EBOOK - Doenças de Notificação Compulsória

Doenças de Notificação Compulsória 1
Profª Juliana Mello
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DOENÇAS E AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA
As doenças e os agravos de notificação compulsória são tema altamente recorrente

nas provas. Contudo, antes de iniciarmos o estudo, conheça os dispositivos legais que versam
sobre este tema.
LEGISLAÇÃO DA NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA
LEI Nº 6.259, DE 30 DE DECRETO No 78.231, DE

OUTUBRO DE 1975 12 DE AGOSTO DE 1976.
Regulamenta a Lei nº 6.259, de 30 de outubro

Dispõe sobre a organização das ações de
de 1975, que dispõe sobre a organização das
Vigilância Epidemiológica, sobre o Programa
ações de Vigilância Epidemiológica, sobre o
Nacional de Imunizações, estabelece normas
Programa Nacional de Imunizações, estabelece
relativas à notificação compulsória de coenças,
normas relativas à notificação compulsória de
e dá outras providências.
doenças, e dá outras providências.
Lei nº 6.437, de 20 de agosto de 1977.
•Configura infrações à legislação sanitária federal, estabelece as sanções respectivas, e dá outras

providências.
Código Penal Brasileiro
Portaria do Ministério da Saúde de consolidação n° 4 de 2017
Portaria do Ministério da Saúde de consolidação n° 5 de 2017
Decreto Legislativo nº 395, de 2009

•Aprova o texto revisado do Regulamento Sanitário Internacional, acordado na 58ª Assembléia Geral
da Organização Mundialde Saúde, em 23 de maio de 2005.
Decreto nº 7.616, de 17 de novembro de 2011.

•Dispõe sobre a declaração de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional - ESPIN e
institui a Força Nacional do Sistema Único de Saúde - FN-SUS.
A Lei 6437/77 em seu artigo nº 10, inciso VI, afirma:
VI - deixar, aquele que tiver o dever legal de

fazê-lo, de notificar doença ou zoonose
transmissível ao homem, de acordo com o que Pena: advertência, e/ou multa;
disponham as normas legais ou regulamentares
vigentes
No Código Penal, temos o seguinte:
Omissão de notificação de doença
Capítulo III - Crimes contra a saúde pública
Art. 269 - Deixar o médico de denunciar à autoridade pública doença cuja notificação é compulsória:
Pena: detenção, de seis meses a dois anos, e multa
OBJETIVOS DA NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA
- Detectar casos e/ou surtos de doenças para a adoção de ações oportunas e custo-efetivas.
- Aumentar a sensibilidade na confirmação de doenças e agravos de notificação.
- Melhorar a oportunidade no diagnóstico, tratamento, notificação e instituição de medidas

epidemiológicas de controle em caso de doenças e agravos de notificação.
- Ampliar a definição etiológica das doenças.
- Detectar doenças emergentes e reemergentes.
- Fortalecer o sistema de vigilância epidemiológica local.
- Avaliar o impacto das medidas aplicadas.
LEI Nº 6.259, DE 30 DE OUTUBRO DE 1975.
O Ministério da Saúde, coordenará as ações relacionadas com o controle das doenças

transmissíveis, orientando sua execução inclusive quanto (Art 1º):
ao atendimento de
agravos coletivos à
à vigilância à aplicação da ao programa de
saúde, bem como os
epidemiológica notificação compulsória imunizações
decorrentes de
calamidade pública.
São de notificação compulsória às autoridades sanitárias os casos suspeitos ou

confirmados (Art 7º):
I - de doenças que podem implicar medidas de isolamento ou quarentena, de acordo com

o Regulamento Sanitário Internacional.
II - de doenças constantes de relação elaborada pelo Ministério da Saúde, para cada

Unidade da Federação, a ser atualizada periodicamente.
Na relação de doenças de doenças elaborada pelo Ministério da Saúde, será incluído

item para casos de "agravo inusitado à saúde” (§ 1º).
O Ministério da Saúde poderá exigir dos Serviços de Saúde a notificação negativa da

ocorrência de doenças constantes da relação de que tratam os itens I e II deste artigo (§ 2º).
LEI Nº 6.259, DE 30 DE OUTUBRO DE 1975.
É dever de todo cidadão comunicar à autoridade sanitária local sendo obrigatória a

médicos e outros profissionais de saúde no exercício da profissão, bem como aos
responsáveis por organizações e estabelecimentos públicos e particulares de saúde e
ensino a notificação de casos suspeitos ou confirmados das doenças relacionadas em
conformidade com o artigo 7º (Art 8º ).
A autoridade sanitária proporcionará as facilidades ao processo de notificação

compulsória, para que esta lei possa ser cumprida fielmente (Art 9º).
A notificação compulsória de casos de doenças e de agravos à saúde tem caráter

sigiloso, portanto os profissionais de saúde, médicos e responsáveis por organizações e
estabelecimentos públicos e particulares de saúde e ensino, ao realizarem a notificação,
devem manter o sigilo. O sigilo também deve ser observado pelas autoridades sanitárias que
tenham recebido a notificação e por todos os trabalhadores ou servidores que lidam com
dados da notificação (Art. 10).
A identificação do paciente de doenças de notificação compulsória, fora do âmbito

médico sanitário, somente poderá ocorrer, em caráter excepcional, quando no entendimento
da autoridade sanitária houver grande risco à comunidade e será procedida com

conhecimento prévio do paciente ou do seu responsável (Art. 10, parágrafo único).
Ao receber a notificação, a autoridade sanitária é obrigada a proceder à investigação

epidemiológica pertinente para elucidação do diagnóstico e averiguação da disseminação da
doença na população sob o risco (Art 11).
A autoridade poderá exigir e executar investigações, inquéritos e levantamentos

epidemiológicos junto a indivíduos e a grupos populacionais determinados, sempre que julgar
oportuno visando à proteção da saúde pública (Art. 11, parágrafo único).
CRITÉRIOS PARA INCLUSÃO DE UMA DOENÇA E AGRAVO NA LISTA DE NOTIFICAÇÃO

COMPULSÓRIA
Os parâmetros para a inclusão de doenças e agravos na lista de notificação compulsória

devem obedecer aos seguintes critérios (BRASIL, 2005):
Potencial de
Magnitude Transcendência
disseminação
Ocorrência de
Compromissos epidemias, surtos e
Vulnerabilidade agravos inusitados
internacionais
à saúde
MAGNITUDE – aplicável a doenças de elevada frequência, que afetam grandes

contingentes populacionais e se traduzem por altas taxas de incidência, prevalência,
mortalidade e anos potenciais de vida perdidos;
POTENCIAL DE DISSEMINAÇÃO – representado pelo elevado poder de transmissão da

doença, por meio de vetores ou outras fontes de infecção, colocando sob risco a saúde
coletiva.
TRANSCENDÊNCIA – expressa-se por: severidade (medida por taxas de letalidade, de

hospitalização e de sequelas); relevância social (avaliada, subjetivamente, pelo valor
imputado pela sociedade à ocorrência da doença e que se manifesta pela sensação de medo,
repulsa ou indignação); e relevância econômica (avaliada por prejuízos decorrentes de
restrições comerciais, redução da força de trabalho, absenteísmo escolar e laboral, etc.).
VULNERABILIDADE – medida pela disponibilidade concreta de instrumentos

específicos de prevenção e controle da doença, propiciando a atuação efetiva dos serviços de
saúde sobre os indivíduos e coletividades.
COMPROMISSOS INTERNACIONAIS – relativos ao cumprimento de metas continentais

ou mundiais de controle, de eliminação ou de erradicação de doenças, previstas em acordos
firmados pelo governo brasileiro com organismos internacionais.
OCORRÊNCIA DE EPIDEMIAS, SURTOS E AGRAVOS INUSITADOS À SAÚDE – são

situações em que se impõe a notificação imediata de todos os casos suspeitos, com o objetivo
de delimitar a área de ocorrência, elucidar o diagnóstico e deflagrar medidas de controle
aplicáveis.
No processo de seleção das doenças notificáveis, esses critérios devem ser

considerados em conjunto, embora o atendimento a apenas alguns deles possa ser suficiente
para incluir determinada doença.
UNIDADES SENTINELAS
No Brasil, utiliza-se com frequência as unidades de saúde sentinelas, que refere-se,

geralmente, aos hospitais que internam doenças infecciosas parasitárias e informam
diariamente, aos órgãos de vigilância, os seus internamento e atendimentos ambulatoriais.
Desse modo, detecta-se com rapidez as doenças que necessitam de atenção hospitalar, e
estão sob vigilância epidemiológica (BRASIL, 2002).
Exemplo de unidades de saúde sentinelas: Rede de unidades sentinelas que constitui

a base para a vigilância epidemiológica da Influenza, monitoramento e detecção precoce de surtos
de diarreias.
PORTARIA DE CONSOLIDAÇÃO DO SUS Nº 4 (CONTEXTUALIZAÇÃO)
A PRTC nº4 de 2047 consolida as normas sobre os sistemas e os subsistemas do Sistema

