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INSTITUTO MÉDIO POILITÉCNICO PROFISSIONAL NJERENJE

NOME: Narcísio José Domingos

CURSO: Enfermagem Geral

CADEIRA: Médico-Cirúrgico

TEMA: Estudo de Ferida e Penso

Formador: Dr, Luís

Chimoio, Janeiro, 2024


Índice

Capítulo I: Introdução......................................................................................................................1

1. Introdução....................................................................................................................................1

1.2. Objectivos.............................................................................................................................1

1.2.1. Objectivo Geral..................................................................................................................1

1.2.2. Objectivos Específicos.......................................................................................................1

1.3. Metodologia de Pesquisa......................................................................................................1

Capítulo II: Revisão de Literatura...................................................................................................2

Estudo de Ferida e de Penso............................................................................................................2

I - Estudo de Ferida..........................................................................................................................2

2. Classificação das feridas..............................................................................................................2

2.1. Quanto à causa......................................................................................................................2

2.2. Quanto ao conteúdo microbiano...........................................................................................3

2.3. Quanto ao tipo de cicatrização..............................................................................................4

2.4. Quanto ao grau de abertura...................................................................................................4

2.5. Quanto ao tempo de duração.................................................................................................4

3. Processo de cicatrização..............................................................................................................4

3.1. Fase Inflamatória......................................................................................................................5

3.2. Fase proliferativa......................................................................................................................5

3.3. Fase da contração......................................................................................................................6

II - Estudo do Penso.........................................................................................................................6

4.1. Finalidade do penso..............................................................................................................6

4.2. Cuidados a ter ao colocar o penso.........................................................................................7

Capítulo III: Conclusão....................................................................................................................8

1. Conclusão....................................................................................................................................8
2. Referências bibliográficas...........................................................................................................9
Capítulo I: Introdução

1. Introdução

O presente trabalho é desenvolvido em sede da disciplina de "Médico-Cirúrgico" e aborda


a matéria inerente ao Estudo de Ferida e do Penso. O trabalho começa por abordar o conceito e
classificação da ferida bem como do processo de cicatrização da mesma. Numa segunda
perspectiva de abordagem fala-se do penso, apontam-se as finalidades e os tipos de penso.

A estrutura do trabalho comporta três capítulos, este introdutório, o segundo faz a revisão
bibliográfica discutindo o objecto de análise deste trabalho e finalmente o capítulo conclusivo
onde estão presentes a conclusão e as referências bibliográficas.

1.2. Objectivos

1.2.1. Objectivo Geral

 Analisar a generalidade sobre a Ferida e o Penso

1.2.2. Objectivos Específicos

 Definir ferida e penso;


 Classificar a Ferida quanto a causa, conteúdo, tipo e duração;
 Apontar a finalidade do penso;
 Elencar os tipos de penso.

1.3. Metodologia de Pesquisa

Este trabalho quando à abordagem utiliza a metodologia de pesquisa qualitativa


caracterizada pela explicação da matéria por este abordada; Quanto aos objectivos e
procedimentos caracteriza-se por ser uma pesquisa bibliográfica, utilizando para o efeito fontes
bibliográficas (livros, leis, e artigos científicos) que abordam a matéria abordada no trabalho.

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Capítulo II: Revisão de Literatura

Estudo de Ferida e de Penso

I - Estudo de Ferida

As feridas são consequências de uma agressão por um agente ao tecido vivo. Segundo
Perreira e Bachion (2005, p. 1), ferida pode ser definida como qualquer alteração da integridade
anatómica da pele, resultante de qualquer tipo de trauma. A pele tem várias funções, como por
exemplo:

 Proteger o organismo contra a acção de agentes externos (físicos, químicos e biológicos);


 Impedir a perda excessiva de líquidos;
 Manter a temperatura corporal;
 Sintetizar a vitamina D; e
 Agir como órgão dos sentidos.

Quando ocorre a descontinuidade do tecido epitelial, das mucosas ou de órgãos, as


funções básicas de protecção da pele são comprometidas. A ferida resultante dessa
descontinuidade pode ser causada por factores extrínsecos, como incisão cirúrgica, trauma, e por
factores intrínsecos, como as produzidas por infecção. (Santos; Porto; Suzuki ET, 2017, p. 7)

2. Classificação das feridas

As feridas podem ser classificadas quanto à causa, ao conteúdo microbiano, ao tipo de


cicatrização, ao grau de abertura e ao tempo de duração. (Santos; Porto; Suzuki ET, 2017, p. 7)

2.1. Quanto à causa, as feridas podem ser:

 Cirúrgicas: feridas provocadas intencionalmente, mediante Incisão - quando não há


perda de tecido e as bordas são geralmente fechadas por sutura; Excisão -quando há
remoção de uma área de pele (por exemplo, área doadora de enxerto);

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 Punção: quando resultam de procedimentos terapêuticos diagnósticos (por exemplo,
cateterismo cardíaco, punção de subclávia, biópsia, entre outros).

