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Rio de Janeiro
2023
Bruna Vereda Diniz Rossi
Isabele Sumil Martins
Thamires da Silva Bezerra
Orientador:
Rio de Janeiro
2023
Bruna Vereda Diniz Rossi
De acordo com a NBR 6028, os resumos devem ser apresentados conforme segue: 3.1 O
resumo deve ressaltar o objetivo, o método, os resultados e as conclusões do documento. A
ordem e a extensão destes itens dependem do tipo de resumo (informativo ou indicativo) e do
tratamento que cada item recebe no documento original. 3.2 O resumo deve ser precedido da
referência do documento, com exceção do resumo inserido no próprio documento. 3.3 O
resumo deve ser composto de uma sequência de frases concisas, afirmativas e não de
enumeração de tópicos. Recomenda-se o uso de parágrafo único. 3.3.1 A primeira frase deve
ser significativa, explicando o tema principal do documento. A seguir, deve-se indicar a
informação sobre a categoria do tratamento (memória, estudo de caso, análise da situação
etc.).3.3.2 Deve- se usar o verbo na voz ativa e na terceira pessoa do singular. 3.3.3 As
palavras-chave devem figurar logo abaixo do resumo, antecedidas da expressão Palavras-
chave: separadas entre si por ponto e finalizadas também por ponto. 3.3.4 Devem-se evitar:
a)símbolos e contrações que não sejam de uso corrente; b)fórmulas, equações, diagramas etc.,
que não sejam absolutamente necessários; quando seu emprego for imprescindível, defini-los
na primeira vez que aparecerem. 3.3.5 Quanto a sua extensão os resumos devem ter: a) de 150
a 500 palavras os de trabalhos acadêmicos (teses, dissertações e outros) e relatórios técnico-
científicos; b) de 100 a 250 palavras os de artigos de periódicos; c)de 50 a 100 palavras os
destinados a indicações breves. (Este texto tem 253 palavras).
Palavras-chaves:
Norma técnicas; Resumo; Trabalho de conclusão de curso; Artigo;
Relatórios técnico-científicos.
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
BLW_________________________Baby Led-Weaning
BLISS________________________Baby Led Introduction to Solids
IAT_____________________________Introdução Alimentar Tradicional
MS___________________________Ministério da Saúde
OMS_________________________Organização Mundial da Saúde
SCIELO______________________Scientific
SBP_________________________ Sociedade Brasileira de Pediatria
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 7
2. OBJETIVOS 8
2.1 Objetivo Geral 8
2.2 Objetivo Específicos 8
3. JUSTIFICATIVA 9
4. METODOLOGIA 10
5. REVISÃO 11
5.1 Alimentação Infantil 11
5.1.1 Papel do Nutricionista 13
5.1.2 Baby Led-Weaning (BLW) 15
5.1.3 Baby Led Introduction To Solids (BLISS) 17
5.1.4 Método Tradicional 19
5.2 Interferência dos Hábitos Alimentares Familiar na introdução alimentar 21
5.2.1 Uso de telas 23
REFERÊNCIAS
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1. INTRODUÇÃO
Para garantir uma alimentação equilibrada para as crianças, os pais devem criar
uma rotina alimentar saudável com a inclusão de legumes, vegetais e frutas na dieta da
família. Alimentos ultraprocessados, ricos em calorias e pobres em vitaminas e
minerais, estão associados ao desenvolvimento da obesidade infantil. É importante
enfatizar que alimentos naturais, descascados, plantados e colhidos, são fontes ricas de
vitaminas e minerais essenciais para a saúde das crianças, conforme Instituto Nacional
da Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente (2022).
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2. OBJETIVOS
4. METODOLOGIA
Os estudos foram identificados nas bases de dados da Scientific Electronic Library Online
(Scielo), e Google Acadêmico, e nos sites da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do
Ministério da Saúde (MS). A busca foi realizada de Abril de 2023 à Junho de 2023, e considerou
também livros e sites oficiais. Tendo como critérios inclusivos artigos e publicações, escritos na
linguagem portuguesa dos últimos 10 anos (2013 a 2023), com base nos seguintes descritores:
nutrição infantil; introdução alimentar complementar; métodos de introdução alimentar, BLW,
tradicional e BLISS.