Único de Saúde (SUS) e é uma das referências mais atuais que temos sobre o tema em estudo.
Em relação à notificação compulsória, apresenta os seguintes conteúdos:
Conceitos da Portaria nº204/ 2016
Lista de doenças de notificação compulsória (referenciada pela versão mais atual, instituída
pela Portaria nº 3.418/2022)
Notificação compulsória da violência contra a mulher (Portaria nº 2.406/2004)
Relação das epizootia de notificação compulsória e suas diretrizes para notificação

(Portaria nº 782/ 2017)
Lista Nacional de Notificação Compulsória (anexo 1 do anexo V)
Anexo 2 - Ficha de notificação de violência contra a mulher
Anexo 3 - Doenças de notificação em animais
PORTARIA DE CONSOLIDAÇÃO N° 5 (CONTEXTUALIZAÇÃO)
A PRTC nº5 de 2017 consolida as normas sobre as ações e os serviços de saúde do

Sistema Único de Saúde (SUS). Sobre a notificação compulsória, temos o seguinte:
Da Lista Nacional de Doenças e Agravos a Serem Monitorados por meio da Estratégia

de Vigilância em Unidades Sentinelas e suas Diretrizes (Capítulo XIII - da vigilância
epidemiológica - seção I)
Esta Seção define a lista nacional de doenças e agravos, na forma do Anexo XLIII, a
serem monitorados por meio da estratégia de vigilância em unidades sentinelas e suas
diretrizes (Art. 320).
Para efeito desta Seção considera-se vigilância sentinela o modelo de vigilância

realizada a partir de estabelecimento de saúde estratégico para a vigilância de morbidade,
mortalidade ou agentes etiológicos de interesse para a saúde pública, com participação
facultativa, segundo norma técnica específica estabelecida pela Secretaria de Vigilância em
Saúde (SVS/MS) (Art. 321)
As autoridades de saúde garantirão o sigilo das informações pessoais integrantes da

notificação compulsória, que estejam sob sua responsabilidade, conforme preconiza a Lei nº
12.527, de 18 de novembro de 2011 (Art. 322).
As autoridades de saúde garantirão a divulgação atualizada dos dados públicos da

notificação compulsória para profissionais de saúde, órgãos de controle social e população
em geral (Art. 323).
A Portaria nº 204 de 17 de fevereiro de 2016 definiu, originalmente, a Lista Nacional

de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública nos serviços de
saúde públicos e privados em todo o território nacional. Entretanto, já passou por várias
atualizações recentes:
Portaria do MS nº 1.061/2020
• Revoga a Portaria nº 264, de 17 de fevereiro de 2020, e altera a Portaria de
Consolidação nº 4/GM/MS, de 28 de setembro de 2017, para incluir a doença
de Chagas crônica, na Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças,
agravos e eventos de saúde pública nos serviços de saúde públicos e privados
em todo o território nacional.
Portaria do MS nº 420/2022
• Altera o Anexo 1 do Anexo V à Portaria de Consolidação GM/MS nº 4, de 28 de
setembro de 2017, para incluir a síndrome congênita associada à infecção pelo
vírus Zika na Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e
eventos de saúde pública nos serviços de saúde públicos e privados em todo o
território nacional.
Portaria do MS nº 1.102/2022
• Altera o Anexo 1 do Anexo V à Portaria de Consolidação GM/MS nº 4, de 28 de
setembro de 2017, para incluir o Sars-CoV-2 no item da Síndrome Respiratória
Aguda Grave (SRAG) associada a coronavírus e incluir a covid-19, a Síndrome
Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P) associada à covid-19 e a
Síndrome Inflamatória Multissistêmica em Adultos (SIM-A) associada à covid-
19 na Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos
de saúde pública, nos serviços de saúde públicos e privados em todo o
território nacional.
A Portaria nº 3.418 de 31 de agosto de 2022, atualizou também a Lista Nacional de

Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública no âmbito do
Sistema Único de Saúde (SUS), com a inclusão da monkeypox (varíola dos macacos) na Lista
Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública, nos
serviços de saúde públicos e privados em todo o território nacional. Para estudar o tema de
forma mais atualizada, devemos utilizar a Portaria de Consolidação do SUS nº 4 de 2017.
Portaria do MS nº 204 de 2016
definiu originalmente a Lista Nacional de

Notificação Compulsória de doenças, agravos e
eventos de saúde pública nos serviços de saúde
públicos e privados em todo o território nacional
PORTARIA GM/MS Nº 3.418, DE

31 DE AGOSTO DE 2022
Altera o Anexo 1 do Anexo V à Portaria de Consolidação

GM/MS nº 4, de 28 de setembro de 2017, para incluir a
monkeypox (varíola dos macacos) na Lista Nacional de
Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de
saúde pública, nos serviços de saúde públicos e privados em
todo o território nacional.
PORTARIA DE CONSOLIDAÇÃO DO SUS

Nº 4
Antes de nos aprofundarmos no estudo, observe que a Lista de Notificação

compulsória não é dirigida somente aos serviços de saúde públicos (SUS), mas sim a todo os
serviços de saúde do território nacional, incluindo também as instituições privadas.
Quando falamos em notificação compulsória, naturalmente pensamos em doenças

que são notificáveis. Entretanto, a portaria também considera, para fins de notificação, os
agravos à saúde, bem como também os eventos de saúde pública. Calma, pois neste material
definiremos cada um destes termos.
Conceituando os termos para fins de notificação compulsória, temos (PRTC nº4 /2017,
Art. 2º):
Agravo: qualquer dano à integridade física ou mental do indivíduo, provocado por

circunstâncias nocivas.
Um acidente pessoal, por exemplo, é considerado um agravo com

potencial de causar dano à integridade física ou mental do indivíduo. Também
são exemplos de agravos à saúde as intoxicações por substâncias químicas, o
abuso de drogas, além de lesões decorrentes de violências interpessoais,
agressões por maus tratos (nesse sentido, a violência doméstica também é
considerada um agravo à saúde) e lesões autoprovocadas.
Doenças: Enfermidade ou estado clínico, independente de

origem ou fonte, que represente ou possa representar um dano significativo para os seres
humanos.
Diferentemente de agravo, neste tópico tratamos de condições clínicas que realmente

trarão problemas para a saúde humana.
Evento de saúde pública (ESP): situação que pode constituir potencial ameaça à saúde
pública.
Surtos ou epidemias de determinada doença são considerados eventos ameaçadores

à saúde pública. Por exemplo, a ocorrência de muitos casos confirmados de dengue em
pessoas residentes em um determinado bairro significa que aquele ambiente necessita de
uma investigação epidemiológica. Tal evento deve ser notificado. Outros exemplos incluem
doenças ou agravos de causa desconhecida, alteração no padrão clínico epidemiológico das
doenças que já são conhecidas (quando se nota um comportamento diferente de determinada
bactéria).
Por óbvio, considera-se também o potencial de disseminação, magnitude, gravidade,
severidade, transcendência e a vulnerabilidade dessas doenças, além das epizootias ou
agravos decorrentes de desastres ou acidentes (dependendo do caso, também são
considerados eventos de saúde pública).
Autoridades de Saúde – são o Ministério da Saúde e as Secretarias de Saúde dos

