare 17. Sejam x 1, x2 as estimativas de uma raiz obtidas pela aplicação do
com a aproximação obtida. método de Newton com xo = 1 à função cujo gráfico é dado na
Figura 7. Dê uma estimativa dos valores numéricos de x l and x2
Nos Exercícios 7-10, use o método de Newton para aproximar com
e trace as retas tangentes usadas em sua obtenção.
três casas decimais a raiz dada e compare com o valor obtido com
uma calculadora.
y

7. v'IÕ 8. 71 /4

9. 51 /3 10. i-I / 2

11. Use o método de Newton para aproximar a maior raiz positiva de


f (x) = x 4 - 6x 2 + x + 5 com erro menor do que 10- 4. Use a
Figura 5. FIGURA 7
236 CÁLCULO

18. Encontre, com duas casas decimais, as coordenadas do ponto P na 22. Se depositarmos P dólares num fundo de pensão anualmente
Figura 8 em que a reta tangente a y = cos x passa pela origem. durante N anos com o objetivo de sacar Q dólares anualmente
por M anos, precisamos obter uma taxa de juros r satisfazendo
y P(bN - 1) = Q(I - b-M), onde b = 1 + r. Suponha que depo-
y =cosx sitemos 2.000 dólares anualmente durante 30 anos com o obje-
tivo de sacar 8.000 dólares anualmente durante 20 anos. Use o
método de Newton para calcular b e então encontrar r.

23. O problema de Kepler Embora o movimento planetário seja ma-


ravilhosamente descrito pelas três leis de Kepler (ver Seção 14.6),
não há uma fórmula simples para a posição de um planeta P ao
FIGURA 8 longo de sua órbita elíptica como função do tempo. Kepler desen-
volveu um método para localizar P no instante t traçando o círculo
19. Encontre, com duas casas decimais, a coordenada x do primeiro tracejado auxiliar na Figura 9 e introduzindo o ângulo e(observe
ponto da região x > Oem que y = x intersecta y = tg x (faça um que P determina 0, que é o ângulo central do ponto B no círculo).
gráfico). Sejam a = OA e e= OSIOA (a excentricidade da órbita).

O método de Newton é, muitas vezes, utilizado para determinar taxas de (a) Mostre que o setor BSA tem uma área de (a 2/ 2)(0 - e sen 0).
juros em cálculos financeiros. Nos Exercícios 20-22, r denota um juro (b) Segue da segunda lei de Kepler que a área do setor BSA é propor-
anual expresso não como percentagem mas como um número decimal. cional ao tempo t decorrido desde que o planeta passou pelo ponto
A. Mais precisamente, como o círculo tem área na 2, BSA tem uma
20. Se P dólares forem depositados mensalmente numa caderneta de
área de (na 2)(t / T), onde Té o período da órbita. Deduza que
poupança com taxa de juros anual r, então o valor S da conta N
anos depois é 2m
- = 0-esene.
T
bl2N+I -b) r
onde b = 1 +
12 .
S= p (e) A excentricidade da órbita de Mercúrio é aproximadamente e=
( b-1
0,2. Use o método de Newton para encontrar edepois de decor-
Digamos que tenham sido depositados P = 100 dólares por mês. rido uma quarta parte do ano de Mercúrio (t = T/4). Converta 0
para graus. Mercúrio cobriu mais do que uma quarta parte de sua
(a) Qual é o valor depois de 5 anos se a taxa de juros anual for der= órbita em t = T/4?
0,07 (ou seja, 7%)?
(b) Mostre que para ter 10.000 dólares depois de 5 anos, deve- Círculo auxiliar
mos receber juros a uma taxa r determinada pela equação '),- -- - -- , B
b61 - 101b + 100 =O.Use o método de Newton para resolver
/
/
/
/
em b (observe que b = 1 é uma raiz, mas o que queremos é a raiz /
/
que satisfaz b > 1). Em seguida, encontre r. I
I

21. Se pedirmos um empréstimo de L dólares para pagar em N anos


a uma taxa de juros anual r, o pagamento mensal de P dólares é O Sol A
calculado usando a equação 1 I
1 I
\ /
l -b- l2N) r
\ Órbita elíptica /
'' /
L=P ( ondeb = 1 +
12 .
--
/

b- 1 ' ', ,/
------
FIGURA 9
(a) Qual é o pagamento mensal se L = 5.000 dólares, N = 3 e r =
0,08 (8%)?
24. O que acontece quando aplicamos o método de Newton para
(b) Recebemos uma oferta de um empréstimo de L = 5.000 dólares encontrar um zero de f (x ) = x 113? Observe que o único zero é
para ser pago ao longo de três anos com pagamentos mensais de x=O.
P = 200 dólares. Use o método de Newton para calcular b e des-
cobrir a taxa de juros r que está embutida nesse empréstimo. Su- 25. O que acontece quando aplicamos o método de Newton à equa-
gestão: mostre que (L / P)b 12 N+ I - (1 + L / P)b 12N + 1 = O. ção x 3 - 20x = Ocom o infeliz palpite inicial xo = 2?

Compreensão adicional e desafios


26. Sejacumnúmeropositivoe seja f(x) =x- 1 - c. (b) Calcule as três primeiras iteradas do método de Newton com
c = 10,324 e os dois palpites iniciais xo = O, 1e xo = 0,5.
(a) Mostre que x - (f(x )/ f ' (x )) = 2x - cx 2. Assim,
o método de
Newton fornece uma maneira de calcular recíprocos sem efe- (e) Explique graficamente por que xo = 0,5 não fornece uma se-
tuar divisão. qüência de aproximações do recíproco 1/10,324.
CAPITULO 4 Aplicações da Derivada 237

27. As raízes de f (x) = ½x3 - 4x + 1 com três casas decimais são L


'' :'
-3,583, 0,251 e 3,332 (Figura 10). Determine a raiz para a qual : h :
converge o método de Newton com as escolhas iniciais xo = 1,85; / ' 7\~
/ ', 1 // \
1,7 e 1,55. A resposta mostra que uma pequena variação em xo pode I ' 1----. / \
ter um efeito significativo no resultado do método de Newton. 1 R ' 107 \
1 ',,/ 1
\ f
\ I
\ I
\ /
' '...... /

-----
FIGURA 11 O arco circular em destaque tem comprimento L + m.
//

(b) Mostre que L + m = 2R0 e então prove que


sen0 L
e L+m
FIGURA 10 O gráfico de f(x) = ½x 3 - 4x + 1.
29. Sejam L = 3 e m = 1. Aplique o método de Newton à Equação
(2) para obter uma estimativa de ee use-a para obter uma esti-
Nos Exercícios 28-29, considere uma haste metálica de comprimen- mativa de h.
to L cm com ambas extremidades fixadas. Se colocarmos uma nova
haste com m cm adicionais com as extremidades fixadas nos mesmos 30. Convergência quadrática a raízes quadradas Seja f(x) =
locais das outras, a nova haste irá flexionar formando um arco circu- x 2 - c e seja e11 = x11 - ,/e o erro de x11•
lar de raio R (desconhecido), como indicado na Figura 11.
(a) Mostre que x11+t = ½<x11 + c/ x11 ) e que e11+t = e~/ 2x11•
28. Seja h o deslocamento vertical máximo da haste. (b) Mostre que sexo > ,/e, então x11 > ,/e para todo n. Explique
isso graficamente.
(a) Mostre que L = 2R sen ee conclua que
(e) Supondo que xo > ,/e, mostre que e11+t .:'S e~ / 2,,/c.
h _ L(I - cos 0)
- --2-se_n_e_·

4.8 Antiderivadas
Além de encontrar derivadas, existe um problema "inverso" importante, a saber, dada a
derivada, encontrar a própria função . Na Física, por exemplo, podemos querer calcular a
posição s(t) de um objeto dada sua velocidade v(t). Como s' (t) = v(t), isso corresponde
a encontrar uma função cuja derivada seja v(t). Uma função F(x) cuja derivada sejaf(x) é
denominada uma antiderivada def (x).

DEFINIÇÃO Antiderivadas Uma função F(x) é uma antiderivada def (x) em (a, b) se
F'(x) = f(x) para cada x E (a, b).

Por exemplo, F (x) = ½x 3 é uma antiderivada de f (x) = x 2, porque

F t (x) = -d
dx
( -x
3
1 3) = x2= f(x)
Analogamente, F(x) = -cos x é uma antiderivada de f (x) = sen x, porque

I
F (x) = -d (- cos x ) = sen x = f (x )
dx

Uma das primeiras características a ser observada sobre antiderivadas é que elas não são
únicas. Temos toda liberdade de acrescentar uma constante C: se F' (x) = f (x) então
238 CÁLCULO

( F (x) + C) = f (x ), porque a derivada da constante é nula. Assim, cada uma das seguin-
1

tes é uma antiderivada de x 2:

1 3 1 1 3
-X -x 3 +5 -x -4
3 ' 3 ' 3

Existirão outras antiderivadas def (x) além daquelas obtidas pela soma de uma cons-
tante a uma dada antiderivada F(x)? De acordo com o teorema seguinte, a resposta é não,
sef (x ) estiver definida num intervalo (a, b).

TEOREMA 1 Antiderivada geral Seja F(x) uma antiderivada de f (x) em (a, b). Então
qualquer outra antiderivada em (a, b) é da forma F(x) + C, para alguma constante C.

Demonstração Sejam F(x) e G(x) antiderivadas def(x) e consideremos H(x) = G(x) - F(x).
Então H 1(x) = G' (x) - F' (x) = f (x) - f (x) = O. Pelo Corolário da Seção 4.3, H(x)
deve ser constante, digamos H(x) = C, e isso dá G(x) = F(x) + C. •

y
ENTENDIMENTO GRÁFICO O gráfico de F(x) + C é obtido transladando o gráfico de
F(x) verticalmente por C unidades. Como as translações verticais carregam as retas
F(x)+ C
tangentes sem modificar suas inclinações, faz sentido que todas as funções F(x) + C
tenham a mesma derivada (Figura 1). Reciprocamente, o Teorema 1 nos diz que se
F(x) dois gráficos têm retas tangentes paralelas, então um gráfico é obtido do outro por
uma translação vertical.

----+-------x
Muitas vezes descrevemos a antiderivada geral de uma função em termos de uma
FIGURA 1 As retas tangentes aos constante arbitrária, como no exemplo seguinte.
gráficos de y = F(x) e y = F(x) + C
são paralelas. • EXEMPLO 1 Encontre duas antiderivadas de f (x) = cos x. Então determine a antide-
rivada geral.
Solução As funções F(x) = sen x e G(x) = sen x + 2 são ambas antiderivadas de f (x). A
antiderivada geral é F(x ) = sen x + C, onde C é uma constante qualquer. •

O processo de encontrar uma antiderivada é denominado integração. O motivo disso


será visto no Capítulo 5, quando discutiremos as relações entre antiderivadas e áreas sob
curvas, dadas pelo Teorema Fundamental do Cálculo. Antecipando aquele resultado, come-
çamos a utilizar agora o símbolo J da integral, que é a notação padrão para antiderivadas.

NOTAÇÃO Integral indefinida A notação


Os termos "antiderivada" e
"integral indefinida" são usados
indistintamente. Em alguns livros
didáticos, a antiderivada é denominada
f f(x) dx = F(x) + C significa que F1 (x) = f(x )

"função primitiva".
Dizemos que F(x) + C é a antiderivada geral ou integral indefinida def (x).

A função f (x ) que aparece no símbolo da integral é denominada integrando. O símbolo


"dx", denominado diferencial, faz parte da notação da integral. Ele indica a variável inde-
pendente, mas não lhe associaremos qualquer outro significado. A constante C é denomi-
nada constante de integração.
Algumas integrais indefinidas podem ser calculadas invertendo as fórmulas conheci-
das de derivadas. Por exemplo, obtemos a integral indefinida de x" invertendo a regra da
potência para derivadas.
CAPITULO 4 Aplicações da Derivada 239

TEOREMA 2 Regra da potência para integrais

xn+I
! xndx = - - +e
n+l
para n =/= -l

Demonstração A regra da potência para integrais é verificada tomando a derivada

1
-d( xn+I
--+e) =--((n+l)xn)=xn •
dx n + I n+I

Em palavras, a regra da potência para integrais diz que para integrar uma potência
de x, "somamos um ao expoente e dividimos pelo novo expoente". Aqui temos alguns
exemplos:

! 5
x dx = ix 6 + e, ! x3f5 dx = ixS/5 + C

Advertência: A regra da potência para integrais não é válida para n = - l. De fato, para
n = - l, obteríamos a expressão desprovida de significado

x-1+1 xº
! x- 1dx = - - - = -
-1+1 O
(sem significado)

Ocorre que a antiderivada de f (x) = x- 1é o logaritmo natural. Esse assunto interessante


será retomado no Capítulo 7.
A integral indefinida obedece as regras de linearidade usuais que nos permitem inte-
grar "termo a termo". Isso segue diretamente das regras de linearidade da derivada (ver
Exercício 71).

TEOREMA 3 Linearidade da integral indefinida

• Regra da soma: / (f(x) + g(x)) dx = f f(x) dx + f g(x) dx

• Regra do múltiplo: / cf (x) dx =e f f(x) dx

• EXEMPLO 2 Calcule f (3x 4 - 5x 213 + x- 3) dx.

Solução Integramos termo a termo e usamos a regra da potência:

f (3x
4
-
23 3
5x 1 + x- ) dx =f 4
3x dx - f 23
5x 1 dx +f 3
x- dx (regra da soma)

Quando repartimos uma integral = f 3 4


x dx - 5 f 23
x 1 dx +f 3
x- dx (regra do múltiplo)
indefinida numa soma de várias
integrais, como no Exemplo 2, não x5 x5f3 x- 2
é necessário incluir constantes de =3--5-+-+c (regra da potência)
integração separadas para cada 5 5/3 -2
integral.
1
= -3 x5 - 3x5f3 - - x-2 +e
5 2
240 CÁLCULO

Para conferir a resposta, verificamos que a derivada é igual ao integrando:

-d
dx
(3 5 2
1
-x5 - 3x5f3 - -x-2 + e ) = 3x4 - 5x2f3 + x-3

As fórmulas de derivação das funções trigonométricas nos dão as fórmulas de inte-
gração seguintes. Cada fórmula pode ser conferida por derivação.

Integrais trigonométricas básicas

/ sen X dx = - COS X + C f COS X dx = sen X + C


2
/ sec x dx = tg x + C f cossec2 x dx = -cotgx + C

f SeC X tg X dx = SeC X + C f cossec x cotg x dx = - cossec x + C

Analogamente, para quaisquer constantes b e k, com k -::j:. O, as fórmulas

d d
- sen(kx + b) = kcos(kx + b), - cos(kx + b) = -k sen(kx + b)
dx dx

têm tradução para as fórmulas de integrais indefinidas seguintes:

f cos(kx + b) dx = } sen(kx + b) + C

f sen(kx + b) dx = -} cos(kx + b) + C

• EXEMPLO 3 Calcule/ (sen(2t - 9) + 20 cos 3t) dt.

Solução

/ ( sen(2t - 9) + 20 cos 3t) dt = f sen(2t - 9) dt + 20 f cos 3t dt

1 20
= - 2cos(2t - 9) + sen 3t + C •
3

Condições iniciais
Podemos pensar na antiderivada como uma solução da equação diferencial

Uma condição inicial é como o dy


ponto em que uma reta corta o eixo
-dx = f(x) [I]
y, que especifica aquela dentre
todas as retas que tem a mesma Nesta equação, a incógnita é a função y = y(x) e uma solução é uma função y = F(x) cuja de-
inclinação. Analogamente, os gráficos
rivada sejaf (x), isto é, F(x) é uma antiderivada def (x). A antiderivada não é única, mas po-
das antiderivadas def(x) são todos
paralelos (Figura 1) e a condição demos especificar facilmente uma solução particular impondo uma condição inicial, ou seja,
inicial especifica um deles. exigindo que a solução satisfaça uma condição y(xo) = yo para certos xo and yo fixados.
CAPITULO 4 Aplicações da Derivada 241

• EXEMPLO 4 Resolva dy = 4x 7, sujeita à condição inicial y(O) = 4.


dx

Solução Como y é uma antiderivada de 4x 7, a solução geral é

y= 1
/ 4x dx = 1x + e
8

Escolhemos C de tal modo que a condição inicial y(O) = 4 seja satisfeita. Como y(O) =
O+ C = 4, temos C = 4 e a solução particular é y = ½x 8 + 4. •

• EXEMPLO 5 Resolva dy = sen(nt) com condição inicial y(2) = 2.


dt

Solução A solução geral é

y(t) = / sen(m) dt = -¾ cos(m) + C

Resolvemos em C calculando o valor em t = 2:

1 1
y(2) = - - cos(2n) + C = 2 ~ C=2+-
n n
1 1
Portanto, a solução é y(t) = - - cos(m) + 2 + -.
n n •
• EXEMPLO 6 No instante t = O, um carro andando a uma velocidade de 96 pés/s come-
ça a diminuir sua velocidade com desaceleração constante de a= -12 pés/s2. Encontre a
velocidade v(t) no instante t e a distância percorrida até o carro parar.

Solução A derivada da velocidade é a aceleração, portanto v' (t) = a = -12 e (escreven-


do C I para a constante de integração)

v(t)= / adt= /(-12)dt=-12t+C1

A condição inicial é v (0) = C 1 = 96, portanto v(t) = -12t + 96. Em seguida, calcula-
mos a posição s(t) do carro. Como s' (t) = v(t), temos

s(t) = / v(t)dt = / (-12t + 96)dt = -6t 2 + 96t + C2

Usamos a condição inicial s(O) = Oporque queremos calcular a distância total percorrida
desde o tempo t =O. Isso dá C2 = Oe, portanto, s(t) = -6t 2 + 96t.
Finalmente, para calcular quão longe o carro andou, observamos que o carro parou
quando sua velocidade chegou a zero, portanto resolvemos

96
v(t) = -12t + 96 = O ~ t=-=8s

.
12

Concluímos que o carro parou depois de 8 se percorreu s(8) = -6(8 2) + 96(8) = 384
~-
242 CÁLCULO

4.8 RESUMO
• F(x) é denominada uma antiderivada de f (x) se F' (x) = f (x ).
• Duas antiderivadas quaisquer de f (x) num intervalo (a, b) diferem por uma constante.
• A antiderivada geral é denotada pela integral indefinida

f f(x)dx = F(x) + C
• Fórmulas de integração:

xn+I
f xndx =--+e
n+l
(n =/- -1)

/ sen(kx + b) dx = -1 cos(kx + b) +C (k =/- O)

f cos(kx + b) dx = 1 sen(kx + b) + C (k =/- O)

• Para resolver uma equação diferencial dy = f (x) com condição inicial y(xo) = yo, pri-
dx
meiro encontramos a antiderivada geral y = F(x) + C. Em seguida, determinamos C
usando a condição inicial F(xo) + C = Yo-

4.8 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Encontre uma antiderivada da funçãof(x) = O. 5. Suponha que F' (x) = f (x) e G' (x) = g (x ). As afirmações se-
guintes são verdadeiras ou falsas? Explique.
2. Qual é a diferença, se houver, entre encontrar a antiderivada ge-
ral de uma funçãof(x) e calcular J f(x) dx? (a) Sef = g, então F = G.
(b) Se F e G diferem por uma constante, entãof = g.
3. Jacques descobriu que f (x) e g(x) têm a mesma derivada e ele (e) Sef e g diferem por uma constante, então F = G.
gostaria de saber se f (x) = g(x). Ele tem informação suficiente
para responder sua dúvida? 6. Determine se y = x 2 é uma solução da equação diferencial com
condição inicial
4. Escreva duas antiderivadas quaisquer de cos x. Quais condições
= O? dy
iniciais elas satisfazem em x - =2x
dx '
y(O) =1

Exercícios
Nos Exercícios 1-6, encontre a antiderivada geral de f (x) e confira 7. f(x) = senx 8. f(x) = x sen(x 2)
sua resposta por derivação.
9. f(x) = sen(l - x) 10. f(x) = x senx
1. f (x) = 12x 2. f (x) =x2
Nos Exercícios 11-36, calcule a integral indefinida.
3. f(x)=x 2 +3x+2 4. f (x) =x 2 + 1
5. f (x) = sx-4 6. f (x) = cosx + 3 senx 11. j (x + l )dx 12. j dx
(9 - 5x)

Nos Exercícios 7-10, combine a função com sua antiderivada (a)-(d).


13. J+(t 5 3t + 2) dt 14. j 8s- ds 4

(a). F(x) = cos(l - x) (b). F(x) = - COSX


(e). F(x) = -½cos(x 2) (d). F(x) = senx - X COSX
15. J t-915 dt 16. j (5x x-3- 2 - x 315 ) dx
CAPITULO 4 Aplicações da Derivada 243

17. f2dx 18. f-,Jx 1


dx
39. Use as fórmulas das derivadas de f (x) = tg x e f (x) = sec x para
calcular as integrais.

19. f(St - 9) dt 20. f + (x 3 4x-2 ) dx (a) f sec2 (3x) dx (b) f sec(x + 3) tg(x + 3) dx

21. fx - dx
2
22. f ,/xdx
40. Use as fórmulas das derivadas def (x) = cotg x ef (x) = cossec x
para calcular as integrais.

23. f+
(x 3)- dx
2
24. f (4t - 9)- 3 dt
2
(a) f cossec x dx (b) f cossec x cotg x dx

Nos Exercícios 41-52, resolva a equação diferencial com condição


25. f ]_
z5
dz 26. f x,; 12 dx
inicial.

dy
27. fv'x(x - l )dx 28. fc x+x- )(3x -Sx)dx1 2
41. -
dx
= cos 2x, y(O) = 3 dy --
42• dx X,
3 y(O) =2
dy
29. f :ri?
t dt 30.
f
x2 +2x -3
X4
dx
43. -
dx
= X, y(O) = 5 44. : = o, y(3) =5

=5- =2
31. f(4 sen x - 3cosx)dx 32. f sen 9x d x
45. dy
dt
2t2, y(l)

46. dy = 8x 3 + 3x 2 - 3, y(l) = 1
33. f +
cos(6t 4) dt 34. f (40 + cos 80) d0
dx
dy dy
47. - = 4t + 9, y(O) = I 48. - = .Ji, y(I) =1
35. fcos(3 - 4t) dt 36. f 18 sen(3z + 8) dz
dt dt

49. :: = senx, y G) = 1 50. ~~ = sen2z, yG) = 4


37. Na Figura 2, qual dentre (A) e (B) é o gráfico de uma antideriva-
da def(x)? dy
51. - = cos5x , y (n) = 3
dx

52. :: = sec 3x, y


2
G) = 2
Nos Exercícios 53-58, primeiro encontre f' e depois encontre!

53. f"(x) = x, f'(O) = 1, f(O) = O

J(x) (A) (B) 54. f "(x) = x 3 - 2x + 1, f'(O) = 1, f(O) = O


FIGURA 2
55. f"(x) = x 3 - 2x + 1, f'( I) = O, f(I) = 4
38. Na Figura 3, qual dentre (A), (B) e (C) não é o gráfico de uma 56. f"(t) = t- 312, !'(4) = 1, f(4) = 4
antiderivada de f (x)? Explique.

57. f"( 0 ) =cos 0, t ' G)=l , t G)=6

58. f" (t) = t - cos t , f' (O) = 2, f (O) = - 2

59. Mostre que f (x) = tg2 x e g (x) = sec2 x têm a mesma derivada.
O que podemos concluir sobre a relação entre f e g? Confira sua
conclusão diretamente.
f(x)
60. Calculando derivadas, mostre que sen2 x = cos 2x + C para -½
y y y alguma constante C. Encontre C fazendo x = O.

~x4'dx~ x
(A) (B) (C)
61. Uma partícula localizada na origem em t = Ocomeça a se mover
ao longo do eixo x com velocidade v(t) = ½t2 - t mls. Seja
s(t) sua posição no instante t. Enuncie a equação diferencial com
condição inicial satisfeita por s(t) e encontre s(t).

62. Repita o Exercício 61, substituindo a condição inicial s(O) = Opor


FIGURA 3 s(2) = 3.
244 CÁLCULO

63. Uma partícula está em movimento ao longo do eixo x com velo- 67. Um foguete de 900 kg é largado de uma espaçonave. À medida
cidade v(t) = 25t - t 2 m/s. Seja s(t) sua posição no instante t. que o foguete consome combustível, sua massa decresce e sua
velocidade cresce. Seja v(m) a velocidade (em m/s) como função
(a) Encontre s(t), supondo que a partícula esteja em x = 5 no ins-
da massa m. Encontre a velocidade quando m = 500 se dvldm =
tante t = O.
-50m- 112. Suponha que v(900) = O.
(b) Encontre s(t), supondo que a partícula esteja em x = 5 no ins-
tante t = 2. 68. Quando água flui através de um cano de raio R = 10 cm, a veloci-
dade v de uma partícula d'água individual depende de sua distân-
64. Uma partícula localizada na origem em t = Ocomeça a se mover
2
em linha reta com aceleração a(t) = 4 - ½t m/s • Sejam v(t) cia r ao centro do cano, de acordo com a fórmula dv = -0,06r.
dr
sua velocidade e s(t) sua posição no instante t. Determine v(r), supondo que as partículas nas paredes do cano
(a) Enuncie e resolva a equação diferencial satisfeita por v(t) supon- tenham velocidade zero.
do que a partícula esteja em repouso em t = O.
69. Encontre constantes ci e c2 tais que F(x) = qx senx + c2 cosx
(b) Encontre s(t). seja uma antiderivada def (x) = x cos x.

65. Um carro andando a uma velocidade de 84 m/s começa a diminuir 70. Encontre a antiderivada geral de (2x + 9) 10.
sua velocidade a uma taxa constante de 14 m/s2• Depois de quantos
segundos o carro pára e qual a distância percorrida antes de parar? 71. Confira as propriedades de linearidade da integral indefinida
enunciadas no Teorema 3.
66. Partindo do repouso, um objeto em movimento retilíneo com
aceleração constante a, cobre 100 m em 5 s. Encontre a.

Compreensão adicional e desafios


72. Suponha que F'(x) = f(x) e G'(x) = g(x). É verdade que
F(x)G(x) é uma antiderivada de f (x)g(x)? Confirme ou forneça
um contra-exemplo.

73. Suponha que F'(x) = f(x).


(a) Mostre que½ F(2x) é uma antiderivada def (2x).
(A) (B) (C)
(b) Encontre a antiderivada geral de f (kx), para qualquer constante k.
FIGURA4
74. Encontre uma antiderivada def(x) = 14
75. A regra da potência para antiderivadas não é aplicável a f (x) =
x- 1. Qual dos gráficos na Figura 4 poderia plausivelmente repre-
sentar uma antiderivada de f(x) = x- 1?

EXERCÍCIOS DE REVISÃO DO CAPÍTULO


Nos Exercícios 1-6, dê uma estimativa usando aproximação linear ou 10. V(h) = 4h(2 - h)(4 - 2h), a= 1
linearização e use uma calculadora para calcular o erro.
Nos Exercícios 11-15, use a aproximação linear.
1
1.8,Jl/3_ 2 2. v'4} - 2 11. A posição de um objeto em movimento retilíneo no instante t é
s(t) = 0,4t2 + (t + 1)- 1. Dê uma estimativa da distância per-
corrida no intervalo de tempo [4; 4,2].
3. 625 1/ 4 - 624 1/ 4 4. JIOt
1 12. Um título que paga 10.000 dólares em 6 anos está à venda por
5 6. ~ um preço P. O rendimento percentual Y do título é
· 1,02
16
Nos Exercícios 7-10, encontre a linearização no ponto indicado.
Y = 100 (( -10.000)
p-
/ )
- 1 .
1. y = Jx, a = 25

8. v(t) = 32t - 4t2, a = 2 Verifique que se P = 7.500 dólares, então Y = 4,91 %. Dê uma
estimativa da queda do rendimento se o preço subir para 7. 700
9. A(r) = 11rr3 , a= 3 dólares.
CAPITULO 4 Aplicações da Derivada 245

13. Uma loja vende 80 players de MP3 por semana se cada um custar 37. Combine a descrição def (x) com o gráfico de sua derivada f' (x)
P = 75 reais. Dê uma estimativa do número N de players vendidos na Figura 1.
se P for aumentado para 80 reais, supondo que dN/dP = -4. Dê
(a) f (x) é crescente e côncava para cima.
uma estimativa de N se o preço baixar para 69 reais.
(b) f (x) é decrescente e côncava para cima.
14. A circunferência de uma esfera é medida como sendo C = 100
(e) f (x) é crescente e côncava para baixo.
cm. Dê uma estimativa de erro percentual máximo no volume V
da esfera se o erro em C é de, no máximo, 3 cm.

15. Mostre que Ja2 + b ~ a + fa se b for pequeno. Use isso para


obter uma estimativa de ./26 e encontre o erro usando uma
calculadora.

16. Use o Teorema do Valor Intermediário para provar que sen x -


(i) (ii) (iii)
cos x = 3x tem pelo menos uma solução e use o Teorema de
Rolle para mostrar que essa solução é única. FIGURA 1 Os gráficos da derivada.

17. Mostre que f (x) = 2x 3 + 2x + sen x + 1tem precisamente uma 38. Esboce a curva y =f (x) para a qual f' e f" têm os sinais indica-
raiz real. dos na Figura 2.
18. Verifique o TVM para f (x) = x- 112 em [I, 4].
_-_+_-+------+l-+-1_-_+_+-1_+_+--+-_+_-_ X
19. Suponha quef( l ) = 5 ef'(x):::: 2 parax:::: 1. UseoTVM para
-2 O 3 5
mostrar que f (8) :::: 19.
FIGURA 2
20. Use o TVM para provar que se f' (x) ::: 2 para x > Oe f (0) = 4,
então f(x) ::: 2x + 4 para todo x :::: O.
Nos Exercícios 39-52, calcule o limite.
Nos Exercícios 21-24, encontre os extremos locais e determine se são
mínimos, máximos, ou nenhum dos dois. 39. lim (9x 4 - 12x3 ) 40. lim (7x 2 - 9x 5 )
X-->00 x-->-oo
21. f (x) = x3 - 4x 2 + 4x I' x + 2x
3 x 3 +2x
41. Im - - - 42. lim - 2- -
X-->00 4x2 - 9 x-->-oo 4x - 9
22. s(t) = t4 - 8t2
x 3 +2x x 3 +2x
23. f (x) = x 2 (x + 2) 3 43. lim - - - 44. lim
X--> 00 4x3 - 9 x--> -oo 4x 5 - 40x 3
24. f(x) = x 2l 3(1 - x) x 2 - 9x l2x+ 1
45. lim 46. lim
Nos Exercícios 25-30, encontre os valores extremos no intervalo.
x-->oo .jx2 + 4x x--> -oo J4x2 + 4x
xl /2 x3/2
25. f(x)=x(IO-x), [-1,3] 47. lim 48. lim
X--> OO J4x - 9 x-->oo (16x6 _ 9x4)1 /4
26. f(x) = 6x4 - 4x 6, [- 2, 2]
1- 2x
49. lim - - 50. lim - -
27. g(0) = sen2 0 - cos 0, [O, 2n] X-->3+ X - 3 X-->2- x 2 -4
t x- 5 1
28. R(t) = t 2 + t + 1, [O, 3] 51. lim - - 52. lim
x-->2+ X - 2 x--> - 3+ (x + 3) 3

29. f(x) =x 213 - 2x 113, [-1,3] Nos Exercícios 53-62, esboce o gráfico, indicando os pontos de tran-
sição e o comportamento assintótico.
30. f(x) =x - tgx, [- ! , ! ]
53. y = l2x - 3x 2 54. y = 8x 2 - x
4
31. Encontre os pontos críticos e valores extremos de
f(x) = lx - l i + 12x - 61em [O, 8]. 55. y = x3 - 2x 2 + 3 56. y = 4x - x 312

32. Uma função f (x) tem derivada f ' (x) = - 4-1- . Em qual ponto 57. y= - -
X
58. y = (x2 -
X

X +1 x3 + l 4)2/3
do intervalo [l, 4] a funçãof(x) atinge seu valor máximo?
1
Nos Exercícios 33-36, encontre os pontos de inflexão.
59
' y = lx + 21+ 1 60. y = J2 - x3

33. y = x3 - 4x 2 + 4x 34. y =X - 2 COS X 61. y = 2senx - cosx em [O, 2n].


x2 X
35. y = x2 + 4 36· y = (x 2 - 62. y = 2x - tgx em [O, 2n].
4) 1/ 3
246 CÁLCULO

63. Encontre o volume máximo de um cone circular reto colocado de 67. Sejaf (x) uma função cujo gráfico não passa pelo eixo x e denote
cabeça para baixo dentro de um cone circular reto de raio R e altura Q = (a, 0). Seja P = (xo , f (xo)) o ponto do gráfico mais perto
H (Figura 3). O volume de um cone de raio re altura h é 1nr 2 h. de Q (Figura 6). Prove que P Q é perpendicular à reta tangente
ao gráfico em xo. Sugestão: seja q(x) a distância de (x,f (x)) até
(a, O) e observe que xo é um ponto crítico de q(x).

y
y =f(x)
H

FIGURA 3
Q = (a, O)
64. Numa certa fazenda, a produção de milho é FIGURA 6

Y = -0,118x2 + 8,5x + 12,9 (bushels por hectare)


68. Tome um pedaço de papel de formato circular de raio r, remova
um setor de ângulo 0 (Figura 7) e dobre o pedaço que sobra num
onde x é o número de pés de milho por hectare (em milhares). Su-
ponha que a semente de milho custe 1,25 reais (por milhares de copo de formato cônico. Qual é o ângulo 0 que produz o copo de
sementes) e que o milho possa ser vendido a 1,50 reais por bushel. maior volume?

(a) Encontre o valor xo que maximiza a produção Y. Em seguida,


calcule o lucro (receita menos o custo da semente) de plantar no
nível xo.
(b) Calcule o lucro P(x) como uma função de x e encontre o valor x 1
R
-
que maximiza o lucro.
(e) Compare os lucros nos níveis xo e x 1. É verdade que produção
máxima leva a lucro máximo?

65. Mostre que a área máxima de um paralelogramo ADEF inscrito FIGURA 7


num triângulo MBC, como na Figura 4, é igual à metade da área
de MBC. 69. Use o método de Newton para obter uma estimativa de W5 com
quatro casas decimais.
B
70. Use o método de Newton para encontrar uma raiz de f (x) =
x 2 - x - l com quatro casas decimais.

Nos Exercícios 71-80, calcule a integral indefinida.

A e
71. J 2
(4x 3 - 2x ) dx 72. J 4
x 91 dx
F

FIGURA 4 73. j sen(0 - 8) d0 14. j cos(5 - 70) d0


66. A área da região destacada na Figura 5 é dada por½ r 2 ( 0 - sen 0).
Qual é a maior área possível dessa região se o comprimento do 75. j (4t- 3-
12t- 4 ) dt 76. !(9t-213 +4t113 )dt
arco circular for 1?

1
77. J 2
sec x dx 78. j tg30sec30d0
( ,~ 6 r \
80. J 3x3 - 9 dx
x2
1 1
1 1 Nos Exercícios 81-84, resolva a equação diferencial com condição
\ I
\ I inicial.
' '..... /

----
FIGURA 5
//

dy
81. - = 4x 3, y(l) =4
dx
CAPITULO 4 Aplicações da Derivada 247

82. dy = 3t 2 + cos t , y(O) = 12 85. Encontre f (t), supondo que f" (t) = 1- 2t,f (0) = 2 e f' (0) =
dt -1.

83. ~: = x- 112, y( l) = 1 86. O motorista de um automóvel pisa no freio no instante t = Oe


vem a parar o veículo depois de percorrer 500 pés. Supondo que
a taxa de desaceleração tenha sido constante e igual a -10 pés/s2,
dy 2
84. dx = sec x , y(j) =2 obtenha a velocidade do automóvel em t = O.
5 I INTEGRAL
ponto de partida do Cálculo Integral é o problema de en-

º contrar a área debaixo de uma curva. Pode parecer estranho


que o Cálculo se interesse por dois tópicos aparentemente não
relacionados como áreas e retas tangentes. Uma razão é que
ambos são calculados via limites. Contudo, uma outra relação
profunda entre áreas e retas tangentes é revelada pelo Teorema
Fundamental do Cálculo, discutido nas Seções 5.3 e 5.4. Esse
teorema expressa a relação "inversa" fundamental entre inte-
gração e derivação e desempenha um papel central em quase
todas aplicações do Cálculo, tanto teóricas quanto práticas.

5.1 Aproximando ecalculando a área


Começamos discutindo um exemplo básico em que a área de-
baixo de uma curva desempenha um papel. Se um objeto em
movimento retilíneo apresentar velocidade constante v (que
supomos ser positiva), então a distância percorrida ao longo do
intervalo de tempo [t1 , t2] será igual a v(t2 - ti). Essa é a bem
A integração resolve um antigo problema
conhecida fórmula
matemático, o de encontrar a área de uma
região irregular.
Distância percorrida = velocidade x tempo [I]

Podemos interpretar essa fórmula em termos de área, observando que o gráfico da velo-
cidade é uma reta horizontal de altura v e v(t2 - ti) é a área da região retangular entre o
gráfico e o intervalo [t1 , t2] (Figura 1). Assim,

v (mls)
Distância percorrida ao longo de [t1, t2] =
área abaixo do gráfico da velocidade e acima de [t1, t2]
Área = v(t
V _ _ _ _ _ _,__
/ 2_ _ __ - t, )

/ Embora as Equações (1) e (2) sejam equivalentes, a vantagem da Equação (2) é que ela per-
manece verdadeira mesmo se a velocidade não for constante (Figura 2). Isso é discutido na
Seção 5.5, mas podemos entender a idéia principal considerando o gráfico da velocidade na
Figura 3. Nesse caso, a velocidade varia com o tempo, mas permanece constante em interva-
t (s)
los (é claro que esse gráfico não é realista, porque a velocidade de um objeto não pode variar
FIGURA 1 A distância percorrida é tão abruptamente). A distância percorrida em cada intervalo de tempo é igual à área do retân-
igual à área do retângulo. gulo acima do intervalo e a distância total percorrida é a soma das áreas desses retângulos:
Distância percorrida ao longo de [O, 8] = 10 + 15 + 30 + 10 = 65 m
v (mls) Soma das áreas dos retângulos

Um raciocínio análogo mostra que a distância percorrida é igual à área debaixo do gráfico,
sempre que a velocidade for constante em intervalos. Esse argumento não funciona quando
a velocidade variar continuamente, como na Figura 2. Nossa estratégia nesse caso é aproxi-
mar a área debaixo do gráfico pela soma das áreas de retângulos e então passar ao limite.

1
2
1 (s) Aproximando a área por retângulos
FIGURA 2 A distância percorrida é a No restante desta seção, supomos que f (x) seja contínua e positiva, de modo que o
área debaixo do gráfico da velocidade. gráfico def(x) fica acima do eixo x. Nosso objetivo é calcular a área "sob o gráfico",
CAPITULO 5 Integral 249

v (m!s) ou seja, a área entre o gráfico e o eixo x. Como um primeiro passo, vamos aproximar a
área usando retângulos.
15 Inicialmente, escolhemos um número natural N e dividimos [a, b] em N subinter-
10 valos de mesmo comprimento, como na Figura 4. Cada subintervalo tem comprimen-
15
5+-----1 30 to Llx = b; ª , pois [a, b] tem comprimento b - a. As extremidades direitas desses
10
subintervalos são
2 3 4 5 6 7 8 t (s)

FIGURA 3 A distância percorrida é a 1 a+ Llx, a+ 2Llx, . . . , a+ (N - l)Llx, a+ N Llx


soma das áreas dos retângulos.

Observe que a última extremidade direita é b, porque a + N Llx = a + N ( b ; ª) = b.

Em seguida, acima de cada subintervalo, construímos o retângulo cuja altura é o valor de


f (x) na extremidade direita do subintervalo.

Altura do
segundo retângulo
Altura do é f(a + 2õx)

\
a a+õx a+2õx b a a+õx a+Mx b
FIGURA 4 Primeiro subdividimos
o intervalo, depois construímos os Dividimos [a, b] em N subintervalos, Construção de retângulos pela direita.
retângulos. cada um de comprimento õx.

Cada retângulo tem largura Llx. A altura do primeiro retângulo é f (a+ Llx) e sua
área é f (a+ LlX)Llx. Analogamente, o segundo retângulo tem altura f(a + 2Llx ) e área
f (a + 2Llx) LlX, etc. A soma das áreas dos retângulos é

f(a + Llx)Llx + f(a + 2Llx)Llx + ··· + f(a + N Llx)Llx


Resumindo, Essa soma é denominada N-ésima aproximação pela direita e é denotada por RN. Fato-
a = extremidade esquerda do intervalo [a, b] rando LlX, podemos escrever RN como
b = extremidade direita do intervalo [a, b]

N = número de subintervalos em [a, b] 1 RN = Llx (f(a + Llx) + f(a + 2Llx) + ··· + f(a + N Llx)) 1
b- a
ô.X = - -
N
Em palavras, RN é igual a Llx vezes a soma dos valores funcionais nas extremidades di-
reitas dos subintervalos.

• EXEMPLO 1 Calculando aproximações pela direita Calcule R4 e R6 para f(x) = x 2 no


intervalo [1, 3].

Solução
Passo 1. Determinar ~ e as extremidades.
Para calcular R4, dividimos [1, 3] em quatro subintervalos de comprimento LlX =
3 1
4 = ½- As extremidades direitas são os números a + j Llx = 1 + j (½), para j =
t
1, 2, 3, 4. Eles estão espaçados a intervalos de½, começando em portanto, como
podemos ver na Figura 5, as extremidades direitas são ~. ~. f, t
250 CÁLCULO

Passo 2. Somar os valores funcionais.


RN é fix vezes a soma dos valores de f (x) = x 2 na extremidade direita:

R4 = i(f ( ~) + f ( i) + f ( 1) + f ( ~) )
= ! (~ + 16 + 25 + 36) = 43 = 10 75
24 4 4 4 4'

O cálculo de R6 é análogo: fix = 361 = ½, e as extremidades direitas estão espaçadas


1
a intervalos de½ começando em e terminando em 3, como na Figura 5. Assim,


y y

15 15

10 10

5 5
FIGURA 5 As aproximações da área X
sob o gráfico de f(x) = x 2, acima de 3 2 5 3 4 5 2 7 8 3
[1, 3]. 2 2 3 3 3 3

Notação de somatório
Como as aproximações de áreas envolvem somas de valores funcionais, introduzimos a
notação de somatório, que é a maneira padrão de escrever somas em formato condensa-
do. A soma dos números a111 , •• • , an (m :S n) é denotada por
li

L Gj = Gm +am+I + · · · +a 11

j=m
n
A letra grega maiúscula L (sigma) significa "soma" e a notação L nos diz que devemos
j=m
começar a somar em}= me terminar em}= n. Por exemplo,

5
I: J2 = 1 + 2 2 2
+ 32 + 42 + 52 = 55
j=I

Neste somatório, o}-ésimo termo é dado pela fórmula aj = j2. Dizemos que j 2 é o termo
geral. A letra j desempenha o papel de índice e é, às vezes, denominada variável muda,
porque qualquer outra letra pode ser usada em seu lugar. Por exemplo,

6 6
I:<J3 - 21) = I: (k 3 - 2k) = (4 3 - 2(4)) + (5
3
- 2(5)) + (6
3
- 2(6)) = 375
j=4 k=4

As regras seguintes são utilizadas para trabalhar com somatórios. Elas são conseqüências
das leis conhecidas de comutatividade, associatividade e distributividade da adição.
CAPITULO 5 Integral 251

Linearidade de somatórios
n n n
• I:caj +hj) = L ªj + I:bj
j=m j=m j=m
ll ll

• L Caj =eL aj (C qualquer constante)


j=m j=m
n
•L k = nk (k qualquer constante e n:::: 1)
j=I

Por exemplo,
i=3 i=4 i=S
5 ,_,.__ ,_,.__ ,_,.__
2 2 2 2
I:u + i) = c3 + 3) + c4 + 4) + c5 + 5)
i=3

é igual a
5 5
I: i 2 + I: i = (3 2 + 42 + 52 ) + (3 + 4 + 5)
i=3 i=3

Muitas vezes usamos a linearidade para escrever um único somatório como uma soma de
vários somatórios. Por exemplo,
100 100 100 100
L(7k 2 - 4k + 9) = L7k2 + I:C-4k) + L9
k=0 k=0 k=0 k=0
100 100 100
= 1 I: k 2 - 4 I: k + 9 I: 1
k=0 k=0 k=0

É conveniente escrever RN em forma de somatório. Por definição,

RN = lu[f(a + Llx) + f(a + 2Llx) + · · · + f (a+ N Llx)]


O termo geral é f (a + j LlX) e a soma vai de j = 1 até j = N, portanto
N
RN = Llx Lf(a + jLlx)
j=I

Agora passamos a discutir duas outras aproximações da área: pela esquerda e pelo
meio. Para calcular a aproximação pela esquerda, dividimos [a, b] em N subintervalos
como antes, mas as alturas dos retângulos são os valores def (x) nas extremidades esquer-
das [Figura 6(A)]. As extremidades esquerdas são

a, a+Llx, a +2Llx , ... , a+(N-l)Llx

e a soma das áreas dos retângulos pela esquerda é

LN = Llx(f (a)+ f(a + Llx) + f(a + 2Llx) + · · · + f(a + (N - l)Llx))

Observe que ambos RN e LN têm termo geral f(a + j Llx), mas a soma de L N vai dej = O
atéj = N - 1 em vez de ir dej = 1 aj = N. Assim,
252 CÁLCULO

N -1
LN= tu L f(a + jD.x)
j=O

Na aproximação pelo meio MN, as alturas dos retângulos são os valores de f (x)
nos pontos médios dos subintervalos em vez das extremidades [Figura 6(B)]. Os pontos
médios são

1 3
a+
2D.x , a+
2D.x,
e a soma das áreas dos retângulos pelo meio é

M N = D.X ( f ( a + ~D.X) +f ( a + ~D.X) + ... + f ( a + ( N - ~) D.X))

Em notação de somatório,

a a+~ a+Ux b a \ "- b


a+!~ a+l~
FIGURA 6 As aproximações pela 2 2
esquerda e pela direita. (A) Retângulos pela esquerda (B) Retângulos pelo meio

• EXEMPLO 2 Calcule R6, L6 e M6 para f (x) = x- 1em [2, 4].


y Solução Nesse caso, a = 2, b = 4 e D.x = 462 = 1· Para calcular R6, vejamos o termo
geral da soma que representa R6:

f(a+jD.x)=f (2+j (1)) = 2 ; 1 3

Portanto,

27.. 2. !.!.3 !1 ~ !24


666 666

FIGURA7 M6paraf(x)=x- 1em


[2,4].

A aproximação pela esquerda é quase a mesma, mas a soma começa comj = Oe ter-
mina emj = 5:
CAPITULO 5 Integral 253

5
L6 = -
1
L --.1
3 j=O 2 + f
1 (3
= - -
3 6
+ -3 + -3 + -3 + -3 + -3 )
7 8 9 10 11
~ 0,737

Para calcular M6, observamos que o termo geral é

f (a + (1 -~) ~X) = f (2 + (1 -~) l) =


2
+ l_
3
l
6

Somando de l = l até 6, obtemos (Figura 7)

Retângulo
pela direita

2 3 4 ENTENDIMENTO GRÃFICD Funções monótonas Observe, na Figura 8, que os retângulos
FIGURA 8 L6 e R6 para f (x) = x- 1 pela esquerda para f (x) = x- 1 ficam acima do gráfico e os retângulos pela direita
em [2,4]. ficam abaixo. Portanto, a área exata A fica entre R6 e L6 e, portanto, de acordo com
o exemplo precedente, 0,65 ::: A ::: 0,74. Mais geralmente, quando f (x) é monótona
(crescente ou decrescente), a área exata.fica entre RN e LN (Figuras 8 e 9):
y
• f (x) crescente ::::} LN::: área sob o gráfico ::: RN
• f(x) decrescente ::::} RN::: área sob o gráfico::: LN

Calculando a área como o limite de aproximações


O que pode ser dito sobre a precisão das nossas aproximações à área sob um gráfico? A Fi-
gura 10 mostra o erro para várias aproximações pela direita como a região mais clara acima
do gráfico. Vemos que o erro fica menor quando aumenta o número de retângulos. Além
FIGURA 9 Quando/(x) é crescente, os
disso, parece que podemos alcançar precisão arbitrariamente alta tomando o número N
retângulos pela esquerda ficam abaixo de retângulos suficientemente grande. Sendo assim, faz sentido considerar o limite quando
do gráfico e os retângulos pela direita N-+ oo, o que deveria nos dar a área exata sob o gráfico. O teorema seguinte garante que
ficam acima. o limite existe (ver Exercício 89 para uma prova no caso de função monótona).

FIGURA 10 O erro decresce quando a b a b a b


usamos mais retângulos. N=2 N=4 N=8

TEOREMA 1 Se f (x) for contínua em [a, b], então as aproximações pela esquerda,
direita e meio tendem a um mesmo limite quando N-+ oo. Em outras palavras, existe
um valor L tal que
lim RN = lim LN= lim MN = L
N -+ oo N -+ oo N -+ oo
254 CÁLCULO

No Teorema 1, não é necessário supor O Teorema 1 nos dá uma definição precisa da área sob o gráfico como um limite L. Lem-
que f(x)::: O. Contudo, sef(x) tomar bre que a reta tangente é um outro conceito básico que é definido como um limite. Quando
valores negativos, o limite L não mais
representa uma área sob o gráfico. estudamos a derivada, vimos que a inclinação da reta tangente é o limite das inclinações
Mesmo assim, podemos interpretá- das retas secantes.
/o como uma "área com sinal", Nos dois próximos exemplos, ilustramos o Teorema 1 encontrando a área sob o grá-
um conceito que será discutido na
fico de alguns polinômios simples. Essas contas dependem de fórmulas para as somas de
próxima seção.
potências. A seguir apresentamos as fórmulas das três primeiras somas de potências.

DEFINIÇÃO Soma de potências A k-ésima soma de potências é a soma das k-ésimas


potências dos primeiros N naturais.

N(N + 1) N N 2
Lj = l +2+···+N = -
j=I
N
- - = -+-
2 2 2

~-2 2 2 2 N(N+l)(2N+l) N 3 N2 N
~J =1 +2 +·· · +N = - - - - - - = - + - + -
j= I 6 3 2 6

N N2(N + 1)2 N4 N3 N2
Li= 13 +23+ .. ·+N3 = -
j=I
--- = - + - + -
4 4 2 4

Por exemplo, pela Equação (4),


6
63 62
I: f = 12 + 22 + 32 + 42 + s2 + 62 = -3 + -2 + -6 = 91
6
j= I ..__,_.,
N3 N2 N
T + T + b para N=6

Para ilustrar, calculamos a área do triângulo retângulo da maneira "difícil".

• EXEMPLO 3 Calculando a área como um limite Calcule a área sob o gráfico def (x) = x,
acima de [O, 4], de três maneiras:
(e) usando Geometria.

b-a 4
•·· LEMBRETE Solução O intervalo é [a, b] = [O, 4], portanto .6.x = - - = -e, comof(x) = x,
N
N N
= l::,.x L f(a + jl::,.x)
RN
j=I 4
f(a+j.6.x)=f ( o+~
º) = 4.~
N -1
LN = l::,.x L f(a + jl::,.x)
j=O Portanto,

4 4
Na última igualdade, fatoramos o termo N para fora da soma. Isso é possível pois N é
N
uma constante que não depende de j . Agora usamos a Fórmula (3) para I: j e obtemos
j=l

8
=8+ -
N

Fórmula da soma de potências


CAPITULO 5 Integral 255

8
O segundo termo N tende a zero quando N tende a oo, portanto o limite é igual a

Área= lim RN = lim


N-">00 N-">00
(8 + !)
N
=8

A aproximação pela esquerda é quase a mesma que a da Equação (6), só que a soma começa
emj = Oe termina emj = N- 1 (deixamos a cargo do leitor a verificação algébrica):

L -
N -
~ N-l
N2 LJ- . - ~ N-l
N2 LJ- . - ~ ((N -
N2 2
1)2
+
(N -1))-
2 -
8- !
N
J=O J=I

Observe que no segundo passo, substituímos a soma começando emj =Opor uma soma
começando emj = 1. Isso é possível porque o temo geral paraj é zero sej = Oe pode ser
ignorado. Novamente, vemos que lim L N = lim (8 - 8/ N) = 8.
N-">oo N-">OO
Finalmente, vemos que a região sob o gráfico é um triângulo retângulo de base 4 e
altura 4 (Figura 11 ), portanto sua área é ( ½) (4) (4) = 8. Os três métodos de calcular a área
fornecem o mesmo valor 8. •

y y =x y y =x y y =x y y =x

o 4 o 4 o 4 o 4

FIGURA 11 As aproximações pela direita tendem à área do triângulo.

No próximo exemplo, calculamos a área sob um gráfico curvo. Ao contrário do


que vimos no exemplo precedente, agora não é possível calcular a área diretamente
usando Geometria.

• EXEMPLO 4 Seja A a área sob o gráfico de f(x) = 2x 2 - x + 3, acima de [2, 4] (Fi-


y
gura 12). Encontre uma fórmula para RN e calcule A como o limite lim RN.
N-"> oo

Solução Para deixar claro o procedimento, dividimos a solução em passos.


Passo 1. Expressar RN em termos de somas de potências.
4 -2 2
O intervalo é [2, 4], portanto Lix = - - = - e
N N

o 2 3 4
RN = Lix L
N
f (a+ j Lix) = -
2
Lf
N (
2+
2
_{_ º)
FIGURA 12 A área sob o gráfico de . I
}=
N.}= l N
f (x) = 2x 2 - x + 3, acima de [2, 4].
Calculemos o termo geral dessa soma. Como f (x) = 2x 2 - x + 3,
2
f ( 2+ 2~·) =2 ( 2+ 2·)
~ - ( ~ +3
2+ 2·)

2
8. + -4·1- ) -
= 2 4 + _{_ ( 2·) + 3 = -j2
2 + _{_ 8 + -14 j + 9
( N N2 N N 2 N
256 CÁLCULO

Agora podemos expressar RN em termos de somas de potências:

2 8 14 ) 2 8 2 14 2
RN =- L
N N Nj2 + - j + 9 = - L 2 P + - L - j + - L 9
N

j=I
(
-2
N N N N N
N

j=I
N

j=I
N

j=I

16 N 28 N 18 N
= N3 L j2 + N2 L j + N Ll m
J=I j=I J=I

Passo 2. Usar as fórmulas de somas de potências.


Usando as Fórmulas (3) e (4) de somas de potências na Equação (7), obtemos

16 - + -
RN=- N + - +28 (N 3
- (N 18
- + - +-(N)
2
N) 2
N)
N3 3 2 6 N2 2 2 N

16+8- +8- )
=(- + ( 14+-
14) +18
3 N 3N2 N
112 22 8
= 3+ N + 3N 2
Passo 3. Calcular o limite.

y , ( 112 22 8 ) 112
f(x) = senx Area = lim RN
N-HX!
= N--+00
lim - + - + --2 = -
3 N 3N 3 •
Podemos calcular a área sob o gráfico de um polinômio usando as fórmulas de somas
de potências, como no exemplo precedente. Para funções mais gerais, a área pode ser
1C 3,c expressa como um limite, mas o limite pode ser mais complicado. Consideref(x) = sen x
4 4 f]
no intervalo [ ¾, 3 (Figura 13). Nesse caso,
FIGURA 13 Essa área é mais difícil
de calcular como um limite de 3n/4- n/4 n
.Ó.X = ---- = -
aproximações pelas extremidades. N 2N

décimas potências dos 1000 primeiros números dá


o valor
PERSPECTIVA
HISTÓRICA 91409924241424243424241924242500

A fórmula de Bernoulli tem o formato geral

Jacob Bernoulli L / = k+l


n

J= I
1
--nk+I
1 k
+ -nk + -nk-1 + ...
2 12
( 1654-1705)

Nas contas que acabamos de ver, usamos as fór- Os pontos indicam termos envolvendo potências
mulas para as k-ésimas somas de potências para menores de n, cujos coeficientes são dados em ter-
=
k 1, 2, 3. O leitor pode ter curiosidade de saber mos dos assim chamados números de Bernoulli.
se há fórmulas análogas para todas as potências k. Por exemplo,
O problema de encontrar tais fórmulas foi estuda-
do e, no final, resolvido no Século XVII pelo gran- ~ ,4
de matemático suíço Jacob Bernoulli ( 1654-1705). L..., J = -1n5 + -1n 4 + -1n 3 - 1
- n
J=I 5 2 3 30
Sobre essa descoberta, ele escreveu

Com a ajuda [dessas fórmulas] eu levei menos do Essas fórmulas estão disponíveis na maioria dos
que um quarto de hora para verificar que a soma das sistemas algébricos computacionais.
CAPITULO 5 Integral 257

e a área A sob o gráfico é igual a

. .
~
A= hm RN= hm !1x~f(a+1!1x)=
N----.rx:) N----.oo j=I
hm - ~sen ~
N----.oo 2N j=I
-
4
. . n (n + -nj)2N

Embora esse limite possa ser calculado com algum esforço, veremos na Seção 5.3 que é
muito mais fácil usar o Teorema Fundamental do Cálculo, que reduz o cálculo da área ao
problema de encontrar antiderivadas.

5.1 RESUMO

• Aproximações da área sob o gráfico de/(x), acima de [a, b] ( !1x = b; ª}


N
RN = !1x L f(a + j !1x) = t1x(f (a+ !1x) + f(a + 2!1x) + · · · + f(a + N !1x))
j=I
N-1
LN = !1x L f (a+ j !1x) = t1x(f (a)+ f (a+ !1x) + ··· + f (a+ (N - l)t1x))
j=0

= !1x (1 (a+ ~!1x) + · · · + f (a+ ( N - ~) !1x))

• Se/(x) for contínua em [a, b], então as aproximações pela esquerda, direita e meio ten-
dem a um mesmo limite L:

lim RN
N----.oo
= N----.oo
lim LN= lim MN = L
N----. oo

• Se f (x) ~ Oem [a, b], tomamos L como a definição da área sob o gráfico de y =f (x),
acima de [a, b].

5.1 EXERCÍCIOS
Exercíciospreliminares
1. Suponha que [2, 5] seja dividido em seis subintervalos. Quais são 100 100 100
4. Explique por que L j é igual a L j mas L I não é igual a
as extremidades direitas e esquerdas dos subintervalos?
IOO j =I j=0 j=I
2. Se f(x) = x- 2 em [3, 7], quem é maior: R2 ou L2? I: t
j =0
3. Quais dos pares de somas seguintes não são iguais? 5. Dividimos o intervalo[!, 5] em 16 subintervalos.
4 4 4 5 (a) Quais são as extremidades esquerdas do primeiro e do último
(a) (b) I : f, I>2
I:>, I: e subintervalo?
i=I i =I j =I k=2
(b) Quais são as extremidades direitas dos primeiros dois subinter-
4 5 4 5 valos?
(e) I : j , I)-1) (d) I : i(i + 1), I:u -1)j
j=I i=2 i=I j=2 6. As afirmações seguintes são verdadeiras ou falsas ?
258 CÁLCULO

(a) Os retângulos pela direita ficam abaixo do gráfico se f (x) for (e) Sef (x) for constante, então os retângulos pela direita têm todos a
crescente. mesma altura.
(b) Sef (x) for monótona, então a área sob o gráfico fica entre RN e
L N.

Exercícios
1. Um atleta corre à velocidade de 4 mi/h por meia hora, a 6 mi/h X o 0,2 0,4 0,6 0,8 1
durante a hora seguinte e a 5 mi/h por mais uma meia hora. Cal-
cule a distância total percorrida e indique num gráfico como essa f(x ) 50 48 46 44 42 40
quantidade pode ser interpretada como uma área.
7. Consideref (x) = 2x + 3 em [O, 3].
2. A Figura 14 mostra a velocidade de um objeto ao longo de um
intervalo de 3 minutos. Determine a distância percorrida ao lon- (a) Calcule R6 e l 6 em [O, 3].
go dos intervalos [O, 3] e [ 1; 2,5] (lembre de converter km/h em (b) Encontre o erro nessas aproximações calculando a área exata
quilômetros por minuto). com Geometria.

km/h
8. Sejaf(x)= x 2 +x - 2.
30 (a) Calcule R3 e l3 em [2, 5].
i (b) Esboce o gráfico defe os retângulos que compõe cada aproximação.
: A área sob o gráfico é maior ou menor do que R3? E do que l3?
20

9. Dê uma estimativa de R6, l6 e M6 no intervalo [O; 1,5] para a


10
i função na Figura 15.
i
2 3 mm y

FIGURA 14 3

,__
2+. . . . . . . . . . . , . . . . . . . . . . . . . . ,. . . . . . . . . . . . . . ,._"-.,,
. . . . . . . . . ,!. . ........................, ..............................,
3. Uma tempestade se abateu sobre Portland, no estado norte-ame-
ricano do Maine, em outubro de 1996, resultando numa precipi-
tação recorde. A taxa da precipitação R(t) em 21 de outubro foi
registrada, em polegadas por hora, na tabela seguinte, em que t é
o número de horas desde a meia-noite. Calcule a precipitação to- ~---+----+---+- X
tal durante esse período de 24 horas e indique num gráfico como 0,5 1,5
essa quantidade pode ser interpretada como uma área. FIGURA 15

10. Dê uma estimativa de R2, M3e l6 para o gráfico na Figura 16.


t 0-2 2-4 4-9 9-12 12-20 20--24
R(t) 0,2 0,1 0,4 1,0 0,6 0,25 y
1,5 1. . .......................... ,................ .............. , .......... ....................., ........ . .................... , . .............. .............., .............. .............. ,

4. A velocidade de um objeto é v(t) = 32 m/s. Use a Equação (2)


e Geometria para encontrar a distância percorrida ao longo dos
intervalos de tempo [O, 2] e [2,5].

S. Calcule R6, l6 e M3 para obter uma estimativa da distância per-


corrida por um objeto ao longo de [O, 3] se a velocidade do obje-
to em intervalos de meio segundo forem como segue: 1 2 4 5 2
3 3 3 3

FIGURA 16
t (s) o 0,5 1 1,5 2 2,5 3
v (pés/s) o 12 18 25 20 14 20
11. Sejam f(x) = N+I
e t:u = ½- Esboce o gráfico de f (x)
e desenhe os retângulos cuja área é representada pela soma

6. Use a tabela de valores a seguir para estimar a área sob o gráfi-


I:f= I f (l + i Llx)Llx.
co def(x), acima do intervalo [O, 1], calculando a média de R5 12. Calcule a área dos retângulos sombreados na Figura 17. Qual é a
e l 5. aproximação que representam esses retângulos?
CAPITULO 5 Integral 259

y 30. [ t=: 5 Mostre que a área A do Exercício 26 satisfaz RN :=: A :=:


4-x LN para todo N. Em seguida, use um sistema algébrico computa-
y= 1 +x2 cional para calcular LN e RN para N suficientemente grande para
determinar A com erro menor do que 10-4.

31. Calcule as somas seguintes:


5 5 4
(a) I) (b) I) (e) I : k3
-3 -2 -1 2 3 i=l i=0 k=2
FIGURA 17 4 7r 4 l 3
(d) L
. 3
sen (j-)
2
<e) I : k-1 <n I : 31
j= k=2 J=0
Nos Exercícios 13-24, calcule as aproximações para a função e o
intervalo dados. 32. Sejamb1 =3,b2= l,b3= 17eb4= -1 7.Calculeassomas.
4 2 3
13. Rg, f(x) = 7 - x, [3, 5] (a) Lbi (b) L(b; + 2bi) (e) L /k
i=2 J=I k=l k+l
14. M4 , f(x) = 7- x, (3, 5]
200
15. M4, f(x) = x 2, [O, l] 33. Calcule L j, escrevendo essa soma como uma diferença de
J=IOl
16. M6, f(x) = .fi, (2, 5] duas somas e usando a Fórmula (3).

17. R6, f(x) = 2x2 - x +2, [l , 4] Nos Exercícios 34-39, escreva a soma com notação de somatório.

18. l6, f(x)=2x 2 - x+2, (1 , 4] 7 7


34. 4 + 5 + 6 + 7 + 8
7 7 7

19. l5, f(x) = X- 1, [l , 2] 35. (22 + 2) + (3 2 + 3) + (42 + 4) + (5 2 + 5)


20. M4 , f(x) =x-2 , [I , 3] 36. (22 + 2) + (23 + 2) + (24 + 2) + (25 + 2)

21. l4, f (X)= COSX, [¾, ~] 37. J'l+l3 +J2+23+ ·--+Jn+n3


22. R5 , f (x) = senx, [E4, 3n]
4
1 2 n
38. - + - + · · · + - - - -
2·3 3·4 (n + l )(n + 2)
1
23. M4 , f(x) = - 2- J'
X +
[1 , 5]
39. sen(7r) + sen G) + sen G) + .. . + sen (n: 1
)
24. l5 , f(x) = x 2 + 31xl, [-3 ,2]
Nos Exercícios 40-47, use a linearidade e as Fórmulas (3)-(5) para
Nos Exercícios 25-28, use o Entendimento Gráfico da página 253 _re_e_sc_re_v_er_ e_c_a_lc_u_la_r_a_s_so_m_a_s_. _ _ _ _ _ _ _ _ _ __
para encontrar cotas da área. 15 20
3 41. I:<2k + 1)
40. I : 12j
25. Seja A a área sob o gráfico de f(x) = .fi, acima de [O, l].
J=l k=l
Prove que 0,5 l ::: A :=: 0,77 calculando R4 e l4. Explique seu
raciocínio. 150 200
42. I : (2k + 1) 43. k3
I:
26. Use R6 e l6 para mostrar que a área A sob o gráfico de y = x- 2, k=5l k=lOO
acima de [10, 12], satisfaz 0,0161 ::: A :=: 0,0172.
10
~
27. Use R4 e l4 para mostrar que a área A sob o gráfico de y = sen x, 30 ( 6 4j2)
44. I:<e3 _ 2e2) 45. j+3
acima de [O, 1r/2], satisfaz 0,79 ::: A :=: 1, 19. l= l J =2

28. Mostre que a área A sob o gráfico de f (x) = x- 1, acima de [ 1, 8], 50 30


satisfaz 46. I:ju-1) 47. L(3s 2 - 4s - 1)
J=0 s= l
lllllll 111111
-+-+-+-+-+-+- < A < l+-+-+-+-+-+-
2 3 4 5 6 7 g- - 2 3 4 5 6 7 Nos Exercícios 48-51, calcule a soma, supondo que a1 =- 1,
10 10

29. [ t=: 5 Mostre que a área A do Exercício 25 satisfaz LN :=: A :=:


Lªi = IO e Lbi = 7.
i= l i=l
RN para todo N. Em seguida, use um sistema algébrico com-
putacional para calcular LN e RN para N = 100 e 150. Qual 10 10
dessas contas permite concluir que A ~ 0,66 com duas casas 48. L2a; 49. I:<a; - bj)
decimais? i=l i=l
260 CÁLCULO

50.
10
L (3ae + 4be) 51.
10
L ªi 12. 1im -
5
I:
N- l (
- 2 + 51.
. )4
l=l i=2 N--+oo N j=O N

Nos Exercícios 52-55, use as Fórmulas (3)-(5) para calcular o limite.


73. lim _!:__ t sen (~ + jn)
'°' .!_
N .
52. lim '°' ...!....
N _,, oo L N 2
53. lim
N--+oo
N

L
·3

N4
2N
N--+oo j=l 3 2N

54.
. L
11m
1= l

"l
N ·2
-
·
1
+l
55. lim
j=l

I:
N ( i3
-20)
74. Calcule lim _!,_
N--+oo N j=l
tj 1- ( j )
N
2
interpretando o limite como

3
N--+oo i= I
4N - N a área de uma parte de uma conhecida figura geométrica.
N--+oo i= l N

Nos Exercícios 56-59, calcule o limite para a função e o intervalo Nos Exercícios 75-80, use a aproximação indicada ( em notação de
dados. Confira sua resposta usando Geometria. somatório) para expressar (sem calcular) a área sob o gráfico como
um limite.
56. lim R N, f(x) = 5x, [O, 3)
N-'>oo
75. RN, f(x) = senx acima de [O, n]
57. lim LN, f(x) = 5x, [I , 3)
N--+oo
76. RN, f(x) = x- 1 acima de [I, 7]
58. lim LN, f(x) = 6 - 2x, [O, 2)
N--+oo 77. MN, f(x) = tgx acima de [½, !]

59. lim MN, f(x) = x , [O, 1) 78. MN, f (x) = x- 2 acima de [3, 5]
N--+oo

Nos Exercícios 60-69, encontre uma fórmula para RN para a fun- 79. LN , /(x)=cosxacimade[i , nl
ção e intervalo dados. Em seguida, calcule a área sob o gráfico
como um limite. 80. LN, f(x) = cosx acima de [j, il

60. f(x ) = x 2, [O, 1) 61. f(x) = x3, [O, 1) Nos Exercícios 81-83, seja f(x) = x 2 e considere as aproximações
R N, LN e MN no intervalo [O, 1).
62. f (x) = x 3 + 2x 2, [O, 3) 63. / (x) = 1 - x3, [O,!]
~ 1 1 1
81. ~-- Mostre que RN =
64. f (x) = 3x2 - x + 4, [O, ! ] 3+ 2
N + N 2 . Interprete a quanti-
6
1 1
65. f (x) = 3x2 - x + 4, [ 1, 5] dade - + - -
2N 6N 2
como a área de uma região.

66. f (x) = 2x + 7, [3 , 6] 67. f(x) = x2, [2, 4]


82. Mostre que
68. f (x ) = 2x + l, [a, b] (a, b constantes, com a< b)
I I I
69. f(x)=x 2, [a,b] (a,bconstantes,coma<b) LN =3- 2N + 6N2 '
Nos Exercícios 70-73, descreva a área representada pelos limites. Em seguida, ordene as três aproximações R N , LN e M N em or-

70. lim _!,_


N --+ oo N j=l
t (l) N
4
dem de precisão crescente (usando a fórmula de RN no Exercí-
cio SI).

83. Para cada um dentre R N, LN e M N, encontre o menor inteiro N


para o qual o erro é menor do que 0,001 .
11. 1im -
N --+oo
3
N
I: N (
j=I
3j)4
2+-
N

Compreensão adicional e desafios


84. Embora a precisão de RN costume aumentar quando N cresce, 86. ~ Explique graficamente a afirmação seguinte: as aproxi-
isso não precisa ser verdade para valores pequenos de N. Esboce mações pela esquerda e direita são menos precisas quando / 1 (x)
o gráfico de uma função f (x) contínua e positiva num intervalo, for grande.
tal que R1esteja mais próximo da área exata sob o gráfico do que
R2. Uma tal função pode ser monótona? 87. ~ Suponha que/(x) seja monótona. Prove que MN fica en-
tre R N e LN e que M N está mais perto da área exata sob o gráfico
85. Esboce o gráfico de uma função contínua e positiva num interva- do que RN e LN. Sugestão: argumente a partir da Figura 18; a
lo tal que R2 e L2 sejam ambos menores do que a área exata sob parte do erro em RN que é devida ao i-ésimo retângulo é a soma
o gráfico. Uma tal função pode ser monótona? das áreas A+ B + De, em MN, é IB-EI.
CAPITULO 5 Integral 261

(a) Explique por meio de um gráfico por que LN ~ RM para quais-


D ' quer N, M ~ 1.
E:
(b) Pela parte (a), a seqüência {LN) é limitada por RM, para
qualquer M, portanto possui um supremo L. Por definição, L
é o menor número tal que LN ~ L, para todo N. Mostre que
L ~ RM, para qualquer M.
(e) De acordo com a parte (b), LN ~ L ~ RN para todo N. Use a

---,-----+--+-- X Equação (8) para mostrar que lim LN = L e lim RN = L.


x; _ 1 ponto x; N-+oo N -+oo

90. ~ Suponha que f (x) seja positiva e monótona e seja A a


médio
FIGURA 18 área sob seu gráfico, acima de [a, b]. Use a Equação (8) para
mostrar que
88. Prove que para qualquer funçãof(x) em [a, b],
b-a
b-a IRN - AI ~ N lf(b)- f(a)I
RN - LN = N(f(b) - f (a)).

Nos Exercícios 91-92, use a Equação (9) para encontrar um valor de


89. ~ Neste exercício, provamos que os limites lim RN e Ntalque lRN - AI < 4
w-
paraafunçãoeintervalodados.
N-+oo
lim L N existem e são iguais sef(x) for positiva e crescente [o
N-+oo 91. f(x)=Jx , [1,4] 92. f(x) = J9 -x 2 , [O, 3]
caso def (x) decrescente sendo análogo]. Utilizamos o conceito
de supremo, discutido no Apêndice B.

5.2 Integral definida


Na seção precedente, vimos que se f (x) for contínua num intervalo [a, b ], então as aproxi-
mações pela esquerda, direita e meio tendem a um limite comum L quando N--+ oo:

L = lim RN = lim LN= lim MN [I]


N-+oo N -+oo N -+oo

Além disso, quando f(x) ::".: O, interpretamos L como a área sob o gráfico def (x), acima
de [a, b]. Daqui a pouco enunciaremos formalmente que o limiteL é a integral definida de
f (x) em [a, b]. Antes disso, introduzimos as somas de Riemann, que são aproximações
da área mais gerais.
Nas aproximações pela esquerda, direita ou meio, aproximamos a área sob o gráfico
por retângulos de mesma largura. As alturas dos retângulos são os valores def (x) na ex-
tremidade esquerda, direita ou ponto médio do subintervalo. Nas aproximações por somas
de Riemann, liberamos essas restrições; os retângulos não precisam ter largura igual e a
altura de um retângulo pode ser qualquer valor de f (x) do subintervalo. Mais formalmen-
te, para definir uma soma de Riemann, escolhemos uma partição e uma coleção de pontos
intermediários. Uma partição P de comprimento N é qualquer escolha de pontos de [a, b]
que divida o intervalo em N subintervalos:

Partição P: a= xo < x i < x2 < XN =b

Subintervalos: [xo , x i], [xi , x2] ,

Denotamos o comprimento do i-ésimo subintervalo por

D.X; = Xi - Xi-l

O máximo desses comprimentos D.X; é denominado norma da partição P, que é denotada


por IIPI 1- Uma coleção de pontos intermediários é um conjunto C = {ci , ... , eN} de
pontos, onde e; pertence a [x;-1 , x;] [Figura 1(A)].
262 CÁLCULO

O retângulo tem
,,_..,.......,...--, áreaf(c;)ô..x;

Maior subintervalo
\
1
1
1
i - -- -1 1
1
1
C;

X2 X;- l \x; XN=b \ X;

i-ésimo ponto intermediário


FIGURA 1 A soma de Riemann
R(f, P, C) é a soma das áreas dos (A) Partição de [a, b] em subintervalos (B) Construção de retângulo acima de
retângulos. cada subintervalo de altura f(c;).

Agora, acima de cada subintervalo [Xi-1, Xi], construímos o retângulo de altura f (e;)
e base .ó.xi, como na Figura l(B). Esse retângulo tem áreaf (ci).Ó.Xi- Se f (ci) < O, o retân-
gulo se estende para baixo do eixo x e a "área" f (c;).ó.xi é negativa. A soma de Riemann
é a soma de todas essas áreas positivas ou negativas:

N
R(f, P, C) = L f(c;).ó.x; = f(c1).ó.x1 + f(c2).ó.x2 + ··· + f(cN).Ó.XN [I]
i=l

As aproximações pela esquerda, direita e meio são exemplos de somas de Riemann.


Essas correspondem à partição de [a, b] em N subintervalos de comprimento igual a
.ó.x = b - ª e à escolha das extremidades esquerdas, direitas, ou pontos médios como
N
pontos intermediários. No exemplo seguinte, consideramos uma soma de Riemann com
subintervalos de comprimento desigual.

• EXEMPLO 1 Sejaf (x) = 8 + 12 sen x - 4x. Calcule R(f, P, C) para a partição P de


[O, 4] dada por:

p: XQ = 0 < XJ = 1 < X2 = 1,8 < X3 = 2,9 < X4 = 4


e pontos intermediários C = {0,4; 1,2; 2; 3,5}. Qual é a norma de P?
Solução As larguras dos subintervalos da partição (Figura 2) são
y .Ó.X) = X) - XO = 1 - 0 = 1, .ó.x2 = x2 - x1 = 1,8 - 1 = 0,8
10 .Ó.X3 = X3 - X2 = 2,9 - 1,8 = 1,1, .Ó.X4 = X4 - X3 = 4 - 2,9 = 1,1
5
A norma da partição é IIPI 1= 1, 1 pois os dois maiores subintervalos têm largura 1, 1.
0,4 1 \ 1,8 \ Usando calculadora, obtemos
-5 1,2 2
-10 R(f, P, C) = f(0,4).ó.x 1 + f(l ,2).ó.x2 + f(2).ó. x3 + f(3,5).ó.x4
-15
:e:::: 11,07(1) + 14,38(0,8) + 10,91(1,1) - 10,2(1,1) :e:::: 23,35

FIGURA 2 Os retângulos definidos por
uma soma de Riemann paraf(x) = 8 + Tendo introduzido somas de Riemann, estamos prontos para fazer a definição seguin-
12 sen x- 4x em [O, 4]. te: uma função é integrável em [a, b] se todas as somas de Riemann (não só as aproxima-
ções pela esquerda, direita ou meio) tendem a um único e mesmo limite L quando a norma
da partição tende a zero. Mais formalmente, escrevemos

N
L= lim R(f, P, C) =
IIPll-+0
lim
IIPll-+0
L f (e;) .Ó.Xi
i=I
CAPITULO 5 Integral 263

se IR(!, P, C) - LI fica arbitrariamente pequeno quando a norma li P li tende a zero, in-


dependentemente de como escolhermos a partição e os pontos intermediários. Observe
que quando li P li -+ O, o número N de subintervalos tende a oo. O limite L é denominado
integral definida def(x) em [a, b].

DEFINIÇÃO Integral definida A integral definida de/ (x) em [a, b] é o limite das somas
A notação J f (x) dx, introduzida de Riemann e é denotada pelo sinal de integral:
por Leibniz em 1686, é apropriada
porque nos faz lembrar das somas de
b N
Riemann utilizadas na definição de
integral indefinida. O símbolo J é um
la
f(x) dx = lim R(f, P , C)
IIPll~0
= lim
IIPll~0
L f(ci) ~Xi
i=I
S alongado, significando soma e dx
corresponde aos comprimentos !:,.x; ao
longo do eixo x.
Quando esse limite existe, dizemos quef(x) é integrável em [a, b].

Observações

• Muitas vezes nos referimos à integral definida simplesmente como a integral de


f em [a, b].
• A funçãof(x) dentro do sinal da integral é denominada integrando.
• Os números a e b que representam o intervalo [a, b] são denominados limites de
integração.
• Qualquer variável pode ser usada como variável de integração (ou seja, é uma variável
"muda"). Assim, as três integrais seguintes denotam, todas, a mesma quantidade:

lb f(x)dx, lb f(t)dt, lb f(u)du

• Lembre que a integral indefinida j f(x) dx denota a antiderivada geral def (x)
(Seção 4.8). A relação entre integrais definidas e indefinidas será explicada na
Seção 5.3.
A maioria das funções que surge na prática é integrável. Em particular, cada função
contínua é integrável, conforme enunciado no teorema seguinte. Uma demonstração está
dada no Apêndice D.

TEOREMA 1 Sef(x) for contínua em [a, b], entãof(x) é integrável em [a, b].

Georg Friedrich Riemann (1826-1866)


ENTENDIMENTO CONCEITUAL Raramente as somas de Riemann gerais são usadas em cál-
culos. Na prática, calculamos integrais definidas usando o Teorema Fundamental do
Um dos maiores matemáticos do Cálculo, discutido na próxima seção. Sendo assim, por que se dar ao trabalho de intro-
século XIX, e talvez somente superado duzir somas de Riemann? A resposta é que as somas de Riemann desempenham um
por seu mentor C. F. Gauss, Riemann
papel predominantemente teórico e não computacional. Elas são úteis em demons-
transformou os campos da Geometria,
Análise e Teoria de Números. Em trações e, assim, fornecem uma maneira de tratar rigorosamente com certas funções
1916, Albert Einstein baseou sua descontínuas. Em seções posteriores, as somas de Riemann serão usadas para mostrar
Teoria Geral de Relatividade na que volumes e outras quantidades podem ser dadas por integrais definidas.
geometria de Riemann. A "Hipótese
de Riemann", que trata de números
primos, é um dos grandes problemas
não resolvidos da Matemática atual. A Interpretação gráfica da integral definida
Fundação Clay ofereceu 1 milhão de
dólares por sua solução Quando f (x) é contínua e positiva, interpretamos a integral definida como a área sob o
(http://www.claymath.org/millenium). gráfico. Se f (x) não for positiva, então a integral definida não é igual a uma área no senti-
264 CÁLCULO

y do usual da palavra, mas podemos interpretá-la como uma área com sinal entre o gráfico
e o eixo x. A área com sinal é definida como segue:

Área com sinal de uma região= (área acima do eixo x) - (área abaixo do eixo x)

Assim, a área com sinal trata regiões abaixo do eixo x como "área negativa" (Figura 3).
FIGURA 3 A área com sinal é a área Para ver por que a integral definida nos dá a área com sinal, suponha inicialmente que
acima do eixo x menos a área abaixo
f (x) seja negativa em [a, b], como na Figura 4(A), e considere a soma de Riemann:
doeixox.

R(f, C, P) = f(ci)!:!..x1 + f(c2)!:!..x2 + ·· · + f(cN)!:!..xN


Como f (e;) < O, cada parcela é igual ao negativo da área de um retângulo:

f (c;)!:!..x; = -(área do retângulo de altura lf (c;)D

Portanto, a soma de Riemann R(f, C, P) converge ao negativo da área entre o gráfico e


o eixo x. Sef (x) atingir valores tanto positivos quanto negativos, como na Figura 4(B),
então f (c;)!:!..x; é positivo ou negativo, dependendo de o retângulo correspondente ficar
acima ou abaixo do eixo x. Nesse caso, as somas de Riemann convergem à área com
sinal. Resumindo:

1b f (x) dx = área com sinal da região entre o gráfico e o eixo x, ao longo de [a, b].

f(c;)!h; = - (área de retângulo)

a b

(A) Aproximação da integral definida (B) Aproximação da integral definida de uma


de uma função negativa. função com valores positivos e negativos.
FIGURA 4

3
• EXEMPLO 2 Calculando a área com sinal Calcule fo (2x - 5) dx usando a interpreta-

ção de área com sinal.

Solução A Figura 5 mostra que a região entre o gráfico e o eixo x consiste em dois triân-
gulos. O primeiro triângulo tem área <½)(2,5)(5) = 21, mas fica abaixo do eixo x, por-
tanto sua área com sinal é - 21- O segundo triângulo fica acima do eixo x e tem área
<½)(0,5)(1) =¼,Portanto,
3
= - -25 + -1 = -6
FIGURA 5 A área com sinal abaixo do
=
gráfico de f (x) 2x - 5. 1 o
(2x - 5) dx
4 4 •
CAPITULO 5 Integral 265

4
• EXEMPLO 3 Integral de um valor absoluto Calcule Ío 13 - xi dx.

Solução O gráfico de y = 13 - xi na Figura 6(B) foi deduzido do gráfico de y = 3 - x na


Figura 6(A) através da reflexão pelo eixo x, para x ~ 3. Vemos que a integral é igual à
soma das áreas de dois triângulos:
4
1 1
Íoo 13 - xi dx = -(3)(3) + -(1)(1) = 5
2 2 •
y y

3 3

2 2

2 3 4
-1

(A) O gráfico de y = 3 - x (B) O gráfico de y = 13- xi

FIGURA 6

Propriedades da integral definida


y No restante desta seção, discutiremos algumas propriedades básicas de integrais definidas.
Em primeiro lugar, observe que a integral de uma função constante f (x) = Cem [a, b] é a
C+-----.-----.--- área com sinal C(b-a) do retângulo sob o gráfico def(x) (Figura 7).

-f-----+-----+---x
a b
TEOREMA 2 Integral de uma constante Para qualquer constante C, lb C dx = C (b - a).

FIGURA 7 1b C dx = C(b - a).


Em seguida, enunciamos as propriedades de linearidade da integral definida.

TEOREMA 3 Linearidade da integral definida Se f (x) e g(x) forem integráveis em [a, b],
então

·lb (f (x) + g(x)) dx = lb f (x) dx + lb g(x) dx

·lb Cf (x) dx =C lb f (x) dx para qualquer constante C.

Demonstração Essas propriedades decorrem das propriedades de linearidade correspon-


dentes das somas e limites. Para provar a aditividade, observamos que as somas de Rie-
mann são aditivas:
N N N
R(f + g, P, C) = L (f(ci) + g(q))ô.xi = L f(q) ô.Xi+ Lg(q) ô.Xi
i=I i=I i=l

= R(f, P , C) + R(g, P, C)
266 CÁLCULO

Pela aditividade de limites,

f\J(x) + g(x)) dx = lim R(f + g, P, C)


la IIPll-+0
= lim R(f, P, C) + lim R(g, P, C)
IIPll-+0 IIPll-+0

= 1b f(x)dx + 1b g(x)dx

A segunda propriedade é demonstrada de maneira análoga.



No Exemplo 4, a função f(x) = x 2 • EXEMPLO 4 Use o limite da aproximação pela direita para provar que, para b > O, vale
é contínua, portanto integrável, de
modo que todas as somas de Riemann
b b3
tendem ao mesmo limite. Poderíamos
obter a mesma resposta usando LN ou
MN, Muitas vezes, RN leva a contas
1
o
x 2 dx =-
3
ligeiramente mais simples. A Fórmula
(4) é válida para qualquer b (ver
Exercício 81). Depois use as regras de linearidade para calcular 1 3
(2x 2 - 5) dx.

Solução Na aproximação pela direita de f(x) = x 2 em [O, b], temos ~x = b/ N. Usando


a fórmula da soma de potências destacada à margem, obtemos
•" LEMBRETE

f,J2 = N3 + N2 +!!..
j=I 3 2 6

Provamos a Equação (4) tomando o limite:

1 o
b 2
x dx = lim
N-+oo
(b3 b3
- +-
3 2N
b3 )
+ --26N
= -
3
b3

Em seguida, pela linearidade do Teorema 2,

1 3
(2x
2
- 5) dx =1 13
2
2x dx +
3
(-5) dx = 21 x dx -
3
2
13
5 dx

~2(3:)-5(3-0)~3 •
Até aqui usamos o símbolo 1b f(x) dx subentendendo que a< b. É conveniente

definir a integral definida para a e b arbitrários.

DEFINIÇÃO Invertendo os limites de integração Para a< b, definimos

1ª f (x) dx = -1b f (x) dx


CAPITULO 5 Integral 267

y
y=x
Por exemplo, usando a fórmula 1b x 2 dx = b3 /3 do Exemplo 4 como b = 5, temos
b

{º x2 dx = - {5 x2 dx = - 53 = - 125
Ís lo 3 3

Quando a= b, o intervalo [a, b] = [a, a] tem comprimento nulo e definimos a integral


definida como sendo zero:
-b

(A) A área com sinal½ b2

y
1ª f(x)dx =O
y=x
b
• EXEMPLO 5 Prove, para b qualquer (positivo ou negativo)

l
i
b
xdx = -b2
o 2
--------- -b

(B) A área com sinal-½ b2 Solução Se b > O, 1b x dx é a área do triângulo de altura h e base b na Figura 8(A). A área
FIGURA 8
é½b2. Para b < O, 1º x dx é a área com sinal do triângulo na Figura 8(8), que é igual a

-½b2. Portanto,


y As integrais definidas satisfazem uma propriedade aditiva importante. Se f (x) for
integrável e a :S b :S e, como na Figura 9, então a integral de a a e é igual à integral de a
a b mais a integral de b a e. Enunciamos isso formalmente no teorema seguinte (demons-
tração omitida).

-+-+-----+-----+-- X
a b e TEOREMA 4 Aditividade de integrais adjacentes Para a :s b :s e,
FIGURA 9 A área acima de [a, e] é a
soma dasáreas acima de [a, b] e [b, c]. 1c f(x)dx= 1b f(x)dx+ 1c f(x)dx

7 ib
• EXEMPLO 6 Calcule
1 4
x 2 dx usando a fórmula
o
x2 = -b3 do Exemplo 4.
3
A propriedade enunciada no Teorema 4 Solução Pela aditividade de integrais adjacentes, temos
permanece verdadeira para quaisquer
a, b e e, mesmo se a condição
a :::: b :::: e não estiver satisfeita
(Exercício 82).
14 x 2 dx + 17 x 2 dx = 17 x 2 dx
._,.--, ._,.--,
(j)43 (j)73
Portanto,
268 CÁLCULO

y Às vezes podemos querer comparar as integrais de duas funções. Sef(x) e g(x) forem
integráveis e g(x) :::: f (x), então a função maiorf (x) tem um integral maior (Figura 10).
f(x)

g(x)
TEOREMA 5 Teorema da comparação Se g(x) :::: f (x) num intervalo [a, b ], então

->-----+-------+-- x
a b
1b g(x) dx S 1b f (x) dx

FIGURA 10 A integral def(x) é maior


do que a integral de g(x). Demonstração Para qualquer partição P de [a, b] constituída pelos pontos x1, .. . , XN e
escolha de pontos intermediários {cd, temos g(c;) !:ix; S f (e;) !:ix; para todo i. Portanto,
as somas de Riemann satisfazem
N N
L g(c;) !:ix; S L f (e;) !:ix;
i=I i=I

Tomando o limite quando a norma IIPI I tende a zero, obtemos

b N N 1b •
1a
g(x)dx= lim Lg(c;)!:ix; S lim Lf(c;)!:ix;=
IIPll->0 i=I IIPll->0 i=I a
f(x)dx

Vejamos uma aplicação simples mas útil do Teorema da Comparação: suponha que
y f(x) satisfaçam S f(x) :::: M para todox em [a, b]. Os números me M são denomina-
dos cotas inferior e superior de f (x) em [a, b] . Nesse caso, a integral fica entre as áreas
M
de dois retângulos (Figura 11):

->----<-------+-- X
a b Isso nos dá

FIGURA 11 A integral ib f(x) dx fica


m(b-a) S 1b f(x)dx S M(b-a)
entre as áreas dos retângulos de alturas
meM.

• EXEMPLO 7 Prove as desigualdades:


52l dx S /5 -1 dx (b) -3 :::: /
2
-1 dx S 3.
(a)
/
1 X I X 4 1/2 X

Solução
(a) Se x ::: 1, então x 2 ::: x e, portanto, tomando recíprocos, obtemos x- 2 :::: x- 1. Pelo
y teorema da Comparação,
2
5-dx
1 /5 -dx
1
/
1 x2
S
1 X

(b) Como f(x) = x- 1é decrescente, seu máximo em[½ , 2] é M = f (½) = 2 e seu mí-
1 nimo é m = f (2) = ½(Figura 12). Pela Equação (6),
2

~ -
1
- - - - - - +- - - - X
2
~2 (2 - ~) =
2 4
~11/2 X
~
:::: f 2 dx S 2 (2 - ~) = 3
2 •
2
'-,,-' '-...-'
FIGURA 12 m(b-a) M (b-a)
CAPITULO 5 Integral 269

5.2 RESUMO
• Uma soma de Riemann R(j, P, C) para o intervalo [a, b] é definida pela escolha de
uma partição

P: a = xo < xi < x2 < · · · < XN = b

e pontos intermediários C = {cd, onde e; E [x;-1, x;]. Seja ~x; = x; - x;-1. Então
N
R(f, P, C) = L f(c;) tu;
i=I

• O máximo dos comprimentos ~x; é denominada norma IIPI I da partição.


• A integral definida é o limite das somas de Riemann (se existir):

{b f(x)dx = lim R(f, P, C)


la II Pll->0

Dizemos que fé integrável em [a, b] se existir esse limite.


• Teorema: sef(x) for contínua em [a, b], entãof(x) é integrável em [a, b].

• A integral definida 1b f (x) dx é igual à área com sinal da região entre o gráfico de f (x)
e o eixox.
• Propriedades das integrais definidas [paraf (x) e g(x) integráveis]:

lb (f (x) + g(x)) dx = lb f (x) dx + lb g(x) dx

lb Cf (x) dx lb
=C f (x) dx para qualquer constante C

lb f(x) dx + lc = lc f(x) dx f(x) dx para quaisquera, b, e

lb f (x) dx = -1ª f (x) dx

1ª f(x)dx =O

• Fórmulas:

lb C dx = C(b - a) (C qualquer constante)

b l
1 o
b
xdx = -b2
2
1
1 o
x 2 dx = -b3
3

• Teorema da Comparação: se f(x) _::: g(x) em [a, b], então

lb f(x)dx.::: lb g(x)dx
270 CÁLCULO

Sem S f(x) ::: M em [a, b], então

m(b - a) S lb f (x) dx S M(b - a)

5.2 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. O que é ib dx [aqui a função éf(x) = l]?
(e) Se f(x) ~ O, então - ib f (x) dx é a área entre o gráfico def(x)

2. As afirmações seguintes são verdadeiras ou falsas [supondo que e o eixo x, ao longo de [a, b].
f (x) seja contínua]?
Ío n cos x dx = O.
(a) ib f (x) dx é a área entre o gráfico e o eixo x, ao longo de [a, b].
3. Explique graficamente por que

(b) ib f (x) dx é a área entre o gráfico e o eixo x, ao longo de [a, b ],


4. A integral 1- -5
I 8 dx é negativa?

~ 1?
6
se f (x) ::: O. 5. Qual é o maior valor possível de fo f (x) dx se f (x)

Exercícios
Nos Exercícios 1-1 O, esboce a área com sinal representada pela inte- (e) 1 4
f(x)dx
gral e calcule seu valor usando Geometria.

1. 1 -3
3
2xdx 2. 1-2
3
(2x+4)dx y
y =f(x)

3. {
-2
(3x + 4) dx 4. 1-2
1
4dx

13n/2
5. i\1-x)dx 6. senx dx 4 6
n/2

7. Ío
5
-hs - x 2 dx 8. 1-2
3
lxldx
FIGURA 13 As duas partes do gráfico são semicírculos.

9. 1 -2
2
(2 -lx l)dx 10. 1-1
1
(2x - lxl) dx Nos Exercícios 14-15, use a Figura 14.

6
11. Calcule fo (4 - x) dx de duas maneiras: y
y = g(t)
2
(a) como o limite lim RN;
N-+oo
(b) esboçando a área com sinal pertinente e usando Geometria.
2
-1
12. Calcule f\2x+l)dxdeduasmaneiras:comoolimite lim RN
h ~00 -2
e usando Geometria.
FIGURA 14

13. Calcule as integrais para a funçãof(x) mostrada na Figura 13.

(a) fo
2
f(x)dx (b) fo
6
f (x) dx 14. Calcule fo
3
g(t) dt e 15
g(t) dt.
CAPITULO 5 Integral 271

15. Encontre a, b e c tais que foª g(t) dt e ! e g(t) dt sejam o maior 35. L~ (x2 + x) dx 36. i a2
2
x dx
possível.
37. Prove, calculando o limite das aproximações pela direita:
16. Descreva a partição P e a coleção de pontos intermediários C
da soma de Riemann mostrada na Figura 15. Calcule o valor da b b4
x 3 dx =-.
soma de Riemann.
Íoo 4

y
Nos Exercícios 38-45, use as fórmulas no resumo e a Equação (7)
34,25
para calcular a integral.
2
20 38. fo 3 x2 dx 39. fo (x 2 + 2x) dx
15
8 2
---,---1---1----+--+----+---4- x 40. fo 3 x3 dx 41. fo (x - x 3) dx
0,5 I 2 2,5 3 3,2 4,5 5
FIGURA 15
42.
1
fo (2x 3 - x +4)dx 43. 1º
-3
(2x - 5) dx

Nos Exercícios 17-20, esboce a área com sinal representada pela in-
tegral. Indique as regiões de áreas positivas e negativas. 44. 1 3
3
x dx 45. 1 2
(x - x 3) dx

Nos Exercícios 46-50, calcule a integral, supondo que

19. i 2
,r senx dx 20.
[3,r
lo senxdx
5
fo f(x) dx=5,
5
fo g(x) dx = 12

Nos Exercícios 21-24, determine o sinal da integral sem calculá-la. [5


Se necessário, esboce um gráfico. 46, lo (f (x) + g(x)) dx 47. fo\f(x) +4g(x))dx

21.1 -2
1
x dx
4
22.1 -2
1
3
x dx
48. isº g(x)dx 5
49. fo (3f (x) - 5g(x)) dx

23. !CG~ fo2,r x sen x dx 24.


frnll
~
lo 2n -sen- dx
x 5
50. É possível calcular fo g(x) f(x) dx com a informação dada?
0 X

Nos Exercícios 25-28, calcule a soma de Riemann R(J, P, C) para a Nos Exercícios 51-54, calcule a integral, supondo que
função, partição e escolha de pontos intermediários dadas. Também
esboce o gráfico de f e dos retângulos correspondentes a R(J, P, C).

25. f(x) = X, p = (I ; J,2; J,5; 2), C = (),) ; 1,4; 1,9)


fo
1
f(x)dx = 1, fo
2
f (x) dx = 4, 1 4
f(x)dx =1

26. f (x) = x 2 + X, p = {2; 3; 4,5; 5),


27. f(x) = X + 1, p = {-2; -) ,6; -J ,2; -0,8; -0,4; 0),
C = {2; 3,5; 5)
51. fo
4
f (x) dx 52. 1 2
f(x)dx

C = {- 1,7; - 1,3; - 0,9; - 0,5; O}

28. f (x) = senx, P = {O; i; j; -~:i, C = {0,4; 0,7; 1,2)


53. LI f(x)dx 54. Íz 4
f (x) dx

Nos Exercícios 55-58, expresse cada integral como uma única in-
Nos Exercícios 29-36, use as propriedades básicas da integral e as
tegral.
fórmulas no resumo para calcular as integrais.

29. fo
4
x dx
2
30. 1 4
2
x dx
3
55. fo f(x) dx + h 7
f (x) dx

3
31. fo (3t + 4) dt 32.1 (3x
-2
3
+ 4) dx 56. Íz 9
f(x) dx -1 9
f (x) dx

9 5
33.
1
fo (u 2 - 2u) du
3
34. fo (6y2 + 7y + 1) dy 57. Íz f(x) dx - Íz f (x) dx
272 CÁLCULO

58. i 3
f(x)dx + 1
9
f(x)dx
70. Prove que -I <
3 -
1 4
6
-1 dx < -.
X
1
- 2

Nos Exercícios 59-62, calcule a integral, supondo que f seja uma ftm- 0,3

b- 1para cada b > O.


71. Prove que 0,0198:::: senx dx ::::: 0,0296. Sugestão: mostre
ção integrável tal que libf (x) dx = 1 - Ía0,2
que O, 198 :::: sen x ::::: 0,296 para x em [0,2; 0,3].

59. fi 3
f(x)dx 60. 1 4
f (x) dx n/4

1
72. Prove que 0,277 ::::
1ir/ 8
cos x dx ::::: 0,363.

61. fi\4J(x ) - 2) dx 62. [ f (x) dx 73. ~CG~ Prove que


1112
n/ 2 senx ,../2
63. ~ Usando interpretação gráfica, explique a diferença entre

ib f (x) dx e ib lf (x) I dx.


1 n/ 4
- - dx< -
X - 2

senx
Sugestão: Faça o gráfico de y = - - e observe que é decres-
x
~
2
64. Sejam / = fo n sen2 x dx e J = fo 2n cos x dx. Use o
2 cente em [¾, ~].
1
truque seguinte para provar que / = J = n. Usando um gráfico, 74. Encontre cotas inferior e superior de f ~.
lo x3 +4
mostre que/= J e, depois, mostre que / +J = fo 2n dx.
75. ~ Suponha que f(x):::: g(x) em [a, b]. Pelo Teorema da
Nos Exercícios 65-68, calcule a integral. Comparação, ib f(x)dx:::: ib g(x)dx. É verdade também

65. fo
6
13 - x [ dx 66. fi 3
12x - 41dx que f'(x):::: g'(x) para x
exemplo.
E [a, b]? Se não for, dê um contra-

2
67. J_11 lx 3 1dx 68. fo 2
1x - l ldx 76. l'.$J Decida se as afirmações seguintes são verdadeiras ou fal-
sas. Se falsa, esboce o gráfico de um contra-exemplo.
69. Use o Teorema da Comparação para mostrar que
(a) Se f(x) > O, então ib f (x) dx > O.

(b) Se ib f (x) dx > O, então f (x) > O.

Compreensão adicional e desafios


80. Interpretando a integral como uma área com sinal, verifique:
77. Explique graficamente: / ~ f (x) dx = Ose f (x) for uma função
ímpar. b I I
~dx = -b~+- 0
78. Calculef 1 sen(sen(x))(sen2 (x) + l)dx.
Íao 2 2
- 1
Aqui, O:::: b ::::: 1 e 0 é o ângulo entre Oe~ tal que sen 0 = b.
79. Sejam k e b positivos. Comparando as aproximações pela direita,
mostre que 81. Mostre que a Equação (4) vale para b ::::: O.

82. O Teorema 4 permanece válido sem a hipótese a ::::: b ::::: c. Verifi-


que isso nos casos b <a< c e c < a< b.

5.3 Teorema Fundamental do Cálculo, Parte 1


O TFC foi enunciado precisamente
pela primeira vez por Isaac Newton em
O Teorema Fundamental do Cálculo (TFC) estabelece uma relação entre as duas princi-
1666, embora outros matemáticos,
inclusive seu professor Isaac Barrow, pais operações do Cálculo: derivação e integração. O teorema tem duas partes que, embo-
tenham chegado perto de descobri-lo. ra sejam estreitamente relacionadas, serão discutidas em seções separadas, para enfatizar
CAPITULO 5 Integral 273

os papéis diferentes que desempenham. Para motivar a primeira parte do TFC, recorde da
fórmula provada no Exemplo 4 da Seção 5.2:

b l
x 2 dx =- b3
loo 3

Observe que F(x) = ½x 3 é uma antiderivada de x 2 e, como F(O) = O, essa fórmula pode
ser reescrita como

fobx2 dx = F(b) - F(O)

De acordo com o TFC, Parte I, isso não é uma coincidência - uma tal relação entre a inte-
gral definida def (x) e sua antiderivada vale em geral.

TEOREMA 1 Teorema Fundamental do Cálculo, Parte I Suponha quef (x) seja contínua em
[a, b] e seja F(x) uma antiderivada def(x) em [a, b]. Então

1b f (x) dx = F(b) - F(a)

Esse resultado nos permite calcular integrais definidas sem calcular quaisquer limites,
desde que saibamos encontrar uma antiderivada F. Ele também revela uma conexão ines-
perada entre dois conceitos que até aqui não pareciam relacionados: antiderivadas e áreas
sob curvas. Além disso, o TFC mostra que a notação f f (x) dx para a integral indefinida

é apropriada, já que a antiderivada é utilizada para calcular a integral definida.

Notação: Denotamos F(b) - F(a) por F(x) I!- Nessa notação, o TFC pode ser escrito como
rb b
la f(x)dx = F(x)l 0

Demonstração Considere uma parição arbitrária P de [a, b]:

xo = a < x, < x2 < · · · < XN =b


O primeiro passo crucial é escrever a variação F(b) - F(a) como a soma das variações de
F(x) ao longo dos subintervalos [Xi-1, xi] (Figura 1):

F(b) - F(a) = F(XN) - F(xo)

= (F(x1) - F(xo)) + (F(x2) - F(x1)) + · · · + (F(xN) - F(XN-1))

y
y = F(x)
F(b) = F(x 4)
F(x4 ) - F(x 3) = f(c;)õx4
F(x 3)
F(x 3) - F(x 2) = f(ci)õx3
F(x 2) F(b) - F(a)
F(x 2) - F(x 1) = f(ci)õx 2
F(x 1)
F(x 1) - F(x 0) = f(ct)õx 1
F(a) = F(x0 )
FIGURA 1 A variação total F(b)- F(a)
é a soma de tennos numa soma de --+---+--+--+-->---+----X

Riemann paraf
274 CÁLCULO

Nessa igualdade, F(x1) é cancelado por -F(x1) na parcela seguinte, F(x2) é cancelado
por - F (x2), etc. Em notação de somatório,
N
F(b) - F(a) = L (F(xi) - F(Xi-1)) [IJ
i=I

Nessa prova, o TVM mostra que, O segundo passo crucial é aplicar o Teorema do Valor Médio (TVM): em cada subinterva-
para qualquer partição P, existe uma lo [Xi-1, Xi], existe um ponto intermediário c7 tal que
escolha de pontos intermediários
e = {c7) tal que
F(b) - F(a) = R(f, P, C)
Uma vez sabendo isso, o TFC decorre
tomando um limite. Portanto, F(xi) - F(Xi-1) = f(c7)(x; - Xi-1) e a Equação (1) pode ser escrita
N N
F(b) - F(a) = L f(c7)(xi - Xi-1) = L f(c7) !!,.xi
i=l i= l

Isso é uma aproximação de soma de Riemann da integral


portanto
1b
a
f(x) dx com C = {c7},

F(b) - F(a) = R(f, P , C)

Como f (x) é integrável, R(f, P, C) tende a 1b f (x) dx quando a norma IIPI I tende a zero.

Por outro lado, R(f, P, C) é, de fato, igual a F(b) - F(a) pela nossa escolha de pontos in-
termediários. Isso prova o resultado que queríamos, a saber,

F(b) - F(a) = lim R(f, P, C) = {b f(x) dx


IIPll--+0 la •
Os cálculos de áreas são muito mais fáceis com a ajuda do TFC - mas somente nos
casos em que conseguirmos encontrar uma antiderivada.

... LEMBRETE A regra da potência para • EXEMPLO 1 Calcule a área sob o gráfico de:
integrais (válida para n -1 -1) afirma que
x"+ I
(a) f(x) = x 3, acima de [2, 4] (b) g(x) = x - 314 + 3x 513, acima de (1, 3]
f x"dx= - - +C
n+I Solução
(a) Como F (x) = ¼x 4 é uma antiderivada de f (x) = x 3, o TFC I dá

1 2
x 3 dx = F(4) - F(2) 1 414 = -4
= -x
4 2 4
1 4- 1 4
-2
4
= 60

20 (b) Como G(x) = 4x 114 + ~x 813 é uma antiderivada de g(x) = x - 314 + 3x 513,

J,{ 3(x- 3/4 + 3x5f3 ) dx = 9


G(x) 113 = ( 4x 1/4 + 8x8/3 ) 13t

= (4 . 31 / 4 + ~ . 38/3 ) - ( 4 . l 1/4 + ~ . l 8/3)


2 3

FIGURA 2 A área sob o gráfico de ~ 26,325 - 5,125 = 21,2


+
y = x- 314 3x 513, acima de [I , 3), é
aproximadamente 21,2. Essa é a área da região mostrada na Figura 2.

CAPITULO 5 Integral 275

y 1! 1!
• EXEMPLO 2 Esboce a região sob y = sec2 x para - :S x :S e encontre sua área.
4 4
Solução A região aparece na Figura 3. Lembre que (tgx)' = sec2 x. Portanto,

1-:: 2
sec x dx = tgxl~:14 = tg (i)- tg (-i)
-+------,H----+-++---+--X
-2 1C
4
1C
4
2
=1-(-1)=2

FIGURA 3 O gráfico de y = sec2 x. Na seção precedente, vimos que a integral definida é igual à área com sinal entre o
gráfico e o eixo x. É desnecessário dizer que o TFC "sabe" disso: quando calculamos uma
integral usando o TFC, obtemos a área com sinal. Essa é a razão principal para considerar
áreas com sinal.

2
• EXEMPLO 3 Calcule (a) lon senx dx e (b) fo n senx dx.
Solução
(a) Como (- cos x )' = sen x, a área de uma "corcova" (Figura 4) é

y
lon senxdx = -cosxl; = -cos1t- (-cosO) = -(-1)- (-1) = 2
(b) É de se esperar que a área em [O, 27!] seja nula, uma vez que a segunda corcova fica
abaixo do eixo x e, de fato,

{2n
lo 2
senx dx = -cosxl/ = (-cos(27!) - (-cosO)) = -1 - (-1) = O

FIGURA 4 A área de uma corcova é 2.
A área com sinal em [O, 2n] é nula.
ENTENDIMENTO C0NCEITUAL Qual antiderivada? Vimos no Capítulo 4 que a antiderivada
de uma função só é única a menos de uma constante aditiva. Será relevante qual antide-
rivada é utilizada no TFC? A resposta é não. Se F(x) e G(x) são, ambas, antiderivadas
def (x), então F(x) = G(x) + C para alguma constante C. Portanto,

F(b) - F(a) = (G(b) + C) - (G(a) + C) = G(b) - G(a)


A constante cancela

1b f (x) dx = F(b) - F(a) = G(b) - G(a)

Por exemplo, F (x) = ½x 3 e G (x) = ½x 3 - 9 ambas são antiderivadas de x 2• Qualquer


uma pode ser usada para calcular a integral definida:
3 13 =
f 1
3
x 2 dx = F(x)
1 3
1
3
1
-3 3 - -1 3 = -
3
26

li[ x 2 dx = G(x) 13 = ( 133- 9) - ( 1 13- 9) = 26


1 3 3 3
276 CÁLCULO

5.3 RESUMO
• O Teorema Fundamental do Cálculo, Parte I, afirma que

1b f(x) dx = F(b) - F(a)

onde F(x) é uma antiderivada de f (x). O TFC I é usado para calcular integrais definidas
nos casos em que sabemos encontrar uma antiderivada do integrando.

5.3 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Suponha quef (x) ::: O. Qual é a área sob o gráfico def (x), acima 4. As afirmações seguintes são verdadeiras ou falsas? Explique.
de [O, 2), se f (x) tiver uma antiderivada F(x) tal que F(O) = 3 e (a) O TFC I só é válido para funções positivas.
F(2) = 7?
(b) Para pode usar o TFC I, precisamos escolher a antiderivada
2. Suponha que F(x) seja uma antiderivada de f (x). Qual é a in- certa.
terpretação gráfica de F(4) - F(I) se f (x) atinge valores tanto (e) Se não conseguirmos encontrar uma antiderivada def(x), então a
positivos quanto negativos? integral definida não existe.
7 1
3. Calcule fo f(x) dx e Ji f(x) dx, supondo quef (x) tenha uma
5. Qual é o valor de h
9
J' (x) dx se f (x) for derivável e f (2) =
antiderivada! (x) com valores dados na tabela seguinte: f (9) = 4?
X o 2 7
F(x ) 3 7 9

Exercícios
Nos Exercícios 1-4, esboce a região sob o gráfico da função e encon- 15. fi\4i 312 + t 7 12)dt 16. fi\x 2 - x-2 ) dx
tre sua área usando o TFC I.

1. f(x) = x 2, [O, 1) 2. f(x) = 2x - x 2, [O, 2) 17. Íi4 -J2 dt


1 t
18. lo4../y dy
3. f(x) = senx, [O, tr/2) 4. f(x) = COSX, [O, tr/ 2)
19. Íi27
1 x l/3 dx 20. Íi4 x-4 dx
Nos Exercícios 5-34, calcule a integral usando o TFC /.

5. 1 6
xdx 6. lo
9
2dx 21. Íi9 t-1 /2 dt 8
22. 19 -dx
4 x3

7. 12 u2du
-3
8.
1
lo (x - x 2) dx 23. 1-I 1
-dx
-2 x 3
24. h4 1t2 dx

1
9. Íi3(t3 - t2) dt 10. lo (4 - 5u4) du 25.
Íi27 t + 1
1
,Jt dt 26.
fon/2
0
cos0d0

4 4 n/2
11. 1
-3
(x
2
+ 2)dx 12. lo (3x 5
+ x2 - 2x) dx 27.
1 -n/2
COSX dx 28. fo2n costdt
0

13. 1 2
-2
(1 Ox
9
+ 3x 5 ) dx 14. 1 1
-1
4 2
(5u - 6u ) du 29.
1 3n/4
n/4
sen 0d0 30. h4n senx dx
2n
CAPITULO 5 Integral 277

rrr/4 2 r 14 46. Qual é a área (um número positivo) entre o eixo x e o gráfico de
31. lo sec t dt 32. lo sec0tg0d0 f(x) em[!, 3] sef(x) for uma função negativa cuja antiderivada
F tem os valores F(l) = 7 e F(3) = 4?
rr/3 ,r/2
33.
1 n/6
cossec x cotg x dx 34.
1 rr/6
cossec2 y dy 47. Mostre que a área de um arco parabólico (a região destacada na
Figura 5) é igual a quatro terços da área do triângulo mostrado.
Nos Exercícios 35-40, escreva a integral como uma soma de integrais
sem valor absoluto e calcule seu valor. y

1
35. [
2
lx l dx 36. los 13 - xi dx
37. 1: 2
3
lx 1dx 38. fo
3
ix 2 - l ldx

FIGURA 5 O gráfico de y = (x-a)(b-x).


39. Íorr lcos x Idx 40. los lx 2
- 4x + 31 dx I
48. ~ A integral lo xn dx fica maior ou menor quando n cres-
Nos Exercícios 41-44, calcule a integral em termos das constantes. ce? Explique graficamente.

42, lª 4
x dx 49. Calcule f-2
3
f (x) dx, onde

44. !~ (t
3
+ t)dt f (x) = { x3
12 - x 2 se x .:s 2
sex > 2

45. Use o TFC I para mostrar que f I

-1
xn dx = O, se n for ímpar. 50. C,o, 5 Faça um esboço de J (x) = sen 3x - X. Encontre a raiz
positiva de J (x) com três casas decimais e use-a para encontrar a
Explique graficamente. área sob o gráfico de f (x) no primeiro quadrante.

Compreensão adicional e desafios


51. Neste exercício, vamos generalizar o resultado do Exercício 47, 52. (a) Aplique o Teorema da Comparação (Teorema 5 na Seção
provando o famoso resultado de Arquimedes: parar < s, a área 5.2) à desigualdade sen x .:S x (válida para x 2'.: 0) para provar
da região destacada na Figura 6 é igual a quatro terços da área
x2
do triângulo D.AC E, onde C é o ponto na parábola em que a reta (- - < COS X < J.
tangente é paralela à reta secante A E. 2 - -

(a) Mostre que C tem coordenada x igual a (r + s)/2. (b) Aplique o mesmo resultado para provar
(b) Mostre que ARDE tem área (s - r) 3/ 4, olhando para essa re-
x3
gião como um paralelogramo de altura s - r e base de compri- x- .:s senx .:s x (parax2'.:0).
mento CF. 6
(e) Mostre que D.AC E tem área (s - r) 3 /8, observando que tem a (e) Verifique essas desigualdades para x = 0,3.
mesma base e altura que o paralelogramo.
53. Use o método do Exercício 52 para provar que
(d) Calcule a área destacada como a área sob o gráfico menos a área
de um trapezóide e prove o resultado de Arquimedes. x2 x2 x4
l - - <
2 -
COS X < l - -
- 2
+ -24
y
x3 x3 x5
x - - < sen x < x - -
6 - - 6
+ -120 (para x 2'.: O)

Verifique essas desigualdades para x = O, 1. Por que especifica-


mos x 2'.: Opara sen x mas não para cos x?

54. Calcule o próximo par de desigualdades para sen x e cos x in-


tegrando os resultados do Exercício 53. É possível discernir o
FIGURA 6 O gráfico def(x) = (x-a)(b- x). padrão geral?
278 CALCULO

55. Suponhaquelf'(x)l .'.S Kparax E [a , b]. UseoTFCiparapro- (b) Sejaf (x) = sen (x + a) - sen x. Use a parte (a) para mostrar que
var quelf (x) - f(a)I .'.S Klx - ai para x E [a , b]. o gráfico def (x) fica entre as retas horizontais y = ±a.

56. (a) Prove que I sena - sen b 1 .'.S la - bl para quaisquer a, b (use (e) ~CG~ Obtenha um gráfico def(x) e verifique a parte (b) para
o Exercício 55). a = 0,5 e a = 0,2.

5.4 Teorema Fundamental do Cálculo, Parte 11


A Parte I do Teorema Fundamental do Cálculo mostra que podemos calcular integrais
definidas usando antiderivadas. A Parte II inverte essa relação: ela nos diz que podemos
usar a integral definida para construir antiderivadas.
Para enunciar a Parte II, introduzimos a função área (ou função área cumulativa)
associada a uma função f (x) e a um limite inferior a (Figura 1):
Na definição de A(x), usamos t como
a variável de integração para evitar
confusão com x, que é o limite superior
de integração. Na realidade, t é uma
A(x) = 1x f (t) dt = área com sinal de a até x
variável muda e pode ser trocada por
qualquer outra variável.
Essencialmente transformamos a integral definida numa função tratando o limite supe-
rior de integração como uma variável em vez de constante. Observe que A(a) = O, pois

A(a) = 1ª f (t) dt = O.

Embora A(x) esteja definida por meio de uma integral, em muitos casos podemos
encontrar uma fórmula explícita dessa função.

• EXEMPLO 1 Encontre uma fórmula para a função áreaA(x) = Áxt dt.


2

a X

FIGURA 1 A(x) é a área sob o gráfico Solução A função F(t) = ½t 3 é uma antiderivada de f (t) = t 2. Pelo TFC I (Figura 2):
de a atéx.
1 1 1
1
x
A(x) =
3
t 2 dt = F(x)-F(3) = -x 3 -
3
- ·
3
33 = -x 3 -9
3 •
y
Observe no exemplo precedente que a derivada da função área é a própria! (x):
50

A (x) = -d
1

dx
(1-X 3 -
3
9) = X2

25
O TFC II afirma que essa relação é sempre válida: a derivada da função área é igual à
função original.
2 3 4 5\ 6 7
X
TEOREMA 1 Teorema Fundamental do Cálculo, Parte li Sejaf (x) uma função contínua em
= x 2 de 3 axé
FIGURA 2 A área sob y
A(x) = ½x3 - 9. [a, b]. Então A(x) = 1x f(t) dt é uma antiderivada def (x) , ou seja, A'(x) = f(x)
ou, equivalentemente,

-d
dx
1x
a
f (t) dt = f (x)

Além disso, A(x) satisfaz a condição inicial A(a) = O.

Demonstração Para simplificar a prova, vamos supor que f (x) seja crescente (ver Exer-
cício 50 para o caso geral). Calculamos A' (x) usando a definição da derivada via limite.
CAPITULO 5 Integral 279

y Inicialmente, analisemos o numerador da razão incremental. Pela propriedade aditiva da


y = f(t) integral definida, temos

r +h r 1 x+h
Esta área é igual a
A(x + h) - A(x) = la f(t) dt - la f(t) dt = x f(t) dt
A(x + h) - A(x)
Suponha, primeiro, que h > O. Então esse numerador é igual à área da faixa estreita sob o
gráfico de x até x + h (Figura 3).
a x x +h
Essa faixa estreita fica entre dois retângulos de alturas f (x) e f (x + h) na Figura 4.
FIGURA 3 A área da faixa estreita é Como os retângulos têm base h,
igual a A(x + h) -A(x).
+ hf(x + h)
hf(x)
'-...-'
Área do retângulo menor
------
::: A(x h) -A(x) :::
Área da fai xa
'-,,.-'
Área do retângulo maior
y
y = f(t)
Agora dividimos por h para obter a razão incremental:

f (x ) ::: A(x + h~ - A(x) ::: f (x + h)

e aplicamos o Teorema do Confronto.A continuidade def(x) implica que lim f (x + h) =


h--+0
f (x) e lim f (x) = f (x ). Concluímos que
a x x +h h--+0

FIGURA 4 A faixa estreita destacada lim A(x + h) - A(x ) = f (x ) [IJ


fica entre os retângulos de alturas! (x) h--+0+ h
ef(x + h).
Se h < O, então x + h fica à esquerda de x. Nesse caso, a faixa estreita na Figura 5 tem
área A(x) -A(x + h) e uma comparação com os retângulos fornece

y -hf(x + h) ::: A(x) -A(x + h) ::: -hf(x)


y = f(t)
Dividindo por -h (que é positivo), obtemos
A(x + h) - A(x)
A(x) - A(x + h)
f (x + h) ::: h ::: f (x)
e, novamente, pelo Teorema do Confronto, resulta
a x +h x . A(x + h) - A(x)
hm - - - - - = f (x)
FIGURA 5 Aqui, h < Oe a área da h--+0- h
faixa estreita é A(x) -A(x + h).
As Equações (1 ) e (2) mostram que existe A' (x) e que A'(x) = f (x). •
ENTENDIMENTO CDNCEITUAL O TFC II pode parecer menos útil do que o TFC I porque não
nos ajuda a calcular integrais diretamente. Contudo, o TFC II responde essa pergunta bá-
sica: terá qualquer função contínuaf (x) uma antiderivada? Pelo TFC II, a resposta é sim,
porque podemos exibir uma antiderivada, a saber, 1 x f (t) dt. Por exemplo, ainda não
temos uma antiderivada explicita para 1/x, mas podemos usar o TFC II para escrever

y . .
Antidenvada de -
1
= f x-1 dt
y = sen x2 X l t
Essa antiderivada, denominada logaritmo natural, será estudada no Capítulo 7. Embora
a maioria das funções elementares seja definida por fórmulas ou geometricamente (as
funções trigonométricas), muitas funções importantes e novas são definidas por integrais.
Podemos traçar o gráfico dessas funções e calcular numericamente seus valores usando
algum sistema algébrico computacional. A Figura 7 mostra um gráfico gerado por com-
putador da antiderivada de f (x) = sen(x 2), obtida como uma função área (Figura 6).
FIGURA6 O gráficodef(x) = sen(x 2).
280 CÁLCULO

y • EXEMPLO 2 Expressando uma antiderivada como uma integral Não há fórmula elemen-
tar para uma antiderivada de f (x) = sen(x 2 ). Expresse a antiderivada F(x) satisfazendo
F ( -,fie) = Ocomo uma integral.

Solução De acordo com o TFC II, a função área com limite inferior a = -,fie é uma
--./ii antiderivada satisfazendo F ( -,fie) = O:
FIGURA 7 O gráfico de

F(x) x sen(t 2) dt gerado por


=j
F(x) = lx -,li
sen(t2) dt

-,li
computador.
• EXEMPLO 3 Derivando uma integral Encontre a derivada de

A(x)= lix ~dt

e calcule A' (2), A' (3) e A(2).

Solução Pelo TFC II, A' (x) = .J°i+x'3. Em particular,


A' (2) = ~ = 3 e A' (3) = v'1+33 = v'28
Por outro lado, A(2) = fi ~
2
dt = O.

ENTENDIMENTO C0NCEITUAL O TFC mostra que a integração e a derivação são operações
inversas. Pelo TFC II, se começarmos com uma função contínua! (x) e formarmos a

integral 1x f (x) dx, então obteremos de volta a função original! (x) por derivação:

f (x)
Integração
--+
1x Derivar d
f (t) dt --+ - f (t) dt
1x = f (x)
a dx a

Por outro lado, pelo TFC I, se primeiro derivarmosf(x) e depois integrarmos, também
voltamos a obterf (x) [mas só a menos de uma constante f (a)]:
Derivar Integração { x
f(x) --+ J'(x) --+ Ía f'(t)dt = f(x) - f(a)

Quando o limite superior da integral é umafimção de x em vez do próprio x, usamos


a TFC II junto com a regra da cadeia para derivar a integral.

• EXEMPLO 4 Combinando o TFC com a regra da cadeia Encontre a derivada de


2

G(x) = jx -2
sentdt.

Solução O TFC II não pode ser aplicado diretamente porque o limite superior é x 2 em vez
de x . É necessário reconhecer quef (x) é umafanção composta. Para ver isso claramente,
defina a função área usual A (x) = jxsen t
-2
dt Então

x2

G(x ) = A(x 2) =
1-2
sentdt
CAPITULO 5 Integral 281

y O TFC II nos diz que A' (x) = sen x, portanto, pela regra da cadeia,
G' (x) = A' (x 2 ) · (x 2 )' = sen(x 2) · (2x) = 2x sen(x 2)
Y =f(x)
Alternativamente, podemos denotar u = x 2 e usar a regra da cadeia como segue:

-dG = -d
dx dx
1x
-2
2

sentdt = ( -d
du
lu -2
)
sentdt -du
dx
= (senu)2x = 2x sen(x 2) •
FIGURA 8 A variação na área ti.A para
um dado ti.x é maior quando f (x) for ENTENDIMENTO GRÃFICO O TFC II alega que A' (x) = f (x ), o que significa que f (x) é a
grande. taxa segundo a qual A(x) cresce ou decresce. As Figuras 8 e 9 fornecem "evidência"
para essa afirmação. Em primeiro lugar, a Figura 8 mostra que para uma variação Llx
dada, o aumento na área é maior em x2 [onde/(x) é maior] do que em xi. Assim, o
tamanho def(x), de fato, determina quão rapidamente variaA(x).
Em segundo lugar, a Figura 9 mostra que o sinal de f (x) determina o compor-
tamento crescente/decrescente de A(x). De fato, A(x) é crescente quando f (x) > O,
porque quando x se move para a direita é acrescentada área positiva. Quando f (x) fica
negativa, A(x) começa a decrescer porque começamos a acrescentar área negativa. Em
y
particular, A(x) tem um máximo local nos pontos em que f (x) troca de sinal de + para
A área é -, de acordo com o teste da derivada primeira. Analogamente, quando f (x) troca de
crescente aqui sinal de-para+, A(x) alcança um mínimo local. Assim,/(x) se "comporta" como a
/ derivada de A(x), conforme afirma o TFC II.

/: :" ' X
A(x) tem
max local
·,
1. ~~:\: 1 5.4 RESUMO
y
A(x) A(x) A(x)
• Afanção área com limite inferior a é A(x) = 1x f (t) dt e satisfaz A(a) = O.
crescente decrescente crescente
• O TFC II afirma que A'(x) = f (x) ou, equivalentemente, -d
dx a
f(t) dt = f(x). 1x
• O TFC II mostra que toda função contínua tem uma antiderivada, a saber, a função área
associada (com qualquer cota inferior).
{ g(x )
• Para derivar uma função da forma G(x) = la f (t) dt, escreva-a como uma compo-
~----------X

FIGURA 9 O sinal def(x) determina o


sição G(x) = A(g(x)), onde A(x ) = 1x f (t) ~t. Depois use a regra da cadeia:

comportamento crescente/decrescente
deA(x). G' (x) = A'(g(x))g'(x) = f( g(x))g'(x)

5.4 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. O que éA(-2) se A(x) = lx
-2
f (t) dt? 3. Qual das seguintes define uma antiderivada F(x) de f (x) = x 2
satisfazendo F(x) = O?

2. SejaG(x) = LxJr3+'J dt. (a) hx 2t dt (b) fo


2
t 2 dt (e) hx t2 d t

(a) Precisamos do TFC para calcular G(4)?


4. Verdadeira ou falsa? Algumas funções contínuas não possuem
(b) Precisamos do TFC para calcular G' (4)? antiderivadas. Explique.
282 CALCULO

3 (e) G(x) é complicada demais para ser derivada.


5. Seja G(x) = 1 x sen t dt. Qual das afirmações seguintes está
(d) Para derivar G(x) usamos a regra do produto.
correta?
(e) Para derivar G(x) usamos a regra da cadeia.
(a) G(x) é a função composta sen(x 3).
(f) G'(x) = 3x2 sen(x 3 ).
(b) G(x) é a função composta A(x 3 ), onde

A(x) = 1 x sen(t) dt.


6. Encontre a derivada de fi 3
t 3 dt em x = 2. Sugestão: atenção!

Exercícios
1. Escreva a função área def (x) = 2x + 4 com limite inferior a= -2 19. .!!:__ r x (t 3 - t) d t 20. .!!:__ r x sen(t 2 ) dt
como uma integral e encontre uma fórmula para essa função. dx lo dx 11
2. Encontre uma fórmula para a função área def (x) = 2x + 4 com 21. !!:_
dt 1100
t cos 5x dx 22, !!___
ds - 2
JStg (1-1
- )
+ u2
dU
limite inferior a = O.
23. Esboce o gráfico de A(x) = Íox f (t) dt para cada uma das fun-
3. Seja G(x) = fi\t2 - 2) dt.
ções mostradas na figura 10.
(a) Quem é G(l)?
y y
(b) Use o TFC II para encontrar G' ( 1) e G' (2).
(e) Encontre uma fórmula para G(x) e use-a para conferir as respos- 2 - - -···············;······ ········;···············i 2+············i·············= ············;·············· i
tas em (a) e (b). !+·············, _-................,............... , 1
Ü +---+--+----- X Ü ----+--+---"""'+- X
4. EncontreF(O) , F'(O)eF1 (3),ondeF(x) = fo x ~ dt. 2 3 4
-1 ······· ·~ ·-··· ··· - l +·············i················;···············;··············i

5. EncontreG(l),G'(O)eG' (n/4),ondeG(x) = fi x tgtdt. (A) (B)


FIGURA 10
1
6. EncontreH(-2)eH (-2),ondeH(x)=fx - d u .
- 2 u2 + 1 24. Seja A(x) = fo x f(t) dt para a funçãof(x) mostrada na Figura
Nos Exercícios 7-14, encontre fórmulas para as funções representa- 11. Calcule A(2), A(3), A' (2) e A' (3). Em seguida, encontre uma
das pelas integrais. fórmula para A(x) (na realidade, duas fórmulas, uma para O:S x :S 2
e outra para 2 :S x :S 4) e esboce o gráfico de A(x).
7. fzx u 3 du 8. Íox senudu
y
2
4+···························,····························~
9. Íi x t dt 10. fz x (t 2 - t) dt
3-t-············- ········y······i·· ··········:;,C···· ········i

11. i 5
(4t - l )dt 12. 1 x cos u du
rr:/4
2 - - - -~.

'---+----+---+---+-- X

13. f x sec 2 0d0


r,ji
14. 12
3
t dt
1
FIGURA 11
2 3 4

-rr:/4
25. Faça um esboço aproximado do gráfico da função área da função
Nos Exercícios 15-18, expresse a antiderivada F(x) de f (x) satisfa-
g(x) mostrada na Figura 12.
zendo a condição inicial dada como uma integral.

15. f(x) = Jx 4 + 1, F(3) =O y

x +I
16. f (x) = - 2- , F(7) =O
X +9
17. f(x) = secx, F(O) = O

18. f(x) = sen(x 3), F(-n) = O

Nos Exercícios 19-22, calcule a derivada. FIGURA 12


CAPITULO 5 Integral 283

40. Encontre o menor ponto crítico positivo de


26. Mostre que fox ltl dt é igual a ½xixi. Sugestão: considere x ::: O

ex :'.S Oseparadamente. F(x) = fox cos(t 312) dt


3
27. EncontreG 1 (x),ondeG(x) = hx tgtdt.
e determine se é um min ou max local.
2
28. EncontreG'(l),ondeG(x) = fox /í3+3dt. Nos Exercícios 41-42, seja A(x) = ix f (t) dt, ondef(x) é contínua.

Nos Exercícios 29-36, calcule a derivada.


($]
29. -d
dx o
lx
2
sen2 tdt 30. -
d
dx
fl/x
1
sen(t 2) dt
41. Função área e concavidade Explique por que as afir-
mações seguintes são verdadeiras. Suponhaf (x) derivável.

(a) Se c for um ponto de inflexão de A(x), então f' (c) = O.

31. -
d 1coss (u 4
- 3u)du 32. -d 1º sen2 tdt (b) A(x) é côncava para cima sef (x) for crescente.
ds -6 dx X

4
(c) A(x) é côncava para baixo sef(x) for decrescente.
33. -d 1º sen 2 tdt 34. -d 1x ,/idt
dx x3 dx x2 42. Combine a propriedade de A(x) com a propriedade correspon-
dente do gráfico def(x). Suponhaf(x) derivável.
Sugestão para o Exercício 34: F(x) = A(x4 ) - A(x 2 ), onde
Função área A(x)
A(x) = fox ,/idt (a) A(x) é decrescente.
(b) A(x) tem algum máximo local.
35. -d Jx 2
tgtdt 36. -
d 13u+9 Jx 2 + 1dx (c) A(x) é côncava para cima.
dx Jx du -u
(d) A(x) passa de côncava para cima para côncava para baixo.
NosExercícios37-38,sejamA(x) = foxf(t)dteB(x) = lixf(t)dt, Gráfico def(x)
comf(x) como na Figura 13.
(i) Fica abaixo do eixo x.
(ii) Cruza o eixo x de positivo para negativo.
y
2 (iii) Tem algum máximo local.
1 (iv) f (x) é crescente.
o X
6
-1 43. Seja A(x) = foxf (t) dt, comf(x) como na Figura 15. Determine:
-2
FIGURA 13 (a) Os intervalos em que A(x) é crescente ou decrescente.
(b) Os valores x em que A(x) tem um minou max local.
37. Encontre o mine o max de A(x) em [O, 6].
(c) Os pontos de inflexão de A(x).
38. Encontre fórmulas para A(x) e B(x) que sejam válidas em [2, 4]. (d) Os intervalos em que A(x) é côncava para cima ou para baixo.

39. Seja A(x) = fox f (t)dt, comf (x) como na Figura 14.
y

(a) TeráA(x) um máximo local em P?


(b) Onde é que A(x) tem um mínimo local?
(c) Onde é queA(x) tem um máximo local?
(d) Verdadeira ou falsa? A(x) < O, para todo x no intervalo mostrado.

y
FIGURA 15

44. Sejamf(x)=x2 -5x-6eF(x)= foxf(t)dt.


(a) Encontre os pontos críticos de F(x) e determine se são mínimos
ou máximos locais.
(b) Encontre os pontos de inflexão de F(x) e determine se a concavi-
FIGURA 14 O gráfico def(x). dade troca de cima para baixo ou vice-versa.
284 CÁLCULO

(e) ICG~ Esbocef (x) e F(x) no mesmo par de eixos e confirme as (b) Justifique graficamente que F(x) tem precisamente um zero no
respostas em (a) e (b). intervalo [n, 2n].
(e) F(x) tem quantos zeros no intervalo [O, 3n]?
45. Esboce o gráfico de uma função crescente f (x) tal que ambas
(d) Encontre os pontos de inflexão de F(x) em[0, 3n]e, para cada um,
f'(x)eA(x) = fox f(t)dtsejamdecrescentes. decida se a concavidade muda de cima para baixo ou vice-versa.

46. ~ A Figura 16 mostra o gráfico de f (x) = x sen x. Seja 47. ICG~ Encontre o menor ponto de inflexão positivo de
F(x) = Í x tsentdt. rx
lo
0 F(x) = lo cos(t 312 )dt
y
Use um gráfico de y = cos(x 312) para determinar se a concavidade
8
muda de cima para baixo ou vice-versa nesse ponto de inflexão.
4
48. Determinef(x), supondo que fox f (t) dt seja igual a x 2 + x.
o X
3ir 3n
-4 2
49. Determine a função g(x) e todos os valores de c tais que
FIGURA 16 0 gráfico de y = x sen x.

(a) Encontre os máximos locais e absolutos de F(x) em [O, 3n].


1x g(t) dt =x 2 +x - 6

Compreensão adicional e desafios


50. Demonstração do TFC II Na demonstração do texto, supomos
quef(x) fosse crescente. Para provar esse resultado para qualquer 51. Demonstração do TFC I O TFC I afirma que 1b f(t)dt =
função contínua, sejam m(h) e M(h) os valores mínimo e máximo F(b) - F(a) se F'(x) = f (x). Suponha conhecido o TFC II e dê
def(x) em [x, x + h] (Figura 17). A continuidade def(x) implica
que lim m(h) = lim M(h) = f (x). Mostre que, para h > O, uma nova prova do TFC I, como segue. Seja A(x) = 1x f(t) dt.
h--+0 h--+0

hm(h) _:s A(x + h) - A(x) _:s hM(h) (a) Mostre que F(x) = A(x) + C para alguma constante.
Para h < O, as desigualdades são invertidas. Prove que A' (x) = (b) Mostre que F(b) - F(a) = A(b) - A(a) = 1b f (t) dt.
f(x).
52. Toda antiderivada pode ser expressa como uma inte-
y
gral? A função área 1x f(t)dt é uma antiderivada def (x)

para cada valor de a. Contudo, nem todas antiderivadas são


obtidas dessa maneira. A antiderivada geral de f (x) = x é
F(x) = ½x2 + C. Mostre que F(x) é uma função área se C ~ O,
mas não se C > O.

a x x+h
FIGURA 17 Interpretação gráfica de A(x + h) -A(x).
53. Encontre os valores a _:s b para os quais
valor mínimo.
1ba
(x 2 - 9) dx tenha

5.5 Variação líquida etotal como integral de uma taxa


Até aqui estivemos interpretando a integral como uma área. Nesta seção, estudamos a
integral como uma ferramenta para calcular variação líquida e total.
Considere o seguinte problema: um balde vazio está sendo enchido d'água a uma
taxa de r(t) litros por segundo. Quanta água tem no balde depois de 4 s? Isso seria fácil de
responder se a taxa do fluxo d'água fosse constante, digamos, 0,3 1/s. Teríamos

Quantidade total no balde= taxa do fluxo x intervalo de tempo= (0,3)4 = 1,21


CAPITULO 5 Integral 285

1/s Suponha, contudo, que a taxa do fluxo r(t) varie como na Figura 1. Então a quantidade de

0,31 /\r(t) água é igual à área sob o gráfico de r(t). Para provar isso, seja s(t) a quantidade de água
no balde no instante t. Então s' (t) = r(t), pois s' (t) é a taxa segundo a qual está variando a

:::--LS'._, ,(,) 2 3 4
quantidade de água e s(O) = Oporque, no início, o balde está vazio. Pelo TFC I,
4
fo s' (t) dt = s(4) - s(O) = s(4)
--,-,
FIGURA 1 A quantidade de água no
'-,.-' Água no balde
balde é igual à área sob o gráfico da Área sob o gráfico da cmr=4
taxa do fluxo r(t). taxa do fluxo

Mais geralmente, dizemos que a quantidades (t2) - s (t1) é a variação líquida de s(t)
no intervalo [t1, ti]. O TFC I fornece o resultado seguinte.

No Teorema 1, a variável t não TEOREMA 1 Variação líquida como a integral de uma taxa A variação líquida de s(t) no
1necessariamente representa o tempo. intervalo [t1, t2] é dada pela integral
12

11,
'-,.-'
s'(t) dt s(t2) - s(t1)
'-,.-'
Variação total em [11 ,12)
Integral da taxa de variação

• EXEMPLO 1 Às 7 horas da manhã começa um vazamento num tanque a uma taxa


de 2 + 0,25t litros/hora (t é o número de horas depois das 7 da manhã). Quanta água é
perdida entre as 9 e as 11 horas da manhã?
Solução Seja s(t) a quantidade de água no tanque no instante t. Então s(t) é decrescente e,
portanto, s' (t) = -(2 + 0,25t). Como as 9 horas correspondem a t = 2, a variação líquida
de s(t) entre as 9 e as 11 é

s(4)-s(2) = 1 4
s'(t)dt =- fi\2+0,25t)dt

=- (2t + lt
2
) 1: = -(10 - 4,5) = -5,5 1

Assim, a quantidade de água perdida entre as 9 e as 11 horas é 5,5 l.



No próximo exemplo, estimamos uma integral usando dados numéricos. Calculamos
ambas aproximações pela esquerda e direita e tomamos sua média. Essa média, que geral-
mente é mais precisa do que qualquer uma dessas aproximações, é denominada aproxi-
mação trapezoidal e será estudada no Capítulo 8.

• EXEMPLO 2 Fluxo de tráfego O número de carros por hora passando um ponto de obser-
vação numa rodovia é denominado taxa do fluxo do tráfego q(t) (em carros por hora).
/2
(a) Qual quantidade é representada pela integral
1 1,
q(t) dt?

(b) A taxa do fluxo é registrada a intervalos de 15 minutos entre 7 e 9 horas da manhã.


Dê uma estimativa do número de carros usando a rodovia durante esse período de 2 horas,
tomando a média das aproximações pela esquerda e pela direita.

t 7:00 7:15 7:30 7:45 8:00 8:15 8:30 8:45 9:00


q(t) 1.044 1.297 1.478 1.844 1.451 1.378 1.155 802 542
286 CÁLCULO

Solução
(a) A integral representa o número total de carros que passou pelo ponto de observação
durante o intervalo de tempo [t1 , ti].
(b) Os valores dados estão espaçados em intervalos de !1t = 0,25 hora. Assim,

LN= 0,25( 1.044 + 1.297 + I.478 + I.844 + I.451 + I.378 + 1.155 + 802)
~ 2.612

No Exemplo 2, L N é a soma dos RN = 0,25( 1.297 + 1.478 + I.844 + I.451 + I.378 + 1.155 + 802 + 542)
valores de q(t) nas extremidades
esquerdas ~ 2.487
7:00, 7: 15, ... , 8:45
Estimamos o número de carros que passam pelo ponto de observação entre 7 e 9 da manhã
e RN é a soma dos valores de q(t) nas tomando a média de RN e LN:
extremidades direitas
1 1
2(RN + LN) = 2(2. 612 + 2.487) ~ 2.550 carros passaram entre 7 e 9 da manhã. •
7: 15 , ... , 8:45, 9:00

Aintegral da velocidade
No começo deste capítulo, afirmamos que a área sob o gráfico da velocidade é igual à
distância percorrida. Agora podemos verificar essa afirmação, entendendo que se a velo-
cidade não for positiva, então a integral calcula a variação líquida da posição ou o deslo-
camento. De fato, se f (x) for a posição no instante t, então v(t) = s' (t) é a velocidade e

1 1,
12
v(t) dt = 1
1,
12
s' (t) dt = s(t2) - s(ti)
'-,-'
Deslocamento, ou variação líquida da posição

Para calcular a real distância percorrida em vez do deslocamento, devemos integrar o


valor absoluto da velocidade, que é a velocidade escalar lv(t)I.

