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PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA

Portal Educação

CURSO DE
GESTÃO ESPORTIVA

Aluno:

EaD - Educação a Distância Portal Educação

AN02FREV001/REV 4.0

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CURSO DE

GESTÃO ESPORTIVA

MÓDULO II

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dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.

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MÓDULO II

4 MATEMÁTICA FINANCEIRA E CONTABILIDADE

A contabilidade é uma ciência que estuda as alterações acontecidas com o


patrimônio, representando-as de forma gráfica, demonstrando as variações para a
análise e tomada de decisões, além de determinar como acontecem a interpretação,
análise e auditorias, servindo como parâmetro para a tomada de decisões da
empresa no tocante aos seus negócios empresariais e aos objetivos desejados.
A matemática financeira, como um braço da ciência matemática, busca
identificar as diversas formas de se poder calcular as ações financeiras que ocorrem
nos mercados de atuação das empresas e que servem de delineador para as
decisões financeiras, econômicas e contábeis que as mesmas possam realizar no
processo empresarial que desempenham.

FIGURA 9 - CONTADOR TRABALHANDO

FONTE: Disponível em:<http://goo.gl/6JwyYo>. Acesso em: 2 mar. 2013.

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5 FUNDAMENTOS DA CONTABILIDADE

A contabilidade possui algumas funções importantes, que são desenvolvidas


para que os objetivos da mesma sejam atingidos e realizados. As principais funções
são registrar todos os fatos que acontecem na organização esportiva envolvendo os
aspectos financeiros e contábeis para que a mesma tenha as diversas informações
que lhe são necessárias para a tomada de decisão.
Além do registro, a contabilidade necessita organizar todas essas
informações e demonstrá-las, ou seja, é necessário que as informações que forem
sendo obtidas pela contabilidade sejam expostas para os diversos “atores” que
utilizarão as mesmas.
Assim sendo, esses atores, ou usuários da contabilidade, que podem ser os
donos ou acionistas das organizações esportivas, além de fornecedores, parceiros,
governo, entre outros, estarão desenvolvendo análises, sejam econômicas,
financeiras, contábeis, de custos, etc., para poder visualizar a situação da mesma,
seja presente, passada ou futura, a fim de poder tomar decisões que produzam o
alcance dos objetivos empresariais que são desejados.
Dentro do contexto, a contabilidade se divide em contabilidade pública (que
é responsável pelo estudo, registro, demonstrações e análises dos fatos ocorridos
pelas pessoas de direito públicas e as alterações no patrimônio de instituições
públicas, visando atender aos usuários que necessitam dessas informações, como
o governo, seja federal, estadual ou municipal, como atendimento aos padrões de
orçamento, ou financeiro, ou tributário ou patrimonial, da referida instituição
pública), e contabilidade privada, que desenvolve todas as suas funções em
empresas e demais organizações, como as organizações do esporte, tanto de
cunho privado, ou particular.
Desta forma, a contabilidade é a ferramenta que a organização esportiva, ou
outro tipo de organização, possui para expor aos diversos atores do processo
empresarial, todas as ações, fatos e modificações que ocorrem na mesma, e no seu

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patrimônio, em função das diversas atividades que a organização realiza nesse
mercado, com o intuito de buscar os seus objetivos.
Portanto, a contabilidade é o órgão que explicita aos fornecedores, bancos,
governos, sindicatos, investidores, concorrentes, entre outros, todos os fatos que
acontecem na mesma na realização de suas atividades empresarias e as
consequências dessas ações no negócio da mesma e de todo esse ambiente geral,
como é exposto pela Figura 10.

FIGURA 10 - RELAÇÕES DA CONTABILIDADE E DAS EMPRESAS

FONTE: Disponível em: <http://goo.gl/pfxAsc>. Acesso em: 2 mar. 2013.

Dentro desse contexto, pode-se afirmar que a contabilidade é uma


importante ferramenta gerencial, pois ela possibilita o fornecimento de informações
para a tomada de decisão aos níveis estratégicos e táticos das organizações
esportivas em todos os seus aspectos, principalmente àqueles que modificam o
patrimônio da mesma.
Dessa maneira, o escopo do estudo da contabilidade interpreta que as
organizações que operam com o esporte podem ter três tipos de componentes que
podem modificar o seu patrimônio e que são objetos do seu estudo, que são os
bens, os direitos e as obrigações. Os bens são todos os produtos materiais que a

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empresa possui e utiliza em suas atividades empresariais, sendo classificados em
tangíveis e intangíveis.
Os bens tangíveis envolvem todos os equipamentos, máquinas, produtos,
embalagens, construções, veículos, entre outros, sendo bens tangíveis aqueles que
são bens materiais, como as máquinas, veículos, equipamentos, etc. e bens
intangíveis são aqueles subjetivos, abstratos, mas que exercem importante influência
no processo empresarial das organizações, como as marcas, patentes, etc.

FIGURA 11 - CONTADOR MONTANDO PLANILHA

FONTE: Arquivo portal Educação.

Da mesma forma, os direitos são os componentes que influenciam no


processo empresarial, modificando o patrimônio das organizações, pois tendem a
transformar-se em bens no curto ou no longo prazos. Assim sendo, os direitos
são todos os benefícios financeiros que as organizações esportivas irão utilizar
no seu processo empresarial, mas que ainda não são bens e nem estão à
disposição da mesma, sendo que somente poderão ser utilizados em
determinado período futuro de tempo.
Portanto, as organizações esportivas possuem o “direito” sobre determinado
bem, ou outro tipo, mas somente no tempo futuro. Por exemplo, uma organização
esportiva faz uma venda de produtos e serviços aos seus consumidores e recebe

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como pagamento pelos mesmos um cheque pré-datado para 30 dias, ou seja, o
cliente comprou as mercadorias e pagou com um cheque, mas o valor financeiro
exposto pelo mesmo só poderá ser utilizado pela organização esportiva que vendeu
as mercadorias no dia exposto no cheque, daqui a 30 dias.
Dessa maneira, a organização esportiva que vendeu os produtos possui o
direito de ter o cheque em suas mãos no momento da venda, mas de usufruir desse
direito no tempo futuro de 30 dias. Desse modo, ao passar-se os 30 dias, o cheque é
descontado e a organização esportiva terá o dinheiro em suas mãos, que passa a
ser um bem, e a empresa destinará da melhor maneira que acredita.
Por outro lado, as obrigações são todos os compromissos que uma
organização esportiva, ou outro tipo de organização, possui com os seus
fornecedores, principalmente, e com outros atores, como o governo, clientes, etc.
Desse modo, as obrigações são todos os compromissos financeiros que a
organização esportiva necessita pagar, ou desembolsar os seus recursos, no
cumprimento de seus deveres pelos atos que forem realizados no seu processo
empresarial de negócios para que consiga obter os seus objetivos.
Por exemplo, se uma empresa é fabricante de pães e adquire farinha de
trigo de um fornecedor, além de ter alguns funcionários que fabricam os pães, entre
outros aspectos, a empresa necessita pagar ao fornecedor pela farinha adquirida, ou
seja, a empresa compra a farinha de trigo do seu fornecedor e precisa pagar-lhe em
dinheiro pelo produto, assim como necessita pagar o salário e demais encargos aos
seus funcionários, bem como o pagamento de impostos ao governo, etc.
Nesse contexto, todos esses pagamentos constituem as obrigações da
empresa, que podem ser à vista ou a prazo, podendo ainda ser no curto, médio ou
longo prazos, bem como serem pagamento completos ou parcelados.
Após estas explicações, pode-se expor o contexto como esses princípios
são tratados no escopo da contabilidade, ou seja, a contabilidade define os bens,
direitos e obrigações como sendo todos os componentes que formam o seu
patrimônio. Dessa maneira, todas as alterações que modifiquem esse patrimônio
são objetos de estudo da contabilidade. Nesse contexto, os bens e direitos são
classificados pela contabilidade como sendo os ativos da organização esportiva, ou
seja, todos os bens e direitos que a mesma possui em determinado período de
tempo são os seus ativos.