Estados, Distrito Federal e Municípios.
A portaria define quais são as autoridades competentes para receber as notificações

compulsórias, sendo o Ministério da Saúde o órgão maior. Para o recebimento das
notificações haverá um responsável pela vigilância em saúde tanto no Ministério quanto nas
secretarias de saúde estaduais e municipais.
Epizootia - Doença ou morte de um animal ou de grupo de animais que possa

apresentar riscos à saúde pública.
O conceito de Epizootia se aplica à doença que apenas ocasionalmente se encontra em
uma comunidade animal, mas que se dissemina com grande rapidez e apresenta grande
número de casos. Implica na ocorrência de um determinado evento em um número de
animais ao mesmo tempo e na mesma região, podendo levar ou não a morte.
Para fixar o que vimos até aqui:
CONCEITOS PARA FINS DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA
Evento de
Autoridades
Agravo Doença Epizootia saúde pública
de saúde
(ESP)
Qualquer dano à Ministério da Enfermidade ou

estado clínico, Doença ou morte
integridade física Saúde e as
independente de de animal ou de Situação que pode
ou mental do Secretarias de
origem ou fonte, que grupo de animais constituir
indivíduo, Saúde dos represente ou possa que possa potencial ameaça
provocado por Estados, Distrito representar um dano apresentar riscos à à saúde pública
circunstâncias Federal e significativo para os saúde pública.
nocivas Municípios seres humanos.
O QUE É NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA (PRTC Nº4 /2017, ART. 2º)?
A Notificação Compulsória é a comunicação obrigatória às autoridades de saúde

competentes, sobre a ocorrência de suspeita ou confirmação de doença, agravo ou evento
de saúde pública, podendo ser imediata ou semanal. Ela é realizada por médicos, profissionais
de saúde ou responsáveis pelos estabelecimentos de saúde, públicos ou privados.
Observe que a notificação compulsória é obrigatória, não opcional.

Os profissionais (médicos, profissionais de saúde ou responsáveis pelos
estabelecimentos de saúde) que se deparam com determinado caso que
envolve qualquer dos itens da lista nacional de doenças ou agravos a serem notificados, seja
suspeito ou confirmado, devem, obrigatoriamente, notificar as autoridades de saúde
competentes.
Obrigatória para os médicos, outros

profissionais de saúde ou responsáveis
pelos serviços públicos e privados de
saúde, que prestam assistência ao paciente
NOTIFICAÇÃO
COMPULSÓRIA Será realizada diante da suspeita ou
confirmação de doença ou agravo,
observando-se, também, as normas técnicas
estabelecidas pela SVS/MS.
De acordo com a natureza específica de cada doença ou agravo à saúde, a notificação

deve seguir um processo dinâmico, variável em função das mudanças no perfil
epidemiológico, dos resultados obtidos com as ações de controle e da disponibilidade de
novos conhecimentos científicos e tecnológicos (BRASIL, 2005).
As normas de notificação devem adequar-se, no tempo e no espaço, às características

de distribuição das doenças consideradas, ao conteúdo de informação requerido, aos critérios
de definição de casos, à periodicidade da transmissão dos dados, às modalidades de
notificação indicadas e à representatividade das fontes de notificação (BRASIL, 2005).
1. FAU UNICENTRO - CISOP – 2022 - É a comunicação oficial da ocorrência de determinada

doença ou agravo à saúde, feita às autoridades sanitárias, por profissionais de saúde ou
qualquer cidadão, para fins de adoção de medidas de intervenção pertinentes:
A) Alerta permanente.
B) Surto.
C) Epizootia.
D) Notificação compulsória.
E) Suspeita epidemiológica.
2. Objetiva Concursos - Prefeitura de Nova Hartz – 2022 - Considerando-se a Portaria de

Consolidação nº 4/2017, sobre a notificação compulsória de doenças, agravos e eventos de
saúde pública, numerar a 2ª coluna de acordo com a 1ª e, após, assinalar a alternativa que
apresenta a sequência CORRETA:
(1) Agravo.
(2) Doença.
(3) Notificação compulsória.
( ) Comunicação obrigatória à autoridade de saúde, realizada pelos médicos, profissionais de
saúde ou responsáveis pelos estabelecimentos de saúde, públicos ou privados, sobre a
ocorrência de suspeita ou confirmação de doença, agravo ou evento de saúde pública,
podendo ser imediata ou semanal.
( ) Qualquer dano à integridade física ou mental do indivíduo, provocado por circunstâncias
nocivas, tais como acidentes, intoxicações por substâncias químicas, abuso de drogas ou
lesões decorrentes de violências interpessoais, como agressões e maus tratos, e lesão
autoprovocada.
( ) Enfermidade ou estado clínico, independente de origem ou fonte, que represente ou possa
representar um dano significativo para os seres humanos.
A) 1 - 2 - 3.
B) 3 - 1 - 2.
C) 2 - 3 - 1.
D) 2 - 1 - 3.
Existem doenças que necessitam de notificação às autoridades competentes o mais rápido

possível, enquanto outras podem ser notificadas em um espaço maior de tempo. Por esse
motivo, existem dois tipos de notificação compulsória, a semanal e a imediata (PRTC Nº4
/2017, ART. 2º):
• Notificação Compulsória Imediata (NCI) - é realizada em até 24 (vinte e quatro) horas,

a partir do conhecimento da ocorrência de doença, agravo ou evento de saúde pública,
pelo meio de comunicação mais rápida disponível.
• Notificação Compulsória Semanal (NCS) – é realizada em até 7 (sete) dias, a partir do
conhecimento da ocorrência de doença ou agravo.
Notificação Compulsória
Comunicação obrigatória à Notificação Compulsória Imediata (NCI)
autoridade de saúde, Notificação Compulsória
realizada pelos médicos,
Notificação compulsória Semanal (NCS)
profissionais de saúde ou
responsáveis pelos realizada em até 24 (vinte
estabelecimentos de saúde, e quatro) horas, a partir Notificação compulsória
públicos ou privados, sobre a do conhecimento da realizada em até 7 (sete)
ocorrência de suspeita ou ocorrência de doença, dias, a partir do
confirmação de doença, agravo ou evento de saúde conhecimento da
agravo ou evento de saúde pública, pelo meio de ocorrência de doença ou
pública, podendo ser comunicação mais rápido agravo;
imediata ou semanal;
disponível;
Temos também a notificação compulsória negativa, realizada quando não ocorreram

casos notificáveis na unidade de saúde, em um período determinado.
Notificação compulsória negativa
é a comunicação semanal realizada pelo responsável pelo estabelecimento de saúde à autoridade

de saúde, informando que na semana epidemiológica não foi identificado nenhuma doença,
agravo ou evento de saúde pública constante da Lista de Notificação Compulsória.
3. COPESE/UFPI - Prefeitura de União – 2022 - Em relação à notificação compulsória, analise

as assertivas abaixo:
I. A notificação compulsória é a comunicação obrigatória à autoridade de saúde, realizada
pelos médicos, profissionais de saúde ou responsáveis pelos estabelecimentos de saúde
públicos, sobre a ocorrência de suspeita ou confirmação de doença, agravo ou evento de
saúde pública, podendo ser imediata ou semanal;
II. A notificação compulsória imediata é realizada em até 24 (vinte e quatro) horas, a partir do
conhecimento da ocorrência de doença, agravo ou evento de saúde pública, pelo meio de
comunicação mais rápida disponível;
III. A notificação compulsória semanal (NCS) é realizada em até 7 (sete) dias, a partir do
conhecimento da ocorrência de doença ou agravo;
IV. A notificação compulsória negativa é realizada semanalmente pelo responsável pelo
estabelecimento de saúde à autoridade de saúde, informando que, na semana
epidemiológica, não foram identificados nenhuma doença, agravo ou evento de saúde pública
constante da Lista de Notificação Compulsória.
Assinale a opção CORRETA:
A) Somente as assertivas I e II estão corretas.
B) Somente as assertivas I, II e III estão corretas.
C) Somente as assertivas I, III estão corretas.
D) Somente as assertivas II, III e IV estão corretas.
E) Todas as assertivas I, II, III e IV estão corretas.
O que a semana epidemiológica?

