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Sumário
PROCESSOS DE IMPRESSÕES E SUPORTES GRÁFICOS .......................... 1
NOSSA HISTÓRIA ............................................................................................ 3
1 –INTRODUÇÃO .............................................................................................. 4
2- FALSIDADE DOCUMENTAL ........................................................................ 6
3- ELEMENTOS DE SEGURANÇA ................................................................. 10
4-CRUZAMENTO DE TRAÇOS....................................................................... 12
4.1- PRIORIDADE DOS TRAÇOS .................................................................. 15
5- A GRAFOSCOPIA ....................................................................................... 16
5.1- DOCUMENTOSCOPIA E GRAFOSCOPIA: POR QUE ELAS SÃO
IMPORTANTES ............................................................................................... 18
5.2- COMO É FEITO O EXAME GRAFOTÉCNICO ......................................... 18
5.3- EXISTE A POSSIBILIDADE DE QUE O EXAME GRAFOTÉCNICO NÃO
ESTEJA CORRETO? ...................................................................................... 19
6- FALSIFICAÇÃO DE DOCUMENTO DIGITAL TRAZ DESAFIOS PARA
PERÍCIA ........................................................................................................... 20
7- REFERÊNCIAS ........................................................................................... 26
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NOSSA HISTÓRIA
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1 –INTRODUÇÃO
A Documentoscopia, por estar inserida no âmbito forense, exige que seu objeto
de estudo se conceitue por meio da legislação e da doutrina jurídica brasileira.
A Lei Federal nº 12.527 de 18 de novembro de 2011, que regula o acesso a
informações, no inciso II do artigo 4º, define documento como “unidade de re-
gistro de informações, qualquer que seja o suporte ou formato”.
Perceba-se o grande alcance que tem tal concepção, posto que não restringe o
suporte nem o recurso utilizado para o registro da informação. De Plácido e
Silva (1998) segue o mesmo entendimento amplo, quando diz que “o documen-
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to é uma representação material destinada a reproduzir, com idoneidade, uma
certa manifestação do pensamento”.
Citam-se alguns:
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Parágrafo único. À fotografia do documento, devidamente autenticada,
se dará o mesmo valor do original.
2- FALSIDADE DOCUMENTAL
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A falsificação de documentos, tanto particulares quanto público envolve altera-
ções feitas em um documento existente. As mudanças podem ser simples ou
mais complexas, sendo que as motivações dos falsificadores são da mais vari-
adas possíveis, conforme será abordado. Conforme dispõe Capez (2012, p.
342):
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I – na folha de pagamento ou em documento de informações que seja
destinado a fazer prova perante a previdência social, pessoa que não
possua a qualidade de segurado obrigatório;(Incluído pela Lei nº 9.983,
de 2000)
II – na Carteira de Trabalho e Previdência Social do empregado ou em
documento que deva produzir efeito perante a previdência social, de-
claração falsa ou diversa da que deveria ter sido escrita; (Incluído pela
Lei nº 9.983, de 2000) III – em documento contábil ou em qualquer ou-
tro documento relacionado com as obrigações da empresa perante a
previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter cons-
tado. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
§ 4 o Nas mesmas penas incorre quem omite, nos documentos menci-
onados no § 3 o , nome do segurado e seus dados pessoais, a remu-
neração, a vigência do contrato de trabalho ou de prestação de servi-
ços.(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000). (BRASIL, 1940).
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Como em todo crime de falsidade documental, é indispensável que a
falsificação seja idônea ‘em si mesma’ para iludir a indeterminado
número de pessoas. A falsificação grosseira e reconhecível imedia-
tamente por qualquer pessoa inexperta, não constitui crime, pois não
há perigo à fé pública.
