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VOLUME1
Tradução:
Claus Ivo Doering
Professor Titular do Instituto de Matemática da UFRGS
~~
bookmad'i
2009
Obra originalmente publicada sob o título Calculus
ISBN 978-0-7167-6911-8
First published in the United States by W.H.Freeman and Company, New York and Basingstoke.
Originalmente publicado nos Estados Unidos por W.H.Freeman and Company, New York e Basingstoke.
Copyright© 2008, W.H.Freeman and Company. Ali Rights Reserved. Todos os direitos reservados.
SÃO PAULO
Av. Angélica, 1091 - Higienópolis
01227-100 São Paulo SP
Fone (11) 3665-1100 Fax (11) 3667-1333
• SUPLEMENTOS*
Para professores • Manual de Soluções do Professor (em inglês)
Brian Bradie, Christopher Newport University e Greg Dresden, Washington and
Lee University
* Todos os suplementos citados estão em inglês e são de responsabilidade da editora original. Professores
interessados em material de apoio devem acessar a Área do Professor no site www.bookman.com.br.
PREFÁCIO ix
Portal do cálculo (em inglês) Um clique. Um lugar. Para todas as ferramentas de que necessitas.
CalcPortal é a entrada digital para o livro Cálculo de Rogawski, projetado para enriquecer
suas aulas e melhorar o entendimento que seus alunos têm do Cálculo. Para os alunos, o
CalcPortal integra recursos de revisão, diagnóstico e tutorial exatamente onde são neces-
sários no Livro Eletrônico (eBook). Para os professores, o CalcPortal oferece um sistema
de gerenciamento de suas aulas que é poderoso e amigável, completo com um moderno
sistema algorítmico de temas de casa e sistema de avaliação.
Novo! Livro eletrônico de nova O Portal do Cálculo está organizado ao redor de três ferramentas de ensino e aprendiza-
geração (em inglês) gem básicas: (1) o Livro Eletrônico virtual é uma versão completa do livro Cálculo de
Rogawski e inclui um Plano de Estudo Individualizado que conecta cada aluno direta-
mente ao que precisa aprender e aos recursos do Portal do Cálculo, inclusive o importante
conteúdo dos pré-requisitos; (2) o centro de temas de casa e sistema de avaliação, com um
gerador algorítmico de problemas; e (3) o centro de Recursos de Cálculo, com tutoriais
instantâneos de Álgebra e Pré-Cálculo.
x PREFÁCIO
• CARACTERÍSTICAS DO LIVRO
Características pedagógicas do CÁLCULO de Rogawski
Entendimento conceituai
Esses itens encorajam os alunos ENTENDIMENTO CONCEITUAL São realmente necessários os limites? É natural perguntar se
a desenvolver um entendimento os limites são realmente necessários. Como a reta tangente é tão fácil de visualizar,
conceituai do Cálculo explicando será que não existe uma maneira melhor ou mais simples de encontrar sua equação? A
idéias importantes de forma clara, mas História dá uma resposta. Os métodos do Cálculo baseados em limites agüentaram o
informal. teste do tempo e hoje em dia são mais usados do que nunca.
Deixando de lado a História, existe um argumento mais intuitivo de por que os
limites são necessários. A inclinação de uma reta pode ser calculada se conhecermos as
coordenadas de dois pontos P = (x1, YI) e Q = (x2, y2) da reta:
Inclinação da reta= Y2 - YI
x2-x1
Essa fórmula não pode ser utilizada para encontrar a inclinação da reta tangente, pois
somente dispomos de um ponto da reta tangente, a saber, P = (a,f (a)). Os limites
fornecem uma maneira engenhosa de superar esse obstáculo. Escolhemos um ponto
Q =(a+ h,f(a + h)) do gráfico perto de P e formamos a reta secante. A inclinação
dessa reta secante é somente uma aproximação da inclinação da reta tangente:
. f (a+ h) - f (a) . li _ d
Inclmação da reta secante = - - - - - - ~ me naçao a reta tangente
h
No entanto, essa aproximação melhora à medida que h --+ Oe, tomando o limite, trans-
formamos uma aproximação num resultado exato.
Capítulo 3, p. 102
Entendimento gráfico
Esses itens melhoram o entendimento ENTENDIMENTO GRÃFICO Lembre sempre da interpretação gráfica de limites. Na Figura
visual dos alunos estabelecendo 4(A),f(x) tende a L quando x--+ e porque, para qualquer€> O, podemos fazer a ampli-
conexões cruciais entre as propriedades tude menor do que€ tomando ô suficientemente pequeno. A função na Figura 4(8) tem
gráficas e os conceitos subjacentes. uma descontinuidade de salto em x = e e a amplitude não pode ser tornada pequena,
não importando quão pequeno seja tomado ô. Portanto, o limite não existe.
y y
b +-- - - - <
largura no
mínimo b - a I
a+----~
--+----__..,IIIÍIIÓ--X - l - - - - - aili--- - x
e-ô/ e "-c+ô e-ô / e "-c +ô
(A) A função é contínua em x = e. Tomando (B) A função não é contínua em x = e. A
ô suficientemente pequeno, podemos amplitude é sempre maior do que
tomar a amplitude menor do que E. (b - a)/2, por menor que seja ô.
FIGURA 4
Capítulo 2, p. 91
PREFÁCIO xi
• EXEMPLO 4 Rotação em torno do eixo x Use o método das cascas para calcular o
volume V do sólido obtido pela rotação em tomo do eixo x da área sob y = 9 - x 2,
acima de [O, 3].
Solução Como estamos efetuando uma rotação em tomo do eixo x e não do eixo y, o mé-
todo das cascas nos dá uma integral em relação a y. Portanto, resolvemos y = 9 - x 2 para
obter x 2 = 9 - y, ou x = .fG.
As cascas cilíndricas são geradas por segmentos horizantais. O segmento AB na Figu-
ra 8 gera uma casca cilíndrica de raio y e altura .J9 - y (continuamos utilizando o termo
"altura", embora o cilindro seja horizontal). Usando a substituição u = 9 - y, du = -dy na
integral resultante, obtemos
Capítulo 6, p. 331
Lembrete
As notas nas margens estabelecem relações com assuntos discutidos anteriormente no texto para oportunizar uma rápida revisão e estabelecer
conexões com conceitos anteriores.
ADVERTlNCIA Não utilize a regra Para derivar em relação a y, tratamos x (e, portanto, 1 + x 2) como uma constante:
do quociente para calcular a
derivada parcial na Equação (1).
Quando derivamos em relação a y, o
a y2 a 2 2y
gy(X, y) = Ôy (1 + x2)3 -(l_+_x_2-)3 ôy y [Il
denominador, que não depende de y, é
tratado como uma constante.
( 1 3) _ 2(3) 3
gy ' - (1 + J2)3 4
Perspectiva histórica
São pequenas vinhetas que colocam descobertas de Galileu e Newton. Arquimedes
descobertas fundamentais e avanços (287-212 a.C.) foi um dos primeiros (se não o
conceituais em seu contexto histórico, PERSPECTIVA primeiro) a formular uma lei física exata. Ele
dando aos alunos uma visão das HISTÓRICA considerou a questão seguinte: se duas massas
realizações do passado de grandes de pesos m I e m2 são colocadas nas extremida-
des de uma barra sem peso, onde deveria ser co-
matemáticos e uma apreciação de sua
locado o fulcro para que a barra não se incline
significância. para um dos lados? Digamos que a distância de
P a m I e m2 é L l e L2, respectivamente (Figura
16). A lei de Arquimedes afirma que a barra fica
Costumamos aceitar com naturalidade que as
equilibrada se
leis básicas da Física sejam melhor expressas
como relações matemáticas. Pense em F = ma
ou na lei de gravitação universal. Contudo, a vi-
são fundamental de que a Matemática poderia
ser usada para formular leis da Natureza (e não
só para contar e medir) evoluiu gradualmente, Com nossa terminologia, o que Arquimedes fez
começando com os filósofos da Grécia antiga foi descobrir o centro de massa P do sistema de
e culminando quase 2.000 anos depois, com as pesos ( ver Exercícios 40 e 41 ).
Capítulo 9, p. 488
xii PREFÁCIO
Hipóteses importam utiliza explicações sucintas e contra-exemplos bem escolhidos para ajudar o
aluno a compreender por que as hipóteses são necessárias nos teoremas.
I 3x IR = lim -(e-
00
-dx = lim --e- 1 3 - e- 3R) = e- 3
[
(converge)
1 e3x R-'>oo 3 1 R-'>oo 3
r oo dx
11 e3x
converge r
00
11
dx
Jx + e3x
também converge
FIGURA 10 A divergência de Se não estivéssemos atentos, poderíamos ter tentado usar a desigualdade
roo dx
J Jx não diz coisa alguma sobre 1
I -----,,- < -
a divergência ou convergência da Jx +e3x - Jx
oo dx
integral menor
i
1
r.;
yX + e 3X
.
.
A mtegra
1 r oo dx dº
li
Jx 1verge, pelo Teorema 1 (com p = 21), mas •isso não nos diz
• •
coisa al-
Resumo da seção resume os pontos mais importantes da seção de maneira sucinta e útil, enfatizan-
do para os alunos o que é o mais importante da seção.
• AGRADECIMENTOS
Jon Rogawski e W. H. Freeman e ALABAMA Tammy Potter, Gadsden State Community College; David Dempsey, Jacksonville
Companhia agradecem aos muitos State University; Douglas Bailer, Northeast Alabama Community College; Michael Hicks,
professores dos Estados Unidos Shelton State Community College; Patricia C. Eiland, Troy University, Montgomery Campus;
James L. Wang, The University ofAlabama; Stephen Brick, University ofSouth Alabama; Joerg
e do Canadá que ofereceram
Feldvoss, University of South Alabama ALASKA Mark A. Fitch, University ofAlaska
comentários que ajudaram a Anchorage; Kamal Narang, University ofAlaska Anchorage; Alexei Rybkin, University of
desenvolver e melhorar este livro. Alaska Fairbanks; Martin Getz, University ofAlaska Fairbanks ARIZONA Stefania
Essas contribuições incluem testar Tracogna, Ariwna State University; Bruno Welfert, Ariwna State University; Danie!Russow,
o livro em sala de aula, revisão do Ariwna Western College; Garry Carpenter, Pima Community College, Northwest Campus; Katie
manuscrito, revisão dos exercícios Louchart, Northern Arizona University; Donna M. Krawczyk, The University of
e participação em pesquisas sobre Ariwna ARKANSAS Deborah Parker, Arkansas Northeastern College; J. Michael Hall,
Arkansas State University; Kevin Comelius, Ouachita Baptist University; Hyungkoo Mark
o livro e as necessidades gerais
Park, Southern Arkansas University; Katherine Pinzon, University of Arkansas at Fort Smith;
dos cursos. Denise LeGrand, University ofArkansas at Little Rock; John Annulis, University ofArkansas at
Monticello; Erin Haller, University ofArkansas Fayetteville; Daniel J. Arrigo, University of
Central Arkansas CALIFORNIA Harvey Greenwald, California Polytechnic State
University, San Luis Obispo; John M. Alongi, California Polytechnic State University, San Luis
Obispo; John Hagen, California Polytechnic State University, San Luis Obispo; Colleen
Margarita Kirk, California Polytechnic State University, San Luis Obispo; Lawrence Sze,
California Polytechnic State University, San Luis Obispo; Raymond Terry, California
Polytechnic State University, San Luis Obispo; James R. McKinney, California State
Polytechnic University, Pomona; Charles Lam, California State University, Bakersfield; David
McKay, California State University, Long Beach; Melvin Lax, California State University, Long
Beach; Wallace A. Etterbeek, California State University, Sacramento; Mohamed AJlali,
Chapman University; George Rhys, College of the Canyons; Janice Hector, DeAnza College;
Isabelle Saber, Glendale Community College; Peter Stathis, Glendale Community College;
Kristin Hartford, Long Beach City College; Eduardo Arismendi-Pardi, Orange Coast College;
Mitchell Alves, Orange Coast College; Yenkanh Vu, Orange Coast College; Yan Tian, Palomar
College; Donna E. Nordstrom, Pasadena City College; Don L. Hancock, Pepperdine University;
Kevin Iga, Pepperdine University; Adolfo J. Rumbos, Pomona College; Carlos de la Lama, San
Diego City College; Matthias Beck, San Francisco State University; Arek Goetz, San Francisco
State University; Nick Bykov, San Joaquin Delta College; Eleanor Lang Kendrick, San Jose
City College; Elizabeth Rodes, Santa Barbara City College; William Konya, Santa Manica
College; John Kennedy, Santa Monica College; Peter Lee, Santa Manica College; Richard
Salome, Scotts Valley High School; Norman Feldman, Sonoma State University; Elaine
McDonald, Sonoma State University; Bruno Nachtergaele, University of California, Davis;
Boumediene Hamzi, University of California, Davis; Peter Stevenhagen, University of
California, San Diego; Jeffrey Stopple, University of California, Santa Barbara; Guofang Wei,
University of California, Santa Barbara; Rick A. Simon, University of La Verne; Mohamad A.
Alwash, West Los Angeles College COLORADO Tony Weathers, Adams State College;
Erica Johnson, Arapahoe Community College; Karen Walters, Arapahoe Community College;
Joshua D. Laison, Colorado College; Gerrald G. Greivel, Colorado School of Mines; Jim
Thomas, Colorado State University; Eleanor Storey, Front Range Community College; Larry
Johnson, Metropolitan State College of Denver; Carol Kuper, Morgan Community College;
Larry A. Pontaski, Pueblo Community College; Terry Reeves, Red Rocks Community College;
Debra S. Carney, University ofDenver CONNECTICUT Jeffrey McGowan, Central
Connecticut State University; Ivan Gotchev, Central Connecticut State University; Charles
Waiveris, Central Connecticut State University; Christopher Hammond, Connecticut College;
Anthony Y. Aidoo, Eastern Connecticut State University; Kim Ward, Eastern Connecticut State
University; Joan W. Weiss, Fairfield University; Theresa M. Sandifer, Southern Connecticut
State University; Cristian Rios, Trinity College; Melanie Stein, Trinity
College DELAWARE Patrick F. Mwerinde, University of Delaware DISTRICT OF
COLUMBIA Jeffrey Hakim, American University; Joshua M. Lansky, American University;
James A. Nickerson, Gallaudet University FLORIDA Abbas Zadegan, Florida
lnternational University; Gerardo Aladro, Florida International University; Gregory
Henderson, Hillsborough Community College; Pam Crawford, Jacksonville University; Penny
Morris, Polk Community College; George Schultz, St. Petersburg College; Jimmy Chang, St.
Petersburg College; Carolyn Kistner, St. Petersburg College; Aida Kadic-Galeb, The University
xiv PREFÁCIO
Também gostaríamos de agradecer às seguintes pessoas pela sua ajuda na revisão de Math Mar-
verls e dos cartões das Crônicas do Cálculo:
Gino Biondini, University at Buffalo/I'he State University ofNew York; Russell Blyth, Saint Louis
University; Christopher Butler, Case Western Reserve University; Timmy G. Bremer, Broome
Community College, The State University of New York; Robert E. Byerly, Texas Tech University;
Timothy W. Flood, Pittsburg State University; Kevin W. Hopkins, Southwest Baptist University;
Herbert E. Kasube, Bradley University; Scott N. Kersey, Georgia Southern University; Jessie K.
Lenarz, Concordia College-Moorehead Minnesota; Ralph Oberste-Vorth, Marshall University;
Rachel Repstad, Vermont Technical College; Chehrzad Shakiban, University of St. Thomas; James
W. Thomas, Colorado State University; Chengwen Wang, Rutgers, The State University of New
Jersey; Robert C. Williams, Alfred University; Jianping Zhu, University ofAkron
Finalmente, gostaríamos de agradecer aos Clubes de Matemática das seguintes escolas pela aju-
da na conferência dos exercícios e suas soluções:
Arizona State University; Califomia Polytechnic State University, San Luis Obispo; University of
Califomia, Berkeley; University of Califomia, Santa Barbara; Florida Atlantic University; University
of South Florida; Indiana University; Kansas State University; Louisiana State University; Worcester
Polytechnic Institute; University ofMissouri-Columbia; Mississippi State University; University of
Montana; North Carolina State University; University of South Carolina; Vanderbilt University;
Texas State University-San Marcos; University ofVermont; University ofWyoming
É uma tarefa agradável agradecer às muitas pessoas cuja orientação e apoio foram cru-
ciais para levar a bom termo este livro. Em primeiro lugar, agradeço a Tony Palermino,
meu editor de projeto, pela sua sabedoria e dedicação. Ele é responsável por tantos
melhoramentos que não é possível detalhá-los. Agradecimentos especiais também são
devidos ao Professor Thomas Banchoff, que auxiliou generosamente com seus conhe-
cimentos no desenvolvimento gráfico do livro. Agradeço a muitos matemáticos que for-
neceram opiniões valiosas, críticas construtivas e exercícios inovadores. Em particular,
agradeço aos Professores John Alongi, Chris Bishop, Brian Bradie, Dennis DeTurck,
Ted Dobson, Greg Dresden, Mark Fitch, James McKinney, Len Miller, Vivien Miller,
Aaron Montgomery, Vivek Narayanan, Emma Previato, Michael Radin, Todd Ruskell,
David Wells e a meus alunos Shraddha Chaplot e Sharon Hori. Também agradeço a
Rami Zelingher e Dina Lavi da JustAsk.
A produção da primeira edição de um livro didático é um grande empreendimento,
tanto para o autor quanto para a editora. Eu agradeço à equipe da W. H. Freeman e
Companhia pela confiança inabalável no projeto e pelo destacado apoio editorial. É
um prazer agradecer a Craig Bleyer por assinar o projeto e defendê-lo, Terri Ward por
organizar com competência o complexo processo de produção, Ruth Baruth e Bruce
Kaplan pelo conhecimento valioso e a experiência editorial, Steve Rigolosi pelo com-
petente planejamento de vendas e Brendam Cady e Laura Capuano pela assistência
editorial. Meus agradecimentos também são devidos à excelente equipe de produ-
ção: Blake Logan, Bill Page, Paul Rohloff, Ted Szczepanski, Suzan Timmins e Vivien
Weiss, bem como a Don DeLand e Leslie Galen, da Integre Technical Publishing, pela
composição habilidosa.
Eu devo mais do que posso dizer à minha esposa, Julie. Muito obrigado por tudo. Para
nossos maravilhosos filhos Rivkah, Dvora, Hannah e Akiva, obrigado por agüentarem o
livro de Cálculo, um irmão adicional exigente que permaneceu em nosso lar por tantos
anos. E para minha mãe Elsie e meu falecido pai Alexander Rogawski, muito obrigado
pelo amor e apoio desde o começo.
xviii PREFÁCIO
• PARA OESTUDANTE
Embora eu tenha ensinado Cálculo por mais de 25 anos, ainda fico emocionado ao entrar
na sala de aula no primeiro dia de um novo semestre letivo, como se um grande drama
estivesse a ponto de se desenrolar. O termo "drama" parece um pouco fora de contexto
numa discussão de Matemática?
Não há dúvida de que o Cálculo seja útil: é utilizado em todas as ciências e toda
Engenharia, desde a previsão do tempo e viagens espaciais até a nanotecnologia e mode-
lagem financeira. Mas o que isso teria de dramático?
Para mim, uma parte do drama reside no desenvolvimento conceituai e lógico do as-
sunto. Começando com alguns poucos conceitos básicos, como limites e retas tangentes,
construímos gradualmente as ferramentas para resolver inúmeros problemas de grande im-
portância prática. Ao longo do caminho, encontramos pontos altos e momentos de suspense
- calculando uma derivada usando limites pela primeira vez, ou aprendendo como o Teo-
rema Fundamental do Cálculo unifica o Cálculo Diferencial e o Cálculo Integral. Também
descobrimos como o Cálculo fornece a linguagem correta para expressar leis universais da
natureza, não só as leis do movimento, de Newton, para as quais foi inventado, mas também
as leis do Eletromagnetismo e mesmo as leis estranhas da Mecânica Quântica.
Uma outra parte do drama é o próprio processo de aprendizagem - o percurso pessoal
do descobrimento. Certamente, uma parte importante do aprendizado de Cálculo é a as-
similação de habilidades técnicas. Você vai aprender como calcular derivadas e integrais,
resolver problemas de otimização, e assim por diante. Essas são as habilidades de que
necessitamos para aplicar o Cálculo a situações práticas. Mas quando estudamos Cálculo,
também aprendemos a linguagem da Ciência. Com ela, ganhamos o acesso aos pensa-
mentos de Newton, Euler, Gauss e Maxwell, os maiores pensadores científicos, todos os
quais expressaram seus achados usando Cálculo. O famoso matemático 1. M. Gelfand
colocou isso dessa maneira: "A coisa mais importante que um estudante pode conseguir
estudando Matemática é alcançar um nível intelectual mais elevado".
Este texto foi projetado para desenvolver tanto habilidades quanto entendimento con-
ceituai. Na verdade, ambos andam juntos. Na medida em que nos tomamos proficientes na
resolução de problemas, passamos a apreciar as idéias subjacentes. Igualmente verdade é
que um sólido conhecimento dos conceitos nos toma mais hábeis para resolver problemas.
Provavelmente, você vai dedicar muito mais tempo estudando problemas e resolvendo exer-
cícios. Contudo, o livro também contém inúmeras explicações concretas, às vezes sob a
chamada "Entendimento Conceituai" ou "Entendimento Gráfico". Essas explicações foram
projetadas para mostrar-lhe como e por que o Cálculo funciona. Recomendo fortemente que
você encontre um tempo para ler essas explicações e pensar sobre elas.
Um grande desafio para mim ao escrever este livro foi apresentar o Cálculo de uma ma-
neira que os estudantes o considerassem compreensível e interessante. À medida que escre-
via, ficava sempre a me perguntar: Posso tomar isso mais simples? Estou supondo alguma
coisa da qual os alunos nem desconfiam? Posso explicar o significado mais profundo de um
conceito sem confundir o aluno que está aprendendo o assunto pela primeira vez?
Creio que não exista um livro que torne o aprendizado de Cálculo completamente
indolor. De acordo com a lenda, certa vez Alexandre, o Grande, pedira ao matemático
Menaecmus que lhe mostrasse uma maneira fácil de aprender Geometria. Menaecmus
respondera: "Não existe uma estrada real para a Geometria". Mesmo reis precisam bata-
lhar para aprender Geometria e o mesmo é válido para o Cálculo - alcançar um domínio
da matéria exige tempo e esforço.
Contudo, espero que meus esforços tenham resultado num livro didático que lhe seja
"amigável" e que também lhe encoraje a apreciar esse assunto globalmente, ou seja, as
idéias maravilhosas e elegantes que mantém de pé a edificação do Cálculo. Espero que
você entre em contato comigo para comunicar quaisquer comentários ou sugestões que
possam melhorar este texto.
Bom curso e boa sorte!
Jon Rogawski
, ,
SUMARIO 1 CALCULO
VOLUME 1
• Capítulo 6 APLICAÇÕES DA INTEGRAL 301
•
1.1
Capítulo 1 REVISÃO DE PRÉ-CÁLCULO
Números Reais, Funções e Gráficos
1
1
6.1
6.2
Área entre Duas Curvas
Montando Integrais: Volume, Densidade,
Valor Médio
301
308
1.2 Funções Lineares e Quadráticas 13 6.3 Volumes de Revolução 320
1.3 Classes Básicas de Funções 21 6.4 Método das Cascas Cilíndricas 328
1.4 Funções Trigonométricas 25 6.5 Trabalho e Energia 334
1.5 Recursos Computacionais: Calculadoras e
Computadores 34
• Capítulo 7 FUNÇÃO EXPONENCIAL 343
•
2.1
Capítulo 2 LIMITES
Limites, Taxas de Variação e Retas Tangentes
41
41
7.1
7.2
7.3
Derivada def(x) = b' e o Número e
Funções Inversas
Logaritmos e Suas Derivadas
343
350
358
2.2 Limites: Abordagem Numérica e Gráfica 50 7.4 Crescimento e Decaimento Exponencial 367
2.3 Leis Básicas de Limites 60 7.5 Juro Composto e Valor Presente 374
2.4 Limites e Continuidade 63 7.6 Modelos Utilizando y' = k(y - b) 379
2.5 Cálculo Algébrico de Limites 73 7.7 Regra de L'Hôpital 384
2.6 Limites Trigonométricos 78 7.8 Funções Trigonométricas Inversas 392
2.7 Teorema do Valor Intermediário 84 7.9 Funções Hiperbólicas 399
2.8 Definição Formal de Limite 87
• Capítulo 3 DERIVADA 97 •
8.1
Capítulo 8 TÉCNICAS DE INTEGRAÇÃO
Integração Numérica
413
413
3.1 Definição da Derivada 97 8.2 1ntegração por Partes 424
3.2 Derivada como Função 107 8.3 1ntegrais Trigonométricas 430
3.3 Regras do Produto e do Quociente 120 8.4 Substituição Trigonométrica 438
3.4 Taxas de Variação 126 8.5 Método das Frações Parciais 446
3.5 Derivadas Superiores 137 8.6 Integrais Impróprias 456
3.6 Funções Trigonométricas 142
3.7 Regra da Cadeia 147
3.8
3.9
Derivação Implícita
Taxas Relacionadas
155
161
• Capítulo 9 MAIS APLICAÇÕES DA INTEGRAL
E POLINÔMIOS DE TAYLOR 471
9.1 Comprimento de Arco e Área de Superfície 471
•
4.1
Capítulo 4 APLICAÇÕES DA DERIVADA
Aproximação Linear e Aplicações
173
173
9.2
9.3
Pressão e Força de Fluido
Centro de Massa
477
483
9.4 Polinômios de Taylor 492
4.2 Valores Extremos 181
4.3 Teorema do Valor Médio e Monotonicidade 192
4.4 O Formato de um Gráfico 199 APÊNDICES Al
4.5 Esboçando Gráficos e Assíntotas 206 A. A Linguagem da Matemática Al
4.6 Otimização Aplicada 219 B. Propriedades de Números Reais A8
4.7 Método de Newton 231 e. Indução e o Teorema Binomial A13
4.8 Antiderivadas 237 D. Demonstrações Adicionais A18
VOLUME 2
• Capítulo 15 DERIVAÇÃO EM VÁRIAS
VARIÁVEIS 772
• Capítulo 1O INTRODUÇÃO A
EQUAÇÕES DIFERENCIAIS 505 15.1 Funções de Duas ou Mais Variáveis 772
15.2 Limites e Continuidade em Várias Variáveis 784
10.1 Resolução de Equações Diferenciais 505 15.3 Derivadas Parciais 791
10.2 Métodos Gráficos e Numéricos 514 15.4 Diferenciabilidade, Aproximação Linear e
10.3 Equação Logística 522 Planos Tangentes 802
10.4 Equações de Primeira Ordem 527 15.5 Gradiente e Derivadas Direcionais 809
15.6 Regra da Cadeia 821
•
11.1
Capítulo 11
Seqüências
SÉRIES INFINITAS 535
535
15.7
15.8
Otimização em Várias Variáveis
Multiplicadores de Lagrange: Otimização
com Vínculo
829
842
11 .2 Soma de uma Série Infinita 546
11.3
11 .4
11.5
Convergência de Séries de Termos Positivos
Convergência Absoluta e Condicional
Testes da Razão e da Raiz
556
565
571
•
16.1
Capítulo 16 INTEGRAÇÃO MÚLTIPLA
Integração em Várias Variáveis
855
855
11.6 Séries de Potências 576 16.2 Integrais Duplas em Regiões Mais Gerais 867
11.7 Séries de Taylor 587 16.3 Integrais Triplas 880
16.4 Integração em Coordenadas Polares, Cilíndricas
13.1
13.2
13.3
Vetores no Plano
Vetores em Três Dimensões
Produto Escalar e o Ângulo entre Dois Vetores
655
666
675
• Capítulo 18 TEOREMAS FUNDAMENTAIS
DA ANÁLISE VETORIAL 987
13.4 Produto Vetorial 684 18.1 Teorema de Green 987
13.5 Planos no Espaço Tridimensional 695 18.2 Teorema de Stokes 1000
13.6 Classificação de Superfícies Quádricas 702 18.3 Teorema da Divergência 1012
13.7 Coordenadas Cilíndricas e Esféricas 710
APÊNDICES Al
ÍNDICE 11
-
REVISAO DE
1
PRÉ-CÁLCULO
Cálculo é fundamentado na Álgebra, Geometria Analítica e Tri-
O valor absoluto de um número real a, denotado por lal, é definido por (Figura 2)
a o
FIGURA 2 O valor absoluto lal. 1a1 =
. , . da origem
distancia . = Iª -a
se a -> O
se a< O
Utilizamos a notação padrão para intervalos. Dados números reais a < b, existem
quatro intervalos com extremidades a e b (Figura 4). Cada um desses intervalos têm
comprimento b - a, mas diferem conforme uma ou ambas extremidades estiverem
incluídas.
O intervalo fechado [a, b] é o conjunto de todos números reais x tais que a~ x ~ b:
[a, b] = {x E R :a ~ x ~ b}
O intervalo infinito (-oo, oo) é toda a reta real R. Um intervalo semi-infinito pode ser
aberto ou fechado. Um intervalo semi-infinito contém sua extremidade finita:
lxl<r Os intervalos abertos e fechados são descritos por desigualdades. Por exemplo
(Figura 6),
-r o r
FIGURA 6 O intervalo
1 lxl < r <=> -r < x < r <=> x E (-r, r) 1
(-r, r) = {x : lxl < r} .
c-r e c+r Uma afirmação análoga vale para intervalos fechados com< substituído por ::::. Dize-
mos quer é o raio e e é o ponto médio. Os intervalos (a, b) e [a, b] têm ponto médio
FIGURA 7 (a, b) = (c - r, c + r), onde
e = ½(a+ b) e raio r = ½<b - a) (Figura 7).
a+b b-a
C= -2- , r = - -·
2
• EXEMPLO 1 Descrevendo intervalos com desigualdades Descreva os intervalos (-4, 4) e
[7, 13] usando desigualdades.
3 3 Solução Temos (-4, 4) = {x : lxl < 4}. O ponto médio do intervalo [7, 13] é
e = ½(7 + 13) = 10 e seu raio é r = ½03 - 7) = 3 (Figura 8). Portanto
7 10 13
No Exemplo 2 utilizamos a notação u Assim, 1 ½x - 3 I :::: 4 está satisfeito quando x pertence a [- 2, 14]. O conjunto S é o com-
para representar a "união": a união plementar, consistindo em todos números x que não estão em [-2, 14]. Podemos descre-
A u B dos conjuntos A e B consiste em
todos elementos que pertençam a A ou ver S como a união de dois intervalos: S = (-oo, -2) U ( 14, oo) (Figura 9). •
a B (ou a ambos).
Traçando gráficos
O traçado de gráficos é uma ferramenta básica no Cálculo, assim como na Álgebra e na
Trigonometria. Lembre que as coordenadas retangulares (ou cartesianas) no plano são
definidas pela escolha de dois eixos perpendiculares, o eixo x e o eixo y. A um par (a, b)
de números associamos o ponto P localizado na interseção da reta perpendicular ao eixo
A coordenada x é muitas vezes
chamada "abscissa" e a coordenada y x em a e a reta perpendicular ao eixo y em b [Figura lO(A)]. Os números a e b são as co-
1 "ordenada". ordenadas x e y de P. A origem é o ponto de coordenadas (O, O).
Os eixos dividem o plano em quatro quadrantes, etiquetados de I a IV, determinados
pelos sinais das coordenadas [Figura lO(B)]. Por exemplo, o quadrante III consiste nos
O termo "cartesiano" se refere ao
filósofo e matemático francês René
pontos (x, y) tais que x < Oe y < O.
Descartes (1596-1650), cujo nome em A distância d entre dois pontos P1 = (x1, YI) e P2 = (x2, yz) é calculada usando
latim era Cartesius. A ele (junto com o Teorema de Pitágoras. Na Figura 11, vemos que P1P2 é a hipotenusa de um triângulo
Pierre de Fermat) é creditada a invenção retângulo de lados a = lx2 - x11 e b = IY2 - YI 1. Portanto,
da Geometria Analítica. Em seu grande
trabalho La Géometrie, Descartes usou
as letras x, y, z para variáveis e a, b, e
para constantes, uma convenção que
tem sido seguida desde então. Obtemos a fórmula da distância tomando raízes quadradas.
4 CÁLCULO
y y
2
b -----------------1P=(a, b) II
(-, +) (+,+)
'
'
''
- - - + - - + - - - - + - - + - - - + - - +' - - x X
-2 -1 2 a
-1 III IV
(- , - ) (+, - )
-2
-1------1-----+---x
Uma vez de posse da fórmula da distância, podemos deduzir facilmente a equação
de um círculo de raio recentro (a, b) (Figura 12). Um ponto (x, y) está nesse círculo se a
FIGURA 11 A distância d é dada pela
distância de (x, y) a (a, b) for r:
fórmula da distância.
J (x - a) 2 + (y - b) 2 = r
DEFINIÇÃO Função Uma função f entre dois conjuntos D e Y é uma regra que associa
a cada elemento x em D um único elemento f (x) em Y. Simbolicamente,
__,,__-----+----X f :D~ y
a
FIGURA 12 O círculo de equação
(x - a)2 + (y - b) 2 = r 2. Parax E D, dizemos quef (x) é o valor def emx (Figura 13). O conjunto D é denominado o
domínio de f A imagem R defé o subconjunto de Y consistindo em todos valores f (x):
y
x-
entrada
Máquina "f" -f(x)
saída
FIGURA 13 Uma função é uma regra FIGURA 14 Pense emf como uma
que associa um elemento f (x) de Y a "máquina" que pega a entrada x e produz
cadax E D. asaídaf (x).
CAPÍTULO 1 Revisão de pré-cálculo 5
No Cálculo a várias variáveis, tratamos Na primeira parte deste texto tratamos de funções numéricas, em que ambos o domí-
de funções com uma variedade de nio e a imagem são conjuntos de números reais. Essas funções são denotadas tanto por f
domínios e imagens. O domínio pode
ser um conjunto de pontos do espaço quanto f (x). A letra x é a variável independente, que pode tomar qualquer valor do do-
tridimensional e a imagem um conjunto mínio D. Escrevemos y = f (x) e dizemos que y é a variável dependente (pois seu valor
de números, pontos ou vetores. depende da escolha de x).
Quando/for definida por uma fórmula, seu domínio natural é o conjunto de números
reais x para os quais a fórmula fizer sentido. Por exemplo, a função f (x) = ~ tem
domínio D= {x: x :S 9} porque~ está definido se 9 - x::: O. Aqui temos mais
alguns exemplos de domínios e imagens.
{x:x#:-1} {y: y #= O)
x+I
y O gráfico de uma função y =f (x) é obtido esboçando os pontos (a,f (a)) para a no
domínio D (Figura 15). Se começarmos em x = a no eixo x, movermos verticalmente
para cima até o gráfico e então horizontalmente até o eixo y, alcançamos o valor/ (a). O
valor 1/ (a)I, portanto, é a distância do gráfico acima ou abaixo do eixo x [dependendo de
f (a) :S Oou/ (a)< O].
Um zero ou raiz de uma função f (x) é um número e tal que f (x) = O. Os zeros são os
valores de x nos quais o gráfico corta o eixo x.
FIGURA 15 No Capítulo 4, utilizaremos o Cálculo para esboçar e analisar gráficos. Neste estágio,
para traçar um gráfico à mão, fazemos a tabela dos valores da função, esboçamos os pontos
correspondentes (incluindo todos os zeros) e conectamos esses pontos com uma curva lisa.
4 ------------------- TABELA 1
X x 3 -2x
-2 -4
-1 1
o o
1 -1
2 4
As funções que surgem nas aplicações nem sempre são dadas por fórmulas. Os dados
coletados da observação ou experimentação definem funções que podem ser apresentadas
ou graficamente ou com uma tabela de valores. A Figura 17 e a Tabela 2 exibem os dados
coletados pelo biólogo Julian Huxley (1887-1975) num estudo do peso W das armas do
veado macho como uma função da idade t. Veremos que muitas das ferramentas do Cálcu-
lo podem ser aplicadas a funções construídas dessa maneira, a partir de dados.
6 CÁLCULO
! + --+---+··7'-
/ -+---+----+----1
J,
1
2
0,48
1,59
7
8
5,34
5,62
~ ---· / 3 2,66 9 6,18
-/ - -~+,,- -+---+--+----11---l 4 3,68 10 6,81
5 4,35 li 6,21
6 4,92 12 6,1
o ~ 2- -4- -6 - -
8 -10
- -12
º Idade t (anos)
FIGURA 17 O peso médio das annas de um
veado macho como função da idade.
FIGURA 18 O gráfico de 4/ - x3 = 3. • Crescente em (a, b) se f(xi ) < f (x2) para quaisquer x i , x2 E (a , b) tais que
Esse gráfico não passa no teste da reta X t < X2
vertical, portanto não é o gráfico de • Decrescenteem(a,b)se f (xi) > f(x2) paraquaisquerx1 ,x2 E (a, b)taisque
uma função. X t < X2
A função na Figura 19(D) não é nem crescente nem decrescente (para todo x) mas é de-
crescente no intervalo (a, b). Dizemos que/ (x) é não-decrescente se f (xi) :S f (x2)para
x 1 :S x2. As funções não-crescentes são definidas de maneira análoga. A função na Figura
19(C) é não-decrescente mas não é crescente.
y y y y
--i---+----+--x
a b
Uma outra propriedade importante é a paridade, que se refere a uma função ser par
ou ímpar:
Os gráficos de funções de paridade par ou ímpar têm uma simetria especial. O gráfico de
uma função par é simétrico em relação ao eixo y (também dizemos "simétrico pelo eixo
CAPÍTULO 1 Revisão de pré-cálculo 7
y"). Isso significa que se P = (a, b) estiver no gráfico, então Q = (-a, b) também está
[Figura 20(A)]. O gráfico de uma função ímpar é simétrico em relação à origem, o que
significa que se P = (a, b) estiver no gráfico, então Q = (-a, -b) também está [Figura
20(B)]. Uma função pode não ser par nem ímpar [Figura 20(C)].
b ------- !(a, b)
(A) Função par:f(-x) = f(x) (B) Função ímpar:f(-x) =-f(x) (C) Nem par nem ímpar.
O gráfico é simétrico O gráfico é simétrico
em relação ao eixo y. em relação à origem.
FIGURA 20
1
• EXEMPLO 5 Traçado de gráficos usando simetria Esboce o gráfico de f (x) = - 2- - .
X +1
1
Solução A função f(x) = x2 + 1 é positiva [f (x) > O para todo x] e é par, poisf (x) =
f ( - x). Portanto, o gráfico de f (x) fica acima do eixo x e é simétrico em relação ao eixo y.
y Além disso,! (x) é decrescente para x:::: OGá que um valor maior de x produz um denomi-
1 nador maior). Usamos essa informação e uma pequena tabela de valores (Tabela 3) para
1
f(x)= x2 +1 traçar o gráfico (Figura 21). Observe que o gráfico tende ao eixoxquando avançamos para
a direita ou esquerda, poisf (x) é pequeno quando lxl é grande. •
DEFINIÇÃO Translação
TABELA3
• Translação vertical y =f (x) + e: isso move o gráfico verticalmente por e uni-
X dades. Se e < O, o resultado é um deslocamento para baixo.
x2 + l
• Translação horizontal y = f (x + e): isso move o gráfico para a direita por e
o unidades se e< Oe e unidades para a esquerda se e> O.
1
±1 2
1
±2 5
A Figura 22 mostra o efeito de transladar o gráfico de f (x) = - 2-1 - vertical e horizon-
x +1
talmente.
8 CÁLCULO
Translação
y dewna y Translação Y
unidade para deuma
2 2 2
cima
unidade para
Lembre quef(x) + e ef(x + e) são a esquerda
- 1
diferentes. O gráfico de y =f (x) + e é
uma translação vertical e y =f (x + e)
uma translação horizontal do gráfico de -+--+--1-----+--+-x -+--+--1-----+--+-x
y=f(x). -2 -1 2 -2 -1 2 -3 -2 -1
1
(A) y=f(x) = - 2 - =
(B) y f(x) + 1 =-2 1- + 1 (C) y=f(x+ 1)= - -
2
1
-
X +I X +1 (x + 1) + 1
FIGURA 22
y y
-2 -1 2 3
-1
Solução O gráfico (B) é obtido transladando o gráfico (A) uma unidade para a direita e
uma unidade para baixo. Podemos ver isso observando que o ponto (O, O) do gráfico de
f (x) foi deslocado para (1, -1). Portanto, (B) é o gráfico de g(x ) = (x - 1)2 - 1. •
Lembre que kf (x) ef (kx) são • EXEMPLO 7 Trace os gráficos de f (x) = sen(nx) e suas duas mudanças de escala
diferentes. Ográfico de y = kf (x) é uma f(3x) e 3/(x).
mudança de escala vertical e y =f (kx)
uma mudança de escala horizontal do Solução O gráfico de f (x) = sen(nx) é uma curva senoidal de período 2 [completa um
gráfico de y =f (x). ciclo a cada intervalo de comprimento 2: ver Figura 25(A)].
CAPÍTULO 1 Revisão de pré-cálculo 9
3
y y 2
2
-1 -1
-2
-3
FIGURA 25 Mudança de escala (A) y=f(x)=sen(rrx) (B) Compressão horizontal: (C) Expansão vertical:
horizontal e vertical def(x) = sen(nx). y =f(3x) = sen(37r x) y = 3f(x) = 3sen(rr x)
1.1 RESUMO
1.1 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Dê um exemplo de números a e b tais que a< b e lal > lhl. (a) (1, 4) (b) (-3, 2)
(e) (4, -3) (d) (-4, -1)
2. Quais números satisfazem lal = a? Quais satisfazem lal = -a?
E 1-al =a? 6. Qual é o raio do círculo de equação (x - 9) 2 + (y - 9) 2 = 9?
3. Dê um exemplo de números a e b tais que la+ bl < lal + lhl. 7. A equaçãof(x) = 5 tem uma solução se (escolha uma):
4. Quais são as coordenadas do ponto que está na interseção das (a) 5 estiver no donúnio de f
5. Em que quadrante estão os pontos seguintes? 8. Que tipo de simetria tem o gráfico defsef(-x) = -f(x)?
Exercícios
1. Use uma calculadora para obter um número racional r tal que
Ir - n2 1 < 10-4_ (e) la - ~I < 5 (d) lal > 5
2. Sejam a= -3 e b = 2. Quais das desigualdades seguintes são (e) la - 41 < 3 (t) l<a<5
verdadeiras? (i) a está à direita de 3.
(a) a <b (b) lal < lhl (e) ab >0 (ii) a está entre 1 e 7
1 1 (iü) A distância de a até 5 é menor do que ½-
(d) 3a < 3b (e) -4a<-4b (f) - < -
a b
(iv) A distância de a até 3 é no máximo 2.
Nos Exercícios 3-8, expresse o intervalo em termos de uma desigual-
(v) a está a menos do que 5 unidades de½-
dade envolvendo o valor absoluto.
(vi) a está ou à esquerda de -5 ou à direita de 5.
3. [-2, 2] 4. (-4,4) 5. (O, 4)
9. lxl <8 10. lx - 121 < 8 26. Quais x satisfazem lx - 31 < 2 e lx - 51 < 1?
11. 12x+ 11 <5 12. 13x - 41 < 2 27. Mostre que sela - 51 < ½e lb - 81 < ½, então l(a + b) - 131 < 1.
Sugestão: use a desigualdade triangular.
Nos Exercícios 13-18, expresse como um intervalo o conjunto de nú-
meros x satisfazendo a condição dada. 28. Suponha que lal :::: 2 e lhl :::: 3.
13. lxl <4 14. lxl:::: 9 (a) Qual é o maior valor possível de la+ bl?
(b) Qual é o maior valor possível de la + bl se a e b têm sinais
15. lx - 41<2 16. lx+ 71 <2 opostos?
17. 14x-11:::: 8 18. 13x + 51 < 1
29. Suponha que lx - 41 :::: 1.
Nos Exercícios 19-22, descreva o conjunto como uma união de inter- (a) Qual é o maior valor possível de lx + 41?
valos finitos ou infinitos.
(b) Mostre que li - 161 :::: 9.
19. {x : lx - 41 > 2} 20. {x : 12x+41>3}
30. Prove que lx l - IYI :::: lx - yl. Sugestão: aplique a desigualdade
21. {x: li - 11>2} 22. {x : li + 2xl >2} triangular a y ex - y.
23. Combine as desigualdades (a)-(f) com as correspondentes afir- 31. Expresse r 1 = 0,27 como uma fração. Sugestão: 100r1 - r 1 é um
mações (i)-(vi). inteiro. Então expresse r2 = 0,2666 ... como uma fração.
1
(a) a> 3 (b) la - 51 < - 32. Represente 1/7 e 4/27 como dízimas periódicas.
3
CAPÍTULO 1 Revisão de pré-cálculo 11
33. No texto afirmamos o seguinte: se as expansões decimais de dois 59. Quais das curvas na Figura 26 é o gráfico de uma função?
números reais a e b forem iguais até a k-ésima casa, então a dis-
tância la - bl ::: 10-k. Mostre que a recíproca não é verdadeira, y y
Gxf\Afx
ou seja, dado qualquer k, podemos encontrar números reais a e
b cujas expansões decimais não têm nenhuma casa igual mas
la-bl::: 10-k_
34. Esboce cada par de pontos e calcule a distância entre eles:
(a) (1, 4) e (3, 2) (b) (2, 1) e (2, 4) (A) (B)
37. Encontre todos pontos de coordenadas inteiras que estão a uma (C) (D)
distância de 5 da origem. Então encontre todos pontos de coorde- FIGURA 26
nadas inteiras que estão a uma distância de 5 de (2, 3).
60. Decida se a função é crescente, decrescente ou nenhum dos dois.
38. Determine o domínio e a imagem da função
(a) A área da superfície de uma esfera como uma função do raio.
f: {r, s, t, u)---+ {A, B, C, D , E) (b) A temperatura num ponto na linha do Equador como função do
tempo.
definida porf(r) = A, f(s) = B, f(t) = B, f(u) = E.
(e) O preço de uma passagem aérea como função do preço dope-
39. Dê um exemplo de uma função cujo domínio D tenha três ele- tróleo.
mentos e a imagem R tenha dois elementos. Existe alguma fun-
(d) A pressão do gás num pistão como função do volume.
ção cujo domínio tenha dois elementos e a imagem tenha três
elementos? Nos Exercícios 61-66, sejaf (x) a função cujo gráfico está dado na
Nos Exercícios 40-48, encontre o domínio e a imagem da função. Figura 27.
Nos Exercícios 49-52, encontre o intervalo no qual a função é cres- 61. Quais são o domínio e a imagem de f (x)?
cente.
62. Esboce os gráficos def (x + 2) ef (x) + 2.
49. f(x) = lx + 11 50. f(x) =i
63. Esboce os gráficos def (2x),f(~ x) e 2f(x).
1
51. f(x) =x4 52. f(x)=- -
x2 +1 64. Esboce os gráficos def(-x) e-f(-x).
Nos Exercícios 53-58, encontre os zeros da função e trace seu gráfico 65. Estenda o gráfico def(x) até [-4, 4] de tal modo que resulte uma
esboçando pontos. Use informações de simetria e de crescimento/de- função par.
crescimento quando for apropriado.
66. Estenda o gráfico def(x) até [-4, 4] de tal modo que resulte uma
53. f(x)=x 2 - 4 54. f (x) = 2x 2 - 4 função ímpar.
55. f(x) =x3 - 4x 56. f(x) = x3 67. Suponha quef (x) tenha domínio [4, 8] e imagem [2, 6]. Quais
1 são o domínio e a imagem de:
57. f(x)=2-x 3 58. f(x) =
(x - 1) 2 + 1 (a) f (x) + 3 (b) f (x + 3)
12 CÁLCULO
y y y
3 3 3
(A) (B)
2 2 2
-+--+--+--+-+-<c-+-X-+--+--+--+--+-+-+-X-+--+--+--'1,-+-,i<-+-X y y
-3 -2 -!..1 1 2 3 -3 -2 -!..1 1 2 3
y y y
(C) (D)
3 3
2 2 FIGURA 30
1 2 3 - 3 - 2 -!._l 1 2 3
75. Mostre que a soma de duas funções pares é par e que a soma de
duas funções ímpares é ímpar.
-2
-3 76. Suponha que f (x) e g(x) sejam ambas pares. Quais das funções
(iii) (iv) (v)
seguintes são pares? Quais são ímpares?
FIGURA 28 (a) f (x) g(x) (b) f(x)3
(d) f (x)
(e) f (x) - g(x)
71. Trace o gráfico de/(2x) ef(½ x), ondef(x) = lxl + 1 (Figura g(x)
28).
77. Dê um exemplo de uma curva que seja simétrica tanto em relação
72. Encontre a função f (x) cujo gráfico é obtido transladando a pa- ao eixo y quanto à origem. Pode o gráfico de uma função ter essas
rábola y = x2 três unidades para a direita e quatro unidades para duas simetrias? Sugestão: prove algebricamente que f (x) = Oé a
baixo, como na Figura 29. única função com tais simetrias.
80. Seja p = PI .. . Ps um inteiro com dígitos PI , ... , Ps- Mostre 81. ~ Uma função f (x) é simétrica em relação à reta vertical
que x = a sef(a -x) =f(a +x).
p
- - =0,Pl ···Ps (a) Trace o gráfico de uma função que é simétrica em relação a
10s -1
x=2.
2
~:: isso para encontrar a expansão decimal de r =
11. Observe (b) Mostre que sef(x) é simétrica em relação ax = a, então g(x) =
f(x + a) é par.
2 18
r = - = -2- - 82. ~ Formule uma condição paraf (x) ser simétrica em relação
11 10 -1
ao ponto (a, 0) no eixo x.
y O gráfico de/ (x) é uma reta de inclinação me, como/ (0) = b, o gráfico intersecta o eixo
y no ponto (O, b) (Figura 1). O número b é o ponto de corte da reta com o eixo y e dizemos
y =mx+b
que a equação y = mx + b da reta está na forma inclinação-corte.
Usamos os símbolos 1::ix e /::i y para denotar a variação (ou incremento) em x e y =f (x)
ao longo do intervalo [x1, x2] (Figura 1):
11::ix = x2 -x,,
c-;-i
L::.E.J A inclinação m da reta é a razão
l::iy = mfix
vemos que um incremento de uma unidade em x (ou seja, fix = 1) produz uma varia-
ção de m unidades fiy em y. Por exemplo, sem = 5, então y aumenta cinco unidades
por unidade de aumento de x. A interpretação da inclinação como taxa de variação é
de importância fundamental no Cálculo. Na Seção 2.1, discutiremos isso com mais
detalhes.
Graficamente, a inclinação m mede a declividade da reta y = mx + b. A Figura 2(A)
mostra retas de diversas inclinações m. Observe as propriedades seguintes:
14 CÁLCULO
y y
x=c
-1 -2 -5 5 2 (inclinação infinita)
b ----<P-,p---y =b
(inclinação O)
-+------+-----X
e
(A) Retas por P de diversas inclinações. (B) Retas horizontal e vertical por P.
FIGURA 2
'ij 150 + ······...............,........................,.......................;,. ADVERTtNCIA: Muitas vezes os gráficos são traçados utilizando escalas diferentes
'º
] para os eixos x e y. Isso é feito para manter os tamanhos desses gráficos dentro do
e razoável. Contudo, quando as escalas são diferentes, as retas não aparecem com sua
~ 125 + .....................,.....................,, verdadeira inclinação.
]
100.,..._--+---+--+---~ A escala é especialmente importante nas aplicações porque a declividade de um
2000 2001 2002 2003 2004 gráfico depende da escolha de unidades para os eixos x e y. Podemos criar impressões
subjetivas muito distintas com uma mudança de escala. A Figura 3 mostra o cresci-
300
mento dos lucros de uma companhia ao longo de um período de quatro anos. Os dois
,...._ 275
j 250
gráficos transmitem a mesma informação mas o gráfico de cima faz esse crescimento
] 225 parecer mais dramático.
5 200 Em seguida, vamos rever a relação entre as inclinações de retas paralelas e perpendi-
';;; 175 culares (Figura 4):
§ 150
j
125 • Retas de inclinações m1 e m2 são paralelas se, e somente se, m1 = m2•
100-i-=::;_-+----+--+--~ • Retas de inclinações m1 e m2 são perpendiculares se, e somente se, m1 = - l/m2
2000 2001 2002 2003 2004
(ou m 1mz = - 1).
FIGURA 3 Crescimento de lucros
corporativos.
y y
. linaçao=
me - --;;;
l
inclinação = m
/2~·- inclinação = m
1 ax+by=c 1 [I]
y em que a e b não são ambos zero. Para b = O, isso dá a reta vertical ax =e.Quando b-::!- O,
podemos reescrever (1) na forma inclinação-corte. Por exemplo, -6x + 2y = 3 pode ser
ai-ai reescrita como y = 3x + l
(a1 , b1) i Freqüentemente utilizamos duas outras formas, a ponto-inclinação e a ponto-ponto.
Dados um ponto P = (a, b) e uma inclinação m, a equação da reta pelo ponto P com incli-
1 b2-b1
nação m é y - b = m(x - a). Analogamente, a reta por dois pontos distintos P = (ai , bi )
e Q = (a2, b2) tem inclinação (Figura 5)
(ai, b~
---+-----"<-----X
b2 -bi
m=---
a2 - a ,
FIGURA 5 A inclinação da reta
Portanto, podemos escrever sua equação como y - b, = m (x - a,).
entre?= (ai,bi ) eQ = (a2 ,b2)é
b2 -bi
m= - -.
a2 - a i
Equações para retas
1. Forma ponto-inclinação: A reta por P = (a, b) com inclinação m tem equação
1y - b = m(x - a) 1
y • EXEMPLO 1 Reta de inclinação dada por um ponto dado Encontre a equação da reta por
(9, 2) de inclinação -l
y=- ±-x+S Solução Podemos escrever a equação diretamente em forma ponto-inclinação:
3
2
P= (9, 2) y - 2= - - (x - 9)
2 3
TABELA 1
• EXEMPLO 3 Testando para uma relação linear A Tabela 1 dá a medição da pressão P
de um gás em temperaturas T diferentes. Esses dados sugerem uma relação linear entre
Pressão Pe T?
Temperatura (ºF) (libras/pol2 )
70 187,42 Solução Calculamos D.P em pontos de dados sucessivos e conferimos se essa razão é
D.T
75 189 constante:
85 192,16
100 196,9
110 200,06 t:,.P
(T1, P1) (h P2) -
t:,.T
189 - 187,42
(70; 187,42) (75; 189) =0,316
Dados experimentais reais dificilmente 75-70
revelam linearidade perfeita, mesmo
se os pontos de dados estiverem, 192,16- 189
(75; 189) (85; 192,16) = 0,316
essencialmente, numa reta. O método 85- 75
de regressão linear é utilizado para
encontrar a função linear que melhor 196,9 - 192,16
(85; 192,16) (100; 196,9) = 0,316
se ajusta aos dados. 100- 85
200,06- 196,9
(100; 196,9) ( l l O; 200,06) = 0,316
110-100
Como D.PI D.T tem o valor constante 0,316, os pontos de dados estão numa reta de incli-
nação 0,316 (isso é confirmado pelo esboço na Figura 8). A reta passa pelo primeiro ponto
de dados (70; 182,42), de modo que sua equação em forma ponto-inclinação é
250
~
"'
200
150
P - 187,42 = 0,361(T- 70)
•
~
S 100 Uma função quadrática é uma função definida por um polinômio quadrático
Q.,
50
f (x) = ax 2 + bx + e (a, b, e constantes, com a -:f. O)
20 40 60 80 100 120 140
T (temperatura) O gráfico de f (x) é uma parábola (Figura 9). A parábola abre para cima se o coeficiente
FIGURA 8 A reta pelos pontos dos dominante a for positivo e para baixo se a for negativo. O discriminante de f (x) é a
dados de pressão-temperatura. quantidade
CAPfTULO 1 Revisão de pré-cálculo 17
D= b2 -4ac
As raízes def (x) são dadas pela fórmula quadrática ou de Bhaskara (ver Exercício 56):
O sinal de D determina sef(x) tem ou não tem raízes reais (Figura 9). Se D> O, entãof(x)
tem duas raízes reais e, se D = O, tem uma raiz real (uma "raiz dupla"). Se D < O, então
Jl5 é imaginário ef (x) não tem raízes reais.
Duas raízes reais Raízes duplas Nenhuma raiz real Duas raízes reais
a>0eD>0 a >0eD=0 a>0eD<0 a<0eD >0
FIGURA 9
Quandof (x) tem duas raízes reais ri e r2, então f (x) pode ser fatorado como
ax 2 + bx + e = a ( x + -b )2 + -
4ac - b
--
2
2a 4a
'-,-''-,-'
Termo quadrático Constante
Não é necessário memorizar essa fórmula, mas é importante saber como executar um
completamento de quadrado.
Os textos cuneiformes escritos em • EXEMPLO 4 Completando o quadrado Complete o quadrado do polinômio quadrático
placas de argila mostram que o método 4x 2 - l2x + 3.
de completar o quadrado era conhecido
dos matemáticos babilônicos da
Solução Primeiro fatoramos o coeficiente dominante:
antigüidade que viveram há cerca de
4000 anos.
2
4x - l2x +3 = 4 (x 2
- 3x + i)
Depois completamos o quadrado para o termo x 2 - 3x:
b2 9
4' 4
18 CÁLCULO
Desse modo,
O método de completar o quadrado pode ser usado para encontrar o valor mínimo ou
y máximo de uma função quadrática.
Solução Temos
Esse termo é :e'. O
---+----+-----X ,-"--,
f (x) = x 2 - 4x + 9 = (x - 2) 2 - 4 + 9 = (x - 2)2
2
+5
FIGURA 10 O gráfico de
=
f(x) x 2 -4x +9. Assim, f (x) :::: 5 para cada x e o valor mínimo de f (x) é f (2) = 5 (Figura 10).
•
1.2 RESUMO
• Uma função da formaf(x) = mx + b é denominada função linear.
• A equação geral de uma reta é ax + by =e.A reta y = e é horizontal ex= e é ver-
tical.
• Há três maneiras convenientes de escrever a equação de uma reta não-vertical:
1.2 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Qual é a inclinação da reta y = -4x - 9? 4. Seja y = 3x + 2. Quanto é t:.y se x tiver um acréscimo de 3?
3. Quando é a reta ax + by = e paralela ao eixo y? E ao eixo x? 6. Qual é o resultado de completar o quadrado de f(x) = x 2 + l?
CAPfTULO 1 Revisão de pré-cálculo 19
Exercícios
y
Nos Exercícios 1-4, encontre a inclinação, o corte com o eixo y e o
corte com o eixo x da reta de equação dada.
1. y = 3x + 12 2. y=4-x
3. 4x+9y = 3 4. y - 3 = ½<x - 6)
Nos Exercícios 5-8, encontre a inclinação da reta. ---+----+---- x
a
5. y = 3x+2 6. y = 3(x - 9) + 2
X y
7. 3x +4y = 12 8. 3x+4y= -8 FIGURA 12 A reta de equação - + - = 1.
a b
Nos Exercícios 9-20, encontre a equação da reta com a descrição
23. Encontre a equação da reta que corta o eixo x em x = 4 e o eixo y
dada.
emy= 3.
9. Inclinação 3, corta em 8 o eixo y
24. Uma reta de inclinação m = 2 passa por (1 , 4). Encontre y tal que
10. Inclinação - 2, corta em 3 o eixo y (3, y) esteja na reta.
11. Inclinação 3, passa por (7, 9) 25. Determine se existe alguma constante c tal que a reta x + cy = l
(a) tenha inclinação 4 (b) passe por (3, l)
12. Inclinação - 5, passa por (0, 0)
(c) seja horizontal (d) seja vertical
13. Horizontal, passa por (0, -2)
26. Suponha que o número N de entradas de um concerto que po-
14. Passa por ( -1 , 4) e (2, 7) dem ser vendidas a um preço de P dólares por entrada seja uma
função linear N(P) para 10 ~ P ~ 40. Determine N(P) (deno-
15. Paralela a y = 3x - 4 e passa por (l, l) minada função demanda) se N(IO) = 500 e N(40) =O. Qual é o
decréscimo !;,,N no número de entradas vendidas se o preço for
16. Passa por(l , 4)e(l2, -3) aumentado em /;,,P = 5 dólares?
17. Perpendicular a 3x + 5y = 9 e passa por (2, 3) 27. O calor expande os materiais. Considere uma barra de metal de
comprimento lo a uma temperatura To. Se a temperatura variar
18. Vertical e passa por (-4, 9) por uma quantidade /;,,T, então o comprimento do bastão varia
/;,,l = alo/;,,T, onde a é o coeficiente de expansão termal. Para
19. Horizontal, passa por (8, 4)
O aço, a= l ,24 X 10-S ºC- 1.
20. Inclinação 3, corta em 6 o eixo x (a) Um bastão de aço tem comprimento lo = 40 cm a To = 40ºC.
Qual é o comprimento a T = 90ºC?
21. Encontre a equação do bissetor perpendicular do segmento li-
(b) Encontre seu comprimento a T = 50°C se seu comprimento a
gando (1 , 2) e (5, 4) (Figura 11). Sugestão: o ponto médio Q do
To = IO0ºC for 65 pol.
segmento ligando (a, b) a (c, d) é ( -a+c- , -b+d)
- . (c) Expresse o comprimento l como uma função de T se lo= 65
2 2
pol a To = IO0ºC.
,X )
y Bissetor 28. Os pontos (0,5; l), (l; 1,2) e (2; 2) estão num reta?
perpendicular
29. Encontre b tal que (2, - 1), (3, 2) e (b, 5) estejam numa reta.
--------x t (s) o 2 4 6
v (m/s) 39,2 58,6 78 97,4
FIGURA 11
32. Mostre que f (x) é linear de inclinação m se, e somente se, 49. Quando suspendemos objetos de pesosxe w1na balançada Fi-
gura 13(A), o travessão da balança está horizontal se bx = aw1.
f (x + h) - f (x) = mh (para quaisquer x eh) Se os comprimentos a e b forem conhecidos, podemos usar
essa equação para determinar um peso desconhecido x selecio-
33. Encontre as raízes dos polinômios quadráticos: nando w I de tal maneira que o travessão esteja horizontal. Se
(a) 4x2 - 3x - I (b) x2 - 2x - I a e b não forem conhecidos precisamente, podemos proceder
como segue. Primeiro equilibramos x por w I à esquerda como
Nos Exercícios 34-41, complete o quadra,do e encontre o valor míni- em (A). Em seguida, trocamos de lado e equilibramos x por
mo ou máximo da função quadrática.
w2 à direita como em (B). A média i = i ( w1 + w2) dá uma
34. y = x2 +2x +5 35. y = x2 - 6x + 9 estimativa para x. Mostre que i é maior do que ou igual ao
verdadeiro peso de x.
36. y = - 9x 2 + x 37. y = x2 + 6x + 2
38. y = 2x 2 - 4x - 7 39. y = - 4x 2 + 3x + 8
a b
40. y = 3x 2 + 12x - 5 41. y = 4x - 12x2
48. Sejam a, b > O. Mostre que a média geométrica JaE não é maior
1
ª
· ' · -+-.
do que a me'd'1a aritmética b Sugestao:
- use uma vanaçao
· - da 4
2
sugestão dada no Exercício 47. FIGURA 14
54. Mostre que sef(x ) e g(x) forem funções lineares tais quef(O) = 58. Complete o quadrado para mostrar que as parábolas y = ax 2 e
g(O) ef(l) = g(l), entãof(x) = g(x). y = ax 2 + bx + e têm o mesmo formato (mostre que a segunda
55. Mostre que a razão 6.y/6.x da função f (x) = x2 não é constante parábola é congruente à primeira por meio de translação verti-
ao longo do intervalo [x1, x21 pois depende do intervalo. Deter- cal e horizontal).
mine exatamente como 6.y/6.x depende de XJ e x2.
59. Demonstre as fórmulas de Viete, que afirmam que o polinô-
56. Use a Equação (2) para deduzir a fórmula quadrática das raízes mio quadrático que tem raízes dadas pelos números a e /3 é
de ax 2 + bx + e = O. x 2 + bx + e, onde b = - a - f3e c = a/3.
CAPfTULO 1 Revisão de pré-cálculo 21
Assim, a função f (x) = x + x- 1 não é um polinômio pois inclui uma função potên-
cia x- 1de expoente negativo. O polinômio geral na variável x pode ser escrito
y
• Funções racionais: uma função racional é o quociente de dois polinômios (Fi-
gura 2):
5
Cada polinômio é, também, uma função racional [com Q(x) = 1]. O domínio de uma
-2 - raciona
funçao · 1Q p (x)
(x) e' o conJunto
· de numeros
' · que Q(x ) -:t O. Por exemp1o,
x tais
-3 1
f(x) =2 domínio {x : x "# O}
X
FIGURA 2 A função racional
x+I 7t 6 + t 3 - 3t - 1
f(x ) = --,---.
x 3 -3x + 2
h(t) = t2 - 1
domínio {t : t -:t ±1}
22 CÁLCULO
y • Funções algébricas: uma função algébrica é obtida quando tomamos somas, pro-
dutos e quocientes de raízes de polinômios e funções racionais (Figura 3):
z + z-5/3
g (t) = (./i - 2) - 2 , h(z ) = 5z3 --vr;z
------+----'+-X Um número x pertence ao domínio de f se cada expressão na fórmula de f estiver
-2 2
definida e o resultado não envolver divisão por zero. Por exemplo, g(t) acima está
FIGURA 3 A função algébrica definida se t :::: O e ,Jt # 2, portanto o domínio de g(t) é D = {t : t :::: Oe t # 4}.
f(x) = J1+ 3x 2 - x4 . Mais geralmente, as funções algébricas são definidas por equações polinomiais
entre x e y. Nesse caso, dizemos que y está definido implicitamente como função
de x. Por exemplo, a equação y4 + 2x 2 y + x 4 = 1define y implicitamente como
função dex.
• Funções exponenciais: a função f (x ) = bX, onde b > O, é denominada função
exponencial de base b. Alguns exemplos são
y y
Qualquer função que não seja • Funções trigonométricas: as funções construídas a partir de sen x e cos x são
algébrica é chamada "transcendente". denominadas funções trigonométricas. Essas funções serão discutidas na próxi-
As funções exponenciais e
trigonométricas constituem exemplos. ma seção.
Outras funções transcendentes,
como a função gama e as funções
de Bessel, ocorrem em aplicações Construindo novas funções
avançadas à Física, Engenharia e
Estatística. A palavra "transcendente" Se f e g são funções, podemos construir funções novas formando as funções soma, dife-
para descrever funções desse tipo foi rença, produto e quociente:
utilizada nos anos 1670 por Gottfried
Wilhelm Leibniz (1646-1716). (f + g )(x) = f(x ) + g(x) , (f - g) (x ) =f (x) - g(x)
1 +x- 1
f(x) = J2x + sen x, f(x) = 10Jx , f(x) = -1-+ -co_s_x
1.3 RESUMO
• Para qualquer número real m, a função f (x) = x 111 é denominada função potência de
expoente m. Um polinômio P(x) é uma soma de múltiplos de funções potência x 111, onde
m é um número natural:
Esse polinômio tem grau n (supondo que an-:;:. O) e a11 é denominado coeficiente domi-
nante.
• Uma função racional é um quociente P(x)/Q(x) de dois polinômios.
• Uma função algébrica é produzida tomando somas, produtos e raízes enésimas de poli-
nômios e funções racionais.
• Funções exponenciais: f(x) = bX, onde b > O(b é denominada base).
• A função composta f o g é definida por f o g(x) = f( g(x)). O domínio de f o g é o
conjunto dos x do domínio de g tais que g(x) pertença ao domínio def
24 CÁLCULO
1.3 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Dê um exemplo de uma função racional. 4. Seráf(x) = (½tcrescenteoudecrescente?
2. Será lxl uma função polinomial? E lx 2 + II? 5. Dê um exemplo de uma função transcendente.
3. O que tem de incomum o domínio de f o g para f(x) = x 112 e
g(x) = -1 - lxl?
Exercícios
Nos Exercícios 1-12, determine o domínio da função. 26. Mostre que f(x) = x2 + 3x- 1 e g(x) = 3x 3 - 9x + x- 2 são
funções racionais (mostrando que cada uma é um quociente de
1. f(x) = xl/4 2. g(t) = t 213 polinômios).
Nos Exercícios 13-24, identifique cada uma das funções como polino- I
32. f (x) = x2 + , g(x) = x-2
mial, racional, algébrica ou transcendente. 1
1
13. f (x) = 4x 3 + 9x 2 - 8 14. f (x) = x-4 33. f (t) = ..fi' g(t) = -t2
15. f (x) = .Jx 16. f ( x ) = ~
34. f (t) = .,fi, g(t) = l - t 3
x2
17. f (x) =- -- 18. f(x) = 2x 35. A população (em milhões) de um país como função do tempo t
x + senx
(anos) é P(t) = 30 . 2kt, com k = 0,1. Mostre que a população
2x 3 + 3x 3x -9x- l/Z dobra a cada 10 anos. Mais geralmente, mostre que para quais-
19. f (x) = 9 - 7x2 20. f(x) = 9 - 7x2 quer constantes não-nulas a e k, a função g(t) = a2kt duplica a
X cada 1/k anos.
21. f (x) = sen(x 2) 22. f(x) =~
vx+ 1 36. Encontre todos os valores de c para os quais o domínio de
23. f (x) = x 2 + 3x- 1 24. f (x) = senW) x +I
f(x) = x2 + 2cx + 4 seja R.
25. Será f (x) = 2x 2 uma funçao
-
transcendente?
38. Mostre que ô(lOX) = 9 · lOX e, em geral, que ô(bx) = c . bx P(n) = 1k + ik + · · · + nk [I]
para alguma constante c.
. . x(x + 1) .
39. Mostre que ô(f + g) = ôf + ôg e ô(cf) = cô(f), para quais- 41. Mostre pnme1ro que P(x) = 2 satisfaz ôP = (x + 1).
quer duas funções f e g, onde c é uma constante qualquer. Em seguida, aplique o Exercício 40 para concluir que
CAPfTULO 1 Revisão de pré-cálculo 25
42. Calcule ô(x 3), ô(x 2) e ô(x). Então encontre um polinômio P(x)
onde os pontos indicam os termos envolvendo potências menores
de grau 3 tal que ô P = (x + 1)2 e P(O) = O. Conclua que
dex.
(b) Mostre por indução que, para todo número natural k, existe um
polinômio de grau k + 1 com coeficiente dominante 1/(k + 1):
43. Este exercício, combinado com o Exercício 40, mostra que, para
todo k, existe um polinômio P(n) satisfazendo a Equação (1). P(x) = -1- x k+l + · · ·
k+I
A solução requer prova por indução e o teorema binomial (ver
Apêndice C). tal que ôP = (x + 1l e P(O) = O.
I
/
/
/
,, .,,,..-- -- .... , 0=2ir
' '\
Q
-- ' , 0=!E.
',
\
2
\ \
I 1 1
I 1 1
1
1 +P=Q 'P
1 o
1
\
\
FIGURA 1 A medida em radianos 0 de uma rotação é o comprimento do arco percorrido por P quando roda até Q.
TABELA 1 A Figura l(A) mostra um círculo unitário de raio O P numa rotação anti-horária até
o raio O Q. A medida em radianos 0 dessa rotação é o comprimento do arco circular per-
Medida em
corrido por P quando roda até Q.
Rotação radianos
O círculo unitário tem circunferência 2n. Portanto, uma rotação de um círculo in-
Dois círculos inteiros 4n teiro tem medida em radianos de 0 = 2n [Figura l(B)]. A medida em radianos de uma
Círculo inteiro 2n rotação de um quarto de círculo é 0 = 2n/4 = n/2 [Figura l(C)] e, em geral, a rotação
Meio círculo 1r de um enésimo do círculo tem medida em radianos de 2n/n (Tabela 1). Uma rotação
2n/4 = n/2
negativa (com 0 < O) é uma rotação no sentido horário [Figura l(D)]. Num círculo de
Um quarto de círculo
raio r, o arco percorrido por uma rotação anti-horária de ângulo de 0 radianos tem
Um sexto de círculo 2n/6 = n /3 comprimento 0r (Figura 2).
Agora considere o ângulo L. POQ da Figura l (A). A medida em radianos de L.POQ
é definida como a medida em radianos de uma rotação que leva O P em O Q. Observe
que cada rotação tem uma medida em radianos única, mas a medida em radianos de um
ângulo não é única. Por exemplo, a rotação de um ângulo 0 e 0 + 2n levam, ambas, O P
em O Q. Embora a rotação por 0 + 2n faça uma viagem adicional em tomo do círculo, 0
e 0 + 2n representam o mesmo ângulo. Em geral, dois ângulos coincidem se as rotações
correspondentes diferirem por um múltiplo inteiro de 2n. Por exemplo, o ângulo n/ 4 pode
ser representado por 9n/4 ou -15n/4, já que
FIGURA 2 Num círculo de raio r, o arco
percorrido por uma rotação de ângulo n 9n 15n
- = - - 2n= - - +4n
de eradianos tem comprimento er. 4 4 4
26 CÁLCULO
Radianos Graus Cada ângulo tem uma medida em radianos única satisfazendo O ~ 0 < 2n. Com essa
escolha, o ângulo 0 subentende um arco de comprimento 0r num círculo de raio r.
o Oº Os graus são definidos pela divisão do círculo (não necessariamente o unitário) em
1C
30° 360 partes. Um grau é (1/360)-avo de um círculo. Uma rotação de ângulo 0 graus (denota-
6
do 0º) é uma rotação de fração 0/360 do círculo inteiro. Por exemplo, uma rotação de 90º
1C
45° é uma rotação de fração 90/360, ou ¼de um círculo.
4
1C
Assim como ocorre com radianos, cada rotação tem uma medida em graus única,
60° mas a medida em graus de um ângulo não é única. Dois ângulos coincidem se sua medida
3
1C em graus diferir por um múltiplo inteiro de 360. Cada ângulo tem uma medida em graus
90° única satisfazendo O ~ 0 < 360. Por exemplo, os ângulos -45° e 675º coincidem, pois
2
675 = -45 + 720.
Para fazer a conversão entre radianos (que se abrevia "rad") e graus, lembre que 2n
radianos é igual a 360º. Dessa forma, 1 rad é igual a 360/2n ou 180/n graus.
Embora utilizemos uma calculadora para calcular o seno e o cosseno de ângulos mais
gerais, os valores padrão listados na Figura 5 e Tabela 2 aparecem muito e deveriam ser
memorizados.
TABELA 2
y
I
.....----+-----------,~-----------.t-0
0 2ir
FIGURA 6 O gráfico de y = sen 0 é
gerado quando o ponto percorre o
círculo unitário.
e e
As funções sen ecos são definidas O gráfico de y = sen 0 é a conhecida "onda senoidal" ou, simplesmente, "senóide",
para qualquer número real e e não é mostrada na Figura 6. Observe como o gráfico é gerado pela coordenada y de um ponto
necessário pensar em ecomo sendo que percorre o círculo unitário. O gráfico de y = cos 0 tem o mesmo formato, mas é trans-
um ângulo. Muitas vezes escrevemos
sen x ecos x, usando x em vez de ladado ~ unidades para a esquerda (Figura 7). Os sinais de sen 0 ecos 0 variam quando o
e. Dependendo da aplicação, a ponto P = (cos 0, sen 0) do círculo unitário muda de quadrante (Figura 7).
interpretação de ângulo pode ser ou
não apropriada.
Quadrante do círculo unitário
y y
II III IV IV
1C 2ir
4 2
'''
FIGURA 7 Os gráficos de y = sen ee ''
''
y= cos eao longo de um período de '
comprimento 2n:. y = sen0 y = cose
28 CÁLCULO
~
-27t "-7]
1-h"-A'1t ~7t X
Lembre que há outras quatro funções trigonométricas padrão, cada uma definida em
termos de sen x ecos x ou como razões dos lados de um triângulo retângulo (Figura 9):
Hipotenusa
e
b Oposto senx b cosx a
Tangente: tgx = - - = - , Co-tangente: cotgx = - - = -
COSX a senx b
1 e 1 e
a
Secante: secx = - - = -, Cossecante: cossecx = -- = -
Adjacente cosx a senx b
FIGURA 9
Essas funções são periódicas (Figura 10): y = tg x e y = cotg x têm período n , y = sec x e
y = cossec x têm período 2n (ver Exercício 51).
·u·
y y y
''' ''
''
''' ''
'' ''
' ''
''' ''
--+--+--+--,f--+---+--+-- x
n n 2n
líll
2
Solução O ponto P do círculo unitário que corresponde ao ângulo x = 4n/3 fica do lado
oposto ao ponto de ângulo n/3 (Figura 11). Assim, vemos que (usando a Tabela 2)
Solução Como sec x = 1/cos x, devemos resolver cos x = ½- Pela Figura 12, vemos que
x = j e x = -j são soluções. Podemos somar qualquer múltiplo inteiro de 2n, de modo
que a solução geral é x = ±j + 2nk, com k um inteiro qualquer. •
-3 -3 -3
(A) y =cos x (B) y= cos 2x (C) y= cos 2(x+ f) (D) y = 3cos 2(x+ f)
(periódica de período n)
FIGURA 13
Identidades trigonométricas
Uma característica essencial das funções trigonométricas é que elas satisfazem um
grande número de identidades. Em primeiro e mais destacado lugar, o seno e o cos-
seno satisfazem a seguinte identidade fundamental, que é equivalente ao Teorema de
Pitágoras:
A expressão (sen B)k costuma ser
denotada por sei a. Por exemplo,
sen2 B é o quadrado de sen B.
Utilizamos notação semelhante para as
1
2 2
sen 0 + cos 0 = 1 1 m
outras funções trigonométricas.
Versões equivalentes são obtidas dividindo a Equação ( 1) por cos2 0 ou sen 2 0:
1
2
tg 0 + 1 = sec 0,
2
1 + cotg 0
2
= cossec2 e l
1/f
Identidades trigonométricas básicas
e
b Ângulos complementares: sen ( i- x) = cos x , cos ( i- x) = sen x
2 n
• EXEMPLO 5 Suponha que cos 0 = s' Calcule tg 0 se (a) O::: 0 < e (b) n ::: 0 < 2n.
Oposto
2
-fjj Solução Usamos a identidade cos2 0 + sen2 0 = 1 para determinar sen 0:
ffi
FIGURA 15
Adjacente 2
sen 0 = ±./ l - cos2 0 =±
R 1- -
25
= ±-
5
(a) Se O::: 0 < n/2, então sen 0 é positivo e tomamos a raiz quadrada positiva:
Uma boa maneira de visualizar essa conta é traçar um triângulo retângulo com um ângulo
= j, como na Figura 15. Pelo Teorema de Pitágoras, o lado oposto tem,
0 tal que cos 0
então, um comprimento ffi = -./52 - 22.
(b) Supondo que n::: 0 < 2n, segue que sen 0 é negativo e tg 0 = - ~ . •
• EXEMPLO 6 Uma identidade trigonométrica Resolva a equação sen 4x + sen 2x = O
para O::: x < 2n.
FIGURA 16 sen 0z = - sen 01 se Solução Precisamos encontrar os ângulos x tais que sen 4x = -sen 2x. Inicialmente, de-
0z = - 01 ou 0z = 01 + n. terminemos quais ângulos 01 e 0z satisfazem sen 0z = - sen 01. A Figura 16 mostra que
isso ocorre se 0z = -01 ou 0z = 01 + n. Como a função seno é periódica de período 2n,
2 2
1c = a + b2 - 2ab cose l
a
FIGURA 18
Se 0 = 90º, então cos 0 = Oe a lei dos cossenos reduz ao Teorema de Pitágoras.
1.4 RESUMO
• Um ângulo de 0 radianos subentende um arco de comprimento 0r num círculo de raio r.
a
180
• Para converter de radianos a graus, multiplique por - .
n
n
• Para converter de graus a radianos, multiplique por .
180
• A menos de menção explicita em contrário, todos ângulos neste livro são dados em
radianos.
• As funções cos 0 e sen 0 são definidas em termos de triângulos retângulos para ângulos agu-
dos e como coordenadas de um ponto do círculo unitário para ângulos gerais (Figura 19):
FIGURA 19
tg 0 = sen 0, cos 0 1 1
cotg0 = - -, sec0 = --, cossec0 = - -
cose sen 0 cos 0 sen 0
1.4 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Como é possível que duas rotações diferentes definam o mesmo (a) o< e< 2n (b) o< e< n (e) o< e< 2n
ângulo?
2. Dê duas rotações positivas diferentes que definam o ângulo ¾- 5. Qual é a definição de sen eusando o círculo unitário?
3. Dê uma rotação negativa que defina o ângulo j. 6. Como é que a periodicidade de sen ee cos e segue da definição
via círculo unitário?
4. A definição de cos e usando triângulos retângulos é aplicável
quando (escolha a resposta correta):
Exercícios
1. Encontre o ângulo entre Oe 2n que seja equivalente a 13n / 4. 3. Converta de radianos para graus:
n 3n
2. Descreva o angulo e = ~ por meio de um ângulo de medida em (a) 1 (b) - (e) 5 (d)
3 12 4
radianos negativa.
32 CÁLCULO
4. Converta de graus para radianos: 16. Complete a seguinte tabela de sinais das funções trigonométri-
(a) 1° (b) 30° (e) 25° (d) 120°
cas:
5. Encontre o comprimento dos arcos subentendidos pelos ângulos e sen cos tg cotg sec cossec
ee q, radianos na Figura 20.
1T:
o<e< + +
6. Calcule os valores das seis funções trigonométricas padrão para 2
o ângulo ena Figura 21.
1T:
2 <0 <n
3n
7r < 0 < 2
8 3n
2 < e < 2n
15
FIGURA 20 Círculo FIGURA 21
17. Mostrequesetg0=ce0 _::::e< n/2,entãocos0=1 /JI +c2.
de raio 4. Sugestão: desenhe um triângulo retângulo cujos catetos tenham
comprimentos c e 1.
7. Complete os valores de (cos 0, sen 0) para os demais pontos na
Figura 22. 18. Suponha que cos 0 = 1·
(a) Mostre que se O _:: : e < n/2, então sen e = 2.,fi,;3 e tg e = 2.,fi,.
(b) Encontre sen 0 e tg 0 se 3n/2 _:: : 0 < 2n.
FIGURA 22
24. Encontre sen 20 e cos 20 se tg e= .,fi,.
sece FIGURA 23
CAPfTULO 1 Revisão de pré-cálculo 33
28. Usando a Figura 24(A), expresse as funções sen 0, tg 0 e cossec 0 36. Quantos pontos estão na interseção da reta horizontal y = c com
em termos de c. o gráfico de y = tg x para O :::: x < 2n?
29. Usando a Figura 24(B), calcule cos 1/f, sen 1/f, cotg lJI e cossec lJI. Nos Exercícios 37-40, resolva para O :::: 0 < 2n (ver Exemplo 6).
57. Sejam LI e L2 as retas de inclinações m I e m2 [Figura 27(8)). 59. Aplique a fórmula do ângulo duplo para provar:
m2m1 + I
Mostre que o ângulo 8 entre LI e L2 satisfaz cotg 8 =- - - (a) cos
7r
= I v~
2 + v'2
m2 - m 1 8 2
58. Retas perpendiculares Use o Exercício 57 para provar que (b) cos ~ = ~J2+ J2+J2
duas retas de inclinações m I e m2 não-nulas são perpendiculares
se, e somente se, m2 = - 1/ m 1· Adivinhe os valores de cos .!:_ecos .!:_ para todo n.
32 2n
• EXEMPLO 1 Quantas raízes e onde? A função f (x) = x9 - 20x + 1tem quantas raízes
reais? Encontre sua localização aproximada.
Solução Experimentamos com várias janelas de visualização (Figura 4). Nossa primeira
tentativa (A) exibe um gráfico podado, de modo que tentamos selecionar uma janela de
visualização que inclua uma amplitude maior de valores de y. O esboço (B) mostra que
as raízes de f (x) estão em algum lugar no intervalo [- 3, 3], mas não revela quantas raízes
reais existem. Portanto, tentamos a janela de (C). Agora podemos ver claramente quef(x)
tem duas raízes. Mais uma ampliação em (D) mostra que essas raízes estão localizadas
CAPfTULO 1 Revisão de pré-cálculo 35
10 25
perto de -1,5, de O,1 e de 1,5. Mais ampliações dariam uma maior precisão sobre a loca-
lização dessas raízes. •
• EXEMPLO 2 Existe alguma solução? A equação cos x = tg x terá alguma solução? Des-
creva o conjunto de todas soluções.
-5
(A) (-7, 13] X (-5, 5] (B) [O, 3] x (-5, 5] (C) (0,5; 0,7] X [0,55; 0,85]
l -3x
• EXEMPLO 3 Funções com assíntotas Esboce o gráfico de f (x) = - - e descreva
seu comportamento assintótico. x-2
5
1
1
1
1
1 -10 ~ - -..........2 ~ - - - - ~ 20
1
1
-10 20 1
2
quando n cresce?
Solução Inicialmente, fazemos uma tabela de valores de f (n) para números naturais n
cada vez maiores. A Tabela 1 sugere quef(n) não tende ao infinito. Em vez disso,f(n)
parece se aproximar de algum valor perto de 2,718 quando n fica maior. Esse é um exem-
plo de comportamento limite que será discutido no Capítulo 2. Em seguida, substitua a
TABELA 1
variável n pela variável x e trace o gráfico da função f (x) = ( 1 + ~) x_ Os gráficos na
n (l+-lr
n Figura 7 confirmam quef (x) se aproxima de um limite de aproximadamente 2,7. •
10 2,59374
102 2,70481 3 3
103 2,71692 2,7 2,7
104 2,71815
105 2,71827
106 2,71828 1 1
o 5
10 o 500
1.000
~r
o o
[O, 10] x [O, 3] [O, 1.000] x [O, 3]
FIGURA 7 Gráficosdef(x) = (1 +
(A) (B)
2,64
2,63
2,62 ''
''
''
''
O --~5-~10-~15-v-(m/:~s) 20 8
1,05
1.5 RESUMO
• A aparência de um gráfico numa calculadora gráfica depende da escolha da janela
de visualização. Experimente com janelas variadas até encontrar uma que exiba a in-
formação desejada. Lembre que as escalas ao longo dos eixos podem mudar quando
mudamos as janelas.
• Algumas das maneiras pelas quais as calculadoras gráficas e os sistemas algébricos
computacionais podem ser usados em Cálculo são as seguintes:
1.5 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Existe uma maneira explícita de escolher a janela de visualização 3. De acordo com os dados do Exemplo 4, parece que f (n) =
ideal ou é melhor experimentar até encontrar uma janela apro- (1 + 1/nt nunca atinge um valor maior do que 3 para n ~ O.
priada para o problema em questão? Essa evidência numérica constitui uma demonstração de que
f (n) ~ 3 para n ~ O?
2. Descreva a tela de calculadora produzida quando o gráfico da
função y = 3 + x 2 é esboçado na janela: 4. Como pode uma calculadora gráfica ser usada para encontrar o
(a) [-!, !] x [O, 2] (b) [O, !] x [O, 4]
valor mínimo de uma função?
Exercícios
Os exercícios desta seção deveriam ser feitos usando uma calculado- 12. Um banco paga r = 5% de juros compostos mensalmente. Se
ra gráfica ou um sistema algébrico computacional. depositarmos Po dólares no instante t = O, então o valor de nossa
. de N meses será de Po ( 1 +
conta depois o,os)N. Encontre o
U
1. Esboce o gráfico de f (x) = 2x 4 + 3x3 - 14x 2 - 9x + 18 na
janela apropriada e determine suas raízes. inteiro N mais próximo tal que o valor da conta seja o dobro
depois de N meses.
2. Quantas soluções tem x 3 - 4x + 8 = O?
Nos Exercícios 13-18, investigue o comportamento da função, quan-
3. Quantas soluções positivas tem x3 - 12x + 8 = O? do n ou x cresce, montando uma tabela de valores da função e es-
boçando um gráfico (ver Exemplo 4). Descreva o comportamento
4. A equação cos x + x = Otem alguma solução? Alguma solução em palavras.
positiva?
4n+ 1
5. Encontre todas soluções de sen x = -./x para x > O. 13. f(n) = n 1fn 14. f(n) =- -
6n-5
6. Quantas soluções tem cos x = x 2?
, 8x + 1 . .
8. Trace o grafico de f (x) =- - numa pnela apropnada. 19. O gráfico de f (0) = A cos 0 + B sen 0 é uma onda senoidal
8x -4 para quaisquer constantes A e B. Confirme essa afirmação para
Quais são as assíntotas vertical e horizontal (ver Exemplo 3)?
(A, B) = (1, !), (1, 2) e (3, 4) esboçando o gráfico de f (0).
9. Trace o gráfico de /(x) = _x_ numa janela que exiba clara- 20. Encontre o valor máximo de f ( 0) para os gráficos produzidos no
4- x
mente as assíntotas vertical e horizontal. Exercício 19. É possível adivinhar a fórmula para o valor máxi-
mo em termos de A e B?
10. Ilustre a linearidade local para/ (x) = x 2 ampliando o gráfico
em x = 0,5 (ver Exemplo 6). 21. Encontre os intervalos em que f (x) = x(x + 2)(x - 3) é positi-
va traçando um gráfico.
11. Esboce o gráfico de f (x) = cos(x 2 ) sen x para O ::: x ~ 2n.
Depois ilustre a linearidade local em x = 3,8 escolhendo janelas 22. Traçando um gráfico, encontre o conjunto de soluções da desi-
apropriadas. gualdade (x 2 - 4)(x2 - 1) < O.
3. Expresse {x : 2 ::::: lx - 11 ::::: 6} como uma união de dois inter- 19. Reta de inclinação 6 passando por (9, 1).
valos. 3
20. Reta de inclinação -
4. Dê um exemplo de números x, y tais que lxl + lyl =x - y.
2passando por (4, - 12).
21. Reta passando por (2, 3) paralela a y = 4 - x.
5. Descreva os pares de números x, y tais que lx + yl =x - y.
22. Reta horizontal por (-3, 5).
6. Esboce o gráfico de y = f (x + 2) - 1, onde f (x) = x 2 para
-2 ::::, X::::, 2. 23. Os dados do mercado imobiliário a seguir sugerem ou não uma
relação linear entre o preço e o número de moradias vendidas
Nos Exercícios 7-10, sejaf(x) a função cujo gráfico está na Figura 1. durante um período de um ano? Explique.
2 3 4
Ano 1995 1999 2001 2004
FIGURA 1
Receita (bilhões de $) 13 18 15 11
7. Esboce os gráficos de y = f (x) + 2 e y = f (x + 2).
25. Encontre as raízes de f(x) = x 4 - 4x2 e esboce o gráfico dessa
8. Esboce os gráficos de y = ½f (x) e y = J<½x). função. Em quais intervalos éf(x) decrescente?
9. Continue o gráfico de f (x) até o intervalo [-4, 4] como uma 26. Seja h(z) = 2z 2 + 12z + 3. Complete o quadrado e encontre o
função par. valor mínimo de h(z).
10. Continue o gráfico de f (x) até o intervalo [- 4, 4] como uma 27. Sejaf (x) o quadrado da distância do ponto (2, 1) ao ponto
função ímpar. (x, 3x + 2) da reta y = 3x + 2. Mostre que f (x) é uma função
quadrática e encontre seu valor mínimo completando o qua-
Nos Exercícios 11-14, encontre o domínio e a imagem da função. drado.
38. Esboce os pontos do círculo unitário correspondentes aos três 43. Resolva sen 2x + cos x = Opara O ::: x < 2n.
seguintes ângulos e encontre os valores das seis funções trigono- n2
métricas padrão de cada ângulo: 44. Qual é o comportamento de h(n) = n para valores naturais
2
27r grandes de n? Será que h(n) tende ao infinito?
(a) 3 (b) 77r (e) 7n
4 6
e 45. IÇG] Use uma calculadora gráfica para determinar se a equação
39. Qual é o período da função g(0) = sen 20 + sen ? cos x = Sx 2 - 8x 4 tem alguma solução.
2
4 7r
40. Suponha que sen e =
5, onde 2 < e < n. Encontre:
46. iCG~Use uma calculadora gráfica para encontrar o número de
raízes reais e estimar a maior raiz com duas casas decimais:
(a) tg e (b) sen 20 (e) cossec
e
2 (a) f (x) = 1,8x4 - x5 - x
41. Dê um exemplo de valores a, b tais que (b) g(x) = l,7x4 - x5 - x
a cosa
cos(a + b) /cosa+ cosb
(a) (b) cos
2 / - 2-
21 LIMITES
Cálculo, até por razões históricas, costuma ser dividido em
precisamente as retas tangentes. Isso terá que esperar até o Capítulo 3. Nesse ínterim,
podemos pensar numa reta tangente como uma reta que passa de raspão numa curva
num ponto, como nas Figuras l(A) e (B) (mas não (C)).
\
\
\
Velocidade
Embora seja costume chamar a Considere um objeto em movimento retilíneao ao longo de uma reta. Quando falamos
"velocidade escalar" simplesmente de de sua velocidade, normalmente pensamos em sua velocidade instantânea, que nos
"velocidade", devemos saber distinguir
esses termos quando for preciso. No
diz a magnitude da velocidade, a direção e o sentido do objeto num dado momento.
movimento retilíneao, a velocidade Contudo, como sugerimos acima, a velocidade instantânea não tem uma definição
pode ser positiva ou negativa imediata. É mais fácil definir a velocidade média ao longo de um dado intervalo de
(indicando o sentido do movimento).
tempo como o quociente
A velocidade escalar é o valor absoluto
da velocidade e é sempre positiva.
variação na posição
Velocidade média = - - - - - - - - - - - - -
comprimento do intervalo de tempo
Por exemplo, se um carro trafega 200 quilômetros em 4 horas, então sua velocidade média
durante esse período de 4 horas é 2~ = 50 km/h. Num dado momento qualquer, o carro
pode estar mais rápido ou mais lento do que a média.
Ao contrário da velocidade média, não podemos definir a velocidade instantânea
como um quociente porque teríamos que dividir pelo comprimento do intervalo de tem-
po (que é zero). Contudo, podemos estimar a velocidade instantânea calculando as ve-
CAPITULO 2 limites 43
TABELA 1 Solução Pela fórmula de Galileu, a distância percorrida pela pedra depois de t segundos é
s(t) = 16t 2. Usamos isso para calcular a velocidade média ao longo dos cinco intervalos
Intervalo de Velocidade
de tempo listados na Tabela 1. Para encontrar a velocidade média da pedra ao longo do
tempo média
primeiro intervalo [to, ti]= [0,5; 0,6], calculamos as variações
[0,5; 0,6] 17,6
[0,5; 0,55] 16,8 b.s = s(0,6) - s(0,5) = 16(0,6)2 - 16(0,5)2 = 5,76 - 4 = 1,76 pés
[0,5; 0,51] 16,16 D.t = 0,6- 0,5 = 0,1 s
[0,5; 0,505] 16,08
A velocidade média ao longo de [0,5; 0,6] é o quociente
[0,5; 0,5001] 16,0016
b.s s(0,6) - s(0,5) 1,76 ,
- = ----- = - = 17,6pes/s
D.t 0,6 - 0,5 0,1
Observe que não há nada de especial A Tabela 1 mostra os resultados de contas análogas para vários intervalos de compri-
sobre os intervalos de tempo específicos mento sucessivamente menores. É claro que a velocidade média se aproxima de 16 pés/s
mostrados na Tabela 1. Estamos
procurando estabelecer um padrão
quando o intervalo de tempo diminui:
de comportamento e poderíamos ter
utilizado quaisquer intervalos [0,5; t] 17,6; 16,8; 16,16; 16,08; 16,0016
para valores de t tendendo a 0,5.
Também poderíamos ter escolhido Formulamos essa tendência dizendo que a velocidade média converge a 16 ou que 16 é
intervalos [t; 0,5], para t < 0,5. o limite da velocidade média quando o comprimento do intervalo de tempo encolhe para
zero. Isso sugere que a velocidade instantânea em t = 0,5 é 16 pés/s. •
A conclusão nesse exemplo está correta, mas precisamos baseá-la num raciocínio
mais formal e preciso. Isso será feito no Capítulo 3, depois de desenvolvermos o con-
ceito de limite.
44 CÁLCULO
s(to) - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - .J
s (pés)
17,6
16•8
16,16
l
Inclinação
das secantes
16 Inclinação
da tangente
Intervalo de Velocidade
tempo média
Como as retas secantes tendem à reta tangente, as inclinações das retas secantes
se aproximam cada vez mais da inclinação da reta tangente. Em outras palavras, a
afirmação
Quando o intervalo de tempo encolhe para zero, a velocidade média tende para a velocidade
instantânea.
A taxa de variação instantânea é o limite das taxas de variação médias. Podemos es-
timar a taxa de variação instantânea em x = xo calculando a taxa de variação média ao
longo de intervalos cada vez menores. No exemplo precedente, consideramos somente
intervalos do lado direito [xo, xi]. No próximo exemplo, calculamos a TDV média para
intervalos de ambos lados de xo.
Um avião voando mais rápido do • EXEMPLO 2 Velocidade do som no ar A fórmula v = 20,Jf dá uma boa aproximação
que a velocidade do som produz um da velocidade do som v no ar seco (em rn/s) como uma função da temperatura do ar T (em
estrondo sônico. Como a temperatura
decresce linearmente com altitudes
kelvins).
até aproximadamente 37.000 pés, os (a) Calcule a TDV média devem relação a Tao longo do intervalo [273, 300]. Quais são
pilotos de caças supersônicos podem
estimar a velocidade do som em as unidades dessa TDV? Esboce a reta secante correspondente.
termos da altitude. (b) Dê uma estimativa da TDV instantânea quando T = 273 K calculando as taxas
médias ao longo de intervalos pequenos que estejam tanto à esquerda quanto à direita
de T= 273.
Solução
(a) A TDV média ao longo do intervalo de temperatura [273, 300] é
v (mls)
400
/
/
/
.,,.- -- ''
300 I
1
I
1 I
200 1 I
/
100
..... _____ ,,,, /
/
~--+---+-~+----+---+--T(K)
FIGURA 5 O gráfico de v = 20./f. 273 00
46 CÁLCULO
v (m/s)
0,60550 1
/0,60534
~0,60523
v (m/s) Inclinação das secantes
Reta tangente
~
0,60522
~0,60517
____ 0,60495
l
FIGURA 6 As retas secantes para intervalos FIGURA 7 As retas secantes para intervalos à
à esquerda de T = 273. direita de T = 273.
(b) Para estimar a TDV instantânea em T = 273, calculamos a TDV média para vários
y
intervalos à esquerda (Figura 6) e à direita (Figura 7) de T = 273. Os resultados aparecem
nas Tabelas 2 e 3. Ambas tabelas sugerem que a taxa instantânea é aproximadamente
0,605 m/s por K. •
FIGURA 8 Para uma função linear, o A taxa de variação instantânea em x = xo também é igual a m por ser o limite das taxas de
quociente t::.flt::.x é igual à inclinação m variação médias. Esse resultado faz sentido graficamente porque cada reta secante e cada
em qualquer intervalo. reta tangente coincidem com o próprio gráfico daf (x).
2.1 RESUMO
• A taxa de variação (TDV) média de y = f (x) ao longo de um intervalo [xo, xi] é
A TDV média é interpretada graficamente como a inclinação da reta tangente pelos pon-
tos (xo, f(xo)) e (x1, f(x1)) do gráfico def(x).
• Estimamos a taxa de variação instantânea em x = xo calculando a TDV média ao longo
de intervalos [xo, x1] (ou [x1 , xoD para x1 perto de xo. A TDV instantânea é o limite das
taxas de variação médias.
• A TDV instantânea é interpretada graficamente como a inclinação da reta tangente em xo.
• A velocidade de um objeto em movimento retilíneo é a TDV da posição s(t) do objeto
no instante t.
• Se f (x) = mx + b é uma função linear, então a taxa de variação média ao longo de qualquer
intervalo e a taxa de variação instantânea em qualquer ponto são iguais à inclinação m.
2.1 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. A velocidade média é definida como um quociente de quais duas 5. Qual é a interpretação gráfica da afirmação seguinte: a TDV mé-
quantidades? dia tende à TDV instantânea quando o intervalo [xo, xi] encolhe
paraxo?
2. A velocidade média é igual à inclinação de uma reta secante por
dois pontos de um gráfico. Qual gráfico? 6. A TDV da temperatura atmosférica em relação à altitude é igual
à inclinação da reta tangente ao gráfico. Qual gráfico? Quais se-
3. A velocidade instantânea pode ser definida como um quociente? rão as unidade possíveis dessa taxa?
Se não puder, como calculamos a velocidade instantânea?
Exercícios
1. Uma bola é largada do repouso no instante t = O. A distância [0,999; I] e [0,9999; !]. Use isso para estimar a velocidade
percorrida depois de t segundos é s(t) = 16t 2 pés. instantânea em t = 1.
(a) Qual é a distância percorrida pela bola no intervalo de tempo
7. Com um depósito inicial de 100 dólares, o saldo numa conta de
[2; 2,5]?
poupança depois de t anos é f (t) = l 00(1 ,08/ dólares.
(b) Calcule a velocidade média ao longo de [2; 2,5].
(a) Quais são as unidades da TDV def(t)?
(e) Calcule as velocidades médias ao longo dos intervalos de tempo
(b) Encontre a TDV média ao longo de [O; 0,5] e [O, l].
[2; 2,01], [2; 2,005], [2; 2,001], [2; 2,00001]. Use isso para esti-
mar a velocidade instantânea do objeto em t = 2. (e) Dê uma estimativa da taxa de variação instantânea em t= 0,5
calculando a TDV média ao longo de intervalos à esquerda e à
2. Uma chave inglesa é largada do repouso no instante t = O. Dê uma direita de t = 0,5.
estimativa da velocidade instantânea dessa chave em t = 1, supondo
que a distância percorrida depois de t segundos seja s(t) = 16t2. 8. A distância percorrida por uma partícula no instante t é
s(t) = t 3 + t. Calcule a velocidade média ao longo do intervalo
3. Seja v = 20../f como no Exemplo 2. Dê uma estimativa da TDV de tempo [l, 4] e dê uma estimativa da velocidade instantânea
instantânea de v em relação a T quando T = 300 K. em t = l.
4. Calcule !).y/1).x para o intervalo [2, 5], onde y = 4x - 9. Qual é a Nos Exercícios 9-12 dê uma estimativa da taxa de variação instantâ-
TDV instantânea de y em relação a x em x = 2? nea no ponto indicado.
Nos Exercícios 5-6, uma pedra é jogada para cima a partir do chão 9. P(x) = 4x 2 - 3; x =2 10. f (t) = 3t - 5; t = -9
com uma velocidade inicial de 15 m/s. Sua altura no instante t é
h(t) = 15t - 4,9t 2 m. 1
J3t+T; t =
11. y(x) = X+ 2 ; X= 2 12. y(t) = l
14. A altura (em pés) no instante t (em segundos) de um pequeno peso (a) As velocidades instantâneas nos instantes t 1, t2 , t3 em (A) for-
oscilando na extremidade de uma mola é h(t) = 0,5 cos (8t). mam uma seqüência crescente ou decrescente?
(a) Calcule a velocidade média do peso ao longo dos intervalos de (b) Em (A), a partícula está aumentando ou diminuindo a veloci-
tempo [O, l] e [3, 5]. dade?
(b) Dê uma estimativa da velocidade instantânea em t = 3. (e) Em (B), a partícula está aumentando ou diminuindo a veloci-
dade?
15. Na Figura 9 está esboçado o número P(t) de bactérias numa placa
no instante t (em horas).
(a) Calcule a TDV média de P(t) ao longo do intervalo [l , 3] e dese- .,
nhe a reta secante correspondente. 'ô
e
~
(b) Dê uma estimativa da inclinação m da reta na Figura 9. O que "'
õ
representam?
P(t)
t 3 Tempo Tempo
10.000
(B)
8.000 ......... .....;........... ...... ;............ . .1 ..... . ...,
FIGURA 11
6.000 t-····················!······················!···········: /·········;·······················i
4.000 + ···············< ················· / ··::7""" 19. Os gráficos na Figura 12 representam a posição s de uma partícu-
la como uma função do tempo t. Combine cada gráfico com uma
2.000 das afirmações seguintes:
1.000
(a) Aumentando a velocidade
2 3
t (horas) (b) Aumentando e depois diminuindo a velocidade
FIGURA 9 O número de bactérias no (e) Diminuindo a velocidade
instante t.
(d) Diminuindo e depois aumentando a velocidade
~' Ll,
Interprete sua resposta em termos de retas tangentes ao gráfico
dey = .Jx.
FIGURA 12
(D)
NU)=~-~l_OO_t_2_ _
3 t3 + St2 - lO0t + 380
Comprimento (m)
FIGURA 10 O período Té o tempo necessário para um Um gráfico de N(t) aparece na Figura 13.
pêndulo balançar um ciclo completo. (a) Desenhe a reta secante cuja inclinação seja a taxa média do au-
mento de crianças infectadas durante os intervalos entre os dias
18. Os gráficos na Figura 11 representam a posição de uma partícula 4 e 6 e entre os dias 12 e 14. Em seguida, calcule essas taxas
em movimento como uma função do tempo. médias (em unidades de percentagem por dia).
CAPITULO 2 limites 49
10
2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
Percentagem infectada 1OO
80
60 I
V ---
Tempo (dias)
40 /
FIGURA 13 O gráfico de N(t).
20 /
(b) Dê uma estimativa da TDV de N(t) no dia 12. [/1
10 20 30 40 50 60
21. Na Figura 14 o gráfico da fração da população de uma cidade
Dias depois do plantio
infectada por um vírus da gripe está esboçado como função de
tempo t (em semanas). FIGURA 15
22. O fungo fusarium exosporium infecta uma plantação de linho 26. ($] Qual dos gráficos da Figura 16 tem a propriedade seguinte:
através das raízes, provocando o definhamento da planta e, de- para todo x, a TDV média ao longo de [O, x] é maior do que a
pois de um certo tempo, toda a plantação está infectada. A per- TDV instantânea em x? Explique.
centagem! (t) de plantas infectadas como função de tempo t (em
dias) desde o plantio está mostrada na Figura 15.
(a) Quais são as unidades da TDV def(t) em relação a t? O que sig-
nifica essa taxa?
(b) Use o gráfico para ordenar (do menor ao maior) as taxas de infec-
ção médias ao longo dos intervalos [O, 12], [20, 32] e [40, 52].
X
(e) Use a tabela seguinte para calcular as taxas de infecção médias X
ao longo dos intervalos [30, 40], [40, 50] e [30, 50]: (A) (B)
FIGURA 16
Dias O 10 20 30 40 50 60
Percentagem infectada O 18 56 82 91 96 98
30. Encontre uma fórmula para a TDV de f(x) = x 3 ao longo de [3; 3,0005] 0,43299 [2,9995; 3] 0,43303
[2, x] e use-a para estimar a TDV instantânea em x = 2.
seno o
A expressão não definida§ também é f(O) = - 0- = Õ (não definido)
1chamada de "forma indeterminada".
Mesmo assim,f(x) pode ser calculada para valores de x perto de O. Quando fazemos isso,
surge uma tendência clara (ver tabela à esquerda e Tabela 1 na próxima página).
senx Para descrever essa tendência, utilizamos a frase "x tende a O" para indicar que x toma
X
X valores (tanto positivos quanto negativos) que se aproximam cada vez mais de O. A nota-
1 0,841470985 ção para isso é x-+ O. Escrevemos:
0,5 0,95885 1077
0,1 0,998334166
• x-+ 0+ se x tende a Opela direita (por valores positivos)
0,05 0,999583385 • x-+ O- se x tende a Opela esquerda (por valores negativos)
0,01 0,999983333
0,005 0,999995833 Agora considere os valores listados na Tabela 1. Essa tabela dá a impressão inconfundível
0,001 0,999999833 de que f (x) se aproxima cada vez mais de 1 quando x tende a O por valores positivos ou
negativos.
X-+ 0+ f (x) -+ 1
Essa conclusão é reforçada pelo gráfico def(x) na Figura 1. O ponto (O, 1) está ausen-
te do gráfico pois f (x) não está definida em x = O, mas o gráfico se aproxima desse ponto
ausente quando x tende a Opela esquerda e direita. Dizemos que o limite de f (x) quando
x -+ Oé igual a 1 e escrevemos
lim f(x) =1
x--+ O
TABELA 1
senx senx
y X X
X X
0,841470985 -1 0,841470985
0,5 0,958851077 -0,5 0,958851077
0,1 0,998334166 -0,1 0,998334166
0,05 0,999583385 - 0,05 0,999583385
-~----+----+--------x 0,01
0,005
0,999983333
0,999995833
-0,01
-0,005
0,999983333
0,999995833
sen x 0,001 0,999999833 -0,001 0,999999833
FIGURA 1 O gráfico de f(x) = - -.
X
x ~o+ f(x) ~ l x~o- f(x) ~ l
2 (Q) = 2(0) = Q
o o o
2=1 (cancelando 0/0 de ambos lados)
A expressão 0/0 não é definida e, em nosso exemplo, ocorre que o limite def(x) é 1.
Encontraremos outros exemplos em que a fórmula de uma funçãof(x) produz 0/0 e o
limite não é igual a 1.
Definição de limite
Agora definiremos mais formalmente os limites. Lembre que a distância entre dois núme-
ros a e b é o valor absoluto la - bl, de modo que podemos expressar a idéia de que/ (x)
está próximo de L dizendo que 1/ (x) - LI é pequeno.
não desempenha papel algum no limite. Tudo que interessa são os valores de f (x) para
x perto de e. Além disso, se f (x) tender a um limite quando x ~ e, então esse valor L é
único.
Solução
(a) Sejaf (x) = 5. Para mostrar que x~7
lim f (x) = 5, devemos mostrar que lf (x) - 51 se
toma arbitrariamente pequeno quando x estiver suficientemente próximo de (mas não
igual a) 7. Mas lf (x) - 51 = 15 - 51 = Opara todo x, portanto o que precisamos mostrar
está automaticamente satisfeito (e nem precisamos tomar x perto de 7).
(b) Seja f (x) = 3x + 1. Para mostrar que lim (3x + 1) = 13, devemos mostrar que o
x~4
valor lf (x) - 131 se toma arbitrariamente pequeno quando x estiver suficientemente pró-
ximo de (mas não igual a) 4. Temos
Como lf(x) - 131 é um múltiplo de lx - 41, podemos tomar lf(x) - 131 arbitrariamente
pequeno tomando x suficientemente próximo de 4. •
Aqui está uma maneira de enunciar a Para tratar com limites mais complicados de uma maneira rigorosa, é necessário tor-
definição de limite de modo preciso: nar as frases "arbitrariamente pequeno" e "suficientemente próximo" mais precisas por
lim f (x) = L se, para qualquer 11,
x->c meio de desigualdades. Isso será feito na Seção 2.8.
tivermoslf(x) - LI < 10- 11 , sempre
que O< lx - cl < 10-111 (onde a
escolha de m depende de 11).
Investigação gráfica e numérica
Nosso objetivo no resto desta seção é desenvolver um melhor entendimento intuitivo dos
limites, por meio de uma investigação gráfica e numérica.
Investigação gráfica Utilize um recurso gráfico para produzir um gráfico def(x). O gráfico
deveria dar uma indicação visual sobre a existência ou inexistência do limite. Muitas ve-
zes podemos usar um gráfico para estimar o valor do limite.
(i) elabore uma tabela de valores de f (x) para x perto de mas menor do que e;
(ii) elabore uma segunda tabela de valores de f (x) para x perto de mas maior do que e;
(iii) se ambas tabelas indicarem convergência ao mesmo número L, tomamos L como
Lembre que investigações gráficas e uma estimativa do limite.
numéricas fornecem evidência para
um limite mas não provam que o As tabelas deveriam conter uma quantidade suficiente de valores para revelar um claro pa-
limite exista ou tenha um determinado
drão de convergência para o valor L. Sef(x) tender a um limite, os valores sucessivos de
valor. Isso é feito utilizando as leis
de limite, que serão estabelecidas na f (x ) em geral são iguais em cada vez mais casas decimais à medida que tomamos x mais
próxima seção. perto de e. Se não emergir algum padrão, então o limite pode não existir.
CAPITULO 2 limites 53
x -9
• EXEMPLO 2 Investigue o limite lim r;; gráfica e numericamente.
x ~9 yX - 3
9-9 O
f(9) =~ =- (não definido)
-v9 - 3 O
Contudo, o gráfico indica quef (x) tende a 6 quando x ~ 9. Para obter evidência numéri-
ca, consideramos a tabela de valores de f (x) para x tendendo a 9 tanto pela direita quanto
pela esquerda. Os valores listados na Tabela 2 confirmam nossa impressão de que
x-9
lim - - - = 6
x ~ 9 .Jx - 3 •
y
TABELA 2
9
x- 9 x- 9
X X
6 .jx- 3 .jx-3
8,9 5,98329 9,1 6,01662
3
8,99 5,99833 9,01 6,001666
8,999 5,99983 9,001 6,000167
3 6 9 12 8,9999 5,9999833 9,0001 6,0000167
x- 9
FIGURA2 Ográficodef(x) = ~-
vx - 3
• EXEMPLO 3 Um limite que iguala o valor funcional Investigue o limite lim x 2 gráfica e
x ~4
numericamente.
y
TABELA 3
X x2 X x2
16
/; 3,9 15,21 4,1 16,81
3,99 15,9201 4,01 16,0801
11 X
3,999
3,9999
15,992001
15,99920001
4,001
4,0001
16,008001
16,00080001
2 4 6
l
• EXEMPLO 4 Um limite que não existe Investigue o limite lim sen - gráfica e numeri-
camente.
x~o X
Solução A função f (x) = sen .!.X não está definida em x = O, mas a Figura 4 mostra que
ela fica oscilando entre + 1 e -1 uma infinidade de vezes quando x ~ O. Parece, portanto,
54 CÁLCULO
1
que não existe lim sen - . Essa impressão é confirmada pela Tabela 4, que sugere que os
x-+0 X
valores de f (x) ficam pulando e não tendem para limite algum quando x ~ O. •
y
TABELA 4 Afunção f(_x) = sen ½não tende a um
1 limite quando x --+ O.
X sen - X sen -
X X
Limites laterais
Os limites que vimos até aqui são bilaterais. Para mostrar que lim f (x)
X-+C
= L, é necessário
conferir que f (x) converge a L quando x tende a e tanto por valores maiores e menores do
que e. Em alguns casos,f (x) pode tender a L por um dos lados de e sem necessariamente
tender pelo outro lado, ou então f (x) pode estar definida apenas de um dos lados de e. Por
esse motivo, definimos os limites laterais
lim f (x) (limite pela esquerda), lim f (x) (limite pela direita)
X-+C- x-+ c+
O limite (que é bilateral) existe se ambos limites laterais existirem e forem iguais.
y X
• EXEMPLO 5 Limites laterais desiguais Investigue os limites laterais de f (x) =-
quando x ~ O. Existe o limite lim f (x )? lx 1
x-+0
--+-+---+---+-+----+---+- X
-3 -2 -1 2 3 Solução O gráfico na Figura 5 mostra o que está acontecendo. Para x > O, temos
- - - - - - - 0 -]
X X
f(x) =- =- =1
X lxl X
FIGURA 5 O gráfico de y =- .
lxl
Portantof(x) ~ 1 quando x ~ 0+. Mas parax < O.
X X
y f (x) = - = - = -1
lxl -x
3
e, assim,! (x) ~ -1 quando x ~ O-. Vemos que os limites laterais existem:
2
lim f(x) = 1, lim f(x)
x -+ 0-
=- 1
x -+ 0+
Contudo, esses limites laterais não são iguais, portanto não existe lim f (x ).
x-+0 •
• EXEMPLO 6 A funçãof(x) mostrada na Figura 6 não está definida em e= O, 2 e 4. Os
FIGURA 6 limites laterais existem nesses pontos? Se existirem, encontre seus valores.
CAPITULO 2 limites 55
Solução
• e= O: o limite pela esquerda lim f (x) não parece existir pois/ (x) parece oscilar
x---+0-
uma infinidade de vezes à esquerda de O. Do outro lado, lim f (x) = 2.
x---+0+
• e = 2: os limites laterais existem mas não são iguais:
lim f(x) =3 e lim f(x) =1
x ---+2- x---+2+
Limites infinitos
Algumas funções tendem a oo ou -oo quando x se aproxima de um valor e. Nesse caso, o
limite lim f(x) não existe, mas mesmo assim dizemos que/tem um limite infinito. Mais
X---+ C
precisamente, escrevemos
lim f(x)
X---+C
= oo
se f (x) crescer sem cota quando x -+ e. Se f (x) tende a -oo (isto é,f (x) fica negativo e
lf (x)I -+ oo), então escrevemos
lim f(x)
X---+C
= -oo
Ao utilizar essa notação, lembre que oo e -oo não são números. Limites laterais in-
finitos são definidos de maneira análoga. No próximo exemplo, usamos a notação
x -+ e± para indicar que os limites pela esquerda e pela direita devem ser considera-
dos separadamente.
y y
1 1
f (x ) = - f(x)= 2
x- 2 X
(A) (B)
FIGURA 7
56 CÁLCULO
Solução
1
(a) A função f (x) = - - é negativa para x < 2 e positiva para x > 2. Como vemos na
x-2
Figura 7(A),f (x) tende a -oo quando x tende a 2 pela esquerda e oo quando x tende a 2
pela direita:
1 1
lim - - = -oo, lim - - =oo
x---->2- X - 2 x---->2+ X - 2
1
(b) A função f (x) = 2 é positiva para todo x -:t- Oe fica arbitrariamente grande quando
X 1
x--+ Ode cada lado [Figura 7(B)]. Portanto, lim 2 = oo. •
x----> 0 X
ENTENDIMENTO CONCEITUAL Não deveríamos pensar num limite infinito como um auten-
tico limite. A notação lim f (x) = oo é só uma maneira abreviada de dizer que f (x)
X---->C
cresce além de qualquer cota quando x tende a e. Devemos ter esse cuidado porque oo
e -oo não são números e podem surgir contradições se os tratarmos como números.
Por exemplo, se oo fosse um número grande maior do que qualquer número finito,
então seria razoável esperar que oo + 1 = oo. Mas isso levaria a
oo+l=oo
(oo + 1) - oo = oo - oo
1 =O (contradição!)
Por esse motivo, as leis de limites discutidas na próxima seção são válidas somente
para limites finitos e não podem ser aplicadas a limites infinitos.
2.2 RESUMO
• Por definição, lim f (x)
X---->C
= L se lf (x) - LI ficar arbitrariamente pequeno quando x
estiver suficientemente próximo de (mas não igual a) e. Então dizemos que o limite
de f (x) quando x tende a e é L. Terminologia alternativa: f (x) converge ou tende a L
quando x tende a e.
• Sef(x) tende a um limite quando x--+ e, então o valor do limite é único.
• Sef(x) não tender a um limite quando x--+ e, dizemos que não existe lim f(x).
X---->C
senx
• O limite pode existir mesmo sef(c) não estiver definido, como no exemplo lim - - .
x----> 0 X
2.2 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Qual é o limite def(x) = I quando x ~ n? 6. É possível dizer se lim f (x) existe examinando somente os va-
x --.5
tores de f (x) para x perto de e maiores do que 5? Explique.
2. Qual é o limite de g(t) = t quando t ~ n ?
7. Se soubermos que lim f (x) existe, podemos determinar seu va-
3. Pode/ (x) tender a um limite quando x ~ c se/ (c) não estiver x--.5
definido? Se puder, dê um exemplo. lor se soubermos somente os valores def(x) para todo x > 5?
4. lim 20 é igual a 10 ou 20? 8. Quais das informações parciais seguintes são suficientes para de-
X-> 10 terminar se existe lim f (x )? Explique.
x--.5
S. O que a tabela seguinte sugere sobre lim f (x) e lim f(x)? (a) Os valores def(x) para todox
X-> 1- X-> l+
(b) Os valoresdef(x)para todoxem [4,5; 5,5]
Exercícios
Nos Exercícios 1-4, preencha as tabelas e dê um palpite sobre o valor 0 ±0,002 ±0,0001 ±0,00005 ±0,00001
do limite.
f(0)
x 3 -1
1. ;j\ f(x), onde f (x) = x2 _ (
S. Determine lim f(x) para a funçãof(x) dada na Figura 8.
x--.O,5
X f(x) X f(x)
1,002 0,998 y
1,001 0,999
1,0005 0,9995 1,5
1,00001 0,99999
. cost -1
2. hm h(t), onde h(t) = . Observe que h(t) é par, isto é,
,-.o t2 0,5
h(t) = h(- t).
FIGURA 8
t ±0,002 ±0,000 1 ±0,00005 ±0,00001 6. Alguma das duas funções oscilantes na Figura 9 dá a impressão
h(t) de ter um limite quando x ~ O?
y2-y-2 y
3. lim f (y), onde f(y) = ·
y--. 2 y2 + y - 6 y
y f(y) y f(y)
X
2,002 1,998
2,001 1,999
2,0001 1,9999
(A) (B)
sen0 - 0 FIGURA 9
4. lim f (0), onde f (0) = .
0--.O 03
58 CÁLCULO
Nos Exercícios 7-8, calcule o limite. 34. Determine os limites laterais em c = 1, 2, 4 e 5 da função g(t)
dada na Figura 11 e declare se o limite existe nesses pontos.
7. Jim X 8. lim .J3
x-+2 1 x-+4,2
y
Nos Exercícios 9-18, confira cada um dos limites usando a defi- 4+ . . . . . . . . . . . ,. . . . . . . . . . . . . . .,. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .,. . . . . . . . . . . . . . . . ,. . . . . . . . . .
nição de limite. Por exemplo, no Exercício 9, mostre que 12x - 61
pode ser tornado tão pequeno quanto queiramos, bastando tomar
x próximo de 3.
19. lim-- -
Jx -1 20. lim
x-+I x-1 X-+ - 3 x+3
x 2 +x - 6 x 3 - 2x2 - 9
21. lim 2 22. lim 2
x-+2 x - x - 2 x-+3 x - 2x - 3 - + - - - - --O-- -+- -t--X
-1 2 3
sen 2x J' sen5x
23. lim - - 24. 1m - -
x-+O X x-+O X
senx cose - 1 FIGURA 12 O gráfico de y = [x].
25. lim - 2- 26. lim
x-+O x 0-.O e
x-1
. 1 . 1 36. Esboce o gráfico de f (x) = - - - e use-o para determinar os
27. hm cos - 28. hm senh cos - 1x - 11
h-.O h h-+O h limites laterais lim f (x) e lim f (x ).
x-.1+ x-+1-
2h - 1 2x - 3x
29. lim - - 30. lim - - - Nos Exercícios 37-39, determine numericamente os limites laterais.
h-.O h x-.O X
5h -25 senx
31. lim - - - 32. lim lx lx 37. lim - - 38. lim lx l1/x
h-.2 h - 2 x-+O x-.O± lx l x-.O±
. x - sen(lxl)
39. hm
33. Determine lim f(x) e lim f (x) para a função dada na Fi- x-.O± x3
x-.2+ x-+2-
gura 10. 40. Determine os limites infinitos laterais ou bilaterais na Figura 13.
y y
y
'
----------------t- -2
''
''' 2 -----------1---------------
''
''
' --+----+-----x
''
'' 4
~---+-----X
2 (A) (B)
FIGURA 10 FIGURA 13
CAPITULO 2 limites 59
41. Determine os limites laterais de f (x) em c = 2 e c = 4, para a Nos Exercícios 43-46, esboce o gráfico de uma função com os li-
função dada na Figura 14. mites dados.
n
X->]
15
FIGURA 14 46. lim f(x) = oo, lim f (x) = 3, lim f (x) = -oo
X-> l + X-> 1- X-->4
. sen 30 2x - 1
47. hm - - 48. lim--
0--,osen 20 x-->0 4x - l
2X - COSX sen2 40
49. lim 50. lim
x-->0 X 0---0 cos 0 - 1
li
51. lim 52. lim
8-->0 02 8-->0 02
FIGURA 15
--- o valor do limite em geral. O limite vale para n que não é inteiro?
-
Raios
de luz
X 11 -
x--> 1 xm -1
}
57. Investigue lim - - para (m, n) igual a (2, 1), (1, 2), (2, 3) e
(3, 2). Em seguida, dê um palpite sobre o valor do limite em geral
e confira seu palpite para pelo menos três outros pontos.
incidente
Fenda Tela de Padrão de 58. Encontre os inteiros positivos k para os quais existe
visualização intensidade
sen(sen 2 x)
lim k através de experimentação.
FIGURA 16 O efeito Fraunhofer de difração. x-->0 X
60 CÁLCULO
senx .
59. ~ iCG~ Esboce um gráfico de f(x) = 2x - 8
com uma 61.
~
~~- Mostre que f(x) =- - é igual a, .mchnaçao
. _
da reta
x-3 X
calculadora gráfica. Observe quef(3) não está definido. secante que passa pela origem e o ponto (x, sen x) do gráfico de
y = sen x (Figura 17). Use esse gráfico para dar uma interpreta-
(a) Faça uma ampliação no gráfico para estimar L = lim f (x).
ção geométrica de lim f(x).
x -->3
x -->0
(b) Observe que o gráfico def (x) é crescente. Explique como disso
decorre que
!(2,99999) .:S L .:S f (3,00001)
(b) Obtenha um gráfico de f com um recurso gráfico e descreva seu FIGURA 17 O gráfico de y = sen x.
comportamento perto de x = O.
