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EXPLORAR

Estudos Orientados
1º ano | 2º semestre

Nós, construindo
exposições orais!
Material de apoio
para alunos do 1º ano
2
Nós, construindo
exposições orais!
Material de apoio
para alunos do 1º ano
ficha
técnica
INSTITUTO AYRTON SENNA

Viviane Senna
Presidente

Ana Maia
Diretora de Educação Estudos orientados
Nós, construindo exposições orais
Simone André
Gerente Executiva de Educação Marisa Balthasar, Paulo Emílio de
Castro Andrade, Samuel Andrade e
Mônica Pellegrini Shirley Jurado
Gerente de projetos Concepção e texto

Cynthia Sanches Amí Comunicação & Design


Gerente de projetos Projeto gráfico, diagramação
e ilustração
Helena Faro
Gerente de projetos

Gustavo Mendonça
Analista de projetos

Bruna Vasconcelos de Souza


Secretária
sumário
Estudos orientados: o que faremos nesses
tempos do currículo, mesmo? 7

Parte 1: Construindo exposições orais 9


Atividade 1: “Quem não se comunica, se trumbica!” 10
Atividade 2: Pesquisar, ler e resumir 15
Atividade 3: Amarrando as pontas 19
Atividade 4: Hora de avaliar, replanejar e ensaiar! 24
Atividade 5: Avaliando o processo 26

Parte 2: Plano de estudos 29


6
Estudos orientados:
o que faremos nesses tempos
do currículo, mesmo?
Vocês já sabem, os tempos semanais de Estudos Orientados são
importantes para que vocês possam se dedicar a:

• Entender que a aprendizagem de conhecimentos importantes


depende muito do empenho, dedicação e interesse de vocês.
• Adotar uma postura de investigadores diante do conhecimento.
• Aprender com os colegas, em colaboração.
• Definir prioridades em relação aos estudos.
• Organizar rotinas de estudo.

Assim como no 1° semestre, vocês vão fazer dois tipos de ações nos
tempos de Estudos Orientados (EO):

1. Uma sequência de atividades mensais cujo objetivo é auxiliá-los


na construção de exposições orais. Nelas, vocês colocarão em
prática procedimentos para aprender mais e melhor, adotando
uma postura de investigadores de conhecimentos. Para produzir
essas atividades, é fundamental que trabalhem em times e
demonstrem interesse e iniciativa para potencializar o
próprio aprendizado!

2. Nos demais tempos de EO do mês vocês estarão dedicados


ao estudo, leitura de livro, realização de tarefas etc. Mas
esse trabalho se dará de modo planejado, organizado, com a
colaboração dos colegas e a orientação do professor.

Este guia é organizado em duas partes:

• A primeira apresenta as atividades mensais. O professor que


acompanha a turma nos tempos de Estudos Orientados fará a
mediação dessas atividades.
• A segunda parte vocês já conhecem! Ela é recheada de orientações
para que cada um de vocês construa o “Plano de Estudos”, que
os ajudarão a organizar os momentos de estudo. O professor que
orienta a turma nos tempos de EO vai propor um tempo para que
vocês relembrem essas orientações, bem como construam o Plano
de Estudos.

Bom trabalho!

7
7
PARTE 1

Construindo
exposições orais
Atividades mensais

9
9
Atividade 1:
“Quem não se comunica,
se trumbica!”

Vocês, provavelmente, já escutaram ou leram o bordão que intitula esta


atividade. Ele ficou famoso na voz de Chacrinha, apresentador de TV que
fez tremendo sucesso no Brasil das décadas de 1970 e 1980. Desde então,
a frase tem sido recorrentemente utilizada, em contextos diversos, com
um sentido simples: quem não se comunica bem, pode se dar mal.

Se algum de vocês não conhecia o bordão, ou mesmo seu criador,


não deixe de fazer uma busca na internet! Personagem importante
da história cultural do Brasil, Chacrinha deixou marcas nos modos
de criação em rádio e TV no país, além de ter inspirado a criação
de importantes movimentos estéticos, como a Tropicália.

E quem é que nunca passou por uma situação em que gostaria de


ter se comunicado oralmente um pouco melhor, expondo, com mais
clareza, determinado assunto: defendendo com bons argumentos um
ponto de vista; explicando, de modo coerente, determinada atitude; ou
respondendo, com mais precisão, perguntas importantes? E quem já não
viveu momentos em que as “falhas” na comunicação com outras pessoas
causaram discussões ou mal-entendidos?
Quando participamos de interações orais cotidianas e informais,
pausas, hesitações e reformulações são comuns em nossa fala, pois não
nos preocupamos muito em monitorá-la nessas situações do dia a dia.
Mas, no caso das situações de interação oral mais públicas e formais,
como em exposições orais, por exemplo, não é bem assim.
Então vamos refletir um pouco sobre essas situações: ao pensarem
em exposições orais, seminários e apresentações de trabalho em geral,
dentro e fora da escola, quais imagens ou cenas vêm à cabeça de vocês?
Provavelmente, uma delas é a cena de um profissional ou especialista,
falando para um auditório, uma plateia. O especialista fala com fluência
sobre a temática que se propôs. Às vezes comete algumas falhas e
hesitações, mas em menor número que em situações menos formais.
Algumas vezes até faz algumas brincadeiras e fala algumas gírias para
fisgar a atenção do público, mas sua linguagem é, predominantemente,
formal. Ao lado dele, ou ao fundo, há uma tela, em que é projetado um
material de apoio que enriquece a sua fala – um vídeo, algumas imagens
ou uma apresentação feita no PowerPoint. Vocês reconhecem essa cena
de algum lugar?

10
• Reproduzam o quadro abaixo no caderno de vocês e, a partir do
que conhecem sobre exposições orais, busquem traçar algumas
diferenças entre esse gênero mais formal e outros, utilizados
em situações mais cotidianas e informais. Para ajudá-los nessa
reflexão, aí vão algumas perguntas que podem orientar o
preenchimento do quadro.

DIFERENÇAS ENTRE UMA EXPOSIÇÃO ORAL E OUTROS GÊNEROS


ORAIS MAIS INFORMAIS E COTIDIANOS

Qual postura (tom de voz e


modo de iniciar a conversa
com seus interlocutores, por
exemplo) vocês têm em um
bate-papo com um amigo e
durante uma exposição oral?

Que tipos de objetivos


podemos ter ao nos
engajarmos em um bate-
papo informal e que tipos
de objetivos podemos ter ao
realizarmos uma exposição oral?

Se as hesitações, as pausas
e as reformulações são
características que permeiam
fortemente uma situação
de bate-papo informal,
quais seriam algumas das
características de uma
exposição oral?

Um bate-papo informal
demanda muita preparação
prévia? E uma exposição oral?