 Traumáticas: feridas provocadas acidentalmente por agente Mecânico - contenção,


perfuração ou corte; Químico: iodo, cosméticos, ácido sulfúrico etc.; Físico - frio, calor ou
radiação.

 Ulcerativas: feridas escavadas, circunscritas na pele (formadas por necrose, sequestração


do tecido), resultantes de traumatismo ou doenças relacionadas com o impedimento do
suprimento sanguíneo. As úlceras de pele representam uma categoria de feridas que
incluem úlceras por pressão, de estase venosa, arteriais e diabéticas.

2.2. Quanto ao conteúdo microbiano, as feridas podem ser:

 Limpas: feridas em condições assépticas, sem micro-organismos;


 Limpas contaminadas: feridas com tempo inferior a 6 horas entre o trauma e o
atendimento, sem contaminação significativa;
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 Contaminadas: feridas ocorridas com tempo maior que 6 horas entre o trauma e o
atendimento, sem sinal de infecção;
 Infectadas: feridas com presença de agente infeccioso no local e com evidência de
intensa reação inflamatória e destruição de tecidos, podendo conter pus.

2.3. Quanto ao tipo de cicatrização, as feridas podem ser:

 De cicatrização por primeira intenção: feridas fechadas cirurgicamente com requisitos


de assepsia e sutura das bordas; nelas não há perda de tecidos e as bordas da pele e/ou
seus componentes ficam justapostos;
 De cicatrização por segunda intenção: feridas em que há perda de tecidos e as bordas da
pele ficam distantes; nelas a cicatrização é mais lenta do que nas de primeira intenção;
 De cicatrização por terceira intenção: feridas corrigidas cirurgicamente após a
formação de tecido de granulação, ou para controle da infecção, a fim de que apresentem
melhores resultados funcionais e estéticos.

2.4. Quanto ao grau de abertura, as feridas podem ser:

 Abertas: feridas em que as bordas da pele estão afastadas;


 Fechadas: feridas em que as bordas da pele estão justapostas.

2.5. Quanto ao tempo de duração, as feridas podem ser:

 Agudas: quando são feridas recentes;


 Crônicas: feridas que têm um tempo de cicatrização maior que o esperado devido a sua
etiologia. São feridas que não apresentam a fase de regeneração no tempo esperado,
havendo um retardo na cicatrização.

3. Processo de cicatrização

A pele, quando lesada, inicia imediatamente uma série de fases sobrepostas, denominada
cicatrização. Segundo Silva (2011, p. 6) a cicatrização de feridas consiste em um conjunto de
eventos celulares e moleculares que interagem para que ocorra a repavimentação e a
reconstituição do tecido. A cicatrização ocorre por meio de um processo dinâmico,
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interdependente, contínuo e complexo, cuja finalidade é restaurar os tecidos lesados. Este
processo é composto pelas seguintes fases: inflamatória, proliferativa e de maturação.

Como desencadeante da cicatrização, ocorre a perda tecidual, a partir da qual o


fisiologismo volta-se completamente para o reparo de um evento danoso ao organismo. A perda
tecidual pode atingir a derme completa ou incompletamente, ou mesmo atingir todo o órgão,
chegando ao tecido celular subcutâneo. A cicatrização também depende de vários factores, locais
e gerais, como (Silva, 2011, p. 6):

 A localização anatômica;
 O tipo da pele;
 A raça; e
 A técnica cirúrgica utilizada.

3.1. Fase Inflamatória

Inicia-se no exato momento da lesão. O sangramento traz consigo plaquetas, hemácias e


fibrina, selando as bordas da ferida, ainda sem valor mecânico, mas facilitando as trocas. O
coágulo formado estabelece uma barreira impermeabilizante que protege da contaminação. Com
a lesão tecidual, há liberação local de histamina, serotonina e bradicinina que causam
vasodilatação e aumento de fluxo sanguíneo no local e, conseqüentemente, sinais inflamatórios
como calor e rubor. A permeabilidade capilar aumenta causando extravasamento de líquidos para
o espaço extracelular, e consequente edema.

