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Matrícula: 211010735
Pode-se dizer que Elias estava interessado nas mudanças civilizatórias que
ocorreram nas estruturas sociais, a sociogênese, e de personalidade, a psicogênese.
Nesses processos temos o fortalecimento do Estado que toma para si o monopólio
da violência para que as pessoas deixem de usar a força física para resolução de
conflitos, cabendo somente essas prerrogativas de força legítima ao poder estatal
central. Nisso se tem a pacificação dos conflitos e a criação de uma sociedade
civilizada que é a definição do conceito de sociogênese. Porém parte da estrutura da
personalidade do indivíduo passa a corresponder a essa agência controladora e
temos assim além da pacificação social, uma incorporação psíquica de
comportamentos e condutas consideradas civilizadas que são bastante controladoras
quanto a funções corporais, desejos e emoções além gerarem uma padronização
totalmente inovadora dos indivíduos modernos e civilizados, nisso temos a construção
da psicogênese.
Para Elias o Estado teve papel central no processo civilizador por conta da sua
capacidade de retirar a violência do meio da sociedade e permitir que os conflitos
entre pessoas possam ser solucionados de formas legítimas baseando-se no direito,
no contrato social estabelecido e na própria justiça. Para ter essas capacidades o
Estado precisou tomar para si o monopólio da violência e legitimar essa violência,
para que houvesse após isso uma pacificação nas relações sociais entre os
indivíduos e se abrisse espaço para o processo civilizador seguir o seu caminho e
estabelecer laços civis e legítimos de relações sociais.