• Já preencheram o quadro? Escolham um líder para apresentar as


respostas de vocês ao restante da turma na roda de conversa que
acontecerá logo mais!

• Não deixem de registrar, em seus cadernos, os pontos mais


relevantes da discussão que acontecerá a seguir!

11
Exposições orais
O QUE SÃO?
Até aqui, vocês refletiram sobre as diferenças entre algumas formas de interação cotidianas
e informais e as exposições orais. Agora, vamos afunilar um pouco o escopo da atividade e
focar no gênero exposição oral. Mas, afinal de contas, o que é isso?
A exposição oral é um gênero usado em situações mais formais, cuja finalidade geral é
expor, explicar ou apresentar informações e conhecimentos a um público específico, buscando
prender a atenção desse público, demonstrando o domínio sobre o tema proposto.

COMO PODEM SER CONSTRUÍDAS?


O preparo de uma exposição oral implica um processo de pesquisa em que os expositores
investigam determinado tema ou assunto, construindo significado para suas leituras e
avaliando criticamente o que leram, para que possam comunicar tais aprendizados a outras
pessoas. Exposições orais podem acontecer em diversos contextos, com diferentes objetivos,
como, por exemplo, apresentar para os pares o resultado de um estudo feito (na escola e no
meio acadêmico), ou apresentar um projeto aos superiores em uma empresa. A exposição oral
requer, assim, algum nível de pesquisa prévia a partir de textos diversos e a utilização de
textos de apoio – como esquemas, resumos, roteiros, slides de PowerPoint, etc.
Vocês provavelmente já experimentaram a exposição oral em outros momentos de
sua vida escolar. Os seminários, por exemplo, consistem em exposições orais seguidas
da participação do público ouvinte com perguntas e problematizações, o que pode
render discussões sobre o tema em foco e, consequentemente, seu aprofundamento.
E por serem esses gêneros orais públicos muito solicitados no contexto escolar,
será importante nos aperfeiçoarmos nessas práticas de uso da língua! Saber fazer
uma boa apresentação, por exemplo, é também uma demanda crescente no mundo do
trabalho. Por isso, neste semestre, em Estudos Orientados, vocês terão encontros dedicados
à construção de exposições orais vinculadas a outros componentes curriculares. O objetivo
é que possam planejar e executar exposições orais, se apropriando de procedimentos e
estratégias implicadas no seu preparo - o processo de pesquisa do tema/assunto central
e a avaliação do processo –, além de estudar as suas características – como organizar o
conteúdo apresentado, como preparar o material de apoio à fala e outros recursos que serão
necessários, além de preparar a fala propriamente dita.

ANALISANDO UMA EXPOSIÇÃO ORAL


Vocês, certamente, já assistiram ou realizaram exposições orais. Nas redes sociais, como o
Facebook, em sites de compartilhamento de vídeos, como o YouTube, e mesmo em plataformas
especializadas na realização de conferências, como é o caso da TED e da TEDx, podemos ter
acesso a muitas delas. Vamos ver algumas mais de perto?
O trio deverá selecionar uma exposição oral, assistir a ela e, por fim, analisá-la em
conjunto. Negociem o vídeo a que assistirão no computador ou, caso prefiram, em seus
smartphones! Pode ser uma palestra ou conferência que vocês já conheçam e que gostem.
Essa atividade¹ tem por objetivo verificar como a exposição foi organizada e quais
recursos e estratégias foram utilizados pelo(a) apresentador(a), assim como avaliar a eficácia
da exposição no que se refere às finalidades pretendidas. Ao final da exibição do vídeo,
reproduzam o quadro abaixo no caderno e façam a análise em conjunto. Anotem os aspectos
que se destacaram na apresentação em relação às seguintes questões:

¹ Atividade adaptada de: FIGUEIREDO, Laura; BALTHASAR, Marisa; GOULART, Shirley. Singular e
12 Plural: leitura, produção e estudos de linguagem. Volume 9, pp. 95-100. São Paulo: Moderna, 2012.
Como a apresentação começou?

O que o(a) apresentador(a) usa


como apoio para a fala e para o
público acompanhar a exposição?
Por exemplo: exibe algum vídeo ou
imagem ilustrativa? Utiliza-se de uma
apresentação em PowerPoint ou Prezi?

Como se comporta o(a)


apresentador(a) em relação à sua
movimentação e ao modo como
interage com o público?

Qual a função das imagens no


material de apoio da apresentação?
Elas têm relação com a fala do(a)
apresentador(a)? Explique.

O que achou do tom de voz, da


velocidade e da dicção do(a)
apresentador(a)? Entendeu tudo o
que ele(a) falou?

O(a) apresentador(a) se manteve no


tema proposto?

Os recursos usados como material


de apoio estavam adequados?
Se em slides, os textos e imagens
estavam em fonte e tamanho que
possibilitaram ao público boa
leitura e visualização? Se em vídeos,
o material estava bem editado,
possibilitando boa visualização e
escuta?

A exposição foi feita de modo


organizado, com apresentação
do que será tratado, no início da
fala, desenvolvimento coerente do
conteúdo e encerramento que de
algum modo sintetiza ou conclui
algo sobre o tema tratado?

O(a) apresentador(a) evitou o uso


de gírias, considerando que se trata
de uma situação mais formal?

13
Assim que finalizarem esta análise, vocês se reunirão com os outros colegas, mais uma
vez, em uma roda de conversa. Escolham um líder para, inicialmente, apresentar à turma
um resumo sobre o vídeo, contextualizando o tema apresentado, e, em seguida, apresentar
também os principais pontos de análise que vocês elencaram a partir das questões acima.
O(a) orientador(a) auxiliará vocês nesse processo de apresentação. Ao final dele, vocês
realizarão a última atividade deste encontro: deverão sintetizar, em um único quadro, aquilo
que avaliam como os parâmetros para uma boa exposição oral e quais os principais desafios
que terão que enfrentar para que possam aperfeiçoar o desempenho de vocês em exposições
orais.

Quais são os parâmetros para uma boa exposição oral e


quais os nossos principais desafios?
A análise que fizeram dos vídeos pode gerar parâmetros para que vocês moldem as
exposições orais que farão no futuro. Em outras palavras, a partir desse exercício, com
a ajuda do(a) orientador(a) e de conhecimentos aprendidos nos demais componentes
curriculares, vocês podem estabelecer critérios ou regras para uma boa exposição
oral. Um exemplo? Falar com clareza, esforçando-se em respeitar a norma culta, é um
parâmetro a se avaliar numa exposição oral feita em contexto escolar.
Então, produzam um quadro no caderno e mãos à obra!

Agora, segue a proposta de uma última ação: consultem, nos próximos dias, professores
e professoras de outros componentes curriculares para saber se está prevista a realização
de alguma exposição oral para o semestre. Caso esteja, vocês devem colher algumas
informações e registrá-las no caderno, conforme as indicações do quadro abaixo!

