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INDICE

INTRODUÇÃO...........................................................................................................................2
SINDROME DO OVÁRIO POLICÍSTICO.............................................................................3
Sinais e sintomas......................................................................................................................3
Complicações............................................................................................................................3
Diagnóstico da síndrome do ovário policístico (SOPC).......................................................4
Diagnóstico da síndrome do ovário policístico (SOPC) em meninas adolescentes........5
Tratamento da síndrome do ovário policístico (SOPC).......................................................5
Tratamento das comorbidades...........................................................................................7
CONCLUSÃO.............................................................................................................................8
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................................9

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INTRODUÇÃO

A Síndrome dos Ovários Policísticos (PCOS) é uma endocrinopatia frequente em mulheres em


idade reprodutiva e que se caracteriza por anovulação crônica e manifestações de
hiperandrogenismo. Além dos distúrbios reprodutivos, as pacientes com PCOS apresentam
frequentemente resistência insulínica, obesidade e dislipidemia. Sabe-se que alguns
micronutrientes podem estar relacionados com essas alterações metabólicas, como o magnésio
e o zinco que podem contribuir para a sensibilidade insulínica.
A ingestão de sódio se relaciona com hipertensão arterial que é também mais prevalente em
PCOS. Há relatos, ainda, que mostram a contribuição do cálcio da dieta na redução de peso.
Estudos que analisam padrão alimentar sugerem que pacientes com PCOS apresentam consumo
elevado de gordura total, saturada e sódio e reduzido de carboidratos e fibras em comparação
com controles.

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SINDROME DO OVÁRIO POLICÍSTICO

Os ovários são dois órgãos localizados um de cada lado do útero, responsáveis pela produção
dos hormônios sexuais femininos.

A síndrome dos ovários policísticos é um distúrbio hormonal muito comum, caracterizado pela
presença de cistos – pequenas bolsas que contêm material líquido ou semissólido – que pode
causar problemas simples, como irregularidade menstrual e acne, até outros mais graves, como
obesidade e infertilidade.

A diferença entre cisto no ovário e ovário policístico está no tamanho e na quantidade de cistos.

Sinais e sintomas

Os sintomas da síndrome do ovário policístico costumam começar durante a puberdade e


pioram com o passar do tempo. Em geral, a disfunção ovulatória manifesta-se na puberdade,
resultando em amenorreia primária; assim, é improvável que haja síndrome do ovário
policístico se houve menstruações regulares por um tempo após a menarca. Adrenarca precoce
é comum, causada por excesso de sulfato de desidroepiandrosterona (SDHEA) e
frequentemente crescimento precoce dos pelos axilares, odor corporal e acne microcomedonal.

Os sintomas típicos incluem menstruação irregular, geralmente oligomenorreia, amenorreia,


obesidade leve e hirsutismo leve. Mas em cerca de metade das mulheres com síndrome dos
ovários policísticos, o peso é normal, e algumas mulheres estão abaixo do peso. Pelos do corpo
podem crescer em um padrão masculino (p. ex., lábio superior, queixo, costas, polegares e
dedos dos pés; ao redor dos mamilos; e ao longo da linha alba do abdome inferior). Algumas
mulheres têm acne e outras apresentam sinais de virilização, como afinamento dos pelos
temporais.

Outros sintomas podem incluir ganho de peso (às vezes aparentemente difícil de controlar),
fadiga, baixa energia, problemas relacionados ao sono (incluindo apneia do sono), mudanças de
humor, depressão, ansiedade e cefaleias. Em algumas mulheres, a fertilidade é comprometida.
Os sintomas variam de uma mulher para outra.

Áreas de espessamento e escurecimento da pele (acantose nigricante) podem aparecer nas


axilas, na base do pescoço e nas dobras da pele e articulações dos dedos e/ou cotovelos; a causa
é altos níveis de insulina devido à resistência à insulina.

Se mulheres com SOPC engravidarem e se houver obesidade, o risco de complicações na


gestação é maior. Essas complicações incluem diabetes gestacional, parto prematuro e pré-
eclâmpsia.

Complicações

A síndrome do ovário policístico tem várias potenciais complicações significativas. A


infertilidade está relacionada à disfunção ovulatória. Os níveis de estrogênio são elevados,
aumentando o risco de hiperplasia endometrial e, potencialmente, câncer endometrial.

Os níveis de androgênios são muitas vezes elevados, aumentando o risco da síndrome


metabólica e obesidade e causando hirsutismo.
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Hiperinsulinemia, devido à resistência à insulina pode esta presente e pode contribuir para o
aumento da produção ovariana de androgênios.

