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ISABELLA CRISTINA CASTRO SOUZA

RELATÓRIO DE ATIVIDADES PRÁTICAS


ESTÁGIO ANÁLISES CLÍNICAS

TRINDADE

2021
• INTRODUÇÃO

Os exames laboratoriais são de extrema importância na atividade clínica. A correta


avaliação auxilia no reconhecimento das disfunções. Repetir testes duvidosos para controle de
qualidade mais efetivo garante confiabilidade aos resultados. Além de colaborar com o
diagnóstico, também desenvolve um papel muito importante na medicina preventiva. Diversas
patologias podem ser prevenidas com a realização desses exames. As análises clínicas são
executadas por farmacêuticos, biomédicos, bioquímicos e médicos. Esses profissionais são
supervisionados e tem seu trabalho validade pelo responsável técnico legal pelo laboratório
clínico.

2. OBJETIVOS

O objetivo do estágio de análises clínicas são:

• Promover atividades que permitem o desenvolvimento de competências, capacidade e


habilidades requeridas para a formação profissional;

• Possibilitar o acadêmico a oportunidade de aplicar e ampliar os conhecimentos técnicos;

• Compreender as ações dos profissionais habilitados de análises clínicas e a


responsabilidade técnica no laboratório, pois é o profissional responsável orientação,
supervisão e garantia de qualidade dos serviços prestados pelo laboratório;

• Conhecer os testes laboratoriais de rotina realizadas em cada setor, hematologia,


imunologia, parasitologia e a bioquímica;

• Conhecer as metodologias analíticas aplicadas nos testes automatizados;

• Conhecer todas as etapas de processo desde a coleta do material até os processamentos


das amostras no laboratório;

• Verificar a vivência do ambiente de trabalho, colocando o estudante em condições de


atuar no mercado com competência.

3. MATERIAIS E MÉTODOS
Primeiramente iniciamos paramentados: jaleco, calça comprida, sapatos totalmente
fechados, luvas, toucas, máscara e nenhum adorno e sempre lavar as mãos antes de realizar
qualquer procedimento.

Materiais utilizados na coleta: seringas, agulhas, garrote, algodão, álcool 70%, curativos e
tubos.
Iniciamos com nossos superiores nos mostrando para que serve cada tubo, como
fazemos a venopunção, mostrando a importância das identificações dos pacientes para não
ocorrer troca das amostras, alertando-nos sempre para não deixar o braço do paciente por mais
de 1 minuto garroteado para não causar hemólise.

A coleta começa na recepção realizando a ficha do paciente, com número de


identificação, nome e se ele utiliza algum tipo de medicamento contínuo, pegamos a ficha e
começamos a fazer a identificação dos tubos dos exames específicos e sempre antes de colher
perguntamos se estão de jejum, se tomou alguma medicação e se faz algum tipo de tratamento,
após esse processo iniciamos a coleta garroteando o braço e sentindo a veia do paciente, sempre
apalpando e sentindo o calibre da veia, sentimos primeiro a veia da fossa cubital, se não
encontramos passamos para a região das metacarpianas dorsais, se acaso não conseguindo sentir
a veia do paciente, recorremos aos nossos superiores. Ao sentir a veia, com auxílio do algodão
e álcool fazemos a antissepsia do local e realizamos a pulsão e por fim desgarroteamos
colocamos algodão limpo e sem álcool, colocamos o curativo e passamos toda amostra de
sangue nos respectivos tubos rapidamente para que não ocorra a coagulado sangue e lembrando
sempre que exames do hemograma no tubo EDTA sempre homogeneizar de 5 a 10 vezes antes
de reservar, descartamos as agulhas na caixa de perfuro cortantes e a seringa, algodão e as luvas
dentro do lixo infectante. Após a coleta os tubos de soro vão diretos para a centrifuga, o de
EDTA e o VHS vão para a máquina de homogeneizar, recolhemos amostra que os pacientes
trazem de fezes e urina e vão para parasitologia e microbiologia.