QUAIS COMPONENTES CURRICULARES DAS ÁREAS DE CONHECIMENTO E DO


NÚCLEO ARTICULADOR DEMANDARÃO A APRESENTAÇÃO DE EXPOSIÇÕES
ORAIS DURANTE O SEMESTRE?

Não deixem de registrar os seguintes pontos:


• Tema/assunto, recorte dentro do tema e questões-chave que
deverão ser abordadas e/ou respondidas na apresentação.
• Data de realização da apresentação do trabalho.
• Como serão organizadas as apresentações (se em duplas, trios,
quartetos, times etc. e quanto tempo cada grupo terá para
apresentar).
• Referências bibliográficas importantes para a pesquisa de tal
assunto/tema.

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Atividade 2:
Pesquisar, ler e resumir

TODOS ORGANIZADOS EM TIMES?

Se sim, este é o momento de colocar em prática aquilo que


vocês aprenderam no primeiro semestre sobre a organização
em times: todos trabalham juntos para aprender e se
desenvolver em equipe, compartilhando conhecimentos
e ideias e apoiando-se mutuamente para a superação
das dificuldades. Por isso, é importante que vocês
participem ativamente das ações propostas e que
tenham INICIATIVA para identificar problemas
e soluções, assim como para resolver os
desafios que aparecerão daqui em diante.
A primeira etapa de construção da
exposição oral não é novidade para vocês. Hoje
será iniciado um processo de pesquisa, que envolve
leitura e elaboração de resumos de materiais que versam
sobre a temática do trabalho que irão realizar. Está na hora
de buscar por textos diversos (por exemplo, em enciclopédias,
livros didáticos e sites da internet), assim como por vídeos,
áudios e materiais em quaisquer outros formatos, desde que
relevantes para o trabalho!
No quadro “Levantamento de referências”, que vocês
devem reproduzir em seus cadernos, elenquem as referências
já indicadas pelo(a) professor(a) que propôs o trabalho. Em
seguida, vocês devem procurar por mais algumas referências na
internet e na biblioteca da escola. Quando este encontro acabar,
vocês continuarão pesquisando, buscando novas informações
para construir a exposição oral do time. Tudo isso deverá ser
registrado no quadro, de modo que ele esteja sempre atualizado
em relação ao desenvolvimento do trabalho. Além disso, o
registro também contribuirá para que nenhuma referência se
perca e depois vocês não saibam mais onde encontrá-la!

15
Fiquem de olho!
A busca por informações, seja em publicações da biblioteca ou na internet, exige
atenção. Avaliem com prudência as fontes de informação às quais vocês recorrem e tenham
sempre em vista o tema e as questões-chave que buscam responder. Se não for assim,
corre-se o risco de perder o foco do trabalho, lendo e acessando conteúdos que não irão
contribuir para o processo, e também o risco de consultar materiais superficiais e pouco
embasados.

Aqui vão alguns critérios para auxiliar na pesquisa de vocês. Quais outros vocês
elencariam?

O MATERIAL CONSULTADO ABORDA A TEMÁTICA E RESPONDE A ALGUMA


DAS QUESTÕES-CHAVE DO TRABALHO?
Antes de fazer uma leitura muito atenta de cada texto elencado, deve ser feita uma leitura
de triagem, ou seja, vocês devem averiguar se os textos apresentam pontos que vão
auxiliar na formulação de respostas às questões-chave do trabalho. Afinal de contas, vocês
receberam um tema do(a) professor(a), mas não deverão abordá-lo de maneira ampla. Há um
recorte específico de acordo com a proposição, por isso é importante selecionar os textos
que trazem informações que ajudarão vocês a responder as questões-chave propostas para o
trabalho.

A FONTE DO MATERIAL PARECE SER SEGURA E BEM EMBASADA?


Há algum indício no material que mostre que seu conteúdo é seguro e embasado (como
a chancela de sites científicos, as figuras de profissionais da área, a publicação em livros
especializados etc.)? Ele apresenta fontes de informação claras? É de autoria de pessoas
ligadas profissionalmente à temática abordada?

LEVANTAMENTO DE REFERÊNCIAS

Elenquem, aqui, as referências indicadas pelo(a) professor(a) que demandou


o trabalho e também as que vocês selecionarem a partir de pesquisa
na biblioteca e na internet. Não deixem de identificar os nomes dos(as)
autores(as), assim como o título dos materiais e onde eles se encontram.

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Lembrem-se! Vocês ainda terão que estudar e ler bastante para a exposição
oral de vocês. O levantamento realizado hoje é apenas uma forma de estabelecer
as bases do processo de investigação. Não deixem de continuar pesquisando nos
próximos dias, em casa e também na escola, e nos tempos de Estudos Orientados.
Quanto mais vocês pesquisarem, mais preparados estarão para a próxima etapa
da atividade de construção das exposições orais: a etapa de planejamento! Até lá,
vocês terão tempo para ler e assistir às referências já elencadas e para descobrir
outras. Nesse percurso investigativo, registrem os aspectos mais importantes das
referências consultadas. Vocês já sabem como fazer isso: resumindo o que de mais
importante for lido ou assistido!
Resumir ajudará vocês a aprender ainda mais com as referências consultadas e
será uma “mão na roda” para a etapa de planejamento. Afinal de contas, já terão as
informações mais importantes disponíveis no momento em que forem definir como a
exposição oral será realizada.

QUE TAL RELEMBRAR O QUE É UM RESUMO?

É um gênero textual que consiste, basicamente, na sumarização de outros


textos. Isso quer dizer que o resumo apresenta as ideias essenciais de um
texto, sem fazer juízos de valor – ou seja, quem está escrevendo o resumo
não deve acrescentar opiniões sobre o tema ou sobre o texto original.

Para elaborar um bom resumo, é importante:

• Ler os textos e assistir aos vídeos de forma atenta.


• Identificar as principais ideias e informações que os materiais
apresentam.
• Identificar, também, o que não é tão importante e pode ser “apagado”
no resumo.
• Encadear as principais informações de maneira coesa e coerente, de
modo que as relações estabelecidas entre as ideias no resumo sejam
similares às do texto original.

Algumas práticas podem contribuir para a elaboração dos resumos, como


grifar os textos durante a leitura e criar esquemas explicativos que
sintetizem as principais ideias e como elas se relacionam.