TEOREMA 2 Integral da velocidade Se um objeto em movimento retilíneo tem veloci-


dade v(t), então

12
Deslocamento durante [t1 , t2] =
11,
v(t) dt

12
Distância total percorrida durante [t1 , t2] =
1,, lv(t) 1 dt

v(t) m/s
15
• EXEMPLO 3 A velocidade de uma partícula é v(t) = t3 - l0t 2 + 24t m/s (Figura 2).
10
Calcule
5 (a) o deslocamento durante [O, 4], [4, 6] e [O, 6];
o+----+--+----+-----+--,_ t (s) (b) a distância total percorrida durante [O, 6].
2
-5 Indique a trajetória da partícula com um diagrama do movimento.

FIGURA 2 O gráfico de Solução Primeiro calculamos uma integral indefinida:


v(t) = t 3 - lüt2 + 24t. Acima de
1 10
[4, 6], a curva pontilhada é o gráfico
de lv(t)I.
f v(t) dt = f 3
(t - l0t
2
+ 24t) dt = 4t 4 - 3t 3 + 12t 2 + e
CAPITULO 5 Integral 287

(a) O deslocamento durante os intervalos dados são:

4
[O, 4]:
1 o
4 v(t) dt = ( 1 4- -
-t
4
10t3 + 12t2 )
3
1

0
6
2m
= 42-
3

t=6
_ _ _ _ _ _ _::}___, 1=4
[4, 6]:
1 4
6 v(t) dt = ( -t
1 4-
4
10t3 + 12t2 )
-
3
1

4
6
= -6-2 m
3

lo[6 v(t) dt = (14t 4 - 310 t 3 + 12t2)1 =


t=O
1 - - - - - - - - + - - - + - - Distância [O, 6]: 36 m
o 36 128 0
3

FIGURA 3 A trajetória da partícula ao A Figura 3 é um diagrama do movimento indicando a trajetória da partícula. Ela percorre
longo de uma linha reta. 42~ m durante os primeiros 4 s e daí retoma 6~ m durante os próximos 2 s.
(b) Para integrar lv(t)I, usamos a Figura 2, que mostra que v(t) é negativa em [4, 6]. Em-
bora o deslocamento durante [O, 6] seja de 36 m, a distância total percorrida é

1
o
6
lv(t)I dt = 1 o
4
v(t) dt - 16 4
v(t) dt = 42- -23 (-6-2)3 1
= 49- m
3 •
Custo total e custo marginal
Muitas vezes os economistas e administradores estudam como o custo de manufaturar
um produto varia com o número de unidades produzidas. A função custo C(x) é defi-
nida como o custo de produzir x unidades de um bem e o custo marginal é a derivada
C' (x ). Então temos

Custo de aumentar a produção de a para b = 1b C' (x) dx

• EXEMPLO 4 A custo marginal de produzir x microprocessadores (em milhares) é


C' (x) = 150x 2 - 3.000x + 17.500 (dólares por milhar).
(a) Encontre o custo de aumentar a produção de 10.000 para 15.000.
(b) Determine o custo total de produzir 15.000 microprocessadores, supondo que C(0) =
35.000 (em outras palavras, esse é o custo de montar a fábrica).
Solução
(a) O custo de aumentar a produção de 10.000 (x = 10) para 15.000 (x = 15) é
15
C(l5) - C(l0) =
f10
(150x 2 - 3.000x + 17.500) dx

15
= (50x 3 - l.500x 2 + 17.500x)
110

= 93.750 - 75.000 = 18.750 dólares

(b) Temos

15
C(l5) - C(0) = lo (150x 2 - 3.000x + 17.500) dx
15
= (50x 3 - l.500x 2 + 17.500x)
10

= 93.750 dólares
288 CÁLCULO

Esse é o aumento no custo para passar de Opara 15.000 microprocessadores. Como o cus-
to inicial foi de C(O) = 35.000, o custo total de produzir 15.000 microprocessadores é

C(15) = C(O) + 93. 750 = 35.000 + 93. 750 = 128.750 dólares •

5.5 RESUMO
• Muitas aplicações são baseadas no princípio seguinte: a integral da taxa de variação é
a variação líquida, ou seja,

12

Variação líquida durante [11 ,12)


=
1
1,
s'(t) dt

• Para um objeto em movimento retilíneo com velocidade v(t),


/2
Deslocamento durante [t1 , t2] =
1 1,
12
v(t) dt

Distância total percorrida durante [t1, t2] =


1 1,
lv(t) 1 dt

• Se C(x) for o custo de produzir x unidades de um bem, então C' (x) é o custo marginal e

Custo de aumentar a produção de a para b = 1b C' (x) dx

5.5 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Um avião faz o trajeto de 350 milhas de Los Angeles a San Fran- (a) A velocidade de um trem.
cisco em I hora. Supondo que a velocidade do avião no instante (b) A precipitação durante um período de 6 meses.
I
t seja v(t) mi/h, qual é o valor da integral lo v(t) dt? (e) A quilometragem por litro de um carro.
(d) O aumento da população de Los Angeles de 1970 a 1990.
2. Um objeto de metal é submerso na água fria. A taxa de resfriamen-
to do objeto (em graus por minuto) é uma funçãof(t) do tempo. 4. Dois aviões decolam em t = Odo mesmo lugar e na mesma di-
reção. Suas velocidades são v1(t) e v2(t), respectivamente. Qual
Qual quantidade é representada pela integral ÍoT f (t) dt? é a interpretação física da área entre os gráficos de v1(t) e v2 (t),
acima do intervalo [O, T]?
3. Quais das quantidades seguintes seriam representadas natural-
mente como derivadas e quais como integrais?

Exercícios
1. Um reservatório vazio está sendo enchido d'água a uma taxa de 3. Umapopulaçãodeinsetoscresceaumataxade200 + lOt + 0,25t2
3.000 + 5t 1/h. Qual é a quantidade de água no reservatório de- insetos por dia. Encontre a população de insetos depois de 3 dias,
pois de 5 horas? supondo que existam 35 insetos em t = O.

2. Encontre o deslocamento de uma partícula em movimento re- 4. Uma pesquisa mostra que uma candidata à prefeitura está ga-
tilíneo com velocidade v(t) = 4t - 3 m/s durante o intervalo de nhando votos a uma taxa de 2.000t + 1.000 votos por dia, onde
tempo [2, 5]. t é o número de dias desde que ela anunciou sua candidatura.
Quantos eleitores ela terá depois de 60 dias, supondo que ela não
tinha eleitores em t = O?
CAPITULO 5 Integral 289

S. Uma fábrica produz bicicletas a uma taxa de 95 + 0,lt 2 - t bi- 19. Imposto do carbono Para estimular os fabricantes a reduzirem
cicletas por semana (t em semanas). Quantas bicicletas foram a poluição, foi proposto um imposto do carbono para cada tone-
produzidas do dia 8 ao dia 21? lada de CO2 liberada na atmosfera. Para modelar os efeitos de um
tal imposto, os técnicos estudam o custo marginal da redução
6. Encontre o deslocamento durante o intervalo de tempo [ l, B(x), definido como o custo de aumentar a redução de CO2 de
6] de um helicóptero cuja velocidade (vertical) no instante t é x para x + l toneladas (em unidades de dez mil toneladas; ver
v(t) = 0,02t 2 + t mls. 3
Figura 4). Qual é a quantidade representada por B(t) dt? fo
7. Um gato cai de uma árvore em t = O (com velocidade inicial
nula). Que distância cai o gato entre t = 0,5 e t = l s? Use a fór- y
mula de Galileu v(t) = -32 pés/s. 100
e
8. Um projétil é lançado com velocidade inicial (vertical) de 100 ~ 75
V,

m/s. Use a fórmula v(t) = 100- 9,8 t da velocidade para determi- ~ 50


:(5
nar a distância percorrida durante os primeiros 15 s. o 25

Nos Exercícios 9-12, suponha que uma partícula esteja em movimen-


2 3
to retilíneo com velocidade dada. Encontre o deslocamento total e a
Toneladas reduzidas (em dezenas de milhares)
distância total percorrida pela partícula durante o intervalo de tempo
dado e esboce um diagrama do movimento como na Figura 3 (identi- FIGURA 4 O custo marginal da redução B(x).
ficando distância e tempo).
20. Potência é a taxa de consumo (ou geração) de energia por uni-
9. 12 - 4t pés/s, [O, 5] 10. 32 - 2t 2 pés/s, [O, 6] dade de tempo. Um megawatt de potência é 106 W ou 3,6 x 109
J/hora. A Figura 5 mostra o fornecimento de potência pela rede
11. t - 2 - l m/s, [0,5; 2] 12. cost m/ s, [0,4n] elétrica da Califórnia durante um período de um dia típico. Qual
é a quantidade representada pela área sob o gráfico?
13. A taxa (em litros por minuto) segundo a qual a água escoa de um
tanque é registrada em intervalos de meio minuto. Use a média das Megawatts
aproximações pela esquerda e direita para obter uma estimativa da 40.000
quantidade total de água escoada durante os primeiros 3 minutos.

20.000
t (min) O 0,5 1,5 2 2,5 3
1/min 50 48 46 44 42 40 38
2 4 6 8 IO 12 14 16 18 20 22 24
Tempo (horas)
14. A velocidade de um carro (em pés por segundo) é registrada em
intervalos de meio minuto. Use a média das aproximações pela FIGURA 5 O fornecimento de potência durante um dia na Califórnia.
esquerda e direita para obter uma estimativa da distância total
percorrida durante os primeiros 4 minutos.
21. ~ A Figura 6 mostra a taxa de migração M(t) da Irlanda duran-
te o período 1988-1998, ou seja, o número de pessoas (em milhares
por ano) que emigraram da Irlanda ou imigraram para a Irlanda.
t o 0,5 l 1,5 2 2,5 3 3,5 4 l991

v(t) o 12 20 29 38 44 32 35 30
(a) O que representa
i
1988
M(t) dt?

(b) A migração durante o período de 11 anos, de 1988 a 198, resul-


15. Seja a(t) a aceleração no instante t de um objeto em movimento tou numa imigração ou emigração líquida de pessoas da Irlanda?

retilíneo. Explique por que f


ti
2
1 a(t) dt é a variação líquida da
Baseie sua resposta numa estimativa grosseira das áreas positivas
e negativas envolvidas.
velocidade durante [t1, tz]. Encontre a variação líquida na veloci- (e) Durante qual ano o primeiro ministro irlandês poderia ter anun-
dade durante [l, 6] se a(t) = 24t - 3t2 m/s2. ciado "Nós ainda estamos perdendo população, mas chegamos
ao ponto de inflexão e a tendência agora está melhorando"?
16. Mostre que se a aceleração a for constante, então a variação da ve-
locidade é proporcional ao comprimento do intervalo de tempo. M(t)
30
17. O fluxo de tráfego num certo ponto de uma rodovia é q(t) = 20
3.000 + 2.000t - 300t 2, onde t está em horas e t = O corres- 10
ponde a 8 horas da manhã. Quantos carros passam pelo ponto o
-10 1988 1998 2000
durante o intervalo de tempo das 8 às 10 da manhã?
- 20
18. Suponha que o custo marginal de produzir x gravadores de CDs -30
-40
seja 0,00lx 2 - 0,6x + 350 dólares. Qual é o custo de produzir
-50
300 unidades? Se a produção for de 300 unidades, qual é o custo
de produzir 20 unidades adicionais? FIGURA 6 Taxa de migração irlandesa (em milhares por ano).
290 CÁLCULO

22. A Figura 7 mostra o gráfico de Q(t), a taxa de vendas de cami- fanerozóico. Assim, t = 544 se refere ao tempo presente, t = 540 é 4
nhões no varejo nos EUA (em milhares vendidos por ano). milhões de anos atrás, etc.
-----------------------
(a) O que representa a área sob o gráfico, acima do intervalo [1995,
24. Use RN ou LN com N = 10 (ou a média dessas aproximações)
1997]?
para estimar o número total de famflias que se extinguiram nos
(b) Expresse o número total de caminhões vendidos no período períodos 100::: t::: 150 e 350::: t::: 400.
1994-1997 como uma integral (mas não a calcule).
25. [ ,9 S Dê uma estimativa do número total de farru1ias extintas
(c) Use os dados fornecidos a seguir para calcular a média das apro-
ximações pela direita e esquerda como uma estimativa do núme- de t = Oaté o presente, usando M N com N = 544.
ro total de caminhões vendidos durante o biênio 1995-1996.
26. ($J O débito cardíaco é a taxa R do volume de sangue bom-
beado pelo coração por unidade de tempo (em litros por minu-
Q(t) to). Os médicos medem R injetando A mg de corante numa veia
8.000
próximo do coração no instante t = Oe registrando em intervalos
6.000 de tempo curtos a concentração c(t) de corante (em mg por litro)
bombeado para fora (Figura 8).
4.000
Medira
concentração
0+---+---+---+----+----+-------1 Injetar o aqui

"'-
c(t) (mg/1)
1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 corante aqui
/ (r
Ano (trim.) Q(t) li Ano (trim.) Q(t) ;::
sangüíneo
~
1995(1) 6.484 1996(1) 7.216
1995(2) 6.255 1996(2) 6.850
1995(3) 6.424 1996(3) 7.322
FIGURA 8
1995(4) 6.818 1996(4) 7.537
(a) A quantidade de corante bombeada para fora num intervalo de
FIGURA 7 Taxa de vendas trimestrais de caminhões no varejo nos
tempo [t, t + f>t] pequeno é aproximadamente Rc(t)fit. Expli-
EUA (em milhares por ano). que porquê.

23. Capacidade calorífica A capacidade calorífica C(T) de uma (b) Mostre que A = R for c(t) dt, onde Té suficientemente grande
substância é a quantidade de energia (emjoules) necessária para
elevar a temperatura de 1 g à temperatura T por 1ºC. para garantir que todo corante tenha sido bombeado pelo coração
(a) Explique por que a energia necessária para elevar a temperatura mas não tão grande que o corante retorne por recirculação.
de T1 para T2 é a área sob o gráfico de C(T), acima de [T1 , T2]. (c) Use os dados seguintes para dar uma estimativa de R, supondo
(b) Quanta energia é necessária para elevar a temperatura de 50 a que A =5 mg.
I00ºC se C(T) = 6 + 0,2.Jf?

Nos Exercícios 24 e 25, considere o problema seguinte. Os paleo- t (s) o 1 2 3 4 5


biólogos têm estudado a extinção de famílias de animais marinhos c(t) o 0,4 2,8 6,5 9,8 8,9
durante o período fanerozóico, que começou há 544 milhões de anos.
Um estudo recente sugere que a taxa de extinção r(t) possa ser mo- t (s) 6 7 8 9 10
delada pela função r(t) = 3.130/(t + 262), para O::: t ::: 544. Aqui t é
c(t) 6,1 4 2,3 1,1 o
o tempo decorrido (em milhões de anos) desde o começo do período

Compreensão adicional e desafios


=
27. Uma partícula localizada na origem em t O move-se ao longo 28. Uma partícula localizada na origem em t = O move-se ao lon-
do eixo x com velocidade v(t) = (t + 1)- 2. Mostre que a partí- go do eixo x com velocidade v(t) = (t + 1)- 112. Em algum
cula nunca passa pelo ponto x = 1. instante de tempo t a partícula estará no ponto x = 1? Caso
afirmativo, encontre t.
CAPITULO 5 Integral 291

5.6 Método da substituição


No Cálculo, utilizamos o termo Geralmente, a integração (ou antiderivação) é mais difícil do que a derivação. Não
"integração" de duas maneiras. Ele existem métodos infalíveis para encontrar uma antiderivada e, em alguns casos, não há
denota o processo de encontrar a área
com sinal sob um gráfico (cálculo de fórmula elementar para a antiderivada. Contudo, existem várias técnicas gerais que são
uma integral definida) e o processo de amplamente aplicáveis. Uma dessas técnicas é o método da substituição, que usa a
encontrar uma antiderivada (cálculo de regra da cadeia "ao contrário".
uma integral indefinida).
Considere a integral f 2x cos(x 2 ) dx. Podemos calculá-la se lembrarmos da conta da
regra da cadeia
d
- sen(x 2 ) = 2x cos(x 2)
dx
Isso diz que sen(x 2 ) é uma antiderivada de 2x cos(x 2 ). Portanto,

f 2x
'-v-'
Derivada da função
de dentro
cos (x 2 ) dx
'-v-'
Função
= sen(x 2 ) + C
de dentro

Uma conta de regra da cadeia parecida mostra que

f ~
Derivada da função
cos(~dx
Função
= sen(x + x 3) + C
de dentro de dentro

._ .. LEMBRETE Uma "função composta" Em ambos casos, o integrando é o produto de uma função composta pela derivada da
é uma função da formaf(g(x)). Por função de dentro. A regra da cadeia não ajuda se estiver faltando a derivada da função de
conveniência, dizemos que g(x) é a
função "de dentro" ef(u) a "de fora". dentro. Por exemplo, não podemos usar a regra da cadeia para calcular f cos(x 2) dx.
Em geral, esse método funciona quando o integrando for do tipo f(u(x))u' (x). Se
F(u) for uma antiderivada def (u) então, pela regra da cadeia,
d
- F(u(x )) = F (u(x ))u (x) = f(u(x))u (x)
J 1 1

dx
Isso se traduz na fórmula de integração seguinte.

TEOREMA 1 Método da substituição Se F' (x) = f (x ), então

f f(u(x))u'(x)dx = F(u(x)) + C

Substituição usando diferenciais


Antes de passar aos exemplos, discutimos o procedimento para fazer a substituição usan-
do diferenciais. Uma diferencial é um símbolo como dx ou duque ocorre nas notações de
Leibniz du/dx e f f (x) dx. Tratamos as diferenciais como símbolos, que não represen-
tam quantidades reais, e que são manipuladas algebricamente como se estivessem relacio-
nadas por uma equação em que podemos cancelar dx:
du
du = -dx
dx
Equivalentemente,
1 du = u'(x)dx 1 [I]
292 CÁLCULO

Por exemplo,

Se u = x 2 , então du = 2x dx [pois u'(x) = 2x]


Se u = cos(x 3 ), então du = -3x2 sen(x 3) dx [pois u' (x) = -3x2 sen(x 3)]
Agora, quando o integrando tiver o formato f(u(x)) u'(x), podemos usar a Equação (1)
O cálculo simbólico da substituição para reescrever toda a integral (inclusive o termo dx) em termos de u e sua diferencial du:
usando diferenciais foi inventado
por Leibniz e é considerado uma
de suas maiores realizações. Ele
reduz o processo - sem ele, em geral
complicado - de transformar integrais
f~~= f f(u) du
f(u)du

em uma coleção conveniente de regras.

Essa é, muitas vezes, denominada a Fórmula de Mudança de Variáveis. Ela transforma uma
integral na variável x numa integral na nova variável u (que se espera ser mais simples).

Na substituição, o passo crucial é • EXEMPLO 1 Calcule/ 3x 2 sen(x 3) dx e confira a resposta.


1escolher a função de dentro apropriada.
Solução O integrando contém a função composta sen(x 3 ), portanto tomamos u = x 3. Como
a diferencial du = 3x 2dx também aparece no integrando, podemos fazer a substituição:

f 2
3x sen(x ) dx
3
f
= ~~=
sen u du
f sen u du

Em seguida, calculamos a integral na variável u e trocamos u por x 3 na resposta:

f 3x 2 sen(x 3 ) dx = f sen u du = - cos u + C = - cos(x 3) + C

Podemos conferir a resposta por derivação:

d
- ( - cos(x 3)) = sen(x 3 ) -dxd x 3 = 3x 2 sen(x 3) •
dx

2
• EXEMPLO 2 Calcule/ 2x (x + 9)5 dx.
Solução Para ficar claro, dividimos a solução em três passos.
Passo 1. Escolher a função u e calcular du.
Nesse caso, tomamos u = x 2 + 9. Essa é uma boa escolha pois tanto a composta
u5 = (x 2 + 9) 5 quanto a diferencial du = 2x dx aparecem no integrando.
Passo 2. Reescrever a integral em termos de u e du e calcular.
11 5
du

f 2x(x
2
+9) 5
dx = f~~ = f 5
u du = iu 6 +c
Passo 3. Expressar a resposta final em termos de x.
Reescrevendo a resposta acima em termos de x usando a substituição u = x2 + 9:
1 1
/
2x(x
2
+ 9) 5 dx = 6u 6 +e= 6(x 2 + 9) 6 + e •
CAPITULO 5 Integral 293

x 2 +2x
Aplicando substituição:
(1) Escolher u e calcular du.
• EXEMPLO 3 Multiplicando du por uma constante Calcule
f (x 3 + 3x 2 + 9) 4
dx.

(2) Reescrever a integral em termos de Solução A função composta (x 3 + 3x 2 + 9)-4 no integrando sugere a substituição
u e du e calcular.
u = x 3 + 3x 2 + 9. Contudo, a diferencial
(3) Expressar a resposta final em
termos dex.
du = (3x 2 + 6x) dx = 3(x 2 + 2x) dx
não aparece no integrando. O que aparece é (x 2 + 2x) dx. Para remediar a situação, mul-
f
tiplicamos a Equação (2) por para obter

1 2
3du = (x +2x)dx

Agora podemos fazer a substituição:

11 -4 1du
f x 2 +2x
dx = f (x 3
+ 3x2 + 9)-4 (x 2 ,_.__
+ dx2x)
(x 3 + 3x 2 +9) 4

= 1 / u-4 du = -9u
1 -3 +e
3
1
= --(x
9
3
+ 3x 2 + 9)- 3 + e •
• EXEMPLO 4 Calcule f sen(70 + 5) d0.

Solução Seja u = 70 + 5. Então du = 7 d0 e ½du = d0. Obtemos

f sen(70 + 5)d0 = f (senu) (~du) =~ f senudu


• EXEMPLO 5 Necessário um passo adicional Calcule f xJ5x + 1 dx.

Solução Reconhecemos que J5x + 1 é uma função composta, portanto faz sentido tentar
u = 5x + 1. Então½ du = dx e J5x + 1 = u 112, resultando

1 12
J5x + ldx = -u 1 du
5

Infelizmente, o integrando não é J5x + 1 mas xJ5x + 1. Para dar conta do fator x adi-
cional, resolvemos u = 5x + 1 para obter x = ½<u - 1). Então

1 ) 1 12 1 12
xJ5x+ldx= ( -(u-1) -u 1 du=-(u-l)u 1 du
5 5 25
294 CÁLCULO

e calculamos como segue:

f xJ5x + l dx
25
j
= _!__ (u - 1) u 112 du = _!__
25
f (u 312 - u 112) du

= _1(2_ 23 ) +
US / 2 __ U3 / 2 C
25 5
2 2
= -(5x
125
+ 1)512 - -(5x
75
+ 1)312 + C •
Fórmula de mudança de variáveis para integrais definidas
Há duas maneiras de usar uma substituição para calcular integrais definidas. Uma maneira
é usar o método da substituição para encontrar uma antiderivada em termos da variável x.
Contudo, muitas vezes é mais eficiente calcular a integral definida diretamente em termos
da variável u. Isso pode ser feito, desde que os limites de integração sejam mudados con-
forme indicado no teorema seguinte.

Fórmula de mudança de variáveis para integrais definidas Se u(x) for derivável em [a, b] e
f (x) for integrável na imagem de u(x), então
Os novos limites de integração em
relação à variável u são u(a) e u(b).
b lu(b)
t conveniente pensar nisso assim:
quando x varia de a até b, a variável
u = u(x) varia de u(a) até u(b).
l a
f (u(x))u' (x) dx =
u~)
f (u) du

Demonstração Se F(x) for uma antiderivada def(x), então F(u(x)) é uma antiderivada de
f(u(x))u'(x). Pelo TFC I,

12
y
lb f(u(x))u'(x)dx = F(u(b)) - F(u(a))

O TFC aplicado à variável u também fornece

u(b)

l u(a)
f (u) du = F(u(b)) - F(u(a))

2
2
FIGURA 1 A região representada por • EXEMPLO 6 Calcule fo x N+i dx.
2

fo2 x2&+""i" dx.


Solução Use a substituição u = x 3 + 1, du = 3x 2 dx para obter

y
2
x N + l dx = l.Ju du

'.k::::J, 5 9
De acordo com a fórmula de mudança de variáveis, os novos limites de integração são
u(O) = 03 + 1 = leu(2) = 23 + 1 = 9. Obtemos

{2 x2N+l dx = ~ [9 .judu = ~ u3/2 19 = 52


FIGURA 2 A região representada por lo 3 ]1 9 1 9
½li9 Ju du. Essa substituição mostra que as regiões nas Figuras l e 2 têm áreas iguais.

CAPITULO 5 Integral 295

r /4 3
• EXEMPLO 7 Calcule Ío tg x sec2 x dx.

Solução Para fazer a substituição, precisamos lembrar que sec2 x é a derivada de tg x. Isso
sugere que tomemos u = tg x, de modo que u3 = tg3 x e du = sec2 x dx. Os novos limites
de integração são u(O) = tg O = Oe u ( ¾) = tg( ¾) = 1. Assim,

TC/ 4 11 U4
1
1
loo
3
tg x sec x dx 2
=
o
u du3
=-
4 o
=-
4 •

5.6 RESUMO
• Tente utilizar o método da substituição quando o integrando tiver o formato f (u (x)) u' (x ).
Se F for uma antiderivada de f, então

f f(u(x)) u'(x) dx = F(u(x)) + C

• A diferencial de u(x) é o símbolo du = u' (x) dx. O método da substituição é dado pela
fórmula de mudança de variáveis:

f f(u(x))u'(x)dx = f f(u)du

• As integrais definidas podem ser calculadas usando a fórmula de mudança de variáveis,


desde que os limites de integração sejam mudados apropriadamente:

b 1u(b)

la
f(u(x))u'(x)dx =
u(a)
f(u)du

5.6 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Qual das integrais seguintes é uma candidata para o método da (a) x(x 2 + 9) 4 (b) x 2 sen(x 3) (e) senx cos 2 x
substituição?

(a) f 5x4 sen(x 5 )dx (b) f sen5 x cosxdx 3. Qual das seguintes é igual a
ção adequada?
fo
2
x 2 (x 3 + l) dx com uma substitui-

(e) f x 5 senx dx
(a) - 1Ío2
udu (b) fo
9
u du 11i9
(e) - u du
3 o 3 I
2. Escreva cada uma das funções seguintes no formato cg(u(x))
u' (x ), onde c é uma constante.

Exercícios
Nos Exercícios 1-6, calcule du para a função dada. Nos Exercícios 7-20, escreva a integral em termos de u e du. Depois
calcule.
1. u = 1 - x 2 2. u = senx
3. u = x 3 -2 4. u = 2x 4 + 8x 1. f (x - 7) 3 dx, u =x - 7

5. u = cos(x 2) 6. u = tgx 8. f 2xJx 2 + l dx , u = x2 + 1


296 CÁLCULO

9. f (x + 1)-2 dx, u =x + l 39. f x(x + 1) 1 dx


14
40. f 2 7
x (x + 1) dx

10. f 9
x(x + 1) dx , u =x + l 41. f x 3(x 2 - 1)312 dx 42. f 2 3
x sen(x ) dx

11. f sen(2x -4)dx, u = 2x -4 43. f sen 5 x cos x dx 44. f x sen(x 3 + l) dx


2

12. f (x 4
x
3

+ l)4
dx, u = x4 + 1 45. f 2
sec (4x + 9) dx 46. f 2 4
sec xtg xdx

13.
f
x+ l
(x 2 + x) 3 dx,
2
u = x 2 + 2x 47. f cos2x
(1 +sen2x) 2
dx 48. f sen4xv'cos4x + 1 dx

14. f (8x
x
+ 5) 3
dx, u = 8x + 5
49. f cosx(3senx -l)dx 50. f cos,lx
- - dx
,lx
15. f v'4x - l dx, u = 4x - l
51. f sec2 x(4tg 3 x - 3tg2 x)dx

16. f xv'4x - l dx, u = 4x - l


52. Calcule f x5 v0+i dx usando u = x3 + l. Sugestão: x 5 dx =
17. f 2
x v'4x - l dx, u = 4x - l x 3 · x 2 dx e x3 =u- l.

18. f x cos(x ) dx,


2 u =x2 53. Calcule f (x 3 + 1) 1/ 4 x 5 d x.

19. f sen2 x cosx dx, u = senx 54. Ambas podem estar certas? Ana usa a substituição u = tg x e
f
Carla usa u = sec x para calcular tg x sec2 x dx. Mostre que elas

20. f sec2 x tgx dx, u = tgx obtêm respostas diferentes e explique a aparente contradição.

Nos Exercícios 21-24, mostre que cada uma das integrais seguintes
é igual a um múltiplo de sen(u(x)) + C para uma escolha apropria-
55. Calcule f sen x cos x dx usando substituição de duas maneiras
diferentes: primeiro use u = sen x e depois u = cos x. Concilie as
da de u(x).
duas respostas diferentes.

21. f x 3 cos(x
4
) dx 22. f 2 3
x cos(x + l) dx 56. Algumas escolhas são melhores do que outras Calcule

23. f x 112 cos(x 312 )dx 24. f cosx cos(senx) dx f 2


senx cos x dx

duas vezes. Primeiro use u = sen x para mostrar que


Nos Exercícios 25-51, calcule a integral indefinida.

25. f (4x + 3) dx
4
26. f x (x + 1) 3 dx
2 3 f 2
senx cos xdx = f u~du

27. f ~dx
x-7
28. f sen(x - 7) dx
e calcule a integral da direita com mais uma substituição. Depois
mostre que u = cos x é uma escolha melhor.

29. f xJx 2 -4dx 30. f 2 3


(2x + l) (x + x) dx
57. Quais são os limites de integração se aplicarmos a substituição
u = 3x + 1r à integral foir sen(3x + n) dx?

31. f dx
(x + 9) 2
32. f ~2 d x
x +9 58. Qual das seguintes resulta da aplicação da substituição u = 4x - 9

33. f 2
2x +x
(4x 3 + 3x2)2
dx 34. f
(3x 2 + l )(x 3 + x)2 dx à integral fi 8
(4x - 9)20 dx?

35. f 4
5x +2x
(x5 + x2)3
dx 36. f 2 3 4
x (x + 1) dx (a) Íis u20 du (b) ~
412
Í
8
u 20 du

37. f (3x + 9)
10 dx 38. f x(3x + 9)
10 dx (c) 4
1
23
- 1
u 20 du (d) -1123 u 20 du
4 - 1
CAPITULO 5 Integral 297

Nos Exercícios 59-70, use a fórmula de mudança de variáveis para r n/2 3 rn/ 4 2 2
69. lo cos x senx dx 70. l o tg x sec x dx
calcular a integral definida.

59. fi 3
3
(x + 2) dx 60. fi 6
Jx + 3dx
71. Calcule / (2 : ~ )3 usando u = 2 + ,/x.
2
fo rJ5 - J 4 - r 2 dr.
61. 11
O (x2 + 1)3
X dx 62. f 2 Jsx + 6dx
-1
72. Calcule

Nos Exercícios 73-74, use substituição para calcular a integral em


4 termos def(x).
63. fo xJx 2 + 9dx 64. 1 2
o (x 2 + 6x + 1) 3
X+ 3
dx
f
73. / f(x) 3 J'(x)dx 74. J'(x) dx
f(x)2

65. fi\x + l)(x 2 + 2x) 3 dx 66. {7 (x - 9) - 213 dx


75. Mostre que
n/6
f(sen 0) d0 =
11/2 l
f (u) r;--;; du.
10
loO O v 1 - u2

67. lo'r/2 cos 3x dx 68. lo'r/2 cos ( 3x + n) dx 76. Calcule lo


r 12
sen11 x cos x dx, onde n é um inteiro, n i= -1.
0 0 2

Compreensão adicional e desafios


77. Use a substituição u = 1 + x 1/ 11 para mostrar que y y

f J 1+ x 1111 d x=n f 12 11 1
u 1 (u-1) - du
y = ../1 - x 2

Calcule para n = 2 e 3.

r n/2 d0 '-------+-- x
78. Calcule / = l o +tg6_000 0 . Sugestão: Use substituição Tr
1
2
n/2 d0
para mostrar que / é igual a J
rn/2
=
lo l + cotg6.000 e
e depois (A)
FIGURA4
(B)

verifique que/+ J = lo d0.


82. ($.] Área de um círculo O número n é definido como a me-
tade da circunferência do círculo unitário. Prove que a área de
79. Mostre que Lªaf(x) dx = O, seffor uma função ímpar. um círculo de raio ré A = nr 2. O caso r = 1 segue do Exercício
81. Prove-o para todo r > O, mostrando que
80. (a) Use a substituição u = x/a para provar que a hipérbole
y = x- 1 (Figura 3) tem a propriedade especial seguinte: se a, fo' Jr2 - x2dx =r2 fol ~ d x.
bI i b/a 1
b > O, então
1
- dx =
a X
- dx.
I X
83. Área de uma elipse Prove a fórmula A
elipse de equação
= nab para a área da
(b) Mostre que as áreas sob a hipérbole, acima dos intervalos [! , 2], x2 y2
[2, 4], [4, 8], ... são todas iguais. -+-=!
a2 b2

= 2b Lªa J
y
Sugestão: mostre que A 1 - (x / a )2 dx, troque ava-
1
y= -
x
riável e use a fórmula para a área de um círculo (Figura 5).
Essas regiões
têm áreas iguais
y
b

1 2 4 8

FIGURA 3 A área sob y = ±,acima de [2 11


, 2 + 1],
11
é a mesma para
todo n = O, 1, 2, ... -b

81. Mostre que as duas regiões na Figura 4 têm a mesma área. Depois use x2 y2
FIGURA 5 O gráfico de
2a + 2b = 1.
1(
a identidade cos2 u = 1 + cos 2u) para calcular a segunda área.
298 CÁLCULO

EXERCÍCIOS DE REVISÃO DO CAPÍTULO


y
Nos Exercícios 1-4, use a função f (x), cujo gráfico aparece na
Figura 1. 64

32

2 3 4

FIGURA 2 A aproximação RN para f (x) = x 3 em [O, 4].


2 3 4
11. Qual é a aproximação da área que está representada pelos retân-
FIGURA 1 gulos destacados na Figura 3? Calcule R5 e L5.

1. Dê uma estimativa de L4 e M4 em [O, 4].


y

2. Dê uma estimativa de R4, L4 e M4 em [1, 3]. 30

3. Encontre um intervalo [a,b] emqueR4émaiordoque 1b f (x) dx.


Faça o mesmo para L4.

4. Justifique
7 [2 9 2 3 4 5
4 ~ f1 f(x)dx ~ 4 FIGURA 3

Nos Exercícios 5-8, seja f(x) = x 2 + 4x. 12. Calcule duas somas de Riemann quaisquer para /(x) x 2 no =
intervalo [2, 5], mas escolha partições com pelo menos cinco
5. Calcule R6, M6 e L6 para/(x) no intervalo [1 , 4]. Esboce o subintervalos de comprimentos desiguais e pontos intermediá-
gráfico de/(x) e os retângulos correspondentes para cada apro- rios distintos das extremidades e dos pontos médios.
ximação.
Nos Exercícios 13-34, calcule a integral.
6. Encontre uma fórmula de RN para f (x) em [1 , 4] e calcule

f 4
/ (x) dx tomando o limite. 13. J (6x - 9x
3 2 + 4x) dx 14. lo 1
3
(4x - 2x ) dx
5

7. Encontre uma fórmula de LN para f (x) em [O, 2] e calcule

fo
2
f (x) dx tomando o limite.
15. J (2x 3 - 1)2 dx 16. f 4 (xS/2 - 2x- l/2) dx

8. Use o TFC I para calcular A(x) = jx f (t) dt. 17.


j x
~ dx
4
+1 18. 1 4 r-2 dr
-2

9. Calcule R6, M6 e L6 para f (x) = (x 2 + 1)- 1no intervalo [O, !]. 19. 1- 1
4
2
lx - 91dx 20. 1 3
[t] dt
10. Seja RN a N-ésima aproximação para /(x) = x 3 em [O, 4] (Fi-
gura 2).
+
64(N 1) 2
21. j cossec2 0d0 22. lan/4 sec t tg t dt
0
(a) Prove que RN = N2

(b) Prove que a área da região dentro dos retângulos pela direita e
acima do gráfico é igual a
23. j sec2 (9t - 4) dt 24.
!on/3 sen40d0
0

64(2N + 1)
N2
25. J <9t-4) 11 dt 26. l 2
J4y+ l dy
CAPITULO 5 Integral 299

27. f 2
sen (38) cos(38) d8
39. Num dia típico, uma certa cidade consome água a uma taxa de
r(t) = 100 + 72t - 3t 2 (em milhares de litros por hora), onde
t é o número de horas a partir da meia-noite. Qual é o consumo
rn/2 2
28. lo sec (cos 8) sen 8 d8 diário de água? Quanta água é consumida entre as 6 da tarde e a
meia-noite?

(2x 3 + 3x) dx - 2 l2xdx


29. f (3x4 + 9x2)5 30. J -4 (x2 + 2)3
40. A curva de aprendizado na produção de bicicletas numa certa
fábrica é L(x) = 12x- 115 (em horas por bicicleta), o que sig-
nifica que um mecânico de bicicleta leva L(n) horas para montar
31. f sen8.J4 -cos8d8 32.
lo
n/ 3 sen 8
- 2/3 d8
o cos e
a enésima bicicleta. Se forem produzidas 24 bicicletas, quanto
tempo leva para produzir o segundo lote de 12 bicicletas?

33. f yJ2y + 3dy 34. Íi 8


2
t -v't+"sdt
41. Os engenheiros de custo da NASA têm a tarefa de projetar o
custo P dos principais projetos espaciais. Notou-se que o custo
C de desenvolver uma projeção aumenta com P a uma taxa de
35. Combine escrevendo como uma única integral dC/d P ~ 21p-0, 65, onde C está dado em milhares de dólares
e P em milhões de dólares. Qual é o custo de desenvolver uma
rs f (x) dx + jº- 2 f(x) dx + ls(
k
6
f (x) dx projeção para um projeto cujo custo acabe sendo de P = 35
milhões de dólares?

36. Seja A(x) = fox f (x) dx, onde f (x) é a função mostrada na 42. O custo do combustível de aviação aumentou dramaticamente
em 2005. A Figura 6 exibe as estimativas do Departamento de
Figura 4. Indique no gráfico de f onde ocorrem os mínimos e Transportes norte-americano para as taxas de aumento percentu-
máximos locais e os pontos de inflexão de A(x) e identifique os al do preço R(t) (em unidades de percentagem anual) durante os
intervalos nos quais A(x) é crescente, decrescente, côncava para 6 primeiros meses do ano. Expresse o aumento percentual total /
cima e para baixo. do preço durante os 6 primeiros meses como uma integral e cal-
cule /. Quando determinar os limites de integração, lembre que t
está dado em anos, já que R(t) é uma taxa anual.

%/ano
-
-
-
57,1
47,1 42,8 45,2
34,4 36
FIGURA 4

tdt
37. Encontre os pontos de inflexão de A (x) =
i 3
x
-2- - .
t +1
J F M
FIGURA 6
A M J Mês

38. Uma partícula começa na origem em t = Oe se move com uma


43. ~ Sejaf (x) uma função contínua crescente e positiva em
velocidade v(t) mostrada na Figura 5.
[a, b], onde O~ a< b, como na Figura 7. Mostre que a região
(a) Quantas vezes a partícula retoma à origem nos primeiros 12 s? destacada tem uma área de
(b) Onde está a partícula no instante t = 12?
(e) Em qual instante de tempo t é um máximo a distância da partícu-
l = bf (b) - af(a) -1b f(x) dx [IJ
la à origem?

y
v(t) m/s
f(b) - - - - - -- ,
4+···························..,........................................,................ , ........

(s)
-2 + • • • .• ,, , + f + , , , ,
f(a)
-4+ ····'·······' ·······'···· ·'' ······' ········'····~.. ...,......,.......,........,. ....., --11---+-------+-x
a b
FIGURA 5 FIGURA 7
300 CÁLCULO

44. ~ Como podemos interpretar a quantidade / na Equação 55. ICG~ Esboce o gráfico de f (x) = x- 2 senx e mostre que
( 1) se a < b :S O? Explique com um gráfico.
0,2 :S fi 2
f(x) dx :S 0,9.
Nos Exercícios 45-49, expresse o limite como uma integral (ou múlti-
I
plo de uma integral) e calcule. 56. Encontre cotas superior e inferior para Ío f (x) dx, onde f (x)

45. lim 2_
N--+oo N j=I
t sen (
2
N
j) tem o gráfico mostrado na Figura 8.

46.
4
lim ~ 'f, (3+ k)
N--+oo N N k=I

47. lim !!_


N--+oo N j=O
I: 1
sen (!!.2 + nj)N

4 N 1 --+-------+---x
48. lim - '\""' k
N--+oo N 6 (3 + 4N)2
FIGURA 8
. 1k + 2k + ... + Nk
49. hm - - - - - - (k > O)
N--+oo Nk+I
Nos Exercícios 57-62, encontre a derivada.
n/ 4 x 9 dx
50. Calcule
l -n/4 COS2 X
- --, usando as propriedades de funções ímpares.
57. A' (x), onde A(x) = hx sen(t 3) dt.

I
Ío
51. Calcule f(x) dx, supondo quef(x) seja uma função contínua 58. A'(n), onde A(x) =
i x cost
- - dt.
2 1+ t
par tal que
59. -d ly
3x dx.
fi 2
f (x) dx = 5,
1-2
1
f(x)dx =8 dy -2
senx

52. ICG~ Esboce o gráfico de f (x) = sen mx sen nx em [O, n] para


os pares (m, n) = (2, 4), (3, 5) e, em cada caso, adivinhe o valor
60. G'(x) , ondeG(x) =
l-2
t 3 dt.

3
de I = Ío" f (x) dx. Experimente com alguns outros valores (in- 61. G'(2), onde G(x) = Íox .Jt+1 dt.
clusive com dois casos em quem= n) e formule uma conjectura
sobre quando / tem valor zero. 9
62. H'(l),ondeH(x)= [ ~dt.
J4x2 t
53. Mostre que

f x f(x)dx = xF(x)- G(x)


63. ~ Explique com um gráfico: sef(x) for côncava para cima
em [a, b], então LN é uma aproximação mais precisa do que RN.
Qual é mais precisa sef (x) for côncava para baixo?
onde F'(x) = f(x) e G'(x) = F(x). Use isso para calcular
64. ~ Explique com um gráfico: se f (x) for linear em [a, b ],
f xcosxdx. b l

54. Prove que


então
1
a
f(x) dx = -(RN +LN), para todo N.
2

2
2 :S Ji 2x dx :S 4 e
6 I APLICAÇÕES DA INTEGRAL
A integral, como a derivada, tem uma grande variedade de
aplicações. No capítulo anterior, utilizamos a integral para
calcular áreas debaixo de curvas e variação líquida. Neste capí-
tulo, discutimos algumas das outras quantidades representadas
por integrais, incluindo volume, valor médio, trabalho, massa
total e fluxo de fluido.

6.1 Área entre duas curvas


J:
Na Seção 5.2, aprendemos que a integral definida f (x) dx
representa a área com sinal entre o gráfico de f (x) e o eixo
x, ao longo do intervalo [a, b]. Às vezes, estamos interes-
sados em calcular a área entre dois gráficos (Figura 1). Se
f(x)::: g(x)::: Opara x E [a , b], então o gráfico def (x) fica
acima do gráfico de g(x) e a região entre os dois gráficos pode
ser obtida removendo a região debaixo de y = g(x) da região
debaixo de y = f (x). Portanto,

Área entre os gráficos= 1b f (x) dx - 1b g(x) dx

A tomografia computadorizada é uma técnica = 1\f(x) - g(x))dx [IJ


matemática para combinar uma seqüência
grande de raios X do corpo, tomados em
ângulos diferentes, com o objetivo de formar
uma só imagem da seção transversal. y
y f (x)
~ 11,1 f(x)

E6(,;,1 g(x)
X
g(x)
X
FIGURA 1 A área entre os gráficos é a b a b a b
uma diferença de duas áreas. A região entre os gráficos

y • EXEMPLO 1 Calcule a área da região entre os gráficos de


f(x)=x2 - 4x+ 10
10
8 f(x)=x 2 -4x+l0 e g(x) = 4x -x 2
6
4 acima de [1, 3].
g(x) = 4x-x2
2
-+----+---,--+---+-- X
Solução Para calcular a área entre os gráficos, devemos primeiro determinar qual gráfico
2 3 4 está acima do outro. A Figura 2 mostra que f (x) ::: g(x). Podemos verificar isso sem re-
FIGURA 2 A região entre os correr ao gráfico completando o quadrado:
gráficos de f (x) = x 2 - 4x + 10 e
g(x) = 4x - x 2, acima de [l, 3]. f(x) - g(x) = (x 2 - 4x + IO) - (4x - x 2 ) = 2x 2 - 8x + 10 = 2(x - 2) 2 + 2 > O
302 CÁLCULO

Pela Equação (1), a área entre os gráficos é

= 3 (2x 2 - -x 3 - 4x 2 + IOx
8x + 10) dx = (2 )1 3
= 12- -20 = -16

/ 1 3 1 3 3

Antes de continuar com mais exemplos, vamos usar somas de Riemann para explicar
por que a Equação (1) permanece válida se f (x) ~ g(x) masf (x) e g(x) não forem neces-
sariamente positivas:

b N

1 a
(f(x)-g(x))dx= lim R(f-g,P,C)= lim L(f(ci) - g(ci))/:J,.xi
IIPll---+0 N---+oo i=I

Lembre que P denota uma partição de [a, b]:

Partição P: a= xo < x1 < x2 < · · · < XN =b


C = {ci, . . . , CN } é uma escolha de pontos intermediários, onde e; E [xi-1 , xi] e /:J,.x; =
Xi - Xi-1. Ai-ésima parcela na soma de Riemann é igual à área de um retângulo vertical
fino de altura(f(ci) - g(c;))e largura/:J,.xi (Figura 3):

(f(c;) - g(c;)) /:J,.xi = altura x largura


Portanto, R(f - g, P, C) é uma aproximação da área entre os gráficos usando retângulos
verticais finos. Como a norma li P li (o máximo das larguras dos retângulos) tende a zero, a
soma de Riemann converge à área entre os gráficos e obtemos a Equação (1).

FIGURA 3 Oi-ésimo retângulo tem


largura ó.Xi = x; - x;-1 e altura
f(c;)- g(c;).

Para ajudar a identificar a função, às vezes denotamos o gráfico de cima por Yal = f (x)
e o gráfico de baixo por Yba = g (x ):

Lembre que (Yal - Yba) é a altura de


1 uma fatia vertical fina da região. Área entre os gráficos = 1b (Yal - Yba) dx = 1b (f (x) - g (x)) dx

• EXEMPLO 2 Encontre a área entre os gráficos de f (x) = x2- 5x - 7 e g(x) =x - 12,


ao longo de [-2, 5].
Solução Para calcular a área, precisamos determinar primeiro qual gráfico está acima.
CAPÍTULO 6 Aplicações da Integral 303

y f(x) = x 2 - 5x - 7 Passo 1. Esboçar a região (especialmente, quaisquer pontos de interseção).


Sabemos que y =f (x) é uma parábola que corta o eixo y em - 7 e y = g(x) é uma reta
que corta o eixo y em -12. Para determinar onde os gráficos intersectam, resolvemos
f(x) = g(x):
x 2 - 5x - 7 =x - 12 ou x 2 - 6x + 5 = (x - l)(x - 5) =O
Assim, os pontos de interseção são x = l e 5 (Figura 4).
Passo 2. Montar as integrais e calcular.
FIGURA 4 A Figura 4 mostra que

f (x) ::: g(x) em [-2, 1] e g(x) ::: f(x) em [1, 5]

Portanto, escrevemos a área como uma soma de integrais nesses dois intervalos:
No Exemplo 2, encontramos os 5
pontos de interseção dos gráficos
algebricamente. Para funções mais 1 -2
(Yal - Yba) d x

complicadas, pode ser preciso utilizar


um sistema algébrico computacional. =1 1

-2
(f (x) - g(x) )dx+ [ (g(x)-f(x))dx
11
5

=1 1

-2
( (x
2
- 5x - 7) - (x - 12)) dx + [
11
5
2
( (x - 12) - (x - 5x - 7)) dx

=1
1
(x 2 - 6x + 5)dx + r\-x 2 + 6x - 5)dx
-2 11
2 3 2
= (~ x3 -3x +5x ) [ + (-~x +3x -5x)I:
2

= (~ _ (-74)) +
3 3
(235_(-7))
3
= .!_!2
3 •
• EXEMPLO 3 Calculando área dividindo a região Encontre a área da região delimitada
, 8
pelos graficos de y = 2 , y = 8x, y = 8x e y = x.
X

Solução
Passo 1. Esboçar a região (especialmente, quaisquer pontos de interseção).
8
A curva y = 2 corta fora uma região no setor entre as duas retas y = 8x e y = x
X
8
(Figura 5). Para encontrar a interseção de y = 2 e y = 8x, resolvemos
X

8 3
- = 8x :::} X = l :::} X = l
x2

8 8 8

FIGURA 5 A área delimitada por


8 2 2 2
Y = 2 , y = 8x e y = x como uma
X
soma de duas áreas. 2 2 2
304 CÁLCULO

Para encontrar a interseção de y = 28 e y = x, resolvemos


X

8 3
- = X=?X =8::::}x=2
x2

Passo 2. Montar as integrais e calcular.


. 8
A Figura 5 mostra que Yba = x, mas Yal troca em x = 1 de Yal = 8x para Yal = 2 .
X
Portanto, dividimos a região em duas partes, A e B, e calculamos as áreas separa-
damente:

Área de A=
11o
(Yal - Yba) dx = 11 o
(8x - x) dx = 11o
7x dx = -7 x2
2
loi 7
-
2

Área de B = 1 2
(Yal -Yba) dx = 1 2
2
(}2 -x) dx = (-~ - ~x ) 1~ = 5
-
2

A área total delimitada pelas curvas é a soma ; + ~ = 6. •


Integração ao longo do eixo y
Suponha que x seja dado como função de y, digamos, x = g(y). Qual é o significado da
integral 1d g(y) dy? Essa integral pode ser interpretada como uma área com sinal, em

que regiões à direita do eixo y têm área positiva e regiões à esquerda têm área negativa:

1d g(y) dy = área com sinal entre o gráfico e o eixo y para e S y S d

A Figura 6(A) mostra o gráfico de g(y) = y2 - 1. A região à esquerda do eixo y tem área
negativa. A integral é igual à área com sinal:

1-:(y2 -
'--,-'
1) dy
4
3
Área à direita do eixo y menos
a área à esquerda do eixo y

~ - - - - - - - -x
(A) A região entre x = y2 - 1 (B) A região entre x = gi(y)
e o eixo y. ex=g 1(y)

FIGURA 6
CAPÍTULO 6 Aplicações da Integral 305

Mais geralmente, seg2(y) ~ gi (y), como naFigura6(B), então o gráfico dex = g2(y)
fica à direita do gráfico de x = gi (y). Como um lembrete, escrevemos Xcti = g2(y) e
Xes = gi (y). A área entre os dois gráficos, ao longo de e :::: y :::: d, é igual a

Área entre os gráficos= ld (g2(y) - gi (y)) dy = ld (Xcti - Xes) dy

Nesse caso, as somas de Riemann aproximam a área com retângulos horizontais finos de
largura Xcti - Xes e altura !J.y.
y
Xes = y3 -4y • EXEMPL04 Calculeaáreaentreosgráficosdeg1 (y) = y3 - 4yeg2(y) = y 3 + y2 + 8
Xdi=y3+y2+8 para-2:::: y:::: 2.
Solução Confirmamos que g2 (y) ~ g 1(y ), como mostra a Figura 7:

Portanto, Xcti = g2 (y) e Xes = g 1(y) e a área é


2 2
{
1-2
(Xdi -Xes)dy = { (y2 +4y + 8)dy =
l-2
(~y3 +
3
2y2 + 8y)
2
1
-2
FIGURA 7 A região entre
=
g 1(x) y 3 -4ye 80 -32 112
g2(x) = y 3 + y2 + 8para-2 _::= y _::= 2.
=3--3-=3 •

Seria mais difícil calcular a área na 6.1 RESUMO


Figura 7 como uma integral em relação
a x, pois as curvas não são gráficos de
• Se f(x) ~ g(x) em [a, b], então a área entre os gráficos def e g, ao longo de [a, b], é
funções de x.

Área entre os gráficos= 1b (f (x) - g(x)) dx = 1b (Yal - Yba) dx

• Para calcular a área entre dois gráficos y = f (x) e y = g(x), esboçamos a região para en-
contrar Yat- Se necessário, procuramos os pontos de interseção resolvendof(x) = g(x).

• A integral ld g (y) d y ao longo do eixo y é igual à área com sinal entre o gráfico e

o eixo y, ao longo de e :::: y :::: d, onde a área à direita do eixo y é positiva e a área à
esquerda é negativa.
• Se g2(y) ~ gi (y), então o gráfico de x = g2(y) fica à direita do gráfico de x = g, (y)
e a área entre os gráficos, ao longo de e :::: y :::: d, é

Área entre os gráficos= ld (g2(y) - gi (y)) dy = ld (xcti - Xes) dy

6.1 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Qual é a interpretação de área de ib (f(x)-g(x)}dx se 2. Será que i b (f (x) - g (x)) dx ainda é igual à área entre os grá-

f (x) ::: g(x)? ficos def e g se f (x) ::: Omas g(x) ::= O?
306 CÁLCULO

3. Suponha que f(x) ::: g(x) em [O, 3] e g(x) ::: f(x) em (3, 5]. 4. Suponha que o gráfico de x = f (y) fique à esquerda do eixo y.
Expresse a área entre os gráficos, ao longo de [O, 5], como uma
soma de integrais. Será ib f(y) dy positiva ou negativa?

Exercícios
1. Encontre a área da região entre Y = 3x2 + 12 e Y = 4x + 4, ao Nos Exercícios 11-14, encontre a área da região destacada na figura.
longo de (-3, 3] (Figura 8).
11.
y
50 y= 3x2 + 12

FIGURA 10
2 3

FIGURA 8
12.
2. Calcule a área da região na Figura 9(A), que fica entre y =2 - x2
ey = -2, ao longo de (-2, 2].

y y=-2 y
y=x

X X
FIGURA 11

y=2-x2 y=2-x2
13. y
(A) (B) y=lx
2
FIGURA 9

3. Sejam/(x) = x e g(x) =2- x 2 [Figura 9(B)].


(a) Encontre os pontos de interseção dos gráficos.
(b) Encontre a área englobada pelos gráficos de f e g.
FIGURA 12
4. Sejam/(x) = 8x - 10 e g(x) = x 2 - 4x + 10.
(a) Encontre os pontos de interseção dos gráficos.
14. y
(b) Calcule a área da região abaixo do gráfico de f e acima do gráfico
deg.
(f.½)
Nos Exercícios 5-7, encontre a área entre y = sen x e y = cos x, ao
longo do intervalo dado. Esboce as curvas, se necessário.

s. [o, i] 6. [~ ~ ]
4' 2
7. [O, tr] !E.
6
Ti
3
Ti
2

FIGURA 13
Nos Exercícios 8-10, sejam f(x) = 20 + x - x 2 e g(x) = x 2 - 5x.

8. Encontre a área entre os gráficos de/ e g ao longo de (1, 3].


15. Encontre a área da região englobada pelas curvas y = x3 - 6x e
9. Encontre a área da região englobada pelos dois gráficos. y = 8-3x 2.

10. Calcule a área da região entre os dois gráficos ao longo de (4, 8] 16. Encontre a área da região englobada pela parábola semicúbica
como uma soma de duas integrais. y2 = x 3 e a reta x = 1.
CAPÍTULO 6 Aplicações da Integral 307

Nos Exercícios 17-18, encontre a área entre os gráficos de x = sen y e 28. x + y = 4, x- y = O, y + 3x =4


x = l - cos y ao longo do intervalo dado (Figura 14 ).
29, y = 3x - 3, y =4- X, y = i
y
x= seny
30. y = 2 - _,fi, y = _,fi, X =0
x= 1-cosy 31. y = x./x - 2, y = - xJx - 2, x =4
32. y = lx l, y = x2 - 6

33. x = IYI, x = 6 - y2
34. x = IYI, x =l - ly l
2
35. X= )2 - y, X = y, X= 2y
FIGURA 14
36, X= y 3 - 18y, y + 2x =0
rr rr rr
17. O< y < - 18. - - < y < -
- - 2 2 - - 2 37, X = 2y, X+ 1 = (y - 1) 2
19. Encontre a área da região que fica à direita de x = y2 + 4y - 22 38, X+ y = l , Xl /2 + yl /2 = l
e à esquerda de x = 3y + 8.
39. y = 6, y = x - 2 + x 2 (na região x > O)
20. Encontre a área da região que fica à direita de x = y2 - 5eà
esquerda de x = 3 - y2. 2rr
40. y = cosx, y = cos(2x), X =0, X= -
3
21. Calcule a área englobada por x = 9 - y2 ex =
5 de duas manei-
3rr
ras: como uma integral ao longo do eixo y e como uma integral 41. y = senx, y = cossec2 x, x = 4rr , x= -
4
ao longo do eixo x.
,o,-
42. ,._, , .=, Esboce y = ~ey
X
= (x - 2
l) no mesmo par de e1-
·
22. A Figura 15 mostra os gráficos de x = y 3 - 26y + 10 ex =
v x2 + l
40 - 6y2 - y 3. Combine as equações com as curvas e calcule a
xos. Use um sistema algébrico computacional para encontrar nume-
área da região destacada.
ricamente os pontos de interseção e calcule a área entre as curvas.

43. Esboce a região cuja área é representada por

v'2/2
1 - v'2/2
{ ~ - lx l)dx

e calcule-a usando Geometria.

44. ~ Duas atletas correm no mesmo sentido ao longo de uma


pista reta com velocidades v1 (t) e v2(t)(em m/s). Suponha que

[20
FIGURA 15 los (v 1(t) - v2(t)) dt = 2, lo (vi (t) - v2(t)) dt =5
Nos Exercícios 23-24, encontre a área da região indicada usando o 35
método (integração ao longo de um dos eixos x ou y) que exija o cál-
culo de somente uma integral.
i30
(vi (t) - v2(t)) dt = -2

23. A região entre y2 = x + 5 e y2 = 3 - x.


(a) Dê uma interpretação verbal da integral fr, 2
1 ( vi (t) - v2 (t)) dt.

24. A região entre y = x ex+ y = 8 acima de [2, 3]. (b) Dispomos de informação suficiente para determinar a distância
entre as duas atletas no instante t = 5 s?
Nos Exercícios 25-41, esboce a região englobada pelas curvas dadas (e) Se as atletas começam no mesmo lugar no mesmo instante, quão
e calcule sua área como uma integral ao longo do eixo x ou y. adiante está a atleta l no instante t = 20 s?

25. y = 4 - x 2 , y = x 2 - 4 (d) Suponha que a atleta 1 esteja 8 m adiante em t = 30 s. Quão


adiante ou atrás ela está em t = 35 s?
26. y = x 2 -6, y = 6-x 3, eixoy.
45. Expresse a área (não com sinal) da região destacada na Figura 16
2
27. x = seny, X= - y como uma soma de três integrais envolvendo as funções f e g.
rr
308 CÁLCULO

y 51. C:=: 5 Use um sistema algébrico computacional para encontrar


uma aproximação numérica do número e (exceto zero) em [O, 1),
onde se intersectam as curvas y = sen x e y = tg2 x. Em seguida,
encontre a área englobada pelos gráficos ao longo de [O, e].

52. O fundo do violão de João (Figura 17) tem um comprimento de


19 polegadas. Ele mediu as larguras com intervalos de 1 polega-
da, começando e terminando ½polegada das extremidades, obten-
FIGURA 16 do as larguras

46. Encontre a área englobada pelas curvas y = e - x 2 e y = x 2 - e 6; 9; 10,25; 10,75; 10,75; 10,25; 9,75; 9,5; 10; 11,25;
como uma função de e. Encontre o valor de e para o qual essa 12,75; 13,75; 14,25; 14,5; 14,5; 14; 13,25; 11 ,25; 9
área é 1.
Use a aproximação pelo meio para obter uma estimativa da área
47. Monte (mas não calcule) uma integral que expresse a área entre do fundo do violão.
oscírculosx 2 + y2 = 2ex 2 + (y- 1)2 = J.

48. Monte (mas não calcule) uma integral que expresse a área entre
os gráficos de y = (1 + x2)- 1e y = x 2.

49. C,9 5 Encontre uma aproximação numérica da área acima de


y = 1 - (x / n) e abaixo de y = sen x (encontre numericamente
os pontos de interseção).

50. C,9 5 Encontre uma aproximação numérica da área acima de


y = lxl e abaixo de y = cos x. FIGURA 17 O fundo do violão.

Compreensão adicional e desafios


53. Encontre a reta y = mx que divide a área sob a curva y = x( 1 - x) tre uma equação para e e resolva essa equação numericamente
acima de [O, l) em duas regiões de mesma área. usando um sistema algébrico computacional.

54. e:=: 5 Seja e o número tal que a área sob y = sen X, acima de 55. LSJ Explique geometricamente (sem fazer contas) por que a
[O, n), seja dividida ao meio pela reta y = ex (Figura 18). Encon- equação seguinte é válida para qualquer n > O:

lo I XII dx + lo I X 1/ li dx =1

1C 1t
2

FIGURA 18

6.2 Montando integrais: volume, densidade, valor médio


Nessa seção, usamos a integral para calcular quantidades tais como volume, massa total
e fluxo de fluido. O que essas diversas aplicações têm em comum é que as quantidades
relevantes são aproximadas por uma soma de Riemann que, então, é passada ao limite
para fornecer o valor exato.

Volume
O termo "sólido" ou "corpo sólido" se Começamos mostrando como a integração pode ser usada para calcular o volume de um
1refere a um objeto sólido tridimensional. corpo sólido. Antes de continuar, lembremos que o volume de um cilindro reto (Figura
1) é Ah, onde A é a área da base eh é a altura, medida perpendicularmente à base. Aqui
usamos o termo "cilindro" num sentido geral; a base não precisa ser circular.
CAPÍTULO 6 Aplicações da Integral 309

Agora seja V o volume de um corpo sólido que se estende de uma altura y = a até
y = b ao longo do eixo y, como na Figura 2. A interseção do sólido com o plano horizontal
à altura y é denominada seção transversal horizontal à altura y. Seja A(y) sua área.
b-a
h Para calcular V, dividimos o sólido em N fatias horizontais de espessura tly = ~ -
Ai-ésima fatia se estende de Yi -1 até Yi, onde Yi = a + i tly. Seja Vi o volume da fatia.
Se N for muito grande, então tly é muito pequeno e as fatias são muito finas. Nesse caso,
ai-ésima fatia é praticamente um cilindro reto de base A(Yi-1) e altura D.y, de modo que
Base de área A
V; ~ A(Yi-i)tly. Somando, obtemos
FIGURA 1 O volume de um cilindro
reto de altura h é Ah. N N
V= L V;~ L A(y;-1)D.y
i=l i=l

Volume da
i-ésima fatia"' A(y ; _ 1)é.y
Y;
Y;-1
Seção transversal
FIGURA 2 Dividimos o sólido em à altura y; _ 1
Yi
fatias horizontais finas. Cada fatia é Yo=a tem área A(y; _ 1)
quase um cilindro reto, cujo volume --1------------x
pode ser aproximado.

A soma à direita é uma aproximação pela esquerda da integral 1b A(y) dy. Vamos supor

que A(y) seja uma função contínua. Então a precisão da aproximação melhora e converge
à integral quando N-+ oo. Concluímos que o volume de um sólido é igual à integral da
área de sua seção transversal.

Volume como a integral da área de seção transversal Suponha que um corpo sólido se es-
tenda de uma altura y = a até y = b. Seja A(y) a área da seção transversal horizontal à
altura y. Então

Volume do corpo sólido= 1b A(y) dy [IJ

12

• EXEMPLO 1 Volume de uma pirâmide: seções transversais horizontais Calcule o volume V


de um pirâmide de 12 m de altura cuja base é um quadrado de 4 m de lado.
Solução Para usar a Equação (1), precisamos de uma fórmula para A(y).
y Passo 1. Encontrar uma fórmula para A(y).
Vemos na Figura 3 que a seção transversal horizontal à altura y é um quadrado.
Seja l(y) o comprimento de seus lados. Aplicamos a lei de semelhança de triângu-
los a D.ABC e ao triângulo de altura 12 - y cuja base de comprimento ½t(y) fica
na seção transversal:
o
Base 2 ½t(y)
=> 202 - y) = 6l(y)
Altura 12 12- y
FIGURA 3 Uma seção transversal
horizontal da pirâmide é um quadrado. Vemos que l(y) = 102- y)e, portanto, A(y) = l(y) 2 = !02 - y)2.
310 CÁLCULO

Passo 2. Calcular V como a integral deA(y).

V=
12A(y) dy = 112 -(12
l 2l
- y) dy = --(12- y)
12 = 64 m 3 3
1o o 9 27 o
1

Esse resultado é o mesmo que teríamos obtido usando a fórmula V = ½Ah para o
volume de uma pirâmide de base A e altura h,já que½Ah = 1(42 )(12) = 64.

• EXEMPLO 2 A base de um sólido é a região entre o eixo x e a parábola invertida


y = 4 - x 2. As seções transversais do sólido, perpendiculares ao eixo y, são semicírculos
y (Figura 4). Calcule o volume do sólido.
Solução Primeiro, encontramos uma fórmula para a seção transversal à altura y. Observe
que y = 4 - x 2 pode ser escrito x = ±,J4 - y. Vemos na Figura 4 que a seção trans-
versal à altura y é um semicírculo de raio r = ,J4 - y. A área do semicírculo é A(y) =
½nr 2 = 1(4- y) e o volume do sólido é
FIGURA 4 Um sólido cuja base é a
região entre y = 4 - x 2 e o eixo x.

1o4 14o 4
V= 1t
A(y )dy=-
2
(4-y)dy=-
2
1 y2 )
1t ( 4y - -
2
1

o
=4n

O volume de um corpo sólido pode ser calculado usando seções transversais verticais
em vez de horizontais. Nesse caso, obtemos uma integral em relação a x em vez de y.

y • EXEMPLO 3 Volume de uma esfera: seções transversais verticais Calcule o volume de


uma esfera de raio R como uma integral da área de seção transversal.

Solução Como vemos na Figura 5, a seção transversal vertical da esfera em x é um cír-


culo cujo raio r satisfaz x 2 + r 2 = R 2, ou r = ,J R 2 - x 2 . A área da seção transversal é
A(x) = nr 2 = n(R 2 - x 2 ). Portanto, o volume da esfera é
-R

FIGURA 5 A seção transversal vertical


é um círculo de raio J
R2 - x2. Densidade
Em seguida, mostramos como uma integral pode ser usada para calcular a massa total de
um objeto, se soubermos sua densidade de massa. Considere um bastão de comprimento e.
A densidade de massa linear do bastão p é definida como a massa por unidade de compri-
mento. Se a densidade p for constante, então

Massa total = densidade de massa linear X comprimento = p . e rn


Por exemplo, se e = 10 cm e p = 9 g/cm, então a massa total é pe = 9 · 10 = 90 g.
A integração é necessária para calcular a massa total quando a densidade não é
constante. Considere um bastão que se estende ao longo do eixo x, desde x = a até x =
b, cuja densidade p(x) depende de x, como na Figura 6. Para calcular a massa total M,
b-a
decompomos o bastão em N segmentos pequenos de comprimento llx =-N
-. Então
N
M = L M;, onde M; é a massa do i-ésimo segmento. Embora a Equação (2) não possa
i=I
ser usada quando p(x) não for constante, podemos argumentar que, se llx for pequeno,
então p(x) é praticamente constante ao longo do i-ésimo segmento. Portanto, se o i-ésimo
CAPÍTULO 6 Aplicações da Integral 311

segmento se estender de Xi-1 a Xi e se Ci for um ponto qualquer escolhido em [xi -1, xi],
então t.x = x; - Xi-1 e M; ~ p(c;)t.x. Obtemos

N N
Massa total M = LM; ~ LP(c;)t.x
i=I i=I

t possível ver a similaridade entre a Quando N ~ oo, a precisão da aproximação melhora. Contudo, a soma à direita é uma
maneira que usamos fatias finas para
calcular volume e pedaços pequenos
para calcular massa total?
soma de Riemann, cujo valor tende a 1b p(x) dx. Concluímos que a massa total de um

bastão é igual à integral de sua densidade de massa linear:

Massa total M = 1b p(x) dx

Densidade p

~ 1
-+--+--+--+---+---+++--+----1-1-- X
X;-l X; b=xN
FIGURA 6 A massa total do bastão é ..__ _ _ _ _ _ _lli.l bastão
igual à área sob o gráfico da densidade
de massa p. X;-l X;

• EXEMPLO 4 Massa total Encontre a massa total de um bastão de 2 m com densidade li-
near p(x) = 1 + x (2 - x) kg/m, onde x é a distância de uma das extremidades do bastão.

Solução A massa total é

fo
2
p(x)dx= fo
2
(t+x(2- x))dx= ( x+x -~x 3
2
)1: = 13°kg •

Em algumas situações, a densidade é uma função da distância à origem. Por exemplo,


no estudo de populações urbanas, podemos supor que a densidade populacional p(r) (em
pessoas por quilômetro quadrado) dependa somente da distância r ao centro de uma cida-
Funções densidade mais gerais de. Uma tal função densidade é denominada função densidade radial.
dependem de duas variáveis p(x, y). Agora deduzimos uma fórmula para a população total P dentro de um raio R do cen-
Nesse caso, a massa total ou população
é calculada usando integrais duplas, um tro de uma cidade, supondo que a densidade populacional p(r) seja uma função densidade
assunto do Cálculo a várias variáveis. radial. Para calcular P, faz sentido dividir o círculo de raio R em N anéis finos de igual
largura t.r = R/ N, como na Figura 7.

Espessura !!i.r
Área "' 2trr;!!i.r

FIGURA 7 Dividindo o círculo de


raio R em N anéis finos de espessura
R
M = y:j·
312 CÁLCULO

N
Seja Pi a população dentro do i-ésimo anel, de modo que P = L P;. Se o raio exte-
i =I
rior do i-ésimo anel for r;, então sua circunferência é 2nri e, se !ir for pequeno, a área des-
se anel é, aproximadamente, 2nr; !ir (circunferência externa vezes largura). Além disso,
a densidade populacional dentro do anel é praticamente constante e de valor p(r; ). Com
essas aproximações,

P; ~ 2nr; !ir x p(r;) = 2nr; p(ri) !ir


'-.,-' '-v-'
Área Densidade
populacional

e
N N
P =L P; ~ 2n Lr;p(r;)M
i=I i=I

Essa soma é uma aproximação pela direita da integral 2n foR rp(r) dr. Quando N tende

a oo, a precisão da aproximação melhora e a soma converge à integral. Concluímos, para


Lembre que, para uma função uma população com função densidade radial p(r ), que
densidade radial, a população total
é obtida integrando 2nrp(r) em vez
dep(r).
População P num raio R = 2n foR rp(r) dr

• EXEMPLO 5 Calculando população total a partir da densidade populacional A função den-


sidade para a população de uma certa cidade é p(r) = 13,2(1 + r 2)- 112, onde ré adis-
tância ao centro em quilômetros e p tem unidades de milhares por quilômetro quadrado.
Quantas pessoas vivem a menos de 20 km do centro da cidade?
Solução A população (em milhares) num raio de 20 km é

2n
1w
o
r(l3,2(1 + r 2 ) - 12
1 ) dr= 2n(13,2) 1w r
2 112
o (l+r)
dr

Para calcular a integral, usamos a substituição u = 1 + r 2, du = 2r dr. Os limites de inte-


gração passam a ser u(0) = l e u(20) = 401, portanto temos

l3,2nj
{401

1
u- 112 du=26,4nu 1 lt 401
~ l.577,9mil

Em outras palavras, a população é praticamente 1,6 milhão de pessoas.



Taxa de fluxo
Quando um líquido flui por um tubo, a taxa de fluxo Q é o volume de fluido que passa
pelo tubo por unidade de tempo. A taxa de fluxo depende da velocidade das partículas do
fluido. Se todas as partículas do líquido têm a mesma velocidade v (digamos, em unidades
de centímetros por minuto), então a taxa do fluxo por um tubo de raio Ré

Taxa de fluxo Q = área da seção transversal x velocidade = nR 2 v cm 3/min


Volume por unidade de tempo

Como obtivemos essa fórmula? Fixamos um ponto de observação P no tubo e pergunta-


mos o seguinte: quais partículas do líquido fluem por P num intervalo de 1 minuto? As
CAPÍTULO 6 Aplicações da Integral 313

partículas que passam por P durante esse minuto estão localizadas no máximo v cm à
esquerda de P, já que cada partícula percorre v cm/min (supondo que o líquido flua da es-
querda para a direita). Portanto, a coluna de líquido que flui por P num intervalo de 1 mi-
nuto é um cilindro de raio R e comprimento v, que tem um volume de nR 2 v (Figura 8).

r-v cm -+j
FIGURA 8 A coluna de fluido fluindo R
por P em uma unidade de tempo é um
cilindro de volume nR2v. -
Na realidade, as partículas de um líquido não têm todas a mesma velocidade, por
causa do atrito. Contudo, para um líquido em movimento lento, o fluxo é laminar, com
o que queremos dizer que a velocidade v(r) depende somente da distância r ao centro do
tubo. As partículas em movimento ao longo do centro do tubo têm a maior velocidade,
que diminui até zero perto das paredes do tubo (Figura 9).

FIGURA 9 Fluxo laminar: a velocidade


do líquido cresce em direção ao centro
do tubo.
-- --
Se o fluxo for laminar, podemos expressar a taxa de fluxo Q como uma integral. O
v(r;)
cálculo é parecido com o da população com uma função densidade radial. Dividimos o
tubo em N cascas cilíndricas concêntricas finas de espessura ó.r = R/ N (Figura 10). A
Área seção transversal da casca cilíndrica é um anel circular. Se ri for o raio exterior da i-ésima
27lr/1r casca, então a área dessa seção transversal é aproximadamente 2nri ó.r. Além disso, a
velocidade do fluido dentro de uma casca é praticamente constante, com valor v(ri), por-
tanto podemos aproximar a taxa de fluxo Qi na i-ésima casca cilíndrica por

Qi ::::::: área da seção transversal x velocidade : : : : 2nri ó.rv(ri )

Obtemos
N N
FIGURA 10 Num fluxo laminar, todas
as partículas de fluido numa casca
Q::::::: L Qi = 2n Lri v(ri)ó.r
i=I i= I
cilíndrica fina têm aproximadamente a
mesma velocidade.
A soma à direita é uma aproximação pela direita da integral 2n foR rv(r) dr. Mais uma
vez, deixamos N tender a oo e obtemos a fórmula

Taxa de fluxo Q = 2n foR rv(r) dr

O medico francês Jean Poiseuille • EXEMPLO 6 Lei de Poiseuille do fluxo laminar De acordo com a lei de Poiseuille, a velo-
(1799-1869) descobriu a lei do fluxo cidade do sangue fluindo num vaso sangüíneo de R cm de raio é v(r) = k(R 2 - r 2), onde
laminar que os cardiologistas usam
para estudar o fluxo do sangue nos
ré a distância ao centro do vaso (em cm) e k é uma constante. Calcule a taxa de fluxo Q
humanos. A lei de Poiseuille esclarece como função de R, supondo que k = 0,5 (cm-s)- 1.
o perigo do acúmulo de colesterol nos
vasos sangüíneos: a taxa do fluxo por Solução Pela Equação (4),
um vaso de raio R é proporcional a R4,
portanto, se R for reduzido à metade, o
fluxo é reduzido por um fator de 16. Q = 2n
1
o
R
(0,5)r(R2 - r 2) dr= n ( R2 -r 2 - -r4)
2 4
1

0
R
= -n R 4 cm3 /s
4

Isso mostra que a taxa de fluxo é proporcional a R4 ( o que permanece válido para qualquer
valor de k). •
314 CÁLCULO

Valor médio
Como um último exemplo, discutimos o valor médio de uma função. Lembre que a média
de N números ai, a2 , ... , ªN é sua soma dividida por N:

Por exemplo, a média de 18, 25, 22 e 31 é ¼08 + 25 + 22 + 31) = 24.


y
Não podemos definir o valor médio de uma função f (x) num intervalo [a, b] como
uma soma porque existe uma infinidade de valores de x para levar em conta. Contudo, a
aproximação pela direita pode ser interpretada como um valor médio (Figura 1):

~..-----------+-X b= xN
onde Xi =a+ i ( b ~ª)-Dividindo por (b - a), obtemos a média dos valores funcio-
nais / (xi ):
FIGURA 11 RN é a média dos valores l f(x i) + f(x2) + · · · + f(xN )
b-a - - RN =- ----------
def(x) nas extremidades direitas. b- a N
Média dos valores funcionais

Se N for grande, é razoável pensar nessa quantidade como uma aproximação da média de
f (x) em [a, b]. Portanto, definimos o próprio valor médio como o limite:

N-+oo
1 RN<f) = -l-
Valor médio= lim - -
b- a b- a
1b a
f(x)dx

O valor médio é também denominado a média da função no intervalo.

DEFINIÇÃO Valor médio O valor médio de uma função integrável f (x) em [a, b] é a
quantidade

Valor médio = -1-


b-a
1b
a
f (x) dx

• EXEMPLO 7 Encontre o valor médio def(x) = sen x em (a) [O, n] e (b) [O, 2n].
Solução
(a) O valor médio de sen x em [O, n] é

y Valor médio de -
l lon: senxdx= - -1 cosx ln; =-(-(-1)-(-1))=-
l 2 ~
0,637
y= sen x sen x em [O, ir] n O n O n n
/ Essa resposta é razoável porque sen x varia de Oa 1 no intervalo [O, n] e a média 0,637 fica
em algum lugar entre os dois extremos (Figura 12).
n: (b) O valor médio em [O, 2n] é

FIGURA 12 A área sob o gráfico é


l 1 2n: 1 12n; 1
igual à área de um retângulo cuja altura - senxdx=--cosx =--(1-(1))=0
é o valor médio. 2n O 2n O 2n
CAPÍTULO 6 Aplicações da Integral 315

Essa resposta também é razoável: os valores positivos e negativos de sen x em [O, 2n] se
cancelam, deixando a média em zero. •

ENTENDIMENTO GRÃFICO O valor médio M de uma função/(x) em [a, b] é a altura média


de seu gráfico ao longo de [a, b]. Além disso, a área com sinal M(b-a) do retângulo de

altura Me base [a, b] é igual a 1b f (x) dx (Figura 15).

• EXEMPLO 8 Um sapo salta verticalmente para cima com velocidade inicial dada por
vo = 16 pés/s. Use a fórmula da altura h(t) = vot - 16t2 de Galileu para encontrar a
velocidade (escalar) média do sapo.

Solução O primeiro passo é determinar o intervalo de tempo do salto. Comovo = 16, a


FIGURA 13 A velocidade do sapo é altura do sapo no instante t é h(t) = 16t - l6t2 = l6t(l - t). Temos h(O) = h(l) = O.
h'(t) = 16- 32t. Portanto, o salto começa em t = Os e termina em t = 1 s.
A velocidade do sapo é h'(t) = 16 - 32t (Figura 13). A velocidade (escalar) média
do sapo é a média de Ih' (t)I = 116 - 32t l, que calculamos como a soma de duas integrais,
pois h' (t) é positiva em [O, ½] e negativa em [½, 1](Figura 14):

1
- - r1116 - 32tldt= rº\16 - 32t)dt+ r1(32t - 16)dt
16~~' 1 - O lo lo l o,s
5
FIGURA 14 A velocidade escalar do
= (16t - 16t
2
)1~'
+ (16t 2 - 16t)l~,5
= 116 -32t l.
sapoé lh' (t)I
= 4 + 4 = 8 pés/s

y Pontos em quef (x) atinge Nosso próximo resultado, o Teorema do Valor Médio (TVM) para Integrais, ressalta
seu valor médio
uma distinção importante entre a média de uma lista de números e o valor médio de uma
função contínua. Se a nota média de um exame é 8,4, então 8,4 fica entre a nota mais alta
e a mais baixa, mas é possível que nenhum aluno tenha recebido a nota 8,4. Contrastando
a b
com isso, o TVM para Integrais afirma que uma função contínua sempre atinge seu valor
médio em algum ponto do intervalo (Figura 15).
FIGURA 15 A funçãof(x) atinge seu
valor médio M nos pontos em que o
lado superior do retângulo intersecta
o gráfico. TEOREMA 1 Teorema do valor médio para integrais Se f (x) for contínua em [a, b], então
existe algum valor e E [a , b] tal que

f(c) =-
b-a
1 1b
a
f(x) dx

Demonstração Como/ (x) é contínua e [a, b] é fechado, existem pontos Cmin e Cmax em
[a, b] tais que /(cmin) e f(cmax) sejam os valores mínimo e máximo de/(x) em [a, b].
Assim,f(cmin) ::: f(x)::: f(cmax)paratodox E [a, b]e,portanto,

1b f(Cmin)dx::: 1b f(x)dx::: 1b f(Cmax)dx

f (Cmin)(b - a) ::: 1b f(x) dx ::: f(Cmax)(b - a)


316 CÁLCULO

Observe como a prova do Teorema 1 Agora dividimos por (b - a):


utiliza partes importantes da teoria que
desenvolvemos até aqui: a existência l (b
de valores extremos num intervalo f (Cmin) ::: b _ a la f (x) dx .::: f (Cmax)
fechado, o TVI e a propriedade básica
de que, se f(x) s g(x), então Valor médio M

1b f (x) dx S 1b g(x) dx A expressão do meio é o valor médio M def (x) em [a, b]. Vemos que M fica entre o min
e o max def(x) em [a, b]. Comof(x) é contínua, o Teorema do Valor Intermediário (TVI)
garante quef(c) = M para algum e E [a, b], como queríamos demonstrar. •

6.2 RESUMO
• O volume V de um corpo sólido é igual à integral da área A(y) de seções transversais
horizontais (ou verticais):

V= 1b A(y)dy

• A densidade de massa linear p(x) é definida como massa por unidade de comprimento.
Se um bastão (ou outro objeto) de densidade p se estender de x = a até x = b, então sua

massa total é M = 1b p(x) dx.

• Se a função densidade p(r) depender somente da distância r da origem (função densida-


de radial), então a quantidade total (de população, massa, etc.) dentro do círculo de raio

R centrado na origem é igual a 2n: foR rp(r) dr.


• O volume de fluido que passa por um tubo de raio R por unidade de tempo é deno-
minado a taxa de fluxo Q. O fluxo é laminar se a velocidade v(r) de uma partícula
do fluido depender somente da distância r ao centro do tubo. Para um fluxo laminar,
Q = 2n: loR rv(r) dr.
o
• O valor médio def(x) em [a, b]: M
b-a a
= -l-f(x) dx.
1b
• O TVM para Integrais: sef(x) for contínua em [a, b] com valor médio M, entãof(c) = M
para algum e E [a , b].

6.2 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Qual é o valor médio de f (x) em [ l, 4] se a área entre o gráfico de 4. Qual é a fórmula para a população total dentro de um círculo de
f (x) e o eixo x for igual a 9? raio R em tomo do centro de uma cidade se a população tiver
função densidade radial.
2. Encontre o volume de um sólido que se estende de y = 2 até y = 5
se a seção transversal à altura y tem área A(y) = 5, para todo y. 5. Qual é a definição de taxa de fluxo?

3. Descreva as seções transversais horizontais de uma casquinha de 6. Qual é a hipótese sobre a velocidade do fluido que utilizamos
sorvete e as seções transversais verticais de uma bola de futebol para calcular a taxa de fluxo como uma integral?
americano deitada.

Exercícios
1. Seja V o volume de uma pirâmide de altura 20 cuja base é um (a) Use semelhança de triângulos, como no Exemplo l , para encon-
quadrado de lado 8. trar a área da seção transversal horizontal à altura y.
CAPÍTULO 6 Aplicações da Integral 317

(b) Calcule V integrando a área das seções transversais.


4 e
2. Seja V o volume de um cone circular reto de altura 10 cuja base é
um círculo de raio 4 (Figura 16).
8 a b
(a) Use semelhança de triângulos para encontrar a área de uma seção
transversal horizontal à altura y.
(A) (B)
(b) Calcule V integrando a área das seções transversais. FIGURA 19

7. Deduza uma fórmula para o volume da cunha na Figura 19(B)


em termos das constantes a, b e c.

8. Seja B o sólido cuja base é o círculo unitário x 2 + y2 = 1 e


cujas seções transversais verticais perpendiculares ao eixo x são
triângulos eqüiláteros. Mostre que as seções transversais verti-
cais têm área A(x) = J3(I - x 2) e calcule o volume de B.

Nos Exercícios 9-14, encontre o volume do sólido com base e seção


transversal dadas.
(A) (B)

FIGURA 16 Cones circulares retos. 9. A base é o círculo unitário x 2 + y2 = 1 e as seções transver-


sais perpendiculares ao eixo x são triângulos cuja altura é igual
3. Use o método do Exercício 2 para encontrar a fórmula do volume à base.
de um cone circular reto de altura h e cuja base é um círculo de
10. A base é o triângulo englobado por x + y = 1, o eixo x e o eixo
raio r (Figura 16).
y. As seções transversais perpendiculares ao eixo y são semi-
4. Calcule o volume da rampa na Figura 17 de três maneiras inte- círculos.
grando a área da seção transversal:
11. A base é o semicírculo y = J9 -
x 2 , onde -3 :'.:O x :'.S 3. As se-
(a) perpendicular ao eixo x (retângulos); ções transversais perpendiculares ao eixo x são quadrados.
(b) perpendicular ao eixo y (triângulos);
12. A base é um quadrado, com um dos lados sendo o intervalo [O, f]
(e) perpendicular ao eixo z (retângulos). ao longo do eixo x. As seções transversais perpendiculares ao
eixo x são retângulos de altura f (x) = x 2.
z
13. A base é a região englobada por y = x 2 e y = 3. As seções trans-
versais perpendiculares ao eixo y são quadrados.
y

14. A base é a região englobada por y = x 2 e y = 3. As seções trans-


versais perpendiculares ao eixo y são retângulos de altura y 3.

X 15. Encontre o volume do sólido cuja base é a região lxl + IYI :'.S I e
FIGURA 17 Rampa de comprimento 6, largura 4 e altura 2. cuja seções transversais verticais perpendiculares ao eixo y são
semicírculos (com diâmetro ao longo da base).
5. Encontre o volume de líquido necessário para encher uma esfera
16. Mostre que o volume de uma pirâmide de altura h cuja base é um
de raio R até a altura h (Figura 18).
triângulo eqüilátero de lados é igual a J3 hs 2.
12
y
17. Encontre o volume de um tetraedro regular cuja face é um triân-
gulo eqüilátero de lados (Figura 20).

FIGURA 18 Esfera com líquido até a altura h.

6. Encontre o volume da cunha na Figura 19(A) integrando a área


da seção transversal vertical. FIGURA 20 Tetraedro regular.
318 CÁLCULO

18. A área de uma elipse é nab, onde a e b são os comprimentos 21. A Figura 24 mostra o sólido S obtido pela interseção de dois ci-
dos semi-eixos maior e menor (Figura 21). Calcule o volume lindros de raio r cujos eixos são perpendiculares.
de um cone de altura 12 cuja base é uma elipse com semi-eixos
(a) A seção transversal horizontal de cada cilindro à altura y do eixo
a= 6eb =4.
central é uma faixa retangular. Encontre a largura dessa faixa.
(b) Encontre a área da seção transversal horizontal de S à altura y.
(e) Encontre o volume de S como função der.

12

C9 FIGURA 21
s
19. Um tronco de pirâmide é uma pirâmide com sua ponta truncada
[Figura 22(A)]. Seja V o volume de um tronco de pirâmide de
altura h cuja base é um quadrado de lado a e cujo topo é um qua- FIGURA 24 Interseção de dois cilindros intersectando em ângulo reto.
drado de lado b, com a > b ~ O.
22. Seja S o sólido obtido pela interseção de dois cilindros de raio r
(a) Mostre que se o tronco fosse continuado até uma pirâmide intei-
cujos eixos intersectam num ângulo 0. Encontre o volume de S
. ha .
ra, ela tena uma altura - - [Figura 22(8)]. como função de r e 0.
a-b
(b) Mostre que a seção transversal à altura x é um quadrado de lado 23. Calcule o volume de um cilindro inclinado num ângulo de 0 = 30°
(1/ h)(a(h - x) + bx). cuja altura é 10 e cuja base é um círculo de raio 4 (Figura 25).

(e) Mostre que V = ½h(a 2 + ab + b2). Um papiro que remonta a


1850 a.C. indica que os matemáticos egípcios tinham descoberto
essa fórmula há quase 4.000 anos.

FIGURA 25 Cilindro inclinado num ângulo 0 = 30°.


24. Encontre a massa total de um bastão de 1 m cuja função densida-
de linear é p(x) = I0(x + 1)-2 kg/m para O::: x ::: 1.
(A) (B)
25. Encontre a massa total de um bastão de 2 m cuja função densida-
FIGURA 22 de linear é p(x) = 1 + 0,5 sen(nx) kg/m para O::: x ::: 2.

20. Um plano inclinado num ângulo de 45º passa pelo diâmetro da 26. Um depósito mineral ao longo de uma faixa de 6 cm de compri-
base de um cilindro de raio r. Encontre o volume da região den- mento tem densidade s(x) = 0,0l x(6 - x)g/cmpara0::: x::: 6.
tro do cilindro e abaixo do plano (Figura 23). Calcule a massa total do depósito.

27. Calcule a população dentro de um círculo de 10 km de raio cen-


trado no centro de uma cidade se a densidade populacional radial
ép(r) = 4(1 +r2 ) 113 (emmilharesporkmquadrado).

28. O Parque Nacional Odzala, no Congo, tem uma densidade alta de


gorilas. Suponha que a população radial sejap(r) = 52(1 + r 2 )-2
gorilas por quilômetro quadrado, onde r é a distância até uma
grande clareira gramada que dispõe de recursos de comida e
água. Calcule o número de gorilas dentro de um círculo de 5 km
FIGURA 23 de raio centrado na clareira.
CAPÍTULO 6 Aplicações da Integral 319

29. A Tabela 1 lista a densidade populacional (em pessoas por quilo-


metro quadrado) como uma função da distância r (em quilôme-
tros) do centro de uma vila rural. Dê uma estimativa da popula-
ção total dentro de um círculo de 2 km de raio centrado na aldeia,
tomando a média das aproximações pela esquerda e direita.

o
TABELA 1 Densidade populacional
r p(r) r p(r) FIGURA 26 Mapa de contornos de profundidade do Lago Nogebow.

0,0 125,0 1,2 37,6


Nos Exercícios 37-44 calcule a média no intervalo dado.
0,2 102,3 1,4 30,8
37. f(x) = x 3, [O, !] 38. f(x) = x 3, [-1 , l]
0,4 83,8 1,6 25,2
0,6 68,6 1,8 20,7 39. f (x) = cosx, [O, jl 40. f (x) = sec2 x , [O, ¾l

0,8 56,2 2,0 16,9 41. f(s)=s- 2 , [2, 5]

1,0 46,0 42. f (x) = sen(~/ x ), [l , 2]


X

30. Encontre a massa total de uma chapa circular de 20 cm de raio 43. f(x)=2x 3 -3x 2 , [- 1, 3] 44. f(x)=xn, [0, 1]
cuja densidade de massa é dada pela função radial p(r) = 0,03 +
0,01 cos(nr 2 ) g/cm2. 45. Seja Mo valor médio de f (x) = x 3 em [O, A], onde A > O. Qual
teorema garante quef(c) = M tem alguma solução cem [O, A]?
31. A densidade de macacos numa floresta é a função radial p(r) = Encontre c.
150(r 2 + 2)- 2 macacos por km2, onde ré a distância (em quilô-
metros) até uma fonte. Calcule o número de macacos na região 46. CR S Sejaf(x) = 2 sen x - x. Use um sistema algébrico com-
2:::;r:::;5km. putacional para esboçar o gráfico de f e obter uma estimativa:
(a) da raiz positiva a def (x);
32. Mostre que uma chapa circular com 2 cm de raio com densidade (b) dovalormédioMdef(x)em[O, a];
4
de massa radial p(r) = - g/cm tem massa total finita, embora (e) de um valor c E [O, a] tal quef(c) = M.
r
sua densidade fique infinita na origem.
47. Qual das funções f (x) = x sen2 x e g(x) = x 2 sen2 x têm o
33. Encontre a taxa de fluxo através de um tubo com 4 cm de raio, maior valor médio em [O, l]?Eem [l, 2]?
supondo que a velocidade das partículas do fluido que estão a r . senx
cm de distância do centro do tubo seja v(r) = 16 - r 2 cm/s. 48. Mostre que o valor médio de f (x ) = -- em [ j , n] é menor do
X
que 0,41. Se necessário, esboce o gráfico.
34. Seja v(r) a velocidade do sangue num vaso capilar de raio
R = 4 x 10- 5 m. Use a lei de Poiseuille (Exemplo 6) com 49. ~ Faça um esboço do gráfico de uma função f (x) tal que
k = 106 (m-s)- 1para determinar a velocidade no centro da capi- f (x) ~Oem [O, 1] e f(x) :::: Oem [1, 2], cuja média em [O, 2]
lar e a taxa de fluxo (com unidades corretas). seja negativa.

35. Um bastão sólido com 1 cm de raio é colocado num cano 50. Encontre a média de f (x) = ax + b no intervalo [-M, M], onde
com 3 cm de raio de tal maneira que seus eixos ficam alinha- a, b e M são constantes arbitrárias.
dos. Água flui pelo cano e por volta do bastão. Encontre a taxa
51. A temperatura T(t) no instante t (em horas) num museu de arte
de fluxo se a velocidade da água for dada pela função radial
v(r) = 0 ,5(r - 1)(3 - r) cm/s. varia de acordo com T (t) = 70 + 5 cos ( ~ t). Encontre a média
nos intervalos de tempo [O, 24] e [2, 6].
36. Para obter uma estimativa do volume V do lago Nogebow, no
estado norte-americano do Minnesota, a Secretaria de Pesca 52. Uma bola é lançada verticalmente para cima a partir do nível do
daquele estado criou o mapa dos contornos de profundidade na solo com velocidade inicial de 64 pés/s. Encontre a altura média
Figura 26 e determinou a área da seção transversal do lago em da bola no intervalo de tempo que vai desde o lançamento da
profundidades registradas na tabela seguinte. Dê uma estimativa bola até seu retorno ao nível do solo. Lembre que a altura no
de V tomando as aproximações pela direita e esquerda da integral instante t é dada por h(t) = 64t - 16t2.
da área de seção transversal
53. Qual é a área média dos círculos cujos raios variam de Oa 1?

Profundidade (pés) o 5 10 15 20 54. Um objeto com velocidade inicial nula acelera a uma taxa cons-
tante de 10 mts2. Encontre sua velocidade média durante os pri-
Área (milhões de pés2) 2,1 1,5 1,1 0,835 0,2 17
meiros 15 segundos.
320 CÁLCULO

55. A aceleração de uma partícula é a(t) = t - t 3 m/s2 para 57. Seja f(x) = .Jx. Encontre um valor de cem [4, 9] tal quef(c)
O ~ t ~ 1. Calcule a aceleração média e a velocidade média no seja igual à médiadefem [4, 9].
intervalo de tempo [O, l] , supondo que a velocidade inicial da
partícula seja nula. 58. Dê um exemplo de uma função (necessariamente descontínua)
que não satisfaz a conclusão do TVM para Integrais.
56. Seja Mo valor médio de f (x) = x 4 em [O, 3]. Encontre um valor
de cem [O, 3] tal quef(c) = M.

Compreensão adicional e desafios


59. Um objeto é lançado verticalmente para cima a partir do nível do 60. ~ Reveja o TVM enunciado na Seção 4.3 (Teorema l, p.
solo com velocidade inicial devo mls no instante t = O. Encontre l 92) e mostre como ele pode ser utilizado, junto com o Teorema
a velocidade média do objeto no intervalo de tempo [O, 71, onde Fundamental do Cálculo, para provar o TVM para Integrais.
T é o tempo que o objeto leva para voltar ao solo.

6.3 Volumes de revolução


Usamos os termos "girar" ou "efetuar Um sólido de revolução é um sólido obtido pela rotação de uma região no plano em tomo
1 uma rotação" sem grandes distinções. de um eixo. A esfera e o cone circular reto são exemplos familiares de tais sólidos. Cada
um desses sólidos é "varrido" quando um plano gira em tomo de um eixo (Figura 1).

y y

1
1
1
1
1
,; ____ ___i __ _____ _
1

- ----1, - - -- -;-'- - ---!-- - X

FIGURA 1 O cone circular reto e a esfera são sólidos de revolução.

Esse método de calcular o volume Em geral, se f (x) ~ Opara a ::: x ::: b, então a região sob o gráfico fica acima do eixo
é conhecido como o "método dos x. Girando essa região em tomo do eixo x produzimos um sólido com uma característica
discos" porque as fatias verticais do
sólido são discos circulares. especial: todas seções transversais verticais são círculos (Figura 2). De fato, a seção trans-
versal vertical no ponto x é um círculo de raio R = f (x) e tem área

Área da seção transversal vertical= nR 2 = nf (x) 2

y y

f(x)

-+---+--+--t---.....-x -+---+--+-+-+-'-+--X
a X b a X b

FIGURA 2 A seção transversal de um


sólido de revolução é um círculo de
raiof(x) e áreanf(x)2.
CAPÍTULO 6 Aplicações da Integral 321

y Como vimos na Seção 6.2, o volume total V é igual à integral da área de seções transver-
J:
sais. Portanto, V = rc f (x )2 dx.

Volume de um sólido de revolução: método dos discos Se f (x) for contínua e f (x) ::: Oem
[a, b], então o volume V obtido pela rotação da região sob o gráfico em tomo do eixo
x é [com R =f (x)]:

[I]

• EXEMPLO 1 Calcule o volume V do sólido obtido pela rotação da região sob y = x2


em tomo do eixo x, para O :::: x :::: 2.

Solução Nesse caso, f(x ) = x 2 e, pela Equação (1), o volume (Figura 3) é


X 2
2 12 12 = TC -xs 12 = TC-
2s 32

FIGURA 3 A região sob y
em torno do eixo x.
= x 2 girada V= TC
1
o
R2 dx = TC
o
(x 2 ) 2 dx = TC
o
x 4 dx
5 0 5
= - TC
5

Agora consideramos algumas variações na fórmula do volume de revolução. Em primei-


ro lugar, suponha que a região entre duas curvas y = f(x) e y = g(x), onde f (x ) :=: g(x) ::: O,
Área= ir(R 2 - r2) seja girada em tomo do eixo x [Figura 5(C)]. Então a seção transversal vertical do sólido à
altura x é gerada quando o segmento A B na Figura 5(A) gira em tomo do eixo x. Essa seção
transversal é uma arruela de raio exterior R =f(x) e raio interior r = g(x) [Figura 5(B)]. A
área dessa arruela é rcR 2 - rcr 2, ou rc(f (x )2 - g(x )2), e obtemos o volume do sólido como
a integral da área das seções transversais:

FIGURA 4 A região entre dois círculos


concêntricos é denominada "anel" ou,
mais informalmente, "arruela".

---------x
a X b

(A) (B) (C)


FIGURA 5 A seção transversal vertical é uma arruela gerada quando AB gira em torno do eixo x.

• EXEMPLO 2 Rotação da área entre duas curvas Encontre o volume V do sólido obtido
pela rotação da região entre y = x 2 + 4 e y = 2 em tomo do eixo x, para 1 ::: x ::: 3.
322 CÁLCULO

y y =x2 +4

10

2 3

FIGURA 6 A área entre y x 2 + 4 e


=
=
y 2, acima de [1 , 3], girada em tomo
do eixox.

Solução O gráfico de y = x 2 + 4 fica acima do gráfico de y = 2 (Figura 6). Portanto, o


raio exterior é R = x 2 + 4 e o raio interior é r = 2. Pela Equação (2),

V= 1r i 3
(R 2 - r 2 ) dx = 1r i 3
((x 2 + 4) 2 - 2
2
) dx

3 3
2 26
= 1r Í (x 4 + 8x 2 + 12) dx = 1r (!x
5
+ ~x 3 + 12x) 1 = · 1 1r
li 5 3 1 15 •

A Equação (2) pode ser modificada para calcular volumes de revolução em tomo de
retas horizontais paralelas ao eixo x.

• EXEMPLO 3 Revolução em torno de um eixo horizontal Encontre o volume V da "alian-


ça" na Figura 7(C), obtida pela rotação da região entre os gráficos de f (x) = x 2 + 2 e
g(x) = 4 - x 2 em tomo da reta horizontal y = -3.

y y
f(x) = x 2 + 2

g(x) =4-x2
---f'----+--+-+--1-----+- X
X
ft
-1 - 3+-x_i_ __
~ \ y=-3

Eixo de
rotação
FIGURA 7 O segmento AB gera uma
arruela quando é girada em tomo do
eixoy =-3. (A) (B) (C)

Solução Inicialmente determinamos os pontos de interseção dos dois gráficos resolvendo

x2 + 2 = 4- x2 ou x2 = 1

Quando montamos a integral para um Os gráficos intersectam emx = ±1. A Figura 7(A) mostra que o gráfico de g(x) = 4 - x 2
volume de rotação, devemos visualizar
fica acima do gráfico de f (x) = x 2 + 2 em [-1 , 1]. Se girássemos a região entre os grá-
as seções transversais. Essas seções
transversais são arruelas (ou discos) ficos em torno do eixo x, o volume seria dado pela Equação (2):
cujos raios exteriores e interiores
dependem do eixo de rotação.
V (em tomo do eixo x) = 1r 11

-1
(g(x) 2 - f (x) 2 ) dx = 1r 1 -1
1
( (4 - x 2) 2 - (x 2 + 2) 2) dx
CAPITULO 6 Aplicações da Integral 323

Quando giramos em tomo de um eixo horizontal diferente do eixo x a fórmula é análoga,


mas devemos usar os raios exteriores e interiores apropriados. Quando giramos em tomo
de y = -3, o segmento AB gera uma arruela cujos raios exteriores e interiores são, am-
bos, três unidades maiores [Figura 7(B)]:
• Raio exterior estende de y = -3 a y = g(x), portanto R = g (x) + 3 = 7 - x 2.
• Raio interior estende de y = -3 a y = f (x), portanto r = f (x) + 3 = x 2 + 5.
O volume de revolução é obtido integrando a área dessa arruela:
1 1
V (em torno de y = -3) = n /_ 2 2
(R - r ) dx = n /_ ( (g(x) + 3)2 - (f (x) + 3) 2) dx
1 1

= n [1 ((7 - x 2) 2 - (x 2 + 5)2 ) dx
1-1
1
= n /_ ( (49 - 14x 2 + x 4 ) - (25 + 10x 2 + x 4 )) dx
1
1 1
=n
1-1
(24 - 24x 2 ) dx = n(24x - 8x 3 ) 1
-1
= 32n


• EXEMPLO 4 Encontre o volume do sólido obtido pela rotação da região entre os
gráficos de f (x) = 9 - x 2 e a reta y = 12, para O ~ x ~ 3, em tomo da reta (a) y = 12
e(b)y=15.

y y

A
12 +-- - - - ~- - 12 1+,-- ---+-t>+--- +--- +---.
9 9

X 3 X 3 X 3

(A) f(x) = 9 - x2 (B) Rotação em tomo da reta y = 12 (C) Rotação em torno da reta y = 15

FIGURA 8 O segmento AB gera um disco quando girado em tomo de y = 12, mas gera uma arruela
quando girado em tomo de y = 15.

Solução Para montar as integrais, precisamos primeiro visualizar se a seção transversal é


um disco ou uma arruela.
Na Figura 8, o comprimento de AB é (a) A Figura 8(B) mostra que quando AB é girado em tomo de y = 12, gera um disco
12 - /(x), em vez def(x) - 12, porque a de raio
1 reta y = 12 fica acima do gráfico def(x).
R = comprimento de AB = 12 - f (x) = 12 - (9 - x 2 ) = 3 + x2
O volume do sólido de revolução em tomo de y = 12 é
3 3 3
n fo 2
R dx = n fo (3 + x )2 dx = n fo (9 + 6x
2 2
+ x 4 ) dx
6 8
= n(9x + 2x + ixs) 1:
3
= : n
324 CÁLCULO

(b) A Figura 8(C) mostra que AB gera uma arruela quando é girado em tomo de y = 15.
O raio exterior dessa arruela é a distância de B à reta y = 15:

R = 15 - f (x) = 15 - (9 - x 2 ) = 6 + x 2

O raio interior é r = 3, portanto o volume de revolução em tomo de y = 15 é

=n ( 27x+4x 3 + 1 x 5
5
)1 3
=1.188
--n
5 •
0

Para usar os métodos dos discos e das arruelas com sólidos de revolução em tomo de
eixos verticais, o gráfico deve ser descrito como uma função de y em vez de x.

• EXEMPLO 5 Revolução em torno de um eixo vertical Encontre o volume do sólido obtido


pela rotação da região sob o gráfico de f(x) = 9- x 2, acima de O:::: x:::: 3, em tomo do
eixo vertical x = - 2.

Eixo
X=-2 y y

y ...__ _A_,t-._:
_-_-_-_"'"~,
R= --/9'- y+2
r=2
--+------1------+-- X
-2 o 3 -2 o

FIGURA 9

Solução Na Figura 9, o segmento horizontal AB à altura y varre uma arruela horizontal


quando é girado em torno da reta vertical x = - 2. Para encontrar a área dessa arruela
como uma função de y, resolvemos primeiro para x em y = 9 - x 2 para obter x 2 = 9 - y,
ou x = ,/9=y. Assim,

Raio exterior R = J9 - y + 2, raio interior r =2


Como a região se estende de y = Oaté y = 9 ao longo do eixo y, o volume é obtido inte-
grando de y = Oaté y = 9:

9 9
n fo (R 2 -r 2 )dy = n fo ((J9-y+2) 2 -22 )dy

9
= n fo (9 - y + 4J9 - y) dy
9
= n ( 9y- -1 y 2 - = -225 n
8
2
-(9- y) 312
3 )
10 2 •
CAPÍTULO 6 Aplicações da Integral 325

6.3 RESUMO
• Método dos discos: Quando giramos a região sob o gráfico def (x) em torno do eixo x,
para a~ x ~ b, obtemos um sólido cuja seção transversal vertical é um círculo de raio
R =f (x) e área nR 2 = n f (x )2. O volume V do sólido é

V= n 1b R 2 dx =n 1b f(x) 2 dx

• Método das arruelas: Suponha que f(x) ~ g(x) ~ Opara a~ x ~ b. Quando giramos
a região entre os gráficos de f (x) e g(x) em tomo do eixo x, obtemos um sólido cuja se-
ção transversal vertical é uma arruela de raio exterior R = f (x) e raio interior r = g(x).
O volume V do sólido é

• Essas fórmulas são aplicáveis quando efetuamos uma rotação em tomo de uma reta ho-
rizontal y = e, mas os raios R e r devem ser modificados apropriadamente.

6.3 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Qual dos seguintes é um sólido de revolução? 4. Qual das integrais seguintes expressa o volume do sólido obtido
(a) Esfera (b) Pirâmide (e) Cilindro (d) Cubo
pela rotação da área entre y = f (x) e y = g(x), ao longo de [a, b],
em torno do eixo x [supondo f (x) :::: g (x) :::: O]?
2. Verdadeira ou falsa? Quando um sólido é formado pela rotação b 2
da região sob um gráfico em torno do eixo x, as seções transver-
sais perpendiculares ao eixo x são discos circulares.
(a) n
1
a {f(x) - g(x) ) dx

3. Verdadeira ou falsa? Quando um sólido é formado pela rotação (b) n 1b (f(x)2 - g(x)2) dx
da região entre dois gráficos em torno do eixo x, as seções trans-
versais perpendiculares ao eixo x são discos circulares.

Exercícios
Nos Exercícios 1-4, (a) esboce o sólido obtido pela rotação da região 10. f(x) = Jx 4 + 1, [l , 3]
sob o gráfico def(x) em torno do eixo x, ao longo do intervalo dado;
(b) descreva a seção transversal perpendicular ao eixo x localizada 11. f(x) = ,Jcosx + 1, [O, n]
em x e (c) calcule o volume do sólido.
12. f(x) = ,Jcosx senx, [O, n/2)
1. f (x) = x + 1, [O, 3] 2. f(x) = x2, [! , 3]
Nos Exercícios 13-18, (a) esboce a região englobada pelas curvas;
3. f(x)=Jx+T, [1 , 4] 4. f(x) =x- 1, [1 ,2) (b) descreva a seção transversal perpendicular ao eixo x localizada
em x e (c) calcule o volume do sólido obtido pela rotação da região
Nos Exercícios 5-12, encontre o volume do sólido obtido pela rotação em torno do eixo x.
da região sob o gráfico da função dada em torno do eixo x, ao longo
do intervalo dado. 13. y = x 2 + 2, y = 1O- x 2

5. f (x) = x 2 - 3x, [O, 3) 6. f(x) = 21 , [1 , 4] 14. y = x2 , y = 2x + 3


X

1. f (x) =x 513, [1 , 8) 8. f(x) =4 - x2 , [0,2) 15, y = 16 - X, y = 3x + 12, X = -1

2 5
9. f (x) =- , [l , 3) 16. y =- , y= 2-x
X+ ] X
326 CÁLCULO

n n 9
17. y = secx, y = O, X=-- x=-
4' 39. y= 2 , y=IO-x 2, emtomodoeixox
4 X

n 9
18. y = secx, y = cossecx, y = O, x = O ex= - . 40. y = 2 , y = 10 -x 2, em tomo de y = 12
2 X

Nos Exercícios 19-22, encontre o volume do sólido obtido pela rota- 5


41. y=~, y=
ção da região englobada pelos gráficos em torno do eixo y, ao longo 2 -x, emtornodoeixoy
do intervalo dado.
42. x = 2, x = 3, y = 16 - x 4, y = O, em tomo do eixo y
19. x = ,Jy, x = O; l .'.:é y .'.:é 4
43. y = x 3, y = x 113, em torno do eixo y
20. x = .Jseriy, x = O; O .'.:é y .'.:é n
44. y =x3, y = x 113, em torno de x = -2
21. X= y2, X= ,jy; Q _'.:: y _'.:: l

45. y 2 = 4x , y =X, em torno do eixo x


22. X =4 - y, X = 16 - y2; -3 _'.:: y _'.:: 4

Nos Exercícios 23-28, encontre o volume do sólido obtido pela rota- 46. i=4x, y =X, em torno de y = 8
ção da região A na Figura 1Oem torno do eixo dado.
47. iCG~ Esboce a hipociclóide x 213 + y213 = 1 e encontre o vo-
y lume do sólido obtido girando-a em tomo do eixo x.
y=x2 +2

48. O sólido gerado pela rotação da região entre os ramos da hi-


pérbole y2 - x 2 = 1 em torno do eixo x é denominado hiper-
bolóide (Figura 11). Encontre o volume do hiperbolóide para
- a .'.S X .'.:é a.
'-----+------1- - X
2
FIGURA 10 y

23. eixox 24. y= -2

25. y = 2 26. eixo y


--+-----+-----+--x
-a -1 a
27. X= -3 28. x=2

Nos Exercícios 29-34, encontre o volume do sólido obtido pela rota-


ção da região B na Figura 10 em torno do eixo dado.
FIGURA 11 A hipérbole de equação y2 - x 2 = 1.
29. eixox 30. y= -2

31. y = 6 32. eixoy 49. Uma "conta" é formada pela remoção de um cilindro de raio r
de uma esfera de raio R (Figura 12). Encontre o volume da conta
Sugestão para o Exercício 32: expresse o volume como uma soma de quando r = l e R = 2.
duas integrais ao longo do eixo y, ou use o Exercício 26.

33. x=2 34. x= - 3 y

Nos Exercícios 35-46, encontre o volume do sólido obtido pela rota-


ção da região englobada pelos gráficos em torno do eixo dado.

35. y=x 2, y=l2- x, x=O, emtornodey=-2

36. y=x 2, y=l2-x, x=O, emtornodey=l5

37. y = 16 - x, y = 3x + 12, x = O, em tomo do eixo y

38. y = 16 - x, y = 3x + 12, x = O, em torno de x = 2 FIGURA 12 Uma conta é uma esfera com um cilindro removido.
CAPÍTULO 6 Aplicações da Integral 327

Compreensão adicional e desafios


50. ~ Encontre o volume V da conta (Figura 12) em termos Seja R a região sob o gráfico, acima de O :S x :S a, destacada na

der e R. Em seguida, mostre que V = ih 3, onde h é a altura


Figura 14. Calcule o volume V do sólido obtido pela rotação de R
em torno do eixo x em termos da constante e= f (a). Sugestão: use
da conta. Essa fórmula tem uma conseqüência surpreendente: o método dos discos e a substituição u = f (x) para mostrar que
como V pode ser expresso em termos só de h, segue que duas
contas de mesma altura de 2 cm, formadas a partir de duas es-
feras, uma do tamanho de uma laranja e outra do tamanho do
globo terrestre, teriam o mesmo volume! É possível explicar
intuitivamente por que isso é possível? 54. Verifique a fórmula

51. O sólido gerado pela rotação da região dentro da elipse de equa-


2
ção ( ~) + ( f)2
= 1em torno do eixo x é denominado elip-
1
sóide. Mostre que o elipsóide tem volume nab2. Qual é o volu-
Em seguida, prove que o sólido obtido pela rotação da região des-
me se a elipse for girada em torno do eixo y? tacada na Figura 15 em torno do eixoxtem volume V= ~BH2,

52. Um sólido em formato de câmara de pneu é denominado toro com B e H como na figura. Sugestão: sejam x1 e x2 as raízes de
f (x) = ax + b - (mx + c) 2, onde x1 < x2. Mostre que
(Figura 13). Use o método das arruelas para calcular o volu-
me do toro obtido pela rotação da região dentro do círculo de x2
equação (x - a) 2 + y2 = b2 em torno do eixo y (supondo que
a> b). Sugestão: para calcular a integral, interprete-a como a
V= n
1
XJ
f(x)dx

área de um círculo.
e use a Equação (3).

y
y

1
1
1
:
IH
1
1

-- _____________!
B
-r---+--+-----=---x
X

FIGURA 13 O toro obtido pela rotação de um círculo em torno do


eixoy.

FIGURA 15 A reta y = mx + b intersecta a parábola y2 = ax +bem


53. A curva y =f(x) na Figura 14, denominada tractriz, tem a pro- dois pontos acima do eixo x.
priedade seguinte: a reta tangente em cada ponto (x, y) da curva
tem inclinação
55. Seja R a região do círculo unitário que fica acima do corte da reta
y = mx + b (Figura 16). Suponha que os pontos em que a reta in-
dy - -y
dx - ~ · tersecta o círculo ficam acima do eixo x. Use o método do Exercí-
cio 54 para mostrar que o sólido obtido pela rotação de R em torno
. n 2
do eixo x tem volume V = hd , com h e d como na figura.
y
6

a 2
FIGURA 14 A tractriz. FIGURA 16
328 CÁLCULO

Espessura !:J.r
6.4 Método de cascas cilíndricas
~--=--
Nas duas seções anteriores, calculamos volumes integrando a área de seções transversais. O
método das cascas é baseado numa idéia diferente e, em alguns casos, é mais conveniente.
h
No método das cascas, usamos cascas cilíndricas, como a da Figura 1, para apro-
ximar um volume de revolução. Para ver como isso é feito, começamos deduzindo uma
aproximação para o volume de uma casca cilíndrica de altura h, raio externo R e raio
interno r. Como a casca é obtida removendo um cilindro de raio r de um cilindro maior de
FIGURA 1 O volume da casca cilíndrica raio R, seu volume é igual a
é aproximadamente 2nRh !:::,.r, onde
!:::,.r = R-r. nR2h - nr2h = nh(R2 - r 2) = nh(R + r)(R - r) = nh(R + r)!ir [I]

onde !ir = R - r é a espessura da casca. Se a casca for muito fina, então R e r são pratica-
mente iguais e podemos trocar (R + r) por 2R na Equação (1), para obter a aproximação

Volume da casca ~ 2nRh !ir


Observe que a circunferência externa
da casca cilíndrica é 2nR, portanto
a Equação (2) diz que o volume é Agora consideramos um sólido obtido pela rotação da região sob y = f (x), de x = a
aproximadamente igual a até x = b, em torno do eixo y, como na Figura 2. A idéia é dividir o sólido em cascas con-
cêntricas finas. Mais precisamente, dividimos [a, b] em N subintervalos de comprimento
(2nR)(h)(M)
b-a
= (circunferência) x (altura) x (espessura) !ix = - -, com extremidades xo, x1, ... , XN- Quando giramos a faixa estreita acima
N
de [Xi-1 , Xi] em torno do eixo y, obtemos uma casca fina cujo volume denotamos por Vi-
N
O volume total V do sólido é igual a V = L Vi-
i= !

y y

i-ésima casca

--+-+---+----+----1-+--+--x
Xo=a X; -1 X; XN=b
X
FIGURA 2 A faixa destacada gera uma
"casca fina" quando é girada em tomo
do eixo y.

O topo da i-ésima casca fina na Figura 2 é curvo. Contudo, quando !ix for pequeno,
podemos aproximar essa casca fina pela casca cilíndrica (de topo reto) de altura f (xi) e
usar (2) para obter

V; ~ (circunferência)(altura)(espessura) = 2nxif(xi) !ix


Portanto,
N N
V= L vi :::::: I:2nxd(xi) Ô.X
i= I i=I

A soma à direita é o volume da aproximação cilíndrica de V ilustrada na Figura 3. Comple-


tamos o argumento da maneira usual. Quando N-+ oo, melhora a precisão da aproximação

e a soma à direita é uma aproximação pela direita que converge a V = 1b


2nxf (x ) dx.
CAPÍTULO 6 Aplicações da Integral 329

(A) (B) (C)

FIGURA 3 O volume é aproximado pela soma dos volumes de cilindros finos.

No método das cascas, integramos em Volume de um sólido de revolução: ométodo das cascas O volume V do sólido obtido pela
relação a x, mesmo girando em torno rotação da região sob o gráfico de y = f (x), ao longo do intervalo [a, b], em tomo do
1do eixo y.
eixo y, é igual a

V = 2n 1b xf (x) dx

Seria muito difícil utilizar o método dos • EXEMPLO 1 Encontre o volume V do sólido obtido pela rotação da área sob o gráfico
discos no Exemplo 1. Como o eixo de de f (x) = 1 - 2x + 3x 2 - 2x 3, acima de [O, 1], em tomo do eixo y.
rotação é o eixo y, deveríamos integrar
em relação a y, o que exigiria encontrar
Solução O sólido está na Figura 4. Pela Equação (3),
a função inversa g(y) = 1- 1(y ).

1 1
V=2n fo xf(x)dx=21t fo x(l-2x+3x 2 -2x 3)dx

= 2n (~x2 -
2
~x3
3
+ ~x4 -
4
~xs)
5
li =
0
~n
30 •
y

f (x)

FIGURA 4 O gráfico de
---1- -..1........l- - - + - x
f (x) = l - 2x + 3x 2 - 2x 3 girado em X

tomo do eixo y.

ENTENDIMENTO GRÃFIC0 Quando giramos o segmento vertical localizado em x em tomo


do eixo y, obtemos um cilindro de raio x e alturaf (x). Assim, temos a interpretação

V= 2n 1b x f(x) dx = 2n 1b (raio)(altura da casca) dx [!]


330 CÁLCULO

Para alguns sólidos, é necessário modificar a Equação (4) de várias maneiras.


Como um primeiro exemplo, consideramos a rotação da região entre os gráficos das
funções! (x) e g(x), ao longo de [a, b], em torno do eixo y, sendo que f(x) ::: g(x). O
segmento vertical localizado em x gera um cilindro de raio x e alturaf (x) - g(x) (Figu-
ra 5), portanto o volume V é

V= 2n lb (raio)(alturadacasca)dx = 2n lb x(f(x)- g(x))dx []]

y y

FIGURA 5 O segmento vertical


localizado em x gera um cilindro de --+------+----X -----+------+-----t-----x
raio x e alturaf (x) - g(x). X X

• EXEMPLO 2 Rotação da área entre duas curvas Use o método das cascas para calcular o
volume V do sólido obtido pela rotação da área englobada pelos gráficos de f (x) = 9 - x 2
e g(x) = 9 - 3x, em torno do eixo y.

g(x) = 9 - 3x Solução Resolvemos 9 - x 2 = 9 - 3x para encontrar os pontos de interseção x = O e


3. A Figura 6 mostra que 9 - x 2 ::: 9 - 3x para x em [O, 3], portanto f(x) = 9 - x 2 é a
curva de cima e g(x) = 9 - 3x é a curva de baixo. Temos

Altura= f (x) - g(x) = (9 - x 2 ) - (9 - 3x) = 3x - x 2

V= 2n lo (raio)(altura) dx = 2n1x(f(x) - g(x)) dx = 2n1(3x


3 3 3
2
- x 3) dx

3
FIGURA 6
= 2n ( x3 - 4x4
1 ) o=2
1 27 n

• EXEMPLO 3 Rotação em torno de um eixo vertical Use o método das cascas para calcular
o volume V do sólido obtido pela rotação da região sob o gráfico de f (x) = x - l 12, acima
de [1, 4], em torno de x = -3.
O raciocínio no Exemplo 3 mostra que Solução Se girássemos em torno do eixo y, o volume seria
se girarmos a região sob y = f (x),
acima de [a, b], em tomo da reta
vertical x = e, com e ~ a, então o
volume será
V (em torno do eixo y) = 2n i 4
(raio)(altura) dx = 2n i 4
x. x- 112 dx

V = 2n 1 \x - c)f (x ) dx A fórmula é análoga quando giramos em torno de x = -3, mas precisamos usar o raio
correto (distância ao eixo de rotação). A altura é, ainda, f(x ) = x- 112, mas o raio é, ago-
ra, três unidades maior, ou seja, x + 3 (Figura 7), portanto,

V (em torno do eixo y) = 2n i 4


(raio)(altura) dx

4
= 2n Ji[4 (x + 3)x- 112 dx = 2n (23x 312 + 6x 112) 1
= -64n
- •
1 3
CAPÍTULO 6 Aplicações da Integral 331

Eixo
x=-3 y y

FIGURA 7 A região sob o gráfico de


-3 X 4
y = x- 112, acima de [1 , 4], girada em
tomo dex =-3. -3

O método das cascas cilíndricas pode ser aplicado à rotação em tomo de eixos hori-
zontais mas, nesse caso, o gráfico deve ser dado no formato x = g(y).

• EXEMPLO 4 Rotação em torno do eixo x Use o método das cascas para calcular o
volume V do sólido obtido pela rotação em tomo do eixo x da área sob y = 9 - x 2,
acima de [O, 3].

Solução Como estamos efetuando uma rotação em tomo do eixo x e não do eixo y, o mé-
todo das cascas nos dá uma integral em relação a y. Portanto, resolvemos y = 9 - x 2 para
obter x 2 = 9 - y, ou x = ,/9=y.
As cascas cilíndricas são geradas por segmentos horizontais. O segmento A B na Figu-
ra 8 gera uma casca cilíndrica de raio y e altura J9 - y (continuamos utilizando o termo
"altura", embora o cilindro seja horizontal). Usando a substituição u = 9 - y, du = -dy na
integral resultante, obtemos

... LEMBRETE Depois da substituição


u = 9 - x, os limites de integração
V= 2n fo
9
(raio)(altura) dy = 2n fo
9
y J9 - y dy = -2n 1º (9 - u) .JU du
devem ser modificados. Como u(O) = 9

e u(9) = O, podemos trocar fo


9
por iº- = 2n fo9 (9u I / 2 - u3 f2) du = 2n ( 6u3/2 - ~ u5f2) 1: = 6:8 n •

FIGURA 8 A casca gerada por um


segmento horizontal na região sob o
gráfico de y = 9 - x 2.

6.4 RESUMO
• Sef (x) ~ O, então o volume V do sólido obtido pela rotação da região sob o gráfico de
y =f (x), ao longo de [a, b], em tomo do eixo y é
332 CÁLCULO

V = 2n 1\raio)(altura) dx = 2n 1b xf (x) dx

• Se girarmos a região em tomo do eixo vertical x = e em vez do eixo y, então o raio da cas-
ca (distância ao eixo de rotação) não é mais x. Por exemplo, se e< a, o raio é (x - e) e

V= 2n 1b (raio)(altura) dx = 2n 1b (x - c)f(x) dx

• Podemos usar o método das cascas para calcular volumes de revolução em tomo do eixo
x. É preciso expressar a curva no formato x = g(y):

V= 2n i\raio)(altura) dy = 2n 1d y g(y) dy

6.4 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Considere a região R sob o gráfico da função constante f (x) = h, (a) O método das cascas para calcular V leva a uma integral em rela-
acima do intervalo [O, r]. Quais são a altura e o raio do cilindro ção axou y?
gerado quando R é girado em tomo do (b) O método dos discos ou arruelas para calcular V leva a uma inte-
(a) eixox (b) eixo y gral em relação a x ou y?

2. Seja V o volume de um sólido de revolução em tomo do eixo y.

Exercícios
Nos Exercícios 1-10, esboce o sólido obtido pela rotação da região ICG!I Nos Exercícios 15-16, use o método das cascas para cal-
sob o gráfico da função, acima do intervalo dado, em torno do eixo y cular o volume do sólido obtido pela rotação da região englobada
e encontre seu volume. pelas curvas dadas em torno do eixo y. Use um sistema algébrico
1. f (x) = x3, [O, l] 2. f(x) = ..jx, [O, 4] computacional ou recurso gráfico para encontrar numericamente
os pontos de interseção.
3. f (x) = 3x + 2, [2, 4] 4. f(x) = 1 + x2 , [l , 3]
15. y = ½x 2, y = sen(x 2)
5. f(x) = 4- x 2 , [O, 2] 6. f(x) = Jx 2 +9, [O, 3]
16. y = J - x 4 , y = X, X= 0
7. f (x) = sen(x 2) , [O, Jn] 8. f (x) = x - 1, [l , 3]
Nos Exercícios 17-22, esboce o sólido obtido pela rotação da região
9. f(x)=x+l - 2x2 , [0, 1] sob o gráfico da função dada, ao longo do intervalo dado, em torno
X
do eixo dado, usando o método das cascas.
10. f(x) = ~·
3
[l , 4]
v 1 +x 17. f (x) = x3, [O, !], x = 2
Nos Exercícios 11-14, use o método das cascas para calcular o volu- 18. f(x) = x3, [O, 1], x =- 2
me do sólido obtido pela rotação da região englobada pelos gráficos
das funções dadas em torno do eixo y. 19. f (x)=x-4, [-3 , -1], x =4

11. y =x 2 , y=S-x 2 , x =O 1
20. f(x) = ~ · [O, 2], x =O
12. y = 8- x 3, y = 8- 4x vx 2 + J
13. y = ..jx, y =x2 21. f(x) = a - bx, [O, a/b], x = -1, a, b > O

14. y = 1 - lx - 11, y =O 22. f(x)= l- x 2 , [-1 , 1], x=c(comc > I)


CAPÍTULO 6 Aplicações da Integral 333

y
Nos Exercícios 23-28, use o método das cascas para calcular o volu- y =x2 + 2
me do sólido obtido pela rotação da região sob o gráfico da função
dada, ao longo do intervalo dado, em torno do eixo x.

23. y = X, Ü :'.:: X :'.:: 1 2 B


'-----+----+-- x
24. y =4 - x 2 , Ü :'.::X:'.:: 2 2

25. y = X I/ 3 - 2, 8 :'.:: X :'.:: 27 FIGURA 10

26. y = x- 1, I ::: x ::: 4. Esboce a região e expresse o volume 33• eixo Y 34. X= -3
como uma soma de duas integrais. 35. x = 2 36. eixox
27. y = x-2 , 2 :'.:: X :'.:: 4 37, y = -2 38. y=6

28. y = .,/x, 1 :'.:: X :'.:: 4 Nos Exercícios 39-44, use o método das cascas para encontrar o vo-
lume do sólido obtido pela rotação da região B na Figura 1Oem torno
29. Use ambos, métodos das cascas e dos discos, para calcular ovo- do eixo dado.
lume do sólido obtido pela rotação da região sob o gráfico de
f(x) = 8-x3 para0:::x :::2,emtomodo: 39. eixo y 40, X= -3

(a) eixox (b) eixo y 41. x= 2 42. eixox

30. Esboce o sólido obtido pela rotação em tomo do eixo y da região 43. y= -2 44. y =8
sob o gráfico da função constante f (x) = c (onde c > 0), para
45. Use o método das cascas para calcular o volume de uma esfera
Ü :'.::X:'.:: r .
de raio r.
(a) Encontre o volume sem usar integração.
46. Use o método das cascas para calcular o volume V da "conta"
(b) Use o método das cascas para calcular o volume. formada pela remoção de um cilindro de raio r do centro de uma
esfera de raio R (compare com o Exercício 49 da Seção 6.3).
31. Suponha que o gráfico da Figura 9(A) possa ser descrito tanto
por y = f (x) quanto x = h(y). Seja V o volume do sólido obtido 47. Use o método das cascas para calcular o volume do toro obtido
pela rotação da região sob a curva em tomo do eixo x. pela rotação do interior do círculo (x - a)2 + y2 = r 2 em tor-
no do eixo y, sendo a> r. Sugestão: calcule a integral interpre-
(a) Descreva as figuras geradas pela rotação dos segmentos AB e
tando uma de suas partes como a área de um círculo.
C B em tomo do eixo y.
(b) Monte integrais para calcular V pelos métodos das cascas e dos 48. Use o método das casas ou dos discos (o que for mais simples)
discos. para calcular o volume do sólido obtido pela rotação da região na
Figura 11 em tomo do:
(a) eixox (b) eixo y
y
y = g(x )

'""--~----+-X
e 2 C' 2
(A) (B)

FIGURA 9
FIGURA 11

32. ~ Seja W o volume do sólido obtido pela rotação da região 49. Use o método mais conveniente para calcular o volume do sólido
sob a curva na Figura 9(B) em tomo do eixo y . obtido pela rotação da região na Figura 12 em tomo do eixo:

(a) Descreva as figuras geradas pela rotação dos segmentos A' B1 e (a) X = 4 (b) y = -2
A'C' em tomo do eixo y.
(b) Monte uma integral que calcule W pelo método das cascas.
(c) Explique a dificuldade para calcular W pelo método das arrue-
las.

Nos Exercícios 33-38, use o método das cascas para encontrar o vo-
lume do sólido obtido pela rotação da região A na Figura 1Oem torno
do eixo dado. FIGURA 12
334 CÁLCULO

Compreensão adicional e desafios


50. ~ A área de superfície de uma esfera de raio ré 4nr 2. Use 52. A curva em forma de sino na Figura 14 é o gráfico de uma certa
isso para deduzir a fórmula do volume V da esfera de raio R de função exponencial y = f (x) com a propriedade seguinte: a reta
uma outra maneira. tangente num ponto (x, y) do gráfico tem inclinação dyldx = -xy.
Seja R a região destacada sob o gráfico, para O~ x ~ a, na Figura
(a) Mostre que o volume de uma casca esférica fina de raio interno r 14. Use o método das cascas e a substituição u =f(x) para mostrar
e espessura t.x é aproximadamente 4nr 2 t.x. que o sólido obtido pela rotação de R em torno do eixo y tem volu-
(b) Aproxime V decompondo a esfera de raio R em N cascas esféri- me V= 2n(I - c), onde c = f (a). Observe que, quando c-+ O, a
cas finas de espessura t.x = R/ N. região R toma-se ilimitada mas o volume tende a 2n.
(e) Mostre que a aproximação é uma soma de Riemann que conver-
ge a uma integral. Calcule a integral.

51. Seja R a região delimitada pela elipse ( )2 ~ + (i )2 = 1(Figu-


ra 13). Mostre que o sólido (denominado elipsóide) obtido pela
rotação de R em torno do eixo y tem volume! na 2b.

b
FIGURA 14 A curva em forma de sino.

a X

FIGURA 13 Aelipse(~)2 + (i)2 = 1.

6.5 Trabalho e energia


"Para aqueles que querem algum tipo Todas tarefas físicas, tais como ferver água ou acender um fogo, exigem um consumo de
de confirmação de que os físicos são energia. Quando uma força é aplicada a um objeto para colocá-lo em movimento, a ener-
seres humanos, a prova está na idiotice
de todas essas unidades diferentes que gia consumida é denominada trabalho. Se uma força constante F for aplicada ao longo de
eles usam para medir a energia." uma distância d, então o trabalho W é definido como "força vezes distância" (Figura 1)
- Richard Feynmann, no livro
The Character of Physical Law
[IJ

~ Jlj:J______
2
No sistema métrico, a unidade de força é o newton (abreviado N), definido como 1 kg-m/s •
A energia e o trabalho são, ambos, medidos em unidades de joule (J), igual a 1 N-m. No
A Distância d B sistema britânico, a unidade de força é a libra (lb) e ambos, energia e trabalho, são medidos
FIGURA 1 O trabalho realizado em pé-libra (pé-lb). Uma outra unidade de energia é a caloria. Um pé-lb é aproximada-
para mover um objeto de A até B é mente 0,738 J ou 3,088 calorias.
W=F · d. Para adquirir familiaridade com as unidades, calculemos o trabalho W necessário
para levantar uma pedra de 2 kg a 3 m acima do chão. A gravidade puxa essa pedra de
massa m para baixo com uma força igual a - mg, onde g = 9,8 mls2. Portanto, levantar a
pedra exige uma força vertical F = mg para cima e o trabalho realizado é

W = (mg)h = (2 kg)(9,8 m/s2 )(3 m) = 58,8 J


._.,.-,
F-d

Enquanto o quilograma é uma unidade de massa, a libra é uma unidade de força em


vez de massa, portanto, no sistema britânico, o fator g não aparece quando calculamos
CAPÍTULO 6 Aplicações da Integral 335

trabalho contra a gravidade. O trabalho realizado para levantar uma pedra de 2 lb a 3 pés
acima do chão é
W = (2 lb)(3 pés) = 6 pés-lb
'--v-'
F-d

Usamos integração para calcular o trabalho quando a força não é constante. Suponha
que a força F(x) varie quando o objeto se move de a até b ao longo do eixo x. Então a
Equação (1) não pode ser aplicada diretamente, mas podemos quebrar a tarefa num número
grande de tarefas menores, em cada uma das quais a Equação ( 1) dá uma boa aproxima-
ção. Dividimos [a, b] em N subintervalos de comprimento fy,_x = b N- ª, com extremidades
a = xo, xi, x2, ... , XN-l, XN = b. Seja Wi o trabalho realizado para mover o objeto de
FIGURA 2 O trabalho para mover um x;-1 até x; (Figura 2). Se fy,_x for pequeno, então a força é praticamente constante no intervalo
objeto de Xi-1 até Xi é aproximadamente [x;-1 , x; ], com valor F (xi), portanto W; :=:::: F (xi) 8,.x. Somando as contribuições, obtemos
F(x;) t:..x.
N
L F (x;) fy,_x
i=I
'-,.-'
Aproximação pela direita

A soma à direita é uma aproximação pela direita convergindo a 1b F (x) dx. Isso nos leva

à definição seguinte.

Posição de
equilíbrio
DEFINIÇÃO Trabalho O trabalho realizado para mover um objeto ao longo do eixo x de
a até b aplicando uma força de magnitude F(x) é

W = 1b F(x)dx

0 X

FIGURA 3 De acordo com a Lei de


Hooke, uma mola estendida x unidades Um cálculo típico envolve encontrar o trabalho exigido para esticar uma mola. Supo-
além do equilíbrio exerce uma força nha que a extremidade da mola ocupe a posição x = Oem equilíbrio, quando não há força
restauradora - kx no sentido oposto. agindo (Figura 3). A mola pode ser estendida x unidades ou comprimida (se x < O). A Lei
de Hooke afirma que a mola exerce uma força restauradora -kx no sentido oposto, onde k
A Lei de Hooke é devida ao cientista, é a constante da mola, medida em unidades de quilogramas por segundo ao quadrado.
inventor e arquiteto inglês Robert Hooke
(1653-1703), que fez descobertas
importantes na Física, Astronomia, • EXEMPLO 1 Lei de Hooke Se a constante da mola é k = 400 kg/s2, encontre o trabalho
Química e Biologia. Ele foi um pioneiro (emjoules) necessário para (a) esticar a mola 10 cm além do equilíbrio e (b) comprimir a
no uso do microscópio para estudar mola 2 cm adicionais quando já estiver comprimida 3 cm.
organismos. Infelizmente, Hooke
esteve envolvido em várias disputas Solução Pela Lei de Hooke, a mola exerce uma força restauradora de -400x N quando
ásperas com outros cientistas, mais estiver estendida x unidades. Portanto, para esticar a mola além disso, devemos aplicar
especialmente com seu contemporâneo uma força F(x) = 400x N. Para calcular o trabalho em joules, precisamos converter os
Isaac Newton. Newton ficou furioso
quando Hooke falou mal de seu trabalho centímetros em metros, já que 1 J é igual a 1 Newton-metro, como segue.
em Óptica. Mais tarde, Hooke disse a (a) O trabalho realizado para esticar a mola 10 cm (O, 1 m) além do equilíbrio é
Newton que acreditava que as leis de
Kepler deveriam poder ser deduzidas [º·l 21O' 1 = 2 J
de uma lei do quadrado inverso da W= lo 400x dx = 200x
0
gravitação. Em sua obra-prima Principia,
Newton recusou-se a reconhecer as (b) Se a mola estiver na posição x = -0,03 m, então o trabalho W exigido para compri-
contribuições de Hooke. Foi numa carta mi-la mais, até x = -0,05 m, é
endereçada a Hooke que Newton fez seu
famoso comentário: "Se eu tenho visto -0,05 1-0 05
mais longe, é porque estou parado sobre
os ombros de gigantes".
W=
1 -0,03
400x dx = 200x 2 '
- 0,03
= 0,5 - 0,18 = 0,32 J
336 CÁLCULO

Observe que integramos da direita para a esquerda (o limite inferior -0,03 é maior do que
o limite superior -0,05), porque estamos comprimindo a mola para a esquerda. •

Nos dois exemplos seguintes, calculamos o trabalho de outra maneira. Nesses exem-

plos, a fórmula W = 1b F(x) dx não pode ser usada porque não estamos movendo um

único objeto por uma distância fixada. Em vez disso, cada fina camada do objeto é movida
por uma distância diferente. Calculamos o trabalho total "somando" (ou seja, integrando)
o trabalho efetuado em cada camada fina.

• EXEMPLO 2 Construindo uma coluna de cimento Calcule o trabalho (contra a gravidade)


necessário para construir uma coluna de cimento de 5 m de altura e base quadrada de 2 m
3
de lado. Suponha que a densidade do cimento seja 1.500 kg/m •
Na superfície terrestre, o trabalho Solução Pensamos na coluna como uma pilha de N camadas finas de espessura !::.y = 5/ N.
contra a gravidade é igual à força mg O trabalho consiste em levantar essas camadas e colocá-las na pilha (Figura 4), mas o tra-
vezes a distância vertical na qual é
movido o objeto. Nenhum trabalho balho efetuado numa dada camada depende de quão alto a levantamos. Para encontrar o
contra a gravidade é efetuado quando trabalho efetuado para levantar uma camada fina de espessura !::.y à altura y, calculamos o
um objeto é movido lateralmente. volume, a massa e a força gravitacional na camada:

Volume da camada = área x espessura = 4!::.y m3


5 Massa da camada = densidade x volume= 1.500 · 4 !::.y kg

y
Força na camada = g x massa = 9,8 · 1.500 · 4 !::.y = 58.800 !::.y N

O trabalho requerido para levantar essa camada à altura y é aproximadamente igual à for-
ça vezes a distância y, ou seja, 58. 800y !::.y. Denotamos W(y) = 58.800y e escrevemos

FIGURA 4 O trabalho total é a soma Trabalho realizado levantando uma camada à altura y ~ W(y) !::.y
dos trabalhos efetuados em cada
camada da coluna.
Isso é somente uma aproximação porque a camada tem espessura não-nula e as partículas
de cimento do topo foram levantadas um pouquinho mais do que as da base.
Ai-ésima camada é elevada à altura y; = i !::.y e o trabalho total realizado é

N
W ~ LW(y;)!::.y
i=l

A soma da direita é uma aproximação pela direita de Jt W (y) dy. Fazendo N tender a oo,
obtemos

y215
W=
1o
5
W(y)dy=
1o
5
58.800ydy=58.800- =735.000J
2 o •
• EXEMPLO 3 Bombeando água para fora de um tanque Um tanque esférico de R metros
de raio com uma pequena abertura no topo está cheio de água. Quanto trabalho (contra a
gravidade) deve ser realizado para bombear a água para fora da abertura? A densidade da
água é 1.000 kg/m3•
Solução Isso é análogo ao exemplo precedente. Dividimos a esfera em N camadas finas
de espessura !::.y (Figura 5) e mostramos que o trabalho efetuado na camada à altura y é,
aproximadamente, W(y)!::.y, para alguma função W(y).
CAPÍTULO 6 Aplicações da Integral 337

Passo 1. Aproximar o trabalho realizado numa única camada.