Exames de Hemograma

No Hemograma utilizamos materiais: Tubo de amostra EDTA e o aparelho


hematológico. No hemograma passamos as amostras que ficam sempre sendo
homogeneizadas, destampamos os tubos de EDTA e com auxílio do aparelho hematológico
colocamos a mostra na agulha do aparelho e ele suja a ponta da agulha de amostra em seguida
ele dá os valores que deram os exames, sempre quando exame da baixo, realizamos o teste
mais duas vezes para ter certeza do resultado, verificamos valores de referência com o
resultado para ver se estão dentro do normal, porém os resultados mudam de acordo com a
idade e sexo. Sempre observando os leucócitos, plaquetas e hemoglobina.

Após realizarmos o processo no aparelho hematológico, vamos para os esfregaços.


Materiais para esfregaço: Lâminas, tubo de amostra, pipeta, ponteira, água deionizada, álcool
70% e papel toalha. Iniciamos com a lâmina limpa e identificamos na parte fosca as inicias dos
pacientes. Sempre fazemos 2 esfregaços para que uma delas fique de reserva, anotamos o
número da ficha e data, em uma lâmina extensora passamos um pouco de água deionizada para
que fique melhor na hora de deslizar o sangue, com uma pipeta colocamos uma gota de sangue
na lâmina e com auxílio da extensora o sangue se espalhara pela a borda da mesma, puxamos
um pouco e em seguida em um angulo menor que 30 graus deslizamos o sangue para as
extremidades da lâmina, sempre observando para que o sangue deixei um calda para fazermos
a contagem de diferencial, após isso deixamos o esfregaço secar por 40 minutos.

Coloração do esfregaço de sangue, materiais: corante, cronometro, água deionizada.


Nesta etapa após o esfregaço secar vamos fazer a coloração da lâmina, escolhemos 1 lâmina
por paciente e começamos com mistura de dois corantes, Azul de Metileno e Eosina, cobrimos
e deixamos por 3 minutos, após isso jogamos água deionizada por cima da lâmina e deixamos
por mais 1 minuto e por fim utilizamos água deionizada e corante May-Grundwald, a cada 1ml
de água deionizada colocávamos 1 gota do corante May-Grubdwald, colocamos os preparos
nas lâminas e deixamos por 12 minutos e após isso colocamos as lâminas para secar com a parte
fosca da lâmina virada para cima.

Contagem Diferencial de células, depois de realizarmos a coloração das lâminas, vamos


para o diferencial, precisaremos da lâmina corada e um microscópio, começamos com tamanho
de 10 até a lâmina focar, passamos para de 40 e colocamos um pouco de óleo para não danificar
a lente do microscópio, aumentamos para 100 e escolhemos o melhor lugar para realizar a
contagem do diferencial, sempre escolhendo um lugar que as células e hemácias não fiquem
sobrepostas umas nas outras. No diferencial fazemos contagem de 100 células sendo elas:
Neutrófilos segmentados, neutrófilos bastonetes, Linfócitos, Monócitos, Eosinófilos e
Basófilos, sempre colocamos os resultados na ficha do paciente.

Grupo Sanguíneo com lavagem das hemácias, utilizamos de materiais: pipeta, ponteira,
tubos de ensaios de vidro, reagentes, solução salina, amostra do paciente já centrifugada para
separar hemácias do plasma, iniciamos colocando 1000ul de solução salina no tubo e
acrescentamos 100ul de hemácias, colocamos para centrífuga por 1 minuto, após retiramos todo
a solução salina do tubo sem que suba hemácias e acrescentamos mais 1000ul de solução
salinas, repetindo esse processo mais 2x, após realizar as lavagem das hemácias pegamos 5
tubos e identificamos anti A, anti B, anti AB, Anti D e Controle RH, colocamos 950ul solução
salina e 50ul das hemácias que foram lavadas e homogeneizada, por fim colocamos o 50ul de
reagente com auxílio da pipeta e colocamos nos tubos, levamos para centrifugar por 15
segundos, verificamos qual amostra aglutinou, se estiver aglutinada é o tipo sanguíneo da
pessoa, se fator RH aglutinar o sangue é positivo.