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5. REVISÃO
A alimentação infantil inicia-se com o aleitamento materno (AM), conforme preconizado pela
Organização Mundial da Saúde (OMS), exclusivo durante o primeiro semestre de vida e, após esse
período, complementado por outros alimentos pelo menos até os dois anos de idade (WHO, 2008;
BRASIL, 2019).
A partir do sexto mês de vida, as necessidades nutricionais da criança já não são mais supridas
somente com o leite materno, sendo necessária a introdução alimentar, que fornece para a criança
energia, proteínas, vitaminas e minerais. (OLIVEIRA; AVI, 2017; BRASIL 2019). Desse modo, é de
suma importância que a alimentação complementar seja adequada nutricionalmente para prevenir
morbimortalidades como desnutrição e sobrepeso. A correta introdução da alimentação complementar
e a sua continuidade refletem o ganho de peso adequado, bem como o controle da obesidade na
infância, adolescência e fase adulta (STADLER, et al., 2016).
A educação alimentar inicia-se muito cedo, logo nos primeiros meses de vida, quando são
construídos os hábitos alimentares, como espaçamento entre refeições e ritmo de deglutição. O
comportamento alimentar é determinado pela interação da criança com o alimento e o ambiente. A
criança aprende a gostar ou não de alimentos pela sua ingestão repetida, associando os sabores dos
alimentos com reação afetiva do contexto social e a satisfação fisiológica da alimentação. Aprende
também: o que comer; quando comer; por que certas substâncias são comestíveis e outras não.
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(LIMA et al.,2012)
O Guia Alimentar para Crianças Menores de 2 Anos, elaborado pelo Ministério da Saúde do
Brasil, é o documento de referência que oferece orientações sobre a alimentação adequada e
saudável para bebês e crianças nessa faixa etária. Ele é baseado em evidências científicas e
diretrizes nutricionais e tem como objetivo promover o crescimento e desenvolvimento saudáveis,
prevenir a desnutrição e o sobrepeso, e estabelecer hábitos alimentares saudáveis desde cedo,
conforme quadro 1.
Quadro 1.
Recomendação Características
Introdução de Após cerca de seis meses de idade, os bebês geralmente começam a ser
alimentos Sólidos introduzidos a alimentos sólidos, como purês de vegetais, frutas e grãos,
em adição ao leite materno ou fórmula.
Evitar Restrições Restringir excessivamente a dieta de uma criança pode levar a problemas
Excessivas nutricionais. É importante encontrar um equilíbrio entre promover
escolhas alimentares saudáveis e permitir alguma flexibilidade.
Ainda que haja algumas recomendações do início da introdução alimentar ser iniciado entre
4 e 6 meses, a Sociedade Brasileira de Pediatria sugere que seja iniciada após o 6º mês, quando o
desenvolvimento psicomotor e os sistemas digestivo e renal estão maduros para a inclusão de
alimentos que não sejam líquidos. A recomendação para crianças que não estão em aleitamento
materno é a mesma. (SBP, 2021)
A introdução alimentar é o processo pelo qual um bebê começa a receber alimentos sólidos
além do leite materno ou da fórmula. Existem vários métodos e abordagens para introdução
alimentar, e a escolha pode depender das preferências dos pais, das recomendações de profissionais
de saúde e do desenvolvimento do bebê. Aqui estão alguns métodos comuns de introdução
alimentar. Baby Led-Weaning (BLW), Baby Led Introduction to Solids (BLISS) e Método
tradicional. (SBP, 2021)
O papel do nutricionista na introdução alimentar é essencial para garantir que a criança receba os
nutrientes necessários para um crescimento saudável e desenvolva hábitos alimentares positivos
desde cedo. A orientação e a educação fornecidas por esses profissionais desempenham um papel
crucial na promoção de uma vida saudável e na prevenção de problemas de saúde a longo prazo.
Portanto, buscar a orientação de um nutricionista é uma etapa importante para pais e cuidadores
durante a introdução alimentar de seus filhos.
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O Baby-Led Weaning (BLW), em português significa desmame guiado pelo bebê e é uma
abordagem de introdução alimentar para bebês que permite que a criança se alimente de forma
autônoma e explore alimentos em pedaços em vez de receber alimentos em purês ou papas. Nesse
método, os pais oferecem alimentos adequados à idade da criança em pedaços ou tiras, e o bebê tem
a liberdade de pegar, tocar, cheirar, mastigar e comer esses alimentos por conta própria, usando suas
habilidades motoras e de coordenação. (ARANTES et al., 2018.)