TEOREMA 1 Leis básicas de limites Suponha que existam lim f(x) e lim g(x). Então:
X-->C X-->C
(i) Lei da Soma:
lim f(x)g(x)
x -->c
= ( x-->c
lim f(x)) ( lim g (x))
x-->c
lim
x~c
(/1 (x) + h(x) + h(x)) = X~limC !1 (x) + X~limC h(x) + X~
lim Í3(x)
C
Isso não está listado separadamente porque segue da combinação das leis da soma e do
múltiplo constante:
As leis de limites são aplicadas passo • EXEMPLO 1 Use as leis de limite para calcular os limites seguintes:
a passo na solução do Exemplo 1
t+5
para ilustrar como elas são utilizadas. (a) lim x 2 (b) lim (4t 3 - t - 5) (e) lim - -
Na prática, consideramos as leis x~3 , ~ -1 ,~2 3t
de limites como sendo evidentes e
pulamos os passos intermediários. Solução
(a) Pelo Teorema 1 da Seção 2.2, lim x
X~C
= e para qualquer e. Como x 2 é igual ao produto
x2 = x . x, podemos aplicar a lei do produto
2
lim x = ( lim x) ( lim x) = 3(3) = 9
x~3 x~3 x~ 3
lim t
, ~ -1
= -l
lim 5 =5
,~-1
Obtemos
• EXEMPLO 2 Hipóteses importam Mostre que a lei do produto não pode ser aplicada a
lim f(x) g(x) se f (x) = x e g(x) = x- 1•
x~o
Solução A função produto é f (x)g(x) = x · x- 1 = l para x-:;; O, portanto o limite do
produto existe:
lim f(x)g(x ) = lim 1 =1
x~o x~o
62 CÁLCULO
2.3 RESUMO
• As leis de limites afirmam que se existirem ambos lim f (x) e lim g(x), então:
X---+C X---+C
• Se não existir lim f (x) ou lim g (x ), então as leis de limites não podem ser aplicadas.
x ---+c x ---+c
2.3 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Enuncie as leis da soma e do quociente. (a) lim k
x ---+c
=c (b) lim k
x---+ c
=k
2. Qual das seguintes afirmações é uma versão verbal da lei do
produto?
(e) lim x = c2 (d) Jim
x ---+c
X = X
x---+ c2
(a) O produto de duas funções tem um limite.
4. Qual das seguintes afirmações não está correta?
(b) O limite do produto é o produto dos limites.
(a) A lei do produto não vale se o limite de uma das funções for
(e) O produto de um limite é um produto de funções. zero.
(d) Um limite produz um produto de funções. (b) A lei do quociente não vale se o limite do denominador for
zero.
3. Qual das afirmações seguintes não está correta (k e c são cons-
tantes)? (e) A lei do quociente não vale se o limite do numerador for zero.
Exercícios
Nos Exercícios 1-22, calcule o limite usando as leis de limites e os 9. lim (3t - 14) 10. lim (x 3 + 2x)
1---+4 x ---+-5
dois fatos seguintes, em que c e k são constantes:
Jim X = C, lim k=k 11. lim (4x + 1)(2x - l) 12. lim (3x 4 - 2x 3 + 4x)
X---+ C X---+C X-+ ! x---+ -1
36. Mostre que se lim tg(t) = 12, então existe lim g(t) e é igual a 4. (a) lim g(f(x))
X---+ C
= g(c)
t---+3 t---+3
. h(t) - .
(b) lim f(g(x))
X---+C
= f(L)
37. Prove que se hm - = 5, entao hm h(t) = 15.
t ---+ 3 t t---+ 3
(e) lim f(g (x)) = /(e)
~ . f(x ) _ x---+ L
38. ~~- Supondo que hm - - = 1, qual das afirmaçoes se-
Seja f(x) = x - 1• Use a versão correta para calcular
x ---+0 X
guintes é necessariamente verdadeira?
(a) f (0) =O (b) lim f (x) =O lim f (g(x)) , se lim g(x) =4
x ---+0 x ---+2 x---+ 2
y
DEFINIÇÃO Continuidade num ponto Suponha que f (x) esteja definida num intervalo
aberto contendo x = e. Então fé contínua em x = e se
g(c)
'--/ y=g(x) l
lim f (x)
X~C
= f (c) 1
Se o limite não existir, ou se existir mas for diferente def (c), dizemos queftem uma
~----+-----x descontinuidade (ou que é descontínua) em x = e.
e
FIGURA 2 g(x) tem uma descontinuidade
Uma função f (x) pode ser contínua em alguns pontos e descontínua em outros. Sef
emx=c.
(x) for contínua em todos os pontos do intervalo/, então dizemos quef(x) é contínua em
/. Aqui, se/ for um intervalo [a, b] ou [a, b) que inclua a como extremidade esquerda,
exigimos que lim f(x) = f (a). Analogamente, exigimos que lim f(x) = f(b) se
x~a+ x~b-
/ incluir b como extremidade direita. Se f (x) for contínua em todos os pontos de seu
y domínio, dizemos simplesmente quef(x) é contínua.
O limite existe e é igual ao valor da função, portanto f (x) é contínua em x = e para todo
y e (Figura 3).
(b) Como g(x) = x para qualquer x,
e
lim g(x)
x~c
= x~c
lim x =e= g(c)
Novamente, o limite existe e é igual ao valor da função, portanto g(x) é contínua em e para
todo e (Figura 4). •
lim f(x)
x~2
=5 mas f (2) = 10
O limite existe mas não é igual ao valor da função
CAPITULO 2 Limites 65
y
10 •
~ _ _ ____, _ _ _ X
FIGURA 5 Uma descontinuidade
2 2
removível: a descontinuidade pode ser
removida redefinindo f (2). (A) (B)
y y
~ ---+-----x
2 2
Na Figura 6, a função em (A) é contínua à esquerda mas a função em (B) não é con-
tínua nem à esquerda nem a direita. O exemplo seguinte explora a continuidade lateral
usando uma função definida por partes, ou seja, uma função definida por fórmulas dife-
rentes em intervalos diferentes.
• EXEMPLO 2 Função definida por partes Discuta a continuidade da função F(x) defi-
nida por
x sex < l
F (x ) = 3 se 1 ~ x ~ 3
lx sex > 3
y muda (Figura 7). Observamos que F(x) tem uma descontinuidade de salto em x = 1, já
5 que os limites laterais existem mas não coincidem:
4
3
__/ lim F(x) = lim x = 1,
X-+)- X-+ [ -
lim F(x) = lim 3 = 3
x---+ I + x---+I+
2 Além disso, o limite pela direita é igual ao valor funcional F(l) = 3, portanto F(x) é con-
tínua à direita em x = 1. Em x = 3,
y y y
IL
2
X
IL iL
2
X
2
X
Deveríamos mencionar que algumas funções podem ter tipos mais "graves" de des-
continuidades do que os já discutidos. Por exemplo, f (x) = sen -1 oscila uma infinidade
X
de vezes entre +1 e -1 quando x ~ O(Figura 9). Nenhum dos dois limites laterais existe
em x = O, de modo que essa descontinuidade não é de salto. Ver Exercícios 82 e 83 para
exemplos ainda mais estranhos. Embora sejam interessantes do ponto de vista teórico, na
prática essas descontinuidades raramente aparecem.
... LEMBRETE Uma "função racional" Demonstração Utilizamos as leis de continuidade junto com o resultado do Exemplo 1,
. t d
é um quoc1en 1· • . P(x)
de acordo com o qual as funções constantes e a função f (x ) = x são contínuas. Para
e e po mom1os Q(x).
1
qualquer número natural m ::: 1, a função potência xm pode ser escrita como um produto
xm = x · x · · · x (de m fatores). Como cada fator é contínuo, a própria xm é contínua.
Agora considere um polinômio
Esse resultado mostra, por exemplo, que f (x) = 3x 4 - 2x 3 + 8x é contínua para todo x
3
e que g (x) = \ + é contínua para x ,j:. ± 1. Além disso, se n for um número natural, então
X -1
f (x) = x-11 é contínua para x ,j:. O, pois f (x) = x- 11 = 1/ xn é uma função racional.
A maioria das funções básicas é contínua em seu domínio. Em particular, o seno, o
cosseno, a exponencial e a raiz enésima são contínuas, como enunciamos formalmente
no teorema seguinte. Isso não deveria ser uma surpresa porque os gráficos dessas funções
não têm quebras visíveis (ver Figura 10). Contudo, as provas formais da continuidade são
um tanto técnicas e por isso serão omitidas.
4 -3 3
FIGURA 10 Como os gráficos sugerem, essas funções são contínuas em seus domínios.
senx cosx 1 1
tgx = --, cotgx = --, secx = --, cossecx =- -
y cosx senx cosx senx
Essas funções têm descontinuidades infinitas nos pontos em que seus denominadores se
anulam. Por exemplo, tg x tem descontinuidades infinitas nos pontos (Figura 11)
n 3n
X=±-
2'
±-
2·
Muitas funções que nos interessam são funções compostas, de modo que é importante
saber que a composta de funções contínuas é de novo contínua. O teorema seguinte está
FIGURA 11 O gráfico de y = tg x. provado no Apêndice D.
TEOREMA 4 Continuidade de funções compostas Seja F(x) = f (g(x)) uma função com-
posta. Se g for contínua em x = e e f for contínua em x = g(c), então F(x) é contínua
emx=c.
lim f (x)
X-+C
= f(c)
Dizemos que esse é o método de substituição porque o limite é calculado substituin-
do x = e.
3x
• EXEMPLO 3 Calcule (a) lim seny e (b) lim ~-
y-+j x-+-1,vx+S
CAPITULO 2 limites 69
Solução (a) Como f (x) = sen x é contínua, podemos calcular o limite por substituição:
n J3
lim sen y = sen - = -
y-+j 3 2
y,, d d.
(b)f
A unção f (x) =~ e contmua em x = -1 porque o numera or e o enomma-
dor são ambos contínuos em x = -1 e o denominador ,Jx + 5 não se anula em x = -1.
Portanto, podemos calcular o limite por substituição:
. 3x
11m
X-+ -l ,Jx + 5 •
y • EXEMPLO 4 Hipóteses importam Podemos usar substituição para calcular lim [x],
3
2 --o
- onde [x] é a função maior inteiro?
Solução Sejaf(x) = [x] (Figura 12). Emboraf(2) = 2, não podemos concluir que lim [x]
x-+
x-+2
2
--o seja igual a 2. De fato, f (x) não é contínua em x = 2, pois os limites laterais não são
X iguais:
-2 2 3
lim [x] =2 e lim [x] =1
x-+2+ x-+2-
--o
--0 -3 Portanto, lim [x] não existe e não podemos usar a substituição.
x-+2 •
FIGURA 12 O gráfico def(x) = [x].
ENTENDIMENTO CONCEITUAL Modelagem do mundo real por meio de funções contínuas Fre-
qüentemente usamos funções contínuas para representar quantidades físicas tais como
a velocidade, a temperatura ou a voltagem. Isso reflete nossa experiência cotidiana de
que as variações do mundo físico tendem a ocorrer continuamente, ao invés de por
meio de transições abruptas. Contudo, os modelos matemáticos são no máximo uma
aproximação da realidade e é importante ter consciência de suas limitações.
Por exemplo, na Figura 13, a temperatura atmosférica está representada como uma
função contínua da altitude. Isso se justifica para objetos de grande escala como a
atmosfera terrestre porque a leitura num termômetro parece variar continuamente à
medida que varia a altitude. Contudo, a temperatura é uma medida da energia cinética
média das moléculas e, assim, num nível microscópico, não tem sentido tratar atempe-
ratura como uma quantidade que varie continuamente de um ponto a outro.
e 6.000
i
200
~
E ~
~
...o:s 100
:,
'...
õí
E-- ~ ,8 4.000
8. :5
E ~
~ o
2.000
- 100
o+-----l----+---+------,f-----+----+-
10 50 100 150 1700 1750 1800 1850 1900 1950 2000
Altitude (km) População mundial 1750-2000
FIGURA 13 A temperatura atmosférica e a população mundial são representadas por gráficos contínuos.
70 CÁLCULO
A população é uma outra quantidade que muitas vezes é tratada como uma
função contínua do tempo. O tamanho P(t) de uma população no instante t é um
número natural que varia por ± 1 quando um individuo nasce ou morre, portanto,
falando estritamente, P(t) não é contínua. Se a população for grande, o efeito de um
nascimento ou morte individual é pequeno e é razoável tratar P(t) como uma função
contínua do tempo.
2.4 RESUMO
• Por definição,f(x) é contínua em x = c se lim f (x) = f (c).
X-->C
• Se esse limite não existe, ou existe mas não é igual af (c), entãof é descontínua em
x=c.
• Se f (x) é contínua em todos os pontos de seu domínio, dizemos simplesmente que fé
contínua.
• f(x)écontínuapeladireitaemx=cse lim f(x) = f(c)econtínuapelaesquerdaem
. x-->c+
x = c se hm f (x) = f (c).
X-->C-
• Existem três tipos comuns de descontinuidades: a descontinuidade removível [ lim f (x)
X-->C
existe mas não é igual af (c)], descontinuidade de salto (ambos limites laterais existem
mas não são iguais) e descontinuidades infinitas (o limite é infinito quando x tende a c
por um ou ambos lados).
• As leis de continuidade afirmam que somas, produtos, múltiplos e compostas de fun-
- contmuas
çoes , - de novo, contmuas.
sao, , O mesmo va1e para o quociente
· -f (x)
- nos pontos
g(x)
em que g(x) =/=- O.
• Polinômios e funções racionais, trigonométricas e exponenciais são contínuas, exceto
nos pontos que envolvem divisão por zero.
• Método de substituição: se for sabido que f (x) é contínua em x = c, então o valor do
limite lim f(x)éf(c) .
X-->C
2.4 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Qual propriedade de f (x) =x3 nos permite concluir que (a) f(x) é contínua em x = a se os limites de f (x) pela esquerda e
lim x 3 = 8? pela direita existem quando x -+ a e são iguais.
x--> 2
(b) f(x) é contínua em x = a se os limites de f (x) pela esquerda e
2. O que pode ser dito sobref(3) seffor contínua e lim f (x) = ½? pela direita existem quando x -+ a e são iguais af (a).
x-->3
3. Suponha quef(x) < Osex for positivo ef(x) > 1 sex fornegativo. (e) Se os limites def (x) pela esquerda e pela direita existem quando
Pode f ser contínua em x = O? x-+ a, então f tem uma singularidade removível em x = a.
4. É possível determinar f (7) se f (x) = 3 para todo x < 7 e f for (d) Se f (x) e g(x) são contínuas em x = a, então f (x) + g(x) é contí-
contínua pela direita em x = 7? nua em x = a.
Exercícios
1. Encontre os pontos de descontinuidade da função mostrada na 6. Sejaf(x) a função (Figura 17)
Figura 14 e decida se ela é contínua pela esquerda, pela direita
x 2 +3
l
(ou nenhum dos dois) nesses pontos. parax < l
f(x)= 10 - x paral_::::x_::::2
y 6x - x 2 para x > 2
-----+--+-------½-X
y 2 6
5 FIGURA 17
~
4
3 Nos Exercícios 7-14, use as leis de continuidade e os Teoremas 2-3
2
• para mostrar que a função é contínua.
/ 7. f(x) = x + senx 8. f(x) = x senx
X
2 3 4 5 6
9. f(x) = 3x + 4senx 10. f(x) = 3x 3 + 8x 2 - 20x
FIGURA 15
x 2 - cosx
2. Encontre os pontos de descontinuidade de f (x) e decida se f (x) é 11. f (x) = - 2- 1 12. f (x)= - - -
contínua pela esquerda, pela direita (ou nenhum dos dois) nesses x +1 3 + COSX
pontos. 3x
13. j(x) =- -
1 +4x
14. f (x) = Hf cosx
3. Em quais pontos c a função f (x) tem uma descontinuidade remo-
vível? Que valor deveria ser atribuído af (c) para tomar f contí-
nua em x = c? Nos Exercícios 15-32, determine os pontos nos quais a função é des-
contínua e decida qual é o tipo de descontinuidade: removível, de
4. Encontre o ponto ci em que f (x) tem uma descontinuidade de salto, infinita ou nenhum desses.
salto mas é contínua pela esquerda. Que valor deveria ser atri-
buído a f (c 1) para tomarf contínua pela direita em x = c,? 15. f(x) = -Xl 16. f (x) = lx l
5. (a) Para a função mostrada na Figura 16, determine os limites
laterais nos pontos de descontinuidade. x-2 X -2
17. f(x) =-- 18. f(x) = lx - 21
(b) Qual dessas descontinuidades é removível e como deveria f ser lx -1 I
redefinida para tomá-la contínua nesse ponto?
19. f(x) = [x] 20. f(x) = [~x]
J,
y
1 x+ I
21. g(t) = -2- 22. f(x) =--
t - 1 4x -2
1 - 2z l - 2z
2 • 25. h(z) = z2 - z- 6 26. h(z) = z2 + 9
-+----+----+---+-X
-2 2 4 x 2 - 3x +2
21. f (x) = lx - 21 28. g(t)=tg2t
FIGURA 16
72 CÁLCULO
41, f (x) = tg2 X 42. f(x) = cos(2x) 59. r,m - x+9- 60. I'1m -X2 -
+2
-
x---+0 X -9 x---+3x +2x
= (x4 + 1)3/2 - x2
43. f (x) 44. f(x) =3 61. lim sen (:: - n) 62. lim sen(x 2 )
X---+Tr 2 X---+Tr
cos(x 2 )
45. f (x) =- -- 46. f (x) = 9tgx
x 2 -1 63. lim tg(3x) 64. lim
x---+f X---+Tr COS X
47. Suponha quef(x) = 2 parax > Oef(x) = -4 para x <O.Qual é
o valor def (0) seffor contínua à esquerda em x = O? Qual é o 65. lim x-512 66. lim Jx3 +4x
x---+4 x---+2
valor def(0) seffor contínua à direita em x = O?
48. Função Dente de Serra Esboce o gráfico def (x) = x - [x]. 67. lim (1 - 8x 3)3/ 2 . ex+
68. hm -- 2)2/3
X---+ -l x---+2 4- X
Em quais pontos essa função é descontínua? Ela é contínua à
esquerda ou à direita nesses pontos? 69. lim 10x2- 2x 70. lim 3senx
x---+ 3 x---+f
Nos Exercícios 49-52, esboce o gráfico da função em [O, 5] com as
propriedades dadas. Nos Exercícios 71 -74, esboce o gráfico da função dada. Em cada
ponto de descontinuidade, decida se fé contínua à esquerda ou à
49. f (x) não é contínua em x = 1, mas lim f (x) e lim f (x) direita.
x---+l+ x---+ 1-
existem e são iguais. 2
71. f (x) = {x parax ::: 1
50. f (x) é contínua à esquerda mas não à direita em x = 2 e é contí- 2- x parax > 1
nua à direita mas não é contínua em x = 3.
X+ J parax < 1
51. f (x) tem uma descontinuidade removível em x = 1, uma descon- 72. f(x) = ~
tinuidade de salto em x = 2 e I para x 2::. 1
77. Encontre todas as constantes a e b tais que a função seguinte não (d) O salário de um professor
tenha descontinuidades: (e) A população mundial
l bx +2 parax >
1r:
4 0,15x para O::: x < 21.450
T(x) = 3.217,50 + 0,28(x - 21.450) para 21.450::: x < 51.900
78. Qual das quantidades seguintes seria representada por uma
função contínua do tempo e quais teriam uma ou mais descon- 1 ll.743,50+0,31(x -51.900) parax::: 51.900
tinuidades?
Esboce o gráfico de T(x) e determine se possui alguma desconti-
(a) Velocidade de um avião em vôo nuidade. Se T(x) tivesse alguma descontinuidade de salto, expli-
(b) Temperatura de uma sala em condições normais que por que seria vantajoso, em certas situações, ter um rendi-
mento menor.
(c) Valor de uma poupança que paga juros anualmente
81. Dê um exemplo de funçõesf (x) e g(x) tais quef (g(x)) seja con- 83. Sejam f (x) = 1 para x racional e f (x) = -1 para x irracional.
tínua mas g(x) tenha pelo menos uma descontinuidade. Mostre que fé descontínua em todos os pontos, enquanto que
f (x )2 é contínua em todos os pontos.
. X- 2
11m = 3 - 2 = -91
x --+ 3
8 x 2 - 16
lim-- -
x --+4 X - 4
4
x2 - 16
A função f (x) = -x-4
- - (Figura l) não está definida em x = 4 pois
4 8
FIGURA 1 O gráfico de 42 - 16 O
f (4) - -4-4
- - - - (não definido)
x2 - 16 - - O
f(x ) = - -.
x -4
Contudo, o numerador def(x) pode ser fatorado e
2
x -16 (x +4)(x-4)
- - =- ---- =x + 4 (válido para x ,p 4)
x-4 x-4
Em outras palavras,! (x) coincide com a função contínua x + 4 para todo x ,p 4. Como o
limite somente depende dos valores def (x) para x ,p 4, temos
74 CÁLCULO
x 2 -16
lim--- lim(x +4) =8
x---+4 X -4 x---+4
Outras formas indeterminadas são Em geral, dizemos que f (x) está em forma indeterminada em x = c se, calculando
100,00° e o0, que serão estudadas no f (x) em x = c obtivermos uma expressão do tipo
1 Capítulo 7.
o 00
o· 00 · o, oo - 00
00 '
x2 -4x + 3
• EXEMPLO 1 Calcule lim 2 .
x---+3 X + X - 12
x 2 - 4x + 3 (x - 3)(x - 1) 1
x -
= = (se x -::/= 3) [IJ
x 2 + x - 12 (x - 3)(x + 4) x+4
'-,--' '-.,.-,'
Cancelando fator comum Continuidade em x =3
Passo 2. Substituição (cálculo pela continuidade).
Como a expressão à direita na Equação (1) é contínua em x = 3,
lim x2 - 4x + 3 = lim (x - 1) = ~
x---+3 x2 + x - 12 x---+3 (x + 4) 7 •
Calculado por substituição
tgx
• EXEMPLO 2 Aforma ~ Calcule lim - - .
x---+ 7 secx
""4-2 O
f (4) = _ = Õ (indeterminada)
2 2
5
(b) A função f (h) =~ está indeterminada em h = 5 porque
h+4-3
5-5 5-5 O
f(5) = /e,, = -- = - (indeterminada)
-v5+4-3 3- 3 O
Passo 1. Transformação algébrica e cancelamento.
O conjugado de ,Jh + 4 - 3 é ,Jh + 4 + 3 e
O denominador é igual a
h-5 (h - 5)(-Jh+4+3) ~
f(h) = - - - = - - - - - =-v h+4+3
,Jh +4- 3 h -5
•
76 CÁLCULO
1
• EXEMPLO 4 Aforma oo - oo Calcule Iim ( -- -
x~ 1 X - 1
+-)-
X -1
l 2
- -- - - = -Ol - -O2 . .
(mdetermmada)
1-1 12 -1
•
x 2 -X+ 5
• EXEMPLO 5 Afunção é infinita mas não está indeterminada Calcule lim - - - -
x~2 X- 2
_ . x 2 -x +5
y Soluçao SeJa f (x) = - - - -. Em x = 2 temos
x-2
L J(2) =
22
-
2-2
2 5
+ _
7
O
(não definida, mas não uma indeterminação)
Isso não é uma forma indeterminada. De fato, a Figura 2 mostra que os limites laterais
2
são infinitos:
. x 2 -x + 5 . x 2 -x + 5
hm - - - -
x~2- X- 2
= -oo, hm - - - - = o o
x~2+ X - 2
FIGURA 2 O gráfico de
f (x) =
x2 - x
X-
+5
2
O limite (bilateral) não existe.
•
Como preparação para a derivada do Capítulo 3, ilustramos como calcular um limite
que envolve uma constante simbólica.
(h + a) 2 - a2
• EXEMPLO 6 Um limite envolvendo uma constante simbólica Calcule Iim - - - - -,
h~ O h
onde a é uma constante.
(O+a) 2 -a 2 2 -a 2
=a O
0
=0 (indeterminado)
0
(h 2 + 2ah + a 2) - a 2 h 2 + 2ah
h h
h(h + 2a)
(fatoramos h)
h
=h+2a (cancelamos h)
CAPITULO 2 limites 77
(h + a) 2 - a 2
lim - - - - = lim (h + 2a) = 2a
h~O h h~O •
2.5 RESUMO
• Quando f (x) é sabidamente contínua em x = e, o limite pode ser calculado por substi-
tuição: lim f(x) = f (e).
x~c
• Dizemos quef (x) está indeterminada (ou tem uma forma indeterminada) em x = e se,
ao calcularf(c), obtivermos uma expressão do tipo
o 00
o,
o· 00 '
00 · 00 - 00
2.5 EXERCÍCIOS
Exercíciospreliminares
1. Qual das seguintes expressões é uma indeterminação em x = l ? (b) Se existir lim /(x), então/(c) não é uma indeterminação.
X~C
2 x2 - 1 x2 - 1 2
x +l x +l (e) Se/ (x) não estiver definida em x = c, então/ (x) tem uma inde-
~ · x +2 ' .Jx+ 3-2 ' v'x+3 - 2 terminação em x = c.
2. Dê contra-exemplos para mostrar que cada uma das afirmações 3. Embora o método de calcular limites discutido nesta seção seja
seguintes é falsa: chamado de "simplificar e substituir", explique como, na verda-
de, depende da propriedade de continuidade.
(a) Se/(c) estiver indeterminada, então os limites laterais quando
x -+ c são diferentes.
Exercícios
Nos Exercícios 1-4, mostre que o limite leva a uma indeterminação. (1 + h) 3 - I (h + 2}2- 9h
11. lim 12. lim
Então execute o procedimento de dois passos: transformar a função h~ o h h~4 h-4
algebricamente e calcular usando continuidade.
3x 2 - 4x -4 2t +4
x 2 - 25 x+ 1 13. lim 14. lim
1. lim - - - 2. lim 2 x~ 2 2x 2 -8 H - 2 ]2 - 3t 2
x~5 x -5 x~ -1 x +2x + l
(y - 2)3 ~ -4
2t - 14 h +3 15. lim 3 16. lim - - -
3. lim - - - 4. lim - - y~2y -5 y +2 x~ 16 X - 16
H7 5t - 35 h~-3 h2 -9
l 1 1
Nos Exercícios 5-32, calcule o limite ou afirme que não existe. ----
(h + 2)2 4
17. lim 3+h 3 18. lim
x 2 -64 x 2 -64 h~O h h~O h
5. lim - - - 6. lim - - -
x~ 8 X - 8 x~ 8 X - 9
.J2+ h -2 .Jx- 6 - 2
x 2 - 3x + 2 x 3 -4x 19. lim 20. lim
7. l i m - - - - 8. lim - - - h~ o h x~ ,o X - JO
x~2 X - 2 x~2 X -2
x- 2 x 3 - 2x
21. lim
x- 2
22. lim
v'f+x - vT=x
9. lim - - - 10. lim - - -
x~2 x3 -4x x~ 2 X -2 x~ 2 ~ -.J4 -x x~o X
78 CÁLCULO
. Jx2=I - Jx+T
23. hm - - - - - - - 24. lim - - - -
Js=x-1 Nos Exercícios 35-40, use a identidade
x--.2 X - 3 x--.4 2- ..jx
a 3 -b3 = (a-b)(a 2 +ab+b2 ).
1 4
25. lim ( -- - - -) x 3 -1 x3 - 8
x--.4 .,/x - 2 X - 4 35. l i m - - 36. l i m --
X->] X - 1 2
x--.2 x - 4
1 1
26. lim (-- - x 2 - 3x + 2 x3 - 8
x--.O+ ..jx Jx2 + x ) 37. lim 38. lim
X-> ] x3 - 1 x--.2 x 2 - 6x +8
. cotgx . cotg0
27. 11m - - - 28. 11m - - - x4 - 1 x - 27
x--.O cossec x e-. Í cossec 0 39. l i m - - 40. lim
X->] x3 - ) x--.27 X l / 3 - 3
senx - cosx
29. l i m - - - - 30. lim ( sec 0 - tg 0)
x--.f tgx - 1 0--.f Nos Exercícios 41-50, calcule o limite em termos das constantes en-
volvidas.
. 2 cos 2 x + 3 cos x - 2 . cos 0 - 1
31. 11m - - - - - - - 32. 11m - - - 41. lim(2a+x) 42. lim (4ah + ?a)
x--. j 2 cos x - 1 0--.O sen 0
x--.O h--. - 2
~ x - 2 . (3a + h)2 - 9a 2
33. ~ Use um gráfico de f(x) = J4"=x para estimar o 43. lim (4t - 2at + 3a) 44. hm - - - - - -
..jx - 4- x 1--. -1 h--.O h
valor de lim f(x) até a segunda casa decimal. Compare com a . 2(x+h) 2 - 2x2 . (x+a>2-4x 2
x--.2 45. hm - - - - - - 46. hm - - - - -
resposta obtida algebricamente no Exercício 21. x--.O h x--.a x- a
17'7!11 1 4 . ,Ja+2h - ..jã
34. ~ Use um gráfico de f(x) =~
,vx - 2
- - - para esti-
x -4
47. lim ..jx - .Jã 48. h m - - - - -
x--.a x - a h--.0 h
mar o valor de lim f(x) numericamente. Compare com ares-
x--.4
posta obtida algebricamente no Exercício 25. .
49. hm - - - - -
(x + a)3 - ª3
50. lim l!:__Q_
x--.O X h--.a h - a
(-1±lxl1)
ta o limite.
lim -
x 2 -Sx -
6 . x 2 + 3x + c x--.O+ x
51. l i m - - - - 52. 11m - - - -
x--.c X - C x--. 1 x -1
lim
x--.O
(~±-
x
1
-)
x(x - 1)
- - - - - - - - - - - - - - - u(x)
Teorema do confronto
~ f(x) Considere uma função f (x) que esteja cercada entre duas funções l(x) e u(x) num intervalo
- - - - - - - - - - - l(x) /. Em outras palavras,
~----t-------x
e
l(x) ::: / (x) ::: u(x) para todo x E /
FIGURA 1 f (x) está cercada por l(x) e Nesse caso, o gráfico de f (x) fica entre os gráficos de l(x) e u(x) (Figura 1), sendo l(x) a
u(x) (mas não apertada em x = c). função inferior e u(x) a superior.
CAPITULO 2 limites 79
y O teorema do confronto é aplicável quando f (x) não só está cercada como também
apertada num ponto x = e por l(x) e u(x) (Figura 2). Por isso queremos dizer que, para
u(x) todo x =1- e em algum intervalo aberto contendo e, temos
L
l(x)::: f(x)::: u(x) e lim l(x)
x~c
= x~c
lim u(x) = L
l(x)
Não exigimos que f (x) esteja definida em x = e, mas fica graficamente evidente que f (x)
deve tender ao limite L (Figura 2). No teorema seguinte isso está enunciado formalmente.
e
Uma prova desse teorema está dada no Apêndice D.
FIGURA 2 f (x) está sendo apertada por
l(x) e u(x) em x = e.
TEOREMA 1 Teorema do confronto Suponha que, para x =1- e (em algum intervalo aber-
to contendo e),
. 1
• EXEMPLO 1 Mostre que hm x sen -
x~O X
= O.
y
Solução Embora f (x) = x sen -1 seja um produto de duas funções, não podemos usar a
X
1
lei do produto porque não existe lim sen - . Em vez disso, aplicamos o teorema do con-
x~o X
fronto. A função seno toma valores entre 1 e -1 e portanto Isen l l ::: 1 para todo x =1- O.
Multiplicando por lxl, obtemos lx sen l l ::: lx Ie concluímos que (ver Figura 3)
1
- lxl ::: x sen - ::: lxl
X
-0,4 y=-lxl
Como
FIGURA 3 lim lxl =Ü e lim(-lx l) = - lim lx l = O
x~o x~o x~o
1
podemos aplicar o teorema do confronto para concluir que lim x sen - = O. •
x~O X
O próximo teorema enuncia dois limites importantes que serão utilizados para desen-
volver o cálculo de funções trigonométricas na Seção 3.6.
--=-i-==:----+ - - - t - - - --->t.:-----""'+--=::::-0
sen e
y=-e-
Y = cos 0
FIGURA 4 O gráfico que ilustra as
desigualdades do Teorema 3.
TEOREMA 3
sen0 1r 1r
cos0<--<1 Para - - < 0 < - 0 ...J. O
2 2' -r [IJ
- 0 -
Demonstração Suponha primeiro que O < 0 < { Nossa prova depende da relação seguin-
te entre as áreas na Figura 5:
y y y
e
Ax
__}· A
, 1
Área do triângulo = ½sen 0 Area do setor =
20 Área do triângulo = ½tg 0
FIGURA 5
Calculemos essas três áreas. Inicialmente, vemos que !:10AB tem base 1 e altura sen 0,
... LEMBRETE Vejamos por que o portanto sua área é½ sen 0. Em seguida, lembre que um setor de ângulo 0 tem área½ 0. Fi-
setor de ângulo 0 de um círculo de nalmente, para calcular a área do !:10AC, observe que
raio r tem área ½r 2 0. Como o círculo
todo é um setor de ângulo 2n, o setor
de ângulo 0 representa uma fração tg 0 = lado oposto = AC = AC = AC
lir
de do círculo todo. O círculo tem lado adjacente OA 1
área nr2, portanto o setor tem área
(ilr)rrr2 = ½r2 0. No círculo unitário Assim, !:10AC tem base 1 e altura tg 0 e sua área é½ tg 0. Desse modo mostramos que
(r = 1), o setor tem área½ 0.
1 1 sen 0
- sen0 < <
2 - 2 cos 0
'-...-' '-v--'
Área do Ll OAB Área do setor Área do Ll O AC
sen 0
- - <l
0 -
CAPITULO 2 limites 81
Agora multiplicamos a segunda desigualdade em (3) por (2 cos 0)/0 para obter
sen 0
cose< - -
- 0
A combinação de (4) e (5) nos dá (1) quando O < 0 < j. Contudo, as funções em (1) não
sen 0
mudam quando 0 for trocado por -0 porque ambas cos 0 e - - são funções pares. De
0
fato, cos( -0) = cos 0 e
sen(- 0) - sen 0 sen 0
-0 -0 0
Portanto, (1) vale automaticamente também para - ; < 0 < O. Isso completa a prova do
Teorema 3. •
Além disso,
lim cos 0 = cos O = 1 e lim 1 = 1
0-->O 0-->O
sen 0
Portanto, o teorema do confronto nos dá lim - - = 1, como afirmamos. Para uma
l 0 0-->0 0
.
prova de l1m - cos = O, ver Exerc1c10s
, . 42 e 5 1. •
0-->O 0
sen4h
• EXEMPLO 2 Cálculo de limite por mudança de variáveis Investigue lim - - numerica-
h->O h
mente e então calcule exatamente.
sen4h Solução A tabela de valores à esquerda sugere que o limite seja igual a 4. Para calcular
h o limite exatamente, reescrevemos o limite de (sen 0)/0 para poder aplicar o Teorema 2.
h
Assim, tomamos 0 = 4h e escrevemos
±14 -0,75680
±0,5 1,81859 sen4h = 4 (sen4h) = 4 sen 0
±0,2 3,58678 h 4h 0
±0,1 3,89 418
±0,05 3,97 339 A nova variável 0 tende a zero quando h -+ Opois 0 é um múltiplo de h. Portanto, pode-
±0,01 3,99 893 mos trocar o limite quando h -+ Opara um limite quando 0 -+ Oe obter
±0,005 3,999 73
. sen 4h . sen 0 ( . sen 0 )
hm - -
h->O h
= 0-->O
hm 4 - - = 4 hm - - = 4(1) = 4
0 0-->O 0
•
2.6 RESUMO
• Dizemos que f (x) está sendo apertada em x = e se existirem funções l(x) e u(x) tais que
l (x) :::: f (x) :::: u (x) para todo x =/=- e num intervalo aberto / contendo e e
lim l(x)
X->C
= X->C
lim u(x) = L
sen 0 1 - cos 0 O
lim - -
0~0 0
= 1, lim - - - - =
0~0 0
2.6 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
. . sen 5h , b 'd,.
1. Suponha que - x 4 f (x) .::: x 2. Quanto vale lim f (x)? Há in-
.::: 4• Se qmsermos ca1cu1ar hm - -, e uma oa 1 eia reescrever
x~o h~o 3h
formação suficiente para calcular lim f (x )? Explique. esse limite em termos da variável (escolha uma):
x~½
(a) 0 = 5h (b) 0 = 3h (e) 0 = 5h
2. Enuncie cuidadosamente o teorema do confronto. 3
Exercícios
1. Na Figura 6, as funções l(x) e u(x) estão apertando/ (x) emx = 3? 4. Decida se a desigualdade fornece informação suficiente para de-
Eemx = 2? terminar limx~ 1 / (x) e, caso afirmativo, encontre o limite.
(a) 4x - 5 .::: f (x) .::: x 2
y
u(x) (b) 2x - I .::: f(x) .::: x 2
f(x) (e) 2x + 1 .::: f(x) .::: x 2 + 2
~ ::::-- - l(x)
Nos Exercícios 5-8 use o teorema do confronto para calcular o limite.
. 1 . 2 1
5. hm xcos- 6. hm x sen -
2 3 4 x~o X x~o X
FIGURA 6 . n
7. lim cos ( ~) senx 8. hm (x - 1) sen - -
x~0 X x~I X -1
2. Quanto vale lim f(x) sef (x) satisfizer cosx.::: f(x).::: 1para x
x~o Nos Exercícios 9-16 calcule o limite usando o Teorema 2 quando
em (-1, 1)? necessário.
3. Suponha que os gráficos de/(x), u(x) e l(x) estejam relacionados senx cosx vt+2sen t
9. lim 10. lim
como na Figura 7 e que lim u(x) = lim l(x) = 6. Qual infor- x~o X t~0 t
x~7 x~7
mação sobre/ (x) é fornecida pelo teorema do confronto? Obser- . sen 2 t . tgx
ve que a desigualdade f (x) .::: u(x) não está satisfeita para todo 11. hm-- 12. hm-
r~o t x~o X
x. Isso afeta a validade da conclusão obtida?
x2 1 - cost
13. lim - 2- 14. lim
x~ o sen x H°!
sen t cos t - cos2 t
15. lim - - 16. lim
Hf t r~o t
6 sen IOx
17. Seja L = x~0
lim - -.
X
sen 0
(a) Tomando 0 = 1Ox, mostre que L = lim 10- -.
0~0 0
(b) Calcule L.
7
2 2
FIGURA 7 18. Calcule lim sen h. Sugestão: sen h = (~) ( senh2h) ( ~ ) -
h~ o sen 5h sen 5h 5 2 sen 5h
CAPITULO 2 limites 83
l - cos3h 1 - cos40
Nos Exercícios 19-40 calcule o limite. 39. lim 40. lim
h-+ f h 0-+0 sen30
r sen6h
19. 1m - - 20.
r1m -
6senh
- senx . senx
h-+0 h h-+0 6h 41. Calcule (a) lim - - e (b) hm - - .
x -+0+ lx l x-+0- lx l
21.
r1m sen6h
--
senh
22. lim--
h-+0 6h h-+0 6h 42. Prove o resultado seguinte, enunciado no Teorema 2:
sen7x
24. lim __ x_ 1 -cos e
23. li m - -
x-+0 3x x -+¾ sen llx
lim
0-+0 0
=0 w
tg4x X
25. lim-- 26. lim
x -+0 9x x-+0 cossec 25x 1- cos0 1 - cos2 0
Sugestão: =
tg4t sen2h sen3h 0 1 + cose 0
27. lim-- 28. lim
t-+0 t sec t h-+0 h2
43. Mostre que -ltgx l :S tgx cos { :S ltgx l. Em seguida, calcule
sen(z/ 3) sen(-30) lim tg x cos { usando o teorema do confronto.
29. lim 30. lim x-+0
z-+0 senz 0-+0 sen(40)
tg4x cossec St 44. Calcule lim tgx cos(sen {) usando o teorema do confronto.
31. lim - - 32. lim x -+0
x -+0 tg9x t-+0 cossec4t
33. lim
sen5x sen2x
34. lim
sen3x sen2x 45. ~ Faça um esboço dos gráficos de u(x) = 1 + lx - Í I e
x -+0 sen 3x sen Sx x -+0 x sen5x l(x) = sen x num mesmo sistema de eixos. O que podemos dizer
1 - cos 2h sen(2h)(I - cos h) sobre lim f(x) sef(x) for apertado por l(x) e u(x) em x = Í?
35. lim 36. lim x -+f
h-+0 h h-+0 h
1 - cost cos 20 - cos 0 46. Use o teorema do confronto para provar que se lim lf (x)I = O,
37. lim 38. lim então lim f (x) = O. x -+c
t-+0 sent 0-+0 0 x -+c
senx - sen c
52. (a) Investigue lim - - - - numericamente para os cinco
X-+C X - C
va1ores e = O, tí
TCTCTCTC
, 4 , 3 , 2. FIGURA 8 Polígono regular de n lados inscrito no círculo unitário.
84 CÁLCULO
Altitude (pés) y
20.000
M
10.000
4
3
2 ----o
-
--+----0----+----+-X
-1 2 3
to 20
Tempo (min)
(A) Altitude do avião A(t) (B) Gráfico de f(x) = [x]
FIGURA 1
Contrastando com esse comportamento, uma função descontínua pode pular valores.
A função maior inteirof(x) = [x] satisfaz [1] = 1 e [2] = 2 [Figura l(B)] mas não atinge
o valor 1,5 (ou qualquer outro valor entre 1 e 2).
Um zero ou raíz de uma função O TVI pode ser usado para mostrar a existência de zeros de funções. Se f (x) for con-
é um valor e tal quef(c) = O. As tínua e atingir valores tanto positivos quanto negativos, digamosf (a)< Oef(b) > O, então
vezes, reservamos a palavra "raíz"
específicamente para designar um zero o TVI garante quef(c) = Opara algum e entre a e b.
de um polinômio.
COROLÁRIO 2 Existência de zeros Sef (x) for contínua em [a, b] e sef(a) ef(b) forem
não nulos e tiverem sinais opostos, entãof(x) tem um zero em (a, b).
CAPITULO 2 limites 85
y Usando o método da bisseção podemos localizar os zeros de uma função com grau
arbitrário de precisão, conforme ilustra o exemplo seguinte.
f(x) > O
X
zero de f(x) • EXEMPLO 2 Ométodo da bisseção Mostre que f (x) = cos2 x - 2 sen
4 tem um zero
o 1---+-+>.l-+-- - - - - + - - - x em (O, 2). Então determine o zero com maior precisão usando o método de bisseção.
1 3 2
2 4
Solução Usando uma calculadora, observamos quef(O) ef(2) têm sinais opostos:
FIGURA 3 O gráfico de O Corolário 2 garante quef (x) = Otem uma solução em (O, 2) (Figura 3).
f(x) = cos2 x - 2sen i Podemos determinar um zero mais precisamente dividindo [O, 2] em dois inter-
valos [O, 1] e [1, 2]. Um desses deve conter um zero def (x). Para verificar qual, cal-
culamos! (x) no ponto médio m = 1. Uma calculadora dáf (1) ~ -0,203 < Oe, como
Os sistemas algébricos computacionais f (0) = 1, vemos que
têm comandos próprios para encontrar
raízes de uma função ou para resolver f (x) toma sinais opostos nos extremos de [O, 1]
uma equação numericamente. Esses
sistemas utilizam uma variedade
de métodos, incluindo versões mais
Desse modo, (O, 1) deve conter um zero. Descartamos [1, 2] porque ambosf(l) ef(2) são
sofisticadas do método da bisseção. negativos. O método da bisseção consiste em continuar esse processo até que cerquemos
Observe que para utilizar o método a posição do zero com o desejado grau de precisão. Na tabela seguinte, o processo foi
da bisseção precisamos primeiro executado três vezes:
encontrar um intervalo que contenha
alguma raiz.
Ponto
médio do Valores
Intervalo intervalo funcionais Conclusão
[O, l] 1
2 f (½) ~ 0,521 O zero está em ( ½, 1)
f (l) ~ -0,203
[½, 1] 3
4 J(¾) ~ 0,163 O zero está em (¾' 1)
f(l) ~ -0,203
(¾, 1] 7
8 1G) ~ -0,0231 O zero está em (¾' i)
J(¾) ~ 0,163
Concluímos quef(x) tem um zero c satisfazendo 0,75 < c < 0,875. O método da bisseção
pode ser continuado para determinar a raiz com qualquer grau de precisão. •
ENTENDIMENTO C0NCEITUAL O TVI parece afirmar o óbvio, ou seja, que uma função con-
tínua não pode pular valores. No entanto, sua prova (dada no Apêndice B) é bastante
delicada porque depende da propriedade de completude dos números reais. Para elu-
cidar a sutileza, observe que o TVI é falso para funções definidas apenas nos núme-
ros racionais. Por exemplo, f(x) = x 2 não tem a propriedade do valor intermediário
se restringirmos seu domínio aos números racionais. De fato, f (0) = O e f (2) = 4
masf (c) = 2 não tem solução para c racional. Por ser irracional, a solução c = ./2
está "faltando" no conjunto dos números racionais. Desde o início do Cálculo, o TVI
certamente foi considerado como sendo evidente. Contudo, não foi possível dar uma
demonstração genuinamente rigorosa até que, na segunda metade do século XIX, foi
esclarecida a propriedade de completude.
86 CÁLCULO
2.7 RESUMO
• O TVI afirma que uma função contínua não pula valores. Mais precisamente, sef(x) for
contínua em [a, b] com f(a) =1- f(b), e se M for um número entref (a) ef (b), entãof
(e)= Mpara algum e E (a, b).
• Existência de zeros: sef(x) for contínua em [a, b] e sef(a) ef(b) tiverem sinais opostos
(um é positivo e o outro é negativo), entãof(c) = Opara algum e E (a, b).
• Método da bisseção: suponha quef (x) seja contínua. Suponha quef (a) ef (b) tenham
sinais opostos, de modo queftenha um zero em (a, b). Entãoftem um zero em [a, m]
ou [m, b], onde m =(a+ b)/2 é o ponto médio de [a, b]. Para determinar qual, calcule
f (m). Existe um zero em (a, m) sef (a) ef (m) tiverem sinais opostos e em (m, b) se
f (m) ef(b) tiverem sinais opostos. Continuando o processo, podemos determinar um
zero com grau de precisão arbitrário.
2.7 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Explique por que f (x) = x 2 atinge o valor 0,5 no intervalo [O, 1]. 3. Qual é a interpretação gráfica do TVI?
2. A temperatura em Vancouver, no Canadá, era de 46ºF às 6 ho- 4. Mostre que a afirmação seguinte é falsa esboçando um gráfico
ras da manhã e subiu até os 68ºF ao meio dia. O que precisa ser que forneça um contra-exemplo: se f (x) for contínua e se tiver
sabido sobre a temperatura pra poder conclui que a temperatura uma raiz em [a, b], então f (a) e f (b) têm sinais opostos.
era de 60ºF em algum instante de tempo entre as 6 horas da
manhã e o meio dia?
Exercícios
1. Use o TVI para mostrar que f (x) = x 3 + x atinge o valor 9 para 11. Para cada inteiro positivo k, existe x tal que cos x = xk.
algumxem [1, 2].
12. 2x = bx tem alguma solução se b > 2.
2. Mostre que g(t) = -t- atmge
.
o valor 0,499 para algum tem
t +1 13. 2x = b tem alguma solução para todo b > O(trate b ~ l primeiro).
[O, 1].
14. tg x = x tem uma infinidade de soluções.
3. Mostre que g(t) = t 2 tg t atinge o valor½ para algum tem [O, ¾).
x2 15. Execute o método da bisseção para f (x) = 2x - x 3 como segue:
4. Mostre que f (x) = - 7- - atinge o valor 0,4.
X +1 (a) Mostre quef(x) tem um zero em [1; 1,5].
5. Mostre que cos x = x tem alguma solução no intervalo [O, 1]. (b) Mostre quef(x) tem um zero em [l,25; 1,5].
Sugestão mostre quef(x) = x - cos x tem algum zero em [O, l]. (e) Determine se [1,25; 1,375] ou [1 ,375; 1,5] contém um zero.
6. Use o TVI para encontrar um intervalo de comprimento½ que 16. A Figura 4 mostra que f (x) = x 3 - 8x - 1 tem uma raiz no in-
contenha alguma raiz de f(x) = x 3 + 2x + 1. tervalo [2,75; 3]. Aplique o método da bisseção duas vezes para
Nos Exercícios 7-14, use o TVI para provar cada uma das afirmações
1t
obter um intervalo de comprimento que contenha essa raiz.
seguintes.
y
7. .Jc + Jc+T = 2 para algum número c.
8. Para cada inteiro n, sen nx = cos x vale para algum x E [O, 7r].
17. Encontre um intervalo de comprimento¼ em [O, 1] que contenha 20. Descontinuidade de salto em x = 2 que, mesmo assim, satisfaça
uma raiz de x 5 - Sx + 1 = O. a conclusão do TVI em [O, 4].
18. Mostre que tg3 0 - 8 tg2 0 + 17 tg 0 - 8 = Otem alguma raiz 21. Limites laterais infinitos em x = 2 que não satisfaça a conclusão
em [O,S; 0,6]. Aplique o método da bisseção duas vezes para encon- do TVI.
trar um intervalo de comprimento 0,025 que contenha essa raiz.
22. Limites laterais infinitos em x = 2 que, mesmo assim, satisfaça a
Nos Exercícios 19-22, esboce o gráfico de umafunçãof(x) em [O, 4] conclusão do TVI.
com a propriedade dada.
23. ~ O Corolário 2 não é à prova de descuido. Considere
19. Descontinuidade de salto em x = 2 que não satisfaça a conclusão f (x) = x 2 - 1 e explique por que o corolário deixa de detectar
do TVI. as raízes x = ±1 se [a, b] contiver [-1 , l].
naquele instante. Sugestão: seja 0 uma coordenada angular em 27. ~ A Figura 6(B) mostra uma fatia de presunto numa fa-
torno do círculo e sejaf (0) a diferença de temperatura nas locali- tia de pão. Mostre que é possível cortar esse sanduíche aberto
dades correspondentes a 0 e 0 + n:. com um corte reto de tal modo que cada parte tenha as mesmas
quantidades de presunto e pão. Sugestão: pelo Exercício 26,
25. ~ Suponha que f (x) seja contínua e que O :S f (x) :S 1 para cada O:S 0 :S n:, existe uma reta de inclinação 0 (que vamos
para O:S x :S 1 (ver Figura S). Mostre quef(c) = c para algum supor ser única) que divide o presunto em duas partes iguais.
cem [O, l]. Para 0 =j: O ou n:, seja B(0) a quantidade de pão à esquerda de
L(0) menos a quantidade à direita. Observe que L(n:) = L(0) pois
y 0 = O e 0 = n: dão a mesma reta, mas B(n:) = -B(0) pois a
y=x
esquerda e a direita são trocadas quando o ângulo vai de Oa n:.
'' Suponha que B(0) seja contínua e aplique o TVI. (Esse argu-
:y = f(x) mento pode ser estendido para o verdadeiro "Teorema do San-
duíche de Presunto" que afirma que, admitindo cortes em linha
reta com uma inclinação vertical, é possível cortar um sanduíche
autêntico, consistindo numa fatia de presunto e em duas fatias
de pão, de tal modo que as três camadas sejam simultaneamente
e cortadas em partes iguais.)
FIGURA 5 Uma função que satisfaz O:S f (x) :S I para O:S x :S 1.
Se insistirmos, no entanto, que a amplitude seja menor do que 0,004, podemos ampliar o
gráfico e conferir na Figura l(C) que
senx
-X- - }
1
< 0,004 se O< lxl < 0,15
1
Visão ampliada do
gráfico perto de x = O
y
y
:------- 1
A amplitude
y ''
''' lf(x)- 11
' ----1é menor do
que0,004
(A)
-
O intervalo
(B)
lxl < 1
---+------'---+--- x
-0,15
O intervalo
o
(C)
0,15
senx
-X- - }
1
< E se O< lxl < Ó
1
O número ó nos diz quão próximo é suficientemente próximo para um dado E. Com essa
motivação, estamos prontos para enunciar a definição formal do limite.
CAPITULO 2 limites 89
Solução
(a) Quebramos a prova em dois passos.
E 0,001
8=-
8
= -8- = 0,000125 •
Muitas vezes, a dificuldade de aplicar a definição de limite reside na tentativa de re-
lacionar lf (x) - LI com lx - cl- Os dois exemplos seguintes ilustram como isso pode ser
feito em casos especiais.
Como vamos exigir que lx - 21 seja pequeno, podemos passar a supor, desde o come-
ço, que Ix - 21 < 1, o que significa que 1 < x < 3. Nesse caso, 1x + 21 é menor do que
5 e a amplitude satisfaz
lx 2 - 41 = lx + 21 lx - 21 < 5 lx - 21 se lx - 21 < 1
Valores funcionais
ª menos de E de 4
I +:
4
+---_
--_
--_--_--_--_--_--_-_
--_--_--_--_---
-------------------------
4- E
1
• EXEMPLO 3 Use a definição de limite para provar que lim -
x~3 X
= -.31
CAPITULO 2 limites 91
Solução
Passo 1. Relacionar a amplitude com lx -4
A amplitude é igual a
3
1 -11 = 1 ~ X 1= IX - 31 13~ 1
±
Como vamos querer que lx - 31 seja pequeno, podemos passar a supor, desde o come-
ço, que lx - 31 < 1, ou seja, que 2 < x < 4. Agora observe que se x > 2, então 3x > 6 e
._. LEMBRETE Se a> b > O, então¾ < t· 3~ < ¼, de modo que a desigualdade seguinte é válida se lx - 31< 1:
I 1 1
Assim, se 3x > 6, então x < .
3 6 k(x) -li= 13 ~ x 1 =ILI lx - 31 < i lx - 31
Passo 2. Escolher 8 (em termos de e).
Por (3), se lx - 31 < 1 e lx - 31 < 6E, então
-1 - -1 1 < -1 lx - 31 1
< -(6E) =E
1X 3 6 6
Portanto, dado E> O, tomamos 8 como o menor dos dois números 6E e 1. Então
y y
I
E --- - ---------- ----
largura no
mínimo b-a
a + - - - - ---,1
FIGURA 4
92 CÁLCULO
lim f (x)
X---->C
=L e lim g(x)
X---->C
=M
Devemos mostrar que lim (f (x) + g (x))
X---->C
= L + M.
Pela desigualdade triangular [Equação(!) da Seção 1.1], temos la+ bl :S lal + lhl
para quaisquer a e b. Tomando a= f (x) - L e b = g(x) - M, obtemos
Pela definição de limite, podemos tornar cada parcela à direita de (4) tão pequena quanto
quisermos tomando lx - cl suficientemente pequeno. Mais precisamente, dado E > O,
podemos escolher ô tal quelf(x) - LI < !elg(x) - MI < ; se O< lx - cl < 8 (a prin-
cípio, talvez devamos escolher 8 diferentes paraf e g, mas então podemos usar o menor
dos dois 8). Assim, (4) garante
E E
lf(x) + g(x) - (L + M)I < + =E se O< lx -cl < 8
2 2
Isso prova que
lim(f(x) + g(x))
X---->C
= L + M = lim f(x) + X---->C
lim g(x)
X---->C •
2.8 RESUMO
• Falando informalmente, afirmar que lim f (x) = L significa que a amplitude lf (x) - LI
X---->C
tende a Oquando x tende a e. Para tornar isso preciso, introduzimos a definição formal
(denominada definição E-ô): lim f(x) = L se, para cadaE > O, existirum 8 > Otal que
x---->c
2.8 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Sabendo que lim cos x = 1, qual das afirmações seguintes é 2. Suponha que, para Ee 8 dados, seja sabido que If (x) - 21 < Ese
x ---->0
O < lx - 31 < o. Qual das afirmações seguintes deve também
verdadeira?
ser verdadeira?
(a) Se lcos x - 11é muito pequeno, então x está próximo de O.
(a) lf(x)-21 < ESeO < lx -31 < 2o
(b) Existe algum E > Otalquelxl < 10-5 se0 < lcosx - li < E.
(b) lf(x) -21 < 2E se0 < lx -31 < o
(e) Existe algum o> Otalquelcosx - li < 10-5 se0 < lxl < o. E O
(e) lf(x)-21 < se0 < lx-31<
(d) Existe algum o > Otal que lcos x 1< 10- 5 se O < lx - 11 < o. 2 2
o
(d) lf (x) - 21 < Ese O < lx - 31 <
2
CAPITULO 2 limites 93
Exercícios
1. Considere lim f (x), ondef(x) = 8x + 3. (b) Seja 8 o menor dentre I e 2E. Prove a afirmação seguinte:
x---->4
(a) Mostre que lf(x) - 351 = 81x - 41.
se O< lx - 21 < 8
(b) Mostre que para qualquer E > O, vale lf (x) - 351 < E se
f
lx - 41 < 8, onde 8 = Explique como isso prova rigorosa-
(e) Encontre algum 8 > Otal que 1½- ½1 < 0,01 se lx - 21 < 8.
mente que lim f (x) = 35.
x---->4 . . 1 1
(d) Prove ngorosamente que hm - = - .
2. Considere lim f(x ), ondef(x) = 4x - 1. x---->2 X 2
x ---->2
16. Adapte o argumento no Exemplo 3 para provar rigorosamente 25. Use a identidade
f,
que lim x- 1 = para qualquer e.
X-+C
senx + seny = 2sen ( -x +- y ) cos ( -x - -y )
Nos Exercícios 17-22, use a definição formal de limite para provar 2 2
rigorosamente a afirmação.
para verificar a relação
17. lim .fi = 2 18. lim (3x 2 + x) = 4
X-+4 x -+ I
1 sen(a + h) - sena= h
sen(h/2)
h/
(
cos a +
h)
19. lim x3 = 1 20. lim x- 2 = - 2 2
x-+ I x-+2 4
. 1
2 4 6 8 10 12 14 37. lim tgx 38. hm cos -
x-+f t-+0 t
FIGURA 1 O gráfico de P(n).
. 1 sen 7x
39. hm ,Jt cos - 40. lim - -
t-+0+ t x-+0 sen3x
Nos Exercícios 5-8, dê uma estimativa do limite numericamente com
duas casas decimais ou decida que o limite não existe. 41. lim
cosx - 1
42. lim
tg e - sen e
x-+0 sen x 0-+0 sen 3 0
1 - cos 3 (x)
5. lim 6. lim x 1/(x-l ) 43. Encontre os limites laterais da função f (x) na Figura 2 em x = O, 2
X-+0 x2 X-+ )
e 4. Decida sef(x) é contínua pela direita ou esquerda (ou ambos)
XX - 4 3x - 9 nesses pontos.
7. lim - - 8. lim - - -
x-+2x2 - 4 x-+2 5x - 25
5 - x2
9. lim(3+x 112) 10. lim - -
X-+4 x-+I 4x + 7
4 3x 2 +4x + 1
11. lim - 12. lim
X-+ - 2 x 3 X-+ - ) x+ I
x3 - x x 3 - 2x FIGURA 2
13. lim - - 14. lim - - -
x-+I X - l X-+ 1 x - 1
44. Esboce o gráfico de uma funçãof(x) tal que
,Ji-3 t-6
15. lim - - 16. lim-- lim f(x) = 1, lim f(x) =3
t-+9 t - 9 t-+9 ,Jt - 3 x-+2- x-+2+
,Jx+T - 2 1- N+l e tal que lim f(x) exista mas não seja igual af(4).
17. lim 18. lim x-+4
x-+3 x-3 s-+0 s2
45. Esboce o gráfico de uma função g(x) tal que
2(a + h) 2 - 2a 2
19. lim 20. lim lim g(x) = oo, lim g(x) = -oo, lim g(x) = oo
h-+0 h 1-+-I+ X+ 1 x-+-3- x-+-3+ x-+4
. 1 x3 - b3
21. hm - - 22. lim - - - 46. Encontre os pontos de descontinuidade de g(x) e determine o tipo
t-+3 t 2 - 9 x-+b x-b da descontinuidade, sendo
a 2 - 3ab +2b2
cos (:n:x)
l
23. lim para lxl < 1
a-+b a - b
g(x) = 2
x 3 - ax 2 + ax - l lx - l i para lxl ~ 1
24. lim
x-+ I x-1
47. Encontre uma constante b tal que h(x) seja contínua em x = 2,
1 sendo
25. lim (__!_ - )
x-+0 3x x(x + 3)
(a) lim (f (x) - 2g(x)) (b) lim x 2 f (x) as raízes podem ser etiquetadas de tal modo que lim r 1 = 10 e
x---.3 . a---+0
x---+3 11m r2 = oo.
a---+O
(e) lim f (x) (d) lim (2g(x) 3 - g(x) 2 )
x---.3 g(x) + x x---+3
Raiz tendendo a oo
49. Sejamf(x) e g(x) funções tais que g(x) f- Opara x f- a e sejam y quando a ~o
52. Use o Teorema do Confronto para provar que é contínua em x = 58. Prove rigorosamente que lim (x 2 - x) = 6.
Oa função x cos ½para x i- Oef (0) = O. x ---.3
61. Use o método da bisseção para determinar com duas casas deci-
~X -1 < [~] :'.::
X
~X mais uma raiz de x 2 - 7 = O.
Em seguida use o Teorema do Confronto para provar que 62. ~ Dê um exemplo de uma função (descontínua) que não
satisfaça a conclusão do TVI em [-1 , 1]. Em seguida mostre que
lim
x---+0
X[~]= X
1
a função
sen ~ se x i- O
54. Sejam r1 e r2 as raízes do polinômio quadrático f(x) = ax 2 - f(x) = X
2x + 20. Observe que f (x) "se aproxima da" função linear
L(x) = -2x + 20 quando a-+ O. Como r = 10 é a única solu-
1O sex =O
ção de L(x) = O, poderíamos esperar que pelo menos uma das satisfaz a conclusão do TVI em cada intervalo [-a, a], emboraf
raízes def (x) tenda a 10 quando a-+ O(Figura 3). Prove que seja descontínua em x = O.
3 I DERIVADA
A expressão "Cálculo Diferencial" foi introduzida em sua ver-
são em latim "calculus differentialis" por Gottfried Wilhelm
Leibniz. Newton se referia ao Cálculo como o "método dos flu-
xônios" (do latim, significando "fluir"), mas esse nome nunca
foi adotado universalmente.
O Cálculo Diferencial é o estudo da derivada e suas muitas
aplicações. O que é a derivada de uma função? Essa pergunta
tem três respostas igualmente importantes: uma derivada é uma
taxa de variação, é a inclinação de uma reta tangente e, mais for-
malmente, é o limite de uma razão incremental, como veremos
logo. Neste capítulo, exploramos essas três facetas da derivada
e desenvolvemos as regras básicas de derivação, ou seja, técni-
cas para calcular derivadas. Quando você tiver dominado essas
técnicas, estará de posse de uma das ferramentas mais úteis e
maleáveis que a Matemática pode oferecer.
b.f f( x ) - f(a)
Inclinação da reta secante por P e Q
b.x x-a
onde colocamos
Não é fácil descrever precisamente em Agora observe o que acontece quando Q tende a P ou, equivalentemente, quando x
palavras a noção de reta tangente. Até tende a a. A Figura 2 sugere que as retas secantes tendem a ficar cada vez mais próximas
o Dicionário Oxford da Língua Inglesa
não é nada claro quando define uma da reta tangente. Se imaginarmos que Q está se movendo em direção a P, então parece
tangente como "uma reta que toca que as retas secantes giram para a reta tangente como em (D). Portanto, podemos esperar
uma curva, ou seja, encontra a curva que as inclinações das retas secantes tendam à inclinação da reta tangente. Usando essa
num ponto mas em sendo produzida
(em geral) não a intersecta naquele
intuição, definimos a derivada f' (a) (que se lê ''.{linha de a") como o limite
ponto". Talvez não seja surpreendente
que os matemáticos tenham sentido J'(a) = lim f(x) - f(a)
a necessidade de utilizar limites para x-+a x- a
obter a precisão requerida.
Limite de inclinações de retas secantes
y y y y
h=x-a
-+---+-----+----x Cada uma dessas maneiras é útil. Muitas vezes, a versão usando h é mais conveniente
a x=a+h nos cálculos.
FIGURA 3 A reta secante e a razão
incremental em termos de h.
DEFINIÇÃO Derivada A derivada de uma função f em x = a é o limite (se existir) das
razões incrementais
Quando existir o limite, dizemos que fé derivável em x = a ou, então, que é diferen-
ciável em x =a.Uma definição equivalente da derivada é
Agora podemos usar a derivada para definir a reta tangente de uma maneia precisa e
sem ambigüidade como a reta de inclinação f' (a) por P = (a,f (a)).
DEFINIÇÃO Reta tangente Suponha que f (x) seja derivável em x = a. A reta tangente
... LEMBRETE Na forma ponto- ao gráfico de y = f (x) em P = (a,f (a)) é a reta por P de inclinação f ' (a). Uma equa-
inc/inação, a equação da reta tangente ção da reta tangente é
por P = (a, b) de inclinação m é
y -b = m(x - a)
1 y - f(a) = J'(a)(x - a) 1
• EXEMPLO 1 Encontrando uma equação de uma reta tangente Encontre uma equação da
y
reta tangente ao gráfico de f (x) = x 2 em x = 5.
Solução Precisamos calcular f' (5), para o que podemos usar tanto a Equação ( l) quanto a
(2). Usando a Equação (2), temos
3
= lim !(3) = lim(17 + 4h) = 17
J'(3)
h-->0
f( +h) -
h h--> 0 •
100 CÁLCULO
,
y • EXEMPLO 3 Esboce o grafico de f (x) = -1 e trace a reta tangente em x = 2.
X
/(2 + h) - /(2) = ! . (- h ) =_ 1
h h 2(2+h) 2(2+h)
-1 2 4 , . f(a+h)-f(a) . (m(a+h)+b)-(ma+b)
f (a)= hm - - - - -- = h--+0
hm - - - - - - - - -
FIGURA 6 A derivada def(x) = mx + b h--+O h h
éJ'(a)=m. . mh .
= h--+0
hm - = hmm =m
h h--+0
Se m = O, então f (x) = b é constante e f' (a) = O(Figura 7). Resumindo, temos o resul-
y tado seguinte.
4 f(x) = b
TEOREMA 1 Derivada de funções lineares e constantes
-t----+--+---,1---+--+- X
2 4
• EXEMPLO 4 Encontre a derivada de f (x) = 9x - 5 em x = 2 ex = 5.
FIGURA 7 A derivada de uma função
constante! (x) = b é f' (a) = O. Solução Temos f ' (a) = 9 para cada a. Logo, f ' (2) = f' (5) = 9. •
CAPfTULO 3 Derivada 101
Estimativa da derivada
y
As aproximações da derivada são úteis naquelas situações em que não conseguimos calcular
exatamente f' (a). Como a derivada é o limite das razões incrementais, a razão incremental
deveria dar uma boa aproximação numérica para h suficientemente pequeno:
Graficamente, isso diz que, para h pequeno, a inclinação da reta secante é praticamente
igual à inclinação da reta tangente (Figura 8).
-----,f--------,f---+-----x
a a+h • EXEMPL05 Dêumaestimativadaderivadadef(x)=senxemx = l
FIGURA 8 Quando h é pequeno, a reta Solução A razão incremental é
secante tem quase a mesma inclinação
que a reta tangente.
senrn + h) - sen ~ senrn + h) - 0,5
h h
Calculamos a razão incremental para vários valores de h. A Tabela 1 sugere que o limite tem
uma expansão decimal que começa com 0,866. Em outras palavras, f' (~) ~ 0,866. •
No exemplo precedente, utilizamos uma tabela de valores para sugerir uma estimati-
va para f' (~)- No próximo exemplo, utilizamos um raciocínio gráfico para determinar a
precisão dessa estimativa.
• EXEMPLO 6 ICG~ Determinando graficamente a precisão Seja/ (x) = sen x. Mostre que
a aproximação f' (~) ~ 0,8660 é precisa até a quarta casa decimal estudando a relação
entre as retas secante e tangente.
Solução Na Figura 9 podemos observar que a relação entre a reta secante e a reta tangen-
te depende de h ser positivo ou negativo. A inclinação da reta secante é menor do que a
inclinação da reta tangente quando h > O mas é maior quando h < O. Isso nos diz que as
razões incrementais na segunda coluna da Tabela 1 são menores do que f'(U e os da
quarta coluna são maiores do que f' (~ ). Em particular, a partir da última linha na Tabela
1 podemos concluir que
No Cálculo ocorre freqüentemente essa
técnica de estimar uma quantidade
desconhecida mostrando que está 0,866022 ~ J' ( i) ~ 0,866028
entre dois valores conhecidos.
O valor de f'rn) arredondado até a quinta casa decimal ou é 0,86602 ou 0,86603, de
modo que a estimativa 0,8660 está correta até a quarta casa decimal. Na Seção 3.6 vere-
U
mos que o valor exato é f' (~) = cos( = ,./3/2 ~ 0,8660254. •
102 CÁLCULO
Inclinação da reta= Y2 - YI
x2 -x1
Essa fórmula não pode ser utilizada para encontrar a inclinação da reta tangente, pois
somente dispomos de um ponto da reta tangente, a saber, P = (a,f (a)). Os limites
fornecem uma maneira engenhosa de superar esse obstáculo. Escolhemos um ponto
Q =(a+ h,f(a + h)) do gráfico perto de P e formamos a reta secante. A inclinação
dessa reta secante é somente uma aproximação da inclinação da reta tangente:
No entanto, essa aproximação melhora à medida que h ~ Oe, tomando o limite, trans-
formamos uma aproximação num resultado exato.
3.1 RESUMO
• A razão incremental
f (a+ h) - f (a)
h
é a inclinação da reta secante por P = (a,f (a)) e Q =(a+ h,f (a+ h)) no gráfico de
f(x).
• A derivada f' (a) é definida pelos limites equivalentes seguintes:
• Por definição, a reta tangente em P = (a,f (a)) é a reta por P com inclinação f' (a)
[supondo que exista f' (a)]. Uma equação da reta tangente é
y - f(a) = J'(a)(x - a)
• Para calcular f' (a) usando a definição de limite, é conveniente seguir três passos:
Passo 1. Escrever o numerador da razão incremental.
Passo 2. Dividir por h e simplificar a razão incremental.
Passo 3. Calcular a derivada tomando o limite.
. . f (a+ h) - f (a)
• Para valores pequenos de h, temos a estimativa J' (a) ~ h .
3.1 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Quais das retas na Figura 10 são tangentes à curva? 4. O que representam as quantidades seguintes em termos do gráfi-
co def(x) = sen x?
(b) sen 1,3 - sen 0,9
(a) sen 1,3 - sen 0,9
0,4
(e) f' (1,3)
A f(a + h) - f (a)
5. Para quais valores de a e de h vale que h é igual à
inclinação da reta secante entre os pontos (3,f (3)) e (5,f (5)) no
FIGURA 10
gráfico de/ (x)?
2. Quais são as duas maneiras de escrever a razão incremental?
6. A quantidade
3. Para qual valor de x vale tg(¾ +0,00001)-1
f (x) - f (3) _ f (7) - f (3) ? 0,00001
x - 3 - 4 · é uma boa aproximação de qual derivada?
Exercícios
1. Seja f (x) = 3x 2. Mostre que 3. f(x) = x 2 + 9x, a= O
6. f(x)=9-3x 2, a=0
f (2 + h) - /(2) = 3h + 12
h Nos Exercícios 7-10, utilize a função cujo gráfico está dado na
e calcule f' (2) tomando o limite quando h ~ O. Figura 11.
2. Seja f (x) = 2x 2 - 3x - 5. Mostre que a inclinação da reta se- 7. Calcule a inclinação da reta secante pelos pontos do gráfico em
cante por (2,f (2)) e (2 + h,f (2 + h)) é 2h + 5. Em seguida, use que x = Oex= 2,5.
essa fórmula para calcular a inclinação da:
f (2,5) - /(1)
(a) reta secante por (2,f (2)) e (3,f (3)) 8. Calcule , _ . O que representa essa quantidade?
25 1
(b) reta tangente em x = 2 (tomando um limite) ~ f(2+h)- /(2)
9. ~-- Dê uma estimativa de h para h = 0,5 e
Nos Exercícios 3-6, calcule f' (a) de duas maneiras, usando a Equa-
h = -0,5. Esses números são maiores ou menores do que f' (2)?
ção ( 1) e a Equação (2 ).
Explique.
104 CALCULO
10. Dê uma estimativa de f' (2). Nos Exercícios 23-40, calcule a derivada em x = a usando a definição
via limite e encontre uma equação da reta tangente.
Nos Exercícios 11-14, seja f (x) a função cujo gráfico é dado na 31. f (x) = 9x - 4, a = - 1 32. f (t) = .../t+I, a= O
Figura 12.
1 x+1
33. f (x) = --, a= -2 34. f (x) = --,
x-1
a =3
x+3
2 1
35. f(t) =-
1-t
, a= -1 36. f (t) =-
t+9
, a =2
3
2 37. f (t) = t-3, a=I 38. f (t) = t4, a= 2
1
~+--+--+-+ --+--+--+--+--< X 39. f(x) = ,jx' a=9
1 2 3 4 5 6 7 8 9
FIGURA 12 O gráfico def(x). 40. f(x) = (x 2 + 1)- 1, a= O
11. Determinef'(a)paraa= 1,2,4e7. 41. Obtenha uma equação da reta tangente ao gráfico de y = f (x) em
x = 3, sabendo quef(3) = 5 e ! ' (3) = 2.
12. Dê uma estimativa de f' (6).
42. Suponha que y = 5x + 2 seja uma equação da reta tangente ao
13. Qual quantidade é maior: f' (5,5) ou f' (6,5)? gráfico de y = f (x) em a= 3. Quanto éf (3)? Quanto é f' (3)?
14. Mostre que não existe f' (3). 43. Considere a "curva" y = 2x + 8. Qual é a reta tangente no ponto
(1, 10)? Descreva a reta tangente num ponto arbitrário.
Nos Exercícios 15-18, use a definição via limite para encontrar aderi-
vada da função linear (Observação: a derivada não depende de a.) 44. Suponha quef (x) seja uma função tal que f(2 + h) - f (2)
3h 2 + 5h.
15. f(x) = 3x - 2 16. f(x) = 2
(a) Quanto é f' (2)?
17. g(t) = 9 - t 18. k(z) = 16z + 9
(b) Qual é a inclinação da reta secante por (2,f (2)) e (6,f (6))?
1 1
19. Seja f (x) = -. Decida se f (-2 + h) é igual a - - ou a
J J X -2+h 45. iCG~ Confira que P = ( 1, ½) está nos gráficos de ambas fun-
_ + h. Calcule a razão incremental def (x) em a= -2 com 1
2 ções f (x) = - - e L(x) = ½+ m(x - 1), para qualquer
l+x2
h = 0,5.
inclinação m. Esbocef (x) e L(x) nos mesmos eixos para alguns
20. Seja f(x) = ,/x. Decida se f (5 + h) é igual a .../5 + h ou a valores de m. Experimente até encontrar um valor de m para o
v'5 + .../h. Calcule a razão incremental de f (x) em a = 5 com qual y = L(x) pareça ser tangente ao gráfico de f (x). Dê uma
estimativa para f' (1).
h = l.
46. iCG~ Esbocef(x)=xxpara0 .::: x .::: 1,5.
21. Seja f (x) = ,/x. Mostre que
(a) Existem quantos pontos xo tais que f' (xo) = O?
f (9 + h) - f (9) 1
(b) Dê uma estimativa de xo esboçando várias retas horizontais y = c
h .../9+h +3
junto com o gráfico def (x) até encontrar um valor de c para o qual
Em seguida, use essa fórmula para calcular f' (9) (tomando o a reta seja tangente ao gráfico.
limite).
47. iCG~ Esboce f(x) = x x e a reta y = x + c no mesmo par de
22. Primeiro encontre a inclinação e depois uma equação da reta tan- eixos para alguns valores de c. Experimente até encontrar um
gente ao gráfico de f (x) = ,/x em x = 4. valor de co para o qual a reta seja tangente ao gráfico. Então:
CAPfTULO 3 Derivada 105
(a) Use o gráfico para obter uma estimativa do valor xo tal que 50. Dê uma estimativa de S'(q) quando q = 120 carros por milha
f'(xo) = 1. usando a média entre as razões incrementais para h e -h, como
. f (xo + h) - f (xo) , . no Exercício 48.
(b) Verifique que h está prox1mo de I para h =
0,01; 0,001; 0,0001. 51. ~ A quantidade V= qS é denominada volume de tráfego.
Explique porque V é igual ao número de carros que passam du-
48. Use a tabela seguinte para calcular algumas razões incrementais rante uma hora por um determinado ponto. Use os dados para
de f (x). Em seguida, dê uma estimativa para o valor de f' (1) calcular valores de V como uma função de q e dê uma estimativa
tomando uma média entre as razões incrementais para h e -h. deV'(q) quandoq= 120.
Por exemplo, tome a média dessas razões para h = 0,03 e para
a+b 52. Para o gráfico na Figura 14, determine os intervalos ao longo do
-0,03, etc. Lembre que a média de a e b é - - .
2 eixo x nos quais a derivada é positiva.
--+--+----l---+--+---+-- x
49. ~ A pressão do vapor d'água é definida pela pressão at- 2 3 4 5
mosférica P na qual não ocorre evaporação líquida da água. A FIGURA 14
tabela a seguir e a Figura 13 dão P (em atmosferas) como uma
função da temperatura Tem kelvins.
Nos Exercícios 53-58, cada um dos limites representa uma derivada
(a) Qual é o maior valor: P' (300) ou P' (350)? Responda usando o f' (a). Encontre! (x) e a.
gráfico.
(b) Dê umaestimativadeP'(T) para T= 303, 313,323,333 e 343 (5 +h) 3 - 125 x 3 - 125
53. lim 54. lim
usando a tabela e a média entre as razões incrementais para h->O h x->5 X - 5
h = 10 e -10:
55. lim
sen( i + h) - 0,5
56. lim
x - 1 -4
5 2+h - 25 5h -1
57. lim 58. l i m - -
h->0 h h->O h
T (K) 293 303 313 323 333 343 353
y
5
Nos Exercícios 50-51, a velocidade S (em milhas por hora, que abre-
4
viamos "mi/h ") do tráfego ao longo de uma certa estrada varia como
3
uma função da densidade do tráfego q (número de carros por milha
2
da estrada). Use os dados a seguir para responder as questões:
~ +---+-+--+--+--+--+---+--+- X
ír'm . 4 y
61. ffi SeJaf(x) =- -.
l + 2x
(a) Faça um esboço do gráfico def(x) em [-2, 2). Em seguida, am-
plie o gráfico perto de x = O até que pareça uma reta e dê uma
estimativa para a inclinação f ' (0).
(b) Use sua estimativa para encontrar uma equação aproximada para
=
a reta tangente em x O. Esboce essa reta e o gráfico juntos num -1 2 3
mesmo par de eixos.
FIGURA 17 O gráfico de 2x.
62. !CGII Repita o Exercício 61 com f(x) = (2 + x)x.
63. !CG[I Sejaf (x) = cotg x. Dê uma estimativa de f' (~) grafica- 69. O gráfico na Figura 18 (baseado em dados coletados pelo bió-
mente, ampliando o gráfico def(x) perto de x = l logo Julian Huxley, 1887-1 975) dá o peso médio W das armas
do veado como uma função da idade t. Dê uma estimativa da
64. ~ Para cada gráfico na Figura 16, determine se f ' (I) é inclinação da reta tangente ao gráfico em t = 4. Para quais va-
maior ou menor do que a inclinação da reta secante entre x = l e lores de t é nula a inclinação da reta tangente? Para quais valo-
x = l + h para h > O. Explique. res é negativa?
y Peso das 8
armas 7
(kg) 6 ____ ,.,. / "- 1/
y =f(x) 5
4 /
3 >"'
2 /
1 ..........
,,
~--+---x
ºo 2 4 6 8 10 12 14
(A) (B) Idade (anos)
FIGURA 16 FIGURA 18
65. Aplique o método do Exemplo 6 af (x) = sen x para determinar Nos Exercícios 70-72, i(t) é a intensidade da corrente (em amperes) no
f)
f 1 ( com precisão de quatro casas decimais. instante t (segundos) que percorre o circuito mostrado na Figura 19.
De acordo com a lei de Kirchhoff, vale i(t) = Cv'(t) + R- 1v(t), em
66. ~ Aplique o método do Exemplo 6 af(x) = cos x para deter- que v(t) é a voltagem (em volts) no instante t, C é a capacitância (em
minar f' (~)com precisão de quatro casas decimais. Use um gráfi- farads) e Ré a resistência (em ohms, Q).
co def(x) para explicar como funciona o método nesse caso.
68. ~ O gráfico de f (x) = 2x está dado na Figura 17. 70. Calcule a corrente em t = 3 se v(t) = 0,5t + 4V, C = O,OlF e
R= lOOQ.
(a) Usando o gráfico, explique por que a desigualdade
71. Use a tabela seguinte para dar uma estimativa do valor de
!'(O) ::: f(h); f(O) v1 (10). Para uma estimativa melhor, tome a média das razões
incrementais para h e -h, como descrito no Exercício 48. Em
é válida para h > Oe a desigualdade oposta para h < O. seguida, dê uma estimativa para i(lO), supondo que C = 0,03 e
R = 1.000.
(b) Useaparte(a)paramostrarque0,693 14 ::: f'(O) ::: 0,693 15.
(e) Use o mesmo procedimento para determinar f'(x) com quatro
t 9,8 9,9 10 10, l 10,2
casas decimais para x = l, 2, 3 e 4.
v(t) 256,52 257,32 258,11 258,9 259,69
(d) Agora calcule as razões f' (x)/f' (0) parax = l, 2, 3 e 4. É possível
adivinhar uma fórmula (aproximada) para f' (x) num x qualquer?
CAPfTULO 3 Derivada 107
76. Seja f(x) = x-2. Calcule f ' (l) tomando o limite das RIS (com
a= l) quando h -+ O.
• EXEMPLO 1 Prove que f (x) = x3 - I 2x é derivável. Calcule f' (x) e encontre uma
Muitas vezes, o domínio de f ' (x) fica equação da reta tangente em x = -3.
evidente pelo contexto. Nesse caso, em
1geral deixamos de explicitar o domínio. Solução Como na seção anterior, calculamos f' (x) em três passos.
108 CÁLCULO
. f (x + h) - f (x) . 2 2 2
J'(x) = hm - - - - - = hm(3x + 3xh + h - 12) = 3x - 12
y h~O h h~O
Nesse limite, x é tratado como uma constante pois não varia quando h -+ O. Vemos
que o limite existe para todo x, portanto/ (x) é derivável e f' (x) = 3x2 - 12.
Agora calculamos:
1 1
, . f(x+h)-f(x) . 2
(x+h) - x 2
y = 11m - - - - - - = 11m - - - - -
h~o h h~ O h
x 2 - (x + h) 2
2 2
= lim x 2(x + h)2 . l(x - (x+h)
= h~hm -
)
h~ o h oh x 2 (x + h)2
. l(-h(2x +h)) . 2x+h
= ,!~ h x 2 (x + h) 2 = l~ - x2(x + h)2 (cancelando h)
2x+0 2x 2
+ 0) 2
x 2 (x - x4 - x3
dy = -2x-3 ou d -2 =- 2X -3
-X
dx dx
ou dy 1
dx x=4
Não deveríamos pensar em:~ como o quociente "dy dividido por dx". As expressões
dy e dx são denominadas diferenciais. Elas desempenham um papel importante na Ma-
temática mais avançada, mas aqui elas serão tratadas simplesmente como símbolos sem
significado independente.
Em primeiro lugar, ela nos lembra que a derivada ~f, embora não seja uma razão é, de
fato, um limite das razões D,,f. Em segundo lugar, /notação especifica a variável inde-
!),,x
pendente, o que é útil quando utilizamos variáveis diferentes de x. Por exemplo, se a
variável independente for t, escrevemos
d t
d.
Em terceiro lugar, muitas vezes pensamos
A regra da potência é válida para Demonstração Suponha que n seja um número natural e denotemos f (x) = xn. Então
qualquer expoente. Aqui provamos
o caso de números naturais n (ver xn -an
Exercício 87 para inteiros negativos /'(a)= lim - - -
x-> a x - a
n). O caso geral será discutido no
Capítulo 7, p. 361.
Para simplificar a razão incremental, precisamos saber generalizar as identidades se-
guintes:
x2 - a2 = (x - a)(x +a)
x3 - a 3 = (x - a)(x 2 + xa + a 2 )
x4 - a4 = (x - a)(x 3 + x 2a + xa 2 + a3)
A generalização é
110 CÁLCULO
n parcelas
Portanto,
Isso prova que f'(a) = na11 - 1, que também pode ser escrito como f'(x) = nx 11 - 1. •
d
- X expoente = (expoente) xexpoente-1
dx
A regra da potência vale para qualquer variável, não só x. Aqui temos alguns exemplos:
d 2 d d d 5
-x = 2x, -z3 = 3z2 , -!20 = 20tl9 -r = 5r4
dx dz dt dr
ADVERTtNCIA: A regra da potência Também enfatizamos que a regra da potência vale para todos expoentes, tanto negativos,
somente é aplicável às funções fracionários ou irracionais:
potências y = x". Ela não pode ser
usada com funções exponenciais
como y = 2x. A derivada de y = 2x d
-X
-3/ 5
= - -3X -8/ 5
não é x2x- 1• A derivada de funções dx 5 '
exponenciais será estudada no
Capítulo 7. Em seguida, enunciamos as regras de linearidade das derivadas, que são análogas às
leis de linearidade dos limites.
1 (cf)' = cf' 1
CAPfTULO 3 Derivada 111
Contudo, essa regra é uma conseqüência das regras da soma e do múltiplo constante:
df d
dt = dt (t 3 - 12t + 4)
= -dtd t3 - d d
-(12t) + -4 (regras da soma e da diferença)
dt dt
f(t)
-- _d t 3 - 12-d t (regra do mu'l tlp
. 1o constante)
dt dt
=3t 2 -12 (regra da potência)
dgl =-3+1+~=-~ •
: dt t=l 5 5
A derivada f' (x) nos dá informação importante sobre o gráfico de f (x) . Por exemplo,
o sinal de J' (x) nos diz se a reta tangente tem inclinação positiva ou negativa e o tamanho
de f' (x) revela a magnitude da declividade.
(A) O gráfico de f(x) =x3 - 12x • EXEMPLO 5 Entendimento gráfico Qual é a relação entre o gráfico de f (x) = x3 - 12x
e a derivada J'(x) = 3x 2 - 12?
y
Solução Observamos que a derivada f' (x) = 3x 2 - 12 = 3(x 2 - 4) é negativa em
1
f'(x) > O f'(x)<O f'(x) > O -2 < x < 2 e positiva em lxl > 2 [ver Figura 4(B)]. A tabela seguinte resume essa infor-
mação relativa ao sinal [ver Figura 4(A)]:
J'(x) > Oparax < - 2 ex> 2 A reta tangente tem inclinação positiva em x < - 2 ex > 2
(B) O gráfico da derivada f'(x) = 3x2 - 12
FIGURA 4 Observe também que J' (x) -+ oo quando lxl aumenta. Isso corresponde ao fato de que
as retas tangentes ao gráfico de f (x) ficam cada vez mais íngremes à medida que lxl
cresce. •
y y y
FIGURA 5
Desse modo, o gráfico de f' (x) deve ser negativo em (0, 1) e (4, 7) e positivo em (1, 4) e
(7, oo). Somente (B) tem essas propriedades, portanto (B) é o gráfico de f' (x ). •
FIGURA 6 As retas secantes numa Demonstração Por definição, se f for derivável em x = e, então o limite seguinte existe:
descontinuidade de salto.
J'(c) = lim f(x) - f(c)
X--+C X - C
Nosso objetivo é provar que/ é contínua em x = e, o que significa que lim f (x) = f (e).
Para relacionar os dois limites, considere a equação (válida para x -::f- e) x--+c
Ambos fatores à direita tendem a um limite quando x ~ e, de modo que podemos aplicar
a lei de limites:
= (1im (x -
X--+C
e)) (1im f(x) - f(c))
X--+C X - C
=0 · J'(c) =0
Isso prova que lim f (x) = lim (f (x) - f (e))+ lim f (e) =O+ f (e) = f (e), como
X--+ C X--+C X--+C
queríamos provar.
•
A maioria das funções encontradas neste livro são deriváveis, mas existem exceções,
conforme mostra o exemplo seguinte.
O Teorema 3 afirma que a • EXEMPLO 7 Contínua mas não derivável Mostre que f (x) = lxl é contínua mas não é
diferenciabilidade implica a derivável em x = O.
continuidade. O Exemplo 7 mostra que
a recíproca é falsa. A continuidade
não implica automaticamente a
Solução A função f (x) é contínua em x = Oporque xlim lx 1= O = f (0). Por outro lado,
--+0
diferenciabilidade.
J'(O) = lim /(O+ h) - f(O) = lim 10 + hl - 101 = lim ~
h--+ 0 h h--+ 0 h h--+ 0 h
~=11h
seh > O
-1 seh < 0
114 CÁLCULO
.
hm - = l
lhl e lim !!:! = -1
h --+0+ h h --+0- h
•
ENTENDIMENTO GRÁFICO A diferenciabilidade tem uma interpretação gráfica importante
em termos de linearidade local. Dizemos que f é localmente linear em x = a se o
gráfico deffor cada vez mais parecido com uma reta à medida que o ampliamos na vi-
zinhança do ponto (a,f (a)). Nesse contexto, o adjetivo linear significa "parecido com
uma linha reta" e local indica que só nos interessamos no comportamento do gráfico
perto do ponto (a,f(a)). O gráfico de uma função localmente linear pode perfeitamente
ser muito ondulado ou não-linear, como o da Figura 7, mas assim que ampliamos pe-
daços suficientemente pequenos do gráfico, ele começa a parecer reto.
Tangente
A linearidade local nos dá uma maneira gráfica de entender porque f (x) = lxl
não é derivável em x = O, como provamos no Exemplo 7. A Figura 8 mostra que o
gráfico de f (x) = lxl tem uma esquina em x = O. Além disso, essa esquina não de-
saparece, não importa quanto ampliarmos o gráfico na origem. Como o gráfico não
se endireita com ampliações,! (x) não é localmente linear em x = Oe não podemos
esperar que exista f' (0).
''
/
'
/
/ /
I
I
_ _ _.I _ __.._._-++--+-- X 1
----- -
\ /
----- -
/
não desaparece quando ampliamos o ' /
gráfico na origem.
------..~~~- / ------..~~~- //
Uma outra maneira pela qual uma função contínua pode deixar de ser derivável é se a
reta tangente existe mas é vertical, caso em que a reta tangente tem inclinação infinita.
CAPfTULO 3 Derivada 115
Observe que h-2/ 3 tende ao infinito porque h 213 tende a zero por valores positivos quando
-1 h -+ O. Portanto, não existe f' (O). A reta tangente tem inclinação infinita. •
FIGURA 9 A reta tangente ao gráfico
de f (x) = x 1/ 3 na origem é o eixo Como uma observação final, mencionamos que há maneiras mais complicadas pelas
(vertical) y. quais uma função pode deixar de ser derivável. A Figura 10 mostra o gráfico de f (x) =
l
x sen -. Se definirmos f (O) = O, então fé contínua mas não é derivável em x = Oporque
X
as retas secantes ficam oscilando e nunca se acomodam numa posição limite (ver Exer-
cício 89).
y y
1
(A) O gráfico de f(x) = x sen x (B) As retas secantes não se
acomodam numa posição limite.
FIGURA 10
3.2 RESUMO
• A derivada f' (x) é a função cujo valor em x = a é a derivada f' (a).
• Dispomos de várias notações diferentes para a derivada de y = f (x):
dy df
y', y'(x), J'(x),
dx' dx
_
d X expoente = (expoente) x expoente-1
ou
dx
Regra da Soma: (f + g)' = J' + g', Regra do Múltiplo Constante: (cf)' = cf'
116 CALCULO
3.2 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Qual é a inclinação da reta tangente pelo ponto (2,f (2)) seffor 1
(e) f(x) = ../x (d) f (x) = x - 4/5
uma função tal que f 1 (x) = x 3?
(e) f(x) = senx (t) f(x) = (x + 5)3
2. Calcule (f - g) 1 (1) e (3f + 2g)'(l) supondo que f'(l) = 3 e
g' ( 1) = 5. Podemos calcular (f g)1 ( 1) usando a informação dada 4. Qual identidade algébrica é usada para provar a regra da potência
e as regras apresentadas nesta seção? para expoentes inteiros positivos? Explique como é usada.
3. De qual das funções seguintes podemos calcular a derivada usan- 5. A regra da potência é aplicável a f (x) = ifi? Explique.
do as regras cobertas nesta seção? Explique. 6. Em qual dos dois casos seguintes não existe a derivada?
(a) f (x) = x2 (b) f (x) = 2x (a) Tangente horizontal (b) Tangente vertical
Exercícios
1
Nos Exercícios 1-8, calcule f' (x) usando a definição de limite. 25. g(z) = 7c3 + z2 + 5 26. h(t) = 6../i + ..ji
1. f (x) = 4x - 3 2. f (x) =x 2 +x 21. f (s) = ~+¼ 28. W(y) = 6y4 + 7y2! 3
3. f(x) = l- 2x 2 4. f(x) =x3 29. f (x) = (x + 1)3 (Sugestão: expandir)
X
5. f(x) = x - 1 6. f(x)= -
x- I 30. R(s) = (5s + 1)2
7. f (x) = ../x 8. f(x) = x-1/2 31. P(z) = (3z - 1)(2z + 1) 32. q(t) = ../i(t + 1)
Nos Exercícios 9-16, use a regra da potência para calcular a derivada. Nos Exercícios 33-38, calcule a derivada indicada.
../x + 1
9. -d x 41 10. - d X -41 33. f (2),
1
f(x) = 43 34. y 1 (16), y =- -
X X
dx X=-2 dx x=3
35. dT I T = 3c2/3 36. d p 1 ' p = '}_
11. -d t 2/3 1 12. -d t -2/3 1 dC C=8' dV V=-2 V
dt t=8 dt t=I
d 37. ds 1 , s = 4z - 16z2 38. dR 1 ' R = wn
13. - x0,35 14. .!!:__ xl4/3 dz z=2 dW W= I
dx dx
39. Combine as funções nos gráficos (A)-(D) com suas derivadas (1)-
15. !!.._tm d -7r2 (III) na Figura 11 . Observe que duas das funções têm a mesma
16. - t
dt dt derivada. Explique por que isso ocorre.
Nos Exercícios 17-20, calcule f ' (a) e encontre uma equação da reta y y y y
tangente ao gráfico em x = a.
(A)
x ~ xt=1xK '
(B) (C) (D)
40. Combine as etiquetas! (x), g(x) e h(x) aos gráficos na Figura 12 48. Mostre que existe um único ponto no gráfico da função f (x) =
de tal modo que f' (x) = g(x) e g1 (x) = h(x). ax 2 + bx + e em que a reta tangente é horizontal (supondo
a -:p 0). Dê uma explicação gráfica.
FIGURA 12 51. Seja f (x) = x 3 - 3x + 1. Mostre que f' (x) ::: -3 para todo x e
que, para cada m > - 3, existem exatamente dois pontos em que
41. Esboce o gráfico de f'(x) para a funçãof(x) dada na Figura 13, f' (x) = m. Indique a posição desses pontos e as correspondentes
omitindo os pontos em quef(x) não é derivável. retas tangentes num esboço do gráfico de f (x), para algum valor
escolhido de m.
~t--t--+-+-+--+--+--+---, X f (x + h) - f (x)
1 2 3 4 5 6 7 8 9 h
FIGURA 13 O gráfico def(x).
54. Calcule a derivada de f(x) = x 312 usando a definição de limite.
Sugestão: Mostre que
42. ~ A tabela seguinte lista os valores de uma funçãof(x). A
derivada f' (x) como função de x aparenta ser crescente ou decres- f (x + h) - f(x) = (x + h) 3 - x3 ( 1 )
cente? O gráfico de f' (x) é o dado em (A) ou em (B)? Explique.
h h Jcx + h)3 + -v'xJ
X o 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 55. A velocidade média (em metros por segundo) de uma molécula
de gás é Vm = ,J8RT/(trM), onde T é a temperatura (em kel-
f(x) 10 55 98 139 177 210 237 257 268
vins), M é a massa molar (kg/mol) e R = 8,31. Calcule dvm/dT
quando T = 300 K para o oxigênio, que tem uma massa molar de
0,032 kg/mo!.
46. Esboce os gráficos de f (x) = x 2 - 5x + 4 e g(x) = -2x + 3. 100 200 300 400 500
Encontre os valores de x nos quais os gráficos têm retas tangentes Massa (kg)
paralelas. FIGURA 15
47. Encontre todos os valores de x nos quais as retas tangentes a y = x3 57. Alguns estudos sugerem que a massa dos rins de mamíferos K
e y = x 4 são paralelas. (em quilogramas) esteja relacionada à massa corpórea m (em kg)
118 CÁLCULO
pela fórmula aproximada K = 0,007mº· 85. Calcule dK/dm quan- 62. ICG~ Esboce o gráfico da derivada f'(x) de f(x) = 2x 3 -
do m = 68. Então calcule a derivada em relação a m da razão Klm lOx- 1 para x > O (escolha apropriadamente a janela de visuali-
das massas de rins para corpo quando m = 68. zação) e observe que J'(x) > O. O que o sinal positivo de f 1 (x)
nos diz sobre o gráfico da própriaf(x)? Esboce o gráfico def (x)
58. A relação entre a pressão do vapor d'água P e a temperatura T e confirme.
(em kelvins) é dada pela lei de Clausius-Clapeyron:
63. Faça um esboço aproximado do gráfico da derivada da função
dP P mostrada na Figura 17(A).
- =k -
dT T2
64. Esboce o gráfico da derivada da função mostrada na Figura l 7(B),
onde k é uma constante. Use a tabela seguinte e a aproximação omitindo os pontos em que a derivada não estiver definida.
dP
- ~
P(T + 10) -
--------
P(T - 10)
y y
dT 20
para obter uma estimativa de dP/dT para T = 303, 313, 323, 333 e
343. Essa estimativa parece confirmar a lei de Clausius-Clapeyron?
Qual é o valor aproximado de k? Quais são as unidades de k?
FIGURA 18
X
X
(B) (II) X
2 3 4
y y
FIGURA 19
X
Nos Exercícios 67-72, encontre os pontos e (se houver) nos quais
X
f' (e) não existe.
(C) (III)
67. f(x) = lx - l i 68. f (x) = [x]
FIGURA 16 69. f(x) = x 213 70. f(x) = x 312
CAPITULO 3 Derivada 119
~ Nos E:urcfcios 73-78. amplie 11111 gráfico def(x) no pomo 77. /(x) =1senx l. ti =O
(a. f (tl)) e decida se f (x) parece ser 011 não derivável em x = a.
78. /(x) = lx - senxj. a= O
Se não for ,lerivdvel. decida se li retll tm,gente 11i10 existe 011 se
pt1reu ser wmiclll.
79. ~ É verdade que não é contínua uma função que não é de-
rivável? Se não for. dê um contra-exemplo.
73. /(x) = (x - l) lx l, ti= O
80. Faça um esboço do gráfico de y = x ~ti e mostre que é diferenciá-
74. f(x) = (x -3)513, a= 3
vel em cada x (verifique a diferenciabilidade separadamente para
75. /(:r:) = (x - 3) 1/3, a= 3 X < 0. X > 0 e X = 0).
Compreensãoadicional edesafios
81. Prove o teorema seguinte, devido a Apolônio de Perga (o ma-
temático grego nascido em 262 a.e. que deu os nomes à pará-
bola. à elipse e à hipérbole): a tangente à parábola y = x2 em
x = t1 corta o eixo x no ponto médio entre a origem e (a. 0). Tra-
ce um diagrama.
82. O teorema de Apolônio no Exercício 81 pode ser gcne-
rali~do. Mostre que a tangente a y = x 3 em x = a corta o eixo
x no ponto x = jª· Formule a afirmação correspondente para o
=
gráfico de y x" e demonstre-a.
FIGURA21
83. ::=:s Faç.aumesboçodograficodef(x) = (4-x213)3/ 2(o
"astroide"). Seja L a reta tangente a um ponto do grafico no pri- 86. ~ Seja/(x) uma função derivável e defina g(x) = f (x + c).
meiro quadrante. Mostre que a porção de L no primeiro quadran- onde c é uma constante. Use a definição via limite para rnostrar
te tem um comprimento constante igual a 8. que g'(x) = J'(.i: + c). Explique graficamente esse resultado,
lembrando que o grafico de g(x) pode ser obtido transladando
84. Dois arcos pequenos têm o formato de parábolas. O primeiro o grafico de/(:c) por c unidades para a esquerda (se e> O) ou
é dado por /(x ) = 1 - :r:2 para -1 S x :: 1 e o segundo por direita (se e < 0).
?
g(.r) = 4 - (x - 4)- para 2 5 x 5 6. Coloca-se uma régua cm
cima desses dois arcos, sendo que a régua fica equilibrada, corno 87. Expoentes negativos Seja n um mlmero natural. Use a regra
indica a Figura 20. Qual é a inclinação da régua? S11gesti10: en- da potência para x11 para calculara derivada de f (x) = x....,, mos-
contre a reta tangente a )' = f (x) que intersecta y = g(x) em e."<a- trando que
tamente um ponto.
/(:e + /,) - [(:<) -1 (X + /,)" - X 11
- - -,,- - - = - --- ---
.\'n (.\' + /,)" h
--
88. Mostre que a regra da potência vale para o expoente 1/11. onde n
é um inteiro positi,·o. usando o seguinte truque: reescreva a razão
incremental de y =xl f n emx =bem tem1os de 11 = (b + h) 1l n
ea = b1111•
l .\'Sen
O
!
X
sex ;i: O
sex = O
,-,-,,_..___
Primeira Segunda
h(x) = 3x 2 (5x + 1)
Segunda' Primeira'
Primei r a , - , _ , Segunda , . - . _ ,
,-,-, d ,_..___ d
h' (x) = 3x 2 -(5x + 1) + (5x + 1) -(3x 2)
dx dx
= (3x 2)5 + (5x + 1)(6x)
= 15x 2 + (30x 2 + 6x) = 45x 2 + 6x •
Nesse exemplo, poderíamos ter evitado o uso da regra do produto expandindo h(x) e
derivando diretamente (obtendo a mesma resposta):
Contudo, logo encontraremos situações em que a regra do produto não pode ser evi-
tada. Por exemplo, na Seção 3.6 vamos precisar da regra do produto para derivar a
função f (x) = x sen x.
É válido usar a lei da soma, desde que cada limite à direita exista. Para conferir se o pri·
meiro limite existe, e calculá-lo, observamos quef(:c) é contínua (por ser derivável) e que
g(:c) é derivável:
ENTENDIMENTO CDHCEITUAL A regra do produto foi enunciada pela primeira vez por Leib-
niz, quando ele tinha 29 anos, em 1675. Durante algum tempo ele havia permanecido
em Paris, onde desenvolveu suas principais idéias sobre o Cálculo. Talvez Leibniz tenha
pensado se(/g)' seria igual a J'g' antes de chegar na fórmula certa. Podemos conferir
=
que(/g)' não é igual a f'g' tomandof(x) =g(x) x. Então(/g)(x) = x 2, mas
Também há uma regra para derivar quocientes que, como a regra do produto, tem um
formato inesperado.
[_) (x)
( g
= f (x) [_)' (x) = g(x)f'(x) - f(x)g'(x)
g(x) (g g(x)2
f ( ) - dx 4x 3 + 1 - (4x 3 + 1)2
Emx = 1 temos
3 -2 1 1 6(- 2+4+1) 18
f(l) = 4 + 1 = 5' f (1) = 52 = 25
• EXEMPLO 5 Potência fornecida por uma bateria A potência que uma bateria consegue
fornecer a um aparelho (como um celular) depende da resistência interna da bateria. Para
V R uma bateria de voltagem V e resistência interna r, a potência total fornecida a um aparelho
de resistência R (Figura 1) é
Solução
(a) A chave para resolver esse problema é não esquecer que P e R são variáveis e V e r
são constantes:
dP = y2 (R + r)2 -
2R(R + r) = V/R + r)((R + r) - 2R)
dR (R+r) 4 (R+r) 4
r- R
=V2 [cancelando (R + r)]
(R + r)
3
(b) A reta tangente é horizontal quando a derivada é nula. Assim, igualamos a derivada a
p
zero e resolvemos para R:
r- R
V 2 - -3 =0
(R + r)
Essa equação somente está satisfeita se o numerador for nulo, ou seja, se R = r. •
r R
3.3 RESUMO
• Nesta seção, tratamos de duas regras básicas da derivação:
• É importante lembrar que a derivada de f g não é igual a f' g'. Analogamente, a derivada
de f / g não é igual a f' / g'.
3.3 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
f (4)g (4) + g(4)f' (4)
1
1. Decida se as afirmações seguintes são verdadeiras ou falsas. Se (b) !!:__ f_ 1 =
for falsa, enuncie a versão correta. dx g x=4 (g(4))2
(a) A notaçãofg denota a função cujo valor em x éf(g(x)).
(b) A notaçãof/g denota a função cujo valor em x éf (x)lg(x). (e) !!:__(fg)I = f(0)g'(0) + g(O)j'(O)
dx x=O
(e) A derivada do produto é o produto das derivadas.
3. Qualé a derivadadef/gem x = 1 sef( l ) = / 1(1) = g(l) = 2e
2 Decida se as afirmações seguintes são verdadeiras ou falsas. Se g' (l ) = 4?
for falsa, enuncie a versão correta.
4. Suponha que f ( 1) = O e f' (1) = 2. Encontre g( 1), supondo que
(a) !!:__(fg) I = f(4)g'(4)- g(4 )f'(4) (fg)'(l) = 10.
dx x=4
Exercícios
Nos Exercícios 1-4, use a regra do produto para calcular a derivada. 13. f (x) = (x 4 - 4)(x 2 + x + 1)
1. f (x) = x(x2 + 1) 2. f(x) = Jx(l - x 4) 14. f(x) =(x 2 +9)(x+x- 1)
3. dy l y =(t2 + 1)(t+ 9)
dt 1=3· 15. dyl ' y= _1_
dx x=2 x +4
4. dhl h(x)=(X- 112 +2x)(7-X- 1) X
dx x=4' 16 z=--
Nos Exercícios 5-8, use a regra do quociente para calcular a derivada.
' :: lx=-1' x2 + 1
X x +4
17. f(x) = (Jx + l) (Jx - 1)
5. f(x) =- 6. f (x) = x2 + x + 1
x -2 3Jx -2
18. f ( x ) = - -
7. -dg l
t2 + l
, g(t) = -2-1
8.
dw I
dz z=9' w
z
= Jz + z
2 x
dt t=- 2 t - 4
dy I x - 4
Nos Exercícios 9-12, calcule a derivada de duas maneiras: primeiro 19. dx x=2' y = x2 - 5
use a regra do produto ou quociente, depois algebricamente reescre-
va a função e aplique diretamente a regra da potência. 4
x +2x + 1
20. f (x) =- ---
x +l
9. f (t) = (2t + l )(t2 - 2) 10. f(x) = x 2(3+x- 1)
x 3 + 2x 2 + 3x - 1 t2 - 1 dz 1 1
11. g(x) = ----- 12. h(t) =- - 21. dx x= I , z = x3 +1
x t- 1
3x 3 - x 2 +2
Nos Exercícios 13-32, calcule a derivada usando a regra apropriada 22. f(x) = Jx
ou uma combinação de regras.
CAPfTULO 3 Derivada 125
t I
23. h(t) = - - 2- - - 38. A curva y = - 2- - é denominada bruxa de Agnesi (Figura 3)
(t4 + t )(t 7 + I) X + I
segundo a matemática italiana Maria Agnesi (1718-1799), que
24. f (x) = x 312 (2x 4 - 3x + x- 1/2) escreveu um dos primeiros livros de Cálculo. Esse nome estra-
nho é o resultado de uma tradução mal feita para o inglês da
25. f(t) = 31 /2. 51 /2 expressão italiana la versiera, que se refere à corda que enrola
26. h(x) = n 2 (x - l) uma vela. Encontre equações das retas tangentes em x = ± l.
29 g(z) -
· -
(zz2-1- 4 ) (z2 - 1)
z+2
Sugestão: primeiro simplifique.
~ X
33. ICGij Faça um esboço do gráfico da derivada de f (x) = - x Nos Exercícios 42-45, use os valores funcionais seguintes:
X
2 +l
em [-4, 4]. Use o gráfico para determinar os intervalos nos quais f(4) J'(4) g(4) g'(4)
f' (x) > Oe f' (x) < O. Então esboce o gráfico de f (x) e descre-
va como o sinal de f' (x) se reflete no gráfico def (x). 2 -3 5 -1
f (x) - f (x + h) 55. Mostre que c é uma raiz múltipla de f (x) se, e somente se, c é
hf (x)f (x + h) uma raiz de ambasf (x) e f' (x).
51. Deduza a regra do quociente usando a Equação (6) e a regra do 56. Use o Exercício 55 para determinar se c = -1 é uma raiz múlti-
produto. pla dos polinômios
(a) x 5 + 2x 4 - 4x 3 - 8x 2 - x +2
52. Mostre que a Equação (6) é um caso especial da regra do quo-
ciente. (b) x 4 + x 3 - 5x 2 - 3x +2
53. Forneça os detalhes da prova da regra do quociente que Agne- 57. ($] A Figura 4 dá o gráfico de um polinômio de raízes A, B e
si forneceu em seu livro de Cálculo, publicado em 1748, como C. Qual dessas raízes é múltipla? Explique seu raciocínio usando
segue: suponha que f, g e h = f I g sejam deriváveis. Calcule a o resultado do Exercício 55.
derivada de hg = f usando a regra do produto e resolva para h'.
Muitas vezes, omitimos a palavra Na nossa discussão anterior, na Seção 2.1, os limites e as derivadas ainda não haviam sido
"instantânea" e nos referimos à introduzidos. Agora que dispomos deles, estamos prontos para definir a TDV instantânea
derivada simplesmente como a taxa de
variação (TOV). Isso é mais curto, bem de y em relação a x em x = xo:
como mais preciso quando aplicado a
taxas de variação mais gerais, já que o
11y . f (xi) - f (xo)
termo "instantâneo" parece dizer que TDV instantânea = J' (xo) = lim - = 11m
estamos nos referindo a uma TOV em Áx-+0 !1x x,-+xo XI - XO
relação ao tempo.
y y
-1--------+-----+--x -t-------+------x
Solução
(a) O intervalo de tempo de 6: 11 até 9:05 tem comprimento de 174 minutos ou M = 2,9
horas. De acordo com a Tabela 1, a variação na temperatura de 6:11 até 9:05 é
t:,.T 27,3
- = - ~ 9,40 C/h
l::,.t 2,9
(b) A TDV instantânea é a inclinação da reta tangente pelo ponto (12:28, -22,3) indica-
do na Figura 3. Para calcular sua inclinação, devemos escolher um segundo ponto na reta
128 CÁLCULO
tangente. Uma escolha conveniente é (00:00, - 70). O intervalo de tempo entre esses dois
pontos é de 12 horas e 28 minutos ou, aproximadamente, 12:47 horas. Portanto,
-22 3 - (-70)
TDV = inclinação da reta tangente~ ' ,
12 47
~ 3,8ºC/h
•
• EXEMPLO 2 Seja A = nr 2 a área de um círculo de raio r.
(a) Calcule a TDV da área em relação ao raio.
(b) Calcule dA/dr parar= 2 e r = 5 e explique porque dA/dr é maior em r = 5.
Solução
(a) A TDV da área em relação ao raio é a derivada
dA d
- =- (nr 2 ) = 2nr
dr dr
Por que a derivada em r = 5 é maior? A derivada dA/dr mede quão rapidamente varia a
área quando r cresce. Quando o raio é aumentado de r parar+ /),.r, a área do círculo cres-
ce com uma faixa de largura /),.r. Vemos na Figura 4 que a área da faixa é maior quando
r = 5 do que quando r = 2. Assim, a área cresce mais rapidamente como uma função do
raio quando r é maior. •
Área
Tangente em r = 5
Tangente em r = 2
Essa aproximação costuma ficar melhor à medida que h diminuir, mas em algumas aplica-
ções a aproximação já é útil quando h = 1. Tomando h = 1 na Equação (1), obtemos
Em outras palavras, f' (xo) é aproximadamente igual à variação emf causada pela varia-
ção de uma unidade de x quando x = xo.
CAPfTULO 3 Derivada 129
Nesse contexto, a Equação (2) costuma dar uma boa aproximação, portanto tomamos
C' (xo) como uma estimativa do custo marginal.
Custo
total($)
• EXEMPLO 4 Custo de uma viagem aérea Os dados de uma companhia aérea sugerem
15.000 que o custo total de uma viagem de 1.200 milhas é aproximadamente C (x) = 0,0005x 3 -
0,38x 2 + 120x, onde x é o número de passageiros (Figura 5).
10.000 (a) Dê uma estimativa do custo marginal de um passageiro adicional se o vôo já tem 150
passageiros.
5.000 (b) Compare sua estimativa com o custo real.
(e) Custa mais acrescentar um passageiro quando x = 150 ou 200?
Movimento retilíneo
Em seu livro "Lectures on Physics", Lembre que o movimento retilíneo se refere ao movimento de um objeto ao longo de uma
o prêmio Nobel Richard Feynmann linha reta. Isso inclui o movimento horizontal de um carro ao longo de uma estrada reta ou
(1918-1988) usa o seguinte diálogo
para frisar o conceito de velocidade o movimento vertical de um objeto em queda. Seja s(t) a posição, ou distância da origem
instantânea: no instante de tempo t. A velocidade é a TDV da posição em relação ao tempo:
Policial: "Meu caro, você estava a 120
km por hora". v(t) = velocidade = -ds
dt
Motorista: "isso é impossível, pois eu
só dirigi durante sete minutos".
O sinal de v(t) indica a direção do movimento. Por exemplo, se s(t) for a altura acima do
solo, então v(t) > Oindica que o objeto está subindo. O valor absoluto lv(t)I da velocidade
é a velocidade escalar.
O gráfico de s(t) transmite muita informação sobre a velocidade e como ela varia.
Considere a Figura 6, que mostra a posição de um carro em função do tempo. Não esque-
ça que a altura do gráfico indica a distância do carro até o ponto na origem.
Aqui temos alguns fatos que podemos deduzir a partir do gráfico:
• Aumentando ou diminuindo a velocidade? As retas tangentes ficam mais
íngremes no intervalo [O, 1], indicando que o carro estava aumentando a veloci-
dade durante a primeira hora. As derivadas ficam cada vez mais horizontais no
intervalo [1, 2], indicando que o carro estava diminuindo a velocidade durante a
segunda hora.
2 3 4 5 • Estacionado O gráfico é horizontal acima de [2, 3] (talvez o motorista tenha pa-
Tempo (horas) rado num restaurante durante uma hora).
FIGURA 6 O gráfico da distância pelo • Voltando para o mesmo ponto O gráfico sobe e desce no intervalo [3, 4], indi-
tempo. cando que o motorista voltou ao mesmo ponto (talvez tenha esquecido a carteira no
restaurante).
• Velocidade média O gráfico sobe mais acima de [O, 2] do que [3, 5], indican-
do que a velocidade média foi maior ao longo das primeiras duas horas que nas
últimas duas.
• EXEMPLO 5 Uma jamanta pega a pista de saída de uma rodovia em t = O. Sua posição
depois de t segundos é s(t) = 84t - t 3 pés, para O ::: t .::: 5.
(a) Qual é a velocidade da jamanta no momento em que pega a pista de saída?
(b) A jamanta está aumentando ou diminuindo a velocidade?
Velocidade
(pés/s) 80
60
40
20
Uma observação simples nos permite encontrar a altura máxima do objeto. Como a
velocidade é positiva quando o objeto sobe e negativa quando cai de volta à Terra, o objeto
atinge sua altura máxima no momento de transição, quando não está mais subindo e ain-
da não começou a cair. Naquele momento, sua velocidade é nula, Em outras palavras, a
altura máxima é atingida quando v(t) =O.Como v(t) = s' (t), o objeto alcança sua altura
máxima quando a reta tangente ao gráfico de s(t) for horizontal (Figura 8).
Em t = 2 a pedra está subindo e sua velocidade é positiva (Figura 8). Em t = 12, a pedra
já está no caminho para baixo e sua velocidade é negativa.
(b) Como a altura máxima é atingida quando a velocidade é nula, igualamos a velocidade
a zero e resolvemos em t:
300
v(t) = 300 - 32t = O dá t = -32 = 9,375
132 CÁLCULO
Quão importantes são as unidades? Em Portanto, a pedra alcança sua altura máxima em t = 9,375 s. A altura máxima é
setembro de 1999, a sonda espacial
Mars Climate Orbiter, que custou 125
milhões de dólares, incinerou-se na
atmosfera marciana antes de completar
s(9,375) = 6 + 300(9,375) - 16(9,375)2:::::: 1.412 pés
•
sua missão científica. De acordo com No exemplo precedente, especificamos os valores iniciais da posição e da velocidade.
Arthur Stephenson, o presidente da No próximo exemplo, o objetivo é determinar a velocidade inicial.
comissão da NASA que investigou o
fracasso da missão do Mars Climate
Orbiter em 1999, "a razão básica da • EXEMPLO 7 Encontrando as condições iniciais Um projétil é disparado verticalmente
perda da sonda foi a conversão mal para cima a partir de uma altura inicial so = O. Qual é a velocidade inicial vo necessária
feita das unidades inglesas para as para que o projétil atinja uma altura máxima de 2 km?
unidades métricas num segmento,
baseado na unidade terrestre, do Solução Precisamos deduzir uma fórmula para a altura máxima como uma função da ve-
aplicativo relacionado ao sistema de
navegação da missão espacial".
locidade inicial vo. Como so = O, a altura do projétil é s(t) = vot - ½gt 2. Sua altura
máxima é atingida quando sua velocidade for nula:
vo
v(t) = vo - gt =O ou t=-
g
Agora podemos resolver para vo usando o valor g = 9,8 m/s2 (observe que 2 km= 2.000 m):
3.4 RESUMO
• A taxa de variação (TDV) instantânea de y = f (x) em relação a x em x = xo é definida
como a derivada
1 2
s(t)=so+vot- gt,
2 v(t) = vo - gt
3.4 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Quais unidades podem ser utilizadas para medir a TDV? por hora), mas a velocidade do segundo trem varia. Qual foi a
(a) da pressão (em atmosferas) num tanque d'água em relação à pro-
velocidade média ao longo do percurso do segundo trem?
fundidade? 4. Dê uma estimativa de f (26), supondo quef (25) = 43 e f 1 (25) =
(b) da taxa de reação de uma reação química (a TDV da concentra- 0,75.
ção em relação ao tempo), onde a concentração é medida em
moles por litro? 5. Em 1933, a população P(t) de Freedonia foi de P(l933) = 5
milhões.
2. Suponha quef(2) = 4 e que a TDV def entre 2 e 5 é 3. Quanto é (a) Qual é o significado da derivada P' (1933)?
f(S)?
(b) Dê uma estimativa de P(l934) se P' (1933) = 0,2. E se P' (1933)
3. Dois trens vão de New Orleans a Memphis em 4 horas. O pri- = O?
meiro trem viaja a uma velocidade constante de 90 mi/h (milhas
Exercícios
1. Encontre a TDV da área de um quadrado em relação ao compri- Nos Exercícios 5-8, calcule a TDV.
mento de seu lados quando s = 3 e s = 5.
dV onde V e' ovo1ume de um c1·1·mdro cuJa
5. dr' . a1tura e, 1gua
. 1 ao raio
.
2. Encontre a TDV do volume de um cubo em relação ao compri-
mento de seu lados quando s = 3 e s = 5. (o volume de um cilindro de altura h e raio ré 1r:r 2h).
3. Encontre a TDV de y = x- 1em relação a x para x = 1 ex= 6. TDV do volume V de um cubo em relação à sua área de super-
10. fície A.
4. A que taxa varia a raiz cúbica$ em relação a x quando x = 1, 8 7. TDV do volume V de uma esfera em relação ao raio (o volume de
ou 27? uma esfera é V = 11r:r3).
134 CÁLCULO
Temperatura
8. :~. onde A é a área da superfície de uma esfera de diâmetro D (a (ºC)
250
ré 4nr2).
área de superfície de uma esfera de raio
200 .."'
~ J!"'
150 "' g"'
Nos Exercícios 9-10, use a Figura 10, que mostra o gráfico da distân- 8.
o "'
)::1
cia (km) pelo tempo (h) de uma viagem de carro. 100 E!: tfl
50
Distância
150 o
(km) V -50
100 ... / '-..../ -100
50 v=
··· """'.............;.............,............. ;.............,..... .
/ ! 10 50 100 150
0,5 1,5 2 2,5 3 Altitude (km)
Tempo (h)
FIGURA 12 A temperatura atmosférica pela altitude.
FIGURA 10 O gráfico da distância pelo tempo de uma viagem de carro.
14. A altura (em pés) de um pára-quedista no instante t (em s) depois
de abrir seu pára-quedas é h(t) = 2.000 - 15t pés. Encontre a
9. (a) Dê uma estimativa da velocidade média ao longo de [0,5; 11].
velocidade do pára-quedista depois de abrir seu pára-quedas.
(b) A velocidade média é maior em[! , 2] ou em [2, 3]?
15. A temperatura de um objeto (em graus Fahrenheit) como fun-
(e) Em que instante a velocidade atingiu um máximo?
ção do tempo (em minutos) é T(t) = ¾r2 - 30t + 340, para
10. Combine a descrição com o intervalo (a)-(d). O ~ t ~ 20. A que taxa o objeto esfria depois de 1Ominutos (dê
unidades corretas)?
(i) Velocidade crescente
(ii) Velocidade decrescente 16. A velocidade (em cm/s) de uma molécula de sangue fluindo
por um vaso capilar de 0,008cm de raio é dada pela fórmula
(iii) Velocidade negativa
v = 6,4 x 10- 8 - 0,00Ir 2, onde ré a distância da molécula ao
(iv) Velocidade média de 50 mi/h centro da capilar. Encontre a TDV da velocidade como função da
(a) [O; 0,5] (b) [O, ! ] distância quando r = 0,004cm.
2 99 X 10 16
(e) [1 ,5; 2] (d) [2,5; 3] 17. A Terra exerce uma força gravitacional de F(r) = '
r2
11. A Figura 11 exibe a voltagem através de um capacitor como uma (em newtons) sobre um objeto com uma massa de 75 kg, onde
função do tempo enquanto o capacitor está sendo carregado. Dê ré a distância (em metros) do centro da Terra. Encontre a TDV
uma estimativa da TDV da voltagem em t = 20 s. Indique os va- da força em relação à distância r na superfície da Terra, supondo
lores de sua conta e inclua unidades adequadas. A voltagem varia que o raio da Terra seja de 6,77 x 106 m.
mais rapidamente ou mais devagar à medida que o tempo passa?
18. A velocidade de escape a uma distância de r metros do centro
Explique em termos de retas tangentes.
da Terra é Vesc = (2,82 x 107 )r- 112 m/s. Calcule a TDV da
velocidade de escape em relação à distância r na superfície da
4 t-··················!····················!·····················!···= = " '···· Terra.
22. A altura (em pés) de um helicóptero no instante t (em minutos) é 28. As retas tangentes ao gráfico de f (x) = x 2 ficam cada vez mais
s(t) = - 3t 3 + 400t para O~ t ~ 10. íngremes quando x cresce. A que taxa cresce a inclinação dessas
(a) Esboce os gráficos da altura h(t) e da velocidade v(t). retas tangentes?
(b) Encontre a velocidade em t = 6 e t = 7. 29. De acordo com uma fórmula muito usada pelos médicos para de-
(e) Encontre a altura máxima do helicóptero. terminar a dosagem de remédios, a área de superfície do corpo
(ASC) de uma pessoa (em metros quadrados) é dada pela fórmula
23. A população P(x) de uma cidade (em milhões) é dada pela fór- ASC = .,/hw/60, onde h é a altura em cm e w é o peso em kg.
mula P(t) = 0,00005t 2 + 0,0lt + 1, onde t denota o número de Calcule a TDV da ASC em relação ao peso para uma pessoa de
anos desde 1900. altura constante h = 180. Qual é essa TDV para w = 70 e w = 80?
Expresse sua resposta nas unidades corretas. A ASC cresce mais
(a) Qual é a população em 1996 e quão rápido está crescendo?
rapidamente em relação ao peso com pesos menores ou maiores?
(b) Quando é que essa população cresce a uma taxa de 12.000 pes-
soas por ano? 30. Uma pedra é lançada verticalmente para cima com um estilingue
a partir do nível do chão com uma velocidade de 200 m/s. Encon-
24. De acordo com a Lei de Ohm, a voltagem V, a intensidade de tre a velocidade e altura máximas da pedra.
corrente / e a resistência R de um circuito estão relacionadas
31. Qual é a velocidade com que um objeto bate no chão se for larga-
pela equação V= IR, onde as unidades são volts, amperes e
do de uma altura de 300 m?
ohms, respectivamente. Suponha que a voltagem seja constante
com V= 12 V. Calcule (especificando as unidades): 32. Uma pedra largada do alto de um prédio leva 3 s para alcançar o
(a) A TDV média de/ em relação a R ao longo do intervalo de R = 8 chão. Qual é a altura do prédio e qual a velocidade de impacto?
aR = 8,1. 33. Um objeto é jogado verticalmente para cima a partir do chão e
(b) A TDV de/ em relação a R quando R = 8. volta ao chão 4 s depois. Qual foi a velocidade inicial do objeto e
(e) A TDV de R em relação a/ quando I = 1,5. qual a altura alcançada?
P(t) em milhares 38. Um peso oscila para cima e para baixo na extremidade de uma
mola. A Figura 13 mostra a altura y do peso ao longo de um ciclo
janeiro 271.841
da oscilação. Faça um esboço do gráfico da velocidade do peso
fevereiro 271.987 como função do tempo.
março 272.142
abril 272.317 y
maio 272.508
junho 272.718
julho 272.945
agosto 273.197
setembro 273.439 Tempo
outubro 273.672
novembro 273.891
dezembro 274.076
FIGURA 13
136 CÁLCULO
Nos Exercícios 39-46, use a Equação (2) para dar uma estimativa da (e) ~CG~ Esboce o gráfico de/(p) para 5::: p::: 25 e verifique que
variação unitária. /(p) é uma função decrescente de p. Qual é a expectativa sobre o
sinal de J' (p )? Esboce J' (p) e confirme sua expectativa.