Grupo sanguíneo na Lâmina, utilizamos lâmina, lanceta, algodão, álcool, e pipeta,


começamos fazendo antissepsia do dedo do paciente e com auxílio da lanceta furamos o dedo
e pingamos 3 gotas separadas na lâmina utilizamos reagente anti A e anti B e fator RH,
pingamos 1 gota em cada amostra e esperamos aglutinar, se por acaso o A e B não aglutinar,
então o tipo sanguíneo será O, se o fator RH aglutinar seria O+.

VHS Velocidade de Hemossedimentação, utilizamos tubo específico onde tem dois


meniscos, na coleta precisamos colocar sangue até o primeiro menisco, colocamos o tubo em
um suporte e colocamos o segundo menisco em 0mm e deixamos ele no suporte por 1 hora,
após esse tempo verificamos quanto do sangue desceu e anotamos os resultados na ficha do
paciente.
Exames de Imunologia

Proteína C reativa, utilizamos pipeta, ponteira, reagente e amostra centrifugada, placas


de leitura e tubos de ensaios. Iniciamos fazendo o controle positivo e negativo, na placa
colocamos 20ul positivo e 20ul reagente e mesmo valores para controle negativo, pegamos 20ul
da amostra do paciente e 20ul de reagente, verificamos na placa que o controle positivo fica
todo aglutinado e negativo fica normal, se o soro do paciente ficar positivo precisamos utilizar
tubos de ensaios para fazer diluições 1:2, 1:4, 1:6, 1:8, sucessivamente até que pare de aglutinar,
se aglutinar até 1:4 colocamos na ficha paciente 4mg/ml.

Fator reumatoide, utilizamos pipeta, ponteira, reagente e amostra centrifugada, placas


de leitura, tubos de ensaios. Iniciamos com fazendo o controle positivo e negativo na placa
colocamos 20ul positivo e 20ul reagente e mesmo valores para controle negativo, pegamos 20ul
da amostra do paciente e 20ul de reagente, verificamos na placa que controle positivo fica todo
aglutinado e negativo fica normal, se o soro paciente ficar positivo precisamos utilizar tubos de
ensaios para fazer diluições 1:2, 1:4, 1:6, 1:8, 1:16 até 1:32 até que pare de aglutinar, se aglutinar
até 1:4 colocamos na ficha do paciente.

Aso, utilizamos pipeta, ponteira, reagente e amostra centrifugada, placas de leitura,


tubos de ensaios. Iniciamos com fazendo o controle positivo e negativo na placa colocamos
20ul positivo e 20ul reagente e mesmo valores para controle negativo, pegamos 20ul da amostra
do paciente e 20ul de reagente, verificamos na placa que controle positivo fica todo aglutinado
e negativo fica normal, se o soro paciente ficar positivo precisamos utilizar tubos de ensaios
para fazer diluições 1:2 ,1:4, 1:6, 1:8,1:16 até 1:32 até que pare de aglutinar, se aglutinar até
1:4 colocamos na ficha do paciente.

VDRL, utilizamos pipeta, reagente, amostra plasma do paciente, pipeta, e placa de


Kline, solução salina. Iniciamos fazendo controle positivo e negativo com 50ul do controle e
50ul reagente, após iniciamos com plasma do paciente sempre fazendo de 1:4, colocamos 50ul
solução salina de 1:2 e 1:4, na amostra colocamos 50ul homogeneizamos, pegando 50ul e
passando para 1:4 homogeneizar e depois desprezar 50ul, adicionamos 50ul de reagente em
todos e levamos para microscópio, se na lâmina estiver com algumas floculações, a amostra é
positiva.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Em relação a coleta tivemos ótimas coletas, sem muitos problemas, porém os resultados
dos exames podem variar por causa da idade, peso, algum tratamento que o paciente faz e sexo.
Podemos ter problemas nas coletas por causa das veias de algumas pessoas que saem do lugar,
principalmente em idosos e também tivemos problemas com as crianças por ficarmos com
medo de coletar delas.

