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Auxiliar de creche

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Auxiliar de creche

SUMÁRIO
Introdução .................................................................................................................. 3
A História das Creches .............................................................................................. 4
Cuidados Pessoais .................................................................................................. 10
Cuidados com o ambiente........................................................................................ 13
Cuidados com a criança ........................................................................................... 18
A Adaptação ao Berçário e à Creche ....................................................................... 21
Rotina na Creche ..................................................................................................... 30
Atividades para adicionar na rotina .......................................................................... 33
1ª FASE - bebês de berço ........................................................................................ 33
2ª FASE - bebês que engatinham ............................................................................ 35
3ª FASE - bebês que andam .................................................................................... 37
A Arte de Contar Histórias........................................................................................ 40
Primeiros Cuidados .................................................................................................. 42
Músicas Infantis / Cantigas de Roda ........................................................................ 47
Choro das Crianças: o que fazer? ............................................................................ 52
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 54

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Introdução

O auxiliar de creche é o profissional responsável por auxiliar o professor com o


cuidado dos materiais pedagógicos, participar dos cuidados relacionados à higiene,
alimentação e educação, auxiliar as crianças nas refeições, ajudar na limpeza de
equipamentos e brinquedos, e participar de todas as atividades propostas pela
creche/escola.

http://www.folhavitoria.com.br/geral

Algumas características fundamentais para quem quer trabalhar com


crianças:
- ter ética
- gostar de crianças
- trabalhar seu tom de voz para falar adequadamente com as crianças
- ter agilidade e bom preparo físico
- ser amável e firme ao mesmo tempo
- receber bem os pequenos e seus familiares
- ter muita educação com todos
- saber falar corretamente e utilizar um vocabulário adequado para as crianças
- querer aprender e se atualizar constantemente.

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A História das Creches

Antes de entrarmos na história das creches, vamos entender qual o significado


da palavra “creche”.
Creche vem do francês crèche, que significa «presépio, manjedoura», e daqui
também o sentido de infantário.
A palavra "creche" sempre esteve relacionada a um serviço disponibilizado à
população de baixa renda. Na creche, o horário de atuação era integral, e na pré-
escola meio período, assim como o horário de funcionamento das escolas. De acordo
com a definição da Constituição Federal e a LDB da Educação Nacional, crianças de
0 a 3 anos de idade podem frequentar as creches, e crianças de 4 a 6 anos de idade
podem frequentar as pré-escolas.
Desde a década de 1970, a creche é uma instituição em expansão no Brasil,
porém o histórico de sua fundação é marcado por filantropia, omissão Estatal,
ausência de orientação pedagógica, entre muitos outros problemas que colaboraram
para que as creches fossem vistas como locais de proteção, guarda e acolhimento de
crianças carentes, onde as mães precisavam trabalhar e não teriam onde deixar as
crianças.
Uma intensa necessidade de construção e manutenção de locais onde as
crianças, filhos de operários, pudessem ficar durante o período que os pais

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trabalhavam, apareceu com o desenvolvimento industrial e comercial vivido pelo


Brasil, e também consequente pela introdução feminina no mercado de trabalho.
Entretanto, o desinteresse do Estado em se responsabilizar pela construção e
manutenção das creches fez com que essas instituições sofressem discriminação, e
acima de tudo, fez com que a creche ficasse enrolada em um confuso conceito de
assistencialismo durante anos, o que impediu a construção de uma identidade bem
estabelecida e bem definida não apenas para a própria instituição, como também para
seus funcionários.
As primeiras creches no Brasil, de acordo com Merisse (1997), eram focadas
na ideia de fornecer "amparo" e "assistência" aos mais necessitados. Tanto as
instituições educacionais, como as médico-assistenciais, têm sua origem passada nos
abrigos ou asilos, que recolhiam os necessitados, para que não ficassem na rua, sem
teto e sem comida.
Conheça um pouco mais sobre a história das creches no Brasil:

ATENDIMENTO À INFÂNCIA ATÉ 1900 -> nessa época existiu


institucionalmente a Casa dos Expostos, que também era conhecida como "Roda",
“Roda dos Expostos” e “Roda dos Enjeitados”. Neste lugar, eram deixadas as crianças
não-desejadas. A criação desse instituto deve-se a Romão de Mattos Duarte.

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1900 A 1930 -> os operários começaram a fazer protestos contra as péssimas


condições de vida e de trabalho. Com o objetivo de enfraquecer os movimentos, os
empresários começaram a possibilitar algumas escolas maternais e creches para os
filhos de operários. As grandes cidades não possuíam infraestrutura urbana o
suficiente em relação a moradias, saneamento básico, etc, e acabavam sofrendo
riscos de constantes epidemias. A creche começou a ser acolhida por sanitaristas
preocupados com as condições de vida da população operária.
Muitas creches também foram criadas por grupos de mulheres de classes
sociais mais altas, constituídas em associações filantrópicas ou religiosas. Os grupos
ensinavam as mulheres das camadas populares a serem boas donas-de-casa e a
cuidarem de seus filhos. Acreditavam que o melhor para a criança era o cuidado
materno, e que o "cuidado em grupo", ou seja, as famosas creches, eram uma
substituição inadequada.
O Estado organizou em 1922, o 1º Congresso Brasileiro de Proteção à Infância,
e as conclusões sobre a finalidade das creches foram:
- Combater a pobreza e a mortalidade infantil;
- Atender os filhos das trabalhadoras, porém com uma prática que fortalecia o
lugar da mulher no lar e com os filhos;
- Estimular a ideologia da família.
1930 A 1980 -> designado como diretor do Departamento de Cultura, Mário de
Andrade começa a organizar o "Parque Infantil". O objetivo dele era fornecer
acolhimento às crianças de 3 a 12 anos fora do horário escolar. Para as crianças o
parque proporcionava direito à brincar, à infância, e ao não trabalho. O foco era no
caráter lúdico e artístico.
Foi criado, em 1940, o Departamento Nacional da Criança no Ministério da
Educação e Saúde. Verificou-se em 1950, que as medidas morais foram as que
tiveram maior ênfase, então pretendiam domesticar as classes populares, evitando o
instinto, a desordem e a tradição, e adicionando valores das classes médias.
Nas creches chegam discursos pedagógicos que tentavam demonstrar que a
ausência da relação afetiva mãe-filho se tornava irreversível em determinados
momentos da infância, podendo produzir "personalidades psicopatas e delinquentes".
Em 1960, aparecem os discursos pedagógicos relacionados com a teoria de
privação cultural e da sua solução, que seria a educação compensatória. A privação
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cultural era baseada no conceito de que só havia um tipo de criança: a da classe


média. Dessa forma, todas as outras crianças desfavorecidas economicamente
comparadas a este tipo de criança eram consideradas "inferiores” e "carentes". Para
eles, era como se faltassem determinados conteúdos e atitudes.
Os movimentos sociais aumentam na década de 70, e com eles, surge uma
proposta de creche mais afirmativa para as crianças, a família e a sociedade.
Em 1975, o Ministério de Educação e Cultura instituiu a Coordenação de
Educação Pré-Escolar.
Em 1977, o Projeto Casulo foi criado, e era associado à Legião Brasileira de
Assistência (LBA) que atendia crianças de 0 a 6 anos de idade e tinha como objetivo
proporcionar às mães tempo livre para que pudessem “ingressar no mercado de
trabalho e, assim, elevar a renda familiar”.
DÉCADA DE 1980 -> houve um avanço considerável com relação à Educação
Infantil nesta década, como:
- Estudos e pesquisas foram feitos, discutindo e buscando a função da creche
e da pré-escola.
- A ideia de que a educação da criança pequena - independente da sua origem
social - é importante e que é uma necessidade social básica generalizou-se.
- A creche e a pré-escola foram definidas pela Constituição de 1988 como
direito de família e dever do Estado oferecer esse serviço.

Veja outras instituições:


Em relação ao atendimento fornecido especificamente às crianças, as primeiras
instituições criadas com esse intuito na Europa foram as salas de tutela ou as salas
de asilo. “Seu objetivo era amparar a infância pobre e tinham como única preocupação
a guarda pura e simples dessas crianças, o que era feito em instalações bastante
inadequadas e com procedimentos que não envolviam qualquer preocupação
educativa”. (KISHIMOTO, 1988, p. 44).
A partir do século XVIII os asilos infantis começaram a ser construídos no Brasil.
Escola Infantil: criada em 1816, na Escócia, por Robert Owen. Também fundou
o Instituto para Formação de Caráter que era separado em 3 níveis: o 1º era a escola
infantil, selecionado para crianças de 3 a 6 anos; o 2º era para as crianças de 6 a 10

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anos de idade; e o 3º atendia alunos dos 10 aos 20 anos, e era disponibilizado durante
a noite.

Jardim de Infância: criado em 1873, na Alemanha, por Froebel.

Imagem: Friedrich Froebel


Casa dei Bambini (casa das crianças): na Inglaterra, no início do sec. XX, Maria
Montessori trabalhou com crianças pobres de um bairro operário.

v
Imagem: Maria Montessori

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O Infantário: também na Inglaterra, e no início do sec. XX, Margaret McMillan


junto com sua irmã Raquel criaram esta instituição.

Imagem: Margaret MacMillan


Exceto o jardim de infância criado por Froebel em 1873, todas as outras
instituições foram criadas para melhorar a vida de crianças pobres. Por isso é possível
entender que o objetivo inicial das creches era servir como instituições assistenciais,
ocupando o lugar da família, quando ausentes.