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Por outro lado, todas as obrigações que a mesma possui, sejam para
realizar-se no curto, médio ou longo prazos, são chamados de passivo.
Outro componente surge nessa análise, que é o patrimônio líquido, que
consta de alguns valores específicos como o capital subscrito, que é o capital que
inicia uma organização esportiva, além de lucros ou prejuízos acumulados, reservas
de capital, entre outros.
Assim sendo, o patrimônio da empresa consta da união do ativo, passivo e
patrimônio líquido, como é exposto na Figura 12:

FIGURA 12 - DIVISÕES DA ANÁLISE CONTÁBIL

FONTE: Disponível em: <http://goo.gl/DfQzxb.>. Acesso em: 2 mar. 2013.

Pode-se perceber que a representação gráfica dos componentes do


patrimônio de uma empresa esportiva (ativo, passivo e patrimônio líquido) segue
uma lógica de atuação, onde se pode visualizar que o ativo localiza-se no lado
esquerdo do gráfico, enquanto o passivo e o patrimônio líquido ficam do lado direito.
Essa caracterização é feita intencionalmente, pois na descrição dos
objetivos da contabilidade é exposto que todo ativo deve ser igual à soma do
passivo com o patrimônio líquido da mesma.

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Dessa forma, para os efeitos de contabilizações, deve-se seguir a orientação
exposta pelo gráfico, onde os valores totais do ativo necessitam ser balanceados
com os valores totais do passivo e patrimônio líquido, ou seja, a soma de passivo
total e patrimônio líquido total necessita ser o mesmo valor do ativo total.
Dentro desse contexto, existem diversos componentes para os ativos,
passivos e patrimônio líquido, que são descritos a seguir:
1) ativo circulante – são os componentes do ativo que serão utilizados no
curto prazo, ou seja, dentro do respectivo ano-fiscal e serão transformados
em dinheiro. Podem ser subdivididos em ativo circulante disponível (onde
estão o caixa da empresa, as contas em bancos, por exemplo), realizável
em curto prazo (são os direitos que a empresa irá receber no curto prazo,
como duplicatas e cheques pré-datados) e estoques (que representam os
produtos que estão sendo armazenados pela empresa para uso em algum
momento futuro);
2) ativo realizável a longo prazo – esse item do ativo diz respeito a todos
os direitos que a empresa irá receber no médio e longo prazos, ou seja,
após o ano fiscal em destaque, como por exemplo, duplicatas a receber com
mais de um ano de prazo;
3) ativo permanente – é o componente do ativo que corresponde aos bens
que são fixos, sendo subdivididos em ativo permanente investimentos (que
compreendem os investimentos que os donos ou acionistas realizam na
empresa) e o ativo permanente imobilizados (que são os bens materiais
imóveis e moveis, como construções, veículos, maquinas, equipamentos,
entre outros).
Da mesma forma, para o grupo de contas do passivo, também existem
alguns constituintes desse grupo de obrigações, que são classificados em:
1) passivo circulante – é o componente do passivo formado por todas as
obrigações com prazo de vencimento dentro do ano fiscal em destaque, ou
seja, dentro do ano que se está analisando e construindo a contabilidade;
2) passivo exigível a longo prazo – é o componente que representa todas
as obrigações que deverão ser pagas após o término do ano fiscal em
destaque, como por exemplo, os empréstimos bancários e os
financiamentos;

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Também para o patrimônio líquido, que é a conta que representa o capital
que pertence aos proprietários, pode-se subdividi-los em:
1) capital social – que corresponde ao valor subscrito, ou seja, o valor do
capital que fora investido inicialmente na constituição da empresa, além de
outros valores que ainda serão usados pelos sócios ou acionistas;
2) lucros ou prejuízos acumulados – são aqueles que registram os
resultados acumulados pela organização nos diversos períodos.

6 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

FIGURA 13 - DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

FONTE: Disponível em: <http://goo.gl/sVjS6V>. Acesso em: 2 mar. 2013.

As demonstrações contábeis formam um instrumento auxiliar no processo de


execução da contabilidade, pois é por meio desta importante ferramenta que se
podem tomar as decisões empresariais que são pertinentes, pois são as
demonstrações que fornecem as informações necessárias para que se possam fazer
as análises econômicas, financeiras e contábeis para visualizar e interpretar a
situação patrimonial da empresa, e assim, poder interferir no processo tomando as
decisões que são peculiares para o alcance dos objetivos.

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Dessa maneira, existem as demonstrações contábeis que são obrigatórias
pela legislação do país, onde as organizações esportivas, dependendo de sua
atuação no mercado, porte, tamanho e função econômica, são obrigadas a
apresentarem esses demonstrativos ao governo, nas diversas esferas, seja
nacional, estadual e municipal, como também aos acionistas e público em geral, no
caso de empresas de capital aberto (sociedades anônimas).
Existem outras demonstrações que não são obrigatórios, mas que auxiliam no
processo de tomada de decisão, sendo utilizadas principalmente pelos gestores das
organizações esportivas para a tomada de decisão da empresa, como na Figura 14.

FIGURA 14 - DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

FONTE: Disponível em: <http://contabilizandoomundo.blogspot.com.br/2009/08/contabilidade-


distancia-modulo-ii.html>. Acesso em: 2 mar. 2013.

Os principais demonstrativos contábeis que as organizações esportivas


necessitam desenvolver, seja para atender a legislação que acaba obrigando a sua
construção, seja para utilização como ferramenta de gestão e de tomada de
decisões, são o balanço patrimonial e o demonstrativo do resultado do exercício.
O balanço patrimonial é um demonstrativo onde são expostos todos os
componentes do patrimônio de uma empresa esportiva e o resultado final ocorrido
em cada um desses componentes, sendo descritos cada item do ativo, do passivo e
do patrimônio líquido.

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Geralmente, o balanço patrimonial é construído ao longo do ano, expondo
todas as atividades que são desenvolvidas e que afetam o patrimônio da mesma, e
somente no final do ano fiscal essas informações são todas consolidadas e expostas
no balanço patrimonial final correspondente ao ano em destaque.
A seguir, como exemplo, é exposto na Figura 15, o Balanço Patrimonial da
Sociedade Esportiva do Gama no ano fiscal de 2012, encerrado em 31 de
dezembro de 2012.

FIGURA 15 - BALANÇO PATRIMONIAL DO GAMA

FONTE: Disponível em: <http://goo.gl/mbjKW0>. Acesso em: 3 mar. 2013.