39. Dê uma estimativa de -/2 - -J'f e v1fõT - ../fõõ. Compare es-
sas estimativas com os valores exatos. 47. Seja A = s2. Mostre que a estimativa de A(s + 1) - A(s) forneci-
da pela Equação (2) tem um erro exatamente igual a 1. Explique
40. Suponha que/(x) seja uma função com f'(x) = rx. Dê uma esse resultado usando a Figura 14.
estimativa de/ (7) - f (6). Em seguida, dê uma estimativa de
/(5), supondo que/(4) = 7.
41. Seja F(s) = 1,ls + 0,03s2 a distância de frenagem como no
Exemplo 3. Calcule F(65) e dê uma estimativa do aumento na
distância de frenagem se a velocidade for aumentada de 65 para 1
66 mi/h. Compare sua estimativa com o aumento real. J.
42. De acordo com a Lei de Kleiber, a taxa metabólica P (em quilo-
calorias diárias) e a massa corpórea m (em kg) de um animal es- s
tão relacionadas pela lei da potência três quartos P = 73,3m 314.
Dê uma estimativa do aumento da taxa metabólica quando a
massa corpórea aumenta de 60 para 61 kg. FIGURA 14
43. O custo em dólar da produção de x pastéis é C (x) = 300 + 0,25x 48. ~ De acordo com a Lei de Steven da psicologia, a mag-
- 0,5(x/I .000) 3. Determine o custo de produção de 2.000 pastéis
nitude percebida de um estímulo (quão fortemente uma pessoa
e dê uma estimativa do custo do pastel de número 2.001. Compare
sente que o estímulo seja) é proporcional a uma potência da
sua estimativa com o custo real do pastel de número 2.001.
intensidade/ real do estímulo. Embora não seja uma lei exata,
44. Suponha que o custo em dólares da produção de x filmadoras de a experiência mostra que a luminosidade B percebida de uma
vídeo seja C(x) = 500x - 0,003x 2 + 10-8x 3. luz satisfaz B = k/ 213, onde/ é a intensidade da luz, ao passo
que o peso H percebido de um peso W satisfaz H = k w312 (nos
(a) Estime o custo marginal no nível de produção x = 5.000 e com- dois casos, k é uma constante diferente). Calcule dB/dl e dH/dW
pare com o custo real C(5.001) - C(5.000). e decida se são funções crescentes ou decrescentes. Use isso
(b) Compare o custo marginal em x = 5.000 com o custo médio por para justificar as afirmações:
filmadora, definido por C(x)lx.
(a) Um aumento de uma unidade na intensidade de luz é sentida
45. Em geral, a demanda por um bem decresce quando seu preço mais fortemente quando/ é pequeno do que quando / é grande.
aumenta. Suponha que a demanda por petróleo (por pessoa por (b) Adicionar mais um quilo a um peso Wé sentido mais fortemente
ano) seja D(p) = 900/p barris, onde pé o preço em dólares por quando W é grande do que quando W é pequeno.
barril. Encontre a demanda quando p = $40. Dê uma estimativa
da diminuição da demanda se p aumentar para $41 e do aumento 49. Seja M(t) a massa (em kg) de uma planta em função do tem-
da demanda se p diminuir para $39. po t (em anos). Estudos recentes de Niklas e Enquist sugerem
que, para uma enorme variedade de plantas (desde algas e grama
46. A taxa de reprodução das moscas drosófilas criadas em frascos até coqueiros), a taxa de crescimento durante o período de vida
de laboratório decresce quando o frasco fica mais cheio. Uma do organismo satisfaz uma lei de potência três quartos, ou seja.
pesquisadora descobre que quando um frasco contém p moscas, dM/dt = CM 314 paraalgumaconstanteC.
o número de descendentes por fêmea por dia é
(a) Se uma árvore tem uma taxa de crescimento de 6 kg/ano quan-
f(p) = (34- 0,612p)p-0•658 do M = 100 kg, qual é sua taxa de crescimento quando M =
125 kg?
(a) Calcule/(15) e J' (15).
(b) Se M = 0,5 kg, quanta massa adicional precisa essa planta para
(b) Dê uma estimativa para a diminuição de descendentes por fêmea dobrar sua taxa de crescimento?
quando p for aumentado de 15 para 16. Essa estimativa é maior
ou menor do que o valor real/(16) - f (15)?
(a) P está aumentando ou diminuindo quando P = 250? E quando 53. Mostre que Cm (x) é igual à inclinação da reta pela origem e o
P = 350? ponto (x, C(x)) do gráfico de C(x). Usando essa interpretação, de-
termine se o custo médio ou o custo marginal é maior nos pontos
(b) Faça um esboço do gráfico de dP/dt como função de P para O:::
A, B, C e D na Figura 16.
P::, 300.
(e) Qual dos gráficos da Figura 15 é o gráfico de P(t) se P(O) = 200? Custo
p p
300 300
200 200
100 100
Nível de produção
FIGURA 16 O gráfico de C(x).
4 8 4 8
1993-1997. Assim, embora P' (t) ainda seja positiva nesses anos, P' (t) diminuiu e portan-
to a derivada segunda P" (t) foi negativa no período 1993-1997.
A derivação pode ser continuada além da derivada segunda, desde que as derivadas
existam. A derivada terceira é a derivada de f" (x) e denotada f"' (x) ou J<3) (x ). Mais ge-
ralmente, a derivada enésima é a derivada da derivada (n - 1)-ésima e é denotada f (n) (x ).
Na notação de Leibniz, as derivadas superiores são denotadas
• dy/dx tem unidades de y por
unidade de x. df
• d2y/dx 2 tem unidades dedy/dx por dx '
unidade de x ou unidades de y por
unidade de x ao quadrado.
• EXEMPLO 1 EncontreJ"(x)eJ"'(x)paraf(x) = x 4 + 2x - 9x-2 ecalculef"'(-l).
Solução Devemos calcular as derivadas, começando com f' (x ):
d
J'(x) = - (x 4 + 2x - 9x-2 ) = 4x 3 + 2 + 18x- 3
dx
J " (x) = dx
~(4x 3 + 2 + 18x-3 ) = 12x 2 - 54x-4
TABELA 2 Derivadas de x5
Altura A aceleração, definida como a TDV da velocidade, é uma derivada segunda bem co-
(pés)
nhecida. Se um objeto em movimento retilíneo tiver posição s(t) no instante t, então sua
25
velocidade é v(t) = s' (t) e a aceleração é a(t) = v' (t) = s" (t). A unidade da aceleração
é a unidade da velocidade por unidade de tempo ou "distância por tempo ao quadrado".
Assim, se a velocidade for medida em unidades de m/s então a aceleração tem unidades
2
de m/s por segundo, ou m/s .
2 2,5 • EXEMPLO 3 Aceleração devido à gravidade Calcule a aceleração a(t) de uma bolajoga-
Tempo (s) da verticalmente no ar a partir do chão com uma velocidade inicial de 40 pés/s. Como é
(A) que a(t) descreve a variação na velocidade da bola enquanto ela sobe e desce?
Velocidade Solução Pela fórmula de Galileu, a altura da bola no instante t é s(t) = so + vot - 16t2
(pés/s)
[Figura 2(A)]. No nosso caso, so = Oe vo = 40, portanto s(t) = 40t - 16t 2 pés. Obte-
40
mos v(t) = s' (t) = 40 - 32t pés/se a aceleração da bola é
-40 Vemos que a aceleração é constante, com um valor de a = -32 pés/ s2. Embora a bola
suba e desça, sua velocidade decresce a uma taxa constante, indo de 40 até -40 pés/s
(B) [Figura 2(B)]. Observe que a é a inclinação do gráfico da velocidade. •
FIGURA 2 Altura e velocidade da bola.
ENTENDIMENTO GRÁFICO Será possível visualizar a taxa representada pela derivada se-
gunda? Como a derivada segunda é a taxa pela qual f' (x) está variando, f" (x) é grande
quando as inclinações das retas tangentes variam rapidamente, como na Figura 3(A).
Analogamente, f" é pequena se as inclinações das retas tangentes variam lentamente;
nesse caso, a curva é relativamente achatada, como na Figura 3(B). Se f for uma função
linear, a reta tangente não varia e f 11 (x) = O.
(A) Derivada segunda grande: (B) Derivada segunda pequena: (C) Derivada segunda nula:
Retas tangentes viram rapidamente. Retas tangentes viram lentamente. Retas tangentes não mudam.
FIGURA 3
Com esse entendimento, podemos ver como estão relacionados os gráficos de f, f'
e f". Na Figura 4, as inclinações das retas tangentes ao gráfico de f são crescentes no
intervalo [a, b]. Isso se reflete nos gráficos de ambas f' (x) e f" (x): mais precisamente,
f'(x) é crescente em [a, b] e J"(x) é positiva em [a, b].
y y
a b
t-+----+----+--X
a b
O gráfico de f (x) Os gráficos das duas primeiras derivadas
FIGURA 4
140 CÁLCULO
3.5 RESUMO
• As derivadas superiores f', f", f 111 , ••• são definidas por derivação sucessiva:
3.5 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Um economista que anuncia que "O crescimento econômico do ção sobre as derivadas primeira e segunda do preço das ações e
país está mais lento", está fazendo uma afirmação sobre o pro- esboce um gráfico possível.
duto nacional bruto (PNB) como função do tempo. A derivada
segunda do PNB é positiva? E a derivada primeira? 3. A afirmação seguinte é verdadeira ou falsa? A derivada terceira
da posição em relação ao tempo é nula para um objeto caindo em
2. O diário Wall Street Journal publicou a manchete "Ações So- direção à Terra sob a influência da gravidade. Explique.
bem, Embora o Ritmo dos Ganhos Esteja Mais Lento" em 4 de
setembro de 2003. Reescreva essa manchete como uma afirma- 4. Que tipo de polinômio satisfaz f 11 (x) = Opara todo x?
Exercícios
4
Nos Exercícios 1-12, calcule as derivadas segunda e terceira. f(t) = 2t 2 - t
d4
19. - x1 , X = t-3 /4 20. !"'(4),
dt 1= 16
1. y = 14x 2 2. y=7-2x
X l
21. g"( l), g(x) = - - 22. !" (1), f (t) = t3 + l
3. y = x 4 - 25x 2 + 2x 4. y = 4t3 - 9t 2 + 7 x+ l
4 l x2
5. y = -nr 3 6. y = -vÍx 23. h" ( 1), h(x) = - - 24. F 11 (2), F(x) = - -
3 Jx+ l x-3
7. y = 20t415 - 6t 213 8. y = x-9/5
25. Calcule y(k) (O) para O ::: k ::: 5, onde y = x 4 + ax 3 + bx2 +
I ex + d (com a, b, e e d constantes).
9. y= z - - 10. y = t 2(t 2 + t)
z
l 26. Qual das funções seguintes satisfaz j<kl(x) = Opara todo k ::: 6?
11. y = (x 2 + x)(x 3 + l ) 12. y= - -
l+ x (a) f(x) = 7x 4 + 4 + x- 1 (b) f(x) = x 3 - 2
Nos Exercícios 13-24, calcule as derivadas indicadas. (e) f (x) = Jx (d) f (x) = I - x6
Nos Exercícios 29-32, encontre uma fórmula geral para f(n>(x). 40. ~ Qual das descrições seguintes não pode ser aplicada à
Figura 8? Explique.
29. f (x) = (x + 1)- 1 30. f (x) = x-2
(a) É o gráfico da aceleração quando a velocidade é constante.
31. f(x) = x -1 12 32. f (x) = x - 312 (b) É o gráfico da velocidade quando a aceleração é constante.
33. (a) Encontre a aceleração no instante t = 5 minutos de um heli- (e) É o gráfico da posição quando a aceleração é nula.
cóptero cuja altura (em pés) é h(t) = -3t 3 + 400t.
(b) !CG[I Faça um esboço da aceleração h" (t) ao longo de O~ t ~ Distância
6. Por que esse gráfico mostra que o helicóptero está diminuindo
a velocidade nesse intervalo de tempo?
35. A Figura 5 mostra os gráficos def, f ' e f". Determine qual é qual. FIGURA 8
Velocidade S
f"(x) (A) (B) (mi/h) 70
60
FIGURA 6
50
40
37. A Figura 7 mostra o gráfico da posição de um objeto como fun- 30
ção do tempo. Determine os intervalos durante os quais a acele- 20
ração é positiva. 10
44. ~ De acordo com um modelo que tenta levar em conta a (e) Nesse modelo, um pingo acelera mais rapidamente com veloci-
resistência do ar, a distância s(t) (em pés) percorrida na queda de dade alta ou baixa?
um pingo de chuva satisfaz
45. CR 5 Use um sistema algébrico computacional para calcular
j<k) (x) com k = 1, 2 e 3 para as funções:
d2s= g _ 0,0005 (ds) 2
ADVERTI.NCIA: O Teorema 1 somente é TEOREMA 1 Derivada do seno e cosseno As funções f (x) = sen x e f (x) = cos x são
aplicável quando utilizamos radianos. deriváveis e
As derivadas do seno e cosseno em
relação a graus envolvem um fator
ir/ 180 de difícil manuseio (ver Exemplo d d
5 na Seção 3.1).
-senx = cosx e - cos x =- sen x
dx dx
d . sen(x + h) - senx
-senx = hm - - - - - - - [IJ
dx h--+O h
CAPfTULO 3 Derivada 143
Diferentemente do que ocorreu nas contas das derivadas das Seções 3.1 e 3.2, não é possível
reescrever a razão incremental para cancelar h. Em vez disso, usamos a fórmula da soma
Isso nos dá
sen(x + h) - senx senx (cosh - 1) cosx senh
h = h + h
Observe que sen x e cos x não dependem de h e podem ser levados para fora do limite na
Equação (2). A justificativa para usar a lei da soma é que os dois limites finais existem. De
fato, pelo Teorema 2 da Seção 2.6,
cosh -1 senh
lim - - - = 0 e lim-- =1
h-+ 0 h h-+ 0 h
Portanto, a Equação (2) reduz à fórmula .!!:_ sen x = cos x, como queríamos mostrar. A
d dx
fórmula - cos x =- sen x é demonstrada de forma análoga (ver Exercício 50). •
dx
ENTENDIMENTO GRÃFICO A fórmula (sen x )' = cos x faz sentido quando comparamos os
gráficos do seno e do cosseno (Figura 1). As retas tangentes ao gráfico de y = sen x têm
inclinação positiva no intervalo (-1, 1)e, nesse intervalo a derivada y' = cosx é posi-
tiva. De modo análogo, as retas tangentes têm inclinação negativa no intervalo (1 , 3 f ),
onde y' = cosx é negativa. As retas tangentes são horizontais em x = - 1, 1, 3n,
2
onde cos x = O.
144 CÁLCULO
J d d
f (x) = x - cosx + cosx - x = x(-sen x) + cosx = cosx - x senx
dx dx
li d d d
f (x) = - (cosx - x senx) = - cosx - - x senx
dx dx dx
=- senx - (x(senx)' + senx) = -2 senx - x cosx
•
•" LEMBRETE As funções As derivadas das demais funções trigonométricas padrão podem ser calculadas
Itrigonométricas padrão estão definidas
na Seção 1.4.
usando a regra do quociente. No Exemplo 2 deduziremos a fórmula para(tgx)'; as demais
fórmulas são deixadas como exercício (Exercícios 37-39).
y
TEOREMA 2 Derivadas das funções trigonométricas padrão
d d
- tgx = sec2 x, - secx = secx tgx
dx dx
d d
- cotg x = - cossec2 x - cossec x = - cossec x cotg x
dx dx
y
y' = tg 0 (sec 0)' + sec 0 (tg 0)' = tg 0 (sec 0 tg 0) + sec 0 sec 2 0
y= tg 0 sec0 = tg2 0 sec 0 + sec3 0
3.6 RESUMO
• As derivadas trigonométricas básicas são
d d
- senx = cosx, - cosx =- senx
dx dx
d d
- tgx = sec2 x, - secx = secx tgx,
dx dx
d d
- cotg x = - cossec2 x, - cossec x = - cossec x cotg x.
dx dx
• Lembrete: essas fórmulas somente são validas quando o ângulo for medido em ra-
dianos.
3.6 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Determine o sinal ± que fornece a fórmula correta para o que 2. Qual das funções seguintes pode ser derivada usando as regras
segue: que desenvolvemos até aqui?
d (a) y=3cosxcotgx (b) y=cos(x 2) (e) y=x 2 cosx
(a) - (senx + cosx) = ±senx ± cosx
dx
d 2 3. Calcule.!!:.... (sen 2 x + cos2 x) sem utilizar as fórmulas das deriva-
(b) - tg x = ± sec x dx
dx das de sen x e cos x.
d
(e) - secx = ± secx tg x
dx 4. Como é utilizada a fórmula da adição na dedução de (senx)' =
d cosx?
(d) - cotg x = ± cossec2 x
dx
Exercícios
Nos Exercícios 1-4, encontre uma equação da reta tangente no 15. f(x) = (x - x 2) cotgx 16. f( z)= z tg z
ponto indicado. X
17. f (x) = se~x 18. f(x) = -tgx
11: 11: X
1. y = senx, X=- 2. y = cosx, X=-
4 3 2 cosy - 1
11: 11: 19. g(t) = sen t - -
cost
20. R(y) =- --
sen y
3. y = tg x, X=- 4. y = secx , X= -
4 6
X
13. h(0) = cos2 0 14. k(0) = 0 2 sen2 0 29. g(0) = 0 sen 0 30. h (0) = cossec 0
146 CÁLCULO
,-,--.e
45. ,_ n _, Sejam f(x)
senx
= --para x =/, Oef(O) = 1.
Nos Exercícios 31-36, encontre uma equação da reta tangente no
X
ponto indicado.
(a) Esboce o gráfico def (x) em [-3n, 3n].
31. y = x2 + senx, x =O (b) Mostre que f'(c) = Ose c = tg c. Use a aproximação numérica
1C de raízes do sistema algébrico computacional para encontrar uma
32. y = e tg e , e = boa aproximação do menor valor positivo co tal que f' (co) = O.
4
1C (e) Verifique que a reta horizontal y = f (co) é tangente ao gráfico
33. y = 2 senx + 3 cosx, X=-
de y = f (x) em x = co, esboçando ambos no mesmo sistema
3
de eixos.
34. y = 02 + sen e, 0 =O
46. ~ Mostre que nenhuma reta tangente ao gráfico de f (x) =
35. y = cossecx - cotgx, x = 1C tg x tem inclinação nula. Qual é a menor inclinação de uma reta
4 tangente? Justifique a resposta esboçando o gráfico de (tg x)'.
36. y -- -cose
- -,
e- 1C
- -
1 + sen 0 3 47. A altura no instante t (em s) de um peso que oscila para cima e
para baixo na extremidade de uma mola é s(t) = 300 + 40 sen t
Nos Exercícios 37-39, confira a fórmula usando (senx)' = cosx e cm. Encontre a velocidade e a aceleração em t = s. J
(cosx)' = - senx.
48. O alcance horizontal R de um projétil lançado a partir do chão
d
37. - cotg x =- cossec2 x num ângulo 0 com velocidade inicial vo mls é dado por R =
dx (v5/9,8) sen 0cos 0. Calcule dR/d0. Suponha que 0 = ?n/24;
d o alcance aumenta ou diminui se aumentarmos um pouco o ângu-
38. - secx = secx tgx lo? Use o sinal da derivada para elaborar sua resposta.
dx
39. -
d
cossec x =- cossec x cotg x 49. ~ Se estivermos a uma distância de 1 m de um muro e mar-
dx carmos visualmente os pontos no muro determinados por incre-
40. Encontre os valores de x entre Oe 2n nos quais a reta tangente ao mentos iguais de elevação angular 8 (Figura 4), então esses pontos
gráfico de y = sen x cos x é horizontal. no muro ficam cada vez mais afastados um do outro. Explique por
que isso ilustra o fato de que a derivada de tg 0 é crescente.
41. Calcule as cinco primeiras derivadas de f (x) = cos x. Então de-
termine j<8) e j<37 ).
sen(x + h) - senx = 2cos (x + ½h) sen (½h) 54. Mostre que se n/2 < 0 < n, então a distância ao longo do eixo x
entre 0 e o ponto em que a reta tangente ao gráfico de y = sen x
Sugestão: use a fórmula da adição para provar que sen (a+ b) - corta o eixo x é igual a ltg 01 (Figura 5).
sen (a - b) = 2cosa senb.
CAPfTULO 3 Derivada 147
3. 7 Regra da cadeia
A Regra da Cadeia é usada para derivar funções compostas como y = cos(x 2) e y =
Jx3+1, que não podem ser derivadas usando qualquer uma das regras desenvolvidas
até aqui. Lembre que umafunção composta é obtida substituindo uma função em ou-
tra. Mais formalmente, a composta de f e g, denotada f o g, é definida por
(f o g)(x) = f (g(x))
Por conveniência, dizemos que g é a função de dentro e f a de fora. É conveniente usar
u em vez de x como a variável da função de fora. Nesse caso, consideramos a composta
como uma função f (u), onde u = g(x). Por exemplo, y = Jx3+T é a função y = Ju
calculada em u = x 3 + I.
Uma prova da regra da cadeia é dada TEOREMA 1 Regra da cadeia Sef e g forem deriváveis então (f o g)(x) = f(g(x)) é
1no final desta seção. derivável e
1 (f(g(x)))' = J'(g(x))g'(x) 1
d du
dx f (u) = f' (u) dx
1 1 3
De fora' (de dentro) = f' (g (x)) = u- 112 = (x + 1)- 1/ 2
2 2
2
De dentro'= g'(x) = 3x
d ~ l 3x 2
- v x 3 + 1 = de fora'(de dentro)· de dentro'= - (x 3 + 1)- 1/ 2 (3x 2 ) = Jx3+T •
dx 2 '-.,-' 2 x3 +1
~ g' (x)
Solução
(a) Temos cos(x 2) = f (g(x)), onde
d
-tg
dx
( -X- ) -sec
x+ l
2(-x +-1
X ) -d ( -X- )
dx x + 1
'-,-'
Derivada da
função de dentro
d d
d ( x ) (x + 1)-x
dx
- x-(x + 1)
dx 1
1 = (x + 1) 2 = (x + 1) 2
Obtemos
sec2 ( - x )
x+l
~tg ( - x ) = sec2 ( - x ) - - - = - - - -2 -
dx X+ 1 X+ 1 (x+1)2 (x+1) •
É instrutivo escrever a regra da cadeia na notação de Leibniz. Suponha que u =
g(x) e
Y = f(u) = f(g(x))
dy df du
- = f 1 (u) g1(x) = - -
dx du dx
ou
dy dy du
dx
= du dx
ilustrar isso, suponha que um salário aumente três vezes mais rápido do que o produto
nacional bruto (PNB) e que o PNB aumente 2% ao ano. Então esse salário aumenta a
uma taxa de 3 x 2 ou 6% por ano: em termos de derivadas,
• EXEMPLO 3 Imagine uma esfera cujo raio r cresça a uma taxa de 3 cm/s. A que taxa
está aumentando o volume dessa esfera quando r = 10 cm?
Solução Como queremos determinar a taxa à qual V cresce, precisamos encontrar dV/dt.
A taxa drldt é dada como sendo de 3 cm/s, portanto usamos a regra da cadeia para escre-
ver dV/dt em termos de dr/dt:
dV dV dr
X -
dt dr dt
'-,-' '-,-' '-,-'
TDV do volume em TDV do volume em TDV do raio em
relação ao tempo relação ao raio relação ao tempo
Para calcular dV/dr, usamos a fórmula para o volume de uma esfera, V = ínr 3:
dV
dr
= !!:._
dr
(~nr
3
3) = 4nr 2
dV dV dr 2 2
- = - - =4nr (3) = 12nr
dt dr dt
Quando r = 1O,
COROLÁRIO 2 Regra da potência generalizada Se g(x) for uma função derivável, então
para qualquer número n, temos
Demonstração Escrevemos g(xt = f(g(x)), com f(u) = un. Então f'(u) = nun-l e,
pela regra da cadeia,
d l 3 d 3
(a) -(x 3 + 9x + 2)-I / 3 = --(x + 9x + 2)-4/ 3 -(x + 9x + 2)
dx 3 dx
= _!(x 3
+ 9x + 2)-413(3x 2 + 9)
3
= -(x 2 + 3)(x3 + 9x + 2)-4/ 3
d d
(b) - sec4 t = 4sec 3 t - sect = 4sec3 t (sect tgt) = 4sec4 t tg t
dt dt •
O próximo caso especial da regra da cadeia trata de funções da formaf (kx + b), em
que k e b são constantes. Como vimos na Seção 1.1, o gráfico def(kx + b) está relaciona-
do com o gráfico def (x) por translações e mudanças de escala. Para calcular a derivada,
interpretamosf(kx + b) como uma função composta com função de dentro u = kx + b e
aplicamos a regra da cadeia:
d d
- f(kx
dx
+ b) = J'(kx + b)-(kx
dx
+ b) = kj'(kx + b)
COROLÁRIO 3 Regra da translação e mudança de escala Se f (x) for derivável, então para
quaisquer constantes k e b,
d
- f(kx + b) = k J'(kx +b)
dx
Por exemplo,
:x!gx = ( ,; 0 ) 2
sec x
sen
-
x= sen (_!:__
180
x)
pois x graus correspondem a 1~0 x radianos. Pelo Corolário 3,
Quando a função de dentro é, ela mesma, uma função composta, aplicamos a regra da
cadeia mais de uma vez, como no exemplo seguinte.
CAPfTULO 3 Derivada 151
y=Jx+fii+T..
Solução Primeiro aplicamos a regra da cadeia com a função de dentro u = x + .Jx2+1:
~Jx +
dx
Jii+T. = ~(x
2
+ Jx 2 + 1)- 112 ~dx (x + Jx 2 + 1)
Em seguida, usamos a regra da cadeia de novo para calcular a derivada que falta:
~Jx + Jx2
~
12 (1
+ = ~(x + Ri+T.)-1 /2 + ~(x2 + o-1 /2~(x2 +
2 ~
o)
= ~(x + Jx 2 + 1)- 1/ 2 ( 1 + ~(x 2 + l)- 112 (2x))
Nosso objetivo é mostrar que (f o g)' é o produto de f' (g(x)) por g' (x ), portanto faz sen-
tido escrever a razão incremental como um produto:
Isso só é válido se o denominador g(x + h) - g(x) for não-nulo. Portanto, para conti-
nuar nossa demonstração, supomos adicionalmente que g(x + h) - g(x) :/= Opara todo
h perto de O, mas diferente de O. Isso não é necessário mas, sem essa suposição, a argu-
mentação é mais técnica (ver Exercício 93).
Com nossa suposição, podemos usar a Equação (1) para escrever (f o g)' (x) como o
produto de dois limites:
O segundo limite à direita é g' (x ). A regra da cadeia seguirá assim que mostrarmos que o
primeiro limite à direita é igual a f' (g (x) ). Para verificar isso, denotemos
k = g(x + h) - g(x)
Então g(x + h) = g(x) + k e
Como g(x) é derivável, também é contínua. Portanto, g(x + h) tende a g(x) e k = g(x +
h) - g(x) tende a zero quando h -+ O. Assim, podemos reescrever o limite em termos de k
para concluir:
3.7 RESUMO
• A regra da cadeia expressa (f o g )' em termos de f' e g':
3.7 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Identifique as funções de fora e de dentro em cada uma dessas 3. Qual dessas é a derivada de f (5x )?
funções compostas. (a) 5f' (x) (b) Sj'(Sx ) (e) f 1 (5x)
2
(a) y = J4x + 9x 2 (b) y = tg(x + I) (e) y = sec5 x
4. Quantas vezes devemos usar a regra da cadeia para derivar a fun-
2. Quais das funções seguintes podem ser derivadas sem usar a re- ção dada?
gra da cadeia? (a) y = cos(x 2 + !) (b) y = cos((x 2 + 1)4 )
y = tg(7x 2 + 2) ,
X (e) y = Jcos((x 2 + 1)4 )
y = x+ I '
5. Suponha que f ' (4) = g (4) = g' (4) = 1. Há informação sufi-
y= Jx · secx , y = Jxcosx ciente para calcular F' (4), onde F(x) = f (g(x))? Se não houver, o
que falta?
Exercícios
Nos Exercícios 1-4, preencha uma tabela do tipo a seguir: 8. Calcule~ f(x 2 + 1) com as escolhas seguintes def(u):
dx
Nos Exercícios 5-6, escreva a função como uma compostaf (g(x)) e Nos Exercícios 15-18, encontre a derivada de f o g.
23. y = cotg(4t 2 + 9) 24. y =/l=t2 64. A velocidade molecular média v de um gás num certo recipien-
te é dada por v = 29./f rn/s, onde T é a temperatura em kel-
25. y = (t 2 + 3t + 1)-512 26. y = (x 4 - x 3 - 1) 213 vins. A temperatura está relacionada à pressão (em atmosferas)
4 por T = 200 P. Encontre ddv 1 .
X+-J ) 1
27. y= ( - 28. y =sec- p P=l,5
X - 1 x
65. Com a notação do Exemplo 5, calcule
29. y = cos3 (02 ) 30. y = tg(0 + cos 0)
1 (a) .!!:.... sen 01 (b) .!!:.... (0 + !_g 0) 1
31. y = -;=.=:;:== 32. y = (Jx+T - 1)3/ 2 d0 0=60° d0 0=45°
Jcos(x 2 ) + 1
66. Suponha que f (0) = 2 e f' (0) = 3. Encontre as derivadas de
Nos Exercícios 35-62, encontre a derivada usando a regra, ou combi- (f (x)) 3 ef(7x) emx = O.
nação de regras, apropriada.
67. Calcule as derivadas de h(sen x) em x = f, supondo que
33. y = tg5x 34. y = sen(x 2 + 4x) h' (0,5) = 10.
35. y = xcos(I - 3x) 36. y = sen(x 2) cos(x 2) 68. Seja F(x) = f (g(x)), onde os gráficos de f e g estão dados na Fi-
gura 1. Dê uma estimativa de g' (2) e f' (g(2)) a partir do gráfico
37. y = (4t + 9) 112 38. y = sen(cos 0) e calcule F' (2).
39. y = (x 3 + cosx)-4 40. y = sen(cos(sen x))
4 T y ••••••••••••••c•••••••••••••• •••••••••••••••••••o•• •••••••••••••••••••••••••••••••o
51. Y = Jz+
z -1
1
Nos Exercícios 69-72, use a tabela de valores dada para calcular a
derivada da função no ponto dado.
cos(l + x )
f(x) 4 o 6
53. y = - - -
1 + cosx
54. y = sec(Jt 2 - 9) f'(x) 5 7 4
g(x) 4 1 6
1
cos(x 2) g'(x) 5 2 3
56. y = 1 +x2
79. Calcule a derivada segunda de sen(g(x)) em x = 2, supondo que Calcule dP/dh. Em seguida, dê uma estimativa da variação em
g(2) = ¾ , g' (2) = 5 e g" (2) = 3. P (em pascais, Pa) por metro adicional de altitude quando h =
3.000.
80. Uma esfera inflável tem raio r = 0,4t cm no instante t (em segun-
dos). Seja V o volume da esfera. Encontre dV/dt quando (a) r = 3 85. Conservação da energia A posição no instante t (em segun-
(b) t= 3. dos) de um peso de massa m oscilando na extremidade de uma
mola é x(t) = L sen(2nwt). Aqui, L é o comprimento máximo
81. A potência P num circuito é P = Ri 2, onde R é a resistência e i a da mola e w é a freqüência (número de oscilações por segundo).
intensidade de corrente. Encontre dP/dt em t = 2 se R = l. 000 Q Sejam v a velocidade e a a aceleração do peso.
e i varia de acordo comi= sen(4m) (tempo em segundos).
(a) Pela Lei de Hooke, a mola exerce uma força de magnitude F =
82. O preço (em dólares) de um componente de computador é -kx no peso, onde k é a constante da mola. Use a Segunda Lei de
P = 2C - L8c- 1, onde C é o custo do fabricante para produzir Newton, F = ma, para mostrar que 2nw = ,./k!m.
o componente. Supondo que o custo no instante t (em anos)
seja C = 9 + 3t- 1, detennine a TDV do preço em relação ao
(b) O peso tem uma energia cinética K = ½mv2 e potencial
U = ½kx 2. Prove que o sistema preserva a energia total E= K +
tempo em t = 3.
U, ou seja, que dE/dt = O.
83. A força F (em newtons) entre duas cargas é F = I00/ r 2, onde r
é a distância (em metros) entre elas. Encontre dF/dt em t = 10 se
a distância no instante t (em segundos) é r = 1 + 0,4t 2.
y4 + xy = x 3 - x + 2 [IJ
Nesse caso, dizemos que y está definido implicitamente. Como poderemos encontrar a
inclinação da reta tangente a um ponto do gráfico dessa equação (Figura l)? Pode ser
inconveniente, ou até impossível, resolver para y explicitamente como uma função de x,
mas podemos encontrar dy Idx usando o método da derivação implícita.
Para ilustrar, considere a equação do círculo unitário:
2
FIGURA 1 O gráfico de x + y2 = 1
y4 + xy = x 3 - x +2 Para calcular::. tomamos a derivada de ambos lados da equação e calculamos:
:x (x2+y2) = :x(l)
:X (x2) + :X (y2) = Ü
2X + :X (y2) = Ü
d
O que deveríamos fazer com o termo -
dx
(y2)?
Usamos a regra da cadeia. Se pensarmos
em y como uma função y =f (x) de x, então y2 = f (x ) 2 e, pela regra da cadeia,
d 2 d 2 df dy
- y = - f(x) = 2/(x)- = 2y -
dx dx dx dx
dy dy
A Equação (2) agora é dada por 2x + 2y- = Oe podemos resolver para -d , se y I O:
dx X
• EXEMPLO 1 Use a Equação (3) para encontrar a inclinação da reta tangente no ponto
-1 1X
P = (¾, ~) do círculo unitário (Figura 2).
No exemplo anterior, poderíamos ter calculado dyldx diretamente, sem usar derivação
implícita. O semicírculo superior é o gráfico de y = ~ e
X
=1-( l - x 2) - 1/2 (-2x)=
2
y4 + xy = x3 - x + 2
Solução Repartimos o cálculo da derivada em dois passos.
Passo 1. Derivar ambos lados da equação em relação a x .
4y3y' + xy' = 3x 2 - 1 - y
(4 y 3 + X)y' = 3x 2- 1- y
e dividimos:
, 3x2 - 1 - y
y =
4y 3 +x
CAPfTULO 3 Derivada 157
dy 1 = 3 . 12 -
1- 1 1
3 5
dx (l , l) 4-1 +1
1 1 4
A equação de reta tangente pode ser dada por y - l = 5(x - 1) ou y = 5X + s· •
ENTENDIMENTO C0NCEITUAL O gráfico de uma equação não precisa definir uma função
porque pode haver mais do que um valor de y para um dado valor de x. Contudo,
geralmente o gráfico é constituído de várias partes, denominadas ramos, cada um
dos quais realmente define uma função. Por exemplo, os ramos do círculo unitário
x 2 + y2 = 1 são os gráficos das funções y = .Jl - x 2 e y = -.Jl - x 2. Analoga-
mente, o gráfico na Figura 3 tem ramos superior e inferior. Não discutiremos as
condições precisas que devem estar satisfeitas para que esses ramos sejam derivá-
veis, o que é um tópico mais avançado que está além do objetivo deste livro. Mas
nos exemplos que apresentamos, fica claro que y' existe, se não para todo x, então
para todo x com a exceção de um certo número de valores excepcionais de x, que
são identificáveis no gráfico.
dy t2
• EXEMPLO 3 Encontre -d , ondecos(ty)
t
= -(Figura4).
y
Solução Os dois passos utilizados no exemplo anterior também são aplicáveis aqui.
y
Passo 1. Derivar ambos lados da equação em relação a t.
12
Obtemos
= -dtd (t-y )
2
-d cos(ty)
dt
d (
t
2) y ~t2 - t2dy
dt dt (Regra do quociente)
dt y = y2
t2 2ty - t 2y'
FIGURA 4 O gráfico de cos(ty) = -. -( sen(ty))(ty' + y ) =
y y2
158 CÁLCULO
2t
- + y sen(ty)
y 2ty + y 3 sen(ty)
y'
-t sen(ty) +2
t2 t 2 - ty 2 sen(ty) •
y
3.8 RESUMO
• A derivação implícita é usada para calcular dyldx quando x e y estão relacionados por
uma equação.
• Lembre-se de incluir o fator dyldx quando derivar expressões que envolvem y em rela-
ção a x. Por exemplo,
d dy
- seny = (cosy) -
dx dx
3.8 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Qual regra de derivação é utilizada para mostrar que 3. Num exame, pediu-se que um aluno derivasse a equação
d dy
- seny = cosy - ? x 2 +2xy+ y3 = 7
dx dx
2. Uma das afirmações (a)-(c) não está correta. Encontre o erro e O que o aluno errou na solução dada?
corrija-o.
2x + 2xy' + 3y2 =O
(a) .!!_ sen(y2) = 2y cos(i)
dy d
4. Qual dentre (a) ou (b) é igual a - (x sen t)?
dx
(b) .!!_ sen(x 2) = 2x cos(x 2 )
dx dt dt
(a) (x cost) - (b) (xcost) - +sent
dx dx
(e) .!!_ sen(y2) = 2y cos(y2)
dx
CAPfTU LO 3 Derivada 159
Exercícios
1. Mostre que se derivarmos ambos lados de x 2 + 2y 3 = 6, o re- (d) O valor negativo corresponde aos dois pontos do gráfico em que
sultado é 2x + 6y2y' = O.Em seguida, resolva para y' e calcule a reta tangente é horizontal. Encontre as coordenadas desses dois
dy/dx no ponto (2, 1). pontos.
25. (x + 2) 2 - 6(2y + 3)2 = 3, (1, -1) FIGURA 6 O gráfico de 3x 2 + 4y2 + 3xy = 24.
Nos Exercícios 27-30, encontre uma equação da reta tangente no 34. A Figura I mostra o gráfico de y4 + xy = x 3 - x + 2. Encontre
ponto dado. dy/dx nos dois pontos do gráfico que têm coordenada x nula e
encontre uma equação da reta tangente em ( 1, 1).
27. xy - 2y = 1, (3, 1)
35. Se a derivada dx/dy existir num ponto e dx/dy = O, então a reta
28. x 2 y 3 + 2y = 3x, (2, 1)
tangente é vertical. Calcule dxldy para a equação y4 + 1 =
29. x2/3 + y2!3 = 2, ( 1, 1) y2 + x 2 e encontre os pontos do gráfico em que a reta tangente
é vertical.
30. xl /2 + y-1 /2 = 2xy, (1, 1)
36. Derive a equação xy = 1 em relação à variável te obtenha a rela-
31. Encontre todos pontos do gráfico de y2 = x 3 - 3x + 1(Figura - dy
çao- =-- - .
y dx
5) em que a reta tangente é horizontal. dt X dt
(a) Primeiro mostre que 2yy' = 3x 2 - 3, onde y' = dy/dx. 37. Derive a equação x 3 + 3xy2 = 1 em relação à variável t e ex-
(b) Não resolva para y'. Em vez disso, faça y' = Oe resolva para presse dyldt em termos de dx/dt, como no Exercício 36.
x. Isso dá dois valores possíveis de x em que a inclinação pode
ser zero. Nos Exercícios 38-39, derive a equação em relação a t e calcule dyldt
em termos de dxldt.
(e) Mostre que os valores positivos de x não correspondem a pontos
do gráfico. 38. x 2 - y2 = 1 39. y4+2xy+x 2 =0
160 CÁLCULO
40. l'.SJ O volume V e a pressão P de um gás num pistão (que va- 45. A equação xy = x 3 - 5x 2 + 2x - 1 define a curva tridente
riam com o tempo) satisfazem Pv 312 = C, onde C é uma cons- (Figura 9), assim batizada por Isaac Newton em seu tratado sobre
tante. Prove que curvas publicado em 1710. Encontre os pontos em que a reta tan-
gente ao tridente é horizontal, da maneira seguinte.
dP/dt 3 P
(a) Mostre que xy' +y = 3x 2 - lOx + 2.
dV /dt 2 V
(b) Faça y' = O em (a), substitua y por x- 1(x 3 - 5x 2 + 2x - 1) e
O quociente das derivadas é negativo. Isso poderia ter sido pre- resolva a equação resultante para x.
visto a partir da relação P V 312 = C?
y
41. O fólio de Descartes é a curva de equação x 3 + y 3 = 3xy (Fi-
gura 7). Essa curva foi estudada pela primeira vez em 1638 pelo
filósofo-matemático francês René Descartes, que escolheu o
nome fólio, que significa folha. O cientista Gilles de Roberval,
colega de Descartes, a chamava de "flor de jasmim". Ambos
acreditavam, erroneamente, que o formato de folha do primeiro
quadrante era repetido nos demais quadrantes, dando-lhe um as-
pecto de quatro pétalas de uma flor. Encontre uma equação para -20
a reta tangente a essa curva no ponto ( j, Í ).
FIGURA 9 A curva tridente: xy = x 3 - 5x 2 + 2x - 1.
y
46. Encontre uma equação da reta tangente à curva de equação
2
(x 2 + y2 - 4x) 2 = 2(x 2 + y2) nos quatro pontos em que
x = 1. Essa curva (Figura 10) é um exemplo de um limaçon
de Pascal, assim denominado em homenagem ao pai do fi-
lósofo francês Blaise Pascal, que, em 1650, foi o primeiro a
descrevê-la.
-2 y
(b) Calcule dyldx (em termos de b) no ponto do gráfico em que FIGURA 10 O limaçon: (x 2 + y2 - 4x) 2 = 2(x 2 + y2).
y =O.Como é que esse valor varia quando b-+ oo? Sua con-
clusão é confirmada pelos seus gráficos? 47. Encontre equações das retas tangentes nos pontos em que x = 1
ao fólio (Figura 11) de equação
44. Mostre que são verticais as retas tangentes em x = 1 ± -/2 à
curva de equação (x - 1) 2 (x2 + y2) = 2x 2, denominada con-
cóide (Figura 8).
y y
49. CR S Use um sistema algébrico computacional para esboçar 51. Use o método do exercício precedente para mostrar que
a equação y2 = x 3 - 4x para -4 :'.:: x , y :'.:: 4. Mostre que se y" = - y - 3 se x2 + y2 = 1.
dxldy = O, então y = O. Conclua que a reta tangente é vertical
nos pontos em que a curva corta o eixo x. Isso é confirmado 52. Calcule y 11 no ponto (1, 1) da curva xy2 + y - 2 = O, da manei-
pelo seu gráfico? ra seguinte.
(a) Encontre y' por derivação implícita e calcule y' no ponto (1, 1).
Nos Exercícios 50-53, use derivação implícita para calcular deriva-
(b) Derive a expressão para y' encontrada em (a) e então calcule y" em
das superiores.
(1, 1) substituindo x = 1, y = 1 e o valor de y' encontrado em (a).
50. Considere a equação y 3 - ;x = 2 l.
53. Use o método do exercício precedente para calcular y" no ponto
(a) Mostre que y' = x/ y2 e derive novamente para mostrar que 1)
(i, do fólio de Descartes de equação x 3 + y 3 = 3xy.
2
y
-1
Solução O primeiro passo em qualquer problema de taxas relacionadas é a escolha das va-
riáveis para as quantidades relevantes. Como estamos considerando a variação de posição
do alto e da base da escada, usamos as variáveis (Figura 2):
Ambos x eh são funções do tempo. A velocidade da base é dx/dt = 3 pés/s. Como a velo-
X cidade do alto é dh/dt e a distância inicial da base à parede é x(O) = 5, podemos reformu-
FIGURA 2 As variáveis x eh. lar o problema como
dh dx
Calcular dt em t = 1 sabendo que dt = 3 pés/se x(O) = 5 pés
Para resolver esse problema, precisamos de uma equação que relacione x e h (Figura
2). Isso é fornecido pelo Teorema de Pitágoras:
d d d
- x 2 + - h 2 = -1 62
dt dt dt
dx dh
2x- + 2h- = 0
dt dt
~ .d d d ,
Isso 1omece -dh = - -
x dx dx ,
- e, como - = 3 pes1s, ave1oc1 a e o a1to e
dt h dt dt
-dh = X
- 3- pés/s [IJ
dt h
X h dh/dt
Para aplicar essa fórmula, precisamos encontrar x e h no instante t = 1. Como a base se
afasta a 3 pés/se x(O) = 5, temos x(l) = 8 e h(l) = JI62 - 82 ~ 13,86. Portanto,
o 5 15,20 - 0,99
1 13,86 - 1,73
-dh I = - 3
8
x(l) 8 - ~ -1,7 pes/s
,
2
3
li
14
11,62
7,75
-
-
2,84
5,42
dt t=I
- ~ -3-
h(l) 13,86 •
Esta tabela de valores confirma que Nos próximos exemplos, dividimos a resolução em três passos que podem ser utiliza-
o alto da escada está aumentando a
velocidade. dos na resolução de exercícios.
-dV = , ,
taxa segundo a qual a agua esta sendo acrescentada ao tanque
dt
dV = 6 dh
dt dt
dh l dV 1
- = - - = -(3) = 0,5 pés/min
dt 6 dt 6
Observe que as unidades de dh/dt são pés/min, pois h e t estão em pés e minutos,
respectivamente. •
dh
Calcular dt em h = 5 sabendo que -dV
dt
= lüpes, 3 /mm.
10
Passo 2. Encontrar uma equação que relacione as variáveis e derivar.
O volume é V=½ nhr 2, onde ré o raio do cone de altura h, mas não podemos usar
essa relação enquanto não eliminarmos a variável r. Usando a semelhança de triân-
gulos da Figura 4, vemos que
FIGURA 4 Por semelhança de triângulos,
h IO r 4
= = 10 ou r = 0,4h
r 4 h
164 CÁLCULO
(0,16)nh 2 dh = 10
dt
dh 10 20
dt (0,16)nh 2 ~ h2
Quando h = 5, o nível d'água está subindo a dh/dt ~ 20/5 2 = 0,8 pés /min.
3
2
(b) A Equação (4) mostra que dhldt é inversamente proporcional a h • Quando h cresce,
FIGURA 5 Quando h for maior, precisa o nível d'água sobe mais lentamente. Isso é razoável, pois se considerarmos que uma fatia
de mais água para elevar o nível d'água fina de água, de altura fJ.h, tem mais volume quando h for maior, então precisaremos de
por ó.h. mais água para subir o nível quando h for maior (Figura 5). •
,/...../ .....··1·i' y
Calcular dy 1 sabendo que de = 0,5 rad/min quando 0 = ~
,.,/ 1 dt 0-"
-J
dt 3
_,/ 1
/ !
/ 9 Passo 2. Encontrar uma equação que relacione as variáveis e derivar.
10km Precisamos de uma relação entre 0 e y. Como podemos ver na Figura 6,
t=O t=1 t=2 t=3 Para o próximo exemplo, recordemos o seguinte fato: se um objeto estiver localizado
em x = A no instante t = Oe se ele se mover ao longo do eixo x a uma velocidade constan-
te v, então sua posição no instante t é dada por x = A + vt. Por exemplo, se v = 3 km/h,
então o posição do objeto é dada por A+ 3t km (ver Figura 7).
A A+3 A+6 A+9 • EXEMPLO 5 Um trem viaja a 120 rni/h (milhas por hora) para o oeste em direção
FIGURA 7 O movimento ao longo a Denver, enquanto um segundo trem viaja a 90 mi/h para o norte a partir de Denver
do eixo x (começando em A) com (Figura 8). No instante t = O, o primeiro trem está 1O milhas a leste e o segundo trem
velocidade constante 3. 20 milhas ao norte da estação de Denver. Calcule a taxa segundo a qual varia a distância
entre os dois trens
(a) no instante t = Oe (b) 10 minutos depois.
90mih
Solução
1i \,\ Passo 1. Escolher variáveis e reformular o problema.
y
x = distância em milhas entre o trem do leste e a estação
°"'~' ····<-............. y = distância em milhas entre o trem para o norte e a estação
X
~--
120mih
e= distância em milhas entre os dois trens
As velocidades dos trens são dx/dt e dyldt, portanto nosso problema pode ser refor-
FIGURA 8 Posição e direção de trens. mulado como segue:
Observe que dx/dt é negativa, pois o trem está indo para o oeste (para a esquerda).
Passo 2. Encontrar uma equação que relacione as variáveis e derivar.
As variáveis estão relacionadas pelo Teorema de Pitágoras
e2 = x2 + y2
Derivando em relação a t:
dx dy
de X dt + y dt
=----
dt e
Passo 3. Usar os dados para encontrar a derivada desconhecida.
Substituindo dx/dt = - 120 e dyldt = 90 na Equação (6), obtemos
(b) Pela observação que precede este exemplo, as coordenadas dos trens como função do
tempo são
X= 10 - 120t, y = 20 + 90t
Depois de 10 minutos, ou t = ¼hora,
Portanto, por (7), a distância entre os trens está variando a uma taxa de
-120(-10) + 90(35) 4.350 O .
dei ----;:=========--
2
: : : - - : : : 12 m1h •
dt t=! J(-10) +352 36,4
3.9 RESUMO
• Os problemas de taxas relacionadas nos defrontam com situações em que uma ou mais
variáveis estão relacionadas por uma equação. Devemos calcular a TDV de uma das
variáveis em temos das TDV das outras variáveis.
• Se possível, faça um diagrama. Pode ser útil dividir a solução em três passos:
Passo 1. Escolher variáveis e reformular o problema.
Passo 2. Encontrar uma equação que relacione as variáveis e derivar.
Isso nos dá uma equação relacionando as derivadas conhecidas com as desconhecidas.
Lembre que não devemos substituir as variáveis por valores antes de ter terminado de
calcular todas derivadas.
Passo 3. Usar os dados para encontrar a derivada desconhecida.
• Os dois fatos da Geometria que mais aparecem em problemas de taxas relacionadas
são o Teorema de Pitágoras e a relação entre triângulos semelhantes (as razões de lados
correspondentes são iguais).
3.9 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Escolha variáveis e reformule (mas não resolva) o problema se- Nos Exercícios 3-4, suponha que um copo cilíndrico de 4 cm de raio
guinte em termos de derivadas conhecidas e desconhecidas: quão seja enchido de água. As variáveis V eh denotam o volume e o nível e
rápido aumenta o volume de um cubo se seu lado está aumentan- de água no instante t, respectivamente.
do a uma taxa de 0,5 cm/s?
3. Reformule em termos das derivadas dV/dt e dhldt: quão rápido
2. Obtenha a relação entre dV/dt e dr/dt se está subindo o nível d'água se a água está sendo colocada a uma
3
taxa de 2 cm /min?
Exercícios
Nos Exercícios 1-2, considere uma banheira retangular cuja base tem 2. A que taxa está sendo colocada a água se o nível d'água estiver
18pé/ . aumentando a uma taxa de 0,8 pés/min?
1. A que taxa aumenta o nível d' água se a água estiver sendo colo- 3. O raio de uma mancha circular de óleo expande a uma taxa de 2
cada a uma taxa de 0,7 pés3/min? m/min.
CAPfTULO 3 Derivada 167
(a) A que taxa aumenta a área da mancha de óleo quando o raio me-
dir 25 m?
(b) Se o raio for Ono instante t = O, a que taxa aumenta a área depois .•........' ·-...•. ·-...
de 3 minutos?
Nos Exercícios 5-8, suponha que o raio r de uma esfera esteja expan- X
5. Determine a taxa segundo a qual está variando o volume em rela- 15. Num dado momento, um avião passa a 6 milhas diretamente aci-
ção ao tempo quando r = 8 pol. ma de um controle de radar.
(a) Se a velocidade do avião for de 500 mi/h, com que velocidade varia
6. Determine a taxa segundo a qual está variando o volume em relação a distância entre o avião e o radar depois de meia hora?
ao tempo quando t = 2 minutos, supondo que r = Oquando t = O.
(b) Quão rapidamente varia a distância entre o avião e o radar quan-
7. Determine a taxa segundo a qual está variando a área da superfí- do o avião passa diretamente acima do radar?
cie em relação ao tempo quando o raio é r = 8 pol.
16. No contexto do Exercício 15, suponha que a reta que passa pelo ra-
8. Determine a taxa segundo a qual está variando a área da super- dar e o avião faça um ângulo de ecom a horizontal. Com que velo-
fície em relação ao tempo quando t = 2 minutos, supondo que cidade varia e IOminutos depois do avião passar acima do radar?
r = 3 quando t = O.
17. Um balão subindo verticalmente é observado a 2 milhas de dis-
9. Uma estrada perpendicular a uma rodovia leva a uma casa de tância do ponto em que iniciou a subida. Num dado momento, o
campo a uma milha da rodovia (Figura 9). Um automóvel na ro- ângulo entre a linha de visão do observador e a horizontal é de
dovia passa pela entrada da estrada a 60 mi/h. A que velocidade ~ e varia a uma taxa de 0,2 rad/min. Nesse instante, quão rápido
aumenta a distância entre o carro e a casa quando o carro estiver está subindo o balão?
a 3 milhas da entrada da estrada?
18. Quando um homem se afasta de um poste de luz de 12 pés, a
ponta de sua sombra tem o dobro da velocidade do homem. Qual
é a altura do homem?
14. Um homem de 6 pés de altura se afasta de um poste de luz de 25. Suponha que tanto o raio r quanto a altura h de um cone circular
15 pés a uma velocidade de 3 pés/s (Figura 10). Encontre a taxa variem a uma taxa de 2 cm/s. Quão rapidamente cresce o volume
segundo a qual o comprimento de sua sombra cresce. do cone quando r = 10 cm eh= 20 cm?
168 CÁLCULO
26. Uma partícula se move no sentido anti-horário em tomo da elipse 32. Um carro passa numa rodovia a 35 mi/h. Um observador está
de equação 9x 2 + 16y2 = 25 (Figura 11). parado a 500 pés da rodovia. (Nota: 1 milha= 5280 pés.)
(a) A que taxa está aumentando a distância entre o observador e o
5 y carro no instante em que o carro passa em frente ao observador?
4 Sua resposta pode ser justificada sem recorrer a contas?
(b) A que taxa está aumentando a distância entre o observador e o
carro 1 minuto mais tarde?
1
3 Nos Exercícios 33-34, suponha que a pressão P (em quilo-pascais) e
3
5 o volume (em cm ) de um gás em expansão estejam relacionados por
4 P vb = C, onde b e C são constantes. (Isso é válido para expansões
FIGURA 11 adiabáticas, em que não ocorre transferência de calor.)
FIGURA 12
29. Um avião voando a uma altitude de 20.000 pés passa diretamente
acima de um observador no instante t = O. Um minuto depois
ele observa que o ângulo entre a vertical e a linha de visão até o 37. De um tanque d' água com o formato de um cone circular de
avião é 1,14 radiano e que esse ângulo varia a uma taxa de 0,38 raio igual a 300 cm e altura de 500 cm, vaza água do vértice a
rad/min. Calcule a velocidade do avião. uma taxa de 10 cm3 por minuto. Encontre a taxa de variação
segundo a qual o nível d' água está decrescendo quando o nível
30. Calcule a taxa (em cm2/s) segundo a qual o ponteiro de segun- estiver em 200 cm.
dos de um relógio circular varre a área como uma função do
raio do relógio. 38. Duas trilhas paralelas estão a 50 pés de distância. Sabrina corre
para o oeste em uma das trilhas a 6 mi/h e Júnior caminha para
31. Uma atleta corre voltas numa pista circular de raio igual a 60 pés. o leste na outra trilha a 4 mi/h. (Nota: 1 milha= 5280 pés.) Se
Sejam (x, y) suas coordenadas, em que a origem está no centro da eles se cruzarem no instante t = O, a que distância estarão 3 s
pista. Quando as coordenadas da atleta são (36, 48), sua coorde- depois e quão rápido estará aumentando a distância entre eles
nadas x está variando a uma taxa de 14 pés/s. Encontre dyldt. naquele instante?
. I d h , f (0,7 + h) - f(0,7). ,. . _
2• Para quais va ores e e h 1gua1a me1maçao
da reta secante entre os pontos em que x = O, 7 e x = 1, 1?
5
4
, . . f (0,7 + h) - f(0,7)
3 3. De uma estimativa de h para h = 0,3. Esse
2
número é maior ou menor do que f' (0,7)?
Nos Exercícios 5-8, calcule f ' (a) usando a definição via limite e en- 21. A altura h(t) de uma menina (em centímetros) é medida no ins-
contre uma equação da reta tangente ao gráfico def(x) emx = a. tante t (em anos) para O:'.S t :'.S 14:
5. f (x) = x 2 - x, a = l 6. f (x) =5- 3x, a= 2 52; 75,1; 87,5; 96,7; 104,5; 111,8; 118,7; 125,2;
7. f(x)=x- 1, a=4 8. f(x) =x3, a= - 2 131,5; 137,5; 143,3; 149,2; 155,3; 160,8; 164,7
Nos Exercícios 9-12, calcule dyldx usando a definição via limite. (a) Qual é a taxa de crescimento média da menina ao longo do pe-
ríodo de 14 anos?
9. y = 4- x 2 10. y = ./2x + 1 (b) A taxa de crescimento média é maior ao longo da primeira ou da
1 1 segunda metade desse período?
11. y= - - 12. y =
2- x (x - 1)2 (e) Dê uma estimativa de h' (t) (em cm/ano) para t = 3 e 8.
Nos Exercícios 13-16, expresse o limite como uma derivada. 22. O período P de um planeta, ou seja, o tempo em anos que o
planeta leva para completar uma revolução ao tomo do Sol, é
.JT+7i - 1 . x3 + 1
13. lim 14. 11m - - aproximadamente 0,001 IA 312, onde A é a distância média (em
1r~o h x ~ -1 X+ )
milhões de milhas) do planeta ao Sol.
. sen t cos t cos 0 - sen 0 + 1 (a) Calcule P e dP/dA para Marte usando o valor A= 142.
15. 11m --- 16. lim - - - - - -
,~ ir: t - n e~ ir: e- n (b) Dê uma estimativa do aumento de P se A for aumentado para 143.
17. Encontref(4) e !'(4) se a reta tangente ao gráfico def (x) em
Nos Exercícios 23-24, use a tabela de valores seguinte com os núme-
x = 4 tiver equação y = 3x - 14.
ros A(t) de automóveis (em milhões) fabricados nos EUA no ano t.
18. Cada gráfico na Figura 2 mostra o gráfico de uma função f (x) e
sua derivada J' (x ). Determine qual é o gráfico da função e qual é t 1970 1971 1972 1973 1974 1975 1976
o da derivada. A(t) 6,55 8,58 8,83 9,67 7,32 6,72 8,50
2 2
(1) (II) (III)
b1 ~; df,
~ VF
\ í I x
~
X
31. y
x+ I
29. y= - -
x2 + 1
= (x4 - 9x) 6
3
º· y
3t - 2
= 4t - 9
49, y = J+ J +
X X ,/x 50. y = cos(cos(cos(0)))
Candidato A 44,8% 46,8% 48,3% 49,3% 77. X+ y = J3x2 + 2y2 78. y = sen(x + y)
CandidatoB 55,2% 53,2% 51,7% 50,7%
79. tg(x + y) = xy 80. (senx)(cosy) =x 2 -y
172 CÁLCULO
81. Encontre os pontos do gráfico de x 3 - y 3 = 3xy - 3 nos quais 87. Uma fonte de luz move-se a 3 pés/s e se aproxima de um ho-
a reta tangente é horizontal. mem de 6 pés parado a 12 pés de uma parede (Figura 8). A luz
está 3 pés acima do nível do chão. A que velocidade está se
82. Encontre os pontos do gráfico de x 213 + y2!3 = I nos quais a movendo a ponta P da sombra do homem quando a luz estiver a
reta tangente tem inclinação 1. 24 pés da parede?
6pés
y 3 pés
12 pés
FIGURA 8
FIGURA 7
A aproximação linear usa a derivada para obter uma estimativa de D. f sem calcular
essa variação exatamente. Por definição, a derivada é o limite
Portanto, quando !:J.x for pequeno, temos !:J.f/ t:J.x ~ J' (a) e, assim,
!:J.f ~ J'(a)!:J.x
f(a + t.x)
Quando utilizamos E como uma Não esqueça dos diferentes papéis desempenhados por !1f e J' (a) !1x. A quantidade
estimativa da quantidade A, o "erro" é que nos interessa é !1f e utilizamos J' (a) !1x para obter uma estimativa dessa quantidade.
1definido pelo valor absoluto IA - E].
Mais importante, a aproximação linear nos diz que existe uma relação quase linear entre
!1f e 11x, para !1x pequeno.
1 1
• EXEMPLO 1 Use a aproximação linear para dar uma estimativa de l0, - . Qual é
2 10
a precisão de aproximação obtida?
1
Solução Aplicamos a aproximação linear à função f (x) = - , com a= 10 e !1x = 0,2:
X
1 1
!1f = f(l0,2) - f(l0) = l0, - l0 ~ J'(10)!1x
2
1 1
- - - ~ J'(10)/1x =- (0,01)(0,2) = - 0,002
10,2 10
O erro na aproximação linear é a Quão precisa é essa aproximação? Uma calculadora dá o valor
quantidade
1 1
Erro= 1/:;f -J'(a)ôx l - - - ~ -000196
10,2 10 '
A aproximação linear nos diz que essa equação está aproximadamente correta com inter-
valos de tempo pequenos, mesmo se a velocidade for variável. Se s(t) denotar a posição de
um objeto no instante t e 6.s for a variação na posição ao longo de um intervalo de tempo
[to , to + 6.t] pequeno, então
FIGURA 2 Um transdutor de posição De acordo com a aproximação linear, 6.L é aproximado pela derivada vezes ó. T:
com cabo (fabricado pela firma Space
dl
Age Control, Inc.). Numa aplicação, foi
utilizado um transdutor para comparar
6.L ~ -6.T ~ (5,8 x 10-5 )(5)
dT
= 2,9 x 10-4 pol
•
as variações na posição do acelerador
de um carro de Fórmula 1 enquanto o No próximo exemplo, tomamos h = 6.x e escrevemos a aproximação linear na forma
piloto faz as mudanças de marcha. equivalente:
• EXEMPLO 4 Perda de peso num avião A lei da gravitação de Newton pode ser usada
para mostrar que se um objeto pesa w libras (abreviatura: 1b) na superfície da Terra, então
seu peso a uma distância x do centro da Terra é de
wR2
W(x) =- (para x ~ R)
X2
onde R = 3.960 milhas é o raio da Terra. Dê uma estimativa da perda de peso de um joga-
dor de futebol americano de 200 lb num caça a 7 milhas de altitude.
176 CÁLCULO
TABELA 1 Perda de peso real e Solução Usamos a Equação (2) com a= 3.960. Ao passar da superfície da Terra (x = 3.960)
aproximada para uma para uma altitude h (x = 3.960 + h), o peso de um objeto sofre uma variação de
pessoa de 200 lb
Altitude aw Aprox.
.0.W = W(3.960+h)-W(3.960) ~ W' (3.960)h
(milhas) (libras) linear
Temos
o o o
2 2
1
2
-0,10097
-0,20187
-0,101
-0,202
W'(x) = .!!:._ (wR2 ) = _ 2wR
dx x x3
3 -0,30269 -0,303
4 -0,40343 -0,404 2wR2 2w(3.960) 2
W' (3.960) = - _ = - _ ~ -0,000505w
5 -0,504IO -0,505 3 9603 3 9603
6 -0,60469 -0,606
7 -0,70520 -0,707 O peso do jogador é w = 200, portanto W'(3.960) ~ -(0,000505)(200) = -0,101.
Pela Equação (2), .ô. W ~ -0,lOlh ou, mais simplesmente, .ô. W ~ -0,lh. Em outras pa-
lavras, o jogador perde aproximadamente um décimo de libra por milha de altitude a
mais. A uma altitude de h = 7 milhas, a perda de peso é .ô. W ~ -0,7 lb. A Tabela 1 com-
para .ô. W com a aproximação-0,lOlh. •
Suponha que tenhamos medido o diâmetro de um círculo como sendo D e que use-
mos esse resultado para calcular a área do círculo. Se nossa medição do diâmetro for
inexata, o cálculo da área também será inexato. Qual é o efeito de um erro de medição
sobre o cálculo da área resultante? Isso pode ser estimado pela aproximação linear, como
no exemplo seguinte.
• EXEMPLO 5 Efeito de medição inexata A Companhia Bonzo de Pizzas alega que suas
pizzas são circulares com 18 polegadas de diâmetro.
(a) Qual é a área da pizza?
(b) Dê uma estimativa da quantidade de pizza perdida ou ganha se o cozinheiro da Bonzo
errar o diâmetro por no máximo 0,4 polegadas (Figura 3).
FIGURA 3 A borda da pizza fica Solução Para começar, precisamos de uma fórmula da área A de um círculo em termos de
realmente entre os círculos tracejados. seu diâmetro D. Como o raio é r = D/2, a área é
2
2 D 11: 2
A(D) = 11:r = 11: ( =
2) 4D
(a) A área de uma pizza de 18 polegadas é A(l8) = (¾)08) 2 ~ 254,5 pol 2.
(b) Se o cozinheiro errar na fabricação e o diâmetro real for de 18 + .ô.D, então a perda
Nesse exemplo, interpretamos t.A ou ganho na área da pizza é de .ô.A = A(18 + .ô.D) - A(l8). Observe que A' (D) = Í D
como o erro possível no cálculo de e A' (18) = 911: ~ 28,3 pol, de modo que a aproximação linear fornece
A(D). Isso não deve ser confundido
com o erro na aproximação linear. Esse
último erro se refere à precisão no uso
.ô.A = A(l8 + .ô.D) - A(l8) ~ (28,3) .ô.D
de A' (D) t.D para aproximar t.A.
Como .ô.D é no máximo ±0,4 pol, a perda ou ganho na pizza fica em torno de
Linearização
y =L(x) Reescrevendo a aproximação linear em termos da variável x = a + tu, podemos aproxi-
mar o próprio valor def (x), em vez da variação f:..f Então
Aproximando/(x) por sua linearização Suponha quef seja derivável em x =a.Se x esti-
ver perto de a, então
, l 1 1
L(x) = f(l) +f ( l )(x - 1) = 1 + (x - 1) =
2 2 +2x
•
A linearização no exemplo precedente pode ser usada para aproximar f (x) = ,jx
5 9
perto de a = 1. A tabela seguinte compara três dessas aproximações com o valor de ,jx
FIGURA 5 O gráfico da linearização de obtido numa calculadora. Como poderia ter sido antecipado, o erro é grande para x = 9,
f(x) = ,Jx ema= 1. pois 9 não está perto do centro a = 1 (Figura 5).
No exemplo seguinte, calculamos o erro percentual, que muitas vezes é mais impor-
tante que o próprio erro. Por definição,
• EXEMPLO 7 Use a linearização para dar uma estimativa de tg(¾ + 0,02) e calcule o
erro percentual.
178 CÁLCULO
1,0408 - 1,041
erro percentual ~ - - - - - x 100 ~ 0,08%
1 1,0408
y Otamanho do erro
Os exemplos nesta seção podem ter convencido o leitor que a aproximação linear dá uma
boa aproximação de !),,j = f(a + h) - f (a) quando h for pequeno, mas se quisermos
confiar na aproximação linear, precisamos saber mais sobre o tamanho do erro:
'1
/ f!: '
~ ,.,
......... ____ (a,f(a)) ":
... _____ ., ! (a,f(a))
~ rn
~
onde K é o valor máximo de I f" (x) 1 no intervalo de a a a + h. Essa é uma relação quan-
titativa entre o erro E e o tamanho da derivada segunda. Também mostra que o erro E é
de ordem dois em h, o que significa que E não é maior do que uma constante vezes h2.
Assim, se h for pequeno, digamos, h = 10-n, então E é substancialmente menor porque
tem ordem de magnitude h2 = 10- 2n.
CAPITULO 4 Aplicações da Derivada 179
A estimativa do erro também nos diz que a precisão aumenta quando tomamos inter-
valos cada vez menores em torno de x = a. Isso é uma versão mais exata da propriedade
de "linearidade local" de funções deriváveis que estudamos na Seção 3.2.
4.1 RESUMO
• Seja ~f = f (a + ~x) - f (a). A aproximação linear é a estimativa
1 ~f ~ J'(a)~x 1
4.1 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Dê uma estimativa de g (1 ,2) - g (1) se g' (l) = 4. 4. Discuta como a aproximação linear torna a afirmação seguinte
mais precisa: a sensibilidade da saída em relação a uma pequena
2. Dê uma estimativa de f (2, l }, sabendo que f (2) = l e f 1 (2) = 3. variação na entrada depende da derivada.
3. A velocidade de um trem num dado instante é 110 pés/s. Qual é 5. Suponha que a linearização def(x) em a= 2 seja L(x) = 2x + 4.
a distância percorrida pelo trem durante o próximo meio segundo O que valemf (2) e f' (2)?
(use aproximação linear).
Exercícios
Nos Exercícios 1-4, use a aproximação linear para dar uma estimati- 8. f(x) = senx, a= O, õ.x = 0,02
va de N(3,02) - f(3) para a função dada.
9. f(x) = tg x, a= ¾, õ.x = 0,013
1. f (x) =x2 2. f(x) = x4 10. f(x) = cosx, -
a- 1C
4, ó.X= 0,03
1
3. f(x) = X- 1 4. f(x) =- Nos Exercícios 11-16, dê uma estimativa da quantidade dada
x +l
usando a aproximação linear e encontre o erro usando uma cal-
Nos Exercícios 5-10, dê uma estimativa de /'),.fusando a aproximação culadora.
linear e use uma calculadora para calcular o erro e também o erro
percentual. 11. ./26-./25 12. 16,5 114 - 16 114
17. A raiz cúbica de 27 é 3. Quanto maior é a raiz cúbica de 27,2? Dê da perda de peso do astronauta por milha adicional na altitude
uma estimativa usando a aproximação linear. acima de 2.000.
18. O que é maior: Jf,T - ./2 ou J9:T - .,/§? Explique usando a 31. O volume V de um certo gás (em 1) está relacionado à pressão P
aproximação linear. (em atm) pela fórmula PV = 24. Suponha que V= 5 com erro
possível de ±0,5 Iitro.
19. Dê uma estimativa de sen 61 ° - sen 60° usando a aproximação
(a) Calcule P e dê uma estimativa do erro possível.
linear. Observação: é necessário expressar 110 em radianos.
(b) Dê uma estimativa de erro máximo possível em V se P deve ter
20. Um fio fino de prata tem comprimento L = 18 cm quando a um erro de 0,5 atm, no máximo.
temperatura é de T = 30ºC. Dê uma estimativa do comprimen-
to quando T = 25ºC se o coeficiente de expansão termal for 32. A dosagem D de difenidramina para um cão de massa corpórea
k = 1,9 x Io-50 c- 1 (ver Exemplo 3). w kg é D = kw 213 mg, onde k é uma constante. Um cocker spa-
niel tem uma massa de 10 kg numa tabela de veterinário. Dê uma
21. A pressão atmosférica P numa altitude h = 40.000 pés é de estimativa do erro tolerável máximo em w se o erro percentual na
390 lb/pés • Dê uma estimativa de P a h = 41.000 pés se
2
dosagem D deve ser inferior a 5%.
dP /dhlh= 4o.ooo = -0,0188 lb/pé3m.
Nos Exercícios 33-38, encontre a linearização em x = a.
22. A resistência R de um fio de cobre à temperatura T = 30ºC é de
n
R = 15 Q. Dê uma estimativa da resistência quando T = 22ºC, 33. y = cosx senx, a= O 34. y = cosx senx, a= -
4
supondo que dR/dTIT= 20 = 0,06 Q/º C.
35. y = (l +x)- 112, a= O
23. O lado s de um tapete quadrado foi medido como sendo de 6 pés.
Dê uma estimativa do erro máximo na área do tapete se a preci- 36. y = (1 +x)- 112, a= 3
são de s for de meia polegada.
37. y = (1 + x 2 )- 112 , a= O
24. Um balão esférico tem um raio de 6 pol. Dê uma estimativa da senx n
variação no volume e área de superfície se o raio for aumentado 38. y = ~· a= 2
em0,3 pol.
39. iCG~ Dê uma estimativa de ./16,2 usando a linearização L(x)
25. Uma pedra lançada verticalmente no ar, com velocidade inicial v de/ (x) = ,Jx em a= 16. Esboce o gráfico de/ (x) e L(x) no
pés/s, alcança uma altura máxima de h = v2 /64 pés. mesmo par de eixos e determine se a estimativa é muito grande
(a) Dê uma estimativa de !lh se v for aumentado de 25 para 26 pés/s. ou muito pequena.
(b) Dê uma estimativa de !lh se v for aumentado de 30 para 31 pés/s.
40. iCG~ Dê uma estimativa de 1/J'Is usando uma linearização
(e) Em geral, decida se um aumento de I pé/s na velocidade inicial L(x) conveniente de/ (x) = I/,Jx. Esboce o gráfico de/ (x) e
causa uma variação maior na altura máxima alcançada quando a L(x) no mesmo par de eixos e determine se a estimativa é muito
velocidade for maior ou menor? Explique. grande ou muito pequena. Use uma calculadora para calcular o
erro percentual.
26. Se o preço de uma passagem de ônibus de Albuquerque para Los
Alamos for fixado em x dólares, uma companhia de transporte Nos Exercícios 41-46, aproxime usando linearização e use uma cal-
coletivo obtém uma receita mensal de R(x) = I,Sx - 0,0Ix 2 culadora para calcular o erro percentual.
(em milhares de dólares).
(a) Dê uma estimativa da variação na receita se o preço for aumenta- 41 . ./17 42. _l_ 43. (17) 114
do de $50 para $53. ./17
(b) Suponha que x = 80. Como será afetada a receita por um peque- 44. (27,03) 113 45. (27,001) 1/ 3 46. (1 ,2) 513
no aumento no preço? Explique usando a aproximação linear.
47. ICG!I Esboce o gráfico def(x) = tg x e sua linearização L(x) em
27. A distância de frenagem de um automóvel (depois de acionado o 1t de eixos.
.
=
freio) é aproximadamente F (s) = 1, Is + 0,054s 2 pés, onde sé
a
4 no mesmo par
a velocidade em mi/h. Use a aproximação linear para dar uma es- (a) A linearização sobreestima ou subestima/(x )?
timativa da variação na distância de frenagem por mi/h adicional
(b) Esboçando y = f(x) - L(x) e y = 0,1 no mesmo par de eixos, mostre
quando s = 35 e quando s = 55.
que o erro lf (x) - L(x)I é no máximo 0,1 para 0,55 :S x ::S 0,95.
28. João obtém 40 cm como a medida da circunferência C de uma bola (e) Encontre um intervalo de valores de x no qual o erro é no máxi-
esférica e passa a calcular o volume dessa esfera. Dê uma estimati- mo 0,05.
va do erro máximo possível em V se o erro em C é de, no máximo,
1
2 cm. Lembre que C = 2nr e V = nr 3, onde ré o raio da bola. 48. iê1íl Calcule a linearização L(x) de f (x) = x 2 - x 312 em
a = 2. Em seguida, esboce o gráfico de f (x) - L(x) e encontre
29. Dê uma estimativa da perda de peso por milha de altitude a mais um intervalo contendo a= 1 tal que lf(x) - L(x)I :S 0,1.
de um piloto de 130 libras. A que altitude ele pesaria 129,5 li-
bras? Ver Exemplo 4. Nos Exercícios 49-50, use o fato seguinte, deduzido das leis de Newton:
um objeto lançado num ângulo(} com velocidade inicial v pés/s percor-
30. Quanto pesaria um astronauta de 160 libras num satélite em ór- re uma distância total de s = ,bv 2 sen 20 pés (Figura 8).
bita terrestre a uma altitude de 2.000 milhas? Dê uma estimativa
CAPITULO 4 Aplicações da Derivada 181
49. Um jogador a 18,1 pés da cesta salta para lançar a bola desde uma 50. Dê uma estimativa da variação na distância s do lançamento se o
altura de 10 pés (no nível da cesta) com um ângulo de e = 34° e ângulo variar de 50° para 51 ° para v = 25 pés/s e para !::,. e= 30
velocidade inicial de v = 25 pés/s. pés/s. O lançamento é mais sensível ao ângulo quando a veloci-
dade é maior ou menor? Explique.
C(t)
mg/ml 4.2 Valores extremos
0,002
Em muitas aplicações, um problema importante é encontrar a valor mínimo ou máximo
0,001 de alguma função f (x). Por exemplo, um médico precisa determinar a concentração máxi-
ma de um medicamento na corrente sangüínea de um paciente quando esse medicamento
for administrado. Isso corresponde a encontrar o ponto mais elevado do gráfico da função
2 4 6 8 10 C(t) da concentração do medicamento no instante t (Figura 1).
t (Horas) Os valores máximo e mínimo (que, às vezes, abreviamos por "max" e "min", res-
FIGURA 1 A concentração C(t) do
pectivamente) são denominados valores extremos ou, simplesmente, extremos da fun-
medicamento na corrente sangüínea. ção e o processo de encontrá-los é a otimização. Às vezes estamos interessados em
encontrar o min ou o max para x somente num determinado intervalo /, em vez de todo
o domínio def(x).
182 CÁLCULO
Será que toda função tem um valor máximo ou mínimo? Certamente que não, como
podemos ver tomando f (x) = x. De fato, f (x) = x cresce sem cota quando x ~ oo e
decresce sem cota quando x ~ -oo. A verdade é que os valores extremos nem sempre
existem, nem mesmo quando nos restringimos a um intervalo/. A Figura 2 ilustra o que
pode dar errado se / for um intervalo aberto ou se f tiver uma descontinuidade:
• Descontinuidade: (A) mostra uma função descontínua sem valor máximo. Os va-
lores de g(x) ficam arbitrariamente próximos de 3 por falta, mas 3 não é o valor
máximo porque na realidade g (x) nunca atinge o valor 3.
• Intervalo aberto: Em (B),f (x) está definida no intervalo aberto (a, b) ef (x) não
tem min ou max porque tende a oo na extremidade direita e a -oo na esquerda.
Felizmente, o teorema a seguir garante que os valores extremos existem se f (x) for contí-
nua e/ for fechado [Figura 2(C)].
y y
- Max em [a, b)
3 )
- - Minem [a, b)
~+---+---+-- X ~+-----+-- X
a e b a b
(A) g (x) é descontínua e não (B) f (x) não tem min nem max (C) h(x) é contínua e [a, b) é fechado.
tem max em [a, b]. no intervalo aberto (a, b). Portanto, h(x) tem um min e um max
em[a, b].
FIGURA 2
y y
y = f(x)
Max local
f (a)
(c,f(c))
/
/(e)
'---+-----+---+--X
e a e b
(A) (B)
FIGURA 3
Um max ou min local ocorre em x = e se (c,f (c)) for o ponto mais alto ou baixo do
gráfico dentro de alguma caixa pequena [Figura 3(A)]. Para ser um max local,f (c) deve
ser maior do que ou igual a todos os outros valores próximos, mas não precisa ser o valor
máximo absoluto (e analogamente para um min local). A Figura 3(B) ilustra a diferença
entre extremos absolutos e locais. Observe quef(a) é o max absoluto em [a, b], mas não
é um max local, poisf (x) atinge valores maiores à esquerda de x = a.
a e b a e b
(A) A reta tangente é horizontal (B) Esse mínimo local ocorre num ponto
nos extremos locais. em que a função não é derivável.
FIGURA 4
y
Como encontrar os extremos locais de uma função? Uma observação crucial é que a
reta tangente num minou max local é horizontal [Figura 4(A)]. Em outras palavras, sef(c)
for um minou max local, então f'(c) = O. No entanto, isso pressupõe quef(x) seja derivá-
vel. Caso contrário, a reta tangente pode não existir num min ou max local, como na Figura
4(B). Para abarcar ambas possibilidades, definimos o conceito de ponto crítico.
2 4
TEOREMA 2 Teorema de Fermat sobre extremos locais Sef (e) for um minou max local,
então e é um ponto crítico de f
A reta secante tem Demonstração Suponha quef (e) seja um mínimo local (o caso de máximo é tratado ana-
inclinação negativa logamente). Se não existir f'(c), então e é um ponto crítico e terminamos a demonstração.
para h < O A reta secante tem
inclinação positiva Portanto supomos que exista f' (e). Devemos provar que f' (e) = O.
/ para h > O Como f (e) é um mínimo local, temos f (e + h) ~ f (e) para todo h -:/=- Osuficiente-
mente pequeno. Equivalentemente,f (c + h) - f (c) ~O.Agora dividimos essa desigual-
\ dade por h:
f (c + h) - f (c) >
-------------x h -
0 se h> O [I]
c-h e c+h
FIGURA 7
f (e+ h) - f (e) <
0 se h< O
h -
A Figura 7 mostra a interpretação gráfica dessas desigualdades. Tomando os limites late-
rais de ambos lados de (1) e (2), obtemos
lsso mostra que f' (e) ~ Oe f' (e) ~ O. A única possibilidade que resta é f' (e) = O, como
queríamos demonstrar. •
ENTENDIMENTO CONCEITUAL O Teorema de Fermat não a.firma que todos pontos críticos
fornecem extremos locais. Podem ocorrer "falsos positivos", ou seja, pontos em que
-1
J'(c) = Omasf(c) não é um extremo local. Nesse caso,fpode ter um ponto de infle-
xão em x = e, onde a reta tangente é horizontal mas cruza o gráfico. Por exemplo, se
f (x) = x 3, então f' (x) = 3x 2 e J' (O) = O, mas f (O) não é nem um min local nem um
FIGURA 8 O gráfico de f (x) = x 3. A
reta tangente em (O, O) é horizontal. max local (Figura 8).
TEOREMA 3 Valores extremos num intervalo fechado Suponha que f (e) seja contínua em
[a, b] e sejaf (c) o valor mínimo ou máximo em [a, b]. Então ou e é um ponto crítico
ou então é uma das extremidades a ou b.
Demonstração Suponha primeiro que f (e) seja um max em [a, b]. Então e é uma das
extremidades a ou b, ou e pertence ao intervalo aberto (a, b). Nesse último caso,! (e)
também é um máximo local, porque é o valor máximo def (x) em (a, b). Pelo Teorema de
Fermat, e é um ponto crítico. O caso de mínimo é análogo. •
Valordex Valordef
1 (ponto crítico) f(I) = 18
Mínimo 4 (ponto crítico) f(4) = -9 min
O máximo de f (x) em [O, 6] é o maior dos valores dessa tabela, a saber,! (6) = 43
(Figura 9). Analogamente, o mínimo éf(4) = -9. •
1 2 1/3 2
f (x) = -3(x - 1)- = 3(x - 1)1/3
A equação f' (x) = Onão tem solução, pois o numerador de f' (x) não se anula. Con-
FIGURA 10 O gráfico de tudo, f' (x) não existe em x = 1, portanto e = 1 é um ponto crítico (Figura 1O).
f(x) =
1 - (x - 1)213. Passo 2. Calcular f (x) nos pontos críticos e extremidades e comparar.
Valordex Valordef
1 (ponto crítico) f (l) = l max
-1 (extremidade) f(-1) ~ -0,59 min
f (2) = O
y
2 (extremidade)
•
No próximo exemplo, os pontos críticos ficam fora do intervalo [a, b], portanto são
irrelevantes para o problema.
Vemos que f' (x) = Ose 5 - x 2 = O. Portanto, os pontos críticos são e = ±Js ~ ±2,2,
ambos os quais estão fora do intervalo (4, 8]. Desse modo, o mine max def(x) em (4, 8]
ocorrem nas extremidades:
Valordex Valordef
.f
3 (ponto crítico)
J(3:) =-½ min
O(extremidade) f(O) =O
n (extremidade) f(n) =O
•
Teorema de Rolle
y
Como uma aplicação de nossos métodos de otimização, provamos o Teorema de Rolle,
f'(c) = O que afirma que se f (x) for derivável e f (a) = f (b ), então a reta tangente é horizontal em
algum ponto e entre a e b (Figura 13).
~-+----+----+-- X TEOREMA 4 Teorema de Rolle Suponha quef (x) seja contínua em [a, b] e derivável em
a e b
(a, b). Se f (a) = f (b ), então existe um número e entre a e b tal que f' (e) = O.
FIGURA 13 Teorema de Rolle: sef(a)
= f (b), então f ' (e) = Opara algum e
entre a e b. Demonstração Comof(x) é contínua e [a, b] é fechado,f(x) tem um mine um max em
[a, b]. Onde ocorrem? Temos dois casos. Se ocorrer um valor extremo num ponto e do
intervalo aberto (a, b), entãof(c) é um valor extremo local e f ' (c) = Opelo Teorema de
Fermat (Teorema 2). Caso contrário, tanto o min quanto o max ocorrem nas extremidades.
Contudo,f (a)= f (b), portanto os valores mine max coincidem ef (x) deve ser uma fun-
ção constante. Portanto, f'(x) =Ovale para todo x E (a, b) e o Teorema de Rolle está
satisfeito para todo e E (a , b). •
FIGURA 14 O gráfico de
f (x) = x 3 + 9x - 4. Essa função tem
uma raiz real.
PERSPECTIVA
HISTÕRICA
t difícil imaginar um método mais Em torno de 1630, na década anterior ao nas- casmo e desdém, acreditando que tinha muito pou-
geral... Esse método nunca falha e cimento de Isaac Newton, o matemático fran- co para aprender de outras pessoas. Fermat havia
poderia ser estendido a inúmeros cês Pierre de Fermat (1601-1665) inventou um enfurecido Descartes por ter, certa vez, ignorado
lindos problemas; com sua ajuda, método geral para encontrar valores extremos. o trabalho de Descartes sobre Óptica, como sendo
encontramos o centro de gravidade Fermat essencialmente disse que se quisermos um "tatear nas sombras". Talvez como retaliação,
de figuras delimitadas por linhas
encontrar extremos, devemos igualar a derivada Descartes atacou Fermat, alegando que seu méto-
retas ou curvas, bem como de
a zero e resolver para os pontos críticos, exata- do de encontrar tangentes estava errado. Depois de
sólidos, e inúmeros outros resultados
mente como o fizemos nesta seção. Ele também interferências de terceiros, Descartes foi forçado
que poderiam ser tratados se
dispuséssemos de tempo para isso. descreveu um método geral para encontrar retas a admitir que o método, afinal de contas, estava
tangentes que não é essencialmente diferente correto. Ele escreveu para Fermat:
-Fermat, em Sobre Máximos e do nosso método de derivadas. Por esse mo-
Mínimos e sobre Tangentes tivo, muitas vezes Fermat é considerado como ... Vendo o último método que você usou para
sendo um dos inventores do Cálculo, junto com encontrar tangentes a curvas, eu não posso responder
Newton e Leibniz. diferentemente que dizer que é muito bom e que, se você
Mais ou menos na mesma época, René Des- o tivesse explicado assim desde o início, eu não o teria
cartes (1596-1650) desenvolveu uma abordagem contradito.
diferente mas muito menos eficaz para encontrar
retas tangentes. Descartes, que emprestou seu Infelizmente, Descartes, que era o mais famoso e
nome para as coordenadas cartesianas, foi o prin- influente dos dois, continuou tentando acabar com
cipal filósofo e cientista europeu de sua época e é a reputação de Fermat. Hoje em dia, reconhecemos
considerado, hoje em dia, como o pai da Filosofia Fermat como um dos maiores matemáticos de seu
Moderna. Ele foi um pensador profundo e escritor tempo, que deu contribuições de enorme alcance
brilhante, mas também era conhecido por seu sar- em várias áreas da Matemática.
188 CÁLCULO
4.2 RESUMO
• Os valores extremos def (x) num intervalo/ (também denominados extremos absolutos
em/) são os valores mínimo e máximo def (x) para x E /.
• Teorema básico: se f (x) for contínua num intervalo fechado [a, b], então f (x) atinge um
mine um max em [a, b].
• f (c) é um mínimo local se f (x) ::: f (c) para todo x de algum intervalo aberto contendo
c. Máximos locais são definidos de maneira análoga.
• x = c é um ponto crítico de f (x) se f' (c) = Oou então f' (c) não existir.
• Teorema de Fermat: se f (c) for um min ou max local, então c é um ponto crítico.
• Para encontrar os valores extremos de uma função contínuaf (x) num intervalo fechado
[a, b]:
4.2 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Sef (x) for contínua em (0, 1) então (escolha a afirmação correta): 4. Verdadeira ou falsa: se f (x) for derivável e f 1 (x) = Onão tiver
(a) f (x) tem um valor mínimo em (0, l).
soluções, entãof(x) não tem min nem max locais.
(b) f(x ) não tem um valor mínimo em (O, l). 5. O Teorema de Fermat não afirma que se f'(c) = O, entãof(c) é
(e) f (x) pode não ter um valor mínimo em (0, 1).
um valor extremo local (isso está errado). O que, afinal, afirma o
Teorema de Fermat?
2. Se f (x) não for contínua em [O, 1) então (escolha a afirmação
correta): 6. Sef(x) for contínua mas não tiver pontos críticos em [O, 1), então
(escolha a afirmação correta):
(a) f(x) não tem valores extremos em [O, 1).
(a) f (x) não tem nem min nem max em [O, 1)
(b) f (x) pode não ter quaisquer valores extremos em [O, 1).
(b) Ouf (0) ouf(l) é o valor mínimo em [O, 1).
3. Qual é a definição de ponto crítico?
Exercícios
1. As questões a seguir se referem à Figura 15. (a) Quantos pontos críticos deve terf(x)?
y
Nos Exercícios 17-45, encontre os valores máximo e mínimo da fun-
ção no intervalo dado.
17. y = 2x 2 - 4x + 2, [O, 3]
19. y = x2 - 6x - 1, [-2, 2]
22. y = x3 - 3x + 1, [O, 2]
Nos Exercícios 3-10, encontre todos os pontos críticos da função.
23. y =x 3 -6x+ I, [-1,1]
4. f(x)=1x-2
9
24. y = x3 - 12x 2 + 21x, [O, 2]
5. f (x) = x3 - - x 2 - 54x + 2 6. f (t) = 8t 3 - t 2
2 25. y = x 3 + 3x 2 - 9x + 2, [-1 , 1]
X
1. f (x) = x2 + l 8. f (t) = 4t - /t2+J 26. y = x3 + 3x 2 - 9x + 2, [O, 2]
x2
9. f(x) = x l/ 3 10. f(x) =- 21. y = x 3 + 3x 2 - 9x + 2, [-4, 4]
x+ l
11. Seja f (x) = x2 - 4x + l. 28. y = x5 - x, [O, 2]
(a) Encontre o ponto crítico c def(x) e calculef(c).
29. y =x5 - 3x 2 , [- 1, 5]
(b) Calcule os valores def (x) nas extremidades do intervalo [O, 4].
(b) Usando um círculo unitário, mostre que cos 01 = - cos fh se, e 60. Máximo de uma curva de ressonância A amplitude da respos-
somente se, 81 = n ± fh + 2nk para algum inteiro k. ta de um circuito ou outro sistema oscilatório qualquer a um sinal
(c) Mostrequecos40 = -cos20se,esomentese,0 = n/2 + nk
co
de freqüência ("ômega") de entrada pode ser descrito por
ou 0 = n/6 + (n/3)k. 1
~(co) = --======·
(d) Encontre os seis pontos críticos de f (0) em [O, 2n] e encontre os Jcco5 - co2)2 + 4D2co2
valores extremos de f (0) nesse intervalo.
em unidades convenientes. Tanto O-O (a freqüência natural do
(e) ICG~ Confira suas respostas num gráfico de f (0).
sistema) quanto D (o fator de amortecimento) são constantes
47. ICG~ Encontre os pontos críticos de/ (x) = 2 cos 3x + 3 cos 2x. positivas. O gráfico de ~ é denominado curva de ressonância
Confira sua resposta num gráfico def(x).
e a freqüência de ressonância é a freqüência positiva > O co,
onde ~ atinge seu valor máximo, se é que existe uma tal fre-
Nos Exercícios 48-51, encontre os pontos críticos e os valores extre- qüência positiva. Mostre que uma freqüência de ressonância
mos em [O, 3]. Nos Exercícios 50 e 51, use a Figura 18. existe se, e somente se, O< D < 0-0/-/2 (Figura 19). Em se-
guida, mostre que se essa condição estiver satisfeita, então
y y co, = JcoJ- 2D2 .
-6 2 lt ~ 1t 3 lt
2 2 2
C(t) = 0,016t
t2 + 4t + 4
Encontre a concentração máxima e quando ocorre. FIGURA 20 Uma célula do favo construído por abelhas.
CAPÍTULO 4 Aplicações da Derivada 191
62. Os peixes migratórios tendem a nadar numa velocidade v que 66. ~CGij y = x
minimize o gasto total de energia E. De acordo com um mode- lx 2 - li+ lx2 -41
v3 67. (a) Use derivação implícita para encontrar os pontos críticos da
lo, E é proporcional a f (v) = --, onde v, é a velocidade da curva27x 2 = (x 2 + y2) 3 .
V - Vr
água do rio. (b) ~CGij Faça um esboço da curva e das retas tangentes horizontais
(a) Encontre os pontos críticos def (v). no mesmo par de eixos.
(b) ~CG!I Escolha um valor de v, (digamos, v, = 10) e esbocef (v). 68. Esboce o gráfico de uma função contínua em (O, 4) com um valor
Confirme quef (v) atinge um valor mínimo no ponto crítico. mínimo mas sem valor máximo.
63. Encontre o máximo de y = xª - xb em [O, 1], onde O< a < b. 69. Esboce o gráfico de uma função contínua em (O, 4) com um mí-
Em particular, encontre o máximo de y = x 5 - x 10 em [O, l]. nimo local mas sem mínimo absoluto.
Nos Exercícios 64-66, esboce o gráfico da função usando um re- 70. Esboce o gráfico de uma função em [O, 4] com
curso gráfico e encontre seus pontos críticos e valores extremos (a) dois máximos locais e um mínimo local;
em [-5, 5]. (b) um mínimo absoluto que ocorre numa extremidade e um máxi-
mo absoluto que ocorre num ponto crítico.
64. [cG] y= I
l + lx - li 71. Esboce o gráfico de uma função f (x) em [O, 4] com uma descon-
tinuidade tal quef(x) tem um mínimo absoluto mas sem máximo
llrr.ll l l
65. ~ y = - - - + - - - absoluto.
1+ lx - 11 I + lx - 41
60
74. Mostre que se o polinômio quadrático f (x) = x 2 + rx + s toma
valores tanto positivos quanto negativos, então seu valor mínimo
ocorre no ponto médio entre duas raízes.
--+-+-+---,..~-~--x --+----+---1-----+--x
-4 4 -2 4
75. Generalize o Exercício 74: mostre que se a reta horizontal y = c
intersecta o gráfico de f(x) = x 2 + rx + s em dois pontos
(x1, f (x 1)) e (x2, f (x2)), entãof (x) atinge seu valor mínimo no
(A) (B)
ponto médio M = -XJ +x2
- (Figura 21).
2 FIGURA 22
78. lSJ Prove que seffor contínua ef(a) ef(b) são mínimos
locais com a < b, então existe um valor c entre a e b tal que
f (c) é um máximo local. Sugestão: aplique o Teorema 1 ao
intervalo [a, b]. Mostre que a continuidade é uma hipótese
M Xi necessária, esboçando o gráfico de uma função (necessaria-
mente descontínua) com dois mínimos locais mas nenhum
FIGURA 21 máximo local.
192 CÁLCULO
a e b f(b ) - f (a)
J' (c)
'-.,.-'
= b- a
FIGURA 1 Pelo TVM, existe pelo Inclinação da ._,-,
menos uma reta tangente paralela à reta reta tangente Inclinação da reta
secante
secante.
TEOREMA 1 Teorema do valor médio Suponha quef seja contínua no intervalo fecha-
do [a, b] e derivável em (a, b). Então existe pelo menos um ponto e em (a, b) tal que
Observe que o Teorema de Rolle é o caso especial do TVM em quef(a) =f(b). Nes-
se caso, f ' (e) = O.
O TVM afirma que J' (c) = ¼Para pelo menos um valor e em (1 , 9). Como f' (x )
½x- e
112, podemos encontrar resolvendo
, 1 1
f (e)= - = -
2./c 4
Isso dá 2./c = 4, ou e = 4. Observe que e = 4 está no intervalo (1, 9), como se exige.
•
Como uma primeira aplicação, provamos que uma função com derivada nula é
constante.
Demonstração Se a1 e b1 são dois pontos distintos quaisquer em (a, b), então, pelo TVM,
existe um e entre a 1 e b1 tal que
A última igualdade vale porque J'(c) =O.Portanto, f (b1) = f (a1) para quaisquer a1 e b1
em (a, b). Isso mostra que f (x) é constante em (a, b). •
Dizemos quef é "não-decrescente" se Dizemos quef (x) é monótona em (a, b) se ela for crescente ou decrescente em (a, b).
f(x1) ~ f(x2) para x, ~ x2
O termo "não-crescente" é definido TEOREMA 2 Sinal da derivada Sejafuma função derivável no intervalo aberto (a, b).
de maneira análoga. No Teorema 2,
se supusermos que f ' (x) 2: O (em vez • Se f'(x) > Opara x E (a , b), então fé crescente em (a, b).
de> O), então f (x) é não-decrescente • Se J'(x) < Opara x E (a, b), entãof é decrescente em (a, b).
em (a, b). Analogamente, se f'(x) ~ O,
entãof(x) é não-crescente em (a, b).
Demonstração Inicialmente suponha que f ' (x) > Opara todo x E (a , b). Para dois pon-
tos x1 < x2 quaisquer em (a, b), o TVM nos diz que existe e entre x, e x2 tal que
Aqui, pela hipótese, f'(c) > O. Como (x2 - x1) é positivo, podemos concluir que
f(x2) - f(x1) > O, ou f(x2) > f(x1), como queríamos demonstrar. O caso J'(x) < Oé
análogo. •
)
Função crescente: retas Função decrescente: retas
tangentes têm inclinação positiva. tangentes têm inclinação negativa.
FIGURA 3
194 CÁLCULO
f decrescente
y • EXEMPLO 2 Encontre os intervalos em que f (x) = x2 - 2x - 3 é monótona.
\ Solução A derivada f' (x) = 2x - 2 = 2(x - 1) é positiva para x > 1 e negativa para
x< 1. Pelo Teorema 2,f é decrescente no intervalo (-oo, 1) e crescente no intervalo
(1, oo).
-1
Observe como o gráfico de f' (x) reflete o comportamento crescente/decrescente de
f (x) (Figura 4). O gráfico de f'(x) fica abaixo do eixo x no intervalo (-oo, 1) onde fé
decrescente e fica acima do eixo x no intervalo (1, oo), onde fé crescente. •
TEOREMA 3 Teste da derivada primeira para pontos críticos Suponha que f (x) seja derivá-
vel e seja c um ponto crítico def (x). Então:
Sem troca
Sinal troca de sinal • f' (x) muda de + para - em c =} f (c) é um máximo local.
de - para+
• f' (x) muda de - para + em c =} f (c) é um mínimo local.
FIGURA 5
y y
' f(x)=x 3 -27x-20 f(x)
max local:
y y
f'(x) = 3x2 - 27 f'(x)
---+---"---..,..-:"------X
C:~
f'(x) muda f'(x) muda f'(x) não troca
de + para- de-para+ de sinal
(A) (B)
FIGURA 6
CAPITULO 4 Aplicações da Derivada 195
O sinal de f ' (x) pode trocar num ponto crítico, mas não pode trocar no intervalo entre
dois pontos críticos consecutivos [isso pode ser provado mesmo se não supusermos f' (x)
contínua]. Portanto, para determinar o sinal de f ' (x) num intervalo entre dois pontos
críticos consecutivos, basta calcular f' (x) num ponto de teste escolhido arbitrariamente
dentro do intervalo. O sinal de f' (xo) é o sinal de f' (x) em todo esse intervalo.
Determinamos o sinal de f' (x) em cada um desses intervalos calculando f' (x) num pon-
to de teste dentro de cada intervalo. Por exemplo, em (-oo, -3) escolhemos o ponto de
teste -4. Como J'(- 4) = 21 > O, f'(x), concluímos que é positiva em todo intervalo
(-3, oo). Analogamente,
Escolhemos os pontos de teste - 4 ,
O e 4 arbitrariamente. Por exemplo, J'(- 4) = 21 > O =? f '(x) > O para cada x E (-oo, - 3)
para encontrar o sinal de f ' (x ) em
(-oo, - 3), poderíamos perfeitamente
J'(O) = -27 < O =? f '(x) < O para cada x E (-3, 3)
ter calculado f ' (-5), ou qualquer outro !'(4) = 21 > O =? J'(x) > O para cada x E (3, oo)
valor de f' no intervalo (-oo, -3).
Essa informação está esquematizada no seguinte diagrama de sinais:
Comportamento de f(x)
i ! i
Sinal de f'(x) + +
-3 O 3
cosx =o ou 2 senx - 1 = O
Em [O, n] temos
n
cosx = O parax =
2
e
1 n 5n
sen x -2
- - para x =- ,-
6 6
FIGURA 7 O gráfico de Na tabela seguinte, calculamos valores de teste para determinar o sinal de f' (x ) nos inter-
f (x) = cos2 x + sen x e sua derivada. valos entre os pontos críticos:
196 CÁLCULO
Comportamento
Intervalo Valor de teste Sinal def'(x) def(x)
y • EXEMPLO 5 Um ponto crítico sem troca de sinal Analise os pontos críticos de f (x) =
½x 3 -x 2 +x.
Demonstração do TVM
FIGURA 8 O gráfico de
f (x) = ½x 3 - x 2 + x não tem um
Sejam = f (b) - f (a) a inclinação da reta secante ligando (a,f (a)) a (b,f(b)). Podemos
b-a
valor extremo no ponto crítico. escrever a equação da reta secante no formato y = mx + r, para algum r (Figura 9). O va-
lor exato der não é importante, mas pode ser conferido quer= f (a) - ma. Para mostrar
que f' (e) = m em algum e em (a, b), considere a função
y
G(x) = f(x) - (mx + r)
G(x ) = f(x) - (mx + r) [IJ
y = m x +r Como indicamos na Figura 9, G(x) é a distância vertical entre o gráfico e a reta secante
em x (que é negativa nos pontos em que o gráfico de f fica abaixo da reta secante). Além
disso, essa distância é nula nas extremidades e, portanto, G(a) = G(b) =O. Pelo Teorema
de Rolle (Seção 4.2), existe um ponto e em (a, b) tal que G' (c) =O.Pela Equação (1),
X b
G' (x ) = f' (x) - m, portanto resulta
Q
• Teste da derivada primeira: suponha quef (x) seja derivável. Se e for um ponto crí-
tico, então
Se J' não trocar de sinal em x = e, entãof(c) não é nem um min local nem um max local
(a menos quefseja constante à esquerda ou à direita de e).
4.3 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Qual valor de m torna correta a afirmação seguinte? Se f (x) é 4. (a) Useográficodef'(x)naFigura !Oparadeterminarsef(c)é
derivável e/(2) = 3 e/(4) = 9, então o gráfico de/tem uma reta um mínimo ou máximo local.
tangente de inclinação m.
(b) É possível concluir da Figura 10 que/ (x) é uma função decres-
2. Qual das conclusões seguintes não decorre do TVM (supondo f cente?
derivável)?
(a) Se/tem uma reta secante de inclinação O, então f'(c) = O para y
algum valor de c.
(b) Se/ (5) <f (9), então f' (c) > Opara algum c E (5, 9).
(e) Se f' (c) = Opara algum valor de c, então existe uma reta secante
cuja inclinação é O.
(d) Se f' (x) > Opara todo x, então todas retas secantes têm inclina-
ção positiva.
3. Pode uma função que tem só valores negativos ter uma derivada FIGURA 10 O gráfico da derivada f' (x ).
positiva? Esboce um exemplo ou explique por que uma tal fun-
ção não pode existir.
Exercícios
Nos Exercícios 1-6, encontre um ponto c satisfazendo a conclusão do 8. Determine os intervalos nos quais f' (x) é positiva e negativa,
TVM para a função e intervalo dados. supondo que o gráfico da Figura 11 seja o def(x).
6. y=x3. [-3,-1]
FIGURA 11
7. ICGij Seja f(x) = x 5 +x2 .Verifiquequeareta secanteentre
x = O ex= 1 tem inclinação 2. Pelo TVM, f'(c) = 2 para 10. iCGij Esboceaderivadaf'(x)def(x) = 3x 5 - 5x 3 edescre-
algum c E (O, 1). Dê uma estimativa de c graficamente, como va as trocas de sinal de f' (x ). Use isso para determinar os valores
segue. Esboce f (x) e a reta secante no mesmo par de eixos. extremos locais de f (x). Em seguida, esboce o gráfico de f (x)
Em seguida, esboce as retas y = 2x + b para vários valores de para confirmar suas conclusões.
b, até encontrar um valor de b para o qual a reta é tangente a
y = f (x). Amplie no ponto de tangência para descobrir sua Nos Exercícios 11-14, esboce o gráfico de uma função f (x) cuja deri-
coordenada x . vada f ' (x) tenha a descrição dada.
198 CÁLCULO
11. f ' (x) > Oparax > 3 e f ' (x ) < Oparax< 3. 34. y = x4 -4x3/2 (x > 0)
12. f '(x) > Oparax< 1 e f'(x ) < Oparax> 1. 35. y = x5/2 -x2 (x > 0)
13. f' (x) é negativa em (1, 3) e positiva em todos os demais pontos. 36. y = x- 2 - 4x- 1 (x > O)
Nos Exercícios 15-18, use o teste da derivada primeira para determi- 38. y = cos 0 + sen 0, [O, 2,r]
nar se o ponto crítico dado é um mínimo local ou um máximo local
39. y = 0 + cos 0, [O, 2,r]
(ou nenhum dos dois).
40. y = 0 - 2cos 0, [O, 2,r]
15. y = 7 +4x - x 2, c =2
16. y = x3 - 27x + 2, c = -3
41. Mostre que f (x) = x 2 + bx + c é decrescente em (- oo, -!)e
crescente em ( -!,
oo).
x2
17. 42. Mostre que f (x) = x3 - 2x2 + 2x é uma função crescente. Su-
y = x +l ' c =O
gestão: encontre o valor núnimo de f ' (x ).
1r
18. y = sen x cos x, c = 43. Encontre condições sobre a e b que garantam que f (x) = x3 +
4
ax + b seja crescente em (-oo, oo).
19. Supondo que o gráfico da Figura 11 seja o da derivada f ' (x ),
2
decida sef(2) ef(4) são núnimos ou máximos locais. 44. ~CG~ Suponha que h(x) = x(x - I) seja a derivada de uma
2
X +1
20. A Figura 12 mostra o gráfico da derivada f '(x) de uma função função f (x). Esboce h(x) e use esse esboço para descrever os
f(x) . Encontre os pontos críticos def(x) e determine se são núni- extremos locais e o comportamento crescente/decrescente de
mos ou máximos locais, ou nenhum dos dois. f (x). Esboce um gráfico plausível da própria! (x).
33. y=x+x- 1 (x > 0) 51. Suponha que f (2) = - 2 e que f' (x) :::: 5. Mostre que f (4) :::: 8.
54. Use o Exercício 53 para provar que sen x ::: x para x 2: O. 56. Suponha que f" exista e f" (x) = Opara todo x. Prove quef(x) =
mx + b, onde m = f'(O) e b =f(O).
55. Use os Exercícios 53 e 54 para estabelecer as seguintes afirma-
ções para todo x 2: O(cada afirmação decorre da anterior): 57. ~ Definaf(x)=x 3 sen(½)parax=j60ef(0)=0.
(a) COSX ½x 2
2: 1 - (a) Mostre que f' (x) é contínua em x = O e que x = O é um ponto
crítico def
(b) senx 2: x - ¼x 3
(b) iCG~ Examine os gráficos def (x) e J'(x). Podemos aplicar o
COSX :S 1 - ½x + 'tix
2 4
(e) teste da derivada primeira?
(d) Pode-se adivinhar a próxima desigualdade dessa série? (e) Mostre quef(x) não é nem mínimo nem máximo local.
V/~
Côncava para baixo Côncava para cima
FIGURA 1
FIGURA 2
DEFINIÇÃO Concavidade Sejaf (x) uma função derivável num intervalo aberto (a, b).
Então
• fé côncava para cima em (a, b) se f' (x) for crescente em (a, b).
• fé côncava para baixo em (a, b) se f' (x) for decrescente em (a, b).
75 75
25 25
Tempo Tempo
CompanhlaA CompanhlaB
FIGURA 3
Solução A taxa de crescimento (derivada primeira) das ações da companhia A está decres-
cendo com o passar do tempo (pois o gráfico é côncavo para baixo) e a taxa de crescimento
das ações da companhia B está crescendo (pois o gráfico é côncavo para cima). A continuar
essa tendência, as ações da companhia B constituem um investimento melhor. •
TEOREMA 1 Teste de concavidade Suponha que f"(x) exista para todo x E (a, b).
• Se f" (x) > Opara todo x E (a, b), então fé côncava para cima em (a, b).
• Se f"(x) < Opara todo x E (a, b), entãof é côncava para baixo em (a, b).
De acordo com o Teorema 1, a concavidade def é determinada pelo sinal de f". As-
sim, um ponto de inflexão é um ponto em que f" (x) troca de sinal.
TEOREMA 2 Teste de ponto de inflexão Suponha que f"(x) exista para todo x E (a , b)
e seja e E (a, b). Se J"(c) = Oe J"(x) troca de sinal em x = e, então f(x) tem um
ponto de inflexão em x = e.
CAPITULO 4 Aplicações da Derivada 201
Côncava Côncava Côncava • EXEMPLO 2 Encontre os pontos de inflexão def(x) = cos x em [O, 2n].
para baixo para cima para baixo
y Solução Temosf'(x) = -senx, J"(x) = -cosxef"(x) = 0parax = ;, 3{.AFi-
gura 5 mostra que f" (x) troca de sinal, tanto em x = Í quanto em 3f, portanto,f (x) tem
um ponto de inflexão em ambos pontos. •
2ir
• EXEMPLO 3 Encontrando pontos de inflexão e intervalos de concavidade Encontre os pon-
-1 tos de inflexão de f (x) = 3x 5 - 5x 4 + ledetermineosintervalosemquef(x)écôncava
para cima e para baixo.
y Solução A derivada primeira é f' (x) = 15x4 - 20x 3 e
2ir Os zeros x = Oe 1 de f" (x) dividem o eixo x em três intervalos: (-oo, O), (O, 1) e (1, oo ).
Determinamos o sinal de f" (x) e a concavidade de f calculando "valores de teste" dentro
-1 de cada intervalo (Figura 6):
FIGURA 5
Intervalo Valor de teste Sinal def"(x) Comportamento de f(x)
(-oo, 0) f"(-1) = -120 - Côncava para baixo
(1 , 00) /
11
(2) = 240 + Côncava para cima
y
f"(x)
• c = 1: é um ponto de inflexão, poisf" (x) troca de sinal em 1. •
Em geral, encontramos os pontos de inflexão resolvendo f" (x) = Oe conferindo se
+++
- - + - - - - - - , , , t , , - - -¼----+-X f" (x) troca de sinal. Contudo, um ponto de inflexão também pode ocorrer num ponto c
-2 :~ 2 em que f"(c) não existe.
f"(x) não : f"(x)
troca de sinal !troca de sinal • EXEMPLO 4 Um caso em que não existe a derivada segunda Encontre os pontos de infle-
' xão de f(x) = x 513 .
FIGURA 6 O gráfico de
f (x) 3x 5 - 5x 4 + 1e de sua
= Solução Nesse caso,!' (x) = íx 213 e f" (x) = °x- 1
1
9
13
. Embora J"(0) não exista, f" (x)
derivada segunda. troca de sinal em x = O:
inflexão
-2
ENTENDIMENTO GRÃFICD Os pontos de inflexão são fáceis de ver no gráfico da derivada
primeira f ' (x). Se f"(c) = 0e f"(x) trocar de sinal emx = c, então o comportamento
FIGURA 7 A concavidade de crescente/decrescente de f' (x) muda em x = c. Assim, os pontos de inflexão de f ocor-
=
f (x) x 513 troca em x O, mesmo = rem onde f' (x) tiver um minou max local (Figura 8).
não existindo f " (0).
202 CÁLCULO
y
Pontos de inflexão
Teste da derivada segunda para pontos críticos
j Y = f(x) Existe um teste simples para pontos críticos que usa a concavidade. Suponha que
f'(c) =O.Como vemos na Figura 9, sef(x) for côncava para baixo, entãof(c) é um max
local e, sef (x) for côncava para cima, entãof (e) é um min local. Como a concavidade é
determinada pelo sinal de f", resulta o teste da derivada segunda. (No Exercício 48 pode
ser encontrada uma prova detalhada.)
y
Max y f"(c) < O y f"(c) > O
y
y = f"(x)
~(<)
e
X
V e
X
Côncava para baixo: max local Côncava para cima: min local
TEOREMA 3 Teste da derivada segunda Suponha que f (x) seja derivável e seja e um
FIGURA 8 ponto crítico. Se existir f" (e), então
• f"(c) > O =} f (e) é um mínimo local
• J"(c) < O =} f (e) é um máximo local
• J"(c) = O :::} inconclusivo:f(c) pode ser um min local, um max local, ou
nenhum dos dois.
Os pontos críticos são e= - 2 e 1 (Figura 10) e J"(x) = 12x + 6, portanto, pelo teste
da derivada segunda,
FIGURA 10 O gráfico de
f " (-2) = -24+6 = - 18 < O :::} f(-2)éummaxlocal
f (x) 2x 3 + 3x 2 - 12x.
=
J "( l) = 12 + 6 = 18 > O =} f (1) é um min local
•
• EXEMPLO 6 Teste da derivada segunda inconclusivo Analise os pontos críticos de
f(x) = x 5 - 5x 4 .
Solução As duas primeiras derivadas de f (x) = x 5 - 5x4 são
4.4 RESUMO
• Uma função derivávelf(x) é côncava para cima em (a, b) se J'(x) for crescente e côn-
cava para baixo se f' (x) for decrescente em (a, b).
• Os sinais das derivadas primeira e segunda fornecem a informação seguinte:
4.4 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Escolha a resposta correta: se fé côncava para cima, então f' é: 6. Seftem um ponto de inflexão emx = e, então f"(c) = O.
(a) crescente (b) decrescente
7. Se fé côncava para cima e f' troca de sinal em x = e, então f'
2. Sexo forum ponto crítico effor côncava para baixo, então f (xo) troca de sinal de negativo para positivo em x = e.
éum 8. Sef (e) é um máximo local, então f" (e) deve ser negativa.
(a) min local (b) max local (e) inconclusivo
9. Suponha que J"(c) = Oe que f"(x) troque de sinal de+ para
Nos Exercícios 3-8, decida se a afirmação é verdadeira ou falsa e - em x = e. Qual das afirmações seguintes está correta?
explique. Suponha que f 11 (x) exista para todo x. (a) f (x) tem um máximo local em x = e.
3. Se f'(c) = Oe f"(c) < O, entãof(c) é um mínimo local. (b) f'(x) tem um mínimo local emx = e.
4. Uma função que é côncava para baixo em (-oo, oo) não pode ter (e) f'(x) tem um máximo local emx = e.
valor mínimo. (d) f (x) tem um ponto de inflexão em x = e.
5. Se f" (e) = O, entãof deve ter um ponto de inflexão em x = e.
204 CÁLCULO
Exercícios
1. Combine os gráficos na Figura 12 com a descrição: Nos Exercícios 7-14, determine os intervalos nos quais a função é côn-
(a) f 11 (x) < Opara todo x. (b) f" (x) troca de + para - . cava para cima ou para baixo e encontre todos os pontos de iriflexão.
(e) f"(x) > 0para todo x. (d) f"(x)trocade-para+. 1. y = x 2 + 7x + 10 8. y = t3 - 3t 2 + I
y 18. A Figura 16 mostra o gráfico da derivada f ' (x) em [O; 1,2]. De-
termine os pontos de inflexão e os mínimos e máximos locais de
f (x). Determine os intervalos em que f (x) tem as propriedades
seguintes:
(a) Crescente (b) Decrescente
(e) Côncava para cima (d) Côncava para baixo
y
FIGURA 14
Nos Exercícios 19-28, encontre os pontos críticos e use o teste da (b) Escreva uma manchete de jornal sobre a epidemia para o dia em
derivada segunda (se possível) para determinar se são mínimos ou
que R(t) tem um ponto de inflexão.
máximos locais.
42. l'.SJ Uma esfera está sendo enchida de água a uma taxa cons-
19. f (x) = x 3 - 12x2 + 45x 20. f(x) = x 4 - 8x 2 + I tante (Figura 17). Seja h(t) o nível d'água no instante t. Esboce o
gráfico de h(t) (aproximadamente, mas com a concavidade corre-
21. f (x) = 3x4 - 8x 3 + 6x 2 22. f(x) = x5 - x2 ta). Onde ocorre o ponto de inflexão?
23. f (x) =x5 - x3 43. ~ Uma esfera está sendo enchida de água a uma taxa va-
riável de tal modo que o nível d'água está subindo a uma taxa
24. f(x) = sen2 x + COSX, [O, ir] constante c (Figura 17). Seja V(t) o volume d'água no instante t.
Esboce o gráfico de V(t) (aproximadamente, mas com a concavi-
I I
25. f (x) = - - - 26. f (x) = x~2~_-x_+_2 dade correta). Onde ocorre o ponto de inflexão?
cosx + 2
39. f(x)=x-senx para 0:sx :s2ir Nos Exercícios 45-47, esboce o gráfico da função f (x) satisfazendo
as condições dadas.
40. f (x) = tgx para -Í <x < Í
45. f' (x) > Oe f 11 (x) < Opara todo x.
41. ~ No início de uma epidemia, o vírus da gripe se espalha
lentamente. O processo infeccioso acelera até que uma maioria 46. (i) f 1(x) > Opara todo x e
de indivíduos receptivos esteja infectada, quando o processo co-
meça a desacelerar. (ii) J"(x) < 0para x< 0ef"(x) > 0parax > 0.
(a) Se R(t) denotar o número de indivíduos infectados no instante t, 47. (i) f'(x) < 0parax < 0ef'(x) > 0para x> 0e
descreva a concavidade do gráfico de R perto do começo e do fim
da epidemia. (ii) f"(x) < 0paralx l > 2ef"(x) > 0paralxl < 2.
(b) ICG ij Confira que essa conclusão ocorre para f (x) = x 52. Sejaf(x) um polinômio de grau n.
3x 2 + l
traçando, no mesmo par de eixos, o gráfico de f (x) e o da reta (a) Mostre que se n for ímpar e n > 1, entãof(x) tem pelo menos um
tangente em cada ponto de inflexão. ponto de inflexão.
(b) Mostre com um contra-exemplo quef(x) não precisa ter ponto de
inflexão quando x é par.
se x i- O
FIGURA 18 A reta tangente cruza o gráfico num ponto de inflexão.
sex =O
51. Denote por C(x) o custo de produção de x unidades de um certo
bem. Suponha que o gráfico de C(x) seja côncavo para cima. (a) Use a definição da derivada via limite para mostrar que existe
(a) Mostre que o custo médio A(x) = C(x)lx é mínimo no nível de
f' (0) e f' (0) = O.
produção xo, em que o custo médio é igual ao custo marginal. (b) Mostre que f (0) não é nem min nem max local.
(b) Mostre que a reta por (O, O) e (xo , C(xo)) é tangente ao gráfico (e) Mostre que f'(x) troca de sinal uma infinidade de vezes perto de
de C(x). x = Oe conclua que f (x) não tem um ponto de inflexão em x = O.
~
+ - derivadas primeira f' e segunda f". Veremos que é possível obter um esboço útil sem
Côncava Côncava
' para cima para baixo precisar traçar uma grande quantidade de pontos. Embora hoje em dia quase todos grá-
ficos sejam produzidos por computador (inclusive, é claro, os deste texto), o esboço de
+
Crescente y r:
gráficos à mão é útil como uma maneira de solidificar nosso entendimento dos conceitos
básicos deste capítulo.
A maioria dos gráficos é constituída de arcos menores que têm um de quatro formatos
básicos, correspondendo às quatro combinações de sinais possíveis de f' e !"(Figura 1).
Como f' e f" podem, cada uma, ter os sinais+ ou-, as combinações de sinais são
-
Decrescente \:_ ~ ++ +- -+
FIGURA 1 Os quatro formatos básicos. Nessa notação, o primeiro sinal se refere a f' e o segundo a f". Por exemplo, - + indica
que f' (x) < Oe f" (x) > O.
Quando esboçamos um gráfico, dedicamos atenção especial aos pontos de transição,
nos quais muda o formato básico devido a uma troca de sinal em f' (minou max local) ou
f" (ponto de inflexão). Nesta seção, os extremos locais são indicados com uma bolinha
sólida e os pontos de inflexão por quadradinhos sólidos (Figura 2).
J'(x) = x 2 - x - 2 = (x + l)(x - 2) = O
f(-1)
6
25
= -, f (2l) = 2312' f(O) = 3, f(2) = --l
3
++
-+---+---+--..-~f---+---+--x
FIGURA 5 O gráfico de
-3 -1
(2, -½)
f(x) = ½x 3 -½x 2 -2x +3.
Observe que o gráfico de nossa cúbica é constituído de quatro arcos, cada um com o com-
portamento crescente/decrescente e concavidade apropriados (Figura 6). •
\ -
FIGURA 6 O gráfico da cúbica é
composto de quatro arcos.
\
O gráfico de um polinômio f (x) tem as características gerais seguintes. Ele "sobe
e desce" um número finito de vezes e daí tende ao infinito positivo ou negativo (Figura
7). Para analisar o comportamento de f (x) quando lxl tende ao infinito (isso é conhecido
como o comportamento assintótico), consideremos primeiro o mais simples dos polinô-
mios, o monôrnio x 11 :
Falando estritamente, ainda não
se n é par
definimos os limites quando x -+ ±oo,
o que será feito formalmente adiante.
lim x 11 = oo e Iim xn = loo
X-+ 00 X-+ - 00 -00 sen é ímpar
Contudo,
Quando lxl cresce, o segundo fator tende a a11 e, assim,f (x) tende ao infinito da mesma
maneira que seu termo dominante a11 x 11 (Figura 7). Os termos de ordem inferior não têm
influência sobre o comportamento assintótico. Portanto, se a11 > O, temos
sen é par
= 1-00
00
lim f(x) = oo e lim f(x)
X-+ 00 x -+- oo sen é ímpar
y y y
f(x) = 3x4 - 8x 3 + 6x 2 + l.
Solução
Passo 1. Determinar os sinais de f' e f".
Em primeiro lugar, igualamos a derivada a zero:
Intervalo Valor de teste Sinal def' Intervalo Valor de teste Sinal def"
y y
+ +-
4
--+---..__+---+-----X --+---..__+----+-----X
FIGURA 9 -1 1 -1
f (x) = 3x4 - 8x 3 + 6x 2 + 1. 3
1 1 n 5n
f (x) = - sen x + = O =} x=- -
2 6' 6
n
f" (X) = - COS X = 0 =} X= -
2
Intervalo Valor de teste Sinal de/' Intervalo Valor de teste Sinal de/"
-+- +---
n:
-+- --+--+- X
n: 5n: ir
f(0) = l, f (i) ~ 1,13, f (i) ~ 0,79, f (5:) ~ 0,44, f(n) ~ 0,57 •
6 2 6
y
lim f(x)
X---->00
=L ou lim f(x)
X----> - 00
=L
-----~v
- - ,- - X
y= f(x)
Por definição, no primeiro limite, lf (x) - LI fica arbitrariamente pequeno quando x cresce
sem cota (ou seja, para qualquer E > O, existe um mínimo M, tal que I f (x) - L 1 < E para
todo x > M). No segundo limite, lf (x) - LI fica arbitrariamente pequeno quando x de-
cresce sem cota. Na Figura 11, lim f (x) = 1 e y = l é uma assíntona horizontal.
x---->±oo
FIGURA 11 A reta y = l é uma Também estamos interessados no comportamento assintótico vertical, em que os va-
assíntota horizontal.
lores da função f (x) tendem ao infinito. Uma reta vertical x = L é denominada uma as-
síntota vertical sef(x) tem limite infinito quando x tende a L pela esquerda ou direita (ou
ambos) (Figura 12). Ou seja, se
lim f(x)
x---->L+
= ±oo e/ou lim f(x)
x---->L-
= ±oo
y y
------+-------
!L
12
1
1
1
1
FIGURA 12 A retax = 2 é uma
assíntota vertical de ambos gráficos. (A) (B)
20x 2 - 3x
• EXEMPLO 5 Calcule lim ·
x---->±oo 3x 5 - 4x 2 + 5
Solução Seria legal se pudéssemos aplicar a lei do quociente dos limites, mas essa lei só é
válida se o denominador tiver um limite finito e não-nulo. No nosso caso, ambos numera-
dor e denominador tendem ao infinito:
3x 3 -7x+9 3
• n<m: lim - - ,4- - - - = - lim x- 1 = O
X--+00 7x - 4 7 X--+00
. 3x8 - 7x + 9 .
• n > m, n - m ímpar: l1m --.,..---
X--+ - 00 7x 3 - 4
= -73 X--+11m- 00
x 5 = - oo
3x7 -7x + 9 3
• n > m, n - m par: lim 3
= - lim x 4 = oo
X--+ - 00 7x -4 7 X--+ - 00
No próximo exemplo, aplicamos nosso método a quocientes envolvendo expoentes
que não são inteiros e funções algébricas.