A Creche nos dias atuais

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A creche, assim como a sociedade, passou por diversas mudanças e,


consequentemente, vários conceitos e valores foram modificados. Hoje, além do
objetivo do "cuidar de forma afetiva", existe também o "cuidar pedagógico", além da
preocupação com o desenvolvimento humano desde os primeiros meses de vida das
crianças.
Atualmente, a creche deve oferecer atividades diversificadas às crianças, que
propiciem o desenvolvimento da linguagem mais cedo e de uma maneira mais
complexa, e também o contato entre criança e adulto. A posição educativa da creche
envolve tudo o que acontece no dia a dia e, de uma forma organizada, deve incluir os
interesses da criança, assim como as necessidades de aprendizagem pessoal e
social, além da comunicação e expressão, e conhecimento do mundo.

Cuidados Pessoais

Ao cuidar de crianças, o profissional também precisa cuidar do seu traje e de


outros cuidados pessoais. Cada pequeno detalhe, como um cinto com fivela ou um
brinco pontudo, podem colocar em risco a integridade física tanto do adulto, quanto
da criança. Por isso é importante que esses profissionais estejam atentos às seguintes
orientações:

TRAJE
Roupas: a roupa usada para cuidar das crianças deve estar limpa, e ser vestida
apenas no interior da creche. Isso é importante para prevenir infecções, então o ideal
é deixar uma roupa para usar apenas dentro da creche. A roupa deve ser confortável,
para permitir o movimento e deixar a pele respirar. Veja algumas opções: camiseta de
meia manga de malha ou cotton + calça de cotton ou tactel.
Sapatos: rasteiras ou então sapatos fechados, porém sempre confortáveis,
antiderrapantes e de uso exclusivo no interior da creche. No caso dos berçários,
devem ser retirados (ficando apenas com as meias comuns ou aquelas
antiderrapantes) ou então cobertos com sapatilhas específicas.
Acessórios: o ideal é retirar brincos, piercings, anéis, cintos, colares e relógios
de pulso durante o trabalho, e guardá-los em um local fora do alcance das crianças.
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Quando necessário, óculos de grau devem ser usados com cordão de


segurança!
Dica: nenhum objeto pequeno que caiba em um copinho de café deve estar ao
alcance das crianças. Então fique atento com miçangas, botões, lantejoulas e outros
pequenos detalhes.

HIGIENE

Mãos

Lavagem das mãos: é fundamental que faça parte da rotina, principalmente


entre as atividades. Lave sempre do cotovelo até a ponta dos dedos, espalhando o
sabão em movimentos circulares. Lave bem os espaços entre os dedos, as palmas,
os polegares, os dorsos das mãos e antebraços. Limpe bem as unhas. Enxague em
seguida e seque as mãos com papel toalha descartável.
Para não esquecer, veja abaixo alguns momentos essenciais para a lavagem
das mãos:
-Ao chegar na creche;
-Antes e depois de cada troca de fraldas;
-Antes e depois de cada refeição;
-Antes e depois da sua própria higiene;
-Antes e depois de qualquer situação onde haja manipulação de dejetos (fezes,
vômito, urina, suor, secreções nasais etc.) de crianças ou adultos.
É necessário utilizar toalha descartável para secar as mãos. Aplicar álcool gel
depois da lavagem também é uma ótima maneira de proteção, tanto para o adulto,
quanto para a criança.

Cabelos
Para os profissionais com cabelos longos, é importante usá-los presos (faça
um coque, um rabo de cavalo ou uma trança) por elásticos seguros, sem objetos muito
pequenos ou com pontas que possam se desprender.

Unhas
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Manter as unhas sempre curtas, limpas e de preferência sem esmalte, pois


facilitam a manutenção da limpeza.

Higiene Bucal
A boca sempre deve estar limpa e bem cuidada e os dentes bem escovados,
utilizando pasta de dente e já dando um bom exemplo às crianças. Não se esqueça
de usar o fio dental regularmente. A higiene bucal é fundamental para o bem-estar de
todos.

Cheiros
Evite usar perfumes e cremes com cheiros fortes, pois pode desencadear ou
até agravar quadros alérgicos. Cigarros são proibidos na área da creche!

Barba
A barba deve ser curta e aparada, e os que a usam, precisam apresentá-la
limpa e bem cuidada.

Luvas
As luvas são excelentes aliadas da segurança e higiene, pois podem ajudar e
evitar infecções e a proteger ferimentos, até aqueles superficiais. As luvas devem ser
descartáveis e macias, para que não machuquem as crianças. O uso da luva é
recomendado no caso de lesões eventuais, para proteger de pus, sangue, catarro,
lesões de pele e outros. Lembrando que cada luva pode ser utilizada uma única vez
e descartada após o uso.

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Cuidados com o ambiente

As crianças ainda não têm noção dos perigos que um ambiente pode oferecer,
então é preciso estar sempre atento, especialmente para a prevenção de acidentes.
Não é questão de superproteção, mas sim de cuidar e educar, permitindo que a
criança exerça a sua autonomia com segurança.
Veja abaixo algumas dicas de segurança em relação ao ambiente:
Mobiliário: os móveis devem ser, sempre que possível, fixados na parede.
Tomadas e Fiação: devem estar acima do alcance das crianças, e quando não
for possível, que sejam tapadas por protetores apropriados e, de preferência,
escondidas por mobiliário. Cuidado também com os aparelhos que forem conectados
a elas. Eles oferecem - além do risco de choques elétricos - quedas do próprio objeto,
e também tropeços, tanto para adultos, quanto para as crianças. Garanta que estejam
em local firme e, tanto os fios quanto os aparelhos, fora do alcance das crianças.

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Fios e cordas: devem estar fora do alcance das crianças, pois há o risco de
enforcamento. Se forem utilizados fios e cordas durante atividades, que sejam com a
supervisão durante toda a execução das mesmas.
Sacos plásticos: deixe fora do alcance das crianças.
Cortinas: se possível, devem ser evitadas. Isso porque além de acumularem
sujeira, podem desprender-se. Se não tiver outra opção, devem ser frequentemente
lavadas. O ideal é optar por persianas plásticas pois são de fácil limpeza.
Murais: são excelentes tanto para anotar recados, atividades das crianças e
outras informações, porém é preciso ficar atento aos itens como grampos, alfinetes
tachinhas e ímãs pequenos. Evite esses pequenos acessórios e opte pelo uso de fitas
adesivas.
Portas: as portas precisam de cuidado no manejo. As portas que fazem a
divisão de espaços de acesso exclusivo de adultos devem permanecer sempre
trancadas. Os trincos devem estar fora do alcance das crianças.
Existem opções de protetores de borracha para as portas, que evitam batidas
bruscas. Também devem ser colocados fora do alcance das crianças.
O sistema de meia porta diminui a necessidade do abrir e fechar, pois facilita a
ventilação, visibilidade e define limites.

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Cuidado também com as chaves; mantenha-as em um lugar longe do alcance


das crianças, como por exemplo, um claviculário.
Ventiladores e aparelhos de ar-condicionado: como retêm e expelem muita
poeira, precisam constantemente de limpeza, principalmente o filtro do ar
condicionado. O ideal é que o ambiente seja arejado e iluminado com luz natural, pois
é muito mais saudável, tanto para as pessoas que ficam no local, quanto para o meio-
ambiente. Ligue o ar condicionado se o calor for intenso, mas sempre que possível
leve as crianças para tomar ar em área externa.
Iluminação: a iluminação natural é a melhor opção. Faça um planejamento de
atividades ao ar livre, além do banho de sol diário, que deve ocorrer antes das 10h e
após as 16h.
Produtos de limpeza: produtos com cheiros fortes devem ser usados apenas
quando as crianças não estiverem presentes.

Ambiente do Sono das Crianças:


- Nos berços os lençóis precisam estar ajustados ao colchão, para evitar que o
rosto do bebê fique encoberto.
- Deixe o colchão do berço na graduação mais baixa possível, para evitar
quedas.
- Cada criança deverá ter seu próprio lençol, que deve ser utilizado sempre que
necessário e depois guardado em um saco protetor.
- Os berços podem ser usados por mais de uma criança, desde que sejam em
horários diferenciados e com a troca dos lençóis.
- As roupas de cama devem ser lavadas frequentemente. O ideal é que a
lavação seja feita diariamente e as roupas trocadas sempre que houver necessidade.
- Tanto os colchonetes quanto os berços precisam manter uma distância de
aproximadamente 90cm entre eles, para permitir a passagem de um adulto quando
necessário.
- Deite as crianças no mesmo sentido nos casos de colchonetes, evitando que
pés e rostos se encontrem.
- Se possível, opte pelos colchonetes de 10cm de espessura, pelo menos, feitos
com espuma resistente, diminuindo a proximidade da criança com o chão.

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- Os colchonetes devem ser higienizados todos os dias. Faça uma solução com
um litro de água e um copinho de álcool a 70 % ou água sanitária.
- Remova e guarde os lençóis em local apropriado após guardar os
colchonetes. Você pode mantê-los empilhados, porém não se esqueça de que
deverão ser higienizados antes do próximo uso.
- Cuidado com objetos e brinquedos que possam ser utilizados como "escada"
ou melhor, "degraus", inclusive dentro do berço. Mantenha-os fora do alcance das
crianças e apenas permita o uso com a supervisão dos adultos.
- Se possível, forre o chão com alguma superfície lavável antes de colocar os
colchonetes. Isso facilita a higienização dos mesmos.
- O acompanhamento de algum adulto é obrigatório em todos os momentos do
dia, inclusive na hora do sono das crianças.