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Uma importante ferramenta complementar, e que serve de subsídio para a
elaboração do Balanço Patrimonial é o Balancete de Verificação, que consta de um
demonstrativo derivado do Livro Razão, onde são extraídos todos os saldos das
diversas contas que foram lançados naquele livro. Com os resultados do Balancete
de Verificação, que geralmente são mensais, é construído o Balanço Patrimonial.
Outra demonstração contábil importante e necessária para as organizações
esportivas diz respeito ao Demonstrativo do Resultado do Exercício (DRE). Mas,
antes de expor-se sobre o DRE, torna-se necessário apresentar os conceitos de
Receitas e Despesas.
As receitas são todas as formas que as organizações esportivas auferem
para aumentar o seu patrimônio, obtendo os respectivos ganhos. As receitas são
provenientes de vendas, sendo muitas vezes confundidas com as mesmas, onde
vendas apresentam-se como receitas. Porém, as receitas podem ser obtidas de
outras formas, como os ganhos financeiros em investimentos, por exemplo.
Por outro lado, as despesas e custos são todos os gastos que a empresa
desenvolve para poder obter as receitas. Dessa maneira, as despesas são aquelas
que diminuem o patrimônio da organização esportiva, como por exemplo, o
pagamento de fornecedores e de salários.
Diante do exposto, pode-se elucidar o conceito de lucro e prejuízo, que são
obtidos como sendo o resultado final do processo de obtenção de receitas e as
despesas necessárias para tal. Dessa forma,

RESULTADO = RECEITAS - DESPESAS

Se o resultado final for positivo, ou seja, as receitas forem maiores que as


despesas, a empresa obteve, ou produziu, o chamado Lucro. Se as despesas forem
maiores que as receitas, o resultado final é negativo e a empresa produziu o
chamado Prejuízo.
A segunda demonstração contábil que é utilizada pelas organizações refere-
se ao chamado Demonstrativo do Resultado do Exercício (DRE), que é uma
ferramenta complementar ao balanço patrimonial e que descreve o resultado final

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que a organização esportiva alcançou no respectivo ano fiscal, expondo se esse
resultado foi positivo, produzindo lucros, ou foi negativo gerando prejuízos.
Assim sendo, com o DRE é possível analisar se a empresa obteve um bom
desempenho financeiro, econômico e contábil, ou não, tendo resultados ruins e
negativos. No entanto, também são demonstrados todos os resultados que foram
gerados, como as receitas e as principais despesas, como impostos, despesas para
a produção, despesas indiretas, etc.
A seguir, a Tabela 1 expõe um exemplo de Demonstração do Resultado do
Exercício (DRE).

TABELA 1 - MODELO DE DRE


Demonstração do Resultado 31/12/2012
Receita de Venda de Bens e/ou Serviços R$ 394.916.000
Custo dos Bens e/ou Serviços Vendidos -R$ 312.882.000
Resultado Bruto R$ 82.034.000
Despesas/Receitas Operacionais -R$ 46.238.000
Resultado Antes do Resultado Financeiro e dos Tributos R$ 35.796.000
Resultado Financeiro -R$ 32.192.000
Receitas Financeiras R$ 61.049.000
Despesas Financeiras -R$ 93.241.000
Resultado Antes dos Tributos sobre o Lucro R$ 3.604.000
Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro R$ 3.706.000
Corrente R$ 2.481.000
Diferido R$ 1.225.000
Lucro/Prejuízo Consolidado do Período R$ 7.310.000
FONTE: Do Autor

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7 PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS E VARIAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO

FIGURA 16 - PARTICIPAÇÃO SOCIETÁRIA

FONTE: Arquivo Portal Educação.

Pelo exposto anteriormente, pode-se perceber que o patrimônio líquido da


organização está em constante movimentação e mudanças, ocorrendo interferência
a todo o momento nos mesmos, sejam para adicionar valores, aumentando o seu
valor final, geralmente por meio de vendas, receitas e recebimentos, ou então
diminuindo os valores do mesmo, com a realização de pagamentos de despesas e
custos dos mais diversos.
Desse modo, podem ocorrer cinco situações que alteram, ou modificam o
patrimônio líquido de uma organização esportiva, que são mostrados a seguir:

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1) o ativo é maior que o passivo – nesse caso, o patrimônio líquido
se torna maior que zero, indicando a existência de riqueza patrimonial.
2) o ativo é maior que o passivo e o passivo é igual a zero – nessa
situação é mostrado que o patrimônio líquido é maior que zero, o que
demonstra inexistência de dívidas.
3) o ativo é igual ao passivo – nesse caso, o patrimônio líquido se
torna igual a zero, fato que mostra a inexistência de riqueza própria.
4) o passivo é maior do que o ativo – assim sendo, o patrimônio
líquido se torna menor que zero, e mostra que existe uma situação
financeira ruim e a existência de passivo a descoberto.
5) o passivo é maior do que o ativo, e o ativo é igual a zero –
mostrando que o patrimônio líquido é menor que zero, e isso expõe que
a situação financeira é horrível, com a inexistência de bens e direitos,
possuindo somente obrigações.

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8 ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRA COMO INSTRUMENTO DE DECISÃO

FIGURA 17 - DINHEIRO

FONTE: Disponível em: <http://goo.gl/wwElR2>. Acesso em: 3 mar. 2013.

Após ter-se exposto as ferramentas contábeis utilizadas pelas organizações


esportivas, por meio de todas as funções da contabilidade, e da exposição das
demonstrações contábeis, principalmente o balanço patrimonial e o demonstrativo
do resultado do exercício, algumas análises são necessárias para que essas
ferramentas possam levar à perfeita tomada de decisões empresariais, visando
alcançar os objetivos que as organizações esportivas traçam e determinam em seu
planejamento estratégico.
Assim sendo, não adianta ter um balanço patrimonial muito bem construído,
formatado e organizado, além de se fazer um demonstrativo do resultado do
exercício muito eficiente, que expõe os resultados que a organização auferiu, se
esses dados não puderem ser analisados e servirem para a interpretação da

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realidade que a organização esportiva vivencia, possibilitando as decisões visando
alcançar os objetivos.
Para tal, algumas análises são possíveis para poder interpretar a situação da
mesma, para que os gestores realmente entendam como ela se encontra, e se a
organização do esporte está caminhando para o alcance dos objetivos, ou se a
mesma está indo na direção errada dos objetivos traçados e não está alcançando os
resultados esperados.
Portanto, a análise econômico-financeira possibilita demonstrar essa
interpretação, que é realizada por intermédio da obtenção de alguns índices que
expõem a realidade vivenciada pela empresa esportiva naquele período.
A análise econômica e financeira é conseguida pela obtenção de índices,
onde os principais são:

8.1 ÍNDICES DE LIQUIDEZ

São os índices que demonstram a capacidade das organizações esportivas


de produzir capital no curto prazo, ou seja, a capacidade que elas possuem de obter
dinheiro rapidamente, seja por meio de seu caixa, ou por aplicações em bancos e
contas-investimentos, estoques e outros tipos de formas de ter-se os recursos físicos
a disposição da mesma.
A liquidez pode ser analisada e medida por meio dos seguintes índices:

