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CURSO DE
GESTÃO ESPORTIVA
Aluno:
AN02FREV001/REV 4.0
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CURSO DE
GESTÃO ESPORTIVA
MÓDULO II
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5 FUNDAMENTOS DA CONTABILIDADE
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patrimônio, em função das diversas atividades que a organização realiza nesse
mercado, com o intuito de buscar os seus objetivos.
Portanto, a contabilidade é o órgão que explicita aos fornecedores, bancos,
governos, sindicatos, investidores, concorrentes, entre outros, todos os fatos que
acontecem na mesma na realização de suas atividades empresarias e as
consequências dessas ações no negócio da mesma e de todo esse ambiente geral,
como é exposto pela Figura 10.
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empresa possui e utiliza em suas atividades empresariais, sendo classificados em
tangíveis e intangíveis.
Os bens tangíveis envolvem todos os equipamentos, máquinas, produtos,
embalagens, construções, veículos, entre outros, sendo bens tangíveis aqueles que
são bens materiais, como as máquinas, veículos, equipamentos, etc. e bens
intangíveis são aqueles subjetivos, abstratos, mas que exercem importante influência
no processo empresarial das organizações, como as marcas, patentes, etc.
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como pagamento pelos mesmos um cheque pré-datado para 30 dias, ou seja, o
cliente comprou as mercadorias e pagou com um cheque, mas o valor financeiro
exposto pelo mesmo só poderá ser utilizado pela organização esportiva que vendeu
as mercadorias no dia exposto no cheque, daqui a 30 dias.
Dessa maneira, a organização esportiva que vendeu os produtos possui o
direito de ter o cheque em suas mãos no momento da venda, mas de usufruir desse
direito no tempo futuro de 30 dias. Desse modo, ao passar-se os 30 dias, o cheque é
descontado e a organização esportiva terá o dinheiro em suas mãos, que passa a
ser um bem, e a empresa destinará da melhor maneira que acredita.
Por outro lado, as obrigações são todos os compromissos que uma
organização esportiva, ou outro tipo de organização, possui com os seus
fornecedores, principalmente, e com outros atores, como o governo, clientes, etc.
Desse modo, as obrigações são todos os compromissos financeiros que a
organização esportiva necessita pagar, ou desembolsar os seus recursos, no
cumprimento de seus deveres pelos atos que forem realizados no seu processo
empresarial de negócios para que consiga obter os seus objetivos.
Por exemplo, se uma empresa é fabricante de pães e adquire farinha de
trigo de um fornecedor, além de ter alguns funcionários que fabricam os pães, entre
outros aspectos, a empresa necessita pagar ao fornecedor pela farinha adquirida, ou
seja, a empresa compra a farinha de trigo do seu fornecedor e precisa pagar-lhe em
dinheiro pelo produto, assim como necessita pagar o salário e demais encargos aos
seus funcionários, bem como o pagamento de impostos ao governo, etc.
Nesse contexto, todos esses pagamentos constituem as obrigações da
empresa, que podem ser à vista ou a prazo, podendo ainda ser no curto, médio ou
longo prazos, bem como serem pagamento completos ou parcelados.
Após estas explicações, pode-se expor o contexto como esses princípios
são tratados no escopo da contabilidade, ou seja, a contabilidade define os bens,
direitos e obrigações como sendo todos os componentes que formam o seu
patrimônio. Dessa maneira, todas as alterações que modifiquem esse patrimônio
são objetos de estudo da contabilidade. Nesse contexto, os bens e direitos são
classificados pela contabilidade como sendo os ativos da organização esportiva, ou
seja, todos os bens e direitos que a mesma possui em determinado período de
tempo são os seus ativos.
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Por outro lado, todas as obrigações que a mesma possui, sejam para
realizar-se no curto, médio ou longo prazos, são chamados de passivo.
Outro componente surge nessa análise, que é o patrimônio líquido, que
consta de alguns valores específicos como o capital subscrito, que é o capital que
inicia uma organização esportiva, além de lucros ou prejuízos acumulados, reservas
de capital, entre outros.