3x5/2 + 7x-l f2 x2
• EXEMPLO 6 Calcule os limites (a) lim (b) lim
x--+oo X - X 112 x--+ oo R + " T
Solução
(a) Como antes, dividimos o numerador e o denominador pela maior potência de x que
ocorre no denominador (multiplicamos em cima e embaixo por x- 1):
Obtemos
x2 (x-3/2) x2 x l/2
,JxT+T = x-3/2 x3 /2 .J1 + x-3 = .J1 + x-3
Agora podemos aplicar a regra do quociente:
x2 xl /2 oo
lim - - -
X---+00 ,Jx3+T
= lim
X---+ 00
----;::==::;:
.J1 + x - 3
= - = oo
1 •
Nos dois exemplos seguintes estendemos nosso estudo de gráficos a funções com
assíntotas horizontais e verticais.
3x+2
• EXEMPLO 7 Esboce o gráfico de /(x) = 2x _ ·
4
Solução A função/ (x) não está definida para todo x. Isso tem influência na nossa análise
e por isso acrescentamos um Passo Oao nosso procedimento:
Passo O. Determinar o domínio def.
Como f (x) não está definida para x = 2, o domínio de f consiste nos dois intervalos
(-oo, 2) e (2, oo ). Devemos analisar o comportamento de f separadamente nesses
dois intervalos.
Passo 1. Determinar os sinais de f' e J".
Uma conta mostra que
1 4 li 8
f (x) = - (x - 2)2 , f (x) = (x - 2)3
A derivada não está definida em x = 2, mas não rotulamos x = 2 de ponto crítico porque
não está no domínio de f O denominador de /' (x) é positivo, portanto f' (x) < Opara
x -:p 2. Desse modo,f (x) é decrescente para todo x -:p 2 ef(x) não tem pontos críticos.
Por outro lado, f" (x) > Opara x > 2 e f" (x) < Opara x < 2. Embora f" (x) tro-
que de sinal em x = 2, não dizemos que x = 2 é um ponto de inflexão, porque 2 não
é um ponto do domínio de f
Passo 2. Procurar pontos de transição e combinações de sinais.
Não há pontos de transição no domínio de f
3x + 2 3 + 2x- 1 3
lim - -
x---+±oo 2x - 4
= x---+±oo
lim
2- 4x- 1
-
2
A reta x = 2 é uma assíntota vertical porque f (x) tem limites laterais infinitos quando
xtende a 2:
. 3x +2 3x + 2
hm - - = - oo, lim - - = oo
x---+2- 2x - 4 x---+2+ 2x - 4
y y
Assíntota
horizontal
l :
!\ 3 !\__
~ \-------
2 1-----------
1 - -------~--- I__________ _
1
X
2 2
: Assíntota
1 vertical
:--------
1
\ 1
3x +2
FIGURA 13 O gráfico de y = - -.
2x - 4 (A) (B)
Para x I= ± 1, o denominador de J' (x) é positivo. Portanto, J' (x) ex têm sinais opostos:
• J' (x) > Opara x < Oe f ' (x) < Opara x > O
Como J' (x) troca de sinal de + para - em x = O, f (O) = - 1 é um max local. O sinal de
J" (x) é igual ao sinal de x 2 -
1, porque 6x 2 + 2 é positivo:
• f" (x) > Opara x < - l ou x > l e f" (x) < Opara - 1 < x < l
++ +- -+
X A Figura 14 resume a informação obtida dos sinais.
/ 1 o\
f(x)
indefinida
Max
local
I"" f(x)
indefinida
O eixo x, que é dado por y = O, é uma assíntota horizontal, pois
. 1 . 1
hm - - - =Ü e hm -
2
- =0
FIGURA 14 X---+00 X 2 - J x---+ - oo x - 1
CAPITULO 4 Aplicações da Derivada 215
A funçãof(x) tem limites laterais infinitos quando x ~ ±1. Observamos quef(x) < Ose
-1 < x < l e que f (x) > Ose lxl > 1. Assim,! (x) tende a - oo se x ~ ± 1 desde o interva-
lo ( -1, 1), e tende a oo se x ~ ±1 de fora do intervalo (- 1, 1) (Figura 15). Obtemos o
esboço da Figura 16.
1 1
x=I lim -
2
- = - oo lim --=oo
2
x-+l- x - l x-+ l+ x - 1
•
y
:J ~
+-
- -
1 1
1 1 X
1 1
X -1
-1: o :1
!/ f(x) < O \!
1
FIGURA 15 Comportamento nas assíntotas verticais. FIGURA 16 O gráfico de y = - 2- - .
X -1
4.5 RESUMO
• A maioria dos gráficos é constituída de arcos que têm um dos quatro formatos básicos
(Figura 17):
• Um ponto de transição é um ponto do domínio def no qual ou f' troca de sinal (minou
max local) ou f" troca de sinal (ponto de inflexão).
• É conveniente repartir o processo de esboçar uma curva em quatro passos:
lim f(x)
X-+00
=L e/ou lim f(x)
x-+-00
=L
• Uma reta vertical x = L é uma assíntota vertical se
a xn + a - ixn -l + ··· + ao
• Para uma função racional f (x) = n n , com an, bm f= O,
bmxm + bm- (Xm- 1 + ·· · + bo
.
11m f (x ) = -an 1·1m x n- m
x--.±oo bm x--.±oo
4.5 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Esboce um arco em que f' e f" têm a combinação de sinais++. 4. Qual é o sinal de a2 se f (x) = a2x 2 + a I x + ao satisfaz
Faça o mesmo para - +. lim f(x) = - oo?
x--.-oo
2. Se a combinação de sinais de f I e f II trocar de + + para + - em 5. Qual é o sinal do coeficiente dominante a7 se f (x) for um polinô-
x = c, então c é um (escolha a resposta correta): mio de grau 7 tal que lim f (x) = oo?
x--. - oo
(a) min local (b) max local
6. A derivada segunda da função f(x) = (x - 4) - 1é J"(x) =
(e) ponto de inflexão 2(x - 4)- 3. Embora f 11 (x) troque de sinal em x = 4,f (x) não
tem um ponto de inflexão em x = 4. Por quê?
3. Quem são os limites seguintes?
(a) lim x 3 (b) lim x 3 (e) lim x4
x--.oo x--. -oo x--. -oo
Exercícios
1. Determine a combinação de sinais de f I e f II para cada intervalo 5. - +, --, - + 6. - + , ++, +-
A-G na Figura 18.
7. Esboce o gráfico de y = x2 - 2x + 3.
y 8. Esboce o gráfico de y = 3 + Sx - 2x 2.
x2 - 1 2x5 + 3x 4 - 3lx
Nos Exercícios 32-37, esboce o gráfico no intervalo dado. Indique os 49. lim - - 50. lim
X-+ - 00 X +4 x-+oo 8x4 - 3 tx 2 + 12
pontos de transição.
Nos Exercícios 51-56, calcule o limite.
32. y = x + senx, [O, 2n]
39. Suponha quefseja duas vezes derivável e satisfaça (i)f(O) = 1, -+---+-+--1--1-+----+- x ==i==:::::+=--1--=+====i=-x
(ii) J'(x) > Oparatodo x f=- Oe (iii) f 11 (x) < Opara x< Oe -4 2 4 -4 -2 2 4
f" (x) > Oparax > O. Seja g(x) = f (x2 ). - 1,5 -1 ,S
(a) Esboce um possível gráfico de f(x).
(b) Prove que g(x) não tem pontos de inflexão e um único valor ex- (A) (B)
tremo local em x = O. Esboce um possível gráfico de g(x).
FIGURA 21
40. Qual dos gráficos na Figura 20 não pode ser o gráfico de um
polinômio? Explique. 58. Combine os gráficos na Figura 22 com as duas funções y = x 23x_
1
3x 2
ey = x2 _ 1
. Explique.
y y
11 -l i
1
1
- ---1-.,.+..--+---- x
1
1
11
FIGURA 20 1 1 1
1 1 1
1 1 1
1 1 1
Nos Exercícios 41-50, calcule os seguintes limites (dividindo o nume- 1
1
1
1
1
1
rador e o denominador pela maior potência de x no denominador). 1 1 1
(A) (B)
X .3x 2 + 20x
41. lim 42. 11m
X-+ 00 X+ 9 X-+ 00 4x2 + 9 FIGURA 22
218 CÁLCULO
X
59. Combine as funções com seus gráficos na Figura 23. 61. Esboce o gráfico de f (x) = x2 + usando as fórmulas
1
1 x2
(a) y = -- (b)
x2 - J y = x2 + 1 l - x2 11 2x(x2 - 3)
f'(x) = (1 + x2)2' ! (x) = (x
2
+ ! )3 ·
1 X
(e) (d) y = - -
y = x2 + 1 x2 - 1
Nos Exercícios 62-77, esboce o gráfico da função. Indique as assínto-
tas, extremos locais e pontos de inflexão.
y y
1 X
62. y = - - 63. y = - -
2x -1 2x -1
x +I x+3
64. y = - - 65. y = - -
2x -1 x- 2
X 1 1 1
(A) (B) 66. y = x+- 67. y = - + - -
X X X - J
y y
l 1 3 4
~
68. y=- - - - 69. y = l - - + -3
-----t--~-.----x
!~ __J
---+---+--+---- x
70. y = 2
X
x - 6x + 8
X -
1
J
71. y = 2 +
X
1
X
(X -
x
1
2)
2
1 I 4
72. y = -2 - 73. Y=29
(C) (D) x (x - 2)2 X -
1 x2
FIGURA 23 74. y = 75. y = 22
(x2 + 1)2 (x - l)(x + 1)
2x -1 1 X
60. Esboce o gráfico de f (x) =--
x +1
76. y= N+i
2
77. y= N+i
2
x + I x + I
1 /
1 ,, ....,
-t / y =x+ 1 x2
X 80. Esboce o gráfico de f(x) = --. Proceda como no exercício
-10 1
10 x+ I
1
1 precedente para encontrar a assíntota inclinada.
1
1
- 10 1 81. Mostre que y = 3x é uma assíntota inclinada de f (x) = 3x + x - 2 .
1
Determine se f (x) tende à assíntota inclinada por cima ou por
FIGURA 24 baixo e faça um esboço do gráfico.
CAPITULO 4 Aplicações da Derivada 219
l -x 2 84. ~ Suponha que exista f" (x) e f" (x) > Opara todo x. Mos-
82. Esboce o gráfico de f (x) = --.
2-x tre quef(x) não pode ser negativa para todo x. Sugestão: mostre
83. Suponha que existam f' (x) e f 11 (x) para todo x e seja c um ponto que J' (b) ::p Opara algum b e use o resultado do Exercício 49 da
crítico def (x). Mostre quef(x) não pode fazer uma transição de Seção 4.4.
++para - + em x = c. Sugestão: aplique o TVM a f' (x).
L
- X
FIGURA 2
2x+2y=L
Qual é o intervalo no qual ocorre a otimização? Como os lados do retângulo não po-
dem ter comprimento negativo, devemos exigir ambos x ::: Oe L /2 - x ::: O. Assim,
O ::: x ::: L /2 e o nosso problema se reduz a encontrarmos o máximo de A(x) no intervalo
fechado [O, L/2].
=
Resolvendo A'(x) L/2 - 2x =O, =
obtemos que x L/4 é o ponto crítico. Resta
calcular os valores de A(x) nas extremidades e no ponto crítico:
Extremidades: A (O) =O
A(½)=½(½-½)=0
Ponto crítico: A( ¼) ¼) (½- ¼)
= ( = ~;
220 CALCULO
• EXEMPLO 2 Minimização de tempo de viagem O vaqueiro Chico quer construir uma tri-
lha de seu rancho até a estrada de tal modo que consiga chegar à cidade no menor tempo
possível (Figura 3). A distância perpendicular do rancho à estrada é de 4 milhas e a cidade
está a 9 milhas adiante na estrada. Em que ponto Chico deveria ligar a trilha à estrada se a
Cidade
velocidade máxima na trilha é de 20 mi/h e na estrada de 55 mi/h?
--------
X
9
9-x
Solução Esse problema é mais complicado que o anterior, portanto vamos analisá-lo
em três passos. Esses passos podem ser seguidos para resolver outros problemas de
otimização.
FIGURA 3 Passo 1. Escolher variáveis.
Precisamos decidir onde ligar a trilha à estrada. Seja, pois, P o ponto da estrada mais
perto do rancho e x a distância de P ao ponto em que a trilha se junta à estrada.
Passo 2. Encontrar a função e o intervalo.
Como queremos minimizar o tempo de viagem, precisamos calcular o tempo de via-
gem T(x) como função de x (Figura 4). Pelo Teorema de Pitágoras, o comprimento
da trilha é ,J42 + x 2. Quanto tempo leva para percorrer a trilha a 20 mi/h? Lembre
que, à velocidade constante v, a distância percorrida é d = vt. Portanto, o tempo
necessário para percorrer uma distância d é t = dlv. Aplicando isso a v = 20 mi/h,
vemos que leva
,J42 + x2
horas para percorrer a trilha
20
1 X 1
T (x) = - = =2 - - =0
20.J16 + x 55
55x = 20)16 + x 2
l lx = 4)16 + x 2
121x 2 = 16(16 + x 2 )
CAPITULO 4 Aplicações da Derivada 221
Assim, 105x2 = 162 ou x = 16/.JTõs ~ 1,56 milha. Para encontrar o valor míni-
mo de T(x), calculamos T(x) no ponto crítico e nas extremidades de [O, 9]:
Sempre que for possível, confira a A derivada não está definida em N = Oe N = 120, portanto esses pontos também são críti-
plausibilidade de sua resposta. Os cos (que casualmente são as extremidades). Calculamos B(N) nos pontos críticos:
valores N = 60 e P = 75 são plausíveis
pelas seguintes razões: o fosfato é
B(0) = 8, B(60) = 8 + 0,3J60(150- 1,25 · 60) ~ 28, B(120) = 8
mais barato, portanto faz sentido usar
mais fosfato que nitrogênio - mas
não podemos reduzir o nitrogênio a
O máximo ocorre em N = 60. Pela equação de vínculo, P = 150 - 1,25 (60) = 75, por-
zero porque o resultado depende do tanto a combinação ótima é N = 60, P = 75. •
produto NP.
• EXEMPLO 4 Projete uma lata cilíndrica de 10 pés3 de tal modo que utilize a quantida-
de núnima de metal (Figura 6). Em outras palavras, minimize a área de superfície da lata
(incluindo o topo e a base).
Solução
Passo 1. Escolher variáveis.
Precisamos especificar o raio e a altura da lata. Sejam, pois, r o raio e h a altura da
lata. Seja A a área de superfície da lata.
Passo 2. Encontrar a função e o intervalo.
Calculamos A como função de r e h:
2 2 2
A= nr nr + 2nrh = 2nr + 2nrh
+ '-v-'
'-v-' '-.,.-'
Topo Base Lado
O volume dessa lata é V= nr 2h. Como estamos exigindo que V= 10 pés3, obtemos
a equação de vínculo nr2 h = 10. Assim, h = (10/n)r-2 e
A(r) = 2nr
2
+ 21tr ( -10)
2
= 2nr 2 + -20
nr r
O raio r pode ter qualquer valor positivo, de modo que o intervalo de otimização
é (0, oo).
Área de Passo 3. Otimizar a função.
superfície A Observamos que A(r) tende ao infinito quando r tende às extremidades de (0, oo)
(Figura 7).
• A (r) -+ oo quando r -+ oo (por causa do termo r 2)
• A(r) -+ oo quando r -+ O(por causa do termo 1/r)
2 3
Raio r Concluímos que A(r) atinge um valor núnimo num ponto crítico do intervalo aberto
(O, oo ). Resolvendo para o ponto crítico, obtemos
FIGURA 7 A área de superfície cresce
quando r tende a zero ou oo. O valor dA 20
mínimo existe. - =4nr--
dr 2
=0
r
ou r
3
= -1í,5
Portanto, o valor de r que minimiza a área de superfície é
r= (n5) 1/3
;::::: J,17pé
20
A(r) = 2nr2 + -
r
Essa função não tem valor máximo porque tende ao infinito quando r -+ Oou r -+ oo
(Figura 7). Em termos físicos, isso significa que um cilindro de volume fixado tem uma
área de superfície grande se for ou muito gordo e curto (r grande) ou muito alto e fino
(r pequeno). •
O princípio da distância mínima era O princípio da distância mínima afirma que um raio de luz refletido num espe-
conhecido pelo matemático grego lho percorre o caminho mais curto. Em outras palavras, se o raio origina no ponto A
Heron de Alexandria (cerca de 100
d.C.). Ver Exercício 48 para a Lei da Figura 8 e acaba no ponto B, então o ponto de reflexão P tem a propriedade mínima
de Sne/1, uma lei óptica mais geral, seguinte:
baseada no princípio do tempo mínimo.
AP + P B = a menor possível
O próximo exemplo usa esse princípio para mostrar que o ângulo de incidência 01 é igual
ao ângulo de reflexão 02.
X
FIGURA 8 Reflexão de um raio de luz
num espelho. L
15 O raio de luz bate no espelho no ponto P para o qualf(x) tem um valor mínimo. Vamos
supor que o mínimo ocorre num ponto crítico (Figura 9). Assim, igualamos a derivada
10 a zero:
5 , x L-x
f (x) = --=== - --==== = O
Jx 2 +hT j(L-x) 2 +h~
5 10
X (pés) Se quiséssemos encontrar o ponto crítico (dando o ponto exato do espelho em que
FIGURA 9 O gráfico do o raio de luz bate), precisaríamos resolver essa equação. Contudo, nosso objetivo
comprimento do caminho para não é encontrar x mas, em vez disso, mostrar que 01 = 0i. Portanto, reescrevemos a
h l = 10, h2 = 20, L = 40. equação como
224 CÁLCULO
X L-x
----;:=== = ----;::=====
Jx 2 +hT j(L-x) 2 +h~
'-,,-'
cos 0, cos(h
Usando a Figura 8, vemos que essa equação diz que cos 01 = cos 0z e, como 01 e 0z estão
entre Oe Í• resulta 01 = 0z, como queríamos mostrar. •
4.6 RESUMO
• Em geral, distinguimos três passos principais na resolução de problemas de otimização
aplicada:
Passo 1. Escolher variáveis.
Determinar quais quantidades são relevantes, muitas vezes esboçando um diagrama,
e associar nomes apropriados às variáveis.
Passo 2. Encontrar a função e o intervalo.
Reformular o problema como um de otimização de uma função f em algum intervalo.
Se a função depender de mais de uma variável, usar uma equação de vínculo para
escrever f como função de uma só variável.
Passo 3. Otimizar a função.
• Se o intervalo for aberto, f não necessariamente atinge um valor mínimo ou máximo,
mas, se atingir, esses devem ocorrer em pontos críticos dentro do intervalo. Para de-
terminar se existe um min ou max, analise o comportamento de f quando x tende às
extremidades do intervalo.
4.6 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. O problema é encontrar um triângulo retângulo de perímetro 10 3. Uma função contínua num intervalo aberto sempre tem um valor
cuja área é a maior possível. Qual é a equação de vínculo relacio- máximo?
nando a base b com a altura h do triângulo?
4. Descreva uma maneira de mostrar que uma função contínua num
2. Quais são as variáveis relevantes se o problema for encontrar um intervalo aberto (a, b) tem um valor mínimo.
cone circular reto de área de superfície 20 e volume máximo?
CAPITULO 4 Aplicações da Derivada 225
Exercícios
1. Encontre as dimensões do retângulo de área máxima que pode 10. Encontre o retângulo de área máxima que pode ser inscrito num
ser formado com um pedaço de arame de 50 cm. triângulo retângulo de catetos de comprimentos 3 e 4 se os la-
(a) Qual é a equação de vínculo relacionando os comprimentos x e y dos do retângulo são paralelos aos catetos do triângulo, como
dos lados? na Figura 11.
(b) Encontre uma fórmula para a área só em termos de x.
(e) O problema que temos é de otimização num intervalo aberto ou
fechado?
5 4
(d) Resolva o problema de otimização.
FIGURA 13
17. Encontre o ângulo 0 que maximiza a área do triângulo isósceles (a) Quais dimensões maximizam a área total do depósito?
cujos lados iguais têm comprimento e(Figura 14).
(b) Qual é a área de cada um dos três espaços?
0
e e
1 1 1 1
FIGURA 14 FIGURA 17
18. O volume de um cone circular reto é jr 2h e sua área de superfí- 24. Suponha, no exercício precedente, que o depósito consiste em n
cie é S = 11:rJr 2 + h 2 . Encontre as dimensões do cone com área espaços separados de igual tamanho. Encontre uma fórmula em
de superfície 1 e volume máximo (Figura 15). termos de n para a área total máxima do depósito.
26. Encontre a área do maior retângulo que pode ser inscrito na re-
4- x
gião delimitada pelo gráfico de y =- - e os eixos coordena-
2 +x
dos (Figura 18).
FIGURA 15
4
)
FIGURA 16
__,'
43. Jaqueline consegue nadar a 3 mi/h e correr 8 mi/h. Ela está numa (a) Obtenha x usando Cálculo. A fórmula da adição
margem de um rio que tem 300 pés de largura e quer alcançar o
1 + cotgacotgb
mais rapidamente um ponto na outra margem 200 pés rio abaixo. cotg(a -b) =- ----.
cotg b - cotg a
Ela vai nadar diagonalmente através do rio e depois correr ao
longo da outra margem. Sabendo que l milha = 5280 pés, en- pode ser útil.
contre o melhor trajeto que ela pode tomar.
(b) Resolva o problema de novo usando Geometria (sem fazer contas!).
44. Escala de entrega ótima Um posto de gasolina vende Q li- Existe um único círculo passando pelos pontos B e C que é tangente
tros de gasolina por ano, que é entregue N vezes ao ano em à rua. Seja R o ponto de tangência. Mostre que eé máximo no ponto
carregamentos iguais de Q/N litros. O custo de cada entrega R. Sugestão: os dois ângulos denotados por 1f1 são, de fato, iguais
é de d dólares e os custos anuais de estocagem são dados por porque subentendem arcos iguais no círculo. Seja A a interseção do
sQT, onde T é o tempo (uma fração de ano) entre entregas e s círculo com PC e mostre que lf/ = e+ LP B A > e.
é uma constante. Mostre que os custos são minimizados para (c) Prove que as duas respostas em (a) e (b) coincidem.
N = JsQ/d. (Sugestão: Expresse Tem termos de N.) En-
contre o número ótimo de entregas se Q = 2 milhões de litros, 48. A lei de Snell A Figura 24 representa um corte na superfície
d= 8.000 dólares e s = 30 centavos de dólar ao ano. A resposta de uma piscina. Um raio de luz parte do ponto A localizado aci-
deveria ser um número inteiro, portanto compare os custos para ma da piscina para o ponto B localizado dentro da água. Sejam
os dois valores inteiros de N mais próximos do valor ótimo. v1 a velocidade da luz no ar e v2 a velocidade da luz na água
(é um fato que v1 > v2). Prove a Lei de Snell da Refração, de
45. (a) Encontre o raio e a altura de uma lata cilíndrica de área de acordo com a qual o caminho da luz de A até B é o que toma o
superfície total A cujo volume é o maior possível. menor tempo e satisfaz a relação
(b) Podemos projetar um cilindro de área de superfície total A e vo- sen 81 sen f½
lume total mínimo? --=--
V) V2
46. Encontre a área do maior triângulo isósceles que pode ser inscri-
to num círculo de raio r.
FIGURA 24
onde a e b são como na Figura 25. Mostre que a resistência total 55. No contexto do Exercício 54, mostre que a força mínima exigida
é minimizada quando cos e = (r / R)4. é proporcional a l //!+72.
FIGURA 25
b
52. Encontre o comprimento emínimo de uma viga que, por cima de
FIGURA 28
uma cerca de altura h, consegue alcançar uma parede que está b m
atrás da cerca (Figura 26).
57. Encontre o comprimento máximo de um poste que pode ser pas-
sado horizontalmente numa esquina de corredores de larguras de
8 m e de 4 m (Figura 29).
b X 8
FIGURA 26 FIGURA 29
53. Seja (a, b) um ponto fixado no primeiro quadrante e seja 58. Refaça o Exercício 57 com corredores de larguras arbitrárias a
S(d) a soma das distâncias de (d, O) aos pontos (0, 0), (a, b) e e b.
(a, -b).
59. Encontre o triângulo isósceles de menor área que circunscreve
(a) Encontre o valor de d que toma S(d) mínimo. A resposta depende
um círculo de raio 1 (Figura 30). (Problema do livro de Thomas
dos casos b < ..fia ou b ~ ..fia. Sugestão: Mostre que d = Ose Simpson, The Doctrine and Applications of Fluxions, um livro
b ~ ..fia.
didático de Cálculo que foi publicado em 1750).
(b) ICG[I Seja a= 1. Esboce o gráfico de S(d) para b = 0,5, ../3 e
3 e descreva a posição do mínimo.
2 16d
V= -------
FIGURA 27 cos2 0(tg e - tg a)
230 CÁLCULO
(a) Explique por que essa fórmula só faz sentido se a < 0 < l (f) ICG~ Mostre com um gráfico que, para d fixado (digamos,
Por que v tende ao infinito nos extremos desse intervalo? d= 4,6 m, a distância de um lance livre), v~,m é uma função
(b) ICG~ Tome a= ~ e esboce v2 como função de 0 para crescente de h. Use isso para explicar por que jogadores mais
~ < 0< l Confira que o mínimo ocorre em 0 = l altos têm uma vantagem e por que pode ser útil saltar para fazer
um arremesso.
(e) Seja F(0) = cos2 0(tg 0 - tg a). Explique porque v é minimi-
zado com 0 tal que F(0) é maximizado.
(d) Confira que F' (0) = cos(a - 20) seca (para isso será necessá-
ria a fórmula de adição do cosseno) e mostre que o valor máximo
deF(0)em[a, ~]ocorreem0o = ~ + l
(e) Para um dado a, o ângulo ótimo para converter o arremesso é 0o,
porque minimiza v2 e, portanto, minimiza a energia exigida para
fazer o melhor arremesso (a energia é proporcional a v2). Mostre
que a velocidade v01 m no ângulo ótimo 0o satisfaz
t2 2d(l - k2) 112 crítico e. Calcule e e mostre que O :::: e :::: L se, e somente se,
(e) Conclua que - = - - - - - + k. D:::: 2./3 L.
t1 s
64. Continue no contexto do exercício precedente. (e) Encontre o mínimo def(x) em [O, L] em dois casos: D= 2, L =
4eD= 8, L=2.
(a) Encontre a espessura da camada de solo, supondo que
v1 = 0,7v2 ,t2/ t1 = 1,3es= l.500pés. 66. Um projetista de jóias planeja incorporar um componente de
(b) Os tempos t 1e t2 são medidos experimentalmente. A equação ouro em formato de um tronco de cone de 1 cm de altura e raio
no Exercício 63(c) mostra que t2/ t 1é uma função linear de l/s. inferior r fixado (Figura 35). O raio x superior pode tomar qual-
O que pode ser concluído se executássemos experimentos para quer valor entre Oe r. Observe que x = Oe x = r correspondem
vários valores de s e os pontos ( 1/ s, t2 / t1) não ficassem alinha- ao cone e ao cilindro, respectivamente. Como função de x, a área
dos numa reta? de superfície (sem incluir o topo e a base) é S(x) = n:s(r + x),
onde sé a altura inclinada do tronco, conforme indicado na figu-
65. As três cidades A, B e C serão ligadas por um cabo de fibra ótica ra. Qual é o valor de x que fornece o projeto menos caro [o valor
subterrâneo, como ilustrado na Figura 34(A). Suponha que C mínimo de S(x) para O :::: x ::::: r]?
esteja localizada diretamente abaixo do ponto médio de A B.
Encontre o ponto de junção P que minimiza a quantidade total
(a) Mostre que S(x) = n:(r + x)JI + (r -x) 2.
de cabo utilizada. (b) Mostre que ser < ./2., então S(x) é uma função crescente. Con-
clua que o cone (x = 0) tem a área mínima nesse caso.
(a) Mostre inicialmente que P deve ficar diretamente acima de C.
(e) Suponha quer > ./2.. Mostre que S(x) tem dois pontos críticos
Mostre que se o ponto de junção for colocado num ponto Q
x1 < x2 em (0, r), que S(x1) é um máximo local e que S(x2) é
como o da Figura 34(B), então podemos reduzir o comprimento
um mínimo local.
do cabo movendo Q horizontalmente até o ponto P localizado
acima de C. É conveniente usar o resultado de Exemplo 6. (d) Conclua que o mínimo ocorre em x = Oou x2.
(A) (B)
FIGURA 34
4. 7 Método de Newton
•·· LEMBRETE Um "zero" ou "raiz" O método de Newton é um procedimento para encontrar aproximações numéricas de ze-
y A Figura 2 ilustra o procedimento. Dado um palpite inicial xo, traçamos a reta tan-
gente ao gráfico em (xo , f (xo)). A aproximação x1 é definida como a coordenada x do
ponto em que a reta tangente intersecta o eixo x. Para produzir a segunda aproximação x2
-2 (também denominada segunda iterada), aplicamos esse procedimento a x,.
y y
FIGURA 1 O gráfico de
y = x 5 - x - 1. O valor 1,1673 é uma
boa aproximação numérica da raiz.
Vamos deduzir uma fórmula para x,. A equação da reta tangente em (xo , f (xo)) é
f(xo)
x 1 =xo - - -
f'(xo)
e assim por diante. Observe na Figura 2 que x 1está mais próximo da raiz que xo e x2 está
mais próximo ainda. Geralmente, as aproximações sucessivas convergem a uma raiz de
verdade. Contudo, há casos em que o método de Newton falha (Figura 4).
O método de Newton é um exemplo Método de Newton Para encontrar uma aproximação numérica de uma raiz de f (x) = O:
de um procedimento iterativo. "Iterar"
significa "repetir" e no método de Passo 1. Escolher um palpite inicial xo (próximo da raiz procurada, se possível).
Newton usamos (1) repetidamente Passo 2. Gerar aproximações sucessivas x 1 , x2, •.. onde
para produzir uma seqüência de
aproximações.
II]
f(xo) 22 - 5
x 1 = x o - - - =2- - - = 2,25
f'(xo) 2 ·2
2
X = X _ f(x1) = _ 2,25 - 5 ~ 2,23611
2 1 2 25
f'(x1) ' 2 · 2,25
f (x2) 2,23611 2 - 5
X3 = X 2 - - - =223611- - - - - ~ 2,23606797789
f'(x2) ' 2 · 2,23611
./5 = 2,236067977499789696 . ..
Observe que x3 é a raiz exata a menos de um erro menor do que 10-9. Isso é uma precisão
impressionante para somente três iterações do método de Newton. •
1C
• EXEMPLO 2 ICG[I Seja e a menor solução positiva de sen 3x = cos x.
-1 (a) Use um gráfico gerado por computador para escolher um palpite inicial xo para e.
FIGURA 3 O gráfico de (b) Use o método de Newton para aproximar e com um erro menor do que 10-6.
f (x) = sen 3x - cosx.
Solução
(a) Uma solução de sen 3x = cos x é um zero da funçãof(x) = sen 3x - cos x. A Figura
3 mostra que o menor zero está aproximadamente a meio caminho entre Oe ¾- Como ¾~
Não existe um palpite inicial "correto". 0,785, um bom palpite inicial é xo = 0,4.
No Exemplo 2, escolhemos xo = 0,4, (b) Como f' (x) = 3 cos 3x + sen x, a Equação (1) fornece a fórmula
mas uma outra escolha possível é
x0 = O, que leva à seqüência sen 3x11 - cos X 11
xi "" 0,3333333333
Xn+l = X11 - 3 cos 3x11 + sen x 11
x 2 "" 0,3864547725
Com xo = 0,4 como valor inicial, as primeiras quatro iteradas são
x3 "" 0,3926082513
XI ~ 0,3925647447
X4 "" 0,3926990816
x2 ~ 0,3926990382
Podemos conferir que x0 = 1 leva a
uma seqüência convergindo a¾,
que é a X3 ~ 0,3926990817
segunda solução positiva de
sen 3x = cos x. X4 ~ 0,3926990816
234 CÁLCULO
FIGURA 4 A função tem um único • EXEMPLO 3 A Figura 5 mostra que f (x) = x4 - 6x 2 + x + 5 tem quatro raízes reais.
zero mas a seqüência das iteradas de
Newton vai para o infinito. (a) Mostre que com xo= O, o método de Newton converge à raiz perto de -2.
(b) Mostre que com xo= - l, o método de Newton converge à raiz perto de -1.
Solução Temos f'(x) = 4x 3 - 12x + 1 e
y
(a) Usando a Tabela 1, podemos ficar tranqüilos que, com xo = O, o método de Newton
converge a uma raiz perto de - 2,3. Observe na Figura 5 que essa não é a raiz mais próxi-
ma de xo.
(b) A Tabela 2 sugere que, com xo = -1, o método de Newton converge à raiz perto
FIGURA 5 O gráfico de
&-~- •
f (x) = x4 - 6x 2 + x + 5.
TABELA 1 TABELA 2
xo o xo -1
X[ -5 X[ -0,8888888888
x2 - 3,9179954 x2 -0,8882866140
x3 -3,1669480 x3 -0,88828656234358
x4 -2,6871270 x4 -0,888286562343575
x5 -2,4363303
X6 -2,3572979
x7 -2,3495000
4.7 RESUMO
• Método de Newton: para encontrar uma seqüência de aproximações numéricas a uma
solução def(x) = O, comece com um palpite inicial xo. Em seguida construa a seqüência
xo, x 1, x2, .. . usando a fórmula
f(xll)
xll+ l = xll - f'(xll)
• Na maioria dos casos, a seqüência xo, x1, x2, ... converge rapidamente a uma so-
lução. Se as primeiras m casas decimais de x 11 e x 11+1 forem iguais, podemos estar
razoavelmente certos de que as primeiras m casas decimais de x 11 coincidem com as
da solução exata.
4.7 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Quantas iterações do método de Newton são necessárias para 3. O que acontece com o método de Newton se o palpite inicial é
calcular uma raiz se f (x) for uma função linear? justamente um minou max local def?
2. O que acontece com o método de Newton se o palpite inicial já é 4. Será a afirmação a seguir uma descrição razoável do método de
umzerodef? Newton: "Uma raiz da equação da reta tangente a/ (x) é usada
como aproximação da raiz da própriaf (x)"? Explique.
Exercícios
Nos Exercícios 1-4, use o método de Newton com a função e o valor 12. iCG~ Esboce o gráfico de f (x) = x 3 - 4x + 1 e use o método
inicial dados para calcular x,, x2 , x3- de Newton para aproximar a maior raiz positiva com erro menor
do que ,o- 3.
1. f (x) =x2 - 2, xo =1
13. iCG~ Use uma calculadora gráfica para escolher um palpite ini-
2. f (x) = x2 - 7, xo = 2,5 cial para a única raiz positiva de x 4 + x 2 - 2x - 1 = O. Calcule
as três primeiras iteradas do método de Newton.
3. f (x) = x3 - 5, xo = 1,6
14. A primeira solução positiva de sen x = Oé x = n. Use o método
4. f(x) = cosx -x, xo = 0,8 de Newton para calcular n com quatro casas decimais.
lírY!1J sen0
5. Use a Figura 6 para escolher um palpite inicial xo para a única 15. ~ Dê uma estimativa da menor solução positiva de - - =
raiz real de x 3 + 2x + 5 = O. Em seguida, calcule as três primei- 0
0,9 com três casas decimais. Use uma calculadora gráfica para
ras iteradas do método de Newton.
escolher o valor inicial.
7. v'IÕ 8. 71 /4
9. 51 /3 10. i-I / 2
18. Encontre, com duas casas decimais, as coordenadas do ponto P na 22. Se depositarmos P dólares num fundo de pensão anualmente
Figura 8 em que a reta tangente a y = cos x passa pela origem. durante N anos com o objetivo de sacar Q dólares anualmente
por M anos, precisamos obter uma taxa de juros r satisfazendo
y P(bN - 1) = Q(I - b-M), onde b = 1 + r. Suponha que depo-
y =cosx sitemos 2.000 dólares anualmente durante 30 anos com o obje-
tivo de sacar 8.000 dólares anualmente durante 20 anos. Use o
método de Newton para calcular b e então encontrar r.
O método de Newton é, muitas vezes, utilizado para determinar taxas de (a) Mostre que o setor BSA tem uma área de (a 2/ 2)(0 - e sen 0).
juros em cálculos financeiros. Nos Exercícios 20-22, r denota um juro (b) Segue da segunda lei de Kepler que a área do setor BSA é propor-
anual expresso não como percentagem mas como um número decimal. cional ao tempo t decorrido desde que o planeta passou pelo ponto
A. Mais precisamente, como o círculo tem área na 2, BSA tem uma
20. Se P dólares forem depositados mensalmente numa caderneta de
área de (na 2)(t / T), onde Té o período da órbita. Deduza que
poupança com taxa de juros anual r, então o valor S da conta N
anos depois é 2m
- = 0-esene.
T
bl2N+I -b) r
onde b = 1 +
12 .
S= p (e) A excentricidade da órbita de Mercúrio é aproximadamente e=
( b-1
0,2. Use o método de Newton para encontrar edepois de decor-
Digamos que tenham sido depositados P = 100 dólares por mês. rido uma quarta parte do ano de Mercúrio (t = T/4). Converta 0
para graus. Mercúrio cobriu mais do que uma quarta parte de sua
(a) Qual é o valor depois de 5 anos se a taxa de juros anual for der= órbita em t = T/4?
0,07 (ou seja, 7%)?
(b) Mostre que para ter 10.000 dólares depois de 5 anos, deve- Círculo auxiliar
mos receber juros a uma taxa r determinada pela equação '),- -- - -- , B
b61 - 101b + 100 =O.Use o método de Newton para resolver
/
/
/
/
em b (observe que b = 1 é uma raiz, mas o que queremos é a raiz /
/
que satisfaz b > 1). Em seguida, encontre r. I
I
b- 1 ' ', ,/
------
FIGURA 9
(a) Qual é o pagamento mensal se L = 5.000 dólares, N = 3 e r =
0,08 (8%)?
24. O que acontece quando aplicamos o método de Newton para
(b) Recebemos uma oferta de um empréstimo de L = 5.000 dólares encontrar um zero de f (x ) = x 113? Observe que o único zero é
para ser pago ao longo de três anos com pagamentos mensais de x=O.
P = 200 dólares. Use o método de Newton para calcular b e des-
cobrir a taxa de juros r que está embutida nesse empréstimo. Su- 25. O que acontece quando aplicamos o método de Newton à equa-
gestão: mostre que (L / P)b 12 N+ I - (1 + L / P)b 12N + 1 = O. ção x 3 - 20x = Ocom o infeliz palpite inicial xo = 2?
-----
FIGURA 11 O arco circular em destaque tem comprimento L + m.
//
4.8 Antiderivadas
Além de encontrar derivadas, existe um problema "inverso" importante, a saber, dada a
derivada, encontrar a própria função . Na Física, por exemplo, podemos querer calcular a
posição s(t) de um objeto dada sua velocidade v(t). Como s' (t) = v(t), isso corresponde
a encontrar uma função cuja derivada seja v(t). Uma função F(x) cuja derivada sejaf(x) é
denominada uma antiderivada def (x).
DEFINIÇÃO Antiderivadas Uma função F(x) é uma antiderivada def (x) em (a, b) se
F'(x) = f(x) para cada x E (a, b).
F t (x) = -d
dx
( -x
3
1 3) = x2= f(x)
Analogamente, F(x) = -cos x é uma antiderivada de f (x) = sen x, porque
I
F (x) = -d (- cos x ) = sen x = f (x )
dx
Uma das primeiras características a ser observada sobre antiderivadas é que elas não são
únicas. Temos toda liberdade de acrescentar uma constante C: se F' (x) = f (x) então
238 CÁLCULO
( F (x) + C) = f (x ), porque a derivada da constante é nula. Assim, cada uma das seguin-
1
1 3 1 1 3
-X -x 3 +5 -x -4
3 ' 3 ' 3
Existirão outras antiderivadas def (x) além daquelas obtidas pela soma de uma cons-
tante a uma dada antiderivada F(x)? De acordo com o teorema seguinte, a resposta é não,
sef (x ) estiver definida num intervalo (a, b).
TEOREMA 1 Antiderivada geral Seja F(x) uma antiderivada de f (x) em (a, b). Então
qualquer outra antiderivada em (a, b) é da forma F(x) + C, para alguma constante C.
Demonstração Sejam F(x) e G(x) antiderivadas def(x) e consideremos H(x) = G(x) - F(x).
Então H 1(x) = G' (x) - F' (x) = f (x) - f (x) = O. Pelo Corolário da Seção 4.3, H(x)
deve ser constante, digamos H(x) = C, e isso dá G(x) = F(x) + C. •
y
ENTENDIMENTO GRÁFICO O gráfico de F(x) + C é obtido transladando o gráfico de
F(x) verticalmente por C unidades. Como as translações verticais carregam as retas
F(x)+ C
tangentes sem modificar suas inclinações, faz sentido que todas as funções F(x) + C
tenham a mesma derivada (Figura 1). Reciprocamente, o Teorema 1 nos diz que se
F(x) dois gráficos têm retas tangentes paralelas, então um gráfico é obtido do outro por
uma translação vertical.
----+-------x
Muitas vezes descrevemos a antiderivada geral de uma função em termos de uma
FIGURA 1 As retas tangentes aos constante arbitrária, como no exemplo seguinte.
gráficos de y = F(x) e y = F(x) + C
são paralelas. • EXEMPLO 1 Encontre duas antiderivadas de f (x) = cos x. Então determine a antide-
rivada geral.
Solução As funções F(x) = sen x e G(x) = sen x + 2 são ambas antiderivadas de f (x). A
antiderivada geral é F(x ) = sen x + C, onde C é uma constante qualquer. •
"função primitiva".
Dizemos que F(x) + C é a antiderivada geral ou integral indefinida def (x).
xn+I
! xndx = - - +e
n+l
para n =/= -l
1
-d( xn+I
--+e) =--((n+l)xn)=xn •
dx n + I n+I
Em palavras, a regra da potência para integrais diz que para integrar uma potência
de x, "somamos um ao expoente e dividimos pelo novo expoente". Aqui temos alguns
exemplos:
! 5
x dx = ix 6 + e, ! x3f5 dx = ixS/5 + C
Advertência: A regra da potência para integrais não é válida para n = - l. De fato, para
n = - l, obteríamos a expressão desprovida de significado
x-1+1 xº
! x- 1dx = - - - = -
-1+1 O
(sem significado)
f (3x
4
-
23 3
5x 1 + x- ) dx =f 4
3x dx - f 23
5x 1 dx +f 3
x- dx (regra da soma)
-d
dx
(3 5 2
1
-x5 - 3x5f3 - -x-2 + e ) = 3x4 - 5x2f3 + x-3
•
As fórmulas de derivação das funções trigonométricas nos dão as fórmulas de inte-
gração seguintes. Cada fórmula pode ser conferida por derivação.
d d
- sen(kx + b) = kcos(kx + b), - cos(kx + b) = -k sen(kx + b)
dx dx
f cos(kx + b) dx = } sen(kx + b) + C
f sen(kx + b) dx = -} cos(kx + b) + C
Solução
1 20
= - 2cos(2t - 9) + sen 3t + C •
3
Condições iniciais
Podemos pensar na antiderivada como uma solução da equação diferencial
y= 1
/ 4x dx = 1x + e
8
Escolhemos C de tal modo que a condição inicial y(O) = 4 seja satisfeita. Como y(O) =
O+ C = 4, temos C = 4 e a solução particular é y = ½x 8 + 4. •
1 1
y(2) = - - cos(2n) + C = 2 ~ C=2+-
n n
1 1
Portanto, a solução é y(t) = - - cos(m) + 2 + -.
n n •
• EXEMPLO 6 No instante t = O, um carro andando a uma velocidade de 96 pés/s come-
ça a diminuir sua velocidade com desaceleração constante de a= -12 pés/s2. Encontre a
velocidade v(t) no instante t e a distância percorrida até o carro parar.
A condição inicial é v (0) = C 1 = 96, portanto v(t) = -12t + 96. Em seguida, calcula-
mos a posição s(t) do carro. Como s' (t) = v(t), temos
Usamos a condição inicial s(O) = Oporque queremos calcular a distância total percorrida
desde o tempo t =O. Isso dá C2 = Oe, portanto, s(t) = -6t 2 + 96t.
Finalmente, para calcular quão longe o carro andou, observamos que o carro parou
quando sua velocidade chegou a zero, portanto resolvemos
96
v(t) = -12t + 96 = O ~ t=-=8s
.
12
Concluímos que o carro parou depois de 8 se percorreu s(8) = -6(8 2) + 96(8) = 384
~-
242 CÁLCULO
4.8 RESUMO
• F(x) é denominada uma antiderivada de f (x) se F' (x) = f (x ).
• Duas antiderivadas quaisquer de f (x) num intervalo (a, b) diferem por uma constante.
• A antiderivada geral é denotada pela integral indefinida
f f(x)dx = F(x) + C
• Fórmulas de integração:
xn+I
f xndx =--+e
n+l
(n =/- -1)
• Para resolver uma equação diferencial dy = f (x) com condição inicial y(xo) = yo, pri-
dx
meiro encontramos a antiderivada geral y = F(x) + C. Em seguida, determinamos C
usando a condição inicial F(xo) + C = Yo-
4.8 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Encontre uma antiderivada da funçãof(x) = O. 5. Suponha que F' (x) = f (x) e G' (x) = g (x ). As afirmações se-
guintes são verdadeiras ou falsas? Explique.
2. Qual é a diferença, se houver, entre encontrar a antiderivada ge-
ral de uma funçãof(x) e calcular J f(x) dx? (a) Sef = g, então F = G.
(b) Se F e G diferem por uma constante, entãof = g.
3. Jacques descobriu que f (x) e g(x) têm a mesma derivada e ele (e) Sef e g diferem por uma constante, então F = G.
gostaria de saber se f (x) = g(x). Ele tem informação suficiente
para responder sua dúvida? 6. Determine se y = x 2 é uma solução da equação diferencial com
condição inicial
4. Escreva duas antiderivadas quaisquer de cos x. Quais condições
= O? dy
iniciais elas satisfazem em x - =2x
dx '
y(O) =1
Exercícios
Nos Exercícios 1-6, encontre a antiderivada geral de f (x) e confira 7. f(x) = senx 8. f(x) = x sen(x 2)
sua resposta por derivação.
9. f(x) = sen(l - x) 10. f(x) = x senx
1. f (x) = 12x 2. f (x) =x2
Nos Exercícios 11-36, calcule a integral indefinida.
3. f(x)=x 2 +3x+2 4. f (x) =x 2 + 1
5. f (x) = sx-4 6. f (x) = cosx + 3 senx 11. j (x + l )dx 12. j dx
(9 - 5x)
19. f(St - 9) dt 20. f + (x 3 4x-2 ) dx (a) f sec2 (3x) dx (b) f sec(x + 3) tg(x + 3) dx
21. fx - dx
2
22. f ,/xdx
40. Use as fórmulas das derivadas def (x) = cotg x ef (x) = cossec x
para calcular as integrais.
23. f+
(x 3)- dx
2
24. f (4t - 9)- 3 dt
2
(a) f cossec x dx (b) f cossec x cotg x dx
dy
27. fv'x(x - l )dx 28. fc x+x- )(3x -Sx)dx1 2
41. -
dx
= cos 2x, y(O) = 3 dy --
42• dx X,
3 y(O) =2
dy
29. f :ri?
t dt 30.
f
x2 +2x -3
X4
dx
43. -
dx
= X, y(O) = 5 44. : = o, y(3) =5
=5- =2
31. f(4 sen x - 3cosx)dx 32. f sen 9x d x
45. dy
dt
2t2, y(l)
46. dy = 8x 3 + 3x 2 - 3, y(l) = 1
33. f +
cos(6t 4) dt 34. f (40 + cos 80) d0
dx
dy dy
47. - = 4t + 9, y(O) = I 48. - = .Ji, y(I) =1
35. fcos(3 - 4t) dt 36. f 18 sen(3z + 8) dz
dt dt
59. Mostre que f (x) = tg2 x e g (x) = sec2 x têm a mesma derivada.
O que podemos concluir sobre a relação entre f e g? Confira sua
conclusão diretamente.
f(x)
60. Calculando derivadas, mostre que sen2 x = cos 2x + C para -½
y y y alguma constante C. Encontre C fazendo x = O.
~x4'dx~ x
(A) (B) (C)
61. Uma partícula localizada na origem em t = Ocomeça a se mover
ao longo do eixo x com velocidade v(t) = ½t2 - t mls. Seja
s(t) sua posição no instante t. Enuncie a equação diferencial com
condição inicial satisfeita por s(t) e encontre s(t).
63. Uma partícula está em movimento ao longo do eixo x com velo- 67. Um foguete de 900 kg é largado de uma espaçonave. À medida
cidade v(t) = 25t - t 2 m/s. Seja s(t) sua posição no instante t. que o foguete consome combustível, sua massa decresce e sua
velocidade cresce. Seja v(m) a velocidade (em m/s) como função
(a) Encontre s(t), supondo que a partícula esteja em x = 5 no ins-
da massa m. Encontre a velocidade quando m = 500 se dvldm =
tante t = O.
-50m- 112. Suponha que v(900) = O.
(b) Encontre s(t), supondo que a partícula esteja em x = 5 no ins-
tante t = 2. 68. Quando água flui através de um cano de raio R = 10 cm, a veloci-
dade v de uma partícula d'água individual depende de sua distân-
64. Uma partícula localizada na origem em t = Ocomeça a se mover
2
em linha reta com aceleração a(t) = 4 - ½t m/s • Sejam v(t) cia r ao centro do cano, de acordo com a fórmula dv = -0,06r.
dr
sua velocidade e s(t) sua posição no instante t. Determine v(r), supondo que as partículas nas paredes do cano
(a) Enuncie e resolva a equação diferencial satisfeita por v(t) supon- tenham velocidade zero.
do que a partícula esteja em repouso em t = O.
69. Encontre constantes ci e c2 tais que F(x) = qx senx + c2 cosx
(b) Encontre s(t). seja uma antiderivada def (x) = x cos x.
65. Um carro andando a uma velocidade de 84 m/s começa a diminuir 70. Encontre a antiderivada geral de (2x + 9) 10.
sua velocidade a uma taxa constante de 14 m/s2• Depois de quantos
segundos o carro pára e qual a distância percorrida antes de parar? 71. Confira as propriedades de linearidade da integral indefinida
enunciadas no Teorema 3.
66. Partindo do repouso, um objeto em movimento retilíneo com
aceleração constante a, cobre 100 m em 5 s. Encontre a.
8. v(t) = 32t - 4t2, a = 2 Verifique que se P = 7.500 dólares, então Y = 4,91 %. Dê uma
estimativa da queda do rendimento se o preço subir para 7. 700
9. A(r) = 11rr3 , a= 3 dólares.
CAPITULO 4 Aplicações da Derivada 245
13. Uma loja vende 80 players de MP3 por semana se cada um custar 37. Combine a descrição def (x) com o gráfico de sua derivada f' (x)
P = 75 reais. Dê uma estimativa do número N de players vendidos na Figura 1.
se P for aumentado para 80 reais, supondo que dN/dP = -4. Dê
(a) f (x) é crescente e côncava para cima.
uma estimativa de N se o preço baixar para 69 reais.
(b) f (x) é decrescente e côncava para cima.
14. A circunferência de uma esfera é medida como sendo C = 100
(e) f (x) é crescente e côncava para baixo.
cm. Dê uma estimativa de erro percentual máximo no volume V
da esfera se o erro em C é de, no máximo, 3 cm.
17. Mostre que f (x) = 2x 3 + 2x + sen x + 1tem precisamente uma 38. Esboce a curva y =f (x) para a qual f' e f" têm os sinais indica-
raiz real. dos na Figura 2.
18. Verifique o TVM para f (x) = x- 112 em [I, 4].
_-_+_-+------+l-+-1_-_+_+-1_+_+--+-_+_-_ X
19. Suponha quef( l ) = 5 ef'(x):::: 2 parax:::: 1. UseoTVM para
-2 O 3 5
mostrar que f (8) :::: 19.
FIGURA 2
20. Use o TVM para provar que se f' (x) ::: 2 para x > Oe f (0) = 4,
então f(x) ::: 2x + 4 para todo x :::: O.
Nos Exercícios 39-52, calcule o limite.
Nos Exercícios 21-24, encontre os extremos locais e determine se são
mínimos, máximos, ou nenhum dos dois. 39. lim (9x 4 - 12x3 ) 40. lim (7x 2 - 9x 5 )
X-->00 x-->-oo
21. f (x) = x3 - 4x 2 + 4x I' x + 2x
3 x 3 +2x
41. Im - - - 42. lim - 2- -
X-->00 4x2 - 9 x-->-oo 4x - 9
22. s(t) = t4 - 8t2
x 3 +2x x 3 +2x
23. f (x) = x 2 (x + 2) 3 43. lim - - - 44. lim
X--> 00 4x3 - 9 x--> -oo 4x 5 - 40x 3
24. f(x) = x 2l 3(1 - x) x 2 - 9x l2x+ 1
45. lim 46. lim
Nos Exercícios 25-30, encontre os valores extremos no intervalo.
x-->oo .jx2 + 4x x--> -oo J4x2 + 4x
xl /2 x3/2
25. f(x)=x(IO-x), [-1,3] 47. lim 48. lim
X--> OO J4x - 9 x-->oo (16x6 _ 9x4)1 /4
26. f(x) = 6x4 - 4x 6, [- 2, 2]
1- 2x
49. lim - - 50. lim - -
27. g(0) = sen2 0 - cos 0, [O, 2n] X-->3+ X - 3 X-->2- x 2 -4
t x- 5 1
28. R(t) = t 2 + t + 1, [O, 3] 51. lim - - 52. lim
x-->2+ X - 2 x--> - 3+ (x + 3) 3
29. f(x) =x 213 - 2x 113, [-1,3] Nos Exercícios 53-62, esboce o gráfico, indicando os pontos de tran-
sição e o comportamento assintótico.
30. f(x) =x - tgx, [- ! , ! ]
53. y = l2x - 3x 2 54. y = 8x 2 - x
4
31. Encontre os pontos críticos e valores extremos de
f(x) = lx - l i + 12x - 61em [O, 8]. 55. y = x3 - 2x 2 + 3 56. y = 4x - x 312
32. Uma função f (x) tem derivada f ' (x) = - 4-1- . Em qual ponto 57. y= - -
X
58. y = (x2 -
X
X +1 x3 + l 4)2/3
do intervalo [l, 4] a funçãof(x) atinge seu valor máximo?
1
Nos Exercícios 33-36, encontre os pontos de inflexão.
59
' y = lx + 21+ 1 60. y = J2 - x3
63. Encontre o volume máximo de um cone circular reto colocado de 67. Sejaf (x) uma função cujo gráfico não passa pelo eixo x e denote
cabeça para baixo dentro de um cone circular reto de raio R e altura Q = (a, 0). Seja P = (xo , f (xo)) o ponto do gráfico mais perto
H (Figura 3). O volume de um cone de raio re altura h é 1nr 2 h. de Q (Figura 6). Prove que P Q é perpendicular à reta tangente
ao gráfico em xo. Sugestão: seja q(x) a distância de (x,f (x)) até
(a, O) e observe que xo é um ponto crítico de q(x).
y
y =f(x)
H
FIGURA 3
Q = (a, O)
64. Numa certa fazenda, a produção de milho é FIGURA 6
A e
71. J 2
(4x 3 - 2x ) dx 72. J 4
x 91 dx
F
1
77. J 2
sec x dx 78. j tg30sec30d0
( ,~ 6 r \
80. J 3x3 - 9 dx
x2
1 1
1 1 Nos Exercícios 81-84, resolva a equação diferencial com condição
\ I
\ I inicial.
' '..... /
----
FIGURA 5
//
dy
81. - = 4x 3, y(l) =4
dx
CAPITULO 4 Aplicações da Derivada 247
82. dy = 3t 2 + cos t , y(O) = 12 85. Encontre f (t), supondo que f" (t) = 1- 2t,f (0) = 2 e f' (0) =
dt -1.
Podemos interpretar essa fórmula em termos de área, observando que o gráfico da velo-
cidade é uma reta horizontal de altura v e v(t2 - ti) é a área da região retangular entre o
gráfico e o intervalo [t1 , t2] (Figura 1). Assim,
v (mls)
Distância percorrida ao longo de [t1, t2] =
área abaixo do gráfico da velocidade e acima de [t1, t2]
Área = v(t
V _ _ _ _ _ _,__
/ 2_ _ __ - t, )
/ Embora as Equações (1) e (2) sejam equivalentes, a vantagem da Equação (2) é que ela per-
manece verdadeira mesmo se a velocidade não for constante (Figura 2). Isso é discutido na
Seção 5.5, mas podemos entender a idéia principal considerando o gráfico da velocidade na
Figura 3. Nesse caso, a velocidade varia com o tempo, mas permanece constante em interva-
t (s)
los (é claro que esse gráfico não é realista, porque a velocidade de um objeto não pode variar
FIGURA 1 A distância percorrida é tão abruptamente). A distância percorrida em cada intervalo de tempo é igual à área do retân-
igual à área do retângulo. gulo acima do intervalo e a distância total percorrida é a soma das áreas desses retângulos:
Distância percorrida ao longo de [O, 8] = 10 + 15 + 30 + 10 = 65 m
v (mls) Soma das áreas dos retângulos
Um raciocínio análogo mostra que a distância percorrida é igual à área debaixo do gráfico,
sempre que a velocidade for constante em intervalos. Esse argumento não funciona quando
a velocidade variar continuamente, como na Figura 2. Nossa estratégia nesse caso é aproxi-
mar a área debaixo do gráfico pela soma das áreas de retângulos e então passar ao limite.
1
2
1 (s) Aproximando a área por retângulos
FIGURA 2 A distância percorrida é a No restante desta seção, supomos que f (x) seja contínua e positiva, de modo que o
área debaixo do gráfico da velocidade. gráfico def(x) fica acima do eixo x. Nosso objetivo é calcular a área "sob o gráfico",
CAPITULO 5 Integral 249
v (m!s) ou seja, a área entre o gráfico e o eixo x. Como um primeiro passo, vamos aproximar a
área usando retângulos.
15 Inicialmente, escolhemos um número natural N e dividimos [a, b] em N subinter-
10 valos de mesmo comprimento, como na Figura 4. Cada subintervalo tem comprimen-
15
5+-----1 30 to Llx = b; ª , pois [a, b] tem comprimento b - a. As extremidades direitas desses
10
subintervalos são
2 3 4 5 6 7 8 t (s)
Altura do
segundo retângulo
Altura do é f(a + 2õx)
\
a a+õx a+2õx b a a+õx a+Mx b
FIGURA 4 Primeiro subdividimos
o intervalo, depois construímos os Dividimos [a, b] em N subintervalos, Construção de retângulos pela direita.
retângulos. cada um de comprimento õx.
Cada retângulo tem largura Llx. A altura do primeiro retângulo é f (a+ Llx) e sua
área é f (a+ LlX)Llx. Analogamente, o segundo retângulo tem altura f(a + 2Llx ) e área
f (a + 2Llx) LlX, etc. A soma das áreas dos retângulos é
N = número de subintervalos em [a, b] 1 RN = Llx (f(a + Llx) + f(a + 2Llx) + ··· + f(a + N Llx)) 1
b- a
ô.X = - -
N
Em palavras, RN é igual a Llx vezes a soma dos valores funcionais nas extremidades di-
reitas dos subintervalos.
Solução
Passo 1. Determinar ~ e as extremidades.
Para calcular R4, dividimos [1, 3] em quatro subintervalos de comprimento LlX =
3 1
4 = ½- As extremidades direitas são os números a + j Llx = 1 + j (½), para j =
t
1, 2, 3, 4. Eles estão espaçados a intervalos de½, começando em portanto, como
podemos ver na Figura 5, as extremidades direitas são ~. ~. f, t
250 CÁLCULO
R4 = i(f ( ~) + f ( i) + f ( 1) + f ( ~) )
= ! (~ + 16 + 25 + 36) = 43 = 10 75
24 4 4 4 4'
•
y y
15 15
10 10
5 5
FIGURA 5 As aproximações da área X
sob o gráfico de f(x) = x 2, acima de 3 2 5 3 4 5 2 7 8 3
[1, 3]. 2 2 3 3 3 3
Notação de somatório
Como as aproximações de áreas envolvem somas de valores funcionais, introduzimos a
notação de somatório, que é a maneira padrão de escrever somas em formato condensa-
do. A soma dos números a111 , •• • , an (m :S n) é denotada por
li
L Gj = Gm +am+I + · · · +a 11
j=m
n
A letra grega maiúscula L (sigma) significa "soma" e a notação L nos diz que devemos
j=m
começar a somar em}= me terminar em}= n. Por exemplo,
5
I: J2 = 1 + 2 2 2
+ 32 + 42 + 52 = 55
j=I
Neste somatório, o}-ésimo termo é dado pela fórmula aj = j2. Dizemos que j 2 é o termo
geral. A letra j desempenha o papel de índice e é, às vezes, denominada variável muda,
porque qualquer outra letra pode ser usada em seu lugar. Por exemplo,
6 6
I:<J3 - 21) = I: (k 3 - 2k) = (4 3 - 2(4)) + (5
3
- 2(5)) + (6
3
- 2(6)) = 375
j=4 k=4
As regras seguintes são utilizadas para trabalhar com somatórios. Elas são conseqüências
das leis conhecidas de comutatividade, associatividade e distributividade da adição.
CAPITULO 5 Integral 251
Linearidade de somatórios
n n n
• I:caj +hj) = L ªj + I:bj
j=m j=m j=m
ll ll
Por exemplo,
i=3 i=4 i=S
5 ,_,.__ ,_,.__ ,_,.__
2 2 2 2
I:u + i) = c3 + 3) + c4 + 4) + c5 + 5)
i=3
é igual a
5 5
I: i 2 + I: i = (3 2 + 42 + 52 ) + (3 + 4 + 5)
i=3 i=3
Muitas vezes usamos a linearidade para escrever um único somatório como uma soma de
vários somatórios. Por exemplo,
100 100 100 100
L(7k 2 - 4k + 9) = L7k2 + I:C-4k) + L9
k=0 k=0 k=0 k=0
100 100 100
= 1 I: k 2 - 4 I: k + 9 I: 1
k=0 k=0 k=0
Agora passamos a discutir duas outras aproximações da área: pela esquerda e pelo
meio. Para calcular a aproximação pela esquerda, dividimos [a, b] em N subintervalos
como antes, mas as alturas dos retângulos são os valores def (x) nas extremidades esquer-
das [Figura 6(A)]. As extremidades esquerdas são
Observe que ambos RN e LN têm termo geral f(a + j Llx), mas a soma de L N vai dej = O
atéj = N - 1 em vez de ir dej = 1 aj = N. Assim,
252 CÁLCULO
N -1
LN= tu L f(a + jD.x)
j=O
Na aproximação pelo meio MN, as alturas dos retângulos são os valores de f (x)
nos pontos médios dos subintervalos em vez das extremidades [Figura 6(B)]. Os pontos
médios são
1 3
a+
2D.x , a+
2D.x,
e a soma das áreas dos retângulos pelo meio é
Em notação de somatório,
Portanto,
A aproximação pela esquerda é quase a mesma, mas a soma começa comj = Oe ter-
mina emj = 5:
CAPITULO 5 Integral 253
5
L6 = -
1
L --.1
3 j=O 2 + f
1 (3
= - -
3 6
+ -3 + -3 + -3 + -3 + -3 )
7 8 9 10 11
~ 0,737
Retângulo
pela direita
•
2 3 4 ENTENDIMENTO GRÃFICD Funções monótonas Observe, na Figura 8, que os retângulos
FIGURA 8 L6 e R6 para f (x) = x- 1 pela esquerda para f (x) = x- 1 ficam acima do gráfico e os retângulos pela direita
em [2,4]. ficam abaixo. Portanto, a área exata A fica entre R6 e L6 e, portanto, de acordo com
o exemplo precedente, 0,65 ::: A ::: 0,74. Mais geralmente, quando f (x) é monótona
(crescente ou decrescente), a área exata.fica entre RN e LN (Figuras 8 e 9):
y
• f (x) crescente ::::} LN::: área sob o gráfico ::: RN
• f(x) decrescente ::::} RN::: área sob o gráfico::: LN
TEOREMA 1 Se f (x) for contínua em [a, b], então as aproximações pela esquerda,
direita e meio tendem a um mesmo limite quando N-+ oo. Em outras palavras, existe
um valor L tal que
lim RN = lim LN= lim MN = L
N -+ oo N -+ oo N -+ oo
254 CÁLCULO
No Teorema 1, não é necessário supor O Teorema 1 nos dá uma definição precisa da área sob o gráfico como um limite L. Lem-
que f(x)::: O. Contudo, sef(x) tomar bre que a reta tangente é um outro conceito básico que é definido como um limite. Quando
valores negativos, o limite L não mais
representa uma área sob o gráfico. estudamos a derivada, vimos que a inclinação da reta tangente é o limite das inclinações
Mesmo assim, podemos interpretá- das retas secantes.
/o como uma "área com sinal", Nos dois próximos exemplos, ilustramos o Teorema 1 encontrando a área sob o grá-
um conceito que será discutido na
fico de alguns polinômios simples. Essas contas dependem de fórmulas para as somas de
próxima seção.
potências. A seguir apresentamos as fórmulas das três primeiras somas de potências.
N(N + 1) N N 2
Lj = l +2+···+N = -
j=I
N
- - = -+-
2 2 2
~-2 2 2 2 N(N+l)(2N+l) N 3 N2 N
~J =1 +2 +·· · +N = - - - - - - = - + - + -
j= I 6 3 2 6
N N2(N + 1)2 N4 N3 N2
Li= 13 +23+ .. ·+N3 = -
j=I
--- = - + - + -
4 4 2 4
• EXEMPLO 3 Calculando a área como um limite Calcule a área sob o gráfico def (x) = x,
acima de [O, 4], de três maneiras:
(e) usando Geometria.
b-a 4
•·· LEMBRETE Solução O intervalo é [a, b] = [O, 4], portanto .6.x = - - = -e, comof(x) = x,
N
N N
= l::,.x L f(a + jl::,.x)
RN
j=I 4
f(a+j.6.x)=f ( o+~
º) = 4.~
N -1
LN = l::,.x L f(a + jl::,.x)
j=O Portanto,
4 4
Na última igualdade, fatoramos o termo N para fora da soma. Isso é possível pois N é
N
uma constante que não depende de j . Agora usamos a Fórmula (3) para I: j e obtemos
j=l
8
=8+ -
N
8
O segundo termo N tende a zero quando N tende a oo, portanto o limite é igual a
A aproximação pela esquerda é quase a mesma que a da Equação (6), só que a soma começa
emj = Oe termina emj = N- 1 (deixamos a cargo do leitor a verificação algébrica):
L -
N -
~ N-l
N2 LJ- . - ~ N-l
N2 LJ- . - ~ ((N -
N2 2
1)2
+
(N -1))-
2 -
8- !
N
J=O J=I
Observe que no segundo passo, substituímos a soma começando emj =Opor uma soma
começando emj = 1. Isso é possível porque o temo geral paraj é zero sej = Oe pode ser
ignorado. Novamente, vemos que lim L N = lim (8 - 8/ N) = 8.
N-">oo N-">OO
Finalmente, vemos que a região sob o gráfico é um triângulo retângulo de base 4 e
altura 4 (Figura 11 ), portanto sua área é ( ½) (4) (4) = 8. Os três métodos de calcular a área
fornecem o mesmo valor 8. •
y y =x y y =x y y =x y y =x
o 4 o 4 o 4 o 4
o 2 3 4
RN = Lix L
N
f (a+ j Lix) = -
2
Lf
N (
2+
2
_{_ º)
FIGURA 12 A área sob o gráfico de . I
}=
N.}= l N
f (x) = 2x 2 - x + 3, acima de [2, 4].
Calculemos o termo geral dessa soma. Como f (x) = 2x 2 - x + 3,
2
f ( 2+ 2~·) =2 ( 2+ 2·)
~ - ( ~ +3
2+ 2·)
2
8. + -4·1- ) -
= 2 4 + _{_ ( 2·) + 3 = -j2
2 + _{_ 8 + -14 j + 9
( N N2 N N 2 N
256 CÁLCULO
2 8 14 ) 2 8 2 14 2
RN =- L
N N Nj2 + - j + 9 = - L 2 P + - L - j + - L 9
N
j=I
(
-2
N N N N N
N
j=I
N
j=I
N
j=I
16 N 28 N 18 N
= N3 L j2 + N2 L j + N Ll m
J=I j=I J=I
16 - + -
RN=- N + - +28 (N 3
- (N 18
- + - +-(N)
2
N) 2
N)
N3 3 2 6 N2 2 2 N
16+8- +8- )
=(- + ( 14+-
14) +18
3 N 3N2 N
112 22 8
= 3+ N + 3N 2
Passo 3. Calcular o limite.
y , ( 112 22 8 ) 112
f(x) = senx Area = lim RN
N-HX!
= N--+00
lim - + - + --2 = -
3 N 3N 3 •
Podemos calcular a área sob o gráfico de um polinômio usando as fórmulas de somas
de potências, como no exemplo precedente. Para funções mais gerais, a área pode ser
1C 3,c expressa como um limite, mas o limite pode ser mais complicado. Consideref(x) = sen x
4 4 f]
no intervalo [ ¾, 3 (Figura 13). Nesse caso,
FIGURA 13 Essa área é mais difícil
de calcular como um limite de 3n/4- n/4 n
.Ó.X = ---- = -
aproximações pelas extremidades. N 2N
J= I
1
--nk+I
1 k
+ -nk + -nk-1 + ...
2 12
( 1654-1705)
Nas contas que acabamos de ver, usamos as fór- Os pontos indicam termos envolvendo potências
mulas para as k-ésimas somas de potências para menores de n, cujos coeficientes são dados em ter-
=
k 1, 2, 3. O leitor pode ter curiosidade de saber mos dos assim chamados números de Bernoulli.
se há fórmulas análogas para todas as potências k. Por exemplo,
O problema de encontrar tais fórmulas foi estuda-
do e, no final, resolvido no Século XVII pelo gran- ~ ,4
de matemático suíço Jacob Bernoulli ( 1654-1705). L..., J = -1n5 + -1n 4 + -1n 3 - 1
- n
J=I 5 2 3 30
Sobre essa descoberta, ele escreveu
Com a ajuda [dessas fórmulas] eu levei menos do Essas fórmulas estão disponíveis na maioria dos
que um quarto de hora para verificar que a soma das sistemas algébricos computacionais.
CAPITULO 5 Integral 257
. .
~
A= hm RN= hm !1x~f(a+1!1x)=
N----.rx:) N----.oo j=I
hm - ~sen ~
N----.oo 2N j=I
-
4
. . n (n + -nj)2N
Embora esse limite possa ser calculado com algum esforço, veremos na Seção 5.3 que é
muito mais fácil usar o Teorema Fundamental do Cálculo, que reduz o cálculo da área ao
problema de encontrar antiderivadas.
5.1 RESUMO
• Se/(x) for contínua em [a, b], então as aproximações pela esquerda, direita e meio ten-
dem a um mesmo limite L:
lim RN
N----.oo
= N----.oo
lim LN= lim MN = L
N----. oo
• Se f (x) ~ Oem [a, b], tomamos L como a definição da área sob o gráfico de y =f (x),
acima de [a, b].
5.1 EXERCÍCIOS
Exercíciospreliminares
1. Suponha que [2, 5] seja dividido em seis subintervalos. Quais são 100 100 100
4. Explique por que L j é igual a L j mas L I não é igual a
as extremidades direitas e esquerdas dos subintervalos?
IOO j =I j=0 j=I
2. Se f(x) = x- 2 em [3, 7], quem é maior: R2 ou L2? I: t
j =0
3. Quais dos pares de somas seguintes não são iguais? 5. Dividimos o intervalo[!, 5] em 16 subintervalos.
4 4 4 5 (a) Quais são as extremidades esquerdas do primeiro e do último
(a) (b) I : f, I>2
I:>, I: e subintervalo?
i=I i =I j =I k=2
(b) Quais são as extremidades direitas dos primeiros dois subinter-
4 5 4 5 valos?
(e) I : j , I)-1) (d) I : i(i + 1), I:u -1)j
j=I i=2 i=I j=2 6. As afirmações seguintes são verdadeiras ou falsas ?
258 CÁLCULO
(a) Os retângulos pela direita ficam abaixo do gráfico se f (x) for (e) Sef (x) for constante, então os retângulos pela direita têm todos a
crescente. mesma altura.
(b) Sef (x) for monótona, então a área sob o gráfico fica entre RN e
L N.
Exercícios
1. Um atleta corre à velocidade de 4 mi/h por meia hora, a 6 mi/h X o 0,2 0,4 0,6 0,8 1
durante a hora seguinte e a 5 mi/h por mais uma meia hora. Cal-
cule a distância total percorrida e indique num gráfico como essa f(x ) 50 48 46 44 42 40
quantidade pode ser interpretada como uma área.
7. Consideref (x) = 2x + 3 em [O, 3].
2. A Figura 14 mostra a velocidade de um objeto ao longo de um
intervalo de 3 minutos. Determine a distância percorrida ao lon- (a) Calcule R6 e l 6 em [O, 3].
go dos intervalos [O, 3] e [ 1; 2,5] (lembre de converter km/h em (b) Encontre o erro nessas aproximações calculando a área exata
quilômetros por minuto). com Geometria.
km/h
8. Sejaf(x)= x 2 +x - 2.
30 (a) Calcule R3 e l3 em [2, 5].
i (b) Esboce o gráfico defe os retângulos que compõe cada aproximação.
: A área sob o gráfico é maior ou menor do que R3? E do que l3?
20
FIGURA 14 3
,__
2+. . . . . . . . . . . , . . . . . . . . . . . . . . ,. . . . . . . . . . . . . . ,._"-.,,
. . . . . . . . . ,!. . ........................, ..............................,
3. Uma tempestade se abateu sobre Portland, no estado norte-ame-
ricano do Maine, em outubro de 1996, resultando numa precipi-
tação recorde. A taxa da precipitação R(t) em 21 de outubro foi
registrada, em polegadas por hora, na tabela seguinte, em que t é
o número de horas desde a meia-noite. Calcule a precipitação to- ~---+----+---+- X
tal durante esse período de 24 horas e indique num gráfico como 0,5 1,5
essa quantidade pode ser interpretada como uma área. FIGURA 15
FIGURA 16
t (s) o 0,5 1 1,5 2 2,5 3
v (pés/s) o 12 18 25 20 14 20
11. Sejam f(x) = N+I
e t:u = ½- Esboce o gráfico de f (x)
e desenhe os retângulos cuja área é representada pela soma
17. R6, f(x) = 2x2 - x +2, [l , 4] Nos Exercícios 34-39, escreva a soma com notação de somatório.
50.
10
L (3ae + 4be) 51.
10
L ªi 12. 1im -
5
I:
N- l (
- 2 + 51.
. )4
l=l i=2 N--+oo N j=O N
L
·3
N4
2N
N--+oo j=l 3 2N
54.
. L
11m
1= l
"l
N ·2
-
·
1
+l
55. lim
j=l
I:
N ( i3
-20)
74. Calcule lim _!,_
N--+oo N j=l
tj 1- ( j )
N
2
interpretando o limite como
3
N--+oo i= I
4N - N a área de uma parte de uma conhecida figura geométrica.
N--+oo i= l N
Nos Exercícios 56-59, calcule o limite para a função e o intervalo Nos Exercícios 75-80, use a aproximação indicada ( em notação de
dados. Confira sua resposta usando Geometria. somatório) para expressar (sem calcular) a área sob o gráfico como
um limite.
56. lim R N, f(x) = 5x, [O, 3)
N-'>oo
75. RN, f(x) = senx acima de [O, n]
57. lim LN, f(x) = 5x, [I , 3)
N--+oo
76. RN, f(x) = x- 1 acima de [I, 7]
58. lim LN, f(x) = 6 - 2x, [O, 2)
N--+oo 77. MN, f(x) = tgx acima de [½, !]
59. lim MN, f(x) = x , [O, 1) 78. MN, f (x) = x- 2 acima de [3, 5]
N--+oo
Nos Exercícios 60-69, encontre uma fórmula para RN para a fun- 79. LN , /(x)=cosxacimade[i , nl
ção e intervalo dados. Em seguida, calcule a área sob o gráfico
como um limite. 80. LN, f(x) = cosx acima de [j, il
60. f(x ) = x 2, [O, 1) 61. f(x) = x3, [O, 1) Nos Exercícios 81-83, seja f(x) = x 2 e considere as aproximações
R N, LN e MN no intervalo [O, 1).
62. f (x) = x 3 + 2x 2, [O, 3) 63. / (x) = 1 - x3, [O,!]
~ 1 1 1
81. ~-- Mostre que RN =
64. f (x) = 3x2 - x + 4, [O, ! ] 3+ 2
N + N 2 . Interprete a quanti-
6
1 1
65. f (x) = 3x2 - x + 4, [ 1, 5] dade - + - -
2N 6N 2
como a área de uma região.
Além disso, quando f(x) ::".: O, interpretamos L como a área sob o gráfico def (x), acima
de [a, b]. Daqui a pouco enunciaremos formalmente que o limiteL é a integral definida de
f (x) em [a, b]. Antes disso, introduzimos as somas de Riemann, que são aproximações
da área mais gerais.
Nas aproximações pela esquerda, direita ou meio, aproximamos a área sob o gráfico
por retângulos de mesma largura. As alturas dos retângulos são os valores def (x) na ex-
tremidade esquerda, direita ou ponto médio do subintervalo. Nas aproximações por somas
de Riemann, liberamos essas restrições; os retângulos não precisam ter largura igual e a
altura de um retângulo pode ser qualquer valor de f (x) do subintervalo. Mais formalmen-
te, para definir uma soma de Riemann, escolhemos uma partição e uma coleção de pontos
intermediários. Uma partição P de comprimento N é qualquer escolha de pontos de [a, b]
que divida o intervalo em N subintervalos:
D.X; = Xi - Xi-l
O retângulo tem
,,_..,.......,...--, áreaf(c;)ô..x;
Maior subintervalo
\
1
1
1
i - -- -1 1
1
1
C;
Agora, acima de cada subintervalo [Xi-1, Xi], construímos o retângulo de altura f (e;)
e base .ó.xi, como na Figura l(B). Esse retângulo tem áreaf (ci).Ó.Xi- Se f (ci) < O, o retân-
gulo se estende para baixo do eixo x e a "área" f (c;).ó.xi é negativa. A soma de Riemann
é a soma de todas essas áreas positivas ou negativas:
N
R(f, P, C) = L f(c;).ó.x; = f(c1).ó.x1 + f(c2).ó.x2 + ··· + f(cN).Ó.XN [I]
i=l
N
L= lim R(f, P, C) =
IIPll-+0
lim
IIPll-+0
L f (e;) .Ó.Xi
i=I
CAPITULO 5 Integral 263
DEFINIÇÃO Integral definida A integral definida de/ (x) em [a, b] é o limite das somas
A notação J f (x) dx, introduzida de Riemann e é denotada pelo sinal de integral:
por Leibniz em 1686, é apropriada
porque nos faz lembrar das somas de
b N
Riemann utilizadas na definição de
integral indefinida. O símbolo J é um
la
f(x) dx = lim R(f, P , C)
IIPll~0
= lim
IIPll~0
L f(ci) ~Xi
i=I
S alongado, significando soma e dx
corresponde aos comprimentos !:,.x; ao
longo do eixo x.
Quando esse limite existe, dizemos quef(x) é integrável em [a, b].
Observações
• Lembre que a integral indefinida j f(x) dx denota a antiderivada geral def (x)
(Seção 4.8). A relação entre integrais definidas e indefinidas será explicada na
Seção 5.3.
A maioria das funções que surge na prática é integrável. Em particular, cada função
contínua é integrável, conforme enunciado no teorema seguinte. Uma demonstração está
dada no Apêndice D.
TEOREMA 1 Sef(x) for contínua em [a, b], entãof(x) é integrável em [a, b].
y do usual da palavra, mas podemos interpretá-la como uma área com sinal entre o gráfico
e o eixo x. A área com sinal é definida como segue:
Área com sinal de uma região= (área acima do eixo x) - (área abaixo do eixo x)
Assim, a área com sinal trata regiões abaixo do eixo x como "área negativa" (Figura 3).
FIGURA 3 A área com sinal é a área Para ver por que a integral definida nos dá a área com sinal, suponha inicialmente que
acima do eixo x menos a área abaixo
f (x) seja negativa em [a, b], como na Figura 4(A), e considere a soma de Riemann:
doeixox.
1b f (x) dx = área com sinal da região entre o gráfico e o eixo x, ao longo de [a, b].
a b
3
• EXEMPLO 2 Calculando a área com sinal Calcule fo (2x - 5) dx usando a interpreta-
Solução A Figura 5 mostra que a região entre o gráfico e o eixo x consiste em dois triân-
gulos. O primeiro triângulo tem área <½)(2,5)(5) = 21, mas fica abaixo do eixo x, por-
tanto sua área com sinal é - 21- O segundo triângulo fica acima do eixo x e tem área
<½)(0,5)(1) =¼,Portanto,
3
= - -25 + -1 = -6
FIGURA 5 A área com sinal abaixo do
=
gráfico de f (x) 2x - 5. 1 o
(2x - 5) dx
4 4 •
CAPITULO 5 Integral 265
4
• EXEMPLO 3 Integral de um valor absoluto Calcule Ío 13 - xi dx.
3 3
2 2
2 3 4
-1
FIGURA 6
-f-----+-----+---x
a b
TEOREMA 2 Integral de uma constante Para qualquer constante C, lb C dx = C (b - a).
TEOREMA 3 Linearidade da integral definida Se f (x) e g(x) forem integráveis em [a, b],
então
= R(f, P , C) + R(g, P, C)
266 CÁLCULO
= 1b f(x)dx + 1b g(x)dx
f,J2 = N3 + N2 +!!..
j=I 3 2 6
1 o
b 2
x dx = lim
N-+oo
(b3 b3
- +-
3 2N
b3 )
+ --26N
= -
3
b3
1 3
(2x
2
- 5) dx =1 13
2
2x dx +
3
(-5) dx = 21 x dx -
3
2
13
5 dx
~2(3:)-5(3-0)~3 •
Até aqui usamos o símbolo 1b f(x) dx subentendendo que a< b. É conveniente
y
y=x
Por exemplo, usando a fórmula 1b x 2 dx = b3 /3 do Exemplo 4 como b = 5, temos
b
{º x2 dx = - {5 x2 dx = - 53 = - 125
Ís lo 3 3
y
1ª f(x)dx =O
y=x
b
• EXEMPLO 5 Prove, para b qualquer (positivo ou negativo)
l
i
b
xdx = -b2
o 2
--------- -b
(B) A área com sinal-½ b2 Solução Se b > O, 1b x dx é a área do triângulo de altura h e base b na Figura 8(A). A área
FIGURA 8
é½b2. Para b < O, 1º x dx é a área com sinal do triângulo na Figura 8(8), que é igual a
-½b2. Portanto,
•
y As integrais definidas satisfazem uma propriedade aditiva importante. Se f (x) for
integrável e a :S b :S e, como na Figura 9, então a integral de a a e é igual à integral de a
a b mais a integral de b a e. Enunciamos isso formalmente no teorema seguinte (demons-
tração omitida).
-+-+-----+-----+-- X
a b e TEOREMA 4 Aditividade de integrais adjacentes Para a :s b :s e,
FIGURA 9 A área acima de [a, e] é a
soma dasáreas acima de [a, b] e [b, c]. 1c f(x)dx= 1b f(x)dx+ 1c f(x)dx
7 ib
• EXEMPLO 6 Calcule
1 4
x 2 dx usando a fórmula
o
x2 = -b3 do Exemplo 4.
3
A propriedade enunciada no Teorema 4 Solução Pela aditividade de integrais adjacentes, temos
permanece verdadeira para quaisquer
a, b e e, mesmo se a condição
a :::: b :::: e não estiver satisfeita
(Exercício 82).
14 x 2 dx + 17 x 2 dx = 17 x 2 dx
._,.--, ._,.--,
(j)43 (j)73
Portanto,
268 CÁLCULO
y Às vezes podemos querer comparar as integrais de duas funções. Sef(x) e g(x) forem
integráveis e g(x) :::: f (x), então a função maiorf (x) tem um integral maior (Figura 10).
f(x)
g(x)
TEOREMA 5 Teorema da comparação Se g(x) :::: f (x) num intervalo [a, b ], então
->-----+-------+-- x
a b
1b g(x) dx S 1b f (x) dx
b N N 1b •
1a
g(x)dx= lim Lg(c;)!:ix; S lim Lf(c;)!:ix;=
IIPll->0 i=I IIPll->0 i=I a
f(x)dx
Vejamos uma aplicação simples mas útil do Teorema da Comparação: suponha que
y f(x) satisfaçam S f(x) :::: M para todox em [a, b]. Os números me M são denomina-
dos cotas inferior e superior de f (x) em [a, b] . Nesse caso, a integral fica entre as áreas
M
de dois retângulos (Figura 11):
->----<-------+-- X
a b Isso nos dá
Solução
(a) Se x ::: 1, então x 2 ::: x e, portanto, tomando recíprocos, obtemos x- 2 :::: x- 1. Pelo
y teorema da Comparação,
2
5-dx
1 /5 -dx
1
/
1 x2
S
1 X
(b) Como f(x) = x- 1é decrescente, seu máximo em[½ , 2] é M = f (½) = 2 e seu mí-
1 nimo é m = f (2) = ½(Figura 12). Pela Equação (6),
2
~ -
1
- - - - - - +- - - - X
2
~2 (2 - ~) =
2 4
~11/2 X
~
:::: f 2 dx S 2 (2 - ~) = 3
2 •
2
'-,,-' '-...-'
FIGURA 12 m(b-a) M (b-a)
CAPITULO 5 Integral 269
5.2 RESUMO
• Uma soma de Riemann R(j, P, C) para o intervalo [a, b] é definida pela escolha de
uma partição
e pontos intermediários C = {cd, onde e; E [x;-1, x;]. Seja ~x; = x; - x;-1. Então
N
R(f, P, C) = L f(c;) tu;
i=I
• A integral definida 1b f (x) dx é igual à área com sinal da região entre o gráfico de f (x)
e o eixox.
• Propriedades das integrais definidas [paraf (x) e g(x) integráveis]:
lb Cf (x) dx lb
=C f (x) dx para qualquer constante C
1ª f(x)dx =O
• Fórmulas:
b l
1 o
b
xdx = -b2
2
1
1 o
x 2 dx = -b3
3
lb f(x)dx.::: lb g(x)dx
270 CÁLCULO
5.2 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. O que é ib dx [aqui a função éf(x) = l]?
(e) Se f(x) ~ O, então - ib f (x) dx é a área entre o gráfico def(x)
2. As afirmações seguintes são verdadeiras ou falsas [supondo que e o eixo x, ao longo de [a, b].
f (x) seja contínua]?
Ío n cos x dx = O.
(a) ib f (x) dx é a área entre o gráfico e o eixo x, ao longo de [a, b].
3. Explique graficamente por que
~ 1?
6
se f (x) ::: O. 5. Qual é o maior valor possível de fo f (x) dx se f (x)
Exercícios
Nos Exercícios 1-1 O, esboce a área com sinal representada pela inte- (e) 1 4
f(x)dx
gral e calcule seu valor usando Geometria.
1. 1 -3
3
2xdx 2. 1-2
3
(2x+4)dx y
y =f(x)
3. {
-2
(3x + 4) dx 4. 1-2
1
4dx
13n/2
5. i\1-x)dx 6. senx dx 4 6
n/2
7. Ío
5
-hs - x 2 dx 8. 1-2
3
lxldx
FIGURA 13 As duas partes do gráfico são semicírculos.
9. 1 -2
2
(2 -lx l)dx 10. 1-1
1
(2x - lxl) dx Nos Exercícios 14-15, use a Figura 14.
6
11. Calcule fo (4 - x) dx de duas maneiras: y
y = g(t)
2
(a) como o limite lim RN;
N-+oo
(b) esboçando a área com sinal pertinente e usando Geometria.
2
-1
12. Calcule f\2x+l)dxdeduasmaneiras:comoolimite lim RN
h ~00 -2
e usando Geometria.
FIGURA 14
(a) fo
2
f(x)dx (b) fo
6
f (x) dx 14. Calcule fo
3
g(t) dt e 15
g(t) dt.
CAPITULO 5 Integral 271
15. Encontre a, b e c tais que foª g(t) dt e ! e g(t) dt sejam o maior 35. L~ (x2 + x) dx 36. i a2
2
x dx
possível.
37. Prove, calculando o limite das aproximações pela direita:
16. Descreva a partição P e a coleção de pontos intermediários C
da soma de Riemann mostrada na Figura 15. Calcule o valor da b b4
x 3 dx =-.
soma de Riemann.
Íoo 4
y
Nos Exercícios 38-45, use as fórmulas no resumo e a Equação (7)
34,25
para calcular a integral.
2
20 38. fo 3 x2 dx 39. fo (x 2 + 2x) dx
15
8 2
---,---1---1----+--+----+---4- x 40. fo 3 x3 dx 41. fo (x - x 3) dx
0,5 I 2 2,5 3 3,2 4,5 5
FIGURA 15
42.
1
fo (2x 3 - x +4)dx 43. 1º
-3
(2x - 5) dx
Nos Exercícios 17-20, esboce a área com sinal representada pela in-
tegral. Indique as regiões de áreas positivas e negativas. 44. 1 3
3
x dx 45. 1 2
(x - x 3) dx
19. i 2
,r senx dx 20.
[3,r
lo senxdx
5
fo f(x) dx=5,
5
fo g(x) dx = 12
21.1 -2
1
x dx
4
22.1 -2
1
3
x dx
48. isº g(x)dx 5
49. fo (3f (x) - 5g(x)) dx
Nos Exercícios 25-28, calcule a soma de Riemann R(J, P, C) para a Nos Exercícios 51-54, calcule a integral, supondo que
função, partição e escolha de pontos intermediários dadas. Também
esboce o gráfico de f e dos retângulos correspondentes a R(J, P, C).
Nos Exercícios 55-58, expresse cada integral como uma única in-
Nos Exercícios 29-36, use as propriedades básicas da integral e as
tegral.
fórmulas no resumo para calcular as integrais.
29. fo
4
x dx
2
30. 1 4
2
x dx
3
55. fo f(x) dx + h 7
f (x) dx
3
31. fo (3t + 4) dt 32.1 (3x
-2
3
+ 4) dx 56. Íz 9
f(x) dx -1 9
f (x) dx
9 5
33.
1
fo (u 2 - 2u) du
3
34. fo (6y2 + 7y + 1) dy 57. Íz f(x) dx - Íz f (x) dx
272 CÁLCULO
58. i 3
f(x)dx + 1
9
f(x)dx
70. Prove que -I <
3 -
1 4
6
-1 dx < -.
X
1
- 2
Nos Exercícios 59-62, calcule a integral, supondo que f seja uma ftm- 0,3
59. fi 3
f(x)dx 60. 1 4
f (x) dx n/4
1
72. Prove que 0,277 ::::
1ir/ 8
cos x dx ::::: 0,363.
senx
Sugestão: Faça o gráfico de y = - - e observe que é decres-
x
~
2
64. Sejam / = fo n sen2 x dx e J = fo 2n cos x dx. Use o
2 cente em [¾, ~].
1
truque seguinte para provar que / = J = n. Usando um gráfico, 74. Encontre cotas inferior e superior de f ~.
lo x3 +4
mostre que/= J e, depois, mostre que / +J = fo 2n dx.
75. ~ Suponha que f(x):::: g(x) em [a, b]. Pelo Teorema da
Nos Exercícios 65-68, calcule a integral. Comparação, ib f(x)dx:::: ib g(x)dx. É verdade também
65. fo
6
13 - x [ dx 66. fi 3
12x - 41dx que f'(x):::: g'(x) para x
exemplo.
E [a, b]? Se não for, dê um contra-
2
67. J_11 lx 3 1dx 68. fo 2
1x - l ldx 76. l'.$J Decida se as afirmações seguintes são verdadeiras ou fal-
sas. Se falsa, esboce o gráfico de um contra-exemplo.
69. Use o Teorema da Comparação para mostrar que
(a) Se f(x) > O, então ib f (x) dx > O.
os papéis diferentes que desempenham. Para motivar a primeira parte do TFC, recorde da
fórmula provada no Exemplo 4 da Seção 5.2:
b l
x 2 dx =- b3
loo 3
Observe que F(x) = ½x 3 é uma antiderivada de x 2 e, como F(O) = O, essa fórmula pode
ser reescrita como
De acordo com o TFC, Parte I, isso não é uma coincidência - uma tal relação entre a inte-
gral definida def (x) e sua antiderivada vale em geral.
TEOREMA 1 Teorema Fundamental do Cálculo, Parte I Suponha quef (x) seja contínua em
[a, b] e seja F(x) uma antiderivada def(x) em [a, b]. Então
Esse resultado nos permite calcular integrais definidas sem calcular quaisquer limites,
desde que saibamos encontrar uma antiderivada F. Ele também revela uma conexão ines-
perada entre dois conceitos que até aqui não pareciam relacionados: antiderivadas e áreas
sob curvas. Além disso, o TFC mostra que a notação f f (x) dx para a integral indefinida
Notação: Denotamos F(b) - F(a) por F(x) I!- Nessa notação, o TFC pode ser escrito como
rb b
la f(x)dx = F(x)l 0
y
y = F(x)
F(b) = F(x 4)
F(x4 ) - F(x 3) = f(c;)õx4
F(x 3)
F(x 3) - F(x 2) = f(ci)õx3
F(x 2) F(b) - F(a)
F(x 2) - F(x 1) = f(ci)õx 2
F(x 1)
F(x 1) - F(x 0) = f(ct)õx 1
F(a) = F(x0 )
FIGURA 1 A variação total F(b)- F(a)
é a soma de tennos numa soma de --+---+--+--+-->---+----X
Riemann paraf
274 CÁLCULO
Nessa igualdade, F(x1) é cancelado por -F(x1) na parcela seguinte, F(x2) é cancelado
por - F (x2), etc. Em notação de somatório,
N
F(b) - F(a) = L (F(xi) - F(Xi-1)) [IJ
i=I
Nessa prova, o TVM mostra que, O segundo passo crucial é aplicar o Teorema do Valor Médio (TVM): em cada subinterva-
para qualquer partição P, existe uma lo [Xi-1, Xi], existe um ponto intermediário c7 tal que
escolha de pontos intermediários
e = {c7) tal que
F(b) - F(a) = R(f, P, C)
Uma vez sabendo isso, o TFC decorre
tomando um limite. Portanto, F(xi) - F(Xi-1) = f(c7)(x; - Xi-1) e a Equação (1) pode ser escrita
N N
F(b) - F(a) = L f(c7)(xi - Xi-1) = L f(c7) !!,.xi
i=l i= l
Como f (x) é integrável, R(f, P, C) tende a 1b f (x) dx quando a norma IIPI I tende a zero.
Por outro lado, R(f, P, C) é, de fato, igual a F(b) - F(a) pela nossa escolha de pontos in-
termediários. Isso prova o resultado que queríamos, a saber,
... LEMBRETE A regra da potência para • EXEMPLO 1 Calcule a área sob o gráfico de:
integrais (válida para n -1 -1) afirma que
x"+ I
(a) f(x) = x 3, acima de [2, 4] (b) g(x) = x - 314 + 3x 513, acima de (1, 3]
f x"dx= - - +C
n+I Solução
(a) Como F (x) = ¼x 4 é uma antiderivada de f (x) = x 3, o TFC I dá
1 2
x 3 dx = F(4) - F(2) 1 414 = -4
= -x
4 2 4
1 4- 1 4
-2
4
= 60
20 (b) Como G(x) = 4x 114 + ~x 813 é uma antiderivada de g(x) = x - 314 + 3x 513,
y 1! 1!
• EXEMPLO 2 Esboce a região sob y = sec2 x para - :S x :S e encontre sua área.
4 4
Solução A região aparece na Figura 3. Lembre que (tgx)' = sec2 x. Portanto,
1-:: 2
sec x dx = tgxl~:14 = tg (i)- tg (-i)
-+------,H----+-++---+--X
-2 1C
4
1C
4
2
=1-(-1)=2
•
FIGURA 3 O gráfico de y = sec2 x. Na seção precedente, vimos que a integral definida é igual à área com sinal entre o
gráfico e o eixo x. É desnecessário dizer que o TFC "sabe" disso: quando calculamos uma
integral usando o TFC, obtemos a área com sinal. Essa é a razão principal para considerar
áreas com sinal.
2
• EXEMPLO 3 Calcule (a) lon senx dx e (b) fo n senx dx.
Solução
(a) Como (- cos x )' = sen x, a área de uma "corcova" (Figura 4) é
y
lon senxdx = -cosxl; = -cos1t- (-cosO) = -(-1)- (-1) = 2
(b) É de se esperar que a área em [O, 27!] seja nula, uma vez que a segunda corcova fica
abaixo do eixo x e, de fato,
{2n
lo 2
senx dx = -cosxl/ = (-cos(27!) - (-cosO)) = -1 - (-1) = O
•
FIGURA 4 A área de uma corcova é 2.
A área com sinal em [O, 2n] é nula.
ENTENDIMENTO C0NCEITUAL Qual antiderivada? Vimos no Capítulo 4 que a antiderivada
de uma função só é única a menos de uma constante aditiva. Será relevante qual antide-
rivada é utilizada no TFC? A resposta é não. Se F(x) e G(x) são, ambas, antiderivadas
def (x), então F(x) = G(x) + C para alguma constante C. Portanto,
5.3 RESUMO
• O Teorema Fundamental do Cálculo, Parte I, afirma que
onde F(x) é uma antiderivada de f (x). O TFC I é usado para calcular integrais definidas
nos casos em que sabemos encontrar uma antiderivada do integrando.
5.3 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Suponha quef (x) ::: O. Qual é a área sob o gráfico def (x), acima 4. As afirmações seguintes são verdadeiras ou falsas? Explique.
de [O, 2), se f (x) tiver uma antiderivada F(x) tal que F(O) = 3 e (a) O TFC I só é válido para funções positivas.
F(2) = 7?
(b) Para pode usar o TFC I, precisamos escolher a antiderivada
2. Suponha que F(x) seja uma antiderivada de f (x). Qual é a in- certa.
terpretação gráfica de F(4) - F(I) se f (x) atinge valores tanto (e) Se não conseguirmos encontrar uma antiderivada def(x), então a
positivos quanto negativos? integral definida não existe.
7 1
3. Calcule fo f(x) dx e Ji f(x) dx, supondo quef (x) tenha uma
5. Qual é o valor de h
9
J' (x) dx se f (x) for derivável e f (2) =
antiderivada! (x) com valores dados na tabela seguinte: f (9) = 4?
X o 2 7
F(x ) 3 7 9
Exercícios
Nos Exercícios 1-4, esboce a região sob o gráfico da função e encon- 15. fi\4i 312 + t 7 12)dt 16. fi\x 2 - x-2 ) dx
tre sua área usando o TFC I.
5. 1 6
xdx 6. lo
9
2dx 21. Íi9 t-1 /2 dt 8
22. 19 -dx
4 x3
7. 12 u2du
-3
8.
1
lo (x - x 2) dx 23. 1-I 1
-dx
-2 x 3
24. h4 1t2 dx
1
9. Íi3(t3 - t2) dt 10. lo (4 - 5u4) du 25.
Íi27 t + 1
1
,Jt dt 26.
fon/2
0
cos0d0
4 4 n/2
11. 1
-3
(x
2
+ 2)dx 12. lo (3x 5
+ x2 - 2x) dx 27.
1 -n/2
COSX dx 28. fo2n costdt
0
13. 1 2
-2
(1 Ox
9
+ 3x 5 ) dx 14. 1 1
-1
4 2
(5u - 6u ) du 29.
1 3n/4
n/4
sen 0d0 30. h4n senx dx
2n
CAPITULO 5 Integral 277
rrr/4 2 r 14 46. Qual é a área (um número positivo) entre o eixo x e o gráfico de
31. lo sec t dt 32. lo sec0tg0d0 f(x) em[!, 3] sef(x) for uma função negativa cuja antiderivada
F tem os valores F(l) = 7 e F(3) = 4?
rr/3 ,r/2
33.
1 n/6
cossec x cotg x dx 34.
1 rr/6
cossec2 y dy 47. Mostre que a área de um arco parabólico (a região destacada na
Figura 5) é igual a quatro terços da área do triângulo mostrado.
Nos Exercícios 35-40, escreva a integral como uma soma de integrais
sem valor absoluto e calcule seu valor. y
1
35. [
2
lx l dx 36. los 13 - xi dx
37. 1: 2
3
lx 1dx 38. fo
3
ix 2 - l ldx
42, lª 4
x dx 49. Calcule f-2
3
f (x) dx, onde
44. !~ (t
3
+ t)dt f (x) = { x3
12 - x 2 se x .:s 2
sex > 2
-1
xn dx = O, se n for ímpar. 50. C,o, 5 Faça um esboço de J (x) = sen 3x - X. Encontre a raiz
positiva de J (x) com três casas decimais e use-a para encontrar a
Explique graficamente. área sob o gráfico de f (x) no primeiro quadrante.
(a) Mostre que C tem coordenada x igual a (r + s)/2. (b) Aplique o mesmo resultado para provar
(b) Mostre que ARDE tem área (s - r) 3/ 4, olhando para essa re-
x3
gião como um paralelogramo de altura s - r e base de compri- x- .:s senx .:s x (parax2'.:0).
mento CF. 6
(e) Mostre que D.AC E tem área (s - r) 3 /8, observando que tem a (e) Verifique essas desigualdades para x = 0,3.
mesma base e altura que o paralelogramo.
53. Use o método do Exercício 52 para provar que
(d) Calcule a área destacada como a área sob o gráfico menos a área
de um trapezóide e prove o resultado de Arquimedes. x2 x2 x4
l - - <
2 -
COS X < l - -
- 2
+ -24
y
x3 x3 x5
x - - < sen x < x - -
6 - - 6
+ -120 (para x 2'.: O)
55. Suponhaquelf'(x)l .'.S Kparax E [a , b]. UseoTFCiparapro- (b) Sejaf (x) = sen (x + a) - sen x. Use a parte (a) para mostrar que
var quelf (x) - f(a)I .'.S Klx - ai para x E [a , b]. o gráfico def (x) fica entre as retas horizontais y = ±a.
56. (a) Prove que I sena - sen b 1 .'.S la - bl para quaisquer a, b (use (e) ~CG~ Obtenha um gráfico def(x) e verifique a parte (b) para
o Exercício 55). a = 0,5 e a = 0,2.
A(a) = 1ª f (t) dt = O.
Embora A(x) esteja definida por meio de uma integral, em muitos casos podemos
encontrar uma fórmula explícita dessa função.
a X
FIGURA 1 A(x) é a área sob o gráfico Solução A função F(t) = ½t 3 é uma antiderivada de f (t) = t 2. Pelo TFC I (Figura 2):
de a atéx.
1 1 1
1
x
A(x) =
3
t 2 dt = F(x)-F(3) = -x 3 -
3
- ·
3
33 = -x 3 -9
3 •
y
Observe no exemplo precedente que a derivada da função área é a própria! (x):
50
A (x) = -d
1
dx
(1-X 3 -
3
9) = X2
25
O TFC II afirma que essa relação é sempre válida: a derivada da função área é igual à
função original.
2 3 4 5\ 6 7
X
TEOREMA 1 Teorema Fundamental do Cálculo, Parte li Sejaf (x) uma função contínua em
= x 2 de 3 axé
FIGURA 2 A área sob y
A(x) = ½x3 - 9. [a, b]. Então A(x) = 1x f(t) dt é uma antiderivada def (x) , ou seja, A'(x) = f(x)
ou, equivalentemente,
-d
dx
1x
a
f (t) dt = f (x)
Demonstração Para simplificar a prova, vamos supor que f (x) seja crescente (ver Exer-
cício 50 para o caso geral). Calculamos A' (x) usando a definição da derivada via limite.
CAPITULO 5 Integral 279
r +h r 1 x+h
Esta área é igual a
A(x + h) - A(x) = la f(t) dt - la f(t) dt = x f(t) dt
A(x + h) - A(x)
Suponha, primeiro, que h > O. Então esse numerador é igual à área da faixa estreita sob o
gráfico de x até x + h (Figura 3).
a x x +h
Essa faixa estreita fica entre dois retângulos de alturas f (x) e f (x + h) na Figura 4.
FIGURA 3 A área da faixa estreita é Como os retângulos têm base h,
igual a A(x + h) -A(x).
+ hf(x + h)
hf(x)
'-...-'
Área do retângulo menor
------
::: A(x h) -A(x) :::
Área da fai xa
'-,,.-'
Área do retângulo maior
y
y = f(t)
Agora dividimos por h para obter a razão incremental:
y . .
Antidenvada de -
1
= f x-1 dt
y = sen x2 X l t
Essa antiderivada, denominada logaritmo natural, será estudada no Capítulo 7. Embora
a maioria das funções elementares seja definida por fórmulas ou geometricamente (as
funções trigonométricas), muitas funções importantes e novas são definidas por integrais.
Podemos traçar o gráfico dessas funções e calcular numericamente seus valores usando
algum sistema algébrico computacional. A Figura 7 mostra um gráfico gerado por com-
putador da antiderivada de f (x) = sen(x 2), obtida como uma função área (Figura 6).
FIGURA6 O gráficodef(x) = sen(x 2).
280 CÁLCULO
y • EXEMPLO 2 Expressando uma antiderivada como uma integral Não há fórmula elemen-
tar para uma antiderivada de f (x) = sen(x 2 ). Expresse a antiderivada F(x) satisfazendo
F ( -,fie) = Ocomo uma integral.
Solução De acordo com o TFC II, a função área com limite inferior a = -,fie é uma
--./ii antiderivada satisfazendo F ( -,fie) = O:
FIGURA 7 O gráfico de
integral 1x f (x) dx, então obteremos de volta a função original! (x) por derivação:
f (x)
Integração
--+
1x Derivar d
f (t) dt --+ - f (t) dt
1x = f (x)
a dx a
Por outro lado, pelo TFC I, se primeiro derivarmosf(x) e depois integrarmos, também
voltamos a obterf (x) [mas só a menos de uma constante f (a)]:
Derivar Integração { x
f(x) --+ J'(x) --+ Ía f'(t)dt = f(x) - f(a)
G(x) = jx -2
sentdt.
Solução O TFC II não pode ser aplicado diretamente porque o limite superior é x 2 em vez
de x . É necessário reconhecer quef (x) é umafanção composta. Para ver isso claramente,
defina a função área usual A (x) = jxsen t
-2
dt Então
x2
G(x ) = A(x 2) =
1-2
sentdt
CAPITULO 5 Integral 281
y O TFC II nos diz que A' (x) = sen x, portanto, pela regra da cadeia,
G' (x) = A' (x 2 ) · (x 2 )' = sen(x 2) · (2x) = 2x sen(x 2)
Y =f(x)
Alternativamente, podemos denotar u = x 2 e usar a regra da cadeia como segue:
-dG = -d
dx dx
1x
-2
2
sentdt = ( -d
du
lu -2
)
sentdt -du
dx
= (senu)2x = 2x sen(x 2) •
FIGURA 8 A variação na área ti.A para
um dado ti.x é maior quando f (x) for ENTENDIMENTO GRÃFICO O TFC II alega que A' (x) = f (x ), o que significa que f (x) é a
grande. taxa segundo a qual A(x) cresce ou decresce. As Figuras 8 e 9 fornecem "evidência"
para essa afirmação. Em primeiro lugar, a Figura 8 mostra que para uma variação Llx
dada, o aumento na área é maior em x2 [onde/(x) é maior] do que em xi. Assim, o
tamanho def(x), de fato, determina quão rapidamente variaA(x).
Em segundo lugar, a Figura 9 mostra que o sinal de f (x) determina o compor-
tamento crescente/decrescente de A(x). De fato, A(x) é crescente quando f (x) > O,
porque quando x se move para a direita é acrescentada área positiva. Quando f (x) fica
negativa, A(x) começa a decrescer porque começamos a acrescentar área negativa. Em
y
particular, A(x) tem um máximo local nos pontos em que f (x) troca de sinal de + para
A área é -, de acordo com o teste da derivada primeira. Analogamente, quando f (x) troca de
crescente aqui sinal de-para+, A(x) alcança um mínimo local. Assim,/(x) se "comporta" como a
/ derivada de A(x), conforme afirma o TFC II.
/: :" ' X
A(x) tem
max local
·,
1. ~~:\: 1 5.4 RESUMO
y
A(x) A(x) A(x)
• Afanção área com limite inferior a é A(x) = 1x f (t) dt e satisfaz A(a) = O.
crescente decrescente crescente
• O TFC II afirma que A'(x) = f (x) ou, equivalentemente, -d
dx a
f(t) dt = f(x). 1x
• O TFC II mostra que toda função contínua tem uma antiderivada, a saber, a função área
associada (com qualquer cota inferior).
{ g(x )
• Para derivar uma função da forma G(x) = la f (t) dt, escreva-a como uma compo-
~----------X
comportamento crescente/decrescente
deA(x). G' (x) = A'(g(x))g'(x) = f( g(x))g'(x)
5.4 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. O que éA(-2) se A(x) = lx
-2
f (t) dt? 3. Qual das seguintes define uma antiderivada F(x) de f (x) = x 2
satisfazendo F(x) = O?
Exercícios
1. Escreva a função área def (x) = 2x + 4 com limite inferior a= -2 19. .!!:__ r x (t 3 - t) d t 20. .!!:__ r x sen(t 2 ) dt
como uma integral e encontre uma fórmula para essa função. dx lo dx 11
2. Encontre uma fórmula para a função área def (x) = 2x + 4 com 21. !!:_
dt 1100
t cos 5x dx 22, !!___
ds - 2
JStg (1-1
- )
+ u2
dU
limite inferior a = O.
23. Esboce o gráfico de A(x) = Íox f (t) dt para cada uma das fun-
3. Seja G(x) = fi\t2 - 2) dt.
ções mostradas na figura 10.
(a) Quem é G(l)?
y y
(b) Use o TFC II para encontrar G' ( 1) e G' (2).
(e) Encontre uma fórmula para G(x) e use-a para conferir as respos- 2 - - -···············;······ ········;···············i 2+············i·············= ············;·············· i
tas em (a) e (b). !+·············, _-................,............... , 1
Ü +---+--+----- X Ü ----+--+---"""'+- X
4. EncontreF(O) , F'(O)eF1 (3),ondeF(x) = fo x ~ dt. 2 3 4
-1 ······· ·~ ·-··· ··· - l +·············i················;···············;··············i
11. i 5
(4t - l )dt 12. 1 x cos u du
rr:/4
2 - - - -~.
'---+----+---+---+-- X
-rr:/4
25. Faça um esboço aproximado do gráfico da função área da função
Nos Exercícios 15-18, expresse a antiderivada F(x) de f (x) satisfa-
g(x) mostrada na Figura 12.
zendo a condição inicial dada como uma integral.
x +I
16. f (x) = - 2- , F(7) =O
X +9
17. f(x) = secx, F(O) = O
31. -
d 1coss (u 4
- 3u)du 32. -d 1º sen2 tdt (b) A(x) é côncava para cima sef (x) for crescente.
ds -6 dx X
4
(c) A(x) é côncava para baixo sef(x) for decrescente.
33. -d 1º sen 2 tdt 34. -d 1x ,/idt
dx x3 dx x2 42. Combine a propriedade de A(x) com a propriedade correspon-
dente do gráfico def(x). Suponhaf(x) derivável.
Sugestão para o Exercício 34: F(x) = A(x4 ) - A(x 2 ), onde
Função área A(x)
A(x) = fox ,/idt (a) A(x) é decrescente.
(b) A(x) tem algum máximo local.
35. -d Jx 2
tgtdt 36. -
d 13u+9 Jx 2 + 1dx (c) A(x) é côncava para cima.
dx Jx du -u
(d) A(x) passa de côncava para cima para côncava para baixo.
NosExercícios37-38,sejamA(x) = foxf(t)dteB(x) = lixf(t)dt, Gráfico def(x)
comf(x) como na Figura 13.
(i) Fica abaixo do eixo x.
(ii) Cruza o eixo x de positivo para negativo.
y
2 (iii) Tem algum máximo local.
1 (iv) f (x) é crescente.
o X
6
-1 43. Seja A(x) = foxf (t) dt, comf(x) como na Figura 15. Determine:
-2
FIGURA 13 (a) Os intervalos em que A(x) é crescente ou decrescente.
(b) Os valores x em que A(x) tem um minou max local.
37. Encontre o mine o max de A(x) em [O, 6].
(c) Os pontos de inflexão de A(x).
38. Encontre fórmulas para A(x) e B(x) que sejam válidas em [2, 4]. (d) Os intervalos em que A(x) é côncava para cima ou para baixo.
39. Seja A(x) = fox f (t)dt, comf (x) como na Figura 14.
y
y
FIGURA 15
(e) ICG~ Esbocef (x) e F(x) no mesmo par de eixos e confirme as (b) Justifique graficamente que F(x) tem precisamente um zero no
respostas em (a) e (b). intervalo [n, 2n].
(e) F(x) tem quantos zeros no intervalo [O, 3n]?
45. Esboce o gráfico de uma função crescente f (x) tal que ambas
(d) Encontre os pontos de inflexão de F(x) em[0, 3n]e, para cada um,
f'(x)eA(x) = fox f(t)dtsejamdecrescentes. decida se a concavidade muda de cima para baixo ou vice-versa.
46. ~ A Figura 16 mostra o gráfico de f (x) = x sen x. Seja 47. ICG~ Encontre o menor ponto de inflexão positivo de
F(x) = Í x tsentdt. rx
lo
0 F(x) = lo cos(t 312 )dt
y
Use um gráfico de y = cos(x 312) para determinar se a concavidade
8
muda de cima para baixo ou vice-versa nesse ponto de inflexão.
4
48. Determinef(x), supondo que fox f (t) dt seja igual a x 2 + x.
o X
3ir 3n
-4 2
49. Determine a função g(x) e todos os valores de c tais que
FIGURA 16 0 gráfico de y = x sen x.
hm(h) _:s A(x + h) - A(x) _:s hM(h) (a) Mostre que F(x) = A(x) + C para alguma constante.
Para h < O, as desigualdades são invertidas. Prove que A' (x) = (b) Mostre que F(b) - F(a) = A(b) - A(a) = 1b f (t) dt.
f(x).
52. Toda antiderivada pode ser expressa como uma inte-
y
gral? A função área 1x f(t)dt é uma antiderivada def (x)
a x x+h
FIGURA 17 Interpretação gráfica de A(x + h) -A(x).
53. Encontre os valores a _:s b para os quais
valor mínimo.
1ba
(x 2 - 9) dx tenha
1/s Suponha, contudo, que a taxa do fluxo r(t) varie como na Figura 1. Então a quantidade de
0,31 /\r(t) água é igual à área sob o gráfico de r(t). Para provar isso, seja s(t) a quantidade de água
no balde no instante t. Então s' (t) = r(t), pois s' (t) é a taxa segundo a qual está variando a
:::--LS'._, ,(,) 2 3 4
quantidade de água e s(O) = Oporque, no início, o balde está vazio. Pelo TFC I,
4
fo s' (t) dt = s(4) - s(O) = s(4)
--,-,
FIGURA 1 A quantidade de água no
'-,.-' Água no balde
balde é igual à área sob o gráfico da Área sob o gráfico da cmr=4
taxa do fluxo r(t). taxa do fluxo
Mais geralmente, dizemos que a quantidades (t2) - s (t1) é a variação líquida de s(t)
no intervalo [t1, ti]. O TFC I fornece o resultado seguinte.
No Teorema 1, a variável t não TEOREMA 1 Variação líquida como a integral de uma taxa A variação líquida de s(t) no
1necessariamente representa o tempo. intervalo [t1, t2] é dada pela integral
12
11,
'-,.-'
s'(t) dt s(t2) - s(t1)
'-,.-'
Variação total em [11 ,12)
Integral da taxa de variação
s(4)-s(2) = 1 4
s'(t)dt =- fi\2+0,25t)dt
=- (2t + lt
2
) 1: = -(10 - 4,5) = -5,5 1
• EXEMPLO 2 Fluxo de tráfego O número de carros por hora passando um ponto de obser-
vação numa rodovia é denominado taxa do fluxo do tráfego q(t) (em carros por hora).
/2
(a) Qual quantidade é representada pela integral
1 1,
q(t) dt?
Solução
(a) A integral representa o número total de carros que passou pelo ponto de observação
durante o intervalo de tempo [t1 , ti].
(b) Os valores dados estão espaçados em intervalos de !1t = 0,25 hora. Assim,
LN= 0,25( 1.044 + 1.297 + I.478 + I.844 + I.451 + I.378 + 1.155 + 802)
~ 2.612
No Exemplo 2, L N é a soma dos RN = 0,25( 1.297 + 1.478 + I.844 + I.451 + I.378 + 1.155 + 802 + 542)
valores de q(t) nas extremidades
esquerdas ~ 2.487
7:00, 7: 15, ... , 8:45
Estimamos o número de carros que passam pelo ponto de observação entre 7 e 9 da manhã
e RN é a soma dos valores de q(t) nas tomando a média de RN e LN:
extremidades direitas
1 1
2(RN + LN) = 2(2. 612 + 2.487) ~ 2.550 carros passaram entre 7 e 9 da manhã. •
7: 15 , ... , 8:45, 9:00
Aintegral da velocidade
No começo deste capítulo, afirmamos que a área sob o gráfico da velocidade é igual à
distância percorrida. Agora podemos verificar essa afirmação, entendendo que se a velo-
cidade não for positiva, então a integral calcula a variação líquida da posição ou o deslo-
camento. De fato, se f (x) for a posição no instante t, então v(t) = s' (t) é a velocidade e
1 1,
12
v(t) dt = 1
1,
12
s' (t) dt = s(t2) - s(ti)
'-,-'
Deslocamento, ou variação líquida da posição
12
Deslocamento durante [t1 , t2] =
11,
v(t) dt
12
Distância total percorrida durante [t1 , t2] =
1,, lv(t) 1 dt
v(t) m/s
15
• EXEMPLO 3 A velocidade de uma partícula é v(t) = t3 - l0t 2 + 24t m/s (Figura 2).
10
Calcule
5 (a) o deslocamento durante [O, 4], [4, 6] e [O, 6];
o+----+--+----+-----+--,_ t (s) (b) a distância total percorrida durante [O, 6].
2
-5 Indique a trajetória da partícula com um diagrama do movimento.
4
[O, 4]:
1 o
4 v(t) dt = ( 1 4- -
-t
4
10t3 + 12t2 )
3
1
0
6
2m
= 42-
3
t=6
_ _ _ _ _ _ _::}___, 1=4
[4, 6]:
1 4
6 v(t) dt = ( -t
1 4-
4
10t3 + 12t2 )
-
3
1
4
6
= -6-2 m
3
FIGURA 3 A trajetória da partícula ao A Figura 3 é um diagrama do movimento indicando a trajetória da partícula. Ela percorre
longo de uma linha reta. 42~ m durante os primeiros 4 s e daí retoma 6~ m durante os próximos 2 s.
(b) Para integrar lv(t)I, usamos a Figura 2, que mostra que v(t) é negativa em [4, 6]. Em-
bora o deslocamento durante [O, 6] seja de 36 m, a distância total percorrida é
1
o
6
lv(t)I dt = 1 o
4
v(t) dt - 16 4
v(t) dt = 42- -23 (-6-2)3 1
= 49- m
3 •
Custo total e custo marginal
Muitas vezes os economistas e administradores estudam como o custo de manufaturar
um produto varia com o número de unidades produzidas. A função custo C(x) é defi-
nida como o custo de produzir x unidades de um bem e o custo marginal é a derivada
C' (x ). Então temos
15
= (50x 3 - l.500x 2 + 17.500x)
110
(b) Temos
15
C(l5) - C(0) = lo (150x 2 - 3.000x + 17.500) dx
15
= (50x 3 - l.500x 2 + 17.500x)
10
= 93.750 dólares
288 CÁLCULO
Esse é o aumento no custo para passar de Opara 15.000 microprocessadores. Como o cus-
to inicial foi de C(O) = 35.000, o custo total de produzir 15.000 microprocessadores é
5.5 RESUMO
• Muitas aplicações são baseadas no princípio seguinte: a integral da taxa de variação é
a variação líquida, ou seja,
12
• Se C(x) for o custo de produzir x unidades de um bem, então C' (x) é o custo marginal e
5.5 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Um avião faz o trajeto de 350 milhas de Los Angeles a San Fran- (a) A velocidade de um trem.
cisco em I hora. Supondo que a velocidade do avião no instante (b) A precipitação durante um período de 6 meses.
I
t seja v(t) mi/h, qual é o valor da integral lo v(t) dt? (e) A quilometragem por litro de um carro.
(d) O aumento da população de Los Angeles de 1970 a 1990.
2. Um objeto de metal é submerso na água fria. A taxa de resfriamen-
to do objeto (em graus por minuto) é uma funçãof(t) do tempo. 4. Dois aviões decolam em t = Odo mesmo lugar e na mesma di-
reção. Suas velocidades são v1(t) e v2(t), respectivamente. Qual
Qual quantidade é representada pela integral ÍoT f (t) dt? é a interpretação física da área entre os gráficos de v1(t) e v2 (t),
acima do intervalo [O, T]?
3. Quais das quantidades seguintes seriam representadas natural-
mente como derivadas e quais como integrais?
Exercícios
1. Um reservatório vazio está sendo enchido d'água a uma taxa de 3. Umapopulaçãodeinsetoscresceaumataxade200 + lOt + 0,25t2
3.000 + 5t 1/h. Qual é a quantidade de água no reservatório de- insetos por dia. Encontre a população de insetos depois de 3 dias,
pois de 5 horas? supondo que existam 35 insetos em t = O.
2. Encontre o deslocamento de uma partícula em movimento re- 4. Uma pesquisa mostra que uma candidata à prefeitura está ga-
tilíneo com velocidade v(t) = 4t - 3 m/s durante o intervalo de nhando votos a uma taxa de 2.000t + 1.000 votos por dia, onde
tempo [2, 5]. t é o número de dias desde que ela anunciou sua candidatura.
Quantos eleitores ela terá depois de 60 dias, supondo que ela não
tinha eleitores em t = O?
CAPITULO 5 Integral 289
S. Uma fábrica produz bicicletas a uma taxa de 95 + 0,lt 2 - t bi- 19. Imposto do carbono Para estimular os fabricantes a reduzirem
cicletas por semana (t em semanas). Quantas bicicletas foram a poluição, foi proposto um imposto do carbono para cada tone-
produzidas do dia 8 ao dia 21? lada de CO2 liberada na atmosfera. Para modelar os efeitos de um
tal imposto, os técnicos estudam o custo marginal da redução
6. Encontre o deslocamento durante o intervalo de tempo [ l, B(x), definido como o custo de aumentar a redução de CO2 de
6] de um helicóptero cuja velocidade (vertical) no instante t é x para x + l toneladas (em unidades de dez mil toneladas; ver
v(t) = 0,02t 2 + t mls. 3
Figura 4). Qual é a quantidade representada por B(t) dt? fo
7. Um gato cai de uma árvore em t = O (com velocidade inicial
nula). Que distância cai o gato entre t = 0,5 e t = l s? Use a fór- y
mula de Galileu v(t) = -32 pés/s. 100
e
8. Um projétil é lançado com velocidade inicial (vertical) de 100 ~ 75
V,
20.000
t (min) O 0,5 1,5 2 2,5 3
1/min 50 48 46 44 42 40 38
2 4 6 8 IO 12 14 16 18 20 22 24
Tempo (horas)
14. A velocidade de um carro (em pés por segundo) é registrada em
intervalos de meio minuto. Use a média das aproximações pela FIGURA 5 O fornecimento de potência durante um dia na Califórnia.
esquerda e direita para obter uma estimativa da distância total
percorrida durante os primeiros 4 minutos.
21. ~ A Figura 6 mostra a taxa de migração M(t) da Irlanda duran-
te o período 1988-1998, ou seja, o número de pessoas (em milhares
por ano) que emigraram da Irlanda ou imigraram para a Irlanda.
t o 0,5 l 1,5 2 2,5 3 3,5 4 l991
v(t) o 12 20 29 38 44 32 35 30
(a) O que representa
i
1988
M(t) dt?
22. A Figura 7 mostra o gráfico de Q(t), a taxa de vendas de cami- fanerozóico. Assim, t = 544 se refere ao tempo presente, t = 540 é 4
nhões no varejo nos EUA (em milhares vendidos por ano). milhões de anos atrás, etc.
-----------------------
(a) O que representa a área sob o gráfico, acima do intervalo [1995,
24. Use RN ou LN com N = 10 (ou a média dessas aproximações)
1997]?
para estimar o número total de famflias que se extinguiram nos
(b) Expresse o número total de caminhões vendidos no período períodos 100::: t::: 150 e 350::: t::: 400.
1994-1997 como uma integral (mas não a calcule).
25. [ ,9 S Dê uma estimativa do número total de farru1ias extintas
(c) Use os dados fornecidos a seguir para calcular a média das apro-
ximações pela direita e esquerda como uma estimativa do núme- de t = Oaté o presente, usando M N com N = 544.
ro total de caminhões vendidos durante o biênio 1995-1996.
26. ($J O débito cardíaco é a taxa R do volume de sangue bom-
beado pelo coração por unidade de tempo (em litros por minu-
Q(t) to). Os médicos medem R injetando A mg de corante numa veia
8.000
próximo do coração no instante t = Oe registrando em intervalos
6.000 de tempo curtos a concentração c(t) de corante (em mg por litro)
bombeado para fora (Figura 8).
4.000
Medira
concentração
0+---+---+---+----+----+-------1 Injetar o aqui
"'-
c(t) (mg/1)
1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 corante aqui
/ (r
Ano (trim.) Q(t) li Ano (trim.) Q(t) ;::
sangüíneo
~
1995(1) 6.484 1996(1) 7.216
1995(2) 6.255 1996(2) 6.850
1995(3) 6.424 1996(3) 7.322
FIGURA 8
1995(4) 6.818 1996(4) 7.537
(a) A quantidade de corante bombeada para fora num intervalo de
FIGURA 7 Taxa de vendas trimestrais de caminhões no varejo nos
tempo [t, t + f>t] pequeno é aproximadamente Rc(t)fit. Expli-
EUA (em milhares por ano). que porquê.