8.1.1 Índice de liquidez corrente

Determina quanto a organização esportiva dispõe de recursos disponíveis a


curto prazo para cada um real de dívidas no curto prazo, ou seja, quanto a mesma
possui de recursos para utilização rápida em relação às obrigações de curto prazo.
É calculado pela fórmula:

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LC = (AC - DA) / (PC)

onde
LC: Liquidez Corrente
AC: Ativo Circulante
DA: Despesas Antecipadas
PC: Passivo Circulante

8.1.2 Índice de liquidez seca

O índice de liquidez seca mostra a capacidade de pagamento de obrigações


no curto prazo, desconsiderando-se os valores que estão nos estoques, ou seja,
mostra a capacidade de pagamentos de dívidas no curto prazo sem a utilização dos
estoques, somente com valores financeiros disponibilizados em caixa, ou outras
aplicações financeiras.
É obtido pelo cálculo da fórmula:

LS = (AC - DA - E) / (PC)

onde
LS: Liquidez Seca
AC: Ativo Circulante
DA: Despesas Antecipadas
E: Estoques
PC: Passivo

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8.1.3 Índice de liquidez geral

O índice de liquidez geral expõe a capacidade de pagamento de obrigações


no longo prazo de uma organização esportiva, ou seja, em períodos maiores que um
ano. Dessa maneira, pode-se visualizar como a organização esportiva irá cumprir as
suas obrigações nos momentos futuros, de prazos maiores.
Geralmente, esses compromissos são aqueles obtidos por empréstimos e
financiamentos, que levam mais de um ano para serem totalmente amortizados.
Dessa maneira, por meio do cálculo desse índice, consegue-se visualizar a
capacidade de pagamento desses compromissos, para cada um real de dívidas e
compromissos no longo prazo.
É obtido pela fórmula a seguir:

LG = (AC + RLP) / (PC + ELP)

onde
LS: Liquidez Geral
AC: Ativo Circulante
RLP: Realizável a Longo Prazos
ELP: Exigível a Longo Prazo
PC: Passivo

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Além dos índices de liquidez, também são utilizados os índices de
lucratividade, que medem e indicam a capacidade da empresa em obter ganhos
financeiros, ou seja, de produzir lucro. Os principais são:

8.2 MARGEM BRUTA

É a relação entre o lucro bruto obtido pelo valor total das vendas,
demonstrando a capacidade da organização esportiva em gerar lucros brutos.

MB = (Lucro Bruto / Vendas Líquidas) x 100

A margem bruta (MB) demonstra a capacidade da organização esportiva em


transformar receitas em lucro bruto.

8.3 MARGEM LÍQUIDA

A margem líquida é semelhante ao contexto da margem bruta, sendo que


nesse índice, é analisada a capacidade da organização esportiva em produzir
receitas e lucros após os pagamentos das obrigações, demonstrando o lucro líquido,
ou seja, aquele lucro que fica disponível após o pagamento de todas as obrigações.
É exposto pela fórmula a seguir:

ML = (Lucro Líquido / Vendas Líquidas) x 100

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Por fim, também são utilizados os chamados índices de rentabilidade, que
demonstram a rentabilidade que é produzida pelo negócio que a organização
esportiva desempenha. Os principais índices de rentabilidade são:

8.4 RENTABILIDADE DO ATIVO TOTAL

É a taxa que indica a rentabilidade que a organização do esporte produz


para cada um real de investimento realizado. É expresso pela fórmula a seguir e os
valores são demonstrados em percentuais:

RA = (Lucro Líquido / Ativo Total) x 100

8.5 RENTABILIDADE DO CAPITAL PRÓPRIO

Essa taxa expõe qual o valor que a organização esportiva produz de lucro
liquido para cada um real de seu capital próprio, sendo valores percentuais,
expressos pela fórmula a seguir:

RCP = (Lucro Líquido / Patrimônio Liquido) x 100

8.6 PARTICIPAÇÃO DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Por último, o índice de participação do patrimônio líquido expõe quanto do


ativo de uma organização esportiva é financiado por recursos próprios, ou seja, qual
o valor percentual que o patrimônio líquido obtém pelo ativo total da mesma, sendo
expresso pela fórmula a seguir:

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PPL = (Patrimônio Liquido / Ativo Total

9 REGIME DE JUROS SIMPLES

FIGURA 18 - JUROS

FONTE: Disponível em: <http://goo.gl/SZQnLU>. Acesso em: 3 mar. 2013.

Após termos exposto sobre a contabilidade, suas funções, papel, e as


principais formas de demonstrações para a análise e tomada de decisões
empresariais, iremos tratar de um assunto importante dentro desse contexto, que diz
respeito à matemática financeira, e alguns de seus principais aspectos, que são os
juros simples e compostos, os descontos, fluxo de caixa e amortizações.
Para iniciar, iremos tratar dos juros simples, que são aqueles aplicados
sobre o capital diretamente em uma transação financeira.
Para falar de juros, é necessário expor o seu significado, onde juro é o custo
financeiro pelo capital (dinheiro) de terceiros. Assim sendo, quando uma
organização esportiva, ou até mesmo uma pessoa física contrai um empréstimo, ou

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um financiamento em uma instituição bancária, o custo desse dinheiro que será
pago ao banco, por ser o “dono” desse valor, chama-se juros.
Dessa forma, juro nada mais é do que o custo do dinheiro que é
emprestado, em função dessa negociação, onde uma pessoa possui o capital, no
caso o banco, e outra pessoa necessita desse valor que não possui. Dessa maneira,
a pessoa que contrai o empréstimo irá pagar ao banco o valor inicial, chamado de
capital, e mais o juro, que é o “preço” ou custo desse capital.
Dessa forma, a pessoa contratante do empréstimo irá pagar ao banco o
capital e o juro, que são chamados de montante.
Assim sendo, os juros simples são aqueles que incidem diretamente sobre o
capital, podendo ser calculados pela fórmula:

J=CXIXN

onde
C: é o capital inicial;
J: indica os juros simples;
N: é o tempo ou período de aplicação do capital
I: é a taxa de juro unitária, ou seja, o valor percentual do juros;

Nesse contexto, pode-se afirmar que o Montante é o valor correspondente


ao capital inicial mais os juros que serão pagos ao final do período, podendo ser
exposto pela fórmula:

MONTANTE = CAPITAL INICIAL + JURO

Dessa maneira, iremos expor um exemplo para facilitar o entendimento


desse processo.

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FIGURA 19 0 APLICAÇÃO

Uma aplicação de $500,00 foi feita por oito


meses a uma taxa simples igual a 5% am.
Qual o valor do resgate?

J=CXIXN

M J = 500 X 0,05 x 8
i = 5% a.m.
J = 200

M = C +J
8 meses
0
M = 500 +200

-500 M = 700

FONTE: Adaptado de BRUNI e FAMÁ, 2008.

Assim, o valor do resgate será de $ 700,00 após o período de oito meses.

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10 REGIME DE JUROS COMPOSTOS

FIGURA 20 - JUROS

FONTE: Arquivo Portal Educação.