Assim sendo, o patrimônio da empresa consta da união do ativo, passivo e
patrimônio líquido, como é exposto na Figura 12:
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Dessa forma, para os efeitos de contabilizações, deve-se seguir a orientação
exposta pelo gráfico, onde os valores totais do ativo necessitam ser balanceados
com os valores totais do passivo e patrimônio líquido, ou seja, a soma de passivo
total e patrimônio líquido total necessita ser o mesmo valor do ativo total.
Dentro desse contexto, existem diversos componentes para os ativos,
passivos e patrimônio líquido, que são descritos a seguir:
1) ativo circulante – são os componentes do ativo que serão utilizados no
curto prazo, ou seja, dentro do respectivo ano-fiscal e serão transformados
em dinheiro. Podem ser subdivididos em ativo circulante disponível (onde
estão o caixa da empresa, as contas em bancos, por exemplo), realizável
em curto prazo (são os direitos que a empresa irá receber no curto prazo,
como duplicatas e cheques pré-datados) e estoques (que representam os
produtos que estão sendo armazenados pela empresa para uso em algum
momento futuro);
2) ativo realizável a longo prazo – esse item do ativo diz respeito a todos
os direitos que a empresa irá receber no médio e longo prazos, ou seja,
após o ano fiscal em destaque, como por exemplo, duplicatas a receber com
mais de um ano de prazo;
3) ativo permanente – é o componente do ativo que corresponde aos bens
que são fixos, sendo subdivididos em ativo permanente investimentos (que
compreendem os investimentos que os donos ou acionistas realizam na
empresa) e o ativo permanente imobilizados (que são os bens materiais
imóveis e moveis, como construções, veículos, maquinas, equipamentos,
entre outros).
Da mesma forma, para o grupo de contas do passivo, também existem
alguns constituintes desse grupo de obrigações, que são classificados em:
1) passivo circulante – é o componente do passivo formado por todas as
obrigações com prazo de vencimento dentro do ano fiscal em destaque, ou
seja, dentro do ano que se está analisando e construindo a contabilidade;
2) passivo exigível a longo prazo – é o componente que representa todas
as obrigações que deverão ser pagas após o término do ano fiscal em
destaque, como por exemplo, os empréstimos bancários e os
financiamentos;
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Também para o patrimônio líquido, que é a conta que representa o capital
que pertence aos proprietários, pode-se subdividi-los em:
1) capital social – que corresponde ao valor subscrito, ou seja, o valor do
capital que fora investido inicialmente na constituição da empresa, além de
outros valores que ainda serão usados pelos sócios ou acionistas;
2) lucros ou prejuízos acumulados – são aqueles que registram os
resultados acumulados pela organização nos diversos períodos.
6 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
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Dessa maneira, existem as demonstrações contábeis que são obrigatórias
pela legislação do país, onde as organizações esportivas, dependendo de sua
atuação no mercado, porte, tamanho e função econômica, são obrigadas a
apresentarem esses demonstrativos ao governo, nas diversas esferas, seja
nacional, estadual e municipal, como também aos acionistas e público em geral, no
caso de empresas de capital aberto (sociedades anônimas).
Existem outras demonstrações que não são obrigatórios, mas que auxiliam no
processo de tomada de decisão, sendo utilizadas principalmente pelos gestores das
organizações esportivas para a tomada de decisão da empresa, como na Figura 14.
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Geralmente, o balanço patrimonial é construído ao longo do ano, expondo
todas as atividades que são desenvolvidas e que afetam o patrimônio da mesma, e
somente no final do ano fiscal essas informações são todas consolidadas e expostas
no balanço patrimonial final correspondente ao ano em destaque.
A seguir, como exemplo, é exposto na Figura 15, o Balanço Patrimonial da
Sociedade Esportiva do Gama no ano fiscal de 2012, encerrado em 31 de
dezembro de 2012.
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Uma importante ferramenta complementar, e que serve de subsídio para a
elaboração do Balanço Patrimonial é o Balancete de Verificação, que consta de um
demonstrativo derivado do Livro Razão, onde são extraídos todos os saldos das
diversas contas que foram lançados naquele livro. Com os resultados do Balancete
de Verificação, que geralmente são mensais, é construído o Balanço Patrimonial.