Os alimentos devem ser os mesmos que a família consome, tornando a criança parte das
refeições em família. Além disso, ele enfatiza o respeito pela autorregulação alimentar da criança,
permitindo que ela decida quanto deseja comer. (GOMEZ et al., 2019.)
Ele deve ser iniciado após os cinco sinais de prontidão, que são: diminuição do reflexo de
protusão da língua, sentar sem apoio, ter interesse nos alimentos que a família come, segurar objetos
com as mãos e levar até a boca e ter no mínimo 6 meses. A introdução alimentar pelo meteórico
BLW deve ser iniciada apenas quando todos os sinais de prontidão forem alcançados. Nesse
momento, a criança já desenvolveu habilidades motoras que permitem segurar e levar alimentos à
boca com segurança. Os cuidadores escolhem alimentos apropriados para a idade, incluindo frutas
maduras, legumes cozidos e proteínas macias, todos preparados em pedaços grandes e bem cozidos
para evitar riscos de engasgo. (MENDONÇA et al., 2023.)
Durante as refeições em família, os alimentos são dispostos ao alcance do bebê em seu prato
ou cadeira de alimentação, permitindo que ele tenha autonomia para pegar, explorar e comer os
alimentos por conta própria. Os pais ou cuidadores desempenham um papel essencial ao
supervisionar de perto o bebê durante as refeições, garantindo sua segurança e estando preparados
para agir rapidamente em caso de engasgo. (SILVA, 2021.)
abordagem adaptada) e ocorrências de engasgamento. No entanto, observou-se que bebês cujos pais
relataram episódios de engasgamento e que seguiam a abordagem tradicional experimentaram uma
incidência consideravelmente maior de engasgamento ao consumir alimentos sólidos e purês em
comparação com bebês orientados pelo BLW. (BROWN, 2018.)
Um estudo realizado por Townsend e Pitchford (2011) identificou que bebês alimentados
pelo método BLW possuíam um percentil de IMC mais próximo do ideal, enquanto os bebês
alimentados pelo método tradicional tinham maior probabilidade de serem classificadas com
sobrepeso. O estudo também relata que bebês alimentados pelo BLW tiveram maior preferência na
escolha de alimentos saudáveis, que podem ajudar a prevenir a obesidade, quando comparados aos
alimentados pelo método tradicional. (TOWNSEND E PITCHFORD, 2011).
necessidades nutricionais.
Vantagens Desvantagens
Pode auxiliar na prevenção da obesidade O BLW pode ser desafiador para garantir que
infantil, já que capacita bebês a autorregular os bebês recebam todos os nutrientes
sua ingestão de alimentos, evitando excessos. necessários, especialmente ferro, uma vez que
(GOMES, et al., 2018.) alimentos ricos em ferro podem ser difíceis de
oferecer no início. (ARANTES, et al., 2018.)
Promove a autonomia de bebês, permitindo que O BLW envolve um risco potencial de engasgo,
participem ativamente das refeições familiares embora a asfixia seja rara. Pais devem estar
e desenvolvam habilidades de tomada de atentos aos sinais de engasgo e preparados para
decisão desde cedo. (ARANTES, et al., 2018.) agir prontamente. (BROWN, 2018.)
O BLW estimula a inclusão de bebês nas Alguns pais podem relatar resistência inicial ao
refeições familiares, criando um ambiente método devido a preocupações com engasgos e
propício para a adoção bem-sucedida do à necessidade de abrir mão de algum controle
método e fomentando interações familiares sobre a alimentação dos bebês. (BROWN,
saudáveis. (GOMEZ, et al., 2019.) 2018.)
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No BLISS, os cuidadores tem orientações adequadas para assegurar que o bebê receba os
nutrientes essenciais para seu desenvolvimento. Sobretudo na inclusão de alimentos ricos em ferro e
hipercalórico em todas as refeições. O foco na redução de risco de engasgo no processo, com
orientações sobre os cortes e texturas adequadas, também é uma pauta importante neste método.