Com exame no aparelho hematológico quase não tivemos problemas em passar as


amostras, só precisávamos ficar de olho no reagente do aparelho se acaso tivesse acabando
poderia alterar nos resultados dos exames, mas sempre que víamos algo estranho nos resultados
sempre passávamos novamente e olhávamos os reagentes.

Esfregaço precisávamos tomar cuidado para a lâmina não estar engordurada, não fazer
um esfregaço até o final da lâmina e sempre a fazer o esfregaço terminar com uma calda.

Contagem diferencial realizávamos no microscópio contando até dar 100 células,


Neutrófilos Segmentados, Bastonetes, Eosinófilos, Basófilo e Monócitos e o resultados
poderiam varia pela parte que você iniciou a contagem e também podemos verificar diferenças
nas hemácias, porém não realizei muitas contagens, mas as que eu fiz ficaram próximas da
contagem da técnica responsável pelo laboratório.

Grupo Sanguíneos fiz poucas por lavagem de hemácias, mas fiz sempre com a
orientação dos supervisores, tivemos resultados ótimos sem nenhum erro, por não ter realizado
muito grupo sanguíneo nunca visualizei o tipo sanguíneo que fosse negativo, apenas quando
RH aglutina fazendo o ser positivo.

VHS Hemossedimentação serve para identificar se o paciente está com alguma


inflamação ou infecção é um exame simples de fazer, porém tivemos problema por causa do
sangue não estar no segundo menisco, ficou complicado para colocarmos o tubo em 0mm,
porém quando fomos pegar resultado levantamos um pouco o tubo para que ficasse em 0mm e
sabermos o resultado do exame.

Exames de Imunologia fiz bastante PCR, ASLO, FR, e são exames simples e os
métodos de fazer os exames são muito parecidas até mesmo as dosagens, sempre que
finalizava esse exame eu mostrava o resultado para algum superior antes de confirmar na
ficha e até mesmo anotar no caderno, tive apenas 1 vez PCR deu positivo e tive que fazer a
dissolução, porém foi bem tranquilo.

VDRL Sífilis, esse exame realizei muitas vezes também, porém nunca realizei ele
quando deu positivo, os que eu fiz sempre deram negativos, é um exame simples de fazer,
porém tem que tomar bastante cuidado ao observar no microscópio, mas sempre fui mostrando
os resultados para um superior para que não ocorra erros.

Após finalizar todos os exames, passamos para nossos superiores e eles verificam se
estão todos corretos antes de passar para o paciente, os exames que descrevi foram que
participei ativamente, na maioria das vezes sozinha, mas sempre mostrando os resultados de
alguns deles para os superiores antes de escrever no caderno que anotamos todos os resultados,
alguns exames eu somente observei. Exemplo: Parasitologia, Microbiologia e Bioquímica.
Observamos a importância de todos os exames para o diagnóstico e prognóstico de todos os
pacientes, para realizar tratamento adequado para cada um.

5. CONCLUSÃO
Esse estágio foi uma ótima experiência para adquirir novos conhecimentos de várias
funções do laboratório desde coleta até os exames, tivemos experiência realmente
enriquecedora, estivemos com ótimos profissionais sempre dispostos a ensinar e ajudar quando
precisamos, realizamos tudo feito da melhor forma possível, levando sempre o melhor resultado
para paciente para que ele tenha o melhor tratamento, todo o processo realizado com
responsabilidade e seriedade. É certo que nem sempre foi perfeito, houve momentos mais
difíceis de gerir, foi surgindo dúvidas em processos mais difíceis que tive muita dificuldade,
mas com muita dedicação e por ajuda dos superiores vencemos a dificuldade.

REFERÊNCIAS

A importância da realização de exames laboratoriais na saúde. nome site: Laboratório Vida


disponível em link: https://labvidagoiania.com.br/exames-laboratoriais/ acesso dia 04 de
novembro de 2023

Nome site. By beep saúde. Para que serve o hemograma e como interpretar esse exame de
sangue? Disponível em link: https://beepsaude.com.br/beepexplica-exames-de-rotina-2-o-
hemograma/ acesso dia 04 de novembro de 2023

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