Colocamos a origem no centro da esfera, de modo que y varia de -R até R (Figura
2R
5). Ai-ésima camada à altura y = Yi é quase cilíndrica, de espessura D.y = N e al-
gum raio, que denotamos por x. Pelo Teorema de Pitágoras, x 2 + y2 = R2. Portanto,
x 2 = R 2 - y2 e o volume da i-ésima camada é, aproximadamente,

Volume dai-ésima camada :::::: nx 2 D.y = n(R 2 - y2) D.y m3


._. LEMBRETE No sistema MKS de Além disso,
Iunidades, a força devida à gravidade
num objeto de massa m kg é 9,8m N.
Massa dai-ésima camada= densidade x volume:::::: l.000n(R 2 - y2) D.y kg
Força na i-ésima camada = g x massa :::::: (9,8)1.000n(R2 - y2) D.y N
Devemos levantar essa camada fina a uma distância vertical de aproximadamente
R - y (não é necessário realizar trabalho para mover um objeto lateralmente), de
modo que o trabalho realizado na camada é, aproximadamente,

Distância vertical
Força contra a gravidade levantada Denote isso por W (y)
,-"-.,
9.800n(R 2 - y2) D.y (R - y) = 9.800n(R 3 - R2y - Ry2 + y3) D.y

Com W(y) como indicado e y = Yi,

Trabalho realizado na i-ésima camada:::::: W(yi) D.y

Passo 2. Integrar o trabalho realizado nas camadas.


Completamos o argumento como no Exemplo 2. O trabalho total W é a soma dos
N
trabalhos realizados nas N camadas. Assim, W :::::: L W(yi) D.y e, no limite, quando
i=l
N-+ oo, obtemos

Os limites de integração na Equação


(3) são - R e R porque a coordenada y
1ao longo da esfera varia de -R a R.
W= 1_: W(y)dy = 9.800n 1_: 3 2
(R - R y - Ry
2
+ y3) dy

1 1
+ -1 y4 ) IR 39.200,r
= 9.800,r ( R3 y - - R2y2- - Ry3
2 3 4 -R
= - - - R4 J
3 •
Essa camada é
bombeada por uma A água sai por essa O raio à altura y é
distância vertical abertura no alto x=VR 2 -y2
R - y; y= R

Y;
Y; - 1

- y= O

FIGURA 5 O raio de uma camada fina Yi


àalturayéx = JR2 - y2 . Yo=-R Yo=-R
338 CÁLCULO

6.5 RESUMO
• O trabalho W realizado quando uma força F é aplicada para mover um objeto ao longo
de uma reta é:

Força constante: W = F · d, Força variável: W = 1b F(x) dx

• Em alguns casos, o trabalho é calculado decompondo o objeto em N camadas finas de


espessura D..y = b - ª (quando o objeto se estende de y = a até y = b). O trabalho Wi
N
efetuado na i-ésima camada como W; ~ W(y;) D..y, para alguma função W(y). O traba-

lho total é igual a W = 1b W(y) dy.

6.5 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Por que precisamos da integração para calcular o trabalho reali- 3. Qual dos seguintes, kx, -kx, ½mk 2 , ½kx 2 ou ½mx2, representa
zado para esticar uma mola? o trabalho necessário para esticar uma mola (com constante k)
2. Por que precisamos da integração para calcular o trabalho rea- por uma distância x além de sua posição de equilíbrio?
lizado para bombear água para fora de um tanque mas não para
calcular o trabalho realizado para levantar o tanque?

Exercícios
1. Quanto trabalho é realizado levantando uma massa de 4 kg a 16 Nos Exercícios 11-14, calcule o trabalho contra a gravidade necessá-
m acima do nível do solo? rio para construir uma estrutura de tijolos usando o método dos Exem-
3
2. Quanto trabalho é realizado levantando uma massa de 4 libras a plos 2 e 3. Suponha que o tijolo tenha uma densidade de 80 lb/pé •
16 pés acima do nível do solo?
11. Uma torre de 20 pés de altura e base quadrada com lado de 10
Nos Exercícios 3-6, calcule o trabalho (em joules) necessário para pés.
esticar ou comprimir uma mola como a dada, supondo que a constan- 12. Uma torre cilíndrica de 20 pés de altura e raio de 10 pés.
te da mola seja k = 150 kg/s2.
13. Uma torre de 20 pés de altura no formato de um cone circular
3. Esticando desde o equilíbrio até 12 cm além do equilíbrio. reto com 4 pés de raio da base.
4. Comprimindo desde o equilíbrio até 4 cm além do equilíbrio. 14. Uma estrutura no formato de um hemisfério de 4 pés de raio.
5. Esticando de 5 a 15 cm além do equilíbrio. 15. A Grande Pirâmide de Giza, no Egito, construída em torno de
6. Comprimindo a mola 4 cm a mais quando já está comprimida 5 cm. 2600 a.C., tem 485 pés de altura (devido à erosão, atualmente
é um pouco mais baixa) e tem uma base quadrada, com um
7. Se forem necessários 5 J de trabalho para esticar uma mola por lado de 755,5 pés (Figura 6). Encontre o trabalho realizado para
10 cm além do equilíbrio, quanto trabalho será necessário para construir a pirâmide se a estimativa da densidade da pedra utili-
esticá-la 15 cm além do equilíbrio? zada for de 125 lb/pé3•
8. Se forem necessários 5 J de trabalho para esticar uma mola por
10 cm além do equilíbrio, quanto trabalho será necessário para
comprimi-la 5 cm além do equilíbrio?
9. Se forem necessários 10 pés-lb de trabalho para esticar uma mola
por I pé além do equilíbrio, quanto esticará a mola se for coloca-
do um peso de 10 libras em sua extremidade?

10. ~ Mostre que o trabalho necessário para esticar uma mola


desde a posição a até a posição b é ½k(b 2 - a 2), onde k é a cons-
tante da mola. Como podemos interpretar o trabalho negativo
que obtemos quando lbl < lal? FIGURA 6 A Grande Pirâmide de Giza, no Egito.
CAPÍTULO 6 Aplicações da Integral 339

Nos Exercícios 16-20, calcule o trabalho (emjoules) necessário para


bombear toda água para fora do tanque. Suponha que o tanque esteja
cheio, que as medidas são em metros e que a densidade da água seja
1.000 kg/m3•

16. A caixa da Figura 7; a água sai por uma abertura pequena no topo.

A água sai por aqui


FIGURA 11

1
1 5 21. Encontre o trabalho W exigido para esvaziar o tanque da Figura 7
1
1 se estiver com água só até a metade.
,,,,,,_ ____ _
1
1
22. ~ Suponha que o tanque da Figura 7 esteja cheio d'água
e seja W o trabalho necessário para bombear metade dela para
8 fora. É de se esperar que W seja igual ao trabalho calculado no
FIGURA 7 Exercício 21? Explique e depois calcule W.

23. Encontre o trabalho exigido para esvaziar o tanque da Figura 9 se


17. O hemisfério da Figura 8; a água sai pelo cano mostrado na figura. estiver com água só até a metade.

24. Suponha que o tanque da Figura 9 esteja cheio d'água e calcule o


trabalho necessário para bombear metade dela para fora.

25. Suponha que o tanque da Figura 9 esteja cheio.


(a) Calcule o trabalho F(y) necessário para bombear a água para fora
até que ela alcance o nível y de profundidade.
(b) C,9 5 Faça um esboço do gráfico de F(y).
FIGURA 8
(e) ~ Qual é o significado de F' (y) como uma taxa de variação?
18. O tanque cônico da Figura 9; a água sai pelo cano mostrado na (d) C,9 5 Se quisermos bombear toda água para fora, em qual ní-
figura. vel de água YO teremos realizado a metade do trabalho?

26. Quanto trabalho é realizado para içar uma corrente de 25 pés


para cima do lado de um prédio (Figura 12)? Suponha que a
corrente tenha densidade de 4 lb/pé. Sugestão: quebre a cor-
rente em N segmentos, obtenha uma estimativa do trabalho
realizado num segmento e calcule o limite quando N --+ oo
como uma integral.

FIGURA 9 Ili
~
J Segmento de
comprimento ~y
19. O cilindro horizontal da Figura 10; a água sai por uma abertura
pequena no topo. Sugestão: para calcular a integral, interprete
parte dela como a área de um círculo. 11
FIGURA 12 Um pequeno segmento da corrente de comprimento 6.y
A água sai por aqui
localizado a y pés do topo é içado por uma distância vertical y.

27. Quanto trabalho é realizado para içar uma corrente de 3 m para


cima do lado de um prédio se a corrente tem densidade de massa
de 4kg/m?

28. Uma corrente de 8 pés pesa 16 lb. Encontre o trabalho requerido


FIGURA 10
para içar a corrente para cima do lado de um prédio.

20. A calha da Figura 11; a água sai derramando por cima dos 29. Uma corrente de 20 pés e densidade de massa de 3 lb/pé está
lados. enrolada no chão. Quanto trabalho é realizado para levantar a
340 CÁLCULO

corrente por uma extremidade de tal modo que fique totalmente km acima da superfície da Terra. Suponha que a Terra seja uma
esticada (com a outra extremidade tocando o chão)? esfera de massa Me = 5,98 x 1024 kgeraiore = 6,37 x 106 m.
Trate o satélite como uma massa pontual.
30. Uma corrente de 20 pés e densidade de massa de 3 !bipé está
enrolada no chão. Quanto trabalho é realizado para levantar a 34. Use o resultado do Exercício 32 para calcular o trabalho neces-
corrente por uma extremidade de tal modo que essa extremidade sário para mover um satélite de 1.500 kg de uma órbita de 1.000
fique a 30 pés do chão? para uma de 1.500 km acima da superfície da Terra.

31. Uma bola de demolição de l.000 lb está pendurada por um 35. Suponha que a pressão P e o volume V do gás num cilindro me-
cabo preso num guindaste. O cabo mede 30 pés e tem uma dindo 30 polegadas, de 3 polegadas de raio e com um pistão mó-
densidade de 10 lb/pé. Calcule o trabalho realizado se o guin- vel, estejam relacionados por PV 1,4 =k, onde k é uma constante
daste puxar o cabo e içar a bola desde o nível do chão até uma (Figura 13). Quando o cilindro está cheio, a pressão do gás é 200
altura de 30 pés. lb/pot2. (Um pé é igual a 12 polegadas.)

Nos Exercícios 32-34, use a Lei da Gravitação Universal de (a) Calcule k.


Newton, de acordo com a qual a força gravitacional entre dois ob- (b) Calcule a força no pistão como uma função do comprimento x da
jetos de massas m e M, separadas por uma distância r, tem magnitu- coluna de gás (essa força é PA , onde A é a área do pistão).
de GMm/r 2, onde G =6,67 x 10-II m3kg- 1s- 1. Embora essa lei
(e) Calcule o trabalho necessário para comprimir a coluna de gás de
universal esteja enunciada para massas pontuais, Newton provou
que ela também é válida para objetos esféricos uniformes, quando r 30 para 20 polegadas.
é a distância entre seus centros.

32. Duas esferas de massas Me m estão separadas por uma distância


r1. Mostre que o trabalho necessário para aumentar essa separa-
ção para uma distância r2 é igual a W = G Mm (r 11 - r 2 1).
X
33. Use o resultado do Exercício 32 para calcular o trabalho neces-
sário para colocar um satélite de 2.000 kg numa órbita a 1.200 FIGURA 13 Gás num cilindro com pistão.

Compreensão adicional e desafios


36. Uma corrente de 20 m com densidade de massa linear (e) Use o TFC para mostrar que a variação na energia cinética duran-
te o intervalo de tempo [t1 , t2] é igual a
p(x) =0,02x(20 - x) kg/m
12
está deitada no chão. 1IJ
F(x(t))v(t) dt

(a) Quanto trabalho é realizado para levantar a corrente por uma ex-
(d) Prove o teorema do trabalho-energia cinética: a variação na ener-
tremidade de tal modo que fique totalmente esticada (com a outra
extremidade tocando o chão)? gia cinética EC é igual ao trabalho W realizado.

(b) Quanto trabalho é realizado para levantar a corrente por uma ex- 38. Um trenzinho elétrico de 0,5 kg de massa é colocado em uma
tremidade de tal modo que essa extremidade fique a 30 m do extremidade de um trilho reto de 3 m. Suponha que a força
chão? F (x) = 3x - x 2 N aja no trenzinho à distância x medida ao lon-
go do trilho. Use o teorema do trabalho-energia cinética (Exer-
37. Teorema do trabalho-energia cinética A energia cinética de cício 37) para determinar a velocidade do trenzinho quando ele
um objeto de massa m em movimento a uma velocidade v é EC atinge o fim do trilho.
_ I 2
- 2 mv.
39. Com qual velocidade inicial vo deve ser lançado um foguete para
(a) Suponha que o objeto se desloque de x1 a x2 durante o intervalo
que alcance uma altitude máxima r acima da superfície da Terra?
de tempo [t 1, t2] devido a uma força F(x) que age ao longo do
Sugestão: use os resultados dos Exercícios 32 e 37. Quando o
intervalo [x 1, xi]. Seja x(t) a posição do objeto no instante t. Use foguete atinge sua altitude máxima, sua energia cinética decresce
a fórmula de mudança de variáveis para mostrar que o trabalho
de 21 mv0
2
a zero.
realizado é igual a
40. Com qual velocidade inicial deve ser lançado um foguete para
112F(x(t))v(t) dt
W =
1 XJ
x2
F(x) dx =
IJ
que alcance uma altitude máxima der = 20 km acima da super-
fície da Terra?

(b) Pela Segunda Lei de Newton, F(x(t)) = ma(t), onde a(t) é a ace- 41. Calcule a velocidade de escape v.,c da Terra, que é a velocidade
leração no instante t. Mostre que inicial mínima de um objeto que garante que ele continue via-
jando pelo espaço sem nunca cair de volta à Terra (supondo que
!!_ (!mv(t )2) = F(x(t))v(t) nenhuma força seja aplicada depois do lançamento). Sugestão:
dt 2 tome o limite quando r ~ oo no Exercício 39.
CAPÍTULO 6 Aplicações da Integral 341

EXERCÍCIOS DE REVISÃO DO CAPÍTULO


Nos Exercícios 1-4, encontre a área da região delimitada pelos grá- 15. f(x) = lxl, [-4, 4] 16. f(x) = x[x], [O, 3]
ficos das funções.

Stt
1. y = sen x, y = cosx , O -< x -< -4
17. O valor médio de g(t) em [2, 5] é 9. Encontre fi 5
g(t) dt.

18. Para todo x ::".: O, o valor médio de R(x) em [O, x] é igual a x. En-
2. f(x) =x3 - 2x 2 + x, g(x) =x2 - x contre R(x).

3. f(x)=x 2 +2x, g(x)=x 2 -1 , h(x)=x 2 +x - 2 19. Use o método das cascas para encontrar o volume do sólido ob-
tido pela rotação da região entre y = x 2 e y = mx em torno do
1t
4. f(x) = senx, g(x) = sen2x, -3 <x< eixo x (Figura 2).
- - tt

Nos Exercícios 5-8, esboce a região delimitada pelos gráficos das


funções e encontre sua área.

5. f(x)=x 3 - x 2 - x+ I, g(x)=~, O.::::x .:::: l


Sugestão: use Geometria para calcular a integral.
1
6. X=
2y, X= yJI="y2, 0 .'.':: y .'.:: l

7. y = 4 - x 2 , y = 3x, y= 4
FIGURA 2
8. X = y 3 - 2y2 + y, X= y2 - y
20. Use o método das arruelas para encontrar o volume do sólido
9. ICGij Use um recurso gráfico para localizar os pontos de inter- obtido pela rotação da região entre y = x 2 e y = mx em torno do
seção de y = e-x e y = 1 - x 2 e encontre (aproximadamente) a eixo y (Figura 2).
área entre as duas curvas.
21. Seja R a interseção dos círculos de raio 1 centrados em ( 1, 0) e
10. A Figura 1 mostra um sólido cuja seção transversal horizontal à (0, 1). Expresse como uma integral (mas não a calcule): (a) a
altura y é um círculo de raio (1 + y)- 2, para O .:::: y .:::: H. Encon- área de R e (b) o volume do sólido de revolução de R em torno
tre o volume do sólido. doeixox.

y 22. Use o método das cascas para montar uma integral (mas não
calculá-la) expressando o volume do sólido obtido pela rotação
da região sob y = cos x , acima de [O, tt/2], em torno da reta
X= 1t.

Nos Exercícios 23-31, encontre o volume do sólido obtido pela rota-


ção da região englobada pelas curvas em torno do eixo dado.

23. y = 2x, y = O, x = 8; eixo x

24. y = 2x, y =0, X= 8; eixox = -3


FIGURA 1 25. y = x 2 - 1, y = 2x - 1, eixox = -2

11. Encontre o peso total de um bastão de 3 m de densidade linear 26. y = x 2 - 1, y = 2x - 1, eixoy = 4

p(x) = 1 + 2x +
2 3
x kg/m.
27, y2 = x3, y = X, X = 8; eixox = -1
9 l X = 3; eixoy = - 3
28, y 2 = X-1 , X =,
12. Encontre a taxa de fluxo (nas unidades corretas) através de um
cano de 6 cm de diâmetro se a velocidade das partículas do fluido 29. y = -x2 + 4x - 3, y = O; eixo y = - 1
a uma distância r do centro do cano for v(r) = (3 - r) cm!s.
30. x = 4y - y3, y = O, y = 2; eixo y
Nos Exercícios 13-16, encontre o valor médio da função no intervalo.
31. y 2 =x- 1, x= I, x=3; eixox=-3
13. f(x) = x 3 - 2x + 2, [-1, 2]
Nos Exercícios 32-34, as regiões são dadas em relação à hipérbole
14. f (x) = J9 - x 2, [O, 3] Sugestão: use Geometria para calcu- y2 - x 2 = 1na Figura 3. Calcule o volume do sólido de revolução
lar a integral. em torno do eixo x e também do eixo y.
342 CÁLCULO

FIGURA 3 FIGURA 4

32. A região destacada entre o ramo superior da hipérbole e o eixo x, 37. Calcule o trabalho exigido para encher o tanque.
para -c :S x :S c.
38. Calcule o trabalho F(h) exigido para encher o tanque até uma
33. A região entre o ramo superior da hipérbole e a reta y = x, para altura de h pés contados desde a base do tanque.
0 :S X :S C.
3
39. Um contêiner pesando 50 libras contém 20 pés de água. O con-
34. A região entre o ramo superior da hipérbole e y = 2. têiner é levantado verticalmente a uma velocidade constante de 2
pés/s durante I minuto e, enquanto isso, a água vaza a uma taxa
35. Seja a > O. Mostre que quando a região entre y = aJx - ax 2 de½ pé3/s. Calcule o trabalho total realizado para levantar o con-
e o eixo x é girada em torno do eixo x, o volume de revolução 3
têiner. A densidade da água é de 64,2 lb/pé •
resultante é independente da constante a.
40. Seja W o trabalho contra a gravidade do Sol necessário para trans-
36. Uma mola cujo comprimento de equilíbrio é de 15 cm, exerce portar uma pessoa de 80 kg da Terra para Marte quando os dois
uma força de 50 N quando esticada a 20 cm. Encontre o trabalho
planetas estiverem alinhados com o Sol e à sua distância mínima
exigido para esticar a mola de 22 para 24 cm.
de 55,7 x 106 km. Use a Lei da Gravitação Universal de Newton
Nos Exercícios 37-38, um tanque esférico de 5 pés de raio está sendo (ver Exercícios 32-34 na Seção 6.5) para expressar W como uma
enchido de água bombeada de uma fonte localizada 2 pés abaixo da integral e calcule-a. O Sol tem uma massa de Ms = I ,99 x 1030
abertura localizada na base do tanque (Figura 4). A densidade da kg e a distância do Sol à Terra é de 149,6 x 106 km.
água é de 64,2 lb/pé3.
71 FUNÇÃO EXPONENCIAL
E ste capítulo é dedicado às funções exponenciais e suas apli-
cações. Essas funções são usadas para modelar uma gama
impressionante de fenômenos, tais como o decaimento radio-
ativo, o crescimento populacional, as taxas de juros, a pressão
atmosférica e a difusão de moléculas através da membrana de
uma célula. O Cálculo nos permite discernir o motivo pelo qual
as funções exponenciais desempenham um papel tão importan-
te em situações tão diversas. A chave, no final das contas, é a
relação entre uma função exponencial e sua derivada.

7.1 Derivada de f(x) = bx e onúmero e


Uma função exponencial é uma função do tipo f (x) = bX, onde
b > Oe b =!= 1. O número b é denominado base. Alguns exemplos
são 2x, (1,4 )x e 1OX. Excluímos o caso b = 1 porque f (x) = ix
é uma função constante. As calculadoras dão boas aproximações
Detalhe de um bisão e outros animais numa
réplica do mural da caverna de Lascaux.
decimais para os valores de funções exponenciais:

24 = 16, i- 3 = 0,125, (1,4) 3 = 2,744, 104 •6 ~ 39.810,717

Três propriedades de funções exponenciais deveriam ser destacadas desde o princípio


(Figura 2 para b = 2):
• Funções exponenciais são positivas: bx > Opara todo x.
• f (x) = bx é crescente se b > 1 e decrescente se O< b < 1.
• A imagem de f (x) = bx é o conjunto de todos números reais positivos.
Como vemos na Figura 2, os limites quando x --+ ±oo dependem de b > 1 e b < 1:

b > 1: lim bx
X-+00
= oo lim bx
x-+-00
=O
O< b < 1: lim bx
X-+00
=O lim bx = 00
FIGURA 1 Gordon Moore (1929-). x-+ - oo

y y
Moore (que, mais tarde, tornou-se
presidente da Intel Corporation) 4 4
y = 2x
previu que nas décadas que seguiriam
1965, o número de transistores
por circuito integrado cresceria
"exponencialmente". Essa predição
tem se mantido por quase quatro
décadas e pode muito bem continuar
-2 -1 2 -2 -1 1 2
por muitas mais. Moore disse que "A
lei de Moore é uma expressão que y = 2x é crescente y=( r
½ é decrescente
acabou sendo aplicada a uma curva
FIGURA 2
que eu esbocei em meados da década
de 1960, mostrando o crescimento na
complexidade dos circuitos integrados
Uma outra característica importante de f (x) = bx (para b > 1) é que ela cresce rapi-
em função do tempo. Ela foi expandida
para incluir muito mais do que aquilo e damente. Embora "crescimento rápido" seja um termo subjetivo, vale a afirmação precisa
eu fico feliz por levar o crédito de tudo". seguinte: f (x) = bx cresce mais rapidamente que qualquer função polinomial (ver Exer-
344 CÁLCULO

cício 78 e Teorema 3 na Seção 7.7). Por exemplo, a Figura 3 mostra que f (x) = 3x acaba
alcançando e cresce mais rapidamente do que as funções potência x 3, x 4 e x 5. A Tabela 1
compara 3x com x 5.

y y y
TABELA 1 3x
X x5 3x

1 3
5 3.125 243 150.000 150.000 150.000
10 100.000 59.049
15 759.375 14.348.907 x3
25 9.765.625 847.288.609.443
'---""'-+---- X
10 10 10
FIGURA 3 Comparação de 3x com funções potência.

Agora vamos revisar as leis de expoentes. A lei mais importante é

Em outras palavras, na multiplicação, somamos os expoentes, desde que as bases sejam


iguais. Essa lei não pode ser aplicada a produtos tais como 32 · 54.

TEOREMA 1 Leisde expoentes (b > O)

Regra Exemplo
Confira as leis de expoentes com Expoente zero b0 =l
cuidado pois serão utilizadas em todo
Produtos bx bY = bx+y 25 . 23 = 25+3 = 28
1este capítulo.
bx 47
Quocientes - = bx-y _ =47-2 =45
bY 42
l l
Expoente negativo b-x = _!__ 3-4= - = -
bX 34 81
Potência de potência (bx)y = bxy (32)4 = 32(4) = 38

Raiz b lfn = :;/b 51/2 = ..js

• EXEMPLO 1 Reescreva como número natural ou fração (sem usar calculadora):


93
(a) 16- 112 (b) 27 213 (e) -
37
Solução
(a) 16-1;2 = _ 1_ = _ 1_ = ! (b) 272/3 = (2?113)2 = 32 = 9
161/2 .Jf6 4
93 (32)3 36 1
(e) 31 = T= 31 = 3-1 = 3
No próximo exemplo, usamos a propriedade seguinte: se bx = bY, então x = y.
Essa propriedade afirma que f(x) = bx é injetora (um termo que introduzimos na pró-
xima seção).
CAPITULO 7 Função Exponencial 345

• EXEMPLO 2 Resolva para a incógnita:


(a) 23x+l = 25 (b) b3 = 56 (e) 71+1 = (f )21
Solução
(a) Se 23x+t = 25, então 3x + 1 = 5 e, portanto, x = 1-
(b) Elevamos ambos lados de b 3 = 56 à potência½- Pela regra da "potência de potência",
obtemos

b = (b3) 1/3 = (56) 1/3 = 56/3 = 52 = 25


(e) Como½ = r 1, o lado direito da equação é ( ½)21 = (r 1)21 = r 2'. A equação, en-
tão, é 7 +1 = 1-21 . Portanto, t + 1 = -2t, ou t = -½-
1

Derivada de f(x) = bx
Vamos supor que f (x) = bx seja Nesse ponto, é natural perguntar: qual é a derivada de f (x) = bx? Nossas regras de de-
derivável. A prova disso é um pouco rivação não nos ajudam porque bx não é um produto, quociente ou composta de funções
técnica, mas o resultado certamente
é plausível, porque o gráfico de y = bx cujas derivadas conheçamos. Devemos voltar à definição de derivada via limite. A razão
parece liso e sem bicos. incremental (para h :j:. O) é

f(x + h) - f(x) bx+h - bx bxbh - bx bx(bh - 1)


------=----=----=----
h h h h
[IJ

Agora tomamos o limite quando h -+ O. O fator bx não depende de h, portanto pode ser
tirado para fora do limite:

.!!:_bx = lim bx+h - bx = lim _bx_(b_h_-_1_) = bx lim (-bh_-_l)


dx h-+0 h h-+0 h h-+0 h

Esse último limite não depende de x. Vamos supor que ele exista e denotar seu valor
por mb:

O que acabamos de mostrar, então, é que a derivada de bx é proporcional a bx:

y O que é mb? Não podemos determinar essa constante exatamente nesse ponto, mas
podemos investigar algumas de suas propriedades (na Seção 7.3 vamos aprender que mb é
o logaritmo natural de b). Observamos primeiro que mb tem uma interpretação gráfica sim-
ples: ela é a inclinação da reta tangente ao gráfico de y = bx em x = O(Figura 4) porque

d xi
-b =mbbO=mb
-1 2 dx x =O

FIGURA 4 O gráfico de y = bx e a reta


tangente em x = O. • EXEMPLO 3 Investigando mb numericamente Investigue numericamente mb para b = 2;
2,5; 3 e 10.

Solução Criamos uma tabela de valores para obter uma estimativa de mb:
346 CÁLCULO

2h - 1 (2,5)h - 1 3h - 1 10h - 1
-- --
h h h h h
0,01 0,69556 0,92050 1,10467 2,32930
0,001 0,69339 0,91671 1,09921 2,30524
0,0001 0,69317 0,91633 1,09867 2,30285
0,00001 0,69315 0,916295 1,09861 2,30261
m2 ~ 0,693 m2,5 ~ 0,916 m3 ~ 1,10 mw ~2,30
1 1 1
1 1 1

Essas contas sugerem que mb é uma função crescente de b:

m2 < m2,5 < m3 < m10

Embora as referências escritas ao Além disso, m2 < 1e m 3 > 1. Vamos supor, por ser razoável, que mb varie continuamente
número 1r remontem a mais de 4.000 como função de b. Então o teorema do valor intermediário implica que mb = 1para al-
anos, os matemáticos começaram
a se dar conta do papel especial
gum número b entre 2 e 3. Esse número é denotado por e. É sabido que é irracional, sendo
desempenhado por e no século suas 40 primeiras casas,
XVII. A notação e foi introduzida em
torno de 1730 por Leonhard Euler, e= 2,71828 18284 59045 23536 02874 71352 66249 77572 .. .
que descobriu muitas propriedades
fundamentais desse número
importante.
A aproximação e ~ 2,718 é adequada para a maioria dos casos.
Como e é definido pela propriedade me = 1, a Equação (2) diz que (ex)' = ex. Em
outras palavras, ex é igual à sua própria derivada.

A função eX, que às vezes é denotada


exp(x), desempenha um papel Onúmero e Existe um único número real positivo e (e ~ 2,718) com a propriedade
mais importante do que as funções
aparentemente mais naturais lo-'" ou
2x. Passamos a nos referir a ex como a
~ rn
função exponencial. E.=J
ENTENDIMENTO GRÁFICO Todas curvas exponenciais y = bx passam por (O, 1). Para
b > 1, suas retas tangentes em (O, 1) tomam-se mais inclinadas quando b cresce (Fi-
gura 5). Por definição, e é a única base para a qual a inclinação me da reta tangente
em (0, 1) é 1.

• EXEMPO 4 Uma derivada envolvendo <r Calcule f' (0), onde f (x ) = ex cos x.
Solução Usando a regra do produto:

J'(x) =ex · (cosx)' + cosx ·(ex)'= -ex senx + cosx · ex= ex(cosx - senx)

Então f'(O) = eº(l - O) = 1.



Para calcular a derivada de uma função da forma ef<x>, escrevemos ef<x) como a com-
posição ef(x) = g(f (x)), em que g(u) = e", e aplicamos a regra da cadeia:
-1
!!.._(ef(x)) = [g(f(x)) ]' = g'(f(x))J'(x) = ef(x) J'(x) [pois g'(x) = ex ]
FIGURA 5 As retas tangentes a y = bx dx
em x = Oaumentam sua inclinação
com b crescente. Um caso especial é (eªx)' = aeªx, em que a é constante.
CAPITULO 7 Função Exponencial 347

d
-(eªx) = aeªx (para qualquer constante a) W
dx

• EXEMPLO 5 Derive (a) f (x ) = e9x e (b) f (x) = éosx_


Solução
d d
(a) - (e9x)
dx
= 9e9x (b) -
dx
(éosx ) = -(senx)éosx

• EXEMPO 6 Esboçando o gráfico de uma função envolvendo ,r Esboce o gráfico de
f (x) = xex no intervalo [- 4, 2].
Solução Como sempre, o primeiro passo é resolver a equação dos pontos críticos:

J'(x) = -d xex = x ex + ex= (x + l)ex = O


dx

Como ex > Opara todo x, o único ponto crítico é x = -1 e

J'(x) = I<O se
X< -1
> O se X> -1

y Assim, f' (x) troca de sinal de - para + em x = -1 e f (-1) é um mínimo local. Para a
-- !' -+ ++ derivada segunda, temos
'''
'' J" (x ) = (x + 1) · (ex )' + ex · (x + 1) = (x + l)ex + ex = (x + 2)ex
1

''
''
'
::1::::::--+--+----+-±---+-+ x
! " (x ) = 1< O se x < - 2
2 > O se x > -2

FIGURA 6 O gráfico de f (x) = xex. A Assim, x = - 2 é um ponto de inflexão e o gráfico troca de côncavo para baixo para côn-
combinação de sinais - - , - +, + + cavo para cima em x = - 2. A Figura 6 mostra o gráfico com seu mínimo local e ponto de
indica os sinais de f' e f ". inflexão. •

Integrais envolvendo <r


A função ex é sua própria derivada, pois (ex )' = eX, e portanto ex é também sua própria
antiderivada:

• EXEMPLO 7 Use substituição para calcular essas integrais:


e1
f
2
(a) / e7 x dx (b) / xe 2x dx (e) ----d t
1 + 2el + e21

Solução
(a) Usando a substituição u = 7x, du = 7dx:

f e7x dx = -l
7
f eu du = -l eu + C = -1e7x + C
7 7
348 CÁLCULO

(b) Usando a substituição u = 2x 2, du = 4x dx:

/
Xe 2X 2 dx =-
4
1/ i 1
du 1
4
1
= -eu + C = -e2X 2 + C
4

(e) Temos 1 + 2e1 + e21 = (1 + e1)2. A substituição u = e1, du = e1 dt dá

! __
+ +
1
e_'--,-
2 dt
2e1 e 1
= f (1
du
+ u)
2 = -(1 + u)-1 + e = -(1 + é)-1 + e •
ENTENDIMENTO CONCEITUAL Supusemos que bx está definido (e é derivável) para to-
dos valores de x. Mas o que significa bx quando x é irracional? Se n for um número
natural, bn é simplesmente o produto b · b · · · b (n vezes) e, para qualquer número
racional mln,

Quando x é irracional, bx não pode ser definido diretamente. Uma calculadora calcula uma
exponencial como 3.J2 substituindo ./2 por uma aproximação com um número racional,
tipo ./2 ~ 1,41421, de modo que 3.J2 ~ 31•41421 ~ 4,7288. Isso sugere que definamos
bx para x irracional como um limite quando os números racionais mln tendem a x:

bx = Iim bm/n
m/n-'>x

Esse limite existe e a função assim definida é derivável.

7.1 RESUMO
• f (x) = bx é a f unção exponencial de base b (onde b > Oe b -::p l).
• f (x ) = bx é crescente se b > 1 e decrescente se b < 1.
• A denva. d
a de b X'e proporc1onal
.
a b X: -d b X = mbbX, onde mb = hm . bh -1
--.
dx h-'>0 h
d
• O número e ~ 2,718 é definido pela propriedade me = 1, de modo que - ex = ex.
dx
d
• Pela regra da cadeia: - ef(x) = J'(x )ef(x)_Caso especial: (eªx )' = aeªx, para a cons-
dx
tante.
•f ex dx = ex + C.

7.1 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Quais das equações seguintes estão incorretas? 4. O gráfico de y = bx é côncavo para cima para quais valores de b?
(a) 32. 35 = 37 (b) (.Js)4/3 = 52/3 5. Qual é o ponto que está no gráfico de y = bx para todo b?
(e) 32 · 23 =1 6. Qual das afirmações seguintes não é verdadeira?

2. Quais das funções seguintes podem ser derivadas usando a regra (a) (ex)' = ex
da potência? -1
eh
(b) lim - - = 1
h-'>0 h
(a) x 2
(e) A reta tangente a y = ex em x = Otem inclinação e.
3. A função bx tem uma derivada negativa para quais valores de b? (d) A reta tangente a y = ex em x = Otem inclinação 1.
CAPITULO 7 Função Exponencial 349

Exercícios
1. Reescreva como número natural (sem usar calculadora): ex
44. f(x) = - parax > O
(a) 1° (b) 102( r 2 + 5- 2) X

(43)5 er
(d) 274 / 3 46. g(t) = t2 + 1 47. g(t) = (t 3 - 2t)e1
(e) (45)3
(e) g- 1/3 . g5/3 (O 3. 4 1/ 4 - 12. i- 312 Nos Exercícios 48-53, encontre os pontos críticos e os pontos de infle-
xão. Em seguida, esboce o gráfico.
Nos Exercícios 2-10, resolva para a incógnita.
48. y = xe-x
2. 92x = 98
2
50. y = e- x cos x em [ - n/2, n/2] 51. y = e- x
4. e12 = e4t-3 5. 3x = (½r+I
52. y=ex - x 53. y = x 2e-x em [O, 10]
6. (v'S)x = 125 7. 4- x = 2x+I
54. Use o método de Newton para encontrar as duas soluções de
8. b 4 = 10 12 9. k 312 = 27 ex = 5x, com três casas decimais (Figura 7).
10. (b2l+I = b- 6 y

Nos Exercícios 11-14, determine o limite. 20


11. lim 4x 12. lim 4-x
X-->00 X-->00
10
13, )im
X->()()
(~)-X
4
14. lim ex- x
X -->00
2

2 3
Nos Exercícios 15-18, encontre a equação da reta tangente no ponto
FIGURA 7 Os gráficos de ex e 5x.
indicado.

15. y = 4eX, xo =O 16. y = e4x, xo =O Nos Exercícios 55-68, calcule a integral indefinida.

17. y = ex+ 2, xo =- 1 18. y = ex 2


, xo =1 55. j (é+ 2)dx 56. J e4x dx
Nos Exercícios 19-41, encontre a derivada.

19. f (x) = 7e 2x + 3e4x 20. f (x) = e- 5x


57. j yei dy 58. f <e4x + l)dx

59. j e- 91 dt 60. J<é +e-x )dx


21. f (x) = errx 22. f(x) = e-4x+9

23. f (x) = 4e-x + 7e-2x =-


e
x2
61. j e1/4t+T dt 62. J (e- x - 4x) dx
24. f(x)
X
63. J 10
(7 - e x) dx 64.
J e2x - e4x
dx
25. f (x) = x 2e 2x 26. f(x) = (1 + ex) 4 eX

21. f (x) = (2e 3x + 2e- 2x)4 28. f (x) = ex2+2x- 3 65. J 2


xe-4x dx 66. J ex cos(ex) dx

29. f (x) = e1fx 30. f(x) = e3 67. J é


Jex+T
dx 68. Jé (e2x + 1) 3 dx
31. f (x) = e5enx 32. f (x) = e(x2+2x+3)2
69. Encontre uma aproximação de m4 usando a definição via limite
33. f (x) = sen(ex) 34. f(t) = e,ji e obtenha uma estimativa da inclinação da reta tangente a y = 4x
1 emx= Oex= 2.
35. f (t) = 1- 36. f (t) = e1+ 1121- I
e-31 70. Encontre a área entre y = ex e y = e2x, acima de [O, !].
ex
37. f (t) = cos(te- 21 ) 38. f(x) =-- 71. Encontre a área entre y = ex e y = e-x, acima de [O, 2].
3x + 1
eX+ 1 +x 72. Encontre a área delimitada por y = e2, y = é ex= O.
39. f (x) = tg(e5- 6x) 40. f (x) = 2ex - I
73. Encontre o volume obtido pela rotação de y = ex em tomo do
41. f(x) = éx eixox, ao longo de [O, I].

Nos Exercícios 42-47, encontre os pontos críticos e determine se são 74. A função f (x) = ex satisfaz f ' (x) = f (x ). Mostre que se
mínimos ou máximos locais ou nenhum dos dois. g(x) for uma outra função que satisfaça g' (x ) = g(x), então
g(x) = Cex para alguma constante C. Sugestão: calcule aderi-
42. f (x ) = ex - x 43. f (x) = x + e-x vada de g(x)e-x.
350 CÁLCULO

Compreensão adicional e desafios


75. Prove que f(x) = ex não é uma função polinomial. Sugestão: a 79. Calcule as três primeiras derivadas de f (x) = x ex. Depois adivi-
derivação baixa por 1 o grau de um polinômio. nhe a fórmula para f (n )ex) (e use indução para provar sua fórmu-
la, se estiver familiarizado com esse método de demonstração).
76. Recordemos a propriedade seguinte de integrais: se f (t) ::: g(t)
para todo t ::: O, então, para todo x ::: O: 80. Considere a equação é = Âx, onde  é uma constante.
(a) Para quais  a equação tem solução única? Para ajudar a intuição,
esboce o gráfico de y = ex e da reta y = Âx.
(b) Para quais  a equação tem pelo menos alguma solução?
A desigualdade e1 ::: 1vale para t ::: Oporque e> 1. Use (5) para
provar que ex ::: 1 + x para x ::: O. Em seguida, integrando su- 81. Prove de duas maneiras que os números ma satisfazem
cessivamente, prove as desigualdades seguintes (para x ::: 0):
1 1 1
ex> 1 +x + - x 2 ex > 1 + x + - x2 + - x3
- 2 ' - 2 6
(a) Primeiro método: use a definição via limite de mb e
77. Generalize o Exercício 76, ou seja, use indução (se estiver fami-
liarizado com esse método de demonstração) para provar que, (abi - 1_ h ( ªh - 1) bh - 1
para todo n ::: O, h - b h + h

J 2 J 3 1
X
e > 1+ x
-
+ -x
2
+ -x
6
+ · · · + -n! x n (x _ 0)
> (b) Segundo método: aplique a regra do produto a ax bx = (abl.
X
78. Use o Exercício 76 para mostrar que :..... ::: :. e conclua que
X x2 6
lim e 2 = oo. Então use o Exercício 77 para provar que, mais
X ---+00 X
eX
geralmente, lim - 11 = oo vale para todo n.
X---+ 00 X

f
7.2 Funções inversas

~ 1-1
0 Na próxima seção, definiremos as funções logarítmicas como as inversas das funções ex-
ponenciais. Antes disso, vamos rever funções inversas e calcular suas derivadas.
A inversa del(x) , denotada 1- 1(x), é a função que inverte o efeito del(x) (Figura 1).
FIGURA 1 Uma função e sua inversa. Por exemplo, a inversa de l(x) = x 3 é a função raiz cúbica 1- 1(x) = x 113• Dada uma
tabela de valores funcionais paral(x), podemos obter uma tabela para 1- 1(x) invertendo
as colunas x e y:

Função Inversa
X y = x3 X y = xl /3

-2 -8 -8 -2
(Inverter colunas)
-1 -1 ==} -1 -1
o o o o
1 1 1 1
2 8 8 2
3 27 27 3

Assim, se aplicarmos, em qualquer ordem, l e também 1- 1 a um número x obtemos x de


volta. Por exemplo,

(Aplicar x 3 ) (Aplicar x 113)


Aplicar l e então 1- 1: 2 -----+ 8 -----+ 2
(Aplicar x 113 )
Aplicar 1- 1 e então l: 8 -----+ 2

Essas duas propriedades são utilizadas na definição formal da função inversa.


CAPITULO 7 Função Exponencial 351

... LEMBRETE O "domínio" é o DEFINIÇÃO Inversa Sejal(x) uma função de domínio D e imagem R. A função inversa
conjunto de números x tais que 1- 1(x) (se existir) é a função de domínio R tal que
f (x) esteja definido (as "entradas"
permitidas) e a "imagem" é o conjunto
de todos valoresf(x) (as "saídas"). 1- 1(f(x)) = x para x E D e I u- 1
(x)) =X para X E R

Se existir 1- 1, dizemos quel é invertível.

• EXEMPLO 1 Encontrando a inversa Mostre quel(x) = 2x - 18 é invertível. Quais são


o domínio e a imagem de 1- 1(x)?

Solução Mostramos a invertibilidade del(x) calculando 1- 1em duas etapas.


Passo 1. Resolver a equação y = f (x) para x em termos de y.

= 2x -
y 18
y + 18 = 2x
1
X= 2Y + 9
Isso nos dá a inversa como uma função da variável y: 1- 1(y) = ½y + 9.
y Passo 2. Trocar as variáveis.
Em geral, preferimos escrever a inversa como uma função de x, portanto trocamos os
papéis de x e y (Figura 2):

Para conferir nossas contas, verificamos que 1- 1(f (x)) = x e I u- (x)) = x:


1

1
1- 1{f (x)) = 1-1(2x - 18) = 2(2x - 18) + 9 = (x - 9) + 9 = x
FIGURA 2 O gráfico del(x) = 2x - 18
e de sua inversa 1- 1(x) = ½
x+ 9.
1(!-'(x)) = I ( ~X + 9) = 2( + 9) - 18 = (x + 18) - 18 = x
~X

Como 1- 1é uma função linear, seu domínio e imagem são R.



Algumas funções não têm inversas. Por exemplo, quando trocamos as colunas numa
tabela de valores de l(x ) = x 2 (que deveria nos dar uma tabela de valores de 1- 1), a ta-
bela resultante não define uma função:

Função Inversa(?)

X y = x2 X y
-2 4 ( Inverter colunas) 4 -2 1- 1(!) tem
===} dois valores:
-1 1 1 -1
1 e - 1.
o o o o
1 1 1 1
2 4 4 2
352 CÁLCULO

Como 1 ocorre duas vezes como saída de x 2 na primeira tabela, também ocorre duas
vezes como entrada na segunda tabela e, assim, obtemos 1- 1(1) = 1ou 1- 1(1) = -1.
Contudo, nenhum dos dois valores satisfaz a propriedade de inversa. Por exemplo, se
colocarmos 1- 1(1) = 1, então 1- 1(f (-1)) = 1- 1(1) = 1, mas uma inversa deveria
satisfazer 1- 1(f (-1)) = -1. Então, quando é que uma função tem inversa? A respos-
Uma definição equivalente de injetora: ta é: se I (x) for injetora, o que significa que I (x) atinge cada valor no máximo uma
1se a, b E D e f (a)= f (b), então a = b. vez (Figura 3).

FIGURA 3 Uma função injetora atinge


cada valor no máximo uma vez. f(x) = e tem no máximo uma solução para todo e f(x) = e tem duas soluções: x = a and x = a '

DEFINIÇÃO Função injetora Uma função I (x) é injetora (em seu domínio D) se, para
cada valor e, a equaçãol(x) = e tem, no máximo, uma solução parax E D.

Pense numa função como sendo um Quando I (x) é injetora em seu domínio D, existe a inversa 1- 1 e seu domínio é
artefato de "etiquetar" membros da
igual à imagem R de I (Figura 4). De fato, para cada e E R, existe um único a E D
imagem por membros do domínio.
Quando f é injetora, esse etiquetamento tal que I (a) = e e podemos definir a inversa por 1- 1(e) = a. Com essa definição,
é único e1- 1 leva cada número da 1u- 1(e)) = I (a) =e.Agora, consideremos a E D e definamos e= l(a). Por defini-
imagem de volta à sua etiqueta. ção, 1- 1(e) = a e, portanto, 1- 1(f(a)) = 1- 1(e) = a, conforme exigido. Isso prova o
teorema seguinte.

Domínio def = Imagem de f=


Imagem de r 1 Domínio de r 1

1
FIGURA 4 Ao passar defpara 1- o ,
domínio e imagem são trocados.

TEOREMA 1 Existência de inversa Se I (x) for injetora em seu domínio D, então I é in-
y vertível. Além disso,

- - - -~iL
• Domínio dei= Imagem de 1- 1•
• Imagem de I = Domínio de 1- 1•

• EXEMPLO 2 Encont ran doa .inversa Mostre que I (x ) = -


3x +-e
2 , .mvert1ve
, 1. Determme
.
5x - 1
o domínio e a imagem dei e 1- 1•

3x +2 Solução O domínio dei (x) é D = {x : x -1 ½} (Figura 5). Suponha que x E D e resolva-


FIGURA 5 O gráfico de f (x) = --.
5x - 1 mos y = I (x) para x em termos de y:
CAPITULO 7 Função Exponencial 353

3x +2
y=--
5x -1
y(5x - 1) = 3x + 2
5xy-y = 3x +2
5xy- 3x = y + 2 (juntando termos envolvendo y)
x(5y - 3) = y + 2 (fatorando x para resolver em y) [IJ
y+2
x=-- [I]
5y- 3

Muitas vezes é impossível resolver a No último passo, dividimos por 5y - 3. Isso só vale se y =fa ¾- Contudo, y não pode ser
equação y = f (x) em x, por exemplo,
se f (x) = xex . Nesses casos, a inversa
igual a¾ porque, nesse caso, a Equação (1) daria O = ¾+ 2, o que é falso. Concluímos

quef(x) é invertível em seu domínio com função inversaf- 1(x) = ;x ~ 3" O domínio de
pode existir mas precisamos nos 2
acostumar com a idéia de não ter uma
fórmula explícita para ela.
J- 1é o conjunto R = {x : x =fa ¾}.Como o domínio e a imagem são trocados na inversão,
concluímos quef(x) tem imagem R e J- 1 tem imagem D. •

y Podemos dizer se uma funçãof(x) é injetora só olhando para seu gráfico. Sef(a) = e,
y =f(x)
então a reta horizontal y = e intersecta o gráfico no ponto (a,f (a)) (Figura 6). Se cada reta
horizontal intersecta o gráfico em no máximo um ponto, então fé injetora.
- - ---------y=c
1
1
1
1 Teste da reta horizontal Uma função f (x) é injetora se, e somente se, cada reta horizon-
a tal intersecta o gráfico de f em, no máximo, um ponto.

FIGURA 6 A reta y = c intersecta o


gráfico de y = f (x) nos pontos em que Observe que f(x) = x 3 é injetora e passa no teste da reta horizontal [Figura 7(A)],
f(a) = c. enquanto que f (x) = x 2 falha no teste [Figura 7(B)].

y y

30 (A) /(x) = x 3 é injetora (B) /(x) = x 2 não é injetora

FIGURA 7 Uma função é injetora se cada reta horizontal intersecta seu gráfico em, no máximo,
um ponto.

• EXEMPLO 3 Funções crescentes são injetoras Mostre que funções crescentes são inje-
toras. Depois mostre que f (x) = x 5 + 4x + 3 é injetora.

Solução Sef(x) não for injetora, entãof(a) =f(b) para certos a< b. Mas uma função
crescente satisfazf (a) <f (b), portanto isso não pode ocorrer.
FIGURA 8 A função crescente A função f (x) = x 5 + 4x + 3 é crescente porque a derivada J' (x) = 5x 4 + 4 é
=
f (x) x 5 + 4x + 3 satisfaz o teste da sempre positiva. Portanto,f(x) é injetora. Observe quef(x) passa no teste da reta hori-
reta horizontal. zontal (Figura 8). •
354 CÁLCULO

Muitas vezes é possível tomar uma função injetora restringindo seu domínio.

Injetora para x 2: O • EXEMPLO 4 Restringindo o domínio Encontre um domínio no qual I (x) = x 2 seja in-
y jetora e determine sua inversa nesse domínio.
1
1
4
1
1 Solução A função l(x) = x 2 é injetora no domínio D = {x : x ::: O} porque, se a 2 = b2
1
1 e ambos a e b forem positivos, então a = b (Figura 9). A inversa de I (x) em D é a raiz
1
1
\
2 quadrada positiva 1- 1(x) = Jx. Alternativamente, podemos restringir I (x) ao domínio
\
\ {x : x .::: O}, no qual a inversa é 1- 1(x) = -Jx. •
\

---1-----1---'''"-l-""'----1-----1--X
'
-2 -1 2 A seguir, descrevemos o gráfico da função inversa. Definimos a reflexão de um ponto
(a, b) pela reta y = x como o ponto (b, a) (Figura 10). Se desenharmos os eixos x e y na
FIGURA 9 O gráfico da função mesma escala, então (a, b) e (b, a) são pontos eqüidistantes da reta y = x e o segmento de
f (x) = x 2 satisfaz o teste da reta reta que os une é perpendicular a y = x.
horizontal no domínio {x : x ::: O}.
O gráfico de 1- 1 é obtido pela reflexão do gráfico de I pela reta y = x. Para conferir
isso, observe que (a, b) fica no gráfico dei sel(a) = b. Nesse caso, 1- 1(b) = a e a refle-
xão (b , 1- 1(b)) = (b, a)ficanográficodel- 1(Figura 11).

y =x
(b, a) /

/
/
/
X (,.b)
- - -/- - - - - - - X
/
/
/
/

FIGURA 10 A reflexão do ponto (a, b) FIGURA 11 O gráfico de J- 1(x ) é a


pela reta y = x. reflexão do gráfico de f (x) pela reta y = x.

y g(x) = 1 - '(x) = 4 - x 2 • EXEMPLO 5 Esboçando o gráfico da inversa Esboce o gráfico da inversa de


/ / y =x l(x) = J4-x.
Solução Seja g(x) = 1- 1(x). Observe que I (x) tem domínio {x : x .::: 4} e imagem
{x : x :::=: O}. Não precisamos de uma fórmula para a inversa g(x) para poder traçar seu
gráfico. Simplesmente refletimos o gráfico de I pela reta y = x, como na Figura 12. Con-
tudo, se for desejado, é fácil resolver y = J4 - x para obter x = 4 - y2 e, portanto,
-2 // 4 g(x)=4 - x 2. •
/
/
/

O próximo resultado descreve a derivada de 1- 1•


/
/
/
/

FIGURA 12 O gráfico da inversa g(x )


de f(x ) = J4 - x. TEOREMA 2 Derivada da inversa Suponha que I (x) seja derivável e injetora com in-
versa g(x ) = 1- 1(x). Se b pertencer ao domínio de g(x) e J'(g(b)) =fa O, então existe
g' (b)e

1 1
g (b) = l'(g
CAPITULO 7 Função Exponencial 355

ENTENDIMENTO CONCEITUAL Uma prova do Teorema 2 está dada no Apêndice D, mas


podemos explicar graficamente esse resultado como segue. Considere uma reta L de
inclinação m e seja L' sua reflexão por y = x, como na Figura 13(A). Então a inclina-
ção de L' é 1/m. De fato, se (a, b) e (e, á) são dois pontos quaisquer de L, então (b, a)
e (d, e) ficam em L' e

b-d a-e
Inclinação de L = - - , Inclinação de L' = - -
a- e b-d
Inclinações recíprocas

A Figura 13(B) conta o resto das história. Seja g(x) = f- 1(x). A reflexão da reta
tangente a y = f (x) em x = a é a reta tangente a y = g(x) em x = b [onde b = f (a) e
a= g(b)]. Essas retas tangentes têm inclinações recíprocas e, assim,g'(b) = 1/f '(a) =
1/J'(g(b)), como afirma o Teorema 2.

y y
L' 1 Y = g(x) inclinação g'(b)
inclinação ;;; / / Y = x 1/ / y=x
/
/ /
/ /
/ /
/ /
/ /
/ ' /
/
' ', /
L ',,,, A nclinação f'(a)
/
)< ' x/ \
/ ', / ',
/ ', / ',
/ ', / ',
/ ' / '
/ /
/ /
/ /
/ - - - + - +/____...,.__ _ _ _ _ X
---+-+-~------- X

FIGURA 13 Ilustração gráfica da (A) Se L tiver inclinação m, então sua (B) A reta tangente à inversa y = g(x) é a
fórmula g' (b) =
1/f' (g(b)). reflexão L' tem inclinação 1/m. reflexão da reta tangente a y = f (x).

• EXEMPLO 6 Calcule g'(x), onde g(x) é a inversa de f(x) = x 2 + 4 no domínio


{x: x::: O}.

Solução Resolvemos y = x 2 + 4 para obter x = Jy - 4 e, assim, g(x) = Jx - 4.


Como J'(x) = 2x, a Equação (3) dá

'( ) 1 = _1_ = 1 = ~ (x - 4)-1 /2


g x = f'(g(x)) 2g(x) 2Jx - 4 2

y f(x) =x + ex O mesmo resultado pode ser obtido derivando g (x) = Jx - 4 diretamente.



• EXEMPLO 7 Calculando g' (x) sem resolver para g(x) Calcule g' ( l ), onde g(x) é a inversa
def(x)=x+ex.

Solução Temos f'(x) = l + ex e, de acordo com a Equação (3),


1 1 1 1
onde e= g (1).
g (l) = f'(g(l)) = f'(c) = 1 + ec
Não precisamos resolver para g(x) (o que não pode ser feito explicitamente) se puder-
FIGURA 14 O gráfico de
mos calcular e = g (1) diretamente. Pela definição de inversa, f (e) = 1 e é fácil ver
f (x) = x + ex e sua inversa g(x). que f (O) = O+ e0 = 1 (Figura 14). Portanto, e = Oe a fórmula obtida anteriormente dá
g'(l) = 1/(1 + e0) = ½- •
356 CÁLCULO

7.2 RESUMO
• Uma funçãol(x) é injetora num domínio D se, para qualquer valor e, a equaçãol(x) =
e tiver, no máximo, uma solução para x E D.
• Suponha quel(x) tenha domínio D e imagem R. A inversa 1- 1(x) (se existir) é a função
de domínio R e imagem D satisfazendo I u- 1
(x)) = x e 1- 1(f (x)) = x.
• A inversa de I (x) existe se, e somente se,f (x) é injetora em seu domínio.
• Para encontrar a inversa de I (x), resolva y =I (x) para x em termos de y para obter x =
g(y). A inversa é a função g(x).
• Teste da reta horizontal: I (x) é injetora se, e somente se, cada reta horizontal intersectar
o gráfico del(x) em, no máximo, um ponto.
• O gráfico de 1- 1(x) é obtido pela reflexão do gráfico de I (x) pela reta y = x.
• A derivada da inversa: seI (x) for derivável e injetora, com inversa g(x), então, para cada
x tal que f' (g (x)) =/. O, temos

/ 1
g (x) = l'(g

7.2 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Qual das seguintes satisfaz J- 1(x) = f (x )? função f que leva estações em instantes de tempo. Seráfinjetora?
E o que é J- 1(6:27)?
(a) f (x) =x (b) f(x) = 1-x
(e) f (x) = 1 (d) f (x ) = .jx Trenton 6:21

(e) f (x) = lxl (f) f(x) = x- 1 Hamilton Township 6:27


Princeton Junction 6:34
2. O gráfico de uma função é parecido com os trilhos de uma mon-
tanha russa. A função é injetora? New Brunswick 6:38

3. Considere a função f que leva os adolescentes de um certo país 5. Um dever de casa solicita um esboço da inversa da função f (x) =
em seus nomes. Explique por que não existe a inversa de f x + cos x. Franco, depois de tentar e não conseguir uma fórmula
para J- 1(x ), diz que é impossível traçar o gráfico da inversa.
4. Observe o fragmento da escala de trens do sistema ferroviário Carla entrega um esboço preciso sem resolver para 1- 1• Como
do estado norte-americano de New Jersey como definindo uma foi que Carla completou o tema?

Exercícios
1. Mostre quef(x) = 7x - 4 é invertível, encontrando sua inversa. 7. A velocidade de escape de um planeta de massa M e raio R é

2. Será f(x) = x 2 + 2 injetora? Se não for, descreva um domínio v(R) =~ , onde G é a constante universal da gravitação.
em que é injetora.
Encontre a inversa de v(R) como função de R.
3. Qual é o maior intervalo contendo zero em que f (x) = sen x é
injetora? 8. Uma bola é lançada verticalmente para cima e cai T segundos
4. Mostre que f (x ) = - -
X -2 e' mvert1ve
. ' 1, encontrando sua mversa.
. depois. Qual das funções seguintes é injetora?
X +3
(a) A altura s(t) da bola para O :'.:: t :'.:: T.
(a) Qual é o domínio def(x)? A imagem de 1- 1(x)?
(b) A velocidade v(t) da bola para O:'.:: t :'.:: T.
(b) Qual é o domínio de f- 1(x)? A imagem def(x)?
(e) A altura máxima da bola como função da velocidade inicial.
5. Verifique que f(x) = x 3 + 3 e g(x) = (x - 3) 113 são inversas,
mostrando quef(g(x)) = x e g(f (x)) = x. Nos Exercícios 9-16, encontre um domínio no qual f seja injetora e
. , . t+1 t+1 uma fórmula para a inversa de f restrita a esse domínio. Esboce os
6. Repita o Exerc1c10 5 para f (t) = - - e g (t) = - - . gráficos def e J- 1•
t-1 t-1
CAPITULO 7 Função Exponencial 357

9. l (x) = 3x - 2 10. l(x)=4 - x 19. Seja num inteiro não-nulo. Encontre um domínio no qual l (x) =
(1 - x 11 ) 1/ 11 coincida com sua inversa. Sugestão: a resposta de-
1 1 pende de n ser par ou ímpar.
11. l(x)= -
x+I
12. l(x) = ?x _ 3
20. Sejal(x)=x7 +x+l.
1 1
13. l(s) = 2s 14. l(x)= ~ (a) Mostre que existe 1- 1 (mas não tente encontrá-la) Sugestão:
y'X
2 +J mostre que l é estritamente crescente.
15. l (z) = z3 16. l(x) = Jx 3 + 9 (b) Qual é o domínio de 1- 1?
(e) Encontrel- 1(3).
17. Para cada uma das funções mostradas na Figura 15, esboce o
gráfico da inversa (restringindo, se necessário, o domínio). 21. Mostre que existe a inversa de l(x) = e-x (sem encontrá-la ex-
plicitamente). Qual é o domínio de 1- 1?

22. Mostrequel(x) = (x 2 + l)- 1éinjetoraem(-oo, O]eencontre


uma fórmula de 1- 1para esse domínio.

23. Seja l(x) = x 2 - 2x. Determine um domínio no qual exista


1- 1e encontre uma fórmula para 1- 1 nesse domínio.
(A) (D)
24. Mostrequel(x) = x + x- 1éinjetoraem[l, oo)eencontreuma
fórmula de 1- 1 para esse domínio. Qual é o domínio de 1- 1?

25. Encontre a inversa g(x) de l(x) = J x 2 + 9 com domínio x ~ O


e calcule g' (x) de duas maneiras: usando o Teorema 2 e por cál-
culo direto.

(B) (E) 26. Seja g(x) a inversa de l (x) = x 3 + 1. Encontre uma fórmula para
g(x) e calcule g' (x) de duas maneiras: usando o Teorema 2 e daí
por cálculo direto.

Nos Exercícios 27-32, use o Teorema 2 para calcular g' (x ), onde g(x)
é a inversa del(x).

27. l(x) = 7x + 6 28. l(x) =~


(C) (F)
29. l (x) = x- 5 30. l (x) = 4x 3 - 1
FIGURA 15
X
31. l(x) = - 32. l(x) = 2 + x- 1
x+ I
18. Qual dos gráficos na Figura 16 é o gráfico de uma função que
satisfaça 1- 1 = l? 33. Seja g(x) a inversa de l (x) = x 3 + 2x + 4. Calcule g(7) [sem
encontrar uma fórmula para g(x)] e então calcule g1 (7).
x3
34. Encontre g' <- ½),onde g(x) é a inversa de l (x) = - 2- - .
X +1
Nos Exercícios 35-40, calcule g(b) e g' (b), onde g é a inversa de l (no
domínio dado, quando indicado).

35. l(x) =X + COSX, b =1


(A) (B)
36. l (x) = 4x 3 - 2x, b = -2

37. l (x) = J x 2 + 6x para x ~ O, b = 4

38. l(x)=Jx 2 +6xparax~-6. b=4


1 1
39. l (x) = - , b= -
X+ 1 4
40. l(x) = ex, b = e
(C) (D)
41. Sejam l (x) = x 11 e g (x) = x 1/ 11• Calcule g' (x) usando o Teo-
FIGURA 16 rema 2 e confira sua resposta usando a regra da potência.
358 CÁLCULO

42. ~ Use raciocínio gráfico para determinar se as afirmações (d) Se f (x) é côncava para baixo, então 1- 1(x) é côncava para
seguintes são verdadeiras ou falsas. Se for falsa, modifique a afir- cima.
mação para tomá-la correta. (e) As funções lineares f (x) = ax + b (a -:/; O) são sempre injetoras.
(a) Sef(x) é crescente, então 1- 1(x) é decrescente. (f) Os polinômios quadráticos f (x) = ax 2 + bx + e (a -:j; O) são
(b) Sef(x) é decrescente, então 1- 1(x) é decrescente. sempre injetores.
(e) Sef(x) é côncava para cima, então 1- 1(x) é côncava para cima. (g) sen x não é injetora.

Compreensão adicional e desafios


43. Mostre que se/(x) forímpar e existir 1- 1(x), então 1- 1(x) é ím- 45. Seja g a inversa de uma função f satisfazendo f 1(x) = f (x ).
par. Por outro lado, mostre que uma função par não tem inversa. Mostre que g' (x) = x - 1. Isso será aplicado na próxima seção
para mostrar que a inversa de f (x) = ex (o logaritmo natural) é
44. Use o teorema do valor intermediário para mostrar que se f (x) uma antiderivada de x- 1•
for contínua e injetora num intervalo [a, b], então f (x) é uma
função ou crescente ou decrescente.

7.3 Logaritmos esuas derivadas


O logaritmo de base b (onde b > Oe b -::fa 1) é a inversa da função exponencial f (x) = bx
e é denotado logb x. Por definição,

Assim, logb x é o número ao qual devemos elevar b para obter x. Por exemplo,

log2(8) =3 pois 23 = 8
FIGURA 1 Renato Solidum, diretor do
Instituto de Vulcanologia e Sismologia log 10 (1) =O pois 10° =1
das Filipinas, confere a intensidade do
2
terremoto de Manila de 8 de outubro log27(9) =3 pois 272/3 =9
de 2004, que registrou intensidade 6,2
na escala Richter. A escala Richter O logaritmo de base e, denotado ln x, desempenha um papel especial e é denominado
é baseada no logaritmo (de base 10)
logaritmo natural. Usamos uma calculadora para calcular numericamente os logaritmos.
da amplitude da onda sísmica. Cada
aumento de um número inteiro na Por exemplo,
magnitude Richter corresponde a um
lnl?;::::2,83321 pois e2·83321 ;::::17
aumento de 10 vezes mais amplitude e
cerca de 31 vezes mais energia. Lembre que o domínio de bx é R e sua imagem é o conjunto dos números reais positi-
vos {x : x > O} . Como o domínio e a imagem são trocados na função inversa,
Neste texto, o logaritmo natural é • Odomíniode logbxé {x:x>0}.
denotado ln x. Outras notações comuns
1são log x ou Log x. • A imagem de logb x é o conjunto de todos números reais R.
Se b > 1, então logb x é positivo para x > 1, negativo para O< x < 1 e
lim logb x
X->(X)
= oo, lim logb x = - oo
x ->O+

A Figura 2 ilustra esses fatos para a base b = e. Observe que não existe o logaritmo de um
número negativo. Por exemplo, log 10 (-2) não existe porque l0Y > Opara todo y e, assim,
l0Y= - 2 não tem solução.
CAPITULO 7 Função Exponencial 359

Para cada lei de expoentes, existe uma lei correspondente de logaritmos. A regra
bx+y = bx bY corresponde à regra

Em palavras: o logaritmo de um produto é a soma dos logaritmos. Para verificar isso,


x escrevemos xy como uma exponencial de base b de duas maneiras:

FIGURA 2 y = ln x é a inversa de Portanto, os expoentes logb(xy) e logb x + logb y são iguais, como queríamos mostrar. As
y = ex. demais leis de logaritmos estão coletadas na tabela seguinte.

Leis de logaritmos

Lei Exemplo
Log de 1 logb(I) =O
Log deb logb(b) =1
Produtos logb(xy) = logb x + logb y log5(2 · 3) = log5 2 + log5 3
Quocientes logb (~) = logb x - logb y log2 ( ~) = log2 3 - log2 7

Recíprocos logb (D= - logbx log2


1
7=- log2 7

log 10 (8 2) = 2 -log 10 8

Também observamos que todas funções logarítmicas são proporcionais. Mais preci-
samente, valem as fórmulas de mudança de base seguintes (ver Exercício 112):

Ioga x lnx
logbx =- -, Iogbx = -lnb [I]
Ioga b

• EXEMPLO 1 Usando as leis de logaritmos Calcule sem usar calculadora:

(a) log6 9 + log6 4

Solução
(a) log6 9 + log 6 4 = log6 (9 · 4) = log6 (36) = log6 (62) = 2

1
(b) ln ( - ) = ln(e- 112) =
./e
_!2 ln(e) = _!2
(e) 10logb(b3 ) - 4logb(.Jh) = 10(3) -4logb(b 112 ) = 30-4 (~) = 28 •

• EXEMPLO 2 Resolvendo uma equação exponencial A população de bactérias numa gar-


rafa no instante t (em horas) é de P(t) = l,OOOeº·351 bactérias. Depois de quantas horas
haverá 5.000 bactérias?
360 CÁLCULO

População de bactérias P Solução Devemos resolver P(t) = l .OOOeº·351 = 5.000 para t (Figura 3):
6.000
o351 5.000
5.000 e · =--=5
1.000
4.000
351
3.000 ln(e°· ) = ln 5 (tomando logaritmo de ambos lados)
2.000
0,35t = ln5 [pois ln(eª) = a]
1.000
'----+--+----+--+--+- t (h) ln5
2 3 4 4,6 t= -
0,35
~ 4,6 horas

FIGURA 3 A população de bactérias
como uma função do tempo.
Cálculo dos logaritmos
d bh - l
Na Seção 7.1, mostramos que-bx = mb bx, onde mb = lim - - . Como uma primei-
dx h-+0 h
ra aplicação do logaritmo, mostramos que mb = ln b.

TEOREMA 1 Derivada de J(x) = Ir

parab >O

Demonstração Como b = e10 b, temos bx = (e1ºbf = eOnb)x. Agora usamos a regra da


cadeia:


Por exemplo, (l0x)' = (ln 10) l0x.

2
• EXEMPLO 3 Encontre a derivada de (a) f(x) = 43x e (b) f (x) = 5x •
Solução
(a) A função f(x) = 43x é uma composta de 4u eu= 3x:

~43x = ~411 du = (ln4)4u(3x) 1 = (3 ln4)43x


dx du dx
2
(b) A função f (x) = 5x é uma composta de 5u eu = x 2 :

~ 5x2 = (ln 5)5x\x 2 )' = (2 ln 5) X 5x


2


dx

Para calcular a derivada de y = ln x, lembre que se g(x) for a inversa de f (x), então
g' (x) = 1/ f' (g(x)). Sejam f (x) = ex e g(x) = ln x. Então f' (x) = f (x) e

d I l l
- lnx = g (x) = - - - = -
dx f'(g(x)) f(g(x)) x

Os dois fatos de Cálculo mais


importantes sobre as funções Derivada de f(x) = lnx
exponenciais são
d 1
d d 1 -lnx = - para x > O
-é=é -lnx = -X dx X
dx dx
CAPITULO 7 Função Exponencial 361

• EXEMPLO 4 Descreva o gráfico de f (x) = ln x. A função f (x) é crescente ou de-


crescente?
Solução A derivada!' (x) = x- 1é positiva no dorrúnio {x: x > O}, portantof(x) = ln x é
crescente. Contudo, f' (x) = x- 1é decrescente, portanto o gráfico de f (x) é côncavo para
baixo e fica cada vez mais horizontal quando x ~ oo (Figura 4). •

• EXEMPLO 5 Encontre a derivada de (a) y = x ln x e (b) y = (ln x )2.


Solução

FIGURA 4 As retas tangentes a y = ln x (a) Usando a regra do produto:


ficam mais horizontais quando x ---+ oo.
-d (x ln x) = x · (ln x) ' + (x) ' · ln x = x · -I + ln x = 1 + ln x
dx X

(b) Pela regra da potência generalizada:

d d 21nx
-(lnx) 2 = 21nx · -ln x = - -
dx dx x •
Na Seção 3.2, provamos a regra da A regra da cadeia nos dá uma fórmula útil para a derivada de uma função composta
potência para expoentes inteiros. Agora do tipo ln(f (x)). Tomando u =f (x), temos
podemos prová-la para quaisquer
números reais n ex> O escrevendo xn
d d du 1 , 1 ,
como uma exponencial: - ln(f(x)) = - ln(u) - = - · u = - f (x)
dx du dx u f(x)
XII = (eln x)n = en lnx

-d x11
dx
= -d
dx
en lnx = ( -n
d ln x )
dx
en ln x d
- ln(f(x)) = -J'(x)
dx f(x)
=(~)xn =nxn -1

• EXEMPLO 6 Encontre a derivada de (a) y = ln(x 3 + 1) e (b) y = ln( Jserix ).

Solução Usando a Equação (3),


d (x 3 + l)' 3x 2
(a) -(ln(x 3 + 1)) = = -3 -
dx x3 + 1 x +1
(b) A álgebra fica mais simples escrevendo ln(.Jserix) = ln((senx) 112) = ½ln(sen x):

d ~ 1d 1 (sen x )' 1 cos x 1


- ln(-v senx) = - - ln(senx) = - - - = - - - = -cotg x •
dx 2 dx 2 sen x 2 sen x 2

• EXEMPLO 7 Derivada do logaritmo em outra base Use a Equação (1) para calcular
d
-log 10 x.
dx
ln x
Solução Pela Equação (1), log 1o x = ln 10, portanto
d d ln x 1 d 1
dx logwx = dx ln 10 = ln 10 dx ln x = (ln 1 •
O próximo exemplo ilustra a técnica de derivação logarítmica.

A derivação logarítmica poupa trabalho • EXEMPLO 8 Derivação logarítmica Encontre a derivada de


quando a função for um produto de
vários fatores ou um quociente, como (x + I)2(2x 2 - 3)
no Exemplo 8. f (x) = - -,._/
- x2_ +
_ 1__
362 CÁLCULO

Solução Na derivação logarítmica, derivamos ln(f (x)) em vez da própriaf (x). Temos

ln(f (x)) = ln ( (x + 1) 2) + ln (2x 2 - 3) - ln (&+!)

Agora usamos a Equação (3):

f'(x) = .!!:.._ ln(f(x)) =.!!:_ln {(x + 1)2 ) +.!!:.._ln (2x 2 - 3) - .!!:.._ln(&+!)


f (x) dx dx dx dx

= 2.!!:....1n (x + 1) +.!!:.._ln (2x 2 - 3) - ~.!!:.._ ln (x 2 + 1)


dx dx 2 dx
1 4x 1 2x
=2--+ 2 --- -
X+ 1 2x - 3 2 x2 + 1

Para obter f' (x ), multiplicamos tudo por f (x):

,
f(x)=
((x+l)
-----
(2x
2 2
-3)) (-2- + - - - - - 4x x )

Jx2+I x +1 2x 2 - 3 x2 + 1

• EXEMPLO 9 Encontre a derivada (para x > O) de (a) f (x) = xx e (b) g(x) = xsenx_

4 Solução Os dois problemas são parecidos. Ilustramos dois métodos diferentes (Figura 5).
(a) Método 1: Usamos a equação x = e1"x para reescreverf(x) como uma exponencial e
2 aplicamos a regra da cadeia:

f(x) = Xx = (eln xl = exlnx


2 4
J' (x) = (x lnx)'ex lnx = (1 + lnx)ex Inx = (1 + lnx)xx
y
(b) Método 2: Usamos derivação logarítmica, ou seja, derivamos ln(g(x)) em vez de g(x).
8 Como ln g(x) = ln(xsenx) = (senx) lnx, a Equação (3) dá

g'(x) d d senx
4 -- = - ln(g(x)) = -(sen x)(lnx) = - + (cosx) lnx
g(x) dx dx x

4 8
g, (x) = (senx
~ + (cosx) lnx ) g(x) = (senx
~ + (cosx) lnx ) xsenx

FIGURA 5 Os gráficos de f (x) = xx e
g(x) = xsenx_
Ologaritmo como uma integral
No Capítulo 5, usamos o Teorema Fundamental do Cálculo para deduzir a regra da
potência:

xk+l

f xkdx = - - +e
k+l
(k i= -1)

Essa fórmula não é válida (sequer faz sentido) para k = -1, portanto fica a pergunta: qual
é a antiderivada de y = x- 1? O logaritmo permite responder essa questão. A fórmula
(ln x )' = x- 1 diz que ln x é uma antiderivada de y = x- 1, para x > O:

f x- 1 dx = ln x + e
CAPITULO 7 Função Exponencial 363

y Além disso, pelo Teorema Fundamental do Cálculo,


1
y= -
X
b dx b
l
a
- = ln b - ln a = ln -
X a

para quaisquer a, b >O. Tomando a= l, obtemos a fórmula do ln b como uma integral


(Figura 6)
b

dx
f
Área igual a ln b b
lnb= -
1 X
FIGURA 6 ln b é igual à área da
integral de y = [ 1em [1, b].
A funçãof(x) = ln x só constitui uma antiderivada de y = x- 1no domínio em que está
definida, a saber, {x: x > O} . Contudo, podemos estenderf(x) a uma função par colocando
y f (x) = ln lxl (Figura 7). Então f (x) = f (-x) e, pela regra da cadeia, f' (x) = - f' (-x ).
. - --1
Inc1maçao Inc1.maçao
- -1 Para x < O, temos - x > Oe f'(-x) = 1/ (-x)Assim,
/ X 2 \X
d I I l }
- ln lxl = f (x) = - f (-x) = - - = -
dx -X X
-x
Isso prova que f ' (x) = x- 1 para todo x i= O.

FIGURA 7
TEOREMA 2 Antiderivada de y = ! A funçãof(x) = ln lxl é uma antiderivada de y = ~
X X
no domínio {x : x i= O}, ou seja,

dx
f ~ = lnlxl +e

• EXEMPLO 10 Encontre a área da região entre o gráfico de y = x- 1 e o eixo x , ao


longo de [-4, - 2].

Solução A integral definida nos dá a área com sinal (Figura 8):


FIGURA 8 A área com sinal de -4 a
-2 é, aproximadamente, -0,693.
1-2
_4X
1
- dx = ln lx 1
1-2= ln
-4
1 -
1
21 - ln 1- 41 = ln 2 - ln 4 = ln - :::::: -0,693
2

y
A área é o valor absoluto lln ½I :::::: 0,693.

3
• EXEMPLO 11 Calcule: (a) { - / - - dx e (b) / tgx dx.
11 X +l
Solução
2
(a) Usamos a substituição u = x + 1, ½du = x dx. Na variável u, os limites da inte-
gral ficam u(l) = 2 e u(3) = 10 (Figura 9):

FIGURA 9 A área sob o gráfico de


y = -f--, acima de[! , 3]. f 1
3
X 1
-2 - dx = -
x +1 2
1
2
IO du
-
u
= -lnlul
2
1 IIO = 1 1
-lnlO- -ln2::::::0,805
2 2
X +] 2
364 CÁLCULO

(b) Usamos a substituição u = cos x, du = -sen x:

f tg x dx = f sen x dx =
cosx
-f du = - ln lu 1 + C
u

= -lnlcosxl +e= lnl-


1
cosx
-1 +e= lnlsecx l +e •

7.3 RESUMO
• Para b > O, com b -1 1, a função logaritmo logb x é a inversa de bx:
X = bY {=> y = logb X
• O logaritmo natural é o logaritmo na base e, denotado ln x.
• Leis do logaritmo importantes:

(i) logb (x y) = logb x + logb y


(iii) logb ( f) = logb x - logb y (iv) logb 1 = O e logb b =1
• Fórmulas de derivadas:
d 1 d 1
-ln x =-, - logbx =- -
dx X dx (lnb) x

• Fórmulas de integrais:
x dt dx
ln x =
fl
-
t
(x > 0),
f ~ =lnlx l+ C

7.3 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Calcule logb2(b4 ). 4. Explique a frase "o logaritmo converte multiplicação em adição".

2. Quando ln x é negativo? 5. Quais são o domínio e a imagem de ln x?

3. O que é ln(- 3)? Explique. 6. Existe uma antiderivada de x- 1para x < O? Se existir, descre-
va uma.

Exercícios
Nos Exercícios 1-12, calcule diretamente (sem usar calculadora). (a) 2 ln5+31n4 (b) 5 ln(x 112) + ln(9x)

1. log3 27 2. log5 is 14. Resolva para x: ln(x 2 + l) - 3 ln x = ln(2)


3. log2(2513 ) 4. log2(8513 ) Nos Exercícios 15-20, resolva para a incógnita.

5. log64 4 6. log7(49 2) 15. 7e51 = 100 16. 6e- 41 =2


7. logg 2 + log4 2 8. log25 30 + logz5 ~ 17. 2x2-2x = 8 18. e2t+l = 9e l- t
9. log4 48 - lo~ 12 10. ln(..fi · e715) 19. ln(x4) - ln(x 2) =2
11. ln(e 3) + ln(e4) 12. log2 1+ log2 24 21. A população de uma cidade (em milhões) no instante t (anos) é
P(t) = 2,4e°,061, onde t = Oé o ano 2000. Quando a população
13. Escreva como o logaritmo natural de uma única expressão: terá o dobro do tamanho de t = O?
CAPITULO 7 Função Exponencial 365

22. De acordo com a lei de Gutenberg-Richter, o número N de Nos Exercícios 61-66, encontre a derivada usando o método do
terremotos de magnitude M na escala Richter em toda Terra, Exemplo 9.
satisfaz, aproximadamente, a relação ln N = 16, 17 - bM, para
alguma constante b. Encontre b, supondo que ocorram 800 ter- 61. f (x) = x2x 62. f (X)= XCOS X
remotos de magnitude M = 5 por ano. Quantos terremotos de 2
63. f (x) = xex 64. f(x) = XX
magnitude M = 1 ocorrem por ano?
65. f (x) = x 2x 66. f(x) = exx
Nos Exercícios 23-40, encontre a derivada.

23. y = x ln x 24. y = t ln t - t Nos Exercícios 67-74, calcule a derivada usando derivação logarít-
mica, como no Exemplo 8.
25. y = (lnx)2 26. y = ln (x 2)
61. y = (x + 2)(x + 4)
21. y = ln(x 3 + 3x + 1) 28. y = (n(25 ) 68. y = (x + l)(x + 2)(x + 4)
29. y =ln(sent+l)
69. = x(x + 1)3 _ x(x 2 + l)
70· Y -
ln x 32. y = e(lnx)2 y (3x - 1) 2 Jx+T
31. y =-
X
71. y = (2x + 1)(4x 2).Jx - 9
33. y = ln(ln x) 34. y =(ln(ln x)) 3

35. y = ln((ln x) 3) 36. y = ln((x + 1)(2x + 9)) 72. y = x(x + 2)


(2x + 1)(2x + 2)
37. y = ln(tgx) 38. Y = ln ( :3: \) 73. y = (x 2 + l)(x 2 + 2)(x 2 + 3) 2
2- X COSX
39. y = 5x 40. y = 5x x 14.y= - - - -
(x + l ) senx
Nos Exercícios 41 -44, calcule a derivada usando a Equação ( 1).
Nos Exercícios 75-78, encontre os extremos locais e pontos de infle-
d 3 xão e esboce o gráfico de y = f (x) no intervalo dado.
41. f'(x), f(x) = log2x 42. - logw(x
dx
+ x2 )
ln t
16. y =3 , [l , oo)
t
43. !'(3), f(x) = log5x
77. y = ln(x 2 + 4) , [O, oo) 78. y = r' l 1, (O, 4)
Nos Exercícios 45-56, encontre uma equação da reta tangente no
ponto indicado. Nos Exercícios 79-96, calcule a integral indefinida, usando substitui-
ção quando necessário.
45. f (x) = 4x,
46. f (x) = (-,/i,)X ,
x =3
X = .,fj_
79. f dx
2x + 4
80. f tdt
t 2 +4

47, s(t)=3 71 , t=2 48. f (x) = 1t3x+9 , x =I 81. f x dx


2

x 3 +2
82. f (3x - l)dx
9 - 2x + 3x 2
2
49. f(x) = 5x - 2x+ 9, x = 1 50. s(t) = lnt , t = 5

51. s(t) = ln(S - 4t), t = l 52. f (x) = ln(x 2), x = 4


83. f tg(4x + 1) dx 84. f cotgx dx

53. f(x) = 4ln(9x + 2), x = 2 85. f COSX


2senx + 3 x
d 86. f ln x
-dx
X

f
1t
54. f(x) = ln(sen x), x =
4
87. f 4lnx +5 dx
X
88. (ln x)2
- -dx
X
55. f(x) = log5 x , x = 2

56. f(x)= log2(x+x- 1) , x = I 89. f dx


x ln x
90. f dx
(4x - 1) ln(Sx - 2)
Nos Exercícios 57-60, encontre os valores extremos locais no domínio
{x : x > O) e use o teste da derivada segunda para determinar se esses 91. f ln(lnx)
- - dx
x ln x
92. f cotgx ln(sen x) dx
valores são mínimos ou máximos locais.

57. g(x) =-
ln x
X
58. g(x) =2
ln x 93. f 3x dx 94. f x3x dx
2

f
X

59. g(x ) = x - ln x 60. g(x ) = x ln x 95. f cos x 3sen x dx 96. (D 3x+2 dx


366 CÁLCULO

Nos Exercícios 97-102, calcule a integral definida. 104. Encontre o valor mínimo de f (x) = xx pra x > O.
Íi2-l dx 112-l dx 105. ~ Use a fórmula (lnf(x))' = f'(x)/f(x) para mostrar
97. 98.
1X 4 X que ln x e ln(2.x) têm a mesma derivada. Existe uma explicação

99.
fie1
1 -X dx 100. i42 3t
dt
+4
mais simples para esse resultado?

106. ~ Por que a área sob a hipérbole y = 1/x entre 1 e 3 é


igual à área sob a mesma hipérbole entre 5 e 15? Para qual

101. 1-e1 - dt 102.


1e2 - 1 dt valor de b ela também é igual à área entre 10 e b?
- e2 t e t lnt 107. Quem é b se a inclinação da reta tangente à curva y = bx em
x = 0for4?
103. Ct=! 5 Encontre uma boa aproximação numérica das coorde-
nadas do ponto do gráfico de y = ln x - x que está mais próxi- 108. Sejaf (x) = ln x. Use a aproximação linear para obter uma esti-
mo da origem (Figura 10). mativa de !::,,f = ln(e2 + O, 1) - ln(e2 ).

y 109. A energia E (em joules) irradiada como onda sísmica a partir


de um terremoto de magnitude M na escala Richter é dada pela
0,5
fórmula log 10 E = 4,8 + 1,5M.
X
2 3 4 5 (a) Expresse E como uma função de M.
'
(b) Mostre que quando M cresce 1 unidade, a energia aumenta por
um fator de aproximadamente 31.
(e) Calcule dE/dM.

FIGURA 10 O gráfico de y = ln x - x.

Compreensão adicional e desafios


110. (a) Mostre que sefe g forem deriváveis, então (b) <p(ab) = <p(a) + <p(b). Sugestão: reparta a integral de 1 a ab
em duas integrais e use (a).
d f'(x) g'(x)
- ln(f(x)g(x)) =- +- (e) <p(l) = 0e<p(a- 1) = -<p(a)paraa>0.
dx f(x) g(x)
(d) <p(an) = n<p(a) para qualquer a> Oe inteiro n.
(b) Dê uma prova nova da regra do produto, observando que o lado
_ ,. (f (x)g(x))' (e) <p(a 1f n) = !<p(a) para qualquer a> Oe inteiro n #: O.
esquerdo da Equaçao (5) e igual a - - - - . n
f(x)g(x)
(0 <p(ar) = r<p(a) para qualquer a> Oe número racional r.
111. Mostre que loga b logb a = 1. (g) Existe x tal que <p(x) > 1. Sugestão: mostre que <p(a) > Opara
. , , Jog X =
cada a > 1. Em seguida, tome x ampara m > 1/ <p(a).
112. Venfique a vahdade da formula logb x = --ª- ,para a, b > O.
Ioga b (h) Mostre que <p(t) é crescente e use o teorema do valor inter-
mediário para mostrar que existe um único número e tal que
113. Use o Exercício 112 para verificar a fórmula
= 1.
<p(e)
d 1 (i) <p(e') = r , para qualquer número racional r.
- logbx= - -
dx (ln b)x
115. Mostre que sef(x) for crescente e satisfizerf(xy) =f (x) + f(y) ,
114. Definindo ln x como uma integral Defina a função <p(x) no então sua inversa g(x) satisfaz g(x + y) = g(x) g(y).
domínio x > O:
116. Aqui continuamos os dois exercícios precedentes. Seja g(x) a
x 1 inversa de <p(x ). Mostre que
<p(x) =
Íi
1
- dt
t (a) g(x) g(y) = g(x + y).
Nesse exercício, fazemos de conta que não sabemos que (b) g (r) = e' para qualquer número racional r.
<p(x) = ln x e mostramos diretamente que <p(x ) tem todas as pro- (e) g' (x) = g(x )
priedades básicas do logaritmo. Prove as afirmações seguintes:
Os Exercícios 114-116 fornecem uma abordagem matemática
b1 1ªb -1 elegante das funções exponenciais e logarítmicas, que evita o
(a)
Íisubstituição
1 t
- dt =
u
a
= tia.
t
dt para quaisquer a, b > O. Sugestão: use a
problema de definir ex para x irracional e de provar a diferen-
ciabilidade de ex.
CAPITULO 7 Função Exponencial 367

7.4 Crescimento e decaimento exponencial


A constante k tem unidades de "tempo Nesta seção, estudamos quantidades P(t) que dependem exponencialmente do tempo:
inverso"; se t for medido em dias,
1 então k tem unidades de (dias)- 1•
1 P(t) = Poi 1 1
O crescimento e decaimento onde Po e k são constantes. Se k > O, então P(t) cresce exponencialmente com constante de
exponenciais aparecem crescimento k, e se k < O, então P(t) decai exponencialmente com constante de decaimento
freqüentemente num ampla variedade
de aplicações físicas, biológicas e k. O coeficiente Po é o tamanho inicial, pois P(O) = Poé· 0 = Po. Crescimento ou decai-
econômicas. mento exponenciais também podem ser expressos pela fórmula P(t) = Pob1 com b = é,
já que Pob1 = Po(é) 1 = Poé 1•
A população é um exemplo típico de uma quantidade que cresce exponencialmente,
pelo menos sob condições convenientes. Para entender por que, considere uma colônia
de células com população inicial Po = 100 e suponha que cada célula se divida em duas
células depois de 1 hora. Assim, a cada hora que passa, a população P(t) dobra:
P(O) = 100 (população inicial)
P(l) = 2(100) = 200 (população dobra)
P(2) = 2(200) = 400 (população dobra de novo)

Depois de t horas, P(t) = (100)21•

FIGURA 1 A bactéria E. coli. • EXEMPLO 1 Quando a bactéria Escherichia coli (encontrada no intestino humano;
ver Figura 1) é criada em laboratório, ela cresce exponencialmente com uma constante de
crescimento k = 0,41 (horasf 1• Suponha que no instante t = Oestejam presentes 1.000
bactérias.
O crescimento exponencial não pode
continuar por períodos de tempo muito (a) Encontre a fórmula para o número de bactérias P(t) no instante t.
longos. Uma colônia que comece com (b) Qual o tamanho da população depois de 5 horas?
uma célula de E. coli cresceria até
(e) Quando é que a população atinge 10.000?
atingir 5 x 1089 células em 3 semanas,
muito mais do que o número estimado
Solução
de átomos no universo observável.
No verdadeiro crescimento celular, (a) O tamanho inicial é Po = 1.000 e k = 0,41, portanto P(t) = l.000e0,4lr (tem horas).
Depois de 5 horas, P(5) = l.000eü.4 1·5 = l.000e 2·º5 ~ 7767,9. Como o número de
a fase exponencial é seguida por um
(b)
período em que o crescimento diminui,
podendo até declinar. bactérias deve ser um número inteiro, arredondamos a resposta para 7.768.
( e) O problema pede o tempo t no qual P(t) = 10.000, portanto devemos resolver a equa-
ção l.OOOeo,4ir = 10.000, ou
População de bactérias
P(t)
e°.41t = 10.000 = 10
10.000 ---------------------------- 1.000
Tomando o logaritmo de ambos lados, obtemos ln (e°·411 ) = ln 10, ou
5.000
0,41t = ln 10 =} t = -ln0,4110 ~ 5,62
1.000
2 4 5,6 Portanto, P(t) alcança 10.000 depois de aproximadamente 5 horas e 37 minutos (Figu-
Tempo (horas) ra 2). •
FIGURA 2 O crescimento de uma
população de E. coli. O papel importante desempenhado pelas funções exponenciais é melhor entendido
em termos da equação diferencial y' = ky. A função y = Poé 1 satisfaz essa equação di-
Uma equação diferencial é uma ferencial, como pode ser conferido diretamente:
equação que relaciona uma função y =
f(x) com sua derivada y' (ou derivadas
superiores y', y", y'", .. .).
y' = !!:_(Poi
dt
= kPoi = ky
1
)
1
368 CÁLCULO

O Teorema 1 vai mais longe e afirma que as funções exponenciais y = Poé1 são as únicas
funções que satisfazem essa equação diferencial.

TEOREMA 1 Se y(t) for uma função derivável satisfazendo a equação diferencial


O Teorema 1 é um exemplo de
"teorema de unicidade", afirmando
que é única a solução de uma equação 1 y' = ky 1

diferencial com dada condição inicial.


então y(t) = Poé', onde Po é o valor inicial Po = y(0).

Demonstração Calculemos a derivada de ye-k 1• Se y' = ky, obtemos

:t (ye-k') = y'e-kr -ke-kr y = e-kt(y' - ky) =O (pois y' = ky)


Como a derivada é nula, y(t)e-k1 = Po para alguma constante Po e y(t) = Poé', como
queríamos mostrar. •

ENTENDIMENTO C0NCEITUAL O Teorema 1 nos diz que um processo obedece a uma lei
exponencial precisamente quando sua taxa de variação for proporcional à quan-
tidade presente no instante t. Essa formulação nos ajuda a entender por que certas
quantidades crescem exponencialmente. Uma população cresce exponencialmen-
te porque sua taxa de crescimento é proporcional ao tamanho da população (cada
organismo contribuindo com o crescimento pela reprodução). Contudo, isso só é
verdade se os organismos não interagirem. Se eles interagem, digamos, competindo
pelo alimento ou parceiro, então a taxa de crescimento pode não ser proporcional ao
tamanho da população e não podemos esperar crescimento exponencial. Analoga-
mente, o fato experimental do decaimento exponencial de substancias radioativas é
consistente com a hipótese de que os átomos decaem aleatória e independentemente.
Sob essa hipótese, uma fração fixa dos átomos decai por unidade de tempo e o nú-
mero total decaindo por unidade de tempo é proporcional ao número total de átomos
presentes, levando ao decaimento exponencial observado. Se não fosse observado
o decaimento exponencial, poderíamos suspeitar que o decaimento estivesse sendo
influenciado por alguma interação entre os átomos.

• EXEMPLO 2 Encontre todas soluções de y' = 3y. Qual é a solução particular que
satisfaz y(0) = 9?
Solução As soluções de y' = 3y são as funções y(t) = Ce31, onde C é o valor inicial C =
y(0). A solução particular satisfazendo y(0) = 9 é y(t) = 9e 31 • •

• EXEMPLO 3 Modelagem da penicilina Os farmacólogos mostraram que a taxa segundo


a qual a penicilina deixa a corrente sangüínea de uma pessoa é proporcional à quantidade
de penicilina presente na corrente.
(a) Expresse essa afirmação como uma equação diferencial.
(b) Encontre a constante de decaimento se permanecerem 50 mg de penicilina na corren-
te sangüínea 7 horas depois da injeção inicial de 450 mg.
(e) Com as hipóteses de (b), em que instante havia 200 mg de penicilina presente na
corrente?
Solução
(a) Denotemos por A(t) a quantidade de penicilina presente na corrente sangüínea no
instante t. Então a taxa segundo a qual a penicilina deixa a corrente é A' (t ). Se essa taxa
for proporcional a A(t), então
CAPITULO 7 Função Exponencial 369

A' (t) = -kA(t) [IJ


para alguma constante k. Observe que k > O, pois A(t) é decrescente.
(b) Como A(t) satisfaz a Equação (1) e A(0) = 450, temos A(t) = 450e-k1• Usamos a
condição A(7) = 50 para resolver em k:

A(7) = 450e-?k = 50 ::::} e


- 7k
= -l
9
Assim,-7k = ln ½ek = -ln(½)/7 ~ 0,31.
Penicilina (mg) (e) Para obter o instante de tempo no qual estavam presentes 200 mg, resolvemos

400 A(t) = 450e-o, 3 tr = 200


300

200
e-0,31r =~
9
100
- ln(~) ~ 2 62
1
~-+----+-~-+----+-( (h)
t = --
0,31 9 '
2 3 4

FIGURA 3 Isso mostra que as 200 mg estavam presente no instante t = 2,62 horas (Figura 3).

As quantidades que crescem exponencialmente possuem uma propriedade importan-
te: existe um tempo de duplicação T tal que P(t) dobra de tamanho a cada intervalo de
tempo de comprimento T. Para provar isso, supomos que P(t) = Poek1 e resolvemos para
Ta equação P(t + T) = 2P(t):

Poi(t+T) = 2Poi1
itiT = 2i1
A constante k tem unidades de tempo- •,
portanto o tempo de duplicação T=
(ln 2)/k tem unidades de tempo, como
deveria ser antecipado. Obtemos kT = ln 2, ou T = ln 2 / k.

Tempo de duplicação Se P(t) = P0é 1 com k > O, então o tempo de duplicação de Pé

Tempo de dupr1cação = k
ln2

Graus conferidos • EXEMPLO 4 Calculando o tempo de duplicação a partir de k Alguns estudos têm suge-
25.000 I rido que, no período de 1955 a 1970, o número de diplomas de Bacharelado em Física
I
I conferidos por ano por universidades norte-americanas cresceu exponencialmente, com
20.000
constante de crescimento k = 0,1 (aproximadamente 2.500 graus foram conferidos em
-------------------------- 1.

I
I
15.000 I 1955). Se isso for verdade,
/
I

10.000
I
(a) qual foi o tempo de duplicação?
(b) quanto tempo levaria para que o número de graus conferidos num ano fosse 8 vezes
5.000 maior do que no ano anterior, supondo que o crescimento exponencial continuasse?
2.500
~-~-1-~---1-~-r (yr) Solução
1955 1965 1975
f----1
Tempo de
(a) O tempo de duplicação é (ln 2)/0,1 0,693/0,1 = 6,93 (Figura 4). Como os di-
~
duplicação plomas costumam ser conferidos somente duas vezes ao ano, arredondamos o tempo de
FIGURA 4 A duplicação (de 2.500 duplicação para 7 anos.
para 5.000 para 10.000, etc.) ocorre em (b) O número dobra depois de 7 anos, quadruplica depois de 14 anos e aumenta 8 vezes
intervalos de tempo iguais. depois de 21 anos. •
370 CÁLCULO

• EXEMPLO 5 Calculando k a partir do tempo de duplicação Uma das menores plantas do


mundo, a Wolffia globosa (Figura 5) tem um tempo de duplicação de aproximadamente
30 horas. Encontre a constante de crescimento k e determine a população inicial se a po-
pulação chegou a 1.000 em 48 horas.
ln 2 ln2
Solução Pela fórmula da duplicação do tempo, 30 = T· Portanto, k = 30 ~ 0,023.
Depois de t horas, a população de plantas é P(t) = Poeº·º231. Se P(48) = 1.000, então
FIGURA 5 Essas plantas minúsculas
são Wolffia, com tamanho total menor
do que a cabeça de um alfinete.
Poe<0,023)48 = 1.000 =} Po = l.OOOe-<0,023)48 ~ 332

Os cientistas observaram que se uma quantidade Ro de um isótopo radioativo estiver
presente no instante t = O, então a quantidade presente no instante t é R(t) = Roe-k1, onde
k > O. Nessa situação de decaimento exponencial, temos a meia vida em vez do tempo de
duplicação. A meia vida é o tempo que leva para que a quantidade decresça por um fator de
½- De maneira análoga ao cálculo do tempo de duplicação visto acima, obtemos

. .d ln2
Me1av1 a= k

Fração presente • EXEMPLO 6 O isótopo radônio-222 tem uma meia vida de 3,825 dias. Encontre a
constante de decaimento e determine quanto tempo leva para que 80% dos isótopos
decaiam.
ln2
0,5 ---------------- Solução Pela equação da meia vida, k = , ~ 0,181. Portanto, a quantidade de radô-
' 3 825
0,25 ,'
------ - ---------"4--------------- -
nio-222 no instante t é R(t) = Roe-0·1811, onde Ro é a quantidade presente em t = O(Figu-
~----+------+- /
''
(dias) ra 6). Para determinar quando resta 20%, resolvemos para t na equação P(t) = 0,20Ro:
o 7,65

Meia vida
Roe-o,1s11 = 0,20Ro
FIGURA 6 A fração de radônio-222 e-o,1s11 = 0,20
presente no instante t.
ln(0,20)
-0,18lt = ln(0,20) =} t = _ , ~ 8,9 dias
0 181

Portanto, a quantidade de radônio-222 decresce 80% depois de 8,9 dias.



Datação por radiocarbono
A datação por carbono se baseia no fato de que todos organismos vivos contêm carbo-
no. O carbono, que entra na cadeia alimentar através do dióxido de carbono absorvido
da atmosfera pelas plantas, é constituído principalmente de carbono-12 (C 12) não ra-
dioativo e uma quantidade muito menor de carbono-14 (C 14) radioativo que decai em
. ~ . A razao
mtrogemo. - R de C 14 para C 12 na atmosiera
" e' aproxima
• damente R = 10- 12 . A
14 12
razão de C para C num organismo vivo também é R porque o carbono no organismo
se origina na atmosfera.
FIGURA 7 O químico norte-americano Quando o organismo morre, não ocorre mais o reabastecimento de carbono. O C 14
Willard Libby (1908-1980) desenvolveu, começa a decair exponencialmente, enquanto o C 12 permanece igual. Portanto, a razão de
em 1946, a técnica de datação por 14 12
C para C no organismo decresce exponencialmente como uma função do tempo t desde
radiocarbono para determinar a idade
a morte do organismo. Medindo essa razão, podemos determinar quando ocorreu a morte.
de fósseis e, em 1960, recebeu o Prêmio
Nobel da Química por seu trabalho.
A constante de decaimento para C 14 é k = 0,000121 anos- 1, portanto obtemos
Desde então, a técnica foi refinada
consideravelmente. Razão deC 14 para C 12 depois de t anos= Re-o,oooi 211
CAPITULO 7 Função Exponencial 371

• EXEMPLO 7 Pinturas da caverna de Lascaux Uma galeria impressionante de pinturas


pré-históricas de animais foi descoberta na caverna de Lascaux, em Dordogne, na França,
em 1940 (Figura 8). Os cientistas determinaram que uma amostra de carvão retirada das
14 12
paredes da caverna tinha uma razão de C para C igual a 15% da encontrada na atmos-
fera. Qual foi a estimativa obtida para a idade das pinturas?
14 12
Solução Seja ta idade das pinturas. Então a razão de C para C decresce por um fator de
e-0 ,0001211. Se a razão na amostra decresceu por um fator de 0,15, então
e-0,0001211 = 0, 15
FIGURA 8 Uma réplica da pintura de
-0,000121t = ln(0,15) ~ -1,9
um touro e um cavalo na caverna de
Lascaux. Assim, t = 1,9/0,000121 ~ 15. 700. Os cientistas concluíram que as pinturas da caverna
têm aproximadamente 16.000 anos de idade (Figura 9). •

Decaimento de C14

7.4 RESUMO
y= e-0,00012 11
• P(t) cresce exponencialmente com constante de crescimento k > Ose P(t) = Poé 1• A
quantidade inicial é Po.
• As soluções da equação diferencial y' = ky são as funções exponenciais y = Cé1,
0, 15 onde C é uma constante.
1----+---+---++--+-t • A quantidade P(t) cresce exponencialmente se crescer a uma taxa proporcional a seu
5.000 10.000 20.000
tamanho, ou seja, se P'(t) = kP(t).
t=O 15.700 ln2
• Se P(t) crescer exponencialmente, seu tempo de duplicação é , :·
t = anos desde a morte do organismo

FIGURA 9 Se permanecer somente • Dizemos que P(t) decai exponencialmente com constante de decaimento k > O se
15% do C14 , a idade do objeto é de P(t) = Poe-k 1• Se P(t) decai exponencialmente, então P '(t) = -kP(t). A meia vida
aproximadamente 16.000 anos. de P(t) é (ln 2)/k.

7.4 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Duas quantidades aumentam exponencialmente com constantes 4. Em relação a seu livro popular Uma breve história do tempo, o
de crescimento k = 1,2 e k = 3,4, respectivamente. Qual quanti- famoso físico Stephen Hawking disse: "Alguém me afirmou que
dade dobra mais rapidamente? cada equação que eu incluísse no livro, reduziria suas vendas à
metade". Supondo que isso seja verdade, escreva uma equação
2. Se conhecermos o tempo de duplicação e a constante de cresci- diferencial satisfeita pela função de vendas S(n), onde n é o nú-
mento de uma quantidade que cresce exponencialmente, conse- mero de equações no livro.
guiremos determinar a quantidade inicial?
5. A datação por carbono é baseada na hipótese de que a razão R de
3. Uma população de células cresce exponencialmente, começan- carbono-14 para carbono-12 na atmosfera tem sido constante ao
do com uma célula. O que leva mais tempo: para a população longo dos últimos 50.000 anos. Se R de fato tiver sido menor no
crescer de uma para duas células ou para crescer de 10 milhões passado do que hoje em dia, as estimativas de idade obtidas com
a 20 milhões? a datação por carbono serão muito antigas ou muito recentes?

Exercícios
1. A população P de uma certa bactéria obedece à lei do crescimen- 2. Uma quantidade P obedece à lei do crescimento exponencial
to exponencial P(t) = 2.000e 1,3, (tem horas). P(t) = e51 (tem anos).

(a) Quantas bactérias estão presentes inicialmente? (a) Para qual t temos P = 10?
(b) Quando haverá 10.000 bactérias? (b) Para qual t temos P = 20?
(e) Qual é o tempo de duplicação de P?
372 CÁLCULO

3. Uma certa molécula de RNA se duplica a cada 3 minutos. En- Intensidade /


contre a equação diferencial para o número N(t) de moléculas
presentes no instante t (em minutos). Começando com uma mo-
lécula, quantas estarão presentes depois de 10 minutos?

4. Uma quantidade P obedece à lei do crescimento exponencial ~ Distância


'
P(t) = Ci 1 (tem anos). Encontre a fórmula para P(t), supondo
que o tempo de duplicação de Pé de 7 anos e que P(O) = 100.

5. A constante de decaimento do cobalto-60 é 0,13 anos-'. Qual é a


meia vida?
--
lo - Solução -
6. Encontre a constante de decaimento do rádio-226, dado que sua 0 X

meia vida é 1.622 anos. FIGURA 10 Intensidade de luz passando por uma solução.

7. Encontre todas as soluções da equação diferencial y' = -5y. 16. Uma população de insetos triplica de tamanho em 5 meses. Su-
Qual solução satisfaz a condição inicial y(0) = 3,4?
pondo crescimento exponencial, quando terá quadruplicado de
8. Encontre a solução de y' = -/iy satisfazendo y(0) = 20. tamanho?

9. Encontre a solução de y' = 3y satisfazendo y(2) = 4. 17. 10 kg de um isótopo radioativo decaem a 3 kg em 17 anos. En-
contre a constante de decaimento desse isótopo.
10. Encontre a função y = f (t) que satisfaz a equação diferencial
y' = -0,7y e a condição inicial y(0) = 10. 18. Medições indicam que uma amostra de pergaminho de couro de
14
ovelha encontrado por arqueólogos tem uma razão de C para
11. A população de uma cidade é dada por P(t) = 2. eº·º61 (em mi- 12
C igual a 40% da encontrada na atmosfera. Qual é a idade apro-
lhões) onde t é medido em anos. ximada desse pergaminho?
(a) Calcule o tempo de duplicação da população. 19. As cavernas de Chauvet Em 1994, no sul da França, alpinistas
(b) Quanto tempo leva para a população triplicar seu tamanho? descobriram, por acaso, uma caverna com pinturas pré-históricas.
14
Uma análise de C efetivada pela arqueóloga francesa Helene
(c) Quanto tempo leva para a população quadruplicar seu tamanho?
Valladas mostrou que as pinturas têm uma idade entre 29.700 e
12. A população do estado norte-americano de Washington cresceu 32.400 anos, muito mais do que qualquer outra obra de arte huma-
14 12
de 4,86 milhões em 1990 para 5,89 milhões em 2000. Suponha na jamais descoberta. Dado que a razão de C para C na atmos-
crescimento exponencial. fera é de R = 10- , qual é a razão de C para C que a arqueólo-
12 14 12

ga detectou nos espécimes de carvão dessas pinturas?


(a) Qual será a população em 2010?
(b) Qual é o tempo de duplicação? 20. Uma paleontóloga descobriu restos de animais que morreram no
início do período glacial holoceno. Ela usa datação por radiocar-
13. Supondo que o crescimento populacional seja aproximadamente bono para testar sua teoria de que esse período glacial começou
exponencial, qual das duas coleções de dados mais provavelmen- entre 10.000 e 20.000 anos atrás. Qual intervalo da razão de C14
12
te representa a população (em milhões) de uma cidade ao longo para C ela deve esperar encontrar nesses restos de animais?
de um período de cinco anos?
21. Pressão atmosférica A pressão atmosférica P(k) (em libras por
polegada quadrada) a uma altitude h (em milhas) acima do nível
Ano 2000 2001 2002 2003 2004
do mar terrestre satisfaz uma equação diferencial P' = -kP
Dados I 3,14 3,36 3,60 3,85 4,11 para alguma constante k positiva.
Dados II 3,14 3,24 3,54 4,04 4,74 (a) Medições com um barômetro indicam queP(0) = 14,7 e P(lO) =
2,13. Qual é a constante de decaimento k?
14. Intensidade da luz A intensidade da luz que passa por um
(b) Determine a pressão atmosférica 15 milhas acima do nível do mar.
meio absorvente decresce exponencialmente com a distância
percorrida. Suponha que a constante de decaimento de um certo 22. Inversão de açúcar Quando o açúcar é dissolvido n' água,
bloco de plástico seja k = 2 quando a distância for medida em ele se converte em açúcar invertido ao longo de um período de
metros. Quão espesso deve ser o bloco para reduzir a intensidade várias horas. A percentagem! (t) de açúcar não convertido no
por um fator de um terço? instante t (em horas) decresce exponencialmente. Suponha que
J' = - 0,2f. Qual é a percentagem de açúcar que permanece
15. A lei de Beer-Lambert é usada na espectroscopia para deter-
depois de 5 horas? E depois de 10?
minar a absorção molar a ou a concentração e de um composto
dissolvido numa solução a baixas concentrações (Figura 10). A 23. Uma quantidade P cresce exponencialmente, com tempo de dupli-
lei afirma que a intensidade I da luz quando passa pela solução cação de 6 horas. P terá crescido 50% depois de quantas horas?
satisfaz ln(// lo) = acx, onde lo é a intensidade inicial ex é a
distância percorrida pela luz. Mostre que I satisfaz uma equação 24. Duas colônias de bactérias são cultivadas em laboratório. A pri-
diferencial dl /dx = -kl para alguma constante k. meira colônia tem um tempo de duplicação de 2 horas e a segun-
CAPITULO 7 Função Exponencial 373

da um de 3 horas. Inicialmente, a primeira colônia contém 1.000 Nos Exercícios 27-28, consideramos a equação diferencial de
bactérias e a segunda 3.000 bactérias. Em qual instante de tempo Gompertz:
tas duas colônias terão o mesmo tamanho?

25. A lei de Moore Em 1965, Gordon Moore previu que o núme- -dy =ky ln ( -y)
dt M
ro N de transistores num microprocessador cresceria exponen-
cialmente.
(onde Me k são constantes), introduzida em 1825 pelo matemático
(a) A tabela de dados abaixo confirma a previsão de Moore para o inglês Benjamin Gompertz e usada até hoje na modelagem do enve-
período de 1971 a 2000? Caso afirmativo, dê uma estimativa da lhecimento e da morte.
constante de crescimento k.
kl
(b) C,9 5 Faça um gráfico dos dados da tabela. 27. Mostre que y = M eªe é uma solução, para qualquer constante a.

(e) Seja N(t) o número de transistores por processador t anos depois 28. Para modelar a mortalidade numa população de 200 ratos de
de 1971. Encontre uma fórmula aproximada N(t) ~ Ci1, onde laboratório, um cientista supõe que o número P(t) de ratos vi-
t é o número de anos depois de 1971. vos no instante t (em meses) satisfaça a equação de Gompertz
com M = 204 e k = 0,15 mês- (Figura 11). Encontre P(t)
1
(d) Dê uma estimativa do tempo de duplicação na lei de Moore no
período de 1971 até 2000. [observe que P(0) = 200] e determine a população depois de
20 meses.
(e) Se a lei de Moore continuar valendo até o final da década, quan-
tos transistores haverá num processador em 201O?
População de ratos P(t)
(O Será que Moore pensou que sua previsão pudesse valer indefini- 200
damente?

Processador Ano Número de transistores 100

4004 1971 2.250


8008 1972 2.500 L - -+-- -+- -i--==-r (mês)
8080 1974 5.000 10 20 30 40
8086 1978 29.000 FIGURA 11
286 1982 120.000
386 1985 275.000 29. ~ Uma certa quantidade cresce quadraticamente: P(t) =
486DX 1989 1.180.000
Pot2.
Pentium 1993 3.100.000
Pentium II 1997 7.500.000 (a) Começando no instante to =
1, quanto tempo vai levar para que
Pentium III 1999 24.000.000 P dobre de tamanho? Quanto tempo vai levar começando em
Pentium4 2000 42.000.000 to= 2 ou 3?
(b) Em geral, começando no instante to, quanto tempo vai levar para
26. Suponha que, num certo país, a taxa de criação de empregos seja que P dobre de tamanho?
proporcional ao número de pessoas que já têm emprego. Se hou-
ver 15 milhões de empregos em t = Oe 15,1 milhões de empregos 30. Verifique que a meia vida de uma quantidade que decai exponen-
3 meses depois, quantos empregos haverá três anos depois? cialmente com constante de decaimento k é (ln 2)/k.

Compreensão adicional e desafios


31. ($] Isótopos para datação Qual dos isótopos seguintes (b) O erro na aproximação seguinte tende a zero quando N -+ oo:
seria o mais recomendável para obter estimativa da idade de ro-
cha extremamente velha: carbono-12 (meia-vida de 5.570 anos),
chumbo-2 10 (meia-vida de 22,26 anos) e potássio-49 (meia-vida
M = tempo médio de decaimento ~ -1 Lt
N ( }_· )
N j=I N
de 1,3 bilhão de anos). Explique por que.
I
32. Seja P = P(t) uma quantidade que segue uma lei de crescimento Argumente para mostrar que M = lo t ( F) d F.
exponencial com constante de crescimento k. Mostre que P au-
mentam vezes depois de um intervalo de (ln m)/k anos.
(e) Use derivação para verificar que a fórmula J ln x d x = x lnx - x
33. ~ Tempo médio de decaimento Os físicos utilizam a lei de é válida e use-a para mostrar que, para c > O,
decaimento radioativo R = Roe-kt para calcular a média, ou tem-
po médio M até que um átomo decaia. Seja F(t) = R/ Ro = e-kt 1
= -1 + 1
a fração de átomos que sobrevivem até o instante t sem decair.
(a) Encontre a função inversa t(F) de F(t).
1
e
t(F)dF
k
- (c lnc - c)
k
374 CÁLCULO

(d) Verifique numericamente que lim (e -


vado na Seção 7.7). c--+O
e ln e) = O(isso será pro-
M = c-->O
lim 1'
e
t(F)dF

(e) A integral que define M é "imprópria" porque t(O) é infinito. (t) Qual é o tempo médio de decaimento do radônio (cuja meia vida
Mostre que M = 1/k calculando o limite é de 3,825 dias)?

7.5 Juro composto evalor presente


As funções exponenciais desempenham um papel importante na Matemática Financeira.
Nesta seção, utilizamos essas funções para calcular juros compostos e valor presente.
Convenção: para uniformizar e A quantia inicial de dinheiro que é colocada numa conta de uma instituição financeira
simplificar, nesta seção a unidade (caderneta de poupança ou outro investimento qualquer) é denominada principal. Quan-
monetária é o dólar, o tempo I é medido
em anos e as taxas de juros são anuais; do um principal de Po dólares é depositado numa conta, o montante, ou saldo, no instante
essas taxas são dadas ou como números t depende de dois fatores: a taxa de juros r e a freqüência da composição desses juros. Se
decimais, ou como percentagens. os juros forem pagos uma só vez ao ano, no final do ano, dizemos que o juro é composto
Assim, r = 0,05 corresponde a uma taxa
de juros de 5% ao ano.
anualmente. Se o principal e o juro forem mantidos na conta, então o montante cresce
exponencialmente:

Principal Juros
,-,_, ,-,_,
Montante depois de 1 ano = Po + r Po = Po(l + r)
Montante depois de 2 anos= Po(l + r) + r Po(l + r) = Po(l + r) 2
Montantedepoisdetanos= Po(l +r) 1- 1 +rPo(l +r)1- 1
= Po(l +r)1

Quando os juros forem pagos trimestralmente, os juros pagos depois de 3 meses (o


i
primeiro trimestre) são Po dólares. O principal aumenta pelo fator ( 1 + i) depois de
cada período de três meses e
Depois de t anos, o principal aumenta
pelo fator
r )Mt
Montante depois de 1 ano= Po ( 1 + i) ( + i) ( + i) ( + i)
1 1 1 = Po ( 1 + i) 4

(l + -M

Esse fator é denominado


Montante depois de t anos = Po l + ( 4r)4t
"multiplicador".
Em geral, se os juros forem compostos M vezes ao ano, o principal aumenta pelo fator

(1 + Mr )M depois de cada ano e, depois de t anos, P(t) = Po ( 1 + M


r )Mr.

Juro composto Se Po dólares forem depositados numa conta que rende juros à taxa anu-
al de r, compostos M vezes ao ano, então o montante da conta depois de t anos é de
TABELA 1 Juros compostos com
=
principal Po $100 e r = 0,09
Principal depois de 1 ano P(t) = Po ( l + Mr )MI
Anuais 100(1+ 0,09) = $109
4
Trimestrais 100(1 + º',?2) :::::: $109,31
12 A Tabela 1 mostra que existe uma vantagem na composição mais freqüente. O que
Mensais 100(1 + ~) :::::: $109,38
52 acontece no limite quando M tende ao infinito? O multiplicador anual tende ao limite
Semanais 100(1 + ~) :::::: $109,41

Diárias 100(1 + ~)
365
:::::: $109,42 lim
M --+oo
(1 + ~)M
M
[IJ
CAPITULO 7 Função Exponencial 375

f(n) O Teorema 1 relaciona esse limite à função exponencial (uma prova aparece no final desta
seção). A Figura 1 ilustra graficamente o primeiro limite no Teorema 1.

TEOREMA 1 Fórmula para e etr via limite

(1 + !)
11

lim (1 + :)
11
e = lim
11--+oo n
e ex = 11--+oo n
para todos x
10 20

FIGURA 1 A função

( 1)
11

f (n) = I +-;; tende a e quando Para calcular (1 ), aplicamos o Teorema 1 com x = r e n = M:


n oo.
-4
lim
M--.oo
(1 + ~)
M
M = er
Assim, quando compomos cada vez com maior freqüência, o multiplicador anual tende a
er e o multiplicador para t anos tende a (er) 1 = er1• Usamos esse resultado para definir o
juro composto continuamente.

Juro composto continuamente Se Po dólares forem depositados numa conta que rende
juros compostos continuamente, a uma taxa anual r, então o montante da conta depois
de t anos é de

P(t) = Poer 1

• EXEMPLO 1 Um principal de Po = $10.000 é depositado numa conta que paga 6%


de juros. Encontre o montante depois de 3 anos se o juro for composto trimestralmente e
se o juro for composto continuamente.
Solução Depois de 3 anos, o montante é

º'f2)4( ~ $11. 956,18


3
Composição trimestral: 10.000(1 + )

Composição contínua: 10.00oe<0,06l3 ~ $11. 972, 17



Valor presente
O conceito de valor presente (PV) é usado nos negócios e finanças para comparar os va-
lores de pagamentos efetuados em épocas distintas. Suponha que possamos emprestar ou
tomar emprestado dinheiro a uma taxa de juros r que é composta continuamente. Então o
PV de P dólares a serem recebidos no futuro, daqui a t anos, é definido por
O mundo financeiro trabalha com
muitas taxas de juros (referencial,
Selic, etc.). Aqui simplificamos nossa PV de P dólares recebidos no instante t = Pe-rr
discussão supondo que só exista uma
única taxa.
Qual é o raciocínio subjacente a essa definição? Quando investimos a uma taxa de juros r
por t anos, nosso principal cresce por um fator er1, portanto se investirmos Pe- rt dólares,
nosso principal aumenta para Pe- rr e,.1 = P dólares no instante t. Assim, o valor presente
Pe-rt é a quantia que deveríamos investir hoje para termos P dólares no instante t.

• EXEMPLO 2 É melhor receber 2.000 dólares hoje ou 2.200 dólares daqui a 2 anos?
Considere r = 0,07 e r = 0,03.
376 CÁLCULO

Solução Comparamos 2.000 dólares hoje com o valor presente de 2.200 dólares recebidos
daqui a dois anos. Ser= 0,07, o PV é 2.200e-<0,07l2 ~ $1. 912,59. Esse PV é menor do
que 2.000 dólares, portanto é melhor receber 2.000 dólares hoje.
Ser= 0,03, o VP é 2.200e-<0-03l2 ~ $2. 071 ,88. Nesse caso, um pagamento de 2.200
dólares daqui a dois anos é preferível a um pagamento de 2.000 dólares hoje. •

• EXEMPLO 3 Decidindo um investimento A gerente de infra-estrutura de uma firma deve


decidir se investe 400.000 dólares para atualizar o sistema computacional da firma. Com
a atualização, a firma poupará 150.000 dólares anuais durante os próximos três anos. A
atualização é um bom negócio ser= 7%? E ser= 4%?
Solução A gerente deve comparar o PV do dinheiro poupado (150.000 dólares anuais por
três anos) com os 400.000 dólares da atualização. Para simplificar, vamos supor que a
poupança anual de 150.000 dólares seja recebida de uma só vez ao final de cada ano.
Se r = 0,07, o PV do dinheiro poupado depois de três anos é

150.00oe- (O,O?) + 150.00oe-(0,07)2 + 150.00oe-(0,07)3 ~ $391.850

Como isso é menos do que o custo inicial, a atualização não é um bom investimento.
Se r = 0,04, então o valor presente da poupança é

150.00oe- (0,04) + 150.00oe- (0,04) 2 + 150.00oe- (0,04) 3 ~ $415.624

Nesse cenário financeiro, a atualização é um bom investimento, pois a firma poupa 15.624
~~-

Uma série de pagamentos é uma sucessão de pagamentos (ou recebimentos) perió-


.
dicos que continua ao longo de um intervalo de T anos. Considere um investimento que
produza renda a uma taxa de 800 dólares/ano por 5 anos. Assim, ao longo de 5 anos será
pago um total de 4.000 dólares, mas o PV da série de pagamentos é menor. Por exemplo,
se a taxa de juros for 6%, então o PV é

800e- 0·06 + 800e- <0-06l2 + 800e- <0,06l3 + 800e- <0,06l4 + 800e- <0-06l5 ~ $3.353,12

É mais conveniente, do ponto de vista matemático, supor que os pagamentos sejam


feitos continuamente a uma taxa de R(t) dólares/ano. Podemos calcular o PV como uma inte-
gral. Dividimos o intervalo de tempo [O, TJ em N subintervalos de comprimento fl..t = T / N .
Se M for pequeno, a quantia paga entre o tempo te t + D..t é aproximadamente igual a
R(t )
'-v-'
X D..t
._,-,
= R(t) D..t
Taxa Intervalo de tempo

OPV desse pagamento é aproximadamente e-rt R(t)M. Se to = O, t1 , . . . , tN denotam as


extremidades dos subintervalos, obtemos a aproximação
N
PV da série de pagamentos ~ Le - rt; R (ti) fl..t
i= l

Isso é uma soma de Riemann, cujo valor tende a foT R(t)e- ' 1
dt quando M tende a zero.

PV de uma série de pagamentos O valor presente à taxa de juros r de uma série de paga-
mentos contínuos de R(t) dólares/ano por T anos é

PV = foT R(t )e-'1 dt


CAPITULO 7 Função Exponencial 377

• EXEMPLO 4 Um investimento paga 800 dólares/ano continuamente por 5 anos. En-


contre o PV do investimento para r = 0,06 e r = 0,04.
Solução Se r = 0,06, o PV é igual a
5
5 e-0,06t
1 o
800e- 0•061 dt = -800--
0,06
0
~ -9.877,58 - (-13.333,33) = $3.455,76

Se r = 0,04, o PV é igual a

5 e-0,041 5
1 o
800e-0,04t dt = -800-- ~ -16.374,62 - (-20.000) = $3.625,38
0,04
0

y Demonstração do Teorema 1 Para verificar o primeiro limite, e = n--+oo
lim (1 + 1/ n )'\ usa-

mos a fórmula ln b = 1b t-
1
dt com b = 1 + 1/n:

( 1) =
1

-dtt
y = -x 11 + 1/ n
ln 1 +-
n I
1
nl(n + 1) A Figura 2 mostra que a área representada por essa integral fica entre as áreas de dois re-
tângulos de alturas n!(n + 1) e 1, ambos de base 1/n. Esses retângulos têm áreas 1/(n + 1)
1 +.!. e 1/n, portanto
11

FIGURA 2
1
- - < ln 1 + - ( 1) = 1+ 1 1 11
/
-dtt -<n-I
n+l- n I

Como ex é crescente, essas desigualdades permanecem verdadeiras se aplicarmos ex a


cada termo:
1<
el f(n+ I) < 1 + _ el/11 [1]
- n -

enf(n+l ) ::: ( I + ~) n .::: e (elevando ambos lados à potência n) W

Agora usamos o teorema do confronto. Como ex é contínua,


lim enf(n+l) = elim11-><x, (11/(11+ l)) = e' = e
fl--+00

Concluímos que lim ( 1 + l t = e, como queríamos provar. Ver Exercício 25 para uma
11--+00 li

prova da fórmula mais geral ex = lim ( 1 + ! )li. •


11--+00 li

7.5 RESUMO
• Se um principal Po for depositado numa conta que paga juros a uma taxa r, compostos
M vezes ao ano, o valor da conta depois de t anos é P(t) = Po(l + r/ M)Mr
• Se o juro for composto continuamente, P(t) = Poe' 1•
• O valor presente (PV) de P dólares, a serem pagos t anos mais tarde, é Pe-' 1
• O valor presente de uma série de pagamentos pagando R(t) dólares/ano continuamente
por Tanos é

PV = 1T R(t)e- ' dt 1
378 CÁLCULO

7.5 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. O que é preferível, uma ta."<a de ju~ de 12% compos1os 1rimestral- (b) a quanlia que deveríamos in\'eslir hoje para receber N dólares no
men1e ou uma 1axa de juros de 11 % compostos continuamen1e? ins1an1e T.

2. Enconlre o multiplicador anual se r = 9% e o juro for compos10 4. Daqui a um ano receberemos 1 dólar. O PV dessa quan1ia au-
(a) continuamenle e (b) trimestralmenle. menia ou diminui se a 1axa de juros subir?
3. O PV de N dólares recebidos no ins1an1e T é (escolha a resposta 5. Frederic.o espera receber um cheque de 1.000 dólares daqui a 1
c-0rresponden1e): ano. Explique, usando o concei10 de PV, se ele vai ficar feliz ou
(a) o valor no ins1an1e T de N dólares in\'eslidos hoje; tris1e ao saber que a 1axa de juros acaba de subir de 6% para 7%.

Exercícios
1. Calcule o mon1an1e daqui a 10 anos de 2.000 dólares que são (b) Quan10 dinheiro será realmeme poupado?
deposiiados numa con1a que paga 9% de juros compos1os (a) 1ri-
mestralmen1e. (b) mensalmen1e ou (e) continuamen1e. 13. Depois de receber 25 milhões de dólares da lo1eria esiadual, Jés-
sica descobre que o prêmio será pago em cinco parcelas anuais
2. Suponha que sejam depositados 500 dólares numa con1a que de 5 milhões de dólares. com a primeira parcela paga hoje.
paga 7% de juros compos1os con1inuamen1e. Encontre uma fór- (a) Qual é o PV do prêmio de Jéssica ser= 6%?
mula para o montante no insiante ,. Qual é o valor do montante
depois de 3 anos? (b) Quan10 mais valeria esse prêmio se fosse pago hoje de uma só vez?

3. Um banco paga juros a uma 1axa de 5%. Qual é o multiplicador 14. Um grupo de inveslidores adquiriu um prédio comercial em 1998
anual se os juros forem compostos por 17 milhões de dólares e ,-endeu-o 5 anos depois por 26 mi-
lhões de dólares. Calcule a taxa anual (composta conlinuamenle)
(a) anualmente, (b) ws vezes ao ano. ou do re1omo desse in\'es1imen10.
(e) continuamente?
15. Use a Equação (2) para calcular o PV de uma série de pagamen-
4. Quanto 1empo leva para 4.000 dólares dobrarem de valor se essa 1os que paga R(t) = 5.000 dólares/ano conlinuameme por 10
quantia for deposi1ada numa conta que paga 7% de juros com- anos e r = 0,05.
pos1os con1inuamen1e?
16. Calcule o PV de uma série de pagamen1os que paga con1inua-
5. Mos1re que se os juros forem compos1os con1inuan1en1e a uma men1e uma la.'<a de R(t) = $5.000eº· 11 dólares/ano por 5 anos e
taxar, en1ão o mon1an1e dobra depois de (ln 2) / r anos. r=0,05.
6. Quan10 de\'e ser investido hoje para receber 20.000 dólares daqui 17. Calcule o PV de um inves1imen10 que paga con1inuamen1e uma
a 5 anos se os juros forem compos1os con1inuamen1e a uma la."<a renda a uma 1axa de 800 dólnres/ano por 5 anos. supondo uma
r=9%? 1axa de juros r = 0,08.
7. Um investimen10 aumenta de valor a uma la."<a de 9% compos1a 18. A 1axa de renda anual produzida em t = Opor uma propriedade
con1inuan1ente. Qual de,-e ser o investimento inicial para que o comercial é de 50.000 dólares/ano e aumen1a a uma laxa de 5%
mon1an1e chegue a 50.000 dólares depois de sele anos? composla con1inuamen1e. Encon1re o PV da renda produzida nos
qualro prin1eiros anos. supondo r = 8%.
8. Calcule o PV de 5.000 dólares recebidos daqui a 3 anos se a 13.'<3
de juros for de (o) 6% e (b) 11 %. Qual é o PV nesses dois casos 19. Mostre que o PV de um in,~stimento que paga R dólares/ano conti-
se esse valor for ~bido daqui a 5 anos? nuamen1e por Tanosé R( l - e-rT)/r. onde ré a 1axadejuros.
9. É melhor receber 1.000 hoje ou 1.300 daqui a 4 anos? Considere 20. ~ Explique a afinnaçilo: se T for mui10 grande. en1ão o PV
r= 0.08 e r= 0,03. da série de pagamen1os descrila no Exercício 19 é. aproximada-
n1en1e, Rir.
10. Encontre a 1axa de juros r se o PV de 8.000 dólare.~ a serem rece-
bidos daqui a 1 ano for de 7.300 dólares. 21. Suponha que r = 0,06. Use o resultado do Exercício 20 para
ob1er uma es1ima1iva da taxa de pagat11en1os R que é necessária
11. Se uma firma im•este 2 milhões de dólares para reformar suas ins1a-
para produzir uma série de pagatnen1os cujo PV é 20.000 dóla-
Jações. obterá lucros adicionais de 500.000/ano por 5 anos. Supon-
res, supondo que a série de pagan1en1os con1inue por um nõmero
do que os lucros sejam oblidos de uma só \'ez no final de c3da ano.
mui10 grande de anos.
vale a pena esse inves1imen10 se a wca de juros estiver em 6%?
22. Por derivação. verifique que
12. Uma nova rede de computadores cus1ando 25.000 dólares vai re-
duzir o cus10 do lrabalho em 7.000 dólares/ano por 5 anos.
(a) Isso é um bom inves1imen10 ser= 8%?
f ,e-r, dr =
CAPITULO 7 Função Exponencial 379

Use a Equação (5) para calcular o PV de um investimento que 24. ~ Regra dos 70 do bancário Os bancários têm uma regra
paga continuamente, durante 5, anos um rendimento a uma taxa empírica que afirma que uma taxa de juros de R por cento, com-
de R(t) = (5.000 + 1.000 t) dólares/ano, supondo r = 0,05. postos continuamente, faz o investimento duplicar depois de, apro-
ximadamente, 70/R anos. Por exemplo, a R = 5%, nosso dinheiro
23. Use a Equação (5) para calcular o PV de um investimen- duplica depois de 70/5, ou 14 anos. Use o conceito de tempo de
to que paga continuamente um rendimento a uma taxa de duplicação para justificar a regra do bancário. (Observação: às ve-
R(t) = (5.000 + l.000t)eº·º 21 dólares/ano durante 10 anos, zes é utilizada a aproximação 72/R. É menos precisa mas mais fácil
supondo r = 0,08. de aplicar, porque 72 é divisível por mais números do que 70.)

Compreensão adicional e desafios


25. No texto provamos que e = lim (l
ll-+00
+ ¼t. Use uma mudança 27. Um banco paga juros a uma taxa r, compostos M vezes ao ano.
A taxa de juros efetiva reé a taxa de juros que, composta anual-
de variáveis para mostrar que, para cada x,
mente, produziria o mesmo rendimento.

lim (1
n-+oo
X
+ -)
n
li = lim
n-+oo
(1 + - ) /IX
1
n
(a) Encontre re se r= 9%, compostos mensalmente.
(b) Mostre que re = (l+ r/ M)M - 1e que re = er - 1se os juros
Use isso para concluir que ex = lim (l
ll-+00
+ ~ t. forem compostos continuamente.
(e) Encontre re se r= 11 %, compostos continuamente.
26. Use a Equação (3) para provar que, para n > O,
(d) Encontre a taxa de juros r que, compostos semanalmente, paga-

(l+;;')li :::e::: (l+;;')11+1 riam uma taxa efetiva de 20%.

7.6 Modelos utilizando y' =k(y - b)


Vimos que uma quantidade cresce ou decai exponencialmente se sua taxa de variação for
proporcional à quantidade presente. Essa propriedade característica é expressa pela equação
diferencial y' = ky. Agora estudamos uma equação diferencial que é bastante relacionada:
A Equação (1) é utilizada para modelar
uma variedade de fenômenos, tais
como processos de resfriamento, -dy = k(y-b) [IJ
dt
queda livre com resistência do ar e
corrente num circuito.
onde k e b são constantes e k =1- O. Essa equação diferencial descreve uma quantidade
y cuja taxa de variação é proporcional ao tamanho da diferença y - b. A solução geral
dessa equação é

1 y (t) =b + c i ' 1

onde C é uma constante determinada pela condição inicial. Para verificar isso, observa-
mos que (y - b )' = y', já que b é constante, portanto a Equação ( 1) pode ser reescrita
y
d
3 - (y - b)
dt
= k (y - b)

Em outras palavras, y - b satisfaz a equação diferencial da função exponencial. Assim,


y - b = Cek 1, ou y = b + Cek 1, como afirmamos.

ENTENDIMENTO GRÃFICO O comportamento da solução y(t) depende de C e k serem posi-


-1 tivos ou negativos. Quando k < O, costumamos reescrever a equação diferencial como
y' = -k(y - b), com k > O. Nesse caso, y (t) = b + ce-kt e y(t) tende à assíntota
FIGURA 1 Duas soluções de horizontal y = b, pois c e-k1 tende a zero com t --+ oo (Figura 1). Contudo, y(t) tende à
y' = -2(y - l) correspondendo a
assíntota por cima ou por baixo, dependendo se C > Oou C < O.
C=2eC= - 2.
380 CÁLCULO

Agora consideramos várias aplicações da Equação ( l ), começando com a lei de


Newton do resfriamento. Seja )~t) a temperatura de um objeto quente que está esfriando
A lei de Newton do resfriamento num lugar com uma temperatura ambiente de To. Newton supôs que a taxa de variação do
implica que o objeto esfria res/riamellto é proporcional à diferença de temperatura y - To. Expressamos essa hip6tc-
rapidameote quando estiver muito
quente (quando )' - 7ofor grande). se de uma maneira precisa pela equação diferencial
A taxa de resfriamento diminui
quando y se aproxima de To. Quando a y' = -k(y - To)
temperatura inicial do objeto for menor
que To. y' é positiva e a lei de Newton A constante k [em unidades de (tempof 1) é denominada constante de resfriamento e
modela o aquecimento. depende das propriedades físicas do objeto.

• EXEMPLO 1 Lei de Newton do resfriamento Em t = O, submergimos uma barra metálica


=
quente com constante de resfriamento k 2, 1 min - t num tanque grande de água à tempe-
ratura To = 55°F. Seja )~t) a temperatura da barra no instante t.
(a) Encontre a equação diferencial satisfeita por y(t) e determine sua solução geral.
(b) Qual é temperatura da barra depois de 1 min se a sua temperatura inicial é de 400ºF?
(e) Qual foi a temperatura inicial da barra se, depois de meio minuto, tiver resfriado até
120ºF?

Temperatura y(t) (ºF) Solução


400
(a) Como k =2,1 min- ', y(t) (com tem minutos) satisfaz
300
/=-2,l(y-55)
200 Pela Equação (2), a solução geral é y (t) = 55 + ce- 2•1' , para alguma constante C.
100
(b) Se a temperatura inicial for de 400ºF, então )~O)= 55 + C = 400. Assim, C = 345 e
ss _
.................................... y(t) = 55 + 345e-2•1' (Figura 2). Depois de 1 min,
_ _ _ _ _ _ _ _,.., (min)

0.5 1.0 I.S y(I) = 55 + 345e-2•1<1>:::::: 97,2°F


FIGURA 2 A temperatura de uma bam (e) Se a temperatura depois de meio minuto for de 120ºF então y(I) = 55 + ce-2•1' ,
metálica esfriando. onde y(0,5) = 120. Resolvendo para C:

55 + ce- 2•1<0.S>= 120


Ce-1.0S = 65 ::} C = 65el.OS :::::: 185,7

Segue que y (t) = 55 + l 85,7e-2•1' e a temperatura inicial é de

y(O) =55 + 185,7e-2. HO>= 55 + 185,7 = 240,7ºF •


O efeito da resisMncia do ar depende A equação diferencial y' = k(y - b) também é utilizada para modelar a queda livre
da situaç6o física. Um projétil de alta quando for levada em conta a resistência do ar. Suponha que a força devida à resistência
velocidade é afetado diferentemente
de um {)Ara-quedista. Nosso modelo do ar seja proporcional à velocidade v e aja no sentido oposto ao da queda. Escrevemos
é bastante realista para um objeto essa força como -kv, onde k > O. A força devida à gravidade que age num objeto de mas-
grande como um {)Ara-quedista caindo sa m em queda livre é de -mg, onde g é a aceleração devida à gravidade, portanto a força
de altitudes elevadas.
=
total é F -mg - kv. Pela lei de Newton, F = ma = mv' (a = v' é a aceleração).
Assim, mv' = -mg - kv, o que pode ser escrito como

Nesse modelo de queda livre, k tem


unidades de massa por tempo, como ,
V = -- k (v+-
8"')
,n k
1kg/s.
Essa equação é da forma v' = -k(v - b)comklm no lugar de keb = -gm/k. Pela Equa-
ção (2), a solução geral é

V(I) = - gm + ee-(J:/m)I
k
CAPITULO 7 Função Exponencial 381

Como ce-(k/ m)r tende a zero quando t --+ oo, v(t) tende a uma velocidade terminal limite:

Velocidade terminal = lim v(t) = - gm


t--+00 k m
Sem a resistência do ar, a velocidade aumentaria indefinidamente.

• EXEMPLO 2 Um pára-quedista de 80 kg salta de um avião (com velocidade inicial


nula).
(a) Qual é sua velocidade terminal se k = 8 kg/s?
(b) Qual é sua velocidade depois de 30 s?

V (mfs) Solução
-------+------+------+---/ (a) Pela Equação (4), com k = 8 kg/se g = 9,8 m/s2, a velocidade terminal é
10 20 30
gm 9,8(80)
- - = - - - = -98 m/s
-50 k 8
(b) Pela Equação (3),
-98 -------------------------------------
Velocidade terminal = - 98 m/s v(t) = -98 + ce-(k/ m)t = -98 + ce-(S/ SO)t = -98 + ce-O,lt
FIGURA 3 A velocidade de um pára- Como a velocidade inicial é nula, v(0) = -98 + C = O, ou C = 98. Portanto,
quedista de 80 kg em queda livre com
v(t) = -98(1 - e-0, 11 ) (Figura 3). A velocidade do pára-quedista depois de 30 sé
resistência do ar (k = 8).
v(30) = -98(1 - e-O,I(30)) ~ -93,1 m/s

Uma anuidade é um investimento no qual um principal Po é colocado numa conta
que rende juros a uma taxa r e da qual são efetuados saques a intervalos regulares.
Para modelar uma anuidade com uma equação diferencial, supomos que o dinheiro
seja sacado continuamente a uma taxa de N dólares/ano. O saldo P(t) da anuidade no
instante t satisfaz
Observe na Equação (5) que P' (t)
é determinada pelas taxas de
crescimento e de saque. Se não
!j!l= ~- ~ =r(P(t)- ~) [I]
Taxa de Crescimento Taxa de
ocorressem saques, P(t) cresceria variação devido aos juros saque
com juros compostos e satisfaria
P 1(t)=rP(t). Essa equação tem o formato y' = k (y - b), com k = r e b = N / r, portanto, pela Equação
(2), a solução geral é

P(t) = -Nr + Ce'1


Como e,.1 tende ao infinito quando t --+ oo, o saldo P(t) tende a oo se C > O. Se C < O,
então P(t) tende a - oo (ou seja, a anuidade acaba ficando sem recursos).