Outra demonstração contábil importante e necessária para as organizações
esportivas diz respeito ao Demonstrativo do Resultado do Exercício (DRE). Mas,
antes de expor-se sobre o DRE, torna-se necessário apresentar os conceitos de
Receitas e Despesas.
As receitas são todas as formas que as organizações esportivas auferem
para aumentar o seu patrimônio, obtendo os respectivos ganhos. As receitas são
provenientes de vendas, sendo muitas vezes confundidas com as mesmas, onde
vendas apresentam-se como receitas. Porém, as receitas podem ser obtidas de
outras formas, como os ganhos financeiros em investimentos, por exemplo.
Por outro lado, as despesas e custos são todos os gastos que a empresa
desenvolve para poder obter as receitas. Dessa maneira, as despesas são aquelas
que diminuem o patrimônio da organização esportiva, como por exemplo, o
pagamento de fornecedores e de salários.
Diante do exposto, pode-se elucidar o conceito de lucro e prejuízo, que são
obtidos como sendo o resultado final do processo de obtenção de receitas e as
despesas necessárias para tal. Dessa forma,
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que a organização esportiva alcançou no respectivo ano fiscal, expondo se esse
resultado foi positivo, produzindo lucros, ou foi negativo gerando prejuízos.
Assim sendo, com o DRE é possível analisar se a empresa obteve um bom
desempenho financeiro, econômico e contábil, ou não, tendo resultados ruins e
negativos. No entanto, também são demonstrados todos os resultados que foram
gerados, como as receitas e as principais despesas, como impostos, despesas para
a produção, despesas indiretas, etc.
A seguir, a Tabela 1 expõe um exemplo de Demonstração do Resultado do
Exercício (DRE).
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7 PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS E VARIAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
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1) o ativo é maior que o passivo – nesse caso, o patrimônio líquido
se torna maior que zero, indicando a existência de riqueza patrimonial.
2) o ativo é maior que o passivo e o passivo é igual a zero – nessa
situação é mostrado que o patrimônio líquido é maior que zero, o que
demonstra inexistência de dívidas.
3) o ativo é igual ao passivo – nesse caso, o patrimônio líquido se
torna igual a zero, fato que mostra a inexistência de riqueza própria.
4) o passivo é maior do que o ativo – assim sendo, o patrimônio
líquido se torna menor que zero, e mostra que existe uma situação
financeira ruim e a existência de passivo a descoberto.
5) o passivo é maior do que o ativo, e o ativo é igual a zero –
mostrando que o patrimônio líquido é menor que zero, e isso expõe que
a situação financeira é horrível, com a inexistência de bens e direitos,
possuindo somente obrigações.
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8 ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRA COMO INSTRUMENTO DE DECISÃO
FIGURA 17 - DINHEIRO
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realidade que a organização esportiva vivencia, possibilitando as decisões visando
alcançar os objetivos.
Para tal, algumas análises são possíveis para poder interpretar a situação da
mesma, para que os gestores realmente entendam como ela se encontra, e se a
organização do esporte está caminhando para o alcance dos objetivos, ou se a
mesma está indo na direção errada dos objetivos traçados e não está alcançando os
resultados esperados.
Portanto, a análise econômico-financeira possibilita demonstrar essa
interpretação, que é realizada por intermédio da obtenção de alguns índices que
expõem a realidade vivenciada pela empresa esportiva naquele período.
A análise econômica e financeira é conseguida pela obtenção de índices,
onde os principais são:
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LC = (AC - DA) / (PC)
onde
LC: Liquidez Corrente
AC: Ativo Circulante
DA: Despesas Antecipadas
PC: Passivo Circulante
LS = (AC - DA - E) / (PC)
onde
LS: Liquidez Seca
AC: Ativo Circulante
DA: Despesas Antecipadas
E: Estoques
PC: Passivo
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8.1.3 Índice de liquidez geral
onde
LS: Liquidez Geral
AC: Ativo Circulante
RLP: Realizável a Longo Prazos
ELP: Exigível a Longo Prazo
PC: Passivo
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Além dos índices de liquidez, também são utilizados os índices de
lucratividade, que medem e indicam a capacidade da empresa em obter ganhos
financeiros, ou seja, de produzir lucro. Os principais são:
É a relação entre o lucro bruto obtido pelo valor total das vendas,
demonstrando a capacidade da organização esportiva em gerar lucros brutos.