Quando se fala em juros, logo se imagina que esse atributo é o grande vilão
das pessoas e das organizações esportivas, pois sempre que se necessita de
utilizar-se dinheiro de terceiros, entram os juros, como fator de aumento no valor
total a ser pago pela pessoa que emprestou o dinheiro inicialmente.
Vimos anteriormente que os juros constam do aluguel do dinheiro, ou seja,
do custo ou preço do dinheiro, como se fosse uma mercadoria que é vendida de
uma pessoa para outra.
No entanto, além do sistema de juros simples – onde o montante é
encontrado por meio da adição de uma taxa de juros sobre o capital em determinado
período, encontrando-se ao final desse período o montante total que o devedor deve
pagar ao credor –, outro tipo de juros surge como sendo mais complexo e agregador
para a pessoa credora, ou seja, a pessoa que empresta o dinheiro, e menos rentável
para o devedor, ou a pessoa que capta o empréstimo e irá pagar por ele.

AN02FREV001/REV 4.0

49
É o chamado juro composto, que consta do acréscimo de juros não somente
sobre o capital, em determinado período, mas é o juro incidente sobre o montante,
ou seja, a taxa de juros é incidente sobre o capital emprestado por um período de
tempo, que somado o valor do juro com o capital, encontra-se o valor do montante.
No caso do juro composto, a taxa de juros é novamente aplicada sobre esse
montante, incidindo um novo valor para o mesmo, aumentando o valor do montante
em cada momento, ou período.
É o chamado “juros sobre juros”, pois a taxa de juros, como é incidente
sobre o montante, acaba incidindo sobre o capital e sobre os juros, ocasionando o
efeito cascata, ou seja, os juros aplicam-se sobre um valor que já fora atribuído do
mesmo e assim por diante até o final da amortização.
Para o cálculo do juro composto, utilizam-se as seguintes fórmulas que são
expostas na Figura 2, a seguir.

FIGURA 21 - FÓRMULA DE JUROS COMPOSTOS

Fórmulas de Juros Compostos

VF
VP 
1  i n

VF  VP1  i 
1
n VF  VF  n
in 1    1
VP  VP 

 VF 
log 
n  VP 
log(1  i )

FONTE: Adaptado de BRUNI e FAMÁ, 2008.

AN02FREV001/REV 4.0

50
Dessa maneira, vamos exemplificar com exercício na Figura 22:

FIGURA 22 - EXERCÍCIO

Exercícios
A importância de $400,00 foi
aplicada por 3 meses a taxa
de 5% am, no regime de
juros compostos. Qual o
valor de resgate?

FONTE: Adaptado de BRUNI e FAMÁ, 2008.

FIGURA 23 - RESOLUÇÃO DO EXERCÍCIO

RESOLUÇÃO

VF  VP 1  i 
n

VF  400(1  0,05)3
VF  400(1,05)3
VF  400 x1,15776
VF  463,05
FONTE: Adaptado de BRUNI e FAMÁ, 2008.

AN02FREV001/REV 4.0

51
Assim sendo, o cálculo foi realizado com a utilização da fórmula dada
anteriormente, mas é possível fazer-se o referido cálculo, e outros com auxílio da
calculadora HP 12C, que é uma calculadora financeira tradicional, muito utilizada no
mundo todo para a realização de cálculos financeiros em todos os seus aspectos.
A seguir, tem-se uma imagem da Calculadora HP 12C, exposta pela
Figura 24:

FIGURA 24 - IMAGEM DA CALCULADORA HP12C

FONTE: Adaptado de BRUNI e FAMÁ, 2008.

Desse modo, se formos fazer o cálculo exposto anteriormente com o auxílio


da Calculadora HP 12C, o raciocínio para tal evento é demonstrado pela Figura 25,
a seguir:

AN02FREV001/REV 4.0

52
FIGURA 25 - USO DA CALCULADORA HP 12C

Exercícios na HP12C
A importância de $400,00 foi aplicada por 3
meses a taxa de 5% am, no regime de juros
compostos. Qual o valor de resgate?

3 5 400

Resposta no visor : $463,05

FONTE: Adaptado de BRUNI e FAMÁ, 2008.

Então, para fazer-se esse cálculo é necessário que se faça a sequência


lógica de ações na calculadora para obter-se o resultado final dos juros compostos.
Assim, primeiro deve-se apertar a tecla f, depois a tecla CLX, o botão do
número 3, depois a tecla n, depois o botão do número 5, depois a tecla i, depois o
valor 400, depois as teclas PV, FV e PMT, aparecendo no visor o resultado do
cálculo procurado, que é de $ 463,05.

AN02FREV001/REV 4.0

53
11 SÉRIES UNIFORMES DE PAGAMENTOS

FIGURA 26 - ACONTECIMENTOS FINANCEIROS

FONTE: Disponível em: <http://goo.gl/0YmCOq>. Acesso em: 4 mar. 2013.

As séries uniformes de pagamentos são acontecimentos financeiros que


ocorrem na grande maioria das organizações esportivas e que se referem ao
chamado parcelamento de compras, ou seja, às compras feitas pelos consumidores,
nas diversas modalidades, e que os pagamentos são realizados em várias parcelas
de igual valor e em momentos semelhantes de tempo.
Para se efetuar o cálculo dessas séries uniformes, ou parcelamentos, é
necessária a utilização de ferramentas da matemática financeira, para conseguir-se
obter o resultado esperado e não acumular perdas em função dos juros pagos ou
não recebidos.
Assim sendo, vamos expor alguns exemplos para explicar como acontece
esse processo, começando pelo Exemplo 1, na compra de uma geladeira pelo
senhor Pedro.

AN02FREV001/REV 4.0

54
Exemplo 1

O senhor Pedro deseja comprar uma geladeira que custa R$ 1.000,00 à


vista. A loja que está vendendo o aparelho efetua a venda do mesmo para
pagamento em quatro parcelas iguais mensais, sem entrada, como é exposto pela
Figura 27, a seguir:

FIGURA 27 - EXEMPLO DE SÉRIES UNIFORMES

• Pedro quer comprar uma geladeira


• Na loja, $1.000,00 a vista
• Ou … em quatro iguais mensais, sem entrada

+$1.000,00
Taxa da loja?

i= 4% a.m.
0 1 2 3 4

-PMT

FONTE: Adaptado de BRUNI e FAMÁ, 2008.

Como é mostrada, a taxa de juros mensal que a loja efetua é de 4%, e a


mesma faz o parcelamento da geladeira em quatro parcelas sem entrada, ou seja, o
senhor Pedro irá fazer quatro pagamentos mensais de igual valor que serão
atribuídos ao valor total da geladeira, que custa R$ 1.000,00 à vista.
Assim sendo, para calcular-se os valores referentes a essas parcelas,
precisamos encontrar o prazo médio de pagamentos, bem como será o valor total
futuro dessa transação, visto que a loja não irá receber pela geladeira apenas os R$
1.000,00 iniciais que a mesma custa para pagamento à vista, mas terá um
acréscimo que consta dos juros que são atribuídos em virtude do parcelamento da
compra em séries uniformes de pagamentos.

AN02FREV001/REV 4.0

55
Dessa forma, pode-se visualizar que o prazo médio de pagamentos dessa
compra é de 2,5 meses, pois o senhor Pedro irá pagar quatro parcelas mensais, que
demorarão quatro meses para serem finalizadas.
Porém, o primeiro pagamento será após 30 dias, pois a compra é feita sem o
pagamento de uma entrada. Então, demorará cinco meses para concluir o
pagamento total, que, dividido por 2 (cálculo do prazo médio) é igual ao prazo médio
de 2,5 meses, como é exposto pela Figura 28.