• EXEMPLO 3 Uma anuidade pode pagar para sempre? Seja P(t) o saldo numa anuidade
que rende juros a uma taxar= 0,07, com saques efetuados continuamente a uma taxa de
N = 500 dólares/ano.
(a) Suponha que P(0) = 5.000 dólares. Encontre P(t) e determine se a anuidade fica sem
recursos.
(b) Suponha que P(0) = 9.000 dólares. Encontre P(t) e mostre que o saldo cresce indefi-
nidamente.
N 500
Solução Temos- = - ~ 7.143, portanto P(t) = 7.143 + ceº·º 71 , pela Equação (6).
r 0,07
382 CÁLCULO

(a) Se P(0) = 5.000 = 7. 143 + ce0, então C = -2.143 e


P(t) = 7. 143 - 2. 143e°·º71
B
15.000 Os recursos acabam quando P(t) = 7. 143 - 2.143e0mr =O.Resolvemos para t:

0071 7.143 7.143)


10.000 e' =-- 0,07t = ln ( - - ~ 1,2
2.143 2.143
5.000 1,2
Os recursos acabam no instante t = -0,07 ~ 17 anos.
(b) Se P(0) = 9.000 = 7.143 + Ceº, então C = 1.857 e
FIGURA 4 O saldo de uma anuidade
pode crescer indefinidamente ou P(t) = 7.143 + l.857e°·º 71
decrescer a zero (e até ficar negativo),
dependendo do tamanho do depósito Como o coeficiente C = 1.857 é positivo, a conta nunca fica sem recursos. De fato, P(t)
inicial Po. cresce indefinidamente quando t ~ oo. A Figura 4 ilustra os dois casos. •

7.6 RESUMO
• A solução geral de y' = k(y - b) é y = b + Cek1, onde C é uma constante.
• A tabela seguinte descreve as soluções de y' = k(y - b) (Figura 5):

Equação (k > O) Solução Comportamento quando t ~ oo

seC > O
y' = k(y- b) y(t) = b + Cekr lim y(t)
1-+00
= { 00
- 00 seC < O

y' = -k(y- b) y(t) = b + ce-kt lim y(t) =b


l -+00

• A equação P' = r(P - N / r) modela o saldo P(t) de uma anuidade contínua com taxa
de juros r e taxa de saques N.

y y

b+C

b-C

Soluções de y' = k(y- b) com k, C > O Soluções de y' = -k(y- b) com k, C > O
FIGURA 5

7.6 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Qual é a solução geral de y' = -k(y - b)? 2. Escreva uma solução de y' = 4(y - 5) que tenda a -oo quando
t ~ 00.
CAPITULO 7 Função Exponencial 383

3. Existe alguma solução de y 1 = -4(y - 5) que tenda a oo quando 5. Suponha que o material A resfrie mais rapidamente do que o
t ~ oo? material B. Qual material tem uma constante de resfriamento k
maior na lei de Newton do resfriamento, y' = -k(y - To)?
4. Verdadeira ou falsa? Se k > O, então todas as soluções de y'
-k(y - b) tendem ao mesmo limite quando t ~ oo.

Exercícios
1. Encontre a solução geral de y 1 = 2(y - 10). Em seguida, en- 10. L$J Dois objetos idênticos são aquecidos a temperaturas dife-
contre as duas soluções satisfazendo y(O) = 25 e y(O) = 5 e esbo- rentes Ti e T2 em t = O e então submersos num tanque d'água à
ce seus gráficos. temperatura To = 40°C. As medições mostram que T2 = 400°C e
que a taxa de resfriamento do objeto 1 é duas vezes maior do que a
2. Encontre a solução geral de y' = -3(y - 12). Em seguida, en-
taxa de resfriamento do objeto 2 (em cada instante t). Encontre T1.
contre as duas soluções satisfazendo y(O) = 20 e y(O) = Oe esbo-
ce seus gráficos. Nos Exercícios 11-14, use o modelo de queda livre com resistência do
3. Verifique diretamente que y =b+ Cek1 satisfaz y' = k(y - b) ar discutido nesta seção. Se o peso w de um objeto (em libras) for dado
para qualquer constante C. em vez de sua massa (como no Exemplo 2), então a equação diferen-
cial da queda livre com resistência do ar é v' = -(kg/w)(v + w/ k),
2
4. Seja F(t) a temperatura de um objeto quente submerso na água de onde g = 32 pés/s
uma piscina grande cuja temperatura é de 70ºF.
11. Uma pára-quedista de 60 kg salta de um avião. Qual é sua veloci-
(a) Qual é a equação diferencial satisfeita por F(t) se a constante de
dade terminal em milhas por hora, supondo que k = 1Okg/ s para
resfriamento é k = 1,5? a queda livre (sem pára-quedas).
(b) Encontre uma fórmula para F(t) se a temperatura inicial do obje-
to for de 250ºF. 12. Encontre a velocidade terminal de um pára-quedas de 192 libras, se
k = 1,2 lb-s/ pé. Quanto tempo leva até o pára-quedista atingir me-
5. Uma barra metálica quente é submersa num grande reservató- tade de sua velocidade terminal se sua velocidade inicial for zero?
rio d'água cuja temperatura é de 60ºF. Vinte segundos depois
de submersa, a temperatura da barra é de IOOºF. Depois de um 13. Um pára-quedista de 175 lb salta de um avião (com velocidade
minuto sua temperatura baixou até 80ºF. inicial nula). Suponha que k = 0,7 lb-s/ pé com pára-quedas fe-
chado e k = 5 lb-s/pés com pára-quedas aberto. Qual é a velo-
(a) Determine a constante de resfriamento k.
cidade do pára-quedas no instante t = 25 s se o pára-quedas for
(b) Qual é a equação diferencial satisfeita pela temperatura F(t) da aberto 20 segundos depois do salto?
barra?
(e) Qual é a fórmula para F(t)?
14. L$J Quem atinge a velocidade terminal mais rápido: um pá-
ra-quedista mais pesado ou um mais leve?
(d) Determine a temperatura da barra no momento em que foi sub-
mersa. 15. Uma anuidade contínua com taxa de saque N = 1.000 dólares/ano
e taxa de juros r = 5% é custeada com um depósito inicial Po.
6. Um bastão metálico quente é colocado num tanque d'água cuja (a) Quando a anuidade fica sem recursos se Po = $15.000?
temperatura é 40ºF. O bastão resfria de 300 a 200ºF em 1 minu-
to. Quanto tempo leva para o bastão resfriar até l 50ºF? (b) Qual é o depósito inicial que fornece um saldo constante?

16. Mostre que uma anuidade contínua com taxa de saque N = 5.000
7. Quando um objeto quente é colocado num tanque d'água cuja
dólares/ano e taxa de juros r = 8%, custeada com um depósito
temperatura é 25ºC, ele resfria de 100 a 50ºC em 150 segundos.
Num outro tanque, o mesmo resfriamento ocorre em 120 segun- inicial Po = $75.000, nunca fica sem recursos.
dos. Encontre a temperatura do segundo tanque. 17. Encontre o depósito inicial mínimo que permite custear uma
anuidade que paga 500 dólares/ano indefinidamente se a taxa de
8. Uma barra metálica resfriada a -30ºC é submersa num tanque
juros pagos for de 5%.
mantido a uma temperatura de 40ºC. Meio minuto depois, a tem-
peratura da barra é 20ºC. Quanto tempo leva para a barra atingir 18. Qual é o depósito inicial mínimo que permite custear uma anui-
30ºC de temperatura? dade durante 30 anos se os saques forem efetuados a uma taxa de
1 2.000 dólares/ano com uma taxa de juros de 7%?
9. Uma xícara de café com constante de resfriamento k = 0,09min-
está resfriando numa sala a 20ºC de temperatura. 19. Um depósito inicial de 5.000 dólares é depositado numa conta.
(a) Qual é a velocidade de resfriamento do café (em graus por minu- Qual é a taxa de juros mínima que o banco deve pagar para per-
to) quanto a temperatura do café for T = SOºC? mitir que saques contínuos a uma taxa de 500 dólares/ano conti-
(b) Use aproximação linear para obter uma estimativa da variação de nuem indefinidamente?
temperatura ao longo dos próximos 6 segundos quando T = SOºC. 20. Mostre que uma anuidade contínua nunca fica sem recursos se o
(e) Quanto tempo precisamos esperar para tomar o café à temperatura saldo inicial for maior do que ou igual a N / r, onde N é a taxa de
ótima de 65ºC, se ele for servido a uma temperatura de 90ºC? saques e r a taxa de juros.
384 CÁLCULO

21. i'.SJ Júlia toma 10.000 dólares emprestados de um banco a uma 23. Corrente num circuito Considere o circuito na Figura 6 que
taxa de juros de 9% e paga o empréstimo continuamente a uma taxa consiste em uma bateria de V volts, uma resistência de R ohms e um
de N dólares/ano. Seja P(t) o montante da dívida no instante t. indutor. A intensidade de corrente elétrica l(t) no circuito satisfaz

(a) Explique por que y = P(t) satisfaz a equação diferencial -d/ = -k(/-b)
dt
y' = 0,09y - N
para certas constantes k e b, com k > O. Inicialmente, /(0) = Oe
(b) Quanto tempo Júlia leva para pagar a dívida se N = 1.200 dólares? l(t) tende a um nível máximo VIR quando t -+ oo.
(e) Ela terminará de pagar a dívida se N = 800 dólares? (a) Qual é o valor de b?
(b) Encontre uma fórmula para /(t) em termos de k, Ve R.
22. Seja N(t) a fração da população que ouviu uma certa notícia t ho-
ras depois de divulgada. De acordo com um modelo, a taxa N' (t) (e) Mostre que /(t) atinge cerca de 63% de seu valor máximo no
segundo a qual a notícia se espalha é igual a k vezes a fração da instante t = 1/k.
população que ainda não ouviu a notícia, para alguma constante k.
(a) Determine a equação diferencial satisfeita por N(t). (indutor)

(b) Encontre a solução dessa equação diferencial com condição ini-


cial N(O) = O, em termos de k.
Bateria R (resistor)
(e) Suponha que metade da população fique sabendo de um terre-
moto 8 horas depois de ocorrido. Use o modelo para calcular k
e obtenha uma estimativa da percentagem que ficará sabendo do
terremoto 12 horas depois de ocorrido. FIGURA 6 A intensidade de corrente tende ao nível Imax = V/ R.

Compreensão adicional e desafios


24. Mostre que a constante de resfriamento de um objeto pode ser (b) Mostre que a altura h(t) do projétil é dada por
determinada a partir de duas medições de temperatura y(ti) e
y(t2 ) tomadas em instantes ti i= t2, pela fórmula h(t) = C(l - e-kt) - !!_t
k
k = _ I_ 1n ( y(t2) -To) onde C = k- 2 (g + kvo).
ti - t2 y(ti) -To
(e) Mostre que o projétil alcança sua altura máxima no instante
25. Mostre que, pela lei de Newton do resfriamento, o tempo que um tmax = k-i 1n(l + kvo/g).
objeto leva para resfriar de uma temperatura A para uma tempe- (d) Na ausência de resistência do ar, a altura máxima é alcançada no
ratura E é instante t = v0 / g. Em vista disso, explique por que deveria ser
esperado que
t = ~ ln ( A - To)
k B-To
ln(l + ~) vo
lim g
=
onde To é a temperatura ambiente. k~O k g

26. Resistência do ar Um projétil de massa m = 1 é lançado ver- (e) Verifique a validade de (7). Sugestão: use o Teorema 1 da Seção
ticalmente para cima a partir do nível do chão com velocidade
inicial vo. Suponha que a velocidade v satisfaça v' = - g - kv. 7.5 para mostrar que Iim (1 + kvo) I /k = evo/g_
k~O g
(a) Encontre uma fórmula para v(t).

7. 7 Regra de L'Hôpital
A regra de L'Hôpital é devida ao A regra de L'Hôpital é usada para calcular limites de quocientes:
matemático francês Guillaume
François Antoine Marquis de L'Hôpital
(1661-1704) que escreveu o primeiro
lim f(x)
livro didático de Cálculo, em 1696. x~a g(x)

Informalmente, a regra de L' Hôpital afirma que sef(x)/g(x) for uma forma indeterminada
em x =ado tipo 0/0 ou 00/00, então podemos trocar f (x)lg(x) pelo quociente das deri-
vadas J' (x) / g' (x ).
CAPITULO 7 Função Exponencial 385

TEOREMA 1 Regra de L'Hôpital Suponha quef(x) e g(x) sejam deriváveis num intervalo
aberto contendo a e que

f (a) = g(a) = O

Também suponha que g' (x) =/= Opara x próximo mas distinto de a. Então

lim f(x) = lim f'(x)


x--+ag(x) x --+a g' (x)

sempre que exista o limite à direita. Essa conclusão também vale sef(x) e g(x) forem
deriváveis em cada x próximo de (mas não igual a) a e
lim f(x) = ±oo e lim g(x) = ±oo
x--+ a x--+a

Além disso, esses limites podem ser substituídos por limites laterais.

x 3 -1
• EXEMPLO 1 Use a regra de L'Hôpital para calcular o limite lim - -.
X-+ l X - 1

Solução Ambas f(x) = x 3 - 1 e g(x) = x - 1 são deriváveis, e f(l) = g(l) = O, mas o


quociente é uma indeterminação em x = 1:
3 3
x - l 1 -1
1 __
= -0O (indeterminado)
X - 1 x=l 1- 1

Além disso, g'(x) = 1 é não-nula. Portanto, podemos aplicar a regra de L'Hôpital. Pode
ADVERTlNCIA Quando utilizar a mos substituir o numerador e o denominador por suas respectivas derivadas e obter
regra de L'Hôpital, cuide para derivar
x3 - 1 3x 2
o numerador e o denominador
separadamente. Não derive a função
quociente.
lim - - = lim - = 3
x --+ l X - l x --+ l l •
cos2 x
• EXEMPLO 2 Calcule o limite lim - - - .
x--+ n/ 2 sen x - 1

Solução Podemos aplicar a regra de L'Hôpital porque ambas cos2 x e sen x - 1 são deri-
váveis, mas
2
cos2 x I cos (~)
2 02 O
= = - - = - (indeterminado)
sen x - 1 x=n/ 2 sen Í - 1 l - 1 O

Substituímos o numerador e o denominador por suas derivadas:

cos2 x . -2cosx senx


lim
x--+n/ 2 senx - l
= hm - - - - - = lim (-2senx) = -2
x--+ n/ 2 cos x x--+ n/ 2 •
Simplificar

• EXEMPLO 3 Forma indeterminada 00


00
Calcule lim x lnx.
x--+ 0+

Solução Esse limite é lateral porque f (x) = x ln x não está definida para x ~ O. Contudo,
f (x) não é um quociente, portanto reescrevemos a função como f(x) = (lnx)/ x- 1 para
aplicar a regra de L'Hôpital. Como ln x tende a -oo e x- 1 tende a oo quando x -+ 0+,
temos a forma indeterminada-00/ 00 e podemos usar a regra de L'Hôpital:
1
. . lnx . ( x- )


hm x lnx = hm - 1 = hm - -2 = hm (- x) = O
x --+ 0+ x --+ 0+ x- x--+ 0+ - x- x--+ 0+
386 CÁLCULO

ex -x -1
• EXEMPLO 4 Usando a regra de L'Hôpital duas vezes Calcule lim - - - -
x---.o cosx-l
Solução A regra de L'Hôpital pode ser aplicada porque

ex - x - 1 1 = e0 - O- 1 = 1-0-1 o
= -o (indeterminado)
COSX - 1 X=Ü COSÜ - 1 1- 1

Uma primeira aplicação da regra de L'Hôpital fornece

. -
11m
ex-x -1
- - - = 1·,m - -
(ex-1) 1-ex
= 1·1m - -
x---.o cosx - 1 x---.O -senx x---.O senx

Esse limite é, novamente, uma indeterminação do tipo 0/0, portanto, podemos aplicar a
regra de L'Hôpital de novo:

1 - ex -ex -eº
lim - - = lim - - = - - =-1
x---.0 sen x x---.0 cos x cos O •
2 1
• EXEMPLO 5 Hipóteses importam A regra de L'Hôpital pode ser aplicada a lim x + ?
x---.12x+l
Solução A resposta é não. A função não tem uma forma indeterminada porque
2 2
x +11 = 1 + 1 = 2
2x + l x=I 2 · 1 + 1 3

Contudo, o limite pode ser calculado diretamente por substituição:

lim x2 + 1 = ~
x---. 1 2x + 1 3

O uso indevido da regra de L'Hôpital levaria ao seguinte limite, com um valor diferente:

2x
lim -
x---.1 2
=1 (diferente do limite original)

1
• EXEMPLO 6 Aforma oo - oo Calcule lim ( -- - _!_)·
x---.o senx x
Solução A regra de L'Hôpital não pode ser aplicada diretamente porque a forma indeter-
minada não é nem 0/0 nem 00/00:

l 1
(indeterminado)
0 0
y
Contudo,
1 1 x - senx
0,5 senx X x senx

Esse quociente está na forma indeterminada 0/0 em x = O, e agora a regra de L'Hôpital


fornece

lim (-1- __!_)x


x---.O senx
= lim _x_-_s_e_n_x = lim __
x---.0 xsenx
l _- _c_o_s_x_
x---.Oxcosx+senx
FIGURA 1 O gráfico confinna que

y =-1 - 1
-tendeaOquando x--+ O.
O limite à direita é, ainda, uma indeterminação em x = O, mas uma segunda aplicação da
senx x regra de L'Hôpital termina o serviço (Figura 1):
CAPITULO 7 Função Exponencial 387

1 - cosx senx O
lim
x->Oxcosx +senx
= lim - - - - - - = - = O
x->O-xsenx +2cosx 2 •
Os limites de funções da forma f (x) g(x) podem levar a indeterminações do tipo
o , 100 , ou oci°. Nesses casos, podemos tomar o logaritmo e depois aplicar a regra de
0

L'Hôpital.

• EXEMPLO 7 Aforma o° Calcule lim xX.


x->0+
y Solução Inicialmente calculamos o limite do logaritmo. Se y = xx, então ln y = x ln x e
4 lnx
lim ln(x x) = lim x ln x = lim - 1 (reescrevendo como quociente)
3 y=xx x->0+ x->0+ x->0+ x-
2 x-1
= lim - - = lim (-x) =O (aplicando a regra de L'Hôpital)
x->0+ -x-2 x->0+
~----1---------,- x
2 Pela continuidade de ex, podemos exponenciar para obter o limite solicitado (Figura 2):
FIGURA 2 A função y = xx tende a 1 = lim eln(xx ) = elim, --,o+ ln(xx ) = e° = 1
quando x --+ O.
lim xx
x->0+ x->0+ •
Comparando o crescimento de funções
Às vezes, podemos estar interessados em determinar qual de duas funções,! (x) ou g(x),
cresce mais rapidamente. Por exemplo, há dois algoritmos computacionais padrão para
ordenar dados (ordem alfabética, por tamanho, etc.): Quick Sorte Bubble Sort. O tempo
médio necessário para ordenar uma lista de tamanho n com o Quick Sort tem ordem de
2
magnitude n ln n e, com o Bubble Sort, n • Qual algoritmo é mais rápido quando o tama-
nho n da lista for grande? Embora n seja um número natural, esse problema se reduz a
comparar o crescimento de f (x) = x ln x e g(x) = x2 quando x -+ oo.
Dizemos quef(x) cresce mais rapidamente do que g(x) se

lim f(x) = oo ou, equivalentemente, lim g(x) =O


X->00 g(X) X->00 f (X)

Nesse caso, escrevemos g « f. Por exemplo, x « x 2, pois

x2
lim - = lim x = oo
X->00 X X->00

Para comparar o crescimento de funções, precisamos de uma versão da regra de L'Hôpital


que possa ser aplicada a limites com x -+ oo.

TEOREMA 2 Regra de L'Hôpital para limites com x -+ oo Suponha que f (x) e g(x) sejam
deriváveis num intervalo (b , oo) e que g'(x) =f. Oparax > b. Se existirem lim f(x) e
lim g (x) e ambos forem ou zero ou infinito, então x->oo
X->00

lim f(x) = lim f'(x)


x->oo g(x) x->oo g'(x)

sempre que exista o limite à direita. Um resultado análogo vale para limites com
X -+ - 00.

• EXEMPLO 8 Quando x -+ oo, qual cresce mais rapidamente,! (x) = x 2 ou g(x) = x ln x?


388 CÁLCULO

y Solução Ambasf (x) e g(x) tendem ao infinito quando x --+ oo, portanto podemos aplicar
15 a regra de L'Hôpital ao quociente:
f (x) =x2
. f (x) . x2 . x . 1 .
10
hm - - = hm - - = hm - = hm - 1 = hm x = oo
x--+oo g(x) x--+oo x lnx x--+oo lnx x--+ oo x- x--+oo

Regra de L' Hôpital

Concluímos que x ln x « x 2 (Figura 3).



2 3 4 • EXEMPLO 9 Joaquim quer comparar dois algoritmos computacionais cujos tempos
FIGURA 3
médios de execução são aproximadamente (lnn) 2 e .jn.. Qual algoritmo leva menos tem-
po para valores grandes de n?

Solução Substituímos n pela variável contínua x e aplicamos a regra de L'Hôpital:


r; .!.x-l/ 2
. -
11m yX
- = j'
1m -2
-- (regra de L'Hôpital)
x --+oo 2 (lnx) x--+oo 2x- 1 lnx

xl / 2
= xlim --
--+ oo 4 ln x
(simplificando)
y y= eX
.!.x-1 / 2
3.000.000
= x--+
lim -2- -
oo 4x- 1
(de novo a regra de L' Hôpital)

. 1
2.000.000 = X--+
hm - x 112 = oo
00 8
(simplificando)

1.000.000 Isso mostra que (ln x )2 « .fi. Concluímos que o algoritmo cujo tempo médio é propor-
cional a (ln n ) 2 leva menos tempo para n grande. •

4 8 12 Na Seção 7.1 afirmamos que as funções exponenciais crescem mais rapidamente do


FIGURA 4 Um gráfico ilustrando que as funções polinomiais. Agora provamos isso, mostrando que xn « ex para qualquer
x5 « ex. expoente n (Figura 4).

TEOREMA 3 Crescimento de ~

para qualquer expoente n 1

Demonstração Para n = 1, a regra de L' Hôpital dá


ex ex
lim - = lim - = oo
X--+ 00 X X--+00 1

Para tratar com as potências maiores, observamos que a regra de L'Hôpital reduz o limite
com x 11 ao limite com x 11 - 1• Por exemplo,
ex ex 1 ex
lim - = lim - = - lim - = oo
X--+ 00 x2 X--+ 00 2x 2 X--+ 00 X

Analogamente, tendo provado que ex j x 2 --+ oo, concluímos que


ex ex 1 ex
lim - = lim - 2 = - lim - = oo
x --+ oo x3 x --+ oo 3x 3 x --+ oo x2

Procedendo dessa maneira, podemos provar o resultado para todo n. Uma prova mais
formal utilizaria o princípio da indução. •
CAPITULO 7 Função Exponencial 389

Demonstração da regra de L'Hôpital


Vamos demonstrar apenas a regra de L'Hôpital do Teorema 1, a saber, o caso em que
f(a) = g(a) =O.Também vamos supor que f ' e g' sejam contínuas em x = a e que
g' (a) =I= O. Então g(x) =I= g(a) para cada x perto de mas não igual a a. Nesse caso, a regra
de L' Hôpital afirma que

lim f(x) = lim f'(x) = f ' (a)


g(x)
x--+a x--+ a g'(x) g' (a)

Para provar isso, observe que sef(a) = g(a) = O, então parax próximo de mas não igual a a

f (x) - f (a)
f (x) f (x) - f (a) x -a
=----=-- ---
g(x) g(x) - g(a) g(x) - g(a)
x-a

Pela lei do quociente dos limites e a definição de derivada, resulta

. f (x) - f (a)
11 m - - - -
lim f(x) = x --+ a x- a f ' (a)
x--+a g(x) lim g(x) - g(a) = g'(a) •
X--+a X - a

7.7 RESUMO
• Regra de L'Hôpital: suponha que f e g sejam deriváveis perto de a e que

f (a) = g(a) = O

Também suponha que g' (x) =!= Opara x perto (mas diferente) de a. Então

lim f (x) = lim !' (x )


g(x)
x--+a x--+a g'(x)

sempre que existir o limite da direita.


• A regra de L'Hôpital permanece válida se lim f(x) e lim g(x) forem ambos infinitos.
x--+a x --+a
Também pode ser usada em limites com x --+ oo
• Os limites envolvendo a forma indeterminada o0 , 100 , ou 00° podem, muitas vezes, ser
calculados tomando primeiro o logaritmo e depois aplicando a regra de L'Hôpital.
• Ao comparar as taxas de crescimento de funções, escrevemos g « f se

lim f(x) = oo
X--+00 g(X)

7.7 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Qual dos dois limites seguintes pode ser calculado usando a regra 2. Por que não podemos calcular
de L' Hôpital?
x 2 -2x
3x - 12 12x -3 lim---
lim-- lim-- x--+ 0 3x - 2
x--+4 x 2 - 16' x--+4 X - 4
usando a regra de L' Hôpital?
390 CÁLCULO

Exercícios
Nos Exercícios 1-10, mostre que a regra de L'Hôpital pode ser apli-
X x2
35. lim e - e 36. lim - - -
cada e use-a para calcular o limite. x-+ l lnx x-+0 1 - cosx

. 2x 2 + X - 3 2x2 +x -10
37. lim
cosx e2x - l
38. lim - -
1. 11m - - - - 2. lim - - - - - -
x-+ l X - 1 x-+2 2x 5 - 40x + 16 x-+ rr/2 sen(2x) x-+0 X

6x 3 + l 3x 2 + 9x + 2 sen4x
lim e-x (x 3 - x 2 + 9)
aX - J
3. lim 4. lim--- 39. 40. lim - - (a > O)
x-+-1 6x - x - Sx + 2
3 2 x-+0 x 2 + 3x x-+oo x-+0 X

,Jx - 3 x3 x l/3 - 1
5. lim 6. lim 41. lim 2 42. lim (secx - tgx)
x-+9 2x 2 - 17x - 9 x-+Osen x - x x-+ l x + 3x - 4 X-+ Tr/2

x2 cos2x -1
7. lim 8. lim 43. lim x 1fx 44. lim (! + lnx) 1/(x-l )
x-+0 1 - cosx x-+0 sen Sx X-+00 x-+l

COSX - cos2 x Jx+T-2 46. lim xsenx


9. lim 10. lim 45. lim (sen t)(ln t)
x-+0 senx x-+3 x 3 - 7x - 6 t-+0+ x-+0+

Nos Exercícios 11-16, mostre que a regra de L'Hôpital pode ser apli-
cada ao limite quando x ~ ±oo e calcule o limite.
(1 + 3x) 112 - 2
47. lim - - -1- -
x-+ l (1 +7x) 13 -2
48. Jim (-X
X-+00 X+ J
)X
3x -1 ln x . cos mx d , .
11. lim - - - 12. lim - 49• Ca1cu1e hm - - , on e m e n são numeros naturais não-
x-+oo 7 - 12x X-+00 ,Jx x-+ rr/2 cos nx
nulos.
. ln(x 4 + 1)
13. lim ~ 14. hm x 11 - I
X-+00 eX x-+-00 X 50. Calcule lim - - - para quaisquer números n, m :p O.
X-+ l Xm - 1
x2 1 51. iCG~ A regra de L'Hôpital pode ser aplicada ao limite
15. lim 16. lim x sen -
X-+00 eX X-+ - 00 X
lim x sen(l / x)? Descubra se uma investigação numérica ou
Nos Exercícios 17-48, aplique a regra de L'Hôpital para calcular x-+0+
o limite. Em alguns casos, pode ser necessário aplicá-la mais de gráfica sugere a existência do limite.
uma vez.
52. Esboce o gráfico de y = ln x determinando o comportamento
. sen4x . tg 3x X
17. hm - - 18. hm crescente/decrescente, concavidade e comportamento assintóti-
x-+0 sen3x x-+rr/2 tg Sx co, como na Seção 4.5.
. tgx JS+ x - 3x 114
19. hm - - 20. lim - -2= - - - - - 53. Sejaf(x) = x l/x nodomínio {x :x>O ).
x-+0 X x-+ l x + 3x - 4
(a) Calcule lim f (x) e lim f (x ).
ex2 - e4 x-+0+ X-+00
21. lim (cotg x - ~) 22. lim (b) Encontre o valor máximo de f (x) e determine os intervalos em
x-+0 X x-+2 X - 2
quef(x) é crescente ou decrescente.
3x -2 . x 2 +4x
23. lim 24. hm - - - (e) Use (a) e (b) para provar que x 1fx = c tem uma única solução
x-+ - oo 1 - Sx x-+oo 9x3 + 4
se O < c ::: l ou c = e 1fe, duas soluções se l < c < e 1/e e
7x 2 +4x nenhuma solução se e > e 1/e.
25. lim 26. lim tg (nx ) lnx
x-+-oo 9 - 3x2 X-+ l 2
(d) iCG~ Esboce o gráfico def(x). Explique como o gráfico confir-
3x3 +4x 2 1 4 ma as conclusões de (c).
27. lim 28. lim [ -- - - -]
X-+00 4x3 - 7 x-+4 ,jx - 2 X- 4
54. Determine se f « g ou g « f (ou nenhum dos dois) para as
. x(ln x - 1) + 1 funções f (x) = log 1o x e g(x) = ln x.
29. hm - - - - -
x-+ l (x-1)1nx
30. lim (x -
X-+Tr/2 2
!:)
tg x
55. Mostre que (ln x )2 « ,Jx e (ln x )4 « x 1/ 10.
. cos(x + Í) ex - 1
31. hm 32. lim - - 56. Assim como as funções exponenciais se distinguem pelo seu rá-
x-+0 senx x-+0 sen x pido crescimento, as funções logarítmicas crescem especialmen-
te devagar. Mostre que ln x « xª, para todo a> O.
33
_ lim senx- x cosx
x-+0 x - senx
34. lim (_!_
X-+00 X2
- cossec2 x) 57. Mostre que (ln x )N « xª para todo N e todo a> O.
CAPITULO 7 Função Exponencial 391

12
58. Determine se Jx « e ~ ou e ~ « Jx. Sugestão: não use 63. Mostre que lim le- = O, para todo k. Sugestão: compare
1---->00
a regra de L' Hôpital mas, sim, a substituição u = ln x.
com lim le-t = O.
1---->00
59. Mostre que Iim x 11 e-x
X---->00
= Opara todo número natural n > O.
Nos Exercícios 64-66, seja
60. Hipóteses importam Sejam f(x) = x(2 + senx) e g(x)
x2 + 1.
-1 /x 2 se x ;é: O
(a) Mostrediretamenteque lim f(x)/g(x) =0. f(x) = {~
X---->00 sex =O
(b) Mostre que lim f(x) = lim g(x) = oo, mas que não existe
X---->00 X---->00 Esses exercícios mostram quef(x) tem uma propriedade pouco usual:
lim J'(x)/g'(x). todas suas derivadas superiores em x = Oexistem e são iguais a zero.
X---->00
Será que (a) e (b) contradizem a regra de L'Hôpital? Explique.
. -k-
64• Mostre que 11m f (x) = O, para todo k. Sugestao:
- seJa
· t = x -I
61. Use a Equação (2) da Seção 7.5 para mostrar que o PV de um x---->0 X
investimento que paga continuamente uma taxa constante de R e aplique o resultado do Exercício 63.
I - e-rT
dólares/ano por T anos é PV = R - - -, onde r é a taxa de 65. Mostre que existe f' (0) e que é igual a zero. Também verifique
r
que existe f 11 (0) e é igual a zero.
juros. Use a regra de L'Hôpital para provar que o PV tende a RT
quando r --+ O. 66. Mostre que, para k ::::: I e x ;é: O,
62. Verifique por derivação:

T erT (rT - 1) + 1
tert dt = - - - 2- - -
Ía
0 r
para algum polinômio P(x) e algum expoente r ::::: 1. Use o resul-
Então use a regra de L'Hôpital para mostrar que o limite da expres- tado do Exercício 64 para mostrar que existe f(k)(0) e é igual a
são à direita quando r --+ Oé igual ao valor da integral para r = O. zero para todo k ::::: 1.

Compreensão adicional e desafios


67. Mostre que a regra de L'Hôpital pode ser usada em lim x cilmente usando a regra de L' Hôpital. Então explique por que
X---->00 -Jx2+i esse método envolve raciocínio circular.
mas que não ajuda. Em seguida, calcule o limite diretamente.
71. Suponha que f e g sejam polinômios tais que f (a) = g(a) = O.
68. Use a regra de L'Hôpital para calcular o limite seguinte, supondo Nesse caso, é um fato algébrico que f (x) = (x - a)fi (x) e
que f seja derivável e f' seja contínua: g(x) = (x - a)gi (x), para certos polinômios J1 e g 1. Use isso
para conferir a regra de L' Hôpital diretamente paraf e g.
. f(x) - f (a)
11m - - - - -
x---->a x -a n+I

69. Ressonância Uma mola oscila com uma freqüência natural


Ã/2n. Se forçarmos a mola com uma força senoidal C sen(rot),
72. A fórmula
J xn dx = _x-
n+1
+ C é válida para n
regra de L'Hôpita1 para mostrar que o caso excepcional n = -1 é
;é: -1. Use a

onde ro ;é: À, então a mola oscila de acordo com um limite do caso geral, no seguinte sentido: fixado x > O,
e
y(t) =
À2 -(1)2
(l sen(a>t) - ro sen(Àt)) lim
n---->-l
rx tn dt = J,r t-
}1
1 dt

(a) Use a regra de L'Hôpital para determinar y(t) no limite quando xn+l -1
(1) --+ À. Observe que a integral à esquerda é igual a - - -
n +l
(b) Defina Yo(t) = lim y(t). Mostre que Yo(t) deixa de ser perió-
ro---->Ã 73. eR 5 A integral à esquerda no Exercício 72 é igual a
dica e que sua amplitude IYo(t) 1 tende ao infinito quando t --+ oo xn+l - 1
(dizemos que o sistema está em ressonância; a mola acaba sendo = - - -. Investigue o limite graficamente esboçando,
fn (x)
esticada além de sua capacidade). n+1
num mesmo par de eixos, o gráfico de f 11 (x) para n = O; -0,3;
(e) C,9 5 Esboce y(t) para À = 1 e ro = 0,5; 0,8; 0,9; 0,99 e -0,6 e -0,9, junto como o de ln x.
0,999. Como variam os gráficos? Os gráficos confirmam a con-
clusão de (b)? 74. Precisa-se de paciência: Use a regra de L'Hôpital para calcu-
lar e confira sua resposta numericamente:
70. ~ Fizemos bastante esforço no Capítulo 2 para calcular 2
. ( senx ) l/x
- . Mostre que esse 1·1m1te
senx
lim - · podena
· ter s1'do caIcuIado fa- (a) hm - (b) lim ( -1- - - 1)
x---->0 X x---->0+ X x ----> 0 sen2 x x2
392 CÁLCULO

7.8 Funções trigonométricas inversas


Nesta seção, discutimos as funções trigonométricas inversas e suas derivadas. As funções
trigonométricas não são injetoras. Portanto, para definir suas inversas, restringimos seus
domínios para que as funções resultantes sejam invertíveis.