Até o fim deste encontro, vocês terão tempo para elaborar um resumo. Escolham
uma das referências elencadas anteriormente que esteja diretamente relacionada
à temática da exposição e que ajude a responder a pelo menos uma das questões-
chave propostas para a apresentação. Revezem-se na leitura do texto e, em time,
produzam, no caderno de vocês, um resumo sobre ele.
Mas é preciso resumir todo o texto? Não necessariamente! Se for um texto muito
longo, como um artigo acadêmico, por exemplo, vocês podem resumir apenas os
tópicos relacionados diretamente à temática e às questões-chave do trabalho.
Avaliem, de acordo com a leitura, se vale a pena resumir o texto todo ou apenas
parte dele. (Ah! Sugerimos a produção do resumo de um texto, mas, se houver
tempo, vocês podem fazer mais de um até o fim deste encontro!).
Tomem esse exercício de elaboração de resumo como um modelo a ser feito com
outras referências. Mas não é preciso resumir todos os textos consultados ao longo

17
das próximas semanas. Vocês já elencaram alguns critérios para orientar a pesquisa
bibliográfica, e eles também são importantes no momento de decidir quais materiais
serão resumidos. Escolham aqueles que apresentam informações mais ricas para o
trabalho de vocês!
Empenhem-se nessa tarefa! Vocês vão perceber, nas próximas semanas, como a
elaboração de resumos vai deixar vocês mais preparados para a etapa de planejamento
das exposições orais!

Resumo

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Atividade 3:
Amarrando as pontas

Depois de tanto levantamento de informações e conhecimentos,


vocês já têm muito o que falar na exposição oral, não é mesmo? Mas será
que todos os textos lidos e resumidos, todas as informações coletadas,
merecem ser compartilhadas com o público? E, além disso, vocês já
sabem como será feita a apresentação?
Chegou o momento de conceber e planejar a exposição oral! O
time tem que tomar algumas decisões: eleger, dentre todo o conteúdo
pesquisado, aquilo que é mais importante para ser apresentado; definir
a estrutura da apresentação; distribuir as falas entre os participantes e
dividir tarefas. Há muito a ser feito e é preciso amarrar cada uma dessas
“pontas” para que tudo dê certo. No encontro de hoje, vocês trilharão o
seguinte percurso:

1. Definição do conteúdo a ser apresentado a partir da


identificação das ideias principais e secundárias a
serem comunicadas.

2. Estruturação da exposição oral, detalhando suas


fases: início, desenvolvimento e encerramento.

3. Distribuição das falas, estipulando quem será


responsável por comunicar cada fase da apresentação.

4. Divisão das tarefas que devem ser finalizadas até o


dia da apresentação.

1. Definição do conteúdo
a ser apresentado
Para começar, uma tarefa básica: definir quais são as principais
informações e ideias que deverão ser comunicadas por vocês. Ora, a
exposição oral ocorre para que um conteúdo possa ser apresentado ao
público. No caso de vocês, esse conteúdo tem uma temática específica,
relacionada a um dos componentes curriculares, assim como objetivos
claros, definidos a partir de um recorte e das questões-chave que devem
ser respondidas na apresentação.

19
Vocês já sabem quais questões são essas e já leram bastante sobre o
assunto, agora chegou a hora de hierarquizar toda a informação a que tiveram
acesso e definir quais são as mais importantes e quais são auxiliares. Para isso,
preencham o quadro a seguir, elencando, em tópicos, as ideias principais e
secundárias que deverão ser contempladas na apresentação de vocês.
Para facilitar o trabalho futuro, vocês podem também indicar qual texto ou
referência ajudou a “construir” a ideia representada por cada um desses tópicos.
Assim, quando forem elaborar a fala de vocês, já terão à mão quais resumos e
referências consultar novamente.

Ideias principais
O time define, a partir das pesquisas
e resumos feitos, aquelas informações
essenciais ao trabalho, que
respondem diretamente à temática
e às questões-chave colocadas pelo
trabalho.

Ideias secundárias
O time identifica aquelas informações
que complementam as ideias
principais, contribuindo para embasá-
las e contextualizá-las, enriquecendo
a apresentação.

2. Estruturação da
exposição oral
Vocês já definiram quais as principais ideias que serão comunicadas
durante a exposição oral, agora é necessário detalhar como elas serão
apresentadas. Vocês sabem que uma exposição oral exige pesquisa,
embasamento, ensaio... não é só chegar diante do público e falar aquilo
que vier à cabeça!
Exposições orais devem ser muito bem estruturadas, de modo que
nenhuma informação importante se perca e que a comunicação com
o público seja feita de maneira eficiente, prendendo a atenção dos
ouvintes e fornecendo bom conteúdo a eles.
No quadro abaixo, elaborem o “esqueleto” da exposição oral de
vocês, ou seja, definam um pouco melhor como as ideias principais e
secundárias serão encadeadas no tempo de apresentação. Cada uma
das três fases – início, desenvolvimento e encerramento – tem, em
sua definição, alguns aspectos básicos que devem ser contemplados
por vocês. Além disso, lembrem-se da primeira atividade do semestre,
quando foram analisadas algumas exposições orais: como cada uma
dessas fases era organizada naqueles vídeos? Como os apresentadores
fizeram para comunicar, de maneira eficiente, o conteúdo que
planejaram? Inspirem-se naqueles exemplos, voltando às anotações em
seus cadernos, e detalhem a apresentação de vocês!

20
Início
Abertura, introdução ao tema,
anúncio do que será comunicado e
das perguntas que serão respondidas.

Desenvolvimento
Encadeamento das ideias principais,
com auxílio das secundárias, de modo
coeso e coerente, seguindo o plano
anunciado na fase anterior.

Encerramento
Recapitulação e síntese das principais
ideias apresentadas, conclusão do
trabalho e encerramento.

3. Distribuição das falas


Essa etapa é simples! Com a apresentação já estruturada, definam
como vocês se organizarão durante a exposição oral. Cada um ficará
responsável por comunicar uma das fases definidas anteriormente? Ou
todos participarão de todos os momentos, encadeando um revezamento
de falas?
Reflitam sobre a melhor maneira de contemplar a estrutura definida
há pouco para a apresentação e registrem no quadro abaixo. Não se
esqueçam: todos devem contribuir e falar durante a apresentação!

QUEM?

Início

Desenvolvimento

Encerramento

21
4. Divisão de tarefas
Quase tudo definido, mas ainda há muito trabalho pela frente! Ao longo das próximas
semanas, textos deverão ser elaborados e materiais de apoio produzidos. Dependendo dos
planos de vocês, pode ser necessário também reservar equipamentos na escola ou mesmo
providenciar materiais específicos para a apresentação.
Para facilitar o trabalho das próximas semanas, preencham o quadro (reproduzir no
caderno!) com as informações necessárias para uma boa divisão de tarefas. Ao final dele, há
dois blocos em branco, caso vocês estipulem novas tarefas a serem cumpridas.

DIVISÃO DE TAREFAS

O QUÊ? QUEM? QUANDO? COMO?