23. Capacidade calorífica A capacidade calorífica C(T) de uma (b) Mostre que A = R for c(t) dt, onde Té suficientemente grande
substância é a quantidade de energia (emjoules) necessária para
elevar a temperatura de 1 g à temperatura T por 1ºC. para garantir que todo corante tenha sido bombeado pelo coração
(a) Explique por que a energia necessária para elevar a temperatura mas não tão grande que o corante retorne por recirculação.
de T1 para T2 é a área sob o gráfico de C(T), acima de [T1 , T2]. (c) Use os dados seguintes para dar uma estimativa de R, supondo
(b) Quanta energia é necessária para elevar a temperatura de 50 a que A =5 mg.
I00ºC se C(T) = 6 + 0,2.Jf?
f 2x
'-v-'
Derivada da função
de dentro
cos (x 2 ) dx
'-v-'
Função
= sen(x 2 ) + C
de dentro
f ~
Derivada da função
cos(~dx
Função
= sen(x + x 3) + C
de dentro de dentro
._ .. LEMBRETE Uma "função composta" Em ambos casos, o integrando é o produto de uma função composta pela derivada da
é uma função da formaf(g(x)). Por função de dentro. A regra da cadeia não ajuda se estiver faltando a derivada da função de
conveniência, dizemos que g(x) é a
função "de dentro" ef(u) a "de fora". dentro. Por exemplo, não podemos usar a regra da cadeia para calcular f cos(x 2) dx.
Em geral, esse método funciona quando o integrando for do tipo f(u(x))u' (x). Se
F(u) for uma antiderivada def (u) então, pela regra da cadeia,
d
- F(u(x )) = F (u(x ))u (x) = f(u(x))u (x)
J 1 1
dx
Isso se traduz na fórmula de integração seguinte.
f f(u(x))u'(x)dx = F(u(x)) + C
Por exemplo,
Essa é, muitas vezes, denominada a Fórmula de Mudança de Variáveis. Ela transforma uma
integral na variável x numa integral na nova variável u (que se espera ser mais simples).
f 2
3x sen(x ) dx
3
f
= ~~=
sen u du
f sen u du
d
- ( - cos(x 3)) = sen(x 3 ) -dxd x 3 = 3x 2 sen(x 3) •
dx
2
• EXEMPLO 2 Calcule/ 2x (x + 9)5 dx.
Solução Para ficar claro, dividimos a solução em três passos.
Passo 1. Escolher a função u e calcular du.
Nesse caso, tomamos u = x 2 + 9. Essa é uma boa escolha pois tanto a composta
u5 = (x 2 + 9) 5 quanto a diferencial du = 2x dx aparecem no integrando.
Passo 2. Reescrever a integral em termos de u e du e calcular.
11 5
du
f 2x(x
2
+9) 5
dx = f~~ = f 5
u du = iu 6 +c
Passo 3. Expressar a resposta final em termos de x.
Reescrevendo a resposta acima em termos de x usando a substituição u = x2 + 9:
1 1
/
2x(x
2
+ 9) 5 dx = 6u 6 +e= 6(x 2 + 9) 6 + e •
CAPITULO 5 Integral 293
x 2 +2x
Aplicando substituição:
(1) Escolher u e calcular du.
• EXEMPLO 3 Multiplicando du por uma constante Calcule
f (x 3 + 3x 2 + 9) 4
dx.
(2) Reescrever a integral em termos de Solução A função composta (x 3 + 3x 2 + 9)-4 no integrando sugere a substituição
u e du e calcular.
u = x 3 + 3x 2 + 9. Contudo, a diferencial
(3) Expressar a resposta final em
termos dex.
du = (3x 2 + 6x) dx = 3(x 2 + 2x) dx
não aparece no integrando. O que aparece é (x 2 + 2x) dx. Para remediar a situação, mul-
f
tiplicamos a Equação (2) por para obter
1 2
3du = (x +2x)dx
11 -4 1du
f x 2 +2x
dx = f (x 3
+ 3x2 + 9)-4 (x 2 ,_.__
+ dx2x)
(x 3 + 3x 2 +9) 4
= 1 / u-4 du = -9u
1 -3 +e
3
1
= --(x
9
3
+ 3x 2 + 9)- 3 + e •
• EXEMPLO 4 Calcule f sen(70 + 5) d0.
•
• EXEMPLO 5 Necessário um passo adicional Calcule f xJ5x + 1 dx.
Solução Reconhecemos que J5x + 1 é uma função composta, portanto faz sentido tentar
u = 5x + 1. Então½ du = dx e J5x + 1 = u 112, resultando
1 12
J5x + ldx = -u 1 du
5
Infelizmente, o integrando não é J5x + 1 mas xJ5x + 1. Para dar conta do fator x adi-
cional, resolvemos u = 5x + 1 para obter x = ½<u - 1). Então
1 ) 1 12 1 12
xJ5x+ldx= ( -(u-1) -u 1 du=-(u-l)u 1 du
5 5 25
294 CÁLCULO
f xJ5x + l dx
25
j
= _!__ (u - 1) u 112 du = _!__
25
f (u 312 - u 112) du
= _1(2_ 23 ) +
US / 2 __ U3 / 2 C
25 5
2 2
= -(5x
125
+ 1)512 - -(5x
75
+ 1)312 + C •
Fórmula de mudança de variáveis para integrais definidas
Há duas maneiras de usar uma substituição para calcular integrais definidas. Uma maneira
é usar o método da substituição para encontrar uma antiderivada em termos da variável x.
Contudo, muitas vezes é mais eficiente calcular a integral definida diretamente em termos
da variável u. Isso pode ser feito, desde que os limites de integração sejam mudados con-
forme indicado no teorema seguinte.
Fórmula de mudança de variáveis para integrais definidas Se u(x) for derivável em [a, b] e
f (x) for integrável na imagem de u(x), então
Os novos limites de integração em
relação à variável u são u(a) e u(b).
b lu(b)
t conveniente pensar nisso assim:
quando x varia de a até b, a variável
u = u(x) varia de u(a) até u(b).
l a
f (u(x))u' (x) dx =
u~)
f (u) du
Demonstração Se F(x) for uma antiderivada def(x), então F(u(x)) é uma antiderivada de
f(u(x))u'(x). Pelo TFC I,
12
y
lb f(u(x))u'(x)dx = F(u(b)) - F(u(a))
u(b)
l u(a)
f (u) du = F(u(b)) - F(u(a))
•
2
2
FIGURA 1 A região representada por • EXEMPLO 6 Calcule fo x N+i dx.
2
y
2
x N + l dx = l.Ju du
'.k::::J, 5 9
De acordo com a fórmula de mudança de variáveis, os novos limites de integração são
u(O) = 03 + 1 = leu(2) = 23 + 1 = 9. Obtemos
r /4 3
• EXEMPLO 7 Calcule Ío tg x sec2 x dx.
Solução Para fazer a substituição, precisamos lembrar que sec2 x é a derivada de tg x. Isso
sugere que tomemos u = tg x, de modo que u3 = tg3 x e du = sec2 x dx. Os novos limites
de integração são u(O) = tg O = Oe u ( ¾) = tg( ¾) = 1. Assim,
TC/ 4 11 U4
1
1
loo
3
tg x sec x dx 2
=
o
u du3
=-
4 o
=-
4 •
5.6 RESUMO
• Tente utilizar o método da substituição quando o integrando tiver o formato f (u (x)) u' (x ).
Se F for uma antiderivada de f, então
• A diferencial de u(x) é o símbolo du = u' (x) dx. O método da substituição é dado pela
fórmula de mudança de variáveis:
f f(u(x))u'(x)dx = f f(u)du
b 1u(b)
la
f(u(x))u'(x)dx =
u(a)
f(u)du
5.6 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Qual das integrais seguintes é uma candidata para o método da (a) x(x 2 + 9) 4 (b) x 2 sen(x 3) (e) senx cos 2 x
substituição?
(a) f 5x4 sen(x 5 )dx (b) f sen5 x cosxdx 3. Qual das seguintes é igual a
ção adequada?
fo
2
x 2 (x 3 + l) dx com uma substitui-
(e) f x 5 senx dx
(a) - 1Ío2
udu (b) fo
9
u du 11i9
(e) - u du
3 o 3 I
2. Escreva cada uma das funções seguintes no formato cg(u(x))
u' (x ), onde c é uma constante.
Exercícios
Nos Exercícios 1-6, calcule du para a função dada. Nos Exercícios 7-20, escreva a integral em termos de u e du. Depois
calcule.
1. u = 1 - x 2 2. u = senx
3. u = x 3 -2 4. u = 2x 4 + 8x 1. f (x - 7) 3 dx, u =x - 7
10. f 9
x(x + 1) dx , u =x + l 41. f x 3(x 2 - 1)312 dx 42. f 2 3
x sen(x ) dx
12. f (x 4
x
3
+ l)4
dx, u = x4 + 1 45. f 2
sec (4x + 9) dx 46. f 2 4
sec xtg xdx
13.
f
x+ l
(x 2 + x) 3 dx,
2
u = x 2 + 2x 47. f cos2x
(1 +sen2x) 2
dx 48. f sen4xv'cos4x + 1 dx
14. f (8x
x
+ 5) 3
dx, u = 8x + 5
49. f cosx(3senx -l)dx 50. f cos,lx
- - dx
,lx
15. f v'4x - l dx, u = 4x - l
51. f sec2 x(4tg 3 x - 3tg2 x)dx
19. f sen2 x cosx dx, u = senx 54. Ambas podem estar certas? Ana usa a substituição u = tg x e
f
Carla usa u = sec x para calcular tg x sec2 x dx. Mostre que elas
20. f sec2 x tgx dx, u = tgx obtêm respostas diferentes e explique a aparente contradição.
Nos Exercícios 21-24, mostre que cada uma das integrais seguintes
é igual a um múltiplo de sen(u(x)) + C para uma escolha apropria-
55. Calcule f sen x cos x dx usando substituição de duas maneiras
diferentes: primeiro use u = sen x e depois u = cos x. Concilie as
da de u(x).
duas respostas diferentes.
21. f x 3 cos(x
4
) dx 22. f 2 3
x cos(x + l) dx 56. Algumas escolhas são melhores do que outras Calcule
25. f (4x + 3) dx
4
26. f x (x + 1) 3 dx
2 3 f 2
senx cos xdx = f u~du
27. f ~dx
x-7
28. f sen(x - 7) dx
e calcule a integral da direita com mais uma substituição. Depois
mostre que u = cos x é uma escolha melhor.
31. f dx
(x + 9) 2
32. f ~2 d x
x +9 58. Qual das seguintes resulta da aplicação da substituição u = 4x - 9
33. f 2
2x +x
(4x 3 + 3x2)2
dx 34. f
(3x 2 + l )(x 3 + x)2 dx à integral fi 8
(4x - 9)20 dx?
35. f 4
5x +2x
(x5 + x2)3
dx 36. f 2 3 4
x (x + 1) dx (a) Íis u20 du (b) ~
412
Í
8
u 20 du
37. f (3x + 9)
10 dx 38. f x(3x + 9)
10 dx (c) 4
1
23
- 1
u 20 du (d) -1123 u 20 du
4 - 1
CAPITULO 5 Integral 297
Nos Exercícios 59-70, use a fórmula de mudança de variáveis para r n/2 3 rn/ 4 2 2
69. lo cos x senx dx 70. l o tg x sec x dx
calcular a integral definida.
59. fi 3
3
(x + 2) dx 60. fi 6
Jx + 3dx
71. Calcule / (2 : ~ )3 usando u = 2 + ,/x.
2
fo rJ5 - J 4 - r 2 dr.
61. 11
O (x2 + 1)3
X dx 62. f 2 Jsx + 6dx
-1
72. Calcule
f J 1+ x 1111 d x=n f 12 11 1
u 1 (u-1) - du
y = ../1 - x 2
Calcule para n = 2 e 3.
r n/2 d0 '-------+-- x
78. Calcule / = l o +tg6_000 0 . Sugestão: Use substituição Tr
1
2
n/2 d0
para mostrar que / é igual a J
rn/2
=
lo l + cotg6.000 e
e depois (A)
FIGURA4
(B)
= 2b Lªa J
y
Sugestão: mostre que A 1 - (x / a )2 dx, troque ava-
1
y= -
x
riável e use a fórmula para a área de um círculo (Figura 5).
Essas regiões
têm áreas iguais
y
b
1 2 4 8
81. Mostre que as duas regiões na Figura 4 têm a mesma área. Depois use x2 y2
FIGURA 5 O gráfico de
2a + 2b = 1.
1(
a identidade cos2 u = 1 + cos 2u) para calcular a segunda área.
298 CÁLCULO
32
2 3 4
4. Justifique
7 [2 9 2 3 4 5
4 ~ f1 f(x)dx ~ 4 FIGURA 3
Nos Exercícios 5-8, seja f(x) = x 2 + 4x. 12. Calcule duas somas de Riemann quaisquer para /(x) x 2 no =
intervalo [2, 5], mas escolha partições com pelo menos cinco
5. Calcule R6, M6 e L6 para/(x) no intervalo [1 , 4]. Esboce o subintervalos de comprimentos desiguais e pontos intermediá-
gráfico de/(x) e os retângulos correspondentes para cada apro- rios distintos das extremidades e dos pontos médios.
ximação.
Nos Exercícios 13-34, calcule a integral.
6. Encontre uma fórmula de RN para f (x) em [1 , 4] e calcule
f 4
/ (x) dx tomando o limite. 13. J (6x - 9x
3 2 + 4x) dx 14. lo 1
3
(4x - 2x ) dx
5
fo
2
f (x) dx tomando o limite.
15. J (2x 3 - 1)2 dx 16. f 4 (xS/2 - 2x- l/2) dx
9. Calcule R6, M6 e L6 para f (x) = (x 2 + 1)- 1no intervalo [O, !]. 19. 1- 1
4
2
lx - 91dx 20. 1 3
[t] dt
10. Seja RN a N-ésima aproximação para /(x) = x 3 em [O, 4] (Fi-
gura 2).
+
64(N 1) 2
21. j cossec2 0d0 22. lan/4 sec t tg t dt
0
(a) Prove que RN = N2
(b) Prove que a área da região dentro dos retângulos pela direita e
acima do gráfico é igual a
23. j sec2 (9t - 4) dt 24.
!on/3 sen40d0
0
64(2N + 1)
N2
25. J <9t-4) 11 dt 26. l 2
J4y+ l dy
CAPITULO 5 Integral 299
27. f 2
sen (38) cos(38) d8
39. Num dia típico, uma certa cidade consome água a uma taxa de
r(t) = 100 + 72t - 3t 2 (em milhares de litros por hora), onde
t é o número de horas a partir da meia-noite. Qual é o consumo
rn/2 2
28. lo sec (cos 8) sen 8 d8 diário de água? Quanta água é consumida entre as 6 da tarde e a
meia-noite?
36. Seja A(x) = fox f (x) dx, onde f (x) é a função mostrada na 42. O custo do combustível de aviação aumentou dramaticamente
em 2005. A Figura 6 exibe as estimativas do Departamento de
Figura 4. Indique no gráfico de f onde ocorrem os mínimos e Transportes norte-americano para as taxas de aumento percentu-
máximos locais e os pontos de inflexão de A(x) e identifique os al do preço R(t) (em unidades de percentagem anual) durante os
intervalos nos quais A(x) é crescente, decrescente, côncava para 6 primeiros meses do ano. Expresse o aumento percentual total /
cima e para baixo. do preço durante os 6 primeiros meses como uma integral e cal-
cule /. Quando determinar os limites de integração, lembre que t
está dado em anos, já que R(t) é uma taxa anual.
%/ano
-
-
-
57,1
47,1 42,8 45,2
34,4 36
FIGURA 4
tdt
37. Encontre os pontos de inflexão de A (x) =
i 3
x
-2- - .
t +1
J F M
FIGURA 6
A M J Mês
y
v(t) m/s
f(b) - - - - - -- ,
4+···························..,........................................,................ , ........
(s)
-2 + • • • .• ,, , + f + , , , ,
f(a)
-4+ ····'·······' ·······'···· ·'' ······' ········'····~.. ...,......,.......,........,. ....., --11---+-------+-x
a b
FIGURA 5 FIGURA 7
300 CÁLCULO
44. ~ Como podemos interpretar a quantidade / na Equação 55. ICG~ Esboce o gráfico de f (x) = x- 2 senx e mostre que
( 1) se a < b :S O? Explique com um gráfico.
0,2 :S fi 2
f(x) dx :S 0,9.
Nos Exercícios 45-49, expresse o limite como uma integral (ou múlti-
I
plo de uma integral) e calcule. 56. Encontre cotas superior e inferior para Ío f (x) dx, onde f (x)
45. lim 2_
N--+oo N j=I
t sen (
2
N
j) tem o gráfico mostrado na Figura 8.
46.
4
lim ~ 'f, (3+ k)
N--+oo N N k=I
4 N 1 --+-------+---x
48. lim - '\""' k
N--+oo N 6 (3 + 4N)2
FIGURA 8
. 1k + 2k + ... + Nk
49. hm - - - - - - (k > O)
N--+oo Nk+I
Nos Exercícios 57-62, encontre a derivada.
n/ 4 x 9 dx
50. Calcule
l -n/4 COS2 X
- --, usando as propriedades de funções ímpares.
57. A' (x), onde A(x) = hx sen(t 3) dt.
I
Ío
51. Calcule f(x) dx, supondo quef(x) seja uma função contínua 58. A'(n), onde A(x) =
i x cost
- - dt.
2 1+ t
par tal que
59. -d ly
3x dx.
fi 2
f (x) dx = 5,
1-2
1
f(x)dx =8 dy -2
senx
3
de I = Ío" f (x) dx. Experimente com alguns outros valores (in- 61. G'(2), onde G(x) = Íox .Jt+1 dt.
clusive com dois casos em quem= n) e formule uma conjectura
sobre quando / tem valor zero. 9
62. H'(l),ondeH(x)= [ ~dt.
J4x2 t
53. Mostre que
2
2 :S Ji 2x dx :S 4 e
6 I APLICAÇÕES DA INTEGRAL
A integral, como a derivada, tem uma grande variedade de
aplicações. No capítulo anterior, utilizamos a integral para
calcular áreas debaixo de curvas e variação líquida. Neste capí-
tulo, discutimos algumas das outras quantidades representadas
por integrais, incluindo volume, valor médio, trabalho, massa
total e fluxo de fluido.
E6(,;,1 g(x)
X
g(x)
X
FIGURA 1 A área entre os gráficos é a b a b a b
uma diferença de duas áreas. A região entre os gráficos
= 3 (2x 2 - -x 3 - 4x 2 + IOx
8x + 10) dx = (2 )1 3
= 12- -20 = -16
•
/ 1 3 1 3 3
Antes de continuar com mais exemplos, vamos usar somas de Riemann para explicar
por que a Equação (1) permanece válida se f (x) ~ g(x) masf (x) e g(x) não forem neces-
sariamente positivas:
b N
1 a
(f(x)-g(x))dx= lim R(f-g,P,C)= lim L(f(ci) - g(ci))/:J,.xi
IIPll---+0 N---+oo i=I
Para ajudar a identificar a função, às vezes denotamos o gráfico de cima por Yal = f (x)
e o gráfico de baixo por Yba = g (x ):
Portanto, escrevemos a área como uma soma de integrais nesses dois intervalos:
No Exemplo 2, encontramos os 5
pontos de interseção dos gráficos
algebricamente. Para funções mais 1 -2
(Yal - Yba) d x
-2
(f (x) - g(x) )dx+ [ (g(x)-f(x))dx
11
5
=1 1
-2
( (x
2
- 5x - 7) - (x - 12)) dx + [
11
5
2
( (x - 12) - (x - 5x - 7)) dx
=1
1
(x 2 - 6x + 5)dx + r\-x 2 + 6x - 5)dx
-2 11
2 3 2
= (~ x3 -3x +5x ) [ + (-~x +3x -5x)I:
2
= (~ _ (-74)) +
3 3
(235_(-7))
3
= .!_!2
3 •
• EXEMPLO 3 Calculando área dividindo a região Encontre a área da região delimitada
, 8
pelos graficos de y = 2 , y = 8x, y = 8x e y = x.
X
Solução
Passo 1. Esboçar a região (especialmente, quaisquer pontos de interseção).
8
A curva y = 2 corta fora uma região no setor entre as duas retas y = 8x e y = x
X
8
(Figura 5). Para encontrar a interseção de y = 2 e y = 8x, resolvemos
X
8 3
- = 8x :::} X = l :::} X = l
x2
8 8 8
8 3
- = X=?X =8::::}x=2
x2
Área de A=
11o
(Yal - Yba) dx = 11 o
(8x - x) dx = 11o
7x dx = -7 x2
2
loi 7
-
2
Área de B = 1 2
(Yal -Yba) dx = 1 2
2
(}2 -x) dx = (-~ - ~x ) 1~ = 5
-
2
que regiões à direita do eixo y têm área positiva e regiões à esquerda têm área negativa:
A Figura 6(A) mostra o gráfico de g(y) = y2 - 1. A região à esquerda do eixo y tem área
negativa. A integral é igual à área com sinal:
1-:(y2 -
'--,-'
1) dy
4
3
Área à direita do eixo y menos
a área à esquerda do eixo y
~ - - - - - - - -x
(A) A região entre x = y2 - 1 (B) A região entre x = gi(y)
e o eixo y. ex=g 1(y)
FIGURA 6
CAPÍTULO 6 Aplicações da Integral 305
Mais geralmente, seg2(y) ~ gi (y), como naFigura6(B), então o gráfico dex = g2(y)
fica à direita do gráfico de x = gi (y). Como um lembrete, escrevemos Xcti = g2(y) e
Xes = gi (y). A área entre os dois gráficos, ao longo de e :::: y :::: d, é igual a
Nesse caso, as somas de Riemann aproximam a área com retângulos horizontais finos de
largura Xcti - Xes e altura !J.y.
y
Xes = y3 -4y • EXEMPL04 Calculeaáreaentreosgráficosdeg1 (y) = y3 - 4yeg2(y) = y 3 + y2 + 8
Xdi=y3+y2+8 para-2:::: y:::: 2.
Solução Confirmamos que g2 (y) ~ g 1(y ), como mostra a Figura 7:
• Para calcular a área entre dois gráficos y = f (x) e y = g(x), esboçamos a região para en-
contrar Yat- Se necessário, procuramos os pontos de interseção resolvendof(x) = g(x).
• A integral ld g (y) d y ao longo do eixo y é igual à área com sinal entre o gráfico e
o eixo y, ao longo de e :::: y :::: d, onde a área à direita do eixo y é positiva e a área à
esquerda é negativa.
• Se g2(y) ~ gi (y), então o gráfico de x = g2(y) fica à direita do gráfico de x = g, (y)
e a área entre os gráficos, ao longo de e :::: y :::: d, é
6.1 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Qual é a interpretação de área de ib (f(x)-g(x)}dx se 2. Será que i b (f (x) - g (x)) dx ainda é igual à área entre os grá-
f (x) ::: g(x)? ficos def e g se f (x) ::: Omas g(x) ::= O?
306 CÁLCULO
3. Suponha que f(x) ::: g(x) em [O, 3] e g(x) ::: f(x) em (3, 5]. 4. Suponha que o gráfico de x = f (y) fique à esquerda do eixo y.
Expresse a área entre os gráficos, ao longo de [O, 5], como uma
soma de integrais. Será ib f(y) dy positiva ou negativa?
Exercícios
1. Encontre a área da região entre Y = 3x2 + 12 e Y = 4x + 4, ao Nos Exercícios 11-14, encontre a área da região destacada na figura.
longo de (-3, 3] (Figura 8).
11.
y
50 y= 3x2 + 12
FIGURA 10
2 3
FIGURA 8
12.
2. Calcule a área da região na Figura 9(A), que fica entre y =2 - x2
ey = -2, ao longo de (-2, 2].
y y=-2 y
y=x
X X
FIGURA 11
y=2-x2 y=2-x2
13. y
(A) (B) y=lx
2
FIGURA 9
s. [o, i] 6. [~ ~ ]
4' 2
7. [O, tr] !E.
6
Ti
3
Ti
2
FIGURA 13
Nos Exercícios 8-10, sejam f(x) = 20 + x - x 2 e g(x) = x 2 - 5x.
10. Calcule a área da região entre os dois gráficos ao longo de (4, 8] 16. Encontre a área da região englobada pela parábola semicúbica
como uma soma de duas integrais. y2 = x 3 e a reta x = 1.
CAPÍTULO 6 Aplicações da Integral 307
33. x = IYI, x = 6 - y2
34. x = IYI, x =l - ly l
2
35. X= )2 - y, X = y, X= 2y
FIGURA 14
36, X= y 3 - 18y, y + 2x =0
rr rr rr
17. O< y < - 18. - - < y < -
- - 2 2 - - 2 37, X = 2y, X+ 1 = (y - 1) 2
19. Encontre a área da região que fica à direita de x = y2 + 4y - 22 38, X+ y = l , Xl /2 + yl /2 = l
e à esquerda de x = 3y + 8.
39. y = 6, y = x - 2 + x 2 (na região x > O)
20. Encontre a área da região que fica à direita de x = y2 - 5eà
esquerda de x = 3 - y2. 2rr
40. y = cosx, y = cos(2x), X =0, X= -
3
21. Calcule a área englobada por x = 9 - y2 ex =
5 de duas manei-
3rr
ras: como uma integral ao longo do eixo y e como uma integral 41. y = senx, y = cossec2 x, x = 4rr , x= -
4
ao longo do eixo x.
,o,-
42. ,._, , .=, Esboce y = ~ey
X
= (x - 2
l) no mesmo par de e1-
·
22. A Figura 15 mostra os gráficos de x = y 3 - 26y + 10 ex =
v x2 + l
40 - 6y2 - y 3. Combine as equações com as curvas e calcule a
xos. Use um sistema algébrico computacional para encontrar nume-
área da região destacada.
ricamente os pontos de interseção e calcule a área entre as curvas.
v'2/2
1 - v'2/2
{ ~ - lx l)dx
[20
FIGURA 15 los (v 1(t) - v2(t)) dt = 2, lo (vi (t) - v2(t)) dt =5
Nos Exercícios 23-24, encontre a área da região indicada usando o 35
método (integração ao longo de um dos eixos x ou y) que exija o cál-
culo de somente uma integral.
i30
(vi (t) - v2(t)) dt = -2
24. A região entre y = x ex+ y = 8 acima de [2, 3]. (b) Dispomos de informação suficiente para determinar a distância
entre as duas atletas no instante t = 5 s?
Nos Exercícios 25-41, esboce a região englobada pelas curvas dadas (e) Se as atletas começam no mesmo lugar no mesmo instante, quão
e calcule sua área como uma integral ao longo do eixo x ou y. adiante está a atleta l no instante t = 20 s?
46. Encontre a área englobada pelas curvas y = e - x 2 e y = x 2 - e 6; 9; 10,25; 10,75; 10,75; 10,25; 9,75; 9,5; 10; 11,25;
como uma função de e. Encontre o valor de e para o qual essa 12,75; 13,75; 14,25; 14,5; 14,5; 14; 13,25; 11 ,25; 9
área é 1.
Use a aproximação pelo meio para obter uma estimativa da área
47. Monte (mas não calcule) uma integral que expresse a área entre do fundo do violão.
oscírculosx 2 + y2 = 2ex 2 + (y- 1)2 = J.
48. Monte (mas não calcule) uma integral que expresse a área entre
os gráficos de y = (1 + x2)- 1e y = x 2.
54. e:=: 5 Seja e o número tal que a área sob y = sen X, acima de 55. LSJ Explique geometricamente (sem fazer contas) por que a
[O, n), seja dividida ao meio pela reta y = ex (Figura 18). Encon- equação seguinte é válida para qualquer n > O:
lo I XII dx + lo I X 1/ li dx =1
1C 1t
2
FIGURA 18
Volume
O termo "sólido" ou "corpo sólido" se Começamos mostrando como a integração pode ser usada para calcular o volume de um
1refere a um objeto sólido tridimensional. corpo sólido. Antes de continuar, lembremos que o volume de um cilindro reto (Figura
1) é Ah, onde A é a área da base eh é a altura, medida perpendicularmente à base. Aqui
usamos o termo "cilindro" num sentido geral; a base não precisa ser circular.
CAPÍTULO 6 Aplicações da Integral 309
Agora seja V o volume de um corpo sólido que se estende de uma altura y = a até
y = b ao longo do eixo y, como na Figura 2. A interseção do sólido com o plano horizontal
à altura y é denominada seção transversal horizontal à altura y. Seja A(y) sua área.
b-a
h Para calcular V, dividimos o sólido em N fatias horizontais de espessura tly = ~ -
Ai-ésima fatia se estende de Yi -1 até Yi, onde Yi = a + i tly. Seja Vi o volume da fatia.
Se N for muito grande, então tly é muito pequeno e as fatias são muito finas. Nesse caso,
ai-ésima fatia é praticamente um cilindro reto de base A(Yi-1) e altura D.y, de modo que
Base de área A
V; ~ A(Yi-i)tly. Somando, obtemos
FIGURA 1 O volume de um cilindro
reto de altura h é Ah. N N
V= L V;~ L A(y;-1)D.y
i=l i=l
Volume da
i-ésima fatia"' A(y ; _ 1)é.y
Y;
Y;-1
Seção transversal
FIGURA 2 Dividimos o sólido em à altura y; _ 1
Yi
fatias horizontais finas. Cada fatia é Yo=a tem área A(y; _ 1)
quase um cilindro reto, cujo volume --1------------x
pode ser aproximado.
A soma à direita é uma aproximação pela esquerda da integral 1b A(y) dy. Vamos supor
que A(y) seja uma função contínua. Então a precisão da aproximação melhora e converge
à integral quando N-+ oo. Concluímos que o volume de um sólido é igual à integral da
área de sua seção transversal.
Volume como a integral da área de seção transversal Suponha que um corpo sólido se es-
tenda de uma altura y = a até y = b. Seja A(y) a área da seção transversal horizontal à
altura y. Então
12
V=
12A(y) dy = 112 -(12
l 2l
- y) dy = --(12- y)
12 = 64 m 3 3
1o o 9 27 o
1
Esse resultado é o mesmo que teríamos obtido usando a fórmula V = ½Ah para o
volume de uma pirâmide de base A e altura h,já que½Ah = 1(42 )(12) = 64.
1o4 14o 4
V= 1t
A(y )dy=-
2
(4-y)dy=-
2
1 y2 )
1t ( 4y - -
2
1
o
=4n
•
O volume de um corpo sólido pode ser calculado usando seções transversais verticais
em vez de horizontais. Nesse caso, obtemos uma integral em relação a x em vez de y.
segmento se estender de Xi-1 a Xi e se Ci for um ponto qualquer escolhido em [xi -1, xi],
então t.x = x; - Xi-1 e M; ~ p(c;)t.x. Obtemos
N N
Massa total M = LM; ~ LP(c;)t.x
i=I i=I
t possível ver a similaridade entre a Quando N ~ oo, a precisão da aproximação melhora. Contudo, a soma à direita é uma
maneira que usamos fatias finas para
calcular volume e pedaços pequenos
para calcular massa total?
soma de Riemann, cujo valor tende a 1b p(x) dx. Concluímos que a massa total de um
Densidade p
~ 1
-+--+--+--+---+---+++--+----1-1-- X
X;-l X; b=xN
FIGURA 6 A massa total do bastão é ..__ _ _ _ _ _ _lli.l bastão
igual à área sob o gráfico da densidade
de massa p. X;-l X;
• EXEMPLO 4 Massa total Encontre a massa total de um bastão de 2 m com densidade li-
near p(x) = 1 + x (2 - x) kg/m, onde x é a distância de uma das extremidades do bastão.
fo
2
p(x)dx= fo
2
(t+x(2- x))dx= ( x+x -~x 3
2
)1: = 13°kg •
Espessura !!i.r
Área "' 2trr;!!i.r
N
Seja Pi a população dentro do i-ésimo anel, de modo que P = L P;. Se o raio exte-
i =I
rior do i-ésimo anel for r;, então sua circunferência é 2nri e, se !ir for pequeno, a área des-
se anel é, aproximadamente, 2nr; !ir (circunferência externa vezes largura). Além disso,
a densidade populacional dentro do anel é praticamente constante e de valor p(r; ). Com
essas aproximações,
e
N N
P =L P; ~ 2n Lr;p(r;)M
i=I i=I
Essa soma é uma aproximação pela direita da integral 2n foR rp(r) dr. Quando N tende
2n
1w
o
r(l3,2(1 + r 2 ) - 12
1 ) dr= 2n(13,2) 1w r
2 112
o (l+r)
dr
l3,2nj
{401
1
u- 112 du=26,4nu 1 lt 401
~ l.577,9mil
partículas que passam por P durante esse minuto estão localizadas no máximo v cm à
esquerda de P, já que cada partícula percorre v cm/min (supondo que o líquido flua da es-
querda para a direita). Portanto, a coluna de líquido que flui por P num intervalo de 1 mi-
nuto é um cilindro de raio R e comprimento v, que tem um volume de nR 2 v (Figura 8).
r-v cm -+j
FIGURA 8 A coluna de fluido fluindo R
por P em uma unidade de tempo é um
cilindro de volume nR2v. -
Na realidade, as partículas de um líquido não têm todas a mesma velocidade, por
causa do atrito. Contudo, para um líquido em movimento lento, o fluxo é laminar, com
o que queremos dizer que a velocidade v(r) depende somente da distância r ao centro do
tubo. As partículas em movimento ao longo do centro do tubo têm a maior velocidade,
que diminui até zero perto das paredes do tubo (Figura 9).
Obtemos
N N
FIGURA 10 Num fluxo laminar, todas
as partículas de fluido numa casca
Q::::::: L Qi = 2n Lri v(ri)ó.r
i=I i= I
cilíndrica fina têm aproximadamente a
mesma velocidade.
A soma à direita é uma aproximação pela direita da integral 2n foR rv(r) dr. Mais uma
vez, deixamos N tender a oo e obtemos a fórmula
O medico francês Jean Poiseuille • EXEMPLO 6 Lei de Poiseuille do fluxo laminar De acordo com a lei de Poiseuille, a velo-
(1799-1869) descobriu a lei do fluxo cidade do sangue fluindo num vaso sangüíneo de R cm de raio é v(r) = k(R 2 - r 2), onde
laminar que os cardiologistas usam
para estudar o fluxo do sangue nos
ré a distância ao centro do vaso (em cm) e k é uma constante. Calcule a taxa de fluxo Q
humanos. A lei de Poiseuille esclarece como função de R, supondo que k = 0,5 (cm-s)- 1.
o perigo do acúmulo de colesterol nos
vasos sangüíneos: a taxa do fluxo por Solução Pela Equação (4),
um vaso de raio R é proporcional a R4,
portanto, se R for reduzido à metade, o
fluxo é reduzido por um fator de 16. Q = 2n
1
o
R
(0,5)r(R2 - r 2) dr= n ( R2 -r 2 - -r4)
2 4
1
0
R
= -n R 4 cm3 /s
4
Isso mostra que a taxa de fluxo é proporcional a R4 ( o que permanece válido para qualquer
valor de k). •
314 CÁLCULO
Valor médio
Como um último exemplo, discutimos o valor médio de uma função. Lembre que a média
de N números ai, a2 , ... , ªN é sua soma dividida por N:
~..-----------+-X b= xN
onde Xi =a+ i ( b ~ª)-Dividindo por (b - a), obtemos a média dos valores funcio-
nais / (xi ):
FIGURA 11 RN é a média dos valores l f(x i) + f(x2) + · · · + f(xN )
b-a - - RN =- ----------
def(x) nas extremidades direitas. b- a N
Média dos valores funcionais
Se N for grande, é razoável pensar nessa quantidade como uma aproximação da média de
f (x) em [a, b]. Portanto, definimos o próprio valor médio como o limite:
N-+oo
1 RN<f) = -l-
Valor médio= lim - -
b- a b- a
1b a
f(x)dx
DEFINIÇÃO Valor médio O valor médio de uma função integrável f (x) em [a, b] é a
quantidade
• EXEMPLO 7 Encontre o valor médio def(x) = sen x em (a) [O, n] e (b) [O, 2n].
Solução
(a) O valor médio de sen x em [O, n] é
y Valor médio de -
l lon: senxdx= - -1 cosx ln; =-(-(-1)-(-1))=-
l 2 ~
0,637
y= sen x sen x em [O, ir] n O n O n n
/ Essa resposta é razoável porque sen x varia de Oa 1 no intervalo [O, n] e a média 0,637 fica
em algum lugar entre os dois extremos (Figura 12).
n: (b) O valor médio em [O, 2n] é
Essa resposta também é razoável: os valores positivos e negativos de sen x em [O, 2n] se
cancelam, deixando a média em zero. •
• EXEMPLO 8 Um sapo salta verticalmente para cima com velocidade inicial dada por
vo = 16 pés/s. Use a fórmula da altura h(t) = vot - 16t2 de Galileu para encontrar a
velocidade (escalar) média do sapo.
1
- - r1116 - 32tldt= rº\16 - 32t)dt+ r1(32t - 16)dt
16~~' 1 - O lo lo l o,s
5
FIGURA 14 A velocidade escalar do
= (16t - 16t
2
)1~'
+ (16t 2 - 16t)l~,5
= 116 -32t l.
sapoé lh' (t)I
= 4 + 4 = 8 pés/s
•
y Pontos em quef (x) atinge Nosso próximo resultado, o Teorema do Valor Médio (TVM) para Integrais, ressalta
seu valor médio
uma distinção importante entre a média de uma lista de números e o valor médio de uma
função contínua. Se a nota média de um exame é 8,4, então 8,4 fica entre a nota mais alta
e a mais baixa, mas é possível que nenhum aluno tenha recebido a nota 8,4. Contrastando
a b
com isso, o TVM para Integrais afirma que uma função contínua sempre atinge seu valor
médio em algum ponto do intervalo (Figura 15).
FIGURA 15 A funçãof(x) atinge seu
valor médio M nos pontos em que o
lado superior do retângulo intersecta
o gráfico. TEOREMA 1 Teorema do valor médio para integrais Se f (x) for contínua em [a, b], então
existe algum valor e E [a , b] tal que
f(c) =-
b-a
1 1b
a
f(x) dx
Demonstração Como/ (x) é contínua e [a, b] é fechado, existem pontos Cmin e Cmax em
[a, b] tais que /(cmin) e f(cmax) sejam os valores mínimo e máximo de/(x) em [a, b].
Assim,f(cmin) ::: f(x)::: f(cmax)paratodox E [a, b]e,portanto,
1b f (x) dx S 1b g(x) dx A expressão do meio é o valor médio M def (x) em [a, b]. Vemos que M fica entre o min
e o max def(x) em [a, b]. Comof(x) é contínua, o Teorema do Valor Intermediário (TVI)
garante quef(c) = M para algum e E [a, b], como queríamos demonstrar. •
6.2 RESUMO
• O volume V de um corpo sólido é igual à integral da área A(y) de seções transversais
horizontais (ou verticais):
V= 1b A(y)dy
• A densidade de massa linear p(x) é definida como massa por unidade de comprimento.
Se um bastão (ou outro objeto) de densidade p se estender de x = a até x = b, então sua
6.2 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Qual é o valor médio de f (x) em [ l, 4] se a área entre o gráfico de 4. Qual é a fórmula para a população total dentro de um círculo de
f (x) e o eixo x for igual a 9? raio R em tomo do centro de uma cidade se a população tiver
função densidade radial.
2. Encontre o volume de um sólido que se estende de y = 2 até y = 5
se a seção transversal à altura y tem área A(y) = 5, para todo y. 5. Qual é a definição de taxa de fluxo?
3. Descreva as seções transversais horizontais de uma casquinha de 6. Qual é a hipótese sobre a velocidade do fluido que utilizamos
sorvete e as seções transversais verticais de uma bola de futebol para calcular a taxa de fluxo como uma integral?
americano deitada.
Exercícios
1. Seja V o volume de uma pirâmide de altura 20 cuja base é um (a) Use semelhança de triângulos, como no Exemplo l , para encon-
quadrado de lado 8. trar a área da seção transversal horizontal à altura y.
CAPÍTULO 6 Aplicações da Integral 317
X 15. Encontre o volume do sólido cuja base é a região lxl + IYI :'.S I e
FIGURA 17 Rampa de comprimento 6, largura 4 e altura 2. cuja seções transversais verticais perpendiculares ao eixo y são
semicírculos (com diâmetro ao longo da base).
5. Encontre o volume de líquido necessário para encher uma esfera
16. Mostre que o volume de uma pirâmide de altura h cuja base é um
de raio R até a altura h (Figura 18).
triângulo eqüilátero de lados é igual a J3 hs 2.
12
y
17. Encontre o volume de um tetraedro regular cuja face é um triân-
gulo eqüilátero de lados (Figura 20).
18. A área de uma elipse é nab, onde a e b são os comprimentos 21. A Figura 24 mostra o sólido S obtido pela interseção de dois ci-
dos semi-eixos maior e menor (Figura 21). Calcule o volume lindros de raio r cujos eixos são perpendiculares.
de um cone de altura 12 cuja base é uma elipse com semi-eixos
(a) A seção transversal horizontal de cada cilindro à altura y do eixo
a= 6eb =4.
central é uma faixa retangular. Encontre a largura dessa faixa.
(b) Encontre a área da seção transversal horizontal de S à altura y.
(e) Encontre o volume de S como função der.
12
C9 FIGURA 21
s
19. Um tronco de pirâmide é uma pirâmide com sua ponta truncada
[Figura 22(A)]. Seja V o volume de um tronco de pirâmide de
altura h cuja base é um quadrado de lado a e cujo topo é um qua- FIGURA 24 Interseção de dois cilindros intersectando em ângulo reto.
drado de lado b, com a > b ~ O.
22. Seja S o sólido obtido pela interseção de dois cilindros de raio r
(a) Mostre que se o tronco fosse continuado até uma pirâmide intei-
cujos eixos intersectam num ângulo 0. Encontre o volume de S
. ha .
ra, ela tena uma altura - - [Figura 22(8)]. como função de r e 0.
a-b
(b) Mostre que a seção transversal à altura x é um quadrado de lado 23. Calcule o volume de um cilindro inclinado num ângulo de 0 = 30°
(1/ h)(a(h - x) + bx). cuja altura é 10 e cuja base é um círculo de raio 4 (Figura 25).
20. Um plano inclinado num ângulo de 45º passa pelo diâmetro da 26. Um depósito mineral ao longo de uma faixa de 6 cm de compri-
base de um cilindro de raio r. Encontre o volume da região den- mento tem densidade s(x) = 0,0l x(6 - x)g/cmpara0::: x::: 6.
tro do cilindro e abaixo do plano (Figura 23). Calcule a massa total do depósito.
o
TABELA 1 Densidade populacional
r p(r) r p(r) FIGURA 26 Mapa de contornos de profundidade do Lago Nogebow.
30. Encontre a massa total de uma chapa circular de 20 cm de raio 43. f(x)=2x 3 -3x 2 , [- 1, 3] 44. f(x)=xn, [0, 1]
cuja densidade de massa é dada pela função radial p(r) = 0,03 +
0,01 cos(nr 2 ) g/cm2. 45. Seja Mo valor médio de f (x) = x 3 em [O, A], onde A > O. Qual
teorema garante quef(c) = M tem alguma solução cem [O, A]?
31. A densidade de macacos numa floresta é a função radial p(r) = Encontre c.
150(r 2 + 2)- 2 macacos por km2, onde ré a distância (em quilô-
metros) até uma fonte. Calcule o número de macacos na região 46. CR S Sejaf(x) = 2 sen x - x. Use um sistema algébrico com-
2:::;r:::;5km. putacional para esboçar o gráfico de f e obter uma estimativa:
(a) da raiz positiva a def (x);
32. Mostre que uma chapa circular com 2 cm de raio com densidade (b) dovalormédioMdef(x)em[O, a];
4
de massa radial p(r) = - g/cm tem massa total finita, embora (e) de um valor c E [O, a] tal quef(c) = M.
r
sua densidade fique infinita na origem.
47. Qual das funções f (x) = x sen2 x e g(x) = x 2 sen2 x têm o
33. Encontre a taxa de fluxo através de um tubo com 4 cm de raio, maior valor médio em [O, l]?Eem [l, 2]?
supondo que a velocidade das partículas do fluido que estão a r . senx
cm de distância do centro do tubo seja v(r) = 16 - r 2 cm/s. 48. Mostre que o valor médio de f (x ) = -- em [ j , n] é menor do
X
que 0,41. Se necessário, esboce o gráfico.
34. Seja v(r) a velocidade do sangue num vaso capilar de raio
R = 4 x 10- 5 m. Use a lei de Poiseuille (Exemplo 6) com 49. ~ Faça um esboço do gráfico de uma função f (x) tal que
k = 106 (m-s)- 1para determinar a velocidade no centro da capi- f (x) ~Oem [O, 1] e f(x) :::: Oem [1, 2], cuja média em [O, 2]
lar e a taxa de fluxo (com unidades corretas). seja negativa.
35. Um bastão sólido com 1 cm de raio é colocado num cano 50. Encontre a média de f (x) = ax + b no intervalo [-M, M], onde
com 3 cm de raio de tal maneira que seus eixos ficam alinha- a, b e M são constantes arbitrárias.
dos. Água flui pelo cano e por volta do bastão. Encontre a taxa
51. A temperatura T(t) no instante t (em horas) num museu de arte
de fluxo se a velocidade da água for dada pela função radial
v(r) = 0 ,5(r - 1)(3 - r) cm/s. varia de acordo com T (t) = 70 + 5 cos ( ~ t). Encontre a média
nos intervalos de tempo [O, 24] e [2, 6].
36. Para obter uma estimativa do volume V do lago Nogebow, no
estado norte-americano do Minnesota, a Secretaria de Pesca 52. Uma bola é lançada verticalmente para cima a partir do nível do
daquele estado criou o mapa dos contornos de profundidade na solo com velocidade inicial de 64 pés/s. Encontre a altura média
Figura 26 e determinou a área da seção transversal do lago em da bola no intervalo de tempo que vai desde o lançamento da
profundidades registradas na tabela seguinte. Dê uma estimativa bola até seu retorno ao nível do solo. Lembre que a altura no
de V tomando as aproximações pela direita e esquerda da integral instante t é dada por h(t) = 64t - 16t2.
da área de seção transversal
53. Qual é a área média dos círculos cujos raios variam de Oa 1?
Profundidade (pés) o 5 10 15 20 54. Um objeto com velocidade inicial nula acelera a uma taxa cons-
tante de 10 mts2. Encontre sua velocidade média durante os pri-
Área (milhões de pés2) 2,1 1,5 1,1 0,835 0,2 17
meiros 15 segundos.
320 CÁLCULO
55. A aceleração de uma partícula é a(t) = t - t 3 m/s2 para 57. Seja f(x) = .Jx. Encontre um valor de cem [4, 9] tal quef(c)
O ~ t ~ 1. Calcule a aceleração média e a velocidade média no seja igual à médiadefem [4, 9].
intervalo de tempo [O, l] , supondo que a velocidade inicial da
partícula seja nula. 58. Dê um exemplo de uma função (necessariamente descontínua)
que não satisfaz a conclusão do TVM para Integrais.
56. Seja Mo valor médio de f (x) = x 4 em [O, 3]. Encontre um valor
de cem [O, 3] tal quef(c) = M.
y y
1
1
1
1
1
,; ____ ___i __ _____ _
1
Esse método de calcular o volume Em geral, se f (x) ~ Opara a ::: x ::: b, então a região sob o gráfico fica acima do eixo
é conhecido como o "método dos x. Girando essa região em tomo do eixo x produzimos um sólido com uma característica
discos" porque as fatias verticais do
sólido são discos circulares. especial: todas seções transversais verticais são círculos (Figura 2). De fato, a seção trans-
versal vertical no ponto x é um círculo de raio R = f (x) e tem área
y y
f(x)
-+---+--+--t---.....-x -+---+--+-+-+-'-+--X
a X b a X b
y Como vimos na Seção 6.2, o volume total V é igual à integral da área de seções transver-
J:
sais. Portanto, V = rc f (x )2 dx.
Volume de um sólido de revolução: método dos discos Se f (x) for contínua e f (x) ::: Oem
[a, b], então o volume V obtido pela rotação da região sob o gráfico em tomo do eixo
x é [com R =f (x)]:
[I]
---------x
a X b
• EXEMPLO 2 Rotação da área entre duas curvas Encontre o volume V do sólido obtido
pela rotação da região entre y = x 2 + 4 e y = 2 em tomo do eixo x, para 1 ::: x ::: 3.
322 CÁLCULO
y y =x2 +4
10
2 3
V= 1r i 3
(R 2 - r 2 ) dx = 1r i 3
((x 2 + 4) 2 - 2
2
) dx
3 3
2 26
= 1r Í (x 4 + 8x 2 + 12) dx = 1r (!x
5
+ ~x 3 + 12x) 1 = · 1 1r
li 5 3 1 15 •
A Equação (2) pode ser modificada para calcular volumes de revolução em tomo de
retas horizontais paralelas ao eixo x.
y y
f(x) = x 2 + 2
g(x) =4-x2
---f'----+--+-+--1-----+- X
X
ft
-1 - 3+-x_i_ __
~ \ y=-3
Eixo de
rotação
FIGURA 7 O segmento AB gera uma
arruela quando é girada em tomo do
eixoy =-3. (A) (B) (C)
x2 + 2 = 4- x2 ou x2 = 1
Quando montamos a integral para um Os gráficos intersectam emx = ±1. A Figura 7(A) mostra que o gráfico de g(x) = 4 - x 2
volume de rotação, devemos visualizar
fica acima do gráfico de f (x) = x 2 + 2 em [-1 , 1]. Se girássemos a região entre os grá-
as seções transversais. Essas seções
transversais são arruelas (ou discos) ficos em torno do eixo x, o volume seria dado pela Equação (2):
cujos raios exteriores e interiores
dependem do eixo de rotação.
V (em tomo do eixo x) = 1r 11
-1
(g(x) 2 - f (x) 2 ) dx = 1r 1 -1
1
( (4 - x 2) 2 - (x 2 + 2) 2) dx
CAPITULO 6 Aplicações da Integral 323
= n [1 ((7 - x 2) 2 - (x 2 + 5)2 ) dx
1-1
1
= n /_ ( (49 - 14x 2 + x 4 ) - (25 + 10x 2 + x 4 )) dx
1
1 1
=n
1-1
(24 - 24x 2 ) dx = n(24x - 8x 3 ) 1
-1
= 32n
•
• EXEMPLO 4 Encontre o volume do sólido obtido pela rotação da região entre os
gráficos de f (x) = 9 - x 2 e a reta y = 12, para O ~ x ~ 3, em tomo da reta (a) y = 12
e(b)y=15.
y y
A
12 +-- - - - ~- - 12 1+,-- ---+-t>+--- +--- +---.
9 9
X 3 X 3 X 3
(A) f(x) = 9 - x2 (B) Rotação em tomo da reta y = 12 (C) Rotação em torno da reta y = 15
FIGURA 8 O segmento AB gera um disco quando girado em tomo de y = 12, mas gera uma arruela
quando girado em tomo de y = 15.
(b) A Figura 8(C) mostra que AB gera uma arruela quando é girado em tomo de y = 15.
O raio exterior dessa arruela é a distância de B à reta y = 15:
R = 15 - f (x) = 15 - (9 - x 2 ) = 6 + x 2
=n ( 27x+4x 3 + 1 x 5
5
)1 3
=1.188
--n
5 •
0
Para usar os métodos dos discos e das arruelas com sólidos de revolução em tomo de
eixos verticais, o gráfico deve ser descrito como uma função de y em vez de x.
Eixo
X=-2 y y
y ...__ _A_,t-._:
_-_-_-_"'"~,
R= --/9'- y+2
r=2
--+------1------+-- X
-2 o 3 -2 o
FIGURA 9
9 9
n fo (R 2 -r 2 )dy = n fo ((J9-y+2) 2 -22 )dy
9
= n fo (9 - y + 4J9 - y) dy
9
= n ( 9y- -1 y 2 - = -225 n
8
2
-(9- y) 312
3 )
10 2 •
CAPÍTULO 6 Aplicações da Integral 325
6.3 RESUMO
• Método dos discos: Quando giramos a região sob o gráfico def (x) em torno do eixo x,
para a~ x ~ b, obtemos um sólido cuja seção transversal vertical é um círculo de raio
R =f (x) e área nR 2 = n f (x )2. O volume V do sólido é
V= n 1b R 2 dx =n 1b f(x) 2 dx
• Método das arruelas: Suponha que f(x) ~ g(x) ~ Opara a~ x ~ b. Quando giramos
a região entre os gráficos de f (x) e g(x) em tomo do eixo x, obtemos um sólido cuja se-
ção transversal vertical é uma arruela de raio exterior R = f (x) e raio interior r = g(x).
O volume V do sólido é
• Essas fórmulas são aplicáveis quando efetuamos uma rotação em tomo de uma reta ho-
rizontal y = e, mas os raios R e r devem ser modificados apropriadamente.
6.3 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Qual dos seguintes é um sólido de revolução? 4. Qual das integrais seguintes expressa o volume do sólido obtido
(a) Esfera (b) Pirâmide (e) Cilindro (d) Cubo
pela rotação da área entre y = f (x) e y = g(x), ao longo de [a, b],
em torno do eixo x [supondo f (x) :::: g (x) :::: O]?
2. Verdadeira ou falsa? Quando um sólido é formado pela rotação b 2
da região sob um gráfico em torno do eixo x, as seções transver-
sais perpendiculares ao eixo x são discos circulares.
(a) n
1
a {f(x) - g(x) ) dx
3. Verdadeira ou falsa? Quando um sólido é formado pela rotação (b) n 1b (f(x)2 - g(x)2) dx
da região entre dois gráficos em torno do eixo x, as seções trans-
versais perpendiculares ao eixo x são discos circulares.
Exercícios
Nos Exercícios 1-4, (a) esboce o sólido obtido pela rotação da região 10. f(x) = Jx 4 + 1, [l , 3]
sob o gráfico def(x) em torno do eixo x, ao longo do intervalo dado;
(b) descreva a seção transversal perpendicular ao eixo x localizada 11. f(x) = ,Jcosx + 1, [O, n]
em x e (c) calcule o volume do sólido.
12. f(x) = ,Jcosx senx, [O, n/2)
1. f (x) = x + 1, [O, 3] 2. f(x) = x2, [! , 3]
Nos Exercícios 13-18, (a) esboce a região englobada pelas curvas;
3. f(x)=Jx+T, [1 , 4] 4. f(x) =x- 1, [1 ,2) (b) descreva a seção transversal perpendicular ao eixo x localizada
em x e (c) calcule o volume do sólido obtido pela rotação da região
Nos Exercícios 5-12, encontre o volume do sólido obtido pela rotação em torno do eixo x.
da região sob o gráfico da função dada em torno do eixo x, ao longo
do intervalo dado. 13. y = x 2 + 2, y = 1O- x 2
2 5
9. f (x) =- , [l , 3) 16. y =- , y= 2-x
X+ ] X
326 CÁLCULO
n n 9
17. y = secx, y = O, X=-- x=-
4' 39. y= 2 , y=IO-x 2, emtomodoeixox
4 X
n 9
18. y = secx, y = cossecx, y = O, x = O ex= - . 40. y = 2 , y = 10 -x 2, em tomo de y = 12
2 X
Nos Exercícios 23-28, encontre o volume do sólido obtido pela rota- 46. i=4x, y =X, em torno de y = 8
ção da região A na Figura 1Oem torno do eixo dado.
47. iCG~ Esboce a hipociclóide x 213 + y213 = 1 e encontre o vo-
y lume do sólido obtido girando-a em tomo do eixo x.
y=x2 +2
31. y = 6 32. eixoy 49. Uma "conta" é formada pela remoção de um cilindro de raio r
de uma esfera de raio R (Figura 12). Encontre o volume da conta
Sugestão para o Exercício 32: expresse o volume como uma soma de quando r = l e R = 2.
duas integrais ao longo do eixo y, ou use o Exercício 26.
38. y = 16 - x, y = 3x + 12, x = O, em torno de x = 2 FIGURA 12 Uma conta é uma esfera com um cilindro removido.
CAPÍTULO 6 Aplicações da Integral 327
52. Um sólido em formato de câmara de pneu é denominado toro com B e H como na figura. Sugestão: sejam x1 e x2 as raízes de
f (x) = ax + b - (mx + c) 2, onde x1 < x2. Mostre que
(Figura 13). Use o método das arruelas para calcular o volu-
me do toro obtido pela rotação da região dentro do círculo de x2
equação (x - a) 2 + y2 = b2 em torno do eixo y (supondo que
a> b). Sugestão: para calcular a integral, interprete-a como a
V= n
1
XJ
f(x)dx
área de um círculo.
e use a Equação (3).
y
y
1
1
1
:
IH
1
1
-- _____________!
B
-r---+--+-----=---x
X
a 2
FIGURA 14 A tractriz. FIGURA 16
328 CÁLCULO
Espessura !:J.r
6.4 Método de cascas cilíndricas
~--=--
Nas duas seções anteriores, calculamos volumes integrando a área de seções transversais. O
método das cascas é baseado numa idéia diferente e, em alguns casos, é mais conveniente.
h
No método das cascas, usamos cascas cilíndricas, como a da Figura 1, para apro-
ximar um volume de revolução. Para ver como isso é feito, começamos deduzindo uma
aproximação para o volume de uma casca cilíndrica de altura h, raio externo R e raio
interno r. Como a casca é obtida removendo um cilindro de raio r de um cilindro maior de
FIGURA 1 O volume da casca cilíndrica raio R, seu volume é igual a
é aproximadamente 2nRh !:::,.r, onde
!:::,.r = R-r. nR2h - nr2h = nh(R2 - r 2) = nh(R + r)(R - r) = nh(R + r)!ir [I]
onde !ir = R - r é a espessura da casca. Se a casca for muito fina, então R e r são pratica-
mente iguais e podemos trocar (R + r) por 2R na Equação (1), para obter a aproximação
y y
i-ésima casca
--+-+---+----+----1-+--+--x
Xo=a X; -1 X; XN=b
X
FIGURA 2 A faixa destacada gera uma
"casca fina" quando é girada em tomo
do eixo y.
O topo da i-ésima casca fina na Figura 2 é curvo. Contudo, quando !ix for pequeno,
podemos aproximar essa casca fina pela casca cilíndrica (de topo reto) de altura f (xi) e
usar (2) para obter
No método das cascas, integramos em Volume de um sólido de revolução: ométodo das cascas O volume V do sólido obtido pela
relação a x, mesmo girando em torno rotação da região sob o gráfico de y = f (x), ao longo do intervalo [a, b], em tomo do
1do eixo y.
eixo y, é igual a
V = 2n 1b xf (x) dx
Seria muito difícil utilizar o método dos • EXEMPLO 1 Encontre o volume V do sólido obtido pela rotação da área sob o gráfico
discos no Exemplo 1. Como o eixo de de f (x) = 1 - 2x + 3x 2 - 2x 3, acima de [O, 1], em tomo do eixo y.
rotação é o eixo y, deveríamos integrar
em relação a y, o que exigiria encontrar
Solução O sólido está na Figura 4. Pela Equação (3),
a função inversa g(y) = 1- 1(y ).
1 1
V=2n fo xf(x)dx=21t fo x(l-2x+3x 2 -2x 3)dx
= 2n (~x2 -
2
~x3
3
+ ~x4 -
4
~xs)
5
li =
0
~n
30 •
y
f (x)
FIGURA 4 O gráfico de
---1- -..1........l- - - + - x
f (x) = l - 2x + 3x 2 - 2x 3 girado em X
tomo do eixo y.
y y
• EXEMPLO 2 Rotação da área entre duas curvas Use o método das cascas para calcular o
volume V do sólido obtido pela rotação da área englobada pelos gráficos de f (x) = 9 - x 2
e g(x) = 9 - 3x, em torno do eixo y.
3
FIGURA 6
= 2n ( x3 - 4x4
1 ) o=2
1 27 n
•
• EXEMPLO 3 Rotação em torno de um eixo vertical Use o método das cascas para calcular
o volume V do sólido obtido pela rotação da região sob o gráfico de f (x) = x - l 12, acima
de [1, 4], em torno de x = -3.
O raciocínio no Exemplo 3 mostra que Solução Se girássemos em torno do eixo y, o volume seria
se girarmos a região sob y = f (x),
acima de [a, b], em tomo da reta
vertical x = e, com e ~ a, então o
volume será
V (em torno do eixo y) = 2n i 4
(raio)(altura) dx = 2n i 4
x. x- 112 dx
V = 2n 1 \x - c)f (x ) dx A fórmula é análoga quando giramos em torno de x = -3, mas precisamos usar o raio
correto (distância ao eixo de rotação). A altura é, ainda, f(x ) = x- 112, mas o raio é, ago-
ra, três unidades maior, ou seja, x + 3 (Figura 7), portanto,
4
= 2n Ji[4 (x + 3)x- 112 dx = 2n (23x 312 + 6x 112) 1
= -64n
- •
1 3
CAPÍTULO 6 Aplicações da Integral 331
Eixo
x=-3 y y
O método das cascas cilíndricas pode ser aplicado à rotação em tomo de eixos hori-
zontais mas, nesse caso, o gráfico deve ser dado no formato x = g(y).
• EXEMPLO 4 Rotação em torno do eixo x Use o método das cascas para calcular o
volume V do sólido obtido pela rotação em tomo do eixo x da área sob y = 9 - x 2,
acima de [O, 3].
Solução Como estamos efetuando uma rotação em tomo do eixo x e não do eixo y, o mé-
todo das cascas nos dá uma integral em relação a y. Portanto, resolvemos y = 9 - x 2 para
obter x 2 = 9 - y, ou x = ,/9=y.
As cascas cilíndricas são geradas por segmentos horizontais. O segmento A B na Figu-
ra 8 gera uma casca cilíndrica de raio y e altura J9 - y (continuamos utilizando o termo
"altura", embora o cilindro seja horizontal). Usando a substituição u = 9 - y, du = -dy na
integral resultante, obtemos
6.4 RESUMO
• Sef (x) ~ O, então o volume V do sólido obtido pela rotação da região sob o gráfico de
y =f (x), ao longo de [a, b], em tomo do eixo y é
332 CÁLCULO
V = 2n 1\raio)(altura) dx = 2n 1b xf (x) dx
• Se girarmos a região em tomo do eixo vertical x = e em vez do eixo y, então o raio da cas-
ca (distância ao eixo de rotação) não é mais x. Por exemplo, se e< a, o raio é (x - e) e
V= 2n 1b (raio)(altura) dx = 2n 1b (x - c)f(x) dx
• Podemos usar o método das cascas para calcular volumes de revolução em tomo do eixo
x. É preciso expressar a curva no formato x = g(y):
V= 2n i\raio)(altura) dy = 2n 1d y g(y) dy
6.4 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Considere a região R sob o gráfico da função constante f (x) = h, (a) O método das cascas para calcular V leva a uma integral em rela-
acima do intervalo [O, r]. Quais são a altura e o raio do cilindro ção axou y?
gerado quando R é girado em tomo do (b) O método dos discos ou arruelas para calcular V leva a uma inte-
(a) eixox (b) eixo y gral em relação a x ou y?
Exercícios
Nos Exercícios 1-10, esboce o sólido obtido pela rotação da região ICG!I Nos Exercícios 15-16, use o método das cascas para cal-
sob o gráfico da função, acima do intervalo dado, em torno do eixo y cular o volume do sólido obtido pela rotação da região englobada
e encontre seu volume. pelas curvas dadas em torno do eixo y. Use um sistema algébrico
1. f (x) = x3, [O, l] 2. f(x) = ..jx, [O, 4] computacional ou recurso gráfico para encontrar numericamente
os pontos de interseção.
3. f (x) = 3x + 2, [2, 4] 4. f(x) = 1 + x2 , [l , 3]
15. y = ½x 2, y = sen(x 2)
5. f(x) = 4- x 2 , [O, 2] 6. f(x) = Jx 2 +9, [O, 3]
16. y = J - x 4 , y = X, X= 0
7. f (x) = sen(x 2) , [O, Jn] 8. f (x) = x - 1, [l , 3]
Nos Exercícios 17-22, esboce o sólido obtido pela rotação da região
9. f(x)=x+l - 2x2 , [0, 1] sob o gráfico da função dada, ao longo do intervalo dado, em torno
X
do eixo dado, usando o método das cascas.
10. f(x) = ~·
3
[l , 4]
v 1 +x 17. f (x) = x3, [O, !], x = 2
Nos Exercícios 11-14, use o método das cascas para calcular o volu- 18. f(x) = x3, [O, 1], x =- 2
me do sólido obtido pela rotação da região englobada pelos gráficos
das funções dadas em torno do eixo y. 19. f (x)=x-4, [-3 , -1], x =4
11. y =x 2 , y=S-x 2 , x =O 1
20. f(x) = ~ · [O, 2], x =O
12. y = 8- x 3, y = 8- 4x vx 2 + J
13. y = ..jx, y =x2 21. f(x) = a - bx, [O, a/b], x = -1, a, b > O
y
Nos Exercícios 23-28, use o método das cascas para calcular o volu- y =x2 + 2
me do sólido obtido pela rotação da região sob o gráfico da função
dada, ao longo do intervalo dado, em torno do eixo x.
26. y = x- 1, I ::: x ::: 4. Esboce a região e expresse o volume 33• eixo Y 34. X= -3
como uma soma de duas integrais. 35. x = 2 36. eixox
27. y = x-2 , 2 :'.:: X :'.:: 4 37, y = -2 38. y=6
28. y = .,/x, 1 :'.:: X :'.:: 4 Nos Exercícios 39-44, use o método das cascas para encontrar o vo-
lume do sólido obtido pela rotação da região B na Figura 1Oem torno
29. Use ambos, métodos das cascas e dos discos, para calcular ovo- do eixo dado.
lume do sólido obtido pela rotação da região sob o gráfico de
f(x) = 8-x3 para0:::x :::2,emtomodo: 39. eixo y 40, X= -3
30. Esboce o sólido obtido pela rotação em tomo do eixo y da região 43. y= -2 44. y =8
sob o gráfico da função constante f (x) = c (onde c > 0), para
45. Use o método das cascas para calcular o volume de uma esfera
Ü :'.::X:'.:: r .
de raio r.
(a) Encontre o volume sem usar integração.
46. Use o método das cascas para calcular o volume V da "conta"
(b) Use o método das cascas para calcular o volume. formada pela remoção de um cilindro de raio r do centro de uma
esfera de raio R (compare com o Exercício 49 da Seção 6.3).
31. Suponha que o gráfico da Figura 9(A) possa ser descrito tanto
por y = f (x) quanto x = h(y). Seja V o volume do sólido obtido 47. Use o método das cascas para calcular o volume do toro obtido
pela rotação da região sob a curva em tomo do eixo x. pela rotação do interior do círculo (x - a)2 + y2 = r 2 em tor-
no do eixo y, sendo a> r. Sugestão: calcule a integral interpre-
(a) Descreva as figuras geradas pela rotação dos segmentos AB e
tando uma de suas partes como a área de um círculo.
C B em tomo do eixo y.
(b) Monte integrais para calcular V pelos métodos das cascas e dos 48. Use o método das casas ou dos discos (o que for mais simples)
discos. para calcular o volume do sólido obtido pela rotação da região na
Figura 11 em tomo do:
(a) eixox (b) eixo y
y
y = g(x )
'""--~----+-X
e 2 C' 2
(A) (B)
FIGURA 9
FIGURA 11
32. ~ Seja W o volume do sólido obtido pela rotação da região 49. Use o método mais conveniente para calcular o volume do sólido
sob a curva na Figura 9(B) em tomo do eixo y . obtido pela rotação da região na Figura 12 em tomo do eixo:
(a) Descreva as figuras geradas pela rotação dos segmentos A' B1 e (a) X = 4 (b) y = -2
A'C' em tomo do eixo y.
(b) Monte uma integral que calcule W pelo método das cascas.
(c) Explique a dificuldade para calcular W pelo método das arrue-
las.
Nos Exercícios 33-38, use o método das cascas para encontrar o vo-
lume do sólido obtido pela rotação da região A na Figura 1Oem torno
do eixo dado. FIGURA 12
334 CÁLCULO
b
FIGURA 14 A curva em forma de sino.
a X
~ Jlj:J______
2
No sistema métrico, a unidade de força é o newton (abreviado N), definido como 1 kg-m/s •
A energia e o trabalho são, ambos, medidos em unidades de joule (J), igual a 1 N-m. No
A Distância d B sistema britânico, a unidade de força é a libra (lb) e ambos, energia e trabalho, são medidos
FIGURA 1 O trabalho realizado em pé-libra (pé-lb). Uma outra unidade de energia é a caloria. Um pé-lb é aproximada-
para mover um objeto de A até B é mente 0,738 J ou 3,088 calorias.
W=F · d. Para adquirir familiaridade com as unidades, calculemos o trabalho W necessário
para levantar uma pedra de 2 kg a 3 m acima do chão. A gravidade puxa essa pedra de
massa m para baixo com uma força igual a - mg, onde g = 9,8 mls2. Portanto, levantar a
pedra exige uma força vertical F = mg para cima e o trabalho realizado é
trabalho contra a gravidade. O trabalho realizado para levantar uma pedra de 2 lb a 3 pés
acima do chão é
W = (2 lb)(3 pés) = 6 pés-lb
'--v-'
F-d
Usamos integração para calcular o trabalho quando a força não é constante. Suponha
que a força F(x) varie quando o objeto se move de a até b ao longo do eixo x. Então a
Equação (1) não pode ser aplicada diretamente, mas podemos quebrar a tarefa num número
grande de tarefas menores, em cada uma das quais a Equação ( 1) dá uma boa aproxima-
ção. Dividimos [a, b] em N subintervalos de comprimento fy,_x = b N- ª, com extremidades
a = xo, xi, x2, ... , XN-l, XN = b. Seja Wi o trabalho realizado para mover o objeto de
FIGURA 2 O trabalho para mover um x;-1 até x; (Figura 2). Se fy,_x for pequeno, então a força é praticamente constante no intervalo
objeto de Xi-1 até Xi é aproximadamente [x;-1 , x; ], com valor F (xi), portanto W; :=:::: F (xi) 8,.x. Somando as contribuições, obtemos
F(x;) t:..x.
N
L F (x;) fy,_x
i=I
'-,.-'
Aproximação pela direita
A soma à direita é uma aproximação pela direita convergindo a 1b F (x) dx. Isso nos leva
à definição seguinte.
Posição de
equilíbrio
DEFINIÇÃO Trabalho O trabalho realizado para mover um objeto ao longo do eixo x de
a até b aplicando uma força de magnitude F(x) é
W = 1b F(x)dx
0 X
Observe que integramos da direita para a esquerda (o limite inferior -0,03 é maior do que
o limite superior -0,05), porque estamos comprimindo a mola para a esquerda. •
Nos dois exemplos seguintes, calculamos o trabalho de outra maneira. Nesses exem-
plos, a fórmula W = 1b F(x) dx não pode ser usada porque não estamos movendo um
único objeto por uma distância fixada. Em vez disso, cada fina camada do objeto é movida
por uma distância diferente. Calculamos o trabalho total "somando" (ou seja, integrando)
o trabalho efetuado em cada camada fina.
y
Força na camada = g x massa = 9,8 · 1.500 · 4 !::.y = 58.800 !::.y N
O trabalho requerido para levantar essa camada à altura y é aproximadamente igual à for-
ça vezes a distância y, ou seja, 58. 800y !::.y. Denotamos W(y) = 58.800y e escrevemos
FIGURA 4 O trabalho total é a soma Trabalho realizado levantando uma camada à altura y ~ W(y) !::.y
dos trabalhos efetuados em cada
camada da coluna.
Isso é somente uma aproximação porque a camada tem espessura não-nula e as partículas
de cimento do topo foram levantadas um pouquinho mais do que as da base.
Ai-ésima camada é elevada à altura y; = i !::.y e o trabalho total realizado é
N
W ~ LW(y;)!::.y
i=l
A soma da direita é uma aproximação pela direita de Jt W (y) dy. Fazendo N tender a oo,
obtemos
y215
W=
1o
5
W(y)dy=
1o
5
58.800ydy=58.800- =735.000J
2 o •
• EXEMPLO 3 Bombeando água para fora de um tanque Um tanque esférico de R metros
de raio com uma pequena abertura no topo está cheio de água. Quanto trabalho (contra a
gravidade) deve ser realizado para bombear a água para fora da abertura? A densidade da
água é 1.000 kg/m3•
Solução Isso é análogo ao exemplo precedente. Dividimos a esfera em N camadas finas
de espessura !::.y (Figura 5) e mostramos que o trabalho efetuado na camada à altura y é,
aproximadamente, W(y)!::.y, para alguma função W(y).
CAPÍTULO 6 Aplicações da Integral 337
Distância vertical
Força contra a gravidade levantada Denote isso por W (y)
,-"-.,
9.800n(R 2 - y2) D.y (R - y) = 9.800n(R 3 - R2y - Ry2 + y3) D.y
1 1
+ -1 y4 ) IR 39.200,r
= 9.800,r ( R3 y - - R2y2- - Ry3
2 3 4 -R
= - - - R4 J
3 •
Essa camada é
bombeada por uma A água sai por essa O raio à altura y é
distância vertical abertura no alto x=VR 2 -y2
R - y; y= R
Y;
Y; - 1
- y= O
6.5 RESUMO
• O trabalho W realizado quando uma força F é aplicada para mover um objeto ao longo
de uma reta é:
6.5 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Por que precisamos da integração para calcular o trabalho reali- 3. Qual dos seguintes, kx, -kx, ½mk 2 , ½kx 2 ou ½mx2, representa
zado para esticar uma mola? o trabalho necessário para esticar uma mola (com constante k)
2. Por que precisamos da integração para calcular o trabalho rea- por uma distância x além de sua posição de equilíbrio?
lizado para bombear água para fora de um tanque mas não para
calcular o trabalho realizado para levantar o tanque?
Exercícios
1. Quanto trabalho é realizado levantando uma massa de 4 kg a 16 Nos Exercícios 11-14, calcule o trabalho contra a gravidade necessá-
m acima do nível do solo? rio para construir uma estrutura de tijolos usando o método dos Exem-
3
2. Quanto trabalho é realizado levantando uma massa de 4 libras a plos 2 e 3. Suponha que o tijolo tenha uma densidade de 80 lb/pé •
16 pés acima do nível do solo?
11. Uma torre de 20 pés de altura e base quadrada com lado de 10
Nos Exercícios 3-6, calcule o trabalho (em joules) necessário para pés.
esticar ou comprimir uma mola como a dada, supondo que a constan- 12. Uma torre cilíndrica de 20 pés de altura e raio de 10 pés.
te da mola seja k = 150 kg/s2.
13. Uma torre de 20 pés de altura no formato de um cone circular
3. Esticando desde o equilíbrio até 12 cm além do equilíbrio. reto com 4 pés de raio da base.
4. Comprimindo desde o equilíbrio até 4 cm além do equilíbrio. 14. Uma estrutura no formato de um hemisfério de 4 pés de raio.
5. Esticando de 5 a 15 cm além do equilíbrio. 15. A Grande Pirâmide de Giza, no Egito, construída em torno de
6. Comprimindo a mola 4 cm a mais quando já está comprimida 5 cm. 2600 a.C., tem 485 pés de altura (devido à erosão, atualmente
é um pouco mais baixa) e tem uma base quadrada, com um
7. Se forem necessários 5 J de trabalho para esticar uma mola por lado de 755,5 pés (Figura 6). Encontre o trabalho realizado para
10 cm além do equilíbrio, quanto trabalho será necessário para construir a pirâmide se a estimativa da densidade da pedra utili-
esticá-la 15 cm além do equilíbrio? zada for de 125 lb/pé3•
8. Se forem necessários 5 J de trabalho para esticar uma mola por
10 cm além do equilíbrio, quanto trabalho será necessário para
comprimi-la 5 cm além do equilíbrio?
9. Se forem necessários 10 pés-lb de trabalho para esticar uma mola
por I pé além do equilíbrio, quanto esticará a mola se for coloca-
do um peso de 10 libras em sua extremidade?
16. A caixa da Figura 7; a água sai por uma abertura pequena no topo.
1
1 5 21. Encontre o trabalho W exigido para esvaziar o tanque da Figura 7
1
1 se estiver com água só até a metade.
,,,,,,_ ____ _
1
1
22. ~ Suponha que o tanque da Figura 7 esteja cheio d'água
e seja W o trabalho necessário para bombear metade dela para
8 fora. É de se esperar que W seja igual ao trabalho calculado no
FIGURA 7 Exercício 21? Explique e depois calcule W.
FIGURA 9 Ili
~
J Segmento de
comprimento ~y
19. O cilindro horizontal da Figura 10; a água sai por uma abertura
pequena no topo. Sugestão: para calcular a integral, interprete
parte dela como a área de um círculo. 11
FIGURA 12 Um pequeno segmento da corrente de comprimento 6.y
A água sai por aqui
localizado a y pés do topo é içado por uma distância vertical y.
20. A calha da Figura 11; a água sai derramando por cima dos 29. Uma corrente de 20 pés e densidade de massa de 3 lb/pé está
lados. enrolada no chão. Quanto trabalho é realizado para levantar a
340 CÁLCULO
corrente por uma extremidade de tal modo que fique totalmente km acima da superfície da Terra. Suponha que a Terra seja uma
esticada (com a outra extremidade tocando o chão)? esfera de massa Me = 5,98 x 1024 kgeraiore = 6,37 x 106 m.
Trate o satélite como uma massa pontual.
30. Uma corrente de 20 pés e densidade de massa de 3 !bipé está
enrolada no chão. Quanto trabalho é realizado para levantar a 34. Use o resultado do Exercício 32 para calcular o trabalho neces-
corrente por uma extremidade de tal modo que essa extremidade sário para mover um satélite de 1.500 kg de uma órbita de 1.000
fique a 30 pés do chão? para uma de 1.500 km acima da superfície da Terra.
31. Uma bola de demolição de l.000 lb está pendurada por um 35. Suponha que a pressão P e o volume V do gás num cilindro me-
cabo preso num guindaste. O cabo mede 30 pés e tem uma dindo 30 polegadas, de 3 polegadas de raio e com um pistão mó-
densidade de 10 lb/pé. Calcule o trabalho realizado se o guin- vel, estejam relacionados por PV 1,4 =k, onde k é uma constante
daste puxar o cabo e içar a bola desde o nível do chão até uma (Figura 13). Quando o cilindro está cheio, a pressão do gás é 200
altura de 30 pés. lb/pot2. (Um pé é igual a 12 polegadas.)
(a) Quanto trabalho é realizado para levantar a corrente por uma ex-
(d) Prove o teorema do trabalho-energia cinética: a variação na ener-
tremidade de tal modo que fique totalmente esticada (com a outra
extremidade tocando o chão)? gia cinética EC é igual ao trabalho W realizado.
(b) Quanto trabalho é realizado para levantar a corrente por uma ex- 38. Um trenzinho elétrico de 0,5 kg de massa é colocado em uma
tremidade de tal modo que essa extremidade fique a 30 m do extremidade de um trilho reto de 3 m. Suponha que a força
chão? F (x) = 3x - x 2 N aja no trenzinho à distância x medida ao lon-
go do trilho. Use o teorema do trabalho-energia cinética (Exer-
37. Teorema do trabalho-energia cinética A energia cinética de cício 37) para determinar a velocidade do trenzinho quando ele
um objeto de massa m em movimento a uma velocidade v é EC atinge o fim do trilho.
_ I 2
- 2 mv.
39. Com qual velocidade inicial vo deve ser lançado um foguete para
(a) Suponha que o objeto se desloque de x1 a x2 durante o intervalo
que alcance uma altitude máxima r acima da superfície da Terra?
de tempo [t 1, t2] devido a uma força F(x) que age ao longo do
Sugestão: use os resultados dos Exercícios 32 e 37. Quando o
intervalo [x 1, xi]. Seja x(t) a posição do objeto no instante t. Use foguete atinge sua altitude máxima, sua energia cinética decresce
a fórmula de mudança de variáveis para mostrar que o trabalho
de 21 mv0
2
a zero.
realizado é igual a
40. Com qual velocidade inicial deve ser lançado um foguete para
112F(x(t))v(t) dt
W =
1 XJ
x2
F(x) dx =
IJ
que alcance uma altitude máxima der = 20 km acima da super-
fície da Terra?
(b) Pela Segunda Lei de Newton, F(x(t)) = ma(t), onde a(t) é a ace- 41. Calcule a velocidade de escape v.,c da Terra, que é a velocidade
leração no instante t. Mostre que inicial mínima de um objeto que garante que ele continue via-
jando pelo espaço sem nunca cair de volta à Terra (supondo que
!!_ (!mv(t )2) = F(x(t))v(t) nenhuma força seja aplicada depois do lançamento). Sugestão:
dt 2 tome o limite quando r ~ oo no Exercício 39.
CAPÍTULO 6 Aplicações da Integral 341
Stt
1. y = sen x, y = cosx , O -< x -< -4
17. O valor médio de g(t) em [2, 5] é 9. Encontre fi 5
g(t) dt.
18. Para todo x ::".: O, o valor médio de R(x) em [O, x] é igual a x. En-
2. f(x) =x3 - 2x 2 + x, g(x) =x2 - x contre R(x).
3. f(x)=x 2 +2x, g(x)=x 2 -1 , h(x)=x 2 +x - 2 19. Use o método das cascas para encontrar o volume do sólido ob-
tido pela rotação da região entre y = x 2 e y = mx em torno do
1t
4. f(x) = senx, g(x) = sen2x, -3 <x< eixo x (Figura 2).
- - tt
7. y = 4 - x 2 , y = 3x, y= 4
FIGURA 2
8. X = y 3 - 2y2 + y, X= y2 - y
20. Use o método das arruelas para encontrar o volume do sólido
9. ICGij Use um recurso gráfico para localizar os pontos de inter- obtido pela rotação da região entre y = x 2 e y = mx em torno do
seção de y = e-x e y = 1 - x 2 e encontre (aproximadamente) a eixo y (Figura 2).
área entre as duas curvas.
21. Seja R a interseção dos círculos de raio 1 centrados em ( 1, 0) e
10. A Figura 1 mostra um sólido cuja seção transversal horizontal à (0, 1). Expresse como uma integral (mas não a calcule): (a) a
altura y é um círculo de raio (1 + y)- 2, para O .:::: y .:::: H. Encon- área de R e (b) o volume do sólido de revolução de R em torno
tre o volume do sólido. doeixox.
y 22. Use o método das cascas para montar uma integral (mas não
calculá-la) expressando o volume do sólido obtido pela rotação
da região sob y = cos x , acima de [O, tt/2], em torno da reta
X= 1t.
p(x) = 1 + 2x +
2 3
x kg/m.
27, y2 = x3, y = X, X = 8; eixox = -1
9 l X = 3; eixoy = - 3
28, y 2 = X-1 , X =,
12. Encontre a taxa de fluxo (nas unidades corretas) através de um
cano de 6 cm de diâmetro se a velocidade das partículas do fluido 29. y = -x2 + 4x - 3, y = O; eixo y = - 1
a uma distância r do centro do cano for v(r) = (3 - r) cm!s.
30. x = 4y - y3, y = O, y = 2; eixo y
Nos Exercícios 13-16, encontre o valor médio da função no intervalo.
31. y 2 =x- 1, x= I, x=3; eixox=-3
13. f(x) = x 3 - 2x + 2, [-1, 2]
Nos Exercícios 32-34, as regiões são dadas em relação à hipérbole
14. f (x) = J9 - x 2, [O, 3] Sugestão: use Geometria para calcu- y2 - x 2 = 1na Figura 3. Calcule o volume do sólido de revolução
lar a integral. em torno do eixo x e também do eixo y.
342 CÁLCULO
FIGURA 3 FIGURA 4
32. A região destacada entre o ramo superior da hipérbole e o eixo x, 37. Calcule o trabalho exigido para encher o tanque.
para -c :S x :S c.
38. Calcule o trabalho F(h) exigido para encher o tanque até uma
33. A região entre o ramo superior da hipérbole e a reta y = x, para altura de h pés contados desde a base do tanque.
0 :S X :S C.
3
39. Um contêiner pesando 50 libras contém 20 pés de água. O con-
34. A região entre o ramo superior da hipérbole e y = 2. têiner é levantado verticalmente a uma velocidade constante de 2
pés/s durante I minuto e, enquanto isso, a água vaza a uma taxa
35. Seja a > O. Mostre que quando a região entre y = aJx - ax 2 de½ pé3/s. Calcule o trabalho total realizado para levantar o con-
e o eixo x é girada em torno do eixo x, o volume de revolução 3
têiner. A densidade da água é de 64,2 lb/pé •
resultante é independente da constante a.
40. Seja W o trabalho contra a gravidade do Sol necessário para trans-
36. Uma mola cujo comprimento de equilíbrio é de 15 cm, exerce portar uma pessoa de 80 kg da Terra para Marte quando os dois
uma força de 50 N quando esticada a 20 cm. Encontre o trabalho
planetas estiverem alinhados com o Sol e à sua distância mínima
exigido para esticar a mola de 22 para 24 cm.
de 55,7 x 106 km. Use a Lei da Gravitação Universal de Newton
Nos Exercícios 37-38, um tanque esférico de 5 pés de raio está sendo (ver Exercícios 32-34 na Seção 6.5) para expressar W como uma
enchido de água bombeada de uma fonte localizada 2 pés abaixo da integral e calcule-a. O Sol tem uma massa de Ms = I ,99 x 1030
abertura localizada na base do tanque (Figura 4). A densidade da kg e a distância do Sol à Terra é de 149,6 x 106 km.
água é de 64,2 lb/pé3.
71 FUNÇÃO EXPONENCIAL
E ste capítulo é dedicado às funções exponenciais e suas apli-
cações. Essas funções são usadas para modelar uma gama
impressionante de fenômenos, tais como o decaimento radio-
ativo, o crescimento populacional, as taxas de juros, a pressão
atmosférica e a difusão de moléculas através da membrana de
uma célula. O Cálculo nos permite discernir o motivo pelo qual
as funções exponenciais desempenham um papel tão importan-
te em situações tão diversas. A chave, no final das contas, é a
relação entre uma função exponencial e sua derivada.
b > 1: lim bx
X-+00
= oo lim bx
x-+-00
=O
O< b < 1: lim bx
X-+00
=O lim bx = 00
FIGURA 1 Gordon Moore (1929-). x-+ - oo
y y
Moore (que, mais tarde, tornou-se
presidente da Intel Corporation) 4 4
y = 2x
previu que nas décadas que seguiriam
1965, o número de transistores
por circuito integrado cresceria
"exponencialmente". Essa predição
tem se mantido por quase quatro
décadas e pode muito bem continuar
-2 -1 2 -2 -1 1 2
por muitas mais. Moore disse que "A
lei de Moore é uma expressão que y = 2x é crescente y=( r
½ é decrescente
acabou sendo aplicada a uma curva
FIGURA 2
que eu esbocei em meados da década
de 1960, mostrando o crescimento na
complexidade dos circuitos integrados
Uma outra característica importante de f (x) = bx (para b > 1) é que ela cresce rapi-
em função do tempo. Ela foi expandida
para incluir muito mais do que aquilo e damente. Embora "crescimento rápido" seja um termo subjetivo, vale a afirmação precisa
eu fico feliz por levar o crédito de tudo". seguinte: f (x) = bx cresce mais rapidamente que qualquer função polinomial (ver Exer-
344 CÁLCULO
cício 78 e Teorema 3 na Seção 7.7). Por exemplo, a Figura 3 mostra que f (x) = 3x acaba
alcançando e cresce mais rapidamente do que as funções potência x 3, x 4 e x 5. A Tabela 1
compara 3x com x 5.
y y y
TABELA 1 3x
X x5 3x
1 3
5 3.125 243 150.000 150.000 150.000
10 100.000 59.049
15 759.375 14.348.907 x3
25 9.765.625 847.288.609.443
'---""'-+---- X
10 10 10
FIGURA 3 Comparação de 3x com funções potência.
Regra Exemplo
Confira as leis de expoentes com Expoente zero b0 =l
cuidado pois serão utilizadas em todo
Produtos bx bY = bx+y 25 . 23 = 25+3 = 28
1este capítulo.
bx 47
Quocientes - = bx-y _ =47-2 =45
bY 42
l l
Expoente negativo b-x = _!__ 3-4= - = -
bX 34 81
Potência de potência (bx)y = bxy (32)4 = 32(4) = 38
Derivada de f(x) = bx
Vamos supor que f (x) = bx seja Nesse ponto, é natural perguntar: qual é a derivada de f (x) = bx? Nossas regras de de-
derivável. A prova disso é um pouco rivação não nos ajudam porque bx não é um produto, quociente ou composta de funções
técnica, mas o resultado certamente
é plausível, porque o gráfico de y = bx cujas derivadas conheçamos. Devemos voltar à definição de derivada via limite. A razão
parece liso e sem bicos. incremental (para h :j:. O) é
Agora tomamos o limite quando h -+ O. O fator bx não depende de h, portanto pode ser
tirado para fora do limite:
Esse último limite não depende de x. Vamos supor que ele exista e denotar seu valor
por mb:
y O que é mb? Não podemos determinar essa constante exatamente nesse ponto, mas
podemos investigar algumas de suas propriedades (na Seção 7.3 vamos aprender que mb é
o logaritmo natural de b). Observamos primeiro que mb tem uma interpretação gráfica sim-
ples: ela é a inclinação da reta tangente ao gráfico de y = bx em x = O(Figura 4) porque
d xi
-b =mbbO=mb
-1 2 dx x =O
Solução Criamos uma tabela de valores para obter uma estimativa de mb:
346 CÁLCULO
2h - 1 (2,5)h - 1 3h - 1 10h - 1
-- --
h h h h h
0,01 0,69556 0,92050 1,10467 2,32930
0,001 0,69339 0,91671 1,09921 2,30524
0,0001 0,69317 0,91633 1,09867 2,30285
0,00001 0,69315 0,916295 1,09861 2,30261
m2 ~ 0,693 m2,5 ~ 0,916 m3 ~ 1,10 mw ~2,30
1 1 1
1 1 1
•
Essas contas sugerem que mb é uma função crescente de b:
Embora as referências escritas ao Além disso, m2 < 1e m 3 > 1. Vamos supor, por ser razoável, que mb varie continuamente
número 1r remontem a mais de 4.000 como função de b. Então o teorema do valor intermediário implica que mb = 1para al-
anos, os matemáticos começaram
a se dar conta do papel especial
gum número b entre 2 e 3. Esse número é denotado por e. É sabido que é irracional, sendo
desempenhado por e no século suas 40 primeiras casas,
XVII. A notação e foi introduzida em
torno de 1730 por Leonhard Euler, e= 2,71828 18284 59045 23536 02874 71352 66249 77572 .. .
que descobriu muitas propriedades
fundamentais desse número
importante.
A aproximação e ~ 2,718 é adequada para a maioria dos casos.
Como e é definido pela propriedade me = 1, a Equação (2) diz que (ex)' = ex. Em
outras palavras, ex é igual à sua própria derivada.
• EXEMPO 4 Uma derivada envolvendo <r Calcule f' (0), onde f (x ) = ex cos x.
Solução Usando a regra do produto:
J'(x) =ex · (cosx)' + cosx ·(ex)'= -ex senx + cosx · ex= ex(cosx - senx)
d
-(eªx) = aeªx (para qualquer constante a) W
dx
J'(x) = I<O se
X< -1
> O se X> -1
y Assim, f' (x) troca de sinal de - para + em x = -1 e f (-1) é um mínimo local. Para a
-- !' -+ ++ derivada segunda, temos
'''
'' J" (x ) = (x + 1) · (ex )' + ex · (x + 1) = (x + l)ex + ex = (x + 2)ex
1
''
''
'
::1::::::--+--+----+-±---+-+ x
! " (x ) = 1< O se x < - 2
2 > O se x > -2
FIGURA 6 O gráfico de f (x) = xex. A Assim, x = - 2 é um ponto de inflexão e o gráfico troca de côncavo para baixo para côn-
combinação de sinais - - , - +, + + cavo para cima em x = - 2. A Figura 6 mostra o gráfico com seu mínimo local e ponto de
indica os sinais de f' e f ". inflexão. •
Solução
(a) Usando a substituição u = 7x, du = 7dx:
f e7x dx = -l
7
f eu du = -l eu + C = -1e7x + C
7 7
348 CÁLCULO
/
Xe 2X 2 dx =-
4
1/ i 1
du 1
4
1
= -eu + C = -e2X 2 + C
4
! __
+ +
1
e_'--,-
2 dt
2e1 e 1
= f (1
du
+ u)
2 = -(1 + u)-1 + e = -(1 + é)-1 + e •
ENTENDIMENTO CONCEITUAL Supusemos que bx está definido (e é derivável) para to-
dos valores de x. Mas o que significa bx quando x é irracional? Se n for um número
natural, bn é simplesmente o produto b · b · · · b (n vezes) e, para qualquer número
racional mln,
Quando x é irracional, bx não pode ser definido diretamente. Uma calculadora calcula uma
exponencial como 3.J2 substituindo ./2 por uma aproximação com um número racional,
tipo ./2 ~ 1,41421, de modo que 3.J2 ~ 31•41421 ~ 4,7288. Isso sugere que definamos
bx para x irracional como um limite quando os números racionais mln tendem a x:
bx = Iim bm/n
m/n-'>x
7.1 RESUMO
• f (x) = bx é a f unção exponencial de base b (onde b > Oe b -::p l).
• f (x ) = bx é crescente se b > 1 e decrescente se b < 1.
• A denva. d
a de b X'e proporc1onal
.
a b X: -d b X = mbbX, onde mb = hm . bh -1
--.
dx h-'>0 h
d
• O número e ~ 2,718 é definido pela propriedade me = 1, de modo que - ex = ex.
dx
d
• Pela regra da cadeia: - ef(x) = J'(x )ef(x)_Caso especial: (eªx )' = aeªx, para a cons-
dx
tante.
•f ex dx = ex + C.
7.1 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Quais das equações seguintes estão incorretas? 4. O gráfico de y = bx é côncavo para cima para quais valores de b?
(a) 32. 35 = 37 (b) (.Js)4/3 = 52/3 5. Qual é o ponto que está no gráfico de y = bx para todo b?
(e) 32 · 23 =1 6. Qual das afirmações seguintes não é verdadeira?
2. Quais das funções seguintes podem ser derivadas usando a regra (a) (ex)' = ex
da potência? -1
eh
(b) lim - - = 1
h-'>0 h
(a) x 2
(e) A reta tangente a y = ex em x = Otem inclinação e.
3. A função bx tem uma derivada negativa para quais valores de b? (d) A reta tangente a y = ex em x = Otem inclinação 1.
CAPITULO 7 Função Exponencial 349
Exercícios
1. Reescreva como número natural (sem usar calculadora): ex
44. f(x) = - parax > O
(a) 1° (b) 102( r 2 + 5- 2) X
(43)5 er
(d) 274 / 3 46. g(t) = t2 + 1 47. g(t) = (t 3 - 2t)e1
(e) (45)3
(e) g- 1/3 . g5/3 (O 3. 4 1/ 4 - 12. i- 312 Nos Exercícios 48-53, encontre os pontos críticos e os pontos de infle-
xão. Em seguida, esboce o gráfico.
Nos Exercícios 2-10, resolva para a incógnita.
48. y = xe-x
2. 92x = 98
2
50. y = e- x cos x em [ - n/2, n/2] 51. y = e- x
4. e12 = e4t-3 5. 3x = (½r+I
52. y=ex - x 53. y = x 2e-x em [O, 10]
6. (v'S)x = 125 7. 4- x = 2x+I
54. Use o método de Newton para encontrar as duas soluções de
8. b 4 = 10 12 9. k 312 = 27 ex = 5x, com três casas decimais (Figura 7).
10. (b2l+I = b- 6 y
2 3
Nos Exercícios 15-18, encontre a equação da reta tangente no ponto
FIGURA 7 Os gráficos de ex e 5x.
indicado.
15. y = 4eX, xo =O 16. y = e4x, xo =O Nos Exercícios 55-68, calcule a integral indefinida.
Nos Exercícios 42-47, encontre os pontos críticos e determine se são 74. A função f (x) = ex satisfaz f ' (x) = f (x ). Mostre que se
mínimos ou máximos locais ou nenhum dos dois. g(x) for uma outra função que satisfaça g' (x ) = g(x), então
g(x) = Cex para alguma constante C. Sugestão: calcule aderi-
42. f (x ) = ex - x 43. f (x) = x + e-x vada de g(x)e-x.
350 CÁLCULO
J 2 J 3 1
X
e > 1+ x
-
+ -x
2
+ -x
6
+ · · · + -n! x n (x _ 0)
> (b) Segundo método: aplique a regra do produto a ax bx = (abl.
X
78. Use o Exercício 76 para mostrar que :..... ::: :. e conclua que
X x2 6
lim e 2 = oo. Então use o Exercício 77 para provar que, mais
X ---+00 X
eX
geralmente, lim - 11 = oo vale para todo n.
X---+ 00 X
f
7.2 Funções inversas
~ 1-1
0 Na próxima seção, definiremos as funções logarítmicas como as inversas das funções ex-
ponenciais. Antes disso, vamos rever funções inversas e calcular suas derivadas.
A inversa del(x) , denotada 1- 1(x), é a função que inverte o efeito del(x) (Figura 1).
FIGURA 1 Uma função e sua inversa. Por exemplo, a inversa de l(x) = x 3 é a função raiz cúbica 1- 1(x) = x 113• Dada uma
tabela de valores funcionais paral(x), podemos obter uma tabela para 1- 1(x) invertendo
as colunas x e y:
Função Inversa
X y = x3 X y = xl /3
-2 -8 -8 -2
(Inverter colunas)
-1 -1 ==} -1 -1
o o o o
1 1 1 1
2 8 8 2
3 27 27 3
... LEMBRETE O "domínio" é o DEFINIÇÃO Inversa Sejal(x) uma função de domínio D e imagem R. A função inversa
conjunto de números x tais que 1- 1(x) (se existir) é a função de domínio R tal que
f (x) esteja definido (as "entradas"
permitidas) e a "imagem" é o conjunto
de todos valoresf(x) (as "saídas"). 1- 1(f(x)) = x para x E D e I u- 1
(x)) =X para X E R
= 2x -
y 18
y + 18 = 2x
1
X= 2Y + 9
Isso nos dá a inversa como uma função da variável y: 1- 1(y) = ½y + 9.
y Passo 2. Trocar as variáveis.
Em geral, preferimos escrever a inversa como uma função de x, portanto trocamos os
papéis de x e y (Figura 2):
1
1- 1{f (x)) = 1-1(2x - 18) = 2(2x - 18) + 9 = (x - 9) + 9 = x
FIGURA 2 O gráfico del(x) = 2x - 18
e de sua inversa 1- 1(x) = ½
x+ 9.
1(!-'(x)) = I ( ~X + 9) = 2( + 9) - 18 = (x + 18) - 18 = x
~X
Função Inversa(?)
X y = x2 X y
-2 4 ( Inverter colunas) 4 -2 1- 1(!) tem
===} dois valores:
-1 1 1 -1
1 e - 1.
o o o o
1 1 1 1
2 4 4 2
352 CÁLCULO
Como 1 ocorre duas vezes como saída de x 2 na primeira tabela, também ocorre duas
vezes como entrada na segunda tabela e, assim, obtemos 1- 1(1) = 1ou 1- 1(1) = -1.
Contudo, nenhum dos dois valores satisfaz a propriedade de inversa. Por exemplo, se
colocarmos 1- 1(1) = 1, então 1- 1(f (-1)) = 1- 1(1) = 1, mas uma inversa deveria
satisfazer 1- 1(f (-1)) = -1. Então, quando é que uma função tem inversa? A respos-
Uma definição equivalente de injetora: ta é: se I (x) for injetora, o que significa que I (x) atinge cada valor no máximo uma
1se a, b E D e f (a)= f (b), então a = b. vez (Figura 3).
DEFINIÇÃO Função injetora Uma função I (x) é injetora (em seu domínio D) se, para
cada valor e, a equaçãol(x) = e tem, no máximo, uma solução parax E D.
Pense numa função como sendo um Quando I (x) é injetora em seu domínio D, existe a inversa 1- 1 e seu domínio é
artefato de "etiquetar" membros da
igual à imagem R de I (Figura 4). De fato, para cada e E R, existe um único a E D
imagem por membros do domínio.
Quando f é injetora, esse etiquetamento tal que I (a) = e e podemos definir a inversa por 1- 1(e) = a. Com essa definição,
é único e1- 1 leva cada número da 1u- 1(e)) = I (a) =e.Agora, consideremos a E D e definamos e= l(a). Por defini-
imagem de volta à sua etiqueta. ção, 1- 1(e) = a e, portanto, 1- 1(f(a)) = 1- 1(e) = a, conforme exigido. Isso prova o
teorema seguinte.
1
FIGURA 4 Ao passar defpara 1- o ,
domínio e imagem são trocados.
TEOREMA 1 Existência de inversa Se I (x) for injetora em seu domínio D, então I é in-
y vertível. Além disso,
- - - -~iL
• Domínio dei= Imagem de 1- 1•
• Imagem de I = Domínio de 1- 1•
3x +2
y=--
5x -1
y(5x - 1) = 3x + 2
5xy-y = 3x +2
5xy- 3x = y + 2 (juntando termos envolvendo y)
x(5y - 3) = y + 2 (fatorando x para resolver em y) [IJ
y+2
x=-- [I]
5y- 3
Muitas vezes é impossível resolver a No último passo, dividimos por 5y - 3. Isso só vale se y =fa ¾- Contudo, y não pode ser
equação y = f (x) em x, por exemplo,
se f (x) = xex . Nesses casos, a inversa
igual a¾ porque, nesse caso, a Equação (1) daria O = ¾+ 2, o que é falso. Concluímos
quef(x) é invertível em seu domínio com função inversaf- 1(x) = ;x ~ 3" O domínio de
pode existir mas precisamos nos 2
acostumar com a idéia de não ter uma
fórmula explícita para ela.
J- 1é o conjunto R = {x : x =fa ¾}.Como o domínio e a imagem são trocados na inversão,
concluímos quef(x) tem imagem R e J- 1 tem imagem D. •
y Podemos dizer se uma funçãof(x) é injetora só olhando para seu gráfico. Sef(a) = e,
y =f(x)
então a reta horizontal y = e intersecta o gráfico no ponto (a,f (a)) (Figura 6). Se cada reta
horizontal intersecta o gráfico em no máximo um ponto, então fé injetora.
- - ---------y=c
1
1
1
1 Teste da reta horizontal Uma função f (x) é injetora se, e somente se, cada reta horizon-
a tal intersecta o gráfico de f em, no máximo, um ponto.
y y
FIGURA 7 Uma função é injetora se cada reta horizontal intersecta seu gráfico em, no máximo,
um ponto.
• EXEMPLO 3 Funções crescentes são injetoras Mostre que funções crescentes são inje-
toras. Depois mostre que f (x) = x 5 + 4x + 3 é injetora.
Solução Sef(x) não for injetora, entãof(a) =f(b) para certos a< b. Mas uma função
crescente satisfazf (a) <f (b), portanto isso não pode ocorrer.
FIGURA 8 A função crescente A função f (x) = x 5 + 4x + 3 é crescente porque a derivada J' (x) = 5x 4 + 4 é
=
f (x) x 5 + 4x + 3 satisfaz o teste da sempre positiva. Portanto,f(x) é injetora. Observe quef(x) passa no teste da reta hori-
reta horizontal. zontal (Figura 8). •
354 CÁLCULO
Muitas vezes é possível tomar uma função injetora restringindo seu domínio.
Injetora para x 2: O • EXEMPLO 4 Restringindo o domínio Encontre um domínio no qual I (x) = x 2 seja in-
y jetora e determine sua inversa nesse domínio.
1
1
4
1
1 Solução A função l(x) = x 2 é injetora no domínio D = {x : x ::: O} porque, se a 2 = b2
1
1 e ambos a e b forem positivos, então a = b (Figura 9). A inversa de I (x) em D é a raiz
1
1
\
2 quadrada positiva 1- 1(x) = Jx. Alternativamente, podemos restringir I (x) ao domínio
\
\ {x : x .::: O}, no qual a inversa é 1- 1(x) = -Jx. •
\
---1-----1---'''"-l-""'----1-----1--X
'
-2 -1 2 A seguir, descrevemos o gráfico da função inversa. Definimos a reflexão de um ponto
(a, b) pela reta y = x como o ponto (b, a) (Figura 10). Se desenharmos os eixos x e y na
FIGURA 9 O gráfico da função mesma escala, então (a, b) e (b, a) são pontos eqüidistantes da reta y = x e o segmento de
f (x) = x 2 satisfaz o teste da reta reta que os une é perpendicular a y = x.
horizontal no domínio {x : x ::: O}.
O gráfico de 1- 1 é obtido pela reflexão do gráfico de I pela reta y = x. Para conferir
isso, observe que (a, b) fica no gráfico dei sel(a) = b. Nesse caso, 1- 1(b) = a e a refle-
xão (b , 1- 1(b)) = (b, a)ficanográficodel- 1(Figura 11).
y =x
(b, a) /
/
/
/
X (,.b)
- - -/- - - - - - - X
/
/
/
/
1 1
g (b) = l'(g
CAPITULO 7 Função Exponencial 355
b-d a-e
Inclinação de L = - - , Inclinação de L' = - -
a- e b-d
Inclinações recíprocas
A Figura 13(B) conta o resto das história. Seja g(x) = f- 1(x). A reflexão da reta
tangente a y = f (x) em x = a é a reta tangente a y = g(x) em x = b [onde b = f (a) e
a= g(b)]. Essas retas tangentes têm inclinações recíprocas e, assim,g'(b) = 1/f '(a) =
1/J'(g(b)), como afirma o Teorema 2.
y y
L' 1 Y = g(x) inclinação g'(b)
inclinação ;;; / / Y = x 1/ / y=x
/
/ /
/ /
/ /
/ /
/ /
/ ' /
/
' ', /
L ',,,, A nclinação f'(a)
/
)< ' x/ \
/ ', / ',
/ ', / ',
/ ', / ',
/ ' / '
/ /
/ /
/ /
/ - - - + - +/____...,.__ _ _ _ _ X
---+-+-~------- X
FIGURA 13 Ilustração gráfica da (A) Se L tiver inclinação m, então sua (B) A reta tangente à inversa y = g(x) é a
fórmula g' (b) =
1/f' (g(b)). reflexão L' tem inclinação 1/m. reflexão da reta tangente a y = f (x).
7.2 RESUMO
• Uma funçãol(x) é injetora num domínio D se, para qualquer valor e, a equaçãol(x) =
e tiver, no máximo, uma solução para x E D.
• Suponha quel(x) tenha domínio D e imagem R. A inversa 1- 1(x) (se existir) é a função
de domínio R e imagem D satisfazendo I u- 1
(x)) = x e 1- 1(f (x)) = x.
• A inversa de I (x) existe se, e somente se,f (x) é injetora em seu domínio.
• Para encontrar a inversa de I (x), resolva y =I (x) para x em termos de y para obter x =
g(y). A inversa é a função g(x).
• Teste da reta horizontal: I (x) é injetora se, e somente se, cada reta horizontal intersectar
o gráfico del(x) em, no máximo, um ponto.
• O gráfico de 1- 1(x) é obtido pela reflexão do gráfico de I (x) pela reta y = x.
• A derivada da inversa: seI (x) for derivável e injetora, com inversa g(x), então, para cada
x tal que f' (g (x)) =/. O, temos
/ 1
g (x) = l'(g
7.2 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Qual das seguintes satisfaz J- 1(x) = f (x )? função f que leva estações em instantes de tempo. Seráfinjetora?
E o que é J- 1(6:27)?
(a) f (x) =x (b) f(x) = 1-x
(e) f (x) = 1 (d) f (x ) = .jx Trenton 6:21
3. Considere a função f que leva os adolescentes de um certo país 5. Um dever de casa solicita um esboço da inversa da função f (x) =
em seus nomes. Explique por que não existe a inversa de f x + cos x. Franco, depois de tentar e não conseguir uma fórmula
para J- 1(x ), diz que é impossível traçar o gráfico da inversa.
4. Observe o fragmento da escala de trens do sistema ferroviário Carla entrega um esboço preciso sem resolver para 1- 1• Como
do estado norte-americano de New Jersey como definindo uma foi que Carla completou o tema?
Exercícios
1. Mostre quef(x) = 7x - 4 é invertível, encontrando sua inversa. 7. A velocidade de escape de um planeta de massa M e raio R é
2. Será f(x) = x 2 + 2 injetora? Se não for, descreva um domínio v(R) =~ , onde G é a constante universal da gravitação.
em que é injetora.
Encontre a inversa de v(R) como função de R.
3. Qual é o maior intervalo contendo zero em que f (x) = sen x é
injetora? 8. Uma bola é lançada verticalmente para cima e cai T segundos
4. Mostre que f (x ) = - -
X -2 e' mvert1ve
. ' 1, encontrando sua mversa.
. depois. Qual das funções seguintes é injetora?
X +3
(a) A altura s(t) da bola para O :'.:: t :'.:: T.
(a) Qual é o domínio def(x)? A imagem de 1- 1(x)?
(b) A velocidade v(t) da bola para O:'.:: t :'.:: T.
(b) Qual é o domínio de f- 1(x)? A imagem def(x)?
(e) A altura máxima da bola como função da velocidade inicial.
5. Verifique que f(x) = x 3 + 3 e g(x) = (x - 3) 113 são inversas,
mostrando quef(g(x)) = x e g(f (x)) = x. Nos Exercícios 9-16, encontre um domínio no qual f seja injetora e
. , . t+1 t+1 uma fórmula para a inversa de f restrita a esse domínio. Esboce os
6. Repita o Exerc1c10 5 para f (t) = - - e g (t) = - - . gráficos def e J- 1•
t-1 t-1
CAPITULO 7 Função Exponencial 357
9. l (x) = 3x - 2 10. l(x)=4 - x 19. Seja num inteiro não-nulo. Encontre um domínio no qual l (x) =
(1 - x 11 ) 1/ 11 coincida com sua inversa. Sugestão: a resposta de-
1 1 pende de n ser par ou ímpar.
11. l(x)= -
x+I
12. l(x) = ?x _ 3
20. Sejal(x)=x7 +x+l.
1 1
13. l(s) = 2s 14. l(x)= ~ (a) Mostre que existe 1- 1 (mas não tente encontrá-la) Sugestão:
y'X
2 +J mostre que l é estritamente crescente.
15. l (z) = z3 16. l(x) = Jx 3 + 9 (b) Qual é o domínio de 1- 1?
(e) Encontrel- 1(3).
17. Para cada uma das funções mostradas na Figura 15, esboce o
gráfico da inversa (restringindo, se necessário, o domínio). 21. Mostre que existe a inversa de l(x) = e-x (sem encontrá-la ex-
plicitamente). Qual é o domínio de 1- 1?
(B) (E) 26. Seja g(x) a inversa de l (x) = x 3 + 1. Encontre uma fórmula para
g(x) e calcule g' (x) de duas maneiras: usando o Teorema 2 e daí
por cálculo direto.
Nos Exercícios 27-32, use o Teorema 2 para calcular g' (x ), onde g(x)
é a inversa del(x).
42. ~ Use raciocínio gráfico para determinar se as afirmações (d) Se f (x) é côncava para baixo, então 1- 1(x) é côncava para
seguintes são verdadeiras ou falsas. Se for falsa, modifique a afir- cima.
mação para tomá-la correta. (e) As funções lineares f (x) = ax + b (a -:/; O) são sempre injetoras.
(a) Sef(x) é crescente, então 1- 1(x) é decrescente. (f) Os polinômios quadráticos f (x) = ax 2 + bx + e (a -:j; O) são
(b) Sef(x) é decrescente, então 1- 1(x) é decrescente. sempre injetores.
(e) Sef(x) é côncava para cima, então 1- 1(x) é côncava para cima. (g) sen x não é injetora.
Assim, logb x é o número ao qual devemos elevar b para obter x. Por exemplo,
log2(8) =3 pois 23 = 8
FIGURA 1 Renato Solidum, diretor do
Instituto de Vulcanologia e Sismologia log 10 (1) =O pois 10° =1
das Filipinas, confere a intensidade do
2
terremoto de Manila de 8 de outubro log27(9) =3 pois 272/3 =9
de 2004, que registrou intensidade 6,2
na escala Richter. A escala Richter O logaritmo de base e, denotado ln x, desempenha um papel especial e é denominado
é baseada no logaritmo (de base 10)
logaritmo natural. Usamos uma calculadora para calcular numericamente os logaritmos.
da amplitude da onda sísmica. Cada
aumento de um número inteiro na Por exemplo,
magnitude Richter corresponde a um
lnl?;::::2,83321 pois e2·83321 ;::::17
aumento de 10 vezes mais amplitude e
cerca de 31 vezes mais energia. Lembre que o domínio de bx é R e sua imagem é o conjunto dos números reais positi-
vos {x : x > O} . Como o domínio e a imagem são trocados na função inversa,
Neste texto, o logaritmo natural é • Odomíniode logbxé {x:x>0}.
denotado ln x. Outras notações comuns
1são log x ou Log x. • A imagem de logb x é o conjunto de todos números reais R.
Se b > 1, então logb x é positivo para x > 1, negativo para O< x < 1 e
lim logb x
X->(X)
= oo, lim logb x = - oo
x ->O+
A Figura 2 ilustra esses fatos para a base b = e. Observe que não existe o logaritmo de um
número negativo. Por exemplo, log 10 (-2) não existe porque l0Y > Opara todo y e, assim,
l0Y= - 2 não tem solução.
CAPITULO 7 Função Exponencial 359
Para cada lei de expoentes, existe uma lei correspondente de logaritmos. A regra
bx+y = bx bY corresponde à regra
FIGURA 2 y = ln x é a inversa de Portanto, os expoentes logb(xy) e logb x + logb y são iguais, como queríamos mostrar. As
y = ex. demais leis de logaritmos estão coletadas na tabela seguinte.
Leis de logaritmos
Lei Exemplo
Log de 1 logb(I) =O
Log deb logb(b) =1
Produtos logb(xy) = logb x + logb y log5(2 · 3) = log5 2 + log5 3
Quocientes logb (~) = logb x - logb y log2 ( ~) = log2 3 - log2 7
log 10 (8 2) = 2 -log 10 8
Também observamos que todas funções logarítmicas são proporcionais. Mais preci-
samente, valem as fórmulas de mudança de base seguintes (ver Exercício 112):
Ioga x lnx
logbx =- -, Iogbx = -lnb [I]
Ioga b
Solução
(a) log6 9 + log 6 4 = log6 (9 · 4) = log6 (36) = log6 (62) = 2
1
(b) ln ( - ) = ln(e- 112) =
./e
_!2 ln(e) = _!2
(e) 10logb(b3 ) - 4logb(.Jh) = 10(3) -4logb(b 112 ) = 30-4 (~) = 28 •
População de bactérias P Solução Devemos resolver P(t) = l .OOOeº·351 = 5.000 para t (Figura 3):
6.000
o351 5.000
5.000 e · =--=5
1.000
4.000
351
3.000 ln(e°· ) = ln 5 (tomando logaritmo de ambos lados)
2.000
0,35t = ln5 [pois ln(eª) = a]
1.000
'----+--+----+--+--+- t (h) ln5
2 3 4 4,6 t= -
0,35
~ 4,6 horas
•
FIGURA 3 A população de bactérias
como uma função do tempo.
Cálculo dos logaritmos
d bh - l
Na Seção 7.1, mostramos que-bx = mb bx, onde mb = lim - - . Como uma primei-
dx h-+0 h
ra aplicação do logaritmo, mostramos que mb = ln b.
parab >O
•
Por exemplo, (l0x)' = (ln 10) l0x.
2
• EXEMPLO 3 Encontre a derivada de (a) f(x) = 43x e (b) f (x) = 5x •
Solução
(a) A função f(x) = 43x é uma composta de 4u eu= 3x:
•
dx
Para calcular a derivada de y = ln x, lembre que se g(x) for a inversa de f (x), então
g' (x) = 1/ f' (g(x)). Sejam f (x) = ex e g(x) = ln x. Então f' (x) = f (x) e
d I l l
- lnx = g (x) = - - - = -
dx f'(g(x)) f(g(x)) x
d d 21nx
-(lnx) 2 = 21nx · -ln x = - -
dx dx x •
Na Seção 3.2, provamos a regra da A regra da cadeia nos dá uma fórmula útil para a derivada de uma função composta
potência para expoentes inteiros. Agora do tipo ln(f (x)). Tomando u =f (x), temos
podemos prová-la para quaisquer
números reais n ex> O escrevendo xn
d d du 1 , 1 ,
como uma exponencial: - ln(f(x)) = - ln(u) - = - · u = - f (x)
dx du dx u f(x)
XII = (eln x)n = en lnx
-d x11
dx
= -d
dx
en lnx = ( -n
d ln x )
dx
en ln x d
- ln(f(x)) = -J'(x)
dx f(x)
=(~)xn =nxn -1
• EXEMPLO 7 Derivada do logaritmo em outra base Use a Equação (1) para calcular
d
-log 10 x.
dx
ln x
Solução Pela Equação (1), log 1o x = ln 10, portanto
d d ln x 1 d 1
dx logwx = dx ln 10 = ln 10 dx ln x = (ln 1 •
O próximo exemplo ilustra a técnica de derivação logarítmica.
Solução Na derivação logarítmica, derivamos ln(f (x)) em vez da própriaf (x). Temos
,
f(x)=
((x+l)
-----
(2x
2 2
-3)) (-2- + - - - - - 4x x )
•
Jx2+I x +1 2x 2 - 3 x2 + 1
• EXEMPLO 9 Encontre a derivada (para x > O) de (a) f (x) = xx e (b) g(x) = xsenx_
4 Solução Os dois problemas são parecidos. Ilustramos dois métodos diferentes (Figura 5).
(a) Método 1: Usamos a equação x = e1"x para reescreverf(x) como uma exponencial e
2 aplicamos a regra da cadeia:
g'(x) d d senx
4 -- = - ln(g(x)) = -(sen x)(lnx) = - + (cosx) lnx
g(x) dx dx x
4 8
g, (x) = (senx
~ + (cosx) lnx ) g(x) = (senx
~ + (cosx) lnx ) xsenx
•
FIGURA 5 Os gráficos de f (x) = xx e
g(x) = xsenx_
Ologaritmo como uma integral
No Capítulo 5, usamos o Teorema Fundamental do Cálculo para deduzir a regra da
potência:
xk+l
f xkdx = - - +e
k+l
(k i= -1)
Essa fórmula não é válida (sequer faz sentido) para k = -1, portanto fica a pergunta: qual
é a antiderivada de y = x- 1? O logaritmo permite responder essa questão. A fórmula
(ln x )' = x- 1 diz que ln x é uma antiderivada de y = x- 1, para x > O:
f x- 1 dx = ln x + e
CAPITULO 7 Função Exponencial 363
dx
f
Área igual a ln b b
lnb= -
1 X
FIGURA 6 ln b é igual à área da
integral de y = [ 1em [1, b].
A funçãof(x) = ln x só constitui uma antiderivada de y = x- 1no domínio em que está
definida, a saber, {x: x > O} . Contudo, podemos estenderf(x) a uma função par colocando
y f (x) = ln lxl (Figura 7). Então f (x) = f (-x) e, pela regra da cadeia, f' (x) = - f' (-x ).
. - --1
Inc1maçao Inc1.maçao
- -1 Para x < O, temos - x > Oe f'(-x) = 1/ (-x)Assim,
/ X 2 \X
d I I l }
- ln lxl = f (x) = - f (-x) = - - = -
dx -X X
-x
Isso prova que f ' (x) = x- 1 para todo x i= O.
FIGURA 7
TEOREMA 2 Antiderivada de y = ! A funçãof(x) = ln lxl é uma antiderivada de y = ~
X X
no domínio {x : x i= O}, ou seja,
dx
f ~ = lnlxl +e
y
A área é o valor absoluto lln ½I :::::: 0,693.
•
3
• EXEMPLO 11 Calcule: (a) { - / - - dx e (b) / tgx dx.
11 X +l
Solução
2
(a) Usamos a substituição u = x + 1, ½du = x dx. Na variável u, os limites da inte-
gral ficam u(l) = 2 e u(3) = 10 (Figura 9):
f tg x dx = f sen x dx =
cosx
-f du = - ln lu 1 + C
u
7.3 RESUMO
• Para b > O, com b -1 1, a função logaritmo logb x é a inversa de bx:
X = bY {=> y = logb X
• O logaritmo natural é o logaritmo na base e, denotado ln x.
• Leis do logaritmo importantes:
• Fórmulas de integrais:
x dt dx
ln x =
fl
-
t
(x > 0),
f ~ =lnlx l+ C
7.3 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Calcule logb2(b4 ). 4. Explique a frase "o logaritmo converte multiplicação em adição".
3. O que é ln(- 3)? Explique. 6. Existe uma antiderivada de x- 1para x < O? Se existir, descre-
va uma.
Exercícios
Nos Exercícios 1-12, calcule diretamente (sem usar calculadora). (a) 2 ln5+31n4 (b) 5 ln(x 112) + ln(9x)
22. De acordo com a lei de Gutenberg-Richter, o número N de Nos Exercícios 61-66, encontre a derivada usando o método do
terremotos de magnitude M na escala Richter em toda Terra, Exemplo 9.
satisfaz, aproximadamente, a relação ln N = 16, 17 - bM, para
alguma constante b. Encontre b, supondo que ocorram 800 ter- 61. f (x) = x2x 62. f (X)= XCOS X
remotos de magnitude M = 5 por ano. Quantos terremotos de 2
63. f (x) = xex 64. f(x) = XX
magnitude M = 1 ocorrem por ano?
65. f (x) = x 2x 66. f(x) = exx
Nos Exercícios 23-40, encontre a derivada.
23. y = x ln x 24. y = t ln t - t Nos Exercícios 67-74, calcule a derivada usando derivação logarít-
mica, como no Exemplo 8.
25. y = (lnx)2 26. y = ln (x 2)
61. y = (x + 2)(x + 4)
21. y = ln(x 3 + 3x + 1) 28. y = (n(25 ) 68. y = (x + l)(x + 2)(x + 4)
29. y =ln(sent+l)
69. = x(x + 1)3 _ x(x 2 + l)
70· Y -
ln x 32. y = e(lnx)2 y (3x - 1) 2 Jx+T
31. y =-
X
71. y = (2x + 1)(4x 2).Jx - 9
33. y = ln(ln x) 34. y =(ln(ln x)) 3
x 3 +2
82. f (3x - l)dx
9 - 2x + 3x 2
2
49. f(x) = 5x - 2x+ 9, x = 1 50. s(t) = lnt , t = 5
f
1t
54. f(x) = ln(sen x), x =
4
87. f 4lnx +5 dx
X
88. (ln x)2
- -dx
X
55. f(x) = log5 x , x = 2
57. g(x) =-
ln x
X
58. g(x) =2
ln x 93. f 3x dx 94. f x3x dx
2
f
X
Nos Exercícios 97-102, calcule a integral definida. 104. Encontre o valor mínimo de f (x) = xx pra x > O.
Íi2-l dx 112-l dx 105. ~ Use a fórmula (lnf(x))' = f'(x)/f(x) para mostrar
97. 98.
1X 4 X que ln x e ln(2.x) têm a mesma derivada. Existe uma explicação
99.
fie1
1 -X dx 100. i42 3t
dt
+4
mais simples para esse resultado?
FIGURA 10 O gráfico de y = ln x - x.
FIGURA 1 A bactéria E. coli. • EXEMPLO 1 Quando a bactéria Escherichia coli (encontrada no intestino humano;
ver Figura 1) é criada em laboratório, ela cresce exponencialmente com uma constante de
crescimento k = 0,41 (horasf 1• Suponha que no instante t = Oestejam presentes 1.000
bactérias.
O crescimento exponencial não pode
continuar por períodos de tempo muito (a) Encontre a fórmula para o número de bactérias P(t) no instante t.
longos. Uma colônia que comece com (b) Qual o tamanho da população depois de 5 horas?
uma célula de E. coli cresceria até
(e) Quando é que a população atinge 10.000?
atingir 5 x 1089 células em 3 semanas,
muito mais do que o número estimado
Solução
de átomos no universo observável.
No verdadeiro crescimento celular, (a) O tamanho inicial é Po = 1.000 e k = 0,41, portanto P(t) = l.000e0,4lr (tem horas).
Depois de 5 horas, P(5) = l.000eü.4 1·5 = l.000e 2·º5 ~ 7767,9. Como o número de
a fase exponencial é seguida por um
(b)
período em que o crescimento diminui,
podendo até declinar. bactérias deve ser um número inteiro, arredondamos a resposta para 7.768.
( e) O problema pede o tempo t no qual P(t) = 10.000, portanto devemos resolver a equa-
ção l.OOOeo,4ir = 10.000, ou
População de bactérias
P(t)
e°.41t = 10.000 = 10
10.000 ---------------------------- 1.000
Tomando o logaritmo de ambos lados, obtemos ln (e°·411 ) = ln 10, ou
5.000
0,41t = ln 10 =} t = -ln0,4110 ~ 5,62
1.000
2 4 5,6 Portanto, P(t) alcança 10.000 depois de aproximadamente 5 horas e 37 minutos (Figu-
Tempo (horas) ra 2). •
FIGURA 2 O crescimento de uma
população de E. coli. O papel importante desempenhado pelas funções exponenciais é melhor entendido
em termos da equação diferencial y' = ky. A função y = Poé 1 satisfaz essa equação di-
Uma equação diferencial é uma ferencial, como pode ser conferido diretamente:
equação que relaciona uma função y =
f(x) com sua derivada y' (ou derivadas
superiores y', y", y'", .. .).
y' = !!:_(Poi
dt
= kPoi = ky
1
)
1
368 CÁLCULO
O Teorema 1 vai mais longe e afirma que as funções exponenciais y = Poé1 são as únicas
funções que satisfazem essa equação diferencial.