FIGURA 28 - EXEMPLO DE SÉRIES UNIFORMES DE PAGAMENTOS

+$1.000,00
i= 4% a.m.

n = 2,5
0 1 2 3 4

-PMT

Pagamentos em 1, 2, 3 e 4

Prazo médio igual a 2,5


VF

FONTE: Adaptado de BRUNI e FAMÁ, 2008.

Dentro do contexto, para encontrar-se o valor do montante, ou o valor futuro


da compra da geladeira, utilizamos a fórmula seguinte:

VF = VP (1+in)
onde
VF: montante ou valor futuro da geladeira
VP: valor presente ou capital inicial
I: taxa de juros
n: período de tempo dos pagamentos

AN02FREV001/REV 4.0

56
Assim sendo, iremos substituir os valores que possuímos e encontrar o
montante, ou valor futuro da compra da geladeira pelo senhor Pedro, como é
mostrado a seguir:

FIGURA 29 - VALOR DO MONTANTE

VF = VP (1+in)

VF = 1000 (1+0,04.2,5)

VF = 1100

Como são feitos quatro pagamentos

Pagamento = 1100/4 = $275,00

FONTE: Adaptado de BRUNI e FAMÁ, 2008.

Desse modo, o montante total que o senhor Pedro irá pagar pela geladeira
será de R$ 1.100,00 divididos em quatro parcelas mensais de R$ 275,00. Um
detalhe nesse contexto é que a taxa de juros não pode ser escrita em percentagem,
tendo que ser em valores centesimais, onde se divide a taxa percentual por 100 e
acha-se o valor centesimal para tal cálculo (4% = 4/100 = 0,04).
No entanto, o mesmo cálculo pode ser realizado por meio da Calculadora
HP 12C, como iremos demonstrar na sequência.

AN02FREV001/REV 4.0

57
FIGURA 30 - HP 12C

FONTE: Disponível em: <http://paivaauditores.com.br/contabilidade-sp.html>.


Acesso em: 4 mar. 2013.

Desse modo, para fazer-se os cálculos na calculadora HP 12C é necessário


entender quais teclas serão utilizadas, e isso é exposto a seguir, na Figura 31:

FIGURA 31 - EXEMPLO DE CÁLCULO NA HP 12C

• [n]: calcula o número de períodos


• [i]: calcula a taxa de juros
• [PV]: calcula o valor presente
• [PMT]: calcula a prestação
• [FV]: calcula o valor futuro
• [CHS]: troca o sinal
g Beg ou g End
FONTE: Adaptado de BRUNI e FAMÁ, 2008.

AN02FREV001/REV 4.0

58
Pode-se perceber que iremos utilizar as teclas que estão na fórmula para o
cálculo do valor futuro, como fizemos manualmente anteriormente. No entanto, outras
teclas são usadas, como a tecla PMT, que calcula a parcela do pagamento da série.
Também é necessário expor que usaremos duas teclas que irão “dizer” para
a calculadora se o pagamento será “com entrada” ou “sem entrada”, que são as
teclas “g7 (ou beg)” e “g 8 (ou end)”, como é demonstrado a seguir, pela Figura 32:

FIGURA 32 - EXEMPLO CÁLCULO NA HP 12C

Begin = Começo

7 Antecipado
Com entrada
BEG
Flag no visor

End = Final
8 Postecipado
Sem entrada
END
Sem Flag

FONTE: Adaptado de BRUNI e FAMÁ, 2008.

Dessa maneira, fazer o cálculo na HP12C é bem mais rápido e prático que
na aplicação da fórmula, onde a sequência de passos é exposta pela Figura 33.

AN02FREV001/REV 4.0

59
FIGURA 33 - EXEMPLO NA HP 12C

Exemplo na HP 12C
[f] [Reg]
+$1.000,00
i= 4% a.m. 1000 [PV]
4 [n]
0 1 2 3 4
4 [i]
-PMT

[g] [END]
[PMT]

Sem entrada $275,49


END

FONTE: Adaptado de BRUNI e FAMÁ, 2008.

Pelo exposto, é necessário apertar a tecla f, depois a Reg/, depois 1000 PV,
depois 4 n, depois 4 i, depois g end, depois PMT, aí é dado ao resultado de R$
275,49 cada parcela da compra da geladeira.
Agora, iremos supor que o senhor Pedro deseja fazer uma entrada,
realizando um pagamento no momento da compra da geladeira. E agora, como fazer
os cálculos? É simples, veja como:

AN02FREV001/REV 4.0

60
FIGURA 34 - CÁLCULO DE PAGAMENTO

E se os Pagamentos Fossem
Com Entrada
+$1.000,00

i= 4% a.m.
n = 1,5
0 1 2 3 4

-PMT

VF

FONTE: Adaptado de BRUNI e FAMÁ, 2008.

O procedimento de cálculo é o mesmo realizado como no caso do


pagamento sem entrada, no entanto, o prazo médio é diferente, pois o tempo da
transação muda para três meses, ao invés de cinco, como no caso anterior em
virtude da entrada.
Desse modo, após a entrada restarão quatro parcelas que demorarão três
meses para serem pagas, já que a primeira parcela será no ato da compra. Assim
sendo, o prazo médio é de 1,5 mês.
Aplicando a fórmula temos o que é mostrado na Figura 35, a seguir:

AN02FREV001/REV 4.0

61
FIGURA 35 - FÓRMULA DE PAGAMENTO

Pagamentos em 0, 1, 2 e 3
Prazo médio igual a 1,5

VF = VP (1+in)

VF = 1000 (1+0,04.1,5)

VF = 1060
Como são feitos quatro pagamentos

Pagamento = 1060/4 = $265,00

FONTE: Adaptado de BRUNI e FAMÁ, 2008.

Assim sendo, o senhor Pedro irá fazer quatro pagamentos no valor de R$


265,00, sendo o primeiro no ato da compra (entrada).
Para o cálculo com a HP 12C, o procedimento é o mesmo, com o detalhe da
entrada, ou seja, ao invés de apertar a tecla “end” iremos apertar a tecla “Beg” que
significa “com entrada”, como é exposto pela Figura 36:

AN02FREV001/REV 4.0

62
FIGURA 36 - EXEMPLO CÁLCULO COM HP 12C

COM ENTRADA

BEGIN
[f] [Reg]
1000 [PV]
4 [n]
4 [i]

[g] [BEG] [PMT]

$264,89

FONTE: Adaptado de BRUNI e FAMÁ, 2008.

Esse sistema de cálculos se aplica a todos os procedimentos que


envolvem o setor do esporte, como por exemplo, o pagamento de bens que a
instituição do esporte adquira no mercado (bolas de futebol, uniformes, carrinhos,
raquetes de tênis, construção de piscinas, equipamentos de musculação, etc.). As
organizações que utilizam o esporte irão adquirir os mesmos de forma parcelada, e
as orientações acima ilustram esse contexto, demonstrando como esses cálculos
são realizados e desenvolvidos.