Logo o meio que é utilizado para se falsificar o documento deve ser de forma
convincente para constituir o crime, sendo que a falsificação que qualquer pes-
soa possa detectar não constitui o crime. Acerca do crime de falsificação de
documento particular, dispõe o art. 298 do CP:
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Se na mesma pessoa reúnem-se as figuras de falsário e usuário, ela
responde por um só delito: o de falsidade, que absorve o de uso (CP,
art. 304). O uso, nesse caso, funciona como post factum impunível,
aplicando-se o princípio da consunção na denominada progressão
criminosa.
3- ELEMENTOS DE SEGURANÇA
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Nesse sentido, os elementos de segurança são classificados em três níveis
conforme a técnica empregada para seu reconhecimento (ABNT NBR
15368:2006).
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A segunda subárea encarrega-se dos exames em documentos impressos por
máquina de escrever, impressoras, fax, ou carimbo com o intuito de identificar
ou, ao menos, eliminar determinado equipamento de impressão. Na terceira,
mais abrangente, incluem-se os exames em documentos de segurança e tam-
bém em documentos sem elementos de segurança. Aqui, têm lugar as análises
de documentos contrafeitos ou falsos – reproduzidos sem autorização – e de
documentos alterados ou falsificados – resultantes de modificações em docu-
mentos autênticos (SILVA; FEUERHARMEL, 2013). Frise-se que os primeiros
são falsos em sua totalidade, enquanto os últimos apresentam falsidade parci-
al. É nesse contexto que exames de cruzamento de traços, lavagem química e
datação de tintas tomam forma.
4-CRUZAMENTO DE TRAÇOS
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O local de crimes não é mais aquele palco tão somente para ouvir testemu-
nhas, e sim em um laboratório de análises visando à reconstituição do fato tido
como criminoso.
Seu rápido desenvolvimento, ainda sob sigilo para o público, pois se torna pe-
rigoso a sua vasta divulgação, vem se tornando cada vez mais eletrizante, que,
ao assistir qualquer tipo de palestra, seja qual for à área, é motivo de espanto
e atenção a toda prova, obviamente variando de estado para estado.
Ser perito é uma profissão que exige de sua plêiade homens abnegados,
serviço essencial à sociedade no sentido de elucidar e suprimir o crime e ga-
rantir a proteção do inocente.
Pode-se dizer ainda sem medo de errar, que o fracasso na aplicação da ciên-
cia, no campo da investigação criminal, pode ser atribuído a muitas causas.
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O resultado torna-se assim em um conglomerado de material, que varia
em qualidade, desde as teses escolares até meros artifícios e recitais de valor
duvidoso.
A técnica para esse tipo de estudos não se aprende a toda hora, não vemos
publicações a respeito, pois não é costumeiro tornar público essa tecnologia
face os segredos e perigos que ela encerra.
O mundo inteiro pensa cotidianamente sobre este assunto, experts tentam mui-
tas vezes se aproximar de seus mestres, que ainda conseguem manter intacto
seus segredos e a altivez da arte de detectar as prioridades.
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É necessário que cada estado, que cada país permita o desenvolvimento gra-
dual da criminalística que busca a passos seguros conhecer , analisar e inter-
pretar os vestígios materiais de fatos delituosos.
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O perito oficial ou assistente técnico, também são pessoas desinteressadas;
sua missão é também o “VISUAM ET REPERTUM” se reportar após es-
tudos e análises naquilo que está vendo.
5- A GRAFOSCOPIA
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Desse modo, é analisado com profundidade as singularidades das assinaturas
que cada indivíduo apresenta. Afinal, duas pessoas são incapazes de produzi-
rem o mesmo conteúdo com exatidão de detalhes, pois a escrita conta com
inúmeras variações.
Neste cenário, essa técnica também consegue identificar se uma pessoa coa-
giu outra no momento em que ela estava escrevendo.
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5.1- Documentoscopia e grafoscopia: por que elas são importantes
Isso porque essas técnicas ajudam, de forma efetiva, a elucidar, com ética e
imparcialidade, eventuais dúvidas relacionadas à veracidade de textos e do-
cumentos.
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especificar todas as características e técnicas utilizadas para se obter o resul-
tado.
