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FACULDADE ANHANGUERA EDUCACIONAL - PÓLO BELENZINHO

PSICOLOGIA HOSPITALAR
PROFESSORA THAMARA CASTRO

ATIVIDADE DE AVALIAÇÃO CONTINUADA

Aline Mara de Santana RA 363.268.014.366

Daniel Antonio dos Santos RA 366.226.514.366

Simone A. Rodrigues Gervásio RA 365.919.214.366

São Paulo
Outubro / 2023
Psicologia Clínica no Pronto-Socorro Infantil

Caso Clínico: criança com púrpura apresentando agressividade

N. S., um menino de dois anos deu entrada no PSI com dor abdominal,
manchas vermelhas pelo corpo, febre e inflamação nos testículos e inchaço nas
pernas e nos pés. Já estava há um dia em observação quando foi solicitado à
psicóloga estagiaria que atendesse a criança e a mãe. Logo ao entrar no quarto a
estagiaria observou que, enquanto desenhava com lápis e papel, a criança gritava
com a mãe e a ameaçava caso não lhe desse outro papel. A estagiaria interviu,
dizendo à criança que tinha papel e que podiam brincar juntas. A criança sorriu de
pronto e aceitou brincar, e assim a estagiária ficou para observá-la. Durante a
atividade notava-se que a criança respondia agressivamente sua mãe e era hostil,
com ameaças. A criança desconhecia o que acontecia ali. A enfermeira levou uma
ampola contendo medicação e solicitou à mãe que administrasse ao filho. O
menino ameaçou cuspir na mãe. Nesse momento, a psicóloga estagiária pediu à
mãe que saísse para descansar e tomar um café. Ela continuou a brincar de
médico com a criança, adicionando água a uma ampola de injeção e demonstrando
que ele poderia brincar com aquilo. A criança aprendeu a operar a ampola,
bebendo água dela. Nesse momento, a mãe retornou e presenciou a brincadeira. A
mãe foi orientada pela psicóloga estagiária a pegar a ampola que a enfermeira
havia trazido com a medicação e oferecer ao filho, enquanto tranquilizava a criança
dizendo que aquele líquido rosa era um remedinho para dor de barriga e tinha
gosto de gelatina. A criança aceitou o medicamento sem resistências. Em seguida,
enquanto brincam de médico com a maleta, brincadeira que despertou o interesse
da criança, a enfermeira foi buscá-la para realizar um raio x. A mãe foi orientada a
aguardar enquanto a psicóloga estagiária acompanhou a criança. Pelo caminho, a
estagiária foi dizendo ao menino que iriam tirar uma foto da sua barriga para ver o
que tinha por dentro, que o exame não doía e era preciso que ela ficasse quieto
um pouco. O exame ocorreu sem problemas e a criança retornou ao leito. Foi
diagnosticado Púrpura, doença autoimune que, como outras doenças autoimunes,
pode sofrer interferência de fatores emocionais. A mãe foi orientada a fazer
acompanhamento ambulatorial e, devido as reações emocionais do menino, foi
indicado acompanhamento psicológico na clinica escola.
Qual a importância do Psicólogo Hospitalar neste caso clínico?
Contribuiu positivamente para o bom andamento do atendimento ao paciente,
facilitando o tratamento e o manejo junto à mãe da criança e à equipe médica,
favorecendo, assim, a realização dos procedimentos, a definição do diagnóstico e a
alta hospitalar.

Qual foi o trabalho do Psicólogo no caso?


Detectou as dificuldades envolvidas no caso específico e também no tratamento
proposto. Identificou e aplicou os recursos disponíveis para o enfrentamento da
situação, tais como: Suporte emocional e auxílio psicológico para a mãe do paciente,
a fim de amenizar suas angústias. Utilização de técnicas de acolhimento e de
ludoterapia, com objetivo facilitar a administração do medicamento e garantir a
adesão da criança ao tratamento proposto, bem como atenuar sua ansiedade e seu
medo.

Qual manejo vocês acrescentariam neste atendimento?


Incluiríamos a mãe na brincadeira, após a criança estar envolvida com a atividade
lúdica. Desta forma, a mãe poderia aprender a intervir também de maneira lúdica
com a criança em outras situações, auxiliando no bom relacionamento entre elas.

Houve atendimento para a tríade paciente, família e equipe? Se não houve,


quais as sugestões de atendimento com cada público?
Houve. A psicóloga estagiária auxiliou a criança no processo de adaptação ao
ambiente hospitalar e na adesão ao tratamento proposto; ofereceu suporte
emocional à mãe da criança, promovendo, inclusive, um breve tempo de descanso a
ela; concedeu suporte técnico à equipe de enfermagem, ajudando na administração
da medicação indicada e tranquilizando a criança para a realização do exame
proposto.

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