AN02FREV001/REV 4.0

63
12 SISTEMAS DE AMORTIZAÇÃO

FIGURA 37 - MOEDAS

FONTE: Disponível em: <http://fvieira.com/>. Acesso em: 6 mar. 2013.

No conceito de pagamentos de compromissos e obrigações, surgem os


chamados sistemas de amortização, que constam de uma série uniforme de
pagamentos inerentes aos tipos de pagamentos geralmente de prazos mais
longos da realização desses pagamentos. Assim sendo, em investimentos
financeiros que demandam o período de pagamentos com prazos longos,
geralmente em mais de dois anos, utilizam-se dos sistemas de amortização, que
podem ser de três maneiras:
1) sistema americano – é caracterizado pela ocorrência dos pagamentos
de juros de forma periódica, com a amortização do capital principal no final da
operação. O sistema americano pode ser exemplificado como na Figura 38:

AN02FREV001/REV 4.0

64
FIGURA 38 - SISTEMA AMERICANO

Sistema Americano
VP = Valor Presente

Pagamentos de Juros Periódicos

Pagamento do Valor Nominal

FONTE: Adaptado de BRUNI e FAMÁ, 2008.

2) sistema francês – também chamado de tabela price. Demonstra como


característica principal o aspecto de proporcionar pagamentos periódicos
iguais, podendo ser exemplificado pela Figura 39, a seguir:

FIGURA 39 - SISTEMA FRANCÊS

Sistema Francês
VP = Valor Presente

Pagamentos de Prestações Periódicas Iguais

FONTE: Adaptado de BRUNI e FAMÁ, 2008.

AN02FREV001/REV 4.0

65
3) sistema de amortizações constantes – possui a característica de
apresentar pagamentos constantes do valor do capital principal, além do
pagamento de juros e o valor das parcelas diminuírem ao longo do tempo,
ou seja, é um sistema de amortização que inicia com um valor maior e este
valor vai diminuindo até o final do processo de amortização. O mesmo pode
ser exemplificado como na Figura 40.

FIGURA 40 - SISTEMA DE AMORTIZAÇÕES CONSTANTES

Sistema de Amortizações Constantes

VP = Valor Presente

0
Amortizações Iguais

Pagamento de Juros

FONTE: Adaptado de BRUNI e FAMÁ, 2008.

AN02FREV001/REV 4.0

66
13 MÉTODOS DE ANÁLISE DE FLUXOS DE CAIXA

FIGURA 41 - FLUXO DE CAIXA

FONTE: Disponível em: <httpgoo.gly4YbP>. Acesso em: 6 mar. 2013

A análise do Fluxo de Caixa fornece subsídios para a construção de alguns


índices de análise da viabilidade econômica de investimentos e projetos, e assim,
para definir a viabilidade econômica pode-se utilizar os seguintes índices:
1. Valor Presente Líquido (VPL) – segundo Abreu Filho et al (2007), é
simplesmente a diferença entre o valor presente do projeto e o custo do
projeto na data atual. O VPL positivo significa que o projeto é lucrativo, e
VPL negativo significa que, se o projeto for implementado, trará prejuízos. O
critério decisório diz que um projeto só deve ser realizado se o seu VPL for
nulo ou positivo, com a utilização da Taxa Mínima de Atratividade do
investimento (TMA), ou seja, a taxa mínima para que o projeto seja
considerado rentável. Assim sendo, para esse estudo adotar-se-ia a Taxa
Mínima de Atratividade do investimento (TMA) no valor de 15% para todas
as situações que surgirem. Para calcular o Valor Presente, é necessário
dividir o resultado final pela TMA.

AN02FREV001/REV 4.0

67
2. Taxa Interna de Retorno (TIR) – ainda segundo Abreu Filho et al
(2007), a Taxa Interna de Retorno é a taxa pela qual o VPL de um projeto é
zero, sendo que para se investir em um projeto, a TIR deve ser, no mínimo,
igual à Taxa Mínima de Atratividade (TMA). Para o cálculo da TIR, torna-se
necessário dividir-se o Resultado Final do FCCP pelo Investimento Inicial,
sendo o resultado encontrado subtraído de 1 (um).
3. Índice de Lucratividade Líquido (ILL) – segundo Abreu Filho et al
(2007), é o índice que mede a relação entre o valor recebido e o custo do
investimento, sendo uma medida do custo/beneficio. Para que um projeto
seja aceito, ou rentável, o valor do ILL deve ser maior ou igual a 1 (um). Para
encontrar-se o Índice de Lucratividade Líquida, deve-se dividir o Valor
Presente pelo Investimento Inicial.

14 DESCONTO

FIGURA 42 - DESCONTO

FONTE: Disponível em: <httpgoo.glUvYxBu>. Acesso em: 6 mar. 2013

O Desconto é aquele valor que deve ser retirado de um valor nominal de


determinado capital, que será utilizado em momento futuro, ou seja, o pagamento do
valor irá acontecer em um momento com prazo de tempo, isto é, ainda vai acontecer

AN02FREV001/REV 4.0

68
o pagamento, e ocorre quando o título, ou alguma obrigação, muda o tempo de seu
vencimento, antecipando o pagamento do mesmo.
Dessa maneira, se acontece a antecipação do pagamento, torna-se
necessário dar o desconto do mesmo, retirando-se determinada quantidade dos
juros correspondentes.
O desconto comercial corresponde ao desconto equivalente aos juros
simples, podendo ser calculado pela fórmula a seguir:

Dc = N x d x n

onde
Dc: valor do desconto comercial
N: valor nominal do título
n: tempo
d: taxa de desconto

Com a fórmula citada, conseguimos encontrar o valor do desconto, mas não


dá para saber o valor que o título ficará com o mesmo. Desse modo, para saber o
novo valor desse título que foi descontado, é necessário aplicar a fórmula a seguir:

V = N - Dc

onde
N: valor nominal de um título.
V: valor líquido, após o desconto.
Dc: desconto comercial.

Dessa forma, podemos fazer um ajuntamento dessas fórmulas e obter uma


terceira fórmula para calcular o valor do título descontado diretamente, como é
mostrado a seguir:

V = N x (1 – d x n)

AN02FREV001/REV 4.0

69
Iremos expor um exemplo desse cálculo:
Considere um título cujo valor nominal seja R$ 20.000,00. Calcule o
desconto comercial a ser concedido para um resgate do título três meses antes da
data de vencimento, a uma taxa de desconto de 10% ao mês.

Solução:
V = 20.000 . (1 - 0,1 . 3) = 14.000

O título descontado é de R$ 14.000,00 e o desconto é de R$ 6.000,00.

15 PRECIFICAÇÃO

FIGURA 43 - PRECIFICAÇÃO

FONTE: Disponível em: <httpgoo.glWXYFw>. Acesso em: 6 mar. 2013.