Outras orientações especificas para evitar o engasgo incluem: oferecer alimentos grandes,
possibilitando que o bebê segure; provar os alimentos antes para certificar que não se fixe na
cavidade oral; não oferecer alimentos redondos; garantir que o bebê esteja sentado sempre com a
supervisão de um cuidador. (NUNES, et al., 2021).
Ainda não se tem certeza se o método BLISS poderia influenciar o processo de crescimento
das crianças. Até o momento, as evidências disponíveis não revelaram nenhum caso de crescimento
deficiente em crianças submetidas a esse método, nem diferenças significativas na taxa de
crescimento em comparação com grupos de alimentação convencional aos 12 meses de idade.
(DANIELS, et al., 2015).
Um estudo feito por Daniels e colaboradores (2018) mostrou que crianças alimentadas pelo
BLW modificado, o BLISS, pareciam ter maiores ingestão de ferro, zinco, vitamina c, vitamina b12
e cálcio do que as que seguiam o BLW não modificado. O estudo identificou que a taxa de
crescimento entre as crianças alimentadas pelo BLISS e pelo método tradicional eram similares, não
havendo diferenças significativas. (DANIELS, et al., 2018)
Vantagens Desvantagens
Maior enfoque nutricional, como alimentos ricos
Mais complexo que o BLW tradicional
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A Introdução Alimentar Tradicional (IAT) foi de grande importância em uma época que os
alimentos eram introduzidos muito precocemente e as opções ao leite materno eram escassas. O
início da introdução alimentar era recomendada aos 4 meses até o ano de 2002. Atualmente a
recomendação é a partir dos 6 meses, tendo em vista a maturação do sistema digestivo. (VIEIRA et
al., 2020; BRASIL 2019)
Os alimentos recomendados para a IAT são cereais, purês de frutas e vegetais, carnes
magras, dentre outros. Os alimentos são cozidos e amassados para uma textura considerada
adequada para o bebê. A transição para os sólidos na IAT é feita de forma gradual e espera-se que
até os 12 meses o bebê esteja se alimentando junto dos familiares. (BRASIL, 2019)
A introdução Alimentar Tradicional (IAT) é uma prática guiada pelo cuidador, que decide
quais alimentos a criança vai comer, a quantidade e o ritmo da alimentação. A oferta é feita através
de alimentos pastosos, em papas e purês, amassados com o garfo. (VIEIRA et al., 2020)
Para comunicar que não quer mais comer, o bebê mostra sinais como virar o rosto e não
abrir a boca. É necessário observar os sinais de fome e saciedade do bebê para não ultrapassar os
limites, já que lactentes possuem capacidade de autorregular. Além do mais, respeitar os sinais de
fome e saciedade são importantes no processo de formação da alimentação. Induzir o bebê a comer
além da sua fome pode prejudicar sua percepção de saciedade e apetite, podendo gerar um ganho de
peso excessivo. (BRASIL, 2019)
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Vantagens Desvantagens
Os pais têm controle direto sobre a seleção e Essa abordagem pode restringir a capacidade do
quantidade de alimentos oferecidos ao bebê. bebê de explorar os alimentos por conta própria,
já que os pais determinam o que e quanto é
oferecido.
A introdução de alimentos segue um processo A introdução gradual de texturas pode fazer com
gradual, começando com papas e purês e que o bebê seja relutante em aceitar alimentos
evoluindo para alimentos com texturas mais com texturas variadas, dificultando a transição
sólidas à medida que o bebê cresce. para a comida da família.
Os pais podem escolher alimentos que atendam Dependendo das escolhas dos pais, pode ocorrer
às necessidades nutricionais específicas do bebê, uma restrição excessiva de certos alimentos, o
assegurando uma dieta balanceada. que pode afetar a diversidade na dieta do bebê.
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É na infância que se inicia o desenvolvimento dos hábitos alimentares, sendo esta fase
considerada essencial para apresentar os alimentos ideais para cada idade, pois a alimentação e a
nutrição são elementos fundamentais para a proteção e para promoção da saúde, considerando que o
desenvolvimento alimentar na infância é gradual, longo e permanente (UNICEF, 2021).