Elaboração dos textos


da exposição oral e
compartilhamento
com o time.
Cada integrante
será responsável
por elaborar o texto
da fase que irá
apresentar? Ou essa
divisão será feita de
outra maneira? Qual
é o prazo para que os
textos fiquem prontos?
Como vocês irão
circular os textos entre
o time, para que todos
possam discuti-los e
aprová-los?

Produção do material
de apoio para a
exposição oral.
Cada integrante
será responsável por
elaborar o material de
apoio da fase que irá
apresentar? Ou essa
divisão será feita de
outra maneira? Qual
é o prazo para que
os materiais de apoio
fiquem prontos? Como
vocês irão circular os
materiais de apoio
entre o time, para que
todos possam discuti-
los e aprová-los?

22
Checagem dos
equipamentos
necessários à
apresentação.
No dia da
apresentação, é
fundamental que
os materiais de
apoio estejam em
ordem e que possam
ser acessados com
facilidade. Da
mesma forma, todos
os equipamentos
necessários à
apresentação devem
estar à mão e
funcionando bem.
Quem será responsável
por isso?

23
... !
Atividade 4:
Hora de avaliar,
replanejar e ensaiar!

Do último encontro até agora, em que vocês já conseguiram avançar?


As falas já estão prontas? Os prazos foram cumpridos? Os materiais de
apoio já estão sendo elaborados?
O encontro de hoje é dedicado à preparação das apresentações,
conforme previsto no planejamento. Vocês poderão, também, ensaiar
as apresentações, caso já tenham finalizado a maior parte das ações
previstas. Mas, antes de botar a mão na massa, vai acontecer uma
conversa entre vocês, para que todos possam se inteirar do trabalho dos
colegas e, assim, definir o que será feito hoje.
Escolham um líder para conduzir e registrar a conversa, que deverá
acontecer a partir dos seguintes passos:

PASSO 1:

Cada integrante relembra quais eram as suas responsabilidades


no trabalho e apresenta ao time um relato sobre o andamento
dessas tarefas.
O time verifica se os prazos foram cumpridos e quais desafios os
integrantes enfrentaram ou estão enfrentando para realizar suas tarefas.

PASSO 2:

A partir dos relatos, o time faz uma lista das ações que ainda
precisam ser finalizadas.
Ainda há textos a serem elaborados? Materiais de apoio a serem
produzidos? O que ainda não está pronto para a apresentação?

PASSO 3:

Para finalizar, o time avalia quais os seus principais desafios e se


alguma das tarefas precisará ser replanejada.
O time avalia quais mudanças serão necessárias para que a exposição oral
aconteça da melhor forma possível. Para isso, a distribuição das tarefas e
os prazos podem ser redefinidos.
Tenham sempre em mente que vocês são um time e que o sucesso da ação
depende do apoio mútuo de todos vocês. Por isso, não deixem de prever
como cada um pode ajudar os outros colegas na busca por soluções para
os desafios encontrados durante o processo realizado até aqui!

24
Depois dessa conversa, vocês já têm condições de avaliar como poderão
ocupar melhor o tempo deste encontro. Vejam só:

• Se optaram por replanejar alguns aspectos da exposição oral, esse é o


momento certo de voltar atrás em algumas páginas desse guia e ajustar
o que foi planejado há algum tempo!

• Se verificaram que está tudo nos eixos, mas que ainda há muito
trabalho a ser feito, dediquem-se à realização de suas tarefas!

• Se o trabalho já está bem encaminhado, esse é um bom momento para


vocês ensaiarem a apresentação!

Decidido? Então se organizem para realizar as ações necessárias no tempo


restante do encontro. Bom trabalho!

DICAS PARA ENSAIAR E AVALIAR A EXPOSIÇÃO ORAL!

Se vocês já estão com as falas preparadas e com pelo menos parte do


material de apoio pronto, ensaiar a apresentação é um bom modo de avaliar
se ainda será necessário fazer algum tipo de complementação.
Cada um anota em um caderno os aspectos positivos e os problemas
que devem ser aperfeiçoados para que a apresentação fique ainda melhor.
Para isso, lembrem-se também dos parâmetros para uma boa exposição
oral estabelecidos por vocês na primeira atividade e vejam se conseguiram
superar os principais desafios que listaram! Além disso, aqui vão alguns
aspectos que merecem ser observados:

• Todos conseguiram se comunicar com clareza e utilizando a


linguagem formal?
• A estrutura da apresentação foi respeitada?
• As principais perguntas que a apresentação deveria responder
foram, de fato, respondidas?
• Os tempos de fala de cada um e o tempo total da apresentação
foram respeitados?
• Quais pontos podem ser aperfeiçoados na fala de cada um?
• O uso do material de apoio foi feito de forma adequada,
complementando as falas do time?

Ao final, cada integrante do time apresenta suas observações, sempre


com respeito e consideração aos colegas! Discutam se o trabalho está
caminhando na direção certa e quais mudanças são necessárias. Aqui
vão algumas perguntas que vocês devem responder para fortalecer esse
momento avaliativo:

• Quais os principais pontos positivos de nossa apresentação?


• Quais são os maiores desafios para que a apresentação fique melhor?
• Serão necessárias mudanças em nosso planejamento inicial? Quais?

Finalizada a discussão, prossigam para a realização das ações


necessárias, seja de ajustes nos tempos da fala, de reestruturação dos
textos apresentados, ou mesmo de replanejamento de alguma fase da
apresentação!

25
Atividade 5:
Avaliando
o processo

Missão cumprida! As exposições orais já foram realizadas e todos


chegaram sãos e salvos ao fim do percurso de Estudos Orientados do 1º
ano. Não foi tão difícil, não é mesmo?
Esse momento de chegada deve ser marcado por um esforço de
reflexão, em que vocês possam discutir sobre o que aprenderam a partir
das vivências propiciadas por esse componente curricular e reconhecer
o que conquistaram nesse processo. Serão três grupos de perguntas e
temas que orientarão o bate-papo avaliativo de vocês. Para começar,
elejam um líder para a atividade, que será responsável por registrar a
conversa e por representar o time na roda de discussões que acontecerá
ao final do encontro.

1
Na primeira etapa dessa avaliação, lancem um olhar crítico
sobre a exposição oral que vocês realizaram. O momento da
apresentação ainda está fresco na memória de vocês? Se
não, retomem as observações que fizeram em seus cadernos e
discutam a partir das seguintes questões:
• Nossa exposição oral foi feita de forma organizada,
seguindo a estrutura planejada?
• Nosso time conseguiu mobilizar a atenção do público
ouvinte durante a exposição oral?
• Quais foram as principais dificuldades que nós
enfrentamos no momento da exposição oral?
• Quais foram os pontos altos da nossa apresentação?
• Olhando para trás, há alguma etapa do processo de
construção da exposição oral ao qual poderíamos ter nos
dedicado de maneira diferente? Por quê?
• Como foi o trabalho em time? Todos nós contribuímos
para a realização do trabalho, buscando, em conjunto,
soluções para os desafios enfrentados e nos apoiando
mutuamente?