A forma de determinar o preço de um produto, ou serviço, não é tão simples,


visto que, no momento atual, muitos fatores influenciam essa determinação.
Há alguns anos, os empresários determinavam os preços simplesmente
adicionando a sua margem de ganho sobre o custo dos produtos – ou seja, se o
empresário comercializa um produto, o qual custa R$ 100,00, seja na produção ou

AN02FREV001/REV 4.0

70
na compra de um fornecedor, para determinar o preço de venda, ele simplesmente
adiciona o percentual que deseja obter de ganho. Por exemplo, se ele deseja ganhar
40% com a venda do produto, ele adiciona esse percentual ao preço do produto
(40% de R$ 100,00 = R$ 40,00) e vende o produto por R$ 140,00.
No entanto, essa determinação de preço nem sempre funciona, pois o
mercado pode não aceitar esse valor, e não comprar os produtos que o empresário
está disponibilizando ao mercado.
Assim sendo, atualmente, é o mercado que determina a forma de preços,
onde as empresas necessitam adaptar-se a ele, reduzindo os seus custos ou
diferenciando os seus produtos, agregando valor aos mesmos e, assim, podendo
aumentar os preços.
Dessa maneira, de acordo com a Tabela 2, a seguir, é possível determinar o
preço de venda em função do nível de qualidade, ou outro fator de diferenciação, ou
de agregação de valor ao produto, e assim definir como os preços serão
determinados.

TABELA 2 - FORMAS DE PRECIFICAÇÃO


Níveis de Preços
Nível de
Qualidade Alto Médio Baixo
Estratégia de Alto Estratégia de Valor
Alto Estratégia Premium Valor Supremo
Estratégia de Preço Estratégia de Preço Estratégia de Valor
Médio Alto Médio Médio
Estratégia de Estratégia de Falsa
Baixo Desconto Economia Estratégia de Economia
FONTE: Adaptado de Kotler e Keller, 2011.

Por exemplo, se a organização esportiva adotar a “estratégia Premium”, ela


deverá desenvolver um produto ou serviço que possua um nível de qualidade, ou de
agregação de valor para o cliente que seja muito alto, onde o cliente esteja disposto
a pagar um preço alto pelo produto.
Por exemplo, uma escola de natação decide atuar baseada na “estratégia
Premium” e resolve oferecer aos seus clientes equipamentos de natação que são

AN02FREV001/REV 4.0

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utilizados pelos nadadores profissionais, como tipos especiais de macacões,
viseiras, etc., além de possuir diferentes tipos de piscinas, sendo tratadas com tipos
especiais de água, aquecimento da piscina, ondas artificiais, e assim por diante.
Assim sendo, o preço mensal para duas horas de aula semanais de natação custa
cerca de R$ 100,00, mas essa escola que possui todos esses diferenciais passa a
cobrar o preço de R$ 180,00 mensais.

16 PLANEJAMENTO FINANCEIRO

FIGURA 44 - DINHEIRO PELO RALO

FONTE: Disponível em: <http://goo.gl/0pGmJu>. Acesso em: 6 mar. 2013.

O planejamento financeiro consta de uma importante ferramenta de gestão


financeira, onde as organizações do esporte, e até mesmo as pessoas, conseguem
alcançar os seus objetivos financeiros. Assim como outros tipos de planejamento, o
planejamento financeiro deve conter alguns aspectos, como:

AN02FREV001/REV 4.0

72
a. Descrição de todas as fontes de receitas, ou entrada de
capital, e os seus respectivos valores, discriminados de acordo com o
período em que ocorrem, seja diário, mensal, quinzenal, semestral, etc.
b. Descrição de todas as fontes de despesas e custos, ou seja,
as obrigações que as organizações do esporte necessitam realizar o
pagamento, ou a saída de dinheiro do caixa da mesma, também exposta
de acordo com os períodos que ocorrem e os valores respectivos.
c. Cálculos confrontando as receitas e despesas nos mesmos
períodos, para obterem-se os saldos e poder analisá-los, como sendo
positivos ou negativos.
d. Objetivos a serem alcançados, ou seja, no planejamento
financeiro devem ser expostos os objetivos que se deseja alcançar com
o mesmo, ou seja, a real intenção da construção do planejamento
financeiro.
e. Estratégias, ou seja, o que deverá ser realizado para poder
alcançar os objetivos que foram traçados.
f. Implementação das estratégias, ou seja, como, quando, onde
e quem irá realizar e desenvolver as estratégias que foram planejadas.
g. Controle do planejamento financeiro, ou seja, a análise
permanente do que fora exposto no mesmo e como está sendo
efetivamente executado o plano, corrigindo assim os desvios de rotas e
as saídas que ocorrem fora do que foi planejado.

AN02FREV001/REV 4.0

73
17 ORÇAMENTO E CONTROLE DE GESTÃO

FIGURA 45 - ORÇAMENTO E CONTROLE

FONTE: Arquivo Portal Educação.

Desse modo, dentro do contexto total de planejamento financeiro, um


detalhe que é muito utilizado, e que auxilia muito a gestão financeira, é o chamado
orçamento e controle de gestão, que nada mais é do que uma maneira formal e
explicita de poderem visualizar-se todas as ações que acontecem com o aspecto
financeiro das organizações do esporte, ou da pessoa, e os impactos causados por
esses movimentos.
Assim sendo, o orçamento consta de um plano financeiro onde são
registradas antecipadamente todas as fontes de receitas e despesas de acordo com
o momento em que acontecem, com o intuito de obter-se o saldo financeiro nesses
períodos e o saldo final do período todo, que pode ser um ano, dois anos, cinco
anos, um mês, etc.
A seguir, são expostos dois modelos de orçamento. Nas Figuras 46 e 47,
é mostrada uma planilha eletrônica simples de orçamento e controle de gestão
para pessoas.

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FIGURA 46 - PLANILHA ELETRÔNICA SIMPLES DE ORÇAMENTO E CONTROLE
DE GESTÃO PARA PESSOAS
Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho TOTAL
RENDA
FAMILIAR 3.000,00 3.000,00 3.000,00 3.000,00 3.000,00 3.000,00 3.000,00 21.000,00

HABITAÇÃO 1.480,00 1.575,00 1.713,00 1.658,00 1.635,00 1.610,00 1.480,00 11.151,00

SAÚDE 130,00 130,00 130,00 130,00 130,00 130,00 130,00 910,00


DESPESAS COM
SALÁRIO - - - - - - - -

AUTOMÓVEL 220,00 - - - - - - 220,00


DESPESAS
PESSOAIS 200,00 - - - - - - 200,00

LAZER 200,00 - - - - - - 200,00


INVESTIMENTOS - - - - - - - -

DEPENDENTES 1.200,00 1.200,00 1.200,00 1.200,00 1.200,00 1.200,00 1.200,00 8.400,00


TOTAIS Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho TOTAL

Rendimentos 3.000,00 3.000,00 3.000,00 3.000,00 3.000,00 3.000,00 3.000,00 21.000,00

Gastos 3.430,00 2.905,00 3.043,00 2.988,00 2.965,00 2.940,00 2.810,00 12.681,00

Saldo do Mês (430,00) 95,00 (43,00) 12,00 35,00 60,00 190,00 8.319,00

Saldo Acumulado (430,00) (335,00) (378,00) (366,00) (331,00) (271,00) (81,00) 42.000,00
FONTE: Arquivo Portal Educação.

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FIGURA 47 - EXEMPLO DE ORÇAMENTO EMPRESARIAL

FONTE: Disponível em: <http://goo.gl/tDZE1D>. Acesso em: 7 mar. 2013.

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FIM DO MÓDULO II

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