0
li
2

~ 1
------- ~ s e n 0 ----- · / -
0
~~~'
-+-- --+------,>- -+-- -1----+- x
li li -1
, 2
-1
2
li

sen0 com 2
domínio restrito
0 =arcsenx

FIGURA 1 f (0) = sen 0 é injetora em [- ,r/2, ,r/2] e 0 = are sen x é sua inversa em [-,r/2, ,r/2].

Não confunda a inversa are sen x com Comecemos com a função seno. A Figura 1 mostra que f (0) = sen 0 é injetora em
a recíproca [- n/2, n/2]. Quando restringimos sen 0 ao intervalo [-n/2, n/2], sua inversa é denomi-
nada função arco seno e é denotada 0 = are sen x. Por definição,
(senx) - I =-1
senx

Alternativamente, as funções inversas


are sen x, are cos x, ... , podem ser
denotadas por sen- 1 x, coÇ ' x, etc.
8 - are sen x é o único ângulo em [-i, i] tal que sen 8 - x

Uma tabela de valores do arco seno (Tabela 1) é obtida invertendo as colunas numa tabela
de valores do seno.

Resumo das relações inversas entre o TABELA 1


seno e o arco seno:
X 0 = are sen X
sen(arc sen x) =x se - 1 ~ x ~ 1 7r
1C 1C
-1 -z
are sen (sen 0) =0 se - - < 0 < -
2 - - 2 - T
-13 -1
1C

,,/2 1C
-T -4
1 1C
- 2 -6
o o
1 1C
2 6
,,/2 7r
T 4
:Íl. 1C
2 3
1C
2

• EXEMPLO 1 (a) Mostre que are sen (sen ( i)) = i·


.
(b) Explique por que are sen ( (5n))
sen
4
=fa 5n.
4
Solução A equação are sen (sen 0) = 0 só é válida se 0 estiver em [- n/2, n/2].
CAPITULO 7 Função Exponencial 393

(a) Como~ está no intervalo exigido, are sen ( sen ( ~)) = ~.

5
(b) Seja 0 = are sen ( sen ( :)} Por definição, 0 é o ângulo em [-n/2, n/2] tal que

5
sen 0 = sen ( :). Pela identidade 0 = sen(n - 0) (Figura 2),

FIGURA2 sen(~) = sen(-¾).


sen (5:) = sen ( - ~) = - ~
Oangulo - 4 esta no mtervalo ex1g1••do, portanto 0 = are sen (sen (5n))
A rr, , •
4
= - .
4
rr, •

Resumo das relações inversas entre o A função cosseno é injetora em [O, n] em vez de [-n/2, n/ 2] (Figura 3). Quando
cosseno e o arco cosseno: restringimos f (0) = cos 0 ao intervalo [O, n], sua inversa é denominada função arco cos-
cos(arc cos x) =x seno e é denotada 0 = are cos x. Por definição,
are cos (cos 0) =0 se O::, 0 ::, ir
0 = are cos x é o único ângulo em [O, n] tal que cos 0 = x

0
7t

-1
--~--o.-x
cos 0 com -1
domínio restrito
0 = are COS X

FIGURA 3 f (0) = cos 0 é injetora em [O, n] e 0 = are cos x é sua inversa em [O, n].

Para calcular as derivadas das funções trigonométricas inversas, vamos precisar sim-
plificar expressões compostas como cos(arc sen x) e tg(arc sec x). Isso pode ser feito de
duas maneiras: usando um triângulo retângulo apropriado ou usando identidades trigono-
métricas.

• EXEMPLO 2 Simplifique cos(arc sen x) e tg(arc sen x).


Solução Devemos encontrar os valores de cos 0 e tg 0 no ângulo 0 = are sen x. Conside-
re um triângulo retângulo de hipotenusa com comprimento 1 e ângulo 0 tal que sen 0 = x
X
como na Figura 4. Pelo Teorema de Pitágoras, o cateto adjacente tem comprimento
~ . Agora podemos ler os valores na Figura 4:
../1 - x2
adjacente r;---;,
FIGURA 4 O triângulo retângulo cos (are sen x ) = cos 0 =
. = v I - x2
hipotenusa
construído de tal modo que sen 0 = x. [I]
oposto x
tg(arcsenx)=tg0= . = ~
adJacente 1 - x2

Alternativamente, podemos raciocinar com identidades trigonométricas. Como sen 0 = x,


temos

cos(arc sen x) = cos 0 = J


1 - sen 2 0 = ~
394 CÁLCULO

Tomamos a raiz quadrada porque 0 = are sen x está em [-rr/2, rr/2) e cos 0 é positivo
nesse intervalo. •

TEOREMA 1 Derivadas do arco seno e arco cosseno


d 1 d 1
- are sen x = r;----,, - are cos x = - -----== [I]
dx v 1 - x2 dx Jf=x2

. .. LEMBRETE Se g(x) for a inversa de Demonstração Aplicamos a Equação (3) da margem af (x) = sen x e g(x) = are sen x:
f(x), então
d
'
= I - are sen x = ----= ----= [usando (1)]
g (x) f'(g(x)) dx f'(arc sen x) cos(arc senx) Jf=x2
A derivada do are cos x é análoga (ver Exercício 49 ou o próximo exemplo). •

• EXEMPLO 3 Ângulos complementares As derivadas de are sen x e are cos x são iguais a
menos de um sinal de menos. Explique isso provando que
X

are sen x + are cos x = 21!


FIGURA 5 Os ângulos 0 = are sen x e
lJI = are cos x são complementares e Solução Na Figura 5, temos 0 = are sen x e 1/f = are cos x. Esses ângulos são complemen-
portanto sua soma dá n/2. tares, portanto 0 + 1/f = n/2, como queríamos mostrar. Portanto,

-d are cos x = -d (1! )


- - are sen x = - -d are sen x

dx dx 2 dx

• EXEMPLO 4 Calcule f'(½), onde f(x) = are sen(x 2).


Solução Pela regra da cadeia,

d d 1 d 2x
- are sen (x 2) = -dx are sen (x 2 ) = ,vr.--x - x2 =
dx 1 - x4 dx Jf=x4

t(~)- (1) __ 2
l __
4

2 - ~(1)4 - {fs- JI5
y -\2)
1
vT6
------1-----x
ft---- Em seguida, passamos às demais funções trigonométricas. A função f ( 0) = tg 0 é
--ql injetora em (-rr/2, rr/2) e f (0) = cotg0 é injetora em (O, rr). Definimos suas inversas
restringindo a esses domínios:
y = are tgx

y 0 = are tg x é o único ângulo em (-i,i) tal que tg 0 = x


~
_ _ _----1_-====
__ x 0 = are cotg x é o único ângulo em (O, rr) tal que cotg 0 = x

y = are eotg x
A imagem de ambas tg 0 e cotg0 é o conjunto de todos os números reais R. Portanto,
FIGURA 6 0 = are tg x e 0 = are cotg x têm domínio R (Figura 6).
CAPITULO 7 Função Exponencial 395

A função f(0) = sec 0 não está definida em 0 = -,r/ 2, mas podemos ver na Figura
7 que é injetora tanto em [O, -,r/2) quanto em (-,r/2, -,r]. Analogamente, f (0) = cossec 0
não está definida em 0 = O, mas é injetora em [--,r/2, O) e (0, -,r/ 2]. Definimos as funções
inversas:

0 = are sec x é o único ângulo em [O, i) i, 'Ir]


U( tal que sec 0 = x

0 = are cossec x é o único ângulo em [-i, O) u (O, i] tal que cossec 0 = x


A Figura 7 mostra que a imagem de f ( 0) = sec 0 é o conjunto dos números reais tais
que lx 1 :::,: l. O mesmo vale para f (0) = cossec 0. Segue que ambas 0 = are sec x e
0 = are cossec x têm domínio {x : lxl :::,: l}.

--....,
__) n
\
/(0) = sec 0

1t 0 =arc secx
--+----+----+---+---0
1t 2
2 -1
-----+----,f---+----- x
-1 J\, ....

FIGURA 7 f (0) = sec 0 é injetora no 1t ---


2
intervalo [O, 1t] (com tt/2 removido).

TEOREMA 2 Derivadas do funções trigonométricas inversas

d 1 d 1
As provas das fórmulas no Teorema 2
-arctgx = -2 - , -arccotgx =--
2
-
dx x +1 dx x +1
são análogas à prova do Teorema 1. Ver
1 Exercícios 50 e 52. d 1 d 1
- are sec x = ----, - are cossec x =
dx lxl-v?"=l dx lx1Jx 2 - 1

• EXEMPLO 5 Calcule (a)!!:__ are tg (3x + 1) e (b) .!!:.._ are cossec (ex+ 1) 1 .
b b X~

Solução
1
(a) Aplicando a regra da cadeia com a fórmula.!!:.._ are tg u = - 2- - :
du u +1

d l d 3
- are tg(3x + 1) = ------,-- -(3x + 1) = ------,---
dx 2
(3x + 1) + 1 dx 2 9x + 6x + 2

(b) Aplicando a regra da cadeia com a fórmula.!!:.._ are cossec u =- ~ :


du lul u2 - 1
396 CÁLCULO

d l d
-arccossec(ex + l) = -----== === -(ex + l)
dx lex + llJ(ex + 1)2 _ l dx

(ex+ l)Je2x + 2ex

Substituímos lex + 11 por ex + l pois essa quantidade é positiva. Agora temos


e0 1
!!:__ are cossec (ex+
dx
1)1
x=O
= ---:::---;::::;;:=:::::;;:=
(eº + 1).Je0 + 2e0 2-vG •
As fórmulas para as derivadas de funções trigonométricas inversas fornecem as fór-
mulas de integração seguintes.

Fórmulas de integração
dx
f ;-;----,;
-V l -x 2
= are sen X + C
dx
f -2--
X + l
= are tgx + C
dx
f lxl-vx--1
~ = a r e secx +e

1
• EXEMPLO 6 Calcule [ __!:!____
lo x 2 +1
Solução Usando a Equação (5) (Figura 8):

-5 -3 -1 1 3 5 1
II
FIGURA 8 O gráfico de y = (x 2 + 1)- 1• 1o
-2dx- = are tg x = are tg l -
x +l o
are tg O= -
1r
4
- O = -1r
4 •

7.8 RESUMO
• O arco seno e o arco cosseno estão definidos com - 1 :::: x :::: 1:

0 = are sen x e, o umco


, • angu1o em [ - 7r Tr] tal que sen 0 = x
2, 2
A

0 = are cos x é o único ângulo em [O, 1r] tal que cos 0 = x

• are tg x e are cotg x estão definidos para qualquer x:

= are tg x , • angu1o em ( -
e, o umco 7r , Tr)
0 A
tal que tg 0 = x
2 2
0 = are cotg x é o único ângulo em (0, 1r) tal que cotg 0 = x

• are sec x e are cossec x estão definidos para lx 1 ::: l:

0 = are sec x é o único ângulo em [O, i) i, U( 1r] tal que sec 0 = x

0 = are cossec x é o único ângulo em [-i, O) U ( O, i] tal que cossec 0 = x


CAPITULO 7 Função Exponencial 397

• Fórmulas de derivação e integração:


d 1 dx
- are sen x
dx
d
= r,--,,,
-v 1 - x2
-1
f -V l
r,--,,
- x2
= are sen X + C
dx
- are eos x
dx
d
= r,--,,,
-v 1 - x2
1
f d
~
2
=- are eos X+ C

l
- aretgx = -2 -, -are eotgx = - - -
dx x +1 dx x2 + 1
d 1 d
- areseex = ----, dx are eossee x =
dx lxl ~

7.8 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Qual das quantidades a seguir não está definida? 2. Dê um exemplo de um ângulo etal que are cos(cos 0) /; e. Isso
contradiz a definição de função inversa?
(a) are sen(-½) (b) are cos (2)
3. Qual é a interpretação geométrica da identidade
(e) are cossec ( ½) (d) are cossec (2)
are sen x + are cos x = n/2?

Exercícios
Nos Exercícios 1-6, calcule sem usar calculadora. 21. cos(arc sen ~) 22. tg(arc cos ~)

1. are cos 1 2. are sen ½ 23. tg(arc sen 0,8) 24. cos (are cotg l)
2 25. cotg(arc cossec 2) 26. tg(arc sec (- 2))
3. are cotg 1 4. are sen v'3
27. cotg(arc tg 20) 28. sen(arc cossec 20)
5. are tg v'3 6. are sen(-1)
Nos Exercícios 29-32, calcule a derivada no ponto indicado sem usar
Nos Exercícios 7-16, calcule sem usar calculadora. calculadora.
4 29. y = are sen x, x =¾ 30. y = are tg x , x =½
7. are sen ( sen ~) 8. are sen ( sen ; )

3 5 31. y = are sec x, x =4 32. y = are cos(4x), x = k


9. are eos ( eos ; ) 10. are sen ( sen (- :))
Nos Exercícios 33-48, encontre a derivada.
3
11. are tg (tg : ) 12. are tg (tg n) 33. y = are sen (7x) 34. y = are tg G)
3 35. y = are eos (x 2 ) 36. y = are sec(t + l)
13. arcsec(sec3n) 14. are sec ( sec ; )
are cos x
37. y = x are tg x 38. y =
are sen x
15. are cossec (cossec( - n)) 16. are cotg ( cotg (-1))
39. y = are sen(ex) 40. y = are cossec (x- 1)
Nos Exercícios 17-20, simplifique usando o triângulo retângulo ou a
identidade trigonométrica apropriada. 41. y = are tg (-½)
1- z
42. y = are tg ( : ~;)
17. tg(arc cosx) 18. cos(arc tg x)
43. y = are cos t- 1 - are sec t 44. y = earc cos x
19. cotg(are sec x) 20. cotg( are sen x)
45. y = are cos (x + are sen x) 46. y = ln(arc sen t)
Nos Exercícios 21-28, use o triângulo retângulo ou a identidade tri-
gonométrica apropriada para calcular o valor dado. 47. y = ~ + a r e sen t 48. y = xarc sen x
398 CÁLCULO

.
49. Use a Figura 9 para provar que (are cos x)' = - ~1 - Nos Exercícios 63-66, calcule a integral definida.
J - x2
1/ 2 1 2 dx
63. 64.
loO r;---;;; dx
v 1 -x 2 !oo x2 +4

,,/j/2 1 ../5. dx

X
65.
li1/ 2
- - - dx
~
66.
1 2; ,Jj xJx2=1
FIGURA 9 O triângulo retângulo com 0 = are cos x. 67. Use a substituição u = x / 3 para provar que
dx I
f
X

50. Mostre que (are tg x)' = cos2 (arc tg x) e então use a Figura 10
- - = - are tg - + e
9 +x2 3 3
para provar que (are tg x)' = (x 2 + 1)- 1.
68. Use a substituição u = 2x para calcular f -+ dx .
4x 2 1

Nos Exercícios 69-80, calcule a integral indefinida.

69. f ~
dt 70. / dt
J 1 - 16t 2

FIGURA 10 O triângulo retângulo com 0 = are tg x. 71. / dt


J25-4t 2
72. f dx
xJl -4x2
51. Seja 0
tg0 =
=
2
=
are sec x. Mostre que tg 0 Jx2=I
se x ::: 1 e
- Jx -lse x:::; -I .Sugestão:tg 0 ::: Oem(O, n/2)
73. / dx
J 1 -4x2
74. f dx
4+ x 2
e tg 0 ::s Oem (n/2, n).

52. Use o Exercício 51 para verificar a fórmula (are sec x )1 =


15• f + (x l)dx 76. f dx
~ xU-=-i"
1
77. f ex d x
1 +e2x
78. f ln(arc cos x) dx
(arccosx)~
53. Sejaf (x) = are tg x. Calcule f'(x) e f"(x) e determine o com-
portamento crescente/decrescente e a concavidade de f (x) . 79. f are tg xdx
1 +x 2
80. f dx
(are tg x)( I + x2)
54. Esboce o gráfico de g(x) = x - are tg x determinando o com-
portamento crescente/decrescente e a concavidade como na 81. Use a Figura 11 para provar a fórmula
Seção 4.5. x 1 1
~dt = - x ~ + -arcsen x
55. Encontre o valor mínimo de y = are tg (x 2
- x ). Íoo 2 2

56. [,9 5 Aproxime os pontos críticos de g(x) = x are cos x e dê Sugestão: a área representada pela integral é a soma de um triân-
uma estimativa do valor máximo de g(x). gulo com um setor.

57. Use a aproximação linear para obter uma estimativa de

are tg (1 ,05) - are tg 1

58. Encontre a linearização de y = are sen x em x = ½-


Nos Exercícios 59-62, calcule o limite usando, se necessário, a regra
de L'Hôpital.

are sen x are tg x


59. lim 60. lim FIGURA 11
x-+0 X x-+0 are sen x

are tg x - II4 82. Mostre que G(t) = ~ + tare sen t é uma antiderivada
61. lim 62. lim ln x are tg x
x--. 1 tg ¾x - 1 x-+0 de are sen t.
CAPITULO 7 Função Exponencial 399

83. Um quadro de comprimento b está colocado numa parede a uma


altura h acima do nível dos olhos (Figura 12). Encontre a distân-
cia x à qual o ângulo e de visão é máximo (isso coincide com
o Exercício 47 da Seção 4.6; desta vez, resolva usando funções
trigonométricas inversas).

84. Use o resultado do Exercício 83 para mostrar que e é máximo


naquele valor de x em que os ângulos LQ P B e LQC P forem
iguais. p

FIGURA 12

Compreensão adicional e desafios


85. Um tanque cilíndrico de raio R e comprimento L deitado hori- Figura 14. Durante a viagem, Daniel observa um outdoor repre-
zontalmente, como na Figura 13, contém óleo até o nível h. sentado pelo segmento BC ao longo do eixo y. Seja Q o ponto
(a) Mostre que o volume V(h) de óleo no tanque como uma função
de corte do eixo y com a reta tangente a y = f (x). Mostre que e é
máximo naquele valor de x em que os ângulos L Q P B e LQC P
da altura é
forem iguais. Isso é uma generalização do Exercício 84 [que cor-
responde ao casof(x) = O]. Sugestões:
V(h) = L ( R2 arccos (1 -*)- (R -h)J2hR -h 2)
(a) Calcule d e/dx e confira que é igual a
dV
(b) Mostre que dh = 2LJh(2R - h). (x 2 + (xf'(x)) 2 )- (b-(f(x)-xf'(x)))(c-(f(x)-xj'(x)))
(b-c) · - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
(x2 + (b - f(x)) 2 )(x2 + (e - f (x))2)
(e) Suponha que R = 4 pés e L = 30 pés e que o tanque está sendo
3
enchido a uma taxa constante de 10 pés /minuto. Quão rápido (b) Mostre que a coordenada y de Q é f (x) - x f 1(x ).
está subindo a altura h quando h = 5? () . -d0 = O,e eqmva . Iente a
e Mostre que a cond1ção
dx

(d) Use (c) para concluir que os triângulos 6.QPB e 6.QCP são se-
melhantes.

C=(O,c) outdoor

B=(O, b)
FIGURA 13 O óleo no tanque está no nível h.

86. Use a substituição u = tg x para calcular/ dx Suges-


2
tão: mostre que 1 + sen x
Q
dx du
I + sen2 x = 1 + 2u2
87. Denise está viajando com seu amigo Daniel numa rodovia repre-
sentada pelo gráfico de uma função derivável y =f (x), como na FIGURA 14

7.9 Funções hiperbólicas


As funções hiperbólicas são certas combinações especiais de ex e e-x que desempenham
um papel na Engenharia e na Física (ver Figura 1 para um exemplo da vida real). O seno
e o cosseno hiperbólico são as funções
400 CÁLCULO

ex - e-x ex+ e-x


senhx = - - -
2
coshx = 2

Como sugere a terminologia, existem semelhanças entre as funções hiperbólicas e as


trigonométricas. Aqui temos alguns exemplos:
• Paridade: As funções trigonométricas e suas análogas hiperbólicas têm a mesma
paridade. Assim, sen x e senh x são ambas ímpares e cos x e cosh x são ambas pares
(Figura 2):

senh(-x) = -senh x , cosh(-x) = cosh x


FIGURA 1 O arco de St. Louis, nos • Identidades: A identidade trigonométrica básica sen2 x + cos2 x = 1tem um aná-
EUA, tem a forma de um cosseno logo hiperbólico:
hiperbólico invertido.

2 2
y
1 cosh x - senh x =11 [I]
2
As fórmulas de adição satisfeitas pelo seno e pelo cosseno têm análogas hiperbólicas:

->---+---+----,o~-+--+----+- X senh(x + y) = senh x cosh y + cosh x senh y


-3 -2 -1 2 3
-1
cosh(x + y) = cosh x cosh y + senh x senh y

-2
• EXEMPLO 1 Verificando a identidade básica Verifique a Equação (1).
y = senh x
Solução Segue das definições que
y
coshx + senhx =ex, coshx - senh x = e- x
4

3 Obtemos a Equação (1) multiplicando uma dessas duas equações pela outra:

2 cosh2 x - senh2 x = (coshx + senh x)(coshx - senhx) = ex · e- x =1 •


• Hipérbole em vez do círculo: A identidade sen2 t + cos2 t = I nos diz que o pon-
---,f----+--+----'--+--+---+- X
-3 -2 -1 2 3 to (cos t, sen t) fica no círculo unitário x 2 + y2 = 1. Analogamente, a identidade
y = cosh x cosh2 t - senh 2 t = 1nos diz que o ponto (cosh t, senh t) fica na hipérbole x 2 - y2 = 1
(Figura 3).
FIGURA 2 y = senh x é uma função
ímpar e y = cosh x é par.
y y

3 (cos t, sen t)
2
(cosh t, senh t)

-+-+---+--+-+--+--+-- X -+----+-----+--X
-3 -2 2 3 -1
-1

-2
-3

FIGURA 3
CAPITULO 7 Função Exponencial 401

y • Fórmulas de derivadas: As fórmulas de derivadas das funções hiperbólicas são aná-


logas às fórmulas das funções trigonométricas correspondentes, diferindo, no máximo,
por um sinal de menos:

d d
- senhx = coshx, -coshx = senhx
dx dx

-4 -2 2 4
Essas fórmulas podem ser conferidas diretamente:
y = sechx

y
d (e x - e-x )' (ex + e-x )
dx senhx = = = coshx
2 2

2 • Outras funções hiperbólicas: As funções tangente, cotangente, secante e cossecante


hiperbólicas (Figuras 4 e 5) são definidas como suas contrapartidas trigonométricas:

senhx ex - e-x 1 2
tghx =- - =-
coshx
--
ex+ e-x '
sechx =- - =-
coshx
--
ex+ e-x
cosh x ex + e-x 1 2
cotghx =- - =-
senh x
- -,
ex - e-x
cossech x =- - =---
senh x ex - e-x
y = cossech x

FIGURA 4 A secante e a cossecante y


hiperbólicas.

_______ _)
--+----+---+--- x
-2 2

y =tgh x
7 y= cotgh x

FIGURA 5 A tangente e a cotangente hiperbólicas.

Também podemos calcular diretamente as derivadas dessas funções hiperbólicas adi-


cionais. Também essas diferem de suas contrapartidas trigonométricas, no máximo, por
um sinal.

Derivadas das funções hiperbólicas etrigonométricas

d d
- tghx = sech2 x, -tgx = sec2 x
dx dx
d d
2
dx cotgh x = - cossech x, - cotg x = - cossec2 x
dx
d d
- sechx = -sechx tghx, - secx = secxtgx
dx dx
d d
- cossech x = - cossech x cotgh x, - cossec x = - cossec x cotgx
dx dx
402 CÁLCULO

d
• EXEMPLO 2 Verifique a fórmula - cotgh x = - cossech2 x.
dx
Solução Pela regra do quociente e a identidade cosh2 x - senh2 x = 1,
d (senhx)(coshx)' - (coshx)(senhx)'
-cotgh x = (coshx)
-- '
dx senhx senh2 x
senh2 x - cosh2 x -1
=
senh2 x
=--
2
= -cossech2 x
senh x •
d d
• EXEMPLO 3 Calcule (a) - cosh(3x 2 + 1) e (b) - senh x tgh x.
dx dx

Solução
d
(a) Pela regra da cadeia, - cosh(3x 2 + 1) = 6x senh(3x 2 + 1).
dx
(b) Pela regra do produto,

d 2
- (senh x tgh x) = senh x sech x + cosh x tgh x = sech x tgh x + senh x •
dx

As fórmulas das derivadas das funções hiperbólicas são equivalentes às fórmulas de


integrais seguintes.

Fórmulas de integrais

/ senh x dx = coshx + C , f cosh x dx = senh x + C


2
/ sech x dx = tgh x + C, f 2
cossech x dx = -cotgh x + C

/ sech x tgh x dx = - sech x + C, f cossech x cotgh x dx = - cossech x +C

• EXEMPLO 4 Calcule/ x cosh(x 2) dx.

Solução A substituição u = x 2, du = 2x dx fornece

f x cosh(x
2
) dx = ~ f cosh u du = ~ senh u
1
= 2 senh(x 2) + e •
Funções hiperbólicas inversas
Cada uma das funções hiperbólicas, exceto y = cosh x e y = sech x, é injetora em seu do-
mínio e tem, portanto, uma inversa bem definida. As funções y = cosh x e y = sech x são
injetoras no domínio restrito {x : x ~ O}. Sejam are cosh x e are sech x as respectivas
inversas. Temos as fórmulas de derivadas seguintes.
CAPITULO 7 Função Exponencial 403

Funções hiperbólicas inversas e suas derivadas

Função Domínio Derivada


d l
y = are senh x todox -are senh x = ~
dx vx2 + l
d I
y = are eosh x X~ l - are eosh x =---
dx Jx2 - l
d l
y = are tgh x lxl < l -aretgh x = - -2
dx I- x
d l
y = are eotgh x lxl > l dx are eotgh x = 1_ x2
d l
y = are seeh x O<x:SI - are seeh x = - ;-;---;,
dx xv l -x2
d 1
y = are eosseeh x x/0 - are eosseeh x = - ~
dx lx lv x 2 + 1

. , d
• EXEMPLO 5 (a) Venfique a formula - are tgh x = -I-2 .
dx I -x
(b) As funções y = are tgh x e y = are cotgh x têm a mesma derivada. Será que isso sig-
nifica que essas funções diferem por uma constante?
Solução
(a) Aplicamos a fórmula da derivada da inversa [Equação (3) à página 354]. Como
(tgh x )' = sech 2 x, temos

d 1
- are tgh x = ------
2
dx sech (arc tgh x)

Agora, seja t = are tgh x. Então

cosh2 t - senh2 t =I (identidade básica)

1- tgh2 t = sech2 t (dividindo por cosh2 t)


1- x2 = sech2 (arc tgh x) (pois x = tgh t)
y
Isso dá o resultado desejado:
y = are tghx

------+--+--+----- x
L d
- are tgh x
dx
= - -2-1- - -
sech (arc tgh x) 1-x2
1

~ )

y i d
(b) Um cálculo análogo mostra que dx are cotgh x
y = are tgh x e y = are cotgh x são dadas pela mesma fórmula. Funções com a mesma
derivada diferem por uma constante se estiverem definidas no mesmo domínio. As fun-
1
= 1 _ x 2 . Assim, as derivadas de

=
FIGURA 6 As funções y are tgh x e ções y = are tgh x e y = are cotgh x têm domínios diferentes e, portanto, não diferem
y = are eotgh x têm domínios disjuntos. por uma constante (Figura 6). •

• EXEMPLO 6 Calcule (a) ~


d
2
e (b) !oº' -xdx-
6

4
.
/ x - } 0,2 1- X
404 CÁLCULO

Solução Usamos a tabela de derivadas à página 403.


(a) Pela segunda fórmula da tabela,

dx
f ~
l
= are COSh X + C

(b) Primeiro fazemos a substituição u = x 2, du = 2.x dx. Os novos limites de integração tomam-se
u = (0,2) 2 = 0,04 eu = (0,6) 2 = 0,36, de modo que

{ 0,6 x dx = { 0,36 ½du = ~ { 0,36 ~


lo,2 l - x4 Jo,04 1 - u2 2 }o,04 l - u2

Pela terceira e quarta fórmulas, ambos are tgh u e are cotgh u são antiderivadas de
(l - u2)- 1. Devermos usar are tgh u porque o domínio de are tgh ué (-1, 1) e os limites
de integração u = 0,04 e u = 0,36 estão nesse intervalo (se os limites de integração esti-
vessem em lul > 1, usaríamos are cotg u). Obtemos

-l
2
1º·36

0,04
- du-
1 - u2
= -l ( are tgh(0,36) - are tgh(0,04) )
2
~ 0,1684

Alei de Einstein da adição de velocidades
A tangente hiperbólica desempenha um papel na Teoria Especial da Relatividade, desen-
volvida por Albert Einstein em 1905. Uma conseqüência dessa teoria é que nenhum objeto
pode se deslocar mais rápido do que a luz, cuja velocidade é c ~ 186.000 mi/s. Einstein se
deu conta que isso contradiz uma lei enunciada por Galileu mais de 250 anos antes, a saber,
de que velocidades se somam. Imagine um trem a uma velocidade deu= 100 mi/h e um
homem caminhando ao longo do corredor do trem a v = 3 mi/h. De acordo com Galileu,
a velocidade do homem em relação ao chão é v + u = 100 + 3, ou 103 mi/h. Isso está de
A lei de Einstein (2) reduz à lei de acordo com nossa experiência diária. Agora, entretanto, imagine um foguete se afastando
Galileu w = u + v quando u e v forem
da Terra a uma velocidade deu= 120.000 mi/se suponha que o foguete dispare um míssil
pequenos em relação à velocidade da
luz e (Exercício 66). Ver Exercício 67 com uma velocidade de v = 80.000 mi/s (relativa ao foguete). Se a lei de Galileu estivesse
para uma outra expressão de (2). correta, a velocidade do míssil em relação à Terra seria v + u = 200.000 mi/s, o que excede
a velocidade máxima de c ~ 186.000 mi/s.
Contudo, a teoria de Einstein substitui a lei de Galileu com uma nova lei, afir-
mando que são somadas as tangentes hiperbólicas inversas de suas velocidades. Mais
u= 120.000 mi/s precisamente, se v for a velocidade do foguete em relação à Terra e u a velocidade do

- 9 míssil em relação ao foguete, então a velocidade do míssil em relação à Terra (Figura


7) é w, com

are tg (~)=are tg (~) + are tg (~)

FIGURA 7 Qual é a velocidade do • EXEMPLO 7 Uma espaçonave se afasta da Terra a uma velocidade de 100.000 mi/s.
míssil relativamente à Terra? Um astronauta na nave dispara uma arma que emite um elétron que parte a 140.000 mi/s
na mesma direção e sentido da espaçonave. Use a lei de Einstein para encontrar a veloci-
dade w do elétron em relação à Terra.

Solução A velocidade da espaçonave em milhas por segundo é 100.000/3.600 ~ 28mi/s.


De acordo com a lei de Einstein,

are tg (w) = are tg ( 18628_000 ) +are tg (140.000)


~ _
186 000
~ 0,00015 + 0,97913

= 0,97928
CAPITULO 7 Função Exponencial 405

w
Portanto, - ~ tgh(0,97928) ~ 0,75275 e
e
w ~ 0,75275c ~ 0,75275(186.000) ~ 140.012 mi/s

Se tivéssemos utilizado a lei de Galileu, teríamos obtido w = 140.028 mi/s. •


• EXEMPLO 8 Velocidades baixas Um avião voando a 600 mi/h dispara um míssil a uma
velocidade de 400 mi/h. Calcule a velocidade w do míssil em relação à Terra, usando
ambas leis de Einstein e Galileu.
Solução Para aplicar a lei de Einstein, passamos todas velocidades a rni/s

h (w/3.600) h (600/3.600) (400/3.600)


are tg 186.000 = are tg 186.000 + are tgh 186.000

~ 1,493428912784 · 10-6

Portanto, w ~ (3.600) (186.000) tgh(l,493428912784 . 10-6) ~ 1.000 - 6. 10- 10


rni/h. Isso é praticamente indistinguível de w = 600 + 400 = 1. 000 mi/ h, obtido pela lei
de Galileu. •

Excursão: Um exercício de imaginação


Os termos "seno hiperbólico" e "cosseno hiperbólico" sugerem uma relação entre as fun-
ções hiperbólicas e trigonométricas. Nesta excursão exploramos a origem dessa relação,
que nos conduz aos números complexos e à fórmula famosa de Euler.
Lembre que y = e1 satisfaz a equação diferencial y' = y e que cada solução é da
forma y = Ce1, para alguma constante C. Por outro lado, podemos conferir que ambas
y = e' e y = e-1 satisfazem a equação diferencial de segunda ordem

A equação diferencial é denominada


"de segunda ordem" porque envolve a
1derivada segunda y''.
De fato, (e')" = e1 e (e- 1 ) 11 = (-e-1 )' = e- 1• Pode ser mostrado que cada solução da
Equação (3) tem a forma y = Ae1 + Be-1, para constantes A e B arbitrárias.
Examinemos o que acontece quando introduzimos um sinal de menos na Equação (3):

~
l..:....:..=:'.
Nesse caso, y = sen t e y = cos t são soluções porque

(sent)" = (cost)' = -sent, (cost) 11 = (-sent)' = -cost

Além disso, como antes, pode ser mostrado que cada solução da Equação (4) tem a forma

y = A cos t + B sen t
Isso poderia parecer o final da história. Contudo, existe uma outra maneira de
escrever as soluções da Equação (4). Considere as funções exponenciais y = ei 1 e
y = e-ir, onde

i =r-f
O número i é um número complexo imaginário satisfazendo i 2 = -1. Como i não é um
número real, a exponencial e;1 não está definida sem maiores explicações. Mas se aceitar-
mos que ei 1 possa ser definida e que é legítimo aplicar as regras usuais do Cálculo a essa
função, então obteremos
406 CÁLCULO

d . .
-eu= ie11
dt
Derivando mais uma vez, teremos

(eir)'' = (ieit)' = i2eir = -eir


Em outras palavras, y = eir é uma solução da equação y" = -y e, portanto, deve ser
possível escrevê-la em termos de sente cos t. Ou seja, para certas constantes A e B,

ei 1 = A cos t + B sen t
Determinamos A e B considerando condições iniciais. Em primeiro lugar, tomamos
t = Ona Equação (5):

1 = eiO = A cos O+ B sen O= A


Depois calculamos a derivada da Equação (5) e tomamos t = O:
. d .
i e11 = -e11 = A cos' t + B sen' t = -A sen t + B cos t
dt
i = i eiO = -A sen O+ B cos O = B
Assim, A = l e B = i, de modo que a Equação (5) fornece a fórmula de Euler
FIGURA 8 Leonhard Euler
( 1707-1783). Euler (que se pronuncia 1 ei
1
= cos t + i sen t 1

"óiler") é considerado um dos maiores


matemáticos de todos os tempos. Euler chegou nesse resultado com séries de potências, que nos permitem definir eir de
Seu trabalho (publicado em mais de maneira rigorosa.
70 volumes) contém contribuições Em t = n, a fórmula de Euler dá lugar a
fundamentais a quase cada aspecto da
Matemática e Física de sua época. O
matemático Pierre Simon de Laplace
uma vez disse: "Leiam Euler, ele é o
nosso mestre em tudo". Aqui temos uma relação simples mas surpreendente entre os três números importantes
e, n e i.
A fórmula de Euler também revela a origem da analogia entre funções hiperbólicas e
trigonométricas. Calculemos o cosseno hiperbólico em x = it:

. eir + e-ir cos t + i sen t cos(-t) + i sen(-t)


cosh(1t) = 2
= 2
+ 2
= cost
Uma conta parecida mostra que senh(it) = i sen (t). Em outras palavras, as funções hiper-
bólicas e trigonométricas não são só análogas: introduzindo os números complexos, são
praticamente as mesmas funções.

7.9 RESUMO
• O seno e o cosseno hiperbólico:

ex - e-x ex + e-x
senhx = --- (função ímpar), coshx = (função par)
2 2
As demais funções hiperbólicas:
senhx coshx 1 1
tghx = --, cotghx = --, sechx = - -, cossech x = --
coshx senhx coshx senh x
CAPITULO 7 Função Exponencial 407

• Identidade básica: cosh2 x - senh2 x =l


• Fórmulas de derivadas:

d d
- senhx = coshx, - coshx = senhx
dx dx
d d
-
dx
tgh x = sech2 x, - cotgh x = - cossech2 x
dx
d d
- sech x = - sechx tghx , - cossech x = - cossech x cotgh x
dx dx
d 1 d
- arcsenhx = -vÍx2+1 ' - arccoshx = ~ (x > 1)
dx x2 + 1 dx x2 - 1
d l d l
- are tgh x = - - 2
(lx l < 1), dx are cotgh x = _ xZ (lx l > 1)
dx 1- x 1
d 1 d 1
- are sech x = - ~ (O < x < 1), - are cossech x = (x # O)
dx x 1- x 2 dx lx lv'x 2 + 1

7.9 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Quais funções hiperbólicas tomam somente valores positivos? 4. Quais fórmulas de derivadas hiperbólicas diferem por um sinal
de menos das correspondentes fórmulas trigonométricas?
2. Quais funções hiperbólicas são crescentes em seu domínio?

3. Descreva três propriedades de funções hiperbólicas com análo-


gos trigonométricos.

Exercícios
1. Use uma calculadora para calcular senh x e cosh x para x = -3, 21. y = ln(cotgh x) 22. y = sech x cotgh x
Oe 5.
23. y = tgh(3x 2 - 9) 24. y = xsenhx
2. Calcule senh(ln 5) e tgh(3 ln 5) sem usar calculadora.
25. y = are tgh 3x 26. y = are senh (x 2)
3. As funções y = senh x e y = cosh x são crescentes ou decrescen-
27. y = (are cossech 3x)4 28. y = earc cosh x
tes para quais valores de x?

4. Mostre que y = tgh x é uma função ímpar. 29. y = are senh (&+I) 30. y = ln(arc tgh x)
Nos Exercícios 5-30, calcule a derivada. Nos Exercícios 31-42, calcule a integral.

5. y = senh(3x) 6. y = senh(x 2) 31. j cosh(3x) dx 32. j senh(x + 1) dx


7. y = cosh( I - 4t) 8. y = tgh(t 2 + 1)

9. y = Jcosh x + I 10. y = senh x tgh x


33. J x senh(x 2 + 1) dx 34. j senh2 x cosh x dx

11. y=
senh t
I + cosht
12. y = ln(cosh x) 35. j sech 2 (1 - 2x) dx 36. j tgh(3x) sech(3x) dx

13. y = tgh(2x) 14. y = senh(ln x) 37. j tgh x sech2 x dx 38. j cosh x d


3 senh x +4 x
15. y = e tghx 16. y = tgh(ex)
39. j tghx dx 40.
j cosh x
- - dx
senhx
17. y = senh(xex) 18. y = senh(cosh x)
41. J e-x senh x dx 42.
j cosh x
- - dx
19. y = sech(.fi) 20. y = cotgh(x 2 ) senh2 x
408 CÁLCULO

43. Verifique a fórmula~ (cotgh x) = - cossech2 x.


dx
55. j dx
J9+x 2
56. f dx
J1 + 9x 2
44. Simplifique cosh(ln x) + senh(ln x).

45. ~ Use gráficos para explicar por que a equação senh x = t


57. Íil /2 -dx-
1/ 3 1 - x2
58. f o~
dx
tem uma única solução para cada t e a equação cosh x = t tem
duas soluções para cada t > 1.
59. llO dx 60. 1-) d
2 4x 2 - 1 -3 xJx2x+ 16
46. Calcule cosh x e tgh x, supondo que senh x = 0,8.

47. Prove a fórmula da adição de cosh x. 61. Prove que are senh t = ln(t + #+1). Sugestão: seja t =
senh x. Prove que cosh x = vÍ2+1 e use a relação
48. Use as fórmulas de adição para provar
senhx + coshx =ex.
senh(2x) = 2coshx senhx

cosh(2x) = cosh2 x + senh2 x 62. Prove que are cosh t = ln(t +~)para t > 1.

1 +t)
63. Prove que are tgh t = -1 ln ( - - para ltl < 1.
Nos Exercícios 49-52, prove a fórmula. 2 1- t
64. Use substituição u = senh x para provar que
49. cosh(arc senh t) = vÍ2+J
50. senh(arc cosh t) = ~ p a r a t ::=: 1 j sech x dx = are tg(senhx) + C

d 1
51. - are senh t = ~ 65. Um trem (imaginário) trafega num trilho à velocidade u e uma
dt v t2 + 1
mulher caminha no corredor interno com velocidade v no sen-
d 1 tido do movimento do trem. Calcule a velocidade w da mulher
52. - are cosh t = r,,---; para t > 1
dt v t2 - 1 relativamente ao chão usando as leis tanto de Galileu quanto de
Einstein nos casos seguintes.
Nos Exercícios 53-60, calcule a integral em termos de funções hiper-
(a) u = 1.000 mi/h e v = 50 mi/h. A calculadora do leitor é sufi-
bólicas inversas.
cientemente precisa a ponto de distinguir a diferença entre essas

53.
2
4 dx
l Jx2=t 54. f dx
Jx 2 - 4
duas leis?
(b) u = 100.000 mi/se v = 50 mi/s.

Compreensão adicional e desafios


66. Mostre que a linearização da função y = are tgh x em x = O é (b) Mostre que para constantes A e B arbitrárias, a função
are tgh x ~ x. Use isso para explicar a afirmação seguinte: a lei
de Einstein da adição de velocidades [Equação (2)] reduz à lei de Y = A tgh(Bt)
Galileu se as velocidades são pequenas relativamente à velocida- satisfaz
de da luz.
dy B
67. (a) Use as fórmulas de adição do senh x e cosh x para provar - =AB - - y 2 y(O) =O
dt A
tgh u + tgh V (e) Seja v(t) a velocidade de um objeto de massa m em queda livre.
tgh(u + v) = - - - - -
1 + tghu tgh V Para velocidades grandes, a resistência do ar é proporcional ao
quadrado v(t) 2 da velocidade. Se escolhermos coordenadas de
(b) Use (a) para mostrar que a lei de Einstein da adição de velocida-
tal modo que v(t) > Opara um objeto em queda, então pela lei de
des [Equação (2)] é equivalente a
Newton do movimento, existe uma constante k > Otal que
u+v
w=--- dv k
uv - =g- - v2
l+ - dt m
c2
Resolva para v(t) aplicando o resultado de (b) com A = .Jgm/ k
68. Prove que 1:acosh x senh x dx = O, para qualquer a. eB = .Jgk/m.
(d) Calcule a velocidade terminal lim v(t).
69. (a) Mostre que y = tgh t satisfaz a equação diferencial 1-HX!

(e) Encontre k se m = 150 lb e a velocidade terminal for de 100


dy = 1 - y2 com condição inicial y (0) = O.
dt mi/h.
CAPITULO 7 Função Exponencial 409

da
Nos Exercícios 70-72, uma corrente flexível de comprimento L está sus- (b) Calcule - por derivação implícita usando a relação
pensa entre dois postes de mesma altura e separados por uma distância dl
de 2M (Figura 9). Pelas leis de Newton, a corrente descreve uma curva
L = 2a senh ( : }
(denominada catenária) de equação y = a cosh ( ~) + C. A constan-
(e) Use (a) e (b) e a regra da cadeia para mostrar que
te C é arbitrária e a é um número tal que L = 2a senh ( : ) A am-
ds ds da cosh(M/a)-(M/a)senh(M/a)-1
plitude da curva é a distância vertical entre o ponto mais alto e o mais == ==
dl dadl 2senh(M/a)-(2M/a)cosh(M/a)
baixo da corrente.
72. Suponha que M = 50 e L = 600. Nesse caso, um sistema algébri-
co computacional pode ser usado para mostrar que a ~ 28,46.
y = a cosh(xla)
(a) Use a Equação (6) e aproximação linear para estimar o aumento
=
da amplitude se L for aumentado de L 160 para L 161 e de =
=
L 160 para L 165.=
(b) C,9 S Calcule s( 16 l) - s( 160) e s( 165) - s( 160) diretamente e
compare com sua estimativa em (a).
2M
73. Prove que toda função f (x) é a soma de uma função par f + (x) e
FIGURA 9 Uma corrente pendurada entre dois postes descreve a curva uma função ímpar f-(x). [Sugestão: f ±(x) = ½(f (x) ± f (-x)).]
y = a cosh (xla). Expresse f (x) = 5ex + 8e-x em termos de cosh x e senh x.

74. Use o método do problema precedente para expressar


70. !CGij Suponha que L = 120 pés e M = 50 pés. Experimente en-
contrar, com uma calculadora, um valor aproximado de a satisfa- f (x) = 7e-3x + 4e3x
zendo L = 2a senh ( : ) (para maior precisão, use o método de
em termos de senh(3x) e cosh(3x).
Newton ou um sistema algébrico computacional).
75. Na Excursão à p. 405 discutimos a relação
71. Seja M uma constante fixada. Mostre que a amplitude é dada por

s = a cosh ( : ) - a.
cosh(it) = cos t e senh(it) = i sen t

ds
Useessasrelaçõesparamostrarqueaidentidadecos2 t + sen2 t =1
(a) Calcule-. resulta da identidade cosh2 x - senh 2 x = 1, tomando x = it.
da

EXERCÍCIOS DE REVISÃO DO CAPÍTULO


1. Combine cada quantidade (a)-(d) com (i), (ii) ou (iii) se possí- (e) x2x-l (d) _l_2x
vel, ou diga que não existe combinação. ln2

(a) 2ª3 b (b) 4. Encontre a inversa de f (x) = Jx 3 - 8 e determine seu domí-
3b
nio e imagem.
x- 2
5. Encontre a inversa de f (x)
.
=- - e determine seu domínio e
x-1
imagem.
2. Combine cada quantidade (a)-(d) com (i), (ii) ou (iii) se possí-
6. Encontre um domínio no qual h(t) = (t - 3) 2 é injetora e de-
vel, ou diga que não existe combinação.
termine a inversa nesse domínio.
(a) ln (~b) (b) ln a
lnb 7. Mostre que g(x) =- X
- é igual à sua inversa no domínio
x -1
(e) eln a-lnb (d) (ln a)(ln b) {x:x/ -l).

(i) !na+ lnb (ii) !na - lnb (iii) ~ 8. i':$.J Descreva a interpretação gráfica da relação g' (x) = l/ f 1
b (g(x)), ondef(x) e g(x) são inversas uma da outra.
3. Qual das seguintes é igual a.:!.__ 2x?
dx 9. Suponha que g(x) seja a inversa de f (x). Combine as funções
(b) (ln 2)2x (a)-(d) com as inversas (i)-(iv).
410 CÁLCULO

(a) / (x) +1 (b) / (x + 1) Nos Exercícios 43-48, use derivada logarítmica para obter a de -
(e) 4/(x) (d) f (4x) rivada.

(i) g(x) /4 (ii) g(x/4)


43. y = (x + 1)3 _ (x + l)(x + 2) 2
44
(iii) g(x - 1) (iv) g(x) - 1 (4x - 2) 2 • y - (x + 3)(x + 4)

10. Encontre g' (8) se g(x) for a inversa de uma função derivável 45. y = e<x- 1)2 /x -3)2 ex are sen x
46. y = - - -
f(x) tal que/(-1) = 8 e / 1 (-1) = 12. ln x

Nos Exercícios 11-32, encontre a derivada. e3x(x - 2)2


47. y = 48. y = x...fx (x 1" x)
(x + 1) 2
11. f (x) = 9e-4x 12. f(x) = ln(4x2 + 1)
e- X Nos Exercícios 49-54, use a substituição dada para calcular a in-
13. f (x) = -X 14. f (x) = ln(x + é) tegral.
15. G(s) = (ln(s))2 16. G(s) = ln(s2) (lnx)2dx
17. g(t) = e41 - 12 18. g (t) =t 2 11
e1
49.
f - - -, u = lnx
X

dx 2x
19. f (0) = ln(sen 0)

21. f (x) = ex+ln x


20. f (0) = sen(ln 0)

22. f (x) = esen2x


50.
f 4x2 + 9 , u = 3

23. h(y) = 2 1- y 24. h(y) =- -


1-eY
1 +eY 51.
f dx
~ · u= e
ye2x - 1
-x

25. G(s) =are cos(s- 1) arccos tdt

27. f(x) = ln(arc cossec x)


26. G(s) = are tg(.Js)

28. f (x) = earc sec x


52.
f ~ , u = are cos t

29. g(t) = senh(t 2) 30. h(y) = y tgh(4y) 53



f dt
t(l + (lnt)2) '
u=lnt

31. g(x) = are tgh (ex) 32. g(t) = ~ are senh t dt


2
33. Suponhaque/(g(x)) = ex , ondeg(1)=2eg1 (1) = 4.En-
54.
f --
2
- - -,
cosh t 2
u = tgh t
+ senh t
contre f ' (2).
Nos Exercícios 55-74, calcule a integral.
e2x + 1
34. Encontre os extremos locais de f (x) = ~ -
55. f e9- 2x dx 56. f 2 3
x é dx
35. Encontre os pontos de inflexão de f (x) = ln(x 2 + 1) e determi-
ne se a concavidade troca nesses pontos.
57. f e- 2x sen(e- x) dx 2 58. f cos(l:x) dx

Nos Exercícios 36-38, seja f (x) = xe-x.


59. fieln x dx 60. O l "3 ex - e dx
X

36. ICG ~ Esboce o gráfico de/ (x) e use ampliações para encon- 1 X
trar duas soluções de/(x) = 0,3.
61.
12/3 dx 62. 112 dx
37. Mostre que f (x) tem uma inversa em [l , oo). Seja g(x) essa 1/3 ~ 4 X~
inversa. Encontre o domínio e a imagem de g(x) e calcule I
g 1(2e- 2). 63. lo cosh(2t) dt 64
º
Ío2
o
dt
4t + 12
38. Mostre que/(x) = c tem duas soluções se O< c < e- 1.

Nos Exercícios 39-42, encontre os extremos locais e pontos de infle-


65. Ío 3 2 dx X 66. Ío3 2dx
o x +9 o x +9
xão e esboce o gráfico no intervalo especificado. Se necessário, use
a regra de L'Hôpital para determinar os limites quando x ~ O+ ou
X~ ±00.
67.
f 4 xdx
~
l- x
68. f ex !OX dx

39. y=x ln x, x> O 69. f are sen xdx 70. f tgh5x dx


40. y = xe-x 12
2 ~

41. y = x(logx)2, x >O


71. f 3 senh x cosh x dx 72. {
o
dx
25 - x 2

42. y = are tg ( x: ) 73. Ío4


o
dx
2x 2 + 1
74. l6
2
dx
xJx 2 +12
CAPITULO 7 Função Exponencial 411

75. O isótopo tório-234 tem uma meia vida de 24,5 dias. . ln(e 1 + 1)
89. lim x I/ Z lnx 90. hm
X-->Ü+ l-->00 t
(a) Encontre a equação diferencial satisfeita pela quantidade y(t)
de tório-234 numa amostra no instante t. 2 sen 0 - sen 20
91. lim - - - - -
(b) Em t = O, uma amostra contém 2 kg de tório-234. Quanto resta 0--,0 sen 0 - 0 cos 0
depois de um ano?
92. lim.J4+x- 2 ~
76. O lanche mais antigo Na caverna Bat, no estado norte-ameri- X-->Ü X2
cano do Novo México, arqueólogos encontraram restos humanos
antigos, bem como espigas de milho de pipoca, que tinham uma . ln(t + 2)
14 93. hm 94. lim ( -ex- - -1)
razão de C para C12 em torno de 48% da que é encontrada em 1--, 00 log2 t X-->Ü eX - 1 X

matéria viva. Dê uma estimativa da idade da pipoca.


14 12 95
_ lim are sen y - y
96. lim
~
77. A razão de C para C de uma amostra é proporcional à taxa y-->0 y3 X-> J are cos x
de desintegração (número de partículas beta emitidas por minu-
to) que é medida diretamente com um contador Geiger. A taxa . senh(x 2 ) tghx - senhx
97. hm - - - - 98. lim
de desintegração do carbono num organismo vivo é 15,3 partí- x-->0 coshx - 1 X--> Ü senx -x
culas beta/minuto por grama. Encontre a idade de uma amostra
que emite 9,5 partículas beta/minuto por grama. 99. ~ Explique por que a regra de L' Hôpital não dá infor-
78. Um investimento paga 5.000 dólares no final do ano por 3 anos. . 2x - senx C ..
mação sobre hm - - - -. alcule o hm1te por outro
Calcule o PV, supondo que a taxa de juros esteja em 8%. x-->oo 3x + cos 2x
método.
79. Numa reação química de primeira ordem, a quantidade y(t) de
reagente no instante t satisfaz y' = -ky, onde k > O. A depen- 100. Sejaf (x) uma função derivável com inversa g(x) tal quef (0) =
dência de k da temperatura T (em kelvins) é dada pela equação Oe f 1 (0) =/= O. Prove que
de Arrhenius k = Ae-Ea/(RT), onde Ea é a energia de ati-
vação (em J-mol- 1), R = 8,314 J-mol- 1 e A é uma constante. lim f(x) = f 1(0)2
Suponha que A= 72 x 10 horas- ' e Ea = 1,1 x 105. Calcule
12
g(X)
X-->Ü

dk para T = 500 e use aproximação linear para obter uma esti- 101. Neste exercício, provamos que, para todo x > O,
dT
mativa da variação de k se T passar de 500 a 510 K.
x2
80. Encontre as soluções de y' = 4(y - 12) satisfazendo y(O) = 20 x - -2 -< ln( 1 + x) -< x [IJ
e y(O) = Oe esboce seus gráficos.

81. Encontre as soluções de y' = -2y + 8 satisfazendo y(O) = 3 (a) Mostre que ln(I + x) = r ~.
lo + 1 t
para X> O.
e y(O) = 4 e esboce seus gráficos. .
(b) Venfique que 1 - t _:: :
1
+1 t _:: : 1, para todo t > O.
82. Mostre que y = are sen x satisfaz a equação diferencial
y' = sec y com condição inicial y(O) = O. (e) Use (b) para provar a Equação (1).

Nos Exercícios 83-86, seja P(t) o montante no instante t (anos) de (d) Verifique a Equação(!) parax = 0,5; 0, 1 e 0,01.
uma anuidade que rende juros de 5% compostos continuamente e
paga 2000 dólares/ano continuamente. 102. Seja

83. Encontre a equação diferencial satisfeita por P(t). F(x)=x~-2 fi x ~ d t


84. Determine P(2) se P(O) = 5.000 dólares.
Prove que F(x) e are cosh x diferem por uma constante, mos-
85. Quando acabam os recursos da anuidade se P(O) = 2.000 dó- trando que ambas têm a mesma derivada. Em seguida, prove
lares? que são iguais, calculando ambas funções em x = 1.
86. Qual é o montante inicial mínimo que permite a anuidade fazer Nos Exercícios 103-106, seja gd(y) = are tg (senh y) a assim cha-
pagamentos indefinidamente? mada função gudermanniana, usada em Cartografia. Num mapa da
Terra, construído com a projeção de Mercator, os pontos localizados
Nos Exercícios 87-98, verifique que a regra de L'Hôpital pode ser
a y unidades radiais do Equador correspondem a pontos no globo
aplicada e calcule o limite.
terrestre de latitude gd(y).
4x - 12
87. lim - --- d
x-->3 x - 5x + 6
2 103. Prove que did(y) = sechy.
x 3 + 2x 2 - x - 2 104. Seja f(y) = 2arc tg(eY )- n/2. Prove que gd(y) =f (y). Su-
88. lim
x--> -2 x 4 + 2x 3 - 4x - 8 gestão: mostre que gd' (y) = f 1 (y) e f (0) = gd(O).
8 I TÉCNICAS DE INTEGRAÇÃO
N este capítulo, desenvolvemos as técnicas básicas de integração.
As duas técnicas mais importantes são integração por partes e
substituição (que vimos no Capítulo 5). Existem técnicas especiali-
zadas para tratar classes particulares de funções, tais como funções
trigonométricas e racionais. Contudo, não existe um método infalí-
vel para encontrar antiderivadas; de fato, nem sempre é possível ex-
pressar uma antiderivada em termos elementares. Portanto, começa-
mos este capítulo com uma discussão da integração numérica. Cada
integral definida pode ser aproximada numericamente com qualquer
grau de precisão desejado.

8.1 Integração numérica


Integração numérica é o processo de aproximar uma integral definida
utilizando somas bem escolhidas de valores funcionais. Utilizamos a
Simulação por computador do tsunami
integração numérica quando não conseguirmos encontrar uma fórmula para a antiderivada
2
de 1996, em Kamchatka, feita pela e, assim, não pudermos aplicar o TFC. Por exemplo, a função gaussiana f(x) = e-x / 2,
Administração Nacional dos Oceanos e da cujo gráfico é uma curva em forma de sino (Figura 1), não possui uma antiderivada ele-
Atmosfera (dos EUA), utilizando modelos
do movimento de ondas baseados em
Cálculo avançado.
mentar. Para aproximar 1b e-x
2
/
2
dx são necessários métodos numéricos.

Seja N um número natural. A regra do trapézio TN consiste em aproximar


1b f (x) dx pela média das aproximações pela esquerda e direita:

Essa aproximação foi usada informalmente em capítulos anteriores, onde observamos


que a média tinha chances de dar uma aproximação melhor que RN ou LN. Para obter
a b uma fórmula para TN, recordemos as fórmulas para as aproximações pela esquerda e
FIGURA 1 Não existe uma fórmula
explícita para as áreas sob a curva em
direita. Dividimos [a, b] em N subintervalos de comprimento tu= b -
N
ª (Figura 2)
forma de sino. com extremidades

xo = a, x i =a+ôx, x2 =a +2ôx , ... ' XN =b

Para simplificar, denotamos os valores def (x) nas extremidades por Y/

y
Yj=J(xj)=f(a+}ôx) (J=0,1,2, ... ,N)

Em particular, Yo = f (a) e YN = f (b). Então


N N-1
RN =ÔX L Yj, LN= ÔX L Yj
j=I j=O

'----1----,,----f-----+- x Quando formamos a soma RN + LN, cada valor Yj ocorre duas vezes, exceto o primeiro
b= XN yo (que só ocorre em LN) e o último YN (que só ocorre em RN) - Portanto,
FIGURA 2 TN aproxima a área sob o
gráfico por trapézios.
4 12 CÁLCULO

2
10S. Mostre que t(y) = are senh(tgy) é a inversa de gd(y) para 108. Seja f(x) = e-Ax /2, onde A> O. Dados n número reais
O=: y < Tt/2. <tt , a2, . .. . <t,,quaisquer, considere

106. Verifiquequet(y) do E."tercício 105 satisfazt'(y) = secyeen- 4>(:c) = f(:c-a1)f(x -a2) · · · f(x -an)
contre um valor de a tal que
(a) Suponha que n =
2 e prove que 4>(x) atinge seu valor má-
y dt ximo na média ,\" = ½<<tt + <12). Sugest,1o: mostre que
t(y)=
1
a
-
COSI
; ln(f(x)) = -Ax e calcule 4>'(:c), usando derivação loga-
107. Sejam
rítmica.
x dt :e (b) Mostre que, para qualquer 11, 4>(.r) atinge seu valor máximo em
F(x) =
1- _ 1nt
e G(x) = -1nx x =¼<ai + a2 + ···+ a11 ). Esse fato está relacionado ao pa-
pel desempenhado por f(x) (cujo gráfico tem o fonnato de sino)
Verifique que a regra de L' Hôpital pode ser aplicada ao limite na estatística.
. F(x)
L = hm -G e calcule L
.f-. oo (x)
4 14 CÁLCULO

Dividindo por 2, obtemos a fónnula para TN:

Re&ra do Trap6zio A N~ima aproximação trapezoidal de 1b f (:e) dx é

1
TN = 2 àX(yo + 2)'1 + · · · + 2)'N-1 + )'N)
b-a
ondeô.x = --eyJ
N
=/(a+ j ÂX~

O nome "regra do trapézio" é apropriado porque TN é igual à soma das áreas dos tra-
pézios obtidos ligando os pontos (xo, yo), (x1, )'1 ) , .. . , (XN. )'N) por segmentos de reta
(Figura 2). Para verificar isso, observamos que a área de um trapézio típico é igual à mé-
dia das áreas dos retângulos pela esquerda e direita (Figura 3).

FIGURA 3 A área de um trapézio é


igual à média d.is áreas dos relângulos
pela esquerda e direita. ·"J · 1 ·"J

I
• EXEMPLO 1 : i, ·- Calcule a décima aproximação trapezoidal de lo sen(:c 2
) d:c. Em

seguida, use um sistema algébrico computacional para calcular TN para N = 20, 50, 100,
500, 1.000 e 5.000.

Soluç-lo Dividimos [O, 1) em 10 subintervalos de comprimento 6x = 1~ = 0.1. Pam obter


Tio. somamos os valores funcionais nas extremidades O; O, 1; 0,2; ... ; 1 com os coeficientes
apropriados:

1 [
sen(Cr) + 2sen(0.J·) + 2sen(0,2·) + 2sen(0,3·) + 2sen(0,4·)
? ') ') ? ?
Tio=
2(0.1)
+ 2 sen(0.52 ) + 2 sen(0.62 ) + 2 sen(0, 72) + 2 sen(0.82 ) + 2 sen(0.92 ) + sen( 12 ) ]
:::: 0.311
1-0 1
Para um N qualquer, ÂX = - - = - e
N N

TABELA 1
TN =
1
2~ [sen(0 ) +2(,e•(G)')+ sen((! )')+ ... +sen( ( N; 1)')) +sen(I')]
N Somaintana

20 0.3 104936 A soma interna pode ser calculada num sistema algébrico computacional usando um co-
50 0,3 103043 mando do tipo seguinte:
100 0,3 102773
500 0.3 102687 Sum[Sin[(i/N}A2), (i, 1, N -1)]
1000 0.3 102684
I
5000 0,3102683
Obtemos os resultados na Tabela 1. Assim, lo sen(:c 2) d:c é, aproximadamente, 0,31027. •
CAPITULO 8 Técnicas de Integração 415

(A) MN é a soma das áreas (B) MN também é a soma das


FIGURA 4 Duas interpretações de MN. dos retângulos pelo meio. áreas dos trapézios tangentes.

Introduzimos a aproximação pelo meio MN na Seção 5.1. Lembre que MN é a soma


das áreas dos retângulos de altura f (e j) e base ~x. onde e j é o ponto médio do intervalo
[x j-1, x j] [Figura 4(A)] .

Regra do Ponto Médio A N-ésima aproximação pelo meio 1b f (x) dx é

1 MN = ~x(f(CJ) + f(c2) + ··· + f(cN)) 1

onde ~x = b; ª e ej = a + (j - ½) ~x é o ponto médio do }-ésimo intervalo


[Xj-J,Xj].

ENTENDIMENTO GRÁFICO Embora MN seja definido usando os retângulos pelo meio [Fi-
gura 4(A)], existe uma segunda interpretação de MN como a soma das áreas dos tra-
pézios cujos topos sejam tangentes ao gráfico de y = f(x) nos pontos médios Cj [Figura
4(B)]. O que nos permite trocar os retângulos por trapézios? O seguinte fato geral: um
retângulo tem a mesma área do que qualquer trapézio de mesma base cujo topo passe
pelo ponto médio do topo do retângulo (Figura 5). Por causa dessa interpretação, às
vezes denominamos a regra do ponto médio de regra da tangente.

FIGURA 5 O retângulo e o trapézio têm Estimativas do erro


a mesma área.
Nas aplicações, é importante saber o grau de precisão de uma aproximação numérica.
Definimos o erro em TN e M N por

De acordo com o teorema seguinte, as magnitudes desses erros estão relacionadas com o
tamanho da derivada segunda f 11 (x ), que supomos existir e ser contínua.

Na estimativa do erro, podemos tomar TEOREMA 1 Estimativa do Erro para TN e MN Seja K2 um número tal que lf" (x) 1~ K2
K2 como o máximo delf"(x)I em [a, b], para todo x E [a , b]. Então
mas se for inconveniente encontrar esse
máximo exatamente, tomamos K2 como
qualquer número que seja, com certeza, K2(b- a) 3 K2(b- a) 3
maior do que o máximo. Erro(TN) ~ N2 Erro(MN) ~ N
12 24 2
416 CÁLCULO

ENTENDIMENTO GRÃFICD A prova da estimativa do erro é técnica e será omitida. No en-


tanto, intuitivamente, podemos ver por que Erro(TN) está relacionado com o tama-
nho de f" (x ). A derivada segunda mede a concavidade: se If" (x) 1for grande, então o
gráfico de fé muito curvo (para cima ou para baixo) e os trapézios não dão uma boa
aproximação da área sob o gráfico (Figura 6). Como a regra do ponto médio pode
ser interpretada em termos de trapézios tangentes, Erro(MN) também está relacionado
com o tamanho de f" (x ).

y y
y = f(x) y = f(x)

' - - - - - ' - - - -' - - X

FIGURA 6 A aproximação trapezoidal é


mais precisa quando lf" (x) 1é pequena. (A) Derivada segunda f"(x) maior. (B) Derivada segundaf"(x) menor.

• EXEMPLO 2 Conferindo a estimativa do erro Calcule T6 e M6 para


seguida,
f Jx
1
4
dx. Em

(a) use a estimativa do erro para encontrar cotas dos erros;


(b) calcule a integral exatamente e verifique que as estimativas dos erros estão satisfeitas.
4 1
Pontos Solução Dividimos [] , 4] em seis subintervalos de comprimento t:-.x = 6 =½-Usando
médios 1,25 2,25 3,25 as extremidades e os pontos médios indicados na Figura 7, obtemos
1 l,i5 1 2,i5 1 3,i5

~ (~) (JI +2JD"+2J2+2J2,s+2J3+2Jf.s+J4)


Extremi- 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4
dades T6 =
FIGURA 7 O intervalo[! , 4] dividido
~ 4,661488
em N = 6 subintervalos.

M6 = ~ (JITs + JIYs + .J'ITs + v'2Js + J3.25 + JDs)


~ 4,669245

(a) Seja f(x) = ,,/x. Para usar a estimativa do erro, devemos encontrar um número K2
tal que lf"(x) I :5 K2 para 1 :5 x :5 4. Temos f'(x) = ½x-' 12 e J"(x) = -¼x- 312. O
valor absoluto lf" (x)I = ¼x- 312 é decrescente em [1 , 4], portanto seu máximo ocorre em
y x = 1 (Figura 8). Assim, podemos tomar K2 = IJ" (l)I =¼-Pelo Teorema 1,

K 2 (b a) 3 .!(4 - 1)3 1
Erro(T.6 ) < - 4
=- ~ O 0156 [IJ
1 Máximo em [! , 4) - 12N 2 12(6)2 64 '
4
K2(b - a) 3 ¼(4 - 1) 3 1
Erro(M6) < N2 = = - ~ 0,0078
- 24 24(6) 2 128
4

FIGURA 8 O gráfico de y = lf"(x) I 4 4


paraf(x) = Jx. (b) Usamos o valor exato
f 1
Jx dx = -2 x 312 1 = -14 para calcular os erros exatos:
3 1 3
CAPITULO 8 Técnicas de Integração 417

~ 0,00518
No Exemplo 2, o erro de T6 é 14
aproximadamente duas vezes maior do Erro(T6) = IT6 - 1 ~14,661488 - 4,6666671
que o erro de M6. Na prática, isso ocorre 3
freqüentemente. Observe, no Teorema
1, que a estimativa do erro de TN é duas Erro(M6) =I M6 -
14
3
1 ~ 14,669245 - 4,6666671 ~ 0,00258
vezes maior do que o erro de MN ·

Ambos erros ficam bem dentro das cotas (1) e (2).



A estimativa do erro pode ser usada para determinar os valores de N que fornecem
uma precisão dada.
3
• EXEMPLO 3 Obtendo a precisão desejada Encontre Ntal que M N aproxime fo 2
e- x dx
com um erro de 0,0001, no máximo.
2
Uma maneira rápida de encontrar um Solução Seja f (x) = e- x • Para aplicar a estimativa do erro, devemos encontrar um nú-
valor para K2 é esboçar um gráfico 2
mero K2 tal que lf"(x) I ::: K2 para todo x E [O, 3]. Temos f'(x) = -2xe- x e
de / 11 (x) usando um recurso gráfico e
encontrar visualmente uma cota para 2
1/"(x)I, como o fazemos no Exemplo 3. J"(x) = (4x 2 - 2)e-x

Para encontrar uma cota para If" (x) 1, usamos um recurso gráfico para esboçar o gráfi-
co de f" (x) ao longo de [O, 3] (Figura 9). O gráfico mostra que o valor máximo de If" (x) 1
y
é If" (O) 1 = 1- 21 = 2, portanto tomamos K 2 = 2 na estimativa do erro:

K 2 (b a) 3 2(3 - 0) 3 9
Erro(M ) < -
2
N - 24N2 24N 2 - 4N 2
3

2
O erro é no máximo 0,0001 se
f"(x) = (4x 2 - 2)e-x

-2 9 z 9 X 104
N2 ::: 0,0001 ou N > ---
4 - 4
FIGURA 9 O gráfico da derivada
2
segunda de f(x) = e- x . Assim, N::: 150. Concluímos que M1so tem um erro de, no máximo, 0,0001. Calculando
M1so com um sistema algébrico computacional, vemos que M1so ~ 0,886207, de modo
que o valor da integral fica entre 0,886107 e 0,886307 (de fato, o valor com nove casas
é 0,886207348). •

Podemos melhorar as regras do trapézio e do ponto médio? Uma pista é que, quando
f (x) for côncava (para cima ou para baixo), então o valor exato da integral fica entre TN e
MN. De fato, geometricamente podemos ver (Figura 10) que

• sef(x) for côncava para baixo =} TN .S: 1b f(x) dx .S: MN


(A) Trapézios usados (B) Trapézios usados
para calcular TN para calcular M N • sef(x) for côncava para cima =} MN .S: 1b f(x) dx .S: TN
FIGURA 10 Sef(x) for côncava para
baixo, então TN é menor e M N é maior Isso sugere que a média de TN e MN possa ser ainda mais precisa do que só TN ou MN.
do que a integral. A regra de Simpson SN explora essa idéia, mas leva em conta que MN é aproximada-
mente duas vezes mais precisa do que TN. Portanto, SN usa uma média ponderada, que é
mais precisa do que a média aritmética. Para N par, definimos

ParadeduzirumafórmuladeSN, seja~x = b; ª e, comoantes,sejamx1 =a+ j ~x


e YJ = f (a+ j ~x). Se usarmos apenas as extremidades de ordem par, obteremos uma
partição de [a, b] em N/2 subintervalos (lembre que N é par):
418 CÁLCULO

As extremidades desses subintervalos são usadas para calcular TN;2 e usamos os pontos
médios x1, x3, ... , XN-1 para calcular MN ;2 (Figura 11 mostra o caso N = 8):

TN;2= (!)
2
b-a(yo+2y2+2y4+ · ··+2YN-2+YN)
N/2
FIGURA 11 Calculamos Sg usando oito b-a b-a
MN/2 = N (Y1 + Y3 + Y5 + · · · + YN-1) = ~(2y1 + 2y3 + 2y5 + · · · + 2YN-l)
subintervalos. As extremidades pares 12
são usadas para T4; as extremidades
ímpares para M4 e Sg = T4 + jM4. 1 Assim,

1 2 1
SN = 3TN/2 + 3MN/2 = 3~x(yo + 2y2 + 2y4 + ... + 2YN-2 + YN)

1
+
3~x(4y1 + 4y3 + 4y5 + · · · + 4YN-l)

Eis a seqüência dos coeficientes de SN: Regra de Simpson Suponha que N seja par. Sejam ~x = b - ª e Yj = f(a + j ~x).
1, 4, 2, 4, 2, 4, .. . , 4, 2, 4, 1

Os coeficientes intermediários
A N-ésima aproximação de 1 b N
f (x) dx pela regra de Simpson é a quantidade

alternam 4, 2, 4, 2, ... , 2, 4 (começando l


e terminando com 4). SN = 3~x[yo + 4yi + 2y2 + ... + 4YN-3 + 2YN-2 + 4YN-l + YN] 11]

ENTENDIMENTO GRÁFICO Ambos TN e MN (para todo N ~ 1) dão o valor exato da integral


quandof(x) for uma função linear (Exercício 57). Contudo, dentre todas as combinações
possíveis de TN;2 e MN;2, somente a particular combinação SN = ½TN;2 + Í MN;2dá
o valor exato da integral para todos polinômios quadráticos e qualquer N (Exercícios
58 e 59). De fato, SN é exato para todos polinômios cúbicos (Exercício 60).

• EXEMPLO 4 Use a regra de Simpson com N = 8 para aproximar 1~4


dx.

4-2
4 2 4 2 4 2 4 Solução Temos ~x = - 8- = 0,25. A Figura 12 mostra as extremidades e os coeficien-
2 2,25 2,5 2,75 3 3,25 3,5 3,75 4
tes necessários para calcular Ss usando a Equação (5):
FIGURA 12 A seqüência de coeficientes
de Sg em [2, 4].
~(0,25)[~ +4)1 +2,25 3 +2J1 +2,5 3 +4)1 +2,75 3 + 2 ~
A regra de Simpson dá uma precisão
impressionante. Usando um sistema
+ 4J1 + 3,2S3 + 2J1 + 3,53 + 4J1 + 3,75 3 + J1 + 43]
algébrico computacional, vemos que
a aproximação no Exemplo 4 tem um ~ ...!_[3 + 4(3,52003) + 2(4,07738) + 4(4,66871) + 2(5,2915)
erro menor do que 3 x 10-6. 12
+ 4(5,94375) + 2(6,62382) + 4(7,33037) + 8,06226] ~ 10,74159 •

Agora enunciamos (sem demonstrar) uma estimativa para o erro na regra de Simp-
son, onde

O erro envolve a derivada quarta, que supomos existir e ser contínua.


CAPITULO 8 Técnicas de Integração 419

Embora a regra de Simpson forneça TEOREMA2 EstimativadoerroparaSN SejaK4 umnúmerotalquelJ<4l(x)I S K4 para


aproximações bastante boas, os todo x E [a, b]. Então
sistemas algébricos computacionais
usam técnicas mais sofisticadas.
Essas técnicas são estudadas numa 5
E S K4(b-a)
área da Matemática denominada rro( N) S 180N4
"Análise Numérica".

3 1
• EXEMPLO 5 Calcule Ss para
fl
- dx. Em seguida,
X

(a) encontre uma cota para o erro de Ss;


(b) encontre N tal que SN tenha um erro menor do que 1 o-6.
Solução Temos ~x = -3 -8- 1 = 0,25 e as extremidades da partição de [l , 3] são 1; 1,25;
1,5; ... ; 2,75 e 3. Portanto, usando a Equação (5),

Ss
1 [l 4 2 4 2
= 3(0, 25) l + 1,25 + 1,5 + 1,75 + 2 + 2,25 + 2,5 + 2,75 + 3
4 2 4 l]
~ 1,09873

(a) Sejaf (x) = x- 1. A derivada quartaj<4l(x) = 24x-5 é decrescente, portanto seu má-
ximo em [1 , 3] é J<4l(l) = 24. Portanto, podemos tomar K4 = 24 e

5
E S K4(b - a) 24(3 - 1)5 64
rro( N) S 180N4 = 180N4 = 15N4
K4(b - a) 5 24(3 - 1) 5
Usando um sistema algébrico Erro(Ss) S 180(8)4 = -18-0-(8...,....4)- ~ 0,001
computacional, obtemos

S46 "" 1,09861241 (b) Para garantir que o erro seja menor do que 1 o-6, escolhemos N tal que
3 1
1 1 X
- dx = ln3 "" 1,09861229

O erro, realmente, é menor do que w- 6.


Isso dá

1/ 4
106 · 64
N4 > 106 (64) ou N ~ ~ 45,45
- 15 ( 15 )
\Y= P(x)
\
\
\ Assim, podemos tomar N = 46 (ver comentário à margem).

ENTENDIMENTO GRÁFICO Definimos a regra de Simpson em termos de TN e MN, mas ela
tem uma outra interpretação como uma aproximação da área sob um gráfico usando pa-
rábolas em vez de retângulos. Se tomarmos três pontos consecutivos X2j- 2, X2j-l , x2j,
existe uma única função quadrática P(x) (cujo gráfico é uma parábola) tomando os
---+----+---+-- X mesmos valores em X2j-2, X2j-l, X2j quef (x) (Figura 13). A área sob a parábola, aci-
ma de [x2j-2, x2j ], é uma aproximação da área sob o gráfico def (x) nesse intervalo. A
FIGURA 13 Existe uma única função regra de Simpson SN é igual à soma dessas aproximações parabólicas (Figura 14). Essa
quadrática P(x) que coincide comf (x)
interpretação segue do resultado do Exercício 58.
em X2j-2, X2j- l , X2j·
420 CÁLCULO

\
\
\
1
1
,,,.-- I
I
/
'' I
I '
I ..._ / I
'
-+---+--+-!--+--+-- X X
FIGURA 14 A regra de Simpson Xo x, X2 X3 X4 X5 x6 Xo X1 X2 X3 X4 X5 x6
aproxima o gráfico de y = f (x) por
arcos parabólicos. O gráfico de y = f(x) Os arcos parabólicos usados na regra de Simpson.

• EXEMPLO 6 Estimando integrais a partir de dados numéricos A velocidade (em milhas


por hora) de um teco-teco voando para o oeste é registrada a cada minuto durante os 10
primeiro minutos de vôo depois da decolagem. Use as regras do trapézio e de Simpson
para obter uma estimativa da distância percorrida depois de 1Ominutos.

t o 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
v(t) o 50 60 80 90 100 95 85 80 75 85
v(t) (mi/h)
100 Solução Como a velocidade é dada em milhas por hora, usamos horas como nossa unida-
de de tempo. O intervalo de 1Ominutos tem comprimento de ¼de hora. Dividimos esse
50 • intervalo em N = 10 subintervalos de comprimento !it = 6~ horas. Então

1
Tio = (o+ 2(50 + 60 + 80 + 90 + 100 + 95 + 85 + 80 + 75) + 85) = 12.625
12 34 5678910 120
t (min) 1
Sio = 180 (O+ 4(50) + 2(60) + 4(80) + 2(90) + 4(100)
FIGURA 15 A velocidade do teco-teco.
A distância percorrida é estimada pela + 2(95) + 4(85) + 2(80) + 4(75) + 85) = 12,75
aproximação da área sob a curva que
passa por esse pontos. O avião percorreu aproximadamente 12,7 milhas (Figura 15).

8.1 RESUMO

• Consideramos três aproximações numéricas de 1b f(x)dx: a regra do trapézio TN, a

regra do ponto médio MN e a regra de Simpson SN (se N for par).

1
TN = -2 !ix(yo + 2yi + 2y2 + · · · + 2YN -i + YN )

1
SN = 3/ix [yo + 4yi + 2y2 + .. . + 4YN-3 + 2YN-2 + 4YN-i + YN ]
b-a
onde !ix = ----;:;- e YJ = f (a+ j !ix).

• TNé igual à somadas áreas dos trapézios obtidos conectando os pontos(xo, yo), (xi, y i), ... ,
(x N, y N) com segmentos de reta.
CAPITULO 8 Técnicas de Integração 421

• M N tem duas interpretações geométricas, ou como a soma das áreas dos retângulos pelo
meio ou como a soma de áreas dos trapézios tangentes.
1 i
• SN é igual a TN/2 + M N/2·
• Estimativas do Erro:

5
E S K4(b - a)
rro( N) S 180N4

onde K2 é um número tal que lf"(x) I s K2 para todo x E [a , b] e K4 é um número qual-


quer tal que lJ C4l(x) I S K4paratodox E [a , b].

8.1 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. O que são Ti e T2 para uma função de [O, 2] tal que f (0) = 3, 3. Aplicada a uma função linear, qual é o erro da regra do trapézio?
f (1) = 4 ef (2) = 3? Explique graficamente.

2. TN sobreestima a integral da função dada por qual dos gráficos


da Figura 16? E MN?
4. Suponha que T4 seja usado para aproximar lo\ (x) dx, sendo
que I f" (x) 1 :S 2 para todo x. Qual é o erro máximo possível?
y y
5. Quais são as duas interpretações gráficas da regra do ponto médio?

L LZ X

FIGURA 16
X

Exercícios
Nos Exercícios 1-12, calcule TN e M N para o valor indicado de N. 15. Ío2 dx
O x 4 + 1'
N=4 16. lo cos(x2)dx,
I
N =6
4
1. Ío2 x2 dx , N=4 2. fo ./x dx, N=4
!oi e- x dx,
2
17. N=6 18. Íi2 e- x dx , N=6
0
Íoir/2 v'seiudx,
3. Íi4 x3 dx, N =6 4.
0
N=8
19. fi 4
1nxdx, N =8 20. fz\!x 4 + 1dx, N =8

5. Íi4 dx, N=6 6. 1-1dx , N =5


1 X -2 X 21.
Íoir/4secx dx, N = IO 22.
4
lz Jx4+J dx, N = IO
2 0
7.
Íoir/4secx dx ,
0
N=6 8. fi 1nx, N =5 Nos Exercícios 23-26, calcule a aproximação do volume do sólido
obtido pela rotação do gráfico em torno do eixo dado.
9.
fz 3 dx
2 lnx'
N =5 10. lo 1e- x dx, 2 N =6 23. y = cosx; (o,;]; eixox; Mg
0

Ío2 -ex- dx N =8 24. y = cosx; (o, ~]; eixoy; Sg


11. 12. JI ex2 dx , N=6
0 X+ 1 ' -2 2
25. y = e-X ; [O, 1]; eixox; Ts
Nos Exercícios 13-22, calcule a soma SN da regra de Simpson para o 2
26. y = e-x ; [O, l]; eixo y; Sg
valor indicado de N.
27. Use Ss para obter uma estimativa de
ir/2-
senx
- dx, tomando o
4
13. Ío ./x dx, N =4 Ío0 X
valor de (sen x)lx em x = Ocomo sendo l.
422 CÁLCULO

2 (e) Calcule/ e confira que o erro exato é menor do que a cota do erro
28. Calcule T6 para a integral/ = fo x 3 dx. calculada em (b).
(a) T6 é maior ou menor? Explique graficamente.
(b) Mostre que pode ser usado K 2 = f" (2) 1 na estimativa do erro e
1
40. Calcule Sg para a integral Ío I x 4
dx. Use a estimativa do erro
encontre uma cota para o erro. para encontrar uma cota para o erro e confira que o erro exato
(e) Calcule/ e confira que o erro exato é menor do que a cota calcu- satisfaz essa cota.
lada em (b).

29. Calcule M6 para a integral/ = lo


rrc/2
cosx dx.
41. Calcule Sg para li 5
lnx dx e encontre uma cota para o erro. Em

seguida, encontre um valor de N para o qual o erro em SN seja


(a) M6 é maior ou menor? Explique graficamente. menor do que 10-6.
(b) Mostre que pode ser usado K2 = 1 na estimativa do erro e en-
[3 2
contre uma cota para o erro. 42. Encontre uma cota para o erro na aproximação SI ode J e- x dx
O
(e) Calcule/ e confira que o erro exato é menor do que a cota calcu-
(use a Figura 18 para determinar um valor de K4). Em seguida,
lada em (b).
encontre um valor de N para o qual o erro em SN seja menor do
Nos Exercícios 30-33, decida se TN ou MN subestima ou sobreesti- que 10-6.
ma a integral e encontre uma estimativa do erro (mas não calcule
TN ou MN).
4 2
30. [
11
! dx,
X
T10 31. fo e-x / 4 dx, T20

32. fi 4
In x dx , Mio 33.
r 14
fo COSX, M20 3

-8
C,9 5 Nos Exercícios 34-37, use a estimativa do erro para encon-
trar um valor de N para o qual Erro(TN) ~ 10- 6. Use um sistema al- FIGURA 18 O gráfico de j<4l(x), onde f (x) = e- x 2•
gébrico computacional para calcular a aproximação correspondente
e confirme que o erro satisfaz a cota exigida.
43. C,9 5 Use um sistema algébrico computacional para calcular
1 r 16
fo 4 e esboçar o gráfico de f (4) (x) para f (x) = J 1 + x 4 e encontre
34. x dx 35. lo cosxdx
5
uma cota para o erro na aproximação S40 de fo f(x) dx.

44. C,9 5 Use um sistema algébrico computacional para calcular e


38. Encontre uma cota para o erro nas aproximações T10 e MI o de esboçar o gráfico de JC4l(x) paraf (x) = tg x - sec x e encontre
5 r 14
fo (x 3 + 1)- 1 dx (use a Figura 17 para determinar um valor de uma cota para o erro na aproximação S40 de fo f(x) dx.

Kz). Em seguida, encontre um valor de N para o qual o erro em Nos Exercícios 45-48, use a estimativa do erro para encontrar um
M N seja menor do que 1o- 6. valor de N para o qual Erro(SN) ~ 10-9.

1
y
46. fo xé dx

0,5

3 4 5
47.
ri
lo é
2
dx 48. 1 4
sen(ln x) dx

- 1,5 -R-S Mostre que


49. L, lo1 -h - = -n [use a Equação (5) da Se-
-2
O 1 +x 2 4
ção 7.8].
FIGURA 17 O gráfico def"(x), ondef(x) = (x 3 + 1)- 1. (a) Use um sistema algébrico computacional para esboçar o gráfi-
co de JC4\x) para f(x) = (1 +x 2) - 1 e encontre seu máximo
I em [O, 1].
39. (a) Calcule S6 para a integral/ = fo e- 2x dx.
(b) Encontre um valor de N tal que SN aproxime a integral com um erro
(b) Mostre que pode ser usado K4 = 16 na estimativa do erro e en- menor do que 1o-6. Calcule a aproximação correspondente e con-
contre uma cota para o erro. firme que ¾foi calculado até a quarta casa decimal, pelo menos.
CAPITULO 8 Técnicas de Integração 423

50. Sejam f(x) = sen(x 2) e/ = f f (x) dx.


550,575,600, 580,610,640, 625, 595, 590,620,640,640,630

Use a regra de Simpson para obter uma estimativa da distância


(a) Confirme que f" (x) = 2 cos(x2) - 4x2 sen(x 2). Em seguida, percorrida durante essa hora.
mostre que If" (x) 1::: 6 para x E [O, I]. Sugestão: observe que
12cos(x2)1::: 2el4x 2 sen(x2)1::: 4parax E [O, I]. 55. Use a regra de Simpson para determinar a temperatura média
num museu ao longo de um período de 3 horas se as tempera-
(b) Mostre que Erro(M N) é menor que __!_ . turas (em graus Celsius) registradas em intervalos de 15 minu-
4N 2
tos foram
(e) Encontre N tal que li - MNI ::: 10-3.
21; 21,3; 21,5; 21,8; 21,6; 21,2; 20,8;
51. [ ,9 S l'.$J A estimativa do erro em M N é proporcional a 20,6; 20,9; 21,2; 21,1; 21 ,3; 21 ,2
1/ N2, portanto a estimativa do erro decresce¼ se N aumentar para

2N. Calcule o erro exato em MN para loir sen x dx para N = 4, 8, 56. l'.$1 Tempo de chegada do Tsunami Os cientistas estimam
a chegada das ondas de tsunamis (ondas oceânicas sísmicas) ba-
16, 32 e 64. O erro exato parece decrescer¼ quando N dobra? seados no ponto de origem P e nas profundidades do oceano. A
velocidade s de um tsunami em milhas por hora é aproximada-
52. C,9 S l'.$1 Observe que a estimativa do erro em TN (que mente s = JTScl, onde d é a profundidade do oceano, em pés
tem um 12 no denominador) é duas vezes maior do que a esti- (lembre que I milha= 5280 pés).
mativa do erro em MN (que tem um 24 no denominador). Cal-
(a) Sejaf(x) a profundidade do oceano ax milhas de P (na direção
cule o erro exato em TN para lo ir sen x dx para N = 4, 8, 16, 32 e sentido da costa). Usando somas de Riemann, argumente que
o tempo T necessário para o tsunami percorrer M milhas em
e 64 e compare com as contas do Exercício 51. Nesse caso, o direção à costa é
erro exato em TN parece ser aproximadamente duas vezes maior
do que o erro em MN? M dx
T- foo
- .Jl5f(x)
53. C,9 S ~ Explique por que a estimativa do erro em SN
decresce 16 se N aumentar para 2N. Calcule o erro exato em SN (b) Use a regra de Simpson para obter uma estimativa de T se M =
para foir senx dx para N = 4, 8, 16, 32 e 64. O erro exato parece 1.000 e as profundidades do oceano, medidas (em pés) em inter-
valos de 100 milhas e começando em P, forem
decrescer 16 quando N dobra?
13.000, 11.500, 10.500, 9.000, 8.500, 7.000,
54. A velocidade de um avião, em mi/h, foi registrada com interva-
6.000, 4.400, 3.800, 3.200, 2.000
los de 5 minutos durante um período de uma hora com os resul-
tados seguintes:

Compreensão adicional e desafios


57. Mostre que TN = 1b f (x) dx para todo N e quaisquer extre- (b) Pelo Exercício 58, s/2, =
1X2j+2

x2j
f (x) dx sef (x) for um poli-

midades a, b sef (x) = rx + s for uma função linear (com r, s nômio quadrático. Use (a) para mostrar que SN é exata para todo
constantes). N sef(x) for um polinômio quadrático.

58. Mostre que se f(x) = px 2 + qx + r for um polinômio quadrá- 60. Mostre que S2 também dá o valor exato de lb x 3 dx e conclua,
tico, então S2 = 1b f (x) dx. Em outras palavras, mostre que como no Exercício 59, que SN é exata para todos polinômios
cúbicos. Mostre, com um contra-exemplo, que S2 não é exata
b b-a para integrais de x 4.
1 a
f(x)dx = -(Yo +4y1 + Y2)
6

onde YO = f (a), Yl = f ( ª: b) e Y2 = f (b). Sugestão: mos-

tre primeiro para f(x) = 1, x , x 2 e use a linearidade.


61. Use a estimativa do erro de SN para provar de outra forma que a
regra de Simpson é exata para polinômios cúbicos.

62. ~ Às vezes, a regra de Simpson desempenha mal Cal-


1
59. Para N par, divida [a, b] em N subintervalos de comprimento
cule M 10 e S1o para a integral lo ~
dx, cujo valor sabe-
b-a mos ser¾ (uma quarta parte da área do círculo unitário).
tu=---,:;-· Sejam Xj =a+ j tu, Yj = f(xj)e
(a) Em geral, confiamos que SN seja mais preciso que MN. Nesse
2· b-a caso, qual é mais preciso: M 1oou S 10?
S/ = ~(Y2j +4Y2j+ l + Y2j+2)
(b) Como pode ser explicado o resultado de (a)? Sugestão: as esti-
(a) Mostre que SN é a soma das aproximações nos intervalos mativas do erro não são válidas porque lf"(x) I e lf<4 l(x) I ten-
[x2j, x2j+2], ou seja, sN = s~ + s~ + ... + sf- 2. dem a oo quandox -+ 1, mas lf<4\x) ltende mais rápido.
424 CÁLCULO

8.2 Integração por partes


A fórmula da integração por partes decorre da regra do produto:

(u(x)v(x) )' = u(x)v' (x) + u '(x)v(x)


Essa fórmula diz que u(x)v(x) é uma antiderivada do lado direito, portanto

u(x)v(x) = f u(x)v' (x)dx + f u'(x)v(x)dx

Combinando o termo à esquerda com a segunda integral à direita, obtemos:

Muitas vezes, a fórmula da integração


por partes é dada por diferenciais: Fórmula da integração por partes

f li dv = IIV - f V du
f u(x)v'(x)dx = u(x)v(x) - f u'(x)v(x)dx [Il
Lembre que dv = v' (x ) dx e
du = u1 (x) dx.

Observe que a fórmula da integração por partes se aplica a um produto u(x)v'(x), por-
tanto devemos considerar seu uso quando o integrando for um produto de duas funções.

• EXEMPLO 1 Calcule/ x cos x dx.

Solução O integrando é o produto x cos x, portanto tentamos usar u(x) = x e v' (x) = cos x.
Com essa escolha, a integral está no formato exigido:

f xcosxdx = f u(x )v'(x)dx

Aplicando a Equação (1), podemos usar Agora aplicamos a integração por partes, observando que u' (x) = 1e v(x) = sen x (já que
1qualquer antiderivada v(x) de v' (x ). v'(x) = cosx):

f x cos x dx = ._,.-,
._,.-,
uv'
x sen x
uv
-! sen x dx = x sen x
'-.,.-'
u'v
+ cos x + C

Podemos conferir a resposta tomando a derivada:

d
- (x senx + cosx + C)
dx
= x cosx + senx - senx = x cosx •
O passo crucial na integração por partes é decidir como escrever o integrando na
forma de um produto uv'. Não esqueça que a integração por partes expressa/ uv' dx
em termos de / u' v dx. Isso é útil se u' v for mais f ácil de integrar do que u v'. Aqui te-
mos duas diretrizes:

• Escolha u de tal modo que u' seja "mais simples" do que a própria u.

• Escolha v' de tal modo que v = f v' dx possa ser calculada.


CAPITULO 8 Técnicas de Integração 425

• EXEMPLO 2 Boas e más escolhas de u ev' Calcule/ xex dx.

Solução Usando nosso conselho, faz sentido escolher

• u = x (já que u' = 1 é mais simples)


• v' = ex (já que sabemos calcular v = f ex dx = ex + C)

A integração por partes dá

f xex dx = u(x)v(x)- f u'(x)v(x) dx = xex - f ex dx = xex - ex + C

Vejamos o que acontece se escolhermos u = ex, v' = x. Então

V(X) = f X dx = 1x + C
2

Essa é uma má escolha porque a integral à direita é mais complicada do que a original. •

A fórmula da integração por partes pode ser usada em integrais definidas:

1b u(x)v'(x)dx = u(x)v(x{ -1b u'(x)v(x)dx

• EXEMPLO 3 Tomando v' = 1 Calcule i 3


ln x dx.

A escolha v' = 1, surpreendentemente, Solução À primeira vista, essa integral não parece ser uma candidata à integração por
funciona em alguns casos. Usando-a partes, pois o integrando não é um produto. Contudo, temos a liberdade de acrescentar um
no Exemplo 3, vemos que
fator 1 e escrever ln x = (ln x) . 1 = uv'. Então
f Jn X dx = X Jn X - X +C
u = ln x, v' =1
Esse truque também funciona para 1 -1
U =X , V=X
as funções trigonométricas inversas
(Exercício 6).
Observando que u' v = 1, obtemos

3 3 3 3
Í tn xdx= Í (1n x) -ldx=x ln x l - { 1dx=(3 1n 3- 0)-2=3 1n3 -2 •
11 11 '-.,-'
uv'
1 11

• EXEMPLO 4 Integrando por partes mais de uma vez Calcule/ x 2 cos x dx.

No Exemplo 4, faz sentido tomar Solução Usamos integração por partes com u = x 2 e v' = cos x:
u = x2 porque a integração por partes
reduz a integração de x 2 cos x à
integração de 2x sen x, que é mais fácil. f ~dx =~-
uv' uv
f~ u' v
2
dx =x senx-2 f xsenxdx
426 CÁLCULO

Para calcular / x sen x dx, aplicamos a integração por partes mais uma vez. Tomando
u = x e v' = sen x, obtemos

f X Sen X
'-.,-'
uv'
dx = '-X- vCOS-X'
uv
-! (- COS X)
'-.-'
u' v
dx = -X COS X + Sen X + C

Agora usamos esse resultado na Equação (2):

f x 2 cosx dx = x2 senx - 2(-x cosx + senx) + C

= x2 sen x + 2x cos x - 2 sen x +C •


• EXEMPLO 5 Andando em círculos? Calcule/ ex cos x dx.

Também podemos fazer as contas no Solução Há duas maneiras naturais de escrever ex cos x como u v'. Tentemos o seguinte:
Exemplo 5 usando a escolha u = ex,
1v' = cosx. u = cosx,
u' = -senx,

A integração por partes dá

f ex cosx dx
'-,,--'
uv'
= 'ex- ,cosx
uv
,--'
+ f ex senx dx
'-v-'
-u'v

Agora usamos integração por partes mais uma vez, para calcular/ ex sen x dx:

u = senx,
u' = cos x,

f ex senx dx = ex senx - / ex cosx dx

A Equação (4) nos leva de volta ao integrando original ex cosx e parece que estamos
andando em círculo. Felizmente, podemos combinar a Equação (4) com a Equação (3) e
resolver

f ex cos x dx = ex cos x + ex senx - f ex cos x dx

2 / ex COS X dx = ex COS X + ex sen X + C

f ex COSX dx = 1ex(COSX + senx) + C •


A integração por partes pode ser usada para deduzir fórmulas de redução para in-
tegrais que dependam de um inteiro positivo n, como f xnex dx ou/ lnn x dx. Uma
fórmula de redução (ou então, uma fórmula recursiva) expressa a integral com um dado
valor de n em temos de uma integral análoga para algum valor menor de n. A integral de-
sejada pode ser calculada aplicando repetidamente a fórmula de redução.
CAPITULO 8 Técnicas de Integração 427

• EXEMPLO 6 Uma fórmula de redução Verifique a validade da fórmula

Em seguida, use a fórmula de redução para calcular/ x 3ex dx.

Solução Deduzimos a fórmula de redução usando integração por partes uma vez:

u' = nxn-I ,

Para calcular/ x 3ex dx, precisamos usar a fórmula de redução para n = 3, 2 e 1:

Observe que f x ex dx
3 é igual
a P(x)ex + e, onde P(x) é um
f x 3 ex dx = x 3ex - 3 f x 2ex dx

polinômio de grau 3. Em geral,

f x"ex dx = Q(x)ex + C, onde Q(x) é


3 2
= x ex - 3 (x ex - 2 / xex dx) = x ex - 3x ex
3 2
+6 f xex dx

um polinômio de grau n.
= x 3ex - 3x 2ex + 6 (xex - f ex dx) = x 3ex - 3x 2ex + 6xex - 6ex + e

= (x 3 - 3x2 + 6x - 6)ex + C

8.2 RESUMO
• Fórmuladaintegraçãoporpartes: f u(x)v'(x)dx = u(x)v(x)- f u'(x)v(x)dx.
• O passo crucial na aplicação da integração por partes é decidir como escrever o integran-
do na forma de um produto uv'. Lembre que a integração por partes é útil seu' v for mais
fácil (ou, no mínimo, menos difícil) de integrar do que uv'. Aqui temos duas diretrizes:
- Escolha u de tal modo que u' seja mais simples do que a própria u.

- Escolha v' de tal modo que v = f v' dx possa ser calculada.

- Às vezes, uma boa escolha é v' = l.

8.2 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Qual é a regra de derivação usada para deduzir a fórmula da inte-
gração por partes?
j x cos(x 2
) dx, j xcosxdx,
2. Para cada uma das integrais seguintes, decida se é melhor usar 3. Por que u = cosx, v' = x não é uma boa escolha para calcular
substituição ou integração por partes: J X COSX dx?
428 CÁLCULO

Exercícios
Nos Exercícios 1-6, calcule a integral usando a fórmula de integra- 34. Use substituição e depois integração por partes para calcular
ção por partes com as escolhas de u e v' dadas. f x3ex2 dx.

1. f xsenxdx; u = x, v' = senx


Nos Exercícios 35-44, calcule a integral usando integração por par-

2. f xe2x dx; u = x, v' = e2x


tes, substituição, ou ambos, se necessário.

35. f x cos 4xdx 36. f ln(ln:)dx

3. f (2x + 9)ex dx; u = 2x + 9, v' = ex


f Jx+T
4. f x cos(4x) dx; u = x, v' = cos(4x)
37.
x dx
x +l
38. f sen(ln x)dx

5. f 3
x ln xdx; u = ln x, v' =x 3
39. f cos x ln(sen x) dx 40. f x3(x2 + l)l2dx

6. f are tg x dx; u = are tg x, v' = l


41. f sen,./xdx 42. f ,./xe,jxdx

Nos Exercícios 7-32, use integração por partes para calcular a


43.
f ln(ln x~lnx dx
44. f x are tg x dx
integral.
Nos Exercícios 45-50, calcule a integral definida.
7. f (3x - l )e- x dx 8. fxe- x dx
45. Ío2 xe9x dx 46. fi 3
lnx dx

9. f 2
x é dx 10. f 2
x senxdx
47. fo
4
x..J4 -x dx 48.
!on/4 x sen(2x) dx

11. f x cos2x dx 12. f 2


x sen(3x + 1) dx
49. fi 4
,./x ln x dx 50. Ío
0
1
are tg x dx

13. f e- x sen x dx 14. fe4x cos 3x dx


51. Use a Equação (5) para calcular f x 4ex dx.

15. f x lnxdx 16. flnd


- x x
x2 52. Use substituição e então a Equação (5) para calcular f x 4e?x dx.

17. f x-9 ln xdx 18. fé sen(2x) dx 53. Encontre uma fórmula de redução para / xn e- x dx análoga à da

19. f xcos(2 - x)dx 20. f 2


x In xdx
Equação (5).

54. Calcule f xn ln x dx para n e/ -1. Qual método deveria ser usa-


21. f x2x dx 22. f 2
x sec xdx
do para calcular f x- 1 ln x dx?

23. f 2
(ln x) dx 24. fare cos xdx Nos Exercícios 55-62, indique um bom método para calcular a in-
tegral (mas não a calcule). As escolhas possíveis são manipulação

25. f are sen x dx 26. fare sec xdx


algébrica, substituição (especificando u e du) e integração por partes
(especificando u e v'). Se as técnicas até aqui desenvolvidas não fo-

27. f x 5x dx 28. f(senx)5x dx


rem suficientes, diga-o.

55. f ,./x ln x dx 56. f x2 - ,./x dx

29. f x cosh2x dx 30. fare tgh (4x) dx


57. f x3
~dx 8 f
2x

dx

31. f are senh x dx 32. f(cosx)(coshx)dx


59. f
4- x 2

2x+3 dx
5.

60. /
J 4- x2

l dx
x 2 + 3x + 6 x 2 + 3x +6
33. Use a substituição u = x 1/ 2 e depois integração por partes para
calcular f e,jx dx. 61. f x sen(3x + 4) dx 62. f xcos3xdx
CAPITULO 8 Técnicas de Integração 429

63. Calcule/ (are sen x ) 2 dx. Sugestão: primeiro use integração por for R(t)e-rt dt, onde ré a taxa de juros. Encontre o valor pre-
partes e depois substituição. sente se o rendimento é produzido a uma taxa de R(t) = 5.000 +
lOOt dólares/ano por 10 anos.
(lnx)2dx S . . b . . d
64. CaIcu Ie x2 . ugestão: pnme1ro use su st1tu1ção e e-
/ 70. Prove a fórmula de redução
pois integração por partes.

7 4
j (lnx/ dx = x(lnx/ - k j (lnx/- 1 dx
65. Calcule/ x cos(x ) dx.

66. Encontref(x), supondo que 71. Use a Equação (6) para calcular/ (lnxl dx, para k = 2 e 3.

f f(x)ex dx = f(x)ex - f x-lex dx


72. Prove as fórmulas de redução

67. Encontre o volume do sólido obtido pela rotação de y = eX, aci-


f xn cosx dx = xn senx - n f x 11 -I senx dx

ma de O:'.:ô x :'.:ô 2, em tomo do eixo y.

68. Encontre o volume do sólido obtido pela rotação de y = cos x,


f X
11
senx dx = -x 11 COSX + n f xn-l COSX dx

acima de O :'.:ô x :'.:ô ~. em tomo do eixo y.


1
73. Prove/ xbx dx = bx ( ~ - - 2 ) + C.
69. Lembre que o valor presente de um investimento que paga lnb ln b
um rendimento continuamente a uma taxa R(t) por T anos é

Compreensão adicional e desafios


74. A fórmula de integração por partes pode ser escrita como 76. Suponha quef (0) = f (l) = Oe que exista f". Prove que

f u(x)v(x)dx = u(x)V(x)- f u'(x)V(x)dx II] f f 11 (x)f(x)dx =- f f 1 (x) 2 dx 11]

onde V(x) satisfaz V' (x) = v(x ). Useissoparaprovarquesef(O)=f(l)=Oef 11 (x) = J..,J(x)


para alguma constante J..,, então J.., < O. O leitor consegue imagi-
(a) Mostre diretamente que o lado direito da Equação (7) não muda
nar uma função que satisfaça essas condições para algum J..,?
se V(x) for trocado por V(x) + C, onde C é uma constante.
I
(b) Use u = are tg x e v = x em (7) para calcular/x are tg x dx, 77. Seja I (a, b) = lo xª (1 - x )b dx, onde a e b são números naturais.

mas faça a conta duas vezes: primeiro com V(x) = ½x 2 e de- (a) Use substituição para mostrar que l(a, b) = l(b, a).
1

pois com V(x) = ½x 2 + Qual escolha de V(x) resultou ser (b) Mostrequel(a,0) = 1(0,a) = - - .
a+l
mais simples? (e) Prove que, para a~ l e b ~ O,
75. Prove de duas maneiras que a
l(a , b) = - - l ( a - l,b+ 1)
b+l
foª J(x) dx = af(a) - foª xf' (x) dx [!] (d) Use (b) e (e) para calcular l(l , l) e 1(3, 2).
a!b!
(e) Mostrequel(a,b) = - - - - .
Primeiro use integração por partes. Depois suponha quef (x) seja (a+b+l)!
crescente ou decrescente. Use a substituição u = f (x) para provar
78. Mostre por derivação que se P11 (x) for um polinômio de grau n
que foª xJ' (x) dx é igual à área da região destacada na Figura l satisfazendo Pn (x) + P~ (x) = x 11 , então
e então deduza a Equação (8) uma segunda vez. f xné dx = Pn(x)ex + C
y y = f(x) Encontre P11 (x) para n = 2, 3 e 4.
f(a) + - - - - - - - - - , ,
79. Sejam 111 = f x 11 cos(x 2) dx e J11 = f xn sen(x 2 ) dx.

(a) Encontre uma fórmula de redução que expresse ln em termos de


J 11 _2. Sugestão: escreva x 11 cos(x2) como x 11 - 1(x cos(x 2)).
f(O)
-+---------+- X (b) ~ Use o resultado de (a) para mostrar que 111 pode ser cal-
o a culado explicitamente se n for ímpar.
FIGURA 1 (e) Calcule 13-
430 CÁLCULO

8.3 Integrais trigonométricas


Nesta seção, combinamos substituição e integração por partes com as identidades apro-
priadas para integrar várias funções trigonométricas. Para começar, consideramos

f senm x cosn x dx

em que n e m são inteiros positivos. O caso mais fácil ocorre quando pelo menos um dos
expoentes é ímpar.

• EXEMPLO 1 Potências ímpares de sen x Calcule f sen3 x dx.

Solução Começamos usando a identidade sen 2 x =l - cos 2 x para reescrever o integrando:

sen3 x = sen2 x senx = (1 - cos2 x) senx

f sen3 x dx = f 2
(l - cos x) senx dx

Depois usamos a substituição u = cos x, du = -sen x dx:

f sen3 x dx = f 2
(l - cos x) sen x dx = - f 2
(l - u ) du [IJ

u3 cos 3 x
= -3 - u + e = -3- - cos x + e


1Seno ou cosseno com potência ímpar 1 Em geral, se n for ímpar, podemos usar a identidade cos2 x = 1 - sen2 x para escrever
cosn x como uma potência de (1 - sen2 x) vezes cos x e substituir u = sen x, du = cos x
Se cosx aparece com uma potência
ímpar 2k + 1, escrevemos cos2k+ 1x dx. Por outro lado, se m é ímpar, escrevemos senm x como uma potência de (1 - cos2 x)
como (1 - sen2 xl cosx. Então vezes sen x.
j senmx cos x dx torna-se
2k+ 1

j (sen x)(l - sen x)k cosx dx


111 2
• EXEMPLO 2 Potências ímpares de sen x ou cos x Calcule f sen4 x cos5 x dx.

Solução Escrevemos cos 5 x = cos4 x · cos x = ( 1 - sen2 x ) 2 cos x. Então


Agora substituímos u = sen x,
du = cos x dx. Se sen x aparece com
uma potência ímpar 2k + 1, escrevemos
sen2k+I x como (1 - cos2 x)k senx e
f sen4 x cos5 x dx = f (sen4 x)(l - sen 2 x) 2 cosx dx
substituímos u = cos x, du = - sen x dx .
O fator de cos x no integrando nos permite usar a substituição u = sen x. Então temos
(sen4 x )(l - sen2 x) 2 = u4 (1 - u2 ) 2 e o fator restante cosx dxé igual adu:

f sen4 x cos5 x dx = f 4
u (l - u
2 2
) du = f 4
(u - 2u
6
+ u8 ) du

u5 2u 7 u9 sen5 x 2sen7 x sen9 x


=s -7 + 9 +e= -s- - -7- +-9- +e •

Como o método dos exercícios anteriores requereu um expoente ímpar, enunciamos


as fórmulas de redução a seguir, que podem ser usadas para qualquer expoente, par ou
ímpar. Essas fórmulas decorrem por integração por partes (Exercício 62).
CAPITULO 8 Técnicas de Integração 431

Fórmulas de redução do seno e do cosseno

/
senn x dx = -;1 senn-l x cosx + -n- n-11 senn- x dx 2

/
cosn x dx = ;1 cosn-l x sen x + -n- n-11 cosn- x dx 2

• EXEMPLO 3 Calcule/ sen4 x dx.

Solução Pela fónnula de redução (3) com n = 4, obtemos

f 4
sen x dx = -i 3
sen x cosx + ~ f 2
sen x dx

Para calcular a integral da direita, aplicamos novamente a fónnula de redução, com n = 2:

/
sen2 x dx = - 1 senx cosx +
2
1/
2 dx = - 1
2 senx cosx + 2x + C
1
Substituindo a Equação (6) na Equação (5), resulta

sen4 x dx = - 41 sen3 x cosx - 83 senx cosx + 83 x + C •


/

As integrais trigonométricas podem ser expressas de mais de uma maneira por causa
do grande número de identidades trigonométricas. Por exemplo, um sistema algébrico
computacional pode fornecer a seguinte resposta à integral do exemplo anterior:
1
/ sen4 x dx = (x - 8 sen 2x + sen4x) + C
32
Pode ser conferido que isso está de acordo com a resposta no Exemplo 3 (Exercício 55). As
fónnulas seguintes podem ser conferidas usando as identidades lembradas à margem .

... LEMBRETE Identidades úteis:


x sen2x x 1
sen2 x =
1
(1 - cos 2x) sen2 X dx = - - - - + C = - - - sen X COS X +C
2 / 2 4 2 2
1
cos2 x = 2(1 + cos2x)
2 dx = -x
COS X
sen2x
+ -4- + C =
x 1
-+ - sen X COS X +C
sen2x = 2senxcosx 2 2 2
/
cos 2x = cos2 x - sen2 x
Para integrar senm x cosn x no caso de ambos n e m pares, é exigido mais trabalho:
• Se m ::: n, usamos a identidade sen2 x = 1- cos2 x para substituir senm x por
(1 - cos2 x )mf2:

f senm x cosn x dx = f (1 - cos2 x ynl2 cosn x dx

Expandimos a integral do lado direito para obter uma soma de integrais de potên-
cias de cos x e usamos a fónnula de redução (4).
432 CÁLCULO

• Sem :==: n, substituímos cosn x por ( 1 - sen2 x t 12:

f senm xcosn xdx = f (sen111 x)(l - sen2 xtl 2 dx

Expandimos a integral do lado direito para obter uma soma de integrais de potên-
cias de sen x e novamente calculamos a integral usando a fórmula de redução (3).

Um outro método para integrar


sen111 x cos" x no caso de n e m pares é
• EXEMPLO 4 Potências pares de sen x ecos x Calcule f sen2 x cos4 x dx.
1discutido no Exercício 63.
Solução Como m < n, substituímos sen2 x por 1 - cos2 x:

/ sen2 x cos4 x dx = f 2
(l - cos x) cos x dx =
4
f cos4 x dx - f cos6 x dx [I]

A fórmula de redução para n = 6 dá

f 6
cos xdx = icos5 xsenx + ~ f 4
cos xdx

Usando esse resultado na Equação (7), obtemos

2
/ sen x cos x dx
4
= -i 5
cos x senx + if 4
cos x dx

Em seguida calculamos f cos4 x dx usando as fórmulas de redução, com n = 4 e n = 2:

f 4
cos x dx = i 3
cos x sen x + ~ f 2
cos x dx

3 ( 1 cos x sen x + 1x ) + C
= 41 cos3 x sen x + 4 2 2
1 3 3
= cos3 x sen x + cos x sen x + x +C
4 8 8
Como já observamos acima, as Juntando tudo,
integrais trigonométricas podem ser
expressas de mais de uma maneira. De
acordo com o programa Mathematica,
/
sen2 x cos4 x dx (1
3 cosx senx + 3 x ) + C
= - 61 cos5 x senx + 61 4cos3 x senx + 8 8
f 2 4
sen x cos x dx
=-
1
cos 5 x senx +
1
cos3 x senx +
1
cosx senx +
1
x +C
= +<,x + o',r sen 2x - o',r sen4x - ~ sen6x 6 24 16 16

Para mostrar que isso está de acordo


com a Equação (8), podemos usar
identidades trigonométricas. •
Muitas outras integrais trigonométricas podem ser calculadas usando as identidades
trigonométricas apropriadas combinadas com substituição ou integração por partes.

• EXEMPLO 5 Integral da tangente e da secante Obtenha as fórmulas

f tg x dx = ln I sec x + C,
1 f sec x dx = ln I sec x + tg x 1 + C
CAPITULO 8 Técnicas de Integração 433

A integral j sec x dx foi calculada Solução Para integrar tg x, usamos a substituição u = cos x, du = -sen x dx:
numericamente pela primeira vez em
1590, pelo matemático inglês Edward
f tgxdx =
f senx
--dx
cosx
=- f -du = -ln lul +e= -ln lcosxl + e
u
Wright, décadas antes da invenção do
Cálculo. Embora não tenha inventado 1
o conceito de integral, Wright se deu = ln - - + C = ln 1sec X 1+ C
lcosxl
conta de que as somas que aproximam
a integral detêm a chave para entender Para integrar sec x, usamos a substituição esperta u = sec x + tg x. Então
a projeção Mercator de mapas, de
grande importância na navegação
marítima, porque permite aos
du = (secx tg x + sec2 x) dx = (secx) (tg x
._.,-,
+ secx) dx
navegadores alcançarem seus destinos u
seguindo ao longo de retas de direção
cardinal fixada. A fórmula para a Dividindo ambos lados por u, obtemos du = secx dx e, portanto,
integral foi demonstrada pela primeira u
vez por James Gregory em 1668.

f sec x dx = f duu = ln Iu 1+ C = ln I sec x + tg x 1 + C •


Uma tabela de integrais ao final desta seção (página 435) contém uma lista de inte-
grais trigonométricas e fórmulas de redução adicionais.

rc/4
• EXEMPLO 6 Potências de tgx Calcule lo tg 3 x dx.

Solução Usamos a fórmula de redução (18) da tabela com k = 3:

tg2 X ITC/4 ( 1 2 ) l,c/4


lorn/4 tg 3 xdx=-2
- -
{TC/4
tgxdx=
2 tg x - lnlsecxl
0 10 0

= (i tg 2 i - ln lsec il)- (i tg 2 0- ln I seco1)


Integrando tg 111 x sec11 x

!caso 1m = 2k + 1ímpar!
= (i(l)
2
- lnv'2)-(io
2
- ln 111) = i - lnv'2 •
Usamos a identidade tg 2 x = sec2 x - 1
para escrevertg2k+l x sec11 x como À margem, descrevemos um método para integrar tgm x secn x .
(sec2 x - 1l(sec 11
-
1 x)(sec xtgx)
• EXEMPLO 7 Usando as fórmula de redução e a tabela de integrais Calcule
Então substituímos u = sec x, du =
sec x tg x dx para obter uma integral
envolvendo somente potências de u.
f tg 2 x sec 3 x dx .

Caso2 n
1 = 2k pari Solução Conferindo os casos discriminados à margem, observamos que essa integral está
Usamos a identidade sec2 x = 1 + tg2 x incluída no Caso 3, já que o integrando é tgm x secn x, com m = 2 e n = 3. O primeiro
para escrever tg111 x sec11 x como
passo é usar a identidade tg 2 x = sec2 x - 1:
(tg 111 x)(I + tg2 xl-l sec2 x
Então substituímos u = tg x,
du = sec2 x dx para obter uma integral
f tg
2
X Sec 3 X dx = f (sec
2
X - 1) Sec
3
X dx = f Sec5 X dx - f Sec3 X dx [!]
envolvendo somente potências de u.
Em seguida, usamos a fórmula de redução (22) com m = 5 da tabela:
1Caso3mparen ímpar 1

Usamos a identidade tg 2 x = sec2 x - 1


f sec5 x dx = tg x sec
4
3
x
+3
4
f sec3 x dx
para escrever tg111 x sec11 x como

(sec2 x - 1)11112 sec11 x


j 3
tg2 x sec x dx - ( tgx :ec' x + ~ j sec3 x dx) - j sec3 x dx
Então expandimos para obter uma
integral envolvendo somente potências
de sec x e usamos a fórmula de
redução (22).
= ~ tg x sec3 x - ~ f 3
sec x dx
434 CÁLCULO

Finalmente, usamos novamente a fórmula de redução (22) com m = 3 e a Equação (21):

tg x sec x I/ 1 1
sec 3 xdx= +
/ 2 2 secxdx= 2 tgxsecx+ 2 Injsecx+tgxl+C
Então a Equação ( 1O) passa a ser

2
/ tg x sec 3 x dx = itg x sec3 x - i(~ tg x sec x + ~ ln Isec x + tg x 1) + C
1 1 1
tgx sec 3 x - tgx secx - 1n jsecx + tgxl + C •
4 8 8
As Fórmulas (25)-(27) da tabela descrevem as integrais de produtos da forma
sen mx sen nx , cos mx cos nx e sen mx cos nx. Essas integrais desempenham um papel
importante na teoria de séries de Fourier, uma técnica mais avançada que é muito usada
na Engenharia e na Física.

• EXEMPLO 8 Integral de sen mx cos nx Calcule lo,. sen 4x cos 3x dx.


Solução Aplicamos (26), com m = 4 e n = 3:

1º,. ~~~~~=
(- - - - - - - - - -
cos(4 - 3)x
2(4-3)
cos(4 + 3)x)
2(4+3) o
ln
= (- COS X _ COS 7X) 1n;
2 14 0

=(~ + 1~)-(-~- 1~) =; •

8.3 RESUMO
• Para integrar uma potência ímpar de sen x vezes cosn x, escrevemos

/ sen2k+ 1 x cosn x dx = j (1 - cos2 xl cosn x senx dx

Em seguida, usamos a substituição u = cos x, du = -sen x dx.


• Para integrar uma potência ímpar de cos x vezes senm x, escrevemos

/ senm x cos2k+ 1 x dx = j (sen' x)(l - sen xl cosx dx


11 2

Em seguida, usamos a substituição u = sen x, du = cos x dx.


• Se ambos sen x e cos x ocorrerem com potências pares, escrevemos

/ Senm X COS11 X dx = f (1 - COS xr 12 COS


2 11
X dx (Sem :'.S n)

/ senm x cos11 x dx = f senm x(l - sen2 xt 12 dx (sem ~ n)


Expandimos o lado direito para obter uma soma de potências de cos x ou potências de
sen x. Em seguida, usamos as fórmulas de redução.
CAPITULO 8 Técnicas de Integração 435

f senn x dx = - ~ senn-l x cosx + n: 1


/ senn- Zx dx

f cosn x dx = ~ cosn-l x senx + n: 1


/ cosn- Zx dx

• A integral / tgm x secn x dx pode ser calculada com uma substituição que depende de
três casos: m ímpar, n par, ou m par e n ímpar. Ver a nota à margem da página 433.

TABELA DE INTEGRAIS TRIGONOMÉTRICAS

x sen 2x x 1
J sen2 X dx = - - - - + C = - - - sen X COS X + C
2 4 2 2
x sen 2x x 1
J
2
cos xdx= + C=
2 + -4- 2 + 2 sen x cosx+C
senn- l xcosx n -1 J
J senn x dx = - n + -n- senn- Zx dx

cosn-l x senx
+ -n -n-1 j cosn- 2
J cosn x dx = n x dx

senm+ l xcosn-l x n -1 J
J senm x cosn x dx = - - - - - - + - -
m+n m+n
sen111 x cosn- Z x dx

sen111- l x cosn+ l x m - 1 J
J sen111 x cosn x dx = - - - - - - - + - -
m+n m+n
senm-Z x cosn x dx

j tgxdx = ln lsecx l + C = -lnlcosx l + C


J tg111 x dx = tgm - l X
m -1
-! tgm - Zx dx

j cotgx dx = -ln lcossecx l + C = ln lsenx l + C

cotgm-l x J
j cot~ xdx = - -- -
m -1
cotg 111
-
2 x dx

j secx dx = Inisecx + tgx l + C


tg x sec111 - 2 x m- 2 J
J sec111 xdx = - - - - - + - -
m- 1 m-1
sec111 - 2 xdx

j cossec x dx = ln icossec x - cotg x + C 1

cotgx cossecm-Z x m- 2 j cossecm-


J
2
cossecm x dx = - - - - - - - + - - x dx
m -1 m -1
sen(m - n)x sen(m + n)x
J senmxsennxdx = - - - - - - - - - +e
2(m - n) 2(m + n)
(m =f. ±n)

cos(m - n)x cos(m + n)x


J senmx cosnx dx = - - - - - - - - - - + C (m =f. ±n)
2(m - n) 2(m + n)
sen(m - n)x sen(m + n)x
J cos mx cos nx dx = - - - - + - - - - + C
2(m - n) 2(m + n)
(m =f. ±n)
436 CÁLCULO

8.3 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Descreva a técnica usada para calcular / sen5 x dx. 4. Descreva uma maneira de calcular / sen6 x cos2 x dx.

2. Descreva uma maneira de calcular / sen6 x dx. 5. Qual dessas integrais é mais difícil de calcular?

3. Precisamosdefórmulasdereduçãoparacalcular / sen7 x cos2 x dx?


/ sen798 x cos x dx ou f sen4 x cos4 x dx

Por que sim ou não? Explique sua resposta.

Exercícios
Nos Exercícios 1-6, use o método para potências ímpares para cal-
cular a integral.
17. / tg 2 tdt 18. f cotg3 xdx

1. f 3
cos xdx. 2. f 5
sen xdx
19. f sec xdx
3 20. f 2
cossec x dx

3. f sen3 0cos2 0d0 4. f cosx sen x dx


5
Nos Exercícios 21-54, use as técnicas e as fórmulas de redução que
forem necessárias para calcular a integral.

5. f sen3 t cos 3 t dt 6. / sen2 x cos5 x dx 21. f cos5 x sen x dx 22. f cos3 2x sen 2x dx

7. Encontre a área da região destacada na Figura l . 23. f cos4(3x) dx 24. f 7


cos 3xdx

y 25. f cos 3 (n0)sen4(n0)d0 26. f cos498 y sen3 y dy

X
27. f sen4 (3x) dx 28. / sen2 x cos6 x dx

-1
3ir
2 29. f sec?tdt 30. f cossec3 x dx

FIGURA 1 O gráfico de y = cos3 x. 31. f tg x sec2 x dx 32. f tg 3 0sec3 0d0

8. Use a identidade sen2 x = 1- cos2 x para escrever / sen2 x 33. f tg 5 x sec4 x dx 34. / tg 2 x sec4 x dx
cos2 x dx como a soma de duas integrais e então calcule usando
a fórmula de redução. 35. f 4
tg x secx dx 36. f 6 4
tg x sec x dx
Nos Exercícios 9-12, calcule usando os métodos desenvolvidos nos
Exemplos 3 e 4. 37. f tg 4 xsec3 xdx 38. / tg 2 x cossec2 x dx

9. f 4
cos ydy 10. f cos2 0 sen2 0d0 39. / sen 2x cos 2x dx 40. f cos 4x cos 6x dx

11. / sen4 x cos2 x dx 12. / sen4 x cos6 x dx 41. / sen 2x cos 4x dx 42. f t cos3<t ) dt
2

Nos Exercícios 13-20, calcule a integral usando, se for preciso, as


fórmulas de redução à página 435.
43. f tg3(:n t) dt 44. f cos2 (sent)costdt

13. / tg 2 x sec2 x dx 14. f tg3 x sec 2 x dx 45. Ío2ir


0
sen2 x dx 46.
Íoir/2
0
cos3 x dx

15. f 4
tg 0sec2 0d0 16. / tg2 x secx dx 47.
Íoir/3
0
sen3 x dx 48.
Íoir/ 4
Q
3:!_
COSX
CAPITULO 8 Técnicas de Integração 437

1n/2 dx Íon/3 66. Mostre que, para n ::: 2,


49. 50. tgx dx
TC/4 senx 0
n/2 n_ Íon/2
Íon/4 Jn/4 sec4 x dx sen11 x dx = - -1 sen11 - 2 x dx
51. O tg
5
X dx 52. ÍoO n o
-n/4
67. Prove a fórmula de redução
53. fon sen 3x cos4x dx 54. lo 1r sen x sen 3x dx
f
55. Use as identidades para sen 2x ecos 2x listadas à página 431 para
f t l xdx
~k-l x
= ---
k-1
- tl- 2 xdx

verificar que a primeira das duas fórmulas seguintes é equivalen- Sugestão: use a identidade tg 2 x = (sec2 x - 1) para escrever
te à segunda.
= (sec2 x - l)tl-2 x.
f sen4 x dx =
1
(12x - 8sen2x + sen4x) + C
tl x

32
I 3 3
68. Calcule / = f sen2 x cos4 x dx usando (15). Mostre:

f sen4 x dx = - 4 sen3 x cosx - 8 senx cosx + 8x + C


(a) / = i sen3 x cos 3 x +~ f sen2 x cos2 x dx
56. Calcule f sen2 x cos3 x dx usando o método descrito no texto e
(b) f 2 2
sen x cos x dx = ~ sen3 x cos x + ~ f 2
sen x dx
verifique que sua resposta é equivalente à resposta seguinte for-
necida por um sistema algébrico computacional:

f sen2 x cos 3 x dx = 3~ (7 + 3 cos 2x) sen 3 x + C


69. Use asubstituiçãou = cossecx- cotgxparacalcular f cossecx dx
(ver Exemplo 5).

70. Energia total Uma lâmpada de 100 W tem uma resistên-


Nos Exercícios 57-60, calcule as integrais dadas usando a identida- cia R = 144 Q (ohms) quando ligada à corrente residencial,
de cotg2 x + 1 = cossec2 x e métodos análogos àqueles usados para em que a voltagem varia de acordo com V= Vo sen(21rft)
integrar tgm x sec 11 x. (Vo = I 10 V, f = 60 Hz). A potência fornecida à lâmpada é

57. f cotg3 x cossec x dx 58. f cotg4 x cossec 2 x dx


P = V2 / R Uoules por segundo) e a energia total ao longo de

um período [O, T] (em segundos) é U = for P(t) dt. Calcule U


59. f cotg2 x cossec2 x dx 60. f cotg2 x cossec 3 x d x se a lâmpada permanecer acesa por 5 horas.

71. Sejam m, n inteiros com m f. ±n. Use as fórmulas (25)-(27) da


61. Encontre o volume do sólido obtido pela rotação de y = sen x, tabela de integrais para provar que
acima de O ::: x :::: ir, em tomo do eixo x.

62. Use integração por partes para provar as fórmulas de redução das lo 1r sen mx sen nx dx = O, fon cos mx cos nx dx = O
Equações (3) e (4).
r21r
63. Aqui temos mais um método de redução para calcular a inte- lo senmxcosnxdx =O
gral J = f senm x cos11 x dx quando me n forem pares. Use as
Essas fórmulas, conhecidas como relações de ortogonalidade,
identidades desempenham um papel básico na teoria de séries de Fourier
(Figura 2).
I I
sen2 x = 2(1- cos2x), cos2 x = 2(1 + cos 2x)

f
y
para escrever J =~ (1 - cos 2x )m/2 (1 + cos 2xt 12 dx. Em
seguida, expanda o lado direito como uma soma de integrais en-
H-iA--A-f-+-f--'<1'--V--+-t- X
volvendo potências menores do seno e do cosseno na variável 2x.
Use esse método para calcular J = f 2
sen x cos x dx. 2
27r

64. Use o método do Exercício 63 para calcular f cos4 x d x. y = sen 2x sen 4x y = sen 3x cos 4x

65. Use o método do Exercício 63 para calcular f sen4 x cos2 x dx.


FIGURA 2 Pelas relações de ortogonalidade, a área com sinal ao longo
desses gráficos é nula.
438 CÁLCULO

Compreensão adicional e desafios


72. Use a identidade trigonométrica (d) Conclua que

I 2·2 4 ·4 2m · 2m l2m
senmxcosnx = (sen(m -n)x + sen(m + n)x) 7r
-·-·· ·
2 2 1· 3 3·5 (2m - 1)(2m + 1) hm+I
para provar a Equação (26) da tabela de integrais à página 435.
76. Essa é uma continuação do Exercício 75.
73. Calcule fon: sen2 mx dx param inteiro arbitrário. (a) Prove que l2m+ 1 :::: l 2m :::: hm- l· Sugestão: observe que

74. Use integração por partes para provar (com m f= 1) que sen2m+ 1 x :::: sen2m x :::: sen2m- I x para O :::: x :::: !

f sec111 x dx
tg x sec
= -----
m-1
x
111
m- 2
+- -
m-1
-
2
f sec111- 2
x dx
/2111-l
(b) Mostre que - -
l2m+l
l
= 1 + -.
2m

r 12 (e) Mostre que


75. Seja /111 = Jo senm x dx.
/2111 1
l < - -- < l + -
(a) Mostre que / 1 = 1, /2 = (½) G) e use a Equação (28) para pro- - l2m+l - 2m

= (m~
1
var que, param> 1, lm ) lm-2 • 12111
(d) Prove que hm - - = 1.
m--+oo hm+l
(b) Mostreque/3 = ie/4 = (¾H½Hn (e) Finalmente, deduza o produto infinito para! descoberto pelo
(e) Mais geralmente, mostre que matemático inglês John Wallis (1616-1703):
2m - 1 2m - 3 1 7r 7r 2244 2m-2m
I2m=----···-·- -= lim -·-·-· -· · · -- - - - -
2m 2m-2 22
2 m--+oo l 3 3 5 (2m - 1)(2m + 1)
2m 2m -2 2
l2m+l =- - - - · ·· -3
2m + 1 2m - 1

8.4 Substituição trigonométrica


Nosso próximo objetivo é integrar funções que envolvam uma dessas expressões com
raízes quadradas:

Jx2-a2

Em cada caso, uma substituição transforma a integral numa integral trigonométrica. Por exem-
plo, a substituição x = a sen 0 pode ser usada quando o integrando envolve Ja2 - x 2.

• EXEMPLO 1 Calcule f~ dx.

Solução
Quando efetuamos uma substituição Passo 1. Substituir para eliminar a raiz quadrada.
trigonométrica como x = sen 0 ou Nessa integral, - 1 :'.:: x :'.:: 1. Portanto, podemos usar a substituição x = sen 0,
x = tg 0, escolhemos o ângulo 0 no
domínio da função trigonométrica dx = cos 0 d0 em que-'Í :'.:: 0 :'.:: 1- Para tais 0, temos cos 0 ~ Oe obtemos
inversa relevante, ou seja, are sen x ou
are tgx. ~ = j 1- sen2 0 = cos 0 [IJ
dx

fJ 2
1 - x dx = f cos 0 ~ = f 2
cos 0d 0

Passo 2. Calcular a integral trigonométrica.


•" LEMBRETE Usamos a fórmula lembrada à margem:

/
cos2 0d0
1 1
= 20 + 4 sen20 + C
f ~dx = f 2
cos 0d0 = 10+ ~sen20 + C
CAPITULO 8 Técnicas de Integração 439

Passo 3. Converter de volta à variável original.


Precisamos dar nossa resposta em termos da variável original x. Usamos a identidade
trigonométrica sen 20 = 2 sen 0 cos 0 e a Equação ( 1) para escrever

sen 20 = 2 sen 0 cos 0 = 2x J l - x 2

Além disso, 0 = are sen x, portanto a Equação (2) é igual a


~ 1 - x 2 dx = 1 0 + 1 sen 20 + C = 1 are sen x + 1x ~
1- x2+ C

/ 2 4 2 2

J
Integrais envolvendo Ja2 - x2 Se aparecer a2 - x 2 num integrando, em que a > O,
Observe que se x = a sen 0 anda > O, podemos tentar a substituição
então

a2 - x 2 = a 2( ! - sen2 0) = a 2 cos2 0 x = a sen 0, dx = acos 0d0, Ja 2 - x2 = a cos 0


Para - ; :'.:: 0 :'.:: ;, temos cos 0 e".: Oe

Ja2 - x2 =acos0 • EXEMPLO 2 Integrando envolvendo (a2 - x 2) 312 Calcule f 2


x 2 312 dx.
(4-x )
Solução
O Exemplo 2 mostra que a substituição Passo 1. Substituir para eliminar a raiz quadrada.
trigonométrica pode ser usada com
integrandos envolvendo (a 2 - x2 )11 12,
Nesse caso, a= 2, pois ,J4 - x 2 = J2 2 - x 2. Portanto, usamos
onde n é um inteiro qualquer.
x = 2 sen 0, dx = 2 cos 0 d 0, J4 - x 2 = 2 cos 0

f - -x -
2
- - dx =
(4 - X 2) 312
f 3 3
2
2
4 sen 0 2 cos 0 d 0 =
COS 0
f COS
2
0
f
-sen2-0 d 0 = tg 2 0 d 0

• .. LEMBRETE Passo 2. Calcular a integral trigonométrica.

f tgm x dx t _
= _g m-1
_x_ - f tg 111 - 2 x dx
Usamos a fórmula de redução lembrada à margem com m = 2:

f f
m -l
2
tg 0d0=tg 0- d0=tg0-0+C

Passo 3. Converter de volta à variável original.


Devemos expressar tg 0 e 0 em termos de x. Por definição, x = 2 sen 0, portanto
X

X X
sen 0 =
2, 0 = are sen
2
Como poderíamos escrever tg 0 em termos de x? Construímos um triângulo retângulo
FIGURA 1 O triângulo retângulo com
sen 0 = x / 2. de ângulo 0 tal que sen 0 = x / 2, como na Figura 1. Pelo Teorema de Pitágoras, o lado
adjacente tem comprimento J4 - x 2 e, assim,

tg 0 = oposto = x
adjacente J4 - x2
2
x
f
X X
(4 - x2)3/2 dx = tg 0 - 0 +e= .J4=x2 - are sen 2 + e •

Quando o integrando envolve J a 2 + x 2, tentamos a substituição x = a tg 0. Então,


x2 + ª2 = ª2 tg2 0 + ª 2 = a2(l + tg2 0) = ª2 sec2 0

e, assim, Ja2 + x 2 = a sec 0.


440 CÁLCULO

J
Integrais envolvendo a2 + x 2 Se aparecer J a 2 + x 2 num integrando, em que a > O,
Na substituição x = a tg 0, escolhemos podemos tentar a substituição
-; < 0 < lPortanto, a sec 0 é a raiz
quadrada positiva de .ja2 + x2 . X= atg e, dx =asec2 ede, Ja 2 + x 2 = a sec e

• EXEMPLO 3 Calcule fJ 4x 2 + 20 dx.

Solução Para obter um integrando da forma J a 2 + x 2 , evidenciamos uma constante:

fJ 4x 2 + 20 dx = fJ 4(x 2 + 5) dx = 2 fJ x 2 + 5 dx

Em seguida, tomamos a = ,Js e usamos a substituição


x=Jstge, dx=Jssec 2 ede, Jx 2 +5=-Jssece
2 fJ x 2 + 5 dx =2 f(Js sec e) Js sec
2
f
e de= 10 sec3 e de

•·· LEMBRETE Agora usamos a fórmula de redução para secm x lembrada à margem, com m = 3:
tgx sec"'-2 x
f secm x dx = -"-----
m - 1

+ --f
m-2 sec"'-2 x dx
f J4x 2 + 20dx = 10 f sec 3 e de= 10 tg e~ec e + 10 (~) f sec edx

m-1
= 5 tg e sec e+ 5 ln 1sec e + tg e 1+ e rn
Resta expressar o resultado em termos de x. Como x = ,Js tg e, usamos o triângulo
retângulo da Figura 2 para obter
X

oposto
tg e= - - -
X sec e = hipotenusa = ./x2+"5
adjacente ,Js' adjacente ,Js
FIGURA 2
Assim, a Equação (3) dá

f/ v4x 2 +
X
20dx = 5 ,Js ,Js
./x2+"5
+ 51n
./x2+"5
,Js +
X
,Js + C

Jx 2 +5 +x
= xJ x 2 + 5 + 5 ln ,Js +C

O termo logarítmico pode ser reescrito como

2
5 ln +5+X
Jx ,.js +C = 5 ln 1Jx 2 + 5 + X 1 + 5 )n 11
,.js 1
+C
---...-
Constante

Como C é uma constante arbitrária, podemos absorver 5 ln 1 ~ 1para dentro de C e escrever

f J4x 2 +20dx = xJx 2 + 5 +5ln JJx 2 + 5 +xJ + C



CAPITULO 8 Técnicas de Integração 441

Nossa última substituição trigonométrica é x = a sec 0, que transforma J x 2 - a2


em a tg 0, pois

x 2 - a 2 = a2 sec 2 0 - a 2 = a 2 (sec2 0 - 1) = a 2 tg2 0

Na substituição x = a sec 0, Integrais envolvendo ,./x 2 - a 2 Se aparecer J x 2 - a 2 num integrando, em que a > O,
escolhemos O ~ 0 < ; se x ~ a e podemos tentar a substituição
1r ~ 0 < ~sex ~ -a.Com essas

escolhas, a tg 0 é a raiz quadrada x = asec 0, dx = a sec 0 tg 0 d 0 , Jx 2 - a2 = a tg 0


positiva de Jx2 - a2.

dx
• EXEMPLO 4 Calcule
f C"lr..
x2 v x 2 - 9
Solução Nesse caso, fazemos a substituição

x = 3sec0, dx = 3 sec 0 tg 0 d 0, Jx 2 - 9 = 3tg 0

Então

f dx
---=== =
x2Jx2 - 9
f 3 sec 0 tg 0 d 0
------,,------
2
(9 sec 0)(3 tg 0)
1/
= -
9
1
cos 0 d 0 = - sen 0 +
9
e

Como x = 3 sec 0, construímos um triângulo como na Figura 3, com o que temos


hipotenusa
sec0 =- - - - = -x
adjacente 3
3
O triângulo mostra que
FIGURA 3

sen 0 = oposto
hipotenusa X

Portanto,

dx 1 Jx 2 -9
f - - - - = -sen0+C = - - - + C
x2Jx2-9 9 9x •
Até aqui usamos a substituição trigonométrica para atacar integrandos envolvendo
as raízes quadradas J x 2 ± a 2 ou J a 2 - x 2. Raízes quadradas mais gerais, da forma
J ax 2 + bx + e, são resolvidas completando o quadrado (Seção 1.2).

• EXEMPLO 5 Completando oquadrado Calcule f dx


(x 2 -6x+ll) 2
.

Solução
Passo 1. Completar o quadrado.

x 2 - 6x + 11 = (x 2 - 6x + 9) + 2 = (x - 3) 2 + 2

Passo 2. Substituição.
Seja u = x - 3. Então x 2 - 6x + 11 = u2 + 2 e

f (x 2 - 6x
dx
+ 11)2 -
f du
(u 2 + 2)2
442 CÁLCULO

Passo 3. Substituição trigonométrica.


Calculamos a integral em u usando substituição trigonométrica:

u = htg0, Ju2+2 =.J2 sec0, du = .J2sec2 0d0


f
• .. LEMBRETE
0 sen 0 cos 0
2
du ./2sec 0d0 = -1- / cos2 0 d 0
f cos2 0 d 0 =-+---+e
2 2 f (u 2 + 2) 2
=
---,,-----e- -----,--
4 sec4 0 2./2
_ _l_ (~ sen 0cos 0)
- 2./2 2 + 2 + e

Para escrever esse resultado em termos de u, observe que 0 = are tg ~- Do triângu-


u lo retângulo na Figura 4, obtemos

sen 0 cos 0 = ( oposto ) ( adjacente ) = u . ./2 = ./2u


fi hipotenusa hipotenusa ,Ju2 + 2 ,Ju2 + 2 u2 + 2
FIGURA 4
Assim, a Equação (5) é igual a

f-(u-/-:-2-)2 = -4~-2 (""' tg -~ + -uf-:-"2 ) + C


1 u u
= --
r,:; are tg -r,:;- + -4(---,-
2 _+_2_) + C
4v2 v2 u

Passo 4. Converter à variável original.


Como u = x - 3 e u 2 + 2 = x 2 - 6x + 11, a Equação (6) é igual a

du 1 x -3 x- 3
f -(u_
2 _+_2_
)2 = -4./2
-2 are tg _./2_2_ + -4(_x_
2 ___6_x_+_ll_) + C

Usando a Equação (4), obtemos nossa resposta final:

dx 1 x- 3 x- 3
f -(x_
2___
6_x_+_1_1_)
2 = -4./2-2 are tg _./2_2_ + -4(-x2---6x_+_ll_) + C •

8.4 RESUMO
• Substituição trigonométrica:

Forma da raiz quadrada


no integrando Substituição trigonométrica
,Ja2 -x2 x = a sen 0, dx=acos0d0, ,Ja2 - x2 = a cos 0
,Ja2 +x2 X= atg0, dx = a sec2 0d0, ,Ja2 + x 2 = a sec 0
,Jx2 -a2 x = a sec 0, dx = a sec 0 tg 0 d 0, Jx 2 - a 2 = a tg 0

Passo 1. Substituir para eliminar a raiz quadrada.


Passo 2. Calcular a integral trigonométrica.
Passo 3. Converter de volta à variável original.
• As três substituições trigonométricas correspondem a três triângulos retângulos (Figura 5)
que usamos para expressar as funções trigonométricas de 0 em termos de x.
CAPITULO 8 Técnicas de Integração 443

X X

a a

x=a sen 0 x =atg0 x =a sec 0

FIGURA 5

• Integrandos envolvendo ,Jx 2 + bx + e são tratados completando o quadrado (Exem-


plo 5).

8.4 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Explique por que a substituição trigonométrica não é necessária
para calcular f xJ9 - x2 dx.

2. Decida qual substituição trigonométrica é apropriada para resol-


ver a integral dada:

(a) j J9 - x2 dx (b) f x 2(x 2 - 16) 312 dx


X

(e) f x 2(x 2 + 16) 312 dx (d) f (x 2 - 5)- 2 dx


(A)

FIGURA 6
(B)

3. Qual dos triângulos na Figura 6 deveria ser usado junto com a


substituição x = 3 sen 0? e
5. Expresse sec em termos de x para o ângulo na Figura 6(A).

4. Expresse tg eem termos de x para o ângulo na Figura 6(A). 6. Expresse sen 20 em termos de x, onde x = sen e.

Exercícios
Nos Exercícios 1-4, calcule a integral seguindo os passos. (b) Mostrar que se x = 3 tg 0 então sec 0 = ½Jx2 + 9.
1. / = f dx
J9 - x 2
(e) Expresse / em termos de x.

dx
(a) Mostre que a substituição x = 3 sen e transforma / em f d0 e
4. I f
= (x2 + 4)2
calcule / em termos de e. (a) Mostre que a substituição x = 2 tg 0 transforma a integral / em
(b) Calcule / em termos de x.
~f 2
cos 0 d 0.
2. I = f dx
x 2Jx 2 - 2 (b) Use a fórmula f cos2 0 d0 = ~ 0 + ~ sen 0 cos 0 para calcular
(a) Mostre que a substituição x = -./2 sec e transforma a integral / / em termos de e.
em ~ f cos 0d0 e calcule/ em termos de 0. (e) Mostre que sen 0 = ~
X

v x2 + 4
ecos 0 = ~
vx 2 +4
2
-
(b) Use um triângulo retângulo para mostrar que, com a substituição
(d) Expresse/ em termos de x.
de (a), sen e= Jx 2 - 2/x.
(e) Calcule / em termos de x. Nos Exercícios 5-10, use a substituição indicada para calcular a
integral.
dx
3. / = f Jx2 +9
e
(a) Mostre que a substituição x = 3 tg transforma/ em f sec ed0
5. f J4-x 2 dx , x =2sen0

e calcule/ em termos de e(usando, se necessário, a tabela de in- 1/ 2 x2


6. r;---;, dx , = sen 0
tegrais da Seção 8.3). laO v 1 -x 2
X
444 CÁLCULO

1
·
f dx
xJx 2 -9 '
x = 3 sec 0
33. Seja/= f dx .
Jx 2 - 4x +8
8. rI dx , X = 2 tg 0 (a) Complete o quadrado para mostrar que x 2 - 4x + 8 =
l1 ;2x 2Jx 2 + 4 (x - 2)2 + 4.

9. f dx x = 2 sec 0
. .
(b) Use a subst1tmção u = x - 2 para mostrar que/ = f ~ du
v u2 + 22
-
(x2 _ 4)3/2' Calcule/.

10
. lo
rl (16+x2)2'
dx X = 4 tg 0 34. Calcule fJ dx
l 2x - x 2
. Primeiro complete o quadrado para es-

crever 12x - x 2 = 36 - (x - 6)2.


11. Será a substituição u = x 2 - 4 eficaz para calcular a integral
x 2 dx Nos Exercícios 35-40, calcule a integral completando o quadrado e
f ~?Senão for, calcule usando substituição trigono-
usando substituição trigonométrica.
métrica.

f 3
35
·
f dx
Jx 2 +4x + 13
36. f dx
J2 + x - x 2
12. Calcule ambas
f ~
x dx
...;x 2 -4
e
x dx
~
...;x 2 -4
de duas maneiras:

37. f dx 38. f J x 2 - 4x + 7 dx
usando substituição trigonométrica e usando a substituição direta
Jx +x 2
u = x 2 -4.

Nos Exercícios 13-30, calcule a integral usando substituição trigono- 39. f J x 2 - 4x + 3 dx 40. f dx
(x 2 + 6x + 6)2
métrica. Se necessário, use a tabela de integrais trigonométricas.

13. f 2
x dx 14. f dx
41. Calcule f are sec x dx. Sugestão: comece com integração por
J9 - x 2 Jx 2 - 9 partes.

15. f J 12 + 4x 2 dx 16
·
f dx
x 2 Jx 2 -25
42. Calcule
f
are sen x
x
2
dx. Sugestão: comece com integração por
partes.

17.
f dt
(4 - t2)3/2 18.
f dt
J 2
t - 5
Nos Exercícios 43-52, indique um bom método para calcular a integral
(mas não a calcule). As escolhas possíveis são reconhecer uma fórmu-
19
.
f dy
y2J5 _ y2
20. f dt
tJt 2 -4
la básica de integração, manipulação algébrica, substituição (especifi-
cando u e du), integração por partes (especificando u e v'), um método
trigonométrico ou substituição trigonométrica (especifique). Se as téc-
21 f dz 22. f dx nicas até aqui desenvolvidas não forem suficientes, diga-o.
. z3Jz2 _ 4

f &+! 2
x dx f
J25 + x 2
2
x dx
43. f dx
J 12- 6x -x 2
44. f 3 3
sen x cos x dx
23.

f dx
24.

f
(x2 - 4)3/2

dx
45. f 2
xsec x dx 46. f J 4x2 - 1dx

25. (x2 + 9)2 26. (9x2 + 4)2


47. f -e2x
- - dx 8
4. f dx
f dx f dx
e4X +) J9 - x 2
27. (x2 - 4)2 28. (x2 + ))3
49. f cotgx cossecx dx 50. f in xdx

29. f x 3J9 - x2 dx 30

f x2dx
(x2 + 1)3/2 f dx f dx
52
51. (x + 2)3 · (x + l )(x + 2) 3
31. Prove a fórmula seguinte para a> O:
53. Qual das integrais seguintes pode ser calculada usando a substi-
dx J tuição u = 1 - x 2 e quais exigem substituição trigonométrica?
f
X
- 2- = r,; are tg r,; + C
X +a ..;a ..;a Em cada caso, determine a integral obtida com a substituição.

32. Prove a fórmula seguinte para a > O: (a) f x\h~dx (b) f 2


x ~dx

f __ f pdx
x4
d_x _ = _!_(- X- + _ I_ are tg _x_ ) +
(x2+a)2 2a x2+a Ja Ja
e (e)
f r;---;,dx
v l -x 2
(d)
l - x2
CAPITULO 8 Técnicas de Integração 445

54. Encontre a altura média de um ponto no semicírculo y = ~ ,


ao longo de -1 ~ x ~ l.

55. Encontre o volume do sólido obtido pela rotação do gráfico de onde k = 8,99 x 109 N. m2/ C2 (constante de Coulomb), Â. é a
y = x ~ , acima de [O, 1), em tomo do eixo y. densidade de carga (coulombs por metro) e x 1, x2 estão mostra-
dos na figura. Suponha que Â. = 6 x 10-4 C/ m e D= 3. Encon-
56. Encontre o volume do sólido obtido pela rotação da região en- tre E1_ se (a) x1 = 0ex2 = 30me(b) x1 = -15ex2 = 15m.
tre o gráfico de y2 - x2 = I e a reta y = 2, em torno da reta
y =2. 59. C,9 5 Três amigos fizeram um pedido de uma pizza de 18 po-
legadas e querem dividi-la em três partes iguais usando fatias
57. Encontre o volume do sólido obtido pela rotação da região no verticais como na Figura 8. Use a Equação (7) no Exercício 63
Exercício 56, mas em tomo de y = 3. a seguir e um sistema algébrico computacional para encontrar o
valor de x que divide a pizza em três partes de mesma área.
58. Uma carga elétrica num arame cria um campo elétrico num pon-
to P localizado a uma distância D do arame (Figura 7). O compo-
y
nente E1. do campo perpendicular ao arame (em volts) é

op

FIGURA 7 FIGURA 8 Dividindo uma pizza em três partes iguais.

Compreensão adicional e desafios


60. Seja ln = f dx . Prove
(x 2 + 1)11
(b) Calcule a integral hiperbólica usando a identidade

I
senh2 t = (cosh2t - l)
2
(c) Expresse o resultado em termos de x. Observe que
Sugestão: calcule 111 usando integração por partes com v' = I.
Use essa relação recursiva para calcular h eh- senh 2t = 2 senh t cosh t.

61. Substituição hiperbólica As funções hiperbólicas podem ser


63. No Exemplo 1, provamos a fórmula
usadas no lugar da substituição trigonométrica para tratar de in-

tegrais envolvendo Jx 2 ± a 2 . Seja/ = f ~- x2 - I


f ~ d x = ~arcsenx+~x~+c
2 2
[I]

Obtenha essa fórmula usando Geometria em vez de Cálculo,


(a) Mostre que a substituição x = cosh t transforma / na integral

f dt = t + e.
interpretando a integral como a área de uma parte do círculo
unitário.
(b) Mostre que/= are cosh x + C.
(c) A substituição trigonométrica com x = sec 0 leva a
64. Calcule f x/~ 1
de duas maneiras e verifique que as respostas
batem: primeiro via substituição trigonométrica e depois usando
a identidade

Mostre que ambas respostas coincidem.

62. Seja/= f Jx 2 - 9dx.

(a) Mostre que a substituição x = 3 cosh t transforma / na integral

9 f 2
senh t dt.
446 CÁLCULO

8.5 Método das frações parciais


.... LEMBRETE Uma "função racional" Nesta seção, introduzimos o método das frações parciais, usado para integrar funções
1é um quociente de polinômios.
· · -
rac10nais p (x)
-, em que P(x ) e Q(x ) sao ~ . Corno veremos, a mtegra
- po1·momios. . l de uma
Q(x)
função racional pode ser expressa como uma soma de três tipos de termos: funções racio-
nais, arco tangentes de funções lineares ou quadráticas e logaritmos de polinômios. Eis
um exemplo típico:

(2x 3 + x 2 - 2x + 2) dx x +4 3
f
2
= 2x 2 + 2 + -2 are tg x + ln(x + 1) + C
(x 2 + 1) 2

t um fato da Algebra que cada O método das frações parciais fornece antiderivadas explícitas desse tipo sempre que con-
polinômio Q(x) com coeficientes reais seguirmos fatorar o denominador Q(x) num produto de fatores lineares ou quadráticos.
pode ser escrito como um produto
de fatores lineares ou quadráticos Uma função racional P(x) é denominada própria se o grau de P(x) [denotado grau(P)]
de coeficientes reais. Contudo, nem Q(x)
sempre é possível encontrar esses
for menor do que o grau de Q(x). Por exemplo,
fatores explicitamente.

x 2 - 3x + 7 2x 2 +7 x-2
x4 - 16 ' X -5 ' x-5
--..-,
Própria Não é própria

P(x)
· · · lmente, que -
S uponha, m1cia · propna
- seJa , · e que o denomina
· d or f( x ) e1atore como
Q(x)
um produto de fatores lineares distintos. Em outra palavras,

P(x) P(x)
Q(x) (x - a, )(x - a2) · · · (x - an)

onde as raízes a, , a2, . .. , a11 são todas distintas e grau(P) < n. Então existe uma decom-
Cada fator linear (x - a) distinto no
denominador contribui com um termo
posição em frações parciais:
da forma
P(x) Ai A2 An
A
Q(x)
---+---+···+---
(x-a,) (x-a2) (x-an)
x -a
para a decomposição em frações para constantes convenientes A, , ... , An. Por exemplo,
parciais.

- 5x 2 -x+ 28 2 2 5
--------=--------
(x + l)(x - 2)(x - 3) x+l x-2 x-3

Uma vez encontrada a decomposição em frações parciais, podemos integrar os termos


individualmente.

• EXEMPLO 1 Encontrando as constantes Ai,A2 , • •• ,A11 Calcule/ dx .


X
2- 7x + 10

Solução O denominador fatora em x 2 - 7x + 10 = (x - 2)(x - 5), portanto podemos


procurar uma decomposição em frações parciais:

1 A B
- - - - - = - - + --
(x - 2)(x - 5) x - 2 x - 5
CAPITULO 8 Técnicas de Integração 447

Para encontrar as constantes A e B, multiplicamos tudo por (x - 2) (x - 5), para limpar os


denominadores:

1 = (x - 2)(x - 5) ( ~
x-2
+ _!!__)
x-5

1 = A(x - 5) + B(x - 2) [IJ


Essa equação é válida para todo valor de x (inclusive x = 2 ex= 5, por continuidade).
Determinamos A tomando x = 2 (que faz desaparecer a segunda parcela):

1 = A(2 - 5) + B(2 -
'-...-'
2) = -3A
Isso é zero

Analogamente, para calcular B, tomamos x = 5 na Equação (1):


=?
a
1= A(5 -5)+ B(5 -2) = 3B => 1B =~ 1
A decomposição em frações parciais resultante é

_ _1_ _ = _-_1/_3 + _1_/3_


(x-2)(x-5) x-2 x-5

Agora podemos efetuar a integração:

f dx
(x - 2)(x - 5) = -3
1/

1
dx
x- 2 +3
1/

1
dx
x - 5

= -- ln lx - 21 + - ln lx - 51 + C
3 3 •
x 2 +2
• EXEMPLO 2 Calcule
f - - - - - - - dx.
(x - 1)(2x - 8)(x + 2)
Solução
Passo 1. Encontrar a decomposição em frações parciais.
A decomposição em frações parciais tem o formato
Na Equação (2), o fator linear 2x - 8
não está no formato (x - a) usado 2
+2
anteriormente, mas a decomposição - - -x - - - - = -A- + -B- + -C-
em frações parciais pode ser executada (x - 1) (2x - 8) (x + 2) x- 1 2x - 8 x +2
da mesma maneira.
Como antes, multiplicamos por (x - 1) (2x - 8) (x + 2) para limpar os denominadores:
x
2
+ 2 = A(2x - 8)(x + 2) + B(x - l)(x + 2) + C(x - I)(2x - 8) W
Como A está vinculada ao fator (x - 1), colocamos x = 1 na Equação (3) para
calcular A:
Zero
1 2
+ 2 = A(2 - 8)(1 + 2) + B(l - 1)(1 + 2) + C(l - 1)(2 - 8)

3=-18A => IA=-~ I


448 CÁLCULO

Analogamente, 4 é a raiz de 2x - 8, portanto calculamos B tomando x = 4 na


Equação (3):

42 + 2 = A(8 - 8)(4 + 2) + B(4 - 1)(4 + 2) + C(4 - 1)(8 - 8)

18 = 18B =} 1B =1 1
Finalmente, C é determinada tomando x = -2 na Equação (3):

(-2)2 + 2 = A(-4- 8)(-2 + 2) + B(-2-1)(-2 + 2) + C(-2- 1)(-4-8)

6=36C => lc=~ I


O resultado é

2
- - -x - +2
- - - = ---
(x - 1)(2x - 8)(x + 2)
1/6 1
+ -- + --
1/6
x - 1 2x - 8 x + 2

Passo 2. Efetuar a integração.

f
2
x +2
(x - 1)(2x - 8)(x + 2) dx = -6
1/ dx
x - 1+
f dx 1/ dx
2x - 8 + 6 x + 2
1 1 1
= - 6 In lx - 11 +
2 In l2x - 81 +
6In lx + 21+ C

p (x) nao
Se Q(x) - 1or
" propna,
, · ou seJa,
· se grau (P) ~ grau (Q) , d'1v1'd'imos os po1·mom1os e
A •

escrevemos
P(x) R(x)
Q(x) = g(x) + Q(x)
, 1· R(x) , , . E - d . P(x) d d
onde g(x ) e um po moffilo e Q(x) e propna. ntao, po emos mtegrar Q(x) usan o a e-
A •

. - f - .. d R(x)
compos1çao em raçoes parc1a1s e Q(x)'

x3 + 1
• EXEMPLO 3 Divisão polinomial requerida Calcule
f - 2- - dx.
X -4

Divisão de polinômios: Solução Dividindo os polinômios, podemos escrever


x3 + 1 2
-4
1x
x3 + 1 4x + 1 4x + 1
x 3 - 4x x - - = x +2- - = x + - - - - -
x2 -4 x -4 (x-2)(x+2)
4x + 1
. x3 + 1 . A segunda parcela tem uma decomposição em frações parciais:
O quociente x2 _ é igual a x com
4
4x + 1
resto4x+ 1.
-- - - - = -A- + -B-
(x - 2)(x + 2) x-2 x+2

Para encontrar A e B, limpamos os denominadores:

4x + 1 = A(x + 2) + B(x - 2)
CAPITULO 8 Técnicas de Integração 449

Tomando x = 2, obtemos A = 9/4 e tomando x = -2, obtemos B = 7/4. Portanto,


x 3 +1 9/4 7/ 4
--=x+--+--
x2 -4 X -2 X+ 2

f (x3
x2
+ l) dx =
- 4
f x dx +~
4
f -3:!_ + ~ f -3:!_
X - 2 4 X +2
1 9 7
= 2x 2 + 4ln lx- 21 + 4ln lx + 21 + C •
- raciona
Agora tratamos o caso em que a funçao . 1- - tenha um denomma
P(x) . dor com
Q(x)
fatores lineares repetidos:
P(x) P(x)
=------------
Q(x) (x - a1)M1 (x - a2)M2 · · · (x - an)M11
Cada fator (x - a; )M; contribui com a soma de termos seguinte para a decomposição em
frações parciais:

3 9
• EXEMPLO 4 Fatores I'meares repet'd
I os Ca1cu1e / (x _ l) - + )2 d x.
x (x
2
Solução Devemos tentar encontrar uma decomposição em frações parciais da forma
3x -9 A B1 B2
(x - l)(x + 2) 2 = x - 1 + x +2 + (x + 2) 2

Limpando os denominadores, obtemos

3x - 9 = A(x + 2)2 + B1 (x - l)(x + 2) + B2(x - 1)

Calculamos A e B2 substituindo na Equação (4), como antes:

• Tomando,~ l: isso dá-6 ~ 9A, ou I A~-~ 1

• Tomando x = -2: isso dá-15 = -3B2, ou I B2 =s 1


Com essas constantes, a Equação (4) é igual a
2
3x - 9 = - 2
3(x + 2) + B1 (x - l)(x + 2) + 5(x - 1)

Não podemos determinar B1 da mesma maneira que A e B2. Temos dois procedimentos
possíveis.
• Primeiro método (substituição): Se substituirmos x = 1 ou x = - 2 na Equação
(5), então o termo com B1 desaparece. Porém, a Equação (5) é válida para todos
valores de x, de modo que tomamos um valor de x diferente de x = l ou - 2, por
exemplo, x = 2. Então a Equação (5) fornece
2
3(2) - 9 = - (2 + 2) 2 + B1 (2 - 1)(2 + 2) + 5(2 - 1)
3
32
-3 =- +4B1 +5
3
B1 = !4 (-s + 323 ) = ~3
450 CÁLCULO

• Segundo método (coeficientes indeterminados): Expandimos os termos na


Equação (5):

3x - 9 = - 32 (x 2 + 4x + 4) + B1 (x 2 + x - 2) + 5(x - 1)

3x-9= (s1-1)x + (s1 2 2


+})x-(2B 1 + :)

Os coeficientes das potências de x de cada lado da equação devem ser iguais. Como
x 2 não ocorre do lado esquerdo, resulta O= B1 - j, ou B1 = l
De qualquer maneira, mostramos que

__3_x_-_9_~ = __2_/3_ + _2_/3_ + 5


(x - l)(x + 2) 2 x- 1 x + 2 (x + 2) 2

_ _3_x_-_9_ _ dx
f (x-l)(x+2) 2
= -~ f-d_x_ + ~ f-d_x_ + 5
3 x-1 3 x+2
f dx
(x+2) 2
2 2 5
= - 3 ln lx - ll+
3tn lx + 21 - -x+- + C
2 •
Fatores quadráticos
Dizemos que um polinômio quadrático é irredutível se não puder ser escrito como
um produto de dois fatores lineares (sem usar números complexos). Uma potência
(ax 2 + bx + c)M de um fator quadrático irredutível contribui com uma soma do tipo
seguinte para a decomposição em frações parciais:

A1x+B1 A2x+B2 AMx+BM


-,----- + ---,----~ + . . . + ---,------
ax2 + bx + e (ax 2 + bx + c) 2 (ax 2 + bx + c)M

Por exemplo,

4-x 1 x +4 2x+9
- -2- - - - 2=
x(x + 4x + 2) X x 2 +4x +2 (x 2 + 4x + 2) 2
É possível que seja necessário utilizar substituição trigonométrica para integrar esses ter-
mos. Em particular, o resultado seguinte pode ser útil (Exercício 31 da Seção 8.4):

f dx
x 2 +a
1
= Jãarctg ( X )
Jã +e (paraa > O)

._ .. LEMBRETE Se b > O, então x 2 + b • EXEMPLO 5 Fatores quadráticos irredutíveis ou redutíveis Calcule


é irredutível, mas x2 - b é redutível,
já que 18 18
(a) / (x + 3)(x2 + 9) dx (b) / dx
x2 - b = (x + .Jh)(x - .Jh) (x + 3)(x 2 - 9)

Solução
(a) O fator quadrático x 2 + 9 é irredutível, portanto a decomposição em frações parciais
tem o formato

18 A Bx +C
- ---- =-
(x + 3)(x 2 + 9)
- + -x 2-+ -
x + 3 9
CAPITULO 8 Técnicas de Integração 451

Limpando os denominadores, obtemos

18 = A(x 2 + 9) + (Bx + C)(x + 3)

Para encontrar A, tomamos x = -3:

18 = A((-3) 2 +9) +0 =} A= 1

Depois substituímos A = 1 em (7) para obter

18 = (x 2 + 9) + (Bx + C)(x + 3) = (B + l)x 2 + (C + 3B)x + (9 + 3C)

Igualando os coeficientes, obtemos B + 1 = O, ou B = -1 e 9 + 3C = 18, ou C = 3. Assim,

f 18dx
(x + 3)(x 2 + 9) =
f dx
x + 3 -
f (x -3)dx
x2 + 9

= f dx
x + 3 -
f x dx
x2 + 9 +
f 3 dx
x2 + 9
1 2 X
= ln lx + 31 -
2 ln(x + 9) + are tg
3+ C
Aqui usamos

f _x_ dx =
x2 + 9
!
2
f du =
u
! ln(x 2 + 9) + C
2
(u = x 2 + 9, du = 2x dx)

dx 1
f
X
x2 + 9 = 3are tg 3+ C [pela Equação (6)]

(b) O polinômio x 2 - 9 não é irredutível pois x 2 - 9 = (x - 3)(x + 3). Portanto, a de-


composição em frações parciais tem o formato

18 18 A B C
----- = ----- = -- +-- +-- -2
2
(x + 3)(x - 9) (x + 3)2(x - 3) x- 3 x + 3 (x + 3)

Limpando os denominadores:

18 = A(x + 3) 2 + B(x + 3)(x - 3) + C(x - 3)

Tomando x = 3, obtemos 18 = (62) A, ou A = ½, e tomando x = - 3, obtemos 18 = -6C,


ou C = -3. Portanto,

1 2 + B(x + 3)(x - 3) - 3(x - 3)


18 =
2(x + 3)
Para encontrar B, tomamos qualquer valor de x diferente de ±3, tal como x = 2. Então
18 = ½(25) - 5B + 3, ou B =-½, e resulta

/
18 1/
(x + 3)(x 2 - 9) dx = 2
dx 1/ dx
x- 3- 2 x+ 3-
3 f dx
(x + 3)2
1 1
=
2 ln lx - 31 - 2ln lx + 31 + 3(x + 3)- 1 + C •

4
• EXEMPLO 6 Fator quadrático repetido Calcule/ - x dx.
x(x 2 + 2) 2
Solução A decomposição em frações parciais tem o formato

4- x A Bx + C Dx + E
- - - = - + -2- - + -2- -
x(x2 +2) 2 x x +2 (x +2)2
452 CÁLCULO

Limpamos os denominadores multiplicando tudo por x(x2 + 2)2:

4 - x = A(x 2 + 2) 2 + (Bx + C)(x(x 2 + 2)) + (Dx + E)x [[]

Calculamos A diretamente, tomando x = O. Então a Equação (8) reduz a 4 = 4A, ou


A = l. Encontramos os demais coeficientes pelo método dos coeficientes indetermina-
dos. Tomando A = l na Equação (8) e expandindo,

4 - x = (x 4 + 4x 2 + 4) + (Bx 4 + 2Bx 2 + Cx 3 + 2C) + (Dx 2 + Ex)

= (1 + B)x 4 + Cx 3 + (4 + 2B + D)x 2 +Ex+ 2C + 4

Agora equacionamos os coeficientes do dois lados da equação:

1 +B =0 (Coeficiente de x 4 )

C=O (Coeficiente de x 3 )

4+2B+ D =0 (Coeficiente de x 2 )
E= -l (Coeficiente de x)
2C +4 = 4 (Termo constante)

Pela primeira equação, B = - l. Tomando B = - l na terceira equação, dá D = - 2.


Assim,

/
(4- x) dx
x(x 2 +2) 2
= f -!
dx
x
x dx
x 2 +2
-! (2x + 1) dx
(x 2 +2) 2

= ln lx 1 -
1
- ln(x 2 + 2) -
/ (2x + 1)dx
2 (x 2 + 2) 2

A integral do meio foi calculada usando a substituição u = x 2 + 2, du = 2x dx. A tercei-


ra integral se reparte em duas numa soma:

Usar a substituição u = x 2 + 2
,_,___
f (2x + l)dx
(x2 + 2)2
=
f 2xdx
(x2 + 2)2 +
f dx
(x2 + 2)2

2 -1 / dx
= -(x + 2) + (x2 + 2)2