ENTENDIMENTO C0NCEITUAL O Teorema 1 nos diz que um processo obedece a uma lei
exponencial precisamente quando sua taxa de variação for proporcional à quan-
tidade presente no instante t. Essa formulação nos ajuda a entender por que certas
quantidades crescem exponencialmente. Uma população cresce exponencialmen-
te porque sua taxa de crescimento é proporcional ao tamanho da população (cada
organismo contribuindo com o crescimento pela reprodução). Contudo, isso só é
verdade se os organismos não interagirem. Se eles interagem, digamos, competindo
pelo alimento ou parceiro, então a taxa de crescimento pode não ser proporcional ao
tamanho da população e não podemos esperar crescimento exponencial. Analoga-
mente, o fato experimental do decaimento exponencial de substancias radioativas é
consistente com a hipótese de que os átomos decaem aleatória e independentemente.
Sob essa hipótese, uma fração fixa dos átomos decai por unidade de tempo e o nú-
mero total decaindo por unidade de tempo é proporcional ao número total de átomos
presentes, levando ao decaimento exponencial observado. Se não fosse observado
o decaimento exponencial, poderíamos suspeitar que o decaimento estivesse sendo
influenciado por alguma interação entre os átomos.
• EXEMPLO 2 Encontre todas soluções de y' = 3y. Qual é a solução particular que
satisfaz y(0) = 9?
Solução As soluções de y' = 3y são as funções y(t) = Ce31, onde C é o valor inicial C =
y(0). A solução particular satisfazendo y(0) = 9 é y(t) = 9e 31 • •
200
e-0,31r =~
9
100
- ln(~) ~ 2 62
1
~-+----+-~-+----+-( (h)
t = --
0,31 9 '
2 3 4
FIGURA 3 Isso mostra que as 200 mg estavam presente no instante t = 2,62 horas (Figura 3).
•
As quantidades que crescem exponencialmente possuem uma propriedade importan-
te: existe um tempo de duplicação T tal que P(t) dobra de tamanho a cada intervalo de
tempo de comprimento T. Para provar isso, supomos que P(t) = Poek1 e resolvemos para
Ta equação P(t + T) = 2P(t):
Poi(t+T) = 2Poi1
itiT = 2i1
A constante k tem unidades de tempo- •,
portanto o tempo de duplicação T=
(ln 2)/k tem unidades de tempo, como
deveria ser antecipado. Obtemos kT = ln 2, ou T = ln 2 / k.
Tempo de dupr1cação = k
ln2
Graus conferidos • EXEMPLO 4 Calculando o tempo de duplicação a partir de k Alguns estudos têm suge-
25.000 I rido que, no período de 1955 a 1970, o número de diplomas de Bacharelado em Física
I
I conferidos por ano por universidades norte-americanas cresceu exponencialmente, com
20.000
constante de crescimento k = 0,1 (aproximadamente 2.500 graus foram conferidos em
-------------------------- 1.
I
I
15.000 I 1955). Se isso for verdade,
/
I
10.000
I
(a) qual foi o tempo de duplicação?
(b) quanto tempo levaria para que o número de graus conferidos num ano fosse 8 vezes
5.000 maior do que no ano anterior, supondo que o crescimento exponencial continuasse?
2.500
~-~-1-~---1-~-r (yr) Solução
1955 1965 1975
f----1
Tempo de
(a) O tempo de duplicação é (ln 2)/0,1 0,693/0,1 = 6,93 (Figura 4). Como os di-
~
duplicação plomas costumam ser conferidos somente duas vezes ao ano, arredondamos o tempo de
FIGURA 4 A duplicação (de 2.500 duplicação para 7 anos.
para 5.000 para 10.000, etc.) ocorre em (b) O número dobra depois de 7 anos, quadruplica depois de 14 anos e aumenta 8 vezes
intervalos de tempo iguais. depois de 21 anos. •
370 CÁLCULO
. .d ln2
Me1av1 a= k
Fração presente • EXEMPLO 6 O isótopo radônio-222 tem uma meia vida de 3,825 dias. Encontre a
constante de decaimento e determine quanto tempo leva para que 80% dos isótopos
decaiam.
ln2
0,5 ---------------- Solução Pela equação da meia vida, k = , ~ 0,181. Portanto, a quantidade de radô-
' 3 825
0,25 ,'
------ - ---------"4--------------- -
nio-222 no instante t é R(t) = Roe-0·1811, onde Ro é a quantidade presente em t = O(Figu-
~----+------+- /
''
(dias) ra 6). Para determinar quando resta 20%, resolvemos para t na equação P(t) = 0,20Ro:
o 7,65
Meia vida
Roe-o,1s11 = 0,20Ro
FIGURA 6 A fração de radônio-222 e-o,1s11 = 0,20
presente no instante t.
ln(0,20)
-0,18lt = ln(0,20) =} t = _ , ~ 8,9 dias
0 181
Decaimento de C14
7.4 RESUMO
y= e-0,00012 11
• P(t) cresce exponencialmente com constante de crescimento k > Ose P(t) = Poé 1• A
quantidade inicial é Po.
• As soluções da equação diferencial y' = ky são as funções exponenciais y = Cé1,
0, 15 onde C é uma constante.
1----+---+---++--+-t • A quantidade P(t) cresce exponencialmente se crescer a uma taxa proporcional a seu
5.000 10.000 20.000
tamanho, ou seja, se P'(t) = kP(t).
t=O 15.700 ln2
• Se P(t) crescer exponencialmente, seu tempo de duplicação é , :·
t = anos desde a morte do organismo
FIGURA 9 Se permanecer somente • Dizemos que P(t) decai exponencialmente com constante de decaimento k > O se
15% do C14 , a idade do objeto é de P(t) = Poe-k 1• Se P(t) decai exponencialmente, então P '(t) = -kP(t). A meia vida
aproximadamente 16.000 anos. de P(t) é (ln 2)/k.
7.4 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Duas quantidades aumentam exponencialmente com constantes 4. Em relação a seu livro popular Uma breve história do tempo, o
de crescimento k = 1,2 e k = 3,4, respectivamente. Qual quanti- famoso físico Stephen Hawking disse: "Alguém me afirmou que
dade dobra mais rapidamente? cada equação que eu incluísse no livro, reduziria suas vendas à
metade". Supondo que isso seja verdade, escreva uma equação
2. Se conhecermos o tempo de duplicação e a constante de cresci- diferencial satisfeita pela função de vendas S(n), onde n é o nú-
mento de uma quantidade que cresce exponencialmente, conse- mero de equações no livro.
guiremos determinar a quantidade inicial?
5. A datação por carbono é baseada na hipótese de que a razão R de
3. Uma população de células cresce exponencialmente, começan- carbono-14 para carbono-12 na atmosfera tem sido constante ao
do com uma célula. O que leva mais tempo: para a população longo dos últimos 50.000 anos. Se R de fato tiver sido menor no
crescer de uma para duas células ou para crescer de 10 milhões passado do que hoje em dia, as estimativas de idade obtidas com
a 20 milhões? a datação por carbono serão muito antigas ou muito recentes?
Exercícios
1. A população P de uma certa bactéria obedece à lei do crescimen- 2. Uma quantidade P obedece à lei do crescimento exponencial
to exponencial P(t) = 2.000e 1,3, (tem horas). P(t) = e51 (tem anos).
(a) Quantas bactérias estão presentes inicialmente? (a) Para qual t temos P = 10?
(b) Quando haverá 10.000 bactérias? (b) Para qual t temos P = 20?
(e) Qual é o tempo de duplicação de P?
372 CÁLCULO
meia vida é 1.622 anos. FIGURA 10 Intensidade de luz passando por uma solução.
7. Encontre todas as soluções da equação diferencial y' = -5y. 16. Uma população de insetos triplica de tamanho em 5 meses. Su-
Qual solução satisfaz a condição inicial y(0) = 3,4?
pondo crescimento exponencial, quando terá quadruplicado de
8. Encontre a solução de y' = -/iy satisfazendo y(0) = 20. tamanho?
9. Encontre a solução de y' = 3y satisfazendo y(2) = 4. 17. 10 kg de um isótopo radioativo decaem a 3 kg em 17 anos. En-
contre a constante de decaimento desse isótopo.
10. Encontre a função y = f (t) que satisfaz a equação diferencial
y' = -0,7y e a condição inicial y(0) = 10. 18. Medições indicam que uma amostra de pergaminho de couro de
14
ovelha encontrado por arqueólogos tem uma razão de C para
11. A população de uma cidade é dada por P(t) = 2. eº·º61 (em mi- 12
C igual a 40% da encontrada na atmosfera. Qual é a idade apro-
lhões) onde t é medido em anos. ximada desse pergaminho?
(a) Calcule o tempo de duplicação da população. 19. As cavernas de Chauvet Em 1994, no sul da França, alpinistas
(b) Quanto tempo leva para a população triplicar seu tamanho? descobriram, por acaso, uma caverna com pinturas pré-históricas.
14
Uma análise de C efetivada pela arqueóloga francesa Helene
(c) Quanto tempo leva para a população quadruplicar seu tamanho?
Valladas mostrou que as pinturas têm uma idade entre 29.700 e
12. A população do estado norte-americano de Washington cresceu 32.400 anos, muito mais do que qualquer outra obra de arte huma-
14 12
de 4,86 milhões em 1990 para 5,89 milhões em 2000. Suponha na jamais descoberta. Dado que a razão de C para C na atmos-
crescimento exponencial. fera é de R = 10- , qual é a razão de C para C que a arqueólo-
12 14 12
da um de 3 horas. Inicialmente, a primeira colônia contém 1.000 Nos Exercícios 27-28, consideramos a equação diferencial de
bactérias e a segunda 3.000 bactérias. Em qual instante de tempo Gompertz:
tas duas colônias terão o mesmo tamanho?
25. A lei de Moore Em 1965, Gordon Moore previu que o núme- -dy =ky ln ( -y)
dt M
ro N de transistores num microprocessador cresceria exponen-
cialmente.
(onde Me k são constantes), introduzida em 1825 pelo matemático
(a) A tabela de dados abaixo confirma a previsão de Moore para o inglês Benjamin Gompertz e usada até hoje na modelagem do enve-
período de 1971 a 2000? Caso afirmativo, dê uma estimativa da lhecimento e da morte.
constante de crescimento k.
kl
(b) C,9 5 Faça um gráfico dos dados da tabela. 27. Mostre que y = M eªe é uma solução, para qualquer constante a.
(e) Seja N(t) o número de transistores por processador t anos depois 28. Para modelar a mortalidade numa população de 200 ratos de
de 1971. Encontre uma fórmula aproximada N(t) ~ Ci1, onde laboratório, um cientista supõe que o número P(t) de ratos vi-
t é o número de anos depois de 1971. vos no instante t (em meses) satisfaça a equação de Gompertz
com M = 204 e k = 0,15 mês- (Figura 11). Encontre P(t)
1
(d) Dê uma estimativa do tempo de duplicação na lei de Moore no
período de 1971 até 2000. [observe que P(0) = 200] e determine a população depois de
20 meses.
(e) Se a lei de Moore continuar valendo até o final da década, quan-
tos transistores haverá num processador em 201O?
População de ratos P(t)
(O Será que Moore pensou que sua previsão pudesse valer indefini- 200
damente?
(e) A integral que define M é "imprópria" porque t(O) é infinito. (t) Qual é o tempo médio de decaimento do radônio (cuja meia vida
Mostre que M = 1/k calculando o limite é de 3,825 dias)?
Principal Juros
,-,_, ,-,_,
Montante depois de 1 ano = Po + r Po = Po(l + r)
Montante depois de 2 anos= Po(l + r) + r Po(l + r) = Po(l + r) 2
Montantedepoisdetanos= Po(l +r) 1- 1 +rPo(l +r)1- 1
= Po(l +r)1
(l + -M
Juro composto Se Po dólares forem depositados numa conta que rende juros à taxa anu-
al de r, compostos M vezes ao ano, então o montante da conta depois de t anos é de
TABELA 1 Juros compostos com
=
principal Po $100 e r = 0,09
Principal depois de 1 ano P(t) = Po ( l + Mr )MI
Anuais 100(1+ 0,09) = $109
4
Trimestrais 100(1 + º',?2) :::::: $109,31
12 A Tabela 1 mostra que existe uma vantagem na composição mais freqüente. O que
Mensais 100(1 + ~) :::::: $109,38
52 acontece no limite quando M tende ao infinito? O multiplicador anual tende ao limite
Semanais 100(1 + ~) :::::: $109,41
Diárias 100(1 + ~)
365
:::::: $109,42 lim
M --+oo
(1 + ~)M
M
[IJ
CAPITULO 7 Função Exponencial 375
f(n) O Teorema 1 relaciona esse limite à função exponencial (uma prova aparece no final desta
seção). A Figura 1 ilustra graficamente o primeiro limite no Teorema 1.
(1 + !)
11
lim (1 + :)
11
e = lim
11--+oo n
e ex = 11--+oo n
para todos x
10 20
FIGURA 1 A função
( 1)
11
Juro composto continuamente Se Po dólares forem depositados numa conta que rende
juros compostos continuamente, a uma taxa anual r, então o montante da conta depois
de t anos é de
P(t) = Poer 1
• EXEMPLO 2 É melhor receber 2.000 dólares hoje ou 2.200 dólares daqui a 2 anos?
Considere r = 0,07 e r = 0,03.
376 CÁLCULO
Solução Comparamos 2.000 dólares hoje com o valor presente de 2.200 dólares recebidos
daqui a dois anos. Ser= 0,07, o PV é 2.200e-<0,07l2 ~ $1. 912,59. Esse PV é menor do
que 2.000 dólares, portanto é melhor receber 2.000 dólares hoje.
Ser= 0,03, o VP é 2.200e-<0-03l2 ~ $2. 071 ,88. Nesse caso, um pagamento de 2.200
dólares daqui a dois anos é preferível a um pagamento de 2.000 dólares hoje. •
Como isso é menos do que o custo inicial, a atualização não é um bom investimento.
Se r = 0,04, então o valor presente da poupança é
Nesse cenário financeiro, a atualização é um bom investimento, pois a firma poupa 15.624
~~-
800e- 0·06 + 800e- <0-06l2 + 800e- <0,06l3 + 800e- <0,06l4 + 800e- <0-06l5 ~ $3.353,12
Isso é uma soma de Riemann, cujo valor tende a foT R(t)e- ' 1
dt quando M tende a zero.
PV de uma série de pagamentos O valor presente à taxa de juros r de uma série de paga-
mentos contínuos de R(t) dólares/ano por T anos é
Se r = 0,04, o PV é igual a
5 e-0,041 5
1 o
800e-0,04t dt = -800-- ~ -16.374,62 - (-20.000) = $3.625,38
0,04
0
•
y Demonstração do Teorema 1 Para verificar o primeiro limite, e = n--+oo
lim (1 + 1/ n )'\ usa-
mos a fórmula ln b = 1b t-
1
dt com b = 1 + 1/n:
( 1) =
1
-dtt
y = -x 11 + 1/ n
ln 1 +-
n I
1
nl(n + 1) A Figura 2 mostra que a área representada por essa integral fica entre as áreas de dois re-
tângulos de alturas n!(n + 1) e 1, ambos de base 1/n. Esses retângulos têm áreas 1/(n + 1)
1 +.!. e 1/n, portanto
11
FIGURA 2
1
- - < ln 1 + - ( 1) = 1+ 1 1 11
/
-dtt -<n-I
n+l- n I
Concluímos que lim ( 1 + l t = e, como queríamos provar. Ver Exercício 25 para uma
11--+00 li
7.5 RESUMO
• Se um principal Po for depositado numa conta que paga juros a uma taxa r, compostos
M vezes ao ano, o valor da conta depois de t anos é P(t) = Po(l + r/ M)Mr
• Se o juro for composto continuamente, P(t) = Poe' 1•
• O valor presente (PV) de P dólares, a serem pagos t anos mais tarde, é Pe-' 1
• O valor presente de uma série de pagamentos pagando R(t) dólares/ano continuamente
por Tanos é
PV = 1T R(t)e- ' dt 1
378 CÁLCULO
7.5 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. O que é preferível, uma ta."<a de ju~ de 12% compos1os 1rimestral- (b) a quanlia que deveríamos in\'eslir hoje para receber N dólares no
men1e ou uma 1axa de juros de 11 % compostos continuamen1e? ins1an1e T.
2. Enconlre o multiplicador anual se r = 9% e o juro for compos10 4. Daqui a um ano receberemos 1 dólar. O PV dessa quan1ia au-
(a) continuamenle e (b) trimestralmenle. menia ou diminui se a 1axa de juros subir?
3. O PV de N dólares recebidos no ins1an1e T é (escolha a resposta 5. Frederic.o espera receber um cheque de 1.000 dólares daqui a 1
c-0rresponden1e): ano. Explique, usando o concei10 de PV, se ele vai ficar feliz ou
(a) o valor no ins1an1e T de N dólares in\'eslidos hoje; tris1e ao saber que a 1axa de juros acaba de subir de 6% para 7%.
Exercícios
1. Calcule o mon1an1e daqui a 10 anos de 2.000 dólares que são (b) Quan10 dinheiro será realmeme poupado?
deposiiados numa con1a que paga 9% de juros compos1os (a) 1ri-
mestralmen1e. (b) mensalmen1e ou (e) continuamen1e. 13. Depois de receber 25 milhões de dólares da lo1eria esiadual, Jés-
sica descobre que o prêmio será pago em cinco parcelas anuais
2. Suponha que sejam depositados 500 dólares numa con1a que de 5 milhões de dólares. com a primeira parcela paga hoje.
paga 7% de juros compos1os con1inuamen1e. Encontre uma fór- (a) Qual é o PV do prêmio de Jéssica ser= 6%?
mula para o montante no insiante ,. Qual é o valor do montante
depois de 3 anos? (b) Quan10 mais valeria esse prêmio se fosse pago hoje de uma só vez?
3. Um banco paga juros a uma 1axa de 5%. Qual é o multiplicador 14. Um grupo de inveslidores adquiriu um prédio comercial em 1998
anual se os juros forem compostos por 17 milhões de dólares e ,-endeu-o 5 anos depois por 26 mi-
lhões de dólares. Calcule a taxa anual (composta conlinuamenle)
(a) anualmente, (b) ws vezes ao ano. ou do re1omo desse in\'es1imen10.
(e) continuamente?
15. Use a Equação (2) para calcular o PV de uma série de pagamen-
4. Quanto 1empo leva para 4.000 dólares dobrarem de valor se essa 1os que paga R(t) = 5.000 dólares/ano conlinuameme por 10
quantia for deposi1ada numa conta que paga 7% de juros com- anos e r = 0,05.
pos1os con1inuamen1e?
16. Calcule o PV de uma série de pagamen1os que paga con1inua-
5. Mos1re que se os juros forem compos1os con1inuan1en1e a uma men1e uma la.'<a de R(t) = $5.000eº· 11 dólares/ano por 5 anos e
taxar, en1ão o mon1an1e dobra depois de (ln 2) / r anos. r=0,05.
6. Quan10 de\'e ser investido hoje para receber 20.000 dólares daqui 17. Calcule o PV de um inves1imen10 que paga con1inuamen1e uma
a 5 anos se os juros forem compos1os con1inuamen1e a uma la."<a renda a uma 1axa de 800 dólnres/ano por 5 anos. supondo uma
r=9%? 1axa de juros r = 0,08.
7. Um investimen10 aumenta de valor a uma la."<a de 9% compos1a 18. A 1axa de renda anual produzida em t = Opor uma propriedade
con1inuan1ente. Qual de,-e ser o investimento inicial para que o comercial é de 50.000 dólares/ano e aumen1a a uma laxa de 5%
mon1an1e chegue a 50.000 dólares depois de sele anos? composla con1inuamen1e. Encon1re o PV da renda produzida nos
qualro prin1eiros anos. supondo r = 8%.
8. Calcule o PV de 5.000 dólares recebidos daqui a 3 anos se a 13.'<3
de juros for de (o) 6% e (b) 11 %. Qual é o PV nesses dois casos 19. Mostre que o PV de um in,~stimento que paga R dólares/ano conti-
se esse valor for ~bido daqui a 5 anos? nuamen1e por Tanosé R( l - e-rT)/r. onde ré a 1axadejuros.
9. É melhor receber 1.000 hoje ou 1.300 daqui a 4 anos? Considere 20. ~ Explique a afinnaçilo: se T for mui10 grande. en1ão o PV
r= 0.08 e r= 0,03. da série de pagamen1os descrila no Exercício 19 é. aproximada-
n1en1e, Rir.
10. Encontre a 1axa de juros r se o PV de 8.000 dólare.~ a serem rece-
bidos daqui a 1 ano for de 7.300 dólares. 21. Suponha que r = 0,06. Use o resultado do Exercício 20 para
ob1er uma es1ima1iva da taxa de pagat11en1os R que é necessária
11. Se uma firma im•este 2 milhões de dólares para reformar suas ins1a-
para produzir uma série de pagatnen1os cujo PV é 20.000 dóla-
Jações. obterá lucros adicionais de 500.000/ano por 5 anos. Supon-
res, supondo que a série de pagan1en1os con1inue por um nõmero
do que os lucros sejam oblidos de uma só \'ez no final de c3da ano.
mui10 grande de anos.
vale a pena esse inves1imen10 se a wca de juros estiver em 6%?
22. Por derivação. verifique que
12. Uma nova rede de computadores cus1ando 25.000 dólares vai re-
duzir o cus10 do lrabalho em 7.000 dólares/ano por 5 anos.
(a) Isso é um bom inves1imen10 ser= 8%?
f ,e-r, dr =
CAPITULO 7 Função Exponencial 379
Use a Equação (5) para calcular o PV de um investimento que 24. ~ Regra dos 70 do bancário Os bancários têm uma regra
paga continuamente, durante 5, anos um rendimento a uma taxa empírica que afirma que uma taxa de juros de R por cento, com-
de R(t) = (5.000 + 1.000 t) dólares/ano, supondo r = 0,05. postos continuamente, faz o investimento duplicar depois de, apro-
ximadamente, 70/R anos. Por exemplo, a R = 5%, nosso dinheiro
23. Use a Equação (5) para calcular o PV de um investimen- duplica depois de 70/5, ou 14 anos. Use o conceito de tempo de
to que paga continuamente um rendimento a uma taxa de duplicação para justificar a regra do bancário. (Observação: às ve-
R(t) = (5.000 + l.000t)eº·º 21 dólares/ano durante 10 anos, zes é utilizada a aproximação 72/R. É menos precisa mas mais fácil
supondo r = 0,08. de aplicar, porque 72 é divisível por mais números do que 70.)
lim (1
n-+oo
X
+ -)
n
li = lim
n-+oo
(1 + - ) /IX
1
n
(a) Encontre re se r= 9%, compostos mensalmente.
(b) Mostre que re = (l+ r/ M)M - 1e que re = er - 1se os juros
Use isso para concluir que ex = lim (l
ll-+00
+ ~ t. forem compostos continuamente.
(e) Encontre re se r= 11 %, compostos continuamente.
26. Use a Equação (3) para provar que, para n > O,
(d) Encontre a taxa de juros r que, compostos semanalmente, paga-
1 y (t) =b + c i ' 1
onde C é uma constante determinada pela condição inicial. Para verificar isso, observa-
mos que (y - b )' = y', já que b é constante, portanto a Equação ( 1) pode ser reescrita
y
d
3 - (y - b)
dt
= k (y - b)
V(I) = - gm + ee-(J:/m)I
k
CAPITULO 7 Função Exponencial 381
Como ce-(k/ m)r tende a zero quando t --+ oo, v(t) tende a uma velocidade terminal limite:
V (mfs) Solução
-------+------+------+---/ (a) Pela Equação (4), com k = 8 kg/se g = 9,8 m/s2, a velocidade terminal é
10 20 30
gm 9,8(80)
- - = - - - = -98 m/s
-50 k 8
(b) Pela Equação (3),
-98 -------------------------------------
Velocidade terminal = - 98 m/s v(t) = -98 + ce-(k/ m)t = -98 + ce-(S/ SO)t = -98 + ce-O,lt
FIGURA 3 A velocidade de um pára- Como a velocidade inicial é nula, v(0) = -98 + C = O, ou C = 98. Portanto,
quedista de 80 kg em queda livre com
v(t) = -98(1 - e-0, 11 ) (Figura 3). A velocidade do pára-quedista depois de 30 sé
resistência do ar (k = 8).
v(30) = -98(1 - e-O,I(30)) ~ -93,1 m/s
•
Uma anuidade é um investimento no qual um principal Po é colocado numa conta
que rende juros a uma taxa r e da qual são efetuados saques a intervalos regulares.
Para modelar uma anuidade com uma equação diferencial, supomos que o dinheiro
seja sacado continuamente a uma taxa de N dólares/ano. O saldo P(t) da anuidade no
instante t satisfaz
Observe na Equação (5) que P' (t)
é determinada pelas taxas de
crescimento e de saque. Se não
!j!l= ~- ~ =r(P(t)- ~) [I]
Taxa de Crescimento Taxa de
ocorressem saques, P(t) cresceria variação devido aos juros saque
com juros compostos e satisfaria
P 1(t)=rP(t). Essa equação tem o formato y' = k (y - b), com k = r e b = N / r, portanto, pela Equação
(2), a solução geral é
• EXEMPLO 3 Uma anuidade pode pagar para sempre? Seja P(t) o saldo numa anuidade
que rende juros a uma taxar= 0,07, com saques efetuados continuamente a uma taxa de
N = 500 dólares/ano.
(a) Suponha que P(0) = 5.000 dólares. Encontre P(t) e determine se a anuidade fica sem
recursos.
(b) Suponha que P(0) = 9.000 dólares. Encontre P(t) e mostre que o saldo cresce indefi-
nidamente.
N 500
Solução Temos- = - ~ 7.143, portanto P(t) = 7.143 + ceº·º 71 , pela Equação (6).
r 0,07
382 CÁLCULO
7.6 RESUMO
• A solução geral de y' = k(y - b) é y = b + Cek1, onde C é uma constante.
• A tabela seguinte descreve as soluções de y' = k(y - b) (Figura 5):
seC > O
y' = k(y- b) y(t) = b + Cekr lim y(t)
1-+00
= { 00
- 00 seC < O
• A equação P' = r(P - N / r) modela o saldo P(t) de uma anuidade contínua com taxa
de juros r e taxa de saques N.
y y
b+C
b-C
Soluções de y' = k(y- b) com k, C > O Soluções de y' = -k(y- b) com k, C > O
FIGURA 5
7.6 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Qual é a solução geral de y' = -k(y - b)? 2. Escreva uma solução de y' = 4(y - 5) que tenda a -oo quando
t ~ 00.
CAPITULO 7 Função Exponencial 383
3. Existe alguma solução de y 1 = -4(y - 5) que tenda a oo quando 5. Suponha que o material A resfrie mais rapidamente do que o
t ~ oo? material B. Qual material tem uma constante de resfriamento k
maior na lei de Newton do resfriamento, y' = -k(y - To)?
4. Verdadeira ou falsa? Se k > O, então todas as soluções de y'
-k(y - b) tendem ao mesmo limite quando t ~ oo.
Exercícios
1. Encontre a solução geral de y 1 = 2(y - 10). Em seguida, en- 10. L$J Dois objetos idênticos são aquecidos a temperaturas dife-
contre as duas soluções satisfazendo y(O) = 25 e y(O) = 5 e esbo- rentes Ti e T2 em t = O e então submersos num tanque d'água à
ce seus gráficos. temperatura To = 40°C. As medições mostram que T2 = 400°C e
que a taxa de resfriamento do objeto 1 é duas vezes maior do que a
2. Encontre a solução geral de y' = -3(y - 12). Em seguida, en-
taxa de resfriamento do objeto 2 (em cada instante t). Encontre T1.
contre as duas soluções satisfazendo y(O) = 20 e y(O) = Oe esbo-
ce seus gráficos. Nos Exercícios 11-14, use o modelo de queda livre com resistência do
3. Verifique diretamente que y =b+ Cek1 satisfaz y' = k(y - b) ar discutido nesta seção. Se o peso w de um objeto (em libras) for dado
para qualquer constante C. em vez de sua massa (como no Exemplo 2), então a equação diferen-
cial da queda livre com resistência do ar é v' = -(kg/w)(v + w/ k),
2
4. Seja F(t) a temperatura de um objeto quente submerso na água de onde g = 32 pés/s
uma piscina grande cuja temperatura é de 70ºF.
11. Uma pára-quedista de 60 kg salta de um avião. Qual é sua veloci-
(a) Qual é a equação diferencial satisfeita por F(t) se a constante de
dade terminal em milhas por hora, supondo que k = 1Okg/ s para
resfriamento é k = 1,5? a queda livre (sem pára-quedas).
(b) Encontre uma fórmula para F(t) se a temperatura inicial do obje-
to for de 250ºF. 12. Encontre a velocidade terminal de um pára-quedas de 192 libras, se
k = 1,2 lb-s/ pé. Quanto tempo leva até o pára-quedista atingir me-
5. Uma barra metálica quente é submersa num grande reservató- tade de sua velocidade terminal se sua velocidade inicial for zero?
rio d'água cuja temperatura é de 60ºF. Vinte segundos depois
de submersa, a temperatura da barra é de IOOºF. Depois de um 13. Um pára-quedista de 175 lb salta de um avião (com velocidade
minuto sua temperatura baixou até 80ºF. inicial nula). Suponha que k = 0,7 lb-s/ pé com pára-quedas fe-
chado e k = 5 lb-s/pés com pára-quedas aberto. Qual é a velo-
(a) Determine a constante de resfriamento k.
cidade do pára-quedas no instante t = 25 s se o pára-quedas for
(b) Qual é a equação diferencial satisfeita pela temperatura F(t) da aberto 20 segundos depois do salto?
barra?
(e) Qual é a fórmula para F(t)?
14. L$J Quem atinge a velocidade terminal mais rápido: um pá-
ra-quedista mais pesado ou um mais leve?
(d) Determine a temperatura da barra no momento em que foi sub-
mersa. 15. Uma anuidade contínua com taxa de saque N = 1.000 dólares/ano
e taxa de juros r = 5% é custeada com um depósito inicial Po.
6. Um bastão metálico quente é colocado num tanque d'água cuja (a) Quando a anuidade fica sem recursos se Po = $15.000?
temperatura é 40ºF. O bastão resfria de 300 a 200ºF em 1 minu-
to. Quanto tempo leva para o bastão resfriar até l 50ºF? (b) Qual é o depósito inicial que fornece um saldo constante?
16. Mostre que uma anuidade contínua com taxa de saque N = 5.000
7. Quando um objeto quente é colocado num tanque d'água cuja
dólares/ano e taxa de juros r = 8%, custeada com um depósito
temperatura é 25ºC, ele resfria de 100 a 50ºC em 150 segundos.
Num outro tanque, o mesmo resfriamento ocorre em 120 segun- inicial Po = $75.000, nunca fica sem recursos.
dos. Encontre a temperatura do segundo tanque. 17. Encontre o depósito inicial mínimo que permite custear uma
anuidade que paga 500 dólares/ano indefinidamente se a taxa de
8. Uma barra metálica resfriada a -30ºC é submersa num tanque
juros pagos for de 5%.
mantido a uma temperatura de 40ºC. Meio minuto depois, a tem-
peratura da barra é 20ºC. Quanto tempo leva para a barra atingir 18. Qual é o depósito inicial mínimo que permite custear uma anui-
30ºC de temperatura? dade durante 30 anos se os saques forem efetuados a uma taxa de
1 2.000 dólares/ano com uma taxa de juros de 7%?
9. Uma xícara de café com constante de resfriamento k = 0,09min-
está resfriando numa sala a 20ºC de temperatura. 19. Um depósito inicial de 5.000 dólares é depositado numa conta.
(a) Qual é a velocidade de resfriamento do café (em graus por minu- Qual é a taxa de juros mínima que o banco deve pagar para per-
to) quanto a temperatura do café for T = SOºC? mitir que saques contínuos a uma taxa de 500 dólares/ano conti-
(b) Use aproximação linear para obter uma estimativa da variação de nuem indefinidamente?
temperatura ao longo dos próximos 6 segundos quando T = SOºC. 20. Mostre que uma anuidade contínua nunca fica sem recursos se o
(e) Quanto tempo precisamos esperar para tomar o café à temperatura saldo inicial for maior do que ou igual a N / r, onde N é a taxa de
ótima de 65ºC, se ele for servido a uma temperatura de 90ºC? saques e r a taxa de juros.
384 CÁLCULO
21. i'.SJ Júlia toma 10.000 dólares emprestados de um banco a uma 23. Corrente num circuito Considere o circuito na Figura 6 que
taxa de juros de 9% e paga o empréstimo continuamente a uma taxa consiste em uma bateria de V volts, uma resistência de R ohms e um
de N dólares/ano. Seja P(t) o montante da dívida no instante t. indutor. A intensidade de corrente elétrica l(t) no circuito satisfaz
(a) Explique por que y = P(t) satisfaz a equação diferencial -d/ = -k(/-b)
dt
y' = 0,09y - N
para certas constantes k e b, com k > O. Inicialmente, /(0) = Oe
(b) Quanto tempo Júlia leva para pagar a dívida se N = 1.200 dólares? l(t) tende a um nível máximo VIR quando t -+ oo.
(e) Ela terminará de pagar a dívida se N = 800 dólares? (a) Qual é o valor de b?
(b) Encontre uma fórmula para /(t) em termos de k, Ve R.
22. Seja N(t) a fração da população que ouviu uma certa notícia t ho-
ras depois de divulgada. De acordo com um modelo, a taxa N' (t) (e) Mostre que /(t) atinge cerca de 63% de seu valor máximo no
segundo a qual a notícia se espalha é igual a k vezes a fração da instante t = 1/k.
população que ainda não ouviu a notícia, para alguma constante k.
(a) Determine a equação diferencial satisfeita por N(t). (indutor)
26. Resistência do ar Um projétil de massa m = 1 é lançado ver- (e) Verifique a validade de (7). Sugestão: use o Teorema 1 da Seção
ticalmente para cima a partir do nível do chão com velocidade
inicial vo. Suponha que a velocidade v satisfaça v' = - g - kv. 7.5 para mostrar que Iim (1 + kvo) I /k = evo/g_
k~O g
(a) Encontre uma fórmula para v(t).
7. 7 Regra de L'Hôpital
A regra de L'Hôpital é devida ao A regra de L'Hôpital é usada para calcular limites de quocientes:
matemático francês Guillaume
François Antoine Marquis de L'Hôpital
(1661-1704) que escreveu o primeiro
lim f(x)
livro didático de Cálculo, em 1696. x~a g(x)
Informalmente, a regra de L' Hôpital afirma que sef(x)/g(x) for uma forma indeterminada
em x =ado tipo 0/0 ou 00/00, então podemos trocar f (x)lg(x) pelo quociente das deri-
vadas J' (x) / g' (x ).
CAPITULO 7 Função Exponencial 385
TEOREMA 1 Regra de L'Hôpital Suponha quef(x) e g(x) sejam deriváveis num intervalo
aberto contendo a e que
f (a) = g(a) = O
Também suponha que g' (x) =/= Opara x próximo mas distinto de a. Então
sempre que exista o limite à direita. Essa conclusão também vale sef(x) e g(x) forem
deriváveis em cada x próximo de (mas não igual a) a e
lim f(x) = ±oo e lim g(x) = ±oo
x--+ a x--+a
Além disso, esses limites podem ser substituídos por limites laterais.
x 3 -1
• EXEMPLO 1 Use a regra de L'Hôpital para calcular o limite lim - -.
X-+ l X - 1
Além disso, g'(x) = 1 é não-nula. Portanto, podemos aplicar a regra de L'Hôpital. Pode
ADVERTlNCIA Quando utilizar a mos substituir o numerador e o denominador por suas respectivas derivadas e obter
regra de L'Hôpital, cuide para derivar
x3 - 1 3x 2
o numerador e o denominador
separadamente. Não derive a função
quociente.
lim - - = lim - = 3
x --+ l X - l x --+ l l •
cos2 x
• EXEMPLO 2 Calcule o limite lim - - - .
x--+ n/ 2 sen x - 1
Solução Podemos aplicar a regra de L'Hôpital porque ambas cos2 x e sen x - 1 são deri-
váveis, mas
2
cos2 x I cos (~)
2 02 O
= = - - = - (indeterminado)
sen x - 1 x=n/ 2 sen Í - 1 l - 1 O
Solução Esse limite é lateral porque f (x) = x ln x não está definida para x ~ O. Contudo,
f (x) não é um quociente, portanto reescrevemos a função como f(x) = (lnx)/ x- 1 para
aplicar a regra de L'Hôpital. Como ln x tende a -oo e x- 1 tende a oo quando x -+ 0+,
temos a forma indeterminada-00/ 00 e podemos usar a regra de L'Hôpital:
1
. . lnx . ( x- )
•
•
hm x lnx = hm - 1 = hm - -2 = hm (- x) = O
x --+ 0+ x --+ 0+ x- x--+ 0+ - x- x--+ 0+
386 CÁLCULO
ex -x -1
• EXEMPLO 4 Usando a regra de L'Hôpital duas vezes Calcule lim - - - -
x---.o cosx-l
Solução A regra de L'Hôpital pode ser aplicada porque
ex - x - 1 1 = e0 - O- 1 = 1-0-1 o
= -o (indeterminado)
COSX - 1 X=Ü COSÜ - 1 1- 1
. -
11m
ex-x -1
- - - = 1·,m - -
(ex-1) 1-ex
= 1·1m - -
x---.o cosx - 1 x---.O -senx x---.O senx
Esse limite é, novamente, uma indeterminação do tipo 0/0, portanto, podemos aplicar a
regra de L'Hôpital de novo:
1 - ex -ex -eº
lim - - = lim - - = - - =-1
x---.0 sen x x---.0 cos x cos O •
2 1
• EXEMPLO 5 Hipóteses importam A regra de L'Hôpital pode ser aplicada a lim x + ?
x---.12x+l
Solução A resposta é não. A função não tem uma forma indeterminada porque
2 2
x +11 = 1 + 1 = 2
2x + l x=I 2 · 1 + 1 3
lim x2 + 1 = ~
x---. 1 2x + 1 3
O uso indevido da regra de L'Hôpital levaria ao seguinte limite, com um valor diferente:
2x
lim -
x---.1 2
=1 (diferente do limite original)
•
1
• EXEMPLO 6 Aforma oo - oo Calcule lim ( -- - _!_)·
x---.o senx x
Solução A regra de L'Hôpital não pode ser aplicada diretamente porque a forma indeter-
minada não é nem 0/0 nem 00/00:
l 1
(indeterminado)
0 0
y
Contudo,
1 1 x - senx
0,5 senx X x senx
y =-1 - 1
-tendeaOquando x--+ O.
O limite à direita é, ainda, uma indeterminação em x = O, mas uma segunda aplicação da
senx x regra de L'Hôpital termina o serviço (Figura 1):
CAPITULO 7 Função Exponencial 387
1 - cosx senx O
lim
x->Oxcosx +senx
= lim - - - - - - = - = O
x->O-xsenx +2cosx 2 •
Os limites de funções da forma f (x) g(x) podem levar a indeterminações do tipo
o , 100 , ou oci°. Nesses casos, podemos tomar o logaritmo e depois aplicar a regra de
0
L'Hôpital.
x2
lim - = lim x = oo
X->00 X X->00
TEOREMA 2 Regra de L'Hôpital para limites com x -+ oo Suponha que f (x) e g(x) sejam
deriváveis num intervalo (b , oo) e que g'(x) =f. Oparax > b. Se existirem lim f(x) e
lim g (x) e ambos forem ou zero ou infinito, então x->oo
X->00
sempre que exista o limite à direita. Um resultado análogo vale para limites com
X -+ - 00.
y Solução Ambasf (x) e g(x) tendem ao infinito quando x --+ oo, portanto podemos aplicar
15 a regra de L'Hôpital ao quociente:
f (x) =x2
. f (x) . x2 . x . 1 .
10
hm - - = hm - - = hm - = hm - 1 = hm x = oo
x--+oo g(x) x--+oo x lnx x--+oo lnx x--+ oo x- x--+oo
xl / 2
= xlim --
--+ oo 4 ln x
(simplificando)
y y= eX
.!.x-1 / 2
3.000.000
= x--+
lim -2- -
oo 4x- 1
(de novo a regra de L' Hôpital)
. 1
2.000.000 = X--+
hm - x 112 = oo
00 8
(simplificando)
1.000.000 Isso mostra que (ln x )2 « .fi. Concluímos que o algoritmo cujo tempo médio é propor-
cional a (ln n ) 2 leva menos tempo para n grande. •
TEOREMA 3 Crescimento de ~
Para tratar com as potências maiores, observamos que a regra de L'Hôpital reduz o limite
com x 11 ao limite com x 11 - 1• Por exemplo,
ex ex 1 ex
lim - = lim - = - lim - = oo
X--+ 00 x2 X--+ 00 2x 2 X--+ 00 X
Procedendo dessa maneira, podemos provar o resultado para todo n. Uma prova mais
formal utilizaria o princípio da indução. •
CAPITULO 7 Função Exponencial 389
Para provar isso, observe que sef(a) = g(a) = O, então parax próximo de mas não igual a a
f (x) - f (a)
f (x) f (x) - f (a) x -a
=----=-- ---
g(x) g(x) - g(a) g(x) - g(a)
x-a
. f (x) - f (a)
11 m - - - -
lim f(x) = x --+ a x- a f ' (a)
x--+a g(x) lim g(x) - g(a) = g'(a) •
X--+a X - a
7.7 RESUMO
• Regra de L'Hôpital: suponha que f e g sejam deriváveis perto de a e que
f (a) = g(a) = O
Também suponha que g' (x) =!= Opara x perto (mas diferente) de a. Então
lim f(x) = oo
X--+00 g(X)
7.7 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Qual dos dois limites seguintes pode ser calculado usando a regra 2. Por que não podemos calcular
de L' Hôpital?
x 2 -2x
3x - 12 12x -3 lim---
lim-- lim-- x--+ 0 3x - 2
x--+4 x 2 - 16' x--+4 X - 4
usando a regra de L' Hôpital?
390 CÁLCULO
Exercícios
Nos Exercícios 1-10, mostre que a regra de L'Hôpital pode ser apli-
X x2
35. lim e - e 36. lim - - -
cada e use-a para calcular o limite. x-+ l lnx x-+0 1 - cosx
. 2x 2 + X - 3 2x2 +x -10
37. lim
cosx e2x - l
38. lim - -
1. 11m - - - - 2. lim - - - - - -
x-+ l X - 1 x-+2 2x 5 - 40x + 16 x-+ rr/2 sen(2x) x-+0 X
6x 3 + l 3x 2 + 9x + 2 sen4x
lim e-x (x 3 - x 2 + 9)
aX - J
3. lim 4. lim--- 39. 40. lim - - (a > O)
x-+-1 6x - x - Sx + 2
3 2 x-+0 x 2 + 3x x-+oo x-+0 X
,Jx - 3 x3 x l/3 - 1
5. lim 6. lim 41. lim 2 42. lim (secx - tgx)
x-+9 2x 2 - 17x - 9 x-+Osen x - x x-+ l x + 3x - 4 X-+ Tr/2
x2 cos2x -1
7. lim 8. lim 43. lim x 1fx 44. lim (! + lnx) 1/(x-l )
x-+0 1 - cosx x-+0 sen Sx X-+00 x-+l
Nos Exercícios 11-16, mostre que a regra de L'Hôpital pode ser apli-
cada ao limite quando x ~ ±oo e calcule o limite.
(1 + 3x) 112 - 2
47. lim - - -1- -
x-+ l (1 +7x) 13 -2
48. Jim (-X
X-+00 X+ J
)X
3x -1 ln x . cos mx d , .
11. lim - - - 12. lim - 49• Ca1cu1e hm - - , on e m e n são numeros naturais não-
x-+oo 7 - 12x X-+00 ,Jx x-+ rr/2 cos nx
nulos.
. ln(x 4 + 1)
13. lim ~ 14. hm x 11 - I
X-+00 eX x-+-00 X 50. Calcule lim - - - para quaisquer números n, m :p O.
X-+ l Xm - 1
x2 1 51. iCG~ A regra de L'Hôpital pode ser aplicada ao limite
15. lim 16. lim x sen -
X-+00 eX X-+ - 00 X
lim x sen(l / x)? Descubra se uma investigação numérica ou
Nos Exercícios 17-48, aplique a regra de L'Hôpital para calcular x-+0+
o limite. Em alguns casos, pode ser necessário aplicá-la mais de gráfica sugere a existência do limite.
uma vez.
52. Esboce o gráfico de y = ln x determinando o comportamento
. sen4x . tg 3x X
17. hm - - 18. hm crescente/decrescente, concavidade e comportamento assintóti-
x-+0 sen3x x-+rr/2 tg Sx co, como na Seção 4.5.
. tgx JS+ x - 3x 114
19. hm - - 20. lim - -2= - - - - - 53. Sejaf(x) = x l/x nodomínio {x :x>O ).
x-+0 X x-+ l x + 3x - 4
(a) Calcule lim f (x) e lim f (x ).
ex2 - e4 x-+0+ X-+00
21. lim (cotg x - ~) 22. lim (b) Encontre o valor máximo de f (x) e determine os intervalos em
x-+0 X x-+2 X - 2
quef(x) é crescente ou decrescente.
3x -2 . x 2 +4x
23. lim 24. hm - - - (e) Use (a) e (b) para provar que x 1fx = c tem uma única solução
x-+ - oo 1 - Sx x-+oo 9x3 + 4
se O < c ::: l ou c = e 1fe, duas soluções se l < c < e 1/e e
7x 2 +4x nenhuma solução se e > e 1/e.
25. lim 26. lim tg (nx ) lnx
x-+-oo 9 - 3x2 X-+ l 2
(d) iCG~ Esboce o gráfico def(x). Explique como o gráfico confir-
3x3 +4x 2 1 4 ma as conclusões de (c).
27. lim 28. lim [ -- - - -]
X-+00 4x3 - 7 x-+4 ,jx - 2 X- 4
54. Determine se f « g ou g « f (ou nenhum dos dois) para as
. x(ln x - 1) + 1 funções f (x) = log 1o x e g(x) = ln x.
29. hm - - - - -
x-+ l (x-1)1nx
30. lim (x -
X-+Tr/2 2
!:)
tg x
55. Mostre que (ln x )2 « ,Jx e (ln x )4 « x 1/ 10.
. cos(x + Í) ex - 1
31. hm 32. lim - - 56. Assim como as funções exponenciais se distinguem pelo seu rá-
x-+0 senx x-+0 sen x pido crescimento, as funções logarítmicas crescem especialmen-
te devagar. Mostre que ln x « xª, para todo a> O.
33
_ lim senx- x cosx
x-+0 x - senx
34. lim (_!_
X-+00 X2
- cossec2 x) 57. Mostre que (ln x )N « xª para todo N e todo a> O.
CAPITULO 7 Função Exponencial 391
12
58. Determine se Jx « e ~ ou e ~ « Jx. Sugestão: não use 63. Mostre que lim le- = O, para todo k. Sugestão: compare
1---->00
a regra de L' Hôpital mas, sim, a substituição u = ln x.
com lim le-t = O.
1---->00
59. Mostre que Iim x 11 e-x
X---->00
= Opara todo número natural n > O.
Nos Exercícios 64-66, seja
60. Hipóteses importam Sejam f(x) = x(2 + senx) e g(x)
x2 + 1.
-1 /x 2 se x ;é: O
(a) Mostrediretamenteque lim f(x)/g(x) =0. f(x) = {~
X---->00 sex =O
(b) Mostre que lim f(x) = lim g(x) = oo, mas que não existe
X---->00 X---->00 Esses exercícios mostram quef(x) tem uma propriedade pouco usual:
lim J'(x)/g'(x). todas suas derivadas superiores em x = Oexistem e são iguais a zero.
X---->00
Será que (a) e (b) contradizem a regra de L'Hôpital? Explique.
. -k-
64• Mostre que 11m f (x) = O, para todo k. Sugestao:
- seJa
· t = x -I
61. Use a Equação (2) da Seção 7.5 para mostrar que o PV de um x---->0 X
investimento que paga continuamente uma taxa constante de R e aplique o resultado do Exercício 63.
I - e-rT
dólares/ano por T anos é PV = R - - -, onde r é a taxa de 65. Mostre que existe f' (0) e que é igual a zero. Também verifique
r
que existe f 11 (0) e é igual a zero.
juros. Use a regra de L'Hôpital para provar que o PV tende a RT
quando r --+ O. 66. Mostre que, para k ::::: I e x ;é: O,
62. Verifique por derivação:
T erT (rT - 1) + 1
tert dt = - - - 2- - -
Ía
0 r
para algum polinômio P(x) e algum expoente r ::::: 1. Use o resul-
Então use a regra de L'Hôpital para mostrar que o limite da expres- tado do Exercício 64 para mostrar que existe f(k)(0) e é igual a
são à direita quando r --+ Oé igual ao valor da integral para r = O. zero para todo k ::::: 1.
onde ro ;é: À, então a mola oscila de acordo com um limite do caso geral, no seguinte sentido: fixado x > O,
e
y(t) =
À2 -(1)2
(l sen(a>t) - ro sen(Àt)) lim
n---->-l
rx tn dt = J,r t-
}1
1 dt
(a) Use a regra de L'Hôpital para determinar y(t) no limite quando xn+l -1
(1) --+ À. Observe que a integral à esquerda é igual a - - -
n +l
(b) Defina Yo(t) = lim y(t). Mostre que Yo(t) deixa de ser perió-
ro---->Ã 73. eR 5 A integral à esquerda no Exercício 72 é igual a
dica e que sua amplitude IYo(t) 1 tende ao infinito quando t --+ oo xn+l - 1
(dizemos que o sistema está em ressonância; a mola acaba sendo = - - -. Investigue o limite graficamente esboçando,
fn (x)
esticada além de sua capacidade). n+1
num mesmo par de eixos, o gráfico de f 11 (x) para n = O; -0,3;
(e) C,9 5 Esboce y(t) para À = 1 e ro = 0,5; 0,8; 0,9; 0,99 e -0,6 e -0,9, junto como o de ln x.
0,999. Como variam os gráficos? Os gráficos confirmam a con-
clusão de (b)? 74. Precisa-se de paciência: Use a regra de L'Hôpital para calcu-
lar e confira sua resposta numericamente:
70. ~ Fizemos bastante esforço no Capítulo 2 para calcular 2
. ( senx ) l/x
- . Mostre que esse 1·1m1te
senx
lim - · podena
· ter s1'do caIcuIado fa- (a) hm - (b) lim ( -1- - - 1)
x---->0 X x---->0+ X x ----> 0 sen2 x x2
392 CÁLCULO
0
li
2
~ 1
------- ~ s e n 0 ----- · / -
0
~~~'
-+-- --+------,>- -+-- -1----+- x
li li -1
, 2
-1
2
li
sen0 com 2
domínio restrito
0 =arcsenx
FIGURA 1 f (0) = sen 0 é injetora em [- ,r/2, ,r/2] e 0 = are sen x é sua inversa em [-,r/2, ,r/2].
Não confunda a inversa are sen x com Comecemos com a função seno. A Figura 1 mostra que f (0) = sen 0 é injetora em
a recíproca [- n/2, n/2]. Quando restringimos sen 0 ao intervalo [-n/2, n/2], sua inversa é denomi-
nada função arco seno e é denotada 0 = are sen x. Por definição,
(senx) - I =-1
senx
Uma tabela de valores do arco seno (Tabela 1) é obtida invertendo as colunas numa tabela
de valores do seno.
,,/2 1C
-T -4
1 1C
- 2 -6
o o
1 1C
2 6
,,/2 7r
T 4
:Íl. 1C
2 3
1C
2
5
(b) Seja 0 = are sen ( sen ( :)} Por definição, 0 é o ângulo em [-n/2, n/2] tal que
5
sen 0 = sen ( :). Pela identidade 0 = sen(n - 0) (Figura 2),
Resumo das relações inversas entre o A função cosseno é injetora em [O, n] em vez de [-n/2, n/ 2] (Figura 3). Quando
cosseno e o arco cosseno: restringimos f (0) = cos 0 ao intervalo [O, n], sua inversa é denominada função arco cos-
cos(arc cos x) =x seno e é denotada 0 = are cos x. Por definição,
are cos (cos 0) =0 se O::, 0 ::, ir
0 = are cos x é o único ângulo em [O, n] tal que cos 0 = x
0
7t
-1
--~--o.-x
cos 0 com -1
domínio restrito
0 = are COS X
FIGURA 3 f (0) = cos 0 é injetora em [O, n] e 0 = are cos x é sua inversa em [O, n].
Para calcular as derivadas das funções trigonométricas inversas, vamos precisar sim-
plificar expressões compostas como cos(arc sen x) e tg(arc sec x). Isso pode ser feito de
duas maneiras: usando um triângulo retângulo apropriado ou usando identidades trigono-
métricas.
Tomamos a raiz quadrada porque 0 = are sen x está em [-rr/2, rr/2) e cos 0 é positivo
nesse intervalo. •
. .. LEMBRETE Se g(x) for a inversa de Demonstração Aplicamos a Equação (3) da margem af (x) = sen x e g(x) = are sen x:
f(x), então
d
'
= I - are sen x = ----= ----= [usando (1)]
g (x) f'(g(x)) dx f'(arc sen x) cos(arc senx) Jf=x2
A derivada do are cos x é análoga (ver Exercício 49 ou o próximo exemplo). •
• EXEMPLO 3 Ângulos complementares As derivadas de are sen x e are cos x são iguais a
menos de um sinal de menos. Explique isso provando que
X
d d 1 d 2x
- are sen (x 2) = -dx are sen (x 2 ) = ,vr.--x - x2 =
dx 1 - x4 dx Jf=x4
t(~)- (1) __ 2
l __
4
•
2 - ~(1)4 - {fs- JI5
y -\2)
1
vT6
------1-----x
ft---- Em seguida, passamos às demais funções trigonométricas. A função f ( 0) = tg 0 é
--ql injetora em (-rr/2, rr/2) e f (0) = cotg0 é injetora em (O, rr). Definimos suas inversas
restringindo a esses domínios:
y = are tgx
y = are eotg x
A imagem de ambas tg 0 e cotg0 é o conjunto de todos os números reais R. Portanto,
FIGURA 6 0 = are tg x e 0 = are cotg x têm domínio R (Figura 6).
CAPITULO 7 Função Exponencial 395
A função f(0) = sec 0 não está definida em 0 = -,r/ 2, mas podemos ver na Figura
7 que é injetora tanto em [O, -,r/2) quanto em (-,r/2, -,r]. Analogamente, f (0) = cossec 0
não está definida em 0 = O, mas é injetora em [--,r/2, O) e (0, -,r/ 2]. Definimos as funções
inversas:
--....,
__) n
\
/(0) = sec 0
1t 0 =arc secx
--+----+----+---+---0
1t 2
2 -1
-----+----,f---+----- x
-1 J\, ....
d 1 d 1
As provas das fórmulas no Teorema 2
-arctgx = -2 - , -arccotgx =--
2
-
dx x +1 dx x +1
são análogas à prova do Teorema 1. Ver
1 Exercícios 50 e 52. d 1 d 1
- are sec x = ----, - are cossec x =
dx lxl-v?"=l dx lx1Jx 2 - 1
• EXEMPLO 5 Calcule (a)!!:__ are tg (3x + 1) e (b) .!!:.._ are cossec (ex+ 1) 1 .
b b X~
Solução
1
(a) Aplicando a regra da cadeia com a fórmula.!!:.._ are tg u = - 2- - :
du u +1
d l d 3
- are tg(3x + 1) = ------,-- -(3x + 1) = ------,---
dx 2
(3x + 1) + 1 dx 2 9x + 6x + 2
d l d
-arccossec(ex + l) = -----== === -(ex + l)
dx lex + llJ(ex + 1)2 _ l dx
Fórmulas de integração
dx
f ;-;----,;
-V l -x 2
= are sen X + C
dx
f -2--
X + l
= are tgx + C
dx
f lxl-vx--1
~ = a r e secx +e
1
• EXEMPLO 6 Calcule [ __!:!____
lo x 2 +1
Solução Usando a Equação (5) (Figura 8):
-5 -3 -1 1 3 5 1
II
FIGURA 8 O gráfico de y = (x 2 + 1)- 1• 1o
-2dx- = are tg x = are tg l -
x +l o
are tg O= -
1r
4
- O = -1r
4 •
7.8 RESUMO
• O arco seno e o arco cosseno estão definidos com - 1 :::: x :::: 1:
= are tg x , • angu1o em ( -
e, o umco 7r , Tr)
0 A
tal que tg 0 = x
2 2
0 = are cotg x é o único ângulo em (0, 1r) tal que cotg 0 = x
l
- aretgx = -2 -, -are eotgx = - - -
dx x +1 dx x2 + 1
d 1 d
- areseex = ----, dx are eossee x =
dx lxl ~
7.8 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Qual das quantidades a seguir não está definida? 2. Dê um exemplo de um ângulo etal que are cos(cos 0) /; e. Isso
contradiz a definição de função inversa?
(a) are sen(-½) (b) are cos (2)
3. Qual é a interpretação geométrica da identidade
(e) are cossec ( ½) (d) are cossec (2)
are sen x + are cos x = n/2?
Exercícios
Nos Exercícios 1-6, calcule sem usar calculadora. 21. cos(arc sen ~) 22. tg(arc cos ~)
1. are cos 1 2. are sen ½ 23. tg(arc sen 0,8) 24. cos (are cotg l)
2 25. cotg(arc cossec 2) 26. tg(arc sec (- 2))
3. are cotg 1 4. are sen v'3
27. cotg(arc tg 20) 28. sen(arc cossec 20)
5. are tg v'3 6. are sen(-1)
Nos Exercícios 29-32, calcule a derivada no ponto indicado sem usar
Nos Exercícios 7-16, calcule sem usar calculadora. calculadora.
4 29. y = are sen x, x =¾ 30. y = are tg x , x =½
7. are sen ( sen ~) 8. are sen ( sen ; )
.
49. Use a Figura 9 para provar que (are cos x)' = - ~1 - Nos Exercícios 63-66, calcule a integral definida.
J - x2
1/ 2 1 2 dx
63. 64.
loO r;---;;; dx
v 1 -x 2 !oo x2 +4
,,/j/2 1 ../5. dx
X
65.
li1/ 2
- - - dx
~
66.
1 2; ,Jj xJx2=1
FIGURA 9 O triângulo retângulo com 0 = are cos x. 67. Use a substituição u = x / 3 para provar que
dx I
f
X
50. Mostre que (are tg x)' = cos2 (arc tg x) e então use a Figura 10
- - = - are tg - + e
9 +x2 3 3
para provar que (are tg x)' = (x 2 + 1)- 1.
68. Use a substituição u = 2x para calcular f -+ dx .
4x 2 1
69. f ~
dt 70. / dt
J 1 - 16t 2
56. [,9 5 Aproxime os pontos críticos de g(x) = x are cos x e dê Sugestão: a área representada pela integral é a soma de um triân-
uma estimativa do valor máximo de g(x). gulo com um setor.
are tg x - II4 82. Mostre que G(t) = ~ + tare sen t é uma antiderivada
61. lim 62. lim ln x are tg x
x--. 1 tg ¾x - 1 x-+0 de are sen t.
CAPITULO 7 Função Exponencial 399
FIGURA 12
(d) Use (c) para concluir que os triângulos 6.QPB e 6.QCP são se-
melhantes.
C=(O,c) outdoor
B=(O, b)
FIGURA 13 O óleo no tanque está no nível h.
2 2
y
1 cosh x - senh x =11 [I]
2
As fórmulas de adição satisfeitas pelo seno e pelo cosseno têm análogas hiperbólicas:
-2
• EXEMPLO 1 Verificando a identidade básica Verifique a Equação (1).
y = senh x
Solução Segue das definições que
y
coshx + senhx =ex, coshx - senh x = e- x
4
3 Obtemos a Equação (1) multiplicando uma dessas duas equações pela outra:
3 (cos t, sen t)
2
(cosh t, senh t)
-+-+---+--+-+--+--+-- X -+----+-----+--X
-3 -2 2 3 -1
-1
-2
-3
FIGURA 3
CAPITULO 7 Função Exponencial 401
d d
- senhx = coshx, -coshx = senhx
dx dx
-4 -2 2 4
Essas fórmulas podem ser conferidas diretamente:
y = sechx
y
d (e x - e-x )' (ex + e-x )
dx senhx = = = coshx
2 2
senhx ex - e-x 1 2
tghx =- - =-
coshx
--
ex+ e-x '
sechx =- - =-
coshx
--
ex+ e-x
cosh x ex + e-x 1 2
cotghx =- - =-
senh x
- -,
ex - e-x
cossech x =- - =---
senh x ex - e-x
y = cossech x
_______ _)
--+----+---+--- x
-2 2
y =tgh x
7 y= cotgh x
d d
- tghx = sech2 x, -tgx = sec2 x
dx dx
d d
2
dx cotgh x = - cossech x, - cotg x = - cossec2 x
dx
d d
- sechx = -sechx tghx, - secx = secxtgx
dx dx
d d
- cossech x = - cossech x cotgh x, - cossec x = - cossec x cotgx
dx dx
402 CÁLCULO
d
• EXEMPLO 2 Verifique a fórmula - cotgh x = - cossech2 x.
dx
Solução Pela regra do quociente e a identidade cosh2 x - senh2 x = 1,
d (senhx)(coshx)' - (coshx)(senhx)'
-cotgh x = (coshx)
-- '
dx senhx senh2 x
senh2 x - cosh2 x -1
=
senh2 x
=--
2
= -cossech2 x
senh x •
d d
• EXEMPLO 3 Calcule (a) - cosh(3x 2 + 1) e (b) - senh x tgh x.
dx dx
Solução
d
(a) Pela regra da cadeia, - cosh(3x 2 + 1) = 6x senh(3x 2 + 1).
dx
(b) Pela regra do produto,
d 2
- (senh x tgh x) = senh x sech x + cosh x tgh x = sech x tgh x + senh x •
dx
Fórmulas de integrais
f x cosh(x
2
) dx = ~ f cosh u du = ~ senh u
1
= 2 senh(x 2) + e •
Funções hiperbólicas inversas
Cada uma das funções hiperbólicas, exceto y = cosh x e y = sech x, é injetora em seu do-
mínio e tem, portanto, uma inversa bem definida. As funções y = cosh x e y = sech x são
injetoras no domínio restrito {x : x ~ O}. Sejam are cosh x e are sech x as respectivas
inversas. Temos as fórmulas de derivadas seguintes.
CAPITULO 7 Função Exponencial 403
. , d
• EXEMPLO 5 (a) Venfique a formula - are tgh x = -I-2 .
dx I -x
(b) As funções y = are tgh x e y = are cotgh x têm a mesma derivada. Será que isso sig-
nifica que essas funções diferem por uma constante?
Solução
(a) Aplicamos a fórmula da derivada da inversa [Equação (3) à página 354]. Como
(tgh x )' = sech 2 x, temos
d 1
- are tgh x = ------
2
dx sech (arc tgh x)
------+--+--+----- x
L d
- are tgh x
dx
= - -2-1- - -
sech (arc tgh x) 1-x2
1
~ )
y i d
(b) Um cálculo análogo mostra que dx are cotgh x
y = are tgh x e y = are cotgh x são dadas pela mesma fórmula. Funções com a mesma
derivada diferem por uma constante se estiverem definidas no mesmo domínio. As fun-
1
= 1 _ x 2 . Assim, as derivadas de
=
FIGURA 6 As funções y are tgh x e ções y = are tgh x e y = are cotgh x têm domínios diferentes e, portanto, não diferem
y = are eotgh x têm domínios disjuntos. por uma constante (Figura 6). •
4
.
/ x - } 0,2 1- X
404 CÁLCULO
dx
f ~
l
= are COSh X + C
(b) Primeiro fazemos a substituição u = x 2, du = 2.x dx. Os novos limites de integração tomam-se
u = (0,2) 2 = 0,04 eu = (0,6) 2 = 0,36, de modo que
Pela terceira e quarta fórmulas, ambos are tgh u e are cotgh u são antiderivadas de
(l - u2)- 1. Devermos usar are tgh u porque o domínio de are tgh ué (-1, 1) e os limites
de integração u = 0,04 e u = 0,36 estão nesse intervalo (se os limites de integração esti-
vessem em lul > 1, usaríamos are cotg u). Obtemos
-l
2
1º·36
0,04
- du-
1 - u2
= -l ( are tgh(0,36) - are tgh(0,04) )
2
~ 0,1684
•
Alei de Einstein da adição de velocidades
A tangente hiperbólica desempenha um papel na Teoria Especial da Relatividade, desen-
volvida por Albert Einstein em 1905. Uma conseqüência dessa teoria é que nenhum objeto
pode se deslocar mais rápido do que a luz, cuja velocidade é c ~ 186.000 mi/s. Einstein se
deu conta que isso contradiz uma lei enunciada por Galileu mais de 250 anos antes, a saber,
de que velocidades se somam. Imagine um trem a uma velocidade deu= 100 mi/h e um
homem caminhando ao longo do corredor do trem a v = 3 mi/h. De acordo com Galileu,
a velocidade do homem em relação ao chão é v + u = 100 + 3, ou 103 mi/h. Isso está de
A lei de Einstein (2) reduz à lei de acordo com nossa experiência diária. Agora, entretanto, imagine um foguete se afastando
Galileu w = u + v quando u e v forem
da Terra a uma velocidade deu= 120.000 mi/se suponha que o foguete dispare um míssil
pequenos em relação à velocidade da
luz e (Exercício 66). Ver Exercício 67 com uma velocidade de v = 80.000 mi/s (relativa ao foguete). Se a lei de Galileu estivesse
para uma outra expressão de (2). correta, a velocidade do míssil em relação à Terra seria v + u = 200.000 mi/s, o que excede
a velocidade máxima de c ~ 186.000 mi/s.
Contudo, a teoria de Einstein substitui a lei de Galileu com uma nova lei, afir-
mando que são somadas as tangentes hiperbólicas inversas de suas velocidades. Mais
u= 120.000 mi/s precisamente, se v for a velocidade do foguete em relação à Terra e u a velocidade do
FIGURA 7 Qual é a velocidade do • EXEMPLO 7 Uma espaçonave se afasta da Terra a uma velocidade de 100.000 mi/s.
míssil relativamente à Terra? Um astronauta na nave dispara uma arma que emite um elétron que parte a 140.000 mi/s
na mesma direção e sentido da espaçonave. Use a lei de Einstein para encontrar a veloci-
dade w do elétron em relação à Terra.
= 0,97928
CAPITULO 7 Função Exponencial 405
w
Portanto, - ~ tgh(0,97928) ~ 0,75275 e
e
w ~ 0,75275c ~ 0,75275(186.000) ~ 140.012 mi/s
~ 1,493428912784 · 10-6
~
l..:....:..=:'.
Nesse caso, y = sen t e y = cos t são soluções porque
Além disso, como antes, pode ser mostrado que cada solução da Equação (4) tem a forma
y = A cos t + B sen t
Isso poderia parecer o final da história. Contudo, existe uma outra maneira de
escrever as soluções da Equação (4). Considere as funções exponenciais y = ei 1 e
y = e-ir, onde
i =r-f
O número i é um número complexo imaginário satisfazendo i 2 = -1. Como i não é um
número real, a exponencial e;1 não está definida sem maiores explicações. Mas se aceitar-
mos que ei 1 possa ser definida e que é legítimo aplicar as regras usuais do Cálculo a essa
função, então obteremos
406 CÁLCULO
d . .
-eu= ie11
dt
Derivando mais uma vez, teremos
ei 1 = A cos t + B sen t
Determinamos A e B considerando condições iniciais. Em primeiro lugar, tomamos
t = Ona Equação (5):
7.9 RESUMO
• O seno e o cosseno hiperbólico:
ex - e-x ex + e-x
senhx = --- (função ímpar), coshx = (função par)
2 2
As demais funções hiperbólicas:
senhx coshx 1 1
tghx = --, cotghx = --, sechx = - -, cossech x = --
coshx senhx coshx senh x
CAPITULO 7 Função Exponencial 407
d d
- senhx = coshx, - coshx = senhx
dx dx
d d
-
dx
tgh x = sech2 x, - cotgh x = - cossech2 x
dx
d d
- sech x = - sechx tghx , - cossech x = - cossech x cotgh x
dx dx
d 1 d
- arcsenhx = -vÍx2+1 ' - arccoshx = ~ (x > 1)
dx x2 + 1 dx x2 - 1
d l d l
- are tgh x = - - 2
(lx l < 1), dx are cotgh x = _ xZ (lx l > 1)
dx 1- x 1
d 1 d 1
- are sech x = - ~ (O < x < 1), - are cossech x = (x # O)
dx x 1- x 2 dx lx lv'x 2 + 1
7.9 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Quais funções hiperbólicas tomam somente valores positivos? 4. Quais fórmulas de derivadas hiperbólicas diferem por um sinal
de menos das correspondentes fórmulas trigonométricas?
2. Quais funções hiperbólicas são crescentes em seu domínio?
Exercícios
1. Use uma calculadora para calcular senh x e cosh x para x = -3, 21. y = ln(cotgh x) 22. y = sech x cotgh x
Oe 5.
23. y = tgh(3x 2 - 9) 24. y = xsenhx
2. Calcule senh(ln 5) e tgh(3 ln 5) sem usar calculadora.
25. y = are tgh 3x 26. y = are senh (x 2)
3. As funções y = senh x e y = cosh x são crescentes ou decrescen-
27. y = (are cossech 3x)4 28. y = earc cosh x
tes para quais valores de x?
4. Mostre que y = tgh x é uma função ímpar. 29. y = are senh (&+I) 30. y = ln(arc tgh x)
Nos Exercícios 5-30, calcule a derivada. Nos Exercícios 31-42, calcule a integral.
11. y=
senh t
I + cosht
12. y = ln(cosh x) 35. j sech 2 (1 - 2x) dx 36. j tgh(3x) sech(3x) dx
47. Prove a fórmula da adição de cosh x. 61. Prove que are senh t = ln(t + #+1). Sugestão: seja t =
senh x. Prove que cosh x = vÍ2+1 e use a relação
48. Use as fórmulas de adição para provar
senhx + coshx =ex.
senh(2x) = 2coshx senhx
cosh(2x) = cosh2 x + senh2 x 62. Prove que are cosh t = ln(t +~)para t > 1.
1 +t)
63. Prove que are tgh t = -1 ln ( - - para ltl < 1.
Nos Exercícios 49-52, prove a fórmula. 2 1- t
64. Use substituição u = senh x para provar que
49. cosh(arc senh t) = vÍ2+J
50. senh(arc cosh t) = ~ p a r a t ::=: 1 j sech x dx = are tg(senhx) + C
d 1
51. - are senh t = ~ 65. Um trem (imaginário) trafega num trilho à velocidade u e uma
dt v t2 + 1
mulher caminha no corredor interno com velocidade v no sen-
d 1 tido do movimento do trem. Calcule a velocidade w da mulher
52. - are cosh t = r,,---; para t > 1
dt v t2 - 1 relativamente ao chão usando as leis tanto de Galileu quanto de
Einstein nos casos seguintes.
Nos Exercícios 53-60, calcule a integral em termos de funções hiper-
(a) u = 1.000 mi/h e v = 50 mi/h. A calculadora do leitor é sufi-
bólicas inversas.
cientemente precisa a ponto de distinguir a diferença entre essas
53.
2
4 dx
l Jx2=t 54. f dx
Jx 2 - 4
duas leis?
(b) u = 100.000 mi/se v = 50 mi/s.
da
Nos Exercícios 70-72, uma corrente flexível de comprimento L está sus- (b) Calcule - por derivação implícita usando a relação
pensa entre dois postes de mesma altura e separados por uma distância dl
de 2M (Figura 9). Pelas leis de Newton, a corrente descreve uma curva
L = 2a senh ( : }
(denominada catenária) de equação y = a cosh ( ~) + C. A constan-
(e) Use (a) e (b) e a regra da cadeia para mostrar que
te C é arbitrária e a é um número tal que L = 2a senh ( : ) A am-
ds ds da cosh(M/a)-(M/a)senh(M/a)-1
plitude da curva é a distância vertical entre o ponto mais alto e o mais == ==
dl dadl 2senh(M/a)-(2M/a)cosh(M/a)
baixo da corrente.
72. Suponha que M = 50 e L = 600. Nesse caso, um sistema algébri-
co computacional pode ser usado para mostrar que a ~ 28,46.
y = a cosh(xla)
(a) Use a Equação (6) e aproximação linear para estimar o aumento
=
da amplitude se L for aumentado de L 160 para L 161 e de =
=
L 160 para L 165.=
(b) C,9 S Calcule s( 16 l) - s( 160) e s( 165) - s( 160) diretamente e
compare com sua estimativa em (a).
2M
73. Prove que toda função f (x) é a soma de uma função par f + (x) e
FIGURA 9 Uma corrente pendurada entre dois postes descreve a curva uma função ímpar f-(x). [Sugestão: f ±(x) = ½(f (x) ± f (-x)).]
y = a cosh (xla). Expresse f (x) = 5ex + 8e-x em termos de cosh x e senh x.
s = a cosh ( : ) - a.
cosh(it) = cos t e senh(it) = i sen t
ds
Useessasrelaçõesparamostrarqueaidentidadecos2 t + sen2 t =1
(a) Calcule-. resulta da identidade cosh2 x - senh 2 x = 1, tomando x = it.
da
(i) !na+ lnb (ii) !na - lnb (iii) ~ 8. i':$.J Descreva a interpretação gráfica da relação g' (x) = l/ f 1
b (g(x)), ondef(x) e g(x) são inversas uma da outra.
3. Qual das seguintes é igual a.:!.__ 2x?
dx 9. Suponha que g(x) seja a inversa de f (x). Combine as funções
(b) (ln 2)2x (a)-(d) com as inversas (i)-(iv).
410 CÁLCULO
(a) / (x) +1 (b) / (x + 1) Nos Exercícios 43-48, use derivada logarítmica para obter a de -
(e) 4/(x) (d) f (4x) rivada.
10. Encontre g' (8) se g(x) for a inversa de uma função derivável 45. y = e<x- 1)2 /x -3)2 ex are sen x
46. y = - - -
f(x) tal que/(-1) = 8 e / 1 (-1) = 12. ln x
dx 2x
19. f (0) = ln(sen 0)
36. ICG ~ Esboce o gráfico de/ (x) e use ampliações para encon- 1 X
trar duas soluções de/(x) = 0,3.
61.
12/3 dx 62. 112 dx
37. Mostre que f (x) tem uma inversa em [l , oo). Seja g(x) essa 1/3 ~ 4 X~
inversa. Encontre o domínio e a imagem de g(x) e calcule I
g 1(2e- 2). 63. lo cosh(2t) dt 64
º
Ío2
o
dt
4t + 12
38. Mostre que/(x) = c tem duas soluções se O< c < e- 1.
75. O isótopo tório-234 tem uma meia vida de 24,5 dias. . ln(e 1 + 1)
89. lim x I/ Z lnx 90. hm
X-->Ü+ l-->00 t
(a) Encontre a equação diferencial satisfeita pela quantidade y(t)
de tório-234 numa amostra no instante t. 2 sen 0 - sen 20
91. lim - - - - -
(b) Em t = O, uma amostra contém 2 kg de tório-234. Quanto resta 0--,0 sen 0 - 0 cos 0
depois de um ano?
92. lim.J4+x- 2 ~
76. O lanche mais antigo Na caverna Bat, no estado norte-ameri- X-->Ü X2
cano do Novo México, arqueólogos encontraram restos humanos
antigos, bem como espigas de milho de pipoca, que tinham uma . ln(t + 2)
14 93. hm 94. lim ( -ex- - -1)
razão de C para C12 em torno de 48% da que é encontrada em 1--, 00 log2 t X-->Ü eX - 1 X
dk para T = 500 e use aproximação linear para obter uma esti- 101. Neste exercício, provamos que, para todo x > O,
dT
mativa da variação de k se T passar de 500 a 510 K.
x2
80. Encontre as soluções de y' = 4(y - 12) satisfazendo y(O) = 20 x - -2 -< ln( 1 + x) -< x [IJ
e y(O) = Oe esboce seus gráficos.
81. Encontre as soluções de y' = -2y + 8 satisfazendo y(O) = 3 (a) Mostre que ln(I + x) = r ~.
lo + 1 t
para X> O.
e y(O) = 4 e esboce seus gráficos. .
(b) Venfique que 1 - t _:: :
1
+1 t _:: : 1, para todo t > O.
82. Mostre que y = are sen x satisfaz a equação diferencial
y' = sec y com condição inicial y(O) = O. (e) Use (b) para provar a Equação (1).
Nos Exercícios 83-86, seja P(t) o montante no instante t (anos) de (d) Verifique a Equação(!) parax = 0,5; 0, 1 e 0,01.
uma anuidade que rende juros de 5% compostos continuamente e
paga 2000 dólares/ano continuamente. 102. Seja
y
Yj=J(xj)=f(a+}ôx) (J=0,1,2, ... ,N)
'----1----,,----f-----+- x Quando formamos a soma RN + LN, cada valor Yj ocorre duas vezes, exceto o primeiro
b= XN yo (que só ocorre em LN) e o último YN (que só ocorre em RN) - Portanto,
FIGURA 2 TN aproxima a área sob o
gráfico por trapézios.
4 12 CÁLCULO
2
10S. Mostre que t(y) = are senh(tgy) é a inversa de gd(y) para 108. Seja f(x) = e-Ax /2, onde A> O. Dados n número reais
O=: y < Tt/2. <tt , a2, . .. . <t,,quaisquer, considere
106. Verifiquequet(y) do E."tercício 105 satisfazt'(y) = secyeen- 4>(:c) = f(:c-a1)f(x -a2) · · · f(x -an)
contre um valor de a tal que
(a) Suponha que n =
2 e prove que 4>(x) atinge seu valor má-
y dt ximo na média ,\" = ½<<tt + <12). Sugest,1o: mostre que
t(y)=
1
a
-
COSI
; ln(f(x)) = -Ax e calcule 4>'(:c), usando derivação loga-
107. Sejam
rítmica.
x dt :e (b) Mostre que, para qualquer 11, 4>(.r) atinge seu valor máximo em
F(x) =
1- _ 1nt
e G(x) = -1nx x =¼<ai + a2 + ···+ a11 ). Esse fato está relacionado ao pa-
pel desempenhado por f(x) (cujo gráfico tem o fonnato de sino)
Verifique que a regra de L' Hôpital pode ser aplicada ao limite na estatística.
. F(x)
L = hm -G e calcule L
.f-. oo (x)
4 14 CÁLCULO
1
TN = 2 àX(yo + 2)'1 + · · · + 2)'N-1 + )'N)
b-a
ondeô.x = --eyJ
N
=/(a+ j ÂX~
O nome "regra do trapézio" é apropriado porque TN é igual à soma das áreas dos tra-
pézios obtidos ligando os pontos (xo, yo), (x1, )'1 ) , .. . , (XN. )'N) por segmentos de reta
(Figura 2). Para verificar isso, observamos que a área de um trapézio típico é igual à mé-
dia das áreas dos retângulos pela esquerda e direita (Figura 3).
I
• EXEMPLO 1 : i, ·- Calcule a décima aproximação trapezoidal de lo sen(:c 2
) d:c. Em
seguida, use um sistema algébrico computacional para calcular TN para N = 20, 50, 100,
500, 1.000 e 5.000.
1 [
sen(Cr) + 2sen(0.J·) + 2sen(0,2·) + 2sen(0,3·) + 2sen(0,4·)
? ') ') ? ?
Tio=
2(0.1)
+ 2 sen(0.52 ) + 2 sen(0.62 ) + 2 sen(0, 72) + 2 sen(0.82 ) + 2 sen(0.92 ) + sen( 12 ) ]
:::: 0.311
1-0 1
Para um N qualquer, ÂX = - - = - e
N N
TABELA 1
TN =
1
2~ [sen(0 ) +2(,e•(G)')+ sen((! )')+ ... +sen( ( N; 1)')) +sen(I')]
N Somaintana
20 0.3 104936 A soma interna pode ser calculada num sistema algébrico computacional usando um co-
50 0,3 103043 mando do tipo seguinte:
100 0,3 102773
500 0.3 102687 Sum[Sin[(i/N}A2), (i, 1, N -1)]
1000 0.3 102684
I
5000 0,3102683
Obtemos os resultados na Tabela 1. Assim, lo sen(:c 2) d:c é, aproximadamente, 0,31027. •
CAPITULO 8 Técnicas de Integração 415
ENTENDIMENTO GRÁFICO Embora MN seja definido usando os retângulos pelo meio [Fi-
gura 4(A)], existe uma segunda interpretação de MN como a soma das áreas dos tra-
pézios cujos topos sejam tangentes ao gráfico de y = f(x) nos pontos médios Cj [Figura
4(B)]. O que nos permite trocar os retângulos por trapézios? O seguinte fato geral: um
retângulo tem a mesma área do que qualquer trapézio de mesma base cujo topo passe
pelo ponto médio do topo do retângulo (Figura 5). Por causa dessa interpretação, às
vezes denominamos a regra do ponto médio de regra da tangente.
De acordo com o teorema seguinte, as magnitudes desses erros estão relacionadas com o
tamanho da derivada segunda f 11 (x ), que supomos existir e ser contínua.
Na estimativa do erro, podemos tomar TEOREMA 1 Estimativa do Erro para TN e MN Seja K2 um número tal que lf" (x) 1~ K2
K2 como o máximo delf"(x)I em [a, b], para todo x E [a , b]. Então
mas se for inconveniente encontrar esse
máximo exatamente, tomamos K2 como
qualquer número que seja, com certeza, K2(b- a) 3 K2(b- a) 3
maior do que o máximo. Erro(TN) ~ N2 Erro(MN) ~ N
12 24 2
416 CÁLCULO
y y
y = f(x) y = f(x)
(a) Seja f(x) = ,,/x. Para usar a estimativa do erro, devemos encontrar um número K2
tal que lf"(x) I :5 K2 para 1 :5 x :5 4. Temos f'(x) = ½x-' 12 e J"(x) = -¼x- 312. O
valor absoluto lf" (x)I = ¼x- 312 é decrescente em [1 , 4], portanto seu máximo ocorre em
y x = 1 (Figura 8). Assim, podemos tomar K2 = IJ" (l)I =¼-Pelo Teorema 1,
K 2 (b a) 3 .!(4 - 1)3 1
Erro(T.6 ) < - 4
=- ~ O 0156 [IJ
1 Máximo em [! , 4) - 12N 2 12(6)2 64 '
4
K2(b - a) 3 ¼(4 - 1) 3 1
Erro(M6) < N2 = = - ~ 0,0078
- 24 24(6) 2 128
4
~ 0,00518
No Exemplo 2, o erro de T6 é 14
aproximadamente duas vezes maior do Erro(T6) = IT6 - 1 ~14,661488 - 4,6666671
que o erro de M6. Na prática, isso ocorre 3
freqüentemente. Observe, no Teorema
1, que a estimativa do erro de TN é duas Erro(M6) =I M6 -
14
3
1 ~ 14,669245 - 4,6666671 ~ 0,00258
vezes maior do que o erro de MN ·
Para encontrar uma cota para If" (x) 1, usamos um recurso gráfico para esboçar o gráfi-
co de f" (x) ao longo de [O, 3] (Figura 9). O gráfico mostra que o valor máximo de If" (x) 1
y
é If" (O) 1 = 1- 21 = 2, portanto tomamos K 2 = 2 na estimativa do erro:
K 2 (b a) 3 2(3 - 0) 3 9
Erro(M ) < -
2
N - 24N2 24N 2 - 4N 2
3
2
O erro é no máximo 0,0001 se
f"(x) = (4x 2 - 2)e-x
-2 9 z 9 X 104
N2 ::: 0,0001 ou N > ---
4 - 4
FIGURA 9 O gráfico da derivada
2
segunda de f(x) = e- x . Assim, N::: 150. Concluímos que M1so tem um erro de, no máximo, 0,0001. Calculando
M1so com um sistema algébrico computacional, vemos que M1so ~ 0,886207, de modo
que o valor da integral fica entre 0,886107 e 0,886307 (de fato, o valor com nove casas
é 0,886207348). •
Podemos melhorar as regras do trapézio e do ponto médio? Uma pista é que, quando
f (x) for côncava (para cima ou para baixo), então o valor exato da integral fica entre TN e
MN. De fato, geometricamente podemos ver (Figura 10) que
As extremidades desses subintervalos são usadas para calcular TN;2 e usamos os pontos
médios x1, x3, ... , XN-1 para calcular MN ;2 (Figura 11 mostra o caso N = 8):
TN;2= (!)
2
b-a(yo+2y2+2y4+ · ··+2YN-2+YN)
N/2
FIGURA 11 Calculamos Sg usando oito b-a b-a
MN/2 = N (Y1 + Y3 + Y5 + · · · + YN-1) = ~(2y1 + 2y3 + 2y5 + · · · + 2YN-l)
subintervalos. As extremidades pares 12
são usadas para T4; as extremidades
ímpares para M4 e Sg = T4 + jM4. 1 Assim,
1 2 1
SN = 3TN/2 + 3MN/2 = 3~x(yo + 2y2 + 2y4 + ... + 2YN-2 + YN)
1
+
3~x(4y1 + 4y3 + 4y5 + · · · + 4YN-l)
Eis a seqüência dos coeficientes de SN: Regra de Simpson Suponha que N seja par. Sejam ~x = b - ª e Yj = f(a + j ~x).
1, 4, 2, 4, 2, 4, .. . , 4, 2, 4, 1
Os coeficientes intermediários
A N-ésima aproximação de 1 b N
f (x) dx pela regra de Simpson é a quantidade
4-2
4 2 4 2 4 2 4 Solução Temos ~x = - 8- = 0,25. A Figura 12 mostra as extremidades e os coeficien-
2 2,25 2,5 2,75 3 3,25 3,5 3,75 4
tes necessários para calcular Ss usando a Equação (5):
FIGURA 12 A seqüência de coeficientes
de Sg em [2, 4].
~(0,25)[~ +4)1 +2,25 3 +2J1 +2,5 3 +4)1 +2,75 3 + 2 ~
A regra de Simpson dá uma precisão
impressionante. Usando um sistema
+ 4J1 + 3,2S3 + 2J1 + 3,53 + 4J1 + 3,75 3 + J1 + 43]
algébrico computacional, vemos que
a aproximação no Exemplo 4 tem um ~ ...!_[3 + 4(3,52003) + 2(4,07738) + 4(4,66871) + 2(5,2915)
erro menor do que 3 x 10-6. 12
+ 4(5,94375) + 2(6,62382) + 4(7,33037) + 8,06226] ~ 10,74159 •
Agora enunciamos (sem demonstrar) uma estimativa para o erro na regra de Simp-
son, onde
3 1
• EXEMPLO 5 Calcule Ss para
fl
- dx. Em seguida,
X
Ss
1 [l 4 2 4 2
= 3(0, 25) l + 1,25 + 1,5 + 1,75 + 2 + 2,25 + 2,5 + 2,75 + 3
4 2 4 l]
~ 1,09873
(a) Sejaf (x) = x- 1. A derivada quartaj<4l(x) = 24x-5 é decrescente, portanto seu má-
ximo em [1 , 3] é J<4l(l) = 24. Portanto, podemos tomar K4 = 24 e
5
E S K4(b - a) 24(3 - 1)5 64
rro( N) S 180N4 = 180N4 = 15N4
K4(b - a) 5 24(3 - 1) 5
Usando um sistema algébrico Erro(Ss) S 180(8)4 = -18-0-(8...,....4)- ~ 0,001
computacional, obtemos
S46 "" 1,09861241 (b) Para garantir que o erro seja menor do que 1 o-6, escolhemos N tal que
3 1
1 1 X
- dx = ln3 "" 1,09861229
1/ 4
106 · 64
N4 > 106 (64) ou N ~ ~ 45,45
- 15 ( 15 )
\Y= P(x)
\
\
\ Assim, podemos tomar N = 46 (ver comentário à margem).
•
ENTENDIMENTO GRÁFICO Definimos a regra de Simpson em termos de TN e MN, mas ela
tem uma outra interpretação como uma aproximação da área sob um gráfico usando pa-
rábolas em vez de retângulos. Se tomarmos três pontos consecutivos X2j- 2, X2j-l , x2j,
existe uma única função quadrática P(x) (cujo gráfico é uma parábola) tomando os
---+----+---+-- X mesmos valores em X2j-2, X2j-l, X2j quef (x) (Figura 13). A área sob a parábola, aci-
ma de [x2j-2, x2j ], é uma aproximação da área sob o gráfico def (x) nesse intervalo. A
FIGURA 13 Existe uma única função regra de Simpson SN é igual à soma dessas aproximações parabólicas (Figura 14). Essa
quadrática P(x) que coincide comf (x)
interpretação segue do resultado do Exercício 58.
em X2j-2, X2j- l , X2j·
420 CÁLCULO
\
\
\
1
1
,,,.-- I
I
/
'' I
I '
I ..._ / I
'
-+---+--+-!--+--+-- X X
FIGURA 14 A regra de Simpson Xo x, X2 X3 X4 X5 x6 Xo X1 X2 X3 X4 X5 x6
aproxima o gráfico de y = f (x) por
arcos parabólicos. O gráfico de y = f(x) Os arcos parabólicos usados na regra de Simpson.
t o 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
v(t) o 50 60 80 90 100 95 85 80 75 85
v(t) (mi/h)
100 Solução Como a velocidade é dada em milhas por hora, usamos horas como nossa unida-
de de tempo. O intervalo de 1Ominutos tem comprimento de ¼de hora. Dividimos esse
50 • intervalo em N = 10 subintervalos de comprimento !it = 6~ horas. Então
1
Tio = (o+ 2(50 + 60 + 80 + 90 + 100 + 95 + 85 + 80 + 75) + 85) = 12.625
12 34 5678910 120
t (min) 1
Sio = 180 (O+ 4(50) + 2(60) + 4(80) + 2(90) + 4(100)
FIGURA 15 A velocidade do teco-teco.
A distância percorrida é estimada pela + 2(95) + 4(85) + 2(80) + 4(75) + 85) = 12,75
aproximação da área sob a curva que
passa por esse pontos. O avião percorreu aproximadamente 12,7 milhas (Figura 15).
•
8.1 RESUMO
1
TN = -2 !ix(yo + 2yi + 2y2 + · · · + 2YN -i + YN )
1
SN = 3/ix [yo + 4yi + 2y2 + .. . + 4YN-3 + 2YN-2 + 4YN-i + YN ]
b-a
onde !ix = ----;:;- e YJ = f (a+ j !ix).
• TNé igual à somadas áreas dos trapézios obtidos conectando os pontos(xo, yo), (xi, y i), ... ,
(x N, y N) com segmentos de reta.
CAPITULO 8 Técnicas de Integração 421
• M N tem duas interpretações geométricas, ou como a soma das áreas dos retângulos pelo
meio ou como a soma de áreas dos trapézios tangentes.
1 i
• SN é igual a TN/2 + M N/2·
• Estimativas do Erro:
5
E S K4(b - a)
rro( N) S 180N4
8.1 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. O que são Ti e T2 para uma função de [O, 2] tal que f (0) = 3, 3. Aplicada a uma função linear, qual é o erro da regra do trapézio?
f (1) = 4 ef (2) = 3? Explique graficamente.
L LZ X
FIGURA 16
X
Exercícios
Nos Exercícios 1-12, calcule TN e M N para o valor indicado de N. 15. Ío2 dx
O x 4 + 1'
N=4 16. lo cos(x2)dx,
I
N =6
4
1. Ío2 x2 dx , N=4 2. fo ./x dx, N=4
!oi e- x dx,
2
17. N=6 18. Íi2 e- x dx , N=6
0
Íoir/2 v'seiudx,
3. Íi4 x3 dx, N =6 4.
0
N=8
19. fi 4
1nxdx, N =8 20. fz\!x 4 + 1dx, N =8
2 (e) Calcule/ e confira que o erro exato é menor do que a cota do erro
28. Calcule T6 para a integral/ = fo x 3 dx. calculada em (b).
(a) T6 é maior ou menor? Explique graficamente.
(b) Mostre que pode ser usado K 2 = f" (2) 1 na estimativa do erro e
1
40. Calcule Sg para a integral Ío I x 4
dx. Use a estimativa do erro
encontre uma cota para o erro. para encontrar uma cota para o erro e confira que o erro exato
(e) Calcule/ e confira que o erro exato é menor do que a cota calcu- satisfaz essa cota.
lada em (b).
32. fi 4
In x dx , Mio 33.
r 14
fo COSX, M20 3
-8
C,9 5 Nos Exercícios 34-37, use a estimativa do erro para encon-
trar um valor de N para o qual Erro(TN) ~ 10- 6. Use um sistema al- FIGURA 18 O gráfico de j<4l(x), onde f (x) = e- x 2•
gébrico computacional para calcular a aproximação correspondente
e confirme que o erro satisfaz a cota exigida.
43. C,9 5 Use um sistema algébrico computacional para calcular
1 r 16
fo 4 e esboçar o gráfico de f (4) (x) para f (x) = J 1 + x 4 e encontre
34. x dx 35. lo cosxdx
5
uma cota para o erro na aproximação S40 de fo f(x) dx.
Kz). Em seguida, encontre um valor de N para o qual o erro em Nos Exercícios 45-48, use a estimativa do erro para encontrar um
M N seja menor do que 1o- 6. valor de N para o qual Erro(SN) ~ 10-9.
1
y
46. fo xé dx
0,5
3 4 5
47.
ri
lo é
2
dx 48. 1 4
sen(ln x) dx
2N. Calcule o erro exato em MN para loir sen x dx para N = 4, 8, 56. l'.$1 Tempo de chegada do Tsunami Os cientistas estimam
a chegada das ondas de tsunamis (ondas oceânicas sísmicas) ba-
16, 32 e 64. O erro exato parece decrescer¼ quando N dobra? seados no ponto de origem P e nas profundidades do oceano. A
velocidade s de um tsunami em milhas por hora é aproximada-
52. C,9 S l'.$1 Observe que a estimativa do erro em TN (que mente s = JTScl, onde d é a profundidade do oceano, em pés
tem um 12 no denominador) é duas vezes maior do que a esti- (lembre que I milha= 5280 pés).
mativa do erro em MN (que tem um 24 no denominador). Cal-
(a) Sejaf(x) a profundidade do oceano ax milhas de P (na direção
cule o erro exato em TN para lo ir sen x dx para N = 4, 8, 16, 32 e sentido da costa). Usando somas de Riemann, argumente que
o tempo T necessário para o tsunami percorrer M milhas em
e 64 e compare com as contas do Exercício 51. Nesse caso, o direção à costa é
erro exato em TN parece ser aproximadamente duas vezes maior
do que o erro em MN? M dx
T- foo
- .Jl5f(x)
53. C,9 S ~ Explique por que a estimativa do erro em SN
decresce 16 se N aumentar para 2N. Calcule o erro exato em SN (b) Use a regra de Simpson para obter uma estimativa de T se M =
para foir senx dx para N = 4, 8, 16, 32 e 64. O erro exato parece 1.000 e as profundidades do oceano, medidas (em pés) em inter-
valos de 100 milhas e começando em P, forem
decrescer 16 quando N dobra?
13.000, 11.500, 10.500, 9.000, 8.500, 7.000,
54. A velocidade de um avião, em mi/h, foi registrada com interva-
6.000, 4.400, 3.800, 3.200, 2.000
los de 5 minutos durante um período de uma hora com os resul-
tados seguintes:
x2j
f (x) dx sef (x) for um poli-
midades a, b sef (x) = rx + s for uma função linear (com r, s nômio quadrático. Use (a) para mostrar que SN é exata para todo
constantes). N sef(x) for um polinômio quadrático.
58. Mostre que se f(x) = px 2 + qx + r for um polinômio quadrá- 60. Mostre que S2 também dá o valor exato de lb x 3 dx e conclua,
tico, então S2 = 1b f (x) dx. Em outras palavras, mostre que como no Exercício 59, que SN é exata para todos polinômios
cúbicos. Mostre, com um contra-exemplo, que S2 não é exata
b b-a para integrais de x 4.
1 a
f(x)dx = -(Yo +4y1 + Y2)
6
f li dv = IIV - f V du
f u(x)v'(x)dx = u(x)v(x) - f u'(x)v(x)dx [Il
Lembre que dv = v' (x ) dx e
du = u1 (x) dx.
Observe que a fórmula da integração por partes se aplica a um produto u(x)v'(x), por-
tanto devemos considerar seu uso quando o integrando for um produto de duas funções.
Solução O integrando é o produto x cos x, portanto tentamos usar u(x) = x e v' (x) = cos x.
Com essa escolha, a integral está no formato exigido:
Aplicando a Equação (1), podemos usar Agora aplicamos a integração por partes, observando que u' (x) = 1e v(x) = sen x (já que
1qualquer antiderivada v(x) de v' (x ). v'(x) = cosx):
f x cos x dx = ._,.-,
._,.-,
uv'
x sen x
uv
-! sen x dx = x sen x
'-.,.-'
u'v
+ cos x + C
d
- (x senx + cosx + C)
dx
= x cosx + senx - senx = x cosx •
O passo crucial na integração por partes é decidir como escrever o integrando na
forma de um produto uv'. Não esqueça que a integração por partes expressa/ uv' dx
em termos de / u' v dx. Isso é útil se u' v for mais f ácil de integrar do que u v'. Aqui te-
mos duas diretrizes:
• Escolha u de tal modo que u' seja "mais simples" do que a própria u.
V(X) = f X dx = 1x + C
2
Essa é uma má escolha porque a integral à direita é mais complicada do que a original. •
A escolha v' = 1, surpreendentemente, Solução À primeira vista, essa integral não parece ser uma candidata à integração por
funciona em alguns casos. Usando-a partes, pois o integrando não é um produto. Contudo, temos a liberdade de acrescentar um
no Exemplo 3, vemos que
fator 1 e escrever ln x = (ln x) . 1 = uv'. Então
f Jn X dx = X Jn X - X +C
u = ln x, v' =1
Esse truque também funciona para 1 -1
U =X , V=X
as funções trigonométricas inversas
(Exercício 6).
Observando que u' v = 1, obtemos
3 3 3 3
Í tn xdx= Í (1n x) -ldx=x ln x l - { 1dx=(3 1n 3- 0)-2=3 1n3 -2 •
11 11 '-.,-'
uv'
1 11
• EXEMPLO 4 Integrando por partes mais de uma vez Calcule/ x 2 cos x dx.
No Exemplo 4, faz sentido tomar Solução Usamos integração por partes com u = x 2 e v' = cos x:
u = x2 porque a integração por partes
reduz a integração de x 2 cos x à
integração de 2x sen x, que é mais fácil. f ~dx =~-
uv' uv
f~ u' v
2
dx =x senx-2 f xsenxdx
426 CÁLCULO
Para calcular / x sen x dx, aplicamos a integração por partes mais uma vez. Tomando
u = x e v' = sen x, obtemos
f X Sen X
'-.,-'
uv'
dx = '-X- vCOS-X'
uv
-! (- COS X)
'-.-'
u' v
dx = -X COS X + Sen X + C
Também podemos fazer as contas no Solução Há duas maneiras naturais de escrever ex cos x como u v'. Tentemos o seguinte:
Exemplo 5 usando a escolha u = ex,
1v' = cosx. u = cosx,
u' = -senx,
f ex cosx dx
'-,,--'
uv'
= 'ex- ,cosx
uv
,--'
+ f ex senx dx
'-v-'
-u'v
Agora usamos integração por partes mais uma vez, para calcular/ ex sen x dx:
u = senx,
u' = cos x,
A Equação (4) nos leva de volta ao integrando original ex cosx e parece que estamos
andando em círculo. Felizmente, podemos combinar a Equação (4) com a Equação (3) e
resolver
Solução Deduzimos a fórmula de redução usando integração por partes uma vez:
u' = nxn-I ,
Observe que f x ex dx
3 é igual
a P(x)ex + e, onde P(x) é um
f x 3 ex dx = x 3ex - 3 f x 2ex dx
um polinômio de grau n.
= x 3ex - 3x 2ex + 6 (xex - f ex dx) = x 3ex - 3x 2ex + 6xex - 6ex + e
= (x 3 - 3x2 + 6x - 6)ex + C
•
8.2 RESUMO
• Fórmuladaintegraçãoporpartes: f u(x)v'(x)dx = u(x)v(x)- f u'(x)v(x)dx.
• O passo crucial na aplicação da integração por partes é decidir como escrever o integran-
do na forma de um produto uv'. Lembre que a integração por partes é útil seu' v for mais
fácil (ou, no mínimo, menos difícil) de integrar do que uv'. Aqui temos duas diretrizes:
- Escolha u de tal modo que u' seja mais simples do que a própria u.
8.2 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Qual é a regra de derivação usada para deduzir a fórmula da inte-
gração por partes?
j x cos(x 2
) dx, j xcosxdx,
2. Para cada uma das integrais seguintes, decida se é melhor usar 3. Por que u = cosx, v' = x não é uma boa escolha para calcular
substituição ou integração por partes: J X COSX dx?
428 CÁLCULO
Exercícios
Nos Exercícios 1-6, calcule a integral usando a fórmula de integra- 34. Use substituição e depois integração por partes para calcular
ção por partes com as escolhas de u e v' dadas. f x3ex2 dx.
5. f 3
x ln xdx; u = ln x, v' =x 3
39. f cos x ln(sen x) dx 40. f x3(x2 + l)l2dx
9. f 2
x é dx 10. f 2
x senxdx
47. fo
4
x..J4 -x dx 48.
!on/4 x sen(2x) dx
17. f x-9 ln xdx 18. fé sen(2x) dx 53. Encontre uma fórmula de redução para / xn e- x dx análoga à da
23. f 2
(ln x) dx 24. fare cos xdx Nos Exercícios 55-62, indique um bom método para calcular a in-
tegral (mas não a calcule). As escolhas possíveis são manipulação
dx
2x+3 dx
5.
60. /
J 4- x2
l dx
x 2 + 3x + 6 x 2 + 3x +6
33. Use a substituição u = x 1/ 2 e depois integração por partes para
calcular f e,jx dx. 61. f x sen(3x + 4) dx 62. f xcos3xdx
CAPITULO 8 Técnicas de Integração 429
63. Calcule/ (are sen x ) 2 dx. Sugestão: primeiro use integração por for R(t)e-rt dt, onde ré a taxa de juros. Encontre o valor pre-
partes e depois substituição. sente se o rendimento é produzido a uma taxa de R(t) = 5.000 +
lOOt dólares/ano por 10 anos.
(lnx)2dx S . . b . . d
64. CaIcu Ie x2 . ugestão: pnme1ro use su st1tu1ção e e-
/ 70. Prove a fórmula de redução
pois integração por partes.
7 4
j (lnx/ dx = x(lnx/ - k j (lnx/- 1 dx
65. Calcule/ x cos(x ) dx.
66. Encontref(x), supondo que 71. Use a Equação (6) para calcular/ (lnxl dx, para k = 2 e 3.
mas faça a conta duas vezes: primeiro com V(x) = ½x 2 e de- (a) Use substituição para mostrar que l(a, b) = l(b, a).
1
i·
pois com V(x) = ½x 2 + Qual escolha de V(x) resultou ser (b) Mostrequel(a,0) = 1(0,a) = - - .
a+l
mais simples? (e) Prove que, para a~ l e b ~ O,
75. Prove de duas maneiras que a
l(a , b) = - - l ( a - l,b+ 1)
b+l
foª J(x) dx = af(a) - foª xf' (x) dx [!] (d) Use (b) e (e) para calcular l(l , l) e 1(3, 2).
a!b!
(e) Mostrequel(a,b) = - - - - .
Primeiro use integração por partes. Depois suponha quef (x) seja (a+b+l)!
crescente ou decrescente. Use a substituição u = f (x) para provar
78. Mostre por derivação que se P11 (x) for um polinômio de grau n
que foª xJ' (x) dx é igual à área da região destacada na Figura l satisfazendo Pn (x) + P~ (x) = x 11 , então
e então deduza a Equação (8) uma segunda vez. f xné dx = Pn(x)ex + C
y y = f(x) Encontre P11 (x) para n = 2, 3 e 4.
f(a) + - - - - - - - - - , ,
79. Sejam 111 = f x 11 cos(x 2) dx e J11 = f xn sen(x 2 ) dx.
f senm x cosn x dx
em que n e m são inteiros positivos. O caso mais fácil ocorre quando pelo menos um dos
expoentes é ímpar.
f sen3 x dx = f 2
(l - cos x) senx dx
f sen3 x dx = f 2
(l - cos x) sen x dx = - f 2
(l - u ) du [IJ
u3 cos 3 x
= -3 - u + e = -3- - cos x + e
•
1Seno ou cosseno com potência ímpar 1 Em geral, se n for ímpar, podemos usar a identidade cos2 x = 1 - sen2 x para escrever
cosn x como uma potência de (1 - sen2 x) vezes cos x e substituir u = sen x, du = cos x
Se cosx aparece com uma potência
ímpar 2k + 1, escrevemos cos2k+ 1x dx. Por outro lado, se m é ímpar, escrevemos senm x como uma potência de (1 - cos2 x)
como (1 - sen2 xl cosx. Então vezes sen x.
j senmx cos x dx torna-se
2k+ 1
f sen4 x cos5 x dx = f 4
u (l - u
2 2
) du = f 4
(u - 2u
6
+ u8 ) du
/
senn x dx = -;1 senn-l x cosx + -n- n-11 senn- x dx 2
/
cosn x dx = ;1 cosn-l x sen x + -n- n-11 cosn- x dx 2
f 4
sen x dx = -i 3
sen x cosx + ~ f 2
sen x dx
/
sen2 x dx = - 1 senx cosx +
2
1/
2 dx = - 1
2 senx cosx + 2x + C
1
Substituindo a Equação (6) na Equação (5), resulta
As integrais trigonométricas podem ser expressas de mais de uma maneira por causa
do grande número de identidades trigonométricas. Por exemplo, um sistema algébrico
computacional pode fornecer a seguinte resposta à integral do exemplo anterior:
1
/ sen4 x dx = (x - 8 sen 2x + sen4x) + C
32
Pode ser conferido que isso está de acordo com a resposta no Exemplo 3 (Exercício 55). As
fónnulas seguintes podem ser conferidas usando as identidades lembradas à margem .
Expandimos a integral do lado direito para obter uma soma de integrais de potên-
cias de cos x e usamos a fónnula de redução (4).
432 CÁLCULO
Expandimos a integral do lado direito para obter uma soma de integrais de potên-
cias de sen x e novamente calculamos a integral usando a fórmula de redução (3).
/ sen2 x cos4 x dx = f 2
(l - cos x) cos x dx =
4
f cos4 x dx - f cos6 x dx [I]
f 6
cos xdx = icos5 xsenx + ~ f 4
cos xdx
2
/ sen x cos x dx
4
= -i 5
cos x senx + if 4
cos x dx
f 4
cos x dx = i 3
cos x sen x + ~ f 2
cos x dx
3 ( 1 cos x sen x + 1x ) + C
= 41 cos3 x sen x + 4 2 2
1 3 3
= cos3 x sen x + cos x sen x + x +C
4 8 8
Como já observamos acima, as Juntando tudo,
integrais trigonométricas podem ser
expressas de mais de uma maneira. De
acordo com o programa Mathematica,
/
sen2 x cos4 x dx (1
3 cosx senx + 3 x ) + C
= - 61 cos5 x senx + 61 4cos3 x senx + 8 8
f 2 4
sen x cos x dx
=-
1
cos 5 x senx +
1
cos3 x senx +
1
cosx senx +
1
x +C
= +<,x + o',r sen 2x - o',r sen4x - ~ sen6x 6 24 16 16
f tg x dx = ln I sec x + C,
1 f sec x dx = ln I sec x + tg x 1 + C
CAPITULO 8 Técnicas de Integração 433
A integral j sec x dx foi calculada Solução Para integrar tg x, usamos a substituição u = cos x, du = -sen x dx:
numericamente pela primeira vez em
1590, pelo matemático inglês Edward
f tgxdx =
f senx
--dx
cosx
=- f -du = -ln lul +e= -ln lcosxl + e
u
Wright, décadas antes da invenção do
Cálculo. Embora não tenha inventado 1
o conceito de integral, Wright se deu = ln - - + C = ln 1sec X 1+ C
lcosxl
conta de que as somas que aproximam
a integral detêm a chave para entender Para integrar sec x, usamos a substituição esperta u = sec x + tg x. Então
a projeção Mercator de mapas, de
grande importância na navegação
marítima, porque permite aos
du = (secx tg x + sec2 x) dx = (secx) (tg x
._.,-,
+ secx) dx
navegadores alcançarem seus destinos u
seguindo ao longo de retas de direção
cardinal fixada. A fórmula para a Dividindo ambos lados por u, obtemos du = secx dx e, portanto,
integral foi demonstrada pela primeira u
vez por James Gregory em 1668.
rc/4
• EXEMPLO 6 Potências de tgx Calcule lo tg 3 x dx.
!caso 1m = 2k + 1ímpar!
= (i(l)
2
- lnv'2)-(io
2
- ln 111) = i - lnv'2 •
Usamos a identidade tg 2 x = sec2 x - 1
para escrevertg2k+l x sec11 x como À margem, descrevemos um método para integrar tgm x secn x .
(sec2 x - 1l(sec 11
-
1 x)(sec xtgx)
• EXEMPLO 7 Usando as fórmula de redução e a tabela de integrais Calcule
Então substituímos u = sec x, du =
sec x tg x dx para obter uma integral
envolvendo somente potências de u.
f tg 2 x sec 3 x dx .
Caso2 n
1 = 2k pari Solução Conferindo os casos discriminados à margem, observamos que essa integral está
Usamos a identidade sec2 x = 1 + tg2 x incluída no Caso 3, já que o integrando é tgm x secn x, com m = 2 e n = 3. O primeiro
para escrever tg111 x sec11 x como
passo é usar a identidade tg 2 x = sec2 x - 1:
(tg 111 x)(I + tg2 xl-l sec2 x
Então substituímos u = tg x,
du = sec2 x dx para obter uma integral
f tg
2
X Sec 3 X dx = f (sec
2
X - 1) Sec
3
X dx = f Sec5 X dx - f Sec3 X dx [!]
envolvendo somente potências de u.
Em seguida, usamos a fórmula de redução (22) com m = 5 da tabela:
1Caso3mparen ímpar 1
tg x sec x I/ 1 1
sec 3 xdx= +
/ 2 2 secxdx= 2 tgxsecx+ 2 Injsecx+tgxl+C
Então a Equação ( 1O) passa a ser
2
/ tg x sec 3 x dx = itg x sec3 x - i(~ tg x sec x + ~ ln Isec x + tg x 1) + C
1 1 1
tgx sec 3 x - tgx secx - 1n jsecx + tgxl + C •
4 8 8
As Fórmulas (25)-(27) da tabela descrevem as integrais de produtos da forma
sen mx sen nx , cos mx cos nx e sen mx cos nx. Essas integrais desempenham um papel
importante na teoria de séries de Fourier, uma técnica mais avançada que é muito usada
na Engenharia e na Física.
1º,. ~~~~~=
(- - - - - - - - - -
cos(4 - 3)x
2(4-3)
cos(4 + 3)x)
2(4+3) o
ln
= (- COS X _ COS 7X) 1n;
2 14 0
8.3 RESUMO
• Para integrar uma potência ímpar de sen x vezes cosn x, escrevemos
• A integral / tgm x secn x dx pode ser calculada com uma substituição que depende de
três casos: m ímpar, n par, ou m par e n ímpar. Ver a nota à margem da página 433.
x sen 2x x 1
J sen2 X dx = - - - - + C = - - - sen X COS X + C
2 4 2 2
x sen 2x x 1
J
2
cos xdx= + C=
2 + -4- 2 + 2 sen x cosx+C
senn- l xcosx n -1 J
J senn x dx = - n + -n- senn- Zx dx
cosn-l x senx
+ -n -n-1 j cosn- 2
J cosn x dx = n x dx
senm+ l xcosn-l x n -1 J
J senm x cosn x dx = - - - - - - + - -
m+n m+n
sen111 x cosn- Z x dx
sen111- l x cosn+ l x m - 1 J
J sen111 x cosn x dx = - - - - - - - + - -
m+n m+n
senm-Z x cosn x dx
cotgm-l x J
j cot~ xdx = - -- -
m -1
cotg 111
-
2 x dx
8.3 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Descreva a técnica usada para calcular / sen5 x dx. 4. Descreva uma maneira de calcular / sen6 x cos2 x dx.
2. Descreva uma maneira de calcular / sen6 x dx. 5. Qual dessas integrais é mais difícil de calcular?
Exercícios
Nos Exercícios 1-6, use o método para potências ímpares para cal-
cular a integral.
17. / tg 2 tdt 18. f cotg3 xdx
1. f 3
cos xdx. 2. f 5
sen xdx
19. f sec xdx
3 20. f 2
cossec x dx
5. f sen3 t cos 3 t dt 6. / sen2 x cos5 x dx 21. f cos5 x sen x dx 22. f cos3 2x sen 2x dx
X
27. f sen4 (3x) dx 28. / sen2 x cos6 x dx
-1
3ir
2 29. f sec?tdt 30. f cossec3 x dx
8. Use a identidade sen2 x = 1- cos2 x para escrever / sen2 x 33. f tg 5 x sec4 x dx 34. / tg 2 x sec4 x dx
cos2 x dx como a soma de duas integrais e então calcule usando
a fórmula de redução. 35. f 4
tg x secx dx 36. f 6 4
tg x sec x dx
Nos Exercícios 9-12, calcule usando os métodos desenvolvidos nos
Exemplos 3 e 4. 37. f tg 4 xsec3 xdx 38. / tg 2 x cossec2 x dx
9. f 4
cos ydy 10. f cos2 0 sen2 0d0 39. / sen 2x cos 2x dx 40. f cos 4x cos 6x dx
11. / sen4 x cos2 x dx 12. / sen4 x cos6 x dx 41. / sen 2x cos 4x dx 42. f t cos3<t ) dt
2
15. f 4
tg 0sec2 0d0 16. / tg2 x secx dx 47.
Íoir/3
0
sen3 x dx 48.
Íoir/ 4
Q
3:!_
COSX
CAPITULO 8 Técnicas de Integração 437
verificar que a primeira das duas fórmulas seguintes é equivalen- Sugestão: use a identidade tg 2 x = (sec2 x - 1) para escrever
te à segunda.
= (sec2 x - l)tl-2 x.
f sen4 x dx =
1
(12x - 8sen2x + sen4x) + C
tl x
32
I 3 3
68. Calcule / = f sen2 x cos4 x dx usando (15). Mostre:
62. Use integração por partes para provar as fórmulas de redução das lo 1r sen mx sen nx dx = O, fon cos mx cos nx dx = O
Equações (3) e (4).
r21r
63. Aqui temos mais um método de redução para calcular a inte- lo senmxcosnxdx =O
gral J = f senm x cos11 x dx quando me n forem pares. Use as
Essas fórmulas, conhecidas como relações de ortogonalidade,
identidades desempenham um papel básico na teoria de séries de Fourier
(Figura 2).
I I
sen2 x = 2(1- cos2x), cos2 x = 2(1 + cos 2x)
f
y
para escrever J =~ (1 - cos 2x )m/2 (1 + cos 2xt 12 dx. Em
seguida, expanda o lado direito como uma soma de integrais en-
H-iA--A-f-+-f--'<1'--V--+-t- X
volvendo potências menores do seno e do cosseno na variável 2x.
Use esse método para calcular J = f 2
sen x cos x dx. 2
27r
64. Use o método do Exercício 63 para calcular f cos4 x d x. y = sen 2x sen 4x y = sen 3x cos 4x
I 2·2 4 ·4 2m · 2m l2m
senmxcosnx = (sen(m -n)x + sen(m + n)x) 7r
-·-·· ·
2 2 1· 3 3·5 (2m - 1)(2m + 1) hm+I
para provar a Equação (26) da tabela de integrais à página 435.
76. Essa é uma continuação do Exercício 75.
73. Calcule fon: sen2 mx dx param inteiro arbitrário. (a) Prove que l2m+ 1 :::: l 2m :::: hm- l· Sugestão: observe que
74. Use integração por partes para provar (com m f= 1) que sen2m+ 1 x :::: sen2m x :::: sen2m- I x para O :::: x :::: !
f sec111 x dx
tg x sec
= -----
m-1
x
111
m- 2
+- -
m-1
-
2
f sec111- 2
x dx
/2111-l
(b) Mostre que - -
l2m+l
l
= 1 + -.
2m
= (m~
1
var que, param> 1, lm ) lm-2 • 12111
(d) Prove que hm - - = 1.
m--+oo hm+l
(b) Mostreque/3 = ie/4 = (¾H½Hn (e) Finalmente, deduza o produto infinito para! descoberto pelo
(e) Mais geralmente, mostre que matemático inglês John Wallis (1616-1703):
2m - 1 2m - 3 1 7r 7r 2244 2m-2m
I2m=----···-·- -= lim -·-·-· -· · · -- - - - -
2m 2m-2 22
2 m--+oo l 3 3 5 (2m - 1)(2m + 1)
2m 2m -2 2
l2m+l =- - - - · ·· -3
2m + 1 2m - 1
Jx2-a2
Em cada caso, uma substituição transforma a integral numa integral trigonométrica. Por exem-
plo, a substituição x = a sen 0 pode ser usada quando o integrando envolve Ja2 - x 2.
Solução
Quando efetuamos uma substituição Passo 1. Substituir para eliminar a raiz quadrada.
trigonométrica como x = sen 0 ou Nessa integral, - 1 :'.:: x :'.:: 1. Portanto, podemos usar a substituição x = sen 0,
x = tg 0, escolhemos o ângulo 0 no
domínio da função trigonométrica dx = cos 0 d0 em que-'Í :'.:: 0 :'.:: 1- Para tais 0, temos cos 0 ~ Oe obtemos
inversa relevante, ou seja, are sen x ou
are tgx. ~ = j 1- sen2 0 = cos 0 [IJ
dx
fJ 2
1 - x dx = f cos 0 ~ = f 2
cos 0d 0
/
cos2 0d0
1 1
= 20 + 4 sen20 + C
f ~dx = f 2
cos 0d0 = 10+ ~sen20 + C
CAPITULO 8 Técnicas de Integração 439
J
Integrais envolvendo Ja2 - x2 Se aparecer a2 - x 2 num integrando, em que a > O,
Observe que se x = a sen 0 anda > O, podemos tentar a substituição
então
f - -x -
2
- - dx =
(4 - X 2) 312
f 3 3
2
2
4 sen 0 2 cos 0 d 0 =
COS 0
f COS
2
0
f
-sen2-0 d 0 = tg 2 0 d 0
f tgm x dx t _
= _g m-1
_x_ - f tg 111 - 2 x dx
Usamos a fórmula de redução lembrada à margem com m = 2:
f f
m -l
2
tg 0d0=tg 0- d0=tg0-0+C
X X
sen 0 =
2, 0 = are sen
2
Como poderíamos escrever tg 0 em termos de x? Construímos um triângulo retângulo
FIGURA 1 O triângulo retângulo com
sen 0 = x / 2. de ângulo 0 tal que sen 0 = x / 2, como na Figura 1. Pelo Teorema de Pitágoras, o lado
adjacente tem comprimento J4 - x 2 e, assim,
tg 0 = oposto = x
adjacente J4 - x2
2
x
f
X X
(4 - x2)3/2 dx = tg 0 - 0 +e= .J4=x2 - are sen 2 + e •
J
Integrais envolvendo a2 + x 2 Se aparecer J a 2 + x 2 num integrando, em que a > O,
Na substituição x = a tg 0, escolhemos podemos tentar a substituição
-; < 0 < lPortanto, a sec 0 é a raiz
quadrada positiva de .ja2 + x2 . X= atg e, dx =asec2 ede, Ja 2 + x 2 = a sec e
fJ 4x 2 + 20 dx = fJ 4(x 2 + 5) dx = 2 fJ x 2 + 5 dx
•·· LEMBRETE Agora usamos a fórmula de redução para secm x lembrada à margem, com m = 3:
tgx sec"'-2 x
f secm x dx = -"-----
m - 1
+ --f
m-2 sec"'-2 x dx
f J4x 2 + 20dx = 10 f sec 3 e de= 10 tg e~ec e + 10 (~) f sec edx
m-1
= 5 tg e sec e+ 5 ln 1sec e + tg e 1+ e rn
Resta expressar o resultado em termos de x. Como x = ,Js tg e, usamos o triângulo
retângulo da Figura 2 para obter
X
oposto
tg e= - - -
X sec e = hipotenusa = ./x2+"5
adjacente ,Js' adjacente ,Js
FIGURA 2
Assim, a Equação (3) dá
f/ v4x 2 +
X
20dx = 5 ,Js ,Js
./x2+"5
+ 51n
./x2+"5
,Js +
X
,Js + C
Jx 2 +5 +x
= xJ x 2 + 5 + 5 ln ,Js +C
2
5 ln +5+X
Jx ,.js +C = 5 ln 1Jx 2 + 5 + X 1 + 5 )n 11
,.js 1
+C
---...-
Constante
Na substituição x = a sec 0, Integrais envolvendo ,./x 2 - a 2 Se aparecer J x 2 - a 2 num integrando, em que a > O,
escolhemos O ~ 0 < ; se x ~ a e podemos tentar a substituição
1r ~ 0 < ~sex ~ -a.Com essas
dx
• EXEMPLO 4 Calcule
f C"lr..
x2 v x 2 - 9
Solução Nesse caso, fazemos a substituição
Então
f dx
---=== =
x2Jx2 - 9
f 3 sec 0 tg 0 d 0
------,,------
2
(9 sec 0)(3 tg 0)
1/
= -
9
1
cos 0 d 0 = - sen 0 +
9
e
sen 0 = oposto
hipotenusa X
Portanto,
dx 1 Jx 2 -9
f - - - - = -sen0+C = - - - + C
x2Jx2-9 9 9x •
Até aqui usamos a substituição trigonométrica para atacar integrandos envolvendo
as raízes quadradas J x 2 ± a 2 ou J a 2 - x 2. Raízes quadradas mais gerais, da forma
J ax 2 + bx + e, são resolvidas completando o quadrado (Seção 1.2).
Solução
Passo 1. Completar o quadrado.
x 2 - 6x + 11 = (x 2 - 6x + 9) + 2 = (x - 3) 2 + 2
Passo 2. Substituição.
Seja u = x - 3. Então x 2 - 6x + 11 = u2 + 2 e
f (x 2 - 6x
dx
+ 11)2 -
f du
(u 2 + 2)2
442 CÁLCULO
du 1 x -3 x- 3
f -(u_
2 _+_2_
)2 = -4./2
-2 are tg _./2_2_ + -4(_x_
2 ___6_x_+_ll_) + C
dx 1 x- 3 x- 3
f -(x_
2___
6_x_+_1_1_)
2 = -4./2-2 are tg _./2_2_ + -4(-x2---6x_+_ll_) + C •
8.4 RESUMO
• Substituição trigonométrica:
X X
a a
FIGURA 5
8.4 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Explique por que a substituição trigonométrica não é necessária
para calcular f xJ9 - x2 dx.
FIGURA 6
(B)
4. Expresse tg eem termos de x para o ângulo na Figura 6(A). 6. Expresse sen 20 em termos de x, onde x = sen e.
Exercícios
Nos Exercícios 1-4, calcule a integral seguindo os passos. (b) Mostrar que se x = 3 tg 0 então sec 0 = ½Jx2 + 9.
1. / = f dx
J9 - x 2
(e) Expresse / em termos de x.
dx
(a) Mostre que a substituição x = 3 sen e transforma / em f d0 e
4. I f
= (x2 + 4)2
calcule / em termos de e. (a) Mostre que a substituição x = 2 tg 0 transforma a integral / em
(b) Calcule / em termos de x.
~f 2
cos 0 d 0.
2. I = f dx
x 2Jx 2 - 2 (b) Use a fórmula f cos2 0 d0 = ~ 0 + ~ sen 0 cos 0 para calcular
(a) Mostre que a substituição x = -./2 sec e transforma a integral / / em termos de e.
em ~ f cos 0d0 e calcule/ em termos de 0. (e) Mostre que sen 0 = ~
X
v x2 + 4
ecos 0 = ~
vx 2 +4
2
-
(b) Use um triângulo retângulo para mostrar que, com a substituição
(d) Expresse/ em termos de x.
de (a), sen e= Jx 2 - 2/x.
(e) Calcule / em termos de x. Nos Exercícios 5-10, use a substituição indicada para calcular a
integral.
dx
3. / = f Jx2 +9
e
(a) Mostre que a substituição x = 3 tg transforma/ em f sec ed0
5. f J4-x 2 dx , x =2sen0
1
·
f dx
xJx 2 -9 '
x = 3 sec 0
33. Seja/= f dx .
Jx 2 - 4x +8
8. rI dx , X = 2 tg 0 (a) Complete o quadrado para mostrar que x 2 - 4x + 8 =
l1 ;2x 2Jx 2 + 4 (x - 2)2 + 4.
9. f dx x = 2 sec 0
. .
(b) Use a subst1tmção u = x - 2 para mostrar que/ = f ~ du
v u2 + 22
-
(x2 _ 4)3/2' Calcule/.
10
. lo
rl (16+x2)2'
dx X = 4 tg 0 34. Calcule fJ dx
l 2x - x 2
. Primeiro complete o quadrado para es-
f 3
35
·
f dx
Jx 2 +4x + 13
36. f dx
J2 + x - x 2
12. Calcule ambas
f ~
x dx
...;x 2 -4
e
x dx
~
...;x 2 -4
de duas maneiras:
37. f dx 38. f J x 2 - 4x + 7 dx
usando substituição trigonométrica e usando a substituição direta
Jx +x 2
u = x 2 -4.