Atualmente, há um consenso internacional sobre um período de
tempo padrão para agrupar mortes e outros eventos epidemiológicos,
conhecido como semana epidemiológica. A divisão dos 365 dias do ano em 52 ou 53 semanas
epidemiológicas constitui o chamado calendário epidemiológico. Como exemplo prático: as
Unidades Básicas de Saúde (USB) podem receber da vigilância municipal um informativo com
as semanas epidemiológicas, que são na verdade as semanas do ano vigente numeradas. Esse
calendário serve como “lembrete” ao responsável pela UBS, para encaminhar semanalmente
à vigilância as notificações que foram realizadas ao longo da semana naquela unidade.
4. FAPEC - SES MS – 2022 - A atuação da enfermagem está relacionada aos diversos ramos
que envolvem controle de risco, promoção, prevenção e proteção da saúde, além de realizar
a fiscalização sanitária de qualquer produto, substância, processo ou serviço direta ou
indiretamente relacionado à saúde. Em relação às doenças de notificação compulsória, é
correto afirmar:
A) somente os casos confirmados devem ser notificados.
B) somente os casos com confirmação laboratorial devem ser notificados.
C) a notificação de casos suspeitos é fundamental para o controle de doenças.
D) somente os casos suspeitos devem ser notificados.
E) nenhum caso suspeito deve ser notificado antes da confirmação clínica.
A PRTC nº4 /2017, Art. 2º, também apresenta o conceito de Vigilância Sentinela.
A Vigilância Sentinela refere-se à utilização estratégica de um determinado

estabelecimento de saúde para monitorar a ocorrência de determinadas morbidades, ou seja,
doenças, mortalidade ou de agentes etiológicos que são de interesse para a saúde pública.
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É importante ressaltar que os profissionais responsáveis pela

notificação compulsória não são apenas os que trabalham no âmbito da
saúde pública, mas também aqueles que trabalham no setor privado. A
notificação compulsória é obrigatória para todas as instituições de saúde, inclusive as
privadas, após a suspeita ou confirmação de doença ou agravo constante no anexo da
portaria.
Os responsáveis por escolas públicas e privadas também podem realizar notificações

compulsórias, por exemplo, de agravos, eventos e situações notificáveis vivenciadas no
ambiente escolar. Professores da educação infantil, por exemplo, podem identificar crianças
com sinais de violência domiciliar e, havendo suspeita, o mesmo deverá notificar a autoridade
competente.
Laboratórios que realizam análises clínicas também podem realizar a notificação

compulsória. Por exemplo, se, no momento de uma análise clínica, o médico patologista ou
profissional analista identifica a confirmação de um caso de sífilis, o mesmo deve realizar a
notificação. Instituições de pesquisas também podem identificar muitos casos de doenças que
são de notificação compulsória.
Também, mas não menos importante, qualquer cidadão pode realizar a notificação
de doença, agravo ou evento de saúde pública de que tenha conhecimento.
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Comunicação de Será realizada pelos responsáveis por

estabelecimentos públicos ou privados
doença, agravo ou
educacionais, de cuidado coletivo, além de serviços
evento de saúde de hemoterapia, unidades laboratoriais e
pública de instituições de pesquisa.
notificação
compulsória à
autoridade de Pode ser realizada por qualquer cidadão que
saúde deles tenha conhecimento.
competentente
Com relação à notificação compulsória IMEDIATA, esta deverá ser realizada pelo
profissional que prestou o primeiro atendimento ao paciente. A autoridade de saúde que
receber o comunicado irá informar a ocorrência da doença em até vinte e quatro horas (24h)
do recebimento da informação às demais esferas de gestão do SUS.
Art. 4º A notificação compulsória imediata deve

ser realizada pelo profissional de saúde ou
responsável pelo serviço assistencial que prestar o
primeiro atendimento ao paciente, em até 24
(vinte e quatro) horas desse atendimento, pelo
meio mais rápido disponível.
Parágrafo único. A autoridade de saúde que

receber a notificação compulsória imediata
deverá informa-la, em até 24 (vinte e quatro)
horas desse recebimento, às demais esferas de
gestão do SUS, o conhecimento de qualquer uma
das doenças ou agravos constantes no Anexo 1
do Anexo V
A notificação compulsória SEMANAL sempre é direcionada à Secretaria de Saúde do

Município onde foi realizado o atendimento:
Art. 5º A notificação compulsória

semanal será feita à Secretaria de Parágrafo único. No Distrito
Saúde do Município do local de
Federal, a notificação será
atendimento do paciente com
suspeita ou confirmação de doença feita à Secretaria de Saúde do
ou agravo de notificação Distrito Federal.
compulsória.
Todas as notificações compulsórias, independentemente de serem imediatas ou

semanais, serão registradas no sistema de informação em saúde e seguirá o fluxo de
compartilhamento entre as esferas de gestão do SUS estabelecido pela Secretaria de
Vigilância de Saúde do Ministério da Saúde.
e seguirá o fluxo de
Art. 6º A notificação também será
compartilhamento
compulsória, registrada em
entre as esferas de
independente da sistema de
forma como gestão do SUS
informação em
realizada, estabelecido pela
saúde
SVS/MS.
O sistema mencionado chama-se SINAN (Sistema de

Informações de Agravos de Notificação), onde são lançadas
todas as informações relacionadas às notificações compulsórias
recebidas pelas esferas de gestão.
É importante destacarmos que:

notificação compulsória que estejam sob sua responsabilidade (Art. 7º).

notificação compulsória para profissionais de saúde, órgãos de controle social e
população em geral (Art. 8º).
A SVS/MS e as Secretarias de Saúde dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios

divulgarão, em endereço eletrônico oficial, o número de telefone, fax, endereço de e-mail
institucional ou formulário para notificação compulsória (Art. 9º).
A relação das doenças e agravos monitorados por meio da estratégia de vigilância em

unidades sentinelas e suas diretrizes constarão em ato específico do Ministro de Estado da
Saúde (Art. 10).
A relação das epizootias e suas diretrizes de notificação constarão em ato específico

do Ministro de Estado da Saúde (Art. 11).
5. UFES – 2022 - Notificação é a comunicação da ocorrência de determinada doença ou

agravo à saúde feita à vigilância epidemiológica, para fins de adoção de medidas de
intervenção pertinentes. Sobre notificação, é CORRETO afirmar:
A) A listagem das doenças de notificação é estabelecida pelo Ministério da Saúde. Os Estados

e Municípios não podem adicionar à lista de doenças de notificação outras patologias.
B) A notificação compulsória deve ser realizada exclusivamente por profissionais médicos dos
serviços públicos e privados de saúde, que prestam assistência ao paciente.
C) O único sistema que alimenta os dados da vigilância epidemiológica é o Sistema Nacional

de Agravos Notificáveis (Sinan).
D) A notificação não é sigilosa, pois a omissão dos dados pode gerar dificuldade de
rastreamentos dos casos e graves problemas à comunidade.
E) O envio dos instrumentos de coleta de notificação deve ser feito mesmo na ausência de
casos, configurando-se notificação negativa.
6. Objetiva Concursos - Prefeitura – 2021 - Em conformidade com a Portaria de Consolidação

nº 4/2017, sobre notificação compulsória, analisar a sentença abaixo:
A notificação compulsória é facultativa para os Médicos, outros profissionais de saúde ou

responsáveis pelos serviços públicos e privados de saúde que prestam assistência ao paciente
(1ª parte). A comunicação de doença, agravo ou evento de saúde pública de notificação
compulsória à autoridade de saúde competente não será realizada pelos responsáveis por
estabelecimentos privados educacionais, de cuidado coletivo, além de serviços de
hemoterapia, unidades laboratoriais e instituições de pesquisa (2ª parte).
A sentença está:
A) Totalmente correta. C) Correta somente em sua 2ª parte.
B) Correta somente em sua 1ª parte. D) Totalmente incorreta.
7. Objetiva Concursos - Prefeitura – 2020 - Em conformidade com a Portaria de Consolidação

nº 4/2017, sobre a Notificação Compulsória, marcar C para as afirmativas Certas, E para as
Erradas e, após, assinalar a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
( ) A comunicação de doença, agravo ou evento de saúde pública de notificação compulsória