A longo prazo, o hiperandrogenismo aumenta o risco de doenças cardiovasculares, incluindo


hipertensão e hiperlipidemia. O risco de excesso de androgênios e suas complicações podem
ser tão alta em mulheres que não estão acima do peso, como naqueles que são.

A calcificação das artérias coronárias e o espessamento da camadas média e íntima da carótida


são mais comuns em mulheres com síndrome do ovário policístico (SOPC), sugerindo uma
possível aterosclerose subclínica.

O diabetes mellitus tipo 2 e o prejuízo na tolerância à glicose são mais comuns e o risco de
apneia obstrutiva do sono é maior.

Estudos indicam que a síndrome dos ovários policísticos (SOPC) está associada à inflamação
crônica de baixo grau e que as mulheres com SOPC têm maior risco de esteatose hepática não
alcoólica (1).

Diagnóstico da síndrome do ovário policístico (SOPC)

 Critérios clínicos
 Ultrassonografia pélvica
 Exames para excluir outras doenças endocrinológicas, como medição dos níveis séricos
de testosterona, hormônio foliculoestimulante (FSH), prolactina e hormônio estimulante
da tireoide (TSH)

Suspeita-se de SOPC se as mulheres têm pelo menos dois sintomas típicos (ex: menstruação
irregular, hirsutismo).

Para o diagnóstico, são necessários 2 dos 3 critérios a seguir:

 Disfunção ovulatória causando irregularidade menstrual


 Evidência clínica ou laboratorial de hiperandrogenismo
 10 folículos por ovário (detectados na ultrassonografia pélvica), geralmente na periferia,
parecendo um colar de pérolas

Os exames consistem em testes de gravidez e medição de FSH, prolactina e TSH para excluir
outras possíveis causas dos sintomas.

Realiza-se ultrassonografia transvaginal para detectar ovários policísticos e excluir outras


possíveis causas para os sintomas. Entretanto, não se realiza ultrassonografia transvaginal em
meninas adolescentes (ver abaixo).

O diagnóstico não se baseia na medição dos andrógenos séricos. Para pacientes que atendem
aos critérios diagnósticos, deve-se excluir outras causas de hirsutismo ou virilização (p. ex.,
tumores secretores de andrógenos) medindo os níveis séricos de andrógenos, incluindo

 Testosterona total
 Mede-se a 17-hidroxiprogesterona sérica no início da manhã para excluir virilismo
adrenal
 Se DHEAS está anormal, a paciente é avaliada como para amenorreia
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Os níveis séricos de testosterona livre são mais sensíveis do que de testosterona total, mas são
tecnicamente mais difíceis de medir (ver algoritmo Diagnóstico do hipogonadismo primário e-
secundário). Testosterona normal a levemente aumentada e níveis normal a levemente
diminuídos de FSH sugerem síndrome dos ovários policísticos.

Além disso, medem-se os níveis séricos de cortisol para excluir síndrome de Cushing.

Diagnóstico da síndrome do ovário policístico (SOPC) em meninas adolescentes

O diagnóstico da SOPC em adolescentes é complicado porque as alterações fisiológicas durante


a puberdade (p. ex., hiperandrogenismo, irregularidade menstrual) são semelhantes às
características da SOPC. Assim, sugeriu-se diferenciar os critérios para o diagnóstico da SOPC
em adolescentes (1): entretanto, nenhum consenso foi alcançado. Esses critérios exigem que
ambas as condições a seguir estejam presentes:

 Padrão de sangramento uterino anormal (anormal para a idade ou idade ginecológica ou


sintomas que persistem por 1 a 2 anos)
 Evidência de hiperandrogenismo [com base em níveis persistentemente elevados de
testosterona, acima daqueles normais para adultos (a melhor evidência), hirsutismo
moderado a grave ou acne vulgar inflamatória moderada a grave como uma indicação
para testar à procura de hiperandrogenemia]

Muitas vezes, também realiza-se um teste de 17-hidroxiprogesterona em adolescentes para


verificar a presença de hiperplasia adrenal congênita não clássica.

Em geral, indica-se ultrassonografia pélvica se os níveis séricos de androgênio ou o grau de


virilização sugerem tumor ovariano. Em geral, não se utiliza ultrassonografia transvaginal para
diagnosticar a SOPC em meninas adolescentes porque este exame detecta morfologia
policística em < 40% das meninas e, se utilizada isoladamente, não prediz a presença ou
desenvolvimento da SOPC.