Nos Exercícios 13-30, calcule a integral usando substituição trigono- 39. f J x 2 - 4x + 3 dx 40. f dx
(x 2 + 6x + 6)2
métrica. Se necessário, use a tabela de integrais trigonométricas.
13. f 2
x dx 14. f dx
41. Calcule f are sec x dx. Sugestão: comece com integração por
J9 - x 2 Jx 2 - 9 partes.
15. f J 12 + 4x 2 dx 16
·
f dx
x 2 Jx 2 -25
42. Calcule
f
are sen x
x
2
dx. Sugestão: comece com integração por
partes.
17.
f dt
(4 - t2)3/2 18.
f dt
J 2
t - 5
Nos Exercícios 43-52, indique um bom método para calcular a integral
(mas não a calcule). As escolhas possíveis são reconhecer uma fórmu-
19
.
f dy
y2J5 _ y2
20. f dt
tJt 2 -4
la básica de integração, manipulação algébrica, substituição (especifi-
cando u e du), integração por partes (especificando u e v'), um método
trigonométrico ou substituição trigonométrica (especifique). Se as téc-
21 f dz 22. f dx nicas até aqui desenvolvidas não forem suficientes, diga-o.
. z3Jz2 _ 4
f &+! 2
x dx f
J25 + x 2
2
x dx
43. f dx
J 12- 6x -x 2
44. f 3 3
sen x cos x dx
23.
f dx
24.
f
(x2 - 4)3/2
dx
45. f 2
xsec x dx 46. f J 4x2 - 1dx
29. f x 3J9 - x2 dx 30
•
f x2dx
(x2 + 1)3/2 f dx f dx
52
51. (x + 2)3 · (x + l )(x + 2) 3
31. Prove a fórmula seguinte para a> O:
53. Qual das integrais seguintes pode ser calculada usando a substi-
dx J tuição u = 1 - x 2 e quais exigem substituição trigonométrica?
f
X
- 2- = r,; are tg r,; + C
X +a ..;a ..;a Em cada caso, determine a integral obtida com a substituição.
f __ f pdx
x4
d_x _ = _!_(- X- + _ I_ are tg _x_ ) +
(x2+a)2 2a x2+a Ja Ja
e (e)
f r;---;,dx
v l -x 2
(d)
l - x2
CAPITULO 8 Técnicas de Integração 445
55. Encontre o volume do sólido obtido pela rotação do gráfico de onde k = 8,99 x 109 N. m2/ C2 (constante de Coulomb), Â. é a
y = x ~ , acima de [O, 1), em tomo do eixo y. densidade de carga (coulombs por metro) e x 1, x2 estão mostra-
dos na figura. Suponha que Â. = 6 x 10-4 C/ m e D= 3. Encon-
56. Encontre o volume do sólido obtido pela rotação da região en- tre E1_ se (a) x1 = 0ex2 = 30me(b) x1 = -15ex2 = 15m.
tre o gráfico de y2 - x2 = I e a reta y = 2, em torno da reta
y =2. 59. C,9 5 Três amigos fizeram um pedido de uma pizza de 18 po-
legadas e querem dividi-la em três partes iguais usando fatias
57. Encontre o volume do sólido obtido pela rotação da região no verticais como na Figura 8. Use a Equação (7) no Exercício 63
Exercício 56, mas em tomo de y = 3. a seguir e um sistema algébrico computacional para encontrar o
valor de x que divide a pizza em três partes de mesma área.
58. Uma carga elétrica num arame cria um campo elétrico num pon-
to P localizado a uma distância D do arame (Figura 7). O compo-
y
nente E1. do campo perpendicular ao arame (em volts) é
op
I
senh2 t = (cosh2t - l)
2
(c) Expresse o resultado em termos de x. Observe que
Sugestão: calcule 111 usando integração por partes com v' = I.
Use essa relação recursiva para calcular h eh- senh 2t = 2 senh t cosh t.
f dt = t + e.
interpretando a integral como a área de uma parte do círculo
unitário.
(b) Mostre que/= are cosh x + C.
(c) A substituição trigonométrica com x = sec 0 leva a
64. Calcule f x/~ 1
de duas maneiras e verifique que as respostas
batem: primeiro via substituição trigonométrica e depois usando
a identidade
9 f 2
senh t dt.
446 CÁLCULO
(2x 3 + x 2 - 2x + 2) dx x +4 3
f
2
= 2x 2 + 2 + -2 are tg x + ln(x + 1) + C
(x 2 + 1) 2
t um fato da Algebra que cada O método das frações parciais fornece antiderivadas explícitas desse tipo sempre que con-
polinômio Q(x) com coeficientes reais seguirmos fatorar o denominador Q(x) num produto de fatores lineares ou quadráticos.
pode ser escrito como um produto
de fatores lineares ou quadráticos Uma função racional P(x) é denominada própria se o grau de P(x) [denotado grau(P)]
de coeficientes reais. Contudo, nem Q(x)
sempre é possível encontrar esses
for menor do que o grau de Q(x). Por exemplo,
fatores explicitamente.
x 2 - 3x + 7 2x 2 +7 x-2
x4 - 16 ' X -5 ' x-5
--..-,
Própria Não é própria
P(x)
· · · lmente, que -
S uponha, m1cia · propna
- seJa , · e que o denomina
· d or f( x ) e1atore como
Q(x)
um produto de fatores lineares distintos. Em outra palavras,
P(x) P(x)
Q(x) (x - a, )(x - a2) · · · (x - an)
onde as raízes a, , a2, . .. , a11 são todas distintas e grau(P) < n. Então existe uma decom-
Cada fator linear (x - a) distinto no
denominador contribui com um termo
posição em frações parciais:
da forma
P(x) Ai A2 An
A
Q(x)
---+---+···+---
(x-a,) (x-a2) (x-an)
x -a
para a decomposição em frações para constantes convenientes A, , ... , An. Por exemplo,
parciais.
- 5x 2 -x+ 28 2 2 5
--------=--------
(x + l)(x - 2)(x - 3) x+l x-2 x-3
1 A B
- - - - - = - - + --
(x - 2)(x - 5) x - 2 x - 5
CAPITULO 8 Técnicas de Integração 447
1 = (x - 2)(x - 5) ( ~
x-2
+ _!!__)
x-5
1 = A(2 - 5) + B(2 -
'-...-'
2) = -3A
Isso é zero
f dx
(x - 2)(x - 5) = -3
1/
1
dx
x- 2 +3
1/
1
dx
x - 5
= -- ln lx - 21 + - ln lx - 51 + C
3 3 •
x 2 +2
• EXEMPLO 2 Calcule
f - - - - - - - dx.
(x - 1)(2x - 8)(x + 2)
Solução
Passo 1. Encontrar a decomposição em frações parciais.
A decomposição em frações parciais tem o formato
Na Equação (2), o fator linear 2x - 8
não está no formato (x - a) usado 2
+2
anteriormente, mas a decomposição - - -x - - - - = -A- + -B- + -C-
em frações parciais pode ser executada (x - 1) (2x - 8) (x + 2) x- 1 2x - 8 x +2
da mesma maneira.
Como antes, multiplicamos por (x - 1) (2x - 8) (x + 2) para limpar os denominadores:
x
2
+ 2 = A(2x - 8)(x + 2) + B(x - l)(x + 2) + C(x - I)(2x - 8) W
Como A está vinculada ao fator (x - 1), colocamos x = 1 na Equação (3) para
calcular A:
Zero
1 2
+ 2 = A(2 - 8)(1 + 2) + B(l - 1)(1 + 2) + C(l - 1)(2 - 8)
18 = 18B =} 1B =1 1
Finalmente, C é determinada tomando x = -2 na Equação (3):
2
- - -x - +2
- - - = ---
(x - 1)(2x - 8)(x + 2)
1/6 1
+ -- + --
1/6
x - 1 2x - 8 x + 2
f
2
x +2
(x - 1)(2x - 8)(x + 2) dx = -6
1/ dx
x - 1+
f dx 1/ dx
2x - 8 + 6 x + 2
1 1 1
= - 6 In lx - 11 +
2 In l2x - 81 +
6In lx + 21+ C
•
p (x) nao
Se Q(x) - 1or
" propna,
, · ou seJa,
· se grau (P) ~ grau (Q) , d'1v1'd'imos os po1·mom1os e
A •
escrevemos
P(x) R(x)
Q(x) = g(x) + Q(x)
, 1· R(x) , , . E - d . P(x) d d
onde g(x ) e um po moffilo e Q(x) e propna. ntao, po emos mtegrar Q(x) usan o a e-
A •
. - f - .. d R(x)
compos1çao em raçoes parc1a1s e Q(x)'
x3 + 1
• EXEMPLO 3 Divisão polinomial requerida Calcule
f - 2- - dx.
X -4
4x + 1 = A(x + 2) + B(x - 2)
CAPITULO 8 Técnicas de Integração 449
f (x3
x2
+ l) dx =
- 4
f x dx +~
4
f -3:!_ + ~ f -3:!_
X - 2 4 X +2
1 9 7
= 2x 2 + 4ln lx- 21 + 4ln lx + 21 + C •
- raciona
Agora tratamos o caso em que a funçao . 1- - tenha um denomma
P(x) . dor com
Q(x)
fatores lineares repetidos:
P(x) P(x)
=------------
Q(x) (x - a1)M1 (x - a2)M2 · · · (x - an)M11
Cada fator (x - a; )M; contribui com a soma de termos seguinte para a decomposição em
frações parciais:
3 9
• EXEMPLO 4 Fatores I'meares repet'd
I os Ca1cu1e / (x _ l) - + )2 d x.
x (x
2
Solução Devemos tentar encontrar uma decomposição em frações parciais da forma
3x -9 A B1 B2
(x - l)(x + 2) 2 = x - 1 + x +2 + (x + 2) 2
Não podemos determinar B1 da mesma maneira que A e B2. Temos dois procedimentos
possíveis.
• Primeiro método (substituição): Se substituirmos x = 1 ou x = - 2 na Equação
(5), então o termo com B1 desaparece. Porém, a Equação (5) é válida para todos
valores de x, de modo que tomamos um valor de x diferente de x = l ou - 2, por
exemplo, x = 2. Então a Equação (5) fornece
2
3(2) - 9 = - (2 + 2) 2 + B1 (2 - 1)(2 + 2) + 5(2 - 1)
3
32
-3 =- +4B1 +5
3
B1 = !4 (-s + 323 ) = ~3
450 CÁLCULO
3x - 9 = - 32 (x 2 + 4x + 4) + B1 (x 2 + x - 2) + 5(x - 1)
Os coeficientes das potências de x de cada lado da equação devem ser iguais. Como
x 2 não ocorre do lado esquerdo, resulta O= B1 - j, ou B1 = l
De qualquer maneira, mostramos que
_ _3_x_-_9_ _ dx
f (x-l)(x+2) 2
= -~ f-d_x_ + ~ f-d_x_ + 5
3 x-1 3 x+2
f dx
(x+2) 2
2 2 5
= - 3 ln lx - ll+
3tn lx + 21 - -x+- + C
2 •
Fatores quadráticos
Dizemos que um polinômio quadrático é irredutível se não puder ser escrito como
um produto de dois fatores lineares (sem usar números complexos). Uma potência
(ax 2 + bx + c)M de um fator quadrático irredutível contribui com uma soma do tipo
seguinte para a decomposição em frações parciais:
Por exemplo,
4-x 1 x +4 2x+9
- -2- - - - 2=
x(x + 4x + 2) X x 2 +4x +2 (x 2 + 4x + 2) 2
É possível que seja necessário utilizar substituição trigonométrica para integrar esses ter-
mos. Em particular, o resultado seguinte pode ser útil (Exercício 31 da Seção 8.4):
f dx
x 2 +a
1
= Jãarctg ( X )
Jã +e (paraa > O)
Solução
(a) O fator quadrático x 2 + 9 é irredutível, portanto a decomposição em frações parciais
tem o formato
18 A Bx +C
- ---- =-
(x + 3)(x 2 + 9)
- + -x 2-+ -
x + 3 9
CAPITULO 8 Técnicas de Integração 451
18 = A((-3) 2 +9) +0 =} A= 1
f 18dx
(x + 3)(x 2 + 9) =
f dx
x + 3 -
f (x -3)dx
x2 + 9
= f dx
x + 3 -
f x dx
x2 + 9 +
f 3 dx
x2 + 9
1 2 X
= ln lx + 31 -
2 ln(x + 9) + are tg
3+ C
Aqui usamos
f _x_ dx =
x2 + 9
!
2
f du =
u
! ln(x 2 + 9) + C
2
(u = x 2 + 9, du = 2x dx)
dx 1
f
X
x2 + 9 = 3are tg 3+ C [pela Equação (6)]
18 18 A B C
----- = ----- = -- +-- +-- -2
2
(x + 3)(x - 9) (x + 3)2(x - 3) x- 3 x + 3 (x + 3)
Limpando os denominadores:
/
18 1/
(x + 3)(x 2 - 9) dx = 2
dx 1/ dx
x- 3- 2 x+ 3-
3 f dx
(x + 3)2
1 1
=
2 ln lx - 31 - 2ln lx + 31 + 3(x + 3)- 1 + C •
4
• EXEMPLO 6 Fator quadrático repetido Calcule/ - x dx.
x(x 2 + 2) 2
Solução A decomposição em frações parciais tem o formato
4- x A Bx + C Dx + E
- - - = - + -2- - + -2- -
x(x2 +2) 2 x x +2 (x +2)2
452 CÁLCULO
1 +B =0 (Coeficiente de x 4 )
C=O (Coeficiente de x 3 )
4+2B+ D =0 (Coeficiente de x 2 )
E= -l (Coeficiente de x)
2C +4 = 4 (Termo constante)
/
(4- x) dx
x(x 2 +2) 2
= f -!
dx
x
x dx
x 2 +2
-! (2x + 1) dx
(x 2 +2) 2
= ln lx 1 -
1
- ln(x 2 + 2) -
/ (2x + 1)dx
2 (x 2 + 2) 2
Usar a substituição u = x 2 + 2
,_,___
f (2x + l)dx
(x2 + 2)2
=
f 2xdx
(x2 + 2)2 +
f dx
(x2 + 2)2
2 -1 / dx
= -(x + 2) + (x2 + 2)2
f dx
(x 2 + 2) 2 -
f 2
,,/5.sec 0d0 =/
(2 tg 2 (} + 2) 2
,,/5. sec
2
0 d0
4 sec4 0
4-x 1 1 1 1 X
f
2 X
- -2 - d2 x =lnlxl- -ln(x +2)+--
2 - -arctg- - - -2- + C
x(x +2) 2 x +2 4J2 J2 4x +2
1 1 - lx 1 X
= ln lx 1 - - ln(x 2 + 2) + -2 -4- - - are tg - +C •
2 x +2 4v'2 J2
8.5 RESUMO
A integral de uma função racional/ P(x) dx é calculada usando o método das frações par-
Q(x )
ciais. Suponha que P (x) / Q (x) seja própria [isto é, grau(P) < grau (Q)] e que Q(x) possa ser
fatorado explicitamente como um produto de termos lineares e quadráticos irredutíveis.
P(x) Ai A2 An
- - - - - - - - - = - - + - - + . .. + - -
(x -ai)(x -a2) · · · (x -a,i) x-a, x -a2 x -an
Ai A2 AM
(x - a)M contribui com - - + - - --,-2 + ··· + - -~
x - a (x-a) (x - a)M
A1x+B1 A2x+B2 ANx+BN
2
(x + bl contribui com - - - + - 2- - +
x 2 +b (x + b) 2
···+ - 2- - -
(x +b) N
Pode ser preciso usar substituição ou substituição trigonométrica para integrar os termos
correspondentes a (x 2 + b)N (Exemplo 6).
• Se P (x) / Q (x ) for imprópria, usamos divisão polinomial (Exemplo 3).
454 CÁLCULO
8.5 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Suponha que/ f(x) dx = ln x + Jx+"T + C. Será quef (x) (e) x 2 + 4x + 6 (d) x 2 + 4x +2
pode ser uma função racional? Explique. 4. Seja P (x)/ Q(x) uma função racional própria, onde Q(x) é fa-
torável como um produto de fatores lineares distintos (x - ai ).
2. Qual das seguintes é uma função racional própria?
Então
X 4
3 (b) 9 -x P(x)dx
f
(a) X -
Q(x)
x 2 + 12 4x 3 - 7x
(e) -(x- +-2)-(x_+_I)-(x- -3)
- (d) -(x---3-) (-2x- +-5)-(9---x-)
(escolha a resposta correta):
3. Qual dos seguintes polinômios quadráticos é irredutível? Para (a) é uma soma de termos logarítmicos Ai ln(x - ai) para algumas
conferir, complete o quadrado, se necessário. constantes A i.
(a) x 2 + 5 (b) x 2 - 5 (b) pode conter um termo envolvendo o arco tangente.
Exercícios
1. Combine a função racional (a)-(d) com a correspondente decom- x 2 +2
posição em frações parciais (i)-(iv). 5. f(x) = -X- 6. f(x) = X+ 3
3x - 9
x 2 + 4x + 12 2x 2 + 8x + 24 3 3
+x + I I
(a) (x + 2)(x2 + 4) (b) (x + 2)2(x 2 + 4) 7. f(x) =x x- 2
8. f(x) = -x 2- -
x - x
x 2 -4x +8 x 4 - 4x + 8
Nos Exercícios 9-46, calcule a integral.
(e) (x - l)2(x - 2)2 (d) (x + 2)(x 2 + 4)
(i) X - 2
4
+ -- - --
4x - 4 9
·
j (x-2)(x-
dx
4)
IO. j (x - 3)(x
dx
+ 7)
X+ 2 x2 + 4
(3x + 5)dx
'') - 8
(l i - - + --~
x-2
4
(x - 2)2
8 5
+ --+--~
x- 1 (x -1 )2
ll. / dx
x(2x + 1)
12.
f - 2~ - - -
x - 4x - 5
dx
... I
(111) - -
X + 2
2
+ --~ + - -
(x + 2)2
- X+2
x2 + 4
l3. /(2x - l )dx
x 2 - 5x + 6
2
14.
f (x - 2)(x - 3)(x + 2)
(x + 3x -44)dx 3dx
•) 1
(IV--+--
X +2
4
x2 + 4
15
_/
(x + 3)(x + 5)(3x - 2)
16
' f (x + l )(x 2 + x)
(x 2 + llx)dx j (4x 2 - 21x) dx
2. Determine as constantes A e B:
-
2x - 3
- - --
A
= -x - -3 + - -
B
17.
f (x - l)(x + 1)2
18
· (x - 3)2(2x + 3)
(x - 3)(x - 4) x - 4 19 / dx 20 / dx
• (x - 1)2 (x - 2) 2 · (x+4) 3
3. Multiplique cruzado a decomposição em frações parciais seguin-
te e determine a constante B (substitua um valor de x ou use o 21 /
•
48dx
x(x +4)2
22
_ f (x
2
+ x + 3) dx
(x - 1)3
método dos coeficientes indeterminados):
3x 2 + I lx + 12
(x+ l )(x+3)2
B 3
= - - - - - - - ---,.
x+ l x + 3 (x+3)2
23
•
j dx
(x - 4) 2 (x - 1)
24. f X
(3x + 7) 3
dx
2x + 4 A Bx + C (3x 2 - 2)dx (x 2 - x + 1) dx
----=--- = - - + - - -
(x - 2)(x 2 + 4) x- 2 x2 + 4 27.
f x-4
28.
f X2 +x
Nos Exercícios 5-8, use divisão polinomial para escrever f (x) como a
soma de um polinômio com uma função racional própria. Em segui-
29
•
f x(x 2
dx
+ 1)
30
_ / (3x
2
(x - l )(x 2
- 4x + 5) dx
+ 1)
da, calcule f f(x) dx.
3 1. /
2
x dx 32. J __!!:!__
x2+3 2x2 -3
CAPITULO 8 Técnicas de Integração 455
33. f x2
(x + l)(x 2 + 1)
dx 34• f 2
2
6x + 7x - 6 dx
(x - 4)(x + 2) 55.
f dx
(x2 + 9)2 56. f 0arcsec 0d0
35. f 2
x dx
(3x + 7) 3
36
•
f dx
x(x 2 + 25)
57. f tg 5 x secx dx 58. f xdx
(x2 _ J)3/2
37. f dx
x2(x 2 + 25) 38.
f IOdx
(x - J)2(x2 + 9) 59.
f 2
x dx
(x2 - 1)3/2 60. f dx
x(x 2 + x)
39
•
f IOdx
(x + l)(x 2 + 9) 2
40
•
f dx
x(x 2 + 8)2 61 f dx 62
f (x + l)dx
• x(x 2 - 1) · (x2 + 4x + 8)2
41
·
f IOOxdx
(x - 3)(x 2 + 1)2
42
•
f dx
(x + 2)(x 2 + 4x + 10) 63. f ,/xdx 64. f are tg 30d0
x3 + 1
43
•
f 9dx
(x + l)(x2 - 2x +6)
44
•
f 25dx
x(x2+2x+5)2 65 f dx 66.
f xl f2dx
45
·
f (x2 + 3) dx
(x 2 + 2x + 3)2
46.j...!!__
x4 - J
• x 4(x3 + 1) xl / 3 + 1
47. Calcule f- X2 -
dx
J
de duas maneiras: usando frações parciais e
fórmulas
1 - t2 2t
substituição trigonométrica. Verifique que as duas respostas batem. cos e= - - 2, sen0 = - -2,
d0= 2d\ [1m
1+t 1+t 1 +t
48. ICG~ Esboce o gráfico da equação (x - 40)y2 = IOx(x - 30)
e encontre o volume do sólido obtido pela rotação da região entre Essa substituição transforma a integral de qualquer função racio-
o gráfico e o eixo x, ao longo de [O, 30], em tomo do eixo x. nal de cos 0 ou sen 0 numa integral de uma função racional de t
(que pode ser calculada com frações parciais). Use essa substitui-
49. Calcule f Jx
x-1
dx . Sugestão: use a substituição u = ,/x (que é ção para calcular
! ------.
d0
cos 0 + (3/ 4) sen 0
denominada substituição racionalizante).
51. f dx
x 2J4 - x 2
52. f 2
cos 4xdx FIGURA 2
53. f dx
x(x - 1) 2
54. f 2
x sec xdx 68. Use a substituição do Exercício 67 para calcular f de
cos 0 + sen 0
.
P(x ) A B
em que a e b são constantes tais que a ::j: b. -- = - - + - -
Q(x) (x - a) (x-b)
70. O método das frações parciais mostra que
P(a ) P(b)
dx 1 1 (a) Mostre que A= Q' (a) eB = Q' (b) .
f - - =
x2 - 1 2
- ln lx - I 1- - 2
ln lx + 11 + C
(b) Use esse resultado para encontrar a decomposição em frações
O sistema algébrico computacional Mathematica calcula essa parciais no caso P(x) = 3x - 2 e Q(x) = x 2 - 4x - 12.
integral como menos a função tangente hiperbólica inversa -are
tgh x. É possível conciliar essas duas respostas?
456 CÁLCULO
r oo 2
1-oo e-x /2 dx
representa a área sob a curva em forma de sino para - oo < x < oo (Figura 1). Isso é um
exemplo de uma integral imprópria. Embora a região sob a curva se estenda infinitamen-
y te para a esquerda e para a direita, a área total é finita (Exercício 62).
Consideramos três tipos de integrais impróprias, dependendo de uma ou ambas extre-
midades de integração serem infinitas:
1-: f(x)dx , 1 00
-2 -1 2
Em que sentido poderia a área de uma região infinita ser finita? Considere a função
f(x) = e-x. A área sob o gráfico, acima do intervalo finito [O, R], é [Figura 2(A)]
FIGURA 1 A área total sob a curva em
forma de sino é finita.
Agora observe que essa área tende a um limite quando R ---+ oo:
r oo e-x dx =
lo
lim rR e-x dx = lim
R--+oo lo R--+oo
(t - e-R) = 1 [Il
Tomamos esse limite como a definição da integral no intervalo infinito [O, oo) e, portanto,
a região infinita destacada na Figura 2(B) tem área 1.
(A) A região finita tem área - e-R. (B) A região infinita tem área 1.
FIGURA 2 A área sob y = e-x, acima de [O, R], tende ao limite 1 quando R ---+ oo.
CAPITULO 8 Técnicas de Integração 457
DEFINIÇÃO Integral imprópria Fixado um número a, suponha que f (x) seja integrável
em [a, b], para todo b ::: a. A integral imprópria def(x) em [a , oo) é definida como o
limite (caso exista)
rX! f(x) dx =
fa
lim {R f(x) dx
R-+ oo fa
Quando o limite existir, dizemos que a integral imprópria converge. De modo análogo,
definimos jª
-oo
f (x) dx = lim
R-+-oo
t
jR
f (x) dx.
Uma integral imprópria duplamente infinita é definida como uma soma (desde que
ambas integrais à direita convirjam):
f(x)dx
00
dx
• EXEMPLO 1 Mostre que
1 2 2X converge e calcule seu valor.
Solução Primeiramente calculamos a integral definida num intervalo finito [2, R]:
{Rdx = - x -1 IR 1 1
2 2 R
f2 x 2
Existe o limite quando R ---+ oo, portanto a integral imprópria converge (Figura 3):
2
FIGURA 3 A área acima de [2, oo) é
. 1a I.
1gua 1 •
Quando o limite que define uma integral imprópria é ou infinito ou não existe, dize-
y mos que a integral imprópria diverge. Por exemplo, a área sob a parábola y = x2 parece
infinita (Figura 4) e, de fato, a integral seguinte diverge:
io
oo
x 2 dx = lim
R-+ oo
iR
o
x 2 dx = lim -R 3
R-+oo
1
3
= oo
Em geral, contudo, não é possível simplesmente olhar para o gráfico de uma função e
dizer se a integral imprópria converge ou diverge. As funções f (x) = x-2 e g(x) = x- 1
são ambas decrescentes, mas f (x) = x - 2 decresce mais rapidamente quando x ---+ oo, e a
área sob seu gráfico, acima de [2, oo), é finita, como vimos no exemplo anterior. O exem-
FIGURA 4 A área total sob o gráfico de plo seguinte mostra que g(x) = x- 1não tende a zero suficientemente rápido para que sua
y = x 2, acima de [O, oo ), é infinita. integral imprópria convirja.
• EXEMPLO 2 Determme se
. 1-I - oo X
-dx converge.
A integral imprópria diverge porque, quando R -+ -oo, o limite é infinito (Figura 5):
y -I dx
-1
lim
R-'>-00 R 1 -
X
= lim (-lnlRI) = -oo
R-'>-00 •
00
• EXEMPLO 3 Usando a regra de L'Hôpital Determine se fo xe-x dx converge e, caso
afirmativo, calcule seu valor.
.
A integral lioo -dx é denominada
. a TEOREMA 1 Integral imprópria de x-P em [1, oo)
1 xP
integral p. Ela é muito usada no teste
da comparação para determinar a se p > I
convergência ou a divergência de
integrais impróprias mais complicadas se p .:s 1
(Exemplo 8).
- SeJa
Demonstraçao . J = f 1oo -dx . Se p =fa 1, então
xP
IR = (-
l= lim
R-'>oo fI
R
x - Pdx= lim - -
R-'>oo 1 - p
xl-p
I
lim
R-'>oo
Rl-p 1 )
----
1- p 1- p
Se p > 1, então R 1-P tende a zero quando R-+ oo. Nesse caso, J converge e J = 1/(p - 1).
Se p < 1, então R 1-P tende a oo e J diverge. Finalmente, se p = 1, então J diverge, pois
{ R x - I dx = ln R e lim ln R = oo. •
11 R-'>oo
Na Física, falamos em mover um • EXEMPLO 4 Velocidade de escape A Terra exerce uma força gravitacional de magnitude
objeto "infinitamente longe". Na GMm
prática, isso significa "muito longe", F (r) = ---e - num objeto de massa m, onde ré a distância ao centro de massa da Terra.
mas é mais conveniente trabalhar com r2
a integral imprópria. (a) Encontre o trabalho exigido para mover um objeto de massa ma uma distância infini-
ta da Terra.
(b) Calcule a velocidade de escape da Terra.
CAPITULO 8 Técnicas de Integração 459
... LEMBRETE A massa da Terra é de Solução Lembre que o trabalho é a integral da força como função da distância (Seção 6.5) .
Me ~ 5,98 · 1024 kg (a) O trabalho exigido para mover um objeto da superfície da Terra (r = re) a uma dis-
O raio da Terra é tância R do centro é
re ~ 6,37 · 106 m
(1 1)
A constante de gravitação universal é
G ~ 6,67 · 10- l l N-m2/ kg2
1RGMem
1e r2
GMem lR
- -- dr = - - -
r re
= GMem - - -
re R
J
onde um Newton é I kg-m/s2. Um joule O trabalho para mover o objeto "infinitamente longe" é a integral imprópria
é 1 N-m.
00
1 1)
GMem
1~
dr
lim GMem ( - - -
2r = R~oo ~ R
GMem
= - -J
~
(b) Usando conservação da energia na Física, podemos mostrar que um objeto lançado
com uma velocidade inicial vo escapará do campo gravitacional terrestre se sua energia
cinética ½mv5 for pelo menos tão grande quanto o trabalho exigido para mover o objeto
infinitamente longe, isto é, se
112
1 2 GMem
-mv
2 0-
> ---
re
ou vo:::: 2GMe)
( -re-
A velocidade de escape em quilômetros Usando os valores das constantes lembradas à margem, obtemos que a velocidade de
por hora é aproximadamente 40.320
escape vesc é
1km/h.
Na prática, a expressão "para sempre" • EXEMPLO 5 Anuidade perpétua Um investimento paga dividendos continuamente a
significa "uma duração de tempo longa uma taxa de 5.000 dólares/ano. Calcule o valor presente da série de pagamentos se a taxa
não especificada". Por exemplo, se o
investimento pagar dividendos por 100
de juros for de 5% e os dividendos continuarem a ser pagos para sempre.
anos, então seu valor presente é de
Solução Lembre que o valor presente (PV) de uma série de pagamentos depois de T anos
{100
Jo 5.000e-O,Sr dt ~ $99.326
é foT 5.000e-o,os, dt. OPV para um intervalo de tempo infinito é a integral imprópria
A integral imprópria (de valor
$100.000) dá uma aproximação útil
desse valor. roo 5.OOoe-0,051 dt = lim 5.00oe-0,051 IT = 5.000 = $100.000
lo r~oo -0,05 0 0,05
Uma quantidade infinita de dólares é paga durante o intervalo de tempo infinito, mas seu
y
valor presente é finito. •
FIGURA 6 A região sob o gráfico, integral imprópria porque o integrando x- 112 tende a oo quando x ---+ 0+ (Figura 6).
acima de (O, 1], tem área total 2, pelo Essa integral representa a área de uma região que é infinita na direção vertical. Integrais
Exemplo 7. impróprias desse tipo são definidas como limites laterais.
460 CÁLCULO
DEFINIÇÃO lntegrandos com descontinuidades infinitas Sef(x) for contínua em [a, b), mas
descontínua em x = b, definimos
Solução Isso é uma integral imprópria, já que o integrando tem uma descontinuidade infi-
y=-'-
v'I -x2 . .
mta em x = 1 (Figura 7). Lembre que f dx
r,--,,
v 1-x2
= are sen x + e.Assim,
.
--+------'------+-- x
-1
Solução Ambas integrais são impróprias, já que os integrandos têm descontinuidades in-
finitas em x = O. A primeira integral converge:
1Jx
O
1
-dx = lim 1Jx
R---*0+ R
1
-dx = lim 2x 112
R---*0+
1
1
R
= lim (2- 2R 112) = 2
R---*0+
A segunda integral diverge (uma vez que ln R tende a-oo quando R -+ 0+):
1O
1
-dx =
X
lim
R-40+ R
1' -dx = lim (ln 1 - ln R) = -
X R-40+
lim ln R = oo
R-40+ •
I
As integrais no exemplo precedente são ambas do tipo lo x -p dx. De acordo com o
próximo teorema, essa integral converge se p < 1 e, caso contrário, diverge. A demonstra-
ção é análoga à do Teorema 1 (Exercício 56).
portamento oposto para p =/- 1. A primeira integral converge só se p > 1 e a segunda con-
verge só se p < 1 (Figura 8). Ambas divergem se p = 1.
y y
1 1
y= - (q<I) y = - (q < I)
xq xq
1 1
y =-(p>I) y =-(p>I)
~--~,----~x xP ~----+----- x xP
1
FIGURA 8 Comparação de y =- e
I
= -parap>
xP
00 dx 100 dx -- oo ri dx = 00 mas
i dx
y
xq
1 eq< 1.
1 - <oo
1 xP
mas
I xq lo xP !o
O xq
- <OO
Comparação de integrais
Às vezes, é do nosso interesse determinar se uma certa integral imprópria converge, mes-
mo se não conseguirmos encontrar seu valor exato. Por exemplo, a integral seguinte não
pode ser calculada explicitamente:
oo e-x
f l
-dx
X
para x 2: 1
2 3
r)O e-x
FIGURA 9 Há menos área sob
11
'-..,-'
X
-x Isso converge por comparação Converge por cálculo direto
y = -e d o que sob y = e- X , acima
•
X
do intervalo [ 1, oo). O próximo teorema (cuja prova omitimos) resume esse tipo de argumentação.
O que o teste da comparação afirma TEOREMA 3 Teste da comparação para integrais impróprias
(para funções não-negativas): Suponha que f (x) 2: g (x) 2: Opara x 2: a.
• Se a integral da função maior
convergir, então a integral da função
menor também converge.
• Se 1 00
A integral fi x~\
00
fi x~\
00
converge =>
i 1
oo
~
Y XJ
dx
+ 1
também converge. •
Se f (x) for contínua, a convergência ou divergência de 1 00
f (x) dx não é afetada
pela troca do limite inferior de integração a. Se trocarmos o limite inferior para b, a mu-
dança na integral é uma quantidade finita:
1 00
f(x)dx = 1ª
'-,,-'
f(x)dx + 1 00
f(x)dx
Portanto, a integral em [b, oo) converge se, e somente se, a integral em [a , oo) converge:
1 00
f(x) dx converge <:=> 1 00
f(x) dx converge
oo dx
Sabemos que
i 1
-
X
diverge (pelo Teorema 1, comp
~
v2
f1
00
x I
f
dx diverge=> 00 ~ diverge=>
v x2+ 1
r
lo
00
~ diverge
v x~ -t- 1 •
• EXEMPLO 1O Hipóteses importam: escolhendo a comparação certa Determine se
f(00 Jxdx
+e3 X
converge ou diverge.
CAPITULO 8 Técnicas de Integração 463
FIGURA 10 A divergência de Se não estivéssemos atentos, poderíamos ter tentado usar a desigualdade
Jr)O .Jx
dx d' . I b
não 1z c01sa a guma so re 1 1
1 ---- < -
a divergência ou convergência da Jx +e3x - Jx
00
integral menor { dx . r oo dx
11 .Jx + e3 X A integral li Jx diverge, pelo Teorema 1 (com p = ½), mas isso não nos diz coisa al-
guma sobre a integral que, por (4), é menor (Figura 10). •
8.6 RESUMO
• Uma integral imprópria é definida como o limite de integrais comuns. Por exemplo,
• p > l:
f oo dx
1 xP
converge e 1 1
dx
O xP
diverge
p < l: f 00
1
dx
xP
diverge e 1 1
dx
O xP
converge
p = 1: ! 00
1
dx
X
e 1 1
dx
O X
ambas divergem
• Teste da comparação: suponha que J (x) :::: g(x) :::: Opara x :::: a. Então
Se 1 00
g(x ) dx converge.
Se 1 00
f(x)dx diverge.
Lembre que o teste da comparação não fornece informação alguma se a integral maior
1! (x) dx divergir ou a integral menor 1 00
g (x) dx convergir.
8.6 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Decida se a integral converge ou diverge: b I
3. Encontre um valor de b > Oque tome - - - dx numa inte-
(b) fo
1
x- 3 dx gral imprópria.
la 2
0 X -4
Exercícios
1. Qual das integrais seguintes é imprópria? Explique sua reposta, roo dx
mas não calcule a integral.
5' lioo X 1~;20 6. f1 x20/ 19
r xdx1/3 dx
2
L~ e°,0001, 00
dt
(a) lo 7. dt 8.
120 t
(e) 1 00
e-x dx s dx s dx
-1
rn/2 00
9.
laº --
x20/ 19
10.
laº --
X 19/20
I
(h) ri
11.
lo
4
.j4-x
12.
1S (x - 5)3/2
(g) fo senx dx dx
roo
lo ,/3-x2 14. dx
lo + 1) 3
1
(x
00 3
(i) ln x dx (j) fo ln x dx
15.100 dx
- 3 (x + 4)3/2
2. Sejaf(x) = x- 413.
(a) Calcule 1R f(x ) dx.
17. foi :0:2
(b) Calcule 1 00
f (x ) dx calculando o limite 19. 1 00
e- 3x dx 20. 1 00
3
e x dx
3. Prove que 1 00
x- 2/ 3 dx diverge mostrando que 23. roo
f2 (x
dx
+ 3) 4
24.
1
2
I (x - 1) 2
dx
6 xdx
R dx
roo
lim
la
R-+3- O (3 - x) 3/ 2
29.
lo
dx
(1 +x 2 )2
30.
1 v'x"=3
3
00
Nos Exercícios 5-46, determine se a integral imprópria converge e,
caso afirmativo, calcule-a.
31. fo e-x cos x dx
CAPITULO 8 Técnicas de Integração 465
33. fo~
dx 34. !o' e-li dx
o ,Jx
59. Mostre que
i 1
oo dx
- - - converge, comparando-a com
3
X +4
35. [ xi e-li dx
36. i oo xe-2x dx
lioo x- 3 dx.
' ,Jx
60. Mostre que r oo dx converge, comparando-a com
37. !ooo x dx 38.
!otr/2
sec 0 d 0 12 x 3 -4
o x2 + 1 0
00
39. fo senx dx 40.
!otr/2
0
tgxdx
41.
!otr/2
0
tgx secx dx 42. fo' ln xdx Em seguida, use o teste da comparação e (3) para mostrar que
r oo 2
Jo e-x dx converge.
43. fo' x ln xdx 44. i 2 dx
1 x ln x
i ln x oo lnx
45. - dx 46. -dx
!oo x2 i1 x2
00 dx
47. Seja / =
1 4
-----.
(x -2)(x - 3)
48. Calcule / = Ji
00
x(Z:: 5)
62. Prove que 1 00
- 00
2
e- x dx converge, comparando-a com
dx 00
1
i
49. Determine se / = converge e, caso afirmativo, e-lxl dx (Figura 11).
!oQ X( 2X+ 5) - 00
calcule /.
00
oo l - senx
dx 63. Mostre que dx converge.
50. Determine se / =
tivo, calcule /.
1
2 (x+3)(x+ I) 2
converge e, caso afirma- i1 X2
xª
64. Seja a > O. Lembre que lim - = oo (pelo Exercício 56 da
x-+oo ln x
Nos Exercícios 51-54, determine se a integral imprópria duplamente Seção 7.7).
infinita converge e, caso afirmativo, calcule-a. Use a Definição (2).
(a) Mostre que xª > 2 ln x para todo x suficientemente grande.
i dx 65. i oo J dx 66. i oo dx
56. Mostre que - converge se p < l e diverge se p ::: l. 1 Jx 5 +2 1 (x3 + 2x +4)1 /2
!oO x P
1
57. Esboce a região sob o gráfico de f (x) --2
para
1 +x '
67. i oo dx
3 ,fi- 1
68. !o 5 xl /3dx+x3
O
-oo < x < oo, e mostre que sua área é n:.
00
v = fo vf (v) dv
~
00
85. Seja 111 = fo x 11 e-ax dx, onde n '.:'.: 1é um inteiro e
00
87. ~ Existe uma função F(v) tal que a quantidade de energia O valor médio def (x) é a quantidadeµ= fo xf(x) dx. Para
eletromagnética de freqüência entre v e v + t:,. v que é radiada por
um assim chamado corpo negro à temperatura T é, aproximada- k > O, encontre uma constante Ctal quece-kx seja uma densidade
00 de probabilidade e calculeµ.
mente, F(v) t:,. v. A energia total radiada é E = fo F(v) dv. De
Nos Exercícios 90-93, a transformada de Laplace de uma função
acordo com a lei de Planck da radiação,
f (x) é a função Lf (s) de variável s definida pela integral imprópria
3
811:h) v (caso convirja)
F(v) = (~ ehv/kT
00
loo
dx
- - - converge se, e so-
x(lnx)P
(b) Mostre que
i1
- - dx converge. Conclua que existe e é finito
X2
o limite da integral em (a) quando R ---+ oo.
1 (e) Mostre que/ converge.
95. Seja/= fo xP1nxdx.
É sabido que / = Í- Contudo, / não é absolutamente convergen-
(a) Mostre que/ diverge com p = -1. te. A convergência depende de cancelamentos, como mostra a
(b) Mostre que se p f- - 1, então Figura 13.
f xP+ I ( 1 )
x PJn x dx = - - lnx- - - +C
p+1 p+l
y
oo senx
96. Mostre que
i I
oo senx
00
- 2- dx é absolutamente convergente.
X
FIGURA 13 A convergência de
i1
provocado pela troca periódica de sinal.
- - dx é devida ao cancelamento
X
(b) Mostre que r(n + 1) = nr(n), usando integração por partes. 100. Use o resultado do Exercício 99 para mostra que a transformada
(e) Mostre que r(n + 1) = n! se n :::: 1 for um inteiro. Sugestão: de Laplace (Exercícios 90-93) de xn és~ 1.
use (a) repetidamente. Assim, r (n) fornece uma maneira de defi-
nir o fatorial de n quando n não for um inteiro.
(e)
1
8 dx
1 x2
(d) 1 5
ln x dx
11. Suponha que a derivada segunda da função A(h) do Exercício 10
satisfaça IA" (h) I ~ 1,5. Use a estimativa do erro para encontrar
o erro máximo possível na estimativa do volume V do lago.
3. A taxa de precipitação de chuva (em polegadas por hora) foi me-
dida durante uma tempestade de 10 horas com o resultado se-
guinte:
12. Encontre uma cota para o erro lM16 - fi 3
3
x dx l.
O; 0,41; 0,49; 0,32; 0,3; 0,23; 0,09; 0,08; 0,05; O, 11; O, 12 13. iCG~ Seja f (x) = sen(x3). Encontre uma cota para o erro
Use a regra de Simpson para estimar a precipitação de chuva to-
tal durante o período de 1Ohoras.
4. f0
e-x 2 dx, M5 5. 1 4
J6t3 + J dt , T3
co de f 11 (x) com um recurso gráfico.
1TC/2 Jseried0,
IMN - fon/ tgxdx l ~ 10- 4
4
6. M4 7. 1 4 dx
T6
n/4 1 x 3 + J'
8. f0
e-x 2 dx, S4 9. fs 9
2
cos(x ) dx , Ss 15. Encontre um valor de N tal que SN aproxime 1
5
x- 114 dx com
1
x - 4 42. f sen5 0cos3 0d0 43. f 2
cotg ; d0
(iii) (3 cos5 x - 3 cos3 x sen2 x - 7 cos 3 x) + C
30
f 51. f (x2 - x) dx
18. f xe-l 2x dx(integraçãopor partes)
50. dx
(x - b)2 + 4 (x + 2) 3
54. f f
f 4x +4 f .. dx 55. dx
20• - - - - - dx ( rações parc1a1s) (x 2 + 25)2 x 2 + 8x +25
(x - 5)(x + 3)
21. f dx
x(x2 - l ) 312
d x (substituição trigonométrica) 56. f dx
x 2 + 8x +4
57. f (x2-x)dx
(x + 2) 3
22.
f - -d x- - (su bst1tu1çao
x3f2+xl/2
.. _ )
58. f 2
t ~dt 59. f dx
x 4 Jx 2 +4
25. f dx
x2 +4x - 5
(completamento do quadrado, substituição, fra-
64. f
x2 +x - 2
2
x 3 cos(x ) dx 65. f 2 2
x (1n x) dx
ções parciais)
32. f d0
cos4 0
33. f sen20 sen2 0d0
72.
Ía
O
4 dx
x2/3
73. hoo x1;s
34. f ln(9 - 2x) dx 35. f(ln(x + 1))2 dx 74.
l- 00
o
--
x2
dx
+1
75. 1: 00
4
e x dx
36. f 5
sen 0d 0 37. f cos4 (9x - 2) dx 76.
['r/2
lo cotg0d0 77
· li
00
(x + 2~(~x + 3)
Nos Exercícios 80-85, use o teste da comparação para determinar se 90. Calcule a transformada de Laplace Lf (s) da função f (x) = x
a integral imprópria converge ou diverge. para s > O. Ver Exercícios 90-93 da Seção 8.6 para a definição
de Lf(s).
00
81. fs (sen2 x )e- x dx 91. Calcule a transformada de Laplace Lf (s) da função f (x) =
x 2eªx para s > a.
83. roo dx
}1 xl/3 +x2/3
i dx 00
84. 85. fo 3
e-x dx
!o
0 x l/3 +x2/3
(a) Prove que ln =-
xn- 1
-- ln - 2·
n-1
86. Calcule o volume do sólido infinito obtido pela rotação da região
sob y = (x2 + 1)- 2, acima de O::: x < oo, em torno do eixo y. (b) Use (a) para calcular ln para O::: n ::: 5.
87. Seja R a região sob o gráfico de y = (x + 1)- 1, acima de (e) Mostre que, em geral,
O ::: x < oo. Qual das quantidades seguintes é finita?
x 2n x2n-2
(a) A área de R. 1211+ 1 = -2n - - - + '"
2n - 2
(b) O volume do sólido obtido pela rotação de R em torno do eixo x.
x2 1
(e) O volume do sólido obtido pela rotação de R em torno do eixo y. + (- lt - 1- + (- 1)'1- ln(x2 + 1) + C
2 2
88. Mostreque roo xne-x 2
dxconvergecomqualquern>O.Suges-
=-
x2n - 1 x2n-3
- - -- +" ·
Jo z l2n
2n-1 2n-3
tão: primeiro observe que xne-x < xne-x parax > 1 e depois
mostre que xne-x < x- 2, parax suficientemente grande. + (- It- 1x + (- It are tg x + C
valo [E, E + tl E], é aproximadamente--r/r e-E/(kT), onde Té a (a) Mostre que 11 = - e-x 212.
temperatura (em kelvins) e k é a constante de Boltzmann. Calcu- 2
le a energia cinética média E em termos de k e T, onde (b) Prove que ln = - xn- le- x 12 + (n - I)ln-2·
(e) Use (a) e (b) para calcular h e J5.
E= -I !ooo E e-EfkT dE
kT o
MAIS APLICAÇÕES DA
9 INTEGRAL E POLINÔMIOS
DE TAYLOR
as três primeiras seções deste capítulo, discutimos alguns usos
N adicionais da integração, incluindo duas aplicações à Física.
Na última seção introduzimos os polinômios de Taylor, que são
generalizações da aproximação linear para ordens mais elevadas,
utilizados para aproximar funções algébricas e transcendentes
com precisão arbitrária. Os polinômios de Taylor são o ponto alto
da teoria que estivemos desenvolvendo até aqui e fornecem uma
belíssima ilustração do poder e da utilidade do Cálculo.
y
y
Qual éo
---comprimento
dearcodeOa I?
-~---+---X ~-+-+---+--+----+--+--+--+--X
X; - 1 X; b=XN
A Figura 3 sugere que L aproxima o gráfico mais de perto à medida que a norma da
partição decresce. Definimos o comprimento de arco do gráfico como o limite lim ILI
quando a norma da partição tende a zero, desde que exista esse limite.
Agora suponha que f (x) seja derivável e que J' (x) seja contínua em [a, b]. Nesse
caso, existe o limite lim ILI e pode ser calculado como uma integral. Seja Ili Io compri-
mento do i-ésimo segmento L; = P;- 1P;. A Figura 4 mostra que IL; 1 é a hipotenusa de
um triângulo retângulo de base !ix; = x; - x; - 1e altura 1/ (x;) - f (x;-1) 1- Pelo Teorema
de Pitágoras,
-+----+--->----+--X
X i- 1 Xj Xi+I
IL;I = Jt:.xf + (f(x;) - f(Xi-1)) 2
FIGURA4
O Teorema do Valor Médio nos diz que para algum ponto e; em [x; - 1, x;], temos
Portanto,
•·· LEMBRETE Uma soma de Riemann O comprimento total ILI é a soma dos comprimentos dos segmentos L;:
da integral f bg(x) dx é uma soma da
la N
forma ILI= IL11 + IL2I + · · · + ILNI = L jt + f ' (ci)2 !ix; [IJ
i=I
N
L g(c;) t1x; Reconhecemos a soma na Equação (1) como uma soma de Riemann da integral
i= I
algum número qualquer em [x; _ 1, x; ]. nuo e, portanto, integrável, de modo que existe o limite lim ILI e é igual à integral.
TEOREMA 1 Fórmula do comprimento de arco Se existir J'(x) e for contínua em [a, b],
Nos Exercícios 19-21, verificamos que então o comprimento de arco do gráfico de y =f (x) ao longo de [a, b] é igual a
a Equação (2) dá o resultado correto
para o comprimento de um segmento
de reta e da circunferência de um
cfrculo. Comprimentodearcoaolongode [a,b] = 1b J1 + f'(x) 2 dx
l
• EXEMPLO 1 Calcule o comprimento de arco do gráfico de f(x ) = 12
x3 + x - 1ao
longo de (1, 3].
1 3
J1+j'(x)2dx= 13
(lx
2
+x-
2 3
)dx=C~x -x-')I:
e~ -1)
2
= (!- 1)- = 1; •
2 3
• EXEMPLO 2 Comprimento de arco como função do limite superior Encontre o comprimen-
FIGURA 5 O comprimento de arco ao to de arco de y = cosh x ao longo de [O, a] (Figura 6). Em seguida, encontre o comprimen-
longo de[! , 3] é f. to de arco ao longo de [O, 2].
Solução Lembre que y' = (coshx)' = senhx. Usando a Equação (3) da margem esquer-
da, obtemos
• .. LEMBRETE • EXEMPLO 3 Quando o comprimento de arco não puder ser calculado exatamente [,95 Ex-
presse o comprimento de arco L de y = sen x ao longo de [O, n]. Em seguida, aproxime L
coshx = I (ex -
2 + e x) usando a regra de Simpson SN com N = 6 e usando um sistema algébrico computacional.
FIGURA 7 O comprimento de arco de Usando um sistema algébrico computacional para calcular numericamente essa integral,
Oa n é, aproximadamente, 3,82. obtemos a aproximação 3,820198 (Figura 7). •
A área de superfície de uma superfície de revolução pode ser calculada por uma inte-
gral que está relacionada de perto com a integral do comprimento de arco (Figura 8). Essa
fórmula pode ser justificada usando aproximações polinomiais de y = f (x), como no caso
do comprimento de arco já desenvolvido.
474 CÁLCULO
y
Area de uma superfície de revolução Se existir f' (x) e for contínua em [a, b], então a
área de superfície obtida pela rotação do gráfico de f (x) em torno do eixo x, para
a sx S b,é iguala
FIGURA 8 A superfície obtida pela • EXEMPLO 4 Encontre a área S da superfície do cone obtido pela rotação da reta y = 2x
rotação de y = f (x) em tomo do eixo x. em torno do eixo x, para O S x S 4.
Solução Temosf (x) = 2x e J1 + f ' (x) 2 = Jf'+"4 = Js,de modo que a área de super-
y fície (Figura 9) é igual a
Solução Seja f (x) = x 112 - ½x 312. Então f' (x) = ½<x- 112 - x 112) e
f
S = 2rr 3 f(x)jl + f'(x) 2 dx
-f
-2n
I
1 3/2) ( -
3 ( x 1/2 - -x
3
x l/2-+-
x -1-
/2) dx
2
3 3
= nJ [ (
1
2
1 + 3X -
1
3X 2)
dx = n (
X
1
+ 3X
2
-
1
9X 3) 1
1 = 16rr
9 •
FIGURA 10 A superfície obtida pela
x
rotação de y = 112 - ½x 312 em tomo
• Quando a integral do comprimento de arco não puder ser calculada diretamente, pode-
mos usar integração numérica para obter uma aproximação.
• A área de superfície da superfície obtida pela rotação do gráfico de f (x) em torno do
eixo x ao longo de [a, b] é
9.1 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Qual integral representa o comprimento da curva y = cos x entre 2. Como diferem os comprimentos de arco das curvas y = f (x) e
Oen? y = f (x) + C ao longo de um intervalo [a, b] (com C uma cons-
tante)? Explique geometricamente e, então, justifique usando a
fon J1 +cos2 xdx , fon J1 +sen2 xdx fórmula do comprimento de arco.
Exercícios
1. Expresse o comprimento de arco da curva y = x 4 entre x = 2 e y
x = 6 como uma integral (mas não a calcule).
15. Calcule o comprimento do astróide x2/ 3 + y2/ 3 = 1(Figura 11). 20. Mostre que a circunferência do círculo unitário é igual a
y
2 f h,
1
-1 l - x2
(uma integral imprópria). Calcule essa integral,
raio ré C =2 f rdx
- r J1 -
x2jr2
. Use alguma substituição para
24. ICG~ Use um recurso gráfico para esboçar os gráficos de 41. Prove que a área de superfície de uma esfera de raio ré 4irr 2,
f(x) = Jx eg(x) = 1nx, acima de [1, 4]. Em seguida, aplicando usando a rotação do semicírculo superior do círculo x2 + y2 = r 2
o teste da comparação às integrais do comprimento de arco, mos- em tomo do eixo x.
tre que o comprimento de arco de y = f(x) é:
[ l=t 5 Nos Exercícios 42-45, use um sistema algébrico computa-
(a) menor do que o comprimento de arco de y = g(x) ao longo de cional para encontrar a área de superfície exata ou aproximada do
[1, 4]; sólido gerado pela rotação da curva em torno do eixo x.
(b) maior do que o comprimento de arco de y = g(x) ao longo de 42. y = ¼x 2 - ½lnx para l :S x :Se, área exata
[4, 8].
43. y = x 2 para O :S x :S 4, área exata
25. Encontre o comprimento de arco de y = ex ao longo de [O, a].
Sugestão: tente a substituição u = J 1 + e2x e depois frações 44. y = x 3 para O :S x :S 4, área aproximada
parciais. 45. y = tg x para O :S x :S ¾, área aproximada
26. Mostre que o comprimento de arco de y = ln(f (x)) ao longo de 46. Encontre a área de superfície do toro obtido pela rotação do cír-
[a, b] é culo x2 + (y - b)2 = r 2 em tomo do eixo x.
b J f (x)2 + f ' (x)2 47. [ l=t 5 Um fabricante pretende produzir tapetes especiais no
1 a
------dx
f(x) formato da região na Figura 15, delimitada pelos eixos e o gráfi-
co de y = 1 - xn (unidades em metros). Suponha que o material
27. Use a Equação (4) para calcular o comprimento de arco de y = custe 50 dólares/m2 e que o custo para cortar o tapete seja de
ln(sen x) ao longo de¾ :S x :S 1- SOL dólares, onde L é o comprimento do lado curvo do tapete.
O tapete pode ser vendido por 150A dólares, onde A é a área do
28. Use a Equação (4) para calcular o comprimento de arco de tapete. Usando integração numérica com um sistema algébrico
1 computacional, encontre o número natural n para o qual o lucro
y = ln (ex+
eX -1
) ao longo de [l, 3].
do fabricante seja máximo.
29. Mostre que se O :s f 1(x) :s I para todo x, então o compri- y
mento de arco de y = f (x) ao longo de [a, b] é, no máximo,
1
h(b - a). Mostre que, paraf(x) = x, é igual a h(b - a).
48. Prove que a porção de uma esfera de raio R que pode ser vista por
um observador localizado a uma distância d acima do Pólo Norte
2ndR 2 ...
tem área A = - - . Sugestão: mostre, m1cialmente, que se a
d+R
calota tem altura h, então a área de sua superfície é 2nRh. Em se-
guida, mostre que h = ~ . aplicando o Teorema de Pitágoras
d+R
0,25 0,5 0,75 1 a três triângulos retângulos na Figura 16.
FIGURA 14 Uma quarta parte do círculo unitário.
/ -?bservador
34. y=-hx 3 + x- 1, [1,4] 35. y=(4-x 213) 312, [0,8] FIGURA 16 A calota esférica observada a uma distância d acima do
36. y = e-x, [O, 1] 37. y = ex , [O, l]
Pólo Norte.
38. y=x 2, [0, 4] 39. y =senx, [0, 1t] 49. ~ Suponha que o observador no Exercício 48 se afaste para
o infinito, ou seja, que d -+ oo. É de se esperar que o valor limi-
40. Encontre a área da superfície obtida pela rotação em tomo do te da área observada seja qual? Confira seu palpite usando a fór-
eixo x da curva y = cosh x ao longo de [- ln 2, ln 2]. mula para a área do exercício precedente e calculando o limite.
CAPfTULO 9 Mais Aplicações da Integral e Polinômios de Taylor 477
51. Encontre a área de superfície do elipsóide obtido pela rotação da Use um sistema algébrico computacional para aproximar L no
2 2 caso a = 2, b = 1.
elipse(~) +(f) = lemtomodoeixox.
54. ~ Seja Ma massa total de um bastão metálico no formato
52. Mostre que se o comprimento de arco def (x) ao longo de [O, a] da curva y = f (x) ao longo de [a, b] cuja densidade de massa
for proporcional a a, entãof(x) deve ser uma função linear. p(x) varia como uma função de x. Use somas de Riemann para
justificar a fórmula
53. Cl=t 5 Sejam L o comprimento de arco da metade superior da elip-
55. ~ Sejaf (x) uma função crescente em [a, b] e seja g(x) sua
inversa. Argumente com comprimento de arco para provar que a
igualdade seguinte é válida:
i
b f f (b)
J1 + f ' (x) 2 dx = J1 + g' (y )2dy
-2 2 a /(a)
FIGURA 17 O gráfico da elipse y = ½J4 - x 2. Em seguida, use a substituição u = f (x) para provar a Equação (5).
Nível da água
Pressão constante ao
A densidade da água é w = 62,5 lb/pé3.
3
__ -'lJ
longo do topo, agindo
para baixo. • EXEMPLO 1 Calcule a força no topo e na base de uma caixa de dimensões 2 x 2 x 5
pés que está submersa numa piscina d'água com seu topo a 3 pés abaixo da superfície
A pressão d'água (Figura 2).
nos lados
5 varia com a Solução O topo da caixa está localizado à profundidade h = 3 pés, portanto, pela
profundidade
e age na direção Equação (1),
perpendicular.
- - ._ ,
2
2 Pressão no topo= wh = 62,5(3) = 187,5 lb/pé2
Pressão constante
ao longo da base, Como a pressão ao longo do topo é constante e o topo tem uma área A = 4 pés2, a força
agindo para cima. total no topo, agindo para baixo, é
FIGURA 2 A pressão age em cada lado Força no topo= pressão x área= 187,5 x 4 = 750 lb
na direção perpendicular.
A base da caixa está à profundidade h = 8 pés, portanto, a força total na base é
• EXEMPLO 2 Calculando a força num lado usando integração Calcule a força F no lado de
uma caixa submersa com seu topo a 3 pés da superfície d'água. Como antes, a caixa tem
5 pés de altura e uma base quadrada de 2 pés de lado.
Solução Como a pressão varia com a profundidade, dividimos o lado em N faixas hori-
Nível d'água zontais estreitas (Figura 3). Se F1 for a força naj-ésima faixa, então a força total F será
3
Yo-3
Passo 1. Aproximação da força numa faixa.
Y1 = 3 + õy Utilizaremos a variável y para denotar a profundidade. Assim, um valor maior de y
denota profundidade maior. Cada faixa tem altura tiy = 5/ N e largura 2, portanto
5 y,_ 1 =3+(j-l)õy a área da faixa é 2tiy. A aresta de baixo da faixa está à profundidade y J = 3 + j tiy
y,=3+jõy
(Figura 3).
Se tiy for pequeno, então a pressão naj-ésima faixa é praticamente constante,
com valor wy1 (já que a faixa é estreita, todos pontos ficam praticamente à mesma
profundidade YJ), podemos aproximar a força naj-ésima faixa:
FIGURA 3 Cada faixa tem área 2~y.
F1 = força naj-ésima faixa à profundidade YJ ~ WYJ x (2tiy) = 2wyJ tiy
._.-, '-,-'
Pressão Área
Podemos reconhecer a soma à direita como uma soma de Riemann para a integral
w 1
8
2y dy. O intervalo de integração é [3, 8], pois a caixa se estende de y = 3 até y = 8
(a soma de Riemann foi montada com Yo = 3 e YN = 8).
CAPfTULO 9 Mais Aplicações da Integral e Polinômios de Taylor 479
As contas de força de fluido e trabalho Passo 3. Cálculo da força total como uma integral.
(Exemplo 2 na Seção 6.5) são Quando !:ly tende a zero, a soma de Riemann tende à integral e obtemos
parecidas. Em ambos casos, obtemos
uma estimativa da força ou trabalho
como uma soma (correspondente
a fatias ou faixas finas, etc.)
F= w 1 8
2y dy = (62,5)y21: = 62,5(82 - 32 ) = 3.437,5 lb •
e expressamos a quantidade
precisamente como uma integral.
O método do exemplo precedente pode se usado para encontrar a força de fluido num
lado plano de qualquer objeto submerso verticalmente (não inclinado) num fluido. Vamos
supor que o objeto se estenda da profundidade y = a até y = b e, como antes, dividimos o
Nível d' água
.------------+O lado em Nfaixas horizontais de altura !:ly = (b - a)/ N (Figura 4). Seja
F=Fi+···+FN=twyj/(yj)!:ly -+ w1byf(y)dy
j=l
TEOREMA 1 Força de fluido numa superfície plana submersa verticalmente A força no lado
plano de um objeto submerso verticalmente num fluido é
·- ··
- '"
altura e largura na base é de 1.500 pés, como na Figura 6. Suponha que o reservatório
·~ . .. · . . .
esteja cheio, de modo que a pressão d'água age ao longo de todo o lado inclinado da
barragem.
I; t
f!Zfl .\ '
Yo=O
Y1= l:i.y
Yj -I = (J-1)1:i.y
Yj = jl:i.y
A represa Hoover, localizada na fronteira
entre o Arizona e Novo México, nos EUA.
YN =Nl:i.y =700
Solução A altura vertical da barragem é 700 pés. Dividimos o eixo vertical de O a 700
em N subintervalos de comprimento !J.y = 700/ N. Isso divide a face da barragem em N
faixas como na Figura 6. Observe que a largura de cada faixa é o comprimento da hipote-
nusa de um triângulo que, por trigonometria, tem comprimento !J.y / sen(45º ) = ,Jí,t1y.
Portanto,
{ 700
A soma à direita é uma soma de Riemann da integral 1.500hw lo y dy. Como a água
tem densidade w = 62,5 lb/pé3, 0
700 7002
F = l.500.J2w
1 o
y dy = 1.500./2(62,5) -
2
~ 3,25 x 10 10 lb
•
9.2 RESUMO
• A pressão de fluido à profundidade h é igual a wh, onde w é a densidade do fluido (peso
por volume). A pressão de fluido numa superfície age na direção perpendicular à super-
fície. A água tem densidade de 62,5 lb/pé3 e densidade de massa 1.000 kg/m3•
CAPfTULO 9 Mais Aplicações da Integral e Polinômios de Taylor 481
F =w lb yf(y)dy
9.2 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Como é definida a pressão? 4. Por que utilizamos faixas horizontais finas para calcular a pressão
do fluido em vez de faixas verticais finas?
2. A pressão do fluido é proporcional à profundidade. Qual é o fator
de proporcionalidade? 5. Se uma placa fina for submersa horizontalmente, então a força
de fluido na placa é igual à pressão vezes a área. Isso permanece
3. Quando a força de fluido age no lado de um objeto submerso, em verdadeiro se a placa for submersa verticalmente?
que direção ela age?
Exercícios
1. Uma caixa de 6 pés de altura e base quadrada de 3 pés de lado 4. A placa fina R da Figura 8, delimitada pela parábola y = x 2 e
está submersa numa piscina com água. O topo da caixa está a 2 y = 1, está submersa verticalmente na água. Seja F a força de
pés abaixo da superfície da água. fluido num lado de R.
(a) Calcule a força de fluido no topo e na base da caixa. (a) Mostre que a largura de R à altura y é f (y) = 2.jy e que a força
(b) Escreva uma soma de Riemann que aproxime a força de fluido de fluido numa faixa horizontal de espessura !),.y à altura y é apro-
num lado da caixa dividindo-a em N faixas horizontais de altura ximadamente 2wy 112 (1 - y)!),.y.
!),.y = 6/N. (b) Escreva uma soma de Riemann que aproxime F e use-a para ex-
I
= 2w Ío
(e) Para qual integral converge a soma de Riemann? 12
plicar por que F y 1 (1 - y) dy.
(d) Calcule a força de fluido num lado da caixa.
(e) Calcule F.
2. Uma placa em forma de triângulo isósceles com 1 pé de base e 2
pés de altura está submersa verticalmente num tanque d'água de
y
modo que seu vértice toca a superfície d'água (Figura 7).
Superfície d'água
(a) Mostre que a largura do triângulo à profundidade y é f (y) = ½y.
(b) Considere uma faixa estreita de altura !),.y à profundidade y. Ex- 1-y f (y)
plique por que a força de fluido nessa faixa estreita é aproxima-
damente igual a w ½y2 !),. y, onde w = 62,5 lb/pé3.
R
(e) Escreve uma aproximação para a força de fluido total F num lado
da caixa como uma soma de Riemann e indique a integral para a
qual ela converge. -1
FIGURA 7
8. A Figura 10 mostra a parede de uma barragem num reservatório 13. Na notação do Exercício 12, calcule a força de fluido num dos
d'água. Use a regra do trapézio e as medidas de largura e profundi- lados de R se estiver orientada como na Figura 13(A). É possível
dade na figura para obter uma estimativa da força total na parede. que seja necessário usar integração por partes e substituição tri-
gonométrica.
Profundidade (pés)
1.800 ( s) 14. Seja A a região sob o gráfico de y = ln x, acima de[!, e] (Figura
o
1.650 14). Calcule a força de fluido numa placa com o formato da re-
20
1.400 gião A se a superfície d' água estiver em y = 1.
40
1.100
60 15. Calcule a força de fluido num dos lados da placa "infinita" B da
900 Figura 14.
80
100
600
FIGURA 10 y
10. Calcule a força total (em newtons) num dos lados da placa da
Figura l l (B), submersa num fluido de densidade de massa
p = 800 kg/m3.
2m
m
4m
2m -7 \ 4m
FIGURA 14
-+---------+----------+-x 4
-8 8
FIGURA 12 6 Variação
vertical ~y
12. Seja R a placa cujo formato é o da região sob y = sen x, para
O::: x .::: ~, na Figura 13(A). Calcule a força de fluido em R se
a placa for girada 90º no sentido anti-horário e submersa num
(A) (B)
fluido de densidade 140 lb/pé3 com seu topo nivelado com a su-
perfície do fluido, como em (B). FIGURA 15
CAPfTULO 9 Mais Aplicações da Integral e Polinômios de Taylor 483
20. A calha na Figura 16 está cheia de melaço, cuja densidade é 90 22. A Figura 17 mostra um objeto cuja face é um triângulo eqüi-
3
lb/pé • Calcule a força no lado frontal da calha. látero com 5 pés de lado. A largura do objeto é de 2 pés e está
submerso com seu vértice a 3 pés abaixo do nível d' água. Cal-
21. Calcule a pressão de fluido em um dos lados inclinados da calha cule a força de fluido em ambas faces triangulares e na face
da Figura 16, cheia de melaço como no Exercício 20. retangular do objeto.
Nível d'água
L1 5 2
FIGURA 16 FIGURA 17
y
y
Massam
localizada em (x, y)
X / X2
--------.. mi
··············1 ' ·coM
X4 •m4
-+------'-'----X ----+------X
FIGURA 2 FIGURA 3
IXCM=~-
y onde M = m 1 + m2 + · · · + mn é a massa total do sistema.
4
• EXEMPLO 1 Encontre o CDM do sistema de três partículas de massas 2, 4 e 8 locali-
3 ° CDM zadas nos pontos (O, 2), (3, 1) e (6, 4), como na Figura 4.
2 2
Solução A massa total é M = 2 + 4 + 8 = 14 e os momentos são
-+-+---+--+---+-+---+--+-- X
2 3 4 5 6 7 Mx = m IYI + m2y2 + m3y3 = 2 · 2 + 4 · 1 + 8 · 4 = 40
FIGURA 4 O centro de massa no My =m1x1 +m2x2+m3x3 =2 · 0+4·3+8·6=60
Exemplo 1.
60 = 30 e YCM = 40 = 20 . O CDM e, (30 , 20).
Portanto, xcM = 14 7 14 7 7 7 •
y
Lâminas (placas finas)
Uma lâmina é uma placa fina cuja massa esteja distribuída continuamente em toda uma
região do plano. Calcularemos os momentos e o centro de massa de uma lâmina supondo
que a densidade de massa p seja constante. Suponha, inicialmente, que a lâmina ocupa
uma região do plano sob o gráfico de uma função contínua/ (x), acima de um intervalo
[a, b], onde f (x) ~ O(Figura 5).
Seguimos nosso procedimento padrão para calcular My. Ou seja, dividimos [a, b]
b-a
em N subintervalos de comprimento ~x = ----;;-, com extremidades xi = a + j ~x.
a b
FIGURA 5 Uma lâmina ocupando a Isso divide a lâmina em N faixas verticais (Figura 6). Se ~x for pequeno, aj-ésima faixa
região sob o gráfico def(x), acima de é praticamente retangular, com base ~x e altura f (xj)- Portanto, a faixa tem uma área
[a, b]. f (xi) ~ x e massa pf (xi) ~x. Como a faixa é estreita, todos pontos na faixa ficam apro-
CAPfTULO 9 Mais Aplicações da Integral e Polinômios de Taylor 485
Nesta seção, nos restringimos a placas ximadamente à mesma distância do eixo y (Figura 6). Desse modo, podemos aproximar o
finas de densidade de massa constante momento daj-ésima faixa, que denotamos MyJ
(também denominada "densidade
uniforme"). Quando a densidade
não for constante, os cálculos de
M y,j ~ (massa) x (distância ao eixo y) = (p f (x j) D.x )x j
COM exigem integração múltipla,
apresentada no Capítulo 16. O momento My é a soma dos My,j e, assim, pode ser aproximado:
N N
y
My = L My,j ~ p I:xjJ(xj) D.x
j=I j=I
A soma à direita é uma soma de Riemann cujo valor tende a pxf(x)dx quando 1b
N ~ oo e o momento de fato é dado pela integral: ª
My =p 1b xf(x)dx
'----+--+-~--+--~--+---X
FIGURA 6 A faixa destacada é Um argumento análogo é aplicável se a lâmina ocupar a região entre os gráficos de duas
praticamente retangular com área funções /1 (x) e h(x), acima de [a, b], onde /1 (x) :::: h(x). Nesse caso, o comprimento
f(xj) !:u. dai-ésima faixa vertical é /1 (xi) - h(xi), portanto trocamos/ (x) por /1 (x) - h(x) na
fórmula de M y· Podemos pensar em /1 (x) - h (x) como o comprimento de um corte
vertical ou faixa de "largura nula" (Figura 7):
y
tuação mais geral em que a densidade de massa não é constante (o que não será visto), o
CDM depende tanto do formato quanto da densidade de massa.
o
x(x 2 )dx=p-
4 o
Para calcular Mx usando a Equação (2), precisamos descrever nossa lâmina como a região
y
entre o gráfico de x = g2 (y) = Jy e a reta vertical x = g, (y) = 2 acima do intervalo
[O, 4] do eixo y (Figura 9). Então obtemos
4 4
{y 2 Mx = p fo y(g, (y) - g2(y)) dy = p fo y(2 - Jy) dy
FIGURA 9 Uma lâmina ocupando a
região sob o gráfico de f (x) x 2, =
acima de [O, 2).
2
A área da placa é A = fo x 2 dx = i e sua massa total é M = iP- Portanto, as coor-
denadas do CDM são
My 4p 3 Mx (l6/5)p 6
XCM =M = (8/3)p = 2' YCM =M = (8/3)p =5 •
y = f(x) _
_,,,,-,· ----1\___________ Uma desvantagem da Equação (2) para Mx é que ela exige integração ao longo do
// eixo y. Felizmente, existe uma segunda fórmula para Mx, como uma integral ao longo do
eixo x. Como antes, dividimos a região em N faixas verticais finas de largura tu (Figura
f(x) 10). Seja Mx,J o momento x daj-ésima faixa e, além disso, sejam J sua massa e YJ a co-
.!.J(x)
ordenada y de seu CDM. Então yJ = Mx ,J/ m J e podemos usar o artifício seguinte para
2 J
aproximar Mx ,J· A faixa é praticamente retangular, com altura f (x J) e largura Llx, portan-
to m J ~ p f (x J) Llx. Além disso, como o CDM de um retângulo está localizado em seu
centro, temos yJ ~ ½f (x J). Assim,
FIGURA 10 A faixa destacada é
praticamente retangular e a altura de
seu COM é aproximadamente½ f (xJ).
y I
A soma à direita é uma soma de Riemann cujo valor tende a -p
2
1b
a
f(x) 2 dx quan-
25
do N -+ oo. A região entre os gráficos das duas funções !1 (x) e fi(x), onde
J, (x) ~ h (x) ~ O, é tratada de maneira análoga, portanto obtemos as fórmulas alterna-
tivas seguintes para Mx:
2 3 Mx I
= -p
2
1b a
f(x) 2 dx ou
FIGURA 11 A região sob a curva
y = é , acima de [1 , 3).
• EXEMPLO 3 Encontre o centróide da região sob a curva y = eX, acima de [1, 3]
(Figura 11 ).
CAPfTULO 9 Mais Aplicações da Integral e Polinômios de Taylor 487
M 2e 3 Mx e6 - e2
XCM = __L
M
= -3
- - ;:::::: 2,313,
e -e
YCM = -
M
=
4(e3 - e)
::::::: 5,701
•
CDM
As propriedades de simetria de um objeto fornecem informações sobre seu centróide
--'-----'-----'-X
(Figura 12). Por exemplo, o centróide de uma placa quadrada ou circular está localizado
FIGURA 12 O CDM de uma lâmina no centro da placa. Uma formulação precisa do princípio da simetria é o seguinte (ver
simétrica fica no eixo de simetria. Exercício 42).
h-y respectivamente.
Passo 2. Momento do triângulo.
Calculemos M;riânguto de um triângulo qualquer de altura h e base b. Se e(y) é a largu-
y
ra do triângulo de altura y (Figura 15), então por semelhança de triângulos,
b
e(y) b
FIGURA 15 Por semelhança de
=h e(y) = b- -bh y
triângulos, f(y) = ~- h-y
h- y h
Portanto,
2
No nosso caso, b = 4, h = 3 e Mxtriângulo = -4 · 3- = 6.
6
Passo 3. Momento do círculo.
Para calcular M;írcuto, exploramos o fato de que, pela simetria, o centróide do círculo
está localizado no centro (O, 5). Assim, yg[J_uto = 5. O círculo tem raio 2, portanto sua
área é 4n e também a massa Mcírculo = 4n. Agora podemos resolver para M;írculo:
, Mcírculo Mcírculo
circulo _ _ x__ _ _ x__ _ 5 Mcírculo _ 20n
YcM - M Círculo - 4n - X -
MR =
X
Mxtriângulo + Mcírculo
X
= 6 + 20n
O triângulo tem massa½ · 4 · 3 = 6 e o círculo tem massa 4n, portanto R tem massa
M = 6+4ne
Mf 6+20n
YCM = -
M
= ---~371
6+4n ' •
9.3 RESUMO
• Os momentos de um sistema de partículas de massas mJ localizadas em (x J, yJ) são
Mx l
= -p
2
1b
a
2
f(x) dx ou 1
-p
2
1b(
a
!1 (x) 2- h(x) 2) dx
9.3 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. O que são os momentos x e y de uma lâmina cujo centro de mas- 3. O cento de massa de uma lâmina de massa total 5 tem coordena-
sa estiver localizado na origem? das (2, 1). Quais são os momentos x e y da lâmina?
2. Uma placa fina tem massa 3. Qual é o momento x da placa se seu 4. Explique como o princípio de simetria é usado para estabelecer
cento de massa tiver coordenadas (2, 7)? que o centróide de um retângulo é o cento do retângulo.
Exercícios
1. Quatro partículas estão localizadas nos pontos (a) Encontre os momentos Mx e My e o centro de massa do sis-
tema, supondo que todas as partículas tenham massas iguais,
(1 , 1), (1, 2), (4, 0) e (3, 1) digamosm.
490 CÁLCULO
(b) Encontre o centro de massa do sistema, supondo que as partícu- 14. f(x) = (l + x2)-I / 2, [O, l] 15. f (x) = e-x, [O, 4]
las tenham massas 3, 2, 5 e 7, respectivamente.
16. f(x)=lnx, [l , 2] 17. f(x) = senx, [O, ir]
2. Encontre o centro de massa do sistema de partículas de massas
4, 2, 5 e l, localizadas em (l, 2), (-3, 2), (2, -1) e (4, 0), respec- 18. Calcule os momentos e o centro de massa da lâmina que ocupa a
tivamente. região entre as curvas y = x e y = x 2, acima de [O, l].
3. Nos vértices de coordenadas (a, O), (b, O) e (O, c) de um triângu- 19. Esboce a região entre y = x + 4 e y = 2 - x, acima de [O, 2],
lo são colocadas massas pontuais de mesmo tamanho. Mostre usando simetria. Explique por que o centróide da região fica
que o centro de massa do sistema de massas tem coordenadas na reta y = 3. Verifique isso calculando os momentos e o cen-
(j(a + b), jC). tróide.
4. Nos pontos (-1, 0), (3, 0) e (0, 4) são colocadas massas m l, m2 Nos Exercícios 20-25, encontre o centróide da região entre os gráfi-
em3. cos das funções, acima dos intervalos dados.
(a) Suponha que m 1 = 6. Mostre que existe um único valor de m2 20. y =X , y = .jx, [O, l]
tal que o cento de massa fique no eixo y.
(b) Suponha que m1 = 6 e m2 = 4. Encontre o valor de m3 tal que
21. y = x 2, y = .jx, [O, l]
(b) Encontre a área e o centro de massa de S. 25. y = senx, y= COSX, [O, tr/4]
6. Use as Equações (l) e (3) para encontrar os momentos e o centro 26. Esboce a região englobada por y = O, y = x + l e y = (x - 1)2 e
de massa da lâmina S de densidade constante p = 2 g/cm2 que encontre seu centróide.
ocupa a região entre y = x 2 e y = 9x, acima de [O, 3]. Esboce S,
indicando a localização do centro de massa. 27. Esboce a região englobada por y O, y = (x + 1)3 e
y = ( l - x) 3e encontre seu centróide.
7. Encontre os momentos e o centro de massa da lâmina de densida-
de uniforme p que ocupa a região sob y = x 3, acima de [O, 2]. Nos Exercícios 28-32, encontre o centróide da região.
y
-2 2
y
Nos Exercícios 34-36, use a aditividade de momentos para encontrar
o CDM da região.
FIGURA 21
3
de raio 2r. Sejam M; e M; os momentos de S. Analogamente,
---+---+--+---X sejam M; o momento do círculo maior e M~ o momento do
-2 2
círculo menor.
FIGURA 19
(a) Use o princípio de simetria para mostrar que M; = O.
35. Uma casquinha de sorvete consistindo num semicírculo montado (b) Mostre que M; = M; - M~, usando a aditividade de momentos.
num triângulo eqüilátero de lado 6 (Figura 20). (e) Encontre M; M~
e usando o fato de que o COM de um círculo é
seu centro. Depois calcule M;,usando (b).
y
(d) Determine o COM de S.
2 2
-3 3
FIGURA 20
41. Encontre o COM de um sistema de dois pesos de massas m I e -1 !ob f(x) 2 dx= !od yg(y)dy
m2 , conectados por uma haste de comprimento d, cuja densida- 2 o o
de de massa p é uniforme. Sugestão: o momento do sistema é a
Sugestão: inicialmente faça a substituição y = f (x) na integral
soma dos momentos dos pesos e da haste.
à esquerda e observe que dx = g' (y) d y. Depois use integração
42. ($1 Princípio de simetria Seja R a região sob o gráfico de por partes.
f(x), acima do intervalo [-a, a], onde f (x) ::: O. Suponha que R
seja simétrica em relação ao eixo y.
492 CÁLCULO
44. Seja Ruma lâmina de densidade uniforme submersa num flui- Nível de fluído
do de densidade w (Figura 23). Prove a lei seguinte: a força de
fluido em R é igual à área de R vezes a pressão do fluido no
centróide. Sugestão: seja g(y) a largura horizontal de R à pro-
f"Xtróide
YcM
~
fundidade y. Expresse tanto a pressão do fluido [Equação (2) y
na Seção 9.2] quanto a coordenada y do centróide em termos
de g(y).
y (profundidade)
FIGURA 23
Contudo, uma desvantagem da linearização é que sua precisão fica restrita a um pequeno
intervalo em tomo de x = a. Os polinômios de Taylor são aproximações de ordem supe-
rior que generalizam a linearização, usando as derivadas J<k) (a) superiores. Eles são úteis
O matemático inglês Brook Taylor porque, tomando graus suficientemente elevados, podemos aproximar funções transcen-
( 1685-1731) deu contribuições importantes dentes, como sen x e ex, com precisão arbitrária em intervalos quaisquer.
ao Cálculo e à Física, bem como à teoria da
Suponha que f (x) esteja definida num intervalo aberto/ e que todas as derivadas
perspectiva linear utilizada no desenho.
superiores J<k)(x) existam em/. Fixemos um número a E /. O enésimo polinômio de
Taylor de f centrado em x = a é o polinômio
I! = 1, 2! = (2)1 = 2, 3! = (3)(2)1 =6 É conveniente considerar a própriaf (x) como a O-ésima derivada J<º)(x). Então podere-
Por convenção, definimos O! = 1. mos escrever o polinômio de Taylor em notação de somatório,
JU\a) .
= I:-.-1 -
n
T,r(x) (x-a)1
j=O J.
To(x) = f(a)
T1 (x) = f (a)+ J' (a)(x - a)
1
T3(x) = f(a) + f (a)(x - a)+
1
2f
li
(a)(x - a) +
2
r/
1 Ili
(a)(x - a)
3
O matemático escocês Colin Maclaurin Observe que T1 (x) é a aproximação linear de f (x) em a. Como veremos, os polinômios
(1698-1746) foi um professor em
de Taylor de ordens superiores fornecem aproximações melhores de f (x). Antes de
Edinburgh. Newton ficou tão impressionado
com seu trabalho que uma vez até ofereceu calcular alguns polinômios de Taylor, registramos duas propriedades importantes, que
pagar parte do salário de Maclaurin. seguem da definição:
CAPfTULO 9 Mais Aplicações da Integral e Polinômios de Taylor 493
• Tn (a) = f (a) [pois todos os termos de T, (x) depois do primeiro são nulos em x = a].
1
J<n)(a) n
T,,(x) = T,,-1 (x) + - -n!( x - a)
jU)(3)
Em seguida, calculamos os coeficientes - .- ,-:
J.
To(x) =2
1
T1 (x ) = 2+ 3)
4 (x -
T2(x) = 2 + ~ (x - 3) -
6
~ (x - 3)2
1 1 1
FIGURA 1 O gráfico de T3 (x ) = 2 + (x - 3) - (x - 3) 2 + (x - 3)3
f (x) = Jx+T e T4 (x) centrado em 4 64 512
1 1 1 5
X = 3. T4 (x )=2+
4
(x -3)-
64
(x -3) 2 +
512
3
(x -3) - _
16 384
(x -3)
4
•
• EXEMPLO 2 Encontrando uma fórmula geral para T,, Encontre os polinômios de Taylor
= ln x em a= 1.
T,,(x) def(x)
494 CÁLCULO
Depois de calcular várias derivadas de Solução Paraf (x) = ln x, o termo constante de T,1 (x) em a = l é nulo, pois f (l) = ln 1 = O.
f (x) = ln x, começamos a discernir o Em seguida, calculamos as derivadas:
padrão. No entanto, muitas vezes, as
derivadas não seguem algum padrão
simples e não há fórmula simples para J'(x) = x-' ' J"(x) = -x-2,
o polinômio de Taylor geral.
Analogamente, JC5>(x) = 4. 3. 2x- 5. O padrão geral é que JCk>(x) é um múltiplo de x-k,
com um coeficiente (k- 1) ! que alterna de sinal:
[IJ
Os polinômios de Taylor de ln x em Em outras palavras, os coeficientes para k ::: 1são 1, -½, ½, -¼, ... ,e
a= l:
1 l l
Ti(x) = (x-1)
1 2
T,,(x)=(x-l)-
2(x-l)
2
+
3(x-l)
3
- ··· +(-1)
n-1
;;(x-1)
n
•
T2(x) = (x - 1) -
2cx - 1)
f(0) f '(0) f" (O) f"' (O) !(4)(0) jCS)(0) jC6)(0) JC7)(0) .. .
1 o -1 o 1 o -1 o ...
Em outras palavras, as derivadas pares são JC2k) (0) = (-1 l e as derivadas ímpares são
nulas: JC2k+ 1l(0) =O.Portanto, o coeficiente de x 2k é (-ll/(2k)! e o coeficiente de
x 2 k+ l é zero. Temos
To(x) = T1(x) = 1
Os polinômios de Taylor Tn (x) são projetados para aproximar f (x) num intervalo em
tomo de x = a . A Figura 2 mostra os primeiros polinômios de Maclaurin de f (x) = cos
x. Observe que, à medida que n cresce, Tn(x) aproximaf(x) = cos x cada vez melhor em
intervalos cada vez maiores. Fora desses intervalos, a aproximação falha.
CAPfTULO 9 Mais Aplicações da Integral e Polinômios de Taylor 495
y y y
T4Cx)
T0(x)
,,. ... -,
/ \ -lt / \ 7t I
/ \ I \ / \
-27t
\ ,.,. / ,,_,,. 21t
X
21t -27t \
,.,. .._,, 21t
I
X
f(x) = COSX
Ti(x)
y y y
ENTENDIMENTO CONCEITUAL Para entender como surge a fórmula de Taylor, é útil intro-
duzir uma noção de proximidade entre duas funções. Dizemos que f e g concordam até
ordem n em x = a se
1 2
T2(x) = f (a) + 1
f (a)(x - a) +
li
T2(a) = f (a)
2f (a)(x - a) ,
Otermo do resto
Nosso próximo objetivo é estudar o erro IT,i(x) - /(x) I na aproximação fornecida pelo
enésimo polinômio de Taylor centrado em x = a. Definimos o enésimo resto de f (x) em
x = apor
Teorema de Taylor Suponha que 1<n+ 1>(x) exista e seja contínua. Então
Rn(X) = -l
n!
1x
a
(x - u? J<n+ l\u) du [I]
496 CÁLCULO
Demonstração Denotemos
ln(x) = -1
n!
1x
a
(x - ut J<n+l)(u) du
Nosso objetivo é mostrar que Rn(x) = ln(x). Para n = O, temos Ro(x) = f(x) - f(a)
e o resultado que queremos é só uma outra maneira de escrever o Teorema Fundamental
do Cálculo:
1 -
= -(x
n!
ut J<n>(u) lx -
a
-1
n! a
1x (-n)(x - ut- 1J<n\u)du
1
= --(x - at J<n>(a) + lll-l (x)
n!
Esse resultado pode ser reescrito como
J(ll)(a) li
/ 11 _, (x) = --(x - a) + lll(x)
n!
Agora aplicamos n vezes essa relação, para obter:
f(x) = f(a) + Io(x)
/(a)
= f(a) + -1!-(x -a)+ /1 (x)
J"(a)
= f(a) + -/(a)
-(x -
2
a)+ - - ( x -a) + h(x)
1! 2!
/(a) J<ll)(a) li
= f(a) + - -1! ( x -a)+···+ - -n! ( x -a) + lll(x)
Isso mostra que f(x) = Tll(x) + lll(x) e portanto / 11 (x) =R 11 (x), como queríamos
mostrar. •
Embora o Teorema de Taylor nos dê uma fórmula explícita para o resto, não vamos
usar essa fórmula diretamente. Em vez disso, vamos usá-la para obter uma estimativa do
tamanho do erro.
TEOREMA 1 Estimativa do erro Suponha que J<ll+l)(x) exista e seja contínua. Seja K
um número tal que IJ(ll+l>(u)I ::: K para todo u entre a ex. Então
lx -aln+I
ITll (x) - f(x)I ::: K (n + l)!
CAPfTULO 9 Mais Aplicações da Integral e Polinômios de Taylor 497
mos 1/4\x)I = 6x-4. Como IJC4 l(x)I é decrescente para x ~ l, seu valor máximo em
[1; 1,2] é IJ <4l(l) I = 6. Portanto, podemos aplicar a estimativa do erro com K = 6 para
obter
lx-aln+I 112-114
IT3(1 ,2) - ln 1,21 < K - - - =6 ' ~ 0,0004
- (n + 1)! 4!
Pelo Exemplo 2,
1 2 1 3
T3(x) = (x - 1) - -(x - 1) + -(x - 1)
2 3
• EXEMPLO 5 Aproximação com precisão dada Seja T,i(x) o enésimo polinômio de Ma-
claurin de f (x) = cos x. Encontre um valor de n tal que
Solução Como IJ<11 l(x) Ié lcos xi ou lsen xi, dependendo de n ser para ou ímpar, temos
1J<n) (u) 1:S 1 para todo u. Assim, podemos aplicar a estimativa do erro com K = l:
Para usar a estimativa do erro, não
é necessário encontrar o menor
valor possível de K. Nesse exemplo, 10,2 - 01 11 + 1 10,2111 + 1
IT11(0,2)-cos(0,2)1 < K - - - - = - -
tomamos K = 1. Isso funciona - (n + l)! (n + l)!
para todo n, mas para n ímpar
poderíamos ter usado o valor menor
K = sen(0,2) "'=' 0,2. Para tomar o erro menor do que 10-5, precisamos escolher n tal que
102111+1
' < 10-5
(n + l)!
498 CÁLCULO
n 2 3 4
10,21 +1
11
O23 O24 O25
--
(n +l)!
Ti;:::: 0,0013 - '- ;:::: 6,67
4!
X 10-5 - '- ;:::: 2,67
5!
X 10-6 < 10- 5
Vemos que o erro é menor do que 10-5 para n = 4. Para conferir isso, lembre que T4(x) =
:b
1 - ½x 2 + x 4 pelo Exemplo 3. Os valores seguintes de uma calculadora confirmam que
o erro é bastante menor do que 10-5, como queríamos:
lim E(x) = O
x--+a lx - a 111
Assim, numa aproximação de ordem n, o erro tende a zero mais rapidamente do que
lx - al 11• A estimativa do erro diz que T11 (x) é uma aproximação de ordem n def(x) em
x = a, desde que saibamos que J<n+l)(x) existe e é contínua e que 1/(n+l)(u) I ::: K,
para todo u em algum intervalo aberto / contendo a. De fato, a estimativa do erro dá
K
onde e = - - - '; portanto,
(n + 1)!
1/(x) - Tn(x)I < Clx - ai~ O (quandox ~ a)
lx-al 11 -
9.4 RESUMO
• O enésimo polinômio de Taylor centrado em x = a da função f (x) é
lx - a ln+I
ITn(x) - f(x)I ::: K (n + l)!
onde K é um número tal que l/<11 +1\u)I ::: K para todo u entre a e x.
CAPfTULO 9 Mais Aplicações da Integral e Polinômios de Taylor 499
ln x 1
1 2
T,1(x)=(x-l)--(x-l) + ···+
c-w- 1 (x-lt
2 n
1
-- o Tn(x) = 1 + x +x 2 + ... +xn
1-x
9.4 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Como é T3 (x) centrado em a = 3 para uma função f (x) tal que 3. Para qual valor de x é verdade que o polinômio de Maclaurin
f (3) = 9, f 1 (3) = 8, f 11 (3) = 4 e f 111 (3) = 12? Tn (x) satisfaz T11 (x) = f (x ), para qualquer função f (x)?
2. Os gráficos tracejados na Figura 3 são polinômios de Taylor de 4. Seja T,1 (x) o polinômio de Maclaurin de uma função f (x) que
uma funçãof(x). Qual dos dois é um polinômio de Maclaurin? satisfaz lf<4l (x) I :-: : 1 para todo x. Qual das afirmações seguintes
decorre da estimativa do erro?
y y
(a) IT4 (2) - !(2) 1 :-: : 24 /24
(A) (B)
FIGURA 3
Exercícios
Nos Exercícios 1-14, calcule os polinômios de Taylor T2(x) e T3 (x) 11. f(x) = e-x + e- 2x, a= O 12. f(x) = x 2e- x, a= 1
centrados em x = a da função e valor de a dados.
13. f(x) = ln(x + !), a= O 14. f(x) = coshx, a= O
1. f (x) = senx, a= O 2. f(x) = senx, a= rr/2
Nos Exercícios 15-18, calcule T2 (x) em x = a e use uma calculadora
1 1
3. f (x) =- -, a =O 4. f (x) = - -, a =1 para calcular o erro lf (x) - T2(x) Ino valor de x dado.
l+ x l+ x
15. y = ex, x = -0,5, a = O
5. f(x)= tgx, a=O 6. f(x) =tgx , a=¾
16. y = COSX, X= 1; , a= 0
1 1
7. f (x) = - -2 , a= O 8. f(x) = - -2 , a= -1
17. y = x-312 , x = 0,3, a= I
l+x l +x
3
20. Mostre que o enésimo polinômio de Taylor de _l_ema= 1 é 2
x+I
1 x - 1 (x - 1)2 (x - It
Tn(x) = -2 - -4- + - -
8
- + · .. + (-1)11-----,--
211+1 -1
Nos Exercícios 21-26, encontre Tn(x) emx =apara todo n. FIGURA 4 O gráfico de j<4\x) = -24x(x 2 - 1)/(x 2 + 1) 4, onde
f (x) = are tg x.
l 1
21. f (x) = --,
1-x
a= O 22. f(x) = - - , a =4
x-1 34. ica~ Calcule T2 (x) paraf(x) = sech x em a= o. Depois, calcu-
23. f(x) = ex, a= 1 24. f (x ) = ..jx, a= 1 le T2 (½)e use a estimativa do erro para encontrar uma cota de
42. Confira que o terceiro polinômio de Maclaurin de f(x) = ex é T2(x) = x 2. Use a estimativa do erro com n = 2 para mostrar
sen x é igual ao produto dos terceiros polinômios de Maclaurin que
de ex e sen x (depois de descartar do produto os termos de grau
maior do que 3).
e~ -
16 e 2
sen - - - sen -
e 51. Uma onda de luz de comprimento de onda Â. vai de A até B
3 4 3 2 passando por uma pequena abertura (ver Figura 6 para a no-
tação). A abertura é uma região circular localizada num plano
(b) Calcule o quinto polinômio de Maclaurin da função do lado perpendicular a AB. Seja f (r) =d'+ h', isto é, f (r) é a dis-
direito. tância AC + CB como função de r. As zonas de Fresnel, usa-
(e) Use a estimativa do erro para mostrar que o erro na aproximação das para determinar as perturbações óticas em B, são os anéis
de Huygens é menor do que 0,00022101 5. concêntricos delimitados pelos círculos de raios R11 , onde
f(R 11 ) = AB + n'A /2 =d+ h + n'A/2.
1 - cosx
(a) Mostre que o segundo polinômio de Maclaurin de
FIGURA 6 As zonas de Fresnel são as regiões entre os círculos de
f(x) =é + e-x - 2 raio R11•
502 CÁLCULO
Esboce os gráficos de ex, T1(x) e T2 (x) nos mesmos eixos coor- ~ . ( (x - a) k) = k(k - 1) .. · (k - j + l)(x - k.
a) - 1
denados. Essa desigualdade permanece válida para x < O? dxJ k! k!
(b) Use integração por partes para provar a fórmula Use isso para provar que T11 (x) concorda com f (x) em x = a até
ordemn.
56. Aproximação de integrais usando polinômios de Taylor Os Pretendemos deduzir uma expressão aproximada para Ao em ter-
polinômios de Taylor podem ser usados para obter aproximações mos de A para IAI pequeno.
numéricas de integrais. (a) Mostre que o segundo polinômio de Maclaurin da função
(a) Seja L > O. Mostre que se duas funções f (x) e g(x) satisfazem x2e-x2
f (A) = (em que A é a variável ex é tratado como
lf (x)- g(x)I < L, para todo x em [a, b], então 1 - Ae-x 2
(e) Calcule
r'P T3(x)dxcomoumaaproximaçãode lor'P senxdx.
lo
O
1 2 1 3
Ao~ A+ ;;,A + ,r,,A
Use (a) e (b) para encontrar uma estimativa do tamanho do erro. 2v2 3v3
57. Use o quarto polinômio de Maclaurin e o método do Exercício Pode ser usada a fórmula (válida para À > O)
,,12
56 para aproximar lo sen(x 2
) dx. Encontre uma estimativa
lo
roo x2 e- Àx 2
dx
1
= 4V V
{n
para o erro.
CAPfTULO 9 Mais Aplicações da Integral e Polinômios de Taylor 503
3. y = 4x - 2, [-2, 2]
y
4. y = x 213, [I, 2] 3
8. y = ~x3/4 - ~x5f4, [O, l] 16. Esboce a região entre y 4(x + 1)- 1e y = 1, acima de [O, 3],
e encontre seu centróide.
9. y=~x 312 -~x 112 , [1 , 2] 17. Encontre o centróide da região entre o semicírculo y ~
e a parte de cima da elipse y = ½~ (Figura 3).
1
10. y = -x 2 , [O, 2]
2 18. Uma placa no formato da região destacada na Figura 3 está verti-
calmente submersa em água. Calcule a pressão de fluido num dos
11. Calcule a área de superfície total da moeda obtida pela rotação da
lados da placa se a superfície da água estiver em y = 1.
região da Figura I em tomo do eixo x. O topo e a base da região
são semicírculos de 1 mm de raio.
y
1mm
4mm
- --t-- --t--+-- - x
-1
FIGURA 3
Nos Exercícios 20-25, encontre o polinômio de Taylor em x = a da 32. Seja T,1 (x) o enésimo polinômio de Maclaurin def(x) = sen x +
função dada. senhx.
(a) Mostre que T5(x) = T6(x) = T7(x) = Tg(x). Sugestão: T,i(x)
20. f (x) = x3, T3(x), a= 1 é a soma dos polinômios de Maclaurin de sen x e de senh x.
21. f (x) = 3(x + 2) 3 - 5(x + 2), T3(x) , a= -2 (b) Mostre que Ir (x) 1 ::: 1 + cosh X para todo n. Sugestão: note que
1senh x 1 ::: 1cosh x Ipara todo x.
22. f (x) = x ln(x), T4(x) , a= 1
2,6
(e) MostrequelTg(x)-f(x)I::: 9!1xl 9,para -! :::x::: 1.
23. f(x)=(3x+2) 113, T3(x), a=2
1
33. Mostre que o enésimo polinômio de Maclaurin de f (x) = - -
24. f (x) = xe -x2 , T4(x) , a= O 1- x
é T11 (x) = 1 + x + x 2 + · · · + x 11 • Substituindo x por x/4, con-
25. f(x) = ln(cosx), T3(x) , a= O
1
clua que o enésimo polinômio de Maclaurin de f (x) = - - - é
26. Encontre o enésimo polinômio de Maclaurin de f(x) = e3x. 1 +x/ 4
1 1 2 1 11
T11 (x) = J +
27. Use o quinto polinômio de Maclaurin de f(x) = ex para aproxi-
mar .je. Use uma calculadora para determinar o erro.
4X + X + .. · +
42
X
411
Quando dizemos que uma implicação A =:} B é verdadeira, não estamos alegando
que A ou que B sejam necessariamente verdadeiras. Em vez disso, estamos fazendo uma
afirmação condicional, a saber, que se acontecer de A ser verdadeira, então B também
será verdadeira. No caso precedente, se ocorrer de X não ser um gato, a implicação não
nos diz nada.
A negação de uma afirmação A é a afirmação de que A é falsa e é denotada por -.A.
A negação da negação é a afirmação original: -.(-.A) = A Dizer que X não não mora na
Califórnia é o mesmo que dizer que X mora na Califórnia.
Solução
(a) A primeira afirmação é verdadeira se ambas condições estiverem satisfeitas (porta
aberta e cachorro latindo) e é falsa se pelo menos uma dessas condições não estiver satis-
feita. Portanto a negação é
Ou a porta não está aberta OU o cachorro não está latindo (ou ambos).
A2 CÁLCULO
(b) A segunda afirmação é verdadeira se pelo menos uma das condições (porta aberta ou
cachorro latindo) estiver satisfeita e é falsa se nenhuma dessas condições estiver satisfeita.
Portanto a negação é
Afirmação Contraposição
Se X é um gato, então X é um Se X não é um mamífero, então X
mamífero. não é um gato.
Se você trabalhar bastante, Se você não tiver sido
será bem-sucedido. bem-sucedido, não trabalhou
bastante.
Se m e n são ambos pares, Se m + n não é par, então m e n
então m + n é par. não são ambos pares.
A recíproca é
Afirmação verdadeira Recíproca verdadeira ou falsa?
Se X é um gato, então Se X é um mamífero, Falsa.
X é um mamífero. então X é um gato.
2 2
Se m é par, então m Se m é par, então m Verdadeira.
é par. é par.
Um contra-exemplo é um exemplo que Solução A recíproca é "Sem+ n é par, então me n são pares". Para mostrar que a recípro-
satisfaz a hipótese mas não a conclusão
ca é falsa, apresentamos um contra-exemplo. Tomamos m = 1 e n = 3 (ou qualquer outro
de uma afirmação. Se existir pelo menos
um contra-exemplo, então a afirmação par de números ímpares). A soma é par (pois 1 + 3 = 4) mas nem 1 nem 3 é par. Portanto,
é falsa. Contudo, não podemos provar a recíproca é falsa. •
que uma afirmação seja verdadeira
simplesmente dando um exemplo. • EXEMPLO 3 Um exemplo em que arecíproca é verdadeira Enuncie a contraposição e are-
cíproca do Teorema de Pitágoras. Alguma dessas afirmações, ou ambas, são verdadeiras?
A Solução Considere um triângulo de lados a, b e e e seja 0 o ângulo oposto ao lado de
comprimento e, como na Figura 1. O Teorema de Pitágoras afirma que se 0 = 90º, então
a2 + b2 = c2. Aqui temos a contraposição e a recíproca:
b
0
B a e Teorema de Pitágoras 0 = 90° => a2 + b2 = c2 Verdadeira
FIGURA 1 Contraposição a2 + b2 f= c2 => 0 f= 90º Automaticamente
verdadeira
Recíproca a2 + b2 = c2 => 0 = 90º Verdadeira (mas
não automaticamente)
Quando uma afirmação A => B e sua recíproca B => A são ambas verdadeiras,
escrevemos A {::::::} B. Nesse caso, A e B são equivalentes. Muitas vezes expressamos
isso com a frase
Por exemplo,
A é verdadeira se B é verdadeira.
Analisando um teorema
Para ver como essas regras da Lógica surgem no estudo do Cálculo, considere o resultado
seguinte da Seção 4.2.
y
TEOREMA 1 Existência de um máximo num intervalo fechado Sef(x) for uma função con-
Valor máximo
tínua num intervalo (limitado) fechado/= [a, b], entãof(x) atinge um valor máximo
~
em I (Figura 2).
y y y
Valor máximo
(~ f\_.
'---+-- - - - - + - X '---0----- - - - - - < > - - X
a b a b a b
(A) O intervalo é fechado (B) A função é contínua (C) Essa função não é
mas a função não é mas o intervalo é contínua e o intervalo
contínua. A função não aberto. A função não não é fechado, mas a
tem valor máximo. tem valor máximo. função tem um valor
máximo.
FIGURA 3
APÊNDICE A ALinguagem da Matemática AS
A técnica da prova por contradição Como sabemos, a contraposição é somente uma maneira de reformular o teorema, de
também é conhecida como "redução modo que é automaticamente verdadeira. A recíproca não é automaticamente verdadeira
ao absurdo". Os gregos da Antiguidade
já usavam a prova por contradição no e, na verdade, nesse caso ela é falsa. A função na Figura 3(C) fornece um contra-exem-
Século Va.e. e Euclides (325-265 plo para a recíproca: f (x) tem um valor máximo em / = (a, b) mas f (x) não é contínua
a.C.) utilizou-a em Os Elementos, e / não é fechado.
seu tratado clássico de Geometria. Os matemáticos desenvolveram várias estratégias e métodos gerais para provar te-
Um exemplo famoso é a prova da
irracionalidade de ./2 no Exemplo 4. oremas. O método de prova por indução será tratado no Apêndice C. Um outro método
O filosofo Platão (427-347 a.C.) importante é a prova por contradição, também chamado prova indireta. Suponha que
escreveu: "Aquele que ignorar o fato nosso objetivo seja provar A ===} B. Numa prova por contradição, partimos da hipótese
de que a diagonal de um quadrado
de que A é verdadeira mas B é falsa e, então, mostramos como isso leva a alguma contra-
é incomensurável com seu lado não
merece ser chamado de ser humano." dição. Decorre disso que B deve ser verdadeira (para evitar a contradição).
A. RESUMO
• A implicação A ===} B é a afirmação "Se A é verdadeira então B é verdadeira".
• A contraposição de A ===} B é a implicação -,B ===} -,A, que diz que "Se B é falsa,
então A é falsa". Uma implicação e sua contraposição são equivalentes (uma das duas é
verdadeira se, e somente se, a outra é verdadeira).
• A recíproca de A ===} B é B ===} A. Uma implicação e sua recíproca não são necessa-
riamente equivalentes. Uma pode ser verdadeira e a outra falsa.
A6 CÁLCULO
A EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Qual é a contraposição de A ==> B? 3. Suponha que A ==> B seja verdadeira. Qual é, então, automati-
camente verdadeira, a recíproca ou a contraposição?
(a) B ==> A (b) -.B ==> A
(e) -.B ==> -.A (d) -.A ==> -.B 4. Reescreva como uma implicação: "Um triângulo é um polígono".
Exercícios
1. Qual é a negação da afirmação "O carro e a camisa são ambos 17. Sem é divisível por 9 e 4, então m é divisível por 12.
azuis"?
18. Sem é ímpar, então m 3 - m é divisível por 3.
(a) Nem o carro nem a camisa são azuis.
(b) O carro não é azul e/ou a camisa não é azul. Nos Exercícios 19-22, determine se a recíproca da afirmação é falsa.
4. LABC é um triângulo isósceles. 23. Sef(x) e g(x) são deriváveis, entãof(x) g(x) é derivável.
5. m e n são inteiros ímpares. 24. Se o campo de forças é radial e decresce como o inverso do qua-
drado da distância, então todas órbitas fechadas são elipses.
6. Ou m ou n é ímpar.
Nos Exercícios 25-28, a inversa de A ==> B é implicação -.A =:> -.B.
1. x é um número real e y é um inteiro.
25. Qual das seguintes é a inversa da implicação "Se ela saltou no
8. f (x) é uma função linear.
lago, então ela ficou molhada"?
Nos Exercícios 9-14, enuncie a contraposição e a recíproca. (a) Se ela não ficou molhada, então ela não saltou no lago.
9. Se m e n são inteiros ímpares, então mn é ímpar. (b) Se ela não saltou no lago, então ela não ficou molhada.
A inversa é verdadeira?
10. Se hoje é terça-feira, então estamos na Bélgica.
26. Enuncie as inversas dessas implicações.
11. Se hoje é terça-feira, então não estamos na Bélgica.
(a) Se X é um camundongo, então X é um roedor.
12. Se x > 4, então x 2 > 16. (b) Se você ficar dormindo, você perde a aula.
13. Se m2 é divisível por 3, então m é divisível por 3. (e) Se um astro girar em tomo do Sol, então é um planeta.
30. Escreva del3lhadamente uma prova por contradição desse fato: (a) Qual é a hipótese?
Não existe um menor mimero racional positivo. Baseie sua prova (b) Fornecendo um contra-exemplo, mostre que a hipótese é ne-
no fato de que se r > O, então O< r/2 < r. cessária.
31. Use uma prova por contradição para provar que se :e + y > 2, (e) Qual é a contraposição?
entllo.:c > 1ou)'> 1 (ou ambos). (d) Qual é a recíproca? É verdadeira?
Nos t!:Ct!rcfcios 32-35. 11st! prova por c<>tllradiç,io pttra mostrar que o 37. Considere o teorema seguinte. Seja/(:c) um polinômio quadráti-
11tímero é irracio11al.
co com coeficiente dominante positivo. Entllo/(:c) tem um valor
mínimo.
32. f½ 33. /3 34. ~ 3S. fü (a) Quais são as hipóteses?
(b) Qual é a contraposição?
36. Um triângulo isósceles é um triângulo com dois lados iguais.
Vale o seguinte teorema: se t:,, é um triângulo com dois ângulos (e) Qual é a recíproca? É verdadeira?
iguais, então b. é um triângulo isósceles.
ou a= b, ou a< b, ou a> b
Para distinguir entre as condições a _:s b e a < b, muitas vezes dizemos que a < b é uma
desigualdade estrita. Convenções análogas valem para> e~- As regras dadas na Tabela
2 permitem-nos manipular desigualdades.
A última propriedade diz que uma desigualdade inverte seu sentido se for multiplicada
por um número negativo. Por exemplo,
em intervalos fechados. A idéia subjacente é que a reta real "não tem buracos". Essa idéia
será elaborada mais adiante. Inicialmente introduzimos as definições necessárias.
Seja S um conjunto não-vazio de números reais. Um número M é denominado uma
cota superior de S se
para todo x e S
ENTEHDIMEHTO CONCEITUAL O Teorema l pode parecer bem razo.ivel, mas sua utilidade tal-
fi. vez não seja visível. Anteriormente, sugerimos que a propriedade do supremo expressa a
1
1
idéia que Ré "completo" ou ''não tem buracos". Para ilustrar essa idéia, comparemos R
1 com o conjunto dos núme~ racionais, denotado por Q. Intuitivamente, Q não é completo
1
X
-3 - 2 - 1 o 1
2 3 porque faltam os número irracionais. Por exemplo, Q tem um "buraco" onde deveria estar
1
1 localil.ado o número irracional ,./i. (Figura 3). Esse buraco divide Q em duas metades
1
desconexas (a metade à esquerda e a metade à direita de ..ti.). Por causa disso, Q não é ver-
FIGURA 3 Os números racionais têm
dadeiramente um objeto "contínuo". No próximo exemplo, veremos que a existência de
um "buraco.. na localização de ./i
,./i. como número real está relacionada diretamente à propriedade do supremo. Uma outra
conseqüência da completude é o TVI, cuja prova depende da propriedade do supremo.
• EXEMPLO 1 Mostre que 2 possui uma raiz quadrada aplicando a propriedade do su-
premo ao conjunto
S = {x: x2 < 2}
Solu~o Inicialmente, observamos que Sé limitado com a cota superior M = 2. De fato, se
x > 2 então vale x 2 > 4 e, portanto, x não pertence a S. Pela propriedade do supremo, S
tem um supremo. Denote-o por L. Afirmamos que L = ../2 ou, equivalentemente, que
L = ,Jí L 2 = 2 (Figura 4). Para provar isso, mostraremos que ambas desigualdades L 2 ~ 2 e
--+--+---+--+- +c-+--+--x L 2 :=: 2 são falsas.
-3 -2 - 1 O 2 3 2
Se L < 2, seja b = L + h, onde h > O. Então
FIGURA 4 O conjunto S = (.r : x2 < 2)
é limitado pelo supremo L = ./1. b2 = L2 + 2Lh + h2 = L2 + h(2L + h) II]
AlO CÁLCULO
Podemos tomar a quantidade h(2L + h) tão pequena quanto desejarmos escolhendo h > O
suficientemente pequeno. Em particular, podemos escolher um h positivo de tal forma que
h(2L + h) < 2 - L 2. Para essa escolha, b2 < L 2 - (2 - L) 2 = 2 pela Equação (1). Dessa
forma, b E S. Mas b > L, pois h > O, e assim L não é uma cota superior de S, em contradição
com nossa hipótese sobre L. Concluímos que L2 ~ 2.
Se L 2 > 2, seja b = L - h, onde h > O. Então
b2 = L 2 - 2Lh + h2 = L2 - h(2L + h)
Agora escolhemos h positivo mas suficientemente pequeno de tal forma que h (2L + h) <
L2 - 2. Então b < L e b2 > L2 - (L 2 - 2) = 2. Mas, nesse caso, b é uma cota inferior
menor de S. De fato, se x ~ b, então x 2 ~ b2 > 2 e x não pertence a S. Isso contradiz
nossa hipótese de que L é o supremo. Concluímos que L 2 :::: 2 e, como já mostramos que
L2 ~ 2, resulta L2 = 2, conforme desejado. •
Agora provamos três teoremas importantes, o terceiro dos quais é utilizado na prova
da propriedade do supremo, em seguida.
Demonstração Para simplificar a notação, vamos supor que S esteja contido no intervalo
unitário [O, 1] (uma prova análoga funciona em geral). Se k1, k2, ... , kn é uma seqüência
de n dígitos (ou seja, cada kJ é um número natural e O :::: kJ :::: 9), seja
• Se {an} é crescente e a11 S M para todo n, então {a11 } converge e lim a11 S M .
n--+OO
• Se {a11 } é decrescente e a11 ~ M para todo n, então {a11 } converge e lim a11 ~ M.
11--+ 00
Demonstração Suponha que {a11 } seja crescente e limitada superiormente por M. Então
{a11 } é automaticamente limitada inferiormente por m = ai pois a1 S a2 S a3 · · ·. Portan-
to, {a11 } é limitada e, pelo Teorema 3, podemos escolher uma subseqüência convergente
an 1 , a112 , •..• Seja
Observe que a11 s L para todo n. Se isso não valesse, então a11 > L para algum n e então
a11k ~ a11 > L para todo k tal que nk ~ n. Mas isso contradiria que a11k --+ L. Agora, por
definição, para cada E > Oexiste NE > Otal que
Escolham tal que n,n > NE. Se n ~ n,n, então a11111 S a11 S L e, portanto,
para todo n ~ nm
Então a11 > L - E = M + E. Isso contradiz nossa hipótese de que M é uma cota superior
de {a11 }. Portanto, L S M, como afirmamos. •
S(d) = {x(d) : x E S}
Afirmamos que S(d) tem um elemento máximo. Para verificar isso, escolha qualquer
a E S. Se x E Se x(d) > a(d), então
a(d) S x(d) S M
Assim, pelo que observamos no parágrafo precedente, existe no máximo um número finito de
valores de x(d) em S(d) maiores do que a(d). O maior desses é o elemento máximo em S(d).
Para d= l, 2, ..., escolha um elemento Xd tal que Xd(d) seja o elemento máximo em
S(d). Por construção, {xd (d)} é uma seqüência crescente (já que o maior truncamento de
comprimento d só pode aumentar quando d cresce). Além disso, xd(d) S M para todo
Al 2 CÁLCULO
d. Agora aplicamos o Teorema 4 para concluir que {XJ (d)) converge a um limite L. Afir-
mamos que L é o supremo de S. Inicialmente, observe que L é uma cota superior de S.
De fato, se x e S, então x(d) .:S L para todo d e, assim, x .:S L. Para mostrar que L é o
supremo, suponha que M seja uma cota superior tal que M < L. Então XJ .:S M para todo
d e, portanto, XJ(d) .::: M para todo d. Mas então
L = d-.oo
lim XJ(d) .:S M
TEOREMA 5 Teorema do valor intermediário Se/(x) for contínua num intervalo fechado
[a, b] e/(a) ':f. / (b~ então para cada valor M entref (a) ef(b), existe pelo menos um
valore E (a , b) tal que/(c) = M.
Equivalentemente,
1 3
2' < f(x ) < 2' se lx-LI < ó
2,
O numero
' I é pos1t1vo,
.. portanto cone)u1mos
' que
1 + 3 + · · · + (2n - 1) = n2 [IJ
Soma dos primeiros n números ímpares
O princípio da indução pode ser utilizado para garantir P(n) para todos os valores de n.
O princípio da indução é aplicável se TEOREMA 1 Princípio da indução Seja P(n) uma afirmação que depende de um número
P(n) é uma afirmação definida para natural n. Suponha que:
n ?: 110 , onde no é um inteiro fixado.
Suponha que (i) Base de indução: P(l) é verdadeira.
(i) Base de indução: P(no) é (ii) Etapa de indução: Se P(n) é verdadeira para n = k, então P(n) também é verda-
verdadeira. deira para n = k + 1.
(ii) Etapa de indução: Se P(n) é
verdadeira para n = k, então P(n) Então P(n) é verdadeira para todos os números naturais n = 1, 2, 3, ....
também é verdadeira para n = k + 1.
Então P(n) é verdadeira para todo
n ?: "O· • EXEMPLO 1 Prove que 1 + 3 + · · · + (2n - 1) = n2 para todo número natural n.
Solução Como acima, denotemos por P(n) a igualdade
P(n): 1 + 3 + · · · + (2n - 1) = n2
Passo 1. Base de indução: Mostrar que P(l) é verdadeira.
Isso foi constatado acima. P(l) é a igualdade 1 = 12.
Passo 2. Etapa de indução: Mostrar que se P(n) é verdadeira para n = k, então
P(n) também é verdadeira para n = k + 1.
Suponha que P(k) seja verdadeira. Então
1 + 3 + · · · + (2k - 1) = k2
Al4 CÁLCULO
• EXEMPLO 2 Use Indução e a regra do produto para provar que, para cada número
natural 11,
d
-x"=,u"-1
dx
d . (x + h) - x . h .
-x = hm - - - - = h-..O
hm - = hm 1 = 1
dx 1,-.. 0 h h /J -..O
,, L+ I d L d ,. • ,, '·-1 ,.
-d x" = -d (x·x ~) = x-d x"+x"-dx=x(kx" )+x"
X X X X
No triAngulo de Pascal, a enésima = kxk + xk = (k + 1)xk
linha displJe os coeficientes da
expanslo de (a + bY': Isso mostra que P(k + 1) é verdadeira
li
o
Pelo princípio da indução, P(11) é verdadeira para todo 11 ~ 1.
•
1
2 1 2 1
Como outra aplicação do princípio da indução, provamos o teorema binomial, que
3 1 3 3 1 descreve a expansão do binômio (a + b)". As primeiras expansões são conhecidas:
4 1 4 6
1 4
5 1 5 10 ~ 1 (a+b) 1 = a+b
6 6 15 2o0If6
(a + b) 2 = a2 + 2ab + b2
O triAngulo é construido da seguinte
m3neira: cada entrada é a soma das (a+ b) 3 =a 3 + 3a2b + 3ab2 + b3
duas entradas acima dela na linha
anterior. Por exemplo, a entrada Em geral, temos uma expansão
15 na linha n = 6 é a soma 10 + 5
das entradas acima dela na linha
11 = 5. A relaçlo recursiva garante
(a+ b/ = t (n)akbn-k
k=O k
O triângulo de Pascal (descrito na nota à margem) pode ser usado para calcular os co-
eficientes binomiais se n e k não forem muito grandes. O teorema binomial fornece a
seguinte fórmula geral:
n) n! n(n - l)(n - 2) .. · (n - k + l)
( k - k! (n - k)! - k(k - l)(k - 2) · .. 2 · 1
Antes de provar essa fórmula, provamos uma relação recursiva satisfeita pelos coeficien-
tes binomiais. Entretanto, observe que (3) certamente vale para k = Oe k = n (lembre que,
por convenção, O!= 1):
n) n! n! n) n! n!
( O =(n-O)!O!=n!=I , ( n = (n - n)! n! = n! = 1
paral~k~n-1
= a n-1(
L n- n-1(n - 1) an-1-kbk
1) an-1-kbk + b L
k=O k k=O k
Disso decorre a relação recursiva, porque os coeficientes de an-kbk devem ser iguais nos
dois lados da equação. •
Agora usamos indução para provar a Equação (3). Seja P(n) a afirmação:
(n)k - n!
k! (n - k)!
para O~ k ~ n
na expansão de (a+ b)n. Para a etapa de indução, suponha que P(n) seja verdadeira. Pela
relação recursiva, para 1 ~ k ~ n, temos
(
n +
k
1) = (n)k + ( k -n 1) = k! (nn!- k)! + (k - n!
l)! (n - k + l)!
-nl -n+l
--- -k- + - - -
k - - ) -n' ( n+I )
- · ( k! (n + 1 - k)! k! (n + 1 - k)! - · k! (n + 1 - k)!
(n + l)!
= -- - - -
k! (n + 1 - k)!
C. EXERCÍCIOS
Nos Exercícios 1-4, use o princípio da indução para provar a fórmula verdadeira para n = k + l. Conclua que P(n) é verdadeira para
para todos os números naturais n. todo n.
n(n + l) 6. Use indução para provar que n! > 2n para todo n ::: 4.
1. l + 2 + 3 + · · · + n = 2
Seja {Fn) a seqüência de Fibonacci, definida pela fórmula recursiva
+ 1)2
n2(n
2. 13 +23 +3 3 + . . . +n 3 = - --
4 Fn = Fn-1 + Fn-2 ,
1 1 n
3. - + - +···+ - - - Os primeiros termos são 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, ... . Nos Exercícios 7-10,
1·2 2 ·3 n(n + l) n+l
use indução para provar a identidade.
2 1 - x n+I
4. 1 + x + x + · · · + xn = - - - para todo x oi l 7. F1 + F2 + · · · + Fn = F11 +2 - l
1-x
5, Seja P(n) a afirmação 2n > n.
(a) Mostre que P(l) é válida.
(b) Observe que, se 2n > n, então 2n + 2n > 2n. Use isso para R+ - R'.!_ 1 ±Js
mostrar que se P(n) for verdadeira para n = k, então P(n) é
9. Fn = Js ,onde R± = - -
5 2
APÊNDICE C Indução e oTeorema Binomial Al 7
10. Fn +I F,,-1 = F; + (-1)1'. S11gestiio: na etapa de indução, mos- IS. Expanda (x +r 1)4.
tre que
16. Qual é o coeficiente de x9 em (x3 + x)5?
F11+2Fn = F,,+1Fn + F,;
12. Use indução para pro\'ar que 113 - n é divisível por 3 para todo
18. SejaT(11) = t<-l)kG)
k=O
número natural n. (a) Use o triângulo de Pascal para calcular S(11) para n = 1, 2, 3, 4.
13. Use indução para provar que 5211 - 411 é di\'isfvel por 7 para todo (b) Prove que T(n) = Opara todo 11 ~ 1. S11gestüo: expanda (a + b)11
m1mero natural n. e calcule em a = 1. b = - 1.
1 Seção2.3 TEOREMA 1 Leis básicas de limites Suponha que lim f(x) e lim g(x) existam. Então:
X--+C X--+ C
Pela definição de limite, podemos escolher o > Ode tal modo que
1
lim - -
.r-+c g(x)
= _!_
M
De fato, se (2) valer, então aplicamos a lei do produto com/ (x) e g(x)- 1 para obter a lei
do quociente:
1
lim J(x)
X-+C g(x)
= lim /(x)-
X-+C
- = ( lim /(x)) (lim ....2__))
g(x) \;.... e g(x X-+C
=l(~) = ~
Agora vamos verificar (2). Como g(x) tende a M e M :/= O, podemos escolher ó > Otal
que lg(x) I ::: IMl/2 se O < lx - cl < ó. Agora escolha qualquer número € > O. To-
mando um ó menor, se necessário, também podemos garantir que
TEOREMA 2 Limites preservam desi&Ualdades Sejam (a, b) um intervalo aberto e e e (a, b).
Suponha que/(x) eg(x) estejam definidas em (a, b) exceto, ~ivelmente, em e.
Demonstr.ição Sejam l = lim /(:e) e M = lim g(x). Para provar que l ::: M, usamos
X-+C X-+C
uma prova por contradição. Se L > M, seja E = ½<L - M). Pela definição fonnal de limi-
tes, podemos escolher ó > Otal que as duas condições seguintes estejam satisfeitas:
Mas então
f (x) > l - E = M + E > g(x)
Isso é uma contradição, pois f (x) ::: g(x). Concluímos que l ::: M.
•
A20 CÁLCULO
TEOREMA 3 Limite de uma função composta Suponha que existam os limites seguintes:
L = X---+C
lim g(x) e M = x---+l
lim f(x)
Demonstração Seja E > Odado. Pela definição de limite, existe 81 > Otal que
lim g (x)
X ---+ C
= g(c) e lim f (x) = f (g(c))
x ---+g(c)
lim f (g (x))
X---+ C
= f(g (c))
Isso prova quef (g(x)) é contínua em x = e.
•
1 Seção2.6 TEOREMA 5 Teorema do confronto Suponha que, para x =!=- e (em algum intervalo aberto
contendo e),
lim f (x )
X---+ C
=L
Em princípio, um diferente 8 pode ser necessário para obter as duas desigualdades para/ (x)
e u (x) mas podemos escolher o menor dos dois deltas. Assim, se O < lx - e 1< 8, temos
e, portanto, lf(x) - LI < E se O < lx - cl < 8. Como E é arbitrário, isso prova que
lim u(x) = L, como queríamos. •
X-+ C
1 Seção 2.4 TEOREMA 6 Existência de extremos em intervalos fechados Se f (x) for uma função contí-
nua num intervalo fechado (e limitado)/= [a, b], entãof(x) atinge um valor mínimo
e um valor máximo em /.
Demonstração Vamos provar quef (x) atinge um valor máximo em dois passos (o caso de
um mínimo é análogo).
Portanto,
Para k suficientemente grande, a11k está em (L - 8, L + 8), pois lim a11 k = L. Por
k-+ 00
(5), f (ank) é limitada por f (L) + 1. Contudo, f (a11k) = nk tende ao infinito com
k -+ oo. Isso é uma contradição. Desse modo, nossa hipótese de quef (x) não é limi-
tada superiormente é falsa.