3.2. Fase proliferativa

A fase proliferativa é composta de três eventos importantes que sucedem o período de


maior atividade da fase inflamatória: neo-angiogênese, fibroplasia e epitelização. Este fase
caracteriza-se pela formação de tecido de granulação, que é constituído por um leito capilar,
fibroblastos, macrófagos, um frouxo arranjo de colágeno, fibronectina e ácido hialurônico. Esta
fase inicia-se por volta do 3º dia após a lesão, perdura por 2 a 3 semanas e é o marco inicial da
formação da cicatriz.

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3.3. Fase da contração

A ferida sofre um processo de contração, por meio de um movimento centrípeto de toda a


espessura da pele circundante, reduzindo a quantidade e o tamanho da cicatriz desordenada. Este
processo é um importante aliado da cicatrização das feridas, principalmente nas abertas. Porém,
se ocorre de forma exagerada e desordenada causa defeitos cicatriciais importantes por causa da
diferenciação dos fibroblastos em miofibroblastos, estimulados por factores de crescimento.

II - Estudo do Penso

Curativo, apósito ou penso é um material aplicado diretamente sobre feridas com o


objetivo de as tratar e proteger. A sua constituição é variada, e abrange desde pensos-rápidos
(band-aids) a compressas de gaze fixas com fita adesiva.

4.1. Finalidade do penso

Os objetivos de um penso ou curativo podem ser variados, e dependem do tipo,


severidade e localização da ferida onde são aplicados, embora todos os curativos tenham por fim
promover a recuperação e evitar mais danos à ferida. As principais funções dos curativos são:

 Estancar a hemorragia - os curativos ajudam a fechar a ferida, acelerando o processo de


cicatrização;
 Absorver exsudato - afastam sangue, plasma e outros fluídos da ferida;
 Aliviar a dor - alguns curativos podem ser analgésicos, enquanto outros têm um efeito
placebo;
 Protecção contra infecções e dano mecânico - evitam que micro-organismos oportunistas
entrem através da ferida, e alguns curativos contêm substâncias antisépticas.

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Também protegem contra dano adicional provocado por contacto da ferida com outras
superfícies.

4.2. Cuidados a ter ao colocar o penso

A realização do curativo deve seguir o princípio da limpeza mecânica diária da


lesão,diminuindo a concentração de bactérias no local e basear-se no tipo de curativo, descritos a
seguir (Esmeltzer; Bare, 2005).

Curativo simples - realizado por meio da oclusão com gaze estéril no local da lesão,mantendo-a
seca e limpa.

Curativo oclusivo - realizado na lesão com sua total cobertura,evitando o contato com o meio
externo.

Curativo húmido - usado para proteger drenos e irrigar a lesão com determinada solução tópica.

Curativo aberto - limpeza da lesão mantendo-a exposta ao meio externo.

Curativo comoressivo - promovem a hemostasia local prevenindo a hemorragia. Não


contaminar o material nem conversar sobre a lesão durante o procedimento; usar os lados limpos
da gaze.

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Capítulo III: Conclusão

1. Conclusão

Este trabalho abordou a matéria inerente ao Estudo de Ferida e Penso e concluí-se ao fim
deste que ferida é qualquer alteração da integridade anatómica da pele, resultante de qualquer tipo
de trauma. As feridas são consequências de uma agressão por um agente ao tecido vivo. As
feridas podem ser classificadas quanto à causa, ao conteúdo microbiano, ao tipo de cicatrização,
ao grau de abertura e ao tempo de duração.

O penso é um material aplicado diretamente sobre feridas com o objetivo de as tratar e


proteger. A sua constituição é variada, e abrange desde pensos-rápidos (band-aids) a compressas
de gaze fixas com fita adesiva. Os objetivos de um penso ou curativo podem ser variados, e
dependem do tipo, severidade e localização da ferida onde são aplicados, embora todos os
curativos tenham por fim promover a recuperação e evitar mais danos à ferida.

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2. Referências bibliográficas

Perreira, J. A. C. & Bachion, J. A. D. (2005). Manual de Tratamento de Feridas. Porto Alegre:

CPA.

Santos, J. B. ; Porto, S. G; & Suzuki, L. R. Z. (2017) Avaliação e tratamento de feridas. Brasil,

Porto Alegre.

Silva, M. F. A. (2011). Manual Aplicado de Tratamento de Feridas e uso de Penso. Brasil, São

Paulo: Araraquara.

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