26
2
No início do semestre, vocês conversaram sobre algumas
diferenças entre as exposições orais e outros gêneros orais
mais cotidianos e informais. Estão lembrados disso? A partir
daí, estabeleceram, em conjunto, os parâmetros para uma boa
exposição oral e os principais desafios que teriam que solucionar
para se saírem bem nesse gênero oral.
Voltem algumas páginas no caderno de vocês e busquem pelo
quadro que elaboraram naquela atividade. Leiam com atenção
os parâmetros e desafios que foram definidos e respondam às
seguintes questões:

• Dos parâmetros estabelecidos por nós, quais conseguimos


atender em nossa exposição oral?
• Em quais parâmetros precisamos focar nos próximos
trabalhos para aprimorar nossa exposição oral?
• Dos elementos que indicamos como desafios no início do
semestre, quais não são mais obstáculos para nós?
• E quais ainda se configuram como problemas que
deveremos solucionar?

3
Para finalizar, chegou a hora de vocês avaliarem como
a experiência desse semestre contribuiu para a formação
protagonista de vocês!
A partir das aprendizagens e vivências propiciadas pelo
componente curricular Estudos Orientados, o que vocês têm a
dizer sobre os tópicos abaixo? Busquem identificar, para cada um
deles, ao menos dois aspectos que se destacam depois de todo
esse percurso de construção das exposições orais.

• Trabalho em times
• Colaboração

!
• Investigação de conhecimentos

...
• Organização
• Planejamento
• Iniciativa

Para o final, ficou a pergunta que não quer calar!

VOCÊS SE SENTEM MAIS PREPARADOS PARA CONSTRUIR


EXPOSIÇÕES ORAIS NO FUTURO?

27
PARTE 2
Plano
de estudos

29
Fiquem ligados

Por dentro
do Plano de Estudos
Desde o início do ano, vocês estão aprendendo que a participação
de cada um nos tempos de Estudos Orientados se dá, em especial, na
construção e realização de um Plano de Estudos. É provável que tenham
experimentado como isso ocorre no 1º semestre e, agora, estão sendo
convidados a viverem essa experiência com ainda mais qualidade.
Novamente, isso vai acontecer de modo coletivo em parceria com toda a
equipe de professores.

O que é plano
de estudos?
Como você e seus colegas já sabem, estudar é
muito mais do que “assimilar” conteúdos. Estudar é
um processo de construção do saber, em que você,
estudante, é protagonista da própria aprendizagem.
Para que isso realmente aconteça, cada aluno constrói
um Plano de Estudos, que tem duração bimestral. Ao
construir esse plano, vocês vão descobrir o que está
proposto que cada um aprenda ao longo do bimestre,
em cada disciplina, quais serão os instrumentos de
avaliação, e pensarão em estratégias para alcançarem
os objetivos de aprendizagem do período.

30
Como vai ser a construção do Plano de Estudos?
1º PASSO A cada bimestre, nas primeiras aulas de todas as disciplinas, perguntem aos professores
quais são os “objetivos de aprendizagem”. Ou seja, descubram com eles o que estão
propondo que vocês aprendam nesse período em cada uma das disciplinas. Os objetivos
de aprendizagem devem ser registrados nas páginas 38 a 45, nos quadros de cada área de
conhecimentos, na parte intitulada “O que você vai aprender neste bimestre?”.

2º PASSO Descubram, também com os professores de cada disciplina, como pretendem avaliar a
aprendizagem de vocês ao longo do bimestre. Por exemplo: serão realizados trabalhos,
autoavaliação, provas etc.? As informações também devem ser registradas nas páginas 38 a
45, no espaço intitulado “Como sua aprendizagem vai ser avaliada?”.

3º PASSO Agora que você já conhece os objetivos de aprendizagem de cada disciplina e sabe
como a sua aprendizagem será avaliada, é hora de planejar os seus esforços de estudo, em
especial os que serão realizados nos tempos de Estudos Orientados.
Para isso, a cada bimestre, você e seus colegas (com orientação do professor de EO)
devem fazer uma conversa (organizada, com foco!) e definir o tempo que dedicarão aos
estudos, leituras e tarefas propostos pelos professores. Para isso, considerem os seguintes
pontos:

• Quais são os objetivos de aprendizagem de cada disciplina que parecem mais


desafiadores para a maioria dos alunos. Que ações vocês se propõem a fazer para
conquistar essas aprendizagens?

• Que avaliações das disciplinas vocês identificam que precisarão dedicar maior tempo
de preparação? Como pretendem se preparar para cada uma delas?

• Que dificuldades específicas vocês identificam que podem ter na aprendizagem dos
conhecimentos que estão sendo trabalhados? O que cada um pretende fazer para
superar essas dificuldades?

• Que conhecimentos e atividades os professores consideram que devem ser


priorizados, no bimestre atual, nos tempos de Estudos Orientados?

Com essas reflexões, vocês estão prontos para definir as ações e tempos que dedicarão
a cada coisa e o tipo de apoio que precisarão receber dos professores. A seguir,
apresentamos algumas estratégias que podem ajudá-los na organização e definição de
prioridades para os estudos:

»» ELABORAR UM QUADRO DE ATIVIDADES propostas pelos professores: a cada mês,


a turma insere, no quadro, informações sobre os trabalhos e avaliações que os
professores de cada disciplina estão propondo. Esse quadro ajudará a definir as
prioridades de estudo e a lembrar todos da turma sobre os prazos. O quadro pode
ser físico (estar afixado na parede da sala) ou ser virtual. Experimentem os dois
modelos e vejam o que funciona melhor.

»» USO DE AGENDA diária: toda vez que o professor indicar a realização de um trabalho
ou avaliação, registre na sua agenda e consulte-a nos tempos de Estudos Orientados.

»» RODA DE CONVERSA de planejamento: De tempos em tempos (uma vez por mês ou a


cada bimestre, por exemplo), conversem coletivamente com o professor de Estudos
Orientados e definam o que vão fazer em cada semana de EO.

31
»» ADOTAR ATITUDES que favorecem a aprendizagem: colaborar com os colegas
(aprendendo e ensinando juntos), estar sempre presente nos tempos de EO, ser
pontual, ter foco, trazer sugestões de melhoria são algumas atitudes importantes de
serem adotadas, porque favorecem a aprendizagem.

»» CONVERSAR COM OS PROFESSORES sobre ações que eles consideram que podem ser
realizadas para potencializar a aprendizagem. Com a experiência que têm, podem dar
dicas valiosas!