O perito grafotécnico pode recorrer a técnicas nas quais tem o direito de utilizar
provas técnicas do próprio autor do gesto gráfico em questão. Desse modo, os
laudos serão feitos baseando se em análises as quais poder servir como pro-
vas que auxiliaram com precisão aos resultados corretos.
Mesmo que uma pessoa afirma não ter escrito um documento em questão, ou
o contrário, se caso ela estiver mentindo é impossível que a sua fraude não
seja detectada na perícia.
Isso ocorre devido ao fato de que o gesto gráfico de cada ser humano foge do
seu controle, visto que ele recebe influência direta do seu cérebro. O que o tor-
na uma atividade biológica espontânea e única.
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O exame grafotécnico é muito utilizado advogado em juízo para a conclusão de
casos judiciais. Os mesmos recorrem a esse procedimento para analisar a ve-
racidade referente aos documentos escritos pelo próprio punho.
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transformado em um arquivo PDF, de um logotipo criado num software de grá-
fica e salvo em um arquivo JPG etc.).
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que, portanto, não estão sujeitos a aplicação de técnicas grafoscópicas, mas
somente de outros tipos de análise.
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Tais documentos podem ter naturezas muito diferentes, dependendo do uso
pretendido, mas todos são passiveis de avaliação e perícia, mesmo sendo em
formato digital. Alguns exemplos, entre muitos outros possíveis, de documentos
potencialmente falsificados por meios digitais e encontrados nos casos e situa-
ções acima descritos, são:
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suspeitos à apropriada perícia técnica, antes que estes possam causar danos
irreversíveis. Isso, inclusive, à luz dos limitados prazos e modalidades previstas
nos diplomas legais para a arguição de falsidade (tanto em processos cíveis
quando em processos penais).
Por esta razão pode ser errado afirmar, sempre, a impossibilidade de se fazer
uma perícia quando não presentes os documentos originais. Isso porque é per-
feitamente possível que as cópias presentes (digitais ou não) sejam suficientes
para comprovar a falsidade de, ao menos, um elemento (o que viciaria de falsi-
dade o documento como um todo) e, assim, seja possível entregar um laudo
pericial consistente e útil.
Importante lembrar que meios digitais podem ser usados também para falsificar
documentos físicos (em papel), contando com a qualidade que pode ser alcan-
çada pelas modernas impressoras, as quais, muitas vezes, rendem difícil a dis-
tinção, a olho nu, entre uma cópia e um original, e também a possibilidade de
falsificar autenticações de cópias e reconhecimentos de assinaturas.
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Ética da OAB que determina que “É defeso ao advogado expor os fatos em
Juízo falseando deliberadamente a verdade ou estribando-se na má-fé.” Refor-
çam tal orientação os artigos 2º (inciso II), 3º e 20º do mesmo Código, e neste
sentido vai também a seguinte ementa: “Na hipótese de falsidade dos docu-
mentos originais, a responsabilidade do advogado somente ocorre em caso de
coautoria ou de utilização nos autos, ciente de que os documentos são falsos
ou, ainda, se a falsificação for perceptível sem a necessidade de perícia.”
(OAB/SP Proc. E-4.245/2013 - v.m., em 16/05/2013, do parecer e ementa do
Rel. Dr. Fábio De Souza Ramacciotti com declaração de voto do revisor Dr.
Cláudio Felippe Zalaf - Presidente Dr. Carlos José Santos Da Silva).
Por tudo quanto acima, a posição que, por vezes, se encontra, por parte de
alguns peritos que se recusam a fazer perícias em cópias ou documentos digi-
tais, deveria ser melhor avaliada caso a caso, sendo que, a meu ver, faz senti-
do somente quando o objetivo for atestar a autenticidade de tais documentos,
mas pode não fazer sentido se for suficiente atestar sua falsidade.
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7- REFERÊNCIAS
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doutorado no Programa de Pós-Graduação em Informática Aplicada da Ponti-
fícia Universidade Católica do Paraná, 2001.
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