Para calcular a integral da Equação (9), usamos a substituição trigonométrica

X= .J2tg0, dx = .J2sec2 0d0, x 2 + 2 = 2 tg 2 0 + 2 = 2 sec 2 (}

A partir da Figura 1, obtemos


X

f dx
(x 2 + 2) 2 -
f 2
,,/5.sec 0d0 =/
(2 tg 2 (} + 2) 2
,,/5. sec
2
0 d0
4 sec4 0

= ,,/2/ cos2 0 d 0 = ,,/2(1 0 + 1 sen 0 cos 0 ) + C


FIGURA 1 4 4 2 2
,,/5_ X ,,/5_ X ,,/5_
= -arctg - + -------+e
8 ,,/2 8 .Jx2 +2.Jx 2 +2
1 X I X
= - a r c t g - + - -2 - + C
4,,/5. ,,/5. 4 x + 2
CAPITULO 8 Técnicas de Integração 453

Finalmente, juntando todos os termos, obtemos

4-x 1 1 1 1 X
f
2 X
- -2 - d2 x =lnlxl- -ln(x +2)+--
2 - -arctg- - - -2- + C
x(x +2) 2 x +2 4J2 J2 4x +2
1 1 - lx 1 X
= ln lx 1 - - ln(x 2 + 2) + -2 -4- - - are tg - +C •
2 x +2 4v'2 J2

Usando um sistema algébrico computacional


Muitas vezes precisamos fazer contas muito trabalhosas para encontrar a decomposição
em frações parciais. Felizmente, a maioria dos sistemas algébricos computacionais tem
um comando (com nomes tais como "Apart" ou "parfrac") que fornece decomposições
em frações parciais. Por exemplo, o comando

O polinômio x5 + 2x + 2 não pode ser fornece a seguinte decomposição em frações parciais:


fatorado explicitamente, e por isso o
comando x2- 2 1 3(x - 2) 2- x 2- x
Ap a rt[l / (x "5 + 2x + 2)] (x + 2)(x 2 + 4) 3 = 256(2 + x ) + 4(4 + x ) 3 + 32(4 + x )2 + 256(4 + x 2)
2 2

dá a seguinte resposta sem sentido:


Contudo, um sistema algébrico computacional não consegue fornecer uma decomposição
em frações parciais em que Q(x) não possa ser fatorado explicitamente.
x 5 + 2x +2

8.5 RESUMO

A integral de uma função racional/ P(x) dx é calculada usando o método das frações par-
Q(x )
ciais. Suponha que P (x) / Q (x) seja própria [isto é, grau(P) < grau (Q)] e que Q(x) possa ser
fatorado explicitamente como um produto de termos lineares e quadráticos irredutíveis.

• Se Q(x) = (x - a,)(x - a2) · · · (x - an) com raízes ªJ distintas, então

P(x) Ai A2 An
- - - - - - - - - = - - + - - + . .. + - -
(x -ai)(x -a2) · · · (x -a,i) x-a, x -a2 x -an

Para calcular as constantes, multiplicamos cruzado para limpar os denominadores e subs-


tituímos os valores x =a,, a2 , ... , an, um de cada vez.
• Se Q(x) for igual ao produto de potências de fatores lineares (x - a)M e fatores quadrá-
ticos irredutíveis (x 2 + b)N, com b > O, então a decomposição em frações parciais de
P(x ) , d d . .
Q(x) e a soma e termos o tipo seguinte:

Ai A2 AM
(x - a)M contribui com - - + - - --,-2 + ··· + - -~
x - a (x-a) (x - a)M
A1x+B1 A2x+B2 ANx+BN
2
(x + bl contribui com - - - + - 2- - +
x 2 +b (x + b) 2
···+ - 2- - -
(x +b) N

Pode ser preciso usar substituição ou substituição trigonométrica para integrar os termos
correspondentes a (x 2 + b)N (Exemplo 6).
• Se P (x) / Q (x ) for imprópria, usamos divisão polinomial (Exemplo 3).
454 CÁLCULO

8.5 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Suponha que/ f(x) dx = ln x + Jx+"T + C. Será quef (x) (e) x 2 + 4x + 6 (d) x 2 + 4x +2
pode ser uma função racional? Explique. 4. Seja P (x)/ Q(x) uma função racional própria, onde Q(x) é fa-
torável como um produto de fatores lineares distintos (x - ai ).
2. Qual das seguintes é uma função racional própria?
Então
X 4
3 (b) 9 -x P(x)dx
f
(a) X -

Q(x)
x 2 + 12 4x 3 - 7x
(e) -(x- +-2)-(x_+_I)-(x- -3)
- (d) -(x---3-) (-2x- +-5)-(9---x-)
(escolha a resposta correta):
3. Qual dos seguintes polinômios quadráticos é irredutível? Para (a) é uma soma de termos logarítmicos Ai ln(x - ai) para algumas
conferir, complete o quadrado, se necessário. constantes A i.
(a) x 2 + 5 (b) x 2 - 5 (b) pode conter um termo envolvendo o arco tangente.

Exercícios
1. Combine a função racional (a)-(d) com a correspondente decom- x 2 +2
posição em frações parciais (i)-(iv). 5. f(x) = -X- 6. f(x) = X+ 3
3x - 9
x 2 + 4x + 12 2x 2 + 8x + 24 3 3
+x + I I
(a) (x + 2)(x2 + 4) (b) (x + 2)2(x 2 + 4) 7. f(x) =x x- 2
8. f(x) = -x 2- -
x - x
x 2 -4x +8 x 4 - 4x + 8
Nos Exercícios 9-46, calcule a integral.
(e) (x - l)2(x - 2)2 (d) (x + 2)(x 2 + 4)

(i) X - 2
4
+ -- - --
4x - 4 9
·
j (x-2)(x-
dx
4)
IO. j (x - 3)(x
dx
+ 7)
X+ 2 x2 + 4
(3x + 5)dx
'') - 8
(l i - - + --~
x-2
4
(x - 2)2
8 5
+ --+--~
x- 1 (x -1 )2
ll. / dx
x(2x + 1)
12.
f - 2~ - - -
x - 4x - 5
dx
... I
(111) - -
X + 2
2
+ --~ + - -
(x + 2)2
- X+2
x2 + 4
l3. /(2x - l )dx
x 2 - 5x + 6
2
14.
f (x - 2)(x - 3)(x + 2)

(x + 3x -44)dx 3dx
•) 1
(IV--+--
X +2
4
x2 + 4
15
_/
(x + 3)(x + 5)(3x - 2)
16
' f (x + l )(x 2 + x)
(x 2 + llx)dx j (4x 2 - 21x) dx
2. Determine as constantes A e B:

-
2x - 3
- - --
A
= -x - -3 + - -
B
17.
f (x - l)(x + 1)2
18
· (x - 3)2(2x + 3)

(x - 3)(x - 4) x - 4 19 / dx 20 / dx
• (x - 1)2 (x - 2) 2 · (x+4) 3
3. Multiplique cruzado a decomposição em frações parciais seguin-
te e determine a constante B (substitua um valor de x ou use o 21 /

48dx
x(x +4)2
22
_ f (x
2
+ x + 3) dx
(x - 1)3
método dos coeficientes indeterminados):

3x 2 + I lx + 12
(x+ l )(x+3)2
B 3
= - - - - - - - ---,.
x+ l x + 3 (x+3)2
23

j dx
(x - 4) 2 (x - 1)
24. f X
(3x + 7) 3
dx

4. Encontre as constantes da decomposição em frações parciais 25. f 3x + 6


x2(x - l )(x - 3)
dx 26. j x(xdx- 1)
3

2x + 4 A Bx + C (3x 2 - 2)dx (x 2 - x + 1) dx
----=--- = - - + - - -
(x - 2)(x 2 + 4) x- 2 x2 + 4 27.
f x-4
28.
f X2 +x
Nos Exercícios 5-8, use divisão polinomial para escrever f (x) como a
soma de um polinômio com uma função racional própria. Em segui-
29

f x(x 2
dx
+ 1)
30
_ / (3x
2

(x - l )(x 2
- 4x + 5) dx
+ 1)
da, calcule f f(x) dx.
3 1. /
2
x dx 32. J __!!:!__
x2+3 2x2 -3
CAPITULO 8 Técnicas de Integração 455

33. f x2
(x + l)(x 2 + 1)
dx 34• f 2
2
6x + 7x - 6 dx
(x - 4)(x + 2) 55.
f dx
(x2 + 9)2 56. f 0arcsec 0d0

35. f 2
x dx
(3x + 7) 3
36

f dx
x(x 2 + 25)
57. f tg 5 x secx dx 58. f xdx
(x2 _ J)3/2

37. f dx
x2(x 2 + 25) 38.
f IOdx
(x - J)2(x2 + 9) 59.
f 2
x dx
(x2 - 1)3/2 60. f dx
x(x 2 + x)

39

f IOdx
(x + l)(x 2 + 9) 2
40

f dx
x(x 2 + 8)2 61 f dx 62
f (x + l)dx
• x(x 2 - 1) · (x2 + 4x + 8)2

41
·
f IOOxdx
(x - 3)(x 2 + 1)2
42

f dx
(x + 2)(x 2 + 4x + 10) 63. f ,/xdx 64. f are tg 30d0
x3 + 1
43

f 9dx
(x + l)(x2 - 2x +6)
44

f 25dx
x(x2+2x+5)2 65 f dx 66.
f xl f2dx

45
·
f (x2 + 3) dx
(x 2 + 2x + 3)2
46.j...!!__
x4 - J
• x 4(x3 + 1) xl / 3 + 1

67. Mostre que a substituição 0 = 2 are tg t (Figura 2) fornece as

47. Calcule f- X2 -
dx
J
de duas maneiras: usando frações parciais e
fórmulas

1 - t2 2t
substituição trigonométrica. Verifique que as duas respostas batem. cos e= - - 2, sen0 = - -2,
d0= 2d\ [1m
1+t 1+t 1 +t
48. ICG~ Esboce o gráfico da equação (x - 40)y2 = IOx(x - 30)
e encontre o volume do sólido obtido pela rotação da região entre Essa substituição transforma a integral de qualquer função racio-
o gráfico e o eixo x, ao longo de [O, 30], em tomo do eixo x. nal de cos 0 ou sen 0 numa integral de uma função racional de t
(que pode ser calculada com frações parciais). Use essa substitui-
49. Calcule f Jx
x-1
dx . Sugestão: use a substituição u = ,/x (que é ção para calcular
! ------.
d0
cos 0 + (3/ 4) sen 0
denominada substituição racionalizante).

Nos Exercícios 51-66, calcule a integral usando o método ou a com-


binação de métodos apropriada desenvolvidos até aqui no livro.

51. f dx
x 2J4 - x 2
52. f 2
cos 4xdx FIGURA 2

53. f dx
x(x - 1) 2
54. f 2
x sec xdx 68. Use a substituição do Exercício 67 para calcular f de
cos 0 + sen 0
.

Compreensão adicional e desafios


69. Prove a fórmula geral . P(x )
71. Suponha que Q(x) = (x - a)(x - b), onde a ::j: b e seJa - - uma
Q(x)
dx I x-a
f - ---- = -
(x - a)(x - b)
- ln - - + e
a- b x- b
função racional própria tal que

P(x ) A B
em que a e b são constantes tais que a ::j: b. -- = - - + - -
Q(x) (x - a) (x-b)
70. O método das frações parciais mostra que
P(a ) P(b)
dx 1 1 (a) Mostre que A= Q' (a) eB = Q' (b) .
f - - =
x2 - 1 2
- ln lx - I 1- - 2
ln lx + 11 + C
(b) Use esse resultado para encontrar a decomposição em frações
O sistema algébrico computacional Mathematica calcula essa parciais no caso P(x) = 3x - 2 e Q(x) = x 2 - 4x - 12.
integral como menos a função tangente hiperbólica inversa -are
tgh x. É possível conciliar essas duas respostas?
456 CÁLCULO

72. Suponha que Q(x) = (x - a, )(x - a2) · · · (x - an), onde as P(aj) .


(a) Mostre que AJ = -,-, para J = 1, ... , n.
' a Jsao
- todas d'1stmtas.
. SeJa
. Q (x ) uma funçao
- raciona
. 1pró-
P(x) Q (a1)
ra1zes
pria tal que (b) Use esse resultado para encontrar a decomposição em frações
parciais no caso P(x) = 2x 2 -1, Q(x) = x 3 -4x2 +x + 6 =
P(x) Ai A2 An (x + l)(x - 2)(x - 3).
- - - ---+---+
Q(x ) - (x-a,) (x-a2)
.. ·+---
(x -an)

8.6 Integrais impróprias


Às vezes, é do nosso interesse integrar uma função ao longo de um intervalo infinito. Por
exemplo, em Estatística, a integral de probabilidade

r oo 2
1-oo e-x /2 dx

representa a área sob a curva em forma de sino para - oo < x < oo (Figura 1). Isso é um
exemplo de uma integral imprópria. Embora a região sob a curva se estenda infinitamen-
y te para a esquerda e para a direita, a área total é finita (Exercício 62).
Consideramos três tipos de integrais impróprias, dependendo de uma ou ambas extre-
midades de integração serem infinitas:

1-: f(x)dx , 1 00

f(x)dx , 1-: f(x)dx

-2 -1 2
Em que sentido poderia a área de uma região infinita ser finita? Considere a função
f(x) = e-x. A área sob o gráfico, acima do intervalo finito [O, R], é [Figura 2(A)]
FIGURA 1 A área total sob a curva em
forma de sino é finita.

Agora observe que essa área tende a um limite quando R ---+ oo:

r oo e-x dx =
lo
lim rR e-x dx = lim
R--+oo lo R--+oo
(t - e-R) = 1 [Il

Tomamos esse limite como a definição da integral no intervalo infinito [O, oo) e, portanto,
a região infinita destacada na Figura 2(B) tem área 1.

(A) A região finita tem área - e-R. (B) A região infinita tem área 1.

FIGURA 2 A área sob y = e-x, acima de [O, R], tende ao limite 1 quando R ---+ oo.
CAPITULO 8 Técnicas de Integração 457

DEFINIÇÃO Integral imprópria Fixado um número a, suponha que f (x) seja integrável
em [a, b], para todo b ::: a. A integral imprópria def(x) em [a , oo) é definida como o
limite (caso exista)

rX! f(x) dx =
fa
lim {R f(x) dx
R-+ oo fa
Quando o limite existir, dizemos que a integral imprópria converge. De modo análogo,
definimos jª
-oo
f (x) dx = lim
R-+-oo
t
jR
f (x) dx.

Uma integral imprópria duplamente infinita é definida como uma soma (desde que
ambas integrais à direita convirjam):

1_: f(x)dx = 1_: f(x)dx + fo


00

f(x)dx

00
dx
• EXEMPLO 1 Mostre que
1 2 2X converge e calcule seu valor.

Solução Primeiramente calculamos a integral definida num intervalo finito [2, R]:

{Rdx = - x -1 IR 1 1
2 2 R
f2 x 2

Existe o limite quando R ---+ oo, portanto a integral imprópria converge (Figura 3):
2
FIGURA 3 A área acima de [2, oo) é
. 1a I.
1gua 1 •
Quando o limite que define uma integral imprópria é ou infinito ou não existe, dize-
y mos que a integral imprópria diverge. Por exemplo, a área sob a parábola y = x2 parece
infinita (Figura 4) e, de fato, a integral seguinte diverge:

io
oo
x 2 dx = lim
R-+ oo
iR
o
x 2 dx = lim -R 3
R-+oo
1
3
= oo

Em geral, contudo, não é possível simplesmente olhar para o gráfico de uma função e
dizer se a integral imprópria converge ou diverge. As funções f (x) = x-2 e g(x) = x- 1
são ambas decrescentes, mas f (x) = x - 2 decresce mais rapidamente quando x ---+ oo, e a
área sob seu gráfico, acima de [2, oo), é finita, como vimos no exemplo anterior. O exem-
FIGURA 4 A área total sob o gráfico de plo seguinte mostra que g(x) = x- 1não tende a zero suficientemente rápido para que sua
y = x 2, acima de [O, oo ), é infinita. integral imprópria convirja.

• EXEMPLO 2 Determme se
. 1-I - oo X
-dx converge.

Solução A integral no intervalo finito [R, -1], com R < -1 é

___:: = ln lx 11-l = ln 1-11 -


1R
- l d
X R
ln IR 1= - ln IR 1
458 CÁLCULO

A integral imprópria diverge porque, quando R -+ -oo, o limite é infinito (Figura 5):
y -I dx
-1
lim
R-'>-00 R 1 -
X
= lim (-lnlRI) = -oo
R-'>-00 •
00
• EXEMPLO 3 Usando a regra de L'Hôpital Determine se fo xe-x dx converge e, caso
afirmativo, calcule seu valor.

Solução Primeiramente, usamos integração por partes, com u = x e v' = e-x:

FIGURA 5 A integral de f(x) = x- 1,


f Xe-X dX = - Xe- X + f e- XdX = -Xe-X - e- X = -(X+ J)e- X + C

ao longo de (-oo, -1], é infinita.


lo{R xe- x dx = -(x + l)e-x
IR = -(R + l)e-R + 1 = 1 - ~
R+l
O

Agora podemos calcular a integral imprópria como um limite, usando a regra de


L'Hôpital:
00
R+ I
10
xe
-x
dx = I -
.
hm - - = 1 -
R-'>00 eR
. 1
hm - = 1 - O = 1
R-'>00 eR •
00 dx
Com quais expoentes p converge a integral
seguinte.
! 1
- ? A resposta é dada no teorema
xP

.
A integral lioo -dx é denominada
. a TEOREMA 1 Integral imprópria de x-P em [1, oo)
1 xP
integral p. Ela é muito usada no teste
da comparação para determinar a se p > I
convergência ou a divergência de
integrais impróprias mais complicadas se p .:s 1
(Exemplo 8).

- SeJa
Demonstraçao . J = f 1oo -dx . Se p =fa 1, então
xP

IR = (-
l= lim
R-'>oo fI
R
x - Pdx= lim - -
R-'>oo 1 - p
xl-p
I
lim
R-'>oo
Rl-p 1 )
----
1- p 1- p

Se p > 1, então R 1-P tende a zero quando R-+ oo. Nesse caso, J converge e J = 1/(p - 1).
Se p < 1, então R 1-P tende a oo e J diverge. Finalmente, se p = 1, então J diverge, pois
{ R x - I dx = ln R e lim ln R = oo. •
11 R-'>oo

A integrais impróprias surgem em aplicações da Física, quando faz sentido tratar


com uma quantidade muito grande como se fosse infinita. Um exemplo típico é o cál-
culo da velocidade de escape, que é a velocidade inicial mínima necessária para lançar
um objeto no espaço.

Na Física, falamos em mover um • EXEMPLO 4 Velocidade de escape A Terra exerce uma força gravitacional de magnitude
objeto "infinitamente longe". Na GMm
prática, isso significa "muito longe", F (r) = ---e - num objeto de massa m, onde ré a distância ao centro de massa da Terra.
mas é mais conveniente trabalhar com r2
a integral imprópria. (a) Encontre o trabalho exigido para mover um objeto de massa ma uma distância infini-
ta da Terra.
(b) Calcule a velocidade de escape da Terra.
CAPITULO 8 Técnicas de Integração 459

... LEMBRETE A massa da Terra é de Solução Lembre que o trabalho é a integral da força como função da distância (Seção 6.5) .
Me ~ 5,98 · 1024 kg (a) O trabalho exigido para mover um objeto da superfície da Terra (r = re) a uma dis-
O raio da Terra é tância R do centro é
re ~ 6,37 · 106 m
(1 1)
A constante de gravitação universal é
G ~ 6,67 · 10- l l N-m2/ kg2
1RGMem
1e r2
GMem lR
- -- dr = - - -
r re
= GMem - - -
re R
J

onde um Newton é I kg-m/s2. Um joule O trabalho para mover o objeto "infinitamente longe" é a integral imprópria
é 1 N-m.
00
1 1)
GMem
1~
dr
lim GMem ( - - -
2r = R~oo ~ R
GMem
= - -J
~

(b) Usando conservação da energia na Física, podemos mostrar que um objeto lançado
com uma velocidade inicial vo escapará do campo gravitacional terrestre se sua energia
cinética ½mv5 for pelo menos tão grande quanto o trabalho exigido para mover o objeto
infinitamente longe, isto é, se

112
1 2 GMem
-mv
2 0-
> ---
re
ou vo:::: 2GMe)
( -re-

A velocidade de escape em quilômetros Usando os valores das constantes lembradas à margem, obtemos que a velocidade de
por hora é aproximadamente 40.320
escape vesc é
1km/h.

Vesc = (2~~e) 1/ 2 ~ 2(6,67 · 10- 11 )(5,98 · 1024 )


- - - - - -- - - ~
6,37 · 106
11.200 m/s

No próximo exemplo, calculamos o valor presente de um investimento que paga di-
videndos "para sempre".

Na prática, a expressão "para sempre" • EXEMPLO 5 Anuidade perpétua Um investimento paga dividendos continuamente a
significa "uma duração de tempo longa uma taxa de 5.000 dólares/ano. Calcule o valor presente da série de pagamentos se a taxa
não especificada". Por exemplo, se o
investimento pagar dividendos por 100
de juros for de 5% e os dividendos continuarem a ser pagos para sempre.
anos, então seu valor presente é de
Solução Lembre que o valor presente (PV) de uma série de pagamentos depois de T anos
{100
Jo 5.000e-O,Sr dt ~ $99.326
é foT 5.000e-o,os, dt. OPV para um intervalo de tempo infinito é a integral imprópria
A integral imprópria (de valor
$100.000) dá uma aproximação útil
desse valor. roo 5.OOoe-0,051 dt = lim 5.00oe-0,051 IT = 5.000 = $100.000
lo r~oo -0,05 0 0,05

Uma quantidade infinita de dólares é paga durante o intervalo de tempo infinito, mas seu
y
valor presente é finito. •

Descontinuidades infinitas nas extremidades


Um outro tipo de integral imprópria ocorre quando o integrando f (x) se torna infinito
[1 dx
em uma ou ambas extremidades do intervalo de integração. Por exemplo, lo Jx é uma

FIGURA 6 A região sob o gráfico, integral imprópria porque o integrando x- 112 tende a oo quando x ---+ 0+ (Figura 6).
acima de (O, 1], tem área total 2, pelo Essa integral representa a área de uma região que é infinita na direção vertical. Integrais
Exemplo 7. impróprias desse tipo são definidas como limites laterais.
460 CÁLCULO

DEFINIÇÃO lntegrandos com descontinuidades infinitas Sef(x) for contínua em [a, b), mas
descontínua em x = b, definimos

fb f (x) dx = lim {R f (x) dx


la R4 b-la

Analogamente, sef (x) for contínua em (a, b], mas descontínua em x = a,

fb f(x)dx= lim {b f(x)dx


la R4 a+lR

Em qualquer caso, se não existir o limite, dizemos que a integral diverge.

y • EXEMPLO 6 Calcule {'


lo
h· 1- x2

Solução Isso é uma integral imprópria, já que o integrando tem uma descontinuidade infi-
y=-'-
v'I -x2 . .
mta em x = 1 (Figura 7). Lembre que f dx
r,--,,
v 1-x2
= are sen x + e.Assim,
.

--+------'------+-- x
-1

FIGURA 7 A região infinita destacada


[1
lo
h = lim {R
R-4 1-lo
h l -x2
= lim (arcsen R-arcsenO)
R-41-
sob o gráfico de y= () - x 2 )- 112 tem n n
, rr;
area 2 . = are sen 1 - are sen O= - - O= -
2 2 •
~
1 1
• EXEMPLO 7 Determine a convergência de (a) lo e (b)
1
0
dx
- .
X

Solução Ambas integrais são impróprias, já que os integrandos têm descontinuidades in-
finitas em x = O. A primeira integral converge:

1Jx
O
1
-dx = lim 1Jx
R---*0+ R
1
-dx = lim 2x 112
R---*0+
1
1

R
= lim (2- 2R 112) = 2
R---*0+

A segunda integral diverge (uma vez que ln R tende a-oo quando R -+ 0+):

1O
1
-dx =
X
lim
R-40+ R
1' -dx = lim (ln 1 - ln R) = -
X R-40+
lim ln R = oo
R-40+ •
I
As integrais no exemplo precedente são ambas do tipo lo x -p dx. De acordo com o

próximo teorema, essa integral converge se p < 1 e, caso contrário, diverge. A demonstra-
ção é análoga à do Teorema 1 (Exercício 56).

O resultado do Teorema 2 é válido para TEOREMA 2 Integral imprópria de x-P em [O, 1]


todos expoentes p. Contudo, a integral
1não é imprópria se p < O.
se p < 1
se p ~ 1
CAPITULO 8 Técnicas de Integração 461

Comparando os Teoremas 1 e 2, vemos que as integrais - têm com-


o xP fi
1 oo dx
- e
xP
1
dx

portamento oposto para p =/- 1. A primeira integral converge só se p > 1 e a segunda con-
verge só se p < 1 (Figura 8). Ambas divergem se p = 1.

y y

1 1
y= - (q<I) y = - (q < I)
xq xq

1 1
y =-(p>I) y =-(p>I)
~--~,----~x xP ~----+----- x xP
1
FIGURA 8 Comparação de y =- e
I
= -parap>
xP
00 dx 100 dx -- oo ri dx = 00 mas
i dx
y
xq
1 eq< 1.
1 - <oo
1 xP
mas
I xq lo xP !o
O xq
- <OO

Comparação de integrais
Às vezes, é do nosso interesse determinar se uma certa integral imprópria converge, mes-
mo se não conseguirmos encontrar seu valor exato. Por exemplo, a integral seguinte não
pode ser calculada explicitamente:
oo e-x
f l
-dx
X

y No entanto, temos as desigualdades

para x 2: 1

Assim, o gráfico de e-x / x fica abaixo do gráfico de e-x à direita de x = 1 (Figura 9) e


concluímos que a integral converge:

2 3
r)O e-x
FIGURA 9 Há menos área sob
11
'-..,-'
X
-x Isso converge por comparação Converge por cálculo direto
y = -e d o que sob y = e- X , acima

X
do intervalo [ 1, oo). O próximo teorema (cuja prova omitimos) resume esse tipo de argumentação.

O que o teste da comparação afirma TEOREMA 3 Teste da comparação para integrais impróprias
(para funções não-negativas): Suponha que f (x) 2: g (x) 2: Opara x 2: a.
• Se a integral da função maior
convergir, então a integral da função
menor também converge.
• Se 1 00

f(x) d x convergir, então 1 00

g(x) dx também converge.


• Se a integral da função menor
divergir, então a integral da função
maior também diverge.
• O teste da comparação também
• Se 1 00

g(x) dx divergir, então 1 00

f(x) dx também diverge.

é válido para integrais impróprias


com descontinuidades infinitas nas
extremidades.
• EXEMPLO 8 Mostre que f ~ 00 converge
11 x3+1
462 CÁLCULO

Solução Para mostrar que a integral converge, comparamos o integrando (x 3 + 1)- 1/ 2


com uma função maior cuja integral saibamos calcular. Faz sentido comparar com x-312,
já que, para x ::: 1,
1 1
N+I::: H =x312 => -->---
x3 /2 - Jx"3+l

A integral fi x~\
00

converge pelo Teorema 1 (o caso p = i). Portanto, podemos aplicar


o teste da comparação:

fi x~\
00

converge =>
i 1
oo
~
Y XJ
dx
+ 1
também converge. •
Se f (x) for contínua, a convergência ou divergência de 1 00
f (x) dx não é afetada

pela troca do limite inferior de integração a. Se trocarmos o limite inferior para b, a mu-
dança na integral é uma quantidade finita:

1 00

f(x)dx = 1ª
'-,,-'
f(x)dx + 1 00

f(x)dx

Integral comum, cujo valor é finito

Portanto, a integral em [b, oo) converge se, e somente se, a integral em [a , oo) converge:

1 00
f(x) dx converge <:=> 1 00
f(x) dx converge

• EXEMPLO 9 Determine se r oo ~ converge ou diverge.


lo 2 x +1
Solução Para decidir se a integral converge ou diverge, podemos começar observando
que, para x grande, temos

oo dx
Sabemos que
i 1
-
X
diverge (pelo Teorema 1, comp

que nossa integral também diverge. Contudo, ~


1
= 1), de modo que isso sugere
1
S -, ao passo que, para provar
.,;x2 J+ X
a divergência, precisamos de uma desigualdade no sentido oposto. Observe, entretan-
to, que se x ::: 1, então x 2 + 1 :::: x 2 + x 2 = 2x 2 e, portanto, Jx 2 + 1 :::: hx. Isso nos
dá a desigualdade
1 1
--->-- (para x ::: 1)
Jx2+1 - h x
Agora aplicamos o teste da comparação e (3):

~
v2
f1
00
x I
f
dx diverge=> 00 ~ diverge=>
v x2+ 1
r
lo
00
~ diverge
v x~ -t- 1 •
• EXEMPLO 1O Hipóteses importam: escolhendo a comparação certa Determine se

f(00 Jxdx
+e3 X
converge ou diverge.
CAPITULO 8 Técnicas de Integração 463

Solução Tentemos utilizar a desigualdade


y 1 1
--- < - (x :::: O)
Jx + e3x - e3x
IR
f1
00 dx
-
e3x
l
R-+oo 3 1 R-+ oo
1
= lim - -e- 3x = lim -(e- 3 - e- 3R) = e- 3
3
(converge)

O teste da comparação nos diz que nossa integral converge:


00
dx
! 1
- -
e3X
converge r oo
J1 Jx +e3x
dx também converge

FIGURA 10 A divergência de Se não estivéssemos atentos, poderíamos ter tentado usar a desigualdade
Jr)O .Jx
dx d' . I b
não 1z c01sa a guma so re 1 1
1 ---- < -
a divergência ou convergência da Jx +e3x - Jx
00
integral menor { dx . r oo dx
11 .Jx + e3 X A integral li Jx diverge, pelo Teorema 1 (com p = ½), mas isso não nos diz coisa al-
guma sobre a integral que, por (4), é menor (Figura 10). •

8.6 RESUMO
• Uma integral imprópria é definida como o limite de integrais comuns. Por exemplo,

r oo f (x) dx = lim rR f(x) dx


la R-+oo la
• Se existir esse limite, dizemos que a integral imprópria converge. Caso contrário, dize-
mos que diverge.

• p > l:
f oo dx
1 xP
converge e 1 1
dx
O xP
diverge

p < l: f 00

1
dx
xP
diverge e 1 1
dx
O xP
converge

p = 1: ! 00

1
dx
X
e 1 1
dx
O X
ambas divergem

• Teste da comparação: suponha que J (x) :::: g(x) :::: Opara x :::: a. Então

Se 1 00

f (x) dx converge, então 1 00

g(x ) dx converge.

Se 1 00

g(x)dx diverge, então 1 00

f(x)dx diverge.

Lembre que o teste da comparação não fornece informação alguma se a integral maior
1! (x) dx divergir ou a integral menor 1 00

g (x) dx convergir.

• O teste da comparação também é válido para integrais impróprias com descontinuidades


infinitas nas extremidades.
464 CÁLCULO

8.6 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Decida se a integral converge ou diverge: b I
3. Encontre um valor de b > Oque tome - - - dx numa inte-
(b) fo
1
x- 3 dx gral imprópria.
la 2
0 X -4

4. Qual comparação mostraria que r


lo
00
~ converge?
X+ ex
(d) foi x -2/ 3dx
5. Explique por que não é possível tirar alguma conclusão sobre a con-
rn/2
2. Será fo cotgx dx uma integral imprópria? Explique. vergência de roo e-X dx Comparando-a COm a integra) roo dx_
11 X 11 X

Exercícios
1. Qual das integrais seguintes é imprópria? Explique sua reposta, roo dx
mas não calcule a integral.
5' lioo X 1~;20 6. f1 x20/ 19

r xdx1/3 dx
2
L~ e°,0001, 00
dt
(a) lo 7. dt 8.
120 t

(e) 1 00
e-x dx s dx s dx
-1

rn/2 00
9.
laº --
x20/ 19
10.
laº --
X 19/20

(e) fo secx dx (f) fo senx dx r ---3:.!__ 6 dx

I
(h) ri
11.
lo
4
.j4-x
12.
1S (x - 5)3/2

(g) fo senx dx dx
roo
lo ,/3-x2 14. dx
lo + 1) 3
1
(x
00 3
(i) ln x dx (j) fo ln x dx
15.100 dx
- 3 (x + 4)3/2
2. Sejaf(x) = x- 413.
(a) Calcule 1R f(x ) dx.
17. foi :0:2
(b) Calcule 1 00
f (x ) dx calculando o limite 19. 1 00
e- 3x dx 20. 1 00
3
e x dx

lim rR f (x )dx Lºoo e3x dx l dx


R-+00 )1 21. 22.
la
O x3,7
-

3. Prove que 1 00
x- 2/ 3 dx diverge mostrando que 23. roo
f2 (x
dx
+ 3) 4
24.
1
2
I (x - 1) 2
dx

lim rR x - 213 dx = oo r3 ---3:.!__ 4 dx


R-+00 )1 25.
11 ~
26.
1-2 (x + 2)1 /3
r 3
dx oo -dx- 1º 2
4. Determine se fo ( _ x) converge calculando
3 312
27.
laº I +x
28.
- 00
x e- x dx

6 xdx
R dx
roo
lim
la
R-+3- O (3 - x) 3/ 2
29.
lo
dx
(1 +x 2 )2
30.
1 v'x"=3
3
00
Nos Exercícios 5-46, determine se a integral imprópria converge e,
caso afirmativo, calcule-a.
31. fo e-x cos x dx
CAPITULO 8 Técnicas de Integração 465

33. fo~
dx 34. !o' e-li dx
o ,Jx
59. Mostre que
i 1
oo dx
- - - converge, comparando-a com
3
X +4

35. [ xi e-li dx
36. i oo xe-2x dx
lioo x- 3 dx.

' ,Jx
60. Mostre que r oo dx converge, comparando-a com
37. !ooo x dx 38.
!otr/2
sec 0 d 0 12 x 3 -4
o x2 + 1 0
00
39. fo senx dx 40.
!otr/2
0
tgxdx

61. ~ Mostre que O ::S e- x :S e- x para x ::: 1 (Figura 11).


2

41.
!otr/2
0
tgx secx dx 42. fo' ln xdx Em seguida, use o teste da comparação e (3) para mostrar que
r oo 2
Jo e-x dx converge.
43. fo' x ln xdx 44. i 2 dx
1 x ln x
i ln x oo lnx
45. - dx 46. -dx
!oo x2 i1 x2
00 dx
47. Seja / =
1 4
-----.
(x -2)(x - 3)

(a) Mostre que, para R > 4,

rR__d_x - =lnl -R -_31- ln ~ -4 -3 -2 - 1 2 3 4


}4 (x - 2)(x - 3) R- 2 2 2
FIGURA 11 Comparação de y = e- lxl e y = e-x .

(b) Em seguida, mostre que J = ln 2.

48. Calcule / = Ji
00

x(Z:: 5)
62. Prove que 1 00

- 00
2
e- x dx converge, comparando-a com

dx 00

1
i
49. Determine se / = converge e, caso afirmativo, e-lxl dx (Figura 11).
!oQ X( 2X+ 5) - 00
calcule /.
00
oo l - senx
dx 63. Mostre que dx converge.
50. Determine se / =
tivo, calcule /.
1
2 (x+3)(x+ I) 2
converge e, caso afirma- i1 X2

64. Seja a > O. Lembre que lim - = oo (pelo Exercício 56 da
x-+oo ln x
Nos Exercícios 51-54, determine se a integral imprópria duplamente Seção 7.7).
infinita converge e, caso afirmativo, calcule-a. Use a Definição (2).
(a) Mostre que xª > 2 ln x para todo x suficientemente grande.

51. 1- 00oo 1+x


dx
2
52. 1-: e-lxl dx (b) Mostre que e-xª < x - 2 para todo x suficientemente grande.

(e) Mostreque J,r oo e- xa dxconverge.


53. 100 xe- x dx 2 54. 100 (x2 +dxJ)3/2
- oo _ 00
Nos Exercícios 65-74, use o teste da comparação para determinar se
00
55. A integral fo eªx dx converge com quais valores de a? a integral imprópria converge, ou não.

i dx 65. i oo J dx 66. i oo dx
56. Mostre que - converge se p < l e diverge se p ::: l. 1 Jx 5 +2 1 (x3 + 2x +4)1 /2
!oO x P
1
57. Esboce a região sob o gráfico de f (x) --2
para
1 +x '
67. i oo dx
3 ,fi- 1
68. !o 5 xl /3dx+x3
O
-oo < x < oo, e mostre que sua área é n:.

58. Mostre que ~


.
::s 21 para tod o x e use isso
l
para provar
1
69. i 1oo e-(x+x _ ) dx 70. !o' -sen-dx
x
vx4 + l x o ,Jx
oo dx
!o'o -xeX2 dx
que
i 1
- - - converge.
Jx 4
+1
71. 72. i oo -4 -
1
I - dx
x +eX
466 CÁLCULO

73. r' l dx 74.


1
00
lnx
--dx
onde Ré a resistência do circuito. A energia total armazenada no
capacitor é
lo x 4
+ Jx 1 senhx
00
75. Um investimento paga um dividendo de 250 dólares/ano continua- W = fo P(t) dt
mente para sempre. Se a taxa de juros for de 7%, qual é o valor
presente de toda a série de pagamentos gerada pelo investimento?
Mostre que W = ½cv 2.
76. Espera-se que um investimento pague um rendimento a uma taxa
de IO.O00eº·º' 1 dólares/ano para sempre. Encontre o valor pre- 82. A conservação da energia pode ser usada para mostrar que quan-
sente da série de pagamentos se a taxa de juros for de 4%. do uma massa m oscila na extremidade de uma mola com cons-
tante de mola k, o período da oscilação é
77. Calcule o valor presente de um investimento que gera rendimen-
to a uma taxa de 5.000teº·º 11 dólares/ano para sempre, supondo J2E/k dx
T=4Jin
uma taxa de juros de 6%.
!oO )2E-kx 2
78. Encontre o volume do sólido obtido pela rotação da região sob o
gráfico de y = e-x, acima de O _:s x < oo, em torno do eixo x. onde E é a energia total da massa. Mostre que isso é uma integral
imprópria de valor T = 2n./mlk.
79. Seja S o sólido obtido pela rotação da região sob o gráfico de
y = x- 1, acima de 1 _:s x < oo, em torno do eixo x (Figura 12). 83. ~ Quando uma substância radioativa decai, a fração de
(a) Usando o método dos discos (Seção 6.3), calcule o volume de S. átomos presentes no instante t é f (t) = e-kt, onde k > Oé a
Observe que o volume é finito, mesmo que a área de superfície constante de decaimento. Pode ser mostrado que a vida média
00
de S seja infinita. de um átomo (até que decaia) é A fo tf' (t) dt. Use inte-
=-
(b) Pode ser mostrado que a área de S é 00
gração por partes para mostrar que A = fo f (t) dt e calcule
A. Qual é a vida média do radônio-222, cuja meia vida é 3,825
dias?
Mostre que A é infinita.
84. De acordo com a lei de Maxwell da distribuição de veloci-
Se S fosse um recipiente, poderíamos encher seu interior com dade de um gás à temperatura T, a fração de moléculas do gás
uma quantidade finita de tinta, mas não poderíamos pintar sua com velocidade entreve v + t.v é aproximadamente f(v) t.v,
superfície com uma quantidade finita de tinta. onde

y f(v) = 4n (__!!!:__)3/2v2e-mv2 /(2k T)


2nkT

(m é a massa molecular do gás e k é a constante de Boltzmann).


Mostre que a ve1oc1"dade me'd"1a -v e,(8kr)'
nm ;2, onde

00

v = fo vf (v) dv

~
00
85. Seja 111 = fo x 11 e-ax dx, onde n '.:'.: 1é um inteiro e

a > O. Prove que ln = (n / a)J 11 _, e lo = 1/ a. Use isso para


n!
FIGURA 12 calcular h Mostre que ln = an+i ·
xn
80. Calcule o volume do sólido obtido pela rotação da região sob o 86. Sejam a > O e n > 1. Defina f(x) = - - para x I Oe
gráfico de y = (x 2 + 1)- 1, acima de - oo < x < oo, em torno f(0)=0. eªx - l
do eixo x. (a) Use a regra de L' Hôpital para mostrar que f (x) é contínua em
x=0.
81. Quando um capacitor de capacitância C é carregado com uma
00
fonte de voltagem V, a potência consumida no instante t é (b) Mostre que fo f(x) dx converge. Sugestão: mostre que

f (x) _:s 2x 11 e- ax se x for suficientemente grande e depois use


o teste da comparação e o Exercício 85.
CAPITULO 8 Técnicas de Integração 467

00
87. ~ Existe uma função F(v) tal que a quantidade de energia O valor médio def (x) é a quantidadeµ= fo xf(x) dx. Para
eletromagnética de freqüência entre v e v + t:,. v que é radiada por
um assim chamado corpo negro à temperatura T é, aproximada- k > O, encontre uma constante Ctal quece-kx seja uma densidade
00 de probabilidade e calculeµ.
mente, F(v) t:,. v. A energia total radiada é E = fo F(v) dv. De
Nos Exercícios 90-93, a transformada de Laplace de uma função
acordo com a lei de Planck da radiação,
f (x) é a função Lf (s) de variável s definida pela integral imprópria
3
811:h) v (caso convirja)
F(v) = (~ ehv/kT
00

onde c, h e k são constantes físicas. Para deduzir essa lei, Planck


Lf (s) = fo f(x)e-sx dx
introduziu a hipótese quântica em 1900 que, assim, marcou o nasci-
mento da Mecânica Quântica. Mostre que E é finita (Exercício 86). As transformadas de Laplace são muito usadas em Física e Enge-
nharia.
r oo 2 (N 2 2
88. Sejam]= lo e-x dxeJN = lo e-x dx. Emborae-x não
90. Mostre que sef (x) = C, com C constante, então Lf (s) = C / s,
possua antiderivada elementar, é sabido que J = ../ii/2. Seja TN paras > O.
a N-ésima aproximação trapezoidal de JN· Calcule r4 e mostre
que T4 aproxima J com três casas decimais.
- Lf (s) = - -a - .
91. Mostre que se f (x) = sen a x , entao
s2 +a 2
89. Uma função densidade de probabilidade em [O, oo) é uma fun- 92. Calcule Lf(s), onde f(x) = eªx e s > a.
00
çãof(x)definidaparax::: Otalquef(x) ::: Oe fo f(x)dx = 1. 93. Calcule Lf(s), onde f(x) = cos ax e s > O.

Compreensão adicional e desafios


oo cosx
94. Seja p um inteiro. Mostre que

mente se, p > 1.


l /2

loo
dx
- - - converge se, e so-
x(lnx)P
(b) Mostre que
i1
- - dx converge. Conclua que existe e é finito
X2
o limite da integral em (a) quando R ---+ oo.
1 (e) Mostre que/ converge.
95. Seja/= fo xP1nxdx.
É sabido que / = Í- Contudo, / não é absolutamente convergen-
(a) Mostre que/ diverge com p = -1. te. A convergência depende de cancelamentos, como mostra a
(b) Mostre que se p f- - 1, então Figura 13.

f xP+ I ( 1 )
x PJn x dx = - - lnx- - - +C
p+1 p+l
y

(e) Use a regra de L'Hôpital para mostrar que/ converge se p > -1 e


diverge se p < - 1.

Nos Exercícios 96-98, dizemos que uma integ ral imprópria


00 00
I = fa f(x)dx é absolutamente convergente se fa lf(x) ldx
-1
convergir. Pode ser mostrado que se I for absolutamente convergente
então também é convergente.

oo senx
96. Mostre que
i I
oo senx

00
- 2- dx é absolutamente convergente.
X
FIGURA 13 A convergência de
i1
provocado pela troca periódica de sinal.
- - dx é devida ao cancelamento
X

97. Mostre que Ji 2


e- x cos x dx é absolutamente convergente.
99. A função gama, que desempenha um papel importante em apli-
sen x
98. Sejam f (x) = - e/ =
looo f (x) dx. Definimos f (0) = 1.
cações avançadas, é definida, para n ::: 1, por
X 0
Entãof(x) é contínua e/ não é imprópria em x = O.
(a) Mostre que
(a) Mostre que a integral que define f(n) converge se n ::: l (de
rR sen x dx = - cos x IR - rR cosx dx fato, converge com qualquer n > 0). Sugestão: mostre que
11 X X 1 11 x2 tn-l e- 1 < t - 2 para t suficientemente grande.
468 CÁLCULO

(b) Mostre que r(n + 1) = nr(n), usando integração por partes. 100. Use o resultado do Exercício 99 para mostra que a transformada
(e) Mostre que r(n + 1) = n! se n :::: 1 for um inteiro. Sugestão: de Laplace (Exercícios 90-93) de xn és~ 1.
use (a) repetidamente. Assim, r (n) fornece uma maneira de defi-
nir o fatorial de n quando n não for um inteiro.

EXERCÍCIOS DE REVISÃO DO CAPÍTULO


1. Dê uma estimativa de 1 5
f (x) dx calculando T2, M3, T6 e S6 para

uma função que têm seus valores dados na tabela seguinte:

X 2 2,5 3 3,5 4 4,5 5


1 2 1 o 3 -4 - 2
f(x) 2 - 2

2. Decida qual das aproximações M N ou TN é maior ou menor do


A área da seção transversal
que a integral. horizontal é A(h)

(a) fon senx dx (b) i 2


n senx dx FIGURA 1

(e)
1
8 dx

1 x2
(d) 1 5
ln x dx
11. Suponha que a derivada segunda da função A(h) do Exercício 10
satisfaça IA" (h) I ~ 1,5. Use a estimativa do erro para encontrar
o erro máximo possível na estimativa do volume V do lago.
3. A taxa de precipitação de chuva (em polegadas por hora) foi me-
dida durante uma tempestade de 10 horas com o resultado se-
guinte:
12. Encontre uma cota para o erro lM16 - fi 3
3
x dx l.

O; 0,41; 0,49; 0,32; 0,3; 0,23; 0,09; 0,08; 0,05; O, 11; O, 12 13. iCG~ Seja f (x) = sen(x3). Encontre uma cota para o erro
Use a regra de Simpson para estimar a precipitação de chuva to-
tal durante o período de 1Ohoras.

Nos Exercícios 4-9, calcule a aproximação indicada da integral. 11


Sugestão: encontre uma cota K 2 para 1/ (x) 1 esboçando o gráfi-

4. f0
e-x 2 dx, M5 5. 1 4
J6t3 + J dt , T3
co de f 11 (x) com um recurso gráfico.

14. Encontre um valor de N tal que

1TC/2 Jseried0,
IMN - fon/ tgxdx l ~ 10- 4
4
6. M4 7. 1 4 dx
T6
n/4 1 x 3 + J'

8. f0
e-x 2 dx, S4 9. fs 9
2
cos(x ) dx , Ss 15. Encontre um valor de N tal que SN aproxime 1
5
x- 114 dx com

um erro de, no máximo, 10-2 (mas não calcule SN).


10. A tabela a seguir dá a área A(h) de uma seção transversal hori-
zontal de um lago à profundidade h. Use a regra do trapézio para 16. Combine as integrais (a)-(e) com suas antiderivadas (i)-(iv), usan-
obter uma estimativa do volume V do lago (Figura !). do apenas o seu formato geral (mas não calcule as integrais).

h (pés) A(h) (hectares) h (pés) A(h) (hectares)


(a) j xdx (b) j (2x +9)dx
x 2 -4 x 2 +4
o 2,8 10 0,8
2
4
2,4
1,8
12
14
0,6
0,2
(e) j sen3 x cos2 x dx (d)
J
dx
xJ16x 2 - l
6
8
1,5
1,2
16
18
0,1
o (e) j 16dx
x(x - 4)2
CAPITULO 8 Técnicas de Integração 469

(i) are sec 4x + C 40. f 2


.Jigxsec x dx 41. f 2
(secx + tgx) dx
4
(ii) log lx 1- log lx - 41 - - - + C

1
x - 4 42. f sen5 0cos3 0d0 43. f 2
cotg ; d0
(iii) (3 cos5 x - 3 cos3 x sen2 x - 7 cos 3 x) + C
30

(iv) ; are tg ~ + ln(x 2 + 4) + C


44 f dt
(t - 3)(t + 4)
45. f dt
(t - 3}2(t +4)

(v) Jx 2 -4 + C 46. f Jx 2 + 9dx 47. f dx


xJx 2 -4
Nos Exercícios 17-25, calcule a integral usando o método sugerido.
48. f dx 49. f dx
17. j cos3 0 sen8 0 d 0 [escreva cos3 0 como cos 0( l - sen2 0))
X + x2/3 x3/2 + ax l /2

f 51. f (x2 - x) dx
18. f xe-l 2x dx(integraçãopor partes)
50. dx
(x - b)2 + 4 (x + 2) 3

19. f sec3 0 tg4 0 d 0 (identidade trigonométrica, fórmula de redução)


52. f 2
(7x + x)dx
(x - 2)(2x + l)(x + 1)
53_ f 16dx
(x - 2) 2(x2 + 4)

54. f f
f 4x +4 f .. dx 55. dx
20• - - - - - dx ( rações parc1a1s) (x 2 + 25)2 x 2 + 8x +25
(x - 5)(x + 3)

21. f dx
x(x2 - l ) 312
d x (substituição trigonométrica) 56. f dx
x 2 + 8x +4
57. f (x2-x)dx
(x + 2) 3

22.
f - -d x- - (su bst1tu1çao
x3f2+xl/2
.. _ )
58. f 2
t ~dt 59. f dx
x 4 Jx 2 +4

23. f dx _ 1 (reescreva o integrando)


x+x 60. f dx
(x2 + 5)3/2
61. f (x + l)e4 - 3x dx

24. f x - 2 are tg x dx (integração por partes)


62. f dx 63. j x - 2 arctgxdx

25. f dx
x2 +4x - 5
(completamento do quadrado, substituição, fra-
64. f
x2 +x - 2

2
x 3 cos(x ) dx 65. f 2 2
x (1n x) dx
ções parciais)

Nos Exercícios 26-69, calcule a integral usando o método ou combi-


nação de métodos apropriado.
66. f x are tgh x dx 67. f are tg t dt
1+ t 2

26. f x2e4x dx 27. f x2


~dx
9- x 2
68. f ln (x2 + 9) dx 69. f (sen x)(cosh x) dx

28. f cos9 60 sen3 60 d 0 29. f sec2 0tg4 0d0


Nos Exercícios 70-79, determine se a integral imprópria converge e
calcule-a, caso afirmativo.

30_ f (6x + 4)dx


x2- J
31. f dt
(t2 - 1)2
70. roo
lo (x
dx
+ 2) 2
71. roo
14
dx
x2/3

32. f d0
cos4 0
33. f sen20 sen2 0d0
72.
Ía
O
4 dx
x2/3
73. hoo x1;s
34. f ln(9 - 2x) dx 35. f(ln(x + 1))2 dx 74.
l- 00
o
--
x2
dx
+1
75. 1: 00
4
e x dx

36. f 5
sen 0d 0 37. f cos4 (9x - 2) dx 76.
['r/2
lo cotg0d0 77
· li
00

(x + 2~(~x + 3)

38. j sen 3x cos 5x dx 39. j sen 2x sec2 x dx 79. Ji5 (5 - x)-I / 3 dx


470 CÁLCULO

Nos Exercícios 80-85, use o teste da comparação para determinar se 90. Calcule a transformada de Laplace Lf (s) da função f (x) = x
a integral imprópria converge ou diverge. para s > O. Ver Exercícios 90-93 da Seção 8.6 para a definição
de Lf(s).
00
81. fs (sen2 x )e- x dx 91. Calcule a transformada de Laplace Lf (s) da função f (x) =
x 2eªx para s > a.
83. roo dx
}1 xl/3 +x2/3
i dx 00
84. 85. fo 3
e-x dx
!o
0 x l/3 +x2/3
(a) Prove que ln =-
xn- 1
-- ln - 2·
n-1
86. Calcule o volume do sólido infinito obtido pela rotação da região
sob y = (x2 + 1)- 2, acima de O::: x < oo, em torno do eixo y. (b) Use (a) para calcular ln para O::: n ::: 5.

87. Seja R a região sob o gráfico de y = (x + 1)- 1, acima de (e) Mostre que, em geral,
O ::: x < oo. Qual das quantidades seguintes é finita?
x 2n x2n-2
(a) A área de R. 1211+ 1 = -2n - - - + '"
2n - 2
(b) O volume do sólido obtido pela rotação de R em torno do eixo x.
x2 1
(e) O volume do sólido obtido pela rotação de R em torno do eixo y. + (- lt - 1- + (- 1)'1- ln(x2 + 1) + C
2 2
88. Mostreque roo xne-x 2
dxconvergecomqualquern>O.Suges-
=-
x2n - 1 x2n-3
- - -- +" ·
Jo z l2n
2n-1 2n-3
tão: primeiro observe que xne-x < xne-x parax > 1 e depois
mostre que xne-x < x- 2, parax suficientemente grande. + (- It- 1x + (- It are tg x + C

89. De acordo com a teoria cinética, as moléculas de matéria comum


estão constantemente em movimento aleatório. A probabilidade
de que uma molécula tenha energia cinética num pequeno inter-
93. SejaJ11 = J 2
x ne- x f 2 dx.

valo [E, E + tl E], é aproximadamente--r/r e-E/(kT), onde Té a (a) Mostre que 11 = - e-x 212.
temperatura (em kelvins) e k é a constante de Boltzmann. Calcu- 2
le a energia cinética média E em termos de k e T, onde (b) Prove que ln = - xn- le- x 12 + (n - I)ln-2·
(e) Use (a) e (b) para calcular h e J5.
E= -I !ooo E e-EfkT dE
kT o
MAIS APLICAÇÕES DA
9 INTEGRAL E POLINÔMIOS
DE TAYLOR
as três primeiras seções deste capítulo, discutimos alguns usos
N adicionais da integração, incluindo duas aplicações à Física.
Na última seção introduzimos os polinômios de Taylor, que são
generalizações da aproximação linear para ordens mais elevadas,
utilizados para aproximar funções algébricas e transcendentes
com precisão arbitrária. Os polinômios de Taylor são o ponto alto
da teoria que estivemos desenvolvendo até aqui e fornecem uma
belíssima ilustração do poder e da utilidade do Cálculo.

9.1 Comprimento de arco e área de superfície


Um dos primeiros problemas que resolvemos com integração foi
encontrar a área sob a parábola y = x 2. O que podemos dizer so-
bre o comprimento da parábola (Figura 1) ou, mais geralmente, o
comprimento de uma curva y =f (x)? Nesta seção, mostramos que
Essa simulação feita pela NASA, que o comprimento de uma curva (muitas vezes denominado compri-
ilustra as linhas de fluxo do gás quente mento de arco) também pode ser calculado como uma integral.
das turbinas de um jato Harrier durante a O comprimento de arco de y =f(x) ao longo de um intervalo [a, b] é definido usando
decolagem vertical, é baseada num ramo
da Matemática denominado dinâmica de
aproximações polinomiais do gráfico. Para construir uma aproximação polinomial L,
fluidos computacional. escolhemos uma partição de [a, b] em N subintervalos de extremidades

a = XO < X[ < · · · < XN =b


e ligamos os pontos Po , P1, ••• , PN correspondentes do gráfico por segmentos de reta
(Figura 2). Seja ILI o comprimento de L.

y
y

Qual éo
---comprimento
dearcodeOa I?
-~---+---X ~-+-+---+--+----+--+--+--+--X
X; - 1 X; b=XN

FIGURA 1 O comprimento de arco de y = x2 FIGURA 2 Uma aproximação poligonal L.


ao longo de [O, l] é

½Js + ¼ln(2 + Js) ~ 1,148


(ver Exercício 22).
472 CÁLCULO

-+-----+----+---+--X -+---+----+--+--+---+--X -+-+--+---+---+--+---+--+-+-+---+-- X

N=3 N=5 N=IO

FIGURA 3 As aproximações poligonais L melhoram quando o comprimento dos subintervalos decresce.

A Figura 3 sugere que L aproxima o gráfico mais de perto à medida que a norma da
partição decresce. Definimos o comprimento de arco do gráfico como o limite lim ILI
quando a norma da partição tende a zero, desde que exista esse limite.
Agora suponha que f (x) seja derivável e que J' (x) seja contínua em [a, b]. Nesse
caso, existe o limite lim ILI e pode ser calculado como uma integral. Seja Ili Io compri-
mento do i-ésimo segmento L; = P;- 1P;. A Figura 4 mostra que IL; 1 é a hipotenusa de
um triângulo retângulo de base !ix; = x; - x; - 1e altura 1/ (x;) - f (x;-1) 1- Pelo Teorema
de Pitágoras,

-+----+--->----+--X
X i- 1 Xj Xi+I
IL;I = Jt:.xf + (f(x;) - f(Xi-1)) 2
FIGURA4
O Teorema do Valor Médio nos diz que para algum ponto e; em [x; - 1, x;], temos

Portanto,

•·· LEMBRETE Uma soma de Riemann O comprimento total ILI é a soma dos comprimentos dos segmentos L;:
da integral f bg(x) dx é uma soma da
la N
forma ILI= IL11 + IL2I + · · · + ILNI = L jt + f ' (ci)2 !ix; [IJ
i=I
N
L g(c;) t1x; Reconhecemos a soma na Equação (1) como uma soma de Riemann da integral
i= I

em que xo, x 1, ... , x N é alguma


partição de [a, b], t1x; = x; - x ;- 1 e e; é
1b J + f'
1 (x ) 2 dx. Como f ' (x) é contínua, o integrando Jl + f' (x ) também é contí-
2

algum número qualquer em [x; _ 1, x; ]. nuo e, portanto, integrável, de modo que existe o limite lim ILI e é igual à integral.

TEOREMA 1 Fórmula do comprimento de arco Se existir J'(x) e for contínua em [a, b],
Nos Exercícios 19-21, verificamos que então o comprimento de arco do gráfico de y =f (x) ao longo de [a, b] é igual a
a Equação (2) dá o resultado correto
para o comprimento de um segmento
de reta e da circunferência de um
cfrculo. Comprimentodearcoaolongode [a,b] = 1b J1 + f'(x) 2 dx

l
• EXEMPLO 1 Calcule o comprimento de arco do gráfico de f(x ) = 12
x3 + x - 1ao
longo de (1, 3].

Solução Primeiro calculamos 1 + f ' (x )2. Como J'(x ) = ¼x 2 - x-2,

l + J'(x )2 = 1+ (~ x2 - x-2r = 1+ (.16 x4 -1 +x-4)


CAPfTULO 9 Mais Aplicações da Integral e Polinômios de Taylor 473

y Felizmente, 1 + f' (x )2 é um quadrado, portanto podemos calcular o comprimento de arco


(Figura 5) com facilidade
3

1 3
J1+j'(x)2dx= 13
(lx
2
+x-
2 3
)dx=C~x -x-')I:

e~ -1)
2

= (!- 1)- = 1; •
2 3
• EXEMPLO 2 Comprimento de arco como função do limite superior Encontre o comprimen-
FIGURA 5 O comprimento de arco ao to de arco de y = cosh x ao longo de [O, a] (Figura 6). Em seguida, encontre o comprimen-
longo de[! , 3] é f. to de arco ao longo de [O, 2].

Solução Lembre que y' = (coshx)' = senhx. Usando a Equação (3) da margem esquer-
da, obtemos

y 1 + (y')2 = 1 + senh2 x = cosh2 x

foª J1 + (y')2 dx = foª cosh x dx = senh x [ = senha

Portanto, o comprimento de arco ao longo de [O, a] é senha. Tomando a= 2, obtemos


y =coshx que o comprimento de arco ao longo de [O, 2] é senh 2 ~ 3,63. •

-1------+-----+--X Nos Exemplos 1 e 2, a quantidade 1 + J'(x) 2 acabou sendo um quadrado perfeito e


-a a
fomos capazes de calcular a integral do comprimento de arco. Quando J1
+ f'(x) 2 não
FIGURA 6 tiver uma antiderivada elementar, como costuma ocorrer, podemos aproximar o compri-
mento de arco usando integração numérica.

• .. LEMBRETE • EXEMPLO 3 Quando o comprimento de arco não puder ser calculado exatamente [,95 Ex-
presse o comprimento de arco L de y = sen x ao longo de [O, n]. Em seguida, aproxime L
coshx = I (ex -
2 + e x) usando a regra de Simpson SN com N = 6 e usando um sistema algébrico computacional.

senh x = ~(ex - e-x)


2
Solução Temos y' = cosx. Denotando g(x) = J1 + y'2 = Ji + cos2 x
cosh x - senh2 x = 1
2
Comprimento de arco= fon J1 + cos2 x dx = fon g(x) dx
Essa integral não pode ser calculada explicitamente, de modo que a aproximamos usando
a regrade Simpson (Seção 8.1). Dividimos[O, n]emN = 6 subintervalos de comprimento
tu= n/6 e extremidades j L\x = jn/6, para}= O, 1, ... , 6. Então
y

s6 = ~x (g(O) +4g (~) + 2g (~) +4g (3;) + 4 5


2g ( : ) + 4g ( : ) + g(n))
n
~ 18(1,4142 + 5,2915 + 2,2361 + 4 + 2,2361 + 5,2915 + 1,4142)
---+---+--+----+---'1-X
n n n ~ ~ n ~ 3,82
6 3 2 3 6

FIGURA 7 O comprimento de arco de Usando um sistema algébrico computacional para calcular numericamente essa integral,
Oa n é, aproximadamente, 3,82. obtemos a aproximação 3,820198 (Figura 7). •

A área de superfície de uma superfície de revolução pode ser calculada por uma inte-
gral que está relacionada de perto com a integral do comprimento de arco (Figura 8). Essa
fórmula pode ser justificada usando aproximações polinomiais de y = f (x), como no caso
do comprimento de arco já desenvolvido.
474 CÁLCULO

y
Area de uma superfície de revolução Se existir f' (x) e for contínua em [a, b], então a
área de superfície obtida pela rotação do gráfico de f (x) em torno do eixo x, para
a sx S b,é iguala

Área de superfície ao longo de [a , b] = 2n lb f(x)J 1 + f ' (x) 2 dx

FIGURA 8 A superfície obtida pela • EXEMPLO 4 Encontre a área S da superfície do cone obtido pela rotação da reta y = 2x
rotação de y = f (x) em tomo do eixo x. em torno do eixo x, para O S x S 4.

Solução Temosf (x) = 2x e J1 + f ' (x) 2 = Jf'+"4 = Js,de modo que a área de super-
y fície (Figura 9) é igual a

• EXEMPLO 5 Encontre a área S da superfície obtida pela rotação de y = x 112 - ½x 312


em torno do eixo x, para 1 S x S 3.

Solução Seja f (x) = x 112 - ½x 312. Então f' (x) = ½<x- 112 - x 112) e

x- I/2 - xI/2)2 x-1 - 2 + x


l+J'(x) 2 =1+ =l+
( 2 4
FIGURA 9 A superfície obtida pela
rotação de y = 2x em tomo do eixo x.

y A área de superfície (Figura 1O) é

f
S = 2rr 3 f(x)jl + f'(x) 2 dx

-f
-2n
I
1 3/2) ( -
3 ( x 1/2 - -x
3
x l/2-+-
x -1-
/2) dx
2
3 3
= nJ [ (
1
2
1 + 3X -
1
3X 2)
dx = n (
X
1
+ 3X
2
-
1
9X 3) 1
1 = 16rr
9 •
FIGURA 10 A superfície obtida pela
x
rotação de y = 112 - ½x 312 em tomo

do eixo x, ao longo de 1 :s x ::s 3.


9.1 RESUMO

• O comprimento de arco da curva y = f (x) ao longo de [a, b] é lb J + 1 f' (x )2 dx.

• Quando a integral do comprimento de arco não puder ser calculada diretamente, pode-
mos usar integração numérica para obter uma aproximação.
• A área de superfície da superfície obtida pela rotação do gráfico de f (x) em torno do
eixo x ao longo de [a, b] é

Áreadesuperfície=2rr lb f(x)j l +f'(x) 2 dx


CAPfTULO 9 Mais Aplicações da Integral e Polinômios de Taylor 475

9.1 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Qual integral representa o comprimento da curva y = cos x entre 2. Como diferem os comprimentos de arco das curvas y = f (x) e
Oen? y = f (x) + C ao longo de um intervalo [a, b] (com C uma cons-
tante)? Explique geometricamente e, então, justifique usando a
fon J1 +cos2 xdx , fon J1 +sen2 xdx fórmula do comprimento de arco.

Exercícios
1. Expresse o comprimento de arco da curva y = x 4 entre x = 2 e y
x = 6 como uma integral (mas não a calcule).

2. Expresse o comprimento de arco da curva y = tg x para O:'.S x :'.S ¾


como uma integral (mas não a calcule). 0,5

3. Encontre o comprimento de arco de y = 121 x 3 + x- 1 para


2 3
2
1 :'.S x :'.S 2. Sugestão: mostre que 1 + (y 1
}2 = ( ~x2 + x-2) . FIGURA 12 O gráfico de 9y 2 = x(x - 3)2.

4. Encontre o comprimento de arco de y =( i) +4


~ ao longo
2 2
18. Encontre o valor de a tal que o comprimento de arco da catená-
ria y = cosh x, para -a :'.S x :'.S a, seja igual a 1O.
de [l, 4]. Sugestão: mostre que 1 + (y1) 2 é um quadrado perfeito.
19. Sejaf (x) = mx + b uma função linear (Figura 13). Use o Teo-
Nos Exercícios 5-10, calcule o comprimento de arco ao longo do in- rema de Pitágoras para verificar que o comprimento de arco ao
tervalo dado. longo de [a, b] é igual a

5. y = 3x + 1, [O, 3] 6. y=9 -3x, [1,3]

7. y = x 312 , [1 , 2] 8. y = ½x3f2 -x1 f2, [2, 8]


y
9• y = 41x 2 - 11
2 nx, [l , 2e] 10. y = ln(cosx), [O, ¾l
''
Nos Exercícios 11-14, aproxime o comprimento de arco da curva ao
im(b-a)
longo do intervalo dado usando a regra do trapézio TN, a regra do
ponto médio MN ou a regra de Simpson SN, como indicado. ------- - -- - ---- - - -- 1

11. y = ¼x4, [l, 2], T5 12. y = senx, [O, 1], Mg a b

13. y = x- 1, [l, 2], Sg 14. y = e- x2 , [O, 2], Sg FIGURA 13

15. Calcule o comprimento do astróide x2/ 3 + y2/ 3 = 1(Figura 11). 20. Mostre que a circunferência do círculo unitário é igual a

y
2 f h,
1

-1 l - x2
(uma integral imprópria). Calcule essa integral,

desse modo mostrando que a circunferência é 2n.

21. Mostre que a circunferência C do círculo centrado na origem e de

raio ré C =2 f rdx
- r J1 -
x2jr2
. Use alguma substituição para

mostrar que C é proporcional a r.

-1 22. Calcule o comprimento de arco de y = x 2 ao longo de [O, a]. Su-


gestão: use uma substituição trigonométrica. Calcule para a = 1.
FIGURA 11 O gráfico de x2/3 + y2/3 = 1.
23. ~ Expresse o comprimento de arco de g (x) = ./x ao longo
16. Mostre que (para a > O) o comprimento de arco do astróide de [O, l] como uma integral definida. Em seguida, use a subs-
x2/3 + y 213 = a213 é proporcional a a. tituição u = ./x para mostrar que esse comprimento de arco é
igual ao comprimento de arco de x 2 ao longo de [O, 1] (mas não
17. Encontre o comprimento de arco da curva mostrada na Figura 12. calcule as integrais). Explique graficamente esse resultado.
476 CÁLCULO

24. ICG~ Use um recurso gráfico para esboçar os gráficos de 41. Prove que a área de superfície de uma esfera de raio ré 4irr 2,
f(x) = Jx eg(x) = 1nx, acima de [1, 4]. Em seguida, aplicando usando a rotação do semicírculo superior do círculo x2 + y2 = r 2
o teste da comparação às integrais do comprimento de arco, mos- em tomo do eixo x.
tre que o comprimento de arco de y = f(x) é:
[ l=t 5 Nos Exercícios 42-45, use um sistema algébrico computa-
(a) menor do que o comprimento de arco de y = g(x) ao longo de cional para encontrar a área de superfície exata ou aproximada do
[1, 4]; sólido gerado pela rotação da curva em torno do eixo x.
(b) maior do que o comprimento de arco de y = g(x) ao longo de 42. y = ¼x 2 - ½lnx para l :S x :Se, área exata
[4, 8].
43. y = x 2 para O :S x :S 4, área exata
25. Encontre o comprimento de arco de y = ex ao longo de [O, a].
Sugestão: tente a substituição u = J 1 + e2x e depois frações 44. y = x 3 para O :S x :S 4, área aproximada
parciais. 45. y = tg x para O :S x :S ¾, área aproximada

26. Mostre que o comprimento de arco de y = ln(f (x)) ao longo de 46. Encontre a área de superfície do toro obtido pela rotação do cír-
[a, b] é culo x2 + (y - b)2 = r 2 em tomo do eixo x.

b J f (x)2 + f ' (x)2 47. [ l=t 5 Um fabricante pretende produzir tapetes especiais no
1 a
------dx
f(x) formato da região na Figura 15, delimitada pelos eixos e o gráfi-
co de y = 1 - xn (unidades em metros). Suponha que o material
27. Use a Equação (4) para calcular o comprimento de arco de y = custe 50 dólares/m2 e que o custo para cortar o tapete seja de
ln(sen x) ao longo de¾ :S x :S 1- SOL dólares, onde L é o comprimento do lado curvo do tapete.
O tapete pode ser vendido por 150A dólares, onde A é a área do
28. Use a Equação (4) para calcular o comprimento de arco de tapete. Usando integração numérica com um sistema algébrico
1 computacional, encontre o número natural n para o qual o lucro
y = ln (ex+
eX -1
) ao longo de [l, 3].
do fabricante seja máximo.
29. Mostre que se O :s f 1(x) :s I para todo x, então o compri- y
mento de arco de y = f (x) ao longo de [a, b] é, no máximo,
1
h(b - a). Mostre que, paraf(x) = x, é igual a h(b - a).

30. Sejam a, r > O. Mostre que o comprimento de arco da curva


x' + y' = a' ao longo de [O, a] é proporcional a a. 0,5
A
31. Aproxime o comprimento de arco de uma quarta parte do círculo
unitário (que sabemos ser igual a Í) calculando o comprimento
--+---1----+-x
da aproximação poligonal com N = 4 segmentos (Figura 14). 0,5
FIGURA 15

48. Prove que a porção de uma esfera de raio R que pode ser vista por
um observador localizado a uma distância d acima do Pólo Norte
2ndR 2 ...
tem área A = - - . Sugestão: mostre, m1cialmente, que se a
d+R
calota tem altura h, então a área de sua superfície é 2nRh. Em se-
guida, mostre que h = ~ . aplicando o Teorema de Pitágoras
d+R
0,25 0,5 0,75 1 a três triângulos retângulos na Figura 16.
FIGURA 14 Uma quarta parte do círculo unitário.
/ -?bservador

Nos Exercícios 32-39, calcule a área da superfície de revolução em


/d \
,, ''
,, ''
torno do eixo x ao longo do intervalo.

32. y = 4x + 3, [O, I] 33. y = 4x + 3, [2, 4]

34. y=-hx 3 + x- 1, [1,4] 35. y=(4-x 213) 312, [0,8] FIGURA 16 A calota esférica observada a uma distância d acima do
36. y = e-x, [O, 1] 37. y = ex , [O, l]
Pólo Norte.

38. y=x 2, [0, 4] 39. y =senx, [0, 1t] 49. ~ Suponha que o observador no Exercício 48 se afaste para
o infinito, ou seja, que d -+ oo. É de se esperar que o valor limi-
40. Encontre a área da superfície obtida pela rotação em tomo do te da área observada seja qual? Confira seu palpite usando a fór-
eixo x da curva y = cosh x ao longo de [- ln 2, ln 2]. mula para a área do exercício precedente e calculando o limite.
CAPfTULO 9 Mais Aplicações da Integral e Polinômios de Taylor 477

Compreensão adicional e desafios


50. Mostre que a área de superfície de um cone circular reto de raio Use substituição para mostrar que
r e altura h é nrJr 2 + h 2. Sugestão: gire uma reta y = mx em
tomo do eixo x, para O ::: x ::: h, onde m deve ser determinado a
partir do raio r.

51. Encontre a área de superfície do elipsóide obtido pela rotação da Use um sistema algébrico computacional para aproximar L no
2 2 caso a = 2, b = 1.
elipse(~) +(f) = lemtomodoeixox.
54. ~ Seja Ma massa total de um bastão metálico no formato
52. Mostre que se o comprimento de arco def (x) ao longo de [O, a] da curva y = f (x) ao longo de [a, b] cuja densidade de massa
for proporcional a a, entãof(x) deve ser uma função linear. p(x) varia como uma função de x. Use somas de Riemann para
justificar a fórmula
53. Cl=t 5 Sejam L o comprimento de arco da metade superior da elip-

se de equação y = (;) Ja2 - x2 (Figura 17) e 71 = J !: .


1- M = ib p(x)JI + f'(x)2d x

55. ~ Sejaf (x) uma função crescente em [a, b] e seja g(x) sua
inversa. Argumente com comprimento de arco para provar que a
igualdade seguinte é válida:

i
b f f (b)
J1 + f ' (x) 2 dx = J1 + g' (y )2dy
-2 2 a /(a)

FIGURA 17 O gráfico da elipse y = ½J4 - x 2. Em seguida, use a substituição u = f (x) para provar a Equação (5).

9.2 Pressão e força de fluido


Nesta seção, utilizamos a integração para calcular a força exercida sobre um objeto sub-
merso num fluido. Essa é a força que sentimos quando tentamos empurrar uma bola de
basquete debaixo da água de uma piscina. Nossos cálculos são baseados numa lei da Físi-
ca que afirma que, para um fluido em repouso (como a água de um tanque, mas não a de
um rio), a pressão do fluido p é proporcional à profundidade h.
A pressão é definida como força vezes unidade de área. Contudo, há uma diferença
importante entre pressão de um fluido e a pressão exercida por um objeto sólido noutro.
A pressão de fluido não age em alguma direção específica. Ao invés disso, um fluido
exerce pressão em cada lado de um objeto na direção perpendicular àquele lado (Figura
2). Lembre que a densidade de um fluido é medida em unidades de massa por volume ou
peso por volume.

FIGURA 1 Como a pressão d'água é


proporcional à profundidade, os pulmões
Pressão como uma função da profundidade A pressão de fluido à profundidade h num
de um mergulhador são comprimidos e
fluido de densidade w (em peso por volume) é
podem ser lesados durante um mergulho
profundo.
1 p = pressão de fluido = wh 1 [I]

A pressão age em cada ponto de um objeto na direção perpendicular à superfície do


objeto naquele ponto.

Em nosso primeiro exemplo, calculamos a força de fluido (também denominada força


"total" ou "resultante") numa situação em que a pressão pé constante. Nesse caso, a força
total agindo numa superfície de área A é
478 CÁLCULO

1 Força = pressão x área = p A 1

Nível da água

Pressão constante ao
A densidade da água é w = 62,5 lb/pé3.
3

__ -'lJ
longo do topo, agindo
para baixo. • EXEMPLO 1 Calcule a força no topo e na base de uma caixa de dimensões 2 x 2 x 5
pés que está submersa numa piscina d'água com seu topo a 3 pés abaixo da superfície
A pressão d'água (Figura 2).
nos lados
5 varia com a Solução O topo da caixa está localizado à profundidade h = 3 pés, portanto, pela
profundidade
e age na direção Equação (1),
perpendicular.
- - ._ ,
2
2 Pressão no topo= wh = 62,5(3) = 187,5 lb/pé2
Pressão constante
ao longo da base, Como a pressão ao longo do topo é constante e o topo tem uma área A = 4 pés2, a força
agindo para cima. total no topo, agindo para baixo, é

FIGURA 2 A pressão age em cada lado Força no topo= pressão x área= 187,5 x 4 = 750 lb
na direção perpendicular.
A base da caixa está à profundidade h = 8 pés, portanto, a força total na base é

Força na base = pressão x área = 62,5 (8) x 4 = 2.000 lb


A força na base age no sentido para cima.

No próximo exemplo, calculamos a força total nos lados da caixa. Como a pressão
varia com a profundidade, usamos integração para encontrar a força total.

• EXEMPLO 2 Calculando a força num lado usando integração Calcule a força F no lado de
uma caixa submersa com seu topo a 3 pés da superfície d'água. Como antes, a caixa tem
5 pés de altura e uma base quadrada de 2 pés de lado.
Solução Como a pressão varia com a profundidade, dividimos o lado em N faixas hori-
Nível d'água zontais estreitas (Figura 3). Se F1 for a força naj-ésima faixa, então a força total F será
3

Yo-3
Passo 1. Aproximação da força numa faixa.
Y1 = 3 + õy Utilizaremos a variável y para denotar a profundidade. Assim, um valor maior de y
denota profundidade maior. Cada faixa tem altura tiy = 5/ N e largura 2, portanto
5 y,_ 1 =3+(j-l)õy a área da faixa é 2tiy. A aresta de baixo da faixa está à profundidade y J = 3 + j tiy
y,=3+jõy
(Figura 3).
Se tiy for pequeno, então a pressão naj-ésima faixa é praticamente constante,
com valor wy1 (já que a faixa é estreita, todos pontos ficam praticamente à mesma
profundidade YJ), podemos aproximar a força naj-ésima faixa:
FIGURA 3 Cada faixa tem área 2~y.
F1 = força naj-ésima faixa à profundidade YJ ~ WYJ x (2tiy) = 2wyJ tiy
._.-, '-,-'
Pressão Área

Passo 2. Aproximação da força total como uma soma de Riemann.


A força total no lado é
N
F = F1 + F2 + ··· + FN ~ L2WYJ tiy
J=l

Podemos reconhecer a soma à direita como uma soma de Riemann para a integral
w 1
8
2y dy. O intervalo de integração é [3, 8], pois a caixa se estende de y = 3 até y = 8
(a soma de Riemann foi montada com Yo = 3 e YN = 8).
CAPfTULO 9 Mais Aplicações da Integral e Polinômios de Taylor 479

As contas de força de fluido e trabalho Passo 3. Cálculo da força total como uma integral.
(Exemplo 2 na Seção 6.5) são Quando !:ly tende a zero, a soma de Riemann tende à integral e obtemos
parecidas. Em ambos casos, obtemos
uma estimativa da força ou trabalho
como uma soma (correspondente
a fatias ou faixas finas, etc.)
F= w 1 8
2y dy = (62,5)y21: = 62,5(82 - 32 ) = 3.437,5 lb •
e expressamos a quantidade
precisamente como uma integral.
O método do exemplo precedente pode se usado para encontrar a força de fluido num
lado plano de qualquer objeto submerso verticalmente (não inclinado) num fluido. Vamos
supor que o objeto se estenda da profundidade y = a até y = b e, como antes, dividimos o
Nível d' água
.------------+O lado em Nfaixas horizontais de altura !:ly = (b - a)/ N (Figura 4). Seja

Yo =a f (y) = largura do lado à profundidade y.


Y1
Yj -l
Yj
Se !:ly for pequeno, então aj-ésima faixa é praticamente retangular, com altura !:ly e largu-
ra f(y), para alguma função contínua/(y), e área f(y)!:ly. Como a faixa fica à profundi-
dade Yj = a+ j !:ly, a força Fj naj-ésima faixa pode ser aproximada:
Fj = força naj-ésima faixa à profundidade Yj ~ WYj x f(Yj)!:ly = wyj/(Yj) !:ly
'-..,-' '-,,-'
FIGURA 4 A área da faixa destacada é, Pressão Área
aproximadamente,! (y j) ó.y.
A força total F sobre o lado é aproximada por uma soma de Riemann que converge à
integral quando N -+ oo:

F=Fi+···+FN=twyj/(yj)!:ly -+ w1byf(y)dy
j=l

TEOREMA 1 Força de fluido numa superfície plana submersa verticalmente A força no lado
plano de um objeto submerso verticalmente num fluido é

Força sobre o lado= w [b (profundidade x largura)d(profundidade)


= w 1b yf (y) dy rn
onde/(y) é a largura horizontal do lado à profundidade y, w é a densidade do fluido e
o objeto se estende desde a profundidade y = a até a profundidade y = b.

• EXEMPLO 3 Uma placa na forma de um triângulo eqüilátero com 2 m de lado está


submersa verticalmente num tanque de óleo, com densidade de massa p = 900 kg/ m3,
como na Figura 5. Calcule a força total num lado da placa.
Solução Para usar a Equação (2), calculamos a largura horizontal f (y) da placa à pro-
fundidade y . Lembre que um triângulo eqüilátero de lado s tem altura ~ s. Como
2
s = 2, nosso triângulo tem altura .J3.
Por semelhança de triângulos (Figura 5),
FIGURA 5 Uma placa triangular y/f (y) = v3/2 e, assim, f(y) = 2y/v3. A densidade do fluido em peso por volume é
submersa num tanque de óleo. w = pg = (900)(9,8) = 8.820 N/m3. Pela Equação (2),

F= w lo[J'j y f(y)dy = 8.820 lo[ J'j .J3y2dy


2
=
(17.640) y3 1./3
.J3
3 = 17.640N •
0

Se o lado do objeto submerso estiver inclinado num ângulo, devemos modificar o


cálculo da força, como vemos no exemplo seguinte.
480 CÁLCULO

• EXEMPLO 4 Força numa superfície inclinada Calcule a força de fluido F no lado


de uma barragem, que está inclinada num ângulo de 45°. A barragem tem 700 pés de

·- ··
- '"
altura e largura na base é de 1.500 pés, como na Figura 6. Suponha que o reservatório
·~ . .. · . . .
esteja cheio, de modo que a pressão d'água age ao longo de todo o lado inclinado da
barragem.
I; t
f!Zfl .\ '
Yo=O
Y1= l:i.y

Yj -I = (J-1)1:i.y
Yj = jl:i.y
A represa Hoover, localizada na fronteira
entre o Arizona e Novo México, nos EUA.
YN =Nl:i.y =700

FIGURA 6 A água exerce pressão no


lado de uma barragem.

Solução A altura vertical da barragem é 700 pés. Dividimos o eixo vertical de O a 700
em N subintervalos de comprimento !J.y = 700/ N. Isso divide a face da barragem em N
faixas como na Figura 6. Observe que a largura de cada faixa é o comprimento da hipote-
nusa de um triângulo que, por trigonometria, tem comprimento !J.y / sen(45º ) = ,Jí,t1y.
Portanto,

Área de cada faixa = comprimento x largura = 1.500( ./2 /1y )

Agora podemos continuar como no exemplo precedente. Aproximamos a força F1 na j-


ésima faixa e escrevemos a força total F como a soma das forças nas faixas:

Fj ~ WYJ x 1.500./2!1y = WYJ x 1.500./2 !J.y


._,-,---.-,
Pressão Área da faixa
N N N
F = :Z::F1 ~ I: wy1(1.500./211 y) = 1.5oohw L YJ t1y
}=I J= I }= I

{ 700
A soma à direita é uma soma de Riemann da integral 1.500hw lo y dy. Como a água
tem densidade w = 62,5 lb/pé3, 0

700 7002
F = l.500.J2w
1 o
y dy = 1.500./2(62,5) -
2
~ 3,25 x 10 10 lb

9.2 RESUMO
• A pressão de fluido à profundidade h é igual a wh, onde w é a densidade do fluido (peso
por volume). A pressão de fluido numa superfície age na direção perpendicular à super-
fície. A água tem densidade de 62,5 lb/pé3 e densidade de massa 1.000 kg/m3•
CAPfTULO 9 Mais Aplicações da Integral e Polinômios de Taylor 481

• Se um objeto estiver verticalmente submerso num fluido e se estender de uma profundi-


dade y = a até y = b, então a força total no lado do objeto é

F =w lb yf(y)dy

ondef (y) é a largura horizontal do lado à profundidade y.

9.2 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Como é definida a pressão? 4. Por que utilizamos faixas horizontais finas para calcular a pressão
do fluido em vez de faixas verticais finas?
2. A pressão do fluido é proporcional à profundidade. Qual é o fator
de proporcionalidade? 5. Se uma placa fina for submersa horizontalmente, então a força
de fluido na placa é igual à pressão vezes a área. Isso permanece
3. Quando a força de fluido age no lado de um objeto submerso, em verdadeiro se a placa for submersa verticalmente?
que direção ela age?

Exercícios
1. Uma caixa de 6 pés de altura e base quadrada de 3 pés de lado 4. A placa fina R da Figura 8, delimitada pela parábola y = x 2 e
está submersa numa piscina com água. O topo da caixa está a 2 y = 1, está submersa verticalmente na água. Seja F a força de
pés abaixo da superfície da água. fluido num lado de R.
(a) Calcule a força de fluido no topo e na base da caixa. (a) Mostre que a largura de R à altura y é f (y) = 2.jy e que a força
(b) Escreva uma soma de Riemann que aproxime a força de fluido de fluido numa faixa horizontal de espessura !),.y à altura y é apro-
num lado da caixa dividindo-a em N faixas horizontais de altura ximadamente 2wy 112 (1 - y)!),.y.
!),.y = 6/N. (b) Escreva uma soma de Riemann que aproxime F e use-a para ex-
I
= 2w Ío
(e) Para qual integral converge a soma de Riemann? 12
plicar por que F y 1 (1 - y) dy.
(d) Calcule a força de fluido num lado da caixa.
(e) Calcule F.
2. Uma placa em forma de triângulo isósceles com 1 pé de base e 2
pés de altura está submersa verticalmente num tanque d'água de
y
modo que seu vértice toca a superfície d'água (Figura 7).
Superfície d'água
(a) Mostre que a largura do triângulo à profundidade y é f (y) = ½y.
(b) Considere uma faixa estreita de altura !),.y à profundidade y. Ex- 1-y f (y)
plique por que a força de fluido nessa faixa estreita é aproxima-
damente igual a w ½y2 !),. y, onde w = 62,5 lb/pé3.
R
(e) Escreve uma aproximação para a força de fluido total F num lado
da caixa como uma soma de Riemann e indique a integral para a
qual ela converge. -1

(d) Calcule F. FIGURA 8

5. Seja F a força de fluido (em newtons) numa placa semicircular


de r metros de raio, submersa em água de tal modo que seu diâ-
metro esteja na superfície d'água (Figura 9).
2

FIGURA 7

3. Repita o Exercício 2, mas agora supondo que é o topo do triângu-


lo que está 3 pés abaixo da superfície d'água. FIGURA 9
482 CÁLCULO

(a) Mostre que a largura da placa à profundidade y é 2Jr2 - y2 y

(b) Calcule F usando a Equação (2).

6. Calcule a força de um lado de uma placa circular de 2 pés de raio,


submersa verticalmente num tanque d'água de tal modo que o
topo do círculo seja tangente à superfície d'água. !E.
2
7. Uma placa semicircular de raio r, orientada como a da Figura 9,
está submersa em água de tal modo que seu diâmetro está a uma (A) (B)
profundidade de m pés. Calcule a força num dos lados da placa
FIGURA 13
em termos de r e m.

8. A Figura 10 mostra a parede de uma barragem num reservatório 13. Na notação do Exercício 12, calcule a força de fluido num dos
d'água. Use a regra do trapézio e as medidas de largura e profundi- lados de R se estiver orientada como na Figura 13(A). É possível
dade na figura para obter uma estimativa da força total na parede. que seja necessário usar integração por partes e substituição tri-
gonométrica.
Profundidade (pés)
1.800 ( s) 14. Seja A a região sob o gráfico de y = ln x, acima de[!, e] (Figura
o
1.650 14). Calcule a força de fluido numa placa com o formato da re-
20
1.400 gião A se a superfície d' água estiver em y = 1.
40
1.100
60 15. Calcule a força de fluido num dos lados da placa "infinita" B da
900 Figura 14.
80
100
600

FIGURA 10 y

9. Calcule a força total (em newtons) num dos lados da placa da


Figura 1l(A), submersa em água.

10. Calcule a força total (em newtons) num dos lados da placa da
Figura l l (B), submersa num fluido de densidade de massa
p = 800 kg/m3.

2m
m
4m
2m -7 \ 4m
FIGURA 14

16. Calcule a força de fluido (em newtons) numa placa quadrada de


7m
2m 3 m de lado que esteja submersa num ângulo horizontal de 30º.
Suponha que o lado superior da placa esteja nivelado com a su-
(A) (B)
perfície da água.
FIGURA 11
17. Repita o Exercício 16, supondo, agora, que o lado superior da
11. A placa da Figura 12 está submersa em água com seu topo ali- placa esteja a 6 m de profundidade.
nhado com a superfície d'água. As beiradas esquerda e direita da
placa são dadas pelas curvas y = x 1/ 3 e y = - x 1/ 3. Encontre a 18. A Figura 15(A) mostra uma rampa inclinada a 30° para dentro de
pressão de fluido num dos lados da placa. uma piscina. Calcule a pressão de fluido na rampa.

y 19. Calcule a pressão de fluido no lado destacado da placa triangular


submersa em água como mostra a Figura 15(8).
2

-+---------+----------+-x 4
-8 8

FIGURA 12 6 Variação
vertical ~y
12. Seja R a placa cujo formato é o da região sob y = sen x, para
O::: x .::: ~, na Figura 13(A). Calcule a força de fluido em R se
a placa for girada 90º no sentido anti-horário e submersa num
(A) (B)
fluido de densidade 140 lb/pé3 com seu topo nivelado com a su-
perfície do fluido, como em (B). FIGURA 15
CAPfTULO 9 Mais Aplicações da Integral e Polinômios de Taylor 483

20. A calha na Figura 16 está cheia de melaço, cuja densidade é 90 22. A Figura 17 mostra um objeto cuja face é um triângulo eqüi-
3
lb/pé • Calcule a força no lado frontal da calha. látero com 5 pés de lado. A largura do objeto é de 2 pés e está
submerso com seu vértice a 3 pés abaixo do nível d' água. Cal-
21. Calcule a pressão de fluido em um dos lados inclinados da calha cule a força de fluido em ambas faces triangulares e na face
da Figura 16, cheia de melaço como no Exercício 20. retangular do objeto.

Nível d'água

L1 5 2

FIGURA 16 FIGURA 17

Compreensão adicional e desafios


23. A extremidade da calha na Figura 18 é um triângulo eqüilátero de h. Mostre que se a profundidade for aumentada por uma quan-
de lado 3. Suponha que a calha esteja com água até a altura tidade t.h, então a força no lado da placa aumenta por wAt.h,
y. Calcule a força de fluido em cada lado da calha como uma onde A é a área da placa.
função do nível y e do comprimento l.
25. Prove que a força no lado de uma placa de área A submersa verti-
calmente num fluido é igual a poA, onde PO é a pressão do fluido
no ponto central do retângulo.

26. ~ Se a densidade de um fluido variar com a profundidade,


então a pressão à profundidade y é uma função p (y) (que não pre-
cisa ser igual a wy como no caso de densidade constante). Use so-
mas de Riemann para argumentar que a força total F no lado plano
FIGURA 18
de um objeto submerso verticalmente é F = ib f(y)p(y)dy ,
24. Uma placa retangular de lado f, está submersa verticalmente num
fluido de densidade w, com seu lado superior a uma profundida- ondef(y) é a largura do objeto à profundidade y.

9.3 Centro de massa


Cada objeto tem um ponto de equilíbrio denominado centro de massa (CDM) (Figura 1).
Podemos equilibrar o objeto na ponta de um dedo se colocarmos o dedo num ponto direta-
mente abaixo do CDM. Mais geralmente, um objeto não passa a girar quando for aplicada
uma força ao longo de uma reta que passe pelo CDM.
Nessa seção, revisamos a fórmula para o CDM de um sistema de partículas (ou "mas-
sas pontuais") e depois mostramos como podemos utilizar a integração para calcular cen-
tros de massa de placas finas de densidade uniforme.
O centro de massa é dado em termos de quantidades denominadas momentos. Para
FIGURA 1 Um "objeto estendido"
uma única partícula de massa m, o momento em relação a uma reta L é definido como m
como uma bailarina pode girar de uma
maneira complicada enquanto se move vezes a distância da partícula à reta:
pelo ar sob a influência da gravidade,
mas (ignorando o atrito) seu centro Momento em relação à reta L = m x distância a L
de massa simplesmente percorre uma
trajetória parabólica. Os momentos em relação aos eixos x e y, denotados por Mx e My, são denominados mo-
mentos x e y. Se a massa m estiver localizada no ponto (x, y) do plano (Figura 2),
484 CÁLCULO

y
y
Massam
localizada em (x, y)
X / X2
--------.. mi
··············1 ' ·coM
X4 •m4
-+------'-'----X ----+------X

FIGURA 2 FIGURA 3

Mx = momento em relação ao eixo x = '-..-'


m x y
'-..-'
Massa Distância ao eixo x

M y = momento em relação ao eixo y = m x X


'-..-' '-..-'
Massa Distância ao eixo y

Dadas n partículas de coordenadas (xi, y i) e massas m j, definimos o momento do sistema


como a soma dos momentos das partículas individuais (Figura 3):
ADVERTlNCIA A notação é
potencialmente conflitante: Mx é
definido em termos de coordenadas Mx = m1y1 + m2y2 + · · · + mnYn
y e My em termos de coordenadas
My = m1x1 + m2x2 + · · · + mnXn
x. Contudo, xcM = My/M e
YCM = Mx/M.
O centro de massa do sistema é o ponto PcM = (xcM, YCM) de coordenadas

IXCM=~-
y onde M = m 1 + m2 + · · · + mn é a massa total do sistema.
4
• EXEMPLO 1 Encontre o CDM do sistema de três partículas de massas 2, 4 e 8 locali-
3 °೤ CDM zadas nos pontos (O, 2), (3, 1) e (6, 4), como na Figura 4.
2 2
Solução A massa total é M = 2 + 4 + 8 = 14 e os momentos são
-+-+---+--+---+-+---+--+-- X
2 3 4 5 6 7 Mx = m IYI + m2y2 + m3y3 = 2 · 2 + 4 · 1 + 8 · 4 = 40
FIGURA 4 O centro de massa no My =m1x1 +m2x2+m3x3 =2 · 0+4·3+8·6=60
Exemplo 1.
60 = 30 e YCM = 40 = 20 . O CDM e, (30 , 20).
Portanto, xcM = 14 7 14 7 7 7 •
y
Lâminas (placas finas)
Uma lâmina é uma placa fina cuja massa esteja distribuída continuamente em toda uma
região do plano. Calcularemos os momentos e o centro de massa de uma lâmina supondo
que a densidade de massa p seja constante. Suponha, inicialmente, que a lâmina ocupa
uma região do plano sob o gráfico de uma função contínua/ (x), acima de um intervalo
[a, b], onde f (x) ~ O(Figura 5).
Seguimos nosso procedimento padrão para calcular My. Ou seja, dividimos [a, b]
b-a
em N subintervalos de comprimento ~x = ----;;-, com extremidades xi = a + j ~x.
a b

FIGURA 5 Uma lâmina ocupando a Isso divide a lâmina em N faixas verticais (Figura 6). Se ~x for pequeno, aj-ésima faixa
região sob o gráfico def(x), acima de é praticamente retangular, com base ~x e altura f (xj)- Portanto, a faixa tem uma área
[a, b]. f (xi) ~ x e massa pf (xi) ~x. Como a faixa é estreita, todos pontos na faixa ficam apro-
CAPfTULO 9 Mais Aplicações da Integral e Polinômios de Taylor 485

Nesta seção, nos restringimos a placas ximadamente à mesma distância do eixo y (Figura 6). Desse modo, podemos aproximar o
finas de densidade de massa constante momento daj-ésima faixa, que denotamos MyJ
(também denominada "densidade
uniforme"). Quando a densidade
não for constante, os cálculos de
M y,j ~ (massa) x (distância ao eixo y) = (p f (x j) D.x )x j
COM exigem integração múltipla,
apresentada no Capítulo 16. O momento My é a soma dos My,j e, assim, pode ser aproximado:

N N

y
My = L My,j ~ p I:xjJ(xj) D.x
j=I j=I

A soma à direita é uma soma de Riemann cujo valor tende a pxf(x)dx quando 1b
N ~ oo e o momento de fato é dado pela integral: ª

My =p 1b xf(x)dx
'----+--+-~--+--~--+---X

FIGURA 6 A faixa destacada é Um argumento análogo é aplicável se a lâmina ocupar a região entre os gráficos de duas
praticamente retangular com área funções /1 (x) e h(x), acima de [a, b], onde /1 (x) :::: h(x). Nesse caso, o comprimento
f(xj) !:u. dai-ésima faixa vertical é /1 (xi) - h(xi), portanto trocamos/ (x) por /1 (x) - h(x) na
fórmula de M y· Podemos pensar em /1 (x) - h (x) como o comprimento de um corte
vertical ou faixa de "largura nula" (Figura 7):
y

My = p 1b x (comprimento do corte vertical) dx = p 1b x (f1(x) - h (x)) dx [I]

De maneira análoga podemos calcular o momento x, dividindo a lâmina em faixas


y=Ji(x) horizontais finas. Para isso, precisamos descrever a lâmina como uma região entre duas
'---+-----+---!-- X curvas x = g1 (y) ex = g2(y), com g1 (y) :::: g2(y), ao longo de um intervalo [c, d] do
a X b
eixo y (Figura 8). Obtemos a fórmula
FIGURA 7 O corte vertical em x tem
comprimento /1 (x) - h(x).
Mx =p 1d y(comprimento do corte horizontal) dy =p 1d y(g1 (y) - g2(y)) dy II]

y As coordenadas do cento de massa são os momentos divididos pela massa total M da


lâmina:

A massa total da lâmina é M = pA, onde A é a área da lâmina:

'---------- X M = pA = p 1\Ji(x)- h(x))dx ou


FIGURA 8 O corte horizontal em y tem
comprimento g 1(y) - g2 (y ).
O CDM de uma lâmina de densidade de massa constante p ocupando uma dada re-
gião é também denominado centróide da lâmina, ou da região. Observe que os momentos
Mx e My e a massa total todas contêm o fator p. Como esse fator cancela nos quocientes
My/ Me Mx / M, o centróide depende somente do formato da lâmina e não da densidade
de massa. Portanto, ao calcular o centróide, temos a liberdade de tomar p = 1. Na si-
486 CÁLCULO

tuação mais geral em que a densidade de massa não é constante (o que não será visto), o
CDM depende tanto do formato quanto da densidade de massa.

y • EXEMPLO 2 Encontre os momentos e o CDM da lâmina de densidade uniforme p que


ocupa a região sob a curva y = x 2, acima de [O, 2].
4
y=f(x) =x2 Solução Em primeiro lugar, calculamos My usando a Equação (1):
ou
x= gi(y) ={i x412 =4p
My =P
1o
2
xf(x)dx=p
1
2

o
x(x 2 )dx=p-
4 o

Para calcular Mx usando a Equação (2), precisamos descrever nossa lâmina como a região
y
entre o gráfico de x = g2 (y) = Jy e a reta vertical x = g, (y) = 2 acima do intervalo
[O, 4] do eixo y (Figura 9). Então obtemos

4 4
{y 2 Mx = p fo y(g, (y) - g2(y)) dy = p fo y(2 - Jy) dy
FIGURA 9 Uma lâmina ocupando a
região sob o gráfico de f (x) x 2, =
acima de [O, 2).

2
A área da placa é A = fo x 2 dx = i e sua massa total é M = iP- Portanto, as coor-
denadas do CDM são
My 4p 3 Mx (l6/5)p 6
XCM =M = (8/3)p = 2' YCM =M = (8/3)p =5 •
y = f(x) _
_,,,,-,· ----1\___________ Uma desvantagem da Equação (2) para Mx é que ela exige integração ao longo do
// eixo y. Felizmente, existe uma segunda fórmula para Mx, como uma integral ao longo do
eixo x. Como antes, dividimos a região em N faixas verticais finas de largura tu (Figura
f(x) 10). Seja Mx,J o momento x daj-ésima faixa e, além disso, sejam J sua massa e YJ a co-
.!.J(x)
ordenada y de seu CDM. Então yJ = Mx ,J/ m J e podemos usar o artifício seguinte para
2 J
aproximar Mx ,J· A faixa é praticamente retangular, com altura f (x J) e largura Llx, portan-
to m J ~ p f (x J) Llx. Além disso, como o CDM de um retângulo está localizado em seu
centro, temos yJ ~ ½f (x J). Assim,
FIGURA 10 A faixa destacada é
praticamente retangular e a altura de
seu COM é aproximadamente½ f (xJ).

y I
A soma à direita é uma soma de Riemann cujo valor tende a -p
2
1b
a
f(x) 2 dx quan-

25
do N -+ oo. A região entre os gráficos das duas funções !1 (x) e fi(x), onde
J, (x) ~ h (x) ~ O, é tratada de maneira análoga, portanto obtemos as fórmulas alterna-
tivas seguintes para Mx:

2 3 Mx I
= -p
2
1b a
f(x) 2 dx ou
FIGURA 11 A região sob a curva
y = é , acima de [1 , 3).
• EXEMPLO 3 Encontre o centróide da região sob a curva y = eX, acima de [1, 3]
(Figura 11 ).
CAPfTULO 9 Mais Aplicações da Integral e Polinômios de Taylor 487

Solução O centróide não depende de p, portanto podemos tomar p = 1. Pelas Equações


(l)e(2),

Mx = -1 f 3 f(x) 2 dx = -1 f e2x dx = -e1 2x


3
3
1
e6-e2
4
2 1 2 1 4 1

My = f 3 xf (x) dx = f 3 xex dx = (x - l)ex 1: = 2e3


y
A massa total é M = f 3 ex dx = (e3 - e). Portanto, o centróide tem coordenadas

M 2e 3 Mx e6 - e2
XCM = __L
M
= -3
- - ;:::::: 2,313,
e -e
YCM = -
M
=
4(e3 - e)
::::::: 5,701

CDM
As propriedades de simetria de um objeto fornecem informações sobre seu centróide
--'-----'-----'-X
(Figura 12). Por exemplo, o centróide de uma placa quadrada ou circular está localizado
FIGURA 12 O CDM de uma lâmina no centro da placa. Uma formulação precisa do princípio da simetria é o seguinte (ver
simétrica fica no eixo de simetria. Exercício 42).

TEOREMA 1 Princípio de simetria Se uma lâmina de densidade de massa constante for


simétrica em relação a uma reta, então seu centróide fica nessa reta.

y • EXEMPLO 4 Usando simetria Encontre o centróide de um semicírculo de raio 3.


Solução Utilizamos a simetria para diminuir nosso trabalho pela metade. Tomemos p =
Centróide . Como o semicírculo é simétrico em relação ao eixo y, o centróide fica no eixo y e, por-
(o,i) tanto, xcM = O. Resta calcular Mx e YCM· O semicírculo é o gráfico de f (x) = J9 - x 2
(Figura 13). Pela Equação (3),
-3 3

FIGURA 13 O semicírculo Mx =-1


2
13-3
f(x )2 dx=-1
2
13
-3
(9-x 2)dx=-1 ( 9x--x
2
1 3)
3
3
1
-3
=9-(-9)=18
y = -/ 9- x2.
Além disso o semicírculo tem área (e massa) igual a A = ½n(3 2) = 9n/ 2, de modo que
Mx 18 4
YCM = -
M
= - - = - ::::::: 1,27
9n/2 n •
Os momentos satisfazem uma propriedade de aditividade importante: se uma região S
consiste em duas ou mais regiões disjuntas menores, então o momento de S (em relação a
qualquer eixo ou reta) é a soma dos momentos das regiões menores. Isso segue da aditivi-
dade da integral. No exemplo a seguir mostramos como a propriedade de aditividade pode
ser usada para simplificar os cálculos do CDM.

• EXEMPLO 5 Usando aditividade de momentos Encontre o centróide da região R da


Figura 14.
Solução Tomemos p = 1, já que estamos calculando um centróide. A região R é simétrica
em relação ao eixo y, portanto sabemos que o centróide fica no eixo y. Assim, x c M = O.
Falta calcular YCM·
-2 2 Passo 1. Usar a aditividade dos momentos.
FIGURA 14 O momento da região Ré Para encontrar YCM, usamos a aditividade do momento x:
a soma dos momentos do triângulo e
do círculo.
MR
X
= Mtriângulo + Mcírculo
X X
488 CÁLCULO

onde Mf , M:iânguto e M;írculo são os momentos x de R, do triângulo e do círculo,

h-y respectivamente.
Passo 2. Momento do triângulo.
Calculemos M;riânguto de um triângulo qualquer de altura h e base b. Se e(y) é a largu-
y
ra do triângulo de altura y (Figura 15), então por semelhança de triângulos,
b
e(y) b
FIGURA 15 Por semelhança de
=h e(y) = b- -bh y
triângulos, f(y) = ~- h-y
h- y h
Portanto,

2
No nosso caso, b = 4, h = 3 e Mxtriângulo = -4 · 3- = 6.
6
Passo 3. Momento do círculo.
Para calcular M;írcuto, exploramos o fato de que, pela simetria, o centróide do círculo
está localizado no centro (O, 5). Assim, yg[J_uto = 5. O círculo tem raio 2, portanto sua
área é 4n e também a massa Mcírculo = 4n. Agora podemos resolver para M;írculo:
, Mcírculo Mcírculo
circulo _ _ x__ _ _ x__ _ 5 Mcírculo _ 20n
YcM - M Círculo - 4n - X -

Passo 4. Cálculo de YCM·


Podemos concluir que

MR =
X
Mxtriângulo + Mcírculo
X
= 6 + 20n

O triângulo tem massa½ · 4 · 3 = 6 e o círculo tem massa 4n, portanto R tem massa
M = 6+4ne

Mf 6+20n
YCM = -
M
= ---~371
6+4n ' •

descobertas de Galileu e Newton. Arquimedes


(287-212 a.C.) foi um dos primeiros (se não o
PERSPECTIVA primeiro) a formular uma lei física exata. Ele
HISTÓRICA considerou a questão seguinte: se duas massas
de pesos m I e m2 são colocadas nas extremida-
des de uma barra sem peso, onde deveria ser co-
locado o fulcro para que a barra não se incline
para um dos lados? Digamos que a distância de
P a m I e m2 é LI e L2, respectivamente (Figura
16). A lei de Arquimedes afirma que a barra fica
Costumamos aceitar com naturalidade que as
equilibrada se
leis básicas da Física sejam melhor expressas
como relações matemáticas. Pense em F = ma
ou na lei de gravitação universal. Contudo, a vi-
são fundamental de que a Matemática poderia
ser usada para formular leis da Natureza (e não
FIGURA 16 A Lei da Alavanca de só para contar e medir) evoluiu gradualmente, Com nossa terminologia, o que Arquimedes fez
Arquimedes: L1m1 = L2m2. começando com os filósofos da Grécia antiga foi descobrir o centro de massa P do sistema de
e culminando quase 2.000 anos depois, com as pesos (ver Exercícios 40 e 41).
CAPfTULO 9 Mais Aplicações da Integral e Polinômios de Taylor 489

9.3 RESUMO
• Os momentos de um sistema de partículas de massas mJ localizadas em (x J, yJ) são

Mx = m1y1 + ··· + mnYn,


O centro de massa (CDM) tem coordenadas
My Mx
XC M = - e YCM = M'
M
ondeM = m1 + · ·· +mn.
• O momento y de uma lâmina (placa fina) de densidade de massa constante p ocupando
a região sob o gráfico de y =f (x), onde f (x) ::: O, ou entre os gráficos de !1 (x) eh (x ),
onde !1 (x) ::: h(x), é igual a

My = p 1b xf(x) dx ou p 1b x(f1(x) - h(x))dx

• Há duas maneiras de calcular o momento x. Se a lâmina ocupar a região entre o grá-


fico de x = 8(y) e o eixo y, onde 8(Y)::: O, ou entre os gráficos de 81 (y) e 82(y), onde
81 (y) ::: 82 (y ), então

Mx =p 1d Y8(Y)dy ou p 1d Y(81 (y) - 82(y)) dy

• Fórmula alternativa (em geral mais conveniente) para Mx:

Mx l
= -p
2
1b
a
2
f(x) dx ou 1
-p
2
1b(
a
!1 (x) 2- h(x) 2) dx

• A massa total da lâmina é M =p 1b (!1 (x) - h(x)) dx. As coordenadas do centro de

massa (também denominado centróide) são


My Mx
XCM = M' YCM=-
M
• Princípio de simetria: se uma lâmina de densidade de massa constante for simétrica em
relação a uma reta, então seu centro de massa (centróide) fica nessa reta.
• Propriedade de aditividade: se uma região S consiste em duas ou mais regiões disjun-
tas menores, então cada momento de S é a soma dos momentos correspondentes das
regiões menores.

9.3 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. O que são os momentos x e y de uma lâmina cujo centro de mas- 3. O cento de massa de uma lâmina de massa total 5 tem coordena-
sa estiver localizado na origem? das (2, 1). Quais são os momentos x e y da lâmina?

2. Uma placa fina tem massa 3. Qual é o momento x da placa se seu 4. Explique como o princípio de simetria é usado para estabelecer
cento de massa tiver coordenadas (2, 7)? que o centróide de um retângulo é o cento do retângulo.

Exercícios
1. Quatro partículas estão localizadas nos pontos (a) Encontre os momentos Mx e My e o centro de massa do sis-
tema, supondo que todas as partículas tenham massas iguais,
(1 , 1), (1, 2), (4, 0) e (3, 1) digamosm.
490 CÁLCULO

(b) Encontre o centro de massa do sistema, supondo que as partícu- 14. f(x) = (l + x2)-I / 2, [O, l] 15. f (x) = e-x, [O, 4]
las tenham massas 3, 2, 5 e 7, respectivamente.
16. f(x)=lnx, [l , 2] 17. f(x) = senx, [O, ir]
2. Encontre o centro de massa do sistema de partículas de massas
4, 2, 5 e l, localizadas em (l, 2), (-3, 2), (2, -1) e (4, 0), respec- 18. Calcule os momentos e o centro de massa da lâmina que ocupa a
tivamente. região entre as curvas y = x e y = x 2, acima de [O, l].

3. Nos vértices de coordenadas (a, O), (b, O) e (O, c) de um triângu- 19. Esboce a região entre y = x + 4 e y = 2 - x, acima de [O, 2],
lo são colocadas massas pontuais de mesmo tamanho. Mostre usando simetria. Explique por que o centróide da região fica
que o centro de massa do sistema de massas tem coordenadas na reta y = 3. Verifique isso calculando os momentos e o cen-
(j(a + b), jC). tróide.

4. Nos pontos (-1, 0), (3, 0) e (0, 4) são colocadas massas m l, m2 Nos Exercícios 20-25, encontre o centróide da região entre os gráfi-
em3. cos das funções, acima dos intervalos dados.
(a) Suponha que m 1 = 6. Mostre que existe um único valor de m2 20. y =X , y = .jx, [O, l]
tal que o cento de massa fique no eixo y.
(b) Suponha que m1 = 6 e m2 = 4. Encontre o valor de m3 tal que
21. y = x 2, y = .jx, [O, l]

YCM = 2. 22. y=x- 1, y=2-x, [1 ,2]


5. Esboce a lâmina S de densidade constante p = 3 g/cm2 que ocu- 23. y = eX, y = l, [O, l]
pa a região abaixo do gráfico de y = x 2, para O~ x ~ 3.
(a) Use as Equações (l) e (2) pra calcular Mx e My. 24. y = lnx, y =x - l, [l, 3]

(b) Encontre a área e o centro de massa de S. 25. y = senx, y= COSX, [O, tr/4]
6. Use as Equações (l) e (3) para encontrar os momentos e o centro 26. Esboce a região englobada por y = O, y = x + l e y = (x - 1)2 e
de massa da lâmina S de densidade constante p = 2 g/cm2 que encontre seu centróide.
ocupa a região entre y = x 2 e y = 9x, acima de [O, 3]. Esboce S,
indicando a localização do centro de massa. 27. Esboce a região englobada por y O, y = (x + 1)3 e
y = ( l - x) 3e encontre seu centróide.
7. Encontre os momentos e o centro de massa da lâmina de densida-
de uniforme p que ocupa a região sob y = x 3, acima de [O, 2]. Nos Exercícios 28-32, encontre o centróide da região.

8. Calcule Mx (supondo p = 1) para a região sob o gráfico de


y = l - x 2, acima de [O, l], de duas maneiras, primeiro usando
28. A metade superior da elipse ( ~)
2
+( i) 2
= l.

a Equação (2) e, depois, usando a Equação (3). 2 2


29. A metade superior da elipse (::) + (~) = l, com a, b > O
. •. a b
9. Seja Ta lâmina triangular da Figura 17. arbItrar10s.
(a) Mostre que o corte horizontal à altura y tem comprimento 4 - ~ y 30. Semicírculo de raio r centrado na origem.
e use a Equação (2) para calcular Mx (com p = l).
(b) Use o princípio de simetria para mostrar que My = Oe encontre 31. A quarta parte do círculo unitário que fica no primeiro quadrante.
o centro de massa.
32. A placa triangular de vértices (-c, 0), (0, c) e (a, b), onde a, b,
c > Oeb<c.
y
6 33. Encontre o centróide da região destacada no semicírculo de raio
r na Figura 18. Qual é o centróide ser = l eh = ½? Sugestão:
Use Geometria, em vez de integração, para mostrar que a área da
regiãoér2 arcsen(Jt-h2/r2) -hJr2 -h2.

y
-2 2

FIGURA 17 Triângulo isósceles.

Nos Exercícios 10-17, encontre o centróide da região sob o gráfico da


função, acima do intervalo dado.

10. f (x) =6- 2x, [O, 3] 11. f (x) = .jx, [4, 9]

12. f (x) = x3, [O, !] 13. f (x) = 9 - x2, [O, 3] FIGURA 18


CAPfTULO 9 Mais Aplicações da Integral e Polinômios de Taylor 491

y
Nos Exercícios 34-36, use a aditividade de momentos para encontrar
o CDM da região.

34. Um triângulo isósceles de altura 2 montado num retângulo de


base 4 e altura 3 (Figura 19).

FIGURA 21

3
de raio 2r. Sejam M; e M; os momentos de S. Analogamente,
---+---+--+---X sejam M; o momento do círculo maior e M~ o momento do
-2 2
círculo menor.
FIGURA 19
(a) Use o princípio de simetria para mostrar que M; = O.
35. Uma casquinha de sorvete consistindo num semicírculo montado (b) Mostre que M; = M; - M~, usando a aditividade de momentos.
num triângulo eqüilátero de lado 6 (Figura 20). (e) Encontre M; M~
e usando o fato de que o COM de um círculo é
seu centro. Depois calcule M;,usando (b).
y
(d) Determine o COM de S.

38. Encontre o COM das lâminas na Figura 22, obtidas removendo


quadrados de lado 2 de um quadrado de lado 8.

2 2

-3 3

FIGURA 20

36. Três quartas partes de um círculo unitário (remova a parte do


8 8
quarto quadrante).
FIGURA 22
37. Seja S a lâmina de densidade de massa p = 1 mostrada na Fi-
gura 21, obtida removendo um círculo de raio r de um círculo

Compreensão adicional e desafios


39. Uma mediana de um triângulo é um segmento ligando um vér- (a) Explique por quef(x) é par, ou seja,f(x) = f(-x).
tice ao ponto médio do lado oposto. Mostre que o centróide de (b) Mostre que x f (x) é uma função ímpar.
um triângulo fica em cada uma das medianas, a uma distância
de duas terças partes do vértice. Então use esse fato para provar (e) Use(b)paraprovarqueMy =0.
que as três medianas se intersectam num único ponto. Sugestão: (d) Prove que o COM de R fica no eixo y (um argumento análogo é
simplifique as contas supondo que um vértice esteja na origem e aplicável à simetria em relação ao eixo x).
um outro no eixo x.
43. Prove diretamente que as Equações (2) e (3) são equivalentes na
40. Seja P o COM de um sistema de dois pesos de massas m I e m2 situação seguinte. Sejaf(x) uma função positiva e decrescente em
separados por uma distância d. Prove a lei de Arquimedes da ala- [O, b] tal quef (b) =O. Denotemos d= f (0) e g(y) = 1- 1(y).
vanca (sem peso): Pé o ponto do segmento de reta entre os pesos Mostre que
tal que eI m 1 = f2m2, onde ej é a distância da massaja P.

41. Encontre o COM de um sistema de dois pesos de massas m I e -1 !ob f(x) 2 dx= !od yg(y)dy
m2 , conectados por uma haste de comprimento d, cuja densida- 2 o o
de de massa p é uniforme. Sugestão: o momento do sistema é a
Sugestão: inicialmente faça a substituição y = f (x) na integral
soma dos momentos dos pesos e da haste.
à esquerda e observe que dx = g' (y) d y. Depois use integração
42. ($1 Princípio de simetria Seja R a região sob o gráfico de por partes.
f(x), acima do intervalo [-a, a], onde f (x) ::: O. Suponha que R
seja simétrica em relação ao eixo y.
492 CÁLCULO

44. Seja Ruma lâmina de densidade uniforme submersa num flui- Nível de fluído
do de densidade w (Figura 23). Prove a lei seguinte: a força de
fluido em R é igual à área de R vezes a pressão do fluido no
centróide. Sugestão: seja g(y) a largura horizontal de R à pro-
f"Xtróide
YcM

~
fundidade y. Expresse tanto a pressão do fluido [Equação (2) y
na Seção 9.2] quanto a coordenada y do centróide em termos
de g(y).
y (profundidade)

FIGURA 23

9.4 Polinômios de Taylor


Vimos que um tema básico do Cálculo é a aproximação. Um exemplo é a linearização, em
que aproximamos uma função derivável! (x) em x =apela função linear

L(x) = f (a)+ J' (a)(x - a)

Contudo, uma desvantagem da linearização é que sua precisão fica restrita a um pequeno
intervalo em tomo de x = a. Os polinômios de Taylor são aproximações de ordem supe-
rior que generalizam a linearização, usando as derivadas J<k) (a) superiores. Eles são úteis
O matemático inglês Brook Taylor porque, tomando graus suficientemente elevados, podemos aproximar funções transcen-
( 1685-1731) deu contribuições importantes dentes, como sen x e ex, com precisão arbitrária em intervalos quaisquer.
ao Cálculo e à Física, bem como à teoria da
Suponha que f (x) esteja definida num intervalo aberto/ e que todas as derivadas
perspectiva linear utilizada no desenho.
superiores J<k)(x) existam em/. Fixemos um número a E /. O enésimo polinômio de
Taylor de f centrado em x = a é o polinômio

f'(a) J"(a) 2 JCn)(a) n


... LEMBRETE O fatorial de k é o Tn(x) = f(a) + - - ( x -a)+ - - ( x -a) + · · · + - - ( x -a)
número k! = k(k - l)(k - 2) .. . (2)(1). 1! 2! n!
Assim,

I! = 1, 2! = (2)1 = 2, 3! = (3)(2)1 =6 É conveniente considerar a própriaf (x) como a O-ésima derivada J<º)(x). Então podere-
Por convenção, definimos O! = 1. mos escrever o polinômio de Taylor em notação de somatório,

JU\a) .
= I:-.-1 -
n
T,r(x) (x-a)1
j=O J.

Quando a= O, Tn(x) também é denominado enésimo polinômio de Maclaurin. Os pri-


meiros polinômios de Taylor são

To(x) = f(a)
T1 (x) = f (a)+ J' (a)(x - a)

T2(x) = f (a)+ J' (a)(x - a)+ ~ J" (a)(x - a)


2

1
T3(x) = f(a) + f (a)(x - a)+
1
2f
li
(a)(x - a) +
2
r/
1 Ili
(a)(x - a)
3

O matemático escocês Colin Maclaurin Observe que T1 (x) é a aproximação linear de f (x) em a. Como veremos, os polinômios
(1698-1746) foi um professor em
de Taylor de ordens superiores fornecem aproximações melhores de f (x). Antes de
Edinburgh. Newton ficou tão impressionado
com seu trabalho que uma vez até ofereceu calcular alguns polinômios de Taylor, registramos duas propriedades importantes, que
pagar parte do salário de Maclaurin. seguem da definição:
CAPfTULO 9 Mais Aplicações da Integral e Polinômios de Taylor 493

• Tn (a) = f (a) [pois todos os termos de T, (x) depois do primeiro são nulos em x = a].
1

• Tn (x) é obtido de Tn-1 (x) pela adição do termo de grau n:

J<n)(a) n
T,,(x) = T,,-1 (x) + - -n!( x - a)

• EXEMPLO 1 Calculando polinômios de Taylor Seja f( x ) = Jx+T. Calcule Tn(x) em


a = 3 para n = O, 1, 2, 3 e 4.

Solução Em primeiro lugar, calculamos as derivadas jU ) (3):

f(x) = (x + 1)112, f(3) =2


J'(x) = ~(x + 1)-1/2
2
j'(3) =~
1
J"(x) = -~(x + 1)-3/2 li
f (3) = - 32
4

J'" (x) = ~(x + 1)-5/2


8
!"' (3) = .2-.
256

j<4)(x) = -~(x + 1)-7/2 j<4)(3) = -~


16 2.048

jU)(3)
Em seguida, calculamos os coeficientes - .- ,-:
J.

O primeiro termof(a) do polinômio Termo constante = f(3) = 2


de Taylor r,, (x) é denominado termo
1constante.
Coeficiente de (x - 3) =f 1
(3) = 41
J"(3) 1 1 1
Coeficiente de (x - 3)2 = - - = - - . - = - -
2! 32 2! 64
!"' (3) 3 1 1
Coeficiente de (x - 3) 3 = - - = - ._ = _
3! 256 3! 512
j<4)(3) 15 1 5
Coeficiente de (x - 3) 4 = - - = - - - · - = - - -
4! 2.048 4! 16.384

y Os quatro primeiros polinômios de Taylor centrados em a= 3 são (Figura 1):

To(x) =2
1
T1 (x ) = 2+ 3)
4 (x -
T2(x) = 2 + ~ (x - 3) -
6
~ (x - 3)2

1 1 1
FIGURA 1 O gráfico de T3 (x ) = 2 + (x - 3) - (x - 3) 2 + (x - 3)3
f (x) = Jx+T e T4 (x) centrado em 4 64 512
1 1 1 5
X = 3. T4 (x )=2+
4
(x -3)-
64
(x -3) 2 +
512
3
(x -3) - _
16 384
(x -3)
4

• EXEMPLO 2 Encontrando uma fórmula geral para T,, Encontre os polinômios de Taylor
= ln x em a= 1.
T,,(x) def(x)
494 CÁLCULO

Depois de calcular várias derivadas de Solução Paraf (x) = ln x, o termo constante de T,1 (x) em a = l é nulo, pois f (l) = ln 1 = O.
f (x) = ln x, começamos a discernir o Em seguida, calculamos as derivadas:
padrão. No entanto, muitas vezes, as
derivadas não seguem algum padrão
simples e não há fórmula simples para J'(x) = x-' ' J"(x) = -x-2,
o polinômio de Taylor geral.
Analogamente, JC5>(x) = 4. 3. 2x- 5. O padrão geral é que JCk>(x) é um múltiplo de x-k,
com um coeficiente (k- 1) ! que alterna de sinal:

[IJ

Portanto, o coeficiente de (x - 1l em Tn (x) é

(-1/-'(k - 1)! (-1/-1


(para k ::: 1)
k! k

Os polinômios de Taylor de ln x em Em outras palavras, os coeficientes para k ::: 1são 1, -½, ½, -¼, ... ,e
a= l:
1 l l
Ti(x) = (x-1)
1 2
T,,(x)=(x-l)-
2(x-l)
2
+
3(x-l)
3
- ··· +(-1)
n-1
;;(x-1)
n

T2(x) = (x - 1) -
2cx - 1)

1 1 • EXEMPLO 3 Polinômios de Maclaurin de f(x) = cosx Encontre os polinômios de Ma-


2 3
T3(x) = (x - 1) -
2 (x - 1) + 3(x - I) claurin def(x) = cos x.

Solução Lembre que os polinômios de Maclaurin são os polinômios de Taylor centrados


em a = O. A observação-chave é que as derivadas de f (x) = cos x formam um padrão que
se repete com período 4:

J' (x) = - sen x, J"(x) = -cosx, J "'(x) = senx, j<4\x) = cosx,


e, em geral, JCJ+4>(x) = jU>(x). Em x = O, as derivadas formam o padrão 1, O, -1 e O
periodicamente:

f(0) f '(0) f" (O) f"' (O) !(4)(0) jCS)(0) jC6)(0) JC7)(0) .. .
1 o -1 o 1 o -1 o ...

Em outras palavras, as derivadas pares são JC2k) (0) = (-1 l e as derivadas ímpares são
nulas: JC2k+ 1l(0) =O.Portanto, o coeficiente de x 2k é (-ll/(2k)! e o coeficiente de
x 2 k+ l é zero. Temos

To(x) = T1(x) = 1

T2(x) = T3(x) = l - 211 x 2


x2 x4
T4(x) = Ts(x) = 1 - + ,
2 4
e, em geral,

Os polinômios de Taylor Tn (x) são projetados para aproximar f (x) num intervalo em
tomo de x = a . A Figura 2 mostra os primeiros polinômios de Maclaurin de f (x) = cos
x. Observe que, à medida que n cresce, Tn(x) aproximaf(x) = cos x cada vez melhor em
intervalos cada vez maiores. Fora desses intervalos, a aproximação falha.
CAPfTULO 9 Mais Aplicações da Integral e Polinômios de Taylor 495

y y y

T4Cx)
T0(x)
,,. ... -,
/ \ -lt / \ 7t I
/ \ I \ / \

-27t
\ ,.,. / ,,_,,. 21t
X
21t -27t \
,.,. .._,, 21t
I
X

f(x) = COSX
Ti(x)

y y y

FIGURA 2 Os gráficos de polinômios


de Taylor def(x) = cos x. O gráfico de
f (x) aparece tracejado.

ENTENDIMENTO CONCEITUAL Para entender como surge a fórmula de Taylor, é útil intro-
duzir uma noção de proximidade entre duas funções. Dizemos que f e g concordam até
ordem n em x = a se

f(a) = g(a), J'(a) = g'(a), J"(a) = g"(a) , ... , f(n)(a) = g<n>(a)


Os polinômios de Taylor são definidos de tal modo que Tn(x) e f (x) concordam até
ordem n em x = a (ver Exercício 59) e, de fato, Tn (x) é o único polinômio de grau n
com essa propriedade. Por exemplo, podemos conferir que T2(x) concorda com/ (x)
até ordem n = 2:

1 2
T2(x) = f (a) + 1
f (a)(x - a) +
li
T2(a) = f (a)
2f (a)(x - a) ,

= J'(a) + J"(a)(x -a) ,


T~(x) T~(a) = /'(a)
T~'(x) = J"(a), T~'(a) = J"(a)

Otermo do resto
Nosso próximo objetivo é estudar o erro IT,i(x) - /(x) I na aproximação fornecida pelo
enésimo polinômio de Taylor centrado em x = a. Definimos o enésimo resto de f (x) em
x = apor

1 Rn(x) = f(x) - Tn(x) 1

O erro é o valor absoluto do resto. Também, f (x) = Tn (x) + Rn (x ), portanto


J'(a) J"(a) J <n>(a)
f( x ) = f(a) + - - (x - a) 1 + - - (x - a ) 2 + · · · + - -(x - a?+ Rn(x )
1! 2! n!

Teorema de Taylor Suponha que 1<n+ 1>(x) exista e seja contínua. Então

Rn(X) = -l
n!
1x
a
(x - u? J<n+ l\u) du [I]
496 CÁLCULO

Demonstração Denotemos

ln(x) = -1
n!
1x
a
(x - ut J<n+l)(u) du

Nosso objetivo é mostrar que Rn(x) = ln(x). Para n = O, temos Ro(x) = f(x) - f(a)
e o resultado que queremos é só uma outra maneira de escrever o Teorema Fundamental
do Cálculo:

Io(x) = 1x f'(u)du = f(x) - f(a) = Ro(x)


No Exercício 55 revemos essa prova no Para provar a fórmula para n > O, usamos integração por partes em / n (x) com
1caso especial n = 2.

ln(X) = 1x h(u)g1(u)du = h(u)g(u{ -1x h' (u)g(u)du

1 -
= -(x
n!
ut J<n>(u) lx -
a
-1
n! a
1x (-n)(x - ut- 1J<n\u)du
1
= --(x - at J<n>(a) + lll-l (x)
n!
Esse resultado pode ser reescrito como

J(ll)(a) li
/ 11 _, (x) = --(x - a) + lll(x)
n!
Agora aplicamos n vezes essa relação, para obter:
f(x) = f(a) + Io(x)
/(a)
= f(a) + -1!-(x -a)+ /1 (x)
J"(a)
= f(a) + -/(a)
-(x -
2
a)+ - - ( x -a) + h(x)
1! 2!

/(a) J<ll)(a) li
= f(a) + - -1! ( x -a)+···+ - -n! ( x -a) + lll(x)
Isso mostra que f(x) = Tll(x) + lll(x) e portanto / 11 (x) =R 11 (x), como queríamos
mostrar. •

Embora o Teorema de Taylor nos dê uma fórmula explícita para o resto, não vamos
usar essa fórmula diretamente. Em vez disso, vamos usá-la para obter uma estimativa do
tamanho do erro.

TEOREMA 1 Estimativa do erro Suponha que J<ll+l)(x) exista e seja contínua. Seja K
um número tal que IJ(ll+l>(u)I ::: K para todo u entre a ex. Então

lx -aln+I
ITll (x) - f(x)I ::: K (n + l)!
CAPfTULO 9 Mais Aplicações da Integral e Polinômios de Taylor 497

Demonstração Suponhaquex ~ a(ocasox :S aéanálogo). Então,comolf(n+ll(u)I :S K


para a =S u =S x, segue
Em (3), usamos a desigualdade

lf f(x)dxl ~ f lf(x) ldx

que é válida para todas funções


integráveis.
:S 1K1x (x - ut du
n. a

= K -(x - u)n+I lx = K lx - aln+I


n! n +l u=a (n + 1)! •
• EXEMPLO 4 Usando a estimativa do erro Use a estimativa do erro para encontrar uma
cota para o erro IT3(1,2) - ln 1,21, onde T3(x) é o terceiro polinômio de Taylor de/ (x) =
ln x em a = l . Confira a resposta com calculadora.

Solução Para usar a estimativa do erro com n = 3, precisamos encontrar um valor


de K tal que 1/ \u)I :s K para 1 :s u :s 1,2. Pela Equação (1) do Exemplo 2, te-
4

mos 1/4\x)I = 6x-4. Como IJC4 l(x)I é decrescente para x ~ l, seu valor máximo em
[1; 1,2] é IJ <4l(l) I = 6. Portanto, podemos aplicar a estimativa do erro com K = 6 para
obter

lx-aln+I 112-114
IT3(1 ,2) - ln 1,21 < K - - - =6 ' ~ 0,0004
- (n + 1)! 4!

Pelo Exemplo 2,

1 2 1 3
T3(x) = (x - 1) - -(x - 1) + -(x - 1)
2 3

Os valores seguintes de uma calculadora confirmam que o erro é, no máximo, 0,0004:

IT3(1,2) - ln 1,21 ~ 10,182667 - 0,1823221 ~ 0,00035 < 0,0004 •

• EXEMPLO 5 Aproximação com precisão dada Seja T,i(x) o enésimo polinômio de Ma-
claurin de f (x) = cos x. Encontre um valor de n tal que

ITn(0,2) - cos(0,2)1 < 10-5

Use uma calculadora para verificar que esse valor de n funciona.

Solução Como IJ<11 l(x) Ié lcos xi ou lsen xi, dependendo de n ser para ou ímpar, temos
1J<n) (u) 1:S 1 para todo u. Assim, podemos aplicar a estimativa do erro com K = l:
Para usar a estimativa do erro, não
é necessário encontrar o menor
valor possível de K. Nesse exemplo, 10,2 - 01 11 + 1 10,2111 + 1
IT11(0,2)-cos(0,2)1 < K - - - - = - -
tomamos K = 1. Isso funciona - (n + l)! (n + l)!
para todo n, mas para n ímpar
poderíamos ter usado o valor menor
K = sen(0,2) "'=' 0,2. Para tomar o erro menor do que 10-5, precisamos escolher n tal que

102111+1
' < 10-5
(n + l)!
498 CÁLCULO

Um n conveniente pode ser encontrado conferindo alguns valores:

n 2 3 4
10,21 +1
11
O23 O24 O25
--
(n +l)!
Ti;:::: 0,0013 - '- ;:::: 6,67
4!
X 10-5 - '- ;:::: 2,67
5!
X 10-6 < 10- 5

Vemos que o erro é menor do que 10-5 para n = 4. Para conferir isso, lembre que T4(x) =
:b
1 - ½x 2 + x 4 pelo Exemplo 3. Os valores seguintes de uma calculadora confirmam que
o erro é bastante menor do que 10-5, como queríamos:

Erro exato= IT4(0,2) - cos(0,2)1 ~ 10,98006667 -0,980066571= 10-7 •

ENTENDIMENTO CONCEITUAL Lembre que g(x) ef(x) concordam em x = a até ordem n se


g<k>(a) = f(k)(a) para O ::: k ::: n. A propriedade que define o polinômio de Taylor
T11 (x) é que ele tem grau n e concorda com/ (x) em x = a até ordem n. Agora dizemos
que uma função g(x) aproximaf(x) emx = a até ordem n se o erro E(x) = lf(x)-g(x)I
satisfaz

lim E(x) = O
x--+a lx - a 111

Assim, numa aproximação de ordem n, o erro tende a zero mais rapidamente do que
lx - al 11• A estimativa do erro diz que T11 (x) é uma aproximação de ordem n def(x) em
x = a, desde que saibamos que J<n+l)(x) existe e é contínua e que 1/(n+l)(u) I ::: K,
para todo u em algum intervalo aberto / contendo a. De fato, a estimativa do erro dá

lf(x) - Tn(x)I ::: Clx - aln+I para x E /

K
onde e = - - - '; portanto,
(n + 1)!
1/(x) - Tn(x)I < Clx - ai~ O (quandox ~ a)
lx-al 11 -

Se existir /(k)(x)para todo k [o que ocorre com as funções transcendentes comof(x) =


sen x ou f(x) = ex1 então podemos aproximar/(x) até ordem arbitrariamente alta
usando polinômios de Taylor.

9.4 RESUMO
• O enésimo polinômio de Taylor centrado em x = a da função f (x) é

f'(a) 1 f"(a) 2 f(n)(a) n


T,1(x) = f(a) + -l!- (x - a) + - -(x - a) + · · · + - - (x - a)
2! n!

Quando a = O, T11 (x) também é denominado enésimo polinômio de Maclaurin .


• Se existir J <n+ I)(x) e for contínua, então temos a estimativa do erro

lx - a ln+I
ITn(x) - f(x)I ::: K (n + l)!

onde K é um número tal que l/<11 +1\u)I ::: K para todo u entre a e x.
CAPfTULO 9 Mais Aplicações da Integral e Polinômios de Taylor 499

• Para referência, incluímos uma tabela de polinômios de Maclaurin e Taylor padrão.

f(x) a Polinômio de Maclaurin ou Taylor


x2 x3 xn
eX o T,1(x)= l+x+-+-+···+-
2! 3! n!
x3 x2n+ l
senx o T2n+l (x) = T2n+2(x) = x - - + · · · + (-lt
3! (2n + !)!
x2 x4 x211
COSX o T2 (x)=T2 +1Cx)=l--+--···+(- It - -
n n 2! 4! (2n)!

ln x 1
1 2
T,1(x)=(x-l)--(x-l) + ···+
c-w- 1 (x-lt
2 n

1
-- o Tn(x) = 1 + x +x 2 + ... +xn
1-x

9.4 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Como é T3 (x) centrado em a = 3 para uma função f (x) tal que 3. Para qual valor de x é verdade que o polinômio de Maclaurin
f (3) = 9, f 1 (3) = 8, f 11 (3) = 4 e f 111 (3) = 12? Tn (x) satisfaz T11 (x) = f (x ), para qualquer função f (x)?

2. Os gráficos tracejados na Figura 3 são polinômios de Taylor de 4. Seja T,1 (x) o polinômio de Maclaurin de uma função f (x) que
uma funçãof(x). Qual dos dois é um polinômio de Maclaurin? satisfaz lf<4l (x) I :-: : 1 para todo x. Qual das afirmações seguintes
decorre da estimativa do erro?
y y
(a) IT4 (2) - !(2) 1 :-: : 24 /24

y=f(x) Y =f(x) (b) IT3 (2) - f (2) 1 :-: : 23/6


(e) IT3(2) - f(2) 1 :-: : 1/3
-+--+--t-+---',+--tt-- X -+--+------,rr-- + -++--X
- 1 ~ -;-,,- -1
I
I
I
I

(A) (B)

FIGURA 3

Exercícios
Nos Exercícios 1-14, calcule os polinômios de Taylor T2(x) e T3 (x) 11. f(x) = e-x + e- 2x, a= O 12. f(x) = x 2e- x, a= 1
centrados em x = a da função e valor de a dados.
13. f(x) = ln(x + !), a= O 14. f(x) = coshx, a= O
1. f (x) = senx, a= O 2. f(x) = senx, a= rr/2
Nos Exercícios 15-18, calcule T2 (x) em x = a e use uma calculadora
1 1
3. f (x) =- -, a =O 4. f (x) = - -, a =1 para calcular o erro lf (x) - T2(x) Ino valor de x dado.
l+ x l+ x
15. y = ex, x = -0,5, a = O
5. f(x)= tgx, a=O 6. f(x) =tgx , a=¾
16. y = COSX, X= 1; , a= 0
1 1
7. f (x) = - -2 , a= O 8. f(x) = - -2 , a= -1
17. y = x-312 , x = 0,3, a= I
l+x l +x

9. f(x) =ex , a = O 10. f (x) = ex, a = ln 2 18. y = e5enx, X= 1,5,


500 CÁLCULO

19. Mostre que o enésimo polinômio de Maclaurin de f (x) = ex é y


5
x x2 xn
T,1(X) = 1 + -I! + -2! + ·" + -n! 4

3
20. Mostre que o enésimo polinômio de Taylor de _l_ema= 1 é 2
x+I

1 x - 1 (x - 1)2 (x - It
Tn(x) = -2 - -4- + - -
8
- + · .. + (-1)11-----,--
211+1 -1

Nos Exercícios 21-26, encontre Tn(x) emx =apara todo n. FIGURA 4 O gráfico de j<4\x) = -24x(x 2 - 1)/(x 2 + 1) 4, onde
f (x) = are tg x.
l 1
21. f (x) = --,
1-x
a= O 22. f(x) = - - , a =4
x-1 34. ica~ Calcule T2 (x) paraf(x) = sech x em a= o. Depois, calcu-
23. f(x) = ex, a= 1 24. f (x ) = ..jx, a= 1 le T2 (½)e use a estimativa do erro para encontrar uma cota de

25. f(x)=x 512 , a=2 26. f(x) = cosx, a= n/4

27. e t=I 5 Esboce y = eX junto com os polinômios de Maclaurin


Tn (x ), para n = 1, 3 e 5 e, depois, para n = 2, 4 e 6, no intervalo Sugestão: esboce !"' (x) para encontrar um valor aceitável de K.
[-3, 3). Qual diferença entre os polinômios de Maclaurin pares e
35. Mostre que os polinômios de Maclaurin paraf (x) = sen x são
ímpares chama a atenção?
- 7 - 1 x3 x5 n-1 x2n-l
28. L h S Esboce f = - -junto com os polinômios de Tay-
(x) T2n-l (x) = T211 = X - 3! + 5! - .. ·+ (-1) ( n _ !)!
1+ x 2
lor T11 (x) em a= 1, para n = 1, 2, 3 e 4, no intervalo [-2, 8) (cui-
dado para não esquecer de limitar a imagem superiormente). Use a estimativa do erro com n = 4 para mostrar que
(a) Em quais intervalos parece que T4 dá uma boa aproximação de 3 5
f(x)? senx - x - -x ) 1 < -lxl (para todox)
( 6 - 120
1
(b) O que ocorre com x < -1?
(e) Use um sistema algébrico computacional para obter T30 e esbo- 36. Encontre n tal que ITn(O,l) - cos(O,l)I :'.:é 10-7, onde T11 é o
ce-o junto comf (x) em [-2, 8). Em quais intervalos parece que polinômio de Maclaurin de f (x) = cos x (ver Exemplo 5). Cal-
T30 dá uma boa aproximação? cule IT11 (0, l) - cos(O, l) 1para esse valor de n e confira a cota
do erro.
29. Use a estimativa do erro para encontrar o maior valor possível de
lcos 0,3 - T5(0,3)1. Verifique sua resposta com calculadora. 37. EncontrentalquelTn(l,3) - ln(l,3)1 :'.:é 10-4, ondeTnéopo-
linômio de Taylor de f (x) = ln x em a = 1.
30. Calcule T4 (x) em a = 1 para f (x) = x 11 / 2 e use a estimativa do
erro para encontrar o maior valor possível de IT4 (1,2) - f ( 1,2) !- 38. Encontre n tal que IT11 (1) - el :'.:é 10-6, onde T,1é o polinômio de
Sugestão: mostre que o max lf<5l(x) I em [1 , c], com c > 1, é Maclaurin de f (x) = ex.
j<Sl(c).
39. EncontrentalquelTn(l,3) - NI :'.:é 10-6,ondeTn(x)é opo-
31. Seja Tn o polinômio de Maclaurin de f (x) = ex e seja c > O. linômio de Taylor de f (x) = ..jx em a = 1.
Mostre que podemos tomar K = é na estimativa do erro para
40. Seja T,1(x) o polinômio de Taylor de f (x) = ln x em a = 1 e seja
IT11 (c) - f(c)I. Em seguida, use a estimativa do erro para deter-
c > 1.
minar um número n tal que ITn (0, l) - e 0, 11:'.:: 10-5.
(a) Mostre que o máximo de j<k+ 1l(x) em [l , c] é j<k+ 1l(l) (ver
32. Sejam f(x) = vÍl+x e T11 (x) o polinômio de Taylor centrado Exemplo4).
ema= 8. lc - 1111 + 1
n+
(b) Prove que IT,1 (e) - ln cl :'.:é
(a) Encontre T3 (x) e calcule T3 (8,02). 1
(e) EncontrentalquelT11 (1,5)-lnl,51 :'.:é 10- 2.
(b) Use a estimativa do erro para encontrar uma cota para
IT3(8,02) - J9.õ21. 41. Seja n ~ 1. Mostre que se lxl for pequeno, então
33. Calcule T3(x) em a= Oparaf(x) = are tgx. Em seguida, calcule X J- n 2
(x + 1) li n :=:::: 1 + - + - -2x
T3( ½) e use a estimativa do erro para encontrar uma cota para n 2n
IT3(1) - are tg (1)1. Use o gráfico na Figura 4 para encontrar um Use essa aproximação com n = 6 para obter uma estimativa de
valor aceitável de K. 1,s1 J6_
CAPfTULO 9 Mais Aplicações da Integral e Polinômios de Taylor 501

42. Confira que o terceiro polinômio de Maclaurin de f(x) = ex é T2(x) = x 2. Use a estimativa do erro com n = 2 para mostrar
sen x é igual ao produto dos terceiros polinômios de Maclaurin que
de ex e sen x (depois de descartar do produto os termos de grau
maior do que 3).

43. Obtenha o quarto polinômio de Maclaurin de f (x) = sen x cos x


. 81 (x)
multiplicando os quartos polinômios de Maclaurin def(x) = senx onde hm - 2- = O. Analogamente, prove que
x-+0 X
ef(x) = cosx.

44. Encontre os polinômios de Maclaurin T,1 (x) de f(x) = cos(x2 ).


É permitido usar o fato de que T11 (x) é igual à soma dos termos
até grau n que são obtidos pela substituição de x por x 2 no enési-
. 82(x)
mo polinômio de Maclaurin de cos x. onde hm - - = O.
x-+0 X 2
1
45. Encontre os polinômios de Maclaurin de - - substituindo x por
l+x 2
I + 81(x)
2
1 (b) Calcule L usando (a) para mostrar que L = lim \ ).
-x 2 nos polinômios de Maclaurin de--(ver Exercício 21). x-.0 _1 + 82 X
1-x 2 x2
46. No século XVII, o cientista holandês Christian Huygens usou a
(e) Calcule L de novo usando a regra de L' Hôpital.
.
aproximação e ~ -8b -- a para o compnmento
. 0de um arco c1rcu
. 1ar
3 50. Use o método do Exercício 49 para calcular
do círculo unitário, em que a é o comprimento da corda AC de ân-
gulo ee b é o comprimento da corda A B de ângulo 0/2 (Figura 5). 1 -cosx senx -x
lim-~- e lim .
(a) Prove que a = 2 sen( e/2) e b = 2 sen( e/4) e mostre que a apro- x-.O x2 x-+0 X3
ximação de Huygens equivale à aproximação

e~ -
16 e 2
sen - - - sen -
e 51. Uma onda de luz de comprimento de onda Â. vai de A até B
3 4 3 2 passando por uma pequena abertura (ver Figura 6 para a no-
tação). A abertura é uma região circular localizada num plano
(b) Calcule o quinto polinômio de Maclaurin da função do lado perpendicular a AB. Seja f (r) =d'+ h', isto é, f (r) é a dis-
direito. tância AC + CB como função de r. As zonas de Fresnel, usa-
(e) Use a estimativa do erro para mostrar que o erro na aproximação das para determinar as perturbações óticas em B, são os anéis
de Huygens é menor do que 0,00022101 5. concêntricos delimitados pelos círculos de raios R11 , onde
f(R 11 ) = AB + n'A /2 =d+ h + n'A/2.

(a) Mostre que f (r) = Jd2 + r 2 + Jh 2 + r 2 e use o polinômio de


Maclaurin de ordem 2 para mostrar que

f(r) ~d + h + -1 (1- + -1) r 2


2 d h

(b) DeduzaqueR11 ~ .Jill, ondel = (d- 1 +h- 1)- 1•


(e) Dêumaestimativadosraios R1eR100Paraaluzazul('A = 475 x
FIGURA 5 O círculo unitário. 10-7 cm) se d = h = 100 cm.

47. Sejaf(x) = 3x3 +2x 2 -x-4.CalculeTj(x)paraj= 1,2,3,


4e5ema=Oetambémema= l . MostrequeT3(x) = f(x)em
ambos casos.

48. Seja T,1(x) o enésimo polinômio de Taylor em x =ade um poli-


nômio f (x) de grau n. Usando o resultado do Exercício 47, adi- A
vinhe o valor de If (x) - T,1 (x) 1-Prove que o palpite está correto
usando a estimativa do erro.

49. Os polinômios de Taylor podem ser usados em vez da re-


gra de L' Hôpital para calcular limites. Considere L = lim
eX+ e - X
- 2 X->Ü

1 - cosx
(a) Mostre que o segundo polinômio de Maclaurin de
FIGURA 6 As zonas de Fresnel são as regiões entre os círculos de
f(x) =é + e-x - 2 raio R11•
502 CÁLCULO

Compreensão adicional e desafios


52. Mostre que o enésimo polinômio de Maclaurin def(x) = are sen 58. O teste da derivada segunda para extremos locais falha quando
x, para n ímpar, é J" (a) = O. Neste exercício mostramos como estender o teste
com a hipótese seguinte:
1x3 1· 3 x5 1 · 3 · 5 x7
Tn(x) = x+- - + - - + - - - + ...
2 3 2 -4 5 2-4 -6 7 J'(a) = J"(a) = j 111
(a) =O mas j<4>(a) > O

1 · 3 · 5 · · · (n - 2) x 11 (a) Mostre que T4(x) = f(a) + 2~j<4\a)(x - a) 4.


+------
2 · 4 · 6 .. · (n - 1) n
(b) MostrequeT4(x) > f(a)parax /a.
53. Use o Teorema de Taylor para mostrar que se j(n+l)(t) ~ Opara (e) Pela estimativa do erro, existe uma constante C tal que IT4(x) -
todo t, então o enésimo polinômio de Maclaurin T11 (x) satisfaz f(x) I ::: Clx - a l5 para todo x num intervalo contendo a. Use
T11 (x)::: f(x),paratodox ~ O. isso e (b) para mostrar que f (x) > f (a) para x suficientemente
próximo de mas não igual a a.
54. Use o Exercício 53 para mostrar que, para x ~ Oe todo n, (d) Conclua que f (a) é um mínimo local. Um argumento análogo
mostra quef(a) é um máximo local se JC4\a) < O.
x2 xn
ex>
-
l+x+ -2! + .. ·+ -n! 59. Prove, por indução, para todo k,

Esboce os gráficos de ex, T1(x) e T2 (x) nos mesmos eixos coor- ~ . ( (x - a) k) = k(k - 1) .. · (k - j + l)(x - k.
a) - 1
denados. Essa desigualdade permanece válida para x < O? dxJ k! k!

55. O objetivo deste exercício é reforçar a prova do Teorema de Tay-


lor.
~ ( (x-a/ ) 1 = {'
se k =j
i= j
(a) Mostrequef(x) = To(x) + ix J'(u)du. dxJ k! x=a O se k

(b) Use integração por partes para provar a fórmula Use isso para provar que T11 (x) concorda com f (x) em x = a até
ordemn.

60. A equação seguinte surge na descrição da condensação de Bo-


se-Einstein (a teoria quântica dos gases resfriada até quase o
(e) Prove o caso n = 2 do Teorema de Taylor: zero absoluto):

56. Aproximação de integrais usando polinômios de Taylor Os Pretendemos deduzir uma expressão aproximada para Ao em ter-
polinômios de Taylor podem ser usados para obter aproximações mos de A para IAI pequeno.
numéricas de integrais. (a) Mostre que o segundo polinômio de Maclaurin da função
(a) Seja L > O. Mostre que se duas funções f (x) e g(x) satisfazem x2e-x2
f (A) = (em que A é a variável ex é tratado como
lf (x)- g(x)I < L, para todo x em [a, b], então 1 - Ae-x 2

ib (f(x) - g(x)) dx < L(b - a)


constante) é

(b) Mostreque lT3(x)-senx l ::: <½) 5/5!paratodox E [O, ½J. 4A (':x;


(b) Use a aproximação Ao ~ Ji l T2 (A) dx para mostrar que

(e) Calcule
r'P T3(x)dxcomoumaaproximaçãode lor'P senxdx.
lo
O

1 2 1 3
Ao~ A+ ;;,A + ,r,,A
Use (a) e (b) para encontrar uma estimativa do tamanho do erro. 2v2 3v3

57. Use o quarto polinômio de Maclaurin e o método do Exercício Pode ser usada a fórmula (válida para À > O)
,,12
56 para aproximar lo sen(x 2
) dx. Encontre uma estimativa
lo
roo x2 e- Àx 2
dx
1
= 4V V
{n
para o erro.
CAPfTULO 9 Mais Aplicações da Integral e Polinômios de Taylor 503

EXERCÍCIOS DE REVISÃO DO CAPÍTULO


Nos Exercícios 1-4, calcule o comprimento de arco ao longo do in- (a) Calcule a força total F na extremidade do tanque quando o tan-
tervalo dado. que estiver cheio.

x5 x-3 (b) ~ É de se esperar que a força total na metade inferior do


1. y =
10 6 , [3,5)
+ tanque seja maior, menor ou igual a ½F? Em seguida, calcule
exatamente a força na metade inferior e confirme (ou refute) sua
2. y = ex/2 + e-x/2, [O, 2] expectativa.

3. y = 4x - 2, [-2, 2]
y
4. y = x 213, [I, 2] 3

5. Mostre que o comprimento de arco de y = 2./x, ao longo de


[O, a], é igual a Ja(a + 1) + ln(,JQ + Jã"+T). Sugestão: use
a substituição x = tg2 ena integral do comprimento de arco.

6. CR S Encontre uma aproximação numérica ao comprimento


-3
de arco de y = tg x ao longo de [O, n/4).
FIGURA 2
Nos Exercícios 7-10, calcule a área de superfície do sólido obtido pela
rotação da curva ao longo do intervalo dado em torno do eixo x. 15. Calcule os momentos e o CDM da lâmina que ocupa a região sob
y = x(4 - x), acima de [O, 4], supondo uma densidade de p = 5
7. y = x + 1, [O, 4] lb/pé2.

8. y = ~x3/4 - ~x5f4, [O, l] 16. Esboce a região entre y 4(x + 1)- 1e y = 1, acima de [O, 3],
e encontre seu centróide.

9. y=~x 312 -~x 112 , [1 , 2] 17. Encontre o centróide da região entre o semicírculo y ~
e a parte de cima da elipse y = ½~ (Figura 3).
1
10. y = -x 2 , [O, 2]
2 18. Uma placa no formato da região destacada na Figura 3 está verti-
calmente submersa em água. Calcule a pressão de fluido num dos
11. Calcule a área de superfície total da moeda obtida pela rotação da
lados da placa se a superfície da água estiver em y = 1.
região da Figura I em tomo do eixo x. O topo e a base da região
são semicírculos de 1 mm de raio.
y

1mm

4mm
- --t-- --t--+-- - x
-1

FIGURA 3

19. Encontre o centróide da região destacada na Figura 4, delimitada


à esquerda por x = 2y2 - 2 e à direita por um semicírculo de
FIGURA 1 raio 1. Sugestão: use simetria e aditividade dos momentos.

12. Calcule a força de fluido num dos lados de um triângulo retângu-


lo de 3 pés de altura e 2 pés de base submerso verticalmente na y
água, com seu vértice superior na superfície da água. semicírculo
/ de raio 1
13. Calcule a força de fluido num dos lados de um triângulo retângulo
de 3 pés de altura e 2 pés de base submerso verticalmente na água,
com seu vértice superior 4 pés abaixo da superfície da água.

14. A extremidade de um tanque de óleo horizontal é uma elipse (Fi-


gura 2) de equação (x/4) 2 + (y /3)2 = 1(medidas em pés). Su-
ponha que o tanque contenha um óleo de densidade 55 lb/pé3. FIGURA4
504 CÁLCULO

Nos Exercícios 20-25, encontre o polinômio de Taylor em x = a da 32. Seja T,1 (x) o enésimo polinômio de Maclaurin def(x) = sen x +
função dada. senhx.
(a) Mostre que T5(x) = T6(x) = T7(x) = Tg(x). Sugestão: T,i(x)
20. f (x) = x3, T3(x), a= 1 é a soma dos polinômios de Maclaurin de sen x e de senh x.
21. f (x) = 3(x + 2) 3 - 5(x + 2), T3(x) , a= -2 (b) Mostre que Ir (x) 1 ::: 1 + cosh X para todo n. Sugestão: note que
1senh x 1 ::: 1cosh x Ipara todo x.
22. f (x) = x ln(x), T4(x) , a= 1
2,6
(e) MostrequelTg(x)-f(x)I::: 9!1xl 9,para -! :::x::: 1.
23. f(x)=(3x+2) 113, T3(x), a=2
1
33. Mostre que o enésimo polinômio de Maclaurin de f (x) = - -
24. f (x) = xe -x2 , T4(x) , a= O 1- x
é T11 (x) = 1 + x + x 2 + · · · + x 11 • Substituindo x por x/4, con-
25. f(x) = ln(cosx), T3(x) , a= O
1
clua que o enésimo polinômio de Maclaurin de f (x) = - - - é
26. Encontre o enésimo polinômio de Maclaurin de f(x) = e3x. 1 +x/ 4
1 1 2 1 11
T11 (x) = J +
27. Use o quinto polinômio de Maclaurin de f(x) = ex para aproxi-
mar .je. Use uma calculadora para determinar o erro.
4X + X + .. · +
42
X
411

28. Use o terceiro polinômio de Taylor def (x) = are tg x em a= 1 1


Qual é o enésimo polinômio deg(x) =--?Sugestão: g(x) =
para aproximar f (1, 1). Use uma calculadora para determinar o l+x
erro. f (-x) .
5
29. Seja T4(x)o polinômio de Taylor de f(x) = .Jx em a= 16. Use 34. Seja Tn (x) o polinômio de Maclaurin de f (x) = + x _ x 2·
4 3
a estimativa do erro para encontrar o maior tamanho possível de
lf(l7) -T4(17) 1. 1
(a) Mostre que f (x) = 5 ( ~ + - - ).
l - x /4 l+x
30. Encontre n tal que IT11 (1) - e l < 10-8, onde T,1 (x) é o enésimo
polinômio de Maclaurin de f (x) = ex. (b) SejaakocoeficientedexkemT11 (x), parak::: n. Use o resultado
do Exercício 33 para mostrar que
31. Seja T4(x) o polinômio de Taylor def(x) = x ln x em x = 1, cal-
culado no Exercício 22. Use a estimativa do erro para encontrar
ªk = -4k+1 I +(-! )k
umacotaparalf(l,2)-T4(l,2)1.
A A LINGU~GEM DA
MATEMATICA
Um dos desafios no aprendizado do Cálculo é se acostumar com sua terminologia e lin-
guagem precisas, especialmente no enunciado de teoremas. Nesta seção, analisamos al-
guns detalhes de Lógica que são úteis e, na verdade, essenciais no entendimento de teore-
mas e sua utilização correta.
Muitos teoremas da Matemática envolvem uma implicação. Se A e B são afirmações,
então a implicação A =:} B significa que A implica B:

A=:}B: Se A for verdadeira, então B é verdadeira.

A afirmação A é denominada a hipótese (ou premissa) e a afirmação B é a conclusão (ou


tese) da implicação. Vejamos um exemplo: Sem e n são inteiros pares, então m + n é um
inteiro par. Essa afirmação pode ser dividida em uma hipótese e uma conclusão:
m e n são inteiros pares =:} m + n é um inteiro par
A B

Na linguagem do dia-a-dia, as implicações costumam ser utilizadas de uma maneira


menos precisa. Um exemplo: Se você trabalhar duro, terá sucesso. Além disso, algumas
afirmações que sequer tem o formato A =:} B podem ser reformuladas como implica-
ções. Por exemplo, a afirmação "Gatos são mamíferos" pode ser reescrita:
Seja X um animal. X é um gato =:} X é um mamífero
'-....--'
A B

Quando dizemos que uma implicação A =:} B é verdadeira, não estamos alegando
que A ou que B sejam necessariamente verdadeiras. Em vez disso, estamos fazendo uma
afirmação condicional, a saber, que se acontecer de A ser verdadeira, então B também
será verdadeira. No caso precedente, se ocorrer de X não ser um gato, a implicação não
nos diz nada.
A negação de uma afirmação A é a afirmação de que A é falsa e é denotada por -.A.

Afirmação A Negação -.A


X mora na Califórnia. X não mora na Califórnia.
LABC é um triângulo retângulo. LABC não é um triângulo retângulo.

A negação da negação é a afirmação original: -.(-.A) = A Dizer que X não não mora na
Califórnia é o mesmo que dizer que X mora na Califórnia.

• EXEMPLO 1 Enuncie a negação de:


(a) A porta está aberta e o cachorro está latindo.
(b) A porta está aberta ou o cachorro está latindo (ou ambos).

Solução
(a) A primeira afirmação é verdadeira se ambas condições estiverem satisfeitas (porta
aberta e cachorro latindo) e é falsa se pelo menos uma dessas condições não estiver satis-
feita. Portanto a negação é

Ou a porta não está aberta OU o cachorro não está latindo (ou ambos).
A2 CÁLCULO

(b) A segunda afirmação é verdadeira se pelo menos uma das condições (porta aberta ou
cachorro latindo) estiver satisfeita e é falsa se nenhuma dessas condições estiver satisfeita.
Portanto a negação é

A porta não está aberta E o cachorro não está latindo.



Contraposição e recíproca
Lembre que na formação da A formação da contraposição e da recíproca de uma afirmação são duas operações impor-
contraposição, invertemos a ordem tantes. A contraposição de A ===} B é a afirmação "Se B é falsa, então A é falsa":
de A e 8. A contraposição de A ===} B
NÃO é ~A ===} ~B.
1 A contraposição de A ===} B é -.B ===} -.A .