Som
- As músicas devem ser adequadas à faixa etária;
- Em relação ao volume, não deve estar tão alto que impossibilite as crianças
de falarem e ouvirem umas às outras;
- Durante a soneca ou na hora dos lanches, evite o som alto e dispersivo;
- Em relação ao tom e volume da voz, procure sempre conversar com as
crianças com voz acolhedora, calma e tranquila, passando proteção e segurança!

Outros detalhes
- É necessário limpar os materiais pessoais, como mamadeiras e chupetas,
todas as vezes que forem utilizadas;
- A limpeza de brinquedos, tecidos e fantoches devem ser feitas no mínimo
semanalmente;
- Os carrinhos que levam os bebês até a creche devem permanecer fora do
espaço do berçário;
- Ralos devem estar sempre limpos e fechados;
- As lixeiras devem ser pequenas, para que o lixo seja descartado rapidamente.
E claro, lavadas constantemente e mantidas longe do alcance das crianças;
- As redes de proteção nas janelas são excelentes para a segurança das
crianças, porém deve ser constantemente limpas e revisadas (rede e ganchos);
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- Se tiver plantas no ambiente, é necessário ficar atento: algumas podem ter


espinhos, fazer mal à saúde quando ingeridas ou até mesmo ao toque;
- Analise cuidadosamente os brinquedos, materiais e livros disponibilizados
para as crianças;
- Selecione materiais e brinquedos adequados e seguros para cada grupo de
crianças, de acordo com a idade. Verifique se alguma parte do brinquedo pode se
soltar, e retire os que estão quebrados;
- Objetos pessoais, como escova de dentes, toalha, pentes, etc, devem ser
armazenados em compartimentos individuais e fechados. E claro, mantê-los sempre
limpos e com identificação;
- As quinas do ambiente devem ser arqueadas ou revestidas com material
protetor específico;
- Deixe ao alcance das crianças somente o que elas podem manusear sem
riscos. Jamais deixe por perto tesousas, produtos de limpeza e vassouras. Itens assim
devem ser guardados fora da sala das crianças e, mesmo assim, fora do alcance delas
também;
- O ideal é que o piso do ambiente seja antiderrapante, pois ajuda a diminuir
quedas tanto para as crianças, quanto para os adultos;
- Para o berçário, o piso ideal é o anti-impacto!

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Cuidados com a criança

Para as crianças cada acontecimento pode ser interpretado como um novo


mundo. Elas gostam de explorar, de tocar, de conhecer coisas novas. Cada novidade
é como um desafio. Mas para isso, a criança precisa de proteção em todos os
momentos do seu dia. Veja alguns cuidados importantes que o cuidador deve ter com
as crianças:
- As crianças devem estar sempre acompanhadas de um adulto, até quando
estão na hora do soninho. E não basta estar presente; o educador precisa ser atento
e observá-las constantemente para ajudar se precisarem de algo, como por exemplo,
um engasgo inesperado ou uma febre repentina.
- Entenda que é normal a criança pequena querer morder. Faz parte do seu
desenvolvimento, porém é preciso estabelecer limites, impedindo de forma calma, que
isso aconteça. O ideal é conversar com a criança e explicar com paciência e carinho.
O diálogo é a melhor maneira de resolver conflitos.
- Quando estiver com as crianças, esteja totalmente presente. Não fique
conversando com outros adultos, olhando para a televisão ou mexendo no celular.
- Junto com outro educador, analise as condições em que as crianças chegam,
e registre sempre possíveis anormalidades, avisando os pais rapidamente.

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- Quaisquer situações que aconteçam com as crianças na creche, registre em


uma agenda, para conhecimento dos pais.
- Uma atitude que demonstra respeito pela criança é sempre pedir licença para
tocar no seu corpo, informando o objetivo de cada gesto. Por exemplo: "posso pegar
você no colo? ou "posso trocar a sua fralda?"
- As crianças não lembram, mas é fundamental que bebam muita água. Como
possuem maior percentual de água corporal, as crianças possuem uma necessidade
maior de beber água do que os adultos. Além disso, é importante incentivar as
crianças maiores que se sirvam com autonomia, pois no meio das atividades acabam
se esquecendo e dificilmente param para beber água.
- Para a higiene do nariz, o indicado é utilizar lenços descartáveis, pois a prática
da higiene nasal ajuda a evitar o surgimento de doenças. Disponibilize lenços de papel
quando as crianças pedirem e aproveite para ensiná-las a se cuidarem, porém
supervisione, e não se esqueça de que após a higiene é preciso lavar as mãos.
- Não utilize remédios, xampu ou sabonete de uma criança em outra. Chupetas
e mamadeiras também são de uso individual. Todos os produtos e materiais devem
estar marcados com o nome de cada criança. Para facilitar, utilize etiquetas. As
escovas de dentes devem ser guardadas separadamente com protetores que
impeçam o contato de uma com a outra. A troca da escova de dentes é recomendada
sempre que as cerdas estiverem desalinhadas!

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- Na hora das refeições e dos lanches, as crianças devem se sentar à mesinha


ou à cadeirinha.

https://www.valedabencao.org.br/page/creche-gotinhas-de-vida/
- Os alimentos devem ser servidos em temperatura adequada para as crianças.
Os adultos não devem soprar os alimentos, devido à propagação de micro-
organismos. Se o alimento ainda estiver muito quente, ensine a própria criança a
soprar sua comida. O ideal é educar à criança a esperar até que a refeição esteja
pronta e na temperatura ideal para ser ingerida.
- A troca de fraldas nunca deve ser adiada. É preciso fazer a troca de acordo
com a necessidade individual e nunca em horários predeterminados.
- A higiene das partes íntimas da criança deve ser feita da frente para trás com
algodão umedecido em água, e lavá-las com sabão quando houver necessidade. Os
lenços umedecidos são uma opção, mas infelizmente contêm conservantes que
podem causar assaduras.
- O banho é o momento que o adulto interage individualmente com cada
criança, então deve ser feito com calma. O banho deve incluir conversas e
brincadeiras com a água. Dê preferência ao sabonete líquido e não utilize esponjas.
Deixe todos os objetos à mão antes de começar o banho. Uma mão sempre deve
estar disponível para segurar a criança. Verifique a temperatura da água do banho
com a parte interna do antebraço, para evitar queimaduras.

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- Durante o banho, nunca deixe a criança sozinha, nem por um único segundo.
A banheira é a principal causa de afogamentos em crianças pequenas!
- Durante o banho, evite utilizar talco, pois pode causar sufocamento e alergias.
- Para as crianças maiores, o banho no chuveiro deve ser protegido por material
antiderrapante. Além disso, o local deve ser mantido sempre limpo para evitar o
acúmulo de germes.
- No momento de secar as crianças, é importante enxugar bem entre os dedos
dos pés e das mãos, assim como as dobrinhas para evitar assaduras.
- Para o desenvolvimento das crianças, a hora do soninho é muito importante.
Porém entenda que as necessidades de sono podem mudar de criança para criança,
e de acordo com cada idade. O sono da tarde, por exemplo, tem características
próprias, e é diferente do sono noturno. O ideal é que a criança aprenda a se adaptar
aos barulhos naturais do ambiente desse horário. O recomendado é apenas diminuir
a luminosidade e também o ritmo de toda a creche, deixando apenas os barulhos que
não podem ser evitados. Assim as crianças serão automaticamente "convidadas" a
relaxar.
- É muito importante que todos da creche tenham carinho com as crianças, até
para contribuir com o desenvolvimento delas. Porém no caso dos bebês, o beijo deve
ser substituído por outras formas de carinho.

A Adaptação ao Berçário e à Creche

Para os bebês que vão pela primeira vez à escola, é fundamental uma boa
preparação e parceria com a família, para garantir uma adaptação tranquila.
Na Educação Infantil, a fase de acolhimento é diferente para cada faixa etária
e necessita de atenção redobrada para os bebês com menos de 2 anos. E tudo é
novidade para os pequenos, desde a convivência com outros adultos e outras
crianças, além das diferentes brincadeiras e a nova rotina.
É comum observar que bebês de até 10 meses estranham a escola, a comida,
e até o modo como são colocados para dormir. Por isso, é fundamental analisar os
aspectos sensoriais: deixar junto ao berço os objetos pessoais, como chupeta,
mantinha, brinquedos, e fronhas, pode ajudar na adaptação.

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Na maioria das vezes, a ausência dos pais não atrapalha, mas alguns detalhes
podem incomodar, como a textura diferente do lençol do berço, a temperatura da água
do banho, a forma como são colocados para dormir, etc. Sim, esses pequenos
detalhes podem fazer com que o bebê estranhe, mas é normal.
A adaptação muda um pouco após o bebê completar 1 ano. Agora, o foco
principal é fazer com que o bebê se acostume com a ausência dos responsáveis. É
necessário nesse caso, alternar os momentos em que os responsáveis estejam
próximos e distantes do bebê. Isso porque o bebê já estabeleceu vínculos com alguns
adultos, então começa a estranhar desconhecidos. Por isso, manter os rostos
conhecidos ao alcance da visão do bebê faz parte do processo.
A separação entre o bebê e os pais deve ser feita aos poucos, alternando
momentos de ausência e aproximação, até que o bebê esteja totalmente acostumado
com a rotina na creche.
Outra técnica para garantir a tranquilidade é fazer um espaço para cada
criança. Veja um exemplo:

Sequência Didática:
1 – Processo de acolhimento dos bebês

http://liberdadeparaosbebes.com.br

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IDADE: até 2 anos de idade


OBJETIVO: criar um espaço de acolhimento e segurança tanto para os bebês,
quanto para suas famílias; definir diálogos com eles e dar um sentido diferente à
gestos, sentimentos e ações através da linguagem.
CONTEÚDO:
- Respeitar as características e singularidades de cada criança;
- Incluir as famílias no processo de adaptação.
MATERIAL NECESSÁRIO:
- Uma foto de cada criança
- Livros de literatura infantil
- Objetos de apego dos bebês
TEMPO ESTIMADO: duas semanas.