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Por fim, também são utilizados os chamados índices de rentabilidade, que
demonstram a rentabilidade que é produzida pelo negócio que a organização
esportiva desempenha. Os principais índices de rentabilidade são:
Essa taxa expõe qual o valor que a organização esportiva produz de lucro
liquido para cada um real de seu capital próprio, sendo valores percentuais,
expressos pela fórmula a seguir:
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PPL = (Patrimônio Liquido / Ativo Total
FIGURA 18 - JUROS
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um financiamento em uma instituição bancária, o custo desse dinheiro que será
pago ao banco, por ser o “dono” desse valor, chama-se juros.
Dessa forma, juro nada mais é do que o custo do dinheiro que é
emprestado, em função dessa negociação, onde uma pessoa possui o capital, no
caso o banco, e outra pessoa necessita desse valor que não possui. Dessa maneira,
a pessoa que contrai o empréstimo irá pagar ao banco o valor inicial, chamado de
capital, e mais o juro, que é o “preço” ou custo desse capital.
Dessa forma, a pessoa contratante do empréstimo irá pagar ao banco o
capital e o juro, que são chamados de montante.
Assim sendo, os juros simples são aqueles que incidem diretamente sobre o
capital, podendo ser calculados pela fórmula:
J=CXIXN
onde
C: é o capital inicial;
J: indica os juros simples;
N: é o tempo ou período de aplicação do capital
I: é a taxa de juro unitária, ou seja, o valor percentual do juros;
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FIGURA 19 0 APLICAÇÃO
J=CXIXN
M J = 500 X 0,05 x 8
i = 5% a.m.
J = 200
M = C +J
8 meses
0
M = 500 +200
-500 M = 700
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10 REGIME DE JUROS COMPOSTOS
FIGURA 20 - JUROS
Quando se fala em juros, logo se imagina que esse atributo é o grande vilão
das pessoas e das organizações esportivas, pois sempre que se necessita de
utilizar-se dinheiro de terceiros, entram os juros, como fator de aumento no valor
total a ser pago pela pessoa que emprestou o dinheiro inicialmente.
Vimos anteriormente que os juros constam do aluguel do dinheiro, ou seja,
do custo ou preço do dinheiro, como se fosse uma mercadoria que é vendida de
uma pessoa para outra.
No entanto, além do sistema de juros simples – onde o montante é
encontrado por meio da adição de uma taxa de juros sobre o capital em determinado
período, encontrando-se ao final desse período o montante total que o devedor deve
pagar ao credor –, outro tipo de juros surge como sendo mais complexo e agregador
para a pessoa credora, ou seja, a pessoa que empresta o dinheiro, e menos rentável
para o devedor, ou a pessoa que capta o empréstimo e irá pagar por ele.
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É o chamado juro composto, que consta do acréscimo de juros não somente
sobre o capital, em determinado período, mas é o juro incidente sobre o montante,
ou seja, a taxa de juros é incidente sobre o capital emprestado por um período de
tempo, que somado o valor do juro com o capital, encontra-se o valor do montante.
No caso do juro composto, a taxa de juros é novamente aplicada sobre esse
montante, incidindo um novo valor para o mesmo, aumentando o valor do montante
em cada momento, ou período.
É o chamado “juros sobre juros”, pois a taxa de juros, como é incidente
sobre o montante, acaba incidindo sobre o capital e sobre os juros, ocasionando o
efeito cascata, ou seja, os juros aplicam-se sobre um valor que já fora atribuído do
mesmo e assim por diante até o final da amortização.
Para o cálculo do juro composto, utilizam-se as seguintes fórmulas que são
expostas na Figura 2, a seguir.
