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APS 1º Bimestre

Disciplina Bioquímica Clínica e Endocrinologia Laboratorial


Biomedicina
Série de Casos Clínicos

Isabelle Rocha
Isadora Baldon
Louise Assahida

Caso Clínico 1

Paciente sexo masculino, 60 anos, procurou atendimento médico no hospital de sua cidade
apresentando dor precordial intensa e persistente. Na avaliação, o paciente relatou ser
tabagista, não praticante de atividade física e portador de hipertensão arterial.
O exame físico: frequência cardíaca de 95 bpm e pressão arterial de 110/70 mmHg. Sem
alteração pulmonar. Coração revelou sopro sistólico em borda esternal esquerda baixa e
área mitral.
O eletrocardiograma demonstrou frequência de 100 bpm, ritmo sinusal, bloqueio
atrioventricular de 1.º grau e infarto anterior extenso em evolução (QS V1 a V6, ST supra
e QS em parede inferior, II, III e aVF).
https://www.scielo.br/j/abc/a/wp3HmYnymY7PnjYZN4g6TSk/?lang=pt

Com base no caso clínico responda:

1) Qual o diagnóstico?
Resposta: Infarto agudo do Miocárdio (IAM).

2) Quais marcadores bioquímicos do sangue podem ser solicitados para auxiliar no


diagnóstico final e na avaliação da evolução do paciente?
Resposta: Troponinas, isoenzima CK-MB e Mioglobina. Outros marcadores
pode ser utilizados com objetivo de auxiliar no daignóstico como: DHL, BNP e
AST. Atualmente a enzima quantificada considerada como padrão ouro é a CK-
MB, pois aumenta sua concentração rapidamente no musculo cardiaco e assim
determina um diagnóstico mais rápidamente.

3) Escolha dois dos marcadores que você relatou na questão acima e explique por
que eles podem auxiliar no diagnóstico e na avaliação da evolução do paciente?

Resposta: CK-MB e mioglobina. A CK-MB foi escolhida pois atualmente é considerada


como o marcador padrão ouro, assim como a CK ela se encontra aumentanda em casos de
lesões musculares, a diferença é que está enzima está predominantemente presente no
músculo cardíaco possibilitando obter uma maior especificidade no resultado. A
mioglobina foi a hemoproteína escolhida para ser quantificada pois após a isquemia os
nivéis destas macromoléculas tendem a normalizar entre 12 e 24 horas. Como o caso
clínico não informa que o paciente demorou apara ir ao hospital após sentir a dor, em
conjunto com a baixa especificidade da proteína , a quantificação de mioglobina é útil para
a exclusão do diagnóstico do IAM.
C

Caso Clínico 2

Mulher de 54 anos de idade foi internada com queixa de dor precordial intensa e
persistente que irradiava para o membro superior esquerdo. Relatou ser hipertensa,
diabética e realizar tratamento com estatina para o controle do colesterol. Um ano antes
apresentou complicações e foi diagnostica com acidente vascular cerebral isquêmico.

Ao exame físico foi constatada a hipertensão arterial (180/140 mmHg), peso 112kg, altura
165cm, pulso 70bpm. Ritmo cardíaco irregular. O restante do exame físico foi normal.

Aos exames de sangue: hemoglobina (14,0 g/dL), hematócrito (46%), creatinina (1,2
mg/dL), sódio sérico (140 mEq/L), (potássio 3,5 mEq/L). Perfil lipídico: colesterol total
(325 mg/dL) e triglicerídeos de (256 mg/dl). Glicemia (148) mg/dL.

Eletrocardiograma: revelou fibrilação atrial, frequência cardíaca média de 110 bpm,


supradesnível do segmento ST nas derivações II, III e aVF, com onda T positiva,
infradesnível de segmento ST em aVL e I.

Diagnóstico: infarto agudo do miocárdio de parede inferior em evolução.

https://www.scielo.br/j/abc/a/tdMBySshwLXkRjTgH3SzpPS/?lang=pt
Com base no caso clínico responda:

1) Quais foram os principais fatores de risco que levaram a paciente ao infarto agudo
do miocárdio (IAM)?
Resposta: hipertensão arterial sistemica e diabetes mellitus, são patologias que
danificam o revestimento das artérias, obstruindo os vasos sanguíneos, e como
consequencia aceleram o desenvolvimento de ateromas ocasionando em um
IAM.

2) Como a hipercolesterolemia e hiperglicemia persistente podem contribuir para a


formação da placa de ateroma?

Resposta: A hiperglicemia e hipercoleteromia induzem uma série de alterações


nos tecidos vasculares que acabam danificando o revestimento das artérias, a
elevada quantidade de glicose e ácidos graxos livres na corrente sanguínea afeta
C

a síntese e degradação de Oxido Nítrico (promotor do relaxamento da


musculatura do vaso), e como consequência potencializam a chance de
desenvolvimento e o processo de formação do ateroma.

3) Quais marcadores enzimáticos podem ser solicitados ao laboratório no âmbito de


um IAM?
Resposta: CK, principalmente a CK-MB e as Troponinas I e T.
C

Caso Clínico 3

Leia o caso clínico relatado no artigo anexado no AVA ou pelo link abaixo e responda as
questões.
Obs: não serão aceitas respostas em que houve cópia e cola na íntegra do artigo. O aluno
deve ler, entender e resumir as informações para responder as questões.

Artigo:
INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO (IAM) – RELATO DE CASO
Passos et al., Seminário científico UNIFACIG. 2019.
http://pensaracademico.unifacig.edu.br/index.php/semiariocientifico/article/view/1498

1) O que é o infarto agudo do miocárdio?


Resposta: A IAM é uma patologia desencadeada pela necrose do musculo do
miocárdio, o processo de necrose ocorre porconta da obstrução arterial fazendo
com que menos sangue pelas artérias, está falta de oxigenação do tecido (hipóxia)
faz com que as células passem por um pocesso progressivo de degeneração.

2) Quais foram os fatores de risco que contribuíram para o IAM apresentado pelo
paciente do caso clínico?
Resposta: Sexo masculino, negro, histórico familiar, tabagismo, alimentação
composta majoritariamente por carboidratos e lipídeos, sedentarismo,
sobrepeso e hipertensão.

3) Quais foram os quatro marcadores bioquímicos utilizados no diagnóstico e por


que eles alteram durante o IAM?
Resposta: Os marcadores bioquímicos utilizados foram a CK (creatina-quinase-
total), CK-BM, Troponina e Troponina I ULTRA. A CK corresponde a uma enzima
encontrada em altos níveis quando há presença de lesões musculares tanto
esqueléticas quanto cardíacas, em casos de IAM o marcador CK-BM que é
específicamente encontrado na musculatura cardiaca se encontra alterado, pois a
concentração desta enzima aumenta durante o processo de lesão muscular. A
troponina é uma das proteínas presentes nas células do musculo esquelético, são
quantificadas de forma aumentada em caso de danos celulares, o uso deste marcado
tornou o disgnóstico do caso clínico mais específico uma vez que a troponina é mais
específica para região cardíaca por detectar até pequenas lesões, enquanto a CK pode
ser encontrada em altos níveis tanto em lesões do músculo esquelético, quanto do
músculo cardíaco.

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