Aqui temos alguns exemplos:

Afirmação Contraposição
Se X é um gato, então X é um Se X não é um mamífero, então X
mamífero. não é um gato.
Se você trabalhar bastante, Se você não tiver sido
será bem-sucedido. bem-sucedido, não trabalhou
bastante.
Se m e n são ambos pares, Se m + n não é par, então m e n
então m + n é par. não são ambos pares.

Uma observação crucial é essa:

A contraposição e a implicação original são equivalentes.


O fato de A ===} B ser equivalente à Em outras palavras, se uma implicação é verdadeira, então sua contraposição é auto-
sua contraposição é uma regra geral da maticamente verdadeira e vice-versa. No fundo, uma implicação e sua contraposição
Lógica que não depende do significado
particular de A e B. Essa regra são duas maneiras de dizer a mesma coisa. Por exemplo, a contraposição de "Se X não
pertence à área da "lógica formal", é um mamífero, então X não é um gato" é uma maneira indireta de dizer que gatos são
que trata das relações lógicas entre mamíferos.
afirmações sem se preocupar com o A recíproca de A ===} B é a implicação inversa B ===} A.
conteúdo real dessas afirmações.

Implicação: A ===} B Recíproca: B ===} A


Se A é verdadeira, então B Se B é verdadeira, então A
é verdadeira. é verdadeira.

A recíproca desempenha um papel muito diferente da contraposição porque a recíproca


NÃO é equivalente à implicação original. A recíproca pode ser verdadeira ou falsa, mes-
mo se a implicação original é verdadeira. Aqui temos alguns exemplos:

A recíproca é
Afirmação verdadeira Recíproca verdadeira ou falsa?
Se X é um gato, então Se X é um mamífero, Falsa.
X é um mamífero. então X é um gato.
2 2
Se m é par, então m Se m é par, então m Verdadeira.
é par. é par.

• EXEMPLO 2 Um exemplo em que a recíproca é falsa Mostre que a recíproca de "Sem e n


são ambos pares, então m + n é par" é falsa.
APÊNDICE A ALinguagem da Matemática A3

Um contra-exemplo é um exemplo que Solução A recíproca é "Sem+ n é par, então me n são pares". Para mostrar que a recípro-
satisfaz a hipótese mas não a conclusão
ca é falsa, apresentamos um contra-exemplo. Tomamos m = 1 e n = 3 (ou qualquer outro
de uma afirmação. Se existir pelo menos
um contra-exemplo, então a afirmação par de números ímpares). A soma é par (pois 1 + 3 = 4) mas nem 1 nem 3 é par. Portanto,
é falsa. Contudo, não podemos provar a recíproca é falsa. •
que uma afirmação seja verdadeira
simplesmente dando um exemplo. • EXEMPLO 3 Um exemplo em que arecíproca é verdadeira Enuncie a contraposição e are-
cíproca do Teorema de Pitágoras. Alguma dessas afirmações, ou ambas, são verdadeiras?
A Solução Considere um triângulo de lados a, b e e e seja 0 o ângulo oposto ao lado de
comprimento e, como na Figura 1. O Teorema de Pitágoras afirma que se 0 = 90º, então
a2 + b2 = c2. Aqui temos a contraposição e a recíproca:
b

0
B a e Teorema de Pitágoras 0 = 90° => a2 + b2 = c2 Verdadeira
FIGURA 1 Contraposição a2 + b2 f= c2 => 0 f= 90º Automaticamente
verdadeira
Recíproca a2 + b2 = c2 => 0 = 90º Verdadeira (mas
não automaticamente)

A contraposição é automaticamente verdadeira pois é somente uma outra maneira de


enunciar o teorema original. A recíproca não é automaticamente verdadeira pois poderia
possivelmente existir algum triângulo que não seja retângulo e que satisfaça a 2 + b2 = c2.
Contudo, a recíproca do Teorema de Pitágoras é, de fato, verdadeira. Isso decorre da Lei
dos Cossenos (ver Exercício 38). •

Quando uma afirmação A => B e sua recíproca B => A são ambas verdadeiras,
escrevemos A {::::::} B. Nesse caso, A e B são equivalentes. Muitas vezes expressamos
isso com a frase

A é verdadeira se, e somente se, B é verdadeira.

Por exemplo,

a 2 + b2 = c2 se, e somente se, 0 = 90º


É de manhã se, e somente se, o sol estiver nascendo.

Mencionamos as seguintes variações da terminologia envolvendo implicações com as


quais o leitor pode se deparar:

Afirmação É uma outra maneira de dizer

A é verdadeira se B é verdadeira.

A é verdadeira somente se B é verdadeira. A => B (A não pode ser verdadeira a


menos que B também seja verdadeira.)
Para A ser verdadeira, é necessário que B A => B (A não pode ser verdadeira a
seja verdadeira. menos que B também seja verdadeira.)
Para A ser verdadeira, é suficiente que B
seja verdadeira.
Para A ser verdadeira, é necessário e
suficiente que B seja verdadeira.
A4 CÁLCULO

Analisando um teorema
Para ver como essas regras da Lógica surgem no estudo do Cálculo, considere o resultado
seguinte da Seção 4.2.

y
TEOREMA 1 Existência de um máximo num intervalo fechado Sef(x) for uma função con-
Valor máximo
tínua num intervalo (limitado) fechado/= [a, b], entãof(x) atinge um valor máximo

~
em I (Figura 2).

Para analisar esse teorema, escrevamos a hipótese e a conclusão separadamente:


'---+------+-X
a b
Hipótese A: f (x) é contínua e / é fechado.
FIGURA 2 Uma função contínua num
intervalo fechado/= [a, b] tem um Conclusão B: f (x) atinge um valor máximo em /.
valor máximo.
Uma primeira pergunta a ser formulada é: "As hipóteses são necessárias?" A conclusão
continua válida se deixarmos de supor uma ou ambas suposições? Para mostrar que am-
bas hipóteses são necessárias, fornecemos os contra-exemplos:

• A continuidade de f (x) é uma hipótese necessária. A Figura 3(A) mostra o gráfi-


co de uma função num intervalo fechado [a, b] que não é contínua. Essa função não
tem valor máximo em [a, b], o que mostra que a conclusão pode falhar se a hipótese
de continuidade não estiver satisfeita.
• A hipótese de 1 ser fechado é necessária. A Figura 3(B) mostra o gráfico de uma
função contínua num intervalo aberto (a, b). Essa função não tem valor máximo, o
que mostra que a conclusão pode falhar se o intervalo não for fechado.
Vemos que ambas hipóteses do Teorema 1 são necessárias. Ao afirmar isso, não es-
tamos querendo dizer que a conclusão sempre falha quando uma ou ambas hipóteses
não estiverem satisfeitas. Afirmamos somente que a conclusão pode falhar quando as
hipóteses não estiverem satisfeitas. Em seguida, vamos analisar a contraposição e a
recíproca:
• Contraposição -.B =} -.A (automaticamente verdadeira): Se f (x) não tem
um valor máximo em/, então ou f (x) não é contínua ou / não é fechado (ou
ambos).
• Recíproca B =} A (nesse caso, falsa): Sef (x) tem um valor máximo em/, entãof
(x) é contínua e I é fechado.

y y y

Valor máximo

(~ f\_.
'---+-- - - - - + - X '---0----- - - - - - < > - - X
a b a b a b

(A) O intervalo é fechado (B) A função é contínua (C) Essa função não é
mas a função não é mas o intervalo é contínua e o intervalo
contínua. A função não aberto. A função não não é fechado, mas a
tem valor máximo. tem valor máximo. função tem um valor
máximo.
FIGURA 3
APÊNDICE A ALinguagem da Matemática AS

A técnica da prova por contradição Como sabemos, a contraposição é somente uma maneira de reformular o teorema, de
também é conhecida como "redução modo que é automaticamente verdadeira. A recíproca não é automaticamente verdadeira
ao absurdo". Os gregos da Antiguidade
já usavam a prova por contradição no e, na verdade, nesse caso ela é falsa. A função na Figura 3(C) fornece um contra-exem-
Século Va.e. e Euclides (325-265 plo para a recíproca: f (x) tem um valor máximo em / = (a, b) mas f (x) não é contínua
a.C.) utilizou-a em Os Elementos, e / não é fechado.
seu tratado clássico de Geometria. Os matemáticos desenvolveram várias estratégias e métodos gerais para provar te-
Um exemplo famoso é a prova da
irracionalidade de ./2 no Exemplo 4. oremas. O método de prova por indução será tratado no Apêndice C. Um outro método
O filosofo Platão (427-347 a.C.) importante é a prova por contradição, também chamado prova indireta. Suponha que
escreveu: "Aquele que ignorar o fato nosso objetivo seja provar A ===} B. Numa prova por contradição, partimos da hipótese
de que a diagonal de um quadrado
de que A é verdadeira mas B é falsa e, então, mostramos como isso leva a alguma contra-
é incomensurável com seu lado não
merece ser chamado de ser humano." dição. Decorre disso que B deve ser verdadeira (para evitar a contradição).

• EXEMPLO 4 Prova por contradição O número ,./2 é irracional (Figura 4).


Solução Suponha que o teorema seja falso, ou seja, que ,./2 = p / q, onde p e q são núme-
ros inteiros. Podemos supor que p/q esteja na forma irredutível, de modo que no máximo
um dentre p e q é par.
A relação ,./2 = p / q implica 2 = p 2 / q2 ou p 2 = 2q 2. Isso mostra que p deve ser par.
Mas se pé par, digamos, p = 2m, então 4m 2 = 2q 2 ou q 2 = 2m 2. Isso mostra que q tam-
bém é par. Isso contradiz nossa hipótese de que p/q está na forma irredutível. Concluímos
FIGURA 4 A diagonal do quadrado
que nossa hipótese original, que ,./2 = p / q, deve ser falsa. Portanto, ,./2 é irracional. •
unitário tem comprimento ./2.

ENTENDIMENTO CONCEITUAL As características fundamentais da Matemática são apre-


cisão e o rigor. Um teorema é estabelecido não por meio de observação ou experi-
mentação mas por meio de uma demonstração, que consiste numa cadeia de raciocí-
nios sem lacunas.
Um dos mais famosos problemas
Essa abordagem da Matemática nos foi legada pelos matemáticos gregos da An-
da Matemática é conhecido como o
"Último Teorema de Fermat", que tiguidade, especialmente Euclides, e permanece como padrão na pesquisa contempo-
afirma que a equação rânea. Em décadas mais recentes, o computador se tomou uma poderosa ferramenta
de experimentação matemática e de análise de dados. Os pesquisadores podem utilizar
xn + y" = z" dados experimentais para descobrir novos fatos matemáticos potenciais, mas o título
não tem soluções nos inteiros positivos "teorema" não é concedido até que alguém escreva uma demonstração.
se n ::: 3. Numa nota marginal Essa insistência com teoremas e demonstrações distingue a Matemática das outras
escrita em torno de 1630, Fermat
ciências. Nas ciências naturais, os fatos são estabelecidos por meio de experimentação
alegou possuir uma prova e, ao
longo dos séculos, essa afirmação foi e estão sujeitos à revisão ou modificação à medida que se acumula mais conhecimento.
efetivamente verificada para muitos Na Matemática, as teorias também são desenvolvidas e expandidas, mas os resultados
valores do expoente n. Contudo, anteriores não são invalidados. O Teorema de Pitágoras foi descoberto na Antiguidade
somente em 1994 o matemático
e é uma pedra fundamental da Geometria plana. No Século XIX, os matemáticos co-
anglo-americano Andrew Wiles,
trabalhando na Princeton University, meçaram a estudar tipos mais gerais de geometrias (do tipo que acabou levando à ge-
encontrou uma prova completa. ometria de dimensão quatro do espaço-tempo de Einstein na Teoria da Relatividade).
O Teorema de Pitágoras não é válido nessas geometrias mais gerais, mas seu valor na
Geometria plana permanece inalterado.

A. RESUMO
• A implicação A ===} B é a afirmação "Se A é verdadeira então B é verdadeira".
• A contraposição de A ===} B é a implicação -,B ===} -,A, que diz que "Se B é falsa,
então A é falsa". Uma implicação e sua contraposição são equivalentes (uma das duas é
verdadeira se, e somente se, a outra é verdadeira).
• A recíproca de A ===} B é B ===} A. Uma implicação e sua recíproca não são necessa-
riamente equivalentes. Uma pode ser verdadeira e a outra falsa.
A6 CÁLCULO

• A e B são equivalentes se A ===} B e B ===} A são ambas verdadeiras.


• Numa prova por contradição (em que o objetivo é provar uma afirmação), começamos su-
pondo que a afirmação seja falsa e mostramos que essa hipótese leva a alguma contradição.

A EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Qual é a contraposição de A ==> B? 3. Suponha que A ==> B seja verdadeira. Qual é, então, automati-
camente verdadeira, a recíproca ou a contraposição?
(a) B ==> A (b) -.B ==> A
(e) -.B ==> -.A (d) -.A ==> -.B 4. Reescreva como uma implicação: "Um triângulo é um polígono".

2. Qual das opções no Exercício l é a recíproca de A ==> B?

Exercícios
1. Qual é a negação da afirmação "O carro e a camisa são ambos 17. Sem é divisível por 9 e 4, então m é divisível por 12.
azuis"?
18. Sem é ímpar, então m 3 - m é divisível por 3.
(a) Nem o carro nem a camisa são azuis.
(b) O carro não é azul e/ou a camisa não é azul. Nos Exercícios 19-22, determine se a recíproca da afirmação é falsa.

19. Se x > 4 e y > 4, então x + y > 8.


2. Qual é a contraposição da implicação "Se o carro tiver gasolina,
então ele anda"? 20. Sex>4,entãox 2 > 16.
(a) Se o carro não tem gasolina, então ele não anda.
21. Se lxl > 4, então x 2 > 16.
(b) Se o carro não andar, então ele não tem gasolina.
22. Se m e n são pares, então mn é par.
Nos Exercícios 3-8, enuncie a negação.
Nos Exercícios 23-24, enuncie a contraposição e a recíproca (não
3. A hora é 4 horas. sendo necessário saber o que essas afirmações significam).

4. LABC é um triângulo isósceles. 23. Sef(x) e g(x) são deriváveis, entãof(x) g(x) é derivável.

5. m e n são inteiros ímpares. 24. Se o campo de forças é radial e decresce como o inverso do qua-
drado da distância, então todas órbitas fechadas são elipses.
6. Ou m ou n é ímpar.
Nos Exercícios 25-28, a inversa de A ==> B é implicação -.A =:> -.B.
1. x é um número real e y é um inteiro.
25. Qual das seguintes é a inversa da implicação "Se ela saltou no
8. f (x) é uma função linear.
lago, então ela ficou molhada"?
Nos Exercícios 9-14, enuncie a contraposição e a recíproca. (a) Se ela não ficou molhada, então ela não saltou no lago.

9. Se m e n são inteiros ímpares, então mn é ímpar. (b) Se ela não saltou no lago, então ela não ficou molhada.
A inversa é verdadeira?
10. Se hoje é terça-feira, então estamos na Bélgica.
26. Enuncie as inversas dessas implicações.
11. Se hoje é terça-feira, então não estamos na Bélgica.
(a) Se X é um camundongo, então X é um roedor.
12. Se x > 4, então x 2 > 16. (b) Se você ficar dormindo, você perde a aula.

13. Se m2 é divisível por 3, então m é divisível por 3. (e) Se um astro girar em tomo do Sol, então é um planeta.

14. Se x 2 = 2, então x é irracional. 27. ~ Explique porque a inversa é equivalente à recíproca.


Nos Exercícios 15-18, dê um contra-exemplo para mostrar que a re- 28. ~ Enuncie a inversa do Teorema de Pitágoras. É verdadeira?
cíproca da afirmação é falsa. 29. O Teorema l da Seção 2.4 afirma o seguinte: "Se f (x) e g(x) são
15. Se m é ímpar, então 2m + 1 também é ímpar. funções contínuas, entãof(x) + g(x) é contínua". Decorre logi-
camente disso que sef(x) e g(x) não são contínuas, entãof(x) +
16. Se LABC é eqüilátero, então é um triângulo isósceles. g(x) não é contínua?
APtNDICE A ALinguagem da Matemãtica A7

30. Escreva del3lhadamente uma prova por contradição desse fato: (a) Qual é a hipótese?
Não existe um menor mimero racional positivo. Baseie sua prova (b) Fornecendo um contra-exemplo, mostre que a hipótese é ne-
no fato de que se r > O, então O< r/2 < r. cessária.
31. Use uma prova por contradição para provar que se :e + y > 2, (e) Qual é a contraposição?
entllo.:c > 1ou)'> 1 (ou ambos). (d) Qual é a recíproca? É verdadeira?
Nos t!:Ct!rcfcios 32-35. 11st! prova por c<>tllradiç,io pttra mostrar que o 37. Considere o teorema seguinte. Seja/(:c) um polinômio quadráti-
11tímero é irracio11al.
co com coeficiente dominante positivo. Entllo/(:c) tem um valor
mínimo.
32. f½ 33. /3 34. ~ 3S. fü (a) Quais são as hipóteses?
(b) Qual é a contraposição?
36. Um triângulo isósceles é um triângulo com dois lados iguais.
Vale o seguinte teorema: se t:,, é um triângulo com dois ângulos (e) Qual é a recíproca? É verdadeira?
iguais, então b. é um triângulo isósceles.

Compreensão adicional e desafios


38. Sejam a, b e e os lados de um triângulo e seja 8 o ângulo oposto a 41. Generalize mais ainda e mostre que para qualquer natural r. a raiz
e. Use a Lei dos Cossenos (Teorema I da Seção 1.4) para provar ifà de ordem r de A é um irracional, a menos que A seja uma po-
a recíproca do Teorema de Pitágoras. tência de ordem r. Sugestão: seja x = ifÃ. Mostre que se :e for
racional. então podemos escolher um menor número natural II tal
39. Forneça todos os detalhes da seguinte prova por contradição, de- que n:cl seja um número natural, para j = 1, ... , r - 1. Então
vida a R. Palais. de que ..fi. é irracional. Se ..fi. é racional. então considere 111 = 11x - 11[xl como antes.
11..fi. é um número nntural para algum narural 11. Seja n o menor
desse.~ números naturais e seja 111 = 11..fi. - n. 42. Dadaumncoleçãofinitadenúmerosprimos ,,1,... .l'N ,
(a) Prove que 111 < 11. sejaM = f'I · pz···PN + I. MostrequeMnãoédivisf,oelpor
qualquer um dos primos Pt .. . . . PN. Use esse fato e que cada
(b) Prove que 111 ..fi. é um número natural. número tem uma fatoração em primos para provar que existe uma
Explique por que (a) e (b) implicam que ..fi. é irracionnl. infinidade de números primos. Esse argumento foi fornecido por
Euclides em Os Eleme11tos.
40. Generalize o argumento do Exercício 39 para provar que ../Ã é ir-
racionnl se A for um número natural mas não um quadrado perfei-
to. Sugestão: escolha II como antes e tome 111 = 11 ../Ã - 11[../ÃI,
onde [x) é a função maior inteiro.
B P~OPRIEDADES DE
NUMEROS REAIS
"Foi na fndia que surgiu o método Neste apêndice discutimos as propriedades básicas dos números reais. Inicialmente, re-
genial de expressar cada número cordamos que um número real é um número que pode ser representado por uma expansão
possível usando um conjunto de dez
símbolos (cada símbolo tendo um decimal finita ou infinita. O conjunto de todos os números reais é denotado por R e muitas
valor posicional e um valor absoluto). vezes é visualizado como a "reta real" (Figura 1). As duas operações algébricas de adição
A idéia parece tão simples hoje em e multiplicação são definidas em R e satisfazem as leis da comutatividade, associatividade
dia que seu significado e profunda e distributividade (Tabela 1).
importância nem são mais apreciados.
Sua simplicidade reside na maneira
pela qual facilita as contas e com isso
colocou a Aritmética na liderança das TABELA 1 Leis algébricas
invenções úteis. A importância dessa Leis da comutatividade: a+b=b+a, ab=ba
invenção é mais facilmente apreciada Leis da associatividade: (a+ b) +e= a+ (b + e), (ab)c = a(bc)
quando consideramos que ela estava
Lei da distributividade: a(b + e) = ab + ac
além de Arquimedes e Apolônio, os
dois maiores homens da Antiguidade."
- Pierre Simon de Laplace, Cada número real x tem um inverso aditivo -x tal que x + (-x) = O e cada número
um dos grandes matemáticos
franceses do Século XVI 11
real não-nulo tem um inverso multiplicativo x - 1 tal que x(x- 1) = 1. Não consideramos a
subtração e a divisão como operações algébricas adicionais porque elas são definidas em
termos de inversos. Por definição, a diferença x - y é igual a x + (-y) e o quociente x / y
é igual a x(y- 1), para y ,t= O.
--+---+--+-----<--+--+----+-- R
-3 -2 -1 O 2 3 Além das propriedades algébricas, existe uma relação de ordem em R: para quais-
quer dois números reais a e b, vale precisamente uma das seguintes:
FIGURA 1 A reta dos números reais.

ou a= b, ou a< b, ou a> b

Para distinguir entre as condições a _:s b e a < b, muitas vezes dizemos que a < b é uma
desigualdade estrita. Convenções análogas valem para> e~- As regras dadas na Tabela
2 permitem-nos manipular desigualdades.

TABELA 2 Propriedades de ordem


Se a< b e b < e, então a< e.
Se a< b e e< d, então a + e < b + d.
Se a< b e c > O, então ac < bc.
Sea< bec<O, então ac > bc.

A última propriedade diz que uma desigualdade inverte seu sentido se for multiplicada
por um número negativo. Por exemplo,

-2 < 5 mas (-3)(-2) > (-3)5

As propriedades algébricas e de ordem dos números reais certamente são conhecidas.


Agora discutimos a Propriedade do Supremo dos números reais, que é bem menos co-
nhecida. Essa propriedade é uma maneira de formular a assim chamada completude dos
números reais. Há outras maneiras de formular a completude (tais como a assim chamada
propriedade dos intervalos encaixantes, discutida em qualquer livro de Análise) que são
equivalentes à propriedade do supremo e servem o mesmo propósito. A completude é utili-
zada no Cálculo para construir provas rigorosas de teoremas básicos sobre funções contínu-
as, tais como o Teorema do Valor Intermediário (TVI) ou a existência de valores extremos
APÊNDICE 8 Propriedades de Números Reais A9

em intervalos fechados. A idéia subjacente é que a reta real "não tem buracos". Essa idéia
será elaborada mais adiante. Inicialmente introduzimos as definições necessárias.
Seja S um conjunto não-vazio de números reais. Um número M é denominado uma
cota superior de S se
para todo x e S

L M Se S tem uma cota superior, dizemos que S é limitado superiormente. Um supremo


--- -----
-3 -2 - 1 O
< >---+--+---X
2 3 L é uma cota superior de S tal que qualquer outra cota superior M satisfaz M ~ L. Por
exemplo (Figura 2),
FIGURA 2 M = 3 é uma cota superior
do conjunto S = (- 2. 1) e o supremo =
• M 3 é uma cota superior do intervalo aberto S =(-2, 1).
éL = 1. • L = 1 é o supremo de S = (-2, 1).
Agora enunciamos a propriedade do supremo dos números reais.

TEOREMA 1 Existência de umsupremo Seja S um conjunto não-vazio de números reais


que é limitado superiormente. Então S tem um supremo.

De maneira análoga, dizemos que um número B é uma cota inferior de S se x ~ 8


para todo x e S. Dizemos que Sé limitado inferiormente se S tem uma cota inferior.
Um ínfimo é uma cota inferior M tal que qualquer outra cota inferior B satisfaz 8 ~ M. O
conjunto de números reais também tem a Propriedade do Ínfimo: se S é um conjunto não-
vazio de números reais que é limitado inferiormente, então S tem um ínfimo. Isso pode
ser deduzido imediatamente do Teorema 1. Para qualquer conjunto não-vazio de números
reais S, seja - S o conjunto dos números reais da forma -x, com x e S. Então -S tem
uma cota superior se S tiver uma cota inferior. Conseqüentemente, -S tem um supremo L
pelo Teorema I e - L é um ínfimo de S.

ENTEHDIMEHTO CONCEITUAL O Teorema l pode parecer bem razo.ivel, mas sua utilidade tal-
fi. vez não seja visível. Anteriormente, sugerimos que a propriedade do supremo expressa a
1
1
idéia que Ré "completo" ou ''não tem buracos". Para ilustrar essa idéia, comparemos R
1 com o conjunto dos núme~ racionais, denotado por Q. Intuitivamente, Q não é completo
1
X
-3 - 2 - 1 o 1
2 3 porque faltam os número irracionais. Por exemplo, Q tem um "buraco" onde deveria estar
1
1 localil.ado o número irracional ,./i. (Figura 3). Esse buraco divide Q em duas metades
1
desconexas (a metade à esquerda e a metade à direita de ..ti.). Por causa disso, Q não é ver-
FIGURA 3 Os números racionais têm
dadeiramente um objeto "contínuo". No próximo exemplo, veremos que a existência de
um "buraco.. na localização de ./i
,./i. como número real está relacionada diretamente à propriedade do supremo. Uma outra
conseqüência da completude é o TVI, cuja prova depende da propriedade do supremo.

• EXEMPLO 1 Mostre que 2 possui uma raiz quadrada aplicando a propriedade do su-
premo ao conjunto

S = {x: x2 < 2}
Solu~o Inicialmente, observamos que Sé limitado com a cota superior M = 2. De fato, se
x > 2 então vale x 2 > 4 e, portanto, x não pertence a S. Pela propriedade do supremo, S
tem um supremo. Denote-o por L. Afirmamos que L = ../2 ou, equivalentemente, que
L = ,Jí L 2 = 2 (Figura 4). Para provar isso, mostraremos que ambas desigualdades L 2 ~ 2 e
--+--+---+--+- +c-+--+--x L 2 :=: 2 são falsas.
-3 -2 - 1 O 2 3 2
Se L < 2, seja b = L + h, onde h > O. Então
FIGURA 4 O conjunto S = (.r : x2 < 2)
é limitado pelo supremo L = ./1. b2 = L2 + 2Lh + h2 = L2 + h(2L + h) II]
AlO CÁLCULO

Podemos tomar a quantidade h(2L + h) tão pequena quanto desejarmos escolhendo h > O
suficientemente pequeno. Em particular, podemos escolher um h positivo de tal forma que
h(2L + h) < 2 - L 2. Para essa escolha, b2 < L 2 - (2 - L) 2 = 2 pela Equação (1). Dessa
forma, b E S. Mas b > L, pois h > O, e assim L não é uma cota superior de S, em contradição
com nossa hipótese sobre L. Concluímos que L2 ~ 2.
Se L 2 > 2, seja b = L - h, onde h > O. Então

b2 = L 2 - 2Lh + h2 = L2 - h(2L + h)

Agora escolhemos h positivo mas suficientemente pequeno de tal forma que h (2L + h) <
L2 - 2. Então b < L e b2 > L2 - (L 2 - 2) = 2. Mas, nesse caso, b é uma cota inferior
menor de S. De fato, se x ~ b, então x 2 ~ b2 > 2 e x não pertence a S. Isso contradiz
nossa hipótese de que L é o supremo. Concluímos que L 2 :::: 2 e, como já mostramos que
L2 ~ 2, resulta L2 = 2, conforme desejado. •

Agora provamos três teoremas importantes, o terceiro dos quais é utilizado na prova
da propriedade do supremo, em seguida.

TEOREMA 2 Teorema de Bolzano-Weierstrass Seja S um conjunto limitado e infinito de


números reais. Então existe uma seqüência de elementos {an} em S tal que existe o
limite L = lim ªn·
n->OO

Demonstração Para simplificar a notação, vamos supor que S esteja contido no intervalo
unitário [O, 1] (uma prova análoga funciona em geral). Se k1, k2, ... , kn é uma seqüência
de n dígitos (ou seja, cada kJ é um número natural e O :::: kJ :::: 9), seja

o conjunto de x E S cuja expansão decimal começa com O,k1k2 .. . kn. O conjunto Sé a


união dos subconjuntos S(O), S(l), . .. , S(9) e, como Sé infinito, pelo menos um desses
subconjuntos deve ser infinito. Portanto, podemos escolher k1 tal que S(k1) seja infinito. De
modo análogo, pelo menos um dos conjuntos S(k1, O), S(k2 , 1), ... , S(k1 , 9) deve ser infi-
nito, portanto podemos escolher k2 tal que S(k1, k2) seja infinito. Continuando dessa manei-
ra, obtemos uma seqüência infinita {k11 } tal que, para cada n, o conjunto S(k1, k2 , .. . , k11 ) é
infinito. Podemos escolher uma seqüência de elementos an E S(k1, k2, ... , kn)com a pro-
priedade que an difere de a1, . .. , ªn-l para todo n. Seja La decimal infinita O,k1k2k3 ....
Então lim an = L, já que IL - an 1 < 10-n para todo n. •
n->oo

Utilizamos o Teorema de Bolzano-Weierstrass para provar dois importantes resul-


tados sobre seqüências {an}. Lembre que uma cota superior de {an} é um número M tal
que ªJ :::: M, para cada}. Se existir uma cota superior, dizemos que {an} é limitada su-
periormente. Cotas inferiores são definidas de maneira análoga e dizemos que {an} é li-
mitada inferiormente se existir uma cota inferior. Uma seqüência é limitada se for limi-
tada inferior e superiormente. Uma subseqüência de {an} é uma seqüência de elementos
Gnpan2 , an 3 , . .. emquen 1 < n2 < n3 < · · ·.
Agora considere uma seqüência limitada {an }. Se uma infinidade dos an são distintos,
o Teorema de Bolzano-Weierstrass implica que existe uma subseqüência {a111 , a112 , ••• }
tal que lim ank existe. Caso contrário, uma infinidade dos an devem coincidir e estes ter-
n-> oo
mos formam uma subseqüência convergente. Isso prova o próximo resultado.

1 Seção 11 .1 TEOREMA 3 Toda seqüência limitada tem uma subseqüência convergente.


APÊNDICE B Propriedades de Números Reais Al 1

TEOREMA 4 Seqüências monótonas limitadas convergem

• Se {an} é crescente e a11 S M para todo n, então {a11 } converge e lim a11 S M .
n--+OO
• Se {a11 } é decrescente e a11 ~ M para todo n, então {a11 } converge e lim a11 ~ M.
11--+ 00

Demonstração Suponha que {a11 } seja crescente e limitada superiormente por M. Então
{a11 } é automaticamente limitada inferiormente por m = ai pois a1 S a2 S a3 · · ·. Portan-
to, {a11 } é limitada e, pelo Teorema 3, podemos escolher uma subseqüência convergente
an 1 , a112 , •..• Seja

Observe que a11 s L para todo n. Se isso não valesse, então a11 > L para algum n e então
a11k ~ a11 > L para todo k tal que nk ~ n. Mas isso contradiria que a11k --+ L. Agora, por
definição, para cada E > Oexiste NE > Otal que

Escolham tal que n,n > NE. Se n ~ n,n, então a11111 S a11 S L e, portanto,

para todo n ~ nm

Isso mostra que lim a11


11--+ 00
= L, como queríamos provar. Resta provar que L s M. Se
L > M, seja E = (L - M) /2 e escolha N tal que

lan - LI < E sek > N

Então a11 > L - E = M + E. Isso contradiz nossa hipótese de que M é uma cota superior
de {a11 }. Portanto, L S M, como afirmamos. •

Demonstração do Teorema 1 Agora utilizamos o Teorema 4 para provar a propriedade


do supremo (Teorema 1). Se x for um número real, escrevemos x(d) para o número real
obtido truncando a expansão decimal de x depois do d-ésimo dígito à direita da vírgula.
Dizemos que x(d) é o truncamento de comprimento d de x. Assim,

sex = 1,41569, entãox(3) = 1,415.

Dizemos que x é um número de comprimento d se x = x(d). A diferença entre dois núme-


ros diferentes de comprimento d é de pelo menos 10-d_ Segue que, dados dois números
reais A < B quaisquer, existe no máximo um número finito de decimais de comprimento
d entre A e B.
Agora, seja S um conjunto não-vazio de números reais com uma cota superior M. Pro-
vemos que S tem um supremo. Seja S(d) o conjunto dos truncamentos de comprimento d:

S(d) = {x(d) : x E S}

Afirmamos que S(d) tem um elemento máximo. Para verificar isso, escolha qualquer
a E S. Se x E Se x(d) > a(d), então

a(d) S x(d) S M

Assim, pelo que observamos no parágrafo precedente, existe no máximo um número finito de
valores de x(d) em S(d) maiores do que a(d). O maior desses é o elemento máximo em S(d).
Para d= l, 2, ..., escolha um elemento Xd tal que Xd(d) seja o elemento máximo em
S(d). Por construção, {xd (d)} é uma seqüência crescente (já que o maior truncamento de
comprimento d só pode aumentar quando d cresce). Além disso, xd(d) S M para todo
Al 2 CÁLCULO

d. Agora aplicamos o Teorema 4 para concluir que {XJ (d)) converge a um limite L. Afir-
mamos que L é o supremo de S. Inicialmente, observe que L é uma cota superior de S.
De fato, se x e S, então x(d) .:S L para todo d e, assim, x .:S L. Para mostrar que L é o
supremo, suponha que M seja uma cota superior tal que M < L. Então XJ .:S M para todo
d e, portanto, XJ(d) .::: M para todo d. Mas então

L = d-.oo
lim XJ(d) .:S M

Isto é uma contradição, já que M < L Então L é o supremo de S.



Como mencionamos anterionnente, a propriedade do supremo é utilizada em Cálculo
para estabelecer certos teoremas básicos sobre funções contínuas. Como um exemplo,
provamos o TVI. Um outro exemplo é o teorema de existência de extremos cm intervalos
fechados (ver Apêndice D).

TEOREMA 5 Teorema do valor intermediário Se/(x) for contínua num intervalo fechado
[a, b] e/(a) ':f. / (b~ então para cada valor M entref (a) ef(b), existe pelo menos um
valore E (a , b) tal que/(c) = M.

Demo~raç--jo Podemos substituir/(x) JX>r/(x) - M para reduzir ao caso M =O.Ana-


logamente, substituindo/ (x) JX>r -f (x), se necessário, podemos SUJ>Or que/ (a) < Oe
f (b) >O.Agora, seja

S = {:e E [a, bJ : / (:e) < 0)


Então a e S, pois/ (a)< O, portanto S é não-vazio. Claramente, b é uma cota superior de
S. Portanto, pela propriedade do supremo, S tem um supremo L. Afinnamos que/ (l) = O.
Caso contrário, denote r = f (l). Inicialmente suponha quer> O.
Como f (x) é contínua, existe um número ó > Otal que
1
1/(x) - / (L)I = 1/(x) - ri < 2' se lx -ll <ó

Equivalentemente,
1 3
2' < f(x ) < 2' se lx-LI < ó

2,
O numero
' I é pos1t1vo,
.. portanto cone)u1mos
' que

/ (.t ) > o se l-Ó <x < L+ó


Pela definição de L, f(x) ~ Opara todo x e [". bl tal que x > L, e, assim, f(x) ~ O
para todo x e [a . b] tal que x > l - ó. Assim, l - ó é uma cota superior de S. Isto é
uma contradição, já que L é o supremo de Se segue quer = / (l) não pode satisfazer
r > O. Da mesma forma, r não pode satisfazer r < O.Concluímos que /(l) = O, como
afinnamos. •
C INDUÇÃO E OTEOREMA
BINOMIAL
O princípio da indução é um método de demonstração que é largamente utilizado para pro-
var que uma dada afirmação P(n) é válida para todos os números naturais n = 1, 2, 3, ....
Aqui temos duas afirmações desse tipo:

• P(n): A soma dos primeiros n números ímpares é igual a n 2.


d
• P(n): - x" = nx"- 1•
dx
A primeira afirmação diz que para qualquer número natural n,

1 + 3 + · · · + (2n - 1) = n2 [IJ
Soma dos primeiros n números ímpares

Podemos verificar diretamente que P(n) é verdadeira para os primeiros valores de n:

P(l) é a igualdade: 1 = 12 (verdadeira)


2
P(2) é a igualdade: 1+ 3 = 2 (verdadeira)
2
P(3) é a igualdade: 1+ 3 + 5 = 3 (verdadeira)

O princípio da indução pode ser utilizado para garantir P(n) para todos os valores de n.

O princípio da indução é aplicável se TEOREMA 1 Princípio da indução Seja P(n) uma afirmação que depende de um número
P(n) é uma afirmação definida para natural n. Suponha que:
n ?: 110 , onde no é um inteiro fixado.
Suponha que (i) Base de indução: P(l) é verdadeira.
(i) Base de indução: P(no) é (ii) Etapa de indução: Se P(n) é verdadeira para n = k, então P(n) também é verda-
verdadeira. deira para n = k + 1.
(ii) Etapa de indução: Se P(n) é
verdadeira para n = k, então P(n) Então P(n) é verdadeira para todos os números naturais n = 1, 2, 3, ....
também é verdadeira para n = k + 1.
Então P(n) é verdadeira para todo
n ?: "O· • EXEMPLO 1 Prove que 1 + 3 + · · · + (2n - 1) = n2 para todo número natural n.
Solução Como acima, denotemos por P(n) a igualdade

P(n): 1 + 3 + · · · + (2n - 1) = n2
Passo 1. Base de indução: Mostrar que P(l) é verdadeira.
Isso foi constatado acima. P(l) é a igualdade 1 = 12.
Passo 2. Etapa de indução: Mostrar que se P(n) é verdadeira para n = k, então
P(n) também é verdadeira para n = k + 1.
Suponha que P(k) seja verdadeira. Então

1 + 3 + · · · + (2k - 1) = k2
Al4 CÁLCULO

Some 2k + 1 a ambos os lados:

[ 1 + 3 + · · · + (2k - 1)] + (2k + 1) = k2 + 2k + 1 = (k + 1)2


1 + 3 + · · · + (2k + 1) = (k + 1)2
Isso é precisamente a afirmação P(k + l ). Assim, P(k + l) é verdadeira sempre que
P(k) for verdadeira. Pelo princípio da indução, P(k) é verdadeira para todo k. •

A intuição subjacente ao princípio da indução é o seguinte. Se P(11) não fosse verda-


deira para todo 11, então existiria um menor número natural k para o qual P(k) seria falsa.
Além disso, K > l, já que P( 1) é verdadeira. Assim, P(k - 1) é verdadeira [caso contrário,
P(k) não seria o menor "contra-exemplo"). Por outro lado, se P(k - l) é verdadeira, então
P(k) também é verdadeira, pelo passo de indução. Isso é uma contradição. Logo, P(k)
deve ser verdadeira, para todo k.

• EXEMPLO 2 Use Indução e a regra do produto para provar que, para cada número
natural 11,
d
-x"=,u"-1
dx

Solução Seja P(11) a fórmula dd x"


X
= 11x 11
-
1

Passo 1. Base de induç-lo: Mostrar que P(t) é verdadeira.


Usamos a definição via limite para verificar P( 1):

d . (x + h) - x . h .
-x = hm - - - - = h-..O
hm - = hm 1 = 1
dx 1,-.. 0 h h /J -..O

Passo 2. Etapa de indução: Mostrar que se P(n) é verdadeira para n = k, então


P(n) também é ,·erdadeira para n =k + 1.
Para executar esse passo, suponha que dd .l = kxk-t, onde k ~ 1. Então, pela regra
X
do produto,

,, L+ I d L d ,. • ,, '·-1 ,.
-d x" = -d (x·x ~) = x-d x"+x"-dx=x(kx" )+x"
X X X X
No triAngulo de Pascal, a enésima = kxk + xk = (k + 1)xk
linha displJe os coeficientes da
expanslo de (a + bY': Isso mostra que P(k + 1) é verdadeira
li

o
Pelo princípio da indução, P(11) é verdadeira para todo 11 ~ 1.

1
2 1 2 1
Como outra aplicação do princípio da indução, provamos o teorema binomial, que
3 1 3 3 1 descreve a expansão do binômio (a + b)". As primeiras expansões são conhecidas:
4 1 4 6
1 4
5 1 5 10 ~ 1 (a+b) 1 = a+b
6 6 15 2o0If6
(a + b) 2 = a2 + 2ab + b2
O triAngulo é construido da seguinte
m3neira: cada entrada é a soma das (a+ b) 3 =a 3 + 3a2b + 3ab2 + b3
duas entradas acima dela na linha
anterior. Por exemplo, a entrada Em geral, temos uma expansão
15 na linha n = 6 é a soma 10 + 5
das entradas acima dela na linha
11 = 5. A relaçlo recursiva garante

que as entradas no triAngulo slo os


(a+ bt =a"+ (';)a"- b + (;)a"- b + (;)a"- b + · · · + ( ~ 1)ab
1 2 2 3 3
11
11
-
1
+ b"
coeficientes binomiais. [I]
APÊNDICE C Indução e oTeorema Binomial AIS

onde o coeficiente de an-kbk, denotado por(:), é denominado o coeficiente binomial.


Observe que o primeiro termo em (2) corresponde a k = O e o último a k = n; assim,

( ~) = (:) = 1. Em notação de somatório,

(a+ b/ = t (n)akbn-k
k=O k
O triângulo de Pascal (descrito na nota à margem) pode ser usado para calcular os co-
eficientes binomiais se n e k não forem muito grandes. O teorema binomial fornece a
seguinte fórmula geral:

n) n! n(n - l)(n - 2) .. · (n - k + l)
( k - k! (n - k)! - k(k - l)(k - 2) · .. 2 · 1

Antes de provar essa fórmula, provamos uma relação recursiva satisfeita pelos coeficien-
tes binomiais. Entretanto, observe que (3) certamente vale para k = Oe k = n (lembre que,
por convenção, O!= 1):

n) n! n! n) n! n!
( O =(n-O)!O!=n!=I , ( n = (n - n)! n! = n! = 1

TEOREMA 2 Relação recursiva dos coeficientes binomiais

paral~k~n-1

Demonstração Escrevemos (a + b)'1 como (a + b) (a + byz- 1e expandimos em termos de


coeficientes binomiais:

(a+ bt = (a+ b)(a + bt- 1

= a n-1(
L n- n-1(n - 1) an-1-kbk
1) an-1-kbk + b L
k=O k k=O k

Substituindo k por k - 1 na segunda soma, obtemos

Do lado direito, a primeira parcela da primeira soma é an e a última parcela da última


soma é bn. Assim, temos
Al6 CÁLCULO

Disso decorre a relação recursiva, porque os coeficientes de an-kbk devem ser iguais nos
dois lados da equação. •

Agora usamos indução para provar a Equação (3). Seja P(n) a afirmação:

(n)k - n!
k! (n - k)!
para O~ k ~ n

Temos(~) = G) = 1, já que (a + b) 1 = a + b, portanto vale P(l). Além disso,


(:) = ( ~) = 1para todo n, pois podemos ver diretamente que an e bn têm coeficiente 1

na expansão de (a+ b)n. Para a etapa de indução, suponha que P(n) seja verdadeira. Pela
relação recursiva, para 1 ~ k ~ n, temos

(
n +
k
1) = (n)k + ( k -n 1) = k! (nn!- k)! + (k - n!
l)! (n - k + l)!

-nl -n+l
--- -k- + - - -
k - - ) -n' ( n+I )
- · ( k! (n + 1 - k)! k! (n + 1 - k)! - · k! (n + 1 - k)!
(n + l)!
= -- - - -
k! (n + 1 - k)!

Assim, P(n + 1) também é verdadeira e o teorema binomial decorre por indução.

• EXEMPLO 3 Use o teorema binomial para expandir (x + y ) 5 e (x + 2) 3.


Solução A quinta linha no triângulo de Pascal dá

A terceira linha no triângulo de Pascal dá

(x + 2)3 = x 3 + 3x 2 (2) + 3x(2) 2 + 23 = x 3 + 6x 2 + 12x + 8 •

C. EXERCÍCIOS
Nos Exercícios 1-4, use o princípio da indução para provar a fórmula verdadeira para n = k + l. Conclua que P(n) é verdadeira para
para todos os números naturais n. todo n.

n(n + l) 6. Use indução para provar que n! > 2n para todo n ::: 4.
1. l + 2 + 3 + · · · + n = 2
Seja {Fn) a seqüência de Fibonacci, definida pela fórmula recursiva
+ 1)2
n2(n
2. 13 +23 +3 3 + . . . +n 3 = - --
4 Fn = Fn-1 + Fn-2 ,
1 1 n
3. - + - +···+ - - - Os primeiros termos são 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, ... . Nos Exercícios 7-10,
1·2 2 ·3 n(n + l) n+l
use indução para provar a identidade.
2 1 - x n+I
4. 1 + x + x + · · · + xn = - - - para todo x oi l 7. F1 + F2 + · · · + Fn = F11 +2 - l
1-x
5, Seja P(n) a afirmação 2n > n.
(a) Mostre que P(l) é válida.
(b) Observe que, se 2n > n, então 2n + 2n > 2n. Use isso para R+ - R'.!_ 1 ±Js
mostrar que se P(n) for verdadeira para n = k, então P(n) é
9. Fn = Js ,onde R± = - -
5 2
APÊNDICE C Indução e oTeorema Binomial Al 7

10. Fn +I F,,-1 = F; + (-1)1'. S11gestiio: na etapa de indução, mos- IS. Expanda (x +r 1)4.
tre que
16. Qual é o coeficiente de x9 em (x3 + x)5?
F11+2Fn = F,,+1Fn + F,;

F,:+1 = F,,+ I F,, + Fn+ I F11-I


17. SejaS(11) = t (;)
k=O
11. Use indução para pro\,arque /(1,) = 8" - 1é divisível por 7 para
(a) Use o triângulo de Pascal para calcular S(11) para11 = 1, 2, 3, 4.
todo número natural 11. S11ges1üo: na etapa de indução, mostre que (b) Prove que S(n) = 2" para todo11 ~ 1. Sugestão: expanda(a + b)"
e calcule em a = b = 1.
gk+ I - 1 = 7. gk + (8k -1)

12. Use indução para pro\'ar que 113 - n é divisível por 3 para todo
18. SejaT(11) = t<-l)kG)
k=O
número natural n. (a) Use o triângulo de Pascal para calcular S(11) para n = 1, 2, 3, 4.
13. Use indução para provar que 5211 - 411 é di\'isfvel por 7 para todo (b) Prove que T(n) = Opara todo 11 ~ 1. S11gestüo: expanda (a + b)11
m1mero natural n. e calcule em a = 1. b = - 1.

14. Use o triângulo de Pascal para escrever a expansão de (a + b)6 e


de (a - b)4 .
D DEMONSTRAÇÕES
ADICIONAIS
Neste apêndice fornecemos provas de vários teoremas que foram enunciados ou usados
no texto.

1 Seção2.3 TEOREMA 1 Leis básicas de limites Suponha que lim f(x) e lim g(x) existam. Então:
X--+C X--+ C

(i) lim {f(x) + g(x)) = lim f(x) + lim g(x)


x --+c x --+ c x--+ c

(ü) Para qualquer número k, lim kf (x) = k lim f(x).


X--+C X--+C

(iii) lim f(x )g(x) = ( lim f(x)) ( lim g(x))


X--+C x --+c X--+C

(iv) Selim g(x) =f. 0,então


X--+C

f(x) lim f(x)


lim - - = _x--+_ c_ _
x--+c g(x) lim g(x)
X--+C

Demonstração SejamL = lim f(x)eM = lim g(x).AleidasomafoiprovadanaSeção


X--+ C X--+ C
2.6. Observe que (ii) é um caso especial de (iii), onde g(x) = k é uma função constante.
Assim, é suficiente provar a lei do produto (iii). Escrevemos

f(x)g(x) - LM = f(x)(g(x) - M) + M(f(x) - L)

e aplicamos a desigualdade triangular para obter

lf(x)g(x) - LMI s lf(x)(g(x ) - M)I + IM(f(x) - L)I [IJ

Pela definição de limite, podemos escolher o > Ode tal modo que

lf(x) - LI < 1 se O< lx - cl < o


Segue que lf(x)I < ILI+ 1 para O < lx - cl < o. Agora escolha qualquer número
E > O. Aplicando novamente a definição de limite, vemos que escolhendo um omenor, se
necessário, também podemos garantir que se O < lx - cl < então o,
E E
lf(x) - LI s 2(IMI e lg(x) - MI s 2(1LI

Usando (1), vemos que se O < lx - cl < o,então


lf(x) g(x) - LMI s lf(x)I lg(x ) - MI+ IMI lf(x) - LI
E E
s (ILI+ l) 2(1LI + 1) + IMI 2(1MI
E E
< -+-=E
- 2 2
APÊNDICE D Demonstrações Adicionais A19

Como€ é arbitrário, isso prova que lim f(x)g(x)


X-"C
= LM. Para provar a lei do quociente
(iv), é suficiente verificar que se M :/= O, então

1
lim - -
.r-+c g(x)
= _!_
M

De fato, se (2) valer, então aplicamos a lei do produto com/ (x) e g(x)- 1 para obter a lei
do quociente:

1
lim J(x)
X-+C g(x)
= lim /(x)-
X-+C
- = ( lim /(x)) (lim ....2__))
g(x) \;.... e g(x X-+C

=l(~) = ~
Agora vamos verificar (2). Como g(x) tende a M e M :/= O, podemos escolher ó > Otal
que lg(x) I ::: IMl/2 se O < lx - cl < ó. Agora escolha qualquer número € > O. To-
mando um ó menor, se necessário, também podemos garantir que

IM- g(x) I <€ IMI ( IMI) para O < lx - cl < ó


2
Então

1 1 1 1M - g(x) 1 1M - g(x) 1 €IMl(IMl/2)


1g(x) - M = Mg(x) ::: M(M/2) ::: IMl(IMl/2) =€
Como € é arbitrário, isso prova o limite (2).

O resultado seguinte foi utilizado neste texto.

TEOREMA 2 Limites preservam desi&Ualdades Sejam (a, b) um intervalo aberto e e e (a, b).
Suponha que/(x) eg(x) estejam definidas em (a, b) exceto, ~ivelmente, em e.

/(x) ::: g(x) parax e (a. b). x :/= e

e que os limites lim /(x)e lim g(x ) existam. Então


X-"C X-"C

lim / (x) ::: lim g(x)


X-+C X-+C

Demonstr.ição Sejam l = lim /(:e) e M = lim g(x). Para provar que l ::: M, usamos
X-+C X-+C

uma prova por contradição. Se L > M, seja E = ½<L - M). Pela definição fonnal de limi-
tes, podemos escolher ó > Otal que as duas condições seguintes estejam satisfeitas:

IM- g(x)l <E sc lx -cl < ó


ll - /(x)I < E sc lx-cl < ó

Mas então
f (x) > l - E = M + E > g(x)
Isso é uma contradição, pois f (x) ::: g(x). Concluímos que l ::: M.

A20 CÁLCULO

TEOREMA 3 Limite de uma função composta Suponha que existam os limites seguintes:

L = X---+C
lim g(x) e M = x---+l
lim f(x)

Então lim f (g(x))


X---+ C
= M.

Demonstração Seja E > Odado. Pela definição de limite, existe 81 > Otal que

lf(x) - MI < E se O < lx - L 1< 81


Analogamente, existe 8 > Otal que

lg(x) - LI < 81 se O < lx - cl < 8

Substituímos x por g(x) em (3) e aplicamos (4) para obter

lf(g(x)) - MI < E se O< lx - cl < 8

Como E é arbitrário, isso prova que lim f (g(x))


X---+ C
= M. •
1 Seção 2.4 TEOREMA 4 Continuidade de funções compostas Seja F(x) =f (g(x)) uma função com-
posta. Se g for contínua em x = e e f for contínua em x = g(c), então F(x) é contínua
emx=c.

Demonstração Pela definição de continuidade,

lim g (x)
X ---+ C
= g(c) e lim f (x) = f (g(c))
x ---+g(c)

Portanto podemos aplicar o Teorema 3 para obter

lim f (g (x))
X---+ C
= f(g (c))
Isso prova quef (g(x)) é contínua em x = e.

1 Seção2.6 TEOREMA 5 Teorema do confronto Suponha que, para x =!=- e (em algum intervalo aberto
contendo e),

l(x) ~ f(x) ~ u(x ) e lim l(x ) = lim u(x) = L


X ---+ C X---+ C

Então existe lim f (x) e


X---+C

lim f (x )
X---+ C
=L

Demonstração Seja E > Odado. Podemos escolher 8 > Otal que

ll(x) - LI < E e lu(x ) - LI < E se O < lx - cl < 8

Em princípio, um diferente 8 pode ser necessário para obter as duas desigualdades para/ (x)
e u (x) mas podemos escolher o menor dos dois deltas. Assim, se O < lx - e 1< 8, temos

L- E < l(x) < L +E


APÊNDICE D Demonstrações Adicionais A21

L - E< u(x) < L +E


Como f (x) fica entre l (x) e u (x ), segue que

L- E < l(x)::: f(x) ::: u(x) < L +E

e, portanto, lf(x) - LI < E se O < lx - cl < 8. Como E é arbitrário, isso prova que
lim u(x) = L, como queríamos. •
X-+ C

1 Seção 2.4 TEOREMA 6 Existência de extremos em intervalos fechados Se f (x) for uma função contí-
nua num intervalo fechado (e limitado)/= [a, b], entãof(x) atinge um valor mínimo
e um valor máximo em /.

Demonstração Vamos provar quef (x) atinge um valor máximo em dois passos (o caso de
um mínimo é análogo).

Passo 1. Provar quef (x) é limitada superiormente.


Vamos usar prova por contradição. Se f (x) não for limitada superiormente, então
existem pontos an E [a , b] tais que f(an) ~ n para n = l , 2, . .. . Pelo Teorema 3
do Apêndice B, podemos escolher uma subseqüência de elementos a,IJ, an2, ... que
convirja a um limite em [a, b], digamos, lim ank = L. Comof(x) é contínua, existe
k-+ oo
8 > Otalque

lf(x) - f(L)I < 1 se x E [a , b] e lx - LI < 8

Portanto,

f (x) < f (L) + 1 se x E [a, b] e x E (L - 8, L + 8)

Para k suficientemente grande, a11k está em (L - 8, L + 8), pois lim a11 k = L. Por
k-+ 00
(5), f (ank) é limitada por f (L) + 1. Contudo, f (a11k) = nk tende ao infinito com
k -+ oo. Isso é uma contradição. Desse modo, nossa hipótese de quef (x) não é limi-
tada superiormente é falsa.
Passo 2. Provar que f (x) atinge um valor máximo.
A imagem def(x) em/= [a, b] é o conjunto

S = {f(x): x E [a , b]}

Pelo passo anterior, Sé limitado superiormente e, portanto, existe um supremo M de S


pela propriedade do supremo. Para completar a prova, mostramos quef (e)= M para
algum e E [a , b].
Por definição, M - 1/n não é uma cota superior, para n ~ 1, e portanto, podemos
escolher um ponto b11 em [a, b] tal que

1
M - - ::: f (bn) .::: M
n

Novamente pelo Teorema 3 do Apêndice B, existe uma subseqüência de elementos


••• } em {b1 , b2, . . . } que converge a um limite, digamos,
{bn,, b112 ,

lim b11 k
k-+ oo
=e
A22 CALCULO

Para mostrar quef(c) = M, seja E > O. Comof(x) é contínua, podemos escolher k tão
grande que as duas condições seguintes estejam satisfeitas: lf (c) - f (b 11 k) 1 < E/2 e
nk > 2/E. Então

E 1 E E
lf(c) - MI ~ lf(c) - f(bnk)I + lf(bnk) - MI ~ 2 + nk ~
2+ 2 = E
Assim, lf (e) - MI é menor do que E para todos números E positivos. Mas isso é im-
possível, a menos que lf(c) - MI= O. Assim,f(c) = M, como queríamos provar. •

1 Seção 5.2 TEOREMA 7 Funções contínuas são integráveis Sef (x) é contínua em [a, b], então f (x) é
integrável em [a, b].

Demonstração Utilizaremos uma hipótese simplificadora adicional, a saber, que f (x)


é derivável e que sua derivada f' (x) é limitada. Em outras palavras, vamos supor que
1f' (x) 1 ~ K para alguma constante K. Essa hipótese é usada para mostrar que f (x) não
pode variar muito em intervalos pequenos. Mais precisamente, provemos que se [ao, bo]
for um intervalo fechado contido em [a, b] e sem e M forem os valores mínimo e máximo
y
def (x) em [ao , bo], então
M Inclinação f'(c) ,,
\ ,
,,'
/
,
,
/11
1
'
1
1
IM-mi ~ Klbo-aol
,/ : M-ni
1
1
1
A Figura 1 ilustra a idéia por trás dessa desigualdade. Suponha que f (x 1) = m e f (x2) =
: M, onde x1 e x2 estão em [ao, bo]. Se x 1 :/= x2, então pelo TVM existe um ponto e entre x 1
_______________ _!1
:
m e x2 tal que
'-+---+----+-----+--X
M - m = f(x2) - f(x1) = ! ' (e)
FIGURA 1 Como x2 - x 1 x2 - x1
M-m = f'(c)(x2 -x1),concluímos
que M - m:::: K(bo - ao)- Como x1 , x2 estão em [ao, bo], temos lx2 - x11 ~ lho - aol e, assim,

IM - mi= IJ'(c) l lx2 - x11 ~ Klbo - ao l

Isso prova (6).


Dividimos o resto da prova em dois passos. Considere uma partição P:

P: XO =a < XJ < < XN-1 < XN =b


Valor máximo
no intervalo Sejam m; o valor mínimo def(x) em [x;-1 , x;]e M; o máximo em [x;-1 , x;]. Definimos as
y
somas de Riemann inferior e superior por
Retângulo
N N
L(f, P) =L m; b.x; , U(f, P) = LM;b.x;
i= l i= I

Essas são somas de Riemann particulares, em que o ponto intermediário em [x;-1 , x;] é o
ponto em quef(x) atinge seu mínimo ou máximo em [x;- 1, x;]. A Figura 2 ilustra o caso
N=4.
Retângulo
inferior Passo 1. Provar que as somas inferiores e superiores tendem a um limite.
FIGURA 2 Retângulos inferiores Observamos que
e superiores para uma partição de
comprimento N = 4. L(f, P1) ~ U(f, P2) para quaisquer duas partições P1 e P2
APÊNDICE D Demonstrações Adicionais A23

y De fato, se um subintervalo / 1de P1 intersectar um subintervalo h de P2, então o mínimo


de/ em /1 é menor do que ou igual ao máximo de/ em h (Figura 3). Em particular, as
somas inferiores são limitadas superiormente por U(f, P), para qualquer partição P. Seja
Lo supremo das somas inferiores. Então, para qualquer partição P,

L(f, P) S L S U(f, P)

De acordo com a Equação (6), temos !Mi - mi I S K t:..x; para todo i. Como li P li é o
maior dos comprimentos t:..xi, vemos que IMi - mi I S K li P li e
FIGURA 3 Os retângulos inferiores
N
sempre ficam abaixo dos retângulos
superiores, mesmo quando as partições
IU(f, P) - L(f, P)I S L IMi - md t:..x;
i= l
são diferentes.
N
S KII PII L t:..xi = KIIPII lb- ai
i=l

Seja e = K lb - ai. Usando (8), obtemos

IL - U(f, P) I s IU(f, P) - L(f, P)I S clf PII


e concluímos que lim IL - U(f, P)I =O. Analogamente,
li Pll--+0

IL - L(f, P)I s cll PII


e
lim IL - L(f, P)I = O
IIPll--+0

Assim, temos

lim U(f, P) = lim L(f, P) = L


li Pll--+0 IIPll--+0

Passo 2. Provar que ib f(x) dx existe e tem valor L.

Lembre que para qualquer escolha C de pontos intermediários ci E [Xi -1 , xd, defi-
nimos a soma de Riemann por
N
R(f, P, C) = L f(xi)t:..xi
i=l

Temos
L(f, P) S R(f, P, C) S U(f, P)

De fato, como Ci E [Xi - 1, xd, temos mi S /(ci) S Mi para cada i e

N N N
~
L m·1 t:..x·' -
<L~ f(c1·) t:..x·' -
<L~ M·1 t:..x·,
i=l i=l i= l

Segue que

IL - R(f, P, C)I S IU(f, P) - L(f, P)I S clf PII


Isso mostra que R(f, P, C) converge a L quando li P li -+ O.

A24 CÁLCULO

1 Seção 7.2 TEOREMA 8 Derivada da inversa Suponha quef(x) seja derivável e injetora com inversa
g(x). Se b estiverno domínio de g(x) e se f' (g(b)) =J O, então existe g' (b) e

'(b) - 1
g - f ' (g(b))

Demonstração A função f (x) é injetora e contínua (por ser derivável). Segue que f (x) é
monótona crescente ou decrescente. Caso contrário, f (x) teria um mínimo ou máximo
local em algum ponto x = xo. Mas então, pelo TVl,f (x) não seria injetora num pequeno
intervalo em tomo de xo.
Suponha quef (x) seja crescente (o caso decrescente sendo análogo). Vamos provar
que g(x) é contínua em x = b. Suponha quef (a)= b. Fixe um número E > Opequeno.
Comof(x) é uma função crescente, ela leva o intervalo aberto (a - E, a + E) no intervalo
aberto (f (a - E) , f (a+ E)) contendo f (a)= b. Podemos escolher um número 8 > Otal
que (b - 8, b + 8) esteja contido em (f (a - E), f (a+ E)). Então g(x) leva (b - 8 , b + 8)
de volta para dentro de (a - E, a + E). Segue que

lg(y ) - g(b)I < E se O < IY - bl < 8

Isso prova que g é contínua em x = b.


Para completar a prova, devemos mostrar que o limite a seguir existe e é igual a
1/f'(g(b)):

' ( ) = 1·1m -
g a
g(y) - g(b)
---
y-+b y- b

Seja a= g(b). Pela relação inversa, se y = f (x), então g(y) = x e, como g(y) é contínua, x
tende a a quando y tende a b. Assim, comof(x) é derivável e J'(a) =J O,

. g(y ) - g (b) x-a 1


= 1·1m - - - -
11m - - - -
y-+ b y- b x-+ a f (x) - f (a) f '(a) f ' (g(b)) •
1 Seção 11.1 TEOREMA 9 Se f (x) é contínua e {an} é uma seqüência tal que existe o limite
lim an = L, então
n-+ oo

lim
11-+ 00
f (an) = f (L)

Demonstração Escolha qualquer E > O. Como f (x) é contínua, existe 8 > Otal que

lf (x) - f (L)I < E se O < lx - LI < 8

Como lim an
n-+ oo
= L, existe N > Otal que la11 - L 1< 8 para n > N. Assim,

lf(an) - f(L)I < E paran > N

Segue que lim f(an)


11-+00
= f(L). •

1 Seção 15.3 TEOREMA 1O Teorema de Clairaut-Schwarz Se fxy e f yx são ambas funções contínuas
num disco D, então f xy (a , b) = f yx (a , b) para qualquer (a, b) E D.
APÊNDICE D Demonstrações Adicionais A25

Demonstração Provamos que ambas f xy(a, b) e f yx (a, b) são iguais ao limite

. f (a+ h, b + h) - f (a+ h, b) - f(a , b + h) + f(a , b)


L = h~
hm
o h2

Seja F(x) = f (x, b + h) - f (x, b). O numerador do limite é igual a

F(a + h) - F(a)

e F' (x) = f x (x , b + h) - f x(x , b). Pelo TVM, existe a, entre a e a+ h tal que

F(a + h) - F(a) = hF (a1) = h(fx(a1 , b + h) - fx(a1, b))


1

Pelo TVM aplicado a f x, existe b1 entre b e b + h tal que

Assim,
F(a + h) - F(a) = h 2 f xy(a, , bi)
e
2
. h f xy (a,, b1) .
L = h~O
hm
h2
= h~hm O
f xy(a,, b1) = f xy(a, b)

A última igualdade decorre da continuidade de f xy, pois (a 1, b1) tende a (a , b) quando


h --* O. Para provar que L = f yx (a , b), repetimos o argumento usando a função F(y) =
f (a+ h, y) - f (a, y). com os papéis de x e de y invertidos. •

1Seção 15. 4 TEOREMA 11 Critério de diferenciabilidade Se f x (x , y) e fy (x , y) existirem e forem con-


tínuas num disco aberto D, entãof(x, y) é diferenciável em D.

Demonstração Seja (a , b) E D e denotemos

L(x, y) = f(a , b) + f x(a , b)(x - a) + f y(a, b)(y - b)

Para provar quef (x, y) é diferenciável, devemos mostrar que

f(x, y) = L(x , y) + E(x, y)J(x - a) 2 + (y - b) 2

onde E(x , y ) é uma função tal que lim E(x, y) =O.É conveniente trocar para as
(x ,y)~ (a ,b)

variáveis h e k, onde x = a + h e y = b + k. Denotemos

ó.f = f (a+ h, b + k) - f (a, b)

Então
L(x , y) = f(a , b) + f x(a, b)h + f y(a, b)k
e podemos definir a função

E(h, k) = f( x, y) - L(x, y) = ó.f - U x(a, b)h + f y(a, b)k)

Assim, E(x, y) = E(h , k) / Jh 2 + k 2 e é necessário mostrar que


lim E(h , k) =O
(h,k )~ (0 ,0) Jh 2 + k2
A26 CÁLCULO

Para isso, escrevemos t::..f como a soma de duas parcelas:

t::..f = (j(a + I,, b + k) - f(a. b + k)) + (J(a. b + k) - f(a. b))


e aplicamos o TVM a cada parecia separadamente. Dessa forma, vemos que existem a,
entre a c a + h e b1 entre b e b + k tais que
/(a+ h . b + k) - /(a. b + k) = /,/f(a1 . b + k)
/(a. b + k)- /(a, b) = kf,.(a. b1)

Portanto,
E(h. k) = h(ff(a1. b + k) - f x(ll. b)) + k(/r (ll. b1)- / y(a, b))

E(/,. k) 1 = l"<ff (a1 . b +k) - f f (a. b)) + k(fy(a, b1) - f y(a. b)) 1
1JJ,2 + k2 J1, 2 + k2
< 1h<ft(a1 , b + k) - f r(a , b)) 1 + 1k(/y(a , b1) - [ 1,(a. b)) 1
- J1,2 + k2 J1,2 + k2

:S l"<ff(a1 , b +:) - f f(a. b)) 1 + 1k(fy(a. b1)k- f y(a. b)) 1

= 1/A ai. b +k) - f x(a, b)I + lf,.(a. b1) - Jy(a . b)I

Na segunda linha, utilizamos a desigualdade triangular e podemos passar para a terceira


linha porque lhl e lkl são ambos menores do que / h2 + k2. Ambas parcelas na última li-
nha tendem a zero quando (h. k) -+ (0. 0), porque f f e / y são contínuas por hipótese. Isso
completa a prova da difcrenciabilidade de f (x. y ). •
I RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS ÍMPARES
Capítulo 1 47. D: todos reais; R : (y : y :::: ../2) 49. (-1, oo) 51. (O, oo)
53. Zeros: ±2; Crescente: x > O; Decrescente: x < O; Simetria:
Seção 1.1 Preliminares f (-x) = f(x) (função par); simetria em relação ao eixo y.

1. a= -3, b =1 y
2. Os números a :::: Osatisfazem la l = a e 1-al =a. Os números
a ::: Osatisfazem lal = -a.
3. a= - 3,b= 1
4. (9, - 4)
5. (a) primeiro quadrante (b) segundo quadrante (e) quarto
quadrante (d) terceiro quadrante
6. O raio é 3. 7. (b)
55. Zeros: O, ±2; Simetria:f(-x) = -f(x) (função ímpar); simetria
8. Simetria em relação à origem.
em relação à origem.

Seção 1.1 Exercícios y

1. r=9,8696 3. lxl ::: 2 5. lx - 21 < 2 7. lx - 31 ::: 2


9. -8 < X < 8 11. -3 < X < 2 13. (-4, 4) 15. (2, 6)
17. [-i,!] 19. (-oo, 2)U(6, oo)

21. (-oo, -v'3) U (v'3, oo)


23. (a) (i) (b) (iii) (e) (v) (d) (vi) (e) (ii) (t) (iv)
27. la + b - 131 = l(a - 5) + (b - 8)1 ::: la - 51 + Ih - 81
57. Zero: x = Vl; isso é uma reflexão de x3 pelo eixo x transladado
2 unidades para cima.
1 1
< -+-=l
2 2
y
29. (a) 9 (b) lx 2 - 161 = lx - 41 · lx + 41 ::: 1 · 9 = 9
31. r1 = ?, ,r2 = ~
33. Sejam a = 1 e b = 0,9. As expansões decimais de a e b não são
idênticas, mas 1 - 0,9 = O < 10-k para qualquer k.
35. (x - 2) 2 + (y - 4) 2 = 32 = 9
37. Localizados a uma distância igual a 5 da origem:

(5, O) (-5 , O) (0, 5) (0, -5)


(3, 4) (-3 , 4) (3, -4) (-3, -4)
(4, 3) (-4, 3) (4, -3) (-4, -3)

Localizados a uma distância igual a 5 do ponto (2, 3):

(7, 3) (-3 , 3) (2, 8) (2,-2)


1 2 3 4 2 4 6 8 1 2 3 4
(5, 7) (-1 , 7) (5, -1) (-1, -))
/(2x) / (x/2) 2/(x)
(6, 6) (-2, 6) (6, 0) (-2, 0)

39. Exemplo f : {a, b, e) --+ {l, 2) onde/ (a)= l,f (b) = l,f (c) = 65. Y

2. Não existe uma função cujo domínio tenha dois elementos e a


imagem tenha três elementos.
41. D : todos reais; R : {y : y :::: O}
43. D : (t : t ::: 2}; R : (y : y :::: O}
45. D : (s : s-:/= O) ; R: (y : y -:/= O) -4 -2 2 4
RE2 cALCULO

67. (a) D : (4. 81, R: 15, 9) (b) D : (1 , 5), R: 12, 6) 27. (a) l = 40.0248 cm (b) l = 64,9597 pol.
(e) D:[1-}].R:[2,6) (d) D:[4,8],R:(6,18) (c) L = 65(1 + a(T - 100))
29. b=4
69. (a) h(x) = scn(2.t - IO) (b) h(x) = sen(2x - 5)
31. Não, poi.s as inclinações entre pontos de dados consecutivos não
71. y
são iguais.
6
33. (a) x= 1 ou-¾ (b) x = 1 ± ,li.
3S. Valor mínimo é O. 37. Valor núnimo é - 7.
39. Valormáximoélft. 41. Valormáximoé:}.
---+--+--+--+--+---+-X
-3 -2 -1 1 2 3 -3 - 2 - 1 1 2 3 43.
/(2J) /(J/2)

73. Y

D : n. R : IYIY ?: 1}
2 3 4
/(x) = lx - li+ 1

-----+----"
-1 2 3 4S. Uma raiz dupla ocorre quando e = ±2. Não existem raízes reais
quando - 2<c<2.
7S. Par:
47. Para todox> O, vale O~ (x 1/2 - x- 112) 2 = x - 2 + f.
(f + g)(-x) = f (-:e) + g(-:c) ~ /(x) + g(x) SI. 4 + 2,/i. e4 - 2,/i..
2 Ól' .T~- ,rf
= (/ + g)(x) SS. Parax . ir.e= .r 2- x 1 = x2 +x, .
Ímpar: S9. (x - a)(:c - /J) = x 2 - ax - /Jx + afJ
(/ +g)(-:c) = /(-.t) + g(- x) '112eM
- -f(x) + - g(x) = .t 2 + (-a - /J)x + aP
= -(f + g)(x)
Seção 1.3 Preliminares
77. Um círculo de mio I centrado na origem. 2
1. Um exemplo: 3.r - 2
81. (a) Um exemplo: y 7.tJ +.r-1
2. lxl não é um polinômio. lx2 + 1lé um polinômio.
3. O domínio de/(g(x)) é o conjunto vazio.
4. Decrescente.
S. Um exemplo: /(:e) = er - sen:c

- 1 1 2 3 4 S
Seção 1.3 Exercícios
1. x ?: O 3. Todos os números reais. S. t ,f= - 2 7. 11 ,f: ±2
(b) Seja g(x) =J(x + a). Então g(-x) =J(-x + <1) =/(<1 + x) =
9. x ,f= O. 1 li . .P O 13. Polinomial IS. Algébrica
g(x). Assim, g(x) é par.
17. Transcendente 19. Racional 21. Transcendente
23. Racional 25. Sim
Seção 1.2 Preliminares 27. /(g(.T)) = .,/x+T; D: x?: -1 ; g(/(x)) = ./x + I; D:.,·?: O
1. - 4 2. Não são.
29. /(g(x)) =2-r 2; D: 'R; g(f (x)) =(2X)2 =2.:x; D: n
~

3. Paralela ao eixo y quando b = Oe paralela ao eixo x quando"= O.


4. Ó.)' =9 S. - 4 6. (:e - 0) 2 + 1 31. /(g(x)) = cos(x 3 +x2); D: 'R
g(/(8)) = cos3 8 + cos2 8; D: n

Seção 1.2 Exercícios 33. f (g(t)) = P 'D: não é válido para algum t

1. Ili =3, )' = 12, X= -4 3. li/ = -i. )' = j, X=¾ g(/(t)) = -(}, )2 = -f-; D: t > O
S. m = 3 7. m = -¾ 9. y = 3.t + 8 li. y = 3x - 12
3S. P(t + 10) = 30 · 20, l(t+IO) = 30. 20,lt+ I
13. y = -2 IS. }' = 3x - 2 17. y = jX - j 19. }' = 4
= 2(30 · 2º· 11 ) = 2P(t)
21. y -3 = -2(x -3) 23. 3x + 4y = 12
2S. (a) e = -¾ (b) e= - 2 (e) Tal constante não existe.
g (, + ~) =02k(t+l /k) = 02kt+ l
(d) c=O =2t1ik1 =2g(t)
RESPOSTAS DOS EXERCfCIOS fMPARES RE3

37. f(x) = x 2 : of(x) = f(x + 1) - f(x) 25. cos 0 = - JP e tg0 = _2ff


2 2
= (x + 1) - x = 2x + 1 27. Figura 23(A):
f (x) = x: of (x) = x + 1- x = 1 Ponto no primeiro quadrante: sen 0 = 0,9 18, cos 0 = 0,3965 e
3
f(x)=x : of(x)=(x+t) - x =3x +3x+ I 3 3 2
l
1
tg 0 = ~~9 5 = 2,3153.
39. o(f + g) = (f(x + 1) + g(x + 1)) - (f (x) - g(x)) Ponto no segundo quadrante: sen 0 = 0,3965, cos 0 = -0,9 18 e
= (f(x + 1) - f (x)) + (g(x + 1) - g(x)) º
3965 - -O 4319
tg 0 -- -0,918 - ' ·
= of(x) + og(x) Ponto no terceiro quadrante: sen 0 = -0,9 18, cos 0 = -0,3965
o(cf) = cf(x + 1) - cf (x) = c(f(x + 1) - f (x)) e tg 0 = .=-&~Jl5 = 2,3153.
= cof(x). Ponto no quarto quadrante: sen 0 = -0,3965, cos 0 = 0,918 e
tg 0 = -g.~f~5 = -0,4319.
Seção 1.4 Preliminares Figura 23(8):
Ponto no primeiro quadrante: sen 0 = 0,918, cos 0 = 0,3965 e
1. Duas rotações que difiram por um número inteiro de revoluções 1
tg 0 = &~96~ = 2,3153.
têm o mesmo efeito no plano.
Ponto no segundo quadrante: sen 0 = 0,918, cos 0 = -0,3965 e
2. 9 .f e 4 ln 3. -2; 4. (a) 18
tg 0 = ~~965 = -2,3153.
5. Denote por O o centro do círculo unitário e seja P um ponto no
círculo unitário tal que o raio O P faça um ângulo 0 com o eixo x Ponto no terceiro quadrante: sen 0 = -0,918, cos 0 = -0,3965
positivo. Então sen x é a coordenada y do ponto P. e tg 0 = .=-~Jd}5 = 2,3153.
Ponto no quarto quadrante: sen 0 = -0,918, cos 0 = 0,3965 e
Seção 1.4 Exercícios tg 0 = õ3~J~ = - 2,3153.
1. 5n/4 29. cos 1/f = 0,3, sen 1/f = ./o.9T, cotg 1/f = ~ e cossec 1/f = b,.
v0,91 v0,9 1
3. (a) ~?° ~ 57,1°
1
(b) 60º (e) 7~º ~ 23,87º (d) -1 35º
31. y 33. y
5. s = r0 = 3,6; s = rq> = 8 2

7. 0 (cos 0, sen 0) 0 (cos 0 , sen 0)


n
2 (O, 1) 5n
4
(-v'
--r2 • --r
-v'2 ) -1
-2
2n
3 ( =1 J3 )
2 ' 2
4n
3
(-12 ' -J3
2
) 35. Se lcl > 1, a reta horizontal e o gráfico nunca intersectam. Se
3n
4
(=:fl _n)
2 ' 2
3n
2 (0, - 1)
lcl = 1, intersectam num ponto. Se lcl < 1, intersectam em dois
pontos.
0 -_ O•s2n 4n 6n Sn n n 5n 7n 3n 11 ir
5n
T
(-J3
Z- •21)
5n
3
(1
2'
-J3 )
--r
37·
41.
• 5 , 1C, 5 , 5 39· 0 = o• 2• T•T • T• 6
Começando com a fórmula do ângulo duplo do cosseno,
cos2 0 = ½(1 + cos 20), resolva para cos 20.
1C (- 1, 0) 7n
4 (Tv'2 • Z-
-v12) 43. Substitua x = 0/2 na fórmula do ângulo duplo do seno,
sen2 x = ½(1 - cos 2x) e então extraia a raiz quadrada dos dois
7n
T (=2
2 ' =1)
2
ll n
6 (Y12 ' =1)
2 lados.
45. cos( 0 + n) = cos 0 cos n - sen 0 sen n = cos 0(-1) = - cos 0
47 tg(n _ 0) = sen(n-0) = - sen(-0) = sen 0 = _ t 0
' cos(n-0) - cos(-0) - cos e g
15. n n n n 2n 3n 5n 49. sen2x _ 2senxcosx _ 2senxcosx _ senx _ tgx
0 o 4 3 2 3 4 T I+cos 2x - 1+2cos2x-l - 2cos2x - cosx -
53. 16,928
1
tg 0
J3 1 -13 não def --13 -1 - J31
2 Seção 1.5 Preliminares
sec0
J3 .fi 2 não def -2 -.fi - J32
1. Não existe.
17. cos 0 = 1 = 1 = _!_ 2. (a) A tela não mostra nada. (b) A tela mostra a parte da parábola
secê .Ji+tg2 e Ji+c2
entre os pontos (O, 3) e (1, 4).
19. sen 0 = H e tg 0 = 1f 3. Não prova.

21. sen 0 = ,153 e sec 0 = ~ 4. Experimente ampliar a janela de visualização no ponto mais bai-
xo do gráfico da função. A coordenada y do ponto mais inferior
23. cos 20 = 23 /25 do gráfico é o valor mínimo da função.
RE4 CÁLCULO

Seção 1.5 Exercícios n2

1. y x = -3,x = - 1,5;
n (1+¼)
x = lex=2 10 13780,61234
102 1(635828711 X 1043
103 1(195306603 X 10434
104 5(341783312 X 104342
-20 105 l (702333054 X 1043429
106 1(839738749 X 10434294
3. Duas soluções positivas
5. Não há soluções
7. A tela não mostra nada. Uma janela de visualização apropriada: 43
[-50, 150] por [1.000, 2.000] 10.000 L
Y L l x l0 L
Y J

9. y Assíntotas estão em: x = 4, y = -1.


X X
O 2 4 6 8 10 O 20 40 60 80 100

17. A tabela e os gráficos abaixo sugerem que, quando x aumenta,


f (x) tende a 1.

11. y y
X (xtg ½r
1 1
10 1,033975759

~ C ,
; ; :3,8 3,9 4
102
103
l,003338973
l,000333389
104 l,000033334
-1 105 1,000003333
106 l,000000333

0,4

0,2
y

,76 3,78 3,8 3,82 3,84 X


l,5yjL _
1,4
1,3
1,2
1,1
1
1./L
1,4
1,3
1,2
1,1
1
~-+--+----+--+--x ~ + --+--+---+--+-x
- 0,2
5 10 15 20 20 40 60 80 100
13. A tabela e os gráficos abaixo sugerem que, quando n aumenta,
y y
n l / n tende a 1. 19.

n nlf n

10 l,258925412
102 l,047128548
103 1,006931669
104 1,000921458
(A, B) =(I, 1) (A, B) =(l,2)
105 l,000115136
106 1,000013816 y

O 246810 O 200 400 600 800 )(XX)

15. A tabela e os gráficos a seguir sugerem que, quando n aumenta, (A, B) =(3, 4)

f (n) tende a oo.


21. x E (-2, O) U (3, oo)
RESPOSTAS DOS EXERCfCIOS fMPARES RES

23 • f 3 (x) -_ x 2 +6x+I 29. y 31.


4(x+l)
f (x) = x4 +28x 3 +70x2 +28x+l
J4 2
8(1+x)(1+6x+x )
e
f (x) _ 1+120x+l.820x2 +8.008x 3 +12.870x 4 +8.008x5 + 1.820x6 +120x7 +x 8
5 - 16(1 +x)(I +6x+x 2)( 1+28x+70x 2+28x3+x4)
-1 -0,5 0,5
Parece que as fn são assintóticas a .jx.
33.
y

12
8
4

20 40 60 80 100

35. Sejag(x) = f(1x). Então


Revisão do Capítulo 1
1. {x : lx - 71 < 3) 3. {x : 2:::: lx - 11 :::: 6) = [-5, -1] U [3, 7] g(x - 3b) = f (¼ex - 3b)) = f (¼x - b).
5. (x, 0) com x ~ O. (O, y) com y < O
y y
O gráfico de y = l½x - 41:
7.

3
2

-2 -1 1 2 3 4 -2 -1 1 2 3 4
/(x)+2 /(x +2) o 5 10 15 20

37. f(t) = t4 , g(t) = 12t + 9 39. 4n


41. (a) a= b = n/2 (b) a= n
43. x = n/2, x = 7n/6, x = 3n/2 ex = l ln/6
45. Não existem soluções.

11. D : {x : x~-1), R : {y : y~O}


13. D : {x : x f. 3), R : {y: y f. 0) Capítulo 2
15. (a) Decrescente (b) Nenhum dos dois (e) Nenhum dos dois
(d) Crescente Seção 2.1 Preliminares
17. 2x - 3y = -14 19. 6x - y = 53 21. x + y = 5 23. Sim 1. A razão entre a distância percorrida e o tempo decorrido.
25. Raízes: x = - 2, x = Oex= 2. A função é decrescente quando 2. No gráfico da posição como função do tempo.
x< - l,4ou0<x< 1,4. 3. Não, é definida como o limite da velocidade média quando o in-
y
tervalo de tempo decorrido tende a zero.
4. A inclinação da reta tangente ao gráfico da posição como função
do tempo em t = to.
5. A inclinação da reta secante no intervalo [xo, x I l tende à inclina-
ção da reta tangente em x = xo.
6. O gráfico da temperatura atmosférica como função da altitu-
de. Possíveis unidades para essa taxa de variação são ºF/pé ou
27. f (x) = l Ox 2 + 2x + 5. O valor mínimo da função é iô· ºC/m.
RE6 CÁLCULO

Seção 2.1 Exercícios t = 6. Assim, a inclinação da reta A é aproximadamente (0,28


- O, 19)/2 = 0,045, enquanto que a inclinação da reta B é apro-
1. (a) !:u = 36 pés (b) i; = 72 pés/s ximadamente (0,28 - 0,15)/6 = 0,0217.
(e) (b) t =3 (e) t=4
Intervalo de tempo [2; 2,01] [2; 2,005] [2; 2,001] [2; 2,00001]
23. v (mls)
Velocidade média 64,16 64,08 64,016 64,00016 350
300
A velocidade instantânea é 64 pés/s. 250
200
3. A taxa de variação instantânea é aproximadamente 0,57735 mi 150
(s · K). 100
50
5. i7 = 0,3 h --+--+-+--+---+--+---+-T (K)
50 100 150 200 250 300
10
8 À medida que o gráfico continua para a direita, aos poucos ele
6 começa a tender para baixo, o que significa que a TDV de v em
4
2
relação a T é menor em temperaturas mais elevadas.
y
0,5 1 1,5 2 2,5 3 25.
0,25
7. (a) Dólares/ano 0,2
(b) 0,15
Intervalo de tempo [O; 0,5] [O, !] 0,1

Taxa de variação média 7,8461 8 0,05


--+-+---+--+---+-~>-x
0,2 0,4 0,6 0,8
(e) A taxa de variação em t = 0,5 é aproximadamente 8 dólares/
ano. (a) O (b) O (e) O<x<0,5
9. 16 11. -0,06 27. (a) h(l) = 48 pés;
13. A TDV é uma constante -0,00356 graus por pé, pois T é uma h(t) -h(l) = -16t 2 + 64t -48 = -16(t - l)(t - 3)
função linear de h com inclinação -0,00356. (b) h(t7(1) = -l 6 -..!l(r-3) = -16(t - 3)
(1
1
(e) 32 pés/s
Temp (ºF)
29• f(x)-f(I) =x 3
-I = (x- l )(x +x+ I )
2
= x 2+x +1
x -l x-l x -1
60
40 Em x = 1, a TDV instantânea é 12 + 1 + 1 = 3.
20

- 20
-40
Seção 2.2 Preliminares
2
- 60
. 1 = 1 2. 1·1m t
1• 11m = n: 3• s·1m, 1·1m -
x --1
X->Tr 1->Tr 1
x -> 1 X-
4, lim 20 = 20 5. lim f(x) = ooe lim f(x) =3
15. (a) TDV = 3.000 células/hora x ->10 x --+ 1- x -> 1+
6. Não, para determinar se existe lim f(x), devemos examinar o
P(t) x-> 5
10.000 +·······.........., .................., ...................,...., ............ , valor def (x) em ambos lados de x = 5.
8.000 7. Sim. 8. A informação em (a), (b) ou (c) seria suficiente.
6.000 +..................,.................,.../)

4.000
Seção 2.2 Exercícios
2.000
1.000
1.
3 X 0,998 0,999 0,9995 0,99999
r (horas)
f (x) 1,498501 1,499250 1,499625 1,499993

(b) m= ~ células/hora, o que representa a TDV instantânea


emt= 1 hora. X 1,00001 1,0005 1,001 1,002 lim f(x ) =
x->1
!
17. (a) Segundos por metro; mede a quantidade de variação dope- f(x) 1,500008 1,500375 1,500750 1,501500
ríodo quando é modificado o comprimento.
(b) A inclinação da reta B representa a TDV média em T de L = 3.
y 1,998 1,999 1,9999 2,0001 2,001 2,02
1 m a L = 3 m. A inclinação da reta A representa a TDV instantâ-
nea de Tem L = 3 m. f( y) 0,59984 0,59992 0,599992 0,600008 0,60008 0,601594
(e) 0,4330 s/m
19. (a) D (b) B (e) A (d) e
lim f(y) =~
y-> 2
21. (a) A inclinação da reta A é a TDV média no intervalo [4, 6],
enquanto que a inclinação da reta B é a TDV instantânea em
5. lim f(x) = 1,5 7. lim f(x) = 21 19. lim f(x) =½
x -> 0,5 x-> 21 x -> 1
RESPOSTAS DOS EXERCfCIOS fMPARES RE7

21. lim f(x)


x---+2
=i 23. lim f(x)
x---+ 0
=2 0 - 0,01 - 0,005 0,005 0,01

25. O limite não existe. 27. O limite não existe. 1(0) 0,9997001111 0,999925 1111 0,999925 1111 0,9997001111
29. lim f (h) = 0,693. (A resposta exata é ln 2.)
h---.0 55.
31. lim f (h) = 40,2. (A resposta exata é 25 ln 5.)
h---+2
X -0,1 - 0,01 -0,001 0,001 0,01 0,1
33. lim f (x) = 2, lim f (x) = 1
x---+2- x---.2+ 5x _l
X
1,486601 1,596556 1,608144 1,610734 1,622459 1,746189
35. (a) Os limites laterais existem para quaisquer valores reais de e.
(b) lim [x] existe se e não for um inteiro. Note que ln 5 ~ 1,6094.
x---+c
37. lim f(x) = -1, lim f(x) =1 -0,1 -0,01 -0,001 0,001 0,01 0,1
x---+0- x---.0+ X

39. lim f(x) = oo, lim f(x) =! 3x _1


1,040415 1,092600 1,098009 1,0992 16 1,104669 1,161232
x---+0- x---.0+ X

41. lim f(x) = oo, lim f(x) = oo, lim f(x) = - ooe
x ---+2- x---. 2+ x---+4- Note que ln 3 ~ 1,0986.
lim f(x) = 10 57.
x---+4+

43. Y 45. y X 0,99 0,9999 1,0001 1,01


6 3 x-1

~
0,502513 0,500025 0,499975 0,4975 12
x 2-I
2
4 o---
O limite quando x ~ I é½,

X
2 3 4 5 X 0,99 0,9999 1,0001 1,01
- 1

x 2- I
2 3 4 x=-r 1,99 1,9999 2,0001 2,01
47. y
lim f(0) =~ O limite quando x ~ I é 2.
1,500 0---.0
sen38
y= -
sen 28
X 0,99 0,9999 1,0001 1,01
x 2 -I
1,490 0,670011 0,666700 0,666633 0,663344
x 3-I
1,485
O limite quando x ~ 1é f
49. y lim f(x) = 0,693
x---. 0 X 0,99 0,9999 1,0001 1,01
(A resposta exata é ln 2.)
x 3-I
xL 1
1,4925 13 1,499925 1,500075 1,5075 12

O limite quando x ~ l é~.


· · x"-1 n
Param e n quaisquer, temos hm x"' _ 1 = m.
x---+ 1
0,6920 59. (a) y

5,565
51. lim f( 0) = 3,5
0---.0

5,525
x =3

53. SeR = 2, (b) Como 2,99999 < 3 = lim f(x) < 3,00001, segue que
x---+3
f (2,99999) < L = lim f(x) < f(3 ,00001).
0 - 0,01 -0,005 0,005 0,01 x---. 3
L ~ 5,545.
1(0) 0,998667 1111 0,9999667 1111 0,9999667 1111 0,9998667 1111
61. lim f (x) é igual à inclinação da reta tangente a y = sen x em
x---+0
Se R = 3, a tabela é: x=O.
RES CÁLCULO

Seção 2.3 Preliminares 3. e = 3;f (c) = f(3) = 4,5 tomaf contínua emx = 3.
5. (a) x = O; lim f(x) = oo; lim f(x) = 2
1. Digamos que ambos lim f (x) e lim g (x) existam. A lei da soma X--+Ü- X--+ 0+
X--+C X--+ C
atinnaque x = 2; lim f(x) = 6; lim f(x) = 6
X-+ 2- X-+ 2+
lim (f (x) + g(x)) = lim f(x) + lim g(x).
(b) A descontinuidade em x = 2 é removível;! (2) = 6.
X--+C X--+C X--+C

Sempre que lim g(x) 'F O, a lei do quociente afirma que 7. x e sen x são contínuas, portanto x + sen x é contínua pela lei (i)
X--+C da continuidade.
lim _f_(x_) = _J~_m_
c _f_(x_) 9. x e sen x são contínuas, portanto 3x e 4sen x são contínuas pela
x--+c g(x) Iim g(x) lei (iii) da continuidade. Assim, 3x + 4sen x é contínua pela lei
X--+ C (i) da continuidade.
2. (b) 3. (a) e (d) 4. (a) e (c) 11. x é contínua, portanto x2 é contínua pela lei (ii) da continuidade.
As funções constantes são contínuas, portanto x2 + 1 é contínua.
Finalmente, x 2~ é contínua pela lei (iv) da continuidade, porque
Seção 2.3 Exercícios 1
x2 + 1 nunca é O.
1. lim x = 9 3. lim 14 = 14 5. lim (3x + 4) = -5
13. As funções 3' , 1 e 4' são todas contínuas. Portanto I + 4' é con-
X--+9 X--+9 X--+ - 3

7. lim (y + 14) = 11 9. lim (3t - 14) = -2 tínua pela lei (i) da continuidade. Como 1 + 4' nunca é O, segue
y--+ - 3 1--+4 que !~, é contínua pela lei (iv) da continuidade.
1
11. lim (4x + 1)(2x - 1) = O 13. lim x(x + 1)(x + 2) = 24
15. Descontinuidade infinita em x = O.
X-+½ X--+2
15 I" 1 9 17 I" l-x 1 19 I" -I 1 17. Descontinuidade infinita em x = 1.
• 1~ ffi = TI) " x ~ 3 l +x = - 2 "l~t = 2
19. Descontinuidades de salto (contínua à direita e não contínua à
21. lim (x 2 + 9x- 3 ) = 28 esquerda) em x = n, para cada inteiro n.
X--+3 j

.
23. }~ T(x)
( 1 ) 0~c1)
= V~J(x)) = J~J(x)
1
21. Descontinuidades infinitas em t = -1 e t = 1.
23. Contínua à direita em x = O(não definida em x < 0).

25. lim f(x)g(x) = 3 27. lim ~ = rt; 25. Descontinuidades infinitas em z = -2 e z = 3.


X--+-4 X--+-4 X 27. Descontinuidade de salto em x = 2.
29. Não pode, pois lim x = O. 29. Descontinuidades infinitas em x = ±..jnii, onde n é um inteiro
X--+Ü
positivo.
31. f(x) = 1/x , g(x ) = -1 /x
31. Contínua em toda parte.
. . f (x)g(x) ;~J(x)g(x) L
35. hm f (x) = X--+C
hm ( ) = 1m g( ) = M 33. Contínua em lx 1 ~ 3. Não definida fora desse intervalo.
X--+C g X x~ c X
35. Contínua em x ~ O. Não definida fora desse intervalo.
37. lim h(t) = Iim t h~I) = (1im t) (1im h~t)) = 3. 5 = 15
1--+3 1--+3 1--+3 1--+3 37. Contínua em todos números reais.
39. Contínua em x 'F O. Não definida em x = O.
Seção 2.4 Preliminares 41. Contínua em x 'F ±(2n - l )ir/2, onde n é um inteiro positivo.
1. Podemos concluir que lim x 3 = 8 porque x3 é contínua em x = 2. Não definida nos demais pontos.
X--+2
43. Contínua em todos os números reais.
2. f (3) = ½ 3. f não pode ser contínua em x = O. 4. Não é.
45. Contínua em x 'F ±1. Não definida nesses dois pontos.
5. (a) Falsa: "f (x) é contínua em x = a se existirem ambos limites
laterais def(x) quando x--+ a e forem iguais af(a)." 47. f (O)= lim f(x) = -4; f (O) = lim f(x) = 2
X--+Ü- X--+ Ü+
(b) Verdadeira
y y
(e) Falsa: "Se os limites de f (x) pela esquerda e pela direita
49. 51.
4
quando x --+ a são iguais, mas não iguais af(a), entãoftem uma
descontinuidade removível em x = a.
(d) Verdadeira.
(e) Falsa: "Sef (x) e g(x) são contínuas em x = a e se g(a) 'F O,
2 /
entãof(x)/g(x) é contínua em x = a."
2 3 4 5 3 4 5

Seção 2.4 Exercícios 55. lim x 2 = 25 57. lim (2x 3 - 4) = - 6


X--+ 5 X--+ -1
1. Contínua à esquerda em x = 1; não é contínua nem à esquerda 59. lim ~ = -1 61. lim sen(~2 - ir)= -1
nem à direita em x = 3; contínua à esquerda em x = 5. X--+ Ü X- -;, X--+ 7r
RESPOSTAS DOS EXERCfCIOS fMPARES RE9

63. lim tg(3x) = -1 65. lim x- 512 = ,b Seção 2.5 Exercícios


x-+f x-+4

67. lim (1 - 8x 3)312 = 27 69. lim 1ox 2


- 2x = 1.000
1. lim x
x-+5 x -
2
-~
5 = lim (x
x-+5
+ 5) = 10 3. lim 52
t-+7
:=§54 = t-+7
lim 1
5 = 1
5
x-+ -1 x-+3 2
. x 2 - 3x+2 -_ I 9• 11m
5. lim x - 64 = 16 7. 11m - ~ x - 2 -_ ol
71. Y x-+8 x'=s x-+2 x- 2 x-+2 x - 4x o
3
. 3x 2 - 4x-4 _ I
11. lim (l+h) -l = 3 13• 11m 2 2 8 -
h-+O X-+2 X-
3 1 1
15. lim ~Y~2) = O 17. i~o ~ =-~
y-+2 y - y+ 2

19 O limite não existe .

A função fé contínua em toda parte.


21 • 11m J4=x
. ,li X 2
x-+2 x - 4- x
= v/,,2
L.
23• J'1m ~
x-+2
- v'x+( -- 0
x- 3
. (-1- _ _i_) _ l
25• x1~4 27 1· cotgx _ 1
73. Y ,/x- 2 x -4 - 4 • x~ cossecx -
2
29. lim,r sentgx
x - cosx = h
-l 2 3 1, lim,r 2cos2cosx-l
x+3cosx- 2=.2.
2
X-+ 4 X-+J
33. lim f(x) ~ 1,41 ~ v'2
x-+2
y
1,414
2 4 6
1,410
A função fé contínua em toda parte.
1,406
75. c =~ 77. a - b = 8- ~h
1,6 1,8 2,0 2,2 2,4
79. y
3 2 3x+2 =
35. lim x - t = 3 37. lim x -,l.
X-+ [ X- 1 X-+ [ X3 - [ .)

39. lim x:- I = 13 41. lim (2a + x) = 2a


x-+ I x -1 x-+0
2
20.000 40.000 60.000 43. lim (4t - 2at + 3a) = -4 + 5a 45. lim 2<x+hl- 2x = 2h
t-+- 1 x-+0
81. As respostas podem variar. Por exemplo,f (x) = C e g(x) qual- . ,/x- Ja - _I_ 49• 1·1m (x+ax)3-a3 -- 3a 2
47. 11m x- a - r;;
quer função definida em todo x. x-+a 2~a x-+0

51. c = - 1, c = 6 53. +
Seção 2.5 Preliminares
x 2-I Seção 2.6 Preliminares
1. .Jx+3- 2
2
2. (a) Seja f(x) = ~ ~ 11• Em x = l ,f apresenta uma indetermina-
1. lim f(x) = O;como lim - x 4 =
X-+Ü X-+ l/2
-ft '1- ¼= X-+liml/2 x 2, não
ção do tipo §, mas temos informação suficiente para determinar lim f (x ).
X-+ l/2
. 2. Suponha que x '1- c (em algum intervalo aberto contendo c),
1Im x2-
- -I = 1Im
· (X + 1) = 2= 1·lm (X + 1) = 1lm
· x2-l
- -.
x-+ l- x - 1 x-+ l- x-+ l+ x-+ l+ x - 1 l (x) ::=: f(x) ::=: u(x) e que lim l(x) = lim u(x) = L. Então
X-+C X-+C
2 lim f(x) existe e lim f(x) = L.
(b) Novamente, sejaf(x) = xx ~/_ Então x-+c x-+c
3. Sim 4. (a)
lim f (x) = lim
x-+ I
¼
x-+ l x - i
= lim (x
x-+ l
+ 1) = 2

Seção 2.6 Exercícios


masf(l) é uma indeterminação do tipo§.
1. Apertando em x = 3 e cercando em x = 2.
(e) Seja f (x) = ¾- Então f não está definida em x = O mas não apre-
3. O Teorema do Confronto garante que lim f (x) = 6 sef (x) for
senta uma forma indeterminada em x = O. x-+7
3. A estratégia "simplifica e substitui" tem por base a simplifica- apertada num intervalo aberto contendo x = 7.
ção de uma função que apresenta uma indeterminação até chegar 5. lim x cos ¾= O 7. lim cos (¾) sen x = O
numa função contínua. Uma vez efetuada a simplificação, o limi- x -+ 0 x -+0
2
te da função contínua resultante é obtido por substituição. 9. lim sen x cos x = 1 11. lim sen1 1 = O 13. lim --;- = 1
x-+O x t-+0 x-+0 sen x
REIO CÁLCULO

15. limrr se,ni = ~ (b) Quando n aumenta, a diferença entre o polígono de n lados e
l --->4 o círculo unitário tende a zero; portanto, à medida que n aumen-
lim sen l 0x = lim . sen 0 = lim _10 sen 0 ta, A(n) tende à área do círculo.
17
• X---+0 X 0---+0 Wffi) 0---+0 -r (e) lim A(n) = 11:
11--->00
= 0---.0
lim 10- ~ = 10

19. lim sen6h =6 21. lim sen6h =1 23. lim sen7x = 37 Seção 2.7 Preliminares
h---.0 - - r h---.0"""7ih x---.o3x
1. f (x) = x2 é contínua em [O, !] comf(O) = O ef( l ) = 1. Como
25• 11·m ~ - 1 27• 1·im ~ - 4 29. 11·m sen(z/ 3) = .,,.1 f (0) < 0,5 <f ( l), o Teorema do Valor Intermediário garante que
x---+0 9x - 9 t---+0 t sec t - z---+ 0 sen z -'
existe c E [O, l ] tal quef(c) = 0,5.
31. Jim ~ _ 1 33 lim sen 5x sen 2x = I 2. Devemos supor que a temperatura seja uma função contínua do
x---+0 tg 9x - 9 x---+0 sen 3x sen 5x 3
tempo.
35. lim l-cos 2h = O 37. lim l-coS/ = O
h---.0 ----,;-- t---+0 sen t 3. Se fé contínua em [a, b], então a reta horizontal y = k intersecta
= ln o gráfico de y = f(x) pelo menos uma vez, para cada k entref(a)
39 , lim,r ----,;--
1- cos 3h
h ---+-z ef (b).

41. (a) lim ~


x---.0+ 1X 1
=1 (b) lim ~
x---+0- 1X1
= -1
43. Como I cos (½) 1 ::: 1, segue que I tg x cos (½ ) 1 ::: 1 tg x 1,
oqueéequivalentea -l tgx l ::, tgxcos(½) ::: ltgx l;

lim tg X COS
x---+0
(½) = 0
45. Y
Seção 2. 7 Exercícios
1. fé contínua em toda parte, comf(l) = 2 ef(2) = 10.
3. g é contínua em cada t E [O, com g(O) = Oe ¾l,
n n2 1
g(4) = Tõ > 2·
5. f (x) = x - cos x é contínua em toda parte, com f (0) = - 1 e
,r/2
f (!) = 1 - cos 1 :;:::: 0,46.
Qualquer função f (x) satisfazendo l (x) ::: f (x) ::: u (x) para todo 7. f(x) = Jx + Jx+T - 2é contínua em [ ¾, 1], com
x perto de 11:/2 satisfaz lim f (x) = 1.
x---+ n/2 f(¼) = jf + /¾- 2 :;:::: -0,38e f(l) = ./2 - 1 :;:::: 0,41.
47.
h -0, 1 -0,01 0,01 0,1 11. f (x) = i - cos x é contínua em [o, fl comf(O) = - 1e
1- cosh 0,499583 0,499996 0,499996 0,499583 f(~) = (~/ > O.
---,;r-
15. Observe que f (x) é contínua em cada x.
O limite é½- (a) f(l) = 1, f(l ,5) = 2 1,5 - (1,5) 3 < 3 - 3,375 < 0.Portan-
to,f(x) = Opara algum x entre Oe 1,5.
y
(b) f(l,25) :;:::: 0,4253 > Oef(l,5) < O. Portanto,f(x) = O para
0,5
algum x entre 1,25 e 1,5.
0,4
(e) f (1 ,375) :;:::: - 0,0059. Portanto,f (x) = O para algum x entre
0,3
0,2
1,25 e 1,375.
0,1 17. [O; 0,25]
-+-- -+-- - + - --+-- ,>- X y y
19. 21.
-2 -1

1 - cos2 h
2
4
- 6

h~ o
1 - cos h
lim - - -
h2
= lim -2 - - -

=
1,~ o h (1 + cos h)

i~o (
senh)
h
2
1
1 + cos h =2
1
2
5

3
-~
X 2
lim cos 3h- l _ 2.
49. h---.0 2 3 4
cos2h- l - 4
X
53. (a) A área de cada pedaço triangular do polígono de n lados é 2 3 4
½sen ~~' portanto a área do polígono todo é ½n sen 2;:. -1
RESPOSTAS DOS EXERCfCIOS fMPARES REl l

23. Se [a, b] contiver[-! , l],f(a) > O ef(b) >O.Se usássemos o


corolário, poderíamos ser levados a concluir que f (x) não tem
19. Dado E > O, seja 8 = min(l,
2
7). Então, para lx - 11 < 8, resul-
ta lx3 - 11 = lx - li lx +x+1 1 < 78 < 7 7= E.
raízes em [a, b].
21. Dado E > O, seja 8 = E. Então, para lx - e 1 < 8, resulta
Seção 2.8 Preliminares llx l - lei! :'.':: lx - cl 1~!fJ1:'.: lx - cl < 8 = E.
1. (c) 2. (b) e (d)

Revisão do Capítulo 2
Seção 2.8 Exercícios
1. (a) lf (x) - 351 = l8x + 3 - 351 = l8x - 321= 18(x - 4)1
1. Velocidade média: ~ ~ 0,954 m/s; velocidade instantâ-
nea: 0,894 m/s.
= 8 1x -41 .
3. A reta tangente esboçada na figura aparenta passar pelos pontos
(b) Dado E > O, seja 8 = E/8 e suponha que lx - 41 < 8. Pela (15, 140) e (10,5; 40); portanto, TDV ~ 2g0.
parte (a), lf (x) - 351= 81x - 41 < 88. Substituindo 8 = E/8,
5. lim l- cos (x) ~ 1,50 7. lim ~ ~ 1,69
3
vemos que lf(x) - 351 < 8E/8 = E. x--+O x x--+2 x - 4
3. (a) Se O< lx - 21 < 8 = 0,01 , então lxl < 3 e
lx 2 -41 = lx - 211x + 21:'.':: lx - 21(1x l + 2) < 51x - 21 < 0,05
9. lim (3 +
x--+4
A) = 5 11. lim 4 = --21
x--+2 x
13.
3
lim x - x = 2
x--+ -1 x- 1
(b) Se O < lx - 21 < 8 = 0,0002, então lxl < 2,0002 e 15 lim /i- 3 = l 17. lim v'x+i- 2 = !
t-9 6 x--+ x-3 4
lx 2 - 41:'.S lx - 21(1xl + 2) < 4,00021x - 21 < 0,00080004 < 0,0009
• 1 ...,. 9 3
2
(e) 8 = 10-5 19. lim Z(a+hf - 2ª = 4a 21. Os limites bilaterais não existem.
h--+O
5. 8 = 6 X 10-4
7. 8 = 0,005 23. d~b a2- ~~t2b2 = -b 25. ;~o ('fx - x(x~3)) = ~
y 27. lim .W = l3 29. lim .W = oo 31. lim sec 0 = .J2
X-+ 1,5 X X--+O- X 0--+ ¾

33. Os limites bilaterais não existem. 35. lim sen 48 = 13


0 ...,. 0 sen 30
37. Os limites bilaterais não existem. 39. lim .fi cos t = O
t--+O+
41. lim cosx-1 = O
X x--+O senx
0,775 0,78 0,785 0,79 0,795
43. lim f (x) = 1, lim f(x) = oo, lim f (x) = -oo,
9. (a) I½- ½I= 12;x 1= lx;21 < ½lx -21 x--+O x--+2 x--+4-
lim f (x) = oo. A função é contínua em x = Oe não é contínua
(b) 1½- ½1< ½lx - 21 < ½8 < ½· 2E = E x--+4+
nem à esquerda nem à direita em x = 2 ex = 4.
(e) 8 = 0,02
45. y
(d) Seja dado E > O. Então, sempre que

~I
~
10
O < lx - 21 < 8 = min {! , 2E},resulta l~ - < ~8 :'.':: E.
5
11. L=4, E=0,7e8=0,l. X
-4 -2 2 4 6
13. Y
-5

-10
=_=_=_=_=_=-~
0,8~======~ ~.::::....
0,6
0,4
47. b = 7. Descontinuidade em x = - 2.
0,2 49. B = B · 1 = B · L = lim g(x) . lim f (x)
--+---+-_._..'-'-+---+--+-X
x--+a x--+a g(x)
0,25 0,5 0,75 1 1,25 1,5
= lim g(x) f(x) = lim f(x) = A
x--+a g (x) x--+a
15. Dado E > O, seja 8 = min {lcl, fc-r }· Então, para lx - cl < 8,
1
resulta lx2 - c2 = lx - cl lx + cl < 31cl8 < 31clfc-r = E.
51. (a) Pode ser verdadeira. (b) Pode ser verdadeira. (e) Sem-
pre é verdadeira. (d) Nunca é verdadeira. (e) Sempre é ver-
17. Dado E > O, seja 8 = min(l, 3E). Então, para lx - 41 < 8, resul- dadeira. (f) Sempre é verdadeira.

ta lJx - 21= lx - 41 IJ+2 1 < 81 < 3E1 = E.


RE12 CÁLCULO

53. (a) Y 29. 1'<3) =-! ; y =G)-G)<x -3)


31. f'(- 7) = 9; y = 9x -4 33. f'(-2) = -1 ; y = - x - 1
0,8
0,6 35. !'(-!)=½; y = 1+~ 37. J'(l) =-3; y =4-3t
0,4
39. J'(9)= -~ ; y=(-{4 )+(½) 41. y=5+2(x - 3)
0,2
---1----+-----4---+---+--x 43. A tangente em qualquer ponto é y = 2x + 8.
0,5 1,5
45. f(l) = ~
1 12
= 1; L(l) = 1+ m(l - 1) = 1;
55. (a) Se lx - 21 < 1, então 1 < x < 3, portanto 3 < x + 2 < 5 e
12 < 4(x + 2) < 20. y

(b) ô=0,12
(e) SejaE > Oe tome c5 = min{l , 12E}. Então, sempre que 0,8
lx - 21 < c5, segue 0,6

0,4

0,2

57. Seja E > Oe tome c5 = E/8. Então, sempre que 0,5 1,5 2

lx - (-1 )1= lx + 11 < c5,segue


f'(l) = -½
lf(x) - (-4)1= 14+8x +41 = 81x +li< 8c5 = E. 47. y

59. Considere a função f (x) = x2 - cos x no intervalo [O, 1].


61. 2,65

Capítulo 3
Seção 3.1 Preliminares
(a) O gráfico de y = x parece ser tangente ao gráfico def(x) em
1. A e D 2. f(x)- f(a ) ou f(a+h) - f (a) 3. x = 7
x-a h x = l. Portanto, estimamos que f' (1) = 1.
4. (a) A diferença de altura entre os pontos (0,9; sen 0,9) e (1,3; (b) Com xo = 1, obtemos a tabela
sen 1,3).
(b) A inclinação da reta secante entre os pontos (0,9; sen 0,9) e h 0,01 0,001 0,0001
(1 ,3; sen 1,3) do gráfico.
(j(xo + h) - f (xo))/ h 1,010050 1,001001 1,000100
(e) A inclinação da reta tangente ao gráfico em x = l ,3.
5. a=3eh=2 6. f(x)= tgxemx=f
49. (a) P' (350) é maior do que P' (300).
(b) P' (303) ~ 0,00265 atm/K;
Seção 3.1 Exercícios 1
P (3 13) ~ 0,004145 atm/K;
1. f(2 + h) = 3(2 + h) 2 = 3(4 + 4h + h 2 ) = 12 + 12h + 3h 2 ; P' (323) ~ 0,006295 atm/ K;
f(2+h)-f(2) _ 12+ 12h+3h2 -12 _ 12h+3h2 _ 12 + 3h· P' (333) ~ 0,0093 l atm/K;
h - h - h - '
f 1(2) = 12 P' (343) ~ 0,0 I3435 atm/K.
3. f'(O) = 9 5. f'(-1 ) = - 2 51. V1 (120)~9,75 53.f(x)= x3 ea=5.
7. f (0) ~ 6 e f (2,5) ~ 2, portanto a inclinação é - 1,6. 55. f(x) = senxea = ~ 57. f(x) = 5x ea = 2.
9. Para h = 0,5, a estimativa é 2 [maior do que f 1(2)]; para h = 59. !'(~)=O
- 0,5, a estimativa é 1 [menor do que f' (2)].
11. f'(I) = !'(2) = O; !'(4) = 1; J'(7) = O
1
y

13. f' (5,5) é maior do que f' (6,5). 15. f' (x) = 3 para todo x . 0,8
0,6
17. f' (t) = - I para todo t. 0,4

19. f( - 2 + h) = _ 21+h .A razão incremental é-½- 0,2

0,5 1 1,5 2 2,5 3


21. !'(9) = t 23. !'(2) = 14; y = 14x - 12
25. f 1(2) = 12; y = 12x - 16 27. f 1(0) = I; y = x
RESPOSTAS DOS EXERCfCIOS fMPARES RE13

4. xn _ an = (x _ a)(xn-1 + xn- 2a + xn- 3a2 + ... + xa11-2


h -0,01 -0,001 -0,0001 0,0001 0,001 0,01
+an-1)
sen( j+h)-1
h
0,005 0,0005 0,00005 -0,00005 -0.0005 -0,005 5. É aplicável.
6. Tangente vertical.
61. (a) f' (0) :::, -0,68
y y Seção 3.2 Exercícios
1. f'(x) =4 3. f'(x) = -4x 5. f'(x) = --!z
X

1
7. f'(x) = 2,yX
r.; 9. fxx 4 1 = -32 11. frr 2/ 3 1 =i
X=-2 1=8 J

X 13. fxxº· 35 = 0 ,35x-0 ,65 15. frt,,/[7 = JT?1.Jf7-I


-2 -1 -0,2 -0, 1 0,1 0,2

17. f'(l) = 5; y = 5(x - 1) + 1


(b) y = 2- 0,68x
y
19. f' (9) = 1
; ; y= 1 X +~
21. Íx (x 3 + x 2 - 12) = 3x 2 + 2x
23. fx(2x 3 - I0x- 1) = 6x 2 + Iox- 2

25. Íz(7C3 + z2 + 5) = 2z - 2lz-4


-2 -1 2 27. f'(s) = ¼5-3/4 + 15 -2/ 3
63. J'{q):::, -1 29. fx«x + 1) 3) = 3x 2 + 6x + 3
y
31. fz«3 z - 1)(2z + !)) = 12z + 1 33. f'(2) = -i
35. ~I C=8
=1 37. ~zs 1 = -60
z=2
X

39. O gráfico (A) combina com o gráfico (III).


O gráfico (B) combina com o gráfico (1).
O gráfico (C) combina com o gráfico (II).
O gráfico (D) combina com o gráfico (III).
65. !'<¾>:::, 0,7071 O gráfico em (D) é somente uma translação vertical do gráfico
67. (b) !' (4) :::, 20,0000 em (A), o que significa que as duas funções diferem por uma
(e) y = 20x - 48 constante. A derivada de uma constante é nula, portanto as duas
y
funções acabam tendo a mesma derivada.
80 41. y
60 2
40
20
1 2
-1
-20
-40 -2
-60
43. (a) -bR =1 (b) -br =O (e) /Rr 2 R 3 = 3r2 R 2
69. W' (4) :::, 0,9 kg/ano; tangente horizontal: t = 1Oe t = 11,6; incli-
nação negativa: 10 < t < 11,6.
45. x = 1 47. x = Oou x = ¾ 49. a= 2 e b = -3
71. v'(IO) :::, 7,9125; i(IO) = 0,495485 51. Duas retas tangentes paralelas com inclinação m = 2 aparecem
junto com o gráfico def(x):
77. A Figura (A) satisfaz a desigualdade.
y

Seção 3.2 Preliminares


1. A inclinação é 8.
2. (f - g)' (1) = -2; (3 f + 2g)' (!) = 19; não podemos calcular
(fg)'(l).
3. (a) Pode (b) Não pode (e) Pode (d) Pode (e) Não
pode (f) Pode 53. f'(x) = - -j-
x
55. frvml T=300° K = 0,74234
RE14 CÁLCULO

57. ~Im=68 = 0,00315966; fni· (ffi)Im=68 = -8,19981 x 10-6 83. y

10
59. A área é 2 independentemente de a.
61. O gráfico (A) combina com o gráfico (III). O gráfico (B) combi-
na com o gráfico (1). O gráfico (C) combina com o gráfico (II).
63. Y

-10

A reta tangente af em x = a é

_ ( _ 2/3 ) 3/2 _ ~ (x -a)


65. g(x ) é a derivada def(x ). 67. x = 1. 69. x = O y- 4 a al / 3

71. X = - J; X = J. O corte dessa reta com o eixo y é o ponto P = (O, 4J4 - a2f3),
73. f não é derivável em x =O.A reta tangente não existe. o corte com o eixo x é o ponto Q = (4a 1/ 3 , O) e a distância entre
Pe Qé 8.
y
85. Raio~ 1/ 2 87. fx(xk) = kxk-l para inteiros negativos k.

Seção 3.3 Preliminares


-0,2
1. (a) Falsa: a notação f g denota a função cujo valor em x é f (x)
g(x ).
- 0,3
(b) Verdadeira (e) Falsa: a derivada do produto fg é

75. f não é derivável em x = 3. A reta tangente parece ser vertical.


J'(x)g(x) + f(x)g'(x ).
2. (a) Falsa: fx(fg>L= = f(4)g1 (4) + g(4)f' (4).
4

(b) Falsa: fxUJg>L=4 = [g (4)f' (4)- f(4)g1(4)]/g (4)2 .


(e) Verdadeira.

3. fxUJg)I = -1 4. g(l) = 5.
77. fnão é derivável emx =O.A reta tangente não existe nesse ponto. x=l
y
Seção 3.3 Exercícios

0,08
0,1
1. f'(x) = 3x
2
+1 3. *lt== 82
3
5. J ' (x) = (x::::L2
1. *I l =-2
=-
9
8
9.f'(t)=6t2 +2t-4

11. g' (x) = 2x + 2 - 6x- 3


- 0,l - 0,05 0,05 0,1

79. Essa afirmação é falsa. A função lxl não é derivável em x = O,


13. f 1 (x) = 6x 5 + 5x 4 + 4x 3 - 8x - 4 15. *L= = -i2

mas é contínua.
81. reta tangente: y = 2ax - a2; corte com eixo x: ~
17. J '(x ) = I 19. ~xiax x=2 = -80 *Ix=l = -¾
21.

23. h' (t ) = 101''+819+314+; 2 25. f ' (t) =o


(1"+19+14+12)

27. f ' (x) = 3x 2 - 6x - 13 29. g'(z) = 2z - 1


2 2
31 il...
• d1
(X
.1-4) _
r2- x -
- x1 f 81-x
(12- x)2

33. f ' (x ) > O para -1 < x < 1, f ' (x ) < O para lxl > 1. f'( x ) está
esboçada à esquerda,f(x) à direita.
y y

-4 -3 -2 - 1 1 2 3 4
RESPOSTAS DOS EXERCfCIOS fMPARES REIS

dP
35· dr 2v 2 R 4
37• Y = 25 4 (b) Aqui apresentamos um gráfico dessas estimativas (1 = jan,
=- (R+r)3 (x - 2) +5 2 = fev, etc.)
39. (f/g) = (x/x) = 1, portanto (f/g)' = O. Por outro lado,
p
(f' / g') = (x' /x') = (1/1) = 1.
41. (! 3)' = [/(ff)J' = f (f f' + f !') + f f(f') = 3f2 !' 250
200
~

43. F' (4) = -10 45. H' (4) = ~Õ 47. F' (O) = 6 150

57. A e C são raízes múltiplas. 100


50

Seção 3.4 Preliminares 2 4 6 8 10

1. (a) atm/m (b) mols/(litro · hora) (e) "Taxa de Crescimento Populacional dos EUA Diminui De-
2. f(5) = 13 3. 90 mi/h 4. f (26) ~ 43,75 pois do Pico de Verão"
5. (a) A TDV da população de Freedonia no ano de 1933. 29. Denotef(w) = Jiiw/60,demodoquef'(w) = 2 /Jw;
(b) Se P'(l933) = 0,2, então P(l934) ~ 5,2 milhões. Se JT4 ~ O'0133631 m
2
...L
2

P'(l933) = O, então P(l934) ~ 5 milhões.


! '(70) = 28Õ · f'(80) =
kg ' 80 kg
m
31. Caindo a 76,68 m/s
33. vo = !9,6m/s.Alturamáximaé 19,6m.
Seção 3.4 Exercícios
35. Ou do 16º ou do 17º andar.
1. Quando s = 3, a área varia a uma taxa de 6 unidades de área por
39. Aproximação: v'2 - .Jf ~ ½
unidade de comprimento do lado. Quando s = 5, a área varia a
uma taxa de 10 unidades de área por unidade de comprimento do Valor até seis casas decimais: v'2- .JT = 0,414214
lado. Aproximação: v'lOl - Jiõõ ~ 0,05
3. Sex= 1,aTDVé-1.Sex= 10,aTDVé-rtm. Valor até seis casas decimais: v'lOl - Jiõõ = 0,0498756
5. dV /dr = 3nr 2 7. dV /dr = 4nr 2 41. F(65) = 198,25 pés
9. (a) A velocidade média no intervalo [0,5; !] é 50 km/h. Aproximação: F(66) - F(65) ~ F' (65) = 5pés
(b) A velocidade média é maior em [2, 3]. (e) t = 2,5 h.
Valor exato: F(66) - F(65) = 5,03 pés
11. A reta tangente esboçada na figura abaixo parece passar pelos
pontos (10, 3) e (30, 4). Assim, a TDV da voltagem em t = 20 s 43. C(2000) = 796 dólares.
é, aproximadamente, Aproximação: C(2001) - C(2000) ~ C'(2000) = 0,244dólar.
Valor exato: C(2001) - C(2000) = 0,244 dólar.
t~o = 0,05 v/s.
3 45. D(40) = 22,5 barris por ano. Um aumento de um dólar no preço
do petróleo leva a uma diminuição na demanda de 0,5625 barril
À medida que avançamos para a direita no gráfico, as retas tan-
por ano, e uma diminuição de um dólar leva a um aumento na
gentes parecem ficar mais horizontais, indicando que a voltagem
demanda de 0,5625 barril por ano.
varia mais lentamente quando o tempo passa.
49. (a) 7,09306 km/ano (b) 0,75992 kg
y
51. (a) Aumentando quando P = 250; diminuindo quando P = 350
(b) dPldt (e) Gráfico (A)
/
2 / 60
50
40
30
~--+-+---+--+-X 20
10 20 30 40 10

13. (a) 35,35 pés (b) - 7 pés/s (e) ~ 2,36 s 50 100 150 200 250 300

15. -15 graus Fahrenheit por minuto. 53. No ponto A, o custo médio é maior do que o custo marginal.
17. F 1(6,77 X 106) = -1,93 x 10-4 N/m No ponto B, o custo médio é maior do que o custo marginal.
19. P'(3) = -0,1312 W/Q; P'(5) = -0,0609 W/Q No ponto C, o custo médio é praticamente igual ao custo marginal.
21. (a)~=-1 (b)%= - 4 No ponto D, o custo médio é menor do que o custo marginal.
23. (a) 1,0618 milhão; 10.600 pessoas por ano (b) ano 2010
27. (a)

t Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov

P'(t) 146 155 175 191 210 227 252 242 233 219 185
RE16 CÁLCULO

Seção 3.5 Preliminares 41. Velocidade: Y

1. A derivada segunda do PNB é negativa. A derivada primeira é


positiva.
2. A derivada primeira do preço das ações é positiva. A derivada
segunda é negativa.

Preço das

í
ações

Aceleração: Y
40

Tempo

3. Verdadeira 4. Polinômios da forma ax + b.

-40
Seção 3.5 Exercícios Metal

1. y" = 28 e y 111 = O 3. y" = 12x2 - 50 e y111 = 24x 43. (a) A velocidade do trânsito deve ser reduzida quando a estrada
5. y" = 81rr e y = 81r
111 ficar mais lotada, por isso é de se esperar que~ seja negativa.
(b) A diminuição na velocidade decorrente de uma unidade a
7_ y" = _156t-6 f5 + jt-4f3ey"' = i~t-11/15 _ 16t-7/3
9 mais na densidade é aproximadamente ~ (um número negati-
9. y'' = -2z- 3 e y'" = 6z-4 vo). Como;~{ = 5,764Q- 3 > Oé positiva, isso nos diz que~
11. y" = 20x 3 + 12x2 + 2 e y 111
= 60x 2 + 24x aumenta quando Q cresce: e um número negativo que cresce está
se aproximando de zero.
13. j<4l(I) = 24 15. bd\t t=I = 54
1 17. h 111 (9) = z-k
º"º (e) O gráfico de~:
19· d4x 1 3.465 21 "( I) l 23 h"(I) l
dt4 t=l6 = 134.21 7.728 •g = -4 • = 8 y
100 200 300 400
25. y<Ol(o) = d, yOl(o) = e, y<2l(O) = 2b, y<3l(O) = 6a, -+--+---+--+---+- x

1
-0,2
y<4l(O) = 24 e y<5l(O) = O -0,4
- 0,6
-0,8
27. ::6 x- 1 = 720x-1 29. j<nl(x) = (-Itn!(x + 1)-(n+l) -1
- 1,2
31. J<nl(x) = (-l)n(2n-l)x(2~-3)x-.. x l x-(211+1)/2
Já que esse gráfico é crescente, temos;~{ > O.
33. (a) a(5) = - 90 pés/min2
(b) Como a aceleração do helicóptero é negativa, a velocidade 45. (a) J'(x)=5x2(l+x 3)2/ 3
deve ser decrescente. Como a velocidade é positiva, o helicópte- J"(x) = lOx(l +x3 ) 2/ 3 + lüx 4 (l +x3 )- 1/ 3
ro está parando. f111(x) = 10(1 +x3)2/3 +60x3(1 +x3)-l/3 - IOx6(1 +x3)-4/ 3
3 2
y (b) !' x _ 12x - 9x + 2x + 5
2 3 4 5 6 ( )- (6x - 1)2

-20 11 2(36x 3 - l8x 2 + 3x - 31)


-40 f (x) = (6x - 1)3
-60 Ili l. l 10
- 80 ! (x) = (6x - J)4
- 100
47. Zero. 49. (fg)"=f"g+2J'g'+fg 11
51. t.(x) = O; t.(x 2) = 2; t.(x 3) = 6x
35. (A) f" (B) f' (C) f
37. Do tempo 15 até o tempo 20 e a partir do tempo 32.
39. f(x) = i - 2x. Seção 3.6 Preliminares
1. (a) fx(senx + cosx) = -senx + cosx

(b) fxtgx = sec2 x (e) fxsecx=secxtgx

(d) fx cotgx = - cossec2 x


2. (a) e (c) usam a regra do produto.
RESPOSTAS DOS EXERCfCIOS fMPARES REI 7

3. fx(sen 2 x + cos2 x) = O 3. (b) Sf'(Sx)


4. A razão incremental da função sen x envolve a expressão sen 4. (a) Uma vez (b) Duas vezes (e) Três vezes
(x+h). A fórmula da soma da função seno é usada para expandir 5. Não temos informação suficiente, pois falta o valor de f' (1).
essa expressão como sen (x+h) = sen x cos h + sen h cos x.
Seção 3. 7 Exercícios
Seção 3.6 Exercícios 1.
f (g(x)) J'(u) f'(g(x)) g'(x) (f og)'
1. y - ~ = ~ (x - ¾) 3. y - 1 = 2(x - ¾)
(x4 + l)3/2 lul /2 ~(x4 + l)l/2 4x 3 6x3(x4 + 1)1 /2
5. f'(x)=-sen 2 x+cos2 x 7. f'(x)=2senxcosx 2
9. f'(x) = x 3 cosx + 3x 2 senx 3.
f (g(x)) f'(u) f'(g(x)) g'(x) (f o g)'
11. f' (0) = (tg 2 0 + sec2 0) sec 0
tg(x4) sec2 u sec 2(x 4) 4x3 4x 3 sec2(x 4)
13. h' (0) = -2 cos 0 sen 0
15. f'(x) = (x -x 2)(-cossec2 x) + cotgx(I - 2x) 5. fx(x + senx)4 = 4(x + senx) 3(1 + cosx)
17. f'(x) = xsecxtgx -2secx
X3
7. (a) fx cos(9 - x 2 ) = 2x sen(9 - x 2)
19. g' (t) = cos t - 2 sec t tg t
(b) d cos(x-1) = sen(x-1)
21. f'(x) = 2+senx-xcosx
2
23. f'(x) = 2cosx ax ~
(2+senx) (l-senx)2
(e) fx cos(tg x) = - sec2 x sen(tg x)
25. g'(x) = (xtgx-psecx 27. f"(x) = -3sen x -4cos x
X
9. fx (x 2 + 9) 4 = 4(x 2 + 9) 3 (2x) 11. 4cJllx
ax +4= ~
2 l lx+4
29. g"(0)=2cos0-0sen0 31. y =x

33. y =(1 - ½2)x+JJ+~+~1r - j 13. fx sen(l - 4x) = -4cos(l - 4x)

35. y = (2 -v'Í)x + J2- 1 + ¾(J2- 2) 15. fx sen(2x + 1) = 2cos(2x + 1)

41. f'(x) =-senx, f"(x) = -cosx, f"'(x) = senx, 17. fx(x +x- 1) 9 = 9(x +x- 1)8 (! -x-2)
j<4\x) = cosx, and j< 5)(x) = - senx; 19. !;J(g(x)) = -sen(x 2 + 1)(2x); fxg(f(x)) = -2 senxcosx
j< 8\x) = cosx; j<37 \x) = - senx. 2 2
21. y' = 2x cos(x 2) 23. y' = -8t cossec (4t + 9)
43. f" (x) = 2 sec2 x tg x
25 y' _ _ 5(21+3) 1 _ 8(1+x)3
J"'(x) = 2sec4 x +4sec2 xtg 2 x · - 2(12+31+1)712
27
· y - (l-x) 5
2
45. (a) y (b) co = 4,493409 29. y' = -60 sen(02) cos2 (02) 31. y' = x sen(x )
32
(1+cos(x2)) 1
33. * = 5 sec2 (5x) 35. y' = 3x sen (! - 3x) + cos (! - 3x)

37. * = 2(4t + 9)- 112 39. y' = 4(senx - 3x2)(x 3 + cosx)-5

41. y' = J2cos 2x 43. ~ = (z + 1) 3(2z - 1)2 (14z + 2)


2,/sen2x dz
(e) 2
45. y'= (3x3+2x2-x- 2) 41_y'=xcos(x )-3 sen6x
1
2
2x Jx+T Jcos6x+sen(x 2 )
49. y' = 3(x sec (x ) + sec x tg x) 51. ~ =
2 2 3 2 2 -1
az v'z+l(z-1)3/2
53, ~ = sen(- 1)-sen(l+x)
(l+cosx) 2
55.
dx
* = -35x 4 cotg6 (x 5) cossec2 (x 5)
41. v ( j ) = 20 cm/s; a ( j) = - 20J3 cm/s2
53. (a) f'(x)=x cosx +(senx)· l =g(x)+senxe
57. * = 30x(l + (x 2 + 2) 5) 2 (x2 + 2)4

g' (x) = (x) (- sen x) + (cos x) · 1 = - f (x) + cos x 59. ~= 1

(b) f"(x) = g'(x) + cosx = -f(x) + 2cosxe X 8,./iJJ+JxJJ+Jl+,./i


g"(x) = - f'(x) - sen x = - g(x) - 2senx 61. y' = ~ 63. <Jt
2vkx+b ax
= 12

Seção 3. 7 Preliminares 65. (a) Íe sen 010=60º = 3io


1. (a) A função de fora é ,ji e a de dentro é 4x + 9x 2. (b) ~ (0 + !& 0) 10=45º = t + '9TI
(b) A função de fora é tg x e a de dentro é x 2 + 1.
67. fxh(senx)lx=i = SJ3 69. !;J(g(x))lx= = 12
(e) A função de fora é x 5 e a de dentro é sec x. 6
2. As funções x~I e ,ji · secx. 11. fxg(,jx) I
x=16
= 1o
RE18 CÁLCULO

73. :;2 sen(x2 ) = 2cos(x 2 ) - 4x 2 sen(x 2) 37' çi_l_=_x;+idx


ãt xy ãr
39 çi_.2'_ _ _ ....:!..±,Y_dx 41. y =1 x+1
' dt - x+2y3 dt 5 5

75. ~ (3x + 9) 11 = 26. 730 (3x + 9) 8 43. (a)


b= -0, l b =-0,0l
77. (a) y y

f'(x) = -2xcossec2 (x 2 )
f" (x) = 2cossec2 (x 2)(4x 2 cotg(x 2 )-I)
!"' (x) = -Sx cossec2 (x 2) (6x 2 cotg2 (x 2) - 3 cotg(x 2 ) + 2x 2)
3x 2
(b) J'(x) =---
2vÍx3+1
11 3x(x 3 + 4)
f (x) = 4(x3 + 1)3/2 -0,5 -0,5

111 3(x 6 + 20x 3 - 8)


f (x) = 8(x3 + ))5/2
b=-0,001
y
79. fx sen(g(x))I x=2 = -11J2 81, 9,(Ri 2)1 = O
t=2
83. i1 t=IO
= -1.600/(4 13) ~ -0,0232 m/s

Seção 3.8 Preliminares


1. A regra da cadeia
2. (c) não está correta; fx sen(y2) = 2y cos(y2)*. -0,5 0,5 1,5

3. Ele cometeu dois erros. Ele não utilizou a regra do produto na -0,5
segunda parcela: fx (2xy) = 2x * + 2y. Ele não utilizou a regra
da potência generalizada na terceira parcela: fx y 3 = 3 y2 *· b=0,l b=0,0l
4. (b)

Seção 3.8 Exercícios


1• y , -2x E (2 I) ,
= TyT· m ' 'y = -3
2

3. fx (x 2 y 3) = 3x 2 y2y' + 2xy3

5. d (l) _ x(3y2y') -y3 _ d + Il


Tx x - x2 - x2 x

d (z + z2) -- z'
1. Tx + 2z(z') 2x
9. y' -- - 9y2
1l 1 _ l-2xy-2y2 l3 1 _ 3-2xy 15• Z1 -_ _ x 3/ Z3
• y - x 2+4xy-l • Y - x 2+4y 3 b = 0,001
y

17. y ' = v~
xr 19. s' = s2(x2+2Jx+s)
(
x 2 s 2 +2 x+s
)
_L
21. y ' = :=-::!
x- y
, _ 1-cos(x+y) , I
23 • Y - cos(x+y)+seny 25• Y =4 27• Y = 4- X

29. y = 2-x
31. (b) Tomando y' = Otemos O= 3x2 - 3, portanto x = 1 ou x =
-1. (e) Se voltarmos à equação y2 = x 3 - 3x + 1 e substituir-
mos x = 1, obteremos a equação y2 = -1, que não tem solu-
ções reais. (d) A reta tangente é horizontal nos pontos (-1, J3) e
(-1 , -J3).

33. y' = ~;=~} = Oquando y = ~x. Substituindo y = ~x na equa-


ção da curva implícita, obtemos -~x 2 = 1, que não tem solu-
ções reais.
35. ~ = Y(2 y:- l) _Os pontos em que a reta tangente é vertical são:
(! , 0), (-1, 0), ( !j-, ~ ), (-4, ~), (!j-, -~).
(
_:fl _
2 •
.fi.)·
2
RESPOSTAS DOS EXERCfCIOS fMPARES RE19

(b) Nos pontos em que y = O, temos y' = 4'b.Portanto, y' """7 oo Seção 3.9 Preliminares
quando b """7 oo.
1. A reformulação é "Determine fff, se~ = 0,5 cm/s".
b=OI b= 10 dV =4,,,.,2dr
2. ãr ,. ãt·
y y

4 4
3. A reformulação é "Determine %o/- se fff, = 2 cm3/min".
4. A reformulação é "Determine fff, se %o/- = l cm/min".

Seção 3.9 Exercícios


1. 0,039 pés/min
3. (a) 10011: ~ 314,16 m2/min (b) 2411: ~ 75,40 m2/min
-4 -4 5. 3.584npoi3/min 7. 8961r:poI2/min 9. 18JÍOmi/h
3
11. 1,68 m /min
b= 100
13. (a) Cauê percorreu~ milhas. Sônia percorreu~ milhas.
y (b) J ·~~
1 5
~ 41 ,83 mi/h
4 15. (a) 499,86 mi/h (b) Omi/h

2
17. 0,61 mi/min 19. Ji½ pés/segundo
-+---+---+---+---+1- x
21. x = 4../Í5 pés; * = v'TI ~ 1,03 pés/s
23. %o/- = -f *; como* é constante e positivo ex tende ao compri-
-4 -2 2 4

-2 mento da escada quando a escada cai, -f * fica arbitrariamente


grande quando h """7 O.
-4 25. 1.047,20 cm3/s 27. 4.80011: ~ 15.079,64 mi/h
29. 495,25 mi/h 31. ~ = -10,5 pés/s
45. (b) X=½, l ± y'2 33. o/,- = -1 ,92 kPa/min
47. Em(l,2),y = ½<x -1 ) + 2.Em(l, -2),y = -½(x - 1) - 2.Em 2 2 3
35. / 1(t) = ~x( x + ) pés/s(ondexéumafunçãodet).
1) li 1 ( 1) li 1 x 4 +3x2+l
( 1, 2 ,Y=u(x-1)+ 2. Em 1, - 2 ,y= - 12 (x - l) - 2.
37. -nliun ~ -2,21 x 10- 4
cm/min
y
49.
39. (a) * = } %o/- onde a taxa segundo a qual Henrique puxa a cor-
da é -dh/dt.
(b) - ./I3/2 ~ -l,80pés/s
41. 300 mi/h 43. -8,94 pés/s 45. ~ - 4,68 m/s

Revisão do Capítulo 3
1. A TDV def(x) em [O, 2] é 3.
J
3. A estimativa é e é maior do que f 1 (O,7).
~ = 3x;"'... 4 = Oquando y = O, portanto a reta tangente a essa
5. f' (1) = l; reta tangente: y = x - 1.
curva é vertical nos pontos em que a curva intersecta o eixo x.
-f;assim, 7. J'(4) = -11;;reta tangente: y = ½- /6 x
51. y' =

11 y · 1 -xy' y-x(-f) y2+x2


9. * = -2x 11. ~ = (2~x) 2 13. f'( l), onde f(x) = ../x
15. f' (11:), onde f (t) = sen(t) cos(t) 17. f' (4) = 3; f (4) = -2
y = - y2 __ y_3 _
y2 19. (C)
l -3 21. (a) 8,05 cm/ano (b) Maior durante a primeira metade do período.
= -3 = - y (e) h' (3) ~ 7 ,8 cm/ano; h' (8) ~ 6,0 cm/ano
y
23. A' (t) é a TDV da produção de automóveis nos EUA.
53. N o ponto ( 32 , 3
4) 11
,y = -m-
162
A' ( 1971) ~ 0,25 milhões de automóveis/ano.
A' (1974) seria negativa.
55. ( - ../6
2 •
- J'i)
2 •
(- ../62 • J'i) (-16 - J'i)
2 ' 2 ' 2
e (-162 ' J'i)
2 ·
25. qy_x
dx
= 15x4 - 14x 27. r!l..
dt1
= -7,3r-8 ,3 29' qy_ - 1- 2x-x
dx - (x2+I)2
2
RE20 CÁLCULO

31. *
35. lTz
j__y_ - 2- z
3
= 6(4x - 9)(x - 9x)
4 5

37 ~ - 2 - l - 5/2
33. * = 27x(2 + 9x ) /
2 12 21. ?(41.000) ~ 37 1,2 1b/pés2. 23. L'.A ~ 0,5pé2.
25. (a) M ~ 0,78125pé. (b) M ~ 0,9375pé.
- 2(I-z)3/2 • ax - x 2x 27. L'.F ~ 4,88 pés; L'.F ~ 7,04 pés.

39. q;;. = - 3t- 4 sec2(t- 3) 41. * = -6 sen 2 x cos2 x + 2 cos4 x 29. Perda de peso~ 0,066 libras; o piloto pesa 129,5 libras numa
altitude de aproximadamente 7,6 milhas.
43. ~ =3tg20sec2 0 45 lj__y__ l+sec1-1sec1tg1 31. (a) P = 4,8 atm, L'.P ~ 0,48 atm (b) lll VI < 0,520833 L
âTJ • dt - (l+sec 1)2
~ 8cossec 2 0
33. L(x) = x 35. L(x) = -½x + 1 37. L(x) = 1
47. âTJ = (l +cotg IJ)2 39. v'l6,2 ~ 4,025
49. * = ½(x + Jx + Jxr'l2(1 + ½(x + Jxr'/2(1 + ½x- 112)) y

51. S'(2) = -27 53. R' (2) = -n 55. F'(2) = -1 8 4


5

3 1
57. (- 1, -l) e(3,7) 59. b=-76,32 2
1
1

61. (a) a =t (b) Y


1
1
X
o 5 IO 15 20 25

41. ,Ju ~ 4,125. O erro percentual é~ 0,046%.


43. 17 1/ 4 ~ 2,03125. O erro percentual é~ 0,035%.
1
45. 27,001! ~ 3,0000370370370. O erro percentual é
0,000000015%.
47. Y
63. y" 10 65. y11 = -(2x + 3)-312
= 72x -
61. y" = 8x 2 sec2 (x2 ) tg (x 2) +2sec2(x 2) 2

69. No gráfico à esquerda, as curvas cinza, rosa e vermelha, respec-


tivamente, são os gráficos de f, f' e f 11• No gráfico à direita, as -2
curvas rosa, cinza e vermelha, respectivamente, são os gráficos
def, f' e f".
(a) Subestima (c) 0,62 .::: x .::: 0,9
71. (b) E(8) = - 3
49. (b) Não
73 lj__y_ - x2 75 ~ - y2+4x 77 dy - y-2x
' ax - y2 ' dx - l-2xy ' ax - y- x 51. L(x) = f (x)
79. lj__y_ = y- sec2(x+y) 81. (1 1) (--13 31§\ 55. (b) sen x (c) f(l) - l ~ -0,02360; g( l ) - l ~ 0,05375
ax sec2(x+ y) -X ' ' ' V
7
}

83. a = O, a > 1 85. / 5 m/min 87. 0,75 pés/s


89. (a) -0,72 radianos/s (b) -1,50 crn/s
Seção 4.2 Preliminares
1. (c) 2. (b) 4. Verdadeira. 6. (b)

Capítulo 4 Seção 4.2 Exercícios


Seção 4.1 Preliminares 1. (a) Três (b) 6 (e) 5 emx = 5
(d) Um exemplo é [4, 8]. (e) Um exemplo é [O, 2].
1. g( l ,2) - g( l ) ~ -0,8 2. f(2,l) ~ 1,3 3. 55 pés 3. x= I 5. x=-3ex=6 1. x=±I 9. x=0
5. !'(2) = 2; f(2) = 8 11. (a) e= 2;f (e)= -3 (b) f (0) = f (4) = 1
(e) Máximo!; mínimo - 3 (d) Máximo!; mínimo - 2
Seção 4.1 Exercícios 13. x = ¾; máximo ../2; mínimo O
1. L'.f ~ 0,12 2. L'.f ~ -0,00222 15. Máximo l
5. llf ~ 7,6. O erro é 0,32. O erro percentual é 4,40%. y

7. L'.f ~ - 0,03. O erro é 0,0054717. O erro percentual é 22,3 1%. 1


0,8
9. L'.f ~ 0,026. O erro é 0,000344. O erro percentual é 1,3 1%. 0,6
11. llf ~ O, 1. O erro é 0,000980486. 0,4
0,2
13. llf ~ -0,0005. O erro é 3,7 1902 x 10-6. X
o 2 3 4
15. llf ~ 0,023. O erro é ~ 2,03 x Io- 6.
17. L'.f ~ 0,0074074 19. llf ~ 0,008727 17. Mínimo éf(l) = O, máximo éf(3) = 8.
RESPOSTAS DOS EXERCfCIOS fMPARES RE21

19. O mínimo é f(2) = -9. O máximo é f( - 2) = 15. 65. y

1,2
21. Omínimoéf(-1) = -3.0máximoéf(~) =4,5625. 1
23. O mínimo é f (1) = -4. O máximo é f (- 1) = 6. 0,8
0,6
25. O mínimo é f (1) = - 3. O máximo é f (-1 ) = 13. 0,4
0,2
27. Omínimoéf(-1) =-3.Omáximoéf(4) =78. o 2 4
X

29. O mínimo é f (-1) = - 4. O máximo é f (5) = 3.050.


31. O mínimo é f(6) = 18,5. O máximo é f (5) = 26.
O valor mínimo de f (x) é 4t em x = - 5. O valor máximo de f (x)
é¾ em x = 1 ex = 4. Existe um mínimo local de Í em x = ~-
33. O mínimo é f( I) = -1. O máximo é f (0) = f(3) = O.
35. O mínimo é f (0) = 2../6. O máximo é f(2) = 4,/2. 67. (a)
(-1, -,/2), (-1, ,/2), (l, -,/2), (1, ,/2), (O, 0), (±m, O)
37. O mínimo é f ( ~) :::::: - 0,589980. O máximo é
f(4):::::: 0,472136. (b)

39. O mínimo é f(O) = JG) =O.O máximo é J(¾) = ½,


41. O mínimo é f (O) = - 1. O máximo é f (¾) = ,/2(¾ - 1).

43. Omínimoég(j) = j - J3.0máximoég(jn) = jn+J3.


45. O mínimo é f (¾) = 1- l O máximo é f (O)= O.
71.
69. Y y
- O, 5
47. O S VaIores de X entre Oe 21t SaO 2ir 4ir 6ir Sir 2
, 5 , 1t, 5 , 5 e 1t.
10 4

y --+t----+---+----,>--x
2 3
- 10
2

o 2 3 4

73. s > ¼r 2; r = -4, s = 3


49. Ponto crítico: x = 3; mínimo de O em x = 3; máximo de 9 em
x=0.
77. Omínimoéf(0)=f(l)=0.Omáximoéf ( ~ ) = (p!~5;+q·
51. Ponto crítico: x = ~; máximo de 1 em x = O; máximo de O em
x= Í- Seção 4.3 Preliminares
53. fé contínua em [ ½,2], derivável em ( ½,2) e 1. m = 3 2. (c)

f (½) = ½+ += ~ = 2 + ½= f(2); e = 1.
3. Pode ter
í
y
55. fé contínua em [3, 5]. derivável em (3, 5) e f (3) = f (5) = 1;
f (3) = f (5) = 1; e = J.t.
59. A concentração máxima ocorre 2 horas depois de ser administra-
3
da e essa concentração é de 0,002 mg/cm •

61. (b) ,,
1,5
4. (a) f (e) é um máximo local. (b) Não podemos.
1,48
1,46
1,44 Seção 4.3 Exercícios
1,42
1,4 .........,-+--+--+--+-- Graus 1. e = 2 3. e= 2 5. e = 2./7 - 1 7. e :::::: 0,62
40 45 50 55 60 65
9. f (x) é crescente em (0, 2) e (4, 6) e decrescente em (2, 4).
RE22 CÁLCULO

11. y 13. y 33. O ponto crítico é e = 1.


8
10
6 X (0, 1) 1 (1, oo)
8
6 f' - o +
4 f \. m /'
2
X
35. O ponto crítico é x = ~-
o 1 s 2 3 4

15. Máximo 17. Mínimo


19. f (2) é um máximo local. f (4) é um mínimo local.
X (o.~) 16
:B (~ ,oo)

21. O ponto crítico é e = ;. !' - o +


f \. m ?
7
X (-oo, ;) ,: G ,oo)

37. Os pontos cnt1cos - fJ
sao = 4 , (J = 43n , (J = 45n e (J = ?n
1r:

!' + o -
f /' M \. X (O,¾) ir:
4
( ir: 3ir:)
l •T
3ir:
T (3ir: Sir:)
T •T
Sir:
T
(Sir: 7ir:)
T •T
7ir:
T (J;,21r)
23. Os pontos críticos são e = O, 4. !' + o - o + o - o +
f ? M \. m ? M \. m ?
X (-oo, O) o (0, 4) 4 (4, 00)

!' + o - o + 39. O ponto crítico é x =l


f ? M \. m ? ir:
X [o, ;) 2 (; , 2n]
25. Os pontos críticos são e = -2, -1, 1. !' + o +
f /' ~
/'
X (- 00, - 2) - 2 (- 2, -1 ) -1 (-1 , 1) 1 ( 1, oo)

f' - o + o - o + 43. a:::: O


45. (a) TVM (b) TVI
f \. m /' M \. m /' 51. O TVM aplicado no intervalo [2, 4] garante que existe algum

27. Os pontos críticos são e = - 2, - 1. e E (2, 4) tal que f'(c) =


4 2
J< tf<
) ou f(4) - f(2) = 2f'(c).
Como f'(x) :::: 5, segue que f(4) - f(2) :::: IO, ou seja,
X ( - 00, - 2) - 2 (- 2, -1) -1 (-1 , 00)
f (4) 2: f (2) + 10 = 8.
53. Seja h(x) =f(x) - g(x). Então h'(x) = f'(x) - g1 (x)::: Opara
f' + o - o + cada x 2: O. Como h(O) = f (0) - g(O) = O, vale h(x) ::: Opara
cada x 2: O. Logo f(x) - g(x) ::: O, ou seja, f(x) ::: g(x ) para
f /' M \. m /'
cadax :::: O.
29. Os pontos críticos são e = O, -¾- 55. (d) senx ::: x - ¾x3 + 1 0 x 5 1
57. (b) Não pode.

X (-oo, - ¾) - 43 (-¾,o) o (0, oo)


Seção 4.4 Preliminares
!' - o + o +
1. (a) 2. (b) 3. Falsa 4. Verdadeira 5. Falsa 6. Verdadeira
f \. m /' ~
/' 7. Verdadeira 8. Verdadeira 9. (e) e (d)

31. O ponto crítico é e = O.


Seção 4.4 Exercícios
X (-oo, O) o (0, oo) 1. (a) C (b) A (e) B (d) D
f' + o -
f ? M \.
RESPOSTAS DOS EXERCfCIOS fMPARES RE23

3. Função crescente (esquerda); função decrescente (direita) 29.


y y
X ( - 00 , 1) j
1
(1,1) 1 (l , oo)

!' + o - o +
f / M '\t m /
2
X (-oo, ~) j (~. CX))
-==::+---+---+--- X --+--+---+---= x
4 2 4
!" - o +
5. b, e; b < x < e ,..._
f I '-'

7. Côncava para cima em toda parte; sem pontos de inflexão.


9. x = ½(2n + l)n; côncava para cima em(- ~ + 2nn, ~ + 2nn); 31.
t (- oo, O) o (o, ~) 2
j G ,oo)
côncava para baixo em ( Í + 2nn, ~ + 2nn)
11. Côncava para baixo em O< x < 9; côncava para cima em x > 9;
!' - o + o -

ponto de inflexão em x = 9. f '\t m / M '\t


13. Côncava para baixo em lxl < 1; côncava para cima em lxl > 1;
ponto de inflexão em x = ± l. t (-oo, ½) 1
(½' CX))
3
15. f não tem pontos de inflexão.
!" + o -
y
f '-' I ,..._

33. X o (O; 0,396850) 0,396850 (0,396850, oo)

- 1 !' u - o +
f M '\t m /
17. A taxa de crescimento no ponto de inflexão é 5,5 cm/dia. Aderi-
vada primeira (esquerda); derivada segunda (direita). Côncava para cima; sem pontos de inflexão.
35.
h' h" t (- oo, 0) o (0, CX))
!' + o -
f / M '\t
3
2
t (-oo, -/D -fl (-fl,fl) fl (fl,oo)
20 40 60 80
!" + o - o +
19. f(3) é um máximo local ef (5) é um mínimo local. f ~
I " I ~

21. f (0) é um mínimo local. O teste da derivada segunda é inconclu-


sivo em x = 1. 37.
e [O, n) n (n, 2n]
23. f ( /"f) é um mínimo local. f (-Jf) é um máximo local. !' + o +
25. f (x) tem mínimos locais quando x é um múltiplo par de n.f (x) f / -,
/
tem máximos locais quando x é um múltiplo ímpar de n.
27. f ( b)
é um mínimo local. O teste da derivada segunda não pode e o (0, n) n (n, 2n) 2n
ser aplicado em x = O.
!" o - o + o
f -, ,..._ I '-' -,

39. (0, n) (n, 2n)


X (0, 2n) X n

!' + !" + o -
f f I ,..._
/ '-'
RE24 CÁLCULO

41. (a) Perto do começo, Ré côncava para cima. Perto do fim, Ré 7. y


9. y
côncava para baixo.
(b) "A epidemia diminui: o número de casos novos está bai-
xando." X

43. O ponto de inflexão deveria ocorrer quando o nível de água for


igual ao raio da esfera.
X

V
-1 2 3

11. y 13. y

4 X

45. y 47. y
X
o 2 4 6 8 10 12 14
0,5
15. y 17. y

X
2
X
X
-10 10
X

Seção 4.5 Preliminares


1. y y 19. 21. y

_J ~ X X
-2

- 40
X

2
X

2. (e) 23. y
25. y
3. (a) lim x 3 = oo (b) lim x 3 =- oo 2 0,8
X--+ 00 x--+ - oo
4 0,6
(e) lim x
x--+ - 00
= oo 0,4
X
0,2
4. Negativo 5. Negativo
X
6. A função f não tem um ponto de inflexão em x = 4 porque x = 4 - 0,2
não está no domínio de f

27. y 29. y
Seção 4.5 Exercícios 4
1. A, f ' < O e f" > O. B, f ' > O e f" > O. C, f ' > O e f" < O. 3
D, f ' < Oe f " < O. E, f ' < Oe f" > O. F, f' > Oe f " > O. G, 2
f ' > Oe f " < O. -1 2
X

X -0,5
3. -1 o X
5. y
o 1 2 3 4 5 6 7 8 9

0,05
31.
-2
X

X
y -1 o
RESPOSTAS DOS EXERCfCIOS fMPARES RE25

33. Y 65. y

- 10 -5
10
5

-5
1L
1
1
5 10
X

1
-10 1
1

, um mínimo local em 5,f e


O gráfico tem um máximo local em ¾
67. y
pontos de inflexão em i e 7;-.
35. Y
3 1 2
1
1
2 1
1

O gráfico tem um ponto de inflexão em x = ½,


y
69.
O 1 23 4 5 6 6

O gráfico tem um máximo local em~, um mínimo local em 5; e 4

um ponto de inflexão em n.
-6 - 4 - 2 2 4 6
-2
-4
-6

O gráfico tem um máximo local em x = - 2, um mínimo local em


O 1 2 3 x = 2 e pontos de inflexão em x = ±2../2.
O gráfico tem um máximo local em x = \ir e um ponto de infle- 71.
xão em x = cos- 1 ¼-

39. (a) y (b) y

-2 -1 2 3 4

O gráfico tem um mínimo local em x = 1.


-1
73. y

41. .
hm X +9 - 1
_!_ - 43 .
• X--+00
2
3x +20x
hm 2X 4 + 3X 3 - 29 -
- o
X--+00

1. oo ?x-9
45. x~m 7 47 11·m 7x2 _ 9 - - 00
4x+3 =4 · x--+ - oo 4x+3 -
2 2
49. lim x -I = - oo 51. lim v'x + 1 = 1
X--+ - 00 x+4 x--+oo x+I O gráfico tem um máximo local em x = O.
53. lim
x --+oo
x +I
¼2+l = oo 55 J'
. x-1~oo x
(x6+ ()1/3
=O 57. (A) 75.

59. (a) D (b) A (e) B (d) C


61. 63. y

-2
4

2
L
1

2 3
X

O gráfico tem um máximo local em x = O.


-4
RE26 CÁLCULO

77. y (b) Existem latas de volume arbitrariamente pequeno, pois


1 lim V(r) = O.
r->0+
47. (a) X= Jbh + h2
49. (b) O observador dentro da água vê o que parece ser um espelho
prateado, devido à reflexão interna total.
53. (a) Se b < ../3a, então d= a - b/../3 >O.Se b::: ../3a, então
O gráfico tem um ponto de inflexão em x = O. d=0.
(b) y y
79. (a) y = X - 2 (b) y = X - l
b=0,5

J
81. f (x) tende à assíntota inclinada por cima em ambos sentidos. 2,1 4,4
2 4,3
1,9
1,8 4,2
1,7 4,1
1,6 4
1,5 '-+---+---+---t-+---+- X X
O 0,2 0,4 0,6 0,8 1 o 0,2 0,4 0,6 0,8 1

Seção 4.6 Preliminares


1. b + h + Jb2 + h 2 = 10 2. r, h 3. Não
4. Se a função tende ao infinito nos extremos do intervalo, então a
função deve alcançar um valor mínimo num ponto crítico.
6,8

6,6

6.4
7
4---+---+---+--+---i- X
O 0,2 0,4 0,6 0,8

Para b = 3 e b = ../3, o mínimo é O. Para b = 0,5, o mínimo é


1

0,711.
Seção 4.6 Exercícios 57. 4J1 + 22/3(2213 + l) 59. e= n/6
1. (a) y = 25 - x (b) 25x - x 2 (e) Intervalo fechado 61. (a) Vpmin = ( õ,õõ3
17 ) 1/4
::::: 8,676247
(d) x = y = ~ cm. (d) Vctmax::::: 11 ,418583; 191,741 quilômetros
3. X = l
5. X = y = 4
65. (e) Para D= 2, L = 4, o mínimo é 4 + ../3. Para D= 8, L = 2, o
7. (a) x = 10 e y = 10 (b) Não existe
9. largura = ~~~ e comprimento = m mínimo é 4,Js.

11. comprimento do muro de tijolos = 10.Js m, comprimento do


lado adjacente= 20.Js m.
Seção 4.7 Preliminares
13. P ::::: (0,59; 0,35) 15. Quadrado de lado :n_. 1. Uma 2. A seqüência permanece em xo. 3. x1 não estará defi-
nido. 4. Sim
17• e -_ 2TC
19. x-_ 160 ,y-
13
_ 360 21 .x-..fjey=..;
13
_ r /2r
3
23. (a) Uma altura de 1.500 pés e largura total de 3.000 pés.
Seção 4. 7 Exercícios
(b) 1.500.000 pés quadrados.
25. 3,86mdeA 27. s= 18poleh=36pol. 1.
n 1 2 3
1
29. A = LH + (L 2 + H 2 )
Xn 1,5 1,416666667 1,414215686
31. O tamanho da colheita é de 4,96 bilhões de bushels; o preço por
bushel é de 6,20 dólares. 3.
n 1 2 3
33. (a) m = _Qa
1,717708333 1,7 10010702 1,709975947
35. (a) f(x) = 30Jl002 + x 2 + 15(200 - x), f(0) = 4.500 Xn

(b) Colocar a tubulação ao longo do lado do terreno de A até B 5. xo = -1,4


e então até C. Se o custo de colocar a tubulação ao longo do lado
do terreno for de 24 reais/m, então colocar a tubulação subterrâ- n 1 2 3
nea de A até um ponto a 133,3 m à direita de B e dali continuar Xn -1,330964467 -1,328272820 -1 ,328268856
até C ao longo do terreno.
37. x = jO 39. h = ¾
41. K = L = l.,Q,Jt4 7.
n 1 2 3
43. Nadar até o ponto que está rio abaixo a 18 ~f5 : : :
121,4 pés des-
Xn 3,16667 3,162280702 3,16227766
de o ponto diretamente do outro lado do rio.
45. (a) r = [fn eh = ½Ff. 3,16227766
RESPOSTAS DOS EXERCfCIOS fMPARES RE27

9.
n l 2 3 4 49. y=l-cosx 51.y=3+½sen5x 53.f(x)=¼x 3 +x

Xn 1,75 1,710884354 l ,709976429 l ,709975947 55. f(x) = i1ox5 - ½x3 + ½x2 - ¼x + l}J
57. f(0)=-cos0+6
l ,709975947
11. 2,093064358 61. *= ½t 2 - t, s(0) = O, s(t) = !t 3 - ½r 2

13. xo =1 63. (a) s(t) = ~t2 - ½t 3 + 5 (b) s(t) = ~t 2 - ½t3 -111


65. t = 6 s, s = 252 m 67. v(500) ~ 764 m/s
n 1 2 3
1,25 l ,189379699 l,184171279
69. CI = c2 = 1
Xn
73. (a) fx (½F(2x)) = ½F'(2x) · 2 = F'(2x) = f(2x)
15. 0o = 0,8; a menor solução positiva é 0,787. (b) t F(kx) + C
17. XI ~ 3,0, X2 ~ 2,2 19. X= 4,49341
75. (A)
y y

Revisão do Capítulo 4
1. 8, 11/ 3 - 2 ~ 0,00833333. O erro é 3,445 x 1o- 5.
3. 625 1/ 4 - 624 1/ 4 ~ 0,002. O erro é 1,201 x 10-6.
5. Tjn ~ L(l ,02) = 0,98. O erro é 3,922 x 10-4.
21. (a) P 156,69 dólares (b) b ~ 1,02121; r ~ 0,25452
~
7. L(x) = 5 + /0 (x - 25) 9. L(r) = 36n(r - 2)
23. (e) e= 1,76696. Sim. 11. 1::,.s ~ 0,632
25. A seqüência de iteradas é -2, 2, -2, 2, ... que diverge por oscilar. 13. Serão vendidos 60 players de MP3 por semana se o preço for de
27. -3,58291867 parax0 = 1,85 ex0 = 1,7; 0,251322863 parax0 = 80 reais; serão vendidos 104 players de MP3 por semana se o
1,55. preço for de 69 reais.
29. 0 = 1,2757; h = L ~ ~ 1,11181
.<sen u
15. -./26 ~ 5,1. O erro é 9,80 x 10- 4.
21. f (}) é um máximo local. f (2) é um mínimo local.
Seção 4.8 Preliminares 23. f (-2) não é um máximo local nem um mínimo local, f (-i) é
um máximo local ef(0) é um mínimo local.
1. Qualquer função constante. 2. Não há diferença. 3. Não.
25. O valor máximo é 21. O valor mínimo é -11.
4. sen x + cos x; em x = O, o valor da antiderivada é C.
27. O valor mínimo é -1. O valor máximo é¾-
5. (a) Falsa (b) Verdadeira (e) Falsa
29. O valor mínimo é -1. O valor máximo é 3.
6. y = x2 não é uma solução.
31. Pontos críticos x = 1, x = 3. O valor mínimo é 2. O valor máxi-
mo é 17.
Seção 4.8 Exercícios 33. X = !
35. X = ± ,jj
1. F(x) = 6x 2 + C 3. F(x) = ½x 3 + ~x 2 + 2x + C
37. (a) ii (b) i (e) iii
5. F(x) = -Jx-3 + C 7. (b) 9. (a) 39. L = oo 41. L = oo 43. L = ¼ 45. L = oo
2
11. F(x) = ½x + x + C 13. F(t) = ¼t + ~t + 2t + C 6 2
47. L = 1 49 L = -oo 51. L = -oo
15. F(t) = -¾r- 415 +C 17. F(x) = 2x + C 53. 55.
19. F(t) = it2 - 9t +C= -½ + C
21. F(x)
23. F(x) = -x-h + e 25. F(z) = -¾z-4 + e

27. F (x) = ~x512 - tx 312 + e 29. F(t) = tt312 - 14t 112 + e


31. F(x)=-4cosx-3sen x +C
y
57. 59.
33. F(t) = ¼sen(6t + 4) + C
35. F(t) = -¼ sen(3 - 4t) + C 37. (A)
39. (a) F(x) = ½tg(3x) + C (b) F(x) = sec(x + 3) + C
41. y = ½sen2x + 3 43. y = ½x 2 + 5
45. y = 5t - jt3 - i 47. y = 2t 2 + 9t + 1 -8 -6 - 4 -2 2 4
RE28 CÁLCULO

= ~n:R2H l l l · 3
61. y 63. V 63• RN = 1- hm RN = 4
4 - 2N - ;pr!N , N--+oo

65. RN = 128 + 1 6 + N
3
t t
lim RN = 128
N--+oo
12
67• RN = 356 + 7iT 4 1· 56
+ 3fi'I' N~oo RN = 3
2 2 a(b - a) 2 (b - a) 3
69. RN =a (b - a)+a(b - a) + N +- -
65. Ws = 2,9240 71. F(x) = x 4 - jx 3 + e (b - a)3 (b - a) 3
3

73. F(0) =- cos(0 - 8) + C 75. F(t) = - 2t- 2 + 4t - 3 + C + 2N + ~ '


77. F(x) = tgx + C .
hm RN = -l b3 - 1 3
-a
5 N-HX> 3 3
79. F(y) = !(y + 2) + C
71. A área entre o gráfico def(x) = x4 e o eixo x, acima do intervalo
81. y(x) = x 4 + 3 83. y(x) = 2x 112 - 1 [2, 5].
85. f (t) = ½t 2 - }t3 - t + 2 73. A área entre o gráfico def(x) = sen x e o eixo x, acima do inter-
valo [ j, 5; ].

N
Capítulo 5 75. lim Nk=l
L sen(t)
N--+oo
Seção 5.1 Preliminares N
77. Iim 2~ I: tg (½ + 2~ (j - ½))
1. As extremidades direitas são ~, 3, ; , 4, i,5. As extremidades N-+oo J=l
-53749
esquerdas sao 2, , 2, , 2. N- 1
2. L2 3. (b) 79. lim 7
N-+oo 8N .
nL cos ( II
8
+j n)
7
8N
1=0
5. (a) 1, 1 f (b) ¾,~
83. Rso1, Lsoo , Mw
6. (a) Falsa (b) Verdadeira (e) Verdadeira
85. Aproximação pela esquerda/direita, n = 2. Não.

Seção 5.1 Exercícios 2

1. 10½ milhas 3. 11,4 pol S. R6 = 54,5 m, L6 = 44,5 m, M3 =


51 m.
7. (a) L6 = 16,5, R6 = 19,5 (b) área exata: A = 18; L6 - A=
- 1,5; R6 -A= 1,5.
2
9. L6 = 2,925, R6 = 2,4875, M6 = 2,75
11. y
91. N > 30.000
3
2,5 Seção 5.2 Preliminares
2
1,5 1. b-a
1
0,5
2. (a) Falsa (b) Verdadeira (e) Verdadeira
-+--1-+---+--+---+---+- x 4. Não 5. 2
0,5 1 1,5 2 2,5 3

13. R8 = 5,75
15. M 4 = 0,328 125
Seção 5.2 Exercícios
17. R6 = 47,5 1. Área= O 3. Área = 7,5
19. Ls :::::: 0,745635 21. L4 :::::: 0,361372 23. M4 :::::: 0,568154
y y
25. 0,518 ::: A ::: 0,768
8
29. L 100 = 0,66 14629, R 100 = 0,67 14629; L 150 = 0,6632220,
Riso= 0,6698887
31. (a) 15 (b) 18 (e) 99 (d) -1 (e) 1 (t) 40 i
5 n
33. 15.050 35. I: Ck 2 + k) 37. I: Jk + k3
k=2 k= l
n
39. L senC~ 1) 41. 440 43. 379.507.500 45. ~
i=O
47. 26.475 49. 3 51. 11 53. ¼ 55. -71 57. 20 59. 0,5
61. RN = l
4
+ ...l..
2N
+ ...L , lim RN = l
4N 2 N--+oo 4
RESPOSTAS DOS EXERCfCIOS fMPARES RE29

5. Área = O 7. Área= 2~ir Gráfico de f(x) Gráfico de V<x)I


y y 30

1 5 20
0,5 _,_____.,_____._ X 43
-20
2 4
-0,5 2 -30
-1 -4 -2 2 4
_,__-+--+---- X
1 2 3 4 5
65. 9 67. 0,5
9. Área= 4 11. Área= 6 69. No intervalo [O, !], vale x 5 .'.': x 4, portanto x 5 dx .'.': x 4 dx. JJ JJ
4 5
Por outro lado, x .'.': x para x E [1 , 2], portanto
y y
Jf 4
x dx .'.': x 5 dx . Jf
75. A afirmação é falsa. Um contra-exemplo: a = O, b = l,f (x) = x,
g(x) = 2.

-2 -1 2
Seção 5.3 Preliminares
1. 4
13. (a) -!
(b) ~ (e) ¾n (d) ~n 2. Área com sinal entre os gráficos de y = f (x) e o eixo x acima do
15. a = 4, b = 1, e = 4 intervalo [1, 4].

y 19.
3. JJf (x) dx = 6, J(x) dx = 2 fi.
17. Y
4. (a) Falsa (b) Falsa (e) Falsa
0,5 0,4
5. O
- 0,5 1 2 3
-0,4
-1 Seção 5.3 Exercícios
- 1,5 - 0,8
-2 -1 ,2 1. Área=½ 3. Área= 1
y y
21. Positiva 23. Negativa
y 0,8 0,8
0,2 0,6 0,6
0,4 0,4
0,2 0,2
-0,2
- 0,4 0,2 0,4 0,6 0,8 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4 1,6
-0,6
5. ~ 7. ~ 9. 3
34
11. Jf 13. O 15. 16~vl - ~
25. R(j, P, C) = 1,59 27. R(j, P, C) = 0,24 17. ¾ 19. 60 21. 4 23. -¾ 25. 60J3 - ~ 27. 2
29. ./i 31. 1 33. 2 - jJ3 35. f~2 - x dx + JJ x dx = ~
37. f~ 2 (-x 3)dx + JJ =J x 3 dx 9

39. Jt 2
cos x dx + J:12 (- cos x) dx =2
41. ¼<b 4
- 1) 43. t(b 6 - ]) 49. lfi
0,5 1,5 2 2,5
Seção 5.4 Preliminares
29. 9# 31. ~ 33. -j 35. ½a 3
- ½a 2
+ ~ 39. ~ 1. A(-2) = O
41. - 2 43. - 24 45. - ~ 47. 53 49 - 45 51. 8 53. - 7 2. (a) Não (b) Sim
55. JJ f (x) dx 57. fi f (x) dx 59. j 61. -3 3. (c) 4. Falsa 5. (b), (e), (f) estão certas.
63. Um exemplo gráfico desse fenômeno é o que segue. 6. Íx (!? t3dt) lx=2 = O
Seção 5.4 Exercícios
1. A(x) = f~ 2 (2t + 4)dt = x 2 +4x +4
RE30 CÁLCULO

3. (a) G(l) = J/ (t 2 - 2) dt = O (b) G'(l) = -1 e G'(2) = 2 3. (a) e (c) representadas como derivadas. (b) e (d) representadas
como integrais.
(e) G(x) = ½x3 - 2x +Í 4. Diferença na distância entre os aviões.
5. G(l) = O, G'(0) = O, G'(¾) = l 7. F(x) = ¼x4 - 4

9. F(x) = ½x4 -½ 11. F(x) = 45 +x -2x 2 Seção 5.5 Exercícios


13. F(x) = tgx + 1 15. F(x) = J{ Ji4+I dt 1. 15.062,5 3. 682 insetos. 5. 186 bicicletas. 7. 12 pés.
17. F(x) = Jt sec t dt 19. fx Jt (t3 - t)dt = x 3 - x 9. Deslocamento = 10 pés, distância = 26 pés.

21. f, Jf00 cos 5xdx = cos 5t 1=5

23. Y y - - - - - - - 1 =3
t=0
3+······........;.........,,,
.....,.,..,...............;.................i"...... 4 +.... .. . ..+........... , ................; ...:;...-;· ...... 1 - - - - - - + - - - - + - Distância
o 10 18
2,5 V "- 3 +...............,............... ;.....-/.....

-~ I 2+ ..............., ...............f ...............


1 / ..,/
.......; ................;...................................,........
11. Deslocamento = O m, distância = l m.
0,5 V ;
---f---+--+----+--+- X t =2
1 2 3 4 2 3 4 _ _ _ _ _ _..,t =l
t=0
25. Y 27 G'(x) = 3x 2 tgx 3 1 - - - - - - - - - - - t - - D istãncia
o 0,5
4
3
2 13. 132 litros 15. 205 m/s 17. 9.200 carros
19. O custo total de reduzir em 3 toneladas a quantidade de CO2 •
21. (a) Migração líquida durante 1988-1991 (b) Saída líquida de
-1
66.500 pessoas (e) 1989
-2
-3 23. (b) l.3003IOO.J2 :::::: 386,19 J
25. 3.517 famílias
29. fx Jt sen2 tdt = 2x sen2 (x 2 )
31. -fs J:,_6ss (u 4 - 3u)du = -sens(cos4 s -3coss) Seção 5.6 Preliminares
33. fx J13 sen2 tdt = -3x 2 sen2 x 3 1. (a), (b)
35. fx f }x tg t dt = 2x tg x2 - tgi$) 2. (a) e= ½, g(u) = u4 e u(x) = x2 +9
37. Mínimo: A(l,5) = - 1,25; máximo: A(4,5) = 1,25 (b) c=½,g(u)=senu e u(x)=x 3
39. (a) Não (b) R (e) S (d) Verdadeira (e) e= - 1, g(u) = u 2 e u(x) = cosx
43. (a) Crescente em (0, 4) e (8, 12). Decrescente em (4, 8) e ( 12, oo).
3. (c)
(b) Mínimo local em x = 8. Máximo local em x = 4 e em x =
12.
(e) x=2,x=6ex= l0 Seção 5.6 Exercícios
(d) Côncava para cima em (0, 2) e (6, 10). Côncava para baixo 1. du = -2x dx 3. du = 3x 2 dx 5. du = -2x sen(x 2) dx
em (2, 6) e (10, oo).
7. fu 3 du=¼<x-7) 4 +c 9. Ju- 2 du=-x¼r+c
45. y

11. ½f senudu = -½ cos(2x - 4) + C


13. 1f ;}y du = 4(x2~~x)2 + C
15. ¼f u 112 du = i<4x - 1)312 +C
17. "t4 f (u5 f2 + 2u3 f2 + u 1/2) du =
41. x = n 213. F(x) muda de côncavo para baixo para côncavo para
1(4x -
2 4
1)712 + Jtci(4x - 1)512 + if6(4x - 1)3/2 + e
cima. 19. f u2 du = ½sen3 X + C
49. g(x)=2x +l , c=2ouc=-3.
25. f (4x + 3)4 dx = 2~ (4x + 3) 5 + C
53. a= -3 e b = 3
21. f ~dx=2~+c
yX-7

Seção 5.5 Preliminares 29. JxJx 2 -4dx = ½<x 2 - 4) 312 + C


1. 350 milhas 2. A queda total de temperatura
31. J (x!~)2 dx = - xt9 + e
RESPOSTAS DOS EXERCfCIOS fMPARES RE31

33 • f 2x2+x
(4x3+3x2)2
d X = - 61 (4X3 + 3X2 ) -1 +C 17. JX:t 1 dx = ½x3 - x- 1
+e 19. 30

35. f 5x4+2x dx = _l2 (x5+x2)2


l +e 21. f cossec2 0 d0 = - cotg 0 + C
(x5+x2)3
23. f sec2(9t - 4) dt = btg(9t - 4) + C
º
37. f (3x + 9) 1 dx = ,h(3x + 9) 11 + C
25. f (9t -4) 11 dt = Ttg(9t - 4) 12 + e
39. f x(x + 1) 114 dx = i(x + 1)9/4 - !(x + 1)5/ 4 + C

41. f x3(x2 - 1) 3/2 dx = t(x2 - l) 7/2 + ½(x2 - 1)5 / 2 +C


27. f sen2(30) cos(30) d0 = ! sen3(3 0) + C
29• f (3x4+9x2)5
3
2x + 3x d _ 1( 4
X - -M 3X + 9x )
2 -4
+e
43. f sen5 x cos x dx = ¾sen6 x + C
45. f sec2 (4x + 9) dx = ¼tg(4x + 9) + C 31. f sen 0./4 - cos 0 d0 = ~(4 - cos 0) 312 +e
33. f y.J2y + 3dy = Tt(2y + 3) 512 - ½(2y + 3) 312 + e
47. f (l~~!;~x)2 dx =-½o+ sen2x)- 1 + C
49. f cosx(3 sen x - 1) dx = ¾(3 senx - 1)2 + C 35. J~ 2 f(x)dx 37. x = ±1
39. Consumo diário é de 9,312 milhões de litros. O consumo entre as
51. J sec2 x(4tg 3 X - 3tg2 x)dx = tg 4 X - tg 3 X+ C 6 da tarde e a meia-noite é de 1,68 milhões de litros.
53. f (x3 + l) lf4x5 dx = i7(X3 + l)9/ 4 _ -fs(x3 + 1)5/ 4 + C 41. US$ 208.245 45. f 5 sen x dx = 1 - cos 2
rl k ,
57. n:, 4n: 59. 136 61. 0,1875 63. 9 l 65. 4·i 15
67. -½ 47. fn/3n/2
2 sen xdx = O 49. JO x dx = k+ l

f 51. fd f (x) dx = 'l 53. J X COSX dx = X senx + COSX + C


69 1
' 4
71
'
dx
(2+,Jx)3 - -
- 2 1+.Jx
(2+ ,Jx)2 +e
55. Y
73. J f(x) 3 f ' (x) dx = ¼J(x) 4 + C
77. f ~dx = !o +x l/2 )5/2 - !(! +xl / 2)3/2 + C

J J1 + xl / 3 dx = ~ (I + x l/3)7/2 _ ~(! + x l/3 )5 /2 + 20 + xl / 3)3/2 + e


0,8
0,6
~
x-2senx
0,4
81. ¾
0,2 ----------------------------
-+--+---+----.-- X
Revisão do Capítulo 5 0,5 1,5 2

1. L4 = i, M4 = 7 3. [O, 2] para R4, [2, 3] para L4 57. A'(x) = sen(x 3 ) 59. -J; f 2 3xdx = 3Y 61. G 1 (2) = 36

y y
Capítulo 6
35 35
Seção 6.1 Preliminares

/1 A
30 30
25 25
20 20 1. A área da região entre os gráficos de y = f (x) e y = g(x), limitada
15 15
10 10 à esquerda pela reta vertical x = a e à direita pela reta vertical
5 5 x=b.
X -+--+--+-----+-----+- X 2. Sim 3. JJ(f(x) - g(x))dx +J] (g(x) - f(x) )dx
2 3 4 2 3 4
4. Negativa

35 Seção 6.1 Exercícios


30
25 1. 102
20 3. (a) (-2, -2) e (l, l) (b) 4,5
15
10 5. ./2- l 7. 2./2 9. 3 3 j 11. l~O 13. }4 15. ªd,
5

2 3 4
17. 2 - Í 19. ~ 21. 1t 23. ~
25. ~ 27. 2- Í
7. LN= 1t - 2# + 'ft1í + ~ ' f5 f(x)dx = 1t
9. R6 :::e: 0,742574, M6 :::e: 0,785977, L6 :::e: 0,825907
11. R5 , R5 = L5 = 90
13. f (6x 3 - 9x 2 + 4x)dx = ;x4 - 3x 3 + 2x 2 + C

15. f(2x 3 - 1)2dx = 1x7 - x 4 +x + C


RE32 CÁLCULO

29. 2 31. 128h


15 47. J~ 1 (J2-x2-(J-~))dx
y y 49. x = 0,8278585215. A área é 0,8244398727.
3 4
51. x = 0,6662394325. A área é 0,09393667698.
~ 0,206299
113
2 53. m = 1- (½)
X

-2
Seção 6.2 Preliminares
-4
1. 3 2. 15 3. Círculos, círculos