VF
VP
1 i n
VF VP1 i
1
n VF VF n
in 1 1
VP VP
VF
log
n VP
log(1 i )
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Dessa maneira, vamos exemplificar com exercício na Figura 22:
FIGURA 22 - EXERCÍCIO
Exercícios
A importância de $400,00 foi
aplicada por 3 meses a taxa
de 5% am, no regime de
juros compostos. Qual o
valor de resgate?
RESOLUÇÃO
VF VP 1 i
n
VF 400(1 0,05)3
VF 400(1,05)3
VF 400 x1,15776
VF 463,05
FONTE: Adaptado de BRUNI e FAMÁ, 2008.
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Assim sendo, o cálculo foi realizado com a utilização da fórmula dada
anteriormente, mas é possível fazer-se o referido cálculo, e outros com auxílio da
calculadora HP 12C, que é uma calculadora financeira tradicional, muito utilizada no
mundo todo para a realização de cálculos financeiros em todos os seus aspectos.
A seguir, tem-se uma imagem da Calculadora HP 12C, exposta pela
Figura 24:
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FIGURA 25 - USO DA CALCULADORA HP 12C
Exercícios na HP12C
A importância de $400,00 foi aplicada por 3
meses a taxa de 5% am, no regime de juros
compostos. Qual o valor de resgate?
3 5 400
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11 SÉRIES UNIFORMES DE PAGAMENTOS
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Exemplo 1
+$1.000,00
Taxa da loja?
i= 4% a.m.
0 1 2 3 4
-PMT
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Dessa forma, pode-se visualizar que o prazo médio de pagamentos dessa
compra é de 2,5 meses, pois o senhor Pedro irá pagar quatro parcelas mensais, que
demorarão quatro meses para serem finalizadas.
Porém, o primeiro pagamento será após 30 dias, pois a compra é feita sem o
pagamento de uma entrada. Então, demorará cinco meses para concluir o
pagamento total, que, dividido por 2 (cálculo do prazo médio) é igual ao prazo médio
de 2,5 meses, como é exposto pela Figura 28.
+$1.000,00
i= 4% a.m.
n = 2,5
0 1 2 3 4
-PMT
Pagamentos em 1, 2, 3 e 4
VF = VP (1+in)
onde
VF: montante ou valor futuro da geladeira
VP: valor presente ou capital inicial
I: taxa de juros
n: período de tempo dos pagamentos
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Assim sendo, iremos substituir os valores que possuímos e encontrar o
montante, ou valor futuro da compra da geladeira pelo senhor Pedro, como é
mostrado a seguir:
VF = VP (1+in)
VF = 1000 (1+0,04.2,5)
VF = 1100
Desse modo, o montante total que o senhor Pedro irá pagar pela geladeira
será de R$ 1.100,00 divididos em quatro parcelas mensais de R$ 275,00. Um
detalhe nesse contexto é que a taxa de juros não pode ser escrita em percentagem,
tendo que ser em valores centesimais, onde se divide a taxa percentual por 100 e
acha-se o valor centesimal para tal cálculo (4% = 4/100 = 0,04).
No entanto, o mesmo cálculo pode ser realizado por meio da Calculadora
HP 12C, como iremos demonstrar na sequência.
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FIGURA 30 - HP 12C
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Pode-se perceber que iremos utilizar as teclas que estão na fórmula para o
cálculo do valor futuro, como fizemos manualmente anteriormente. No entanto, outras
teclas são usadas, como a tecla PMT, que calcula a parcela do pagamento da série.
Também é necessário expor que usaremos duas teclas que irão “dizer” para
a calculadora se o pagamento será “com entrada” ou “sem entrada”, que são as
teclas “g7 (ou beg)” e “g 8 (ou end)”, como é demonstrado a seguir, pela Figura 32:
Begin = Começo
7 Antecipado
Com entrada
BEG
Flag no visor
End = Final
8 Postecipado
Sem entrada
END
Sem Flag
Dessa maneira, fazer o cálculo na HP12C é bem mais rápido e prático que
na aplicação da fórmula, onde a sequência de passos é exposta pela Figura 33.