Tratamento da síndrome do ovário policístico (SOPC)

 Normalmente, contraceptivos ou progestinas de estrogênio/progestina


 Às vezes, metformina ou outros sensibilizadores da ação da insulina
 Controle do hirsutismo e, em mulheres adultas, dos riscos de anormalidades hormonais
a longo prazo
 Tratamento de infertilidade em mulheres que desejam a gestação

O objetivo do tratamento da síndrome do ovário policístico é

 Tratar as anormalidades hormonais e metabólicas e, assim, reduzir os riscos de excesso


de estrogênio (p. ex., hiperplasia endometrial) e excesso de androgênio (p. ex., diabetes,
doenças cardiovasculares)
 Aliviar os sintomas
 Tratar infertilidade

Usam-se fármacos hormonais para provocar a descamação regular do endométrio e reduzir o


risco de hiperplasia endometrial e câncer.

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Mulheres geralmente recebem uma progestina intermitente (p. ex., medroxiprogesterona, 5 a 10
mg por via oral uma vez ao dia, por 10 a 14 dias a cada 1 a 2 meses) ou uma combinação de
contraceptivos orais. Esses tratamentos também reduzem os androgênios na circulação e,
geralmente, ajudam a tornar os ciclos menstruais mais regulares.

Contraceptivos hormonais são a terapia de primeira linha para anormalidades menstruais,


hirsutismo e acne em mulheres com síndrome dos ovários policísticos e que não desejam
engravidar.

Utilizam-se mudanças no estilo de vida e abordagens farmacológicas para tratar a


insensibilidade à insulina.

Se obesidade estiver presente, incentiva-se a perda ponderal e exercícios regulares. Elas podem
ajudar na indução da ovulação, tornar os ciclos menstruais mais regulares, aumentar a
sensibilidade à insulina e reduzir a acantose nigricante e o hirsutismo. A perda ponderal
também pode ajudar a melhorar a fertilidade. A cirurgia bariátrica pode ser uma opção para
algumas mulheres com SOP (1). Mas é improvável que a perda ponderal beneficie mulheres
com síndrome dos ovários policísticos e peso normal.

Usa-se metformina 500 mg a 1000 mg duas vezes ao dia para ajudar a aumentar a sensibilidade
à insulina nas mulheres com síndrome dos ovários policísticos, menstruações irregulares e
diabetes ou resistência à insulina se modificações no estilo de vida são ineficazes ou se não
podem tomar ou não conseguem tolerar contraceptivos hormonais. A metformina também pode
reduzir os níveis de testosterona livre. Quando a metformina é usada, os níveis de glicose
devem ser medidos e as funções renal e hepática avaliadas periodicamente. Como a metformina
pode induzir a ovulação, um contraceptivo deve ser prescrito, se a mulher não deseja
engravidar. Metformina ajuda a corrigir as anormalidades metabólicas e glicêmicas e torna os
ciclos menstruais mais regulares, mas tem pouco ou nenhum efeito benéfico sobre o hirsutismo,
a acne ou a infertilidade.

Estão sendo estudados sensibilizadores da ação insulina (p. ex., agonistas do receptor do
peptídeo 1 semelhante ao glucagon ou tiazolidinedionas) combinados com a metformina (2).
Outros estudos estão avaliando o papel dos tratamentos da microbiota para a SOP (3).

Muitas pacientes com SOP têm infertilidade, e deve-se encaminhar aquelas que desejam
engravidar a especialistas em infertilidade. Utilizam-se tratamentos para infertilidade (p. ex.,
clomifeno). Clomifeno é atualmente a terapia de primeira linha para a infertilidade. A perda
ponderal também pode ajudar. A terapia hormonal que pode ter efeito contraceptivo deve ser
evitada. Também pode-se administrar letrozol, um inibidor da aromatase, para estimular a
ovulação. Também pode-se tentar outros fármacos para fertilidade. Incluem hormônio
estimulante de folículos (FSH) para estimular os ovários, um agonista do hormônio liberador de
gonadotropina (GnRH) para estimular a liberação de FSH e gonadotropina coriônica humana
(hCG) para desencadear a ovulação.

Se clomifeno e outros fármacos não são bem-sucedidos ou se há outras indicações para


laparoscopia, pode-se considerar perfuração ovariana laparoscópica; entretanto, possíveis
complicações a longo prazo da perfuração (p. ex., aderências, insuficiência ovariana) devem ser
consideradas. A perfuração ovariana envolve o uso de eletrocautério ou laser para perfurar
pequenas áreas dos ovários que produzem andrógenos. Não se recomenda ressecção ovariana
em cunha.

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Como as mulheres com obesidade relacionada à SOPC têm maior risco de complicações na
gestação (como diabetes gestacional, parto prematuro e pré-eclâmpsia), recomenda-se a
avaliação pré-concepção do índice de massa corporal, pressão arterial e tolerância oral à
glicose.