à autoridade de saúde competente também será realizada pelos responsáveis por
estabelecimentos públicos ou privados educacionais, de cuidado coletivo, além de serviços de

hemoterapia, unidades laboratoriais e instituições de pesquisa.
( ) A notificação compulsória, independentemente da forma como for realizada, também será

registrada em sistema de informação em saúde e seguirá o fluxo de compartilhamento entre
as esferas de gestão do SUS, estabelecido pela SVS/MS.
A) C - C. C) C - E.
B) E - C. D) E - E.
8. IBFC - EBSERH – 2020 - A comunicação da ocorrência de determinada doença ou agravo à

saúde, feita à autoridade sanitária, para fins de adoção de medidas de intervenção
pertinentes é denominada notificação. Com relação a este procedimento, assinale a
alternativa correta.
A) A notificação deve ser realizada somente quando a suspeita for confirmada
B) A notificação está restrita à profissionais de saúde
C) Se não houver notificação da suspeita clínica pode traduzir a perda de oportunidade de

adoção das medidas de prevenção e controle indicadas
D) A notificação é pública sem restrições de divulgação fora do âmbito médico sanitário

principalmente em casos de risco para a comunidade
E) A notificação está restrita aos pacientes
9. AOCP / EBSERH/HUCAM-UFES / 2014 - A notificação da não-ocorrência de doenças de

notificação compulsória na área de abrangência da Unidade de Saúde é chamada de
A) notificação insuficiente. D) notificação negativa.
B) notificação divergente. E) notificação linear.
C) notificação obrigatória.
LISTA NACIONAL DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA
Especificaremos a seguir quais são as doenças de notificação compulsória semanal e

imediata apresentadas pela PRTC Nº4 /2017, Anexo 1 do Anexo V. Em nosso material,
abordamos a lista de forma organizada, separando os tipos de notificações (semanal e
imediata), o que facilitará seu estudo e compreensão do tema.
LISTA NACIONAL DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA SEMANAL

Veja, a seguir, quais são as doenças e agravos que devem ser notificados semanalmente
(em até 7 dias), às autoridades competentes – em todas as três esferas de gestão (Ministério
da Saúde - MS, Secretaria Estadual de Saúde - SES e Secretaria Municipal de Saúde - SMS), a
partir do conhecimento de sua ocorrência:
Notificação à autoridade policial

Notificação Lei 13.931/2019 imediata (em até e autoridades
Compulsória 24h) sanitárias
dos casos de
violência contra Portaria do MS nº Notificação
a mulher ao SINAN
204/2016 semanal
Antes da Lei 13.931/2019, a notificação compulsória dos casos de

violência contra a mulher era feita apenas para as autoridades sanitárias e
tinha por objetivo subsidiar a elaboração de políticas públicas de combate
à violência doméstica. Não havia obrigatoriedade de a Polícia ser notificada. Depois da Lei
13.931/2019, a notificação deve ser feita para as autoridades sanitárias e para a autoridade
policial a fim de que ela tome as providências cabíveis. Essa notificação para a autoridade
policial deverá ocorrer no prazo de até 24 horas.
Para compreender um pouco melhor:
• Acidente de trabalho com exposição a material biológico – Exemplo: acidente com

objeto perfurocortante.
• Dengue (casos) – observe que os casos suspeitos ou confirmados de dengue são de
notificação semanal. No caso de morte por dengue, a notificação deverá ser imediata.
• Doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ) - Essa é uma doença neurodegenerativa, causada
por príons, que são microrganismos que causam infecções no ser humano. Por esta
razão, possui importância para a saúde pública e é de notificação compulsória
semanal.
• Doença aguda pelo vírus Zika – observe que no caso da notificação semanal, não
estamos falando da ocorrência de Zika em gestantes (que é de notificação imediata),
mas sim da ocorrência da doença na forma aguda na comunidade em geral (exceto em
gestantes).
• Hepatites Virais - independentemente da forma de transmissão, seja por via sexual ou
por via oral fecal, também são de notificação semanal.
• Infecção pelo HIV/AIDS – observe que todos os casos de infecção pelo HIV com a AIDS
instalada são de notificação compulsória semanal.
• Infecção pelo HIV em gestantes, parturiente ou puérpera e criança exposta ao risco
de transmissão vertical do HIV: Trata-se dos casos em que a AIDS não está instalada.
São de notificação compulsória semanal.
10. Reis & Reis Auditores Associados - Prefeitura de Potim – 2022 - São doenças de
periodicidade de notificação compulsória semanal, exceto:
A) Acidente de trabalho com exposição a C) Leptospirose.

material biológico.
D) Hanseníase.
B) Doença de Chagas Crônica.
11. FUNDATEC - Prefeitura de Monte Belo do Sul – 2022 - A notificação compulsória é

obrigatória para médicos, outros profissionais de saúde ou responsáveis pelos serviços
públicos e privados de saúde que prestam assistência ao paciente. Ela será realizada diante
da suspeita ou confirmação de doença ou agravo (dano) em paciente. Assinale a alternativa
correta sobre algumas das doenças ou agravos de notificação compulsória semanal.
A) Raiva humana, óbito infantil e materno, casos de Dengue, Síndrome da Rubéola Congênita,
etc.
B) Acidente de trabalho com exposição a material biológico, casos de Dengue, Doença crônica
ou aguda de Chagas, etc.
C) Malária na região extra-amazônica, Leptospirose, Varicela – caso internado ou óbito, etc.
D) Febre Amarela, Hantavirose, Febre Tifoide, HIV, etc.
E) Difteria, Cólera, Botulismo, acidente por animal peçonhento, etc.
12. MetroCapital - Prefeitura de Nova Odessa – 2022 - De acordo com a Lista Nacional de
Notificação Compulsória de Doenças, Agravos e Eventos de Saúde Pública, assinale a
alternativa que apresenta uma doença, agravo ou evento de notificação compulsória
semanal:
A) Acidente de trabalho: grave, fatal e em D) Doença Invasiva por "Haemophilus

crianças e adolescentes. Influenza".
B) Acidente por animal peçonhento. E) Doença aguda pelo vírus Zika em

gestante.
C) Dengue – Casos.
LISTA NACIONAL DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA IMEDIATA

Diferentemente da forma que são apresentadas na portaria, aqui organizamos as
doenças e os agravos de Notificação Compulsória Imediata (realizadas em até 24 h) da
seguinte forma: as que serão enviadas apenas para a esfera municipal (Secretaria Municipal
de Saúde – SMS), as que serão realizadas para duas esferas de gestão – municipal e estadual
(Secretaria Municipal de Saúde – SMS e Secretaria Estadual de Saúde - SES) e as que serão
realizadas para as três esferas de gestão (União-Ministério da Saúde, estadual - SES e
municipal - SMS)
Primeiramente, veja as doenças que são de notificação compulsória imediata que
deverão ser comunicadas somente no nível da Secretaria Municipal de Saúde (SMS):
Em seguida, veja as doenças que são de notificação imediata para duas esferas de
gestão: Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e para a Secretaria Estadual de Saúde (SES):
Lembre-se que a doença aguda pelo vírus Zika é de notificação

imediata somente quando ocorre em gestantes ou em caso de óbitos.
Os demais casos são de notificação semanal.
13. ITAME - Prefeitura de Colinas do sul – 2020 - De acordo com a Portaria 264/2020, é
doença de notificação compulsória imediata:
A) Febre de Chikungunya.
B) Doença de Chagas Aguda.
C) Doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ).
D) Doença aguda pelo vírus Zika.
Por fim, veja a seguir as doenças de notificação compulsória imediata que devem ser
comunicadas às três esferas de gestão: Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Secretaria
Estadual de Saúde (SES) e Ministério da Saúde (MS).
Observe que a Dengue é de notificação imediata somente nos