o 2 3
X 4. 2n: Jl
r p(r) dr, onde p(r ) é a função densidade populacional ra-
dial.
44 5. A taxa de fluxo é o volume de fluido que passa por unidade de
33. 3 35. 12
tempo através de uma área de seção transversal num dado ponto.
y
6. A velocidade do fluido depende somente da distância ao centro
do tubo.
4
X

2
Seção 6.2 Exercícios
-1

-2 1. (a) 2\ (20 - y) 2 (b) V = l.~BO


o 2 4 6 8
X

3. V = ~ 5. V = n: ( Rh 2- h;) 7. V = i abc 9. V = i
37. ~ 39. 316
11. V -_ 36 13. V -_ 18 15. V -_n
_ Jh
3 17. V - 72
y y
21. (a) w = 2Jr 2 - y 2 (b) 4(r 2 - y 2 ) (e) V = 136 r 3

[7,.,,
6
23. V= 160n: 25. M = 2 kg 27. P ~ 4.423,59 mil
29. P = 463 31. P ~ 61 macacos 33. Q = 128n: cm3 /s
4

35. Q =, cm3/s 37. ¼ 39. ¾ 41. 0,1 43. 3

X
2
45. O Teorema do Valor Médio para Integrais; e = 'Y4
2 4 6 8
X
47. Em [O, 1],f(x) ; em [1, 2], g(x).
o 2 3 49. Existem muitas soluções. Uma poderia ser:
41. 2 - ./2 y

-1
1,5

-2

0,5
51. Em [2, 6], a temperatura média é 72,387324; em [O, 24], a tem-
X
o 0,5 1,5 2 peratura média é 70.
53. j
43. A região é uma quarta parte do círculo unitário; ¾
55. Aceleração média=¼ m/s2; velocidade média= ia- m/s
57. e = ~ 59. vo/2
y

Seção 6.3 Preliminares


1. (a), (c) 2. Verdadeira
3. Falsa. As seções transversais serão arruelas. 4. (b)
--0,4 0,4

45. JJ(f(x)- g(x) )dx+J] f(x)dx-f§ f(x )dx


RESPOSTAS DOS EXERCfCIOS fMPARES RE33

Seção 6.3 Exercícios 47. V=~ y

1. (a) Y

-1
(b) Umdiscoderaiox+ 1 (e) V =2lir
3. (a) Y 49. V= 4irv'3 51. V= 1ira 2b 53. V = j(I - c2 ) 312

Seção 6.4 Preliminares


1. (a) Raio h e altura r. (b) Raio r e altura h.
2. (a) Em relação a x. (b) Em relação a y.
(b) Um disco de raio .Jx+1 (e) V = 1n
2

5' V -_ Sln
10 7'
V _ 24.573n 9 V
- 13 ' = ir
11 V
' = ir
2 Seção 6.4 Exercícios
y y
13. (a) y 1. 3.
y= IO- x2 14
12
10
,:.::-z ::.::-::
1 6
1
1 4
1
2 1 2
-2 -1 2 V= ,ir
(b) Uma arruela de raio externo R = 10 - x 2 e raio interno
r = x 2 +2. V= 136ir
(e) V= 256ir
5. y 7. )'

15. (a)

-+-+--+-+--+- X V= 2ir
-1 - 0,5 0,5

(b) Uma arruela de raio externo R = 16 - x e raio interno r =


3x+ 12 V= Sir
(e) V = ~
17. (a) y
y = secx
9. y
11. V = 16ir
1,2

0,8

0,4

- 0,4 0,4

(b) Um disco circular de raio R = sec x (e) V = 2ir 13• V -- Tõir


3

19. V = ~ 21. V = -W 23. V = ?crsn 25. V = .!1p 15. O ponto de interseção é x = 1,376769504; V= 1,321975576.
27. V= 40ir 29. V= 3
i~n 31. V = W 33. V = ~
35. V = ~ 37. V = ~ 39. V = ~ 41. V = 9:
43 · V -_ 35
32n 45 V _ 32n
· - 3
RE34 CÁLCULO

19. y (b) y

1 X 10-?
...,
0,8
_g 8 X 10- 6
] 6x 10- 6
0,4 e
!- 4x 10- 6
J \ 2x 10- 6
2
------ - ----- - 10
X

o O 2 4 6 8 10

_ 3n V -_ 280n
81
Profundidade, m
V - 5
(e) Função trabalho marginal (d) 6,91 m
27. W = 176,4 J 29. W = 600 pés-lb 31. W = 34.500 pés-lb
21. 23. V= f 33. W ~ 1,99 X JOlO J
35. (a) k=2,517382x 106 lb-poi2 (b) F=k(9n)-0,4x- 1,4
(e) W = 74.677,8 pés-lb.

39. vo = 2GMe (t- rir.) m/s 41. Vesc = ~ m/s


V = a2 (a+3b)
2
1r Revisão do Capítulo 6
3b

25. V= 3in 27. V= M 1. 3-v'2- I 3. 5. t


i52 7. 0,5 ¼ir-
29. (a) V = 57 r (b) V= ~n
9 9. x = 0,7145563847, área= 0,08235024596
11. 3] kg 13. ~ 15. 2 17. 27 19. V = ~~ m5
31. (a) O segmento AB dá um disco de raio R = h(y); o segmento
C B dá uma casca de raio x e alturaf (x). 21. (a) Jd (J 1 - (x - [ )2 - (1- ~ )) dx
(b) Método das cascas: V= 2n f5 xf(x) dx. Método dos dis-
cos: V= 1r JJ'3(h(y)) 2 dy. (b) trf6 (o - (x - 1}2)- (I - ~)2) dx
33. V = 81r 35. V = ~ 37. V = ~ 39. V = 16n ·°1
23. V= 2 8/t" 25. V= 81r 27. V = ~~ (12.032-vÍZ- 7.083)
41. V=~ 43. V=
7
i~n 45. V= 11rr 3
47. V= 2n ar 2 2
29. V= 2P; 31. V= 2tr ( 16J3 - ~)
49. (a) V = ~ (b) V = ~
33. eixo x: V = cn; eixo y: V = 2 f ((1 + c2) 312 - c3 - J)

Seção 6.5 Preliminares


35. V= i 37. W = 74.900n pés-lb 39. W = 83.040 pés-lb

1. Porque a força necessária não é constante ao longo do processo


de esticar. Capítulo 7
2. A força envolvida para levantar um tanque é o peso do tanque,
que é constante. Seção 7.1 Preliminares
3. ½kx 2
1. (a) Correta (b) Correta (e) Incorreta (d) Correta
2. (a) A regra da potência é aplicável (b) A regra da potência não
Seção 6.5 Exercícios é aplicável (e) A regra da potência é aplicável (d) A regra da
potência não é aplicável
1. W=627,2J 3. W=l,08J 5. W=l ,5J 7. W=ll,251
3. O< b < 1 4. b > O, b i= I 5. (0, 1)
9. 6pol 11. W = 1,6 x I06 pés-lb 13. W = ~pés-lb
6. (a) Verdadeira (b) Verdadeira (e) Não é verdadeira
15. W = 1,399 X J0 12 pés-lb 17. W ~ 1,18 X l08 J (d) Verdadeira
19. W = 9.800f trr 3 J 21. W = 2,94 X 106 J
23. W = l.684.375/t" J ~ 2,65 X 106 J Seção 7.1 Exercícios
25. (a) F(y) = 9.800tr(l.000- y 3 ) - ~(10.000- y4) J 1. (a) 1 (b) 29 (e) I (d) 81 (e) 16 (f) O
3. x= I 5.x= - 1/2 7. x= - 1/ 3 9. k=9 11. oo
13. oo 15. y = 4x + 4 17. y =ex+ 2e 19. 14e2x + 12e4x
21. trenx 23. -4e-x - 14e- 2x 25. 2xe2x + 2x 2e2x
27. 4(2e3x + 2e- 2x )3(6e3x - 4e- 2x ) 29. _ei: X

31. cosx éenx 33. é cos(é) 35. -3e- 31 (1 - e- 31)- 2


RESPOSTAS DOS EXERCfCIOS fMPARES RE35

37. (2te- 21 - e- 21 ) sen(te- 21 ) 39. - 6e 5- 6x sec2 (e 5- 6x) Seção 7.2 Exercícios


41. ex eex 43. x = O, mínimo local
1. 1 - 1(x) = 4<x+4) 3. [- ir/2,ir/2]
45. x = O, mínimo local; x = -2, máximo local
47. t = 1, mínimo local; t = - 2 + v12, máximo local; t = - 2 - v12, 5. l(g(x))=((x - 3) 113 )3 + 3=x - 3+3=x
mínimo local. g(f(x)) = (x3 +3 - 3)1/3 = (x3)1 /3 = x
49. Ponto crítico: x = O; sem pontos de inflexão
7. v- 1(R) = 2~!{1
y
9. Injetora em todos os números reais; 1- 1(x) = x f

- - + - + ---+-+---+--x
-2 -1 2

51. Ponto crítico: x = O; pontos de inflexão: x = ±:ft


y

11. Injetora em todo seu domínio; {x : x =j=. -1); 1- 1(x) = ½- 1

y y

-2 - 1 2

53. Pontos críticos: x = Oex = 2; pontos de inflexão: x = 2 ± v12

0,4
13. Restringindo o domínio a {s: s > O), obtemos 1- 1(s) = }s; se
0,2
restringirmos o domínio a {s: s < O), obteremos 1- 1(s) = - Js ·
O 2 4 6 8 10 y y

55, eX + 2X + C 57, ½ey2 +C59 +C - ~e-91 8


61. f <e1 + 1)312 + C 10 2
63. 7x - l~e x + C 65. -½e-4X + C 6
67. 2-Jex+T + e 4 4
69. m4 ~ 1,386; y' (0) ~ 1,386; y' (2) ~ 22,176
2 y=r 1(s)
71. e2 - 2 + l/e 2 73. ~(e 2 - 1)
s s
75. Suponha que l(x) = ex seja uma função polinomial de grau n. _2 _1 2 2 3 4
Então 1<n+l)(x) =O.Mas sabemos que qualquer derivada de
ex é ex e que ex =/=-O.Logo, ex não pode ser uma função polino- 15. Injetora em todos os números reais; 1 - 1(z) = z 113
miai.
79. l'(x) = ex(x + 1), l"(x) = ex(x + 2), l"'(x) = ex (x + 3), Y
l(n)(x) = ex(x +n)

Seção 7.2 Preliminares


1. (a) Sim (b) Sim (e) Não (d) Não (e) Não (t) Sim
2. Nãoé.
3. A função não é injetora porque muitos adolescentes têm o mes-
mo sobrenome.
4. Sim; 1- 1(6 : 27) = Hamilton Township
5. O gráfico da inversa é a reflexão do gráfico de y = I (x) pela reta
y=x.
RE36 CÁLCULO

17. Aqui aplicamos a regra segundo a qual o gráfico de 1- 1é obtido 3x +3


27 ' x3+3x+l
2
29 COSI 31. 1-lnx 33. _1_ 35
' sent+I ~ x ln x · xl~x
pela reflexão do gráfico de I pela reta y = x. Para (C) e (D), deve-
37. 1 39. 5x ln5 41 l'(x) = xl102
mos restringir o domínio dei para tomá-la injetora. senx cosx

43. 1'(3)= 31~5 45. y=641n4(x-3)+64


47. y = 71n3. 3 14 (t-2) + 3 14 49. y = 58
51. y = 1 + ln 4 - t 53. y = ~ (x - 2) + 4 ln 20
55. y 2) + l~~ 57. l(e) é um máximo local.
= 21 ~5 (x -
59. l(l)éummínimolocal. 61. y'=x2x(2+21nx)

L_,
(A) (8) (C)

63. y' = xex ( f + ex ln x) 65. y' = x 2x ( f + 2x ln 2 · ln x)


2 + 6 69 1 _ ~ + 3x(x+1)
2 3
(d) (e)~, 67 1 - _ 6x(x+1)
• Y - x • Y - (3x-I) 2 (3x-1) 2 (3x-1 )3

71. y'= 4x2(2x+l)Jx=°9(2x~ l +¾+2(x~9))

(D) (E) (F) 73. y' = (x 2 + l)(x 2 + 2)(x 2 + 3) 2 ()~ 1 + )~2 + xi~3 )

21. I (x)= e-x é injetora. O domínio de 1- 1(x)é a imagem del(x), 75. Mínimo local em x = {j:-; sem pontos de inflexão.
a saber, (0, oo).
y
y

..__-+--+-->----+- x
o 0,5 1,5 2

-2 -1 2
77. Sem valores extremos locais; ponto de inflexão em x = 2.
23. Seodomíniodelforrestritoax :S 1,entãol- 1(x) = 1- ./x+T;se y
o domínio de lfor restrito a x ~ 1, então 1- 1(x) = 1 + ./x+T.
4
25. g(x) = Jx 2 - 9; g'(x) = ~ 27. g'(x) = -71
yx 2 -9

29. g'(x) = -½x-615 31. g'(x) = (l - x)- 2 2


33. g(7) = l ; g1 (7) = ½ 35. g(l) = o, g'(l) = 1
37. g(4) = 2, g 1(4) = ~ 39. g(¼) = 3, g'(¼) = - 16
41. g' (x) = }x l/n-l; de acordo com a regra da potência. O 2 4 6 8
1 1 1 1
1
45 • g (x) = f ' (g(x )) = f'(f- 1(x)) = J(/- 1(x)) = x 79. ½ln l2x + 41 + C 81. t ln lx 3 + 21 + C
83. -¼ ln Icos(4x + 1)1 + C 85. ½ln(2sen x + 3) + C
Seção 7.3 Preliminares 2
87. !<4Inx+5) 2 +C 89. lnlln x l +C 91. ½{In(lnx)) +c
1. 2 2. O< x < I 3. Não definido 3x 3senx
4. A frase "O logaritmo converte multiplicação em adição" é a tra- 93. iii3 + C 95. 7iiT + C 97. ln 2 99. 1 101. -1
dução verbal da propriedade log (ab) = log a+ log b. 103. (0,632784, -1,090410) 107. b = e4
5. Domínio: x > O; imagem: todos os números reais 6. ln (-x)
109. (a) E= 104,8+1 ,5M
(e) j! = l,51nl0-104·8+ 1,5M
Seção 7.3 Exercícios
1. 3 3. i 5. 1 7. ¾ 9. 1 11. 7 Seção 7.4 Preliminares
13. (a) ln 1.600 (b) ln 9x 7/ 2
1. A quantidade com k = 3,4 duplica mais rapidamente. 2. Não
15. t = ½ln ( '~º) 17. x = -1 , x = 3 19. x = e 3. Levam o mesmo tempo. 4. ~ = ½S
21. t = ~ ~ 11 ,55 anos 23. ln x + 1 25. } ln x 5. Muito antigas.
RESPOSTAS DOS EXERCfCIOS fMPARES RE37

Seção 7.4 Exercícios Seção 7.5 Exercícios


1. (a) P(O) = 2.000 (b) t = 1'.3 ln 5 ~ 1,24 horas 1. (a) US$ 4.870,38 (b) US$ 4.902,71 (e) US$ 4.919,21
1
3. N (t) = 1 2 1
N(t); depois de 10 minutos, há 10 moléculas. 3. (a) 1,05 (b) 1,0508 (e) 1,0513

t1
5. 1 ~ 5,33 anos 7. y(t) = ce- 51 ; y(t) = 3,4e-5 1
5. O montante duplica quando P(t) = 2Po = P0 er 1, portanto
2 = ertet = 1~ 2.
9. y (t) = 4e3U- 2) 7. US$ 26.629,59
11. (a) ó~oi ~ ll ,55anos (b) ó~o{ ~ 18,3lanos (e) 23,lOanos 9. r = 0,08; receber $1.000 agora; r = 0,03; receber US$ 1.300
daqui a quatro anos.
13. Dados I 17. k = ln ~go) ~ 0,071 anos- 1

11. Sim, o investimento vale a pena.


19. 10-12e-0,000121(32.400) ~ J,98 X 10-14; 13. (a) US$ 22.252.915,21 (b) US$ 2.747.084,79
10-12e-0,000121(29.700) ~ 2,75 X 10-14 15. US$ 39.346,93 17. US$ 3.296,80
1
21. (a) k= -1oln(f:8) ~ 0,193milhas- 21. R = US$ 1.200 23. US$ 71.460,53

(b) P(l5) ~ 0,8 13 lb/poJ2 27. (a) re ~ 0,0938 ou 9,38%


(e) re ~ 0,1163 ou 11 ,63%.
23. t = o,/155 ln 1,5 ~ 3,5 horas (d) r ~ 18,26%
25. (a) Sim; k ~ ln 1826g66· 67 ~ 0,339. Nota: Uma estimativa melhor
pode ser encontrada calculando k em cada período de tempo e Seção 7.6 Preliminares
então tomando a média sobre os k valores.
(b) y
1. y(t) = b + ce-k1, onde e é uma constante arbitrária.
4x l07 • 2. y(t) = 5 - ce41, para qualquer constante e positiva.
3xl07 3. Não 4. Verdadeira 5. Material A
2xl07

l x l07
Seção 7.6 Exercícios

------+-+-+-----+---+--,>-X 1. Solução geral: y(t) = 10 + ce21; solução satisfazendo y(0) = 25:
1980 1985 1990 1995 2000
y(t) = 10 + 15e21; solução satisfazendo y(0) = 5:
(e) N(t) = 2.250e0,3391 y(t) =
10 - 5e21.
(d) O tempo de duplicação é ln 2/0,339 ~ 2,04 anos y y
(e) 2.250e 0,339 <39) ~ 1. 241.623.327 800
0,5 1,5
X

(f) Não, não é possível fazer um microprocessador menor do que -50


600
um átomo. -100
29. (a) Começando de to = 1, P duplica quando t = ,Ji.. Começan- 400
-150
do de to = 2, P duplica quando t = 2,Ji.. Finalmente, começan- 200 - 200
do de to = 3, P duplica quando t = 3,J2. -250
X
(b) Começando de t = to, P duplica quando t = to-J2. 0,5 1,5
31. Potássio-49
33. (d) Seja g(c) = e ln e - e. Então 5. (a) k = ~ ~ 0,017 s- 1 (b) F'(t) = -0,017(F(t) - 60)

(e) F(t) = 60 + 56,2e- O,OI 7t (d) l 16,2º F


e 0,01 0,001 0,0001 0,00001
34/ 5 _ 2 o
7. 50J41 5 _ ~ 14,49 C
g(c) - 0,056052 - 0,007908 - 0,001021 - 0,000125 1
9. (a) 5,4°C/min (b) 0,54ºC (e) o,b- In q~) ~ 4,91 min
Assim, quando e-+ 0+, parece que g(c) -+ O.
11. - 58,8 m/s ~ -1 31 ,5mi/h 13. - 25,0pés/s
(e) M = 1/k
(f) M = 5,52 dias 15. (a) t = o,~5 ln4 ~ 28 anos (b) P0 = US$20.000

17. US$10.000 19. 10%


Seção 7.5 Preliminares
21. (b) t = u;tg ln('fNNl) ~ 15,4anos (e) Não
1. 12% compostos trimestralmente.
2. Continuamente: 1,09417; trimestralmente: 1,09308.
3. (b) A quantidade que deveríamos investir hoje para receber N
23. (a) b = * (b) l (t) = *(l - e- kt )

dólares no instante T.
4. Diminui.
5. Se a taxa de juros sobe, o valor presente de 1.000 dólares daqui a
um ano decresce. Portanto, Frederico ficará triste ao saber que a
taxa de juros acaba de subir de 6% para 7%.
RE38 CÁLCULO

Seção 7. 7 Preliminares y

1. lim 3x-12
x---+4 x2 -t6
2
2. lim x3 ~{ não é uma indeterminação, portanto a regra de 0,5
X--->Ü X
L' Hôpital não é aplicável.
0 ~--+--+---+---+-X
10 15 20

Seção 7. 7 Exercícios x" nxn-l


59. lim x"e- x = lim - = lim
l
1. 5 3. /5 5. 1 4 7. 2 9. o 11. 13. o 15. -¼ o
x--+oo x--+oo ex
. n(n - l)x" - 2
x--+oo ex

= x->oo
17. 1
19. 1 21. o 23. - ~ 25. -j 27. ¾ 29. ½
hm
eX
nl
31. -1 33. 2 35. e 37. ½ 39. O 41. 15 43. 1 = ··· = lim ....:. =0.
X->00 eX
45. O 47. l
61. Pela Equação (2) da Seção 7.5,
(-l) (m-n)/2, m, n pares

49.
.
hm
cos mx
--=
x---+n/ 2 cosnx

lnão existe,
O
(-l)(m-n) / 2!f;- ,
m par, n ímpar
m ímpar, n par
m, n ímpares

51. Como sen (1/x) oscila quando x ---+ 0+, a regra de L' Hôpital não
pode ser aplicada. Investigações tanto numéricas quanto gráficas
PV = JOrT Re-rt dt = .li..

Usando a regra de L'Hôpital,


- r

. R(l-e- rT)
1,m
r---+0
e- rt IT= li (1 - e- rT )

1· RTe- rT
= 1m - -1- =
r
r

RT
r---+0
O

sugerem que o limite não existe devido à oscilação. 63. Como estamos interessados no limite quando t ---+ +oo, vamos
restringir nossa atenção a t > 1. Então, para todo k,
X 1 0,1 0,01 0,001 0,0001 0,00001
xsen(l /x) 1 3,4996 10,2975 0,003316 16,6900 0,6626
Como lim tke-
1---+ 00
1 = O, segue do Teorema do Confronto que
12
lim tke- =O
20 1---+00

15 69• (a) lim y(t ) = C'i..r cos(~~Xsen(Ât)


W---+Â
10
(e) Os gráficos abaixo foram produzidos com C l e À. 1. = =
5 Indo da esquerda para a direita e de cima para baixo, temos m =
0,5; 0,8; 0,9; 0,99; 0,999; 1.
O O, 1 0,2 0,3 0,4
y y

53. (a) lim f(x) = O; lim f(x) =l 4


X---+Ü+ X---+00
(b) f(x) é crescente em O<x < e, é decrescente emx> e e atinge um X

máximo em x =e. O valor máximo é f (e)= e 1fe ~ 1,444668.


-1
-4
(e) Como (e, e 1fe) é o único máximo, não existe solução para
e > e 1fe e existe somente uma para e= e 1fe_Além disso, como
y y
f (x) cresce de Oa e 1f e quando x vai de Oa e e então decresce de
e 1fe a l quando x vai de e a +oo, segue que existem duas solu- 5
40
20
ções para l < e < e 1fe mas somente uma para O < e ::: 1. 100
X

(d) Observe que se esboçarmos a reta horizontal y = e, essa reta - 20


-5
cortará o gráfico de y = f (x) somente uma vez para O < e ::: l -40
e e= e 1fe e cortará o gráfico de y = f (x) duas vezes para
1 < e < e 1/e_Não hápontosdecorte parac > e 1fe_ y y

40
20
100
X

-20
-40 -40
RESPOSTAS DOS EXERCfCIOS fMPARES RE39

73. y 3. senh x é crescente em todo x; cosh x é decrescente em x < O e


11 =-0,3
11 =-0,6 crescente em x > O.
2 11 =-0,9
y= lnx 5. 3cosh(3x) 7. -4 senh(l -4t) 9. 2~ 11. l+c~shr

13. 2 sech2 (2x) 15. sech2 x · etghx 17. ex (1 + x) cosh(xex)


3 4 5
-1 19. - 2 Jx sech .fi tgh .fi 21. - senh x1cosh x
3
4
23. 6xsech2 (3x 2 - 9) 25. ___l_2 27. - (arc ~ x)
1-9x lx l 1+9x 2
Seção 7.8 Preliminares
29. .,/7f+f·.J7f+i
x +12
31.
1
-3 senh 3x + C 33. ½cosh(x + 1) +
2
e
1. (a) -n/6 (b) Não definido (e) Não definido (d) n/6
2. Qualquer ângulo 0 < Oou 0 > '1t funciona. Não, isso não contra- 35. - ½tgh(l-2x)+C 37. ½tgh 2 x+C 39. In coshx+C
diz a definição de função inversa. lx + l4 e- 2x + C
3. Ângulos cujo seno e cosseno são x são complementares. 41. 2
43. -Í-C: coth x = -Í-C: ~ = senh x-cosh x =
ux ux senn x senh2x
2
senh x
2
±
= - cossech2 x

Seção 7.8 Exercícios 47. cosh x cosh y + senh x senh y

1. O 3. J 5. j 7. ~ 9. f 11. - ¾ 13. n
15. Não definido 17. '7 19. ~
-V x2- J 3
5
21. ../5
2ex+y + 2e- <x+y)
4
v'3 1 95 1 7 ex+y + e- <x+y)
25. 27. 2õ 2 . 4 31. 4Jis 33. ,/l-(?x)2 = = cosh(x + y).
2

35. - ~ 37. l :x2 t- are tg X 39. -/ le~e2x 49. Observe que


2
41 l+z
· z2+(1 - z2)2
43. O 45. -I
J l-(x+arcsenx)2
(1 + -~
1
-) d
- cosh(arc senh t) = senh(arc senh t) ~
1
dt y t2 +J
47. 1-1 =-t-=~N+i.
.fi=r2 N+i dt
49. Seja 0 = are cos x. Então cos 0 = x e - sen 0 ~~ = 1. Logo,
portanto cosh(arc senh t) e#+! diferem por uma constante;
d 1 substituindo t = O, verificamos que a constante é O. Portanto,
-arccosx = - - - =
dx sen 0 ~- cosh(arc senh t) = # + !.

53. fx are tg x = l~x 2 > O para todo x, portanto are tg é sempre 53. are cosh 4 - are cosh 2 55. are senh f+C
57. are tgh ½ - are tgh ½ 59. ¼ln ~
crescente. ::2 are tg x = (l~:1)2 , portanto are tg x é côncava
61. Seja x = are senh t. Então senh x = t. Segue da identidade
para baixo em x > Oe côncava para cima em x < O.
cosh2 x - senh2 x = 1 que x = J I + senh2 x = ~ - Lem-
55. are tg (-¼) ~ -0,244979 57. ½<0,05) = 0,025 bre que x > Opara todo x. Agora,

59. I 61. -Jr 63. l 65. l 69. are sen (t) + C senhx + coshx = ex 7- x + x+ - x
~ = ex
71. ½ are sen ( ~) + C 73. ½are sen 2x + C portanto x = ln (senh x + cosh x). Finalmente, are senh t = ln
75. - ~ + are Sen X + C 77. are tg eX +C (t+~) -
63. Seja A = are tgh x . Então
79. ½<are tg x) 2 + C 83. x = J bh + h2
A - A
85. (e) !7 = 60Jts( IO) = ~ ~ 0,043 pés/min
hA =!!.....=L_
x=tghA = ~cosh A eA +e- A

Resolvendo em A, obtemos
Seção 7.9 Preliminares
1. cosh x e sech x 2. senh x e tgh x A = are tgh x = ½In ~
3. Paridade, identidades e fórmulas de derivadas 4. cosh x e sech x
65. (a) Não há diferença detectável; ambas leis dão I 05 mi/h. (b) Lei
de Galileu: 140.100 mi/h; Lei de Einstein: 140.099,9999956 mi/h
Seção 7.9 Exercícios 69. (d)
1. -3 o 5
senh x -10,0179 o 74,203
coshx 10,0677 1 74,210 (e) k = 150 <73.545 .5) = I . 178 ' 18 libras por milha
1002
RE40 CÁLCULO

71. s = y (M) - y(O) , _ (x+ I) 3 ( 3 8 )


43. Y - (4x- 2)2 x+ l - 4x-2
= a cosh ( ; ) + C - (a cosh O+ C) = a cosh ( ; ) - a
45. y' = 4e(x-l)2e<x- 3)2 (x - 2)
(a) *= 4}) - 4} senh ( !f) - I
cosh ( , _ e3x(x- 2) 2 (
47. Y - (x+l) 2
2 2 )
3 + x- 2 - x+ l 49. 3 (lnx) + C
I 3

(b) M= (2 senh ( 4}) - 2~ cosh ( 4}) )- l 51, - are Sen (e- X) + C 53, are tg (ln t) + C 55, -½e9 - 2X + C
(e) Pela regra da cadeia, 57. ½cos(e- 2x) + C 59. ½ 61. are sen ( j) - are sen (1)
2
63. ½senh 2 65. ½ln 2 67. ½are sen x + C
69. ½(arcsen x) 2 + c 71. ¼senh4 x+ C 73. {J:-arctg(4J2°)
A fórmula para ds/dl segue substituindo os resultados obtidos
15. (a) l<r> = - My<t> (b) y(365)::::: 0,0655 g
em (a) e (b).
77. 3.938,5 anos
1
79. fJf::::: 12,27 horas- 1-K- ; variaçãoaproximadaemkquando T
Revisão do Capítulo 7 aumenta de 500 para 510: 122,7 horas-' .
1. (a) Nenhum par (b) Nenhum par (e) (i) (2ªi = 2ab 81. Solução satisfazendo y(0) = 3: y(t) = 4 - e- 21; solução satis-
fazendo y(0) = 4: y(t) = 4
(d) (iii) 2a- b3b-a = 2a-b ü r -b = ( j r-b
y
3. (b): (ln 2)2x
5. f-l (X)= ;=r domínio: (X: X "'F I); imagem: {y : y "'F ))
X

7. g(g(x)) = x-1
_:-~, = x- (;-l) = x
2
9. (a) (iii) (b) (iv) (e) (ii) (d) (i)
11. - 36e-4x 13. _ e- x;x+ l) 15. i ln s 17. (4 - 2t)e41 - 12
'----+--+--+-- X
19. cotg0 21. (1+f) ex+ln x 23. -2 1- YJn 2 25. ri--,
'\/ s4- s2
o 0,5 1,5

27. - 1
.JxLI 29. 2t cosh(t 2) 31. ex 2x 33. ½e
83. P' (t ) = 0,05 P (t ) - 2. 000 85. 20 ln (Tg) : : : I ,025 ano
lx I are cossec x x2 - l 1- e

35. A concavidade muda de para baixo para para cima em x = - I; a


87. 4 89 O 91. 3 93. ln 2 95. 97. 2 i
concavidade muda de para cima para para baixo em x = 1. 99. Quando x -+ oo, ambos 2x - sen x e 3x + cos 2x tendem ao infi-
39. Mínimo local em x = e- 1; sem pontos de inflexão; nito, portanto a regra de L'Hôpital é aplicável a x~"6o /:+ii~ fx;
lim x ln x = O; lim x ln x = oo no entanto, o limite resultante, }~m 3:_2 ~~~1x•
não existe devi-
x-.0+ X->00 00

y do à oscilação de Sen X e COS X. X->00


]im r+sen
X COS X
= ~.) 2
6 103. Seja gd (y) = are tg (senh y ). Então
4
d d( y ) --
ayg I
l +senhz h - I - h
Y cos y - coshy - sec y
2

3 4 5
105. Seja x = gd(y) = are tg (senh y). Resolvendo em y dá
y = are senh (tgx). Portanto,

1
41. Mínimo local emx = I; máximo local emx = 10-2/ 1010 = e- 2 ; gd- (y) = are senh (tgy)
ponto de inflexão em x = 10-I/ 10 lO = l ; lim x(logx)2 = O; 107. Como t > ln t para t > 2,
e x-.0+
lim x (logx) 2 = oo
x-.oo F(x) = f{ 1~11 > f{ df > ln x
y
Assim, F (x) -+ oo quando x -+ oo. Além disso,
0,15
lim G(x) lim fr.; = lim x = oo
= X->00
X->00 • tX X->00
0,1
Assim, lim
X->00
2/cx))
X
é da forma 00/00 e a regra de L'Hôpital é
0,05
aplicável. Finalmente,
o 0,5 1,5
]1.m "'("°')
F(x) . ln x I
L = x-.oo vlX J
= x-.oo
11m
mx-,, =
~
RESPOSTAS DOS EXERCfCIOS fMPARES RE41

Capítulo 8 53. Observe que


5 5
E rro (s2N ) -_ K4(b-a) _ 1 K4(b-a) _ 1 E (S )
180(2N) 4 - TI>· 180N4 - TI> rro N ·
Seção 8.1 Preliminares
Aproximação Erro Razão do erro
1. T, = 6; T2 = 7
2. TNsobreestima a integral de y = g(x); MNsobreestima a integral 2,004560 4,560 X 10-3
de y = f(x); 2,0002692 2,692 X )0-4 0,059035
3. O; a regra do trapézio integra exatamente uma função linear. 2,00001659 ),659 X 10-S 0,061627
)0-6
4. ti 2,000001033
2,00000006453
) ,033
6,453
X
X )0- 8
0,062266
0,062469
5. A soma das áreas dos retângulos pelo meio ou a soma das áreas
dos trapézios tangentes.
55. Tm = 21,2ºC
61. Seja f (x) = ax 3 + bx 2 + ex + d, com a cp O, um polinômio
Seção 8.1 Exercícios cúbico qualquer. Então j<4l(x) = O, portanto podemos tomar
1. T4 = 2,75; M4 = 2,625 3. T6 = 64,6875; M6 = 63,28125 K4 =O.Isso dá Erro(SN)::;
18 4
gN
=O.Em outras palavras, SN
5. T6:::::: 1,40536; M6 :::::: 1,37693 é exato para polinômios cúbicos para qualquer N.
7. T6:::::: 0,883387; M6 :::::: 0,880369
9. T5:::::: l,1 2096; M5:::::: 1,1171 6
Seção 8.2 Preliminares
11. T8:::::: 2,9658 1; M8 :::::: 2,95302 13. S4:::::: 5,25221
15. S4:::::: 1,08055 17. S6 :::::: 0,746830 19. S8 :::::: 2,54499 1. A integração por parte deriva da regra do produto.
21. S10:::::: 0,88 1377 23. V :::::: 2,46740 25. V:::::: 1,87691 2. (a) f x cos(x 2) dx; use a substituição u = x 2.
(b) f x cos x dx; use integração por partes.
27. Jt 12 se~x dx :::::: 1,37076
(e) f x 2 ex dx; use integração por partes.
29. M6 :::::: 1,0028615 2
(d) f xex dx; use a substituição u = x 2.
(a) Comof (x) = cos x é côncava para baixo em [O, n/2], M6 é 3. Transformandov' =xemv = ½x2 aumentaapotênciadexetor-
maior. na o integrando mais difícil de ser calculado do que o original.
3
(b) Erro(M6) ::; Kz~~fl =
2
ifu : : :
0,00448586
(e) Jt 2
cosx dx = l; Erro(M6) = IM6 - 11 :::::: 0,00286 Seção 8.2 Exercícios
31. T20 sobreestima a integral; Erro(T20) ::; 1,04167 x 10-4
33. M20 sobreestima a integral; Erro(M20) ::; 5,04659 x 10-5 1. -xcosx+senx+C 3. ex(2x+9) +C
35. N ::::: 109,37; T110 :::::: 0,4999990559; 5, 16(41nx -l )+C
4
7. - e- x(3x+2)+C
IJt 6
cosxdx - T11ol ::::::9,441 x 10-7 . 9. ex (x 2 - 2x + 2) + C 11. ½x sen 2x + ¼cos 2x + C
37. N ::::: 1.500; Ti.soo : : : 0,9502132468; 13. -½ e- x(senx+cosx)+C 15. 4(2 ln x- l)+C
IJJ e- x dx - Ti.soai : : : 3, 15 x 10-7 . 17. - is(Inx+½)+c 19. - xsen(2 - x)+cos(2 - x)+C
39. (a) s6:::::: 0,432361
5 21. 1~2 (x - 1~2) + C 23. x((lnx)2-2 1n x + 2) + C
(b) Erro(S6) :'.':: K1~~~~) = 14 _~ 80 :::::: 6,8587 1 x 10- 5

(e) JJ e- 2x dx = l=f=- : : : 0,432332; Erro(S6) :::::: 2,93 x 10- 5


25. x are sen x +~ + C 27. Ih (x - tn'3) + C
29. ½x senh(2x) - ¼cosh(2x) + C
41. S8 :::::: 4,046655; Erro(S8) ::; -do : : : 0,0083333; N = 78
43. Com K4 = 15, Erro(S40) ::; 49 _~ 52 :::::: 1,0173 x 10-4.
31. X are senh X - J1 + x2 + C
33. 2eJx (Jx - 1) + C 35. ¼x sen4x + /6 cos4x + C
45. N = 396 47. N = 186
37. i<x + 1)312 - 2(x + 1) 112 + C
49. JJ i!:2 = are tg x i~ = are tg 1 - are tg O=
4
¾
(a) Seja f (x) = (1 + x 2)- 1. Então IJ< l(x) I :'.':: 24 em [O, !]. 39. senx ln(senx) - senx + C

(b) N = 20; S20:::::: 0,785398163242 e 41. 2 sen Jx - 2,Jx cos Jx + C 43. ¼on x)2 (2 ln(ln x) - 1) + C
I0,785398163242- ¾I :::::: 1,55 x 10- 10 . 45. 8\ (17e 18 + 1) 47. 128/ 15 49. ln 4 - 7J- -lf
51. 4 3 2
51. ex (x - 4x + 12x - 24x + 24) + C
Aproximação Erro Razão do erro
2,052344 0,052344 53. f xne-x dx = - x 11
e- x + n f x 11 - 1e-x dx
2,012909 0,012909 0,246619 55. Integração por partes com u = ln x e v' = Jx.
2,0032 164 0,0032164 0,249 160 57. Substituição com u = 4 - x 2, du = -2x dx e x 2 = 4 - u. De-
2,00080342 0,00080342 0,249789 corre por manipulação algébrica.
2,0002008 1 0,00020081 0,249944
RE42 CÁLCULO

59. Substituição com u = x 2 + 3x + 6 e du = (2x + 3)dx. 73. n / 2


61. Integração por partes com u = x e v' = sen(3x + 4).
63. x(arc sen x)2 + 2 ~ are sen x -2x + C Seção 8.4 Preliminares
4
65. 4
x sen(x )
4 + ¼cos(x 4 ) + C 67. V = 2n(e2 + l) 1. Substitua u = 9 - x 2; então du = -2xdx.
69. PV = 5.000r+ IOO-e- t(6.000r+l00) 3. (a) x = 3sen0 (b) x =4 sec 0 (e) x =4tg0
r
71. f (ln x)2 dx = x(lnx)2 - 2x ln x + 2x + C
(d) x = v'Ssec0
3. Triângulo (A) 4. rf--,, 5. -x3
f (lnx)3 dx = x(ln x) 3 - 3x(lnx)2 + 6x ln x - 6x +C
6. sen20 = 2sen0cos0 = 2 x ~
v9-x2

77. (d) /(l , l)=t ; / (3,2)=ot


79. (e) /3 = ½x2 sen(x 2) + ½ cos(x2) + C Seção 8.4 Exercícios
1. (b) arc sen( J )+ c 3. (e) lnlx+Jx 2 +91+c
Seção 8.3 Preliminares
1. Reescreva sen5 x = sen x sen4 x = sen x(l - cos2 x)2 e então 5. 2arc sen (½) + ½xJ4-x 2 + C 7. ½are sec (J) + C
substitua u = cos x. 9. - A--: + e
4v x 2 -4
2. Use uma fórmula de redução.
11. A substituição u = x 2 - 4 não funciona. Usando substituição
3. Não, uma fórmula de redução não é necessária porque a função
trigonométrica, x = 2 sec 0
seno está elevada a uma potência par.
4. Escreva cos2 x = l - sen2 x e então aplique a fórmula de redu- 13. ~ are sen ( 1) - ½xJ9 - x2 + C
ção para potências da função seno.
15. xJx2 + 3+3 lniJx 2 + 3 +xl+C
5. A primeira integral pode ser calculada usando uma substituição
simples; a segunda exige o uso de fórmulas de redução. ~
11.
4
1
.J4=i2 +e 19. ------ry- +e

Seção 8.3 Exercícios 1 are sec (Z) +


21. Tií 2 ~R=i + C
1. sen x -1sen3 x + C 3. -1 cos3 0 + ½cos5 0 + e 23. ½xJx2+l-½1nlJxI+I+xl+c
5. -¼ cos4 t + i cos6 t + C 7. A = 2 25. 514 are tg (1) + 18(x~+9) + C
9. ¼cos3 y sen y + i cos y sen y + Í y + C
11. t sen5 'i4 sen3
X COSX - senx + + e
X COSX - 16 COSX 16X
27. -s(3-4) - 16 ln l~I +e
3
13. 1tg x + e 15. ½tg x + e 11. tg t - t + e
5
29. -3(9 - x 2 ) 312 + ½(9 - x 2 ) 512 + C
19. ½ tg SeC + i ln SeC + tg + C 21. -¼ cos6 + C
X X I X X1 X 33. (b) l = lnl J(x -2) 2 +4+x -21 +c
23. -b_ cos 3 (3x) sen(3x) + kcos(3x) sen(3x) + ix + C
35. Ini Jx 2 +4x+l3+x+2 i+C
25. ...L
Sir
sen5 n0 - ...L
?ir
sen7 n0 + C
37. Inl2x + 1 + 2 ~ l+C
k
27. - 112 sen3 (3x) cos(3x) - cos(3x) sen(3x) + ix + C
39. ½(x - 2)Jx 2 - 4x + 3 - ½ lnlx - 2 + J x 2 - 4x + 3 I + C
29. tlnlsec7t+tg7tl+C 31. ½tg 2 x + C
33. ¼sec8 x - ½sec6 x + ¼sec4 x + C
41. x are sec x - lnlx + ~I + C
43. Primeiro complete o quadrado. Em seguida, substitua u = x
35. ¼tg x sec 3 x - Í tg x sec x + i ln I sec x + tg x 1+ C + 3, du = dx. Finalmente, use a substituição trigonométrica
37. t tgx sec5 x - Í4 tgx sec3 x + 16 tgx sec x u = .J2l"sen0.

+16 ln I secx + tgxl + C 45. Integração por partes com u = x e v' = sec2 x.
47. Primeiro, substitua u = e2x, du = 2e2x dx. Então use a fórmula
39. ¼sen2 2x + C 41. ¼cos 2x - 1'i. cos 6x + C de integração da tangente inversa.
43. ½tg2 (ln t) - ln I sec(ln t) 1 + C 45. ir 47. ti 49. Use a fórmula de integração da função cossecante.
49. ln(.J2 + l ) ~ 0,88137 51. ½ ln 2 - ¼~ 0,096574 53. - ~ 51. Primeiro, substitua u = x + 2, du = dx. Então use a fórmula de
2
integração da função potência.
57. cossecx - 31 cossec 3 x + C 59. - 31 cotg3 x + C 61. V= 2ir 53. (a) Use a substituição u = 1 - x 2 . Então du = -2xdx,
k
63, X - 16 Sen 2x COS 2x + C x 2 = 1 - uef x 3 ~ d x = -½
fo -u)u 112 du.
65. 16x - -Js sen 2x - ,b sen 2x cos 2x + -Js cos2 2x sen 2x + C (b) Seja x=sen 0. Então dx=cos0d0,l -x 2 =cos2 0 e

f cossec x d x = f cossec x (cossec x - cotg x) dx =


f x 2~ dx = f sen2 0 cos2 0 d0.
69• cossec x - cotg x
ln I cossecx - cotgx l + C
RESPOSTAS DOS EXERCfCIOS fMPARES RE43

(e) Seja x = sen e. Então dx = cos 0 d0, 1 - x2 = cos2 0 e 35. t, ln 13x + 71 + ~(3x + 7)- 1 - ~(3x + 7)- 2 + C
l t-,, dx = l sen
v l -x 2
4
0d0. 37. -zh - tis are tg (!) + C
39. 110 ln lx + 11 - 210 ln(x2 + 9) + 1~5 are tg {f) + 18(x1:9) + C
(d) Use a substituição u = 1 - x 2. Então du = - 2xdx e

l _ x_ =_ l
I u-1 /2du. 41. 3 ln lx - 31- iL. ln(x2 + 1) - 4 are tg x + ~ +C
~ 2 X + I

55. V = n 2/ 8 57. V= Sn.fi- 6nln(2 + .fi) ~ 18,707 43. ln lx + 11 - ½ln(x 2 - 2x + 6) + }s are tg ( xJs ) + C
59. X = 2,385 pol 45. b:'.1 are tg (ti!.)+ 2x+3 +C
4 ,fi. 2(x +2x+3)
47. l2 1n lx - 11 - l2 Jn lx + 11 + C = lnl ___!=1_
~
1+ C
Seção 8.5 Preliminares
49. 2,Jx + ln 1.Jx - 11 - ln 1.Jx + 11 + e
1. Não,f (x) não pode ser uma função racional porque a integral de
uma função racional não pode conter um termo com expoente 51. -~ ~ + C 53. ln lxl - ln lx - li - x-1 1
+C
que não seja inteiro. 55. 514 are tg (t) + 18(x2+9) + e
2. (a) Não (b) Sim (e) Sim (d) Não
57. l5 sec5 x - J3 sec3 x + secx + C
3. (a) O quadrado já está completado; irredutível
(b) O quadrado já está completado; fatora como 59. lnlx + ~ 1- vxA-:-
2 -I
+e
(x -Js)(x +Js)
(e) x 2 + 4x + 6 = (x + 2) 2 + 2; irredutível 61. - ln lxl +½ln lx - li+½ ln lx +li+ C
(d) x 2 + 4x + 2 = (x + 2) 2 - 2; fatora como
63. j are tg (x 312 ) + C
(x + 2- J2)(x + 2 + .J2).
4. (a) é uma soma de termos logarítmicos A; ln(x - a;) para algu-
mas constantes A;.
65. -½ ln lx3 I - ~ + 1ln lx3 + 11 + C
67. ~ ln (12 tg ! + 11) - ~ ln (ltg ! - 21) + e
Seção 8.5 Exercícios 71 • (b) x 2-4x-
3x- 2 _ 2 + 1
12 - x=-5' x+2
1. (a) (::1~it!~)= xi 2 + x2~4
(b) 2x 2+8x+24 _ _I_ + _2_ + - x+2 Seção 8.6 Preliminares
(x+2)2(x2+4) - x+2 (x+2)2 x2+4
1. (a) Converge (b) Diverge (e) Diverge (d) Converge
(e) x 2-4x+ 8 _ -=ª.. + 4 + _ 8_ + 5 2. Sim, isso é uma integral imprópria pois cotg x não está definida
(x-1 )2(x-2)2 - x-2 (x - 2)2 x- 1 (x-1 )2
emx=O.
( d)
4
x - 4x+8
(x+2)(x 2+4) =X- 2
+ x+2
4
-
4x- 4
x 2+4 3. Uma escolha é b = 2. 4. la°° xi:x < la°° e-x dx
3. B =- 2 5. e:x< f para 1 x< oo, mas li°º d; diverge.
,'.S
5. 3xx_ 9 = ½+ l 3xx_9 dx = ½x + ln lx - 31+ C
x ~ 3 ; logo

7. x3p:_:j"1 = x 2+ 2x + 5 + x~Z;logo Seção 8.6 Exercícios


3 1. (a) Imprópria: a função x- 1/ 3 é infinita em x = O.
l x +x+ I dx = j1x 3 + x2 + 5x + 11 )n lx - 21 + e
~
(b) Imprópria: limite de integração infinito.
9. -½ ln lx - 21+½ln lx - 41 + C (e) Imprópria: limite de integração infinito.
11. ln lx l - ln 12x + 11 + C (d) Própria: a função e-x
é contínua no intervalo finito [O, l].
(e) Imprópria: a função sec x é infinita em x = n/2.
13. - 3 ln lx - 21 + 5 ln lx - 31+ C
(f) Imprópria: limite de integração infinito.
15. 2 ln lx + 31- ln lx + 51 - j ln 13x - 21+ C (g) Própria: a função sen x é contínua no intervalo finito [O, !].
17. 3 lnlx -ll-2lnlx+ ll- xli +e (h) Própria: a função (3 - x 2)- 112 é contínua no intervalo finito
[O, l].
19. 2lnlx-ll- x ~I - 2lnlx-21 - ~+C (i) Imprópria: limite de integração infinito.
21. 3 lnlxl- 3 lnlx+ 41+ x~4 +e (j) Imprópria: a função ln x é infinita em x = O.
23. - 91 ln lx - 41 - 3(x-
1 1 5. A integral não converge. 7. IO.OOOeº'0004
4) + 9 ln lx - 11 + C
9. A integral não converge. 11. 4 13. ½ 15. 2
25. 4' ln lx 1- f - ~ ln lx - 11 + i ln lx - 31+ C
17. 1,25 19. ½e- 12 21. ½ 23. 25 2.J2
3~5
27. ix 2 + 12x +46lnlx -41 + C
27. A integral não converge. 29. ¾ 31. ½ 33. ~
29. ln lx l - ½ln(x 2 + 1) + C 31. x - J3 are tg ( ~ ) +C 35. A integral não converge. 37. A integral não converge.
33. ½ln lx +li+¼ ln(x 2 + 1) - ½are tg x + C 39. A integral não converge. 41. A integral não converge.
RE44 CÁLCULO

43. -¼ 45. A integral não converge. 69. ½sen x senh x - ½cosx coshx + C
49. A integral não converge. 51. n 53 O 55. a < O 71. A integral não converge. 73. 1~9 31/ 5 75. ¼e36
59. A integral fi'XJ x- 3 dx converge pois 3 > 1. Como x 3 + 4 ::::: x 3,
segue que ......L < :\,. Portanto, pelo teste da comparação,
77. ln ( i)79. ~ 32/ 3 81. Converge 83. Diverge
xº+"4 - X
85. Converge
f1oo x 3dx+4 converge. 87. (a) Infinita (b) Finita: n (e) Infinita
63. Seja f(x) = l-!~nx_ Como f(x)::: j e Jt 2X-2 dx = 2, se- - 2
89. E = kT 91. -(s- a)3
gue pelo teste da comparação que f1 f (x) dx converge.
00

65. Converge 67. Diverge 69. Converge 71. Diverge


73. Converge 75. 3.571,43 dólares
77. 2.000.000 dólares 79. (a) V = n
Capítulo 9
83. k; k
A = para radônio-222, A = = 3{~~5 ~ 5,518 dias. Seção 9.1 Preliminares
87. Seja a= h/ kT. Então E=~ f0 eª~~ I dv. Como a> O e
00
1. fon J1 + sen2 x dx
8nh/ c3 é uma constante, segue do exercício anterior que E é finito.
2. O gráfico de y = f (x) + C é uma translação vertical do gráfico de
89. e = k; µ = ./, 93. ~ y = f (x); portanto, ambos gráficos deveriam ter o mesmo com-
" s +a
primento de arco. Podemos confirmar isso explicitamente como
segue:
Revisão do Capítulo 8
Comprimento de
1. r2 = -i; M3 = -2; T6 = -JJ-; s6= -,H 3. 2,19 pol
5. T3 ~ 25,976514 7. T6 ~ 0,358016 9. Ss ~ 0,608711
11. Com K2 = 1,5, Erro(T9) ::: 9.
y = f(x) + C = ib 1 + [ fx-ucx) + C)r dx

13. Com K2 = 30, Erro(Tz4) ::: 0,016822. 15. N = 4


17. ½sen9 8-i1rsen 11 8+C
= ib J
1 + [f'(x)] 2 dx
= comprimento de y = f (x).
19. ¼tg esec5 e - 't4 tg esec3 e + 16 tg esec e +
ii; ln Isec e+ tg 81 + e Seção 9.1 Exercícios
21. - ~ - are sec x + e 23. ½ln(x2 + 1) + C
2
yx -I 6
1. L = J2 J 1 + 16x6 dx 3. 5. 3JT0 H
25. ¼ln lx - li - ¼ln lx + 51 + C 7. 217 c22J22- nJTI) 9. e2 + 1; 2 + ¼
27. -½xJ9 - x 2 +~arcsen ( ) +c 29. ½tg5 8+C
1 11. Jf ~ dx ~ 3,957736
31. ¼ln lt + 11- ¼ln lt - 11 - 4(1~1) - 4(1~1) + C
33. ½sen4 8 + C
13. J12 J1 + ~ dx ~ 1,132123 15. 6 17. 2J3

35. (x + 1) (ln(x + 1))2 - 2(x + 1) ln(x + 1) + 2x + C 19. Seja h o comprimento da hipotenusa. Então, pelo Teorema de
Pitágoras, h2 = (b - a) 2 + m2 (b - a)2 = (b - a)2(1 + m2),ou
37. ¾x + ,k sen(l8x - 4) + 2~8 sen(36x - 8) + C
h = (b - a)J I + m 2, pois b >a. Além disso, (f'(x)) 2 = m 2,
39. 2 ln lsecx l +C 41. 2tgx+2secx - x+C portanto
43. - 2 cotg ( !) - 8 + C L = J: J 1 +m2dx = (b-a)J I +m 2.
45. ~ ln lt + 41 - ~ ln lt - 31- 7(1~3) + e
47. ½are sec ( ½) + C 49. Ja are tg ( 1)+ C (Supondo a > 0) 25. J 1 + e2a + 1 ln .Ji+e2ti'- I - /2 + 1 ln l+J2
'I .J1+e2ª+ 1 'I J2-I
5
51. ln lx + 21 + ill 3
- (x+2)2 +e 27. ln(l + /2) 31. 1,552248 33. 60nvÍJ7 35. 38 r
53. - x.:, 2 + ½ln(x 2 + 4) - ln lx - 21+ C
37. n ( e ~ + l n ( e + ~ ) - / 2 - In(l +/2))
55. tare tg ( ~ ) + C 57. ln lx + 21+ xt1 - (x~2)2 +C 39. 2n( J2 + ln(l + /2))

'
2
59 (x - 2J...,Íx2+4
24x 3
+ C 61 - 1 (4 + 3x)e4 - 3x + C
' 9
43. 3 1 (l.032.J65 - ln(8 + v'65))
1
63. _arc;gx - ln() +x 2) + ln lx l + C 45. 2n J;14 tgxJ I + sec4 x dx ~ 3,839077 47. n = 13

65. ½x 3 (lnx)2 - ~x 3 ln x + ix 3 + C 67. ½(are tg t) 2 + C 51 2nb2 + 2nba2 ln l ..jb2-a2 + !!. I


• ..)b2-a2 a a
RESPOSTAS DOS EXERCfCIOS fMPARES RE45

Seção 9.2 Preliminares y

1. A pressão é definida como força por unidade de área. 8


6
2. O fator de proporcionalidade é a densidade de peso do fluido,
4
w =pg.
2
3. A força de fluido age na direção perpendicular ao lado submerso
do objeto. O 0,5 1 1,5 2 2,5 3
4. A pressão depende somente da profundidade e não varia horizon-
talmente a uma dada profundidade. (a) Mx = 21i;; My = 2!3
5. Quando uma placa está submersa verticalmente, a pressão não é
constante ao longo da placa, de modo que a força de fluido não é
(b) Área = 27; centro de massa: ( *, i9o)
igual à pressão vezes a área. 7. Mx = ~; My = ~;centro de massa:(~ . J.?)
9. (a) M, = 24 (b) M = 12, portanto Ycm = 2; centro de massa:
Seção 9.2 Exercícios (0, 2)
8
1. (a) Topo: F = 1.125 libras; base: F = 4.500 libras 633 195)
11· ( 95 ' m 13. (98' 518) 15. ( l-5e-4 l-e- )
l-e-4 , 4(1-e- 4 )

(b) F ~
N
L
J=I
3wyj t::..y 11. rn.¾)
19. Aqui temos um esboço da região.
(e) F = Jz8 3wydy
y
(d) F = 5.625 libras.
5
3. (a) A largura do triângulo varia linearmente de Oa uma profun-
4
didade de y = 3 pés a l a uma profundidade de y = 5 pés. Assim,
3 ----------------
w = ½<y- 3). 2
(b) A área da faixa a uma profundidade y é ½<Y - 3)t::..y e a
3
pressão a uma profundidade y é wy, onde w = 62,5 lb/pé • As- o 0,5 1,5 2
sim, a força de fluido atuando na faixa à profundidade y é aproxi-
madamente igual a ½wy(y - 3)t::..y. A região é claramente simétrica em relação à reta y = 3, portanto
N 5 é de se esperar que o centróide da região esteja ao longo dessa
(e) F ~ L ½wyj(Yj - 3) t::..y-+ f 3 ½wy(y - 3) dy
J=I reta. Encontramos M, = 24, M y = , , centróide: ( i, 3).
(d) F = 1.i lb 25
21 ( 9 9) 23 ( 1 e -3 )
2
25 ( nJ2-4 1 )
• W•W · 2(e-2) '4(e-2) · 4(J2-t)'4(J2-I)
5. (a) F = 19.f00r3 N

·f
7. F= 19 00 r 3 +4.900irmr 2 N 9. F=44l.000N
27. Aqui temos um esboço da região. Centróide: ( O, t)
11. F = 6f w 13. F = ( l - Uw 15. F = w y

17. F = 595.350 N 19. F =~


21. F = 5thdJ(b - a)2 + 4h2 Jb
23. Nafrenteeatrás:F = 62·~J:3°y 3;Jadosinclinados:F = 62 ,§J3°ey2 -1

onde edenota o comprimento da calha.


29. (o,~) 31. (tir,tir)
Seção 9.3 Preliminares 2 (r2-h2)3/2 )
33. (
O, ~ ; com r = l eh = l :
r 2 are sen Jt-h2 / r2-hJr2-h2 2
1. M, = M,, = O 2. M, = 2 I 3. M, = 5, M,, = 10
4. Como um retângulo é simétrico tanto em relação à reta vertical (o'4n-3J3
___b2__) ~ <0· 011)
' '
quanto à reta horizontal pelo centro do retângulo, o princípio da
simetria garante que o centróide de um retângulo deve estar em
ambas essas retas. O único ponto em comum das duas retas de
35

(o ' 16+3nJ3)
n+2J3
simetria é o centro do retângulo, de modo que o centróide do 37. (e) M~ = O, Mf = -irr3, M; = irr 3 (d) (3, O)
retângulo deve ser o centro do retângulo.
41. Seja A a área da seção transversal da barra. Coloque a barra com
m 1 na origem e a barra ao longo do eixo x positivo. Então o COM
Seção 9.3 Exercícios está localizado em
1. (a)(*, 1) (b) (i~, Jj) X _ dm2+ ½pAd
2
5. A seguir mostramos um esboço da lâmina. - m1 +m2+pAd
RE46 CÁLCULO

Seção 9.4 Preliminares 41. 1,5 1•6 ::::: T2(0,5) = ~::::: 1,065872
1. T3(x) = 9 + 8(x - 3) + 2(x - 3) 2 + 2(x - 3) 3 43. T4(x) =x - ~x 3
45. T11 (x)= l - x 2 +x 4 - x 6 +-··+(- x 2 )11
2. O polinômio com gráfico à direita é um polinômio de Maclaurin.
3. Um polinômio de Maclaurin dá o valor def(0) exato. 47. Ema= O,

4. A afirmação correta é (b ): 1T3 (2) - f (2) 1 ::: i- T1 (x) = -4 -x


T2(x) = -4 - x + 2x 2
Seção 9.4 Exercícios 2 3
T3(x) = -4 - x + 2x + 3x = f(x)
x3
1. T2(x) = x; T3(x) = x - 6 T4(x) = T3(x)
3. T2(x) = 1-x +x 2; T3(x) = 1- x +x2 - x3 T5(x) = T3(x)
x3
5. T2(x) = x; T3(x) = x + 3 Em a = 1
7. T2(x) = 1- x 2; T3(x) = 1 - x 2 T1 (x) = 12(x - 1)
x2. x2 x3
9. T2(x)= l+ x+ 2 ,T3(x)=l+x+ 2 + 6 T2(x) = 12(x -1 ) + ll (x - 1)2
f;
11. T2(x) = 2 - 3x + 5 T3(x) = 2 - 3x + 5 f-f 3
T3(x) = 12(x - 1) + ll (x - 1)2 + 3(x - 1)3
x2 x2 x3
13. T2(x)=x - 2 ;T3(x)=x- 2 + 3 =- 4- x + 2x2 + 3x 3 = f(x)
15. T2(x) = 1 + x + x;; 1T2(-0,5) - f(-0,5)1 = 0,01853 1 T4(x) = T3(x)
17. T2(x) = 1- 3 <x2ll + l 5(x8ll
2
; IT2(0,3) - f (0,3) 1= 3,11706 T5(x) = T3(x)
49. (b) Por substituição,
19. Seja f (x) = ex. Então, para cada n,

Segue que (e) Usando a regra de L'Hôpital,


x x 2 x"
Tn(x) = 1 +TI+ 2! + .. · + nf · L = lim ex +e-" - 2 = lim ex - e-x = lim ex+e- x = 2.
x->O 1-cosx x->O senx x->O cosx

21. Tn(x) = 1 +x +x 2 + x 3 + · .. +x11


51. (e) R1 ::::: ./IT = 0,04873 cme
23. Tn(x) =e+ e(x - 1) + e(x2! 1)2 + ... + e(x~I )" R100 ::::: .J100.U = 0,4873 cm
15(x - 2) 2 5(x - 2) 3
25. TN(x) = 4v'2 + 5v'2(x - 2)+ Jz + J2 + .. · 57. Jd 12 sen(x 2) dx ::::: Jd 12 x 2 dx = 2~; em [O, l/2],
4 2 16 2
26
+ ~(- l )" _3_I_ ( (2n -7)! ) 2-(211-7)/ 2(x _ 2)" isen(x 2 ) - T4(x)I ::: (l~ ) ,
8 211 - 3 211 - 3(n - 4)!n!
27. Os polinômios ímpares são côncavos para baixo à esquerda e fi- portanto o erro da aproximação é limitado por
cam abaixo do gráfico de y = ex; os polinômios pares são cônca-
vos para cima à esquerda e ficam acima do gráfico de y = ex. (lg) 7
= J, JJ6 X 10- 3

y y
11 par Revisão do Capítulo 9
15

10 1.
2
-rJ.~-~;4 3. 4.JT7 1. 24,rv'2
5 9. ~ 11. 12,r + 4n2 13. 1.125 libras
:::::::--_
X
-2 -1
15. Mx = ~ ; My = ~; centro de massa: ( 2, !)
29. Estimativadoerro= 1°~1
6
::::: 1,0125 x 10-6 ;
17. ( o, *) 19. ( - so!'tsrr, o)
icos 0,3 - T5(0,3)I = 1,010874 x 10- 6 21. T3(x) = 3(x + 2)3 - 5(x + 2)
31. n = 3 23. T3(x) = 2 + ¼Cx - 2) - 312 (x - 2) 2 + '7ts'(x - 2) 3
33. T3 (x) = x - 4; (½) i!·
T3 = Com K = 5, 25. T3(x) =- ½x 2
.Jê::::: 1,6486979; erro ::::: 2,335 x 1o-5
1 T3 (½) - are tg ½ 1 :::
5
0r = 3ã4 ·
27.
29. lf(l7)- T4(17)1::: 10 32
1,043 x 10-7
~{ 4-9 :::::
5
31. l/4O,2) -T (1,2)1::, ~(0,2) = 1,6 x 10-5
37. n = 6 39. n = 9
I REFERÊNCIAS
O site (em inglês) MacTutor History of Ma- Revisão do Capítulo 2
thematics Archive (www-history.mcs.st-and. 1. (Exerc. 51) Adaptado de Calculus Problems
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for a New Century, Robert Fraga, editor, Ma-
histórica. thematical Association of America. Washing-
Seção 1.1 ton, DC, 1993, nota 28.

1. (Exerc. 73) Adaptado de Calculus Problems Seção 3.1


for a New Century, Robert Fraga, editor, Ma- 4. (Exerc. 42) Problema sugerido por Dennis
thematical Association of America. Washing-
DeTurck, University of Pennsylvania.
ton, DC, 1993, p. 9.
4. (Exerc. 75) Problema sugerido por Dennis
Seção 1.2 DeTurck, University of Pennsylvania.
1. (Exerc. 25) Adaptado de Calculus Problems Seção 3.2
for a New Century, Robert Fraga, editor, Ma-
thematical Association of America. Washing- 5. (Exerc. 84) Problema sugerido por Chris
ton, DC, 1993, p. 9. Bishop, SUNY Stony Brook.
5. (Exerc. 85) Problema sugerido por Chris
Seção 1.5 Bishop, SUNY Stony Brook.
2. (Exem. 4) Adaptado de B. Waits e F. Dema-
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culus Project", em The impact of Calculators 1. (Exerc. Prelim. 2) Adaptado de Calculus
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Houston, 1994. editor, Mathematical Association of America.
2. (Exerc. 12) Adaptado de B. Waits e F. Washington, DC, 1993, p. 25.
Demana, "The Calculator and Computer Pre- 6. (Exerc. 49) Karl J. Niklas e Brian J. En-
Calculus Project", em The impact of Calcula- quist, "Invariant Scaling Relationships for
tors on Mathematics Jnstruction, University of Interspecific Plant Biomass Production Rates
Houston, 1994. and Body Size", Proc. Natl. Acad. Sei. 98, nº
5:2922-2927 (27 de Fevereiro de 2001).
Seção 2.1
3. (Ilustração no início do Capítulo 2) De Z. Seção 3.5
Toroczkai, G. Karolyi, Á. Péntek, T. Te, C. 7. (Exerc. 41) Adaptado de uma contribuição
Grebogi e J. A. Yorke, "Wada Dye Boundaries de Jo Hoffacker, University of Georgia.
in Open Hydrodynamical Flows", Physica A,
8. (Exerc. 42-43) Adaptado de uma contribui-
239:235 (1997).
ção de Thomas M. Smith, University of Illinois
Seção 2.2 em Chicago e Cindy S. Smith, Plainfield High
School.
1. (Exerc. 58) Adaptado de Calculus Problems
for a New Century, Robert Fraga, editor, Ma- 9. (Exerc. 44) Adaptado de Walter Meyer,
thematical Association of America. Washing- Falling Raindrops, em Applications of Calcu-
ton, DC, 1993, nota 28. lus, de P. Straffin, editor, Mathematical Asso-
ciation of America. Washington, DC, 1993.
Seção 2.3
5. (Exerc. 47, 51) Problemas sugeridos por
1. (Exerc. 38) Adaptado de Calculus Problems Chris Bishop, SUNY Stony Brook.
for a New Century, Robert Fraga, editor, Ma-
thematical Association of America. Washing- Seção3.6
ton, DC, 1993, nota 28. 10. (Exerc. 54) Adaptado de J. M. Gelfand e M.
Saul, Trigonometry, Birkhliuser, Boston, 2001.
R2 REFERÊNCIAS

Seção 3.9 16. (Exerc. 66) Adaptado de Roger Johnson, "A


l. (Exerc. 34) Adaptado de Calculus Problems
Problem in Maxima and Mínima", American
for a New Century, Robert Fraga, editor, Ma- Mathematical Monthly, 35: 187-188 (1928).
thematical Association of America. Washing- Seção 4.7
ton, DC, 1993.
1. (Exerc. 17) Adaptado de Calculus Problems
11. (Exerc. 38) Problema sugerido por Kay for a New Century, Robert Fraga, editor, Ma-
Dundas. thematical Association of America. Washing-
1. (Exerc. 43, 45) Adaptado de Calculus Pro- ton, DC, 1993, p. 52.
blems for a New Century, Robert Fraga, editor, 17. (Exerc. 28-29) Adaptado de Animating
Mathematical Association of America. Wa- Calculus, de E. Packel e S. Wagon, Springer-
shington, DC, 1993. Verlag, NewYork, 1997, p. 79.
Revisão do Capítulo 3 Revisão do Capítulo 4
5. (Exerc. 61-62, 83, 86) Problema sugerido 1. (Exerc. 68) Adaptado de Calculus Problems
por Chris Bishop, SUNY Stony Brook. for a New Century, Robert Fraga, editor, Ma-
Seção 4.2 thematical Association of America. Washing-
ton, DC, 1993.
12. (Nota marginal p. 187) De Pierre Fermat,
On Maxima and Minima and on Tangents, tra- Seção 5.1
duzido por D. J. Struik (organizador), A Source 18. (Exerc. 3) Problema sugerido por John Po-
Book in Mathematics 1200-1800, Princeton lhill, Bloomsburg University.
University Press, Princeton, NJ, 1986.
Seção5.2
Seção 4.3
4. (Exerc. 73) Problema sugerido por Dennis
1. (Exerc. 46) Adaptado de Calculus Problems DeTurck, University of Pennsylvania.
for a New Century, Robert Fraga, editor, Ma-
thematical Association of America. Washing- 5. (Exerc. 78) Problema sugerido por Chris
ton, DC, 1993. Bishop, SUNY Stony Brook.

Seção 4.5 Seção 5.4

l. (Exerc. 39, 84) Adaptado de Calculus Pro- l. (Exerc. Prelim. 6) Adaptado de Calculus
blems for a New Century, Robert Fraga, editor, Problems for a New Century, Robert Fraga,
Mathematical Association of America. Wa- editor, Mathematical Association of America.
shington, DC, 1993, p. 63. Washington, DC, 1993, p. 103.
1. (Exerc. 48-49) Adaptado de Calculus Pro-
Seção 4.6 blems for a New Century, Robert Fraga, editor,
1. (Exerc. 28-29) Adaptado de Calculus Pro- Mathematical Association of America. Wa-
blems for a New Century, Robert Fraga, editor, shington, DC, 1993, p. 102.
Mathematical Association of America. Wa- 4. (Exerc. 53) Problema sugerido por Dennis
shington, DC, 1993. DeTurck, University of Pennsylvania.
13. (Exerc. 31) Problema sugerido por John
Haverhals, Bradley University. Fonte: Illinois Seção 5.5
Agronews. 19. (Exerc. 24-25) M. Newman e G. Eble,
l. (Exerc. 34-35) Adaptado de Calculus Pro- "Decline in Extinction Rates and Scale In-
blems for a New Century, Robert Fraga, editor, variance in the Fossil Record", Paleobiology
Mathematical Association of America. Wa- 25:434-439 (1999).
shington, DC, 1993. 20. (Exerc. 27) De H. Flanders, R. Korfhage e
14. (Exerc. 59) De Michael Helfgott, Thomas J. Price, Calculus, Academic Press, New York,
Simpson and Maxima and Minima, Convergen- 1970.
ce Magazine, publicado on-line pela Mathema-
Seção5.6
tical Association of America.
1. (Exerc. 54) Adaptado de Calculus Problems
15. (Exerc. 62-64) Adaptado de B. Noble, Ap- f or a New Century, Robert Fraga, editor, Ma-
plications of Undergraduate Mathematics in
thematical Association of America. Washing-
Engineering, Macmillan, NewYork, 1967.
ton, DC, 1993, p. 121.
REFERÊNCIAS R3

Seção 6.1 1. (Exerc. 66) Adaptado de Calculus Problems


21. (Exerc. 45) Adaptado de Tom Farmer e Fred for a New Century, Robert Fraga, editor, Ma-
Grass, "Miami University: An Altemative Cal- thematical Association of America. Washing-
ton, DC, 1993.
culus", em Priming the Calculus Pump, Thomas
Tucker, editor, Mathematical Association of 27. (Exerc. 74) Adaptado de J. L. Borman, "A
America. Washington, DC, 1990, nota 17. Remark on Integration by Parts," American
Mathematical Monthly 51 :32-33 (1944).
1. (Exerc. 55) Adaptado de Calculus Problems
for a New Century, Robert Fraga, editor, Ma- Seção 8.4
thematical Association of America. Washing-
ton, DC, 1993. 26. (Exerc. 43-52) Problemas sugeridos por
Brian Bradie, Christopher Newport University.
Seção 6.3 1. (Exerc. 59) Adaptado de Calculus Problems
22. (Exerc. 50, 54) Adaptado de G. Alexander- for a New Century, Robert Fraga, editor, Ma-
son e L. Klosinski, "Some Surprising Volumes thematical Association of America. Washing-
of Revolution", Two-Year College Mathematics ton, DC, 1993, p. 118.
Journal, 6, 3:13-15 (1975).
Seção8.6
Seção 7.7
5. (Exerc. 79) Problema sugerido por Chris
23. (Exerc. 60) Adaptado de Robert J. Bumcrot, Bishop, SUNY Stony Brook.
"Some Subtleties in L'Hôpital's Rule", em A
Century of Calculus, Part II, Mathematical As- Seção 9.1
sociation of America. Washington, DC, 1992. 28. (Exerc. 48) Adaptado de G. Klambauer, As-
pects of Calculus, Springer-Verlag, New York,
Seção 7.8 1986, Capítulo 6.
24. (Exerc. 87) Adaptado de J. Frohlinger e B.
Hahn, "Honey, Where Should We Sit", Mathe- Apêndice D
matics Magazine 78, 5:379-384 (2005). 25. [Demonstração do Teorema 7] Uma de-
monstração sem essa hipótese simplificadora
Seção 8.1 pode ser encontrada em R. Courant e F. John,
25. Ver R. Courant e F. John, Introduction to Introduction to Calculus and Analysis, Vol. I,
Calculus and Analysis, Vol. I, Springer-Verlag, Springer-Verlag, NewYork, 1989.
NewYork, 1989.

Seção 8.2
26. (Exerc. 55-62) Problemas sugeridos por
Brian Bradie, Christopher Newport University.
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1 CRÉDITOS DAS FOTOS
Página 1, Abertura do Capítulo 1 Página 343, Abertura do Capítulo 7
Y. Arthus-Bertrand/Peter Arnold, Inc. Gianni Dagli Orti/Corbis
Página 34, Figura 1 Página 343, Figura 1
Eric Dietz/ AP Photo/Paul Sakuma
www.wrongway.org/java/mandel.php Página 358, Figura 1
Página 34, Figura 2 Romeo Gacad/AFP/Getty lmages
Steve Allen/Alamy Página 367, Figura 1
Página 41, Abertura do Capítulo 2 Dr. Gary Gaugler/Photo Researchers, lnc.
Áron Péntek Página 370, Figura 5
Página 42, Perspectiva Histórica G.D.Carr
NASA/ESNJPL-Caltech/J. Hora (CfA) e C. R. Página 370, Figura 7
O'Dell (Vanderbilt)
Bettmann/Corbis
Página 97, Abertura do Capítulo 3
Página 371, Figura 8
Joe Schwartzlwww.joyrides.com
Pierre Vauthey/Corbis Sygma
Página 108, Figura 2
Página 400, Figura 1
The Granger Collection, New York
Corbis
Página 132, Perspectiva Histórica
Página 400, Figura 8
Bettmann/Corbis
The Granger Collection, New York
Página 132, Figura 9
Página 413, Abertura do Capítulo 8
Photo Franca Principe, IMSS-Florença
NOAA
Página 148
Página 471, Abertura do Capítulo 9
Bettmann/Corbis
NASA Ames Research Center/Photo Resear-
Página 173, Abertura do Capítulo 4 chers, lnc.
Robert Lubeck/Animals Animais Página 477, Figura 1
Página 175, Figura 2 JeffRotman
Space Age Control, Inc Página480
Página 187 Lester Lefkowitz/Corbis
Fermat: Bettmann/Corbis; Descartes: Stapleton Página488
Collection/Corbis
Roger Violet Collection/Getty Images
Página 248, Abertura do Capítulo 5
Página 492, acima
Klaus Leidorf/zefa/Corbis
The Granger Collection, New York
Página 301, Abertura do Capítulo 6
Página 492, abaixo
Gen Nishino/Getty Images
The Granger Collection, New York
Página 338, Figura 6
Elvele Images/Alamy
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1 ÍNDICE
abscissa, ver coordenada x e a fórmula de mudança de variáveis, entre gráficos, 301-305
aceleração, 139, 753 911-915 fórmula de, com produto vetorial e
normal e tangencial, 756, 757 injetoras, 910-911 determinantes, 688-689
adição de vetores, 657-658, 660-661, 669 inversas, 914 mudança de, dividindo a região,907-91 O
adição vetorial, 661 jacobianos, 907-909 área igual em tempo igual, lei da, 762-763
aditividade : lineares, 905-906 áreas com sinais, 254, 264,275,304,631
da integral em intervalos adjacentes, 267 mudança de área com, 907-91 O Aristarco de Samos, 766
de integrais de linha, 937 Apolônio de Perga, 119 Arquimedes, 277, 552, 887
de momentos, 487-488 aproximação : arruelas (discos), 321-323
afélio (de órbita planetária), 651 da derivada, 101 assíntota horizontal, 35, 210-211
Agnesi, Maria, 125 de primeira ordem, 803, 992 assíntota vertical, 35, 56,211 , 215
álgebra: de somas infinitas, 564 assíntotas :
e produto vetorial, 689 linear, 173-178, 492, 805-806 de uma hipérbole, 641-644
vetorial, 657-662 numéricas, 231-232 funções com, 35
álgebra de vetores, 657-662 parabólica, 419-420 horizontal, 35, 210-211
Álgebra Linear, 684 pela direita, 249-250, 255-256, 413 vertical, 35, 56, 211, 215
algoritmo de ordenação Bubble Sort, 387 pela esquerda, 251-252, 413 astronomia na Antiguidade, 766
algoritmo de ordenação Quick Sort, 387 pelo meio, 252, 261 Babilônia antiga e técnica de completar
altitude: poligonal, 471-472 quadrado, 17
e velocidade, 131 por linearização, 177 Barrow, Isaac, 272
máxima, 131-132 por somas de Riemann, 261 base (de função exponencial), 343
altitude máxima, 131-132 trapezoidal, 285 Bernoulli, Jakob, 256, 552, 608
amplitude (de um gráfico), 8-9 aproximação poligonal, 471-472, 741 Bernoulli, Johann, 552
Andrews, George, 555 de arcos, 738 Bernstein, Sergei, 609
ângulo de declinação (cp), 712 aproximação trapezoidal, 285 Bézier, Pierre, 609
ângulo de incidência, 817 aproximações lineares, 173-178, 802, Brahe, Tycho, 766
ângulo de inclinação, 817 805-806 bruxa de Agnesi, 125
de uma curva plana, 751 de paralelogramo, 909 calculadoras :
ângulo de reflexão, 223 de retângulo, 909 e funções exponenciais, 343
ângulos: e polinômios de Taylor, 492 gráficas, 34
complementares, 30, 394 erro nas, 174, 178-179 Cálculo:
em radianos, 26 aproximações numéricas, 231-232 Diferencial, 41
teste de ângulo obtuso, 677 aproximadamente igual a u=:::), 173 e a teoria de séries infinitas, 535
ângulos complementares, 30, 394 área, 248 inventores do, 108, 187
ângulos entre vetores e produto escalar, abaixo do gráfico, aproximada por séries infinitas, 552
676-677 trapézios, 413 ver também Teorema Fundamental do
Antena (galáxia), 766 aproximação da, abaixo de um gráfico, Cálculo
anticomutatividade do produto vetorial, 686 261 cálculo financeiro e funções exponenciais,
antiderivação, ver integração aproximação e cálculo de, 248-257 374
antiderivadas, 237-241, 291, 734 aproximação por retângulos, 248-250 Cálculo Integral, 41,248
cálculo de integrais definidas usando, 278, cálculo da, como limite, 254 caloria, 334
279 cálculo da, dividindo a região, 303 caminho mais íngreme, 780
como integrais, 280, 284 cálculo de, como o limite de caminhos, 721,722
definição de, 237 aproximações, 253-257 comprimento de arco de, 738
e o Teorema Fundamental do Cálculo, cálculo de, via Teorema de Green, 991 independência de, 944, 947
274,275 com sinal, 264 parametrização de, 739
geral, 238 de paralelogramo, 962 regra da cadeia para, 810-812
Antigüidade, matemáticos e filósofos gregos de superfície, 619, 962-966 campo de forças, 939, 947
da, 488,637 de um polígono, 998 campo de inclinações, 514-517
anuidade, 381 de um trapézio, 414 campo de quadrado inverso, 927
anuidade perpétua, 459 de uma elipse, 992 campo de velocidades :
aplicações, 4, 904-907 e coordenadas polares, 630-633 de fluxo fluido, 976-977
coordenadas polares como, 905, 910 e produto vetorial, 687-689 vetoriais, 987
de reticulado retangular, 911 entre duas curvas, 321-322, 330 campo elétrico, 978-979, 1020-1021
12 fNDICE

campo vetorial constante, 924 osculador, 747-749 conjunto (Q) dos números racionais, 1
campo vetorial de vórtice, 953 parametrização do, 605, 723-724 conjunto de Mandelbrot, 34
campo vetorial gradiente, 925-927, 948, 988 círculo de melhor ajuste, 747 conjunto de todos ternos, 666
Teorema Fundamental do Cálculo para, círculo osculador, 747-749 conjunto dos pontos intermediários, 261
944-945, 947-948 círculo unitário, 26-27, 660 conservação da energia, 154
campo vetorial unitário, 924-925 cissóide, 629 constante da mola, 335
potencial de, 927 Clairaut, Alexis, 797 constante de integração, 238
campos magnéticos, 978-979, 1009, 1021 clotóide, 750 constante de proporcionalidade, 763
de um solenóide, l 008 Cobb, Charles, 845 constante de resfriamento, 380
velocidade em, 687 coeficiente binomial, 593-594 consumo de energia e velocidade, 36-37
campos vetoriais, 923-927, 989, 992, 1006 relação de recorrência para, A 15 continuidade, 64
circulação de, 987 coeficiente dominante de polinômio, 21 à direita, 65
com divergência nula, 1016 coeficientes, 21 à esquerda, 65
com divergência zero, 1017-1018 binomiais, 593, 594 de funções, 786, 787
com fluxo nulo, 1018 indeterminados e frações parciais, 450 de funções polinomiais e racionais, 67
com rotacional nulo, 992 padrão dos, 418 de séries de potências, 587
componente normal de, 973 coeficientes indeterminados e frações e diferenciabilidade, 113
conjugados, 999 parciais, 450 e limites, 63-70
conservativos, 944-954 combinação de sinais, 206 e o método de substituição, 68-69
de quadrado inverso radial, 1O18-1 O19 combinação linear de vetores, 659-660, 669 lateral, 65
divergência de, 1013 componente normal : lei de, do quociente, 68
gradiente, 925 de aceleração, 756-757 leis de, 66-67
integral de superfície de, 973-980 de campo vetorial, 973 num ponto, 64
irrotacionais, 1023 componente tangencial : continuidade lateral, 65
radiais, 1012 da aceleração, 756-757 contorno da córnea, 751
radiais unitários, 1018 de campo vetorial, 933-935 convergência :
campos vetoriais conservativos, 944-945, componentes : absoluta, 566
948-949 deu, 679 condicional, 567
capacidade de calor, 290 de vetores, 656 de integrais impróprias, 457
capacidade de tolerância, 522 e operações vetoriais, 658-659 de séries infinitas, 547
caramujo Argonauta, 603 comportamento assintótico, 208, 210-215 de séries positivas, 556-562
Cauchy, Augustin Louis, 51, 89, 571 composição e construção de funções novas, raio de, 576-578
cauda de vetor, 655 23 raio de, infinito, 578-579
caverna de Chauvet, 372 comprimento : convergência absoluta, 566
caverna Lascaux, pinturas da, 343, 371 de um vetor, 655, 668 convergência condicional, 567
centro de: e produto escalar, 676 convergência quadrática para a raiz
curvatura, 747 comprimento de arco, 471 -473, 615-617, quadrada, 237
elipse, 638, 640 738 convergência quadrática para raízes
hipérbole, 640 de caminho,738 quadradas, 237
linearização, 177 de curva plana, 738 convergente, 547
massa (COM), 483-488, 887 comprimento de arco circular, 616 coordenada angular, 621-622, 624
centróide, 485, 486-487, 887, 899-900 comprimento de arco de curvas planas, 738 coordenada radial, 621-622, 624
ciclóide, 608, 613, 617 comprimento de curva, ver comprimento de coordenada x, 3
cilindros: arco coordenada y, 3
curvas de reticulado no, 960 comprimento de onda de absorção do átomo coordenadas, 3
equação do, 667-668 de hidrogênio, 535 angulares, 621-622, 624
parametrizações de, 957-958 comprimento de onda de Balmer, 537-538 cilíndricas, 710-711, 714
quadráticos, 706 concavidade : esféricas, 710, 712-714
cinturão de radiação de Van Allen, 684 definição de, 199 polares, 621-626, 630-634, 710
circulação, 987, 993 e funções área, 283 radiais, 621-622, 624
círculo: e teste da derivada segunda, 202 retangulares, 621-623, 625, 631,710,
área do, 297, 632 teste de, 200 712-713
curvatura do, 744 concóide, 160 x ey, 3
de melhor ajuste, 747 condição de derivadas mistas, 952 coordenadas cartesianas, ver coordenadas
equação do, 4 condição inicial, 506 retangulares
equações polares do, 625 e antiderivadas, 240-241 coordenadas cilíndricas, 71 O-711, 714,
involuta do, 620 cone, 780, 899 957-958
medição do diâmetro e área do, 176 parametrização do, 957-958 integrais triplas em, 896-897
momento do, 488 congelamento de variável, 702 coordenadas curvilíneas, 959
ÍNDICE 13

coordenadas esféricas, 710, 712-714, 958 lisa, 867 logarítmica, 361-362


e campo magnético da Terra, 893 lisas por partes, 867, 937 regras básicas de, 109-11 O
e longitude e latitude, 714 número de rotação de, 954 regras de, 729-730
integrais triplas em, 897-900 orientada, 934 derivação e integração termo-a-termo, 580
superfícies de nível em, 713 paramétricas (parametrizadas), 603-604, derivação implícita, 120, 155-158, 824-825
coordenadas polares, 621-626, 710, 609,614, 721 derivação logarítmica, 361-362
823-824, 912 regiões entre, 896-874 derivação vetorial, 729
aplicação, 905, 910 ressonância de, 188 derivada de ordem enésima, 138
comprimento de arco em, 634 tridente, 160 derivada direcional da temperatura, 81 S
derivada em, 630 curvas côncavas para cima e para baixo, derivada primeira, 137
e área, 630-633 199-201 e pontos de inflexão, 201
integral dupla em, 893-896 curvas de Bézier, 609-610 derivada terceira, 138
coordenadas retangulares (ou cartesianas), curvas de fronteira, 994, 1000 derivadas:
3-4, 621-623, 625,631,710, 712-713 lisa por partes, 867 a valores escalares, 732-733
superfícies de nível em, 711 curvas de nível, 775-777, 832 a valores vetoriais, 728-729, 733
Copernicus, Nicolau, 766 de uma função potencial, 946 aceleração, 139
corrente: espaçamento de, 776-777 como função, 107-112
num circuito, 384 curvas de reticulado, 959-960 como taxa de variação, 126
transiente, 533 em coordenadas polares, 623 como vetor tangente, 731-733
corrente de circuito, 384 curvas integrais, SIS, 992 de b', 345-346
corrente transiente, 533 curvas lisas por partes, 937 de enésima ordem, 138
correntes marítimas, 772 curvas orientadas, 934 de funções constantes, 100
cossecante, 28 curvatura, 743-749 de funções hiperbólicas, 401
cossecante hiperbólica, 401 centro de, 747 de funções hiperbólicas inversas, 403
cota superior de seqüência, 540 de um gráfico no plano, 746-747 de funções inversas, 354
crescimento e decaimento exponencial, fórmula da, 745 de funções lineares, 100
367-371 raio de, 747 de funções logarítmicas, 360-362
crescimento populacional, 522 custo marginal, 129,287 de funções trigonométricas, 142, 144
cúbica torcida, 746 da redução, 289 de funções trigonométricas inversas,
cunhas esféricas, 898 custo total, 284 393-394
curva de fronteira lisa por partes, 867 datação por carbono, 370 de séries de potências, 580
curva de ressonância, 188 decimais: de vetor velocidade, 753
curva de vínculo, 842-844, 847 finitos, 1 definição de, 97-101
curva de vínculo limitada, 847 periódicos (dízima periódica), 1 descontínua, l 54
curva espacial, 721-722 declinação magnética dos EUA, 800 direcional, 813-817
curva fechada simples, 867, 988, 994 declividade da reta, 13-14 e retas tangentes, 99
curva lisa, 867 decomposição : em coordenadas polares, 620
por partes, 867 de cunha esférica, 898 estimativa da, 101
curva paramétrica (parametrizada), 603-604, de retângulo polar, 894 normais, 999
609,721 decomposição em frações parciais, 446-448, parciais, 772, 791-798, 805, 830
área abaixo de, 614 451,453 parciais mistas, 795
derivada segunda de, 614 definição foco-diretriz de cônicas, 644-645 primárias, 822
curva tridente, 160 densidade, ver densidade de massa primeira, 137,201
curvas: densidade da água do mar, 772-773, 800 segundas, 137
área entre duas, 321-322, 633 mapa de contornos da, 783 sinais da, 193
côncava para cima e para baixo, 199-200 densidade de massa : superiores, 137-139
cúbica torcida, 746 constante, 485 trigonométrica em graus, 150
de Bézier, 609-610 de uma curva, 933 ver também antiderivadas, teste da
de fronteira, 867, 994 e massa total, 310-312 derivada primeira e teste da derivada
de reticulado, 959-960 linear, 310-311 segunda
direção para a frente de, 934 densidade de massa constante, 485 derivadas a valores escalares, 733
e seções cônicas, 637 densidade de massa linear, 310-311 derivadas direcionais, 813-817
em forma de sino, 904 densidade populacional, 311-312, 319 derivadas parciais, 772, 791-798, 805,830
farru1ia ortogonal de, S13 densidade uniforme, ver densidade de massa de ordem superior, 795-798
fechada, 993 constante estimativa com mapas de contornos, 795
fechada simples, 988, 994 derivação, 138 derivadas parciais e o Teorema de Clairaut,
hélice, 721-722 de séries de potências, 580 796
integral, SIS, 992 e integração, 280 derivadas parciais mistas, 795
lemniscata, 161,630 implícita, 120, 155-158, 824-825 igualdade das, 796
14 fNDICE

derivadas parciais mistas de campos distribuição de Boltzmann, 851 eixo z, 666


vetoriais gradiente, 926 divergência : eixo(s), 3
derivadas primárias, 822 de séries harmônicas, 558 de uma elipse, 639
derivadas segundas, 137-139, 201, 743-744 de um campo vetorial, l O13 de uma hipérbole, 640-641
de curva parametrizada, 614 de uma integral imprópria, 457 de uma parábola, 642
e aproximação trapezoidal, 415-416 de uma seqüência, 536 horizontal, 322-323, 331
e vetor aceleração, 753 de uma série infinita, 547 elemento de linha, 932
derivadas trigonométricas em graus, 150 teorema da, 1012-1020 elemento de superfície, 964
Descartes, fólio de, 160,613 teste de, 550 eletromagnetismo, 1021
Descartes, René, 3, 187 divergente : elétrons, trajetória de, 1009
descontinuidade, 63-66 seqüência, 541 elipses, 637-639, 648, 702-703
de salto, 65 série, 547, 550-551 área de, 297, 992
de uma função, 182 dízima periódica, 1 definição foco-diretriz de, 644
infinita, 66, 460 dízima periódica, 1 diretriz de, 644
removível, 64-65 DNA e curvatura, 743 em coordenadas polares, 645
descontinuidade de salto, 65 domínio aberto, 834 excentricidade de, 643
descontinuidade infinita, 66, 460 domínio de parâmetros, 957 lei das, 762-763
descontinuidade removível, 64-65 domínio limitado, 834 parametrização de, 605-606
descriminantes, 16, 833-834, 836-838 domínios, 4-5, 352, 354, 834 propriedades de reflexão das, 646
e seções cônicas, 648 aberto, 834 translação de, 640
teste do, 648 conexos desconexos, 874, 948 elipsóides, 327, 702-703
desigualdade triangular, 2, 662 de integração, 855 energia:
desigualdades e intervalos, 3 de parâmetros, 957 cinética, 340
deslocamento, 618 decomposição de, 875 conservação da, 154, 768
e mudança de posição, 43 e coordenadas cilíndricas, 896 e trabalho, 334-337
determinante jacobiano, 907-910, 913-915 e coordenadas polares, 895 energia cinética, 340, 952
de aplicação inversa, 914 e curvas de fronteira, 994 energia potencial, 952
determinantes : e diferenciabilidade, 804 epsílon (E), 88
e área e volume, 687-689 e fórmula de mudança de variáveis, equação da onda, l 021
e produto vetorial, 684 910-911 equação de Schrõdinger da Mecânica
jacobiano, 907-909 e fronteiras, 988, 1013 Quântica, 797
menores, 684 e jacobianos, 908 equação de uma reta, 13, 15
simbólicos, 685 e n variáveis, 772-773 forma corte-corte da, 19
valor absoluto de, 688 e o Teorema de Green, 988 forma inclinação-corte da, 13
diagrama de força, 661 e regiões entre curvas, 869-874 forma ponto-ponto da, 19
diferenciabilidade, 802-805 e seqüências, 535 equação de vínculo, 219
critério para a, 804, A25 fechados, 834 equação diferencial logística, 522-524
e continuidade, 113 integrais duplas em, 867-875 equação do calor, 797
e linearidade local, 114 limitados, 834 equação geral de grau dois, 646-648
e plano tangente, 804 sem buracos, 1018 equação geral do segundo grau, 646-648
diferenciação, ver derivação simplesmente conexos, 949-950 equação logística inversa, 526
diferenciais, 109, 238,291,805 domínios conexos, 874 equações:
substituição usando, 291-294 domínios fechados, 834 da reta tangente, 99
diferencial do comprimento de arco, 932 domínios simplesmente conexos, 949 de Laplace, 967
diferencial simbólico, 987 Douglas, Paul, 845 de uma elipse, 639
dilatação de um gráfico, 7-9 Dürer, Albrecht, 626 de uma hipérbole, 641
e seções cônicas, 645 e,346 de uma parábola, 642
dinâmica de fluidos, 923 irracionalidade de, 599 de vínculo, 219
dinâmica de fluidos computacional, 471 efeito Aharonov-Bohm (AB), 1009 diferencial logística, 522-524
Dirac, Paul, 925 efeito de uma pequena variação, 173 do calor, 797
direção e sentido da, 731-732 Einstein: esboçando o gráfico de uma, 6
direção positiva ao longo de uma curva, 934 Albert, 132, 263,404,766 exponencial, 639
diretriz, 642-643 equações de campo, 766 geral de grau dois, 646-648
Dirichlet, Lejeune, 571 lei da soma de velocidades de, 404-405 logísticas inversas, 526
disco aberto, 784 eixo conjugado de elipse, 638 paramétricas, 603-61 O
disco perfurado, 784 eixo focal de uma elipse, 638 polares, 624, 633, 645-646
distância de parada, 129 eixo vertical, revolução em tomo de, 324, 330 equações diferenciais, 154, 240, 505-510
distância percorrida : eixo x, 3, 666 de primeira ordem, 514, 517
e deslocamento, 618 eixo y, 3,666 de segunda ordem, 405
e velocidade e tempo, 248 integração ao longo de, 304-305 e funções exponenciais, 367-368, 379
ÍNDICE 15

homogêneas, 532 na regra de Simpson, 419 num campo magnético, 687


linear, 506 na regra do trapézio e na regra do ponto numa superfície inclinada, 480
lineares de primeira ordem, 527 médio, 415-419 força centrípeta, 754
logística, 522-524 estrondo sônico, 45 força do fluido, 477-478
ordem de, 506 Euler: força eletrostática, 952
para funções vetoriais, 734 constante de, 545 força gravitacional, 952
solução geral de, 505 fórmula de, 406 força gravitacional do Sol na Terra, 952
solução particular, 240 Leonhard,346,406, 552,589 força normal, 679
soluções de, 767 método de, 517-519 força resultante, ver força fluida
soluções em séries de potências de, método do ponto médio de, 522 força total, ver força do fluido
581-584 excentricidade : forças como grandeza vetorial, 661
equações diferenciais de primeira ordem, da órbita de Mercúrio, 236 forças magnéticas e produtos vetoriais, 684
514,517 de elipse, 643 forma corte-corte de uma equação, 19
equações diferenciais de segunda ordem, 405 de hipérbole, 644 forma inclinação-corte da equação da reta,
equações diferenciais homogêneas, 532 de uma seção cônica, 643 13
equações diferenciais lineares, 506 expansão decimal, 1, 2 formas quadráticas, 836-838
de primeira ordem, 527-529 expansão decimal finita, l fórmula da distância, 3-4, 629
equações diferenciais lineares de primeira expansão termal, 175 e vetores, 655
ordem, 527-529 casca fina, 328-329 tridimensional, 667
solução geral de, 527 expoente negativo, 344 fórmula de Bernoulli, 256
equações diferenciais parciais (EDP), 792 expoente zero, 344 fórmula de mudança de base, 359
equações lineares, 15 expoentes negativos, 344 fórmula de mudança de variáveis, 292, 294,
equações paramétricas, 603-61 O extremidades, 184-186, 416, 418 893-894,904-915, 976
de uma reta, 670-672 aproximação pelas, 261-262, 285 de aplicações, 911-915
equações polares, 624, 714 extremos, ver valores extremos em três variáveis, 915
de seções cônicas, 645-646 extremos locais, 182-184, 829, 830 fórmula de recursão, ver fórmulas de
e área entre duas curvas, 633 faixa de Mõbius, 980 redução, 426
equações ponto-inclinação de retas, 15 famílias ortogonais de curvas, 513 fórmula de Viete, 20
equações ponto-ponto de retas, 15 fator integrante, 527 fórmula do ângulo duplo, 30
equações separáveis, 506 fatores lineares distintos, 446 fórmula do produto para produto vetorial,
equilíbrio estável, 522-523 fatores lineares repetidos, 449 731
equilíbrio instável, 523 fatores quadráticos, 450-452 fórmula quadrática (de Bhaskara), 17
erro, 89 fatores quadráticos irredutíveis, 450 fórmulas de Frenet, 753
na aproximação linear, 174, 178-179 fatores quadráticos redutíveis, 536 fórmulas de integração, 402
na linearização, 177 Fefferman, Charles, 107 fórmulas de redução, 433-434
percentual, 177-178 Fermat: para integrais, 426-427
erro percentual, 177-178, 806 Pierre de, 187 para seno e cosseno, 431
esboço do gráfico, 3-9 teorema dos extremos locais de, 184, 830 fórmulas de translação, 30
de equações, 6 Feynmann, Richard, 130,334 Fossum, Michael, 720
de funções a duas variáveis, 773-775 Fior, Antonio, 235 frações:
escala, 14 fluido incompressível, 1017 derivadas como, 148
escala Richter, 358 fluido incompressível, l O17 método das, parciais, 446-453
escalar, 657 fluxo, 973 Franklin, Benjamin, 526
e produto escalar, 676 fluxo,976 fronteira, l O13
esfera: de um campo vetorial, 973,999, orientada, 1006
como superfície de nível, 780 1019-1020 fronteira do quadrado, 835
e gradientes, 816 fluxo de cisalhamento (fluxo de Couette), fronteira orientada, l 006
em dimensões superiores, 888 992 função área (cumulativa), 278
equação da, 667-668 fluxo de Couette (fluxo de cisalhamento), derivada da, 278
parametrização da, 958 992 e concavidade, 283
potencial gravitacional da, 967-968 fluxo fluido, 976-978 função comprimento de arco, 738, 740, 744
volume da, 310, 887-888 fluxo laminar, 312 função coordenada, 720
espaço gerado por vetores, 659 focos: função cosseno, 67, 293
espectro de absorção, 535 de uma elipse, 638, 762 definição no círculo unitário, 26
espiral de Bernoulli, 742 de uma hipérbole, 641 derivada da, 142-143
espiral de Cornu, 750 fólio de Descartes, 160, 613 expansão de Maclaurin da, 589-590
espiral equiangular, 603 força, 334, 477-480 período da, 28
estimativa de quantidade desconhecida, 101 calculando uma, 478 propriedades básicas da, 31
estimativa do erro, 177-178 componente tangencial da, 938 função cumulativa de área, ver função área
do polinômio de Taylor, 496-499, 589 e trabalho, 938-939 função custo, 287
16 fNDICE

função custo médio, 136-137 derivadas como, 107-112 reais, 720


função decrescente, 6 derivadas de, 97-101 reais a n variáveis, 772
função definida implicitamente, 22 derivadas parciais superiores, 795-798 representação por séries de potências de,
função densidade de probabilidade, 467 deriváveis, 98, 107 576
função densidade radial, 311-312 descontínuas, 64-65, 182 seqüências definidas por, 537
função diferenciável, 98, 107 diferenciáveis, 98, 107 transcendentais, 22
função elíptica de primeira espécie, 594 e antiderivadas, 238 trigonométricas,22,25-29, 142-144,210,
função elíptica de segunda espécie, 599 e diferenciabilidade, 804 392-396, 400-401
função estritamente decrescente, 6 e gráficos em duas variáveis, 773-775 trigonométricas inversas, 392-396
função gama, 467 e o Teorema do Confronto, 78-81 valor médio de, 314-315, 873-874
função gaussiana, 413 e o Teorema do Valor Intermediário, 84 valores de, 4-5
função gudermanniana, 411 elementares, 23 valores extremos de, 181-186
função logarítmica, 22 escalares, 720 velocidade, 734
função não-diferenciável, 183 exponenciais, 22, 61, 343, 346, 367-368 vetoriais, 720-724, 727-734, 745,763
função não-linear, 16 extremos locais de, 182-184 zero de, 5, 84-85
função produção de Cobb-Douglas, 845 formas indeterminadas de, 74 funções algébricas, 21
função quociente, 122 gama, 413 funções componentes, 720, 904
função radial, 828 gaussianas, 413 funções compostas, 147,280,291, 787
função seno, 67 gradiente de, 809 continuidade de, 68
definição no círculo unitário, 26 gráfico de, 5 e regra da cadeia, 821
derivada da, 142-143 harmônicas, 828 funções constantes, 100
expansão de Maclaurin da, 589-590 hiperbólicas, 399-406 funções contínuas, 64-70, 182,834,858
período da, 28 hiperbólicas inversas, 402-403 integrabilidade de, 263, A22
propriedades básicas da, 31 imagem de, 4-5 integráveis, 881
função tangente : ímpares, 6 funções contínuas à direita, 65
derivada de, 144 injetoras, 352-354, 402 funções contínuas à esquerda, 65
integral de, 432-433 integrais triplas de, 880-888 funções crescentes, 6
função transcendente, 22 integral de, vetoriais, 733 funções de Bessel, 582, 594
função valor absoluto : integral de superfície de, 963 funções definidas por partes, 65
integral da, 265 integráveis, 262, 264 funções elementares, 23
não-derivabilidade da, 114 inversas, 350-355 funções escalares, 720
função velocidade, 734 invertíveis, 351 funções escalares, leis do limite de, 728
funções: investigando comportamento de, 36 funções exponenciais :
algébricas, 21 lineares, 775, 777-778 continuidade de, 67
área, 278, 283 lineares e não-lineares, 13, 16, 100 de base b, 22, 344
assíntotas de, 25 linearidade local de, 178 derivadas de, 345-346
classes básicas de, 21-23 linearização de, 802-803 e cálculo financeiro, 374
com derivada nula, 192 localmente lineares, 114 equações diferenciais de, 379
com descontinuidades infinitas, 66 logarítmicas, 22 gráficos de, 22, 343
combinação linear de, 23 maior inteiro, 69 integração de, 347
componentes, 720, 904 modelagem de situações concretas por, limites de, 343
compostas, 68, 147,280,291,787, 821 69-70 propriedades de, 343
comprimento de arco, 738, 740, 744 monótonas, 253 séries de potências de, 576
constantes, 100 não-decrescentes, 193 funções harmônicas, 828
construção de novas, 22-23 não-diferenciáveis, 183 funções hiperbólicas, 399-400
continuamente diferenciáveis, 957 numéricas, 5 e derivadas, 401-402
contínuas, 64-68, 70, 182, 786, 787, 834, pares, 6 inversas, 402-403
858,881 paridade de, 6-7 funções hiperbólicas inversas, 402-403
continuidade de, 67-68 periódicas, 28 funções ímpares, 6-7
coordenadas, 720 polinomiais, 21 funções injetoras, 352
crescentes, 6, 193 potenciais, 967 funções integráveis, 262, 264
curvas de nível de, 775-777 potências, 21, 786 funções inversas, 350-355
de Bessel, 582, 595 produto, 863 derivada de, A24
de duas ou mais variáveis, 772-780 produto de, 787 funções invertíveis, 351
decrescente, 6, 193 quadráticas, 16, 18, 419 funções lineares, 13
definição de, 4 quociente, 122 derivada de, 100
definidas implicitamente, 22 racionais, 21, 67,212,446, 786 gráfico de, 16
definidas por partes, 65 radial, 828 locais, 114
densidade de probabilidade, 467 raiz de, 5, 84-85 mapa de contornos de, 777-778
densidade radial, 311, 312 raízes enésimas, 67 traços de, 775
ÍNDICE 17

funções monótonas, 253 gráficos polares, área entre, 633 e encontrar uma antiderivada, 238
funções numéricas, 5 grandeza vetorial, 661 em coordenadas polares, 893-896
funções pares, 6-7 grau de polinômio, 21 em regiões entre superfícies sem corte,
funções periódicas, 28 graus, 25-26 886
funções potência, 21 , 786 gravidade: em regiões sólidas, 883-884
funções potencial, 925-926, 945-946, 967 e aceleração, 139 fórmulas de, 291
existência de, 950 e movimento, 131 invertendo os limites de, 266
obtenção de, 949-954 e trabalho, 336 limites de, 263, 294
funções quadráticas, 16, 419 lei do quadrado inverso da, 42 múltipla, 855-863
gráfico de, 16 trabalho contra a, 952 num retângulo, 868
obtenção de mínimo de, 18 Gregory, James, 433, 589 numa caixa, 882
funções racionais, 21, 446 Hamilton, William Rowan, 655 numa parte do círculo, 871
comportamento assintótico de, 212 hélice: numérica, 413-420
contínuas, 786 curva da, 721-722 para calcular trabalho, 335
continuidade de, 67 vetor normal unitário da, 747 para calcular volumes, 308-310
funções racionais próprias, 446 helicóide, 961 por partes, fórmula de, 424-427
funções reais, 720 Heron de Alexandria, 223 termo-a-termo, 580
de n variáveis, 720 hipérboles, 637, 640-642, 648, 703-704 usando frações parciais, 446
funções trigonométricas, 22, 25-29 assíntotas de, 643-644 usando substituição, 291
derivadas de, 144,401 como traços horizontais, 775 usando substituição trigonométricas, 438
integrais de, 240 definição foco-diretriz da, 644 integração dupla, 311
inversas, 392-396 diretriz de, 644 integração numérica, 413-420
funções trigonométricas inversas, 392-396 equação das, 641 integração vetorial, 733-734
funções vetoriais, 720-724 excentricidade de, 644 integrais:
cálculo de, 727-728 propriedades de reflexão das, 646 antiderivadas como, 280, 284
contínuas, 728 hiperbolóides, 326, 703-704, 780 ao longo de um caminho fechado, 947
continuidade de, 728 hipervolume, 888-889 aplicações da, 301-357
derivadas de, 728, 733 hipociclóide, 613 aproximação de, com polinômios de
equações diferenciais de, 734, 763 Hooke: Taylor, 502
limites de, 727-729 lei de, 154,335 com e', 347-348
ortogonalidade de, 732-733 Robert, 335 comparação de, 461
produtos escalares e vetoriais de, 730 Huxley, Julian, 5 comprimento de arco, 471-472, 616-617
Teorema Fundamental do Cálculo para, Huygens, Christiaan, 148,501,608 de dentro, 859, 870
734 i, j e k, 660, 678, 1002, 1014 de linha, ver integrais de linha
Galilei, Galileo, 42-43, 131-132, 488,608, identidades trigonométricas, 29-31 de linha escalares, 930-933
766 imagem, 4-5, 35 1=352, 904-905 de probabilidade, 456
Gauss : imagem, 904-905 de superfície, 957-967, 973-980,
Carl Friedrich, 263 inclinação de uma reta, 14 1002-1006
lei de, 967, 1020 e equações polares, 624 de superfície vetorial, 974
Teorema de, ver Teorema da Divergência inclinação negativa, 14 de um vetor gradiente, 947
gráficos: incremento temporal, 517-519 de uma constante, 265
amplitude de, 8-9 independência da superfície de campos de velocidade, 286-287
aproximação da área abaixo de, 261 vetoriais rotacionais, 1006 definida, ver integrais definidas
da cúbica torcida, 746 independência de caminho (de campos derivação de, 280
de funções, 5 vetoriais), 944, 947 do valor absoluto, 265
de funções exponenciais, 22, 343 índice : duplas, 855, 857-858, 867-875, 893-896,
de funções lineares, 13, 16 de uma seqüência, 535 910
de funções logarítmicas, 359 de uma série infinita, 546 e volume, 309
de funções não-lineares, 16 índice de massa corpórea (IMC), 805 fórmulas de redução para, 426-427
de funções quadráticas, 16 indução, princípio da, Al3 impróprias, ver integrais impróprias
de funções trigonométricas, 28 instrumento de medição de condutividade, indefinidas, ver integrais indefinidas
dilatação de, 7-9 temperatura e profundidade, 773 infinitas, 457-458
e escala, 14 integrabilidade, 857 iteradas, 859-864, 872
e janelas de visualização, 34 integração, 291 logaritmos como, 362-363
esboçando, 7, 206-215 a valores reais, 733-734 múltiplas, 855-863
formato do, 199-203 constante de, 238 num hemisfério, 975
Integral de superfície em, 975 de funções trigonométricas inversas, 396 para calcular variação líquida ou total,
polares, 633 de séries de potências, 580-591 284-285
ramos de, 157 e área de uma região irregular, 248 simples, 855, 857
translação de, 7-8 e derivação, 280 Teorema do Valor Médio para, 874
18 fNDICE

trigonométricas básicas, 240 integrandos, 238, 263, 293 lâminas, 484-486


triplas, 880-888, 896-900 com descontinuidades infinitas, 460 Laplace:
integrais curvilíneas, ver integrais de linha e a fórmula de integração por partes, 424 equação de, 967
integrais de linha, 930-939 e integrais impróprias, 459 operador de, 828,967, 999, 1021
e campos vetoriais gradientes, 946 integrandos com raízes quadradas, 438 Pierre Simon de, 406, 967
e o Teorema de Green, 987-988, 990-991 intensidade da luz, 372 transformada de, 467
e o Teorema de Stokes, 1005 interesse composto, 374-375 latitude, 714
Teorema Fundamental do Cálculo para, intervalo aberto, 2-3 lei:
1013 intervalo de contornos, 776, 778-779, 800 da área igual em tempo igual, 762-763
integrais de linha escalares, 930-933 intervalo de tempo e velocidade média, 42-44 da conservação da energia, 952
integrais de linha vetoriais, 933-938 intervalo infinito, 2 das elipses, 762-763
integrais duplas,855, 857-858 intervalo semi-aberto, 2 de continuidade, 66-67
e fórmula de mudança de variáveis, 91 O intervalos : do período da órbita, 763
em domínios mais gerais, 867-875 abertos, 2-3, 182, 221 dos cossenos, 30, 676
linearidade de, 859 adjacentes, 267 dos expoentes, 344
num retângulo, 857 de crescimento e de decrescimento, 195 dos logaritmos, 359
integrais impróprias, 456-459, 461 descritos por desigualdades, 3 lei da adição, 60-61, 67, 143, 786
absolutamente convergentes, 467 e pontos de teste, 195 demonstração da, 92
convergência de, 457 fechados, 2-3, 182, 184, 221 Lei da Alavanca de Arquimedes, 488
de x', 458, 460 infinitos, 2 lei da associatividade, 659
teste da comparação para, 461 notação padrão de, 2 lei da comutatividade, 659
integrais iteradas, 859-864, 872 ponto médio de, 3 do produto escalar, 676
triplas, 881-882 pontos críticos e extremidades de, 184 lei da distributividade, 678
integrais múltiplas, 855-863 raio de, 3 e produto escalar, 676
integrais múltiplas impróprias, 904 semi-abertos, 2 e produto vetorial, 686-687
integrais p, 458 valores de teste em, 201 para escalares, 659
integrais simples, 855, 857 valores extremos em, 181 lei da Gravitação Universal de Newton, 763
integrais trigonométricas, 240, 430-434 intervalos adjacentes, 267 lei da indução de Faraday, 134, 978, 979
tabela de, 433-435 intervalos fechados, 2, 3, 182 lei das elipses, 762-763
integrais trigonométricas básicas, 240 e intervalos abertos, 221 demonstração da, 764-765
integrais triplas, 880-888 otimização em, 184 lei de Beer-Lambert, 372
em coordenadas cilíndricas, 896-897 involuta, 620 lei de Coulomb, 903, 968
em coordenadas esféricas, 897-900 isóclinas, 516 lei de Galileo, 404-405
integral de comprimento de arco, 741 iteração : método de Newton, 232-234 lei de Kleiber, 135
integral de constante, 265 janela de visualização, 34 lei de Ohm, 135, 792
integral de fora, 859 janela de visualização, 34 lei de Snell, 223, 228
integral de probabilidade, 456 joule, 334, 939 lei de Stevens, 135
integral de superfície, 957-967, 1002, 1006 juros compostos continuamente, 375 lei de Torricelli, 509
de campos vetoriais, 973-980 Kepler: lei do múltiplo constante, 60-61, 786
em gráficos, 975 Johannes, 42, 226, 762,766 lei do paralelogramo, 657-658, 661, 669
integral de superfície vetorial, 974 leis de, 236,335, 762-764, 766-767 lei do produto, 60-62, 786
integral definida, 263 primeira lei de, 651 lei do quadrado inverso da gravidade, 42
cálculo com antiderivadas, 278-279 problema de, 236 lei do quociente, 60-61, 786
e o Teorema Fundamental do Cálculo, 273 problema do barril de vinho de, 226 lei dos cossenos, 30, 676
fórmula de mudança de variáveis de, 294 prova da segunda lei, 763-764 lei dos expoentes, 344
interpretação gráfica de 263-265 segundaleide,236, 762-763 Leibniz :
linearidade de, 265-266 terceira lei de, 651, 763 Gottfried Wilhelm von, 22, 108, 121 ,292,
propriedades da, 265-268 Koch : 552,589, 608
integral elíptica de segunda espécie, 599 floco de neve de, 556 notação de, ver notação de Leibniz
integral imprópria absolutamente Helge von, 556 teste da série alternada, 567-568
convergente, 467 L'Hôpital: leis básicas de limites, 60-61
integral imprópria duplamente infinita, 457 Guillaume François Antoine Marquis de, leis de limite, 66, 786
integral indefinida, 238, 240, 263 384 básicas, 60-61
e o Teorema Fundamental do Cálculo, 273 regra de, para limites, 384-390, 458, 537 de funções escalares, 728
linearidade da, 239 Lagrange: para seqüências, 539
integral infinita, 457,458 condição de, 844 leis universais de movimento e gravitação,
integral iterada de função produto, 863 equações de, 844, 846 762
integral num hemisfério, 975 Joseph Louis, 108 lemniscata, 161, 630
integral vetorial, 733 multiplicadores de, 842-847 Libby, Willard, 370
ÍNDICE 19

libra, 334 longitude, 714 mínimo local, 182-183, 194,829,831,832,


limaçon, 626 cota inferior de uma seqüência, 540 837, 838
de Pascal, 160 Maclaurin: modelagem e equações diferenciais, 507
limite infinito, 55-56 Colin, 492, 589 modelo de Glatzmaier-Roberts, 893
limites, 41, 50-56, 102, 785 expansão de, 593, 589-590 modelos do mundo real com funções
calculando área como, 254 polinômios de, 492, 494 contínuas, 69
cálculo algébrico, 73-77 séries de, 588, 590-591, 594, 596 momento angular, 737, 764
cálculo pelo método de substituição, 68-69 Madhava, 589 momento x, 483
cálculo por mudança de variáveis, 81 magnitude de vetor, 655 momento y, 483
cálculo por substituição, 786-787 mapa de contornos, 775-780 momentos, 483-485
conferindo a validade de, 789 de uma função linear, 777-778 aditividade de, 487-488
de aproximação poligonal, 741 de uma sela, 777 de um círculo, 488
de aproximações, 253-257 e campos vetoriais gradiente, 946 de um triângulo, 488
de funções vetoriais, 727-729 e derivadas direcionais, 815 montanhas:
de integração, 263, 294 e estimativa de derivadas parciais, 795 cadeia de montanhas Whitney (EUA), 778
de seqüência geométrica, 538 e pontos críticos, 832 e mapas de contornos, 778-779, 783
de seqüências, 536-537 Mars Climate Orbiter (espaçonave), 132 montanhas russas e curvatura, 743
de somas de Riemann, 855, 857 massa: Moore:
de uma função exponencial, 343 cálculo de, com densidade de massa, Gordon, 343, 373
definição de, 51-52, 87-91 310-311 lei de, 343, 373
definição formal, 89 centro de, 887 movimento:
e continuidade, 63-70 e integrais triplas, 886-887 circular não-uniforme, 758-759
e valor de função, 53 massa da Via Láctea, 768 circular uniforme, 753-754
e velocidade instantânea, 41 massa de estrelas, 768 e gravidade, 13 I
em várias variáveis, 784-786 massa total, 310-312, 933 lei do período do, 763
indeterminados, 74 integrais de linha escalares como, 933 leis de Newton do, 42, 132
infinitos, 55-56 massas pontuais, 483 leis do, para objeto caindo, 132
investigação gráfica e numérica de, 52-54 matemática do vôo espacial, 720 linear, 130
laterais, 54-55, 459 matrizes, 684 no espaço tridimensional, 753-759
leis de, ver leis de limite e determinantes, teoria de, 684 segunda lei de Newton do, 763
necessidade de, 102 máximo e mínimo absoluto, 181 vetor em, 721
no infinito, 210-211 máximo local, 182-183, 194, 829,831 , 837, movimento circular não-uniforme, 758-759
regra de linearidade dos, 551 838 movimento circular uniforme, 753-754
teoremas de, 92 Maxwell: movimento planetário :
trigonométricos, 78-81 equações do eletromagnetismo de, 797, leis de Kepler do, 42
limites laterais, 54-55 987, 1021 leis do, 762-763
e integrais impróprias, 459 James Clerk, 809, 1021 movimento retilíneo, 130
limites trigonométricos, 78-81 lei da distribuição de velocidades de, mudança de escala horizontal, 8-9
linearidade : 466 mudança de escala vertical, 8-9
de integrais de linha, 937 média aritmético-geométrica, 545 mudança de sinal, 194-195
de integral indefinida, 239 média ponderada e regra de Simpson, 417 multiplicação :
do somatório, 251 mediana de triângulo, 491 de séries de Taylor, 591
local, 37, 114,179 medida de ângulo : radianos e graus, 25-26 pelo conjugado, 75
linearidade de somatórios, 25 l meia-vida, 370 multiplicação por escalar, 657, 669
linearidade local, 37, 178, 802-803 Mengoli, Pietro, 552 n variáveis, 772
de funções diferenciáveis, 179 menores, 684 nabla, 809, 1001
linearização, 177-178 meridiano principal, 714 newton (N), 334, 939
de uma função, 802-803 mesa invisível de Cantor, 556 Newton:
erro na, 177 método das cascas, 328-331 conservação da energia e a lei de, 952
linhas de fluxo, ver curvas integrais método das cascas cilíndricas, ver cascas constante universal da gravitação de, 763
logaritmo natural, 279, 345-346, 358 cilíndricas Isaac,42, 108, 148,272, 355, 514, 552,
logaritmos, 358 método das frações parciais, 446-453 589, 592, 608, 762, 967
cálculo de, 360 método de bisseção, 85 lei da gravitação universal, 42, 148, 175,
como integrais, 362-363 método de substituição, 68-69, 291 763
de base b, 358 método do disco (para calcular volumes), lei do resfriamento de, 380, 517
derivada de, 360-362 320-321 , 329 leis do movimento de, 42, 132, 766
gráfico de, 359 mi/h, abreviatura de "milhas por hora" método de, 231-234
leis de, 359 migração de aves, 219, 230 segunda lei do movimento, 154, 754-755,
naturais, 279, 345-346, 358 mina de urânio Ranger (Austrália), 855 763
110 [NDICE

newton-metro (N-m), 939 orientação oposta em integral de linha, 937 limaçon de, 160
nível de produção, 129 origem, 1, 3 triângulo de, A 14
norma (de partição), 261 ortogonalidade : periélio (de órbita planetária), 651
(de um vetor), ver, comprimento; de funções vetoriais, 732-733 período (de órbita), 763
magnitude relações de ortogonalidade, 437 perpétua, 459
normal, ver perpendicular teste de, 677-678 pés-libra (pés-Ih), 334, 939
notação de Leibniz, 108-109, 127 otimização, 181 planímetro, 991
derivadas parciais, 792 com multiplicadores de Lagrange, plano osculador, 748
derivadas parciais superiores, 796 842-847 plano tangente, 802, 959-961
derivadas superiores, 138 em intervalo aberto, 221 e diferenciabilidade, 804
derivadas vetoriais, 729 em várias variáveis, 829-838 num extremo local, 829
diferenciais, 291 problemas de, 219-224 obtenção de equação de, 816
integral definida, 263 oval, 752 plano xy, 884-885
regra da cadeia, 148 padrão de difração de Fraunhofer, 59 plano xz, 885
notação de linha, 108 Palais, Richard, 923 plano yz, 884-885
notação de somatório, 250-253 parábolas, 637, 642-643, 648, 704 planos coordenados, 666
notação delta(~). 43 como traços verticais, 775 traços em, 702
número de rotação de uma curva, 954 excentricidade de, 643 planos(as) :
números: gráfico de função quadrática, 16 coordenados, 666
complexos, 405 parametrização de, 606-607, 739 equação da forma ponto-normal de, 696
complexos imaginários, 405 propriedades de reflexão de, 646 equação determinada por três pontos de,
de Bernoulli, 256 parabolóide elíptico, 704-705 697-698
e,346 parabolóides, 704-705 interseção de reta com, 698
irracionais, 1 parabolóides hiperbólicos, 704-705 no espaço tridimensional, 695-698
naturais, 1 paralelepípedo, 687-688 osculador, 748
racionais, 1 paralelogramo, 659, 687-689 paralelos a um plano dado, 697
reais, 1, 2, 85, 182 área de, 962 traços de, 698
seqüências de, 535 curvo, 962 xy, equação do, 696
números complexos, 405 e aproximação linear, 909 Poiseuille :
imaginários, 405 paralelogramo curvo, 962 Jean, 313
números de Bernoulli, 256 parametrização, 739 lei do fluxo laminar, 229,313
números irracionais, 1 da esfera, 958 polinômios, 21
números naturais, 1 de curvas de integrais de linha, 931 coeficientes de, 21
números racionais, 1 de integral de linha vetorial, 936 continuidade de, 67
números reais, 1 de um cilindro, 957-958 contínuos, 786
distância entre, 2 de um cone, 957-958 cúbicos, 107
propriedade de completude de, 85, 182 de vetores, 670-671 de Bernstein, 609
valor absoluto de, 2 do gráfico de uma função, 959 de Chebyshev, 38
octantes, 666 e o cálculo de integral de linha escalar, de Maclaurin, 492, 494
onda eletromagnética, 1021 931-932 de Taylor, 492-498
onda senoidal, 27 pelo comprimento de arco, 739-741, gráfico de, 206-210
ônibus espacial, 753 744-745 grau de, 21
órbita do, 761 regular, 743, 960 quadráticos, 206-207, 450
sistema de manipulação remota do, 720 parametrização com velocidade unitária, polinômios cúbicos, 107
operações com vetores usando 739 polinômios de Bernstein, 609
componentes, 658-659 parametrização do gráfico de funções, 959 polinômios de Chebyshev, 38
operações inversas : derivação e integração, parametrização regular, 743, 960 polinômios quadráticos, 206-207, 450
280 parametrização vetorial, 670-672, 721 ponta de vetor, 655
operações lineares do rotacional, 1001 da ciclóide, 733 ponte Tri-City (estado de Washington,
órbita de Mercúrio, 766 parametrizações com comprimento de arco, EUA), 655
órbitas: 739-741, 744, 745 ponto base (de vetor), 655
e lei das elipses, 764-765 parâmetros, 720 ponto de fronteira de um domínio, 834
periélio de, 766 e equações paramétricas, 603 ponto de inflexão, 200-201
órbitas hiperbólicas, 767 paridade de função, 6-7 ponto de sela, 831-832
órbitas parabólicas, 767 Parque Nacional Yosemite, 772 ponto interior de um domínio, 834
órbitas planetárias, 764-767 partições, 261, 302 ponto médio, 416, 418
ordem de equação diferencial, 506 regulares, 856, 881 aproximação pelo, 252,261
ordenada, ver coordenada y partições regulares, 856, 881 de intervalo, 3
Oresme, Nicole de, 552 Pascal: fórmula do, 671
orientação de fronteira, 988, 1000 Blaise, 608 regra do, 415-416
fNDICE 111

pontos (números reais), 1 fórmula do produto do, 731 regra da diferença, 111
conjunto de, intermediários, 261 propriedades básicas do, 686 regra da mão direita, 666, 685
pontos amostrais, 856, 858, 868 prova das propriedades do, 689-690 regra da potência, 109, 111-112, 274
pontos críticos, 183-185, 829-834 regra do produto do 730-731 para derivadas, 238
análise de, 195 produtos, 344 para expoentes fracionários, 154
e problemas de otimização, 223 projeção, 678 para integrais, 239
fora do intervalo, 185-186 de regiões sólidas, 882 regra da potência de potência, 344-345
sem sinal de transição, 196 projeção de Mercator, 433 regra da tangente, ver regra do ponto médio,
teste da derivada primeira para, 194-195 propriedade braquistócrona, 608 415
teste da derivada segunda para, 202-203 propriedade de completude dos números regra de Guldin, ver Teorema de Pappus
teste de, 194-195 reais, 85, 182 regra de translação e dilatação, 149-150
pontos de inflexão, 200-201 propriedade do supremo, 577 regra do múltiplo constante, 110-111, 729
pontos de teste, 195 prospecção sísmica, 230 regrado produto, 144, 156, 729-731, 764
pontos de transição de gráficos, 206 prótons em campo magnético, 687 e cálculo de derivadas, 120-121
por unidade de área, 992 queda livre, 380-381 para gradientes, 81 O
posição e taxas de variação, 41 quocientes, 344 regra do quociente, 148, 156
posição padrão : lei da continuidade do, 68 e cálculo de derivadas, 122-123
de quádricas, 702 limites de, e regra de L'Hôpital, 384 regra dos 70 do bancário, 379
de um parábola, 642 radianos, 25 regra dos múltiplos, 239
de uma elipse, 638-639 Radônio-222, 370 regra geral da potência, 149
de uma hipérbole, 641-642 raio de convergência, 576-578 regra trapezoidal, 413-414
pósitron, 925 infinito, 578-579 regressão linear, 16
potenciais escalares, 1009 raio de convergência infinito, 578-579 regressão linear, 16
potencial gravitacional, 967-968 raio de curvatura, 747 relação recursiva, 582-583
potencial gravitacional, 967-968 raio de intervalo, 3 relações lineares, 16
potencial vetor, 1006, 1009 raiz (zero) de função, 5, 84-85 resistência do ar, 380-381, 384
do solenóide, 1008-1009 raízes, 34, 344 resto, 495
potencial vetor para um solenóide, 1008, 1009 duplas, 17 reta horizontal, 14
pressão, 477 reais, 17 teste da, 353
atmosférica, 372 raízes duplas, 17 reta paramétrica, 605
de fluido, 477-480 raízes reais, 17 reta secante, 44, 97
e profundidade, 477 ramos (de um gráfico), 157 inclinação da, 97-98, 101-102, 126-127
pressão atmosférica, 372 rampa helicoidal, 961 o Teorema do Valor Médio, 192
pressão do fluido, 477-480 razão (comum), 538, 548 reta vertical, 14
primeira diferença, 24 razão incremental, 97-98 retângulo curvilíneo, 907
primeiro octante, 666 e aproximações da derivada, 1OI retângulos :
principal, 374 razão incremental, 97-98, 101 como domínios de integração, 855
princípio: razão incremental simétrica (RIS), 107 curvilíneos, 907
da distância mínima, 223 reflexão de uma função, 354 e aproximação de área, 248-250, 261
do tempo mínimo, 223 região horizontalmente simples, 869, 872 e aproximação linear, 909-910
princípio: região sem buracos, 1018 integração em, 868
da equivalência, 132 região verticalmente simples, 869, 872 pela extremidade esquerda, 251-252
da menor distância, 223 regiões polares, 893
do menor tempo, 223 simples, 869 retângulos polares, 893, 912
princípio da simetria, 487, 491 sólidas, 882-884 decomposição de, 894
problemas de taxas relacionadas, 161-166 ver também domínios retas:
problemas de valor inicial, 506-507 regiões polares, 894 direção no plano, 697
solução de, 517 regiões simples, 869 e curvatura nula, 744
produto escalar, 675, 686 regiões sólidas : e traços de funções lineares, 775
e ângulo entre vetores, 676-677 integração em, 883-884 equação de, 13, 15
e teste de ortogonalidade, 677-678 regra da adição, 110-111, 239, 729 equação ponto-direção de, 670
propriedades do, 676 regra da cadeia, 120, 147-151 , 291, 729-730, equações paramétricas de, 670-672
regra do produto para, 730 821-825 horizontais e verticais, 14
produto interno, ver produto escalar combinada com o Teorema Fundamental interseção de, 671
produto misto, 688 do Cálculo, 280-281 interseção de, com um plano, 698
produto vetorial, 684-689 de derivadas parciais, 793 paralelas, 13
anticomutatividade do, 686 demonstração da, 154 parametrização vetorial de, 721
descrição geométrica do, 685 e derivação implícita, 155, 156 perpendiculares, 13
distributividade do, 686-687 para caminhos, 810-813 retas paralelas, 14
e área e volume, 687-689 para gradientes, 81 O retas perpendiculares, 14
112 [NDICE

retas tangentes, 41-42, 99,248,732,802 geométricas, 538 séries infinitas, 535


como limite de retas secantes, 44, 98 ilimitadas, 540 convergência de, 547
de curva em forma paramétrica, 608-609 lei dos limites de, 539 linearidade de, 551
definição de, 99 limitadas, 540-542 soma de, 546-552
e equações polares, 625 limites de, 536-538 séries p, 558, 569
inclinações de, 44-45, 98, 101-102, monótonas limitadas, 541 sigma (}:;), 250
126-127,609, 793, 817 recursivas, 542 simetria, 487
verticais, 115 teorema do confronto para, 539-540 e parametrização, 607
reticulado curvilíneo, 911 termos de, 535 Simpson:
reticulado de bolas, 794 seqüências definidas recursivamente, 536 regra de, 417-419, 473
revolução científica, 765 seqüências ilimitadas, 540 Thomas, 229
Riemann: seqüências monótonas limitadas, 541 sinal em intervalo, 196
aproximação de somas de, 261 , 266 seqüências recursivas, 542 sistema de coordenadas tridimensional, 666
Georg Friedrich, 263 série alternada, 567 sistemas algébricos computacionais,
hipótese de, 263 série binomial, 592-593 418-419,431,453, 774
Rõmer, Olaf, 1021 série de Balmer, 535, 538 e método de Euler, 519
rotação em tomo de um eixo horizontal, série de Gregory-Leibniz, 535 sistemas de coordenadas :
322-323, 331 série de pagamentos, 376 superfícies de nível de, 771
rotacional : série geométrica, 547-548, 551-552, 579 tridimensionais, 666
de campo vetorial, 1001 série harmônica alternada, 568-569 sistemas de mão direita, 685
escalar, 990 série positiva, 556-562 sólidos:
Independência de superfície de campo séries: seções transversais de, 320
vetorial, 1006 absolutamente convergentes, 566 volume de, 309
valor constante do, 992 alternadas, 567 sól.idos de revolução, 320-324
rotacional escalar, 990, 1001 binomiais, 592-593 volume de, 329
secante, 28 colapsante, 547 Solidum, Renato, 358
hiperbólica, 401 condicionalmente convergentes, 567 solução de equilíbrio 522
integral da, 432-433 de Gregory-Leibniz, 535 solução de estado estacionário, 522
seção transversal horizontal e volume, 309 de Maclaurin, 588, 590-591, 594,596 solução geral (de uma equação diferencial),
seção transversal vertical e volume, 310 de potências, 576-584, 587 505
seções cônicas, 637-649, 702 de Taylor, 588-505 solução particular (de equação diferencial),
definição foco-diretriz de, 644-645 diferença entre seqüências e, 548 240
degeneradas,674 divergentes, 547, 550-551 soma da, 549
equações polares de, 645-646, 766 geométricas, 547-549, 551 , 579 soma de potências, 254-255
excentricidade de, 643 harmônicas, 552, 558, 568-569 somas de Riemann, 261-264, 273,302, 305,
não-degeneradas, 647 harmônicas alternadas, 568-569 472, 478-479,616,631 , 857,869
propriedades de reflexão de, 646 infinitas, 535, 546-552 e áreas de retângulos, 855-857
seções transversais : p, 558 e integrais de Linha escalares, 930-931
horizontais, 309 positivas, 556-562 e integrais duplas, 963
ver também arruelas somas parciais de, 546 e volume de sólido, 308
sela, mapa de contornos de, 777 séries de Fourier, 434 integral dupla como limite de, 855
sela de macaco, 832 séries de potências, 576-584, 587 somas parciais, 546-547
Sellers, Piers, 720 adaptação de, 579 de séries positivas, 557
separação de variáveis, 506 derivação de, 580 ímpares, 567-568
seqüência convergente, 536-537, 540-541 derivação termo a termo de, 580 pares, 567
seqüência crescente, 541 expansão em, 579, 587-588 somas parciais, 546-547, 557, 567-568
seqüência de Fibonacci, Al6 integração de, 580 spinors, 925
seqüência decrescente, 541 intervalo de convergência de, 577 Stephenson, Arthur, 132
seqüência geométrica, 538 obtenção do raio de convergência, 578 subintervalos, 261-262
seqüência limitada, 540-542 representação de funções por, 571 substituição :
seqüência monótona limitada, 541 soluções de equações diferenciais por, com funções hiperbólicas, 445
seqüências, 535 581-584 e cálculo de limites, 786-787
convergência de, 536-537, 540-541 séries de Taylor, 588-595 e frações parciais, 449
crescentes, 541 atalhos para obter, 590-592 e séries de Maclaurin, 591
decrescentes, 541 integração de, 591 trigonométrica, 438-442
definidas por função, 537 multiplicação de, 591 usando diferenciais, 291-294
definidas recursivamente, 536 ver também séries de Maclaurin substituição hiperbólica, 445
diferença entre séries e, 548 séries harmônicas, 552, 569 substituição trigonométrica, 438-442
divergência de, 536 alternadas, 568-569 subtração vetorial, 658
divergentes, 541 divergência de, 558 superfície de revolução, 473-474
fNDICE 113

superfície de uma cruzeta simétrica, 923 teorema da dicotomia para séries positivas, teste de confiabilidade de
superfície fechada, 1000 557-558 microprocessadores, 794
superfície parametrizada, 957-966 Teorema da Função Implícita, 825, 843 teste do discriminante, 648
superfícies, 1019 Teorema de Apolônio, 119 testes de comparação, 458, 461-462
de nível, 711 Teorema de Bolzano-Weierstrass, A 1O para convergência de séries positivas,
de revolução, 972 Teorema de Clairaut, 796, A24 559-561
e fronteiras, 1000, 1006 Teorema de Fubini, 861-862, 870, 896 para limites, 561
e Teorema de Stokes, 1002 teorema de Gauss-Ostrogradsky, ver testes de convergência e divergência de séries:
fechadas, 1000 Teorema da Divergência da raiz, 574
helicoidais, 961 Teorema de Green, 987-995, 1000, 1003 da razão, 572
interseções de, 721-722 Teorema de Pappus, 972 de comparação, 559
lisas, 1001 Teorema de Pitágoras, 656,667, 757 de comparação no limite, 561
orientação de, 1000 Teorema de Rolle, 186-187, 196 de divergência, 550
orientadas, 973 e Teorema do Valor Médio, 192 de Leibniz para séries alternadas, 567
parametrização da interseção de, 721-722 Teorema de Stokes, 1000-1009, 1018 de séries alternadas, 567
parametrizadas, 957-966 teorema de triângulos semelhantes, 166 de séries p, 558
quádricas, 702 teorema de unicidade, 368 integral, 557
quádricas degeneradas, 706 Teorema do Confronto, 78-81, 279 teorema da dicotomia de séries positivas,
quádricas não-degeneradas, 706 para seqüências, 539-540 557
taxa de fluxo fluido através de, 977 teorema do sanduíche de presunto, 87 texto cuneiforme e completamento do
variação total em, 965-966 teorema do trabalho e energia cinética, 340 quadrado, 17
ver também superfícies de nível Teorema do Valor Intermediário, (TVI), tomografia computadorizada, 301
superfícies de nível : 84-85, 316, 346 Tonomura, Akira, 1009
de um sistema de coordenadas, 711 Teorema do Valor Médio (TVM), 192, 274, toro, 327
de uma função a três variáveis, 780 315,472, 615 área do, 972
em coordenadas esféricas, 713 para integrais, 315 torque, 737
superfícies orientadas, 973 para integrais duplas, 874 torsão, 752
superfícies quadráticas, 702-706 Teorema Fundamental do Cálculo (TFC), trabalho:
Tait, Peter Guthrie, 809 273,278,738,855, 945,948, 987,989, definição de, 334-335
tangente unitário, 756 1012-1013 e energia, 334-337
tangentes verticais, 115 demonstração do, 284-285 e força, 938-939
Tartaglia, Niccolo, 235 para campos vetoriais gradiente, 944-945, e gravidade, 336, 952
taxa de fluxo, 312-313, 976-978 947-948, 1005 usando integração para calcular, 335
taxa de juros, 374 para integrais de linha, 1013 traço horizontal, 774-775
taxa de resfriamento, 380 teoremas: traço vertical, 774
taxa de variação (TDV), 13, 41, 45-46, análise de, A6 traços, 698, 774-775
161-166 de unicidade, 368 de funções lineares, 775
de uma função, 126-132 teoremas fundamentais da análise vetorial, de hiperbolóides de uma folha, 703
e crescimento e decaimento exponencial, 987-1020 de selas, 774-775
379 teoria de formas diferenciais, 1O13 de superfícies, 702
e derivadas parciais, 792 Teoria Especial da Relatividade, 404 de um elipsóide, 702
e notação de Leibniz, 127 Teoria Geral da Relatividade, 132,263, 766 traços e retas tangentes, 802
instantânea, 45, 126 termo de seqüência, 535 tractriz,327,613,6 19
média, 45-46, 50, 778-780 termo geral (de uma seqüência), 535 transdutor de posição com cabo, 175
taxa de variação instantânea, 45, 126 em notação de somatório, 250-251 transformação, ver aplicação
taxa de variação média, 45-46, 50, 778-780 termo misto, 647 transformações lineares, 905-906
Taylor : Terra: jacobiano de, 908-909
Brook,492, 589 campo magnético da, 893 translação de gráfico, 7
expansões de, 590-591 força gravitacional do Sol na, 952 translação de gráficos, 7-8
polinômios de, 492-498, 591 teste da comparação no limite, 561 translação de vetores, 656, 669
séries de, ver séries de Taylor teste da derivada primeira, 281 translação horizontal, 7-8
teorema de, 495 para pontos críticos, 194-195 translação vertical, 7-8
TDV, ver taxa de variação teste da derivada segunda, 836-837 trapézios:
técnica de completamento de quadrados, demonstração do, 205 área de, 414
17-18, 837 para pontos críticos, 202-203, 833-834 área pela aproximação do gráfico, 413
tecnologia de computadores, 34 teste da integral, 557-558 triângulos :
tempo de duplicação, 369-370 teste da raiz, 573-575 e força de fluido, 479
tempo médio de decaimento atômico, 373 teste da razão, 572-573, 577-578, 584 imagem por transformação linear, 906
Teorema Binomial, 592,593, AIS teste da reta vertical, 6 mediana de, 491
teorema da comparação (para integrais), 268 teste de ângulo obtuso, 677-678 momento de, 488
114 [NDICE

triângulos retângulos, 26 velocidade do vento, 923 perpendiculares, 677


tsunami de Kamchatka (1996), 413 velocidade escalar, 42, 617 posição, 655, 669
turbulência, 923 ao longo de caminho parametrizado, 617 produto vetorial de, 684
utilidade marginal, 850 definição, 130 radiais, 762
utilidade marginal, 850 velocidade escalar angular, 754 tangentes, 738, 960
Valladas, Helene, 372 velocidade inicial, 755 tangentes unitários, 743-744, 934
valor absoluto de número real, 2 velocidade instantânea, 41-45 translação de, 656, 669
valor de uma função, 4-5 velocidade média, 42-44 unitários, 660, 813
valor extremo absoluto (global), 834 e inclinação de uma reta secante, 44 velocidade, 731, 738-739, 753, 756,
valor extremo global (absoluto), 834-839 Verhulst, Pierre-François, 522 810-811
valor máximo (max), 181-186 vértice (de parábola), 642 velocidade média, 760-761
valor médio de uma função, 314-315, vértices: vetores da base canônica, 660, 669, 678
873-874 de elipse, 639 i, j , k, 686-687
valor mínimo (min), 181-186 de hipérbole, 640-641 vetores de força, 661
valor presente (PV), 375-377 vetor aceleração, 753-754, 756-759 vetores equivalentes, 656, 699
valores de teste em intervalos, 201 de movimento circular uniforme, 754 vetores gradientes, 772, 809-810, 814-816
valores extremos, 181-186, 219,829,835 de três partículas, 758-759 propriedades de, 81 O
existência em intervalos fechados, A21 vetor bidimensional, 655 regra do produto e regra da cadeia para,
valores extremos locais, 829 vetor constante, 734 810
variação líquida, 284-285 vetor de Lenz, 764-765 vetores normais unitários, 747-748, 756,973
variação total, 284 vetor direção, 670 vetores ortogonais, 677
variáveis: vetor momento angular, 764 vetores paralelos, 656
e limites, 784-786 vetor não-nulo, 670 vetores perpendiculares, 677
esboçando gráficos de funções de duas, vetor normal, 695-697, 959 vetores tangentes, 738, 960
773-775 a um plano, 698 derivadas como, 731-733
fórmula de mudança de, 294, 904-915 vetor posição, 655, 669 esboço de, 732
funções de duas ou mais, 772-780 vetor radial, 762 horizontais da ciclóide, 733
independentes e dependentes, 5, 126-127, vetor tangente unitário, 743-744, 934, 937 vetores tangentes horizontais da, 733
822 vetor velocidade, 731, 738-739, 753, 756, vetores tridimensionais, 666-672
mudança de, 893 810-811, 923 vetores unitários, 660, 813
mudas, 250-252, 278 vetor velocidade média, 760-761 vetores unitários ortogonais, 757
separação de, 506 vetor zero, 656 vínculos, 842-847
variáveis independentes, 5, 822 vetores, 655 e multiplicadores de Lagrange, 846
variável dependente, 5 aceleração, 753-754, 756-759 volume:
variável muda, 250-252, 278 bidimensionais, 655 calculando com integração, 308-310
velocidade, 42-43, 617 combinação linear de, 659-660 como integral de área de seção
angular, 618 componentes de, 656, 659 transversal, 309
como grandeza vetorial, 661 comprimento de, 668 de casca cilíndrica, 328
de escape, 340, 458 da base canônica, 660, 669, 678 de esfera, 310, 887-888
e aceleração, 139, 753 de Lenz, 764-765 de pirâmide, 309
e taxa de fluxo, 312-313 direção e sentido, 670 de região, 871
e taxas de variação, 41 equivalentes, 656, 669 de sólido de revolução, 321,329
escalar, 130 força, 661 e integrais triplas, 886
inicial, 755 gradiente, 772, 809-810, 814-816 e produto vetorial, 687-688
instantânea, 41-45 i, j, k, 660, 686-687 fórmulas de, com produto vetorial e
integral da, 286-287 momento angular, 764 determinantes, 688-689
interpretação gráfica da, 44 não-nulo, 670 volume com sinal de uma região, 857,859
lei de Einstein da soma de, 404-405 no espaço tridimensional, 666-672 volume de pirâmide, 309
lei de Maxwell da distribuição de, 466 normais, 659-698, 8116, 959 volume máximo, 835-836
média, 42-44 normais unitários, 747-748, 756,973 vôo de pássaro, 36
num campo magnético, 687 nulos, 656 vórtice turbulento, 987
velocidade angular, 618,992 ortogonais, 677 Wright, Edward, 433
velocidade de escape, 340, 458 ortogonais unitários, 757 zeros de função, 5, 84-85
velocidade do som, 45 paralelos, 656 zona de Fresnel, 501
ÁLGEBRA
Retas Fatorações especiais
Inclinação da reta por Pi =(xi , Yi ) e P2 = (x2 , yz): x 2 - y2 = (x + y)(x - y)
Y2 - Yi x 3 + y 3 = (x + y)(x 2 - xy + y2)
m= - -
xz - xi x 3 - y 3 = (x - y)(x 2 + xy + y2)
Equação inclinação-corte da reta de inclinação m e ponto de corte
com o eixo y em b:
y = mx +b Teorema binomial
Equação ponto-inclinação da reta por Pi = (xi , Yi) de inclinação m: (x + y) 2 = x 2 + 2xy + y2
= m(x - x i )
y - Yi (x - y) 2 = x 2 - 2xy + y2
Equação ponto-ponto da reta por P1 = (x 1, y l ) e P2 = (x2, yz): (x + y) 3 = x 3 + 3x 2 y + 3xy2 + y 3

Y2 - Yl (x - y) 3 = x 3 - 3x 2 y + 3xy 2 - y 3
y - y, = m(x - x 1) ondem = - -
x2-x 1 n(n - 1)
(x + y) 11 = x 11 + nx11 - ly + - - -x 11 - 2y 2
Retas de inclinação m l e m2 são paralelas se, e somente se, m l = m2. 2
Retas de inclinação m l e m2 são perpendiculares se, e somente se, + ... + G)xn- k/ + ... + nxyn- l + yn
m,-- - m2·i
Círculos
onde (n)k = - -1-2-3·-··
- - -·- k+
n(n - 1) · · · (n -
k
- 1)

Equação do círculo de centro (a, b) e raio r:


(x - a) 2 + (y - b)2 = , 2 Fórmula quadrática
-b ± ,/b2 - 4ac
Se ax 2 + bx + e = O, então x = - - - - -.
Fórmulas da distância e do ponto médio 2a

Distância entre P1 = (x1, YI) e P2 = (x2 , yz):


Desigualdades evalor absoluto
d= Jcx2 -x , )2 + (yz -y,) 2
Se a< b e b < e, então a< e.

Ponto médio de Pi Pz: ( xi ; xz, Yi ; Yz) Se a< b, então a+ e< b + e.


Se a< b e e> O, então ca < cb.
Se a< b e e< O, então ca > cb.
Leis de exponenciação
lxl = x sex ~ O
lxl = - x sex .::: O

~ ~
-a O a e -a e c+a
lxl < a significa lx - cl < a significa
x l/n = !;/x -a < x < a. e - a < x < e + a.

GEOMETRIA
Fórmulas para a área A, a circunferência C e o volume V
Cone de
Triângulo Círculo Setor de círculo Esfera Cilindro Cone base arbitrária
2 2 2
A= ½bh A= nr A= ½r 0 V= !nr3 V= nr 2h V= ½nr h V= ½Ah
= ½ab sen0 C =2nr s = r0 A= 4nr 2
A= nrJr 2 +h 2 onde A é a
( 0 em radianos) área da base

~ b G LJs r

Teorema de Pitágoras: num triângulo retângulo com hipotenusa de comprimento e e catetos de comprimentos a e b, c2 = a2 + b2 .
TRIGONOMETRIA
Medidas de ângulo Desigualdades fundamentais
sen2 0 + cos2 0 = 1 sen(-0) = - sen e
n radianos = 180°
n 180° 1+ tg2 0 = sec2 0 cos(-0) = cos e
! º = 180 rad 1 rad = - -
n 1 + cotg2 0 = cossec2 0 tg(-e) = -tge
re
s= (0 em radianos)
sen ( i - e) e
= cos sen(e + 2n) = sen e

Definições de ângulo reto


cos G- e) = sen e cos(e + 2n) =cose

sen

tg
e= opo

e=
hip

e
sen = opo
adj
cose= -
hip

cose adj
cotg e = - - = -
L 0
adj
opo tg ( i - e)
Lei dos senos
= cotg e tg (0 + n) = tg e

cose adj sen e opo B


sen A sen B sen C
1 hip 1 hip a
sec0= - - = - cossece = - - = - a b e e
cose adj sen e opo
Lei dos cossenos e
a2 = b2 + c2 - 2bc cos A A
Funções trigonométricas
sene = rr cossec e= -yr Fórmulas da soma e da diferença
sen(x + y) = senx cos y + cosx sen y
cose=:: sec e =:..
r X sen(x - y) = sen x cos y - cos x sen y
X
cotge = - cos(x + y) = cos x cos y - sen x sen y
y cos(x - y) = cosx cos y + senx sen y
. sene . ! -cose
hm - -
0---.0 e
=1 hm - - - = O
0---.0 e tg(x -+-
+ y) = -tgx tgy
-
1 - tgx tg y

(-½,~) (½ ,~) tg(x - y) = -tgx---tg - y


(O, 1) 1 + tg x tg y
(_{i
2'2
'!i) y,
3
f 90º !!:
3
(fl2 ' '!i2 )
_{J_ .1_) ~ ,.20· 60º • { ({j 1)
( 2 , 2 5,r 135 45 " 2 ,2
6 150º 30º 6 Fórmulas do ângulo duplo
o· o sen 2x = 2 sen x cos x
(-1 , O) ,r 180º 360º 2,r (1, O)
7,r 210· 330º 1i,r cos2x = cos2 x - sen2 x = 2cos2 x- 1 = 1 - 2sen2 x
(_{J_ _.1_) 6 225º 315º 6 (-!I. _.1_)
2• 2 ~ 240º 300º I!! 2• 2 2 tgx
_{i) (fl _{i) tg2x =
(_{i
2' 2
4 !_3
,r
270º 2
3,r l._
3,r 4
2' 2
i - tg2 X
1
(-2 ,-2
{j) (21 '-2{j) l - cos2x 2 l+cos2x
(0, -I)
sen2 x = COS X=
2 2

Gráficos de funções trigonométricas


y y
y =tg x

X X X

-1

y y y
y = cossec x y =sec x

,U I I\ X
IL
1
X
2
X

-\ rn 1r
1
1
1
1
1
1
-1
'(\'
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
2,r
FUNÇÕES ELEMENTARES
Funções potência f(x) = x'1
f (x) = xn, n inteiro positivo
y

-1
n par n ímpar

Comportamento assintótico de função polinomial de grau Comportamento assintótico de função polinomial de grau
par e coeficiente dominante positivo ímpar e coeficiente dominante positivo

y y

n par n ímpar

f(x) = x -n = -xn1
y y

y =.!.
/ X

-1
-1

Funções trigonométricas inversas


are sen x = 0 arccosx=0 are tg x = 0
7r 7r 7r 7r
sen 0 = x, -- < 0 < -
2 - - 2 COS 0 = X, Ü :S 0 S 7r tg 0 =X, -- < 0 < -
2 - - 2

e e e
,r e= are tg x
2

-+------+-------<>-+ X
-1
Funções exponenciais elogarítmicas

I Ioga x = y {} aY = x 1 l ln X = y * eY = X

Ioga (f) = Ioga x - Ioga y

Ioga 1 = O Ioga a =1 ln 1 = O lne =1 loga(Xr) = r Ioga X


y y y
y = logzx
2 y = log x
y = log5x
,ç,,;_~:::::-- - - y = )og10X
+ ------+------+-+---+-- X

-2 -1 2

lim ax
X---->00
= oo, a> 1 lim ax
X---->-00
= O, a> 1 lim Ioga x = -oo
X---->O+

lim ax = O, O < a < l lim ax = oo, O< a < l lim Ioga x = oo


X ----> 00 X----> - 00 X---->00

Funções hiperbólicas
ex - e-x 1 y y
senhx = eosseeh x = --
2 senh x
ex+ e- x 1
eoshx = seehx = - - -------------
1
2 eoshx
senhx eosh x
tghx = - - eotghx = - -
eoshx senh x
-2 2
- 1
y = senh x -2 - -.ãã-::-------~l -------------
-3

senh(x + y) = senh x eosh y + eosh x senh y senh 2x = 2 senh x eosh x


eosh(x + y) = eosh x eosh y + senh x senh y eosh 2x = eosh2 x + senh2 x

Funções hiperbólicas inversas


y
y = are senh x * senh y = x are senh x = ln(x + &+!)

y = are eosh x * eosh y = x e y ~ O are eosh x = ln(x + ~ ) x> 1

y = are tgh x tgh y = X are tgh x = -1 ln (l-+x


-) -} < X < }
2 1-x

-1
DERIVAÇÃO
Regras de derivação d
21. - (are tg x) = - -
1
dx 1+x2
d
1. - (c)=O
dx d 1
22. - (are cossec x) = - ~
d dx lx lvx 2 - I
2. - X = J
dx d 1
23. - (are sec x) = ~
d dx lxlvx 2 - I
3. - (xn) = nx11 - l (Regra da Potência)
dx d 1
24. - (are cotg x) = - - -
d dx 1 +x2
4. - [cf(x)] = cf1(x)
dx

d
Funções exponenciais e logarítmicas
5. -[f(x) + g(x)]
dx
= f 1(x) + g! (x)
d
25. - (é)= é
dx
d
6. -[f(x)g(x)] = f(x)g (x) + g(x)f (x) (Regra do Produto)
1 1

dx

(R d Q . t)
1• -d [ -f(x) ] = g(x)J'(x) - f(x)g'(x) egra o uoc1en e d 1
dx g(x) [g(x)] 2 27. -lnlxl = -
dx X
d / 1
8. - f(g(x)) = f (g(x))g (x) (Regra da Cadeia) d 1
dx 28. -(log x)
dx ª
=- -
(lna)x
d
9. - f(xl = nf(xl-l f' (x) (Regra da Potência Generalizada)
dx
Funções hiperbólicas
d
10. - f (kx + b) = kf' (kx + b) d
dx 29. -(senhx) = coshx
dx
1
11. g' (x) = onde g(x) é a inversa 1- 1(x) d
f 1 (g(x)) 30. - (coshx) = senhx
dx
d f'(x)
12. - lnf(x)
dx
=- -
f(x)
d
31. -(tghx) = sech2 x
dx
d
Funções trigonométricas 32. - (cossech x) = - cossech x cotgh x
dx
d d
13. - senx = cosx 33. - (sech x) = -sechx tgh x
dx dx
d d
14. - cosx = - senx 34. - (cotghx) = - cossech2 x
dx dx
d
15. - tgx = sec2 x
dx Funções hiperbólicas inversas
d d 1
16. - cossec x = - cossec x cotgx 35. -(are senh x) = ~
dx
dx v l + x2
d d 1
17. - secx = secx tgx 36. - (arccoshx)= ~
dx dx \I x2 _ J
d 1
18. - cotgx = - cossec2 x d
37. dx (are tgh x) =
dx _ xZ
1
d 1
38. -(are cossech x) = - ~
Funções trigonométricas inversas dx lxlvx2 + 1
d 1 d 1
19. - (are sen x) = r;---;, 39. -(are sech x) = - r;---;,
dx v l - x2 dx X\f I - x2
d d 1
20. -(arccosx) = 40. - (are cotgh x ) = - -
dx dx I - x2
INTEGRAÇÃO
Substituição Fórmula de integração por partes
Se um integrando é da forma f(u(x))u'(x), então reescrevemos a
integral toda em termos deu e sua diferencial du = u' (x) dx:
f 1
u(x)v (x)dx = u(x)v(x) - f u'(x)v(x)dx

f f(u(x))u'(x)dx = f f(u)du

TABELA DE INTEGRAIS
Formas básicas u"+'
22.
f u" ln udu = - -2 [(n + 1) lnu -
(n+ 1)
1) + C

23. f- 1
-du = lnllnul +e
ulnu

3. f eu du = eu +e
Formas hiperbólicas

4. f a"du = -a" +e
24. f senhudu = eosh u + C
ln a
25. f eoshu du =
5. f senudu = - eosu + e
senhu + C

26. ftghudu = ln eoshu+ C


6. f eosudu = senu + C
21. f eotghu du = ln lsenhul + C
7. f see2 udu =tgu+C
28. f sech u du = are tg lsenh ui+ C
8. j 2
eossee u du = -eotgu + C
29. j eosseehu du = ln ltgh ~ui+ C
9. f sec u tg u du = see u + e
30. f 2
seeh u du = tgh u + e
10. f eossee u eotg u du = - eossee u + C
31. f eosseeh 2 u du = - eotgh u + C

11. f tg udu = lnlsee ul+C


32. f sech u tgh u du = - seeh u + C

12. f eotg u du = ln lseni,I + C


33. f eosseeh u eotgh u du = - eosseeh u + C

13. f secudu = ln lseeu + tgu l + C

Formas trigonométricas
14. f eosseeudu = ln leosseeu - eotg ul + C
34. f sen2 udu = ~u- ~ sen 2u + C
15. fh = are sen ~+C
35. f eos2 u du=~u+~sen2u+C
du I u
16.
f - 2- -
a +u
2 = - are tg - +e
a a
36. f tg2 udu = tgu - u + e

Formas exponenciais e logarítmicas 37. f eotg2 udu = -eotg it - u + C


1
17. f ueªu du = ª 2 (au - l)eª" +C 38. f sen3 u du = -~ (2 + sen2 u) eosu + C

18. f u 11 l 111 du = ~u" eª" - ~ f u


11
-
1
eª" du 39. f eos3 udu=~(2+eos2 u)senu+C

19. f eª"senbudu= a/:ub2 (asenbu - beosbu)+C 40. f 3


tg udu = ~ tg2 u + ln leos ul + C
eª"
20.
f eª" eosbudu = -2-
a +b
- (aeosbu + bsenbu) + C
2 41. f eotg3 udu = -~ eotg2 u - ln lsen ul + C

21. J ln u du = u ln u - u + e 42.
f see3 udu =
1 1
2seeu tgu + 2ln lseeu + tgu l + C
43.
f
3 1 1
eossee u du = - eossee u eotg u + ln leossee u - eotg ui + C
2 2 Formas envolvendo ,Ja 2 - u 2, a >o
44. f senn udu =- ;;-sen I n-1 n- 1
ueosu+ - n-
f sen 11
-
2
udu 67.
f
r::;--;:; u r::;--;,
va 2 - u2 du = - va 2 - u2 + - are sen - + C
2
a2
2
u
a

45•
f eosn udu= I eosn- 1 usen u+ -n-n -I
2
f eos" - 2 udu 68.
f u2va·
~- 2 11
u·du = - (2u 2 - a2)va 2 - u2 + -a are sen -u + C
r::;--;,
8
4

8 a

1
46. f tg'' udu = - - tg''- I u - f tg11 - 2 udu
n -1
69. f 7 du=Ja2-u2-a lnl ª + ~ l +c

41. f eotg'' u du = 2
n -1
eotg''- 1 u -! eotg''- 2 u du 70.
f
Ja2 -
u2
u2 1 r::;--;:; t1
du= - - va 2 - t12 - aresen - +C
u a
1
48. f see" udu = - - tgu see"-2 u + n -
2
f see"- 2 udu u2 du u r::;--;:;2 a2 u
71. - - - = - - v a2 - u + - are sen - + C
n- 1 n -1 f J 0 2 _ 11 2 2 2 a

49. f eossee" u du = 2
n-1
eotg u eossee"- 2 u + n -
n-
2
1
f eossee11 - 2 u dt1
72. ------,=d=u= = -~ln l-
ª -+ _J _a2_-_u_2 + C I
f u/a2 - u2 a u
sen(a - b)u sen(a + b)u
50. sen at1 sen bu d u = - - - - - --'---'- + C
f 2(a - b) 2(a+b) 73. du = --l- /a2 -u2+c
f u2 /a2 - u2 a 2u
sen(a - b)u sen(a + b)u
51. eos Qtl eos bu d u = - - - - + - - - - + e 4
f 2(a - b) 2(a+b)
f
11
74. (a2 - 11)
2 3/2 du =-- (2u 2 - 5a 2)va·
~ - u·+
2 -3a aresen-
u
+C
eos(a - b)u eos(a + b)t1 8 8 a

f __
52. sen at1eos bu d u = - - - - - - - - - +C
f 2(a - b) 2(a+b) d_u __ - _ _ u_ _ + e
75.
(a2 - u2)3/2 - a2/a2 - u2
53. f usen t1 du=sen u - ueosu+C

54. f t1eost1du=eos u +usen u+C Formas envolvendo ,Ju 2 - a 2, a >O


55. f t1 11 sen u dt1 = - u" eos u + n f u"- 1 eos t1 du 16. f Ju 2 - a2 du = ~Ju 2 - a2 - ª: lnl u + Ju2 - a2 1+e

56. f u" eos u du = u11 sen u - n f 11


11 - I sen u du 11. f u2J 112 - a2 du
u r::;--;,
2 - ª4 ln lu +
2 - a 2)vu 2 -a 8 /u 2 -
51. f 111
sen" u eos u du
=
8(2u a2 1+e

sen" - 1 t1 eos111 +l t1 n- 1f Ju 2 - a2 r::;--;:; a


= - - - - - - + - - sen"- 2 u eos111 u du
n+m n+m
78.
f --'--- du = v u2 - a2 - a are eos - + C
u lul
senn+ I u eosm- l u m - 1
= ------+--
f sen11 ueos111 - 2 udt1 19.
J u2 - a2
li du = -
J u2 - a2
li + ln li+ J u2 - a2 + e
n+m n+m f 1 1

80. f ~
u2 -a2
= lnl u+Ju2 - a2 1+c
Formas trigonométricas inversas
2
u du u r::;--;:;
2 - a 2 + a2 ln 1u + J u2 - a2 + C
81. ~=
58. f aresen udu = t1are sen u + ~ + e f 2v u 2 1

du Ju 2 - a2
59. f areeos u du = uareeos u - ~ +e 82. - = = = - ~ - +e
f u2 Jt12 - a2 a2u

60. f are tg u du = u are tg u - i ln(! + u2) + e


du
83. f (u2 - a2)3/2 =
u
2~ +
a u -a
e
2
2u - I
61. f t1 are sen u du = - - are sen u +
t1~
+C
4 4
2 Formas envolvendo Ja2 + u2 , a > O
62. f uareeos udu = -2u --I
areeos u -
u~
+C
4 4
2
84. f Ja 2 + u2 dt1 = ~Ja 2 + u2 + a: ln(u + Ja2 + u2) + C
63. f u are tg t1 du = -
u +-1 are tg u - -u + C
2 2

64. f u" are sen udu = -1- [ 11 11 + 1 are sen u - / -


n+ I
t1 +-l du
~
- ] , n ;f-1
11

65. f u11 are eos u du = -1- [ u11+1 are eos u + / -


n+ I
u +-l dt1
~
- ] , n ;f- 1
11

86.
f
Ja2+u2
- - - du
~
= va 2 +u 2 - la+Ja2+ 112 1
a ln - - - - +e
li u
11 1 J a2 + u2 J a2 + u2
66. f u" are tg u du = -1- [ u11 +1 are tg u - / - - du
11 + - ]
2 , n ;te - 1 87. du = - - - + ln(u+Ja2+u2)+c
n+ 1 1+ u f u2 u
88. f ~ = ln(u + J a2 + u2) + e 101. / 11
11
J a + bu du
a2 +u2
2
= b(2n + 3) [u"(a+bu)312 -nafu"- 1Ja+budu ]
u2 du u ~ ~ a2
89. f -=== = -va + u - - ln(u + va 2 + u2 ) + C
2 2
Ja2 + u2 2 2
udu 2
102. ~ =- 2 (bu - 2a)Ja+ bu +C
90. du 1 1Ja2+u2+al
------c===--ln - - - - +e
f "ª + bu 3b
f uJa2+u2 a u
103. ~ __ 2u11 Ja +bu _ 2na f 11 11 -l du

91. f du = Ja2
2
+ u2
+e
f Ja + bu b(2n + 1) b(2n + 1) J a + bu

u2Ja2 + u2 a u
104. f du = ~ln1 ,Jã+bii - fa J+c, ifa > O
fa Ja +bu + fa
92. f (a
2
+d\
u )
3/ 2 = a2 ~
a2 + 2
+e
11
uJa +bu

2 are tg
= v~ )ª-- a- + e,
+bu if a <O
-a
Formas envolvendo a + bu 105.
du
---= - Ja + bu
----- b(2n - 3) f
-- du
a(n -l )u 11 -l
f u11Ja+bu 2a(n -l) u11 -lJa+bu
udu 1
93. f a+ bu = b2 (a+ bu - a ln la + bul) + C
106.
f Ja + bu
- - du
u
= 2va~
+bu +a
f du
,Ja+ijü
u a +bu
u2 du
94.
f -- = -
a+ bu
1
2b3
2
[(a+bu) - 4a(a+bu)+2a
2
lnla+bu l] +C
107_ f Ja +2 bu du = _ Ja + bu + ~ f du
2
95. f du
u(a+bu)
= ~a lnl-11-1
a+bu
+e
u u uJa+bu

Formas envolvendo J2au - u2 , a >O


96. f 2 du = _ _!__ + b2 ln Ia + bu 1 + e
u (a+ bu)

udu
au

a
a

1
u
108. f J2au - u2 du = u ; ª J2au - u2 + ª: are eos ( ª: u) + C
97. --- = - - - + -lnla+bu l+C
f (a+ bu) 2 b2(a + bu) b2
109. f uhau - u2du
98. f du 2
u(a + bu)
=
a(a
1
+ bu)
- _'._2
a
ln Ia +u bu 1 +e 2
2u - au - 3a r,:----;;
=-
2
- - - - v2au - u 2 + -a are eos - -u) + C
6 2
3
(ª - a

99. f (/~~:) 2 = ; 3 (a +bu - 0


:
2
bu -2alnla+bul) +c 110.
f du
r,::----;,
y Lau - u~
= are eos (ª-u)
ª
--+e

du J2au -u 2
100. f u./a + budu = ~ (3bu -2a)(a + bu) 312 + C 111. f ~ = = = - - - - + e
15b2 uJ2au - u 2 au

TEOREMAS FUNDAMENTAIS
Teorema do valor intermediário Teorema Fundamental do Cálculo, Parte 1
Sef (x) for contínua num intervalo fechado [a , b] ef (a)* f (b) en- Sejamf (x) contínua em [a, b] e F(x) uma antiderivada de f (x) em
tão, para cada valor M entref(a) ef(b), existe pelo menos um valor [a, b]. Então
e E (a, b) tal quef (e)= M.

1b f (x) dx = F(b) - F(a)

Teorema do valor médio


Sef(x) for contínua num intervalo fechado [a, b] e derivável em (a, b), Teorema Fundamental do Cálculo, Parte li
então existe pelo menos um valor e E (a , b) tal que
Sejaf(x) uma função contínua em [a, b]. Então a função áreaA(x) =
= f(b) -
J'(c) f(a)
b-a 1x f(t) dt é uma antiderivada def(x), ou seja,

Valores extremos num intervalo fechado


A'(x) = f(x) ou, equivalentemente, -d
dx
1x
a
f(t)dt = f(x)

Sef (x) for contínua num intervalo fechado [a, b], entãof (x) atinge Além disso, A(x) satisfaz a condição inicial A(a) = O.
tanto um valor máximo quanto um valor mínimo em [a, b]. Além
disso, se e E [a , b] ef (e) é um valor extremo (máximo ou mínimo),
então e é um ponto crítico ou, então, uma das extremidades a ou b.

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