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FIGURA 33 - EXEMPLO NA HP 12C
Exemplo na HP 12C
[f] [Reg]
+$1.000,00
i= 4% a.m. 1000 [PV]
4 [n]
0 1 2 3 4
4 [i]
-PMT
[g] [END]
[PMT]
Pelo exposto, é necessário apertar a tecla f, depois a Reg/, depois 1000 PV,
depois 4 n, depois 4 i, depois g end, depois PMT, aí é dado ao resultado de R$
275,49 cada parcela da compra da geladeira.
Agora, iremos supor que o senhor Pedro deseja fazer uma entrada,
realizando um pagamento no momento da compra da geladeira. E agora, como fazer
os cálculos? É simples, veja como:
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FIGURA 34 - CÁLCULO DE PAGAMENTO
E se os Pagamentos Fossem
Com Entrada
+$1.000,00
i= 4% a.m.
n = 1,5
0 1 2 3 4
-PMT
VF
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FIGURA 35 - FÓRMULA DE PAGAMENTO
Pagamentos em 0, 1, 2 e 3
Prazo médio igual a 1,5
VF = VP (1+in)
VF = 1000 (1+0,04.1,5)
VF = 1060
Como são feitos quatro pagamentos
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FIGURA 36 - EXEMPLO CÁLCULO COM HP 12C
COM ENTRADA
BEGIN
[f] [Reg]
1000 [PV]
4 [n]
4 [i]
$264,89
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12 SISTEMAS DE AMORTIZAÇÃO
FIGURA 37 - MOEDAS
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FIGURA 38 - SISTEMA AMERICANO
Sistema Americano
VP = Valor Presente
Sistema Francês
VP = Valor Presente
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3) sistema de amortizações constantes – possui a característica de
apresentar pagamentos constantes do valor do capital principal, além do
pagamento de juros e o valor das parcelas diminuírem ao longo do tempo,
ou seja, é um sistema de amortização que inicia com um valor maior e este
valor vai diminuindo até o final do processo de amortização. O mesmo pode
ser exemplificado como na Figura 40.
VP = Valor Presente
0
Amortizações Iguais
Pagamento de Juros
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13 MÉTODOS DE ANÁLISE DE FLUXOS DE CAIXA
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2. Taxa Interna de Retorno (TIR) – ainda segundo Abreu Filho et al
(2007), a Taxa Interna de Retorno é a taxa pela qual o VPL de um projeto é
zero, sendo que para se investir em um projeto, a TIR deve ser, no mínimo,
igual à Taxa Mínima de Atratividade (TMA). Para o cálculo da TIR, torna-se
necessário dividir-se o Resultado Final do FCCP pelo Investimento Inicial,
sendo o resultado encontrado subtraído de 1 (um).
3. Índice de Lucratividade Líquido (ILL) – segundo Abreu Filho et al
(2007), é o índice que mede a relação entre o valor recebido e o custo do
investimento, sendo uma medida do custo/beneficio. Para que um projeto
seja aceito, ou rentável, o valor do ILL deve ser maior ou igual a 1 (um). Para
encontrar-se o Índice de Lucratividade Líquida, deve-se dividir o Valor
Presente pelo Investimento Inicial.
14 DESCONTO
FIGURA 42 - DESCONTO
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o pagamento, e ocorre quando o título, ou alguma obrigação, muda o tempo de seu
vencimento, antecipando o pagamento do mesmo.
Dessa maneira, se acontece a antecipação do pagamento, torna-se
necessário dar o desconto do mesmo, retirando-se determinada quantidade dos
juros correspondentes.
O desconto comercial corresponde ao desconto equivalente aos juros
simples, podendo ser calculado pela fórmula a seguir:
Dc = N x d x n
onde
Dc: valor do desconto comercial
N: valor nominal do título
n: tempo
d: taxa de desconto
V = N - Dc
onde
N: valor nominal de um título.
V: valor líquido, após o desconto.
Dc: desconto comercial.