»» Diálogo sobre MUDANÇAS NO TRABALHO DOS OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:


identificar com os professores o que motivou possíveis alterações no trabalho dos
objetivos de aprendizagem inicialmente propostos e como eles propõem que tais
objetivos sejam trabalhados no futuro.

Dicas para elaboração


de um bom planejamento de estudos
Organize a sua programação de estudos nos tempos escolares e planeje atividades para
cada tempo. Assim, você detalha a programação e fica mais fácil executá-la com disciplina.
Destinar um tempo para cada ação também pode ser um bom jeito de variar a programação.
Elaboramos uma lista das atividades que são imprescindíveis à sua programação de estudos.
Veja abaixo:

Rever os conteúdos dados em sala de aula e realizar os exercícios indicados pelo


professor das disciplinas ou pelos orientadores. Esse hábito é fundamental para você
compreender o conteúdo das aulas estudando de outra forma, diferente da que você
vivenciou em sala.

Realizar atividades de estudos variadas, priorizando as disciplinas consideradas


“críticas”. Planeje atividades de vários tipos, para achar o seu jeito de aprender. Quer
alguns exemplos? Fazer pesquisas na biblioteca, indo além dos livros “obrigatórios”;
assistir uma vídeo-aula sobre um assunto em relação ao qual tiver dificuldade; exercitar
a partir de exercícios e de testes; analisar suas provas, identificando os erros e pensando
em novas estratégias para resolver as questões. São muitas as possibilidades de atividades
para tornar os estudos mais dinâmicos e produtivos. Peça sugestões aos professores das
disciplinas, ao orientador de Projeto de Vida e ao professor responsável pelos Estudos
Orientados.

FALANDO EM VARIAR

Se for realizar uma atividade de leitura, varie entre os livros


indicados pela escola e outras fontes (outros livros, jornais, revistas,
internet etc.) e sempre combine a leitura com um registro (por
exemplo: resumo simples, resumo com comentários e opiniões,
esquema, quadro comparativo).

Se for realizar uma atividade de treino, refaça exercícios em que


teve dificuldades; busque e faça exercícios diferentes dos que estão
no livro da escola; busque testes resolvidos, resolva as questões e
depois recorra às respostas, analisando os seus erros.

32
Realizar uma atividade de lazer educativo. Você já ouviu falar em lazer educativo? São
jogos, atividades artísticas e culturais que, ao mesmo tempo em que divertem, contribuem
para a sua formação educacional. Não deixe de adotar a prática desse tipo de lazer, pois ela
certamente irá contribuir muito para o seu bom desempenho nos estudos.

Fazer uma autoavaliação diária. Não deixe de dedicar um tempinho, a cada dia, para fazer
uma breve autoavaliação. Pergunte a você mesmo(a): você realizou a atividade a que se
propôs? Caso eventualmente não tenha realizado, é legal indicar o porquê. Anote, na sua
agenda ou caderno, dúvidas, dificuldades ou ideias de estudo que surgirem... Toda semana,
nos encontros de Projeto de Vida, haverá um espaço para você falar dessa autoavaliação
com os colegas e o orientador.

Não deixe de se autoavaliar todos os dias! Ao avaliar as suas ações


passo a passo, fica bem mais fácil perceber o que “está pegando”
e fazer alguma coisa para resolver. Assim, você não deixa os
problemas se acumularem!

4º PASSO Autoavaliação Bimestral | Eu e as disciplinas

Qualquer planejamento só tem utilidade, de verdade, se vier acompanhado de


procedimentos para que a pessoa que planejou possa comparar as metas e as ações
pensadas com o que aconteceu, de fato, na prática. As ações foram realizadas? Se não, por
que? O que funcionou? O que não funcionou? As estratégias imaginadas eram mesmo boas
e deram resultados? Se não deram certo, o que posso mudar? É por meio de perguntas como
essas que a prática, derivada do planejamento, vai sendo ajustada e melhorada, de modo
que possamos avançar e alcançar os objetivos.
A avaliação bimestral é uma ferramenta para você verificar como está se relacionando
com cada disciplina da escola: se está gostando ou não, tendo maior ou menor facilidade de
compreensão e concentração, como andam a sua dedicação e as suas notas. A partir dele,
você poderá planejar de forma adequada o tempo e as estratégias de estudo, disciplina por
disciplina.
No começo do bimestre, você vai usar esse instrumento para identificar o seu “ponto de
partida”. Ou seja: ao preenchê-lo, a ideia é que reflita sobre como vem lidando com cada
disciplina ao longo de sua vida escolar e como foi o seu desempenho em relação a ela no
bimestre anterior. Feita essa reflexão, você poderá perceber de que forma está iniciando
o bimestre em relação ao conjunto de disciplinas e já, “de cara”, se preparar para agir,
planejando ações de estudo para melhorar o que não vem sendo muito bom e para tornar o
que está indo bem ainda mais legal.
A partir desse preenchimento inicial, a proposta é que você pare novamente para essa
autoavaliação a cada dois meses. Isso é muito importante para que você, ao longo do ano,
tenha várias oportunidades para refletir sobre o seu progresso, de modo que possa investir
nas estratégias que derem certo e mudar o que não tiver funcionado muito bem.
A ferramenta é simples e autoexplicativa. Para cada disciplina, foram estabelecidos
cinco aspectos a serem avaliados: gosto (afinidade com a disciplina), compreensão
dos conteúdos, concentração, dedicação e notas. Para cada fator, há cinco níveis de

33
desempenho, cada um deles correspondendo a uma pontuação (1 para a pior avaliação e 5
para a melhor). Você deve somar os pontos para chegar ao resultado final, que vai indicar se
você está numa das seguintes situações:

»» “CRÍTICA”, sendo necessário centrar as atenções, tempo e esforços para melhorar em


relação à disciplina.

»» “NA MÉDIA”, o que significa que a sua situação não é ruim, mas ainda precisa melhorar.

»» “BELEZA”, que é um aproveitamento bom ou ótimo. Só é preciso não descuidar


– para não ter queda no desempenho – e, claro, nunca perder de vista a ideia de
aperfeiçoamento contínuo.

Repare: a escola já fornece a você uma informação importante de avaliação, que é a nota
bimestral. Contudo, te convidamos a uma autoavaliação, para que construa uma crítica
própria em relação ao seu desempenho ao longo do processo de formação. Ela deve
complementar o fator “nota”.