FLEXIBILIZAÇÃO: os bebês com deficiência intelectual apresentam, na


maioria das vezes, um desenvolvimento mais lento que os demais. Porém, no caso
de deficiências menos rigorosas, essas diferenças podem ser pouco percebidas nos
primeiros anos de vida. O bebê tem a capacidade de aprimorar sua comunicação e
também sua mobilidade, mesmo que possua algumas limitações motoras e
dificuldades de equilíbrio e de orientação espacial.
O ideal é conhecer quais as limitações desta criança, respeitando seu ritmo, e
sempre contando com a ajuda dos pais ou responsáveis para adaptar os
procedimentos nas situações de aprendizagem e cuidados.
Nesse processo de acolhimento, repetir atividades e fornecer objetos que
façam parte do dia a dia dos bebês são ações importantes.

DESENVOLVIMENTO:
Converse com os pais ou responsáveis do bebê, sobre a possibilidade de uma
pessoa próxima à criança estar presente durante o período de adaptação, além de
participar de situações da rotina para compartilhar formas de cuidados com o
educador. Se os pais não puderem, outros responsáveis podem participar nos
primeiros dias, como avós, tios ou irmãos mais velhos.

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Acompanhe no primeiro dia, os responsáveis nas situações de cuidados, como


alimentação, banho e sono, observando os procedimentos e formas de interação
(como o responsável entregou objetivos de apego para o bebê, como foi interpretado
o choro, etc.

1º dia
Uma dica muito legal é criar alguns cantos para se aproximar dos pequenos,
como por exemplo, com jogos de encaixe. Depois, faça uma roda com eles e também
com as pessoas de sua referência para despedida. Transforme as ações observadas
e os gestos em palavras.
Após analisar, conversar com as crianças sobre as características, os
interesses, as brincadeiras, e tudo o que você observou sobre elas. Ex: Lúcia gosta
de boneca; Pedro anda com um paninho.
Fale que no dia seguinte vocês irão fazer novas brincadeiras!

2º dia
Organize novos cantos para esse segundo dia. Sugestões: canto dos livros,
canto das bonecas, canto da música.
Diga para os responsáveis (que estão acompanhando o processo) para ficarem
no campo de visão do bebê, mas que tentem desta vez não interagir o tempo todo.
Durante a troca de fraldas, enquanto o educador realiza o procedimento, a
pessoa da família pode ficar ao seu lado. Nesse momento, o educador deve contar
para a criança o que já aprendeu sobre ela, por exemplo: "eu sei que você adora
segurar o seu paninho enquanto eu troco sua fralda."

3º dia
Brinque e abra espaço para a expressão de gestos e sentimentos no terceiro
dia. Tente dar um significado às ações, com base nas experiências que os envolvam.
Por exemplo: "Seu bebê está com fome, Antônio. Vamos preparar uma comidinha?
Nessa etapa, os familiares que acompanham os bebês já podem se afastar do
campo de visão deles. Mas, a saída deve ser informada às crianças.

4º dia
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No próximo dia mostre novos cantos. Se já sentir segurança, faça aos poucos
as despedidas dos familiares que os acompanham. Informe onde estarão (se irão
embora, ou se vão sair por alguns minutos, ou se ficarão na creche ainda). Agora é a
hora de brincar e acolher os possíveis choros, pegando no colo, lendo uma história,
oferecendo brinquedos, etc.

5º dia
Analise quais os campos que mais chamaram a atenção dos bebês nos últimos
dias. Crie novamente esses cantos no último dia da semana.
Que tal criar um painel fofo? Selecione as fotos dos bebês para a composição!
Nesse dia, faça a apresentação de cada um: diga o nome, do que gosta de
brincar e suas características.
Quando os familiares vierem buscar seus bebês, mostre o painel na presença
deles e crie um contexto de conversa que transmita o pertencimento deles - dos bebês
- à creche. Por exemplo: "agora esta sala é da Maria também. Olha que linda a sua
foto no painel!"
Para a segunda semana, a dica é organizar os cantos de acordo com os
interesses das crianças e no que acha apropriado para aumentar as experiências
delas com o mundo.
Avaliação do dia: analise o comportamento dos pequenos. Se possível,
empreste um brinquedo aos mais resistentes e avise que devem cuidar bem e trazer
de volta à creche.

2 – Processo de acolhimento das crianças e das famílias

IDADE: 2 a 3 anos (a sequência pode ser ajustada para acolher crianças de


até 5 anos).
OBJETIVO: O objetivo é acolher as características de cada criança e envolvê-
las no desenvolvimento das situações planejadas; envolver com cuidado e acolher as
famílias que chegam à creche pela primeira vez; incluir as crianças na rotina da escola;
e criar experiências da criança com a cultura.
CONTEÚDO:
- Incluir as famílias no processo de adaptação;
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- Respeitar e valorizar as singularidades de cada criança;


- Envolver as crianças na construção da rotina;
- Mediar as experiências da criança com a cultura;

MATERIAL NECESSÁRIO:
- Papel para desenho
- Giz
- Fita crepe
- Uma foto de cada criança
- Fotos ou desenhos de situações da rotina
- Livros de literatura infantil
- bonecas E carrinhos
- Massinha
- Fantasias
- Livros de literatura infantil

TEMPO ESTIMADO: 2 semanas

FLEXIBILIZAÇÃO:
Para crianças com deficiência física: para inclusão de crianças com deficiência
física nos membros inferiores, o ideal é certificar a acessibilidade dos espaços da
creche. Faça um passeio com a criança pelas creches e apresente-a aos colegas.
Deixe que as crianças interajam e conversem. Se alguma criança tiver dúvida e
questionar "por que ele não anda?", responda de forma clara. Aproveite a pergunta
para explicar às crianças que a limitação motora do colega não o impossibilita de fazer
as atividades propostas, porém, para algumas ações, ele pode precisar de ajuda, e
todos devem ajudar. Explique isso também para a criança com deficiência física, e
fale que ele pode chamar você ou os colegas sempre que precisar. Se precisar, peça
ajuda à família para compreender melhor os hábitos e as necessidades da criança
Mantenha objetos ao alcance dessas crianças e respeite o tempo de
aprendizagem de cada um.

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DESENVOLVIMENTO:
Antes mesmo da entrada da criança na escola, a adaptação já começa. Solicite
aos familiares que preencham previamente uma ficha com algumas informações da
criança, ou então converse com eles e anote os seguintes dados:
- Nome
- Se possui irmãos na escola
- Comidas que gosta e que não gosta
- Suas brincadeiras preferidas
- Se possui algum objeto de apego
- O que pode gerar conforto e desconforto emocional (por exemplo, estar num
lugar diferente ou a dificuldade para se relacionar com pessoas desconhecidas)
Inicie o planejamento após ler a ficha e ter um primeiro contato com a criança.
1º dia
Tente organizar o ambiente de acordo com as preferências observadas pela
ficha ou pela conversa com a família. Que tal fazer um canto de casinha com bonecas,
outro com uma pista de carrinhos, outro com livros e outro canto com massinha e
materiais para desenho? Dica: faça a pista de carrinhos com giz ou fita crepe no chão!
O tempo de permanência da criança na escola pode ser aumentado aos
poucos, porém é importante informar ao responsável que nos primeiros dias
permaneça o tempo que for necessário próximo da criança, mesmo que fora da sala
de aula. Assim, caso precisar, o responsável estará próximo.
Já no primeiro dia, demonstre interesse em conhecer a história de cada criança.
Faça comentários como:
"Clarisse, um passarinho me contou que você adora brincar de massinha.
Vamos fazer um bolo e chamar seus colegas para uma festa?
"Vinícius, seu pai me disse que você gosta muito de brincar de bola, você viu
que aqui na sua escola você pode jogar futebol com seus amiguinhos?
Isso demonstra afeto e interesse em cada criança!
Nesse primeiro dia também é indicado fazer um passeio pela escola e
apresentar os espaços e as pessoas que trabalham no lugar.
Dica: que tal fazer uma brincadeira cantada para as crianças e os pais?
No final do dia, junte todas as crianças e faça uma roda de conversa. Converse
sobre o que você observou de mais importante do movimento do grupo; narre algumas
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cenas que revelaram envolvimento, interesse e comente sobre as atividades do dia


seguinte.
Peça aos pais uma foto da criança para organizar um canto do grupo na sala
de aula!