Para hirsutismo, deve ser realizado tratamento estético (p. ex., eletrólise, depilação,
clareamento) (4). Eflornitina creme a 13,9% duas vezes ao dia pode ajudar a remover pelos
faciais indesejados.

Em mulheres adultas que não desejam engravidar, pode-se tentar terapia hormonal que reduza
os níveis de andrógenos ou espironolactona. Espironolactona, 50 a 100 mg, duas vezes ao dia, é
eficaz, mas como esse fármaco pode ter efeitos teratogênicos, contracepção eficaz é necessária.
A ciproterona, um antiandrógeno (não disponível nos Estados Unidos), reduz a quantidade de
pelos corporais indesejáveis em 50 a 75% das mulheres afetadas. A redução ponderal diminui a
produção de androgênios em mulheres obesas; portanto, pode diminuir o crescimento de pelos.

Agonistas e antagonistas do GnRH estão sendo estudados como tratamento para pelos corporais
indesejáveis. Os dois tipos de fármacos inibem a produção de hormônios sexuais pelos ovários.
Mas ambos podem causar perda óssea e levar à osteoporose.

Acne podem ser tratada com os fármacos convencionais (p. ex., peróxido de benzoílo, creme de
tretinoína, antibióticos orais e tópicos). Utiliza-se isotretinoína sistêmica apenas para casos
graves.

Tratamento das comorbidades

Como o risco de depressão e ansiedade aumenta na síndrome dos ovários policísticos, deve-se
monitorar esses problemas nas mulheres e adolescentes com síndrome do ovário policístico
com base na história e, se um problema é identificado, deve-se encaminhá-las a um profissional
de saúde mental e/ou tratá-las conforme necessário.

Deve-se testar em adolescentes e mulheres com SOC e sobrepeso ou obesidade os sintomas de


apneia obstrutiva do sono usando polissonografia e tratá-las conforme necessário.

Como a síndrome dos ovários policísticos pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares, é
necessário encaminhamento a um especialista cardiovascular para prevenção destas doenças se
as mulheres com síndrome do ovário policísticotêm um dos seguintes:

 História familiar de doenças cardiovasculares de início precoce


 Tabagismo
 Diabetes mellitus
 Hipertensão
 Dislipidemia
 Apneia do sono
 Obesidade abdominal (como na síndrome metabólica)

Os médicos devem avaliar o risco cardiovascular determinando o índice de massa corporal


(IMC), medindo os níveis de lipídios e lipoproteínas em jejum e identificando os fatores de
risco para síndrome metabólica. Mulheres adultas com síndrome dos ovários policísticos são
avaliadas quanto à síndrome metabólica medindo a pressão arterial e, geralmente, glicose e
lipídios no soro (perfil lipídico). Deve-se realizar testes à procura de calcificação da artéria
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coronária e espessamento das camadas média e íntima da carótida em busca de aterosclerose
subclínica.

Deve-se monitorar nas mulheres com sangramento vaginal anormal a presença de hiperplasia
ou carcinoma endometrial usando biópsia endometrial e/ou ultrassonografia transvaginal ou
histeroscopia no consultório.

CONCLUSÃO

Os ovários são dois órgãos localizados um de cada lado do útero, responsáveis pela produção
dos hormônios sexuais femininos.

A síndrome dos ovários policísticos é um distúrbio hormonal muito comum, caracterizado pela
presença de cistos – pequenas bolsas que contêm material líquido ou semissólido – que pode
causar problemas simples, como irregularidade menstrual e acne, até outros mais graves, como
obesidade e infertilidade.

É importante acrescentar que por meio das nossas pesquisas chegamos a conclusão que Ainda
não se conhece a causa específica da síndrome do ovário policístico, mas sabe-se que metade
das mulheres com essa síndrome têm problemas hormonais, como excesso de produção de
insulina pelo pâncreas e o restante apresenta problemas nas glândulas hipotálamo, hipófise e
adrenais, produzindo maior quantidade de hormônios masculinos. Ocorre principalmente em
mulheres com idade entre 30 e 40 anos.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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criteria, epidemiology, pathophysiology, and molecular genetics of polycystic ovary syndrome.
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Rocha AL, Oliveira FR, Azevedo RC, et al: Recent advances in the understanding and
management of polycystic ovary syndrome. F1000Res 26;8, 2019. pii: F1000 Faculty Rev-565.

Batra M, Bhatnager R, Kumar A, et al: Interplay between PCOS and microbiome: The road less
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Metab 93 (4):1105–1120, 2008. doi: 10.1210/jc.2007-2437 Epub 2008 Feb 5

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