V = N x (1 – d x n)
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Iremos expor um exemplo desse cálculo:
Considere um título cujo valor nominal seja R$ 20.000,00. Calcule o
desconto comercial a ser concedido para um resgate do título três meses antes da
data de vencimento, a uma taxa de desconto de 10% ao mês.
Solução:
V = 20.000 . (1 - 0,1 . 3) = 14.000
15 PRECIFICAÇÃO
FIGURA 43 - PRECIFICAÇÃO
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na compra de um fornecedor, para determinar o preço de venda, ele simplesmente
adiciona o percentual que deseja obter de ganho. Por exemplo, se ele deseja ganhar
40% com a venda do produto, ele adiciona esse percentual ao preço do produto
(40% de R$ 100,00 = R$ 40,00) e vende o produto por R$ 140,00.
No entanto, essa determinação de preço nem sempre funciona, pois o
mercado pode não aceitar esse valor, e não comprar os produtos que o empresário
está disponibilizando ao mercado.
Assim sendo, atualmente, é o mercado que determina a forma de preços,
onde as empresas necessitam adaptar-se a ele, reduzindo os seus custos ou
diferenciando os seus produtos, agregando valor aos mesmos e, assim, podendo
aumentar os preços.
Dessa maneira, de acordo com a Tabela 2, a seguir, é possível determinar o
preço de venda em função do nível de qualidade, ou outro fator de diferenciação, ou
de agregação de valor ao produto, e assim definir como os preços serão
determinados.
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utilizados pelos nadadores profissionais, como tipos especiais de macacões,
viseiras, etc., além de possuir diferentes tipos de piscinas, sendo tratadas com tipos
especiais de água, aquecimento da piscina, ondas artificiais, e assim por diante.
Assim sendo, o preço mensal para duas horas de aula semanais de natação custa
cerca de R$ 100,00, mas essa escola que possui todos esses diferenciais passa a
cobrar o preço de R$ 180,00 mensais.
16 PLANEJAMENTO FINANCEIRO
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a. Descrição de todas as fontes de receitas, ou entrada de
capital, e os seus respectivos valores, discriminados de acordo com o
período em que ocorrem, seja diário, mensal, quinzenal, semestral, etc.
b. Descrição de todas as fontes de despesas e custos, ou seja,
as obrigações que as organizações do esporte necessitam realizar o
pagamento, ou a saída de dinheiro do caixa da mesma, também exposta
de acordo com os períodos que ocorrem e os valores respectivos.
c. Cálculos confrontando as receitas e despesas nos mesmos
períodos, para obterem-se os saldos e poder analisá-los, como sendo
positivos ou negativos.
d. Objetivos a serem alcançados, ou seja, no planejamento
financeiro devem ser expostos os objetivos que se deseja alcançar com
o mesmo, ou seja, a real intenção da construção do planejamento
financeiro.
e. Estratégias, ou seja, o que deverá ser realizado para poder
alcançar os objetivos que foram traçados.
f. Implementação das estratégias, ou seja, como, quando, onde
e quem irá realizar e desenvolver as estratégias que foram planejadas.
g. Controle do planejamento financeiro, ou seja, a análise
permanente do que fora exposto no mesmo e como está sendo
efetivamente executado o plano, corrigindo assim os desvios de rotas e
as saídas que ocorrem fora do que foi planejado.
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17 ORÇAMENTO E CONTROLE DE GESTÃO
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FIGURA 46 - PLANILHA ELETRÔNICA SIMPLES DE ORÇAMENTO E CONTROLE
DE GESTÃO PARA PESSOAS
Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho TOTAL
RENDA
FAMILIAR 3.000,00 3.000,00 3.000,00 3.000,00 3.000,00 3.000,00 3.000,00 21.000,00
Saldo do Mês (430,00) 95,00 (43,00) 12,00 35,00 60,00 190,00 8.319,00
Saldo Acumulado (430,00) (335,00) (378,00) (366,00) (331,00) (271,00) (81,00) 42.000,00
FONTE: Arquivo Portal Educação.
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FIGURA 47 - EXEMPLO DE ORÇAMENTO EMPRESARIAL
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FIM DO MÓDULO II
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