Avaliação do dia: analise e depois registre quais foram as crianças que mais
brincaram e se envolveram com as propostas, e também as mais resistentes à
aproximação dos adultos, para pensar em maneiras de construção de vínculos nas
próximas situações.
2º dia
Faça um planejamento dos cantos de atividades para esse dia. Coloque opções
como jogos, fantasias, desenhos e massinha, e compartilhe com as crianças os cantos
disponíveis do dia. Tente circular por todos os cantos, participando das atividades
junto com os pequenos.
Assim que estiver com o canto já escolhido para as fotos, apresente para as
crianças e envolva-as na criação. Aproveite para criar uma interação neste momento:
ao colocar as fotos no painel, faça uma brincadeira relacionada com as fotos, ou com
as ações observadas no dia, como por exemplo, adivinhações, ou então cante uma
música envolvendo os nomes das crianças. Veja um exemplo: "este menino que vou
mostrar agora brincou hoje com o carrinho, comeu muitas frutas e está ao lado da
Ana. Quem será? Alguém consegue adivinhar?"
Outra sugestão para esse segundo dia é apresentar onde será o canto de livros
do grupo e lá mesmo fazer a leitura de uma história.
No final do dia, apresente uma caixa onde ficarão os objetos trazidos pelas
crianças de casa.
Peça aos pais que façam um desenho com seus filhos, e tragam no dia
seguinte. Esse desenho será colado na caixa de brinquedos. Se for possível, tire uma
foto do grupo e cole na caixa também, como forma de identificação.
Avaliação do dia: analise como foi a movimentação de cada criança nos
cantos e a forma de envolvimento com as propostas. Anote as reações das crianças
que mais brincaram, das mais caladas, das que resistem ao contato, e daquelas que
demonstram euforia diante de tanta novidade.
3º dia
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Que tal fazer novamente a brincadeira com as fotos das crianças? Utilize
algumas músicas como "João roubou pão" e "a canoa virou".
Monte os cantos com atividades diversificadas com casinha, pista de carrinhos,
bichinhos e massinha para modelar.
Faça com as crianças uma caixa onde ficarão seus objetos. Escolham um canto
para deixar a caixa!
Leia uma história para as crianças. Para finalizar o dia, converse com as
crianças sobre como foi o dia e anuncie alguma atividade do dia seguinte. Faça isso
com um clima de surpresa e expectativa para as novas atividades!
Avaliação do dia: analise quais foram as crianças que demonstraram maior
dificuldade e menos interação nas atividades. No dia seguinte, dê um pouco mais de
atenção para essas crianças. Convide-as para pegar algum material com você para
organizar os cantos, sente-se ao lado delas para fazer um desenho, faça uma
escultura de massinha junto com elas, e vá observando as reações a esses convites.
Lembre-se de que aquelas crianças que estão aparentemente achando que
tudo é uma "festa" e demonstram-se felizes com as brincadeiras, também merecem
um olhar especial.
4º dia
Use a criatividade e crie cantos diversificados nesse dia!
Converse com as crianças sobre o que estão fazendo e brincando e organize
com elas a sequência das atividades. Vocês podem criar um cronograma em forma
de fotos ou desenhos. Diga para elas que isso irá ajudá-las a saber o que farão na
escola. Mas não coloque todas as atividades no cronograma, deixe algumas coisas
como surpresa. Adicione os horários dos lanchinhos e também o horário que os pais
voltarão para buscá-las.
Coloque o cronograma num lugar de fácil acesso para que todas as crianças
consigam ver.
Se perceber que alguma criança ainda chora ou demonstra tristeza, diga a elas
como tudo vai acontecer, as atividades que farão e quando será o momento de
reverem os familiares todos os dias.
Avaliação do dia: observe como está o comportamento das crianças. Se
alguma criança ainda chora, no dia seguinte mostre o cronograma, como explicamos
anteriormente, e explique que todos os dias terão atividades divertidas.
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5º dia
Receba as crianças em uma roda e explique que nesse dia você resolveu
montar os cantos que eles mais gostaram na semana. Quando encerrar a conversa,
leve as crianças para verem o cronograma e mostre o que farão a seguir. Faça mais
uma leitura divertida e guarde mais um livro na biblioteca do grupo.
Aos poucos, comente para as crianças que elas conhecerão muitas histórias.
Depois, mude a atividade e faça junto com as crianças uma linda salada de
frutas. Se possível peça no dia anterior que cada criança traga uma fruta. Converse
com os pais!
Se não funcionar, faça um piquenique no lanche, no espaço externo da escola.
Finalize o dia com uma brincadeira diferente!
Explique para as crianças que agora ficarão dois dias sem vir para a escola,
mas que na próxima semana elas terão muitas novidades! Fale para elas que vocês
brincarão muito juntos, e que você estará ao lado delas sempre que precisarem de
algo.
Avaliação do dia: continue ajudando as crianças mais resistentes à
aproximação. O objetivo é ensiná-las a transformar sentimentos em palavras.
Analise os desafios ainda existentes, mas reafirme que estará novamente na
próxima semana na escola para recebê-las e identificar quais são as brincadeiras e
outras situações que lhe farão se sentir confortáveis neste ambiente.
Se for possível, empreste algum brinquedo ou um livro, e peça para que cuidem
bem e tragam novamente para a escola na segunda-feira. Isso pode ajudar a construir
um vínculo tanto com o professor, quanto com a escola.
É preciso ter alguns cuidados ao escolher os brinquedos para as crianças, e
levar em consideração o interesse, o gosto, a habilidade e a limitação infantil.

Rotina na Creche
Existem duas diferentes maneiras a respeito da organização do tempo de uma
criança em casa. Alguns pais acham que é melhor ter uma rotina específica, enquanto
outros acreditam que é melhor criar seus filhos em casa sem rotina e livres de
agendas. Bom, nenhuma opção pode ser considerada a melhor, pois há prós e contras
em ambos os estilos. Porém, quando é preciso colocar a criança em uma creche isso
acaba mudando.
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Nas creches, as rotinas diárias acabam se tornando algo importante para as


crianças, pois dessa forma, é possível garantir que todas as suas necessidades sejam
atendidas na hora certa.

Hora de comer
A maioria das crianças come a cada duas ou quatro horas, porém isso pode
variar de acordo com o estilo de alimentação, como por exemplo, o leite materno.
Independente do tipo de alimento, o melhor é adaptar o horário de alimentação dos
bebês de acordo com a agenda que seguem em casa. Seguindo o mesmo horário de
casa, vai ajudá-los a se acostumarem mais rápido com a creche. Apesar disso é
importante saber que quando se trata de alimentação, é preciso ver a rotina apenas
como um "guia", já que a criança deve comer sempre que sentir fome.
A melhor maneira é tentar ver os sinais que a criança dá e nunca a deixar com
fome apenas para obedecer a horários.

Hora de trocar as fraldas


Existem dois estilos de rotina para a troca de fraldas que funcionam muito bem
nas creches.
A primeira é a rotina com horários, onde a troca de fraldas é realizada de
acordo com os horários determinados, como por exemplo, a cada duas horas.
A segunda opção é a rotina com atividades, onde as trocas são realizadas
em determinados intervalos que coincidem com as atividades da criança, como por
exemplo, assim que acorda, após comer ou depois de brincar.
Ao seguir qualquer uma das rotinas, você conseguirá garantir que todas as
crianças do local sejam trocadas com frequência. Não importa a opção que escolher,
os bebês que estiverem com fralda suja devem ser trocados imediatamente.

Hora de dormir
Em uma creche, os horários para a soneca são fundamentais. Os bebês podem
passar de 10 a 16 horas dormindo por dia, dependendo das necessidades particulares
de cada criança. Mas é importante lembrar que na creche é comum que os bebês
fiquem mais incomodados com os barulhos, atividades, choros de outros bebês, além
da mudança de ambiente. Para evitar que isso aconteça, estipule alguns horários de
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silêncio ao longo do dia, e estimule as crianças a dormirem. Nesses horários de


silêncio, mesmo que os bebês não durmam, deixe as luzes apagadas e reduza os
barulhos.
Hora de brincar
O horário de brincadeiras é tão importante quanto os outros, e deve fazer parte
da rotina da criança. Porém, ele deve ser flexível e se adaptar à rotina de cada bebê.
O horário deve ser definido de acordo com a personalidade e as necessidades
específicas de cada criança. Um bebê um pouco mais irritado, que chega na creche
logo de manhã, aproveitará melhor um tempo sozinho no berço com alguns
brinquedos, por exemplo. Já os bebês mais ativos nesse horário, provavelmente vão
gostar mais de brincar em grupo ou ouvindo uma história.

Sugestão de Atividades - ROTINA


A rotina vai depender muito de cada creche, de cada auxiliar e também das
necessidades de cada criança. No entanto, vamos deixar aqui um modelo com
sugestões de atividades para a rotina de um dia, que pode obter alterações:
- Organização da sala e dos materiais que utilizarão no dia;
- Chegada das crianças. Recepção com muito amor e carinho;
- Atividades didático-pedagógicas;
- Atividades ao ar livre;
- Higiene e troca de roupa;
- Hora do almoço das crianças;
- Higiene bucal;
- Hora da soneca;
- Deixar algumas atividades preparadas para as crianças que vão acordando;
- Hora do lanche;
- Atividades didático-pedagógicas;
- Atividades ao ar livre;
- Higiene e troca de roupa;
- Hora do lanche 2/jantar;
- Higiene Bucal;
- Reorganização da sala;
- Saída e despedida das crianças.
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Lembrando que a construção da rotina deve ser feita pela creche, e é


importante considerar:
- O dia a dia na creche deve incluir atividades como comer, dormir, trocar
fraldas, dar banhos etc.
- O educador deve conseguir diversificar o tipo e o lugar das atividades,
proporcionando quando possível passeios e excursões, que propiciam maior interação
e diferentes conhecimentos do mundo.
- É importante adicionar propostas inovadoras, significativas, desafiadoras e
prazerosas, possibilitando assim novas descobertas para as crianças.
- Levar em consideração a disponibilidade de materiais e espaços.