Segundo Dantas e Silva (2019), os hábitos alimentares estão relacionados com fatores
genéticos e ambientais. Os fatores ambientais estão relacionados a influência da família na forma que
a criança come, processos psicossociais e culturais, bem como a maneira em que a criança é
influenciada socialmente, além do papel do ambiente em que vive.
As crianças não possuem autonomia na escolha dos alimentos, uma vez que ainda não
desenvolveram o conhecimento e a experiência necessários para tomar decisões baseadas na
qualidade nutricional. Nesse estágio, a responsabilidade de fornecer uma dieta equilibrada e
saudável recai principalmente sobre os pais ou cuidadores. (DO CARMO AZEVEDO LEUNG;
PASSADORE; DA SILVA, 2016).
O ambiente em que uma criança cresce tem um impacto significativo em sua saúde física e
mental, sendo o comportamento alimentar dos pais é um exemplo disso. As escolhas alimentares
dos pais muitas vezes influenciam as preferências alimentares das crianças. Se os pais têm hábitos
alimentares saudáveis, é mais provável que as crianças adotem esses mesmos hábitos. Por outro
lado, se os pais têm uma alimentação desequilibrada, as crianças podem seguir o exemplo (VILLA
et al., 2015).
Os pais e cuidadores têm um papel primordial na educação alimentar de seus filhos, pois são
considerados os primeiros educadores alimentares. O período de maior importância são os primeiros
anos de vida, pois além de promover interação familiar ainda auxilia no desenvolvimento do
paladar, no aprendizado de novos sabores e consistências, sendo importante a apresentação e
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exposição de novos alimentos em diversas formas e texturas para que a criança se familiarize com
eles e tenha o desejo pela alimentação (MENDONÇA, 2020).
A exposição a distratores e telas em geral se tornou uma parte inevitável da vida de adultos e
crianças. Isso se deve em grande parte ao avanço da tecnologia e à proliferação de dispositivos
eletrônicos, como smartphones, tablets, computadores e televisões. Esses dispositivos oferecem uma
ampla gama de atividades e entretenimento digital, o que pode resultar em uma exposição
significativa às telas já que o tempo excessivo de telas está associado a comportamentos alimentares
não saudáveis, como o aumento no consumo de lanches e alimentos densos em energia e a redução
da ingestão de frutas e vegetais (NOBRE et al).
O uso excessivo de telas, como redes sociais, videogames e streaming de mídia, pode gerar
impactos variados na saúde e no bem-estar das pessoas, especialmente das crianças. (NOBRE et al).
É de importância que os pais, cuidadores e indivíduos em geral estejam cientes dos possíveis
impactos negativos e busquem equilibrar o tempo gasto em frente às telas com atividades ao ar
livre, interação social e outras formas de entretenimento e aprendizado. Sendo fundamental também
estabelecer limites para o uso desses dispositivos eletrônicos e monitorar o tipo de conteúdo ao qual
estão sendo expostas.(NOBRE et al).
A Organização Mundial da Saúde (OMS,2019) emitiu diretrizes que recomendam limitar o uso
de telas em crianças, especialmente em lactentes e crianças menores de 2 anos. De acordo com essas
diretrizes, o uso de telas não é recomendado para lactentes, e para crianças com idades entre 2 e 3
anos, o tempo de tela não deve ultrapassar 1 hora por dia. Essas recomendações são baseadas em
preocupações com o desenvolvimento infantil, o sono e o bem-estar geral das crianças.
O estudo conduzido por NOBRE et al; que observou uma média de 1,8 horas de tempo de tela
por dia em 306 crianças com uma média de idade de 5,1 anos, é uma informação relevante que
ajuda a entender o uso de telas em crianças em uma faixa etária específica. Esses dados indicam
que, em média, as crianças nesse grupo etário estão passando aproximadamente 1,8 horas por dia
em frente a telas, como dispositivos eletrônicos e televisão. É importante notar que essa média está
dentro do limite recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS,2019) para crianças com
idades entre 2 e 3 anos, que é de não mais de 1 hora de tempo de tela por dia. No entanto, é
fundamental que os pais e cuidadores continuem a monitorar e garantir que o conteúdo a que essas
crianças estão expostas seja apropriado para suas idades e que o tempo de tela seja equilibrado com
outras atividades saudáveis, como brincar ao ar livre, interações sociais e tempo dedicado ao sono.
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REFERÊNCIAS
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