ARES, DEUS DA GUERRA: PERSPECTIVAS SOBRE SUA INTERPRETAÇÃO
NA LITERATURA E ICONOGRAFIA GREGAS ENTRE OS SÉCULOS VIII E
V A.C.
Matheus Medeiros Piquera*, Leandro Hecko**
Palavras-chave: Ares; Mitologia Grega; História Antiga; Literatura Clássica; Cerâmica
Grega Resumo: A Guerra é uma manifestação belicosa, político-social de caráter violento e de alta taxa de mortalidade, que se vê repetidamente presente, em inúmeros momentos do que se conhece como a História da humanidade. Tal aspecto aguerrido tão recorrente na História, por sua vez, foi muito presente nas sociedades antigas em diversas conjunturas, que diferem dos contextos nos quais entendemos a guerra em outros momentos da História. Para a sociedade grega, não somente importante era a guerra, mas também, um fato natural, um aspecto inerente de sua sociedade (SOUZA, 1988). Ares representava a guerra sanguinolenta, a violência desenfreada no campo de batalha, e seus epítetos, dados por Hesíodo são: “perfurador de escudos”; “destruidor de muralhas”. Tal representação comparada com as narrativas Homéricas na Ilíada, que por natureza violenta já inicia com a carnificina que Aquiles, o Pélida causa na Guerra de Tróia, pode indicar que o deus era venerado pelos diversos povos que compunham a região da Hélade, dado o caráter belígero desta civilização. Considerando este ponto de partida, investigamos em um conjunto de fontes (Homero, Hesíodo e vasos gregos) escritas e da cultura material, que ideias e imagens os textos e a iconografia construíam sobre o deus. A ideia final foi, ao fim da pesquisa, ter um repertório inicial de imagens do deus a partir das fontes propostas, pensando em uma pesquisa futura em que este material pudesse ser analisado de forma interpretativa.
* Iniciação Científica – graduando do curso de História, UFMS-CPTL (matheus.piquera@gmail.com)
** Orientador – doutor, docente do curso de História, UFMS-CPTL (Leandro.hecko@ufms.br)