Atividades para adicionar na rotina


1ª FASE - bebês de berço

1. Estimulação dos sentidos: percepção visual, auditiva, gustativa,


olfativa, tátil
- Carregar a criança no colo de uma maneira que consiga explorar o ambiente,
mostrando as coisas e nomeando os objetos.
- Fazer ruídos com diferentes objetos, como chocalhos e guizo, e analisar se o
bebê consegue procurar o som. É possível observar isso vendo a maneira que o bebê
se movimenta de acordo com o barulho.
- Oportunizar momentos calmantes, com a ajuda de música ambiente calma e
relaxante;
- Promover estímulos táteis, como por exemplo, fazer cócegas;
- Fornece objetos e brinquedos com diferentes texturas, para que possam
pegar;
- Segurar as mãos do bebê e ensinar a bater palmas;
- Apertar bolas de espuma ou borracha;
- Mostrar ao bebê os brinquedos presos no berço;
- Brincar de esconde-esconde usando fraldas;
- Cantar músicas infantis;
- Utilizar fitas coloridas e bolas para estimular a percepção visual;
- Fornece objetos para o bebê pegar e levantar;
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- Expor o bebê a ambientes com intensidade luminosa diferentes, para que


perceba o claro e o escuro;
- Enquanto alimenta o bebê, conversar e sorrir com ele, dizendo-lhe o que vai
comer;
- Deixar que o bebê morda ou apalpe objetos de consistência diferentes;
- Fazer massagens suaves no corpo do bebê, como por exemplo, durante o
banho;
- Incentivar a percepção tátil passando texturas diferentes nas mãos e nos pés
do bebê.

2. Estimulação corporal
- Movimentar as pernas do bebê como se estivesse "pedalando como bicicleta";
- Colocar o bebê em posições diferentes, de costas, de lado e de bruços;
- Movimentar os pés do bebê levemente, para frente e para trás, de um lado
para o outro, em movimentos circulares;
- Com a ajuda de um cobertor ou de um colchonete, rolar a criança suavemente;
- Colocar um brinquedo na frente da criança, que está na posição de bruços,
para que ela tente alcançá-lo;
- Manter a criança sentada com o apoio de almofadas, enquanto ela segura
algum brinquedo;
- Provocar ruídos, para ver se o bebê movimenta o tronco em direção ao
barulho;
- Firmar as pernas, mantendo o bebê em pé, sobre o chão ou colo da
educadora;

3. Estimulação oral
- Provocar ruídos variados (imitação de carros, animais) e incentivar o bebê a
fazer o mesmo;
- Conversar com o bebê;
- Fazer "joguinhos verbais" de apelo, como por exemplo, falar para o bebê "dá
uma risadinha", "faz um biquinho", "pega esse brinquedo".
- Conversar com o bebê na frente ao espelho, mostrando e nomeando partes
do corpo, como boca, nariz, pés, mãos, etc;
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4. Estimulação à socialização
- Proporcionar contato com as crianças maiores do berçário. Incentive-os a
brincarem todos juntos;
- Fazer passeios por ambientes diferentes;
2ª FASE - bebês que engatinham

1. Estimulação dos sentidos: percepção visual, auditiva, gustativa,


olfativa, tátil
- Conversar e rir com o bebê em todos os momentos;
- Fazer massagens suaves no corpinho do bebê, quanto toma banho ou durante
a troca de roupa;
- Conversar com a criança sobre as atividades que serão feitas, como a hora
de comer, a hora de brincar, a hora de tomar sol, etc;
- Incentivar o bebê a bater palma, bater os pés, estalar a língua;
- Explorar diferentes sons, brincando com chocalho, caixas com objetos dentro,
guizos, etc;
- Cantar músicas infantis para o bebê;
- Manusear brinquedos de diferentes texturas: macio, duro, mole, áspero, liso,
etc;
- Conversar com o bebê em frente ao espelho, mostrando e nomeando partes
do corpo, como boca, nariz, pés e mãos, e depois pedir que o bebê mostre sozinho;
- Enrolar um brinquedo qualquer em um pedaço de pano, e depois entregar
para que o bebê desenrole sozinho e encontre o brinquedo;
- Pedir para o bebê procurar um brinquedo retirado de repente do campo visual;
- Deixar que o bebê aperte o interruptor da luz, para que perceba o que
acontece. Diga para ele o que aconteceu: "olha, a luz acendeu. E agora você
apagou!";
- Pedir para que o bebê mostre partes do corpo, como por exemplo, "cadê a
mãozinha do bebê?" "onde está a orelhinha do bebê?";
- Esconder brinquedos dentro de caixas, potes ou vasilhas, na frente do bebê
para que ele encontre;

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2. Estimulação corporal
- Colocar um brinquedo em cima de uma fralda para que o bebê tente puxá-lo
e alcançá-lo;
- Deixar o bebê em pé, sobre o colo, cadeira ou mesa, com o apoio do
educador, e depois dar pequenos saltos;
- Fazer com que o bebê fique mais livre, mas que não se prenda muito tempo
apenas ao berço;
- Para que o corpo do bebê se movimente em diferentes direções, fazer com
que ele tente alcançar objetos ao seu lado, à sua frente, etc;
- Ensinar o bebê a fazer movimentos de cabeça de "sim" e "não";
- O bebê deve receber o aplauso dos educadores quando conseguir se manter
alguns momentos em pé;
- Segurar o bebê para que ele tente dar passinhos;
- Ensinar ao bebê a subir e descer degraus engatinhando;
- Ensinar ao bebê a empurrar bolas engatinhando;
- Pedir que o bebê resolva pequenos problemas, como pegar um objeto debaixo
da mesa;
- Usar a criatividade com caixas de papelão: brincar de casinha, de entrar e
sair, e de cabaninha;
- Ensinar o bebê a engatinhar entre obstáculos;
- Oferecer ao bebê condições para que tente se levantar, segurando em
móveis;
- Jogar delicadamente a bola na direção do bebê e pedir que ele devolva de
volta;

3. Estimulação oral
- Ensinar o bebê a obedecer simples pedidos, como por exemplo, "vem cá",
"manda beijo", "dá tchau", etc;
- Repetir as sílabas pronunciadas pelos bebês;
- Cantar uma música infantil e incentivar o bebê a bater palmas ou ensinar uma
coreografia, como por exemplo, mostrando partes do corpo;
- Mostrar imagens e imitar o som que a gravura sugere: animais, carro, trem,
etc;
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- Realizar diferentes passeios, conversando sobre as coisas que vê com o


bebê;
- Contar pequenas histórias mostrando imagens;

4. Estimulação à socialização
- Ensinar o bebê a abraçar os amiguinhos;
- Incentivar brincadeiras entre os colegas;
- Passear com o bebê em outras turmas;

3ª FASE - bebês que andam

1. Estimulação dos sentidos: percepção visual, auditiva, gustativa,


olfativa, tátil
- Ensinar o bebê a sentir os cheiros, como por exemplo, de frutas e flores;
- Se esconder e chamar o bebê pelo nome, para que ele tente encontrar a
educadora escondida atrás de um móvel, por exemplo;
- Fazer brincadeiras de imitação de bichos, dançar, cantar músicas, marchar,
etc;
- Dançar e ensinar a criança a imitar os gestos da educadora;
- Ensinar algumas simples ações para a criança, como: trazer e guardar
objetos, buscar algum brinquedo, etc;
- Desenhar com giz;
- Mostrar a criança no espelho e pedir que mostre as partes do corpo para a
educadora, que deve ir ensinando as palavras e ajudando;
- Ensinar a criança a usar a colher para tentar comer sozinho;
- Ensinar alguns hábitos de organização, como por exemplo, mostrar onde deve
guardar os brinquedos;
- Ensinar a criança a identificar comidas quentes e geladas durante as
refeições;
- Pedir que a criança pegue brinquedos ou objetos que estão debaixo de berços
ou mesas;
- Brincar de rodas e cantar músicas infantis ou pequenas cantigas;

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- Pedir para a criança mostrar brinquedos ou objetos de diferentes tamanhos,


por exemplo, os objetos grandes e os pequenos;
- Pedir para a criança mostrar brinquedos ou objetos de diferentes cores;
- Pedir para a criança organizar brinquedos ou objetos por tamanhos e cores;
- Ensinar a criança a executar algumas ordens simples, como lavar as mãos,
sopras as velas, cheiras flores, pular cordas, escovar os dentes, pentear os cabelos,
etc;
- Brincar com quebra-cabeça de poucas peças;
- Brincar com jogos de encaixe;
- Brincar com a criança de andar de diferentes formas: imitando animais e
fazendo barulhos, de quatro, ou em fila imitando trenzinho;

2. Estimulação corporal
- Brincar com a criança de passar por dentro de algum lugar; arrastar/ficar de
cócoras/engatinhar; brincar com caixa de papelão;
- Puxar carrinhos e outros objetos;
- Correr, marchar, agachar, levantar, pular, bater palmas com a orientação da
educadora;
- Levar a criança para brincar no parquinho e explorar todos os brinquedos de
acordo com a idade;
- Brincar de andar na ponta dos pés, para trás e para frente;
- Brincar de rolar no colchonete de um lado para o outro, e pedir que rolem
sozinhos;
- Puxar caixas - vazias ou com brinquedos - com barbantes;
- Brincar com blocos de encaixe;
- Fazer cabaninhas com caixas;
- Brincar com corda, de pular ou passar embaixo e por cima;
- Pedir para os bebês engatinharem ou paras a criança andarem em grupos até
um ponto da sala;
- Brincar de imitar animais, engatinhando e fazendo barulhos;

3. Estimulação oral
- Contar uma história e pedir que a criança participe, fazendo sons e gestos;
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- Utilizar imagens para contar as histórias;


- Brincar de nomes: pedir que a criança diga nomes que pertençam ao mesmo
grupo, por exemplo: animais, frutas, roupas;
- Cantar com a criança cantigas infantis;
- Ensinar a criança a identificar-se pelo nome, e também reconhecer o nome
da orientadora e dos colegas;
- Ensinar a criança a analisar e dizer o nome de objetos e sua função, dentro
da sala e também durante passeios;
- Fazer exercícios foniátricos como, encher as bochechas de ar, estalar a
língua, mandar beijinhos, vibrar os lábios, etc;
- Pedir que a criança diga o nome da mãe, do pai, avós e irmãos;

4. Estimulação à socialização
- Ensinar a criança a brincar com os coleguinhas da turma;
- Ensinar hábitos de ordem e gentiliza;
- Ensinar a criança a brincar também com as crianças de outras turmas;
- Levar a criança a pequenos passeios e durante isso, conversar com outros
adultos e crianças;
- Ensinar a criança a cumprimentar as pessoas que chegarem ou saírem da
sala;
- Evidenciar a data de aniversário de cada criança; ensinar a parabenizar.