Passo 2. Provar que f (x) atinge um valor máximo.
A imagem def(x) em/= [a, b] é o conjunto
S = {f(x): x E [a , b]}
1
M - - ::: f (bn) .::: M
n
lim b11 k
k-+ oo
=e
A22 CALCULO
Para mostrar quef(c) = M, seja E > O. Comof(x) é contínua, podemos escolher k tão
grande que as duas condições seguintes estejam satisfeitas: lf (c) - f (b 11 k) 1 < E/2 e
nk > 2/E. Então
E 1 E E
lf(c) - MI ~ lf(c) - f(bnk)I + lf(bnk) - MI ~ 2 + nk ~
2+ 2 = E
Assim, lf (e) - MI é menor do que E para todos números E positivos. Mas isso é im-
possível, a menos que lf(c) - MI= O. Assim,f(c) = M, como queríamos provar. •
1 Seção 5.2 TEOREMA 7 Funções contínuas são integráveis Sef (x) é contínua em [a, b], então f (x) é
integrável em [a, b].
Essas são somas de Riemann particulares, em que o ponto intermediário em [x;-1 , x;] é o
ponto em quef(x) atinge seu mínimo ou máximo em [x;- 1, x;]. A Figura 2 ilustra o caso
N=4.
Retângulo
inferior Passo 1. Provar que as somas inferiores e superiores tendem a um limite.
FIGURA 2 Retângulos inferiores Observamos que
e superiores para uma partição de
comprimento N = 4. L(f, P1) ~ U(f, P2) para quaisquer duas partições P1 e P2
APÊNDICE D Demonstrações Adicionais A23
L(f, P) S L S U(f, P)
De acordo com a Equação (6), temos !Mi - mi I S K t:..x; para todo i. Como li P li é o
maior dos comprimentos t:..xi, vemos que IMi - mi I S K li P li e
FIGURA 3 Os retângulos inferiores
N
sempre ficam abaixo dos retângulos
superiores, mesmo quando as partições
IU(f, P) - L(f, P)I S L IMi - md t:..x;
i= l
são diferentes.
N
S KII PII L t:..xi = KIIPII lb- ai
i=l
Assim, temos
Lembre que para qualquer escolha C de pontos intermediários ci E [Xi -1 , xd, defi-
nimos a soma de Riemann por
N
R(f, P, C) = L f(xi)t:..xi
i=l
Temos
L(f, P) S R(f, P, C) S U(f, P)
N N N
~
L m·1 t:..x·' -
<L~ f(c1·) t:..x·' -
<L~ M·1 t:..x·,
i=l i=l i= l
Segue que
1 Seção 7.2 TEOREMA 8 Derivada da inversa Suponha quef(x) seja derivável e injetora com inversa
g(x). Se b estiverno domínio de g(x) e se f' (g(b)) =J O, então existe g' (b) e
'(b) - 1
g - f ' (g(b))
Demonstração A função f (x) é injetora e contínua (por ser derivável). Segue que f (x) é
monótona crescente ou decrescente. Caso contrário, f (x) teria um mínimo ou máximo
local em algum ponto x = xo. Mas então, pelo TVl,f (x) não seria injetora num pequeno
intervalo em tomo de xo.
Suponha quef (x) seja crescente (o caso decrescente sendo análogo). Vamos provar
que g(x) é contínua em x = b. Suponha quef (a)= b. Fixe um número E > Opequeno.
Comof(x) é uma função crescente, ela leva o intervalo aberto (a - E, a + E) no intervalo
aberto (f (a - E) , f (a+ E)) contendo f (a)= b. Podemos escolher um número 8 > Otal
que (b - 8, b + 8) esteja contido em (f (a - E), f (a+ E)). Então g(x) leva (b - 8 , b + 8)
de volta para dentro de (a - E, a + E). Segue que
' ( ) = 1·1m -
g a
g(y) - g(b)
---
y-+b y- b
Seja a= g(b). Pela relação inversa, se y = f (x), então g(y) = x e, como g(y) é contínua, x
tende a a quando y tende a b. Assim, comof(x) é derivável e J'(a) =J O,
lim
11-+ 00
f (an) = f (L)
Demonstração Escolha qualquer E > O. Como f (x) é contínua, existe 8 > Otal que
Como lim an
n-+ oo
= L, existe N > Otal que la11 - L 1< 8 para n > N. Assim,
1 Seção 15.3 TEOREMA 1O Teorema de Clairaut-Schwarz Se fxy e f yx são ambas funções contínuas
num disco D, então f xy (a , b) = f yx (a , b) para qualquer (a, b) E D.
APÊNDICE D Demonstrações Adicionais A25
F(a + h) - F(a)
e F' (x) = f x (x , b + h) - f x(x , b). Pelo TVM, existe a, entre a e a+ h tal que
Assim,
F(a + h) - F(a) = h 2 f xy(a, , bi)
e
2
. h f xy (a,, b1) .
L = h~O
hm
h2
= h~hm O
f xy(a,, b1) = f xy(a, b)
onde E(x , y ) é uma função tal que lim E(x, y) =O.É conveniente trocar para as
(x ,y)~ (a ,b)
Então
L(x , y) = f(a , b) + f x(a, b)h + f y(a, b)k
e podemos definir a função
Portanto,
E(h. k) = h(ff(a1. b + k) - f x(ll. b)) + k(/r (ll. b1)- / y(a, b))
E(/,. k) 1 = l"<ff (a1 . b +k) - f f (a. b)) + k(fy(a, b1) - f y(a. b)) 1
1JJ,2 + k2 J1, 2 + k2
< 1h<ft(a1 , b + k) - f r(a , b)) 1 + 1k(/y(a , b1) - [ 1,(a. b)) 1
- J1,2 + k2 J1,2 + k2
1. a= -3, b =1 y
2. Os números a :::: Osatisfazem la l = a e 1-al =a. Os números
a ::: Osatisfazem lal = -a.
3. a= - 3,b= 1
4. (9, - 4)
5. (a) primeiro quadrante (b) segundo quadrante (e) quarto
quadrante (d) terceiro quadrante
6. O raio é 3. 7. (b)
55. Zeros: O, ±2; Simetria:f(-x) = -f(x) (função ímpar); simetria
8. Simetria em relação à origem.
em relação à origem.
39. Exemplo f : {a, b, e) --+ {l, 2) onde/ (a)= l,f (b) = l,f (c) = 65. Y
67. (a) D : (4. 81, R: 15, 9) (b) D : (1 , 5), R: 12, 6) 27. (a) l = 40.0248 cm (b) l = 64,9597 pol.
(e) D:[1-}].R:[2,6) (d) D:[4,8],R:(6,18) (c) L = 65(1 + a(T - 100))
29. b=4
69. (a) h(x) = scn(2.t - IO) (b) h(x) = sen(2x - 5)
31. Não, poi.s as inclinações entre pontos de dados consecutivos não
71. y
são iguais.
6
33. (a) x= 1 ou-¾ (b) x = 1 ± ,li.
3S. Valor mínimo é O. 37. Valor núnimo é - 7.
39. Valormáximoélft. 41. Valormáximoé:}.
---+--+--+--+--+---+-X
-3 -2 -1 1 2 3 -3 - 2 - 1 1 2 3 43.
/(2J) /(J/2)
73. Y
D : n. R : IYIY ?: 1}
2 3 4
/(x) = lx - li+ 1
-----+----"
-1 2 3 4S. Uma raiz dupla ocorre quando e = ±2. Não existem raízes reais
quando - 2<c<2.
7S. Par:
47. Para todox> O, vale O~ (x 1/2 - x- 112) 2 = x - 2 + f.
(f + g)(-x) = f (-:e) + g(-:c) ~ /(x) + g(x) SI. 4 + 2,/i. e4 - 2,/i..
2 Ól' .T~- ,rf
= (/ + g)(x) SS. Parax . ir.e= .r 2- x 1 = x2 +x, .
Ímpar: S9. (x - a)(:c - /J) = x 2 - ax - /Jx + afJ
(/ +g)(-:c) = /(-.t) + g(- x) '112eM
- -f(x) + - g(x) = .t 2 + (-a - /J)x + aP
= -(f + g)(x)
Seção 1.3 Preliminares
77. Um círculo de mio I centrado na origem. 2
1. Um exemplo: 3.r - 2
81. (a) Um exemplo: y 7.tJ +.r-1
2. lxl não é um polinômio. lx2 + 1lé um polinômio.
3. O domínio de/(g(x)) é o conjunto vazio.
4. Decrescente.
S. Um exemplo: /(:e) = er - sen:c
- 1 1 2 3 4 S
Seção 1.3 Exercícios
1. x ?: O 3. Todos os números reais. S. t ,f= - 2 7. 11 ,f: ±2
(b) Seja g(x) =J(x + a). Então g(-x) =J(-x + <1) =/(<1 + x) =
9. x ,f= O. 1 li . .P O 13. Polinomial IS. Algébrica
g(x). Assim, g(x) é par.
17. Transcendente 19. Racional 21. Transcendente
23. Racional 25. Sim
Seção 1.2 Preliminares 27. /(g(.T)) = .,/x+T; D: x?: -1 ; g(/(x)) = ./x + I; D:.,·?: O
1. - 4 2. Não são.
29. /(g(x)) =2-r 2; D: 'R; g(f (x)) =(2X)2 =2.:x; D: n
~
Seção 1.2 Exercícios 33. f (g(t)) = P 'D: não é válido para algum t
1. Ili =3, )' = 12, X= -4 3. li/ = -i. )' = j, X=¾ g(/(t)) = -(}, )2 = -f-; D: t > O
S. m = 3 7. m = -¾ 9. y = 3.t + 8 li. y = 3x - 12
3S. P(t + 10) = 30 · 20, l(t+IO) = 30. 20,lt+ I
13. y = -2 IS. }' = 3x - 2 17. y = jX - j 19. }' = 4
= 2(30 · 2º· 11 ) = 2P(t)
21. y -3 = -2(x -3) 23. 3x + 4y = 12
2S. (a) e = -¾ (b) e= - 2 (e) Tal constante não existe.
g (, + ~) =02k(t+l /k) = 02kt+ l
(d) c=O =2t1ik1 =2g(t)
RESPOSTAS DOS EXERCfCIOS fMPARES RE3
21. sen 0 = ,153 e sec 0 = ~ 4. Experimente ampliar a janela de visualização no ponto mais bai-
xo do gráfico da função. A coordenada y do ponto mais inferior
23. cos 20 = 23 /25 do gráfico é o valor mínimo da função.
RE4 CÁLCULO
1. y x = -3,x = - 1,5;
n (1+¼)
x = lex=2 10 13780,61234
102 1(635828711 X 1043
103 1(195306603 X 10434
104 5(341783312 X 104342
-20 105 l (702333054 X 1043429
106 1(839738749 X 10434294
3. Duas soluções positivas
5. Não há soluções
7. A tela não mostra nada. Uma janela de visualização apropriada: 43
[-50, 150] por [1.000, 2.000] 10.000 L
Y L l x l0 L
Y J
11. y y
X (xtg ½r
1 1
10 1,033975759
~ C ,
; ; :3,8 3,9 4
102
103
l,003338973
l,000333389
104 l,000033334
-1 105 1,000003333
106 l,000000333
0,4
0,2
y
n nlf n
10 l,258925412
102 l,047128548
103 1,006931669
104 1,000921458
(A, B) =(I, 1) (A, B) =(l,2)
105 l,000115136
106 1,000013816 y
15. A tabela e os gráficos a seguir sugerem que, quando n aumenta, (A, B) =(3, 4)
12
8
4
20 40 60 80 100
3
2
-2 -1 1 2 3 4 -2 -1 1 2 3 4
/(x)+2 /(x +2) o 5 10 15 20
- 20
-40
Seção 2.2 Preliminares
2
- 60
. 1 = 1 2. 1·1m t
1• 11m = n: 3• s·1m, 1·1m -
x --1
X->Tr 1->Tr 1
x -> 1 X-
4, lim 20 = 20 5. lim f(x) = ooe lim f(x) =3
15. (a) TDV = 3.000 células/hora x ->10 x --+ 1- x -> 1+
6. Não, para determinar se existe lim f(x), devemos examinar o
P(t) x-> 5
10.000 +·······.........., .................., ...................,...., ............ , valor def (x) em ambos lados de x = 5.
8.000 7. Sim. 8. A informação em (a), (b) ou (c) seria suficiente.
6.000 +..................,.................,.../)
4.000
Seção 2.2 Exercícios
2.000
1.000
1.
3 X 0,998 0,999 0,9995 0,99999
r (horas)
f (x) 1,498501 1,499250 1,499625 1,499993
25. O limite não existe. 27. O limite não existe. 1(0) 0,9997001111 0,999925 1111 0,999925 1111 0,9997001111
29. lim f (h) = 0,693. (A resposta exata é ln 2.)
h---.0 55.
31. lim f (h) = 40,2. (A resposta exata é 25 ln 5.)
h---+2
X -0,1 - 0,01 -0,001 0,001 0,01 0,1
33. lim f (x) = 2, lim f (x) = 1
x---+2- x---.2+ 5x _l
X
1,486601 1,596556 1,608144 1,610734 1,622459 1,746189
35. (a) Os limites laterais existem para quaisquer valores reais de e.
(b) lim [x] existe se e não for um inteiro. Note que ln 5 ~ 1,6094.
x---+c
37. lim f(x) = -1, lim f(x) =1 -0,1 -0,01 -0,001 0,001 0,01 0,1
x---+0- x---.0+ X
41. lim f(x) = oo, lim f(x) = oo, lim f(x) = - ooe
x ---+2- x---. 2+ x---+4- Note que ln 3 ~ 1,0986.
lim f(x) = 10 57.
x---+4+
~
0,502513 0,500025 0,499975 0,4975 12
x 2-I
2
4 o---
O limite quando x ~ I é½,
•
X
2 3 4 5 X 0,99 0,9999 1,0001 1,01
- 1
x 2- I
2 3 4 x=-r 1,99 1,9999 2,0001 2,01
47. y
lim f(0) =~ O limite quando x ~ I é 2.
1,500 0---.0
sen38
y= -
sen 28
X 0,99 0,9999 1,0001 1,01
x 2 -I
1,490 0,670011 0,666700 0,666633 0,663344
x 3-I
1,485
O limite quando x ~ 1é f
49. y lim f(x) = 0,693
x---. 0 X 0,99 0,9999 1,0001 1,01
(A resposta exata é ln 2.)
x 3-I
xL 1
1,4925 13 1,499925 1,500075 1,5075 12
5,565
51. lim f( 0) = 3,5
0---.0
5,525
x =3
53. SeR = 2, (b) Como 2,99999 < 3 = lim f(x) < 3,00001, segue que
x---+3
f (2,99999) < L = lim f(x) < f(3 ,00001).
0 - 0,01 -0,005 0,005 0,01 x---. 3
L ~ 5,545.
1(0) 0,998667 1111 0,9999667 1111 0,9999667 1111 0,9998667 1111
61. lim f (x) é igual à inclinação da reta tangente a y = sen x em
x---+0
Se R = 3, a tabela é: x=O.
RES CÁLCULO
Seção 2.3 Preliminares 3. e = 3;f (c) = f(3) = 4,5 tomaf contínua emx = 3.
5. (a) x = O; lim f(x) = oo; lim f(x) = 2
1. Digamos que ambos lim f (x) e lim g (x) existam. A lei da soma X--+Ü- X--+ 0+
X--+C X--+ C
atinnaque x = 2; lim f(x) = 6; lim f(x) = 6
X-+ 2- X-+ 2+
lim (f (x) + g(x)) = lim f(x) + lim g(x).
(b) A descontinuidade em x = 2 é removível;! (2) = 6.
X--+C X--+C X--+C
Sempre que lim g(x) 'F O, a lei do quociente afirma que 7. x e sen x são contínuas, portanto x + sen x é contínua pela lei (i)
X--+C da continuidade.
lim _f_(x_) = _J~_m_
c _f_(x_) 9. x e sen x são contínuas, portanto 3x e 4sen x são contínuas pela
x--+c g(x) Iim g(x) lei (iii) da continuidade. Assim, 3x + 4sen x é contínua pela lei
X--+ C (i) da continuidade.
2. (b) 3. (a) e (d) 4. (a) e (c) 11. x é contínua, portanto x2 é contínua pela lei (ii) da continuidade.
As funções constantes são contínuas, portanto x2 + 1 é contínua.
Finalmente, x 2~ é contínua pela lei (iv) da continuidade, porque
Seção 2.3 Exercícios 1
x2 + 1 nunca é O.
1. lim x = 9 3. lim 14 = 14 5. lim (3x + 4) = -5
13. As funções 3' , 1 e 4' são todas contínuas. Portanto I + 4' é con-
X--+9 X--+9 X--+ - 3
7. lim (y + 14) = 11 9. lim (3t - 14) = -2 tínua pela lei (i) da continuidade. Como 1 + 4' nunca é O, segue
y--+ - 3 1--+4 que !~, é contínua pela lei (iv) da continuidade.
1
11. lim (4x + 1)(2x - 1) = O 13. lim x(x + 1)(x + 2) = 24
15. Descontinuidade infinita em x = O.
X-+½ X--+2
15 I" 1 9 17 I" l-x 1 19 I" -I 1 17. Descontinuidade infinita em x = 1.
• 1~ ffi = TI) " x ~ 3 l +x = - 2 "l~t = 2
19. Descontinuidades de salto (contínua à direita e não contínua à
21. lim (x 2 + 9x- 3 ) = 28 esquerda) em x = n, para cada inteiro n.
X--+3 j
.
23. }~ T(x)
( 1 ) 0~c1)
= V~J(x)) = J~J(x)
1
21. Descontinuidades infinitas em t = -1 e t = 1.
23. Contínua à direita em x = O(não definida em x < 0).
51. c = - 1, c = 6 53. +
Seção 2.5 Preliminares
x 2-I Seção 2.6 Preliminares
1. .Jx+3- 2
2
2. (a) Seja f(x) = ~ ~ 11• Em x = l ,f apresenta uma indetermina-
1. lim f(x) = O;como lim - x 4 =
X-+Ü X-+ l/2
-ft '1- ¼= X-+liml/2 x 2, não
ção do tipo §, mas temos informação suficiente para determinar lim f (x ).
X-+ l/2
. 2. Suponha que x '1- c (em algum intervalo aberto contendo c),
1Im x2-
- -I = 1Im
· (X + 1) = 2= 1·lm (X + 1) = 1lm
· x2-l
- -.
x-+ l- x - 1 x-+ l- x-+ l+ x-+ l+ x - 1 l (x) ::=: f(x) ::=: u(x) e que lim l(x) = lim u(x) = L. Então
X-+C X-+C
2 lim f(x) existe e lim f(x) = L.
(b) Novamente, sejaf(x) = xx ~/_ Então x-+c x-+c
3. Sim 4. (a)
lim f (x) = lim
x-+ I
¼
x-+ l x - i
= lim (x
x-+ l
+ 1) = 2
15. limrr se,ni = ~ (b) Quando n aumenta, a diferença entre o polígono de n lados e
l --->4 o círculo unitário tende a zero; portanto, à medida que n aumen-
lim sen l 0x = lim . sen 0 = lim _10 sen 0 ta, A(n) tende à área do círculo.
17
• X---+0 X 0---+0 Wffi) 0---+0 -r (e) lim A(n) = 11:
11--->00
= 0---.0
lim 10- ~ = 10
19. lim sen6h =6 21. lim sen6h =1 23. lim sen7x = 37 Seção 2.7 Preliminares
h---.0 - - r h---.0"""7ih x---.o3x
1. f (x) = x2 é contínua em [O, !] comf(O) = O ef( l ) = 1. Como
25• 11·m ~ - 1 27• 1·im ~ - 4 29. 11·m sen(z/ 3) = .,,.1 f (0) < 0,5 <f ( l), o Teorema do Valor Intermediário garante que
x---+0 9x - 9 t---+0 t sec t - z---+ 0 sen z -'
existe c E [O, l ] tal quef(c) = 0,5.
31. Jim ~ _ 1 33 lim sen 5x sen 2x = I 2. Devemos supor que a temperatura seja uma função contínua do
x---+0 tg 9x - 9 x---+0 sen 3x sen 5x 3
tempo.
35. lim l-cos 2h = O 37. lim l-coS/ = O
h---.0 ----,;-- t---+0 sen t 3. Se fé contínua em [a, b], então a reta horizontal y = k intersecta
= ln o gráfico de y = f(x) pelo menos uma vez, para cada k entref(a)
39 , lim,r ----,;--
1- cos 3h
h ---+-z ef (b).
lim tg X COS
x---+0
(½) = 0
45. Y
Seção 2. 7 Exercícios
1. fé contínua em toda parte, comf(l) = 2 ef(2) = 10.
3. g é contínua em cada t E [O, com g(O) = Oe ¾l,
n n2 1
g(4) = Tõ > 2·
5. f (x) = x - cos x é contínua em toda parte, com f (0) = - 1 e
,r/2
f (!) = 1 - cos 1 :;:::: 0,46.
Qualquer função f (x) satisfazendo l (x) ::: f (x) ::: u (x) para todo 7. f(x) = Jx + Jx+T - 2é contínua em [ ¾, 1], com
x perto de 11:/2 satisfaz lim f (x) = 1.
x---+ n/2 f(¼) = jf + /¾- 2 :;:::: -0,38e f(l) = ./2 - 1 :;:::: 0,41.
47.
h -0, 1 -0,01 0,01 0,1 11. f (x) = i - cos x é contínua em [o, fl comf(O) = - 1e
1- cosh 0,499583 0,499996 0,499996 0,499583 f(~) = (~/ > O.
---,;r-
15. Observe que f (x) é contínua em cada x.
O limite é½- (a) f(l) = 1, f(l ,5) = 2 1,5 - (1,5) 3 < 3 - 3,375 < 0.Portan-
to,f(x) = Opara algum x entre Oe 1,5.
y
(b) f(l,25) :;:::: 0,4253 > Oef(l,5) < O. Portanto,f(x) = O para
0,5
algum x entre 1,25 e 1,5.
0,4
(e) f (1 ,375) :;:::: - 0,0059. Portanto,f (x) = O para algum x entre
0,3
0,2
1,25 e 1,375.
0,1 17. [O; 0,25]
-+-- -+-- - + - --+-- ,>- X y y
19. 21.
-2 -1
1 - cos2 h
2
4
- 6
h~ o
1 - cos h
lim - - -
h2
= lim -2 - - -
=
1,~ o h (1 + cos h)
i~o (
senh)
h
2
1
1 + cos h =2
1
2
5
3
-~
X 2
lim cos 3h- l _ 2.
49. h---.0 2 3 4
cos2h- l - 4
X
53. (a) A área de cada pedaço triangular do polígono de n lados é 2 3 4
½sen ~~' portanto a área do polígono todo é ½n sen 2;:. -1
RESPOSTAS DOS EXERCfCIOS fMPARES REl l
Revisão do Capítulo 2
Seção 2.8 Exercícios
1. (a) lf (x) - 351 = l8x + 3 - 351 = l8x - 321= 18(x - 4)1
1. Velocidade média: ~ ~ 0,954 m/s; velocidade instantâ-
nea: 0,894 m/s.
= 8 1x -41 .
3. A reta tangente esboçada na figura aparenta passar pelos pontos
(b) Dado E > O, seja 8 = E/8 e suponha que lx - 41 < 8. Pela (15, 140) e (10,5; 40); portanto, TDV ~ 2g0.
parte (a), lf (x) - 351= 81x - 41 < 88. Substituindo 8 = E/8,
5. lim l- cos (x) ~ 1,50 7. lim ~ ~ 1,69
3
vemos que lf(x) - 351 < 8E/8 = E. x--+O x x--+2 x - 4
3. (a) Se O< lx - 21 < 8 = 0,01 , então lxl < 3 e
lx 2 -41 = lx - 211x + 21:'.':: lx - 21(1x l + 2) < 51x - 21 < 0,05
9. lim (3 +
x--+4
A) = 5 11. lim 4 = --21
x--+2 x
13.
3
lim x - x = 2
x--+ -1 x- 1
(b) Se O < lx - 21 < 8 = 0,0002, então lxl < 2,0002 e 15 lim /i- 3 = l 17. lim v'x+i- 2 = !
t-9 6 x--+ x-3 4
lx 2 - 41:'.S lx - 21(1xl + 2) < 4,00021x - 21 < 0,00080004 < 0,0009
• 1 ...,. 9 3
2
(e) 8 = 10-5 19. lim Z(a+hf - 2ª = 4a 21. Os limites bilaterais não existem.
h--+O
5. 8 = 6 X 10-4
7. 8 = 0,005 23. d~b a2- ~~t2b2 = -b 25. ;~o ('fx - x(x~3)) = ~
y 27. lim .W = l3 29. lim .W = oo 31. lim sec 0 = .J2
X-+ 1,5 X X--+O- X 0--+ ¾
~I
~
10
O < lx - 21 < 8 = min {! , 2E},resulta l~ - < ~8 :'.':: E.
5
11. L=4, E=0,7e8=0,l. X
-4 -2 2 4 6
13. Y
-5
-10
=_=_=_=_=_=-~
0,8~======~ ~.::::....
0,6
0,4
47. b = 7. Descontinuidade em x = - 2.
0,2 49. B = B · 1 = B · L = lim g(x) . lim f (x)
--+---+-_._..'-'-+---+--+-X
x--+a x--+a g(x)
0,25 0,5 0,75 1 1,25 1,5
= lim g(x) f(x) = lim f(x) = A
x--+a g (x) x--+a
15. Dado E > O, seja 8 = min {lcl, fc-r }· Então, para lx - cl < 8,
1
resulta lx2 - c2 = lx - cl lx + cl < 31cl8 < 31clfc-r = E.
51. (a) Pode ser verdadeira. (b) Pode ser verdadeira. (e) Sem-
pre é verdadeira. (d) Nunca é verdadeira. (e) Sempre é ver-
17. Dado E > O, seja 8 = min(l, 3E). Então, para lx - 41 < 8, resul- dadeira. (f) Sempre é verdadeira.
(b) ô=0,12
(e) SejaE > Oe tome c5 = min{l , 12E}. Então, sempre que 0,8
lx - 21 < c5, segue 0,6
0,4
0,2
57. Seja E > Oe tome c5 = E/8. Então, sempre que 0,5 1,5 2
Capítulo 3
Seção 3.1 Preliminares
(a) O gráfico de y = x parece ser tangente ao gráfico def(x) em
1. A e D 2. f(x)- f(a ) ou f(a+h) - f (a) 3. x = 7
x-a h x = l. Portanto, estimamos que f' (1) = 1.
4. (a) A diferença de altura entre os pontos (0,9; sen 0,9) e (1,3; (b) Com xo = 1, obtemos a tabela
sen 1,3).
(b) A inclinação da reta secante entre os pontos (0,9; sen 0,9) e h 0,01 0,001 0,0001
(1 ,3; sen 1,3) do gráfico.
(j(xo + h) - f (xo))/ h 1,010050 1,001001 1,000100
(e) A inclinação da reta tangente ao gráfico em x = l ,3.
5. a=3eh=2 6. f(x)= tgxemx=f
49. (a) P' (350) é maior do que P' (300).
(b) P' (303) ~ 0,00265 atm/K;
Seção 3.1 Exercícios 1
P (3 13) ~ 0,004145 atm/K;
1. f(2 + h) = 3(2 + h) 2 = 3(4 + 4h + h 2 ) = 12 + 12h + 3h 2 ; P' (323) ~ 0,006295 atm/ K;
f(2+h)-f(2) _ 12+ 12h+3h2 -12 _ 12h+3h2 _ 12 + 3h· P' (333) ~ 0,0093 l atm/K;
h - h - h - '
f 1(2) = 12 P' (343) ~ 0,0 I3435 atm/K.
3. f'(O) = 9 5. f'(-1 ) = - 2 51. V1 (120)~9,75 53.f(x)= x3 ea=5.
7. f (0) ~ 6 e f (2,5) ~ 2, portanto a inclinação é - 1,6. 55. f(x) = senxea = ~ 57. f(x) = 5x ea = 2.
9. Para h = 0,5, a estimativa é 2 [maior do que f 1(2)]; para h = 59. !'(~)=O
- 0,5, a estimativa é 1 [menor do que f' (2)].
11. f'(I) = !'(2) = O; !'(4) = 1; J'(7) = O
1
y
13. f' (5,5) é maior do que f' (6,5). 15. f' (x) = 3 para todo x . 0,8
0,6
17. f' (t) = - I para todo t. 0,4
1
7. f'(x) = 2,yX
r.; 9. fxx 4 1 = -32 11. frr 2/ 3 1 =i
X=-2 1=8 J
10
59. A área é 2 independentemente de a.
61. O gráfico (A) combina com o gráfico (III). O gráfico (B) combi-
na com o gráfico (1). O gráfico (C) combina com o gráfico (II).
63. Y
-10
A reta tangente af em x = a é
71. X = - J; X = J. O corte dessa reta com o eixo y é o ponto P = (O, 4J4 - a2f3),
73. f não é derivável em x =O.A reta tangente não existe. o corte com o eixo x é o ponto Q = (4a 1/ 3 , O) e a distância entre
Pe Qé 8.
y
85. Raio~ 1/ 2 87. fx(xk) = kxk-l para inteiros negativos k.
3. fxUJg)I = -1 4. g(l) = 5.
77. fnão é derivável emx =O.A reta tangente não existe nesse ponto. x=l
y
Seção 3.3 Exercícios
0,08
0,1
1. f'(x) = 3x
2
+1 3. *lt== 82
3
5. J ' (x) = (x::::L2
1. *I l =-2
=-
9
8
9.f'(t)=6t2 +2t-4
mas é contínua.
81. reta tangente: y = 2ax - a2; corte com eixo x: ~
17. J '(x ) = I 19. ~xiax x=2 = -80 *Ix=l = -¾
21.
33. f ' (x ) > O para -1 < x < 1, f ' (x ) < O para lxl > 1. f'( x ) está
esboçada à esquerda,f(x) à direita.
y y
-4 -3 -2 - 1 1 2 3 4
RESPOSTAS DOS EXERCfCIOS fMPARES REIS
dP
35· dr 2v 2 R 4
37• Y = 25 4 (b) Aqui apresentamos um gráfico dessas estimativas (1 = jan,
=- (R+r)3 (x - 2) +5 2 = fev, etc.)
39. (f/g) = (x/x) = 1, portanto (f/g)' = O. Por outro lado,
p
(f' / g') = (x' /x') = (1/1) = 1.
41. (! 3)' = [/(ff)J' = f (f f' + f !') + f f(f') = 3f2 !' 250
200
~
43. F' (4) = -10 45. H' (4) = ~Õ 47. F' (O) = 6 150
1. (a) atm/m (b) mols/(litro · hora) (e) "Taxa de Crescimento Populacional dos EUA Diminui De-
2. f(5) = 13 3. 90 mi/h 4. f (26) ~ 43,75 pois do Pico de Verão"
5. (a) A TDV da população de Freedonia no ano de 1933. 29. Denotef(w) = Jiiw/60,demodoquef'(w) = 2 /Jw;
(b) Se P'(l933) = 0,2, então P(l934) ~ 5,2 milhões. Se JT4 ~ O'0133631 m
2
...L
2
13. (a) 35,35 pés (b) - 7 pés/s (e) ~ 2,36 s 50 100 150 200 250 300
15. -15 graus Fahrenheit por minuto. 53. No ponto A, o custo médio é maior do que o custo marginal.
17. F 1(6,77 X 106) = -1,93 x 10-4 N/m No ponto B, o custo médio é maior do que o custo marginal.
19. P'(3) = -0,1312 W/Q; P'(5) = -0,0609 W/Q No ponto C, o custo médio é praticamente igual ao custo marginal.
21. (a)~=-1 (b)%= - 4 No ponto D, o custo médio é menor do que o custo marginal.
23. (a) 1,0618 milhão; 10.600 pessoas por ano (b) ano 2010
27. (a)
t Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov
P'(t) 146 155 175 191 210 227 252 242 233 219 185
RE16 CÁLCULO
Preço das
í
ações
Aceleração: Y
40
Tempo
-40
Seção 3.5 Exercícios Metal
1. y" = 28 e y 111 = O 3. y" = 12x2 - 50 e y111 = 24x 43. (a) A velocidade do trânsito deve ser reduzida quando a estrada
5. y" = 81rr e y = 81r
111 ficar mais lotada, por isso é de se esperar que~ seja negativa.
(b) A diminuição na velocidade decorrente de uma unidade a
7_ y" = _156t-6 f5 + jt-4f3ey"' = i~t-11/15 _ 16t-7/3
9 mais na densidade é aproximadamente ~ (um número negati-
9. y'' = -2z- 3 e y'" = 6z-4 vo). Como;~{ = 5,764Q- 3 > Oé positiva, isso nos diz que~
11. y" = 20x 3 + 12x2 + 2 e y 111
= 60x 2 + 24x aumenta quando Q cresce: e um número negativo que cresce está
se aproximando de zero.
13. j<4l(I) = 24 15. bd\t t=I = 54
1 17. h 111 (9) = z-k
º"º (e) O gráfico de~:
19· d4x 1 3.465 21 "( I) l 23 h"(I) l
dt4 t=l6 = 134.21 7.728 •g = -4 • = 8 y
100 200 300 400
25. y<Ol(o) = d, yOl(o) = e, y<2l(O) = 2b, y<3l(O) = 6a, -+--+---+--+---+- x
1
-0,2
y<4l(O) = 24 e y<5l(O) = O -0,4
- 0,6
-0,8
27. ::6 x- 1 = 720x-1 29. j<nl(x) = (-Itn!(x + 1)-(n+l) -1
- 1,2
31. J<nl(x) = (-l)n(2n-l)x(2~-3)x-.. x l x-(211+1)/2
Já que esse gráfico é crescente, temos;~{ > O.
33. (a) a(5) = - 90 pés/min2
(b) Como a aceleração do helicóptero é negativa, a velocidade 45. (a) J'(x)=5x2(l+x 3)2/ 3
deve ser decrescente. Como a velocidade é positiva, o helicópte- J"(x) = lOx(l +x3 ) 2/ 3 + lüx 4 (l +x3 )- 1/ 3
ro está parando. f111(x) = 10(1 +x3)2/3 +60x3(1 +x3)-l/3 - IOx6(1 +x3)-4/ 3
3 2
y (b) !' x _ 12x - 9x + 2x + 5
2 3 4 5 6 ( )- (6x - 1)2
41. f'(x) =-senx, f"(x) = -cosx, f"'(x) = senx, 17. fx(x +x- 1) 9 = 9(x +x- 1)8 (! -x-2)
j<4\x) = cosx, and j< 5)(x) = - senx; 19. !;J(g(x)) = -sen(x 2 + 1)(2x); fxg(f(x)) = -2 senxcosx
j< 8\x) = cosx; j<37 \x) = - senx. 2 2
21. y' = 2x cos(x 2) 23. y' = -8t cossec (4t + 9)
43. f" (x) = 2 sec2 x tg x
25 y' _ _ 5(21+3) 1 _ 8(1+x)3
J"'(x) = 2sec4 x +4sec2 xtg 2 x · - 2(12+31+1)712
27
· y - (l-x) 5
2
45. (a) y (b) co = 4,493409 29. y' = -60 sen(02) cos2 (02) 31. y' = x sen(x )
32
(1+cos(x2)) 1
33. * = 5 sec2 (5x) 35. y' = 3x sen (! - 3x) + cos (! - 3x)
f'(x) = -2xcossec2 (x 2 )
f" (x) = 2cossec2 (x 2)(4x 2 cotg(x 2 )-I)
!"' (x) = -Sx cossec2 (x 2) (6x 2 cotg2 (x 2) - 3 cotg(x 2 ) + 2x 2)
3x 2
(b) J'(x) =---
2vÍx3+1
11 3x(x 3 + 4)
f (x) = 4(x3 + 1)3/2 -0,5 -0,5
3. Ele cometeu dois erros. Ele não utilizou a regra do produto na -0,5
segunda parcela: fx (2xy) = 2x * + 2y. Ele não utilizou a regra
da potência generalizada na terceira parcela: fx y 3 = 3 y2 *· b=0,l b=0,0l
4. (b)
3. fx (x 2 y 3) = 3x 2 y2y' + 2xy3
d (z + z2) -- z'
1. Tx + 2z(z') 2x
9. y' -- - 9y2
1l 1 _ l-2xy-2y2 l3 1 _ 3-2xy 15• Z1 -_ _ x 3/ Z3
• y - x 2+4xy-l • Y - x 2+4y 3 b = 0,001
y
17. y ' = v~
xr 19. s' = s2(x2+2Jx+s)
(
x 2 s 2 +2 x+s
)
_L
21. y ' = :=-::!
x- y
, _ 1-cos(x+y) , I
23 • Y - cos(x+y)+seny 25• Y =4 27• Y = 4- X
29. y = 2-x
31. (b) Tomando y' = Otemos O= 3x2 - 3, portanto x = 1 ou x =
-1. (e) Se voltarmos à equação y2 = x 3 - 3x + 1 e substituir-
mos x = 1, obteremos a equação y2 = -1, que não tem solu-
ções reais. (d) A reta tangente é horizontal nos pontos (-1, J3) e
(-1 , -J3).
(b) Nos pontos em que y = O, temos y' = 4'b.Portanto, y' """7 oo Seção 3.9 Preliminares
quando b """7 oo.
1. A reformulação é "Determine fff, se~ = 0,5 cm/s".
b=OI b= 10 dV =4,,,.,2dr
2. ãr ,. ãt·
y y
4 4
3. A reformulação é "Determine %o/- se fff, = 2 cm3/min".
4. A reformulação é "Determine fff, se %o/- = l cm/min".
2
17. 0,61 mi/min 19. Ji½ pés/segundo
-+---+---+---+---+1- x
21. x = 4../Í5 pés; * = v'TI ~ 1,03 pés/s
23. %o/- = -f *; como* é constante e positivo ex tende ao compri-
-4 -2 2 4
Revisão do Capítulo 3
1. A TDV def(x) em [O, 2] é 3.
J
3. A estimativa é e é maior do que f 1 (O,7).
~ = 3x;"'... 4 = Oquando y = O, portanto a reta tangente a essa
5. f' (1) = l; reta tangente: y = x - 1.
curva é vertical nos pontos em que a curva intersecta o eixo x.
-f;assim, 7. J'(4) = -11;;reta tangente: y = ½- /6 x
51. y' =
31. *
35. lTz
j__y_ - 2- z
3
= 6(4x - 9)(x - 9x)
4 5
37 ~ - 2 - l - 5/2
33. * = 27x(2 + 9x ) /
2 12 21. ?(41.000) ~ 37 1,2 1b/pés2. 23. L'.A ~ 0,5pé2.
25. (a) M ~ 0,78125pé. (b) M ~ 0,9375pé.
- 2(I-z)3/2 • ax - x 2x 27. L'.F ~ 4,88 pés; L'.F ~ 7,04 pés.
39. q;;. = - 3t- 4 sec2(t- 3) 41. * = -6 sen 2 x cos2 x + 2 cos4 x 29. Perda de peso~ 0,066 libras; o piloto pesa 129,5 libras numa
altitude de aproximadamente 7,6 milhas.
43. ~ =3tg20sec2 0 45 lj__y__ l+sec1-1sec1tg1 31. (a) P = 4,8 atm, L'.P ~ 0,48 atm (b) lll VI < 0,520833 L
âTJ • dt - (l+sec 1)2
~ 8cossec 2 0
33. L(x) = x 35. L(x) = -½x + 1 37. L(x) = 1
47. âTJ = (l +cotg IJ)2 39. v'l6,2 ~ 4,025
49. * = ½(x + Jx + Jxr'l2(1 + ½(x + Jxr'/2(1 + ½x- 112)) y
3 1
57. (- 1, -l) e(3,7) 59. b=-76,32 2
1
1
1,2
21. Omínimoéf(-1) = -3.0máximoéf(~) =4,5625. 1
23. O mínimo é f (1) = -4. O máximo é f (- 1) = 6. 0,8
0,6
25. O mínimo é f (1) = - 3. O máximo é f (-1 ) = 13. 0,4
0,2
27. Omínimoéf(-1) =-3.Omáximoéf(4) =78. o 2 4
X
y --+t----+---+----,>--x
2 3
- 10
2
o 2 3 4
f (½) = ½+ += ~ = 2 + ½= f(2); e = 1.
3. Pode ter
í
y
55. fé contínua em [3, 5]. derivável em (3, 5) e f (3) = f (5) = 1;
f (3) = f (5) = 1; e = J.t.
59. A concentração máxima ocorre 2 horas depois de ser administra-
3
da e essa concentração é de 0,002 mg/cm •
61. (b) ,,
1,5
4. (a) f (e) é um máximo local. (b) Não podemos.
1,48
1,46
1,44 Seção 4.3 Exercícios
1,42
1,4 .........,-+--+--+--+-- Graus 1. e = 2 3. e= 2 5. e = 2./7 - 1 7. e :::::: 0,62
40 45 50 55 60 65
9. f (x) é crescente em (0, 2) e (4, 6) e decrescente em (2, 4).
RE22 CÁLCULO
!' + o - o +
f / M '\t m /
2
X (-oo, ~) j (~. CX))
-==::+---+---+--- X --+--+---+---= x
4 2 4
!" - o +
5. b, e; b < x < e ,..._
f I '-'
- 1 !' u - o +
f M '\t m /
17. A taxa de crescimento no ponto de inflexão é 5,5 cm/dia. Aderi-
vada primeira (esquerda); derivada segunda (direita). Côncava para cima; sem pontos de inflexão.
35.
h' h" t (- oo, 0) o (0, CX))
!' + o -
f / M '\t
3
2
t (-oo, -/D -fl (-fl,fl) fl (fl,oo)
20 40 60 80
!" + o - o +
19. f(3) é um máximo local ef (5) é um mínimo local. f ~
I " I ~
!' + !" + o -
f f I ,..._
/ '-'
RE24 CÁLCULO
V
-1 2 3
11. y 13. y
4 X
45. y 47. y
X
o 2 4 6 8 10 12 14
0,5
15. y 17. y
X
2
X
X
-10 10
X
_J ~ X X
-2
- 40
X
2
X
2. (e) 23. y
25. y
3. (a) lim x 3 = oo (b) lim x 3 =- oo 2 0,8
X--+ 00 x--+ - oo
4 0,6
(e) lim x
x--+ - 00
= oo 0,4
X
0,2
4. Negativo 5. Negativo
X
6. A função f não tem um ponto de inflexão em x = 4 porque x = 4 - 0,2
não está no domínio de f
27. y 29. y
Seção 4.5 Exercícios 4
1. A, f ' < O e f" > O. B, f ' > O e f" > O. C, f ' > O e f" < O. 3
D, f ' < Oe f " < O. E, f ' < Oe f" > O. F, f' > Oe f " > O. G, 2
f ' > Oe f " < O. -1 2
X
X -0,5
3. -1 o X
5. y
o 1 2 3 4 5 6 7 8 9
0,05
31.
-2
X
X
y -1 o
RESPOSTAS DOS EXERCfCIOS fMPARES RE25
33. Y 65. y
- 10 -5
10
5
-5
1L
1
1
5 10
X
1
-10 1
1
um ponto de inflexão em n.
-6 - 4 - 2 2 4 6
-2
-4
-6
-2 -1 2 3 4
41. .
hm X +9 - 1
_!_ - 43 .
• X--+00
2
3x +20x
hm 2X 4 + 3X 3 - 29 -
- o
X--+00
1. oo ?x-9
45. x~m 7 47 11·m 7x2 _ 9 - - 00
4x+3 =4 · x--+ - oo 4x+3 -
2 2
49. lim x -I = - oo 51. lim v'x + 1 = 1
X--+ - 00 x+4 x--+oo x+I O gráfico tem um máximo local em x = O.
53. lim
x --+oo
x +I
¼2+l = oo 55 J'
. x-1~oo x
(x6+ ()1/3
=O 57. (A) 75.
-2
4
2
L
1
2 3
X
J
81. f (x) tende à assíntota inclinada por cima em ambos sentidos. 2,1 4,4
2 4,3
1,9
1,8 4,2
1,7 4,1
1,6 4
1,5 '-+---+---+---t-+---+- X X
O 0,2 0,4 0,6 0,8 1 o 0,2 0,4 0,6 0,8 1
6,6
6.4
7
4---+---+---+--+---i- X
O 0,2 0,4 0,6 0,8
0,711.
Seção 4.6 Exercícios 57. 4J1 + 22/3(2213 + l) 59. e= n/6
1. (a) y = 25 - x (b) 25x - x 2 (e) Intervalo fechado 61. (a) Vpmin = ( õ,õõ3
17 ) 1/4
::::: 8,676247
(d) x = y = ~ cm. (d) Vctmax::::: 11 ,418583; 191,741 quilômetros
3. X = l
5. X = y = 4
65. (e) Para D= 2, L = 4, o mínimo é 4 + ../3. Para D= 8, L = 2, o
7. (a) x = 10 e y = 10 (b) Não existe
9. largura = ~~~ e comprimento = m mínimo é 4,Js.
9.
n l 2 3 4 49. y=l-cosx 51.y=3+½sen5x 53.f(x)=¼x 3 +x
Xn 1,75 1,710884354 l ,709976429 l ,709975947 55. f(x) = i1ox5 - ½x3 + ½x2 - ¼x + l}J
57. f(0)=-cos0+6
l ,709975947
11. 2,093064358 61. *= ½t 2 - t, s(0) = O, s(t) = !t 3 - ½r 2
Revisão do Capítulo 4
1. 8, 11/ 3 - 2 ~ 0,00833333. O erro é 3,445 x 1o- 5.
3. 625 1/ 4 - 624 1/ 4 ~ 0,002. O erro é 1,201 x 10-6.
5. Tjn ~ L(l ,02) = 0,98. O erro é 3,922 x 10-4.
21. (a) P 156,69 dólares (b) b ~ 1,02121; r ~ 0,25452
~
7. L(x) = 5 + /0 (x - 25) 9. L(r) = 36n(r - 2)
23. (e) e= 1,76696. Sim. 11. 1::,.s ~ 0,632
25. A seqüência de iteradas é -2, 2, -2, 2, ... que diverge por oscilar. 13. Serão vendidos 60 players de MP3 por semana se o preço for de
27. -3,58291867 parax0 = 1,85 ex0 = 1,7; 0,251322863 parax0 = 80 reais; serão vendidos 104 players de MP3 por semana se o
1,55. preço for de 69 reais.
29. 0 = 1,2757; h = L ~ ~ 1,11181
.<sen u
15. -./26 ~ 5,1. O erro é 9,80 x 10- 4.
21. f (}) é um máximo local. f (2) é um mínimo local.
Seção 4.8 Preliminares 23. f (-2) não é um máximo local nem um mínimo local, f (-i) é
um máximo local ef(0) é um mínimo local.
1. Qualquer função constante. 2. Não há diferença. 3. Não.
25. O valor máximo é 21. O valor mínimo é -11.
4. sen x + cos x; em x = O, o valor da antiderivada é C.
27. O valor mínimo é -1. O valor máximo é¾-
5. (a) Falsa (b) Verdadeira (e) Falsa
29. O valor mínimo é -1. O valor máximo é 3.
6. y = x2 não é uma solução.
31. Pontos críticos x = 1, x = 3. O valor mínimo é 2. O valor máxi-
mo é 17.
Seção 4.8 Exercícios 33. X = !
35. X = ± ,jj
1. F(x) = 6x 2 + C 3. F(x) = ½x 3 + ~x 2 + 2x + C
37. (a) ii (b) i (e) iii
5. F(x) = -Jx-3 + C 7. (b) 9. (a) 39. L = oo 41. L = oo 43. L = ¼ 45. L = oo
2
11. F(x) = ½x + x + C 13. F(t) = ¼t + ~t + 2t + C 6 2
47. L = 1 49 L = -oo 51. L = -oo
15. F(t) = -¾r- 415 +C 17. F(x) = 2x + C 53. 55.
19. F(t) = it2 - 9t +C= -½ + C
21. F(x)
23. F(x) = -x-h + e 25. F(z) = -¾z-4 + e
= ~n:R2H l l l · 3
61. y 63. V 63• RN = 1- hm RN = 4
4 - 2N - ;pr!N , N--+oo
65. RN = 128 + 1 6 + N
3
t t
lim RN = 128
N--+oo
12
67• RN = 356 + 7iT 4 1· 56
+ 3fi'I' N~oo RN = 3
2 2 a(b - a) 2 (b - a) 3
69. RN =a (b - a)+a(b - a) + N +- -
65. Ws = 2,9240 71. F(x) = x 4 - jx 3 + e (b - a)3 (b - a) 3
3
N
Capítulo 5 75. lim Nk=l
L sen(t)
N--+oo
Seção 5.1 Preliminares N
77. Iim 2~ I: tg (½ + 2~ (j - ½))
1. As extremidades direitas são ~, 3, ; , 4, i,5. As extremidades N-+oo J=l
-53749
esquerdas sao 2, , 2, , 2. N- 1
2. L2 3. (b) 79. lim 7
N-+oo 8N .
nL cos ( II
8
+j n)
7
8N
1=0
5. (a) 1, 1 f (b) ¾,~
83. Rso1, Lsoo , Mw
6. (a) Falsa (b) Verdadeira (e) Verdadeira
85. Aproximação pela esquerda/direita, n = 2. Não.
13. R8 = 5,75
15. M 4 = 0,328 125
Seção 5.2 Exercícios
17. R6 = 47,5 1. Área= O 3. Área = 7,5
19. Ls :::::: 0,745635 21. L4 :::::: 0,361372 23. M4 :::::: 0,568154
y y
25. 0,518 ::: A ::: 0,768
8
29. L 100 = 0,66 14629, R 100 = 0,67 14629; L 150 = 0,6632220,
Riso= 0,6698887
31. (a) 15 (b) 18 (e) 99 (d) -1 (e) 1 (t) 40 i
5 n
33. 15.050 35. I: Ck 2 + k) 37. I: Jk + k3
k=2 k= l
n
39. L senC~ 1) 41. 440 43. 379.507.500 45. ~
i=O
47. 26.475 49. 3 51. 11 53. ¼ 55. -71 57. 20 59. 0,5
61. RN = l
4
+ ...l..
2N
+ ...L , lim RN = l
4N 2 N--+oo 4
RESPOSTAS DOS EXERCfCIOS fMPARES RE29
1 5 20
0,5 _,_____.,_____._ X 43
-20
2 4
-0,5 2 -30
-1 -4 -2 2 4
_,__-+--+---- X
1 2 3 4 5
65. 9 67. 0,5
9. Área= 4 11. Área= 6 69. No intervalo [O, !], vale x 5 .'.': x 4, portanto x 5 dx .'.': x 4 dx. JJ JJ
4 5
Por outro lado, x .'.': x para x E [1 , 2], portanto
y y
Jf 4
x dx .'.': x 5 dx . Jf
75. A afirmação é falsa. Um contra-exemplo: a = O, b = l,f (x) = x,
g(x) = 2.
-2 -1 2
Seção 5.3 Preliminares
1. 4
13. (a) -!
(b) ~ (e) ¾n (d) ~n 2. Área com sinal entre os gráficos de y = f (x) e o eixo x acima do
15. a = 4, b = 1, e = 4 intervalo [1, 4].
y 19.
3. JJf (x) dx = 6, J(x) dx = 2 fi.
17. Y
4. (a) Falsa (b) Falsa (e) Falsa
0,5 0,4
5. O
- 0,5 1 2 3
-0,4
-1 Seção 5.3 Exercícios
- 1,5 - 0,8
-2 -1 ,2 1. Área=½ 3. Área= 1
y y
21. Positiva 23. Negativa
y 0,8 0,8
0,2 0,6 0,6
0,4 0,4
0,2 0,2
-0,2
- 0,4 0,2 0,4 0,6 0,8 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4 1,6
-0,6
5. ~ 7. ~ 9. 3
34
11. Jf 13. O 15. 16~vl - ~
25. R(j, P, C) = 1,59 27. R(j, P, C) = 0,24 17. ¾ 19. 60 21. 4 23. -¾ 25. 60J3 - ~ 27. 2
29. ./i 31. 1 33. 2 - jJ3 35. f~2 - x dx + JJ x dx = ~
37. f~ 2 (-x 3)dx + JJ =J x 3 dx 9
39. Jt 2
cos x dx + J:12 (- cos x) dx =2
41. ¼<b 4
- 1) 43. t(b 6 - ]) 49. lfi
0,5 1,5 2 2,5
Seção 5.4 Preliminares
29. 9# 31. ~ 33. -j 35. ½a 3
- ½a 2
+ ~ 39. ~ 1. A(-2) = O
41. - 2 43. - 24 45. - ~ 47. 53 49 - 45 51. 8 53. - 7 2. (a) Não (b) Sim
55. JJ f (x) dx 57. fi f (x) dx 59. j 61. -3 3. (c) 4. Falsa 5. (b), (e), (f) estão certas.
63. Um exemplo gráfico desse fenômeno é o que segue. 6. Íx (!? t3dt) lx=2 = O
Seção 5.4 Exercícios
1. A(x) = f~ 2 (2t + 4)dt = x 2 +4x +4
RE30 CÁLCULO
3. (a) G(l) = J/ (t 2 - 2) dt = O (b) G'(l) = -1 e G'(2) = 2 3. (a) e (c) representadas como derivadas. (b) e (d) representadas
como integrais.
(e) G(x) = ½x3 - 2x +Í 4. Diferença na distância entre os aviões.
5. G(l) = O, G'(0) = O, G'(¾) = l 7. F(x) = ¼x4 - 4
23. Y y - - - - - - - 1 =3
t=0
3+······........;.........,,,
.....,.,..,...............;.................i"...... 4 +.... .. . ..+........... , ................; ...:;...-;· ...... 1 - - - - - - + - - - - + - Distância
o 10 18
2,5 V "- 3 +...............,............... ;.....-/.....
33 • f 2x2+x
(4x3+3x2)2
d X = - 61 (4X3 + 3X2 ) -1 +C 17. JX:t 1 dx = ½x3 - x- 1
+e 19. 30
1. L4 = i, M4 = 7 3. [O, 2] para R4, [2, 3] para L4 57. A'(x) = sen(x 3 ) 59. -J; f 2 3xdx = 3Y 61. G 1 (2) = 36
y y
Capítulo 6
35 35
Seção 6.1 Preliminares
/1 A
30 30
25 25
20 20 1. A área da região entre os gráficos de y = f (x) e y = g(x), limitada
15 15
10 10 à esquerda pela reta vertical x = a e à direita pela reta vertical
5 5 x=b.
X -+--+--+-----+-----+- X 2. Sim 3. JJ(f(x) - g(x))dx +J] (g(x) - f(x) )dx
2 3 4 2 3 4
4. Negativa
2 3 4
17. 2 - Í 19. ~ 21. 1t 23. ~
25. ~ 27. 2- Í
7. LN= 1t - 2# + 'ft1í + ~ ' f5 f(x)dx = 1t
9. R6 :::e: 0,742574, M6 :::e: 0,785977, L6 :::e: 0,825907
11. R5 , R5 = L5 = 90
13. f (6x 3 - 9x 2 + 4x)dx = ;x4 - 3x 3 + 2x 2 + C
-2
Seção 6.2 Preliminares
-4
1. 3 2. 15 3. Círculos, círculos
o 2 3
X 4. 2n: Jl
r p(r) dr, onde p(r ) é a função densidade populacional ra-
dial.
44 5. A taxa de fluxo é o volume de fluido que passa por unidade de
33. 3 35. 12
tempo através de uma área de seção transversal num dado ponto.
y
6. A velocidade do fluido depende somente da distância ao centro
do tubo.
4
X
2
Seção 6.2 Exercícios
-1
3. V = ~ 5. V = n: ( Rh 2- h;) 7. V = i abc 9. V = i
37. ~ 39. 316
11. V -_ 36 13. V -_ 18 15. V -_n
_ Jh
3 17. V - 72
y y
21. (a) w = 2Jr 2 - y 2 (b) 4(r 2 - y 2 ) (e) V = 136 r 3
[7,.,,
6
23. V= 160n: 25. M = 2 kg 27. P ~ 4.423,59 mil
29. P = 463 31. P ~ 61 macacos 33. Q = 128n: cm3 /s
4
X
2
45. O Teorema do Valor Médio para Integrais; e = 'Y4
2 4 6 8
X
47. Em [O, 1],f(x) ; em [1, 2], g(x).
o 2 3 49. Existem muitas soluções. Uma poderia ser:
41. 2 - ./2 y
-1
1,5
-2
0,5
51. Em [2, 6], a temperatura média é 72,387324; em [O, 24], a tem-
X
o 0,5 1,5 2 peratura média é 70.
53. j
43. A região é uma quarta parte do círculo unitário; ¾
55. Aceleração média=¼ m/s2; velocidade média= ia- m/s
57. e = ~ 59. vo/2
y
1. (a) Y
-1
(b) Umdiscoderaiox+ 1 (e) V =2lir
3. (a) Y 49. V= 4irv'3 51. V= 1ira 2b 53. V = j(I - c2 ) 312
5' V -_ Sln
10 7'
V _ 24.573n 9 V
- 13 ' = ir
11 V
' = ir
2 Seção 6.4 Exercícios
y y
13. (a) y 1. 3.
y= IO- x2 14
12
10
,:.::-z ::.::-::
1 6
1
1 4
1
2 1 2
-2 -1 2 V= ,ir
(b) Uma arruela de raio externo R = 10 - x 2 e raio interno
r = x 2 +2. V= 136ir
(e) V= 256ir
5. y 7. )'
15. (a)
-+-+--+-+--+- X V= 2ir
-1 - 0,5 0,5
0,8
0,4
- 0,4 0,4
19. V = ~ 21. V = -W 23. V = ?crsn 25. V = .!1p 15. O ponto de interseção é x = 1,376769504; V= 1,321975576.
27. V= 40ir 29. V= 3
i~n 31. V = W 33. V = ~
35. V = ~ 37. V = ~ 39. V = ~ 41. V = 9:
43 · V -_ 35
32n 45 V _ 32n
· - 3
RE34 CÁLCULO
19. y (b) y
1 X 10-?
...,
0,8
_g 8 X 10- 6
] 6x 10- 6
0,4 e
!- 4x 10- 6
J \ 2x 10- 6
2
------ - ----- - 10
X
o O 2 4 6 8 10
_ 3n V -_ 280n
81
Profundidade, m
V - 5
(e) Função trabalho marginal (d) 6,91 m
27. W = 176,4 J 29. W = 600 pés-lb 31. W = 34.500 pés-lb
21. 23. V= f 33. W ~ 1,99 X JOlO J
35. (a) k=2,517382x 106 lb-poi2 (b) F=k(9n)-0,4x- 1,4
(e) W = 74.677,8 pés-lb.
- - + - + ---+-+---+--x
-2 -1 2
y y
-2 - 1 2
0,4
13. Restringindo o domínio a {s: s > O), obtemos 1- 1(s) = }s; se
0,2
restringirmos o domínio a {s: s < O), obteremos 1- 1(s) = - Js ·
O 2 4 6 8 10 y y
L_,
(A) (8) (C)
(D) (E) (F) 73. y' = (x 2 + l)(x 2 + 2)(x 2 + 3) 2 ()~ 1 + )~2 + xi~3 )
21. I (x)= e-x é injetora. O domínio de 1- 1(x)é a imagem del(x), 75. Mínimo local em x = {j:-; sem pontos de inflexão.
a saber, (0, oo).
y
y
..__-+--+-->----+- x
o 0,5 1,5 2
-2 -1 2
77. Sem valores extremos locais; ponto de inflexão em x = 2.
23. Seodomíniodelforrestritoax :S 1,entãol- 1(x) = 1- ./x+T;se y
o domínio de lfor restrito a x ~ 1, então 1- 1(x) = 1 + ./x+T.
4
25. g(x) = Jx 2 - 9; g'(x) = ~ 27. g'(x) = -71
yx 2 -9
t1
5. 1 ~ 5,33 anos 7. y(t) = ce- 51 ; y(t) = 3,4e-5 1
5. O montante duplica quando P(t) = 2Po = P0 er 1, portanto
2 = ertet = 1~ 2.
9. y (t) = 4e3U- 2) 7. US$ 26.629,59
11. (a) ó~oi ~ ll ,55anos (b) ó~o{ ~ 18,3lanos (e) 23,lOanos 9. r = 0,08; receber $1.000 agora; r = 0,03; receber US$ 1.300
daqui a quatro anos.
13. Dados I 17. k = ln ~go) ~ 0,071 anos- 1
dólares no instante T.
4. Diminui.
5. Se a taxa de juros sobe, o valor presente de 1.000 dólares daqui a
um ano decresce. Portanto, Frederico ficará triste ao saber que a
taxa de juros acaba de subir de 6% para 7%.
RE38 CÁLCULO
Seção 7. 7 Preliminares y
1. lim 3x-12
x---+4 x2 -t6
2
2. lim x3 ~{ não é uma indeterminação, portanto a regra de 0,5
X--->Ü X
L' Hôpital não é aplicável.
0 ~--+--+---+---+-X
10 15 20
= x->oo
17. 1
19. 1 21. o 23. - ~ 25. -j 27. ¾ 29. ½
hm
eX
nl
31. -1 33. 2 35. e 37. ½ 39. O 41. 15 43. 1 = ··· = lim ....:. =0.
X->00 eX
45. O 47. l
61. Pela Equação (2) da Seção 7.5,
(-l) (m-n)/2, m, n pares
49.
.
hm
cos mx
--=
x---+n/ 2 cosnx
lnão existe,
O
(-l)(m-n) / 2!f;- ,
m par, n ímpar
m ímpar, n par
m, n ímpares
51. Como sen (1/x) oscila quando x ---+ 0+, a regra de L' Hôpital não
pode ser aplicada. Investigações tanto numéricas quanto gráficas
PV = JOrT Re-rt dt = .li..
. R(l-e- rT)
1,m
r---+0
e- rt IT= li (1 - e- rT )
1· RTe- rT
= 1m - -1- =
r
r
RT
r---+0
O
sugerem que o limite não existe devido à oscilação. 63. Como estamos interessados no limite quando t ---+ +oo, vamos
restringir nossa atenção a t > 1. Então, para todo k,
X 1 0,1 0,01 0,001 0,0001 0,00001
xsen(l /x) 1 3,4996 10,2975 0,003316 16,6900 0,6626
Como lim tke-
1---+ 00
1 = O, segue do Teorema do Confronto que
12
lim tke- =O
20 1---+00
40
20
100
X
-20
-40 -40
RESPOSTAS DOS EXERCfCIOS fMPARES RE39
1. O 3. J 5. j 7. ~ 9. f 11. - ¾ 13. n
15. Não definido 17. '7 19. ~
-V x2- J 3
5
21. ../5
2ex+y + 2e- <x+y)
4
v'3 1 95 1 7 ex+y + e- <x+y)
25. 27. 2õ 2 . 4 31. 4Jis 33. ,/l-(?x)2 = = cosh(x + y).
2
53. fx are tg x = l~x 2 > O para todo x, portanto are tg é sempre 53. are cosh 4 - are cosh 2 55. are senh f+C
57. are tgh ½ - are tgh ½ 59. ¼ln ~
crescente. ::2 are tg x = (l~:1)2 , portanto are tg x é côncava
61. Seja x = are senh t. Então senh x = t. Segue da identidade
para baixo em x > Oe côncava para cima em x < O.
cosh2 x - senh2 x = 1 que x = J I + senh2 x = ~ - Lem-
55. are tg (-¼) ~ -0,244979 57. ½<0,05) = 0,025 bre que x > Opara todo x. Agora,
59. I 61. -Jr 63. l 65. l 69. are sen (t) + C senhx + coshx = ex 7- x + x+ - x
~ = ex
71. ½ are sen ( ~) + C 73. ½are sen 2x + C portanto x = ln (senh x + cosh x). Finalmente, are senh t = ln
75. - ~ + are Sen X + C 77. are tg eX +C (t+~) -
63. Seja A = are tgh x . Então
79. ½<are tg x) 2 + C 83. x = J bh + h2
A - A
85. (e) !7 = 60Jts( IO) = ~ ~ 0,043 pés/min
hA =!!.....=L_
x=tghA = ~cosh A eA +e- A
Resolvendo em A, obtemos
Seção 7.9 Preliminares
1. cosh x e sech x 2. senh x e tgh x A = are tgh x = ½In ~
3. Paridade, identidades e fórmulas de derivadas 4. cosh x e sech x
65. (a) Não há diferença detectável; ambas leis dão I 05 mi/h. (b) Lei
de Galileu: 140.100 mi/h; Lei de Einstein: 140.099,9999956 mi/h
Seção 7.9 Exercícios 69. (d)
1. -3 o 5
senh x -10,0179 o 74,203
coshx 10,0677 1 74,210 (e) k = 150 <73.545 .5) = I . 178 ' 18 libras por milha
1002
RE40 CÁLCULO
(b) M= (2 senh ( 4}) - 2~ cosh ( 4}) )- l 51, - are Sen (e- X) + C 53, are tg (ln t) + C 55, -½e9 - 2X + C
(e) Pela regra da cadeia, 57. ½cos(e- 2x) + C 59. ½ 61. are sen ( j) - are sen (1)
2
63. ½senh 2 65. ½ln 2 67. ½are sen x + C
69. ½(arcsen x) 2 + c 71. ¼senh4 x+ C 73. {J:-arctg(4J2°)
A fórmula para ds/dl segue substituindo os resultados obtidos
15. (a) l<r> = - My<t> (b) y(365)::::: 0,0655 g
em (a) e (b).
77. 3.938,5 anos
1
79. fJf::::: 12,27 horas- 1-K- ; variaçãoaproximadaemkquando T
Revisão do Capítulo 7 aumenta de 500 para 510: 122,7 horas-' .
1. (a) Nenhum par (b) Nenhum par (e) (i) (2ªi = 2ab 81. Solução satisfazendo y(0) = 3: y(t) = 4 - e- 21; solução satis-
fazendo y(0) = 4: y(t) = 4
(d) (iii) 2a- b3b-a = 2a-b ü r -b = ( j r-b
y
3. (b): (ln 2)2x
5. f-l (X)= ;=r domínio: (X: X "'F I); imagem: {y : y "'F ))
X
7. g(g(x)) = x-1
_:-~, = x- (;-l) = x
2
9. (a) (iii) (b) (iv) (e) (ii) (d) (i)
11. - 36e-4x 13. _ e- x;x+ l) 15. i ln s 17. (4 - 2t)e41 - 12
'----+--+--+-- X
19. cotg0 21. (1+f) ex+ln x 23. -2 1- YJn 2 25. ri--,
'\/ s4- s2
o 0,5 1,5
27. - 1
.JxLI 29. 2t cosh(t 2) 31. ex 2x 33. ½e
83. P' (t ) = 0,05 P (t ) - 2. 000 85. 20 ln (Tg) : : : I ,025 ano
lx I are cossec x x2 - l 1- e
3 4 5
105. Seja x = gd(y) = are tg (senh y). Resolvendo em y dá
y = are senh (tgx). Portanto,
1
41. Mínimo local emx = I; máximo local emx = 10-2/ 1010 = e- 2 ; gd- (y) = are senh (tgy)
ponto de inflexão em x = 10-I/ 10 lO = l ; lim x(logx)2 = O; 107. Como t > ln t para t > 2,
e x-.0+
lim x (logx) 2 = oo
x-.oo F(x) = f{ 1~11 > f{ df > ln x
y
Assim, F (x) -+ oo quando x -+ oo. Além disso,
0,15
lim G(x) lim fr.; = lim x = oo
= X->00
X->00 • tX X->00
0,1
Assim, lim
X->00
2/cx))
X
é da forma 00/00 e a regra de L'Hôpital é
0,05
aplicável. Finalmente,
o 0,5 1,5
]1.m "'("°')
F(x) . ln x I
L = x-.oo vlX J
= x-.oo
11m
mx-,, =
~
RESPOSTAS DOS EXERCfCIOS fMPARES RE41
(b) N = 20; S20:::::: 0,785398163242 e 41. 2 sen Jx - 2,Jx cos Jx + C 43. ¼on x)2 (2 ln(ln x) - 1) + C
I0,785398163242- ¾I :::::: 1,55 x 10- 10 . 45. 8\ (17e 18 + 1) 47. 128/ 15 49. ln 4 - 7J- -lf
51. 4 3 2
51. ex (x - 4x + 12x - 24x + 24) + C
Aproximação Erro Razão do erro
2,052344 0,052344 53. f xne-x dx = - x 11
e- x + n f x 11 - 1e-x dx
2,012909 0,012909 0,246619 55. Integração por partes com u = ln x e v' = Jx.
2,0032 164 0,0032164 0,249 160 57. Substituição com u = 4 - x 2, du = -2x dx e x 2 = 4 - u. De-
2,00080342 0,00080342 0,249789 corre por manipulação algébrica.
2,0002008 1 0,00020081 0,249944
RE42 CÁLCULO
+16 ln I secx + tgxl + C 45. Integração por partes com u = x e v' = sec2 x.
47. Primeiro, substitua u = e2x, du = 2e2x dx. Então use a fórmula
39. ¼sen2 2x + C 41. ¼cos 2x - 1'i. cos 6x + C de integração da tangente inversa.
43. ½tg2 (ln t) - ln I sec(ln t) 1 + C 45. ir 47. ti 49. Use a fórmula de integração da função cossecante.
49. ln(.J2 + l ) ~ 0,88137 51. ½ ln 2 - ¼~ 0,096574 53. - ~ 51. Primeiro, substitua u = x + 2, du = dx. Então use a fórmula de
2
integração da função potência.
57. cossecx - 31 cossec 3 x + C 59. - 31 cotg3 x + C 61. V= 2ir 53. (a) Use a substituição u = 1 - x 2 . Então du = -2xdx,
k
63, X - 16 Sen 2x COS 2x + C x 2 = 1 - uef x 3 ~ d x = -½
fo -u)u 112 du.
65. 16x - -Js sen 2x - ,b sen 2x cos 2x + -Js cos2 2x sen 2x + C (b) Seja x=sen 0. Então dx=cos0d0,l -x 2 =cos2 0 e
(e) Seja x = sen e. Então dx = cos 0 d0, 1 - x2 = cos2 0 e 35. t, ln 13x + 71 + ~(3x + 7)- 1 - ~(3x + 7)- 2 + C
l t-,, dx = l sen
v l -x 2
4
0d0. 37. -zh - tis are tg (!) + C
39. 110 ln lx + 11 - 210 ln(x2 + 9) + 1~5 are tg {f) + 18(x1:9) + C
(d) Use a substituição u = 1 - x 2. Então du = - 2xdx e
l _ x_ =_ l
I u-1 /2du. 41. 3 ln lx - 31- iL. ln(x2 + 1) - 4 are tg x + ~ +C
~ 2 X + I
55. V = n 2/ 8 57. V= Sn.fi- 6nln(2 + .fi) ~ 18,707 43. ln lx + 11 - ½ln(x 2 - 2x + 6) + }s are tg ( xJs ) + C
59. X = 2,385 pol 45. b:'.1 are tg (ti!.)+ 2x+3 +C
4 ,fi. 2(x +2x+3)
47. l2 1n lx - 11 - l2 Jn lx + 11 + C = lnl ___!=1_
~
1+ C
Seção 8.5 Preliminares
49. 2,Jx + ln 1.Jx - 11 - ln 1.Jx + 11 + e
1. Não,f (x) não pode ser uma função racional porque a integral de
uma função racional não pode conter um termo com expoente 51. -~ ~ + C 53. ln lxl - ln lx - li - x-1 1
+C
que não seja inteiro. 55. 514 are tg (t) + 18(x2+9) + e
2. (a) Não (b) Sim (e) Sim (d) Não
57. l5 sec5 x - J3 sec3 x + secx + C
3. (a) O quadrado já está completado; irredutível
(b) O quadrado já está completado; fatora como 59. lnlx + ~ 1- vxA-:-
2 -I
+e
(x -Js)(x +Js)
(e) x 2 + 4x + 6 = (x + 2) 2 + 2; irredutível 61. - ln lxl +½ln lx - li+½ ln lx +li+ C
(d) x 2 + 4x + 2 = (x + 2) 2 - 2; fatora como
63. j are tg (x 312 ) + C
(x + 2- J2)(x + 2 + .J2).
4. (a) é uma soma de termos logarítmicos A; ln(x - a;) para algu-
mas constantes A;.
65. -½ ln lx3 I - ~ + 1ln lx3 + 11 + C
67. ~ ln (12 tg ! + 11) - ~ ln (ltg ! - 21) + e
Seção 8.5 Exercícios 71 • (b) x 2-4x-
3x- 2 _ 2 + 1
12 - x=-5' x+2
1. (a) (::1~it!~)= xi 2 + x2~4
(b) 2x 2+8x+24 _ _I_ + _2_ + - x+2 Seção 8.6 Preliminares
(x+2)2(x2+4) - x+2 (x+2)2 x2+4
1. (a) Converge (b) Diverge (e) Diverge (d) Converge
(e) x 2-4x+ 8 _ -=ª.. + 4 + _ 8_ + 5 2. Sim, isso é uma integral imprópria pois cotg x não está definida
(x-1 )2(x-2)2 - x-2 (x - 2)2 x- 1 (x-1 )2
emx=O.
( d)
4
x - 4x+8
(x+2)(x 2+4) =X- 2
+ x+2
4
-
4x- 4
x 2+4 3. Uma escolha é b = 2. 4. la°° xi:x < la°° e-x dx
3. B =- 2 5. e:x< f para 1 x< oo, mas li°º d; diverge.
,'.S
5. 3xx_ 9 = ½+ l 3xx_9 dx = ½x + ln lx - 31+ C
x ~ 3 ; logo
43. -¼ 45. A integral não converge. 69. ½sen x senh x - ½cosx coshx + C
49. A integral não converge. 51. n 53 O 55. a < O 71. A integral não converge. 73. 1~9 31/ 5 75. ¼e36
59. A integral fi'XJ x- 3 dx converge pois 3 > 1. Como x 3 + 4 ::::: x 3,
segue que ......L < :\,. Portanto, pelo teste da comparação,
77. ln ( i)79. ~ 32/ 3 81. Converge 83. Diverge
xº+"4 - X
85. Converge
f1oo x 3dx+4 converge. 87. (a) Infinita (b) Finita: n (e) Infinita
63. Seja f(x) = l-!~nx_ Como f(x)::: j e Jt 2X-2 dx = 2, se- - 2
89. E = kT 91. -(s- a)3
gue pelo teste da comparação que f1 f (x) dx converge.
00
35. (x + 1) (ln(x + 1))2 - 2(x + 1) ln(x + 1) + 2x + C 19. Seja h o comprimento da hipotenusa. Então, pelo Teorema de
Pitágoras, h2 = (b - a) 2 + m2 (b - a)2 = (b - a)2(1 + m2),ou
37. ¾x + ,k sen(l8x - 4) + 2~8 sen(36x - 8) + C
h = (b - a)J I + m 2, pois b >a. Além disso, (f'(x)) 2 = m 2,
39. 2 ln lsecx l +C 41. 2tgx+2secx - x+C portanto
43. - 2 cotg ( !) - 8 + C L = J: J 1 +m2dx = (b-a)J I +m 2.
45. ~ ln lt + 41 - ~ ln lt - 31- 7(1~3) + e
47. ½are sec ( ½) + C 49. Ja are tg ( 1)+ C (Supondo a > 0) 25. J 1 + e2a + 1 ln .Ji+e2ti'- I - /2 + 1 ln l+J2
'I .J1+e2ª+ 1 'I J2-I
5
51. ln lx + 21 + ill 3
- (x+2)2 +e 27. ln(l + /2) 31. 1,552248 33. 60nvÍJ7 35. 38 r
53. - x.:, 2 + ½ln(x 2 + 4) - ln lx - 21+ C
37. n ( e ~ + l n ( e + ~ ) - / 2 - In(l +/2))
55. tare tg ( ~ ) + C 57. ln lx + 21+ xt1 - (x~2)2 +C 39. 2n( J2 + ln(l + /2))
'
2
59 (x - 2J...,Íx2+4
24x 3
+ C 61 - 1 (4 + 3x)e4 - 3x + C
' 9
43. 3 1 (l.032.J65 - ln(8 + v'65))
1
63. _arc;gx - ln() +x 2) + ln lx l + C 45. 2n J;14 tgxJ I + sec4 x dx ~ 3,839077 47. n = 13
(b) F ~
N
L
J=I
3wyj t::..y 11. rn.¾)
19. Aqui temos um esboço da região.
(e) F = Jz8 3wydy
y
(d) F = 5.625 libras.
5
3. (a) A largura do triângulo varia linearmente de Oa uma profun-
4
didade de y = 3 pés a l a uma profundidade de y = 5 pés. Assim,
3 ----------------
w = ½<y- 3). 2
(b) A área da faixa a uma profundidade y é ½<Y - 3)t::..y e a
3
pressão a uma profundidade y é wy, onde w = 62,5 lb/pé • As- o 0,5 1,5 2
sim, a força de fluido atuando na faixa à profundidade y é aproxi-
madamente igual a ½wy(y - 3)t::..y. A região é claramente simétrica em relação à reta y = 3, portanto
N 5 é de se esperar que o centróide da região esteja ao longo dessa
(e) F ~ L ½wyj(Yj - 3) t::..y-+ f 3 ½wy(y - 3) dy
J=I reta. Encontramos M, = 24, M y = , , centróide: ( i, 3).
(d) F = 1.i lb 25
21 ( 9 9) 23 ( 1 e -3 )
2
25 ( nJ2-4 1 )
• W•W · 2(e-2) '4(e-2) · 4(J2-t)'4(J2-I)
5. (a) F = 19.f00r3 N
·f
7. F= 19 00 r 3 +4.900irmr 2 N 9. F=44l.000N
27. Aqui temos um esboço da região. Centróide: ( O, t)
11. F = 6f w 13. F = ( l - Uw 15. F = w y
Seção 9.4 Preliminares 41. 1,5 1•6 ::::: T2(0,5) = ~::::: 1,065872
1. T3(x) = 9 + 8(x - 3) + 2(x - 3) 2 + 2(x - 3) 3 43. T4(x) =x - ~x 3
45. T11 (x)= l - x 2 +x 4 - x 6 +-··+(- x 2 )11
2. O polinômio com gráfico à direita é um polinômio de Maclaurin.
3. Um polinômio de Maclaurin dá o valor def(0) exato. 47. Ema= O,
y y
11 par Revisão do Capítulo 9
15
10 1.
2
-rJ.~-~;4 3. 4.JT7 1. 24,rv'2
5 9. ~ 11. 12,r + 4n2 13. 1.125 libras
:::::::--_
X
-2 -1
15. Mx = ~ ; My = ~; centro de massa: ( 2, !)
29. Estimativadoerro= 1°~1
6
::::: 1,0125 x 10-6 ;
17. ( o, *) 19. ( - so!'tsrr, o)
icos 0,3 - T5(0,3)I = 1,010874 x 10- 6 21. T3(x) = 3(x + 2)3 - 5(x + 2)
31. n = 3 23. T3(x) = 2 + ¼Cx - 2) - 312 (x - 2) 2 + '7ts'(x - 2) 3
33. T3 (x) = x - 4; (½) i!·
T3 = Com K = 5, 25. T3(x) =- ½x 2
.Jê::::: 1,6486979; erro ::::: 2,335 x 1o-5
1 T3 (½) - are tg ½ 1 :::
5
0r = 3ã4 ·
27.
29. lf(l7)- T4(17)1::: 10 32
1,043 x 10-7
~{ 4-9 :::::
5
31. l/4O,2) -T (1,2)1::, ~(0,2) = 1,6 x 10-5
37. n = 6 39. n = 9
I REFERÊNCIAS
O site (em inglês) MacTutor History of Ma- Revisão do Capítulo 2
thematics Archive (www-history.mcs.st-and. 1. (Exerc. 51) Adaptado de Calculus Problems
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shington, DC, 1993, p. 63. Washington, DC, 1993, p. 103.
1. (Exerc. 48-49) Adaptado de Calculus Pro-
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13. (Exerc. 31) Problema sugerido por John
Haverhals, Bradley University. Fonte: Illinois Seção 5.5
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l. (Exerc. 34-35) Adaptado de Calculus Pro- "Decline in Extinction Rates and Scale In-
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15. (Exerc. 62-64) Adaptado de B. Noble, Ap- f or a New Century, Robert Fraga, editor, Ma-
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Engineering, Macmillan, NewYork, 1967.
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REFERÊNCIAS R3
Seção 8.2
26. (Exerc. 55-62) Problemas sugeridos por
Brian Bradie, Christopher Newport University.
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1 CRÉDITOS DAS FOTOS
Página 1, Abertura do Capítulo 1 Página 343, Abertura do Capítulo 7
Y. Arthus-Bertrand/Peter Arnold, Inc. Gianni Dagli Orti/Corbis
Página 34, Figura 1 Página 343, Figura 1
Eric Dietz/ AP Photo/Paul Sakuma
www.wrongway.org/java/mandel.php Página 358, Figura 1
Página 34, Figura 2 Romeo Gacad/AFP/Getty lmages
Steve Allen/Alamy Página 367, Figura 1
Página 41, Abertura do Capítulo 2 Dr. Gary Gaugler/Photo Researchers, lnc.
Áron Péntek Página 370, Figura 5
Página 42, Perspectiva Histórica G.D.Carr
NASA/ESNJPL-Caltech/J. Hora (CfA) e C. R. Página 370, Figura 7
O'Dell (Vanderbilt)
Bettmann/Corbis
Página 97, Abertura do Capítulo 3
Página 371, Figura 8
Joe Schwartzlwww.joyrides.com
Pierre Vauthey/Corbis Sygma
Página 108, Figura 2
Página 400, Figura 1
The Granger Collection, New York
Corbis
Página 132, Perspectiva Histórica
Página 400, Figura 8
Bettmann/Corbis
The Granger Collection, New York
Página 132, Figura 9
Página 413, Abertura do Capítulo 8
Photo Franca Principe, IMSS-Florença
NOAA
Página 148
Página 471, Abertura do Capítulo 9
Bettmann/Corbis
NASA Ames Research Center/Photo Resear-
Página 173, Abertura do Capítulo 4 chers, lnc.
Robert Lubeck/Animals Animais Página 477, Figura 1
Página 175, Figura 2 JeffRotman
Space Age Control, Inc Página480
Página 187 Lester Lefkowitz/Corbis
Fermat: Bettmann/Corbis; Descartes: Stapleton Página488
Collection/Corbis
Roger Violet Collection/Getty Images
Página 248, Abertura do Capítulo 5
Página 492, acima
Klaus Leidorf/zefa/Corbis
The Granger Collection, New York
Página 301, Abertura do Capítulo 6
Página 492, abaixo
Gen Nishino/Getty Images
The Granger Collection, New York
Página 338, Figura 6
Elvele Images/Alamy
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1 ÍNDICE
abscissa, ver coordenada x e a fórmula de mudança de variáveis, entre gráficos, 301-305
aceleração, 139, 753 911-915 fórmula de, com produto vetorial e
normal e tangencial, 756, 757 injetoras, 910-911 determinantes, 688-689
adição de vetores, 657-658, 660-661, 669 inversas, 914 mudança de, dividindo a região,907-91 O
adição vetorial, 661 jacobianos, 907-909 área igual em tempo igual, lei da, 762-763
aditividade : lineares, 905-906 áreas com sinais, 254, 264,275,304,631
da integral em intervalos adjacentes, 267 mudança de área com, 907-91 O Aristarco de Samos, 766
de integrais de linha, 937 Apolônio de Perga, 119 Arquimedes, 277, 552, 887
de momentos, 487-488 aproximação : arruelas (discos), 321-323
afélio (de órbita planetária), 651 da derivada, 101 assíntota horizontal, 35, 210-211
Agnesi, Maria, 125 de primeira ordem, 803, 992 assíntota vertical, 35, 56,211 , 215
álgebra: de somas infinitas, 564 assíntotas :
e produto vetorial, 689 linear, 173-178, 492, 805-806 de uma hipérbole, 641-644
vetorial, 657-662 numéricas, 231-232 funções com, 35
álgebra de vetores, 657-662 parabólica, 419-420 horizontal, 35, 210-211
Álgebra Linear, 684 pela direita, 249-250, 255-256, 413 vertical, 35, 56, 211, 215
algoritmo de ordenação Bubble Sort, 387 pela esquerda, 251-252, 413 astronomia na Antiguidade, 766
algoritmo de ordenação Quick Sort, 387 pelo meio, 252, 261 Babilônia antiga e técnica de completar
altitude: poligonal, 471-472 quadrado, 17
e velocidade, 131 por linearização, 177 Barrow, Isaac, 272
máxima, 131-132 por somas de Riemann, 261 base (de função exponencial), 343
altitude máxima, 131-132 trapezoidal, 285 Bernoulli, Jakob, 256, 552, 608
amplitude (de um gráfico), 8-9 aproximação poligonal, 471-472, 741 Bernoulli, Johann, 552
Andrews, George, 555 de arcos, 738 Bernstein, Sergei, 609
ângulo de declinação (cp), 712 aproximação trapezoidal, 285 Bézier, Pierre, 609
ângulo de incidência, 817 aproximações lineares, 173-178, 802, Brahe, Tycho, 766
ângulo de inclinação, 817 805-806 bruxa de Agnesi, 125
de uma curva plana, 751 de paralelogramo, 909 calculadoras :
ângulo de reflexão, 223 de retângulo, 909 e funções exponenciais, 343
ângulos: e polinômios de Taylor, 492 gráficas, 34
complementares, 30, 394 erro nas, 174, 178-179 Cálculo:
em radianos, 26 aproximações numéricas, 231-232 Diferencial, 41
teste de ângulo obtuso, 677 aproximadamente igual a u=:::), 173 e a teoria de séries infinitas, 535
ângulos complementares, 30, 394 área, 248 inventores do, 108, 187
ângulos entre vetores e produto escalar, abaixo do gráfico, aproximada por séries infinitas, 552
676-677 trapézios, 413 ver também Teorema Fundamental do
Antena (galáxia), 766 aproximação da, abaixo de um gráfico, Cálculo
anticomutatividade do produto vetorial, 686 261 cálculo financeiro e funções exponenciais,
antiderivação, ver integração aproximação e cálculo de, 248-257 374
antiderivadas, 237-241, 291, 734 aproximação por retângulos, 248-250 Cálculo Integral, 41,248
cálculo de integrais definidas usando, 278, cálculo da, como limite, 254 caloria, 334
279 cálculo da, dividindo a região, 303 caminho mais íngreme, 780
como integrais, 280, 284 cálculo de, como o limite de caminhos, 721,722
definição de, 237 aproximações, 253-257 comprimento de arco de, 738
e o Teorema Fundamental do Cálculo, cálculo de, via Teorema de Green, 991 independência de, 944, 947
274,275 com sinal, 264 parametrização de, 739
geral, 238 de paralelogramo, 962 regra da cadeia para, 810-812
Antigüidade, matemáticos e filósofos gregos de superfície, 619, 962-966 campo de forças, 939, 947
da, 488,637 de um polígono, 998 campo de inclinações, 514-517
anuidade, 381 de um trapézio, 414 campo de quadrado inverso, 927
anuidade perpétua, 459 de uma elipse, 992 campo de velocidades :
aplicações, 4, 904-907 e coordenadas polares, 630-633 de fluxo fluido, 976-977
coordenadas polares como, 905, 910 e produto vetorial, 687-689 vetoriais, 987
de reticulado retangular, 911 entre duas curvas, 321-322, 330 campo elétrico, 978-979, 1020-1021
12 fNDICE
campo vetorial constante, 924 osculador, 747-749 conjunto (Q) dos números racionais, 1
campo vetorial de vórtice, 953 parametrização do, 605, 723-724 conjunto de Mandelbrot, 34
campo vetorial gradiente, 925-927, 948, 988 círculo de melhor ajuste, 747 conjunto de todos ternos, 666
Teorema Fundamental do Cálculo para, círculo osculador, 747-749 conjunto dos pontos intermediários, 261
944-945, 947-948 círculo unitário, 26-27, 660 conservação da energia, 154
campo vetorial unitário, 924-925 cissóide, 629 constante da mola, 335
potencial de, 927 Clairaut, Alexis, 797 constante de integração, 238
campos magnéticos, 978-979, 1009, 1021 clotóide, 750 constante de proporcionalidade, 763
de um solenóide, l 008 Cobb, Charles, 845 constante de resfriamento, 380
velocidade em, 687 coeficiente binomial, 593-594 consumo de energia e velocidade, 36-37
campos vetoriais, 923-927, 989, 992, 1006 relação de recorrência para, A 15 continuidade, 64
circulação de, 987 coeficiente dominante de polinômio, 21 à direita, 65
com divergência nula, 1016 coeficientes, 21 à esquerda, 65
com divergência zero, 1017-1018 binomiais, 593, 594 de funções, 786, 787
com fluxo nulo, 1018 indeterminados e frações parciais, 450 de funções polinomiais e racionais, 67
com rotacional nulo, 992 padrão dos, 418 de séries de potências, 587
componente normal de, 973 coeficientes indeterminados e frações e diferenciabilidade, 113
conjugados, 999 parciais, 450 e limites, 63-70
conservativos, 944-954 combinação de sinais, 206 e o método de substituição, 68-69
de quadrado inverso radial, 1O18-1 O19 combinação linear de vetores, 659-660, 669 lateral, 65
divergência de, 1013 componente normal : lei de, do quociente, 68
gradiente, 925 de aceleração, 756-757 leis de, 66-67
integral de superfície de, 973-980 de campo vetorial, 973 num ponto, 64
irrotacionais, 1023 componente tangencial : continuidade lateral, 65
radiais, 1012 da aceleração, 756-757 contorno da córnea, 751
radiais unitários, 1018 de campo vetorial, 933-935 convergência :
campos vetoriais conservativos, 944-945, componentes : absoluta, 566
948-949 deu, 679 condicional, 567
capacidade de calor, 290 de vetores, 656 de integrais impróprias, 457
capacidade de tolerância, 522 e operações vetoriais, 658-659 de séries infinitas, 547
caramujo Argonauta, 603 comportamento assintótico, 208, 210-215 de séries positivas, 556-562
Cauchy, Augustin Louis, 51, 89, 571 composição e construção de funções novas, raio de, 576-578
cauda de vetor, 655 23 raio de, infinito, 578-579
caverna de Chauvet, 372 comprimento : convergência absoluta, 566
caverna Lascaux, pinturas da, 343, 371 de um vetor, 655, 668 convergência condicional, 567
centro de: e produto escalar, 676 convergência quadrática para a raiz
curvatura, 747 comprimento de arco, 471 -473, 615-617, quadrada, 237
elipse, 638, 640 738 convergência quadrática para raízes
hipérbole, 640 de caminho,738 quadradas, 237
linearização, 177 de curva plana, 738 convergente, 547
massa (COM), 483-488, 887 comprimento de arco circular, 616 coordenada angular, 621-622, 624
centróide, 485, 486-487, 887, 899-900 comprimento de arco de curvas planas, 738 coordenada radial, 621-622, 624
ciclóide, 608, 613, 617 comprimento de curva, ver comprimento de coordenada x, 3
cilindros: arco coordenada y, 3
curvas de reticulado no, 960 comprimento de onda de absorção do átomo coordenadas, 3
equação do, 667-668 de hidrogênio, 535 angulares, 621-622, 624
parametrizações de, 957-958 comprimento de onda de Balmer, 537-538 cilíndricas, 710-711, 714
quadráticos, 706 concavidade : esféricas, 710, 712-714
cinturão de radiação de Van Allen, 684 definição de, 199 polares, 621-626, 630-634, 710
circulação, 987, 993 e funções área, 283 radiais, 621-622, 624
círculo: e teste da derivada segunda, 202 retangulares, 621-623, 625, 631,710,
área do, 297, 632 teste de, 200 712-713
curvatura do, 744 concóide, 160 x ey, 3
de melhor ajuste, 747 condição de derivadas mistas, 952 coordenadas cartesianas, ver coordenadas
equação do, 4 condição inicial, 506 retangulares
equações polares do, 625 e antiderivadas, 240-241 coordenadas cilíndricas, 71 O-711, 714,
involuta do, 620 cone, 780, 899 957-958
medição do diâmetro e área do, 176 parametrização do, 957-958 integrais triplas em, 896-897
momento do, 488 congelamento de variável, 702 coordenadas curvilíneas, 959
ÍNDICE 13
funções monótonas, 253 gráficos polares, área entre, 633 e encontrar uma antiderivada, 238
funções numéricas, 5 grandeza vetorial, 661 em coordenadas polares, 893-896
funções pares, 6-7 grau de polinômio, 21 em regiões entre superfícies sem corte,
funções periódicas, 28 graus, 25-26 886
funções potência, 21 , 786 gravidade: em regiões sólidas, 883-884
funções potencial, 925-926, 945-946, 967 e aceleração, 139 fórmulas de, 291
existência de, 950 e movimento, 131 invertendo os limites de, 266
obtenção de, 949-954 e trabalho, 336 limites de, 263, 294
funções quadráticas, 16, 419 lei do quadrado inverso da, 42 múltipla, 855-863
gráfico de, 16 trabalho contra a, 952 num retângulo, 868
obtenção de mínimo de, 18 Gregory, James, 433, 589 numa caixa, 882
funções racionais, 21, 446 Hamilton, William Rowan, 655 numa parte do círculo, 871
comportamento assintótico de, 212 hélice: numérica, 413-420
contínuas, 786 curva da, 721-722 para calcular trabalho, 335
continuidade de, 67 vetor normal unitário da, 747 para calcular volumes, 308-310
funções racionais próprias, 446 helicóide, 961 por partes, fórmula de, 424-427
funções reais, 720 Heron de Alexandria, 223 termo-a-termo, 580
de n variáveis, 720 hipérboles, 637, 640-642, 648, 703-704 usando frações parciais, 446
funções trigonométricas, 22, 25-29 assíntotas de, 643-644 usando substituição, 291
derivadas de, 144,401 como traços horizontais, 775 usando substituição trigonométricas, 438
integrais de, 240 definição foco-diretriz da, 644 integração dupla, 311
inversas, 392-396 diretriz de, 644 integração numérica, 413-420
funções trigonométricas inversas, 392-396 equação das, 641 integração vetorial, 733-734
funções vetoriais, 720-724 excentricidade de, 644 integrais:
cálculo de, 727-728 propriedades de reflexão das, 646 antiderivadas como, 280, 284
contínuas, 728 hiperbolóides, 326, 703-704, 780 ao longo de um caminho fechado, 947
continuidade de, 728 hipervolume, 888-889 aplicações da, 301-357
derivadas de, 728, 733 hipociclóide, 613 aproximação de, com polinômios de
equações diferenciais de, 734, 763 Hooke: Taylor, 502
limites de, 727-729 lei de, 154,335 com e', 347-348
ortogonalidade de, 732-733 Robert, 335 comparação de, 461
produtos escalares e vetoriais de, 730 Huxley, Julian, 5 comprimento de arco, 471-472, 616-617
Teorema Fundamental do Cálculo para, Huygens, Christiaan, 148,501,608 de dentro, 859, 870
734 i, j e k, 660, 678, 1002, 1014 de linha, ver integrais de linha
Galilei, Galileo, 42-43, 131-132, 488,608, identidades trigonométricas, 29-31 de linha escalares, 930-933
766 imagem, 4-5, 35 1=352, 904-905 de probabilidade, 456
Gauss : imagem, 904-905 de superfície, 957-967, 973-980,
Carl Friedrich, 263 inclinação de uma reta, 14 1002-1006
lei de, 967, 1020 e equações polares, 624 de superfície vetorial, 974
Teorema de, ver Teorema da Divergência inclinação negativa, 14 de um vetor gradiente, 947
gráficos: incremento temporal, 517-519 de uma constante, 265
amplitude de, 8-9 independência da superfície de campos de velocidade, 286-287
aproximação da área abaixo de, 261 vetoriais rotacionais, 1006 definida, ver integrais definidas
da cúbica torcida, 746 independência de caminho (de campos derivação de, 280
de funções, 5 vetoriais), 944, 947 do valor absoluto, 265
de funções exponenciais, 22, 343 índice : duplas, 855, 857-858, 867-875, 893-896,
de funções lineares, 13, 16 de uma seqüência, 535 910
de funções logarítmicas, 359 de uma série infinita, 546 e volume, 309
de funções não-lineares, 16 índice de massa corpórea (IMC), 805 fórmulas de redução para, 426-427
de funções quadráticas, 16 indução, princípio da, Al3 impróprias, ver integrais impróprias
de funções trigonométricas, 28 instrumento de medição de condutividade, indefinidas, ver integrais indefinidas
dilatação de, 7-9 temperatura e profundidade, 773 infinitas, 457-458
e escala, 14 integrabilidade, 857 iteradas, 859-864, 872
e janelas de visualização, 34 integração, 291 logaritmos como, 362-363
esboçando, 7, 206-215 a valores reais, 733-734 múltiplas, 855-863
formato do, 199-203 constante de, 238 num hemisfério, 975
Integral de superfície em, 975 de funções trigonométricas inversas, 396 para calcular variação líquida ou total,
polares, 633 de séries de potências, 580-591 284-285
ramos de, 157 e área de uma região irregular, 248 simples, 855, 857
translação de, 7-8 e derivação, 280 Teorema do Valor Médio para, 874
18 fNDICE
newton-metro (N-m), 939 orientação oposta em integral de linha, 937 limaçon de, 160
nível de produção, 129 origem, 1, 3 triângulo de, A 14
norma (de partição), 261 ortogonalidade : periélio (de órbita planetária), 651
(de um vetor), ver, comprimento; de funções vetoriais, 732-733 período (de órbita), 763
magnitude relações de ortogonalidade, 437 perpétua, 459
normal, ver perpendicular teste de, 677-678 pés-libra (pés-Ih), 334, 939
notação de Leibniz, 108-109, 127 otimização, 181 planímetro, 991
derivadas parciais, 792 com multiplicadores de Lagrange, plano osculador, 748
derivadas parciais superiores, 796 842-847 plano tangente, 802, 959-961
derivadas superiores, 138 em intervalo aberto, 221 e diferenciabilidade, 804
derivadas vetoriais, 729 em várias variáveis, 829-838 num extremo local, 829
diferenciais, 291 problemas de, 219-224 obtenção de equação de, 816
integral definida, 263 oval, 752 plano xy, 884-885
regra da cadeia, 148 padrão de difração de Fraunhofer, 59 plano xz, 885
notação de linha, 108 Palais, Richard, 923 plano yz, 884-885
notação de somatório, 250-253 parábolas, 637, 642-643, 648, 704 planos coordenados, 666
notação delta(~). 43 como traços verticais, 775 traços em, 702
número de rotação de uma curva, 954 excentricidade de, 643 planos(as) :
números: gráfico de função quadrática, 16 coordenados, 666
complexos, 405 parametrização de, 606-607, 739 equação da forma ponto-normal de, 696
complexos imaginários, 405 propriedades de reflexão de, 646 equação determinada por três pontos de,
de Bernoulli, 256 parabolóide elíptico, 704-705 697-698
e,346 parabolóides, 704-705 interseção de reta com, 698
irracionais, 1 parabolóides hiperbólicos, 704-705 no espaço tridimensional, 695-698
naturais, 1 paralelepípedo, 687-688 osculador, 748
racionais, 1 paralelogramo, 659, 687-689 paralelos a um plano dado, 697
reais, 1, 2, 85, 182 área de, 962 traços de, 698
seqüências de, 535 curvo, 962 xy, equação do, 696
números complexos, 405 e aproximação linear, 909 Poiseuille :
imaginários, 405 paralelogramo curvo, 962 Jean, 313
números de Bernoulli, 256 parametrização, 739 lei do fluxo laminar, 229,313
números irracionais, 1 da esfera, 958 polinômios, 21
números naturais, 1 de curvas de integrais de linha, 931 coeficientes de, 21
números racionais, 1 de integral de linha vetorial, 936 continuidade de, 67
números reais, 1 de um cilindro, 957-958 contínuos, 786
distância entre, 2 de um cone, 957-958 cúbicos, 107
propriedade de completude de, 85, 182 de vetores, 670-671 de Bernstein, 609
valor absoluto de, 2 do gráfico de uma função, 959 de Chebyshev, 38
octantes, 666 e o cálculo de integral de linha escalar, de Maclaurin, 492, 494
onda eletromagnética, 1021 931-932 de Taylor, 492-498
onda senoidal, 27 pelo comprimento de arco, 739-741, gráfico de, 206-210
ônibus espacial, 753 744-745 grau de, 21
órbita do, 761 regular, 743, 960 quadráticos, 206-207, 450
sistema de manipulação remota do, 720 parametrização com velocidade unitária, polinômios cúbicos, 107
operações com vetores usando 739 polinômios de Bernstein, 609
componentes, 658-659 parametrização do gráfico de funções, 959 polinômios de Chebyshev, 38
operações inversas : derivação e integração, parametrização regular, 743, 960 polinômios quadráticos, 206-207, 450
280 parametrização vetorial, 670-672, 721 ponta de vetor, 655
operações lineares do rotacional, 1001 da ciclóide, 733 ponte Tri-City (estado de Washington,
órbita de Mercúrio, 766 parametrizações com comprimento de arco, EUA), 655
órbitas: 739-741, 744, 745 ponto base (de vetor), 655
e lei das elipses, 764-765 parâmetros, 720 ponto de fronteira de um domínio, 834
periélio de, 766 e equações paramétricas, 603 ponto de inflexão, 200-201
órbitas hiperbólicas, 767 paridade de função, 6-7 ponto de sela, 831-832
órbitas parabólicas, 767 Parque Nacional Yosemite, 772 ponto interior de um domínio, 834
órbitas planetárias, 764-767 partições, 261, 302 ponto médio, 416, 418
ordem de equação diferencial, 506 regulares, 856, 881 aproximação pelo, 252,261
ordenada, ver coordenada y partições regulares, 856, 881 de intervalo, 3
Oresme, Nicole de, 552 Pascal: fórmula do, 671
orientação de fronteira, 988, 1000 Blaise, 608 regra do, 415-416
fNDICE 111
pontos (números reais), 1 fórmula do produto do, 731 regra da diferença, 111
conjunto de, intermediários, 261 propriedades básicas do, 686 regra da mão direita, 666, 685
pontos amostrais, 856, 858, 868 prova das propriedades do, 689-690 regra da potência, 109, 111-112, 274
pontos críticos, 183-185, 829-834 regra do produto do 730-731 para derivadas, 238
análise de, 195 produtos, 344 para expoentes fracionários, 154
e problemas de otimização, 223 projeção, 678 para integrais, 239
fora do intervalo, 185-186 de regiões sólidas, 882 regra da potência de potência, 344-345
sem sinal de transição, 196 projeção de Mercator, 433 regra da tangente, ver regra do ponto médio,
teste da derivada primeira para, 194-195 propriedade braquistócrona, 608 415
teste da derivada segunda para, 202-203 propriedade de completude dos números regra de Guldin, ver Teorema de Pappus
teste de, 194-195 reais, 85, 182 regra de translação e dilatação, 149-150
pontos de inflexão, 200-201 propriedade do supremo, 577 regra do múltiplo constante, 110-111, 729
pontos de teste, 195 prospecção sísmica, 230 regrado produto, 144, 156, 729-731, 764
pontos de transição de gráficos, 206 prótons em campo magnético, 687 e cálculo de derivadas, 120-121
por unidade de área, 992 queda livre, 380-381 para gradientes, 81 O
posição e taxas de variação, 41 quocientes, 344 regra do quociente, 148, 156
posição padrão : lei da continuidade do, 68 e cálculo de derivadas, 122-123
de quádricas, 702 limites de, e regra de L'Hôpital, 384 regra dos 70 do bancário, 379
de um parábola, 642 radianos, 25 regra dos múltiplos, 239
de uma elipse, 638-639 Radônio-222, 370 regra geral da potência, 149
de uma hipérbole, 641-642 raio de convergência, 576-578 regra trapezoidal, 413-414
pósitron, 925 infinito, 578-579 regressão linear, 16
potenciais escalares, 1009 raio de convergência infinito, 578-579 regressão linear, 16
potencial gravitacional, 967-968 raio de curvatura, 747 relação recursiva, 582-583
potencial gravitacional, 967-968 raio de intervalo, 3 relações lineares, 16
potencial vetor, 1006, 1009 raiz (zero) de função, 5, 84-85 resistência do ar, 380-381, 384
do solenóide, 1008-1009 raízes, 34, 344 resto, 495
potencial vetor para um solenóide, 1008, 1009 duplas, 17 reta horizontal, 14
pressão, 477 reais, 17 teste da, 353
atmosférica, 372 raízes duplas, 17 reta paramétrica, 605
de fluido, 477-480 raízes reais, 17 reta secante, 44, 97
e profundidade, 477 ramos (de um gráfico), 157 inclinação da, 97-98, 101-102, 126-127
pressão atmosférica, 372 rampa helicoidal, 961 o Teorema do Valor Médio, 192
pressão do fluido, 477-480 razão (comum), 538, 548 reta vertical, 14
primeira diferença, 24 razão incremental, 97-98 retângulo curvilíneo, 907
primeiro octante, 666 e aproximações da derivada, 1OI retângulos :
principal, 374 razão incremental, 97-98, 101 como domínios de integração, 855
princípio: razão incremental simétrica (RIS), 107 curvilíneos, 907
da distância mínima, 223 reflexão de uma função, 354 e aproximação de área, 248-250, 261
do tempo mínimo, 223 região horizontalmente simples, 869, 872 e aproximação linear, 909-910
princípio: região sem buracos, 1018 integração em, 868
da equivalência, 132 região verticalmente simples, 869, 872 pela extremidade esquerda, 251-252
da menor distância, 223 regiões polares, 893
do menor tempo, 223 simples, 869 retângulos polares, 893, 912
princípio da simetria, 487, 491 sólidas, 882-884 decomposição de, 894
problemas de taxas relacionadas, 161-166 ver também domínios retas:
problemas de valor inicial, 506-507 regiões polares, 894 direção no plano, 697
solução de, 517 regiões simples, 869 e curvatura nula, 744
produto escalar, 675, 686 regiões sólidas : e traços de funções lineares, 775
e ângulo entre vetores, 676-677 integração em, 883-884 equação de, 13, 15
e teste de ortogonalidade, 677-678 regra da adição, 110-111, 239, 729 equação ponto-direção de, 670
propriedades do, 676 regra da cadeia, 120, 147-151 , 291, 729-730, equações paramétricas de, 670-672
regra do produto para, 730 821-825 horizontais e verticais, 14
produto interno, ver produto escalar combinada com o Teorema Fundamental interseção de, 671
produto misto, 688 do Cálculo, 280-281 interseção de, com um plano, 698
produto vetorial, 684-689 de derivadas parciais, 793 paralelas, 13
anticomutatividade do, 686 demonstração da, 154 parametrização vetorial de, 721
descrição geométrica do, 685 e derivação implícita, 155, 156 perpendiculares, 13
distributividade do, 686-687 para caminhos, 810-813 retas paralelas, 14
e área e volume, 687-689 para gradientes, 81 O retas perpendiculares, 14
112 [NDICE
superfície de uma cruzeta simétrica, 923 teorema da dicotomia para séries positivas, teste de confiabilidade de
superfície fechada, 1000 557-558 microprocessadores, 794
superfície parametrizada, 957-966 Teorema da Função Implícita, 825, 843 teste do discriminante, 648
superfícies, 1019 Teorema de Apolônio, 119 testes de comparação, 458, 461-462
de nível, 711 Teorema de Bolzano-Weierstrass, A 1O para convergência de séries positivas,
de revolução, 972 Teorema de Clairaut, 796, A24 559-561
e fronteiras, 1000, 1006 Teorema de Fubini, 861-862, 870, 896 para limites, 561
e Teorema de Stokes, 1002 teorema de Gauss-Ostrogradsky, ver testes de convergência e divergência de séries:
fechadas, 1000 Teorema da Divergência da raiz, 574
helicoidais, 961 Teorema de Green, 987-995, 1000, 1003 da razão, 572
interseções de, 721-722 Teorema de Pappus, 972 de comparação, 559
lisas, 1001 Teorema de Pitágoras, 656,667, 757 de comparação no limite, 561
orientação de, 1000 Teorema de Rolle, 186-187, 196 de divergência, 550
orientadas, 973 e Teorema do Valor Médio, 192 de Leibniz para séries alternadas, 567
parametrização da interseção de, 721-722 Teorema de Stokes, 1000-1009, 1018 de séries alternadas, 567
parametrizadas, 957-966 teorema de triângulos semelhantes, 166 de séries p, 558
quádricas, 702 teorema de unicidade, 368 integral, 557
quádricas degeneradas, 706 Teorema do Confronto, 78-81, 279 teorema da dicotomia de séries positivas,
quádricas não-degeneradas, 706 para seqüências, 539-540 557
taxa de fluxo fluido através de, 977 teorema do sanduíche de presunto, 87 texto cuneiforme e completamento do
variação total em, 965-966 teorema do trabalho e energia cinética, 340 quadrado, 17
ver também superfícies de nível Teorema do Valor Intermediário, (TVI), tomografia computadorizada, 301
superfícies de nível : 84-85, 316, 346 Tonomura, Akira, 1009
de um sistema de coordenadas, 711 Teorema do Valor Médio (TVM), 192, 274, toro, 327
de uma função a três variáveis, 780 315,472, 615 área do, 972
em coordenadas esféricas, 713 para integrais, 315 torque, 737
superfícies orientadas, 973 para integrais duplas, 874 torsão, 752
superfícies quadráticas, 702-706 Teorema Fundamental do Cálculo (TFC), trabalho:
Tait, Peter Guthrie, 809 273,278,738,855, 945,948, 987,989, definição de, 334-335
tangente unitário, 756 1012-1013 e energia, 334-337
tangentes verticais, 115 demonstração do, 284-285 e força, 938-939
Tartaglia, Niccolo, 235 para campos vetoriais gradiente, 944-945, e gravidade, 336, 952
taxa de fluxo, 312-313, 976-978 947-948, 1005 usando integração para calcular, 335
taxa de juros, 374 para integrais de linha, 1013 traço horizontal, 774-775
taxa de resfriamento, 380 teoremas: traço vertical, 774
taxa de variação (TDV), 13, 41, 45-46, análise de, A6 traços, 698, 774-775
161-166 de unicidade, 368 de funções lineares, 775
de uma função, 126-132 teoremas fundamentais da análise vetorial, de hiperbolóides de uma folha, 703
e crescimento e decaimento exponencial, 987-1020 de selas, 774-775
379 teoria de formas diferenciais, 1O13 de superfícies, 702
e derivadas parciais, 792 Teoria Especial da Relatividade, 404 de um elipsóide, 702
e notação de Leibniz, 127 Teoria Geral da Relatividade, 132,263, 766 traços e retas tangentes, 802
instantânea, 45, 126 termo de seqüência, 535 tractriz,327,613,6 19
média, 45-46, 50, 778-780 termo geral (de uma seqüência), 535 transdutor de posição com cabo, 175
taxa de variação instantânea, 45, 126 em notação de somatório, 250-251 transformação, ver aplicação
taxa de variação média, 45-46, 50, 778-780 termo misto, 647 transformações lineares, 905-906
Taylor : Terra: jacobiano de, 908-909
Brook,492, 589 campo magnético da, 893 translação de gráfico, 7
expansões de, 590-591 força gravitacional do Sol na, 952 translação de gráficos, 7-8
polinômios de, 492-498, 591 teste da comparação no limite, 561 translação de vetores, 656, 669
séries de, ver séries de Taylor teste da derivada primeira, 281 translação horizontal, 7-8
teorema de, 495 para pontos críticos, 194-195 translação vertical, 7-8
TDV, ver taxa de variação teste da derivada segunda, 836-837 trapézios:
técnica de completamento de quadrados, demonstração do, 205 área de, 414
17-18, 837 para pontos críticos, 202-203, 833-834 área pela aproximação do gráfico, 413
tecnologia de computadores, 34 teste da integral, 557-558 triângulos :
tempo de duplicação, 369-370 teste da raiz, 573-575 e força de fluido, 479
tempo médio de decaimento atômico, 373 teste da razão, 572-573, 577-578, 584 imagem por transformação linear, 906
Teorema Binomial, 592,593, AIS teste da reta vertical, 6 mediana de, 491
teorema da comparação (para integrais), 268 teste de ângulo obtuso, 677-678 momento de, 488
114 [NDICE
Y2 - Yl (x - y) 3 = x 3 - 3x 2 y + 3xy 2 - y 3
y - y, = m(x - x 1) ondem = - -
x2-x 1 n(n - 1)
(x + y) 11 = x 11 + nx11 - ly + - - -x 11 - 2y 2
Retas de inclinação m l e m2 são paralelas se, e somente se, m l = m2. 2
Retas de inclinação m l e m2 são perpendiculares se, e somente se, + ... + G)xn- k/ + ... + nxyn- l + yn
m,-- - m2·i
Círculos
onde (n)k = - -1-2-3·-··
- - -·- k+
n(n - 1) · · · (n -
k
- 1)
~ ~
-a O a e -a e c+a
lxl < a significa lx - cl < a significa
x l/n = !;/x -a < x < a. e - a < x < e + a.
GEOMETRIA
Fórmulas para a área A, a circunferência C e o volume V
Cone de
Triângulo Círculo Setor de círculo Esfera Cilindro Cone base arbitrária
2 2 2
A= ½bh A= nr A= ½r 0 V= !nr3 V= nr 2h V= ½nr h V= ½Ah
= ½ab sen0 C =2nr s = r0 A= 4nr 2
A= nrJr 2 +h 2 onde A é a
( 0 em radianos) área da base
~ b G LJs r
Teorema de Pitágoras: num triângulo retângulo com hipotenusa de comprimento e e catetos de comprimentos a e b, c2 = a2 + b2 .
TRIGONOMETRIA
Medidas de ângulo Desigualdades fundamentais
sen2 0 + cos2 0 = 1 sen(-0) = - sen e
n radianos = 180°
n 180° 1+ tg2 0 = sec2 0 cos(-0) = cos e
! º = 180 rad 1 rad = - -
n 1 + cotg2 0 = cossec2 0 tg(-e) = -tge
re
s= (0 em radianos)
sen ( i - e) e
= cos sen(e + 2n) = sen e
sen
tg
e= opo
e=
hip
e
sen = opo
adj
cose= -
hip
cose adj
cotg e = - - = -
L 0
adj
opo tg ( i - e)
Lei dos senos
= cotg e tg (0 + n) = tg e
X X X
-1
y y y
y = cossec x y =sec x
,U I I\ X
IL
1
X
2
X
-\ rn 1r
1
1
1
1
1
1
-1
'(\'
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
2,r
FUNÇÕES ELEMENTARES
Funções potência f(x) = x'1
f (x) = xn, n inteiro positivo
y
-1
n par n ímpar
Comportamento assintótico de função polinomial de grau Comportamento assintótico de função polinomial de grau
par e coeficiente dominante positivo ímpar e coeficiente dominante positivo
y y
n par n ímpar
f(x) = x -n = -xn1
y y
y =.!.
/ X
-1
-1
e e e
,r e= are tg x
2
-+------+-------<>-+ X
-1
Funções exponenciais elogarítmicas
I Ioga x = y {} aY = x 1 l ln X = y * eY = X
-2 -1 2
lim ax
X---->00
= oo, a> 1 lim ax
X---->-00
= O, a> 1 lim Ioga x = -oo
X---->O+
Funções hiperbólicas
ex - e-x 1 y y
senhx = eosseeh x = --
2 senh x
ex+ e- x 1
eoshx = seehx = - - -------------
1
2 eoshx
senhx eosh x
tghx = - - eotghx = - -
eoshx senh x
-2 2
- 1
y = senh x -2 - -.ãã-::-------~l -------------
-3
-1
DERIVAÇÃO
Regras de derivação d
21. - (are tg x) = - -
1
dx 1+x2
d
1. - (c)=O
dx d 1
22. - (are cossec x) = - ~
d dx lx lvx 2 - I
2. - X = J
dx d 1
23. - (are sec x) = ~
d dx lxlvx 2 - I
3. - (xn) = nx11 - l (Regra da Potência)
dx d 1
24. - (are cotg x) = - - -
d dx 1 +x2
4. - [cf(x)] = cf1(x)
dx
d
Funções exponenciais e logarítmicas
5. -[f(x) + g(x)]
dx
= f 1(x) + g! (x)
d
25. - (é)= é
dx
d
6. -[f(x)g(x)] = f(x)g (x) + g(x)f (x) (Regra do Produto)
1 1
dx
(R d Q . t)
1• -d [ -f(x) ] = g(x)J'(x) - f(x)g'(x) egra o uoc1en e d 1
dx g(x) [g(x)] 2 27. -lnlxl = -
dx X
d / 1
8. - f(g(x)) = f (g(x))g (x) (Regra da Cadeia) d 1
dx 28. -(log x)
dx ª
=- -
(lna)x
d
9. - f(xl = nf(xl-l f' (x) (Regra da Potência Generalizada)
dx
Funções hiperbólicas
d
10. - f (kx + b) = kf' (kx + b) d
dx 29. -(senhx) = coshx
dx
1
11. g' (x) = onde g(x) é a inversa 1- 1(x) d
f 1 (g(x)) 30. - (coshx) = senhx
dx
d f'(x)
12. - lnf(x)
dx
=- -
f(x)
d
31. -(tghx) = sech2 x
dx
d
Funções trigonométricas 32. - (cossech x) = - cossech x cotgh x
dx
d d
13. - senx = cosx 33. - (sech x) = -sechx tgh x
dx dx
d d
14. - cosx = - senx 34. - (cotghx) = - cossech2 x
dx dx
d
15. - tgx = sec2 x
dx Funções hiperbólicas inversas
d d 1
16. - cossec x = - cossec x cotgx 35. -(are senh x) = ~
dx
dx v l + x2
d d 1
17. - secx = secx tgx 36. - (arccoshx)= ~
dx dx \I x2 _ J
d 1
18. - cotgx = - cossec2 x d
37. dx (are tgh x) =
dx _ xZ
1
d 1
38. -(are cossech x) = - ~
Funções trigonométricas inversas dx lxlvx2 + 1
d 1 d 1
19. - (are sen x) = r;---;, 39. -(are sech x) = - r;---;,
dx v l - x2 dx X\f I - x2
d d 1
20. -(arccosx) = 40. - (are cotgh x ) = - -
dx dx I - x2
INTEGRAÇÃO
Substituição Fórmula de integração por partes
Se um integrando é da forma f(u(x))u'(x), então reescrevemos a
integral toda em termos deu e sua diferencial du = u' (x) dx:
f 1
u(x)v (x)dx = u(x)v(x) - f u'(x)v(x)dx
f f(u(x))u'(x)dx = f f(u)du
TABELA DE INTEGRAIS
Formas básicas u"+'
22.
f u" ln udu = - -2 [(n + 1) lnu -
(n+ 1)
1) + C
23. f- 1
-du = lnllnul +e
ulnu
3. f eu du = eu +e
Formas hiperbólicas
4. f a"du = -a" +e
24. f senhudu = eosh u + C
ln a
25. f eoshu du =
5. f senudu = - eosu + e
senhu + C
Formas trigonométricas
14. f eosseeudu = ln leosseeu - eotg ul + C
34. f sen2 udu = ~u- ~ sen 2u + C
15. fh = are sen ~+C
35. f eos2 u du=~u+~sen2u+C
du I u
16.
f - 2- -
a +u
2 = - are tg - +e
a a
36. f tg2 udu = tgu - u + e
21. J ln u du = u ln u - u + e 42.
f see3 udu =
1 1
2seeu tgu + 2ln lseeu + tgu l + C
43.
f
3 1 1
eossee u du = - eossee u eotg u + ln leossee u - eotg ui + C
2 2 Formas envolvendo ,Ja 2 - u 2, a >o
44. f senn udu =- ;;-sen I n-1 n- 1
ueosu+ - n-
f sen 11
-
2
udu 67.
f
r::;--;:; u r::;--;,
va 2 - u2 du = - va 2 - u2 + - are sen - + C
2
a2
2
u
a
45•
f eosn udu= I eosn- 1 usen u+ -n-n -I
2
f eos" - 2 udu 68.
f u2va·
~- 2 11
u·du = - (2u 2 - a2)va 2 - u2 + -a are sen -u + C
r::;--;,
8
4
8 a
1
46. f tg'' udu = - - tg''- I u - f tg11 - 2 udu
n -1
69. f 7 du=Ja2-u2-a lnl ª + ~ l +c
41. f eotg'' u du = 2
n -1
eotg''- 1 u -! eotg''- 2 u du 70.
f
Ja2 -
u2
u2 1 r::;--;:; t1
du= - - va 2 - t12 - aresen - +C
u a
1
48. f see" udu = - - tgu see"-2 u + n -
2
f see"- 2 udu u2 du u r::;--;:;2 a2 u
71. - - - = - - v a2 - u + - are sen - + C
n- 1 n -1 f J 0 2 _ 11 2 2 2 a
49. f eossee" u du = 2
n-1
eotg u eossee"- 2 u + n -
n-
2
1
f eossee11 - 2 u dt1
72. ------,=d=u= = -~ln l-
ª -+ _J _a2_-_u_2 + C I
f u/a2 - u2 a u
sen(a - b)u sen(a + b)u
50. sen at1 sen bu d u = - - - - - --'---'- + C
f 2(a - b) 2(a+b) 73. du = --l- /a2 -u2+c
f u2 /a2 - u2 a 2u
sen(a - b)u sen(a + b)u
51. eos Qtl eos bu d u = - - - - + - - - - + e 4
f 2(a - b) 2(a+b)
f
11
74. (a2 - 11)
2 3/2 du =-- (2u 2 - 5a 2)va·
~ - u·+
2 -3a aresen-
u
+C
eos(a - b)u eos(a + b)t1 8 8 a
f __
52. sen at1eos bu d u = - - - - - - - - - +C
f 2(a - b) 2(a+b) d_u __ - _ _ u_ _ + e
75.
(a2 - u2)3/2 - a2/a2 - u2
53. f usen t1 du=sen u - ueosu+C
80. f ~
u2 -a2
= lnl u+Ju2 - a2 1+c
Formas trigonométricas inversas
2
u du u r::;--;:;
2 - a 2 + a2 ln 1u + J u2 - a2 + C
81. ~=
58. f aresen udu = t1are sen u + ~ + e f 2v u 2 1
du Ju 2 - a2
59. f areeos u du = uareeos u - ~ +e 82. - = = = - ~ - +e
f u2 Jt12 - a2 a2u
86.
f
Ja2+u2
- - - du
~
= va 2 +u 2 - la+Ja2+ 112 1
a ln - - - - +e
li u
11 1 J a2 + u2 J a2 + u2
66. f u" are tg u du = -1- [ u11 +1 are tg u - / - - du
11 + - ]
2 , n ;te - 1 87. du = - - - + ln(u+Ja2+u2)+c
n+ 1 1+ u f u2 u
88. f ~ = ln(u + J a2 + u2) + e 101. / 11
11
J a + bu du
a2 +u2
2
= b(2n + 3) [u"(a+bu)312 -nafu"- 1Ja+budu ]
u2 du u ~ ~ a2
89. f -=== = -va + u - - ln(u + va 2 + u2 ) + C
2 2
Ja2 + u2 2 2
udu 2
102. ~ =- 2 (bu - 2a)Ja+ bu +C
90. du 1 1Ja2+u2+al
------c===--ln - - - - +e
f "ª + bu 3b
f uJa2+u2 a u
103. ~ __ 2u11 Ja +bu _ 2na f 11 11 -l du
91. f du = Ja2
2
+ u2
+e
f Ja + bu b(2n + 1) b(2n + 1) J a + bu
u2Ja2 + u2 a u
104. f du = ~ln1 ,Jã+bii - fa J+c, ifa > O
fa Ja +bu + fa
92. f (a
2
+d\
u )
3/ 2 = a2 ~
a2 + 2
+e
11
uJa +bu
2 are tg
= v~ )ª-- a- + e,
+bu if a <O
-a
Formas envolvendo a + bu 105.
du
---= - Ja + bu
----- b(2n - 3) f
-- du
a(n -l )u 11 -l
f u11Ja+bu 2a(n -l) u11 -lJa+bu
udu 1
93. f a+ bu = b2 (a+ bu - a ln la + bul) + C
106.
f Ja + bu
- - du
u
= 2va~
+bu +a
f du
,Ja+ijü
u a +bu
u2 du
94.
f -- = -
a+ bu
1
2b3
2
[(a+bu) - 4a(a+bu)+2a
2
lnla+bu l] +C
107_ f Ja +2 bu du = _ Ja + bu + ~ f du
2
95. f du
u(a+bu)
= ~a lnl-11-1
a+bu
+e
u u uJa+bu
udu
au
a
a
1
u
108. f J2au - u2 du = u ; ª J2au - u2 + ª: are eos ( ª: u) + C
97. --- = - - - + -lnla+bu l+C
f (a+ bu) 2 b2(a + bu) b2
109. f uhau - u2du
98. f du 2
u(a + bu)
=
a(a
1
+ bu)
- _'._2
a
ln Ia +u bu 1 +e 2
2u - au - 3a r,:----;;
=-
2
- - - - v2au - u 2 + -a are eos - -u) + C
6 2
3
(ª - a
du J2au -u 2
100. f u./a + budu = ~ (3bu -2a)(a + bu) 312 + C 111. f ~ = = = - - - - + e
15b2 uJ2au - u 2 au
TEOREMAS FUNDAMENTAIS
Teorema do valor intermediário Teorema Fundamental do Cálculo, Parte 1
Sef (x) for contínua num intervalo fechado [a , b] ef (a)* f (b) en- Sejamf (x) contínua em [a, b] e F(x) uma antiderivada de f (x) em
tão, para cada valor M entref(a) ef(b), existe pelo menos um valor [a, b]. Então
e E (a, b) tal quef (e)= M.
Sef (x) for contínua num intervalo fechado [a, b], entãof (x) atinge Além disso, A(x) satisfaz a condição inicial A(a) = O.
tanto um valor máximo quanto um valor mínimo em [a, b]. Além
disso, se e E [a , b] ef (e) é um valor extremo (máximo ou mínimo),
então e é um ponto crítico ou, então, uma das extremidades a ou b.