A autoavaliação pode ser uma boa oportunidade de “colocar as coisas em perspectiva”. O


que isso significa? Significa olhar para cada aspecto da sua vida escolar considerando todo
o seu processo, e não apenas um fator isolado. Por exemplo: de repente, você está com
uma nota ruim, mas que é muito melhor que a do bimestre anterior. Você deve valorizar
isso – afinal, já deu um passo importante. O mesmo cuidado serve para a situação oposta:
você está com uma nota boa, mas sabe que a nota foi pior que a do bimestre anterior. Nesse
caso, deve ficar atento para reverter essa situação de queda de rendimento.
Ah, vale você prestar atenção numa outra coisa: de repente, ao se dedicar e buscar
melhores formas de aprender determinada disciplina, você pode até mesmo começar a
enxergá-la de outra forma e gostar mais dela.

34
Autoavaliação Bimestral
Eu e as disciplinas
Avalie, de 5 a 1, as questões a seguir.

5 Amo | Ótimo 4 Gosto | Bom 3 Tanto faz | Razoável, na média

2 Tolero | Pouco 1 Odeio | Muito pouco

Quanto ao gosto Eu compreendo Consigo Minha dedicação Minhas notas TOTAL


pelo componente, os conteúdos? me concentrar? (em sala e fora da são...
eu... sala) é...

Filosofia
Geografia

História

Sociologia

Biologia

Física

Química

Arte

Educação Física

Espanhol

Inglês

Lingua Portuguesa

Matemática
Núcleo

Entre 18 e 25 TÁ BELEZA, mas pode ficar ainda melhor!


Entre 15 e 17 TÔ NA MÉDIA, preciso “dar um grau” pra ficar beleza.
Resultado Entre 05 e 14 CRÍTICO. Preciso melhorar muito!

35
36
Filosofia | Geografia | História | Sociologia

Acompanhamento
da aprendizagem

37
Filosofia | Geografia | História | Sociologia

O que você vai


aprender em cada bimestre?
Registre, no quadro abaixo, os objetivos de aprendizagem das disciplinas para cada bimestre
(seus professores vão apresentar essas informações para você e seus colegas):

O que é esperado que você aprenda?


(Se necessário, insira novos campos no quadro ou o reproduza em seu caderno para ampliar os espaços de registro dos objetivos)

3º Bimestre 4º Bimestre

Objetivos (Filosofia) Objetivos (Filosofia)

Objetivos (Geografia) Objetivos (Geografia)

Objetivos (História) Objetivos (História)

Objetivos (Sociologia) Objetivos (Sociologia)

38
Como sua aprendizagem
vai ser avaliada?
A partir de uma conversa com seus professores, registre, no quadro abaixo, os instrumentos que serão
adotados para avaliar a sua aprendizagem e a dos seus colegas. Insira o valor que será atribuído a cada um
dos instrumentos. À medida que eles forem realizados, escreva as notas que você tirou em cada um deles.

3º Bimestre 4º Bimestre
Valor Nota Valor Nota

Instrumentos (Filosofia) Instrumentos (Filosofia)

Instrumentos (Geografia) Instrumentos (Geografia)

Instrumentos (História) Instrumentos (História)

Instrumentos (Sociologia) Instrumentos (Sociologia)

39
Biologia | Física | Química

O que você vai


aprender em cada bimestre?
Registre, no quadro abaixo, os objetivos de aprendizagem das disciplinas para cada bimestre
(seus professores vão apresentar essas informações para você e seus colegas):

O que é esperado que você aprenda?


(Se necessário, insira novos campos no quadro ou o reproduza em seu caderno para ampliar os espaços de registro dos objetivos)

3º Bimestre 4º Bimestre

Objetivos (Biologia) Objetivos (Biologia)

Objetivos (Física) Objetivos (Física)

Objetivos (Química) Objetivos (Química)

40
Como sua aprendizagem
vai ser avaliada?
A partir de uma conversa com seus professores, registre, no quadro abaixo, os instrumentos que serão
adotados para avaliar a sua aprendizagem e a dos seus colegas. Insira o valor que será atribuído a cada um
dos instrumentos. À medida que eles forem realizados, escreva as notas que você tirou em cada um deles.

3º Bimestre 4º Bimestre
Valor Nota Valor Nota

Instrumentos (Biologia) Instrumentos (Biologia)

Instrumentos (Física) Instrumentos (Física)

Instrumentos (Química) Instrumentos (Química)

41
Arte | Educação Física | Espanhol | Inglês | Língua Portuguesa

O que você vai


aprender em cada bimestre?
Registre, no quadro abaixo, os objetivos de aprendizagem das disciplinas para cada bimestre
(seus professores vão apresentar essas informações para você e seus colegas):

O que é esperado que você aprenda?


(Se necessário, insira novos campos no quadro ou o reproduza em seu caderno para ampliar os espaços de registro dos objetivos)

3º Bimestre 4º Bimestre

Objetivos (Arte) Objetivos (Arte)

Objetivos (Educação Física) Objetivos (Educação Física)

Objetivos (Espanhol) Objetivos (Espanhol)

Objetivos (Inglês) Objetivos (Inglês)

Objetivos (Língua Portuguesa) Objetivos (Língua Portuguesa)

42
Como sua aprendizagem
vai ser avaliada?
A partir de uma conversa com seus professores, registre, no quadro abaixo, os instrumentos que serão
adotados para avaliar a sua aprendizagem e a dos seus colegas. Insira o valor que será atribuído a cada um
dos instrumentos. À medida que eles forem realizados, escreva as notas que você tirou em cada um deles.

3º Bimestre 4º Bimestre
Valor Nota Valor Nota

Instrumentos (Arte) Instrumentos (Arte)

Instrumentos (Educação Física) Instrumentos (Educação Física)

Instrumentos (Espanhol) Instrumentos (Espanhol)

Instrumentos (Inglês) Instrumentos (Inglês)

Instrumentos (Língua Portuguesa) Instrumentos (Língua Portuguesa)

43
O que você vai
aprender em cada bimestre?
Registre, no quadro abaixo, os objetivos de aprendizagem das disciplinas para cada bimestre
(seus professores vão apresentar essas informações para você e seus colegas):

O que é esperado que você aprenda?


(Se necessário, insira novos campos no quadro ou o reproduza em seu caderno para ampliar os espaços de registro dos objetivos)

3º Bimestre 4º Bimestre

Objetivos Objetivos

44
Como sua aprendizagem
vai ser avaliada?
A partir de uma conversa com seu professor, registre, no quadro abaixo, os instrumentos que serão adotados
para avaliar a sua aprendizagem e a dos seus colegas. Insira o valor que será atribuído a cada um dos
instrumentos. À medida que eles forem realizados, escreva as notas que você tirou em cada um deles.

3º Bimestre 4º Bimestre
Valor Nota Valor Nota

Instrumentos Instrumentos

45
Anotações
Organização Cátedra UNESCO de Educação
das Nações Unidas e Desenvolvimento Humano
para a Educação, Instituto Ayrton Senna,
a Ciência e a Cultura Brasil

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