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A Arte de Contar Histórias

As histórias são capazes de encantar crianças. Entretanto, é preciso ter ânimo


na hora de ler, para conseguir fascinar os ouvintes. Um bom narrador deve transformar
a história em realidade, e se imaginar dentro dela, como se fosse um personagem.
Quando ouvimos uma boa história, somos transportados para um outro mundo.
E é isso que as crianças também devem sentir quando ouvirem uma história: que
estão vivendo aquilo!
A imaginação e a criatividade passadas através de uma história podem ser
benéficas para qualquer criança e possuem um papel importante na sua formação.
Até porque uma boa história pode ajudar qualquer indivíduo a se tornar mais crítico,
criativo e capaz de resolver conflitos e tomar decisões com mais facilidade.
Contar histórias para as crianças é fundamental, pois ajuda no desenvolvimento
infantil e incentiva o hábito da leitura. Veja mais alguns benefícios de adotar a
contação de histórias para a rotina da creche:
- Desperta nas crianças o interesse e o gosto pela leitura;
- Incentiva a escrita;
- Fortalece a imaginação;
- Proporciona momentos lúdicos;
- A contação de histórias é um momento de interação, fazendo com que as
crianças conversem depois sobre a história.

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Como ser um bom narrador de histórias para as crianças?


Primeiramente selecione as histórias que encantem você e te despertem a
vontade de passá-las aos alunos. Não escolha qualquer uma, opte por aquelas que
você vai gostar de contar.
Selecione bons temas e de preferência aqueles que irão agregar coisas boas
para as crianças. O ideal é abrir o universo delas para narrativas diferentes. Escolha
temas interessantes!
Aproveite para fazer o uso de recursos como músicas, bonecos, desenhos e
até movimentos de dança, para deixar a história ainda mais divertida.
Ao contar a história, faça imitação de vozes, barulhos e movimentos com as
mãos, como palmas ou estalos de dedos. Isso faz com que as crianças prendam a
atenção na história que está sendo contada.
Leia o livro antes de contar a história. Não é preciso decorar, apenas para já
conhecer a história e saber falar e se expressar corretamente.
Dê ênfase para as frases que trazem alguma lição importante.
Utilize diferentes tons: amplie a voz quando necessário e diminua quando o
enredo pedir um tom mais suave. É importante que as crianças estejam em silêncio
para que consigam ouvir com atenção.
Antes ou após finalizar a história, conte de onde ela vem (de livro, da internet
ou de algum filme), quem criou e porque você a escolheu.
Veja algumas opções de livros para ler para as crianças:

"Alice no País das Maravilhas", De Lewis Carroll, com tradução de Ana Maria
Machado, Editora Ática
"O Bichinho da Maçã", De Ziraldo, Editora Melhoramentos
"O Mágico de Oz", De Lyman Frank Baum, Editora Ática
"Reinações de Narizinho", De Monteiro Lobato, com ilustrações de Manoel
Victor Filho, Editora Brasiliense
"Fábulas", De Monteiro Lobato, com ilustrações de Manoel Victor Filho, Editora
Brasiliense
"A Fada que Tinha Ideias", De Fernanda Lopes de Almeida, com ilustrações de
Edu, Editora Ática
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"Exercícios de Ser Criança", De Manoel de Barros, com bordados de Antônia


Zulma Diniz, Ângela, Marilu, Martha e Sávia Dumont sobre desenhos de Demóstenes,
Editora Salamandra
"A Bruxinha Atrapalhada", De Eva Furnari, Editora Global
"Doze Reis e a Menina no Labirinto do Vento", De Marina Colasanti, Editora
Global
"O Menino Maluquinho", De Ziraldo, Editora Melhoramentos

Primeiros Cuidados

É fundamental que os cuidadores atuem na prevenção de acidentes e também


de situações que possam causar riscos às crianças. Mas é preciso entender que
acidentes podem acontecer, e para isso, o educador deve estar preparado para agir.
Acidentes mais frequentes de acordo com a idade:
0 a 1 ano - quedas (cama, colo, trocador), asfixia, aspiração de corpo estranho,
intoxicação, queimaduras.
2 a 4 anos - quedas, asfixia, sufocação, afogamento, choque elétrico,
intoxicações.
Veja abaixo o que deve ser feito em situações de risco:

Quedas

Os acidentes mais frequentes em crianças de 0 a 9 anos de idade são as


quedas. É comum que as crianças caiam enquanto estão brincando ou tentando
andar, e isso faz parte do desenvolvimento delas. Porém, é importante adotar medidas
de prevenção para evitar acidentes graves. A maioria das quedas acontece pela
ausência de um adulto, e é por isso que as crianças nunca devem estar sozinhas.
Analise a altura de onde a criança caiu, o local, qual área do corpo recebeu o
impacto da queda, e como a criança está reagindo.
Se a criança apresentar os seguintes sinais, entre em contato com o serviço
médico imediatamente:
- Sonolência
- Estrabismo
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- Desorientação
- Pupilas de tamanhos desiguais
- Vômitos
- Saída de sangue ou outro líquido pelo nariz ou ouvido

Queimaduras

As queimaduras podem ser dolorosas e deixar sequelas, por isso devem ser
tratadas imediatamente. A principal causa de queimadura em crianças menores de
cinco anos é por líquido quente, então a prevenção é a medida mais eficaz.
Veja algumas medidas de prevenção de queimadura por água quente:
- Verifique a temperatura das mamadeiras e de todos os alimentos antes de
oferecê-los às crianças. Não esquente mamadeiras no forno micro-ondas, pois
existem riscos graves de queimaduras da boca e da garganta;
- Não deixe as crianças frequentarem a cozinha, apenas se forem
acompanhadas por um adulto;
- Álcool e outros combustíveis devem ser armazenados em um local longe do
alcance de crianças;
- Na hora de preparar o banho da criança, verifique a temperatura. Para o banho
do bebê, a temperatura deve ser testada com a face interna do antebraço do
educador. A criança maior não pode regular a temperatura da água sozinha. Em
nenhum caso a criança pode ficar sozinha na hora do banho;
- Fios e tomadas desencapados possuem risco de choque elétrico.

O que fazer em casos de queimaduras?


Até que se tenha atendimento médico, veja algumas recomendações:
- Remova as roupas que estão cobrindo a área queimada. Se alguma peça
estiver grudada no corpo, lave a região com água limpa até que consiga retirar
delicadamente sem causar dor ou aumentar a lesão;
- Coloque água limpa e fria na área queimada, para aliviar a dor. Não use água
gelada, apenas fria. Isso vai ajudar a limpar a ferida, reduzir a dor e diminuir a
formação do edema posteriormente;

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- Coloque um pano limpo para cobrir a região afetada e procure atendimento


médico imediatamente;
- Não pegue receitas de queimadura na internet que podem piorar a situação;
- Não coloque gelo nas queimaduras, nem qualquer outra substância sem
orientação médica;
- Não fure bolhas de queimadura;
- No caso de queimadura elétrica, o indicado é desligar o interruptor, e depois
retirar a criança do condutor. Analise os sinais vitais como pulso e respiração, resfrie
com água fria as lesões e procure atendimento médico imediatamente;

Engasgo e aspiração de corpo estranho

A aspiração de corpo estranho é qualquer substância ou objeto que entra no


corpo humano indevidamente, e pode ter sido colocado pela própria criança nas
cavidades - ouvido ou nariz - ou através da ingestão. O risco é maior quando esse
objeto ou substância é aspirado para o pulmão. O engasgo é o maior sinal de que o
acidente aconteceu. Essas situações são mais frequentes com crianças de um a três
anos de idade. Objetos pequenos ou que contêm pequenas peças são os mais
comuns nesses casos, e essa é uma das razões pelas quais esses objetos devem
ficar longe do alcance de crianças. Mas também pode acontecer com alguns
alimentos, como amendoim, pipoca e milho. É preciso ter uma atenção especial com
a escolha dos alimentos, pois a criança pequena não consegue controlar a mastigação
e a deglutição, fazendo com que o engasgo seja algo mais frequente.
Veja algumas recomendações importantes em relação à alimentação das
crianças:
- Evite oferecer alimentos que possam possibilitar o engasgo, como sementes,
balas duras, amendoim, etc;
- Ofereça alimentos cortados em pequenos pedaços, de acordo com a faixa
etária;
- Ensine as crianças a mastigarem bem os alimentos;
- As crianças devem se alimentar sempre sentadas. Nunca dê alimentos
enquanto elas estão brincando ou correndo.

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Como identificar um engasgo?


Se a criança começa a tossir de forma persistente, tem falta de ar súbito,
apresenta chiado no peito, rouquidão, lábios e unhas arroxeadas fique atento, pois
podem ser sinais de aspiração de corpo estranho.