casos de Óbitos. Os demais casos, são de notificação semanal.
14. UNESC - Prefeitura de Laguna – 2022 - Em uma Unidade Básica de Saúde do Município
foi atendido um paciente com suspeita de Tuberculose e outro paciente com diagnóstico de
Hanseníase confirmado. Com base nas diretrizes sobre notificação compulsória de doenças,
é CORRETO afirmar que:
A) As duas doenças devem ser notificadas em até 7 (sete) dias.
B) Apenas a Hanseníase deve ser notificada, pois a Tuberculose ainda não foi confirmada.
C) Apenas a Tuberculose é integrante da lista nacional de doenças de notificação compulsória.
D) As duas doenças devem ser notificadas em até 24 (vinte e quatro) horas.
E) Apenas um profissional médico poderá realizar a notificação das duas doenças.
15. Reis & Reis Auditores Associados - Prefeitura de Potim – 2022 - São doenças de
notificação compulsória Imediata (até 24 horas) para MS, SES e SMS, exceto:
A) Leishmaniose Tegumentar Americana.
B) Síndrome da Rubéola Congênita.
C) Hantavirose.
D) Febre Maculosa e outras Riquetisioses.
16. IBFC - Prefeitura de Contagem – 2022 - São doenças de notificação compulsória:
I. SARS-CoV; Botulismo; Doença de Chagas.
II. Síndrome de Rubéola Congênita, Febre Amarela.
III. Tularemia, Dengue; Sarampo; Influenza.
IV. Antraz, IAM, Chikungunya.
Estão corretas as afirmativas:
A) I, II e III apenas
B) I, II e IV apenas
C) I, II, III e IV
D) I apenas
17. FCC - TRT 23 – 2022 - Durante o turno da manhã, em uma unidade de saúde, foram
atendidos um caso de tentativa de suicídio, um caso de acidente de trabalho com exposição
a material biológico, um caso confirmado de dengue, um caso suspeito de febre por
Chikungunya, um caso de herpes zoster e um caso de sífilis em gestante. Nessa situação, a
enfermeira deve notificar a Secretaria Municipal de Saúde em até 24 horas o caso
A) confirmado de dengue.
B) confirmado de dengue e o caso suspeito de febre por Chikungunya.
C) de acidente de trabalho com exposição a material biológico.
D) confirmado de dengue, o caso de sífilis em gestante e o caso de herpes zoster.
E) de tentativa de suicídio.
18. AMEOSC - Prefeitura – 2022 - Com base nas doenças de notificação compulsória, assinale
a alternativa CORRETA que corresponde a um doença ou agravo com periodicidade de
notificação imediata (até 24 horas) para Ministério da Saúde.
A) Doença aguda pelo vírus Zika. C) Esquistossomose.
B) Botulismo. D) Doença de Creutzfeldt-Jakob.
19. Objetiva Concursos - Prefeitura de Simão Dias – 2022 - De acordo com a Portaria de
Consolidação nº 4/2017, é considerada uma doença ou agravo de notificação compulsória
imediata:
A) Botulismo.
B) Casos de dengue.
C) Doença aguda causada pelo vírus Zika.
D) Esquistossomose.
E) Hepatite viral.
20. VUNESP - ALE SP – 2022 - Devem ser notificados à Secretaria Municipal de Saúde, em até
24 horas, os casos de
A) tuberculose e hanseníase.
B) dengue e de doença aguda pelo vírus Zika.
C) hepatite A e infecção pelo HIV em gestante.
D) leptospirose e acidente do trabalho grave ou fatal.
E) sífilis adquirida e acidente de trabalho com exposição a material biológico.
21. AMEOSC - Prefeitura – 2021 - Em relação as doenças de notificação compulsória, assinale

a alternativa CORRETA que corresponde a uma doença que tem notificação imediata.
A) Tuberculose.
B) Coqueluche.
C) Hanseníase.
D) Hepatites virais.
22. Unifil - Prefeitura de Marechal Cândido Rondon – 2021 - Sobre a notificação compulsória
de doenças, analise as assertivas e assinale a alternativa correta.
I. A notificação compulsória é obrigatória para os médicos, outros profissionais de saúde ou

responsáveis pelos serviços públicos e privados de saúde, que prestam assistência ao
paciente.
II. A notificação compulsória será realizada mesmo diante da suspeita ou confirmação de

doença ou agravo.
III. As doenças exantemáticas sarampo, rubéola e caxumba fazem parte da lista de doenças
de notificação compulsória imediata.
A) Apenas I e III estão corretas. C) Apenas II e III estão corretas.
B) Apenas I e II estão corretas. D) Todas estão corretas.
23. Fundação CEFETMINAS - Prefeitura de Bela Vista de Minas – 2021 - É correto afirmar que
a doença cuja notificação compulsória imediata deve ser realizada em até 24 (vinte e quatro)
horas é a
A) hepatite. C) HIV/AIDS.
B) rubéola. D) leishmaniose.
24. Avança SP - Prefeitura de Laranjal Paulista – 2021 - Assinale a alternativa que NÃO
apresenta uma doença de notificação compulsória:
A) Cólera. D) Difteria.
B) Eclampsia tipo L3. E) Síndrome da Paralisia Flácida Aguda.
C) Coqueluche.
25. IBFC - SEAP PR - Agente Profissional – 2021 - _____ são doenças que constam na Lista
Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública nos
serviços de saúde públicos e privados em todo o território nacional, sendo a periodicidade
de notificação imediata (até 24 horas) para Ministério da Saúde, Secretaria Estadual de
Saúde e Secretaria Municipal de Saúde.
Assinale a alternativa que preencha corretamente a lacuna.
A) Hepatites virais, Tétano e Síndrome da Imunodeficiência Adquirida
B) Febre Amarela e Doenças exantemáticas: Sarampo e Rubéola
C) Raiva humana, Leishmaniose Visceral e Infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana

(HIV)
D) Tuberculose, Toxoplasmose e Varicela
E) Doença de Chagas Crônica, Sífilis e Rubéola Congênita
26. IPEFAE - Prefeitura de Águas da Prata – 2021 - Ainda sobre a Notificação Compulsória de
doenças, agravos e eventos de saúde pública, assinale a alternativa correta:
A) Violência doméstica, violência sexual e tentativa de suicídio são agravos de notificação

compulsória, sendo que a violência doméstica tem periodicidade de notificação semanal, e a
violência sexual e a tentativa de suicídio tem periodicidade de notificação imediata.
B) A Intoxicação Exógena (por substâncias químicas, incluindo agrotóxicos, gases tóxicos e

metais pesados) são agravos de notificação compulsória imediata.
C) A notificação compulsória é realizada apenas diante da confirmação de doença ou agravo,

sendo obrigatória para os médicos, outros profissionais de saúde ou responsáveis pelos
serviços públicos e privados de saúde, que prestam assistência ao paciente.
D) A notificação compulsória imediata deve ser realizada em até duas horas, a partir do
conhecimento da ocorrência de doença, agravo ou evento de saúde pública, pelo meio de
comunicação mais rápido disponível.
27. Unioeste - Prefeitura de Garuva – 2021 - Em relação às doenças de notificação

compulsória, qual das doenças listadas nas alternativas a seguir não é uma doença de
notificação compulsória no território Nacional?
A) Dengue. D) Novo Coronavírus.
B) Coqueluche. E) Hanseníase.
C) Hipertensão Arterial Sistêmica.
28. OMNI - Prefeitura de Lençóis Paulistas – 2021 - Assinale abaixo a doença, agravo ou
evento de saúde publica que esta na lista de notificação compulsória:
A) Acidente Vascular Cerebral. C) Tuberculose
B) Pneumonia. D) Acidente de Trânsito
29. Avança SP - Prefeitura de Laranjal Paulista – 2021 - No tocante às doenças de notificação

compulsória, julgue os itens a seguir e, ao final, assinale a alternativa correta:
I – Botulismo: notificação imediata.
II – Febre amarela: notificação semanal.
III – Febre maculosa: notificação semanal.
A) Apenas o item I é verdadeiro.
B) Apenas o item II é verdadeiro.
C) Apenas o item III é verdadeiro.
D) Apenas os itens II e III são verdadeiros.
E) Todos os itens são verdadeiros.
30. FEPESE - Prefeitura de Balneário Camboriú – 2021 - São doenças consideradas de

notificação compulsória:
A) HIV, Diabetes, Câncer em geral e Hanseníase.
B) HIV/AIDS, Doença de Chagas, febre amarela e Doença aguda pelo vírus Zika.
C) Febre amarela, Tétano, Doença aguda pelo vírus Zika e Hipertensão.
D) Raiva humana, Coqueluche, Meningites e Câncer em geral.
E) Sarampo, Caxumba, Rubéola, Hepatite B e Infecções causadas pelo Haemophilus

influenzae.
31. OMNI - Prefeitura da Estância de Salesópolis – 2021 - Qual dos agravos abaixo, com base
na Portaria 264/2020, NÃO é de notificação compulsória semanal:
A) Infecção pelo HIV em gestante, parturiente ou puérpera e Criança exposta ao risco de

transmissão vertical do HIV.
B) Sífilis na gestante.
C) Óbito materno.
D) Violência sexual e tentativa de suicídio.
32. IPEFAE - Prefeitura de Águas da Prata – 2021 - A Portaria Nº 204, de 17 de fevereiro de

2016, do Ministério da Saúde, define a Lista Nacional de Notificação Compulsória de
doenças, agravos e eventos de saúde pública nos serviços de saúde públicos e privados em
todo o território nacional. Analise as doenças e/ou agravos abaixo, de acordo com a
periodicidade da notificação, e coloque I para Imediata e S para Semanal.
( ) Acidente de trabalho com exposição a material biológico
( ) Hanseníase
( ) Botulismo
( ) Cólera
( ) Malária na região extra amazônica
Assinale a alternativa com a sequência correta:
A) I, I, I, S, S
B) S, S, I, I, I
C) S, I, I, S, I
D) I, S, S, S, S
33. FEPESE - Prefeitura de Balneário Camboriú – 2021 - Acerca das doenças de notificação
compulsória, é correto afirmar:
A) São consideradas doenças ou agravos de notificação compulsória Dengue, Febre Amarela,

Hanseníase e Leptospirose.
B) A Doença de Chagas não é considerada uma doença de notificação compulsória uma vez
que sua ocorrência ocorre em locais específicos do Brasil e não é infectocontagiosa.
C) As doenças de notificação compulsória apenas podem ser notificadas pelo profissional

médico, considerando que é ele quem faz o diagnóstico.
D) As doenças de notificação compulsória podem ser notificadas até 30 dias após a

identificação.
E) Acidente por animal peçonhento, violência doméstica e acidente de trabalho com

exposição a material biológico não estão na Lista Nacional de Notificação Compulsória de
doenças, agravos e eventos de saúde pública.
34. Instituto AOCP - Prefeitura de Recife - Enfermeiro – 2020 - A notificação compulsória

consiste na comunicação obrigatória à autoridade de saúde sobre a ocorrência de suspeita
ou confirmação de doença, agravo ou evento de saúde pública. Referente ao assunto,
assinale a alternativa correta.
A) A comunicação de doença, agravo ou evento de saúde pública de notificação compulsória

somente poderá ser realizada à autoridade de saúde por profissionais de saúde especializados
que atuam no seguimento.
B) A notificação compulsória imediata deve ser realizada pelo profissional de saúde ou

responsável pelo serviço assistencial que prestar o primeiro atendimento ao paciente, em até
72 (setenta e duas) horas desse atendimento.
C) A comunicação de doença, agravo ou evento de saúde pública de notificação compulsória

pode ser realizada à autoridade de saúde por qualquer cidadão que deles tenha
conhecimento.
D) A autoridade de saúde que receber a notificação compulsória imediata deverá informar,

em até 72 (setenta e duas) horas desse recebimento, às demais esferas de gestão do SUS, o
conhecimento de qualquer uma das doenças ou agravos.
E) A notificação compulsória semanal de todos os municípios brasileiros será encaminhada à

Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro, com uma lista de todas as suspeitas ou confirmações
de doenças ou agravos de notificação compulsória, a qual alimentará o sistema de notificação
bimestral da Fundação Oswaldo Cruz.
RELAÇÃO DAS EPIZOOTIA DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA E SUAS DIRETRIZES PARA

NOTIFICAÇÃO (PRTC nº4/2017)
Este Capítulo define a relação das epizootias de notificação compulsória e suas

diretrizes para notificação em todo o território nacional (Art. 17).
A comunicação de doença, agravo ou evento de saúde pública de notificação

compulsória à autoridade de saúde competente será realizada por profissionais de saúde ou
responsáveis pelos serviços públicos e privados de saúde, além de estabelecimentos públicos

ou privados educacionais, unidades laboratoriais e instituições de pesquisa (Art. 18).
A comunicação de doença, agravo ou evento de saúde pública de notificação

compulsória pode ser realizada à autoridade de saúde por qualquer cidadão que deles tenha
conhecimento ou por estabelecimentos públicos ou privados relacionados ao manejo de
animais, na forma do Anexo 3 do Anexo V (Art. 18, parágrafo único)

notificação compulsória para profissionais de saúde, órgãos de controle social e população em
geral (Art. 19)
A SVS/MS, as Secretarias de Saúde dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios

institucional ou formulário para notificação compulsória (Art. 20).
A SVS/MS publicará normas complementares relativas aos fluxos, prazos,

instrumentos, definições de casos suspeitos e confirmados, funcionamento dos sistemas de
informação em saúde e demais orientações técnicas para o cumprimento e operacionalização
deste Capítulo (Art. 21).
DOENÇA OU AGRAVO EM ANIMAIS
I. Lista das doenças de notificação compulsória imediata, com base na

vigilância animal:
• 1. Febre Amarela
• 2. Raiva
• 3. Febre do Nilo Ocidental
• 4. Outras arboviroses de importância em saúde pública (Encefalomielite Equina do Oeste, do Leste e
Venezuelana, Oropouche, Mayaro)
• 5. Peste
• 6. Influenza
II. Eventos de saúde pública (ESP), Epizootias de notificação

compulsória imediata:
1. Morte de primatas não humanos

2. Morte ou adoecimento de cães e gatos com sintomatologia neurológica
3. Morte de aves silvestres
4. Morte ou adoecimento de equídeos com sintomatologia neurológica
5. Morte de canídeos silvestres
6. Morte de quirópteros em áreas urbanas
7. Morte de roedores silvestres em áreas de ocorrência de peste
8. Morte de animais silvestres sem causa conhecida
35. CETREDE - Prefeitura de Juazeiro do Norte – 2019 - Em relação as epizootias de

notificação compulsória e suas diretrizes para notificação em todo o território nacional,
assinale a alternativa CORRETA.
A) Estabelecimentos públicos ou privados educacionais podem fazer a comunicação de

doença, agravo ou evento de saúde pública de notificação compulsória à autoridade de saúde
competente.
B) As autoridades de saúde não podem garantir a divulgação atualizada dos dados públicos da
notificação compulsória para a população em geral, pois são dados de uso dos profissionais
de saúde e órgãos de controle social.
C) Respeitando seus contextos sociais, cabe aos Estados a publicação de normas

complementares relativas aos fluxos, prazos, instrumentos, definições de casos suspeitos e
confirmados.
D) Estados que não apresentarem casos de epizootias por período de um ano, igualmente
prorrogável, deverão receber apoio financeiro do governo federal para continuarem com as
ações de prevenção.
E) A eutanásia de animais infectados é a principal recomendação do Ministério da Saúde para

melhor manejo dos casos.
LISTA NACIONAL DE DOENÇAS E AGRAVOS A SEREM MONITORADOS POR MEIO DA

ESTRATÉGIA DE VIGILÂNCIA EM UNIDADES SENTINELAS E SUAS DIRETRIZES (PRTC Nº5/2017)
Esta Seção define a lista nacional de doenças e agravos, na forma do Anexo XLIII , a
serem monitorados por meio da estratégia de vigilância em unidades sentinelas e suas
diretrizes (Art. 320).
Para efeito desta Seção considera-se vigilância sentinela o modelo de vigilância

realizada a partir de estabelecimento de saúde estratégico para a vigilância de morbidade,
mortalidade ou agentes etiológicos de interesse para a saúde pública, com participação
facultativa, segundo norma técnica específica estabelecida pela Secretaria de Vigilância em
Saúde (SVS/MS) (Art. 321).

notificação compulsória, que estejam sob sua responsabilidade, conforme preconiza a Lei nº
12.527, de 18 de novembro de 2011 (Art. 322).

notificação compulsória para profissionais de saúde, órgãos de controle social e população em
geral (Art. 323).
A SVS/MS, as Secretarias de Saúde dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios

institucional ou formulário para notificação compulsória (Art. 324).
Lista Nacional de Doenças e Agravos a serem monitorados pela Estratégia de Vigilância