O que fazer nesses casos?


Até que se tenha atendimento médico, veja algumas recomendações:

Técnicas de desobstrução das vias aéreas:

Crianças menores de 1 ano:


-> coloque a criança sobre a perna, apoiada em um dos braços e com a cabeça
mais baixa. Mantenha as vias aéreas livres. Com a outra mão, dê cinco percussões
nas costas (entre as escápulas), conforme a imagem. Depois, vire a criança de barriga
para cima e dê cinco compressões no tórax. Repita esses passos até que a criança
consiga expulsar todo o corpo estranho.
Se conseguir ver o corpo estranho na boca da criança, retire-o com muito
cuidado. Não coloque o dedo na boca da criança sem visualizar nada, pois poderá

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piorar a situação se empurrar o corpo estranho para regiões mais baixas das vias
aéreas.
Crianças maiores de 1 ano:
Manobra de Heimlich
Posicionado atrás da criança, aplique pressão abaixo das costelas, com sentido
para cima, até que o corpo estranho seja conduzido das vias aéreas até a boca.
Cuidado: não comprima as costelas!

Convulsão Infantil

As convulsões são alterações involuntárias e transitórias da consciência,


comportamento, atividade motora e função autonômica causadas por uma atividade
cerebral anormal. Para resumir, pode ser definida como um transtorno neurológico
súbito e transitório que aparece relacionado com a febre.
Entre crianças de 6 meses a 5 anos, a causa mais comum de convulsão é a
febril, porém geralmente dura poucos minutos.
Alguns sintomas da convulsão são:
- Tremores
- lábios E extremidades arroxeadas
- Piscar de olhos
- Olhar alheio ao meio
- Virada de olhos
- Movimentação de mãos e pés
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A criança pode voltar ao normal rapidamente ou ficar sonolenta após a


convulsão. No entanto, este costuma ser um momento estressante e preocupante
para quem está olhando, então é fundamental manter a calma.

O que fazer nesses casos?


Até que se tenha atendimento médico, veja algumas medidas de proteção que
devem ser realizadas durante o momento da crise:
- Deitar a criança para evitar quedas e traumas;
- Afrouxar as roupas da criança;
- Observar a respiração;
- Proteger a cabeça da criança com a mão, travesseiro ou roupa;
- Para evitar que aspire vômito ou saliva, o ideal é lateralizar a cabeça da
criança;
- Limpar as secreções na boca para facilitar a respiração, porém não colocar o
dedo dentro da boca da criança, pois pode machucá-la;
- Não fornecer nada para a criança no momento da crise, como líquidos ou
remédios;
Por fim, a recomendação para qualquer acidente: entre em contato com o
serviço de emergência e mantenha a calma para passar tranquilidade para a criança.

Músicas Infantis / Cantigas de Roda

Veja abaixo uma sugestão de músicas infantis e cantigas de roda para cantar
com as crianças.

Bom dia aos amiguinhos - cantigas para cantar ao chegar na creche:


BOA TARDE, COMO VAI?
Boa tarde coleguinha como vai?
Boa tarde coleguinha como vai?
Faremos o possível
Para sermos bons amigos.

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Boa tarde coleguinha como vai?


BOA TARDE, MEUS COLEGUINHAS
Boa tarde, meus coleguinhas.
De volta à escola estou.
Deixei a mamãe em casa.
Sua amiga agora sou.
Palma, palma, palma,
Pé, pé, pé,
Roda, roda, roda,
Nossa escola alegre é!
Ao chegar à nossa escola
Cumprimento toda gente
É bom começar o dia
Animado e contente
Digo alô aos amiguinhos
E bom – dia à professora
Não esqueço do sorriso
Pra nossa diretora.
BOA TARDE MEU AMIGO
Boa tarde, meu amigo!
Boa tarde, meu irmão!
Com paz e com sorriso,
Cantemos a canção!
Dó, ré, mi, fá, fá, fá
Dó, ré, dó, ré, ré, ré
Dó, sol, fá, mi,mi,mi
Dó, ré, mi, fá, fá, fá
Há flores lá no campo,
Há nuvens lá no céu.
No rio vai correndo
Barquinho de papel!
OLÁ, MARIA
Olá (nome do colega)!
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Boa tarde (nome do colega)!


Que bom que você veio gosto muito de você!
Ao chegar na minha escola.
Quero já cumprimentar
Meus amigos, Professoras
Boa tarde, quero dar.
Boa tarde!

Músicas de calendário – datas


Sete dias a semana tem
Quando um acaba logo outro vem
Domingo - Segunda - Terça – feira
Quarta – feira, Quinta – feira
Sexta – feira, sábado
Que bom!
QUE DIA É HOJE
Muito alegres aqui estamos
Para juntos ficar.
Hoje é Segunda-feira
Dia de alegria.
Ora, palma, palma, palma,
Ora é pé, pé, pé
Hoje é Segunda-feira
Dia de alegria.
Boa tarde, minha gente,
Trá, lá, lá ,lá, lá ,lá, lá.
Acabamos de chegar,
Trá, lá, lá ,lá, lá ,lá, lá.
Hoje é segunda-feira.
Trá, lá, lá ,lá, lá ,lá, lá.
Amanhã será?

Músicas para fazer filas


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MARCHA SOLDADO
Marcha soldado
Cabeça de papel
Se não marchar direito
Vai preso pro quartel
O quartel pegou fogo,
A polícia deu sinal
Acode, acode, acode
A bandeira nacional.
PIUÍ, TRENZINHO
Piuí, piuí, piuí
Coloca a mão no meu ombro
Piuí, piuí, piuí
Não deixa o trem descarrilhar
Eu sou a máquina e vocês são os vagões
E os passageiros são os nossos corações.
Música para cantar na hora da chamada
EU SOU
Boa tarde vou me apresentar
Sou _________ vim para ensinar
Obs.: Pode trocar por outros verbos com ar (amar, cantar).

Música para cantar na hora de lanchar


COME QUE A MAMÃE FICA CONTENTE
Come, come
Come que a mamãe fica contente
Come, come
Pra ficar mais forte e inteligente
Toma a mamadeira
Enche a barriguinha
Que de sobremesa tem papinha
Tome iogurte
Queijo e marmelada
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Que tem mais pudim e goiabada


Na volta da escola
Senta à mesinha
E come toda a torradinha
Depois de brincar
Eu vou preparar
Uma vitamina gostosinha..
HIGIENE E MERENDA
Vamos lavar as mãozinhas
Que é hora de merendar
Pois não se deve comer
Sem as mãozinhas lavar
Lá, lá, lá.
MEU LANCHINHO
Meu lanchinho, meu lanchinho
Vou comer, vou comer
Pra ficar fortinho
Pra ficar fortinho
E crescer, e crescer
MERENDA
Chegou a hora da merenda
Minha barriguinha
já está que não aguenta
Há há há há há
já está que não aguenta.
É hora de lanchar
É hora de alegria
É só acompanhar
O que diz a melodia
Vamos comer nhá, nhá
nhá, nhá, nhá
Vamos beber glu, glu, glu
glu, glu, glu
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Vamos bater palmas plá,


plá, plá, plá
Vamos bater o pé, pé, pé
pé, pé.

Choro das Crianças: o que fazer?

Chorar é totalmente normal, até porque não é fácil para a criança se adaptar
ao ambiente e à equipe da creche, se despedir da família, brigar com o coleguinha,
entre mil e outros motivos. Dizem que a vida de uma criança é fácil, porém até 3 anos
de idade existem diversos desafios diários e uma boa dose de estresse. E o pior é que
muitas vezes, dependendo da idade, os pequenos não conseguem se comunicar,
então chorar se torna a única opção.
Às vezes os choros são rápidos e baixinhos, já alguns se tornam choradeiras
que podem assustar até a vizinhança, o que também é totalmente normal. Para o
educador, principalmente os iniciantes, enfrentar momentos como esses não é uma
tarefa tão fácil. É natural que a irritação, a frustração e a falta de paciência apareçam,
mas é preciso manter a calma e aprender a lidar com os choros.
É necessário conhecer o desenvolvimento infantil e aprender a construir
vínculos afetivos com as crianças. Esse trabalho é fundamental e começa assim que
a criança chega na creche.
Nos primeiros dias da criança na creche, é normal que a educadora e toda a
equipe ainda não consiga diferenciar os tipos de choro infantil. Porém, com o tempo a
educadora irá conhecendo cada criança, suas características e manias.
Antes de tudo, é preciso entender que o objetivo dos bebês que estão chorando
é comunicar que algo não vai bem. Então é importante tentar saber o que o choro
expressa.
Se o motivo do choro for dor física, é preciso buscar orientações médicas o
quanto antes. E o que também merece ação rápida e aconchego é a dor emocional.
Dizem que se pegar no colo a criança pode ficar manhosa, mas colo e carinho são
sempre bem-vindos e não estragam ninguém.
Quando acontecer uma crise de choro, o melhor é demonstrar que você
entende o problema e dizer que logo vai passar. Peça que a criança respire fundo,
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lave o rosto e sente no seu colo. Transmita a mensagem de que você confia que ela
vai relaxar e se acalmar. Aproveite e respire fundo também, passando uma sensação
de calma e tranquilidade.

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REFERÊNCIAS

KISHIMOTO, T. M. À pré-escola em São Paulo (1877 a 1940). São Paulo: Loyola,


1988.
MERISSE, A. (et all). Lugares da infância: reflexões sobre a história da criança na
fábrica, creche e orfanato. São Paulo: Arte & Ciência, 1997
http://tiadacreche.blogspot.com/
https://novaescola.org.br/

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