Sentinela
I. Vigilância em Saúde do Trabalhador

• 1 - Câncer relacionado
• 2 - Dermatose ocupacionais
• 3 - Lesões por Esforços Repetitivos/ Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho
(LER/DORT)
• 4 - Perda Auditiva Induzida por Ruído - PAIR relacionada ao trabalho
• 5 - Pneumoconioses relacionadas ao trabalho
• 6 - Transtornos mentais relacionados ao trabalho
II. Vigilância de doenças de transmissão respiratória

• 1 - Doença pneumocócica invasiva
• 2 - Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG)
• 3 - Síndrome Gripal (SG)
III. Vigilância de doenças de transmissão hídrica e/ou alimentar
• 1 - Rotavírus
• 2 - Doença Diarreica Aguda
• 3 - Síndrome Hemolítica Urêmica
IV. Vigilância de doenças sexualmente transmissíveis
• 1 - Síndrome de Corrimento Uretral Masculino
V. Síndrome neurológica pós infecção febril exantemática
O QUE SÃO OS BOLETINS EPIDEMIOLÓGICOS?
O Boletim Epidemiológico, editado pela Secretaria de Vigilância em Saúde, é uma

publicação de caráter técnico-científico, acesso livre, formato eletrônico com periodicidade
mensal e semanal para os casos de monitoramento e investigação de doenças específicas
sazonais. Ele se configura como instrumento de vigilância para promover a disseminação de
informações relevantes qualificadas, com potencial para contribuir com a orientação de ações
em Saúde Pública no país.
No Boletim Epidemiológico são publicadas descrições de monitoramento de eventos
e doenças com potencial para desencadear emergência de Saúde Pública; análises da
situação epidemiológica de doenças e agravos de responsabilidade da SVS; relatos de
investigação de surtos e de outros temas de interesse da Vigilância em Saúde para o Brasil.
GABARITO DAS QUESTÕES
1. D 19.A
2. B 20.D
3. E 21.B
4. C 22.B
5. E 23.B
6. D 24.B
7. A 25.B
8. C 26.A
9. D 27.C
10.C 28.C
11.B 29.A
12.C 30.B
13.B 31.D
14.A 32.B
15.A 33.A
16.A 34.C
17.E 35.A
18.B
DOENÇAS DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA
46
REFERÊNCIAS
• Decreto nº 78.231, de 12 de agosto de 1976 - Lei nº 6.259, de 30 de outubro de 1975

• Brasil. Fundação Nacional de Saúde. Guia de vigilância epidemiológica / Fundação
Nacional de Saúde. 5. ed. Brasília: FUNASA, 2002.
• Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Guia de vigilância
epidemiológica / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. – 6. ed. –
Brasília: Ministério da Saúde, 2005.
• Ministério da Saúde. Portaria nº 204, de 17 de fevereiro de 2016.
• Ministério da Saúde. Portaria de Consolidação GM/MS nº 4, de 28 de setembro de

2017
• Ministério da Saúde. Portaria de Consolidação GM/MS nº 5, de 28 de setembro de
2017
• ROUQUAYROL, M.Z. Epidemiologia & Saúde. 8 ed. Rio de Janeiro: Medbook, 2018.
• Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de
Articulação Estratégica de Vigilância em Saúde. Guia de Vigilância em Saúde [recurso
eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de
Articulação Estratégica de Vigilância em Saúde. – 5. ed. rev. e atual. – Brasília:
Ministério da Saúde, 2022
DOENÇAS DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA
47

EBOOK - Doenças de Notificação Compulsória

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Doenças de Notificação Compulsória 1

Profª Juliana Mello

DOENÇAS E AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA

As doenças e os agravos de notificação compulsória são tema altamente recorrente

LEGISLAÇÃO DA NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA

LEI Nº 6.259, DE 30 DE DECRETO No 78.231, DE

Regulamenta a Lei nº 6.259, de 30 de outubro

Lei nº 6.437, de 20 de agosto de 1977.

•Configura infrações à legislação sanitária federal, estabelece as sanções respectivas, e dá outras

Código Penal Brasileiro

Portaria do Ministério da Saúde de consolidação n° 4 de 2017

Portaria do Ministério da Saúde de consolidação n° 5 de 2017

Decreto Legislativo nº 395, de 2009

Decreto nº 7.616, de 17 de novembro de 2011.

A Lei 6437/77 em seu artigo nº 10, inciso VI, afirma:

VI - deixar, aquele que tiver o dever legal de

No Código Penal, temos o seguinte:

Omissão de notificação de doença

Capítulo III - Crimes contra a saúde pública

Pena: detenção, de seis meses a dois anos, e multa

OBJETIVOS DA NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA

- Aumentar a sensibilidade na confirmação de doenças e agravos de notificação.

- Melhorar a oportunidade no diagnóstico, tratamento, notificação e instituição de medidas

- Ampliar a definição etiológica das doenças.

- Detectar doenças emergentes e reemergentes.

- Fortalecer o sistema de vigilância epidemiológica local.

- Avaliar o impacto das medidas aplicadas.

LEI Nº 6.259, DE 30 DE OUTUBRO DE 1975.

O Ministério da Saúde, coordenará as ações relacionadas com o controle das doenças

São de notificação compulsória às autoridades sanitárias os casos suspeitos ou

I - de doenças que podem implicar medidas de isolamento ou quarentena, de acordo com

II - de doenças constantes de relação elaborada pelo Ministério da Saúde, para cada

Na relação de doenças de doenças elaborada pelo Ministério da Saúde, será incluído

O Ministério da Saúde poderá exigir dos Serviços de Saúde a notificação negativa da

LEI Nº 6.259, DE 30 DE OUTUBRO DE 1975.

É dever de todo cidadão comunicar à autoridade sanitária local sendo obrigatória a

A autoridade sanitária proporcionará as facilidades ao processo de notificação

A notificação compulsória de casos de doenças e de agravos à saúde tem caráter

A identificação do paciente de doenças de notificação compulsória, fora do âmbito

da autoridade sanitária houver grande risco à comunidade e será procedida com

Ao receber a notificação, a autoridade sanitária é obrigada a proceder à investigação

A autoridade poderá exigir e executar investigações, inquéritos e levantamentos

CRITÉRIOS PARA INCLUSÃO DE UMA DOENÇA E AGRAVO NA LISTA DE NOTIFICAÇÃO

Os parâmetros para a inclusão de doenças e agravos na lista de notificação compulsória

MAGNITUDE – aplicável a doenças de elevada frequência, que afetam grandes

POTENCIAL DE DISSEMINAÇÃO – representado pelo elevado poder de transmissão da

TRANSCENDÊNCIA – expressa-se por: severidade (medida por taxas de letalidade, de

VULNERABILIDADE – medida pela disponibilidade concreta de instrumentos

COMPROMISSOS INTERNACIONAIS – relativos ao cumprimento de metas continentais

OCORRÊNCIA DE EPIDEMIAS, SURTOS E AGRAVOS INUSITADOS À SAÚDE – são

No processo de seleção das doenças notificáveis, esses critérios devem ser

No Brasil, utiliza-se com frequência as unidades de saúde sentinelas, que refere-se,

Exemplo de unidades de saúde sentinelas: Rede de unidades sentinelas que constitui

PORTARIA DE CONSOLIDAÇÃO DO SUS Nº 4 (CONTEXTUALIZAÇÃO)

A PRTC nº4 de 2047 consolida as normas sobre os sistemas e os subsistemas do Sistema

Conceitos da Portaria nº204/ 2016

Notificação compulsória da violência contra a mulher (Portaria nº 2.406/2004)

Relação das epizootia de notificação compulsória e suas diretrizes para notificação

Lista Nacional de Notificação Compulsória (anexo 1 do anexo V)

Anexo 2 - Ficha de notificação de violência contra a mulher

Anexo 3 - Doenças de notificação em animais

PORTARIA DE CONSOLIDAÇÃO N° 5 (CONTEXTUALIZAÇÃO)

A PRTC nº5 de 2017 consolida as normas sobre as ações e os serviços de saúde do

Da Lista Nacional de Doenças e Agravos a Serem